LUZ ESPÍRITA
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:37 am

O efeito foi surpreendente, quando o soprano atingiu o clímax da extensa ária da "Casta Diva", pois o seu chacra laríngeo, regulador da região vocal, devia ter atingido a uns vinte centímetros de diâmetro, espargindo fulgores do mais fascinante e inconcebível lilás, que se emoldurava por uma aura de intensa luminosidade argêntea, como se fora um beija-flor imóvel no espaço, sustentado apenas pelo rápido movimento de suas asas.
O pensamento da cantora fluía para as cordas vocais de sua laringe, na mais divina e perfeita comunicabilidade vibratória do seu espírito.
Noutra experiência mais colectiva, senti-me extasiado diante de formoso quadro melódico que se me apresentou, quando os técnicos focalizaram o palco de outro teatro, na Itália, onde se representava a "Cavalleria Rusticana", exactamente no momento em que o coro executava a cena diante da igreja, cantando de modo calmo e reverente a encantadora melodia da "Regina Coeli", que fazia vibrar o ambiente sob o êxtase religioso.
A altura da laringe de cada cantor componente do majestoso coro que precede o famoso "Intermezzo" da Rusticana, o chacra laríngeo se assemelhava a refulgente esfera, despedindo fulgores lilases e azul-claro, que eram alimentados pelos eflúvios mentais ajustados às mais altas vibrações da ideia musical daquele momento.
Isto me fez compreender o extremo carinho com que o departamento esperantista de fonação se devotou à pesquisa dos fenómenos desse centro laríngeo, quer quanto aos efeitos físicos que a pronúncia do Esperanto deveria provocar nos vários tipos de raças humanas, quer quanto ao seu comportamento ante a intensidade e fluência: que fossem aconselhadas para a medida tonal e a sonoridade do idioma neutro.
O principal objectivo dos técnicos siderais foi o de harmonizar a pronúncia iniciática do Esperanto com as correntes etéricas e circulatórias do perispírito, que entre os ocultistas são muito conhecidas sob a denominação de "tatwas".
Só depois que o perispírito, devido à evolução humana, adquiriu o seu equilíbrio etérico-funcional, e que o seu chacra laríngeo sensibilizou-se para o controle e estímulo das combinações verbais, que seriam próprias do modo esperantista de falar, é que o Alto cogitou de enviar à Terra o espírito que mais tarde se chamaria Luís Lázaro Zamenhof, com a missão especial de materializar pela voz humana o idioma de há muito já cultivado no Além.

3 - Departamento da Composição Verbal:
E o departamento que se encarrega exclusivamente da aplicação específica das dezasseis regras fundamentais do idioma esperantista, quer quanto à sua natureza de fixação e suas desinências, tanto quanto ao carácter activo e inactivo dos verbos das vozes humanas e qualquer acréscimo de novos vocábulos autónomos.
A sua acção tem se circunscrito particularmente ao estudo directo da composição léxica e ao da sintaxe do idioma, disciplinando o seu curso perfeito e a sua coerência no uso verbal do mundo físico.
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4 - Departamento "Psicofísico":
É o órgão particularmente responsável pela entrosagem perfeita da "ideia fundamental" do Esperanto, ou seja a orientação psíquica do idioma e o seu efeito na organização física do homem.
Trata-se de um departamento essencialmente fiscalizador do exercício da linguagem no mundo material, pois ele apresenta sugestões, determina contínuas providências e inspira os cultores esperantistas encarnados, para que o idioma esteja sempre em condições de atender às necessidades filológicas e evolutivas da humanidade.
Assumiu a severa responsabilidade técnica de ajustar as articulações físicas do Esperanto ao molde facial do homem "seleccionado" do terceiro milénio, e que será o profetizado cidadão resultante da próxima selecção espiritual à "direita" do Cristo, devendo fazer jus a um idioma sereno e harmónico que, ao ser articulado, não lhe estigmatize a harmonia do rosto, nem lhe provoque esforços exagerados e esgares circenses, como ainda acontece com certos dialectos e línguas bastardas terrenas.
Indubitavelmente, é fácil de se notar que as angústias, as insatisfações, os sofrimentos, as frustrações e os vícios perturbam muitíssimo a harmonia da face humana e marcam-na com sulcos e cicatrizes que são os estigmas produzidos pela mente enfermiça.
As explosões de cólera não só tomam os olhos congestos e os lábios trémulos, como fazem com que a fisionomia mais bela se tome hostil sob a actuação dos pensamentos agressivos.
No entanto, quando predominam as qualidades do espírito sobre as paixões animais, o rosto humano se impregna de uma serenidade e beleza admiráveis!
Haverá enorme diferença na fisionomia seráfica de um Francisco de Assis, a face mística de Jesus e o rosto tranquilo de Buda, se a compararmos com a fisionomia congesta e mórbida de um Calígula, a face debochada de Messalina, a burlesca de Nero ou, então, o rosto brutal de um Gengis-Khan.
Eis por que esse departamento esperantista, que é responsável pelas relações psíquicas e físicas do idioma internacional, especializou-se em proporcionar ao Esperanto uma articulação sob o menor esforço e sem perturbar a agradabilidade da expressão fisionómica humana.
Isso era muitíssimo necessário, visto que se trata de uma língua de ordem espiritual superior, essencialmente electiva às almas devotadas à confraternização de todos os povos.
Em resumo: cumpriu a esse sector de trabalho esperantista, no Espaço, a tarefa de evitar os esgares ridículos e as agitações fisionómicas no uso do Esperanto, que são muito comuns durante a articulação de certos dialectos dos povos neuróticos e exageradamente emocionais, cujo vozeiro atropelado, conjugado à prodigalidade de gestos e expressões caricatas no falar, os ajustam perfeitamente aos seus idiomas bárbaros.
Num mesmo país, varia extraordinariamente a expressão verbal dos seus habitantes; na França e na Itália, por exemplo, é muito grande a diferença de musicalidade e delicadeza de expressão verbal, se a comparardes às algaravias derivadas dos mesmos idiomas, faladas pelos campónios rústicos.
A humanidade do porvir encontrará no Esperanto o mecanismo ideal para interpretar verbalmente os seus pensamentos elevados, sem exigir-lhe alterações na fisionomia ou esforços respiratórios desordenados e entre cortantes.
Graças à eliminação das dificuldades próprias dos excessivos grupos de consoantes, que ainda causam detestáveis discordâncias verbais em muitos idiomas terrenos, o esperantista não precipita nem acelera o mecanismo de sua língua, mas fala com distinta sonoridade e limpeza de expressão.
No departamento astral psicofísico da Academia, em salutar combinação com o departamento de fonação, foram examinados os mais débeis acordes respiratórios e os mínimos sons, para se chegar à composição da pronúncia geral do idioma.
Os técnicos verificaram todos os principais efeitos sonoros que se deveriam produzir durante o maior ou menor ajuste das consoantes aos grupos vocálicos, assim como investigaram todas as modificações que certas letras e sons ocasionam na produção de hormónios do sistema de glândulas endócrinas e em outros sistemas orgânicos.
Por ocasião de minhas encarnações no Egipto e na índia, eu já havia aprendido que a forte mentalização na pronúncia de certas letras isoladas, ou de vocábulos sabiamente agrupados, influi tanto na velocidade da corrente sanguínea como chega a produzir delicadas diferenças na própria temperatura do corpo físico.
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A velha ciência dos "mantrans", ou do exercício das palavras mágicas, muito cultivada pelos orientais, foi completamente analisada e autopsiada nesse departamento psicofísico da Academia.
Ali procurou-se conhecer todas as modificações vibratórias da sonoridade do idioma que pudessem ser produzidas nas cores e no magnetismo da aura humana, em combinação com o sistema de "chacras laríngeos" e suas relações com as demais funções do perispírito.
É de tal importância a harmonia dos acordes respiratórios, durante a pronúncia dos tradicionais "mantrans" orientais que, durante os transes efectuados por alguns faquires hindus, qualquer desajuste entre o controle da respiração e o ato de pensar e pronunciar o "mantram" é bastante para obscurecer-lhes o controle mental consciente que pretendem exercer a distância, em desprendimento astral.
O retardamento respiratório durante a pronúncia de certos grupos vocálicos de qualquer idioma complexo cria um estado de toxidez ou carbonização intermitente, pois a demora de oxigénio, que faz acumular o anidrido carbónico, perturba a corrente circulatória e, em consequência, ofusca e reduz a função do "chacra laríngeo" e adensa o magnetismo do perispírito.
Então o espírito já não pode mais exercer o perfeito domínio do seu sistema de fonação, e a sua linguagem titubeia, podendo mesmo serem percebidos os rápidos fenómenos da gagueira nervosa.
A conversação perfeita exige a sincronia exacta dos movimentos respiratórios com a formação de cada palavra pronunciada, como acontece com os cantores, que precisam empostar a voz e possuir óptimo controle dos seus pulmões, a fim de manterem o perfeito equilíbrio do chacra laríngeo, que se situa vigilante entre o ato de "pensar" e o de "cantar".
Os esgares fisionómicos de muitos aldeões intempestivos são produto do automatismo defeituoso dos seus dialectos irregulares e desarmónicos em pronúncia, tanto assim que certos vocábulos asiáticos chegam a tornar congesta a fisionomia dos seus intérpretes.
Aqueles que já conhecem o efeito terapêutico da respiração ioga no organismo humano, será mais fácil compreender a razão do extremo cuidado que foi empregado pelos técnicos siderais para obtenção da sincronia do psiquismo ao campo orgânico físico, e isso muito antes de Zamenhof materializar o Esperanto na Terra e enfrentar o sarcasmo do presunçoso e céptico cidadão terreno.
Embora enalteçais a conquista técnica ou científica humana, no terreno da linguagem, haveis de convir em que a perfeição no falar também exige que o verbo se conjugue à preciosidade da harmonia psíquica do seu intérprete, de cujo facto Jesus foi um dos mais belos exemplos.
O idioma Esperanto, que é mais electivo e próprio das almas já dotadas de sentimentos fraternos elevados, não poderia ser um presente inusitado e miraculoso, feito extemporaneamente pelo céu à vossa humanidade descuidada.
Ele foi idealizado no Além e depois plasmado no mundo da carne, sob o controle directo do governo oculto da Terra, assim que o homem se revelou capaz de entendê-lo racional e emotivamente.
Os divinos mentores da vida terrena, há muitos milénios que vinham operando para que se registrasse o evento salutar da "voz humana" e, a par disso, a mais primitiva articulação da voz animal ainda exigiu prévio e cuidadoso plano para o seu êxito na matéria.
É evidente que, assim como a oração aquieta o ambiente psíquico colectivo, um vocabulário irritante, grosseiro e ofensivo perturba até o metabolismo dos nervos e do fígado, criando estados de melancolia e aflição.
E, como prova do efeito das palavras, notai que a oração antes das refeições estabelece certa harmonia vibratória psicofísica no ambiente, na forma de uma suave terapia verbal que, além de proporcionar a serenidade psíquica capaz; de conter a turbulência mental e manter agradável disposição emotiva, desoprime o mecanismo produtor dos sucos hepáticos, e favorece os processos de digestão.
Daí, pois, o motivo porque o departamento psicofísico da Academia de nossa metrópole pesquisou cuidadosamente o efeito que certas letras produzem sobre diversos grupos de vogais, quando oprimem e perturbam o ritmo verbal e acasalam sons impróprios, que depois repercutem no duplo etérico e no movimento do chacra laríngeo, resultando a modificação do fluido vital, a alteração da velocidade sanguínea e linfática, assim como a alteração do trabalho defensivo das super-renais, o aceleramento da vesícula hepática e ainda alguns outros estados fisiológicos imprevistos e ignorados pela medicina comum.
Há grande diferença de receptividade psíquica entre ouvirmos o dialecto atropelado e gritante do aldeão inculto e um poema declamado por insigne poeta, que pronuncie harmonioso conjunto de vocábulos de serena e cristalina musicalidade.
E o Esperanto, em verdade, é linguagem que reduz a velocidade no falar, pois não precipita vocábulos, exigindo o fiel ajuste da ideia à palavra e à sua pronúncia clara e agradável.
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5 - Departamento Clássico:
Este sector esperantista é de acção mais propriamente para o futuro quando, pela exigência evolutiva do mundo, convenha ser posta em uso uma terminologia mais clássica e à parte, como um meio de fácil entendimento através de códigos de ordem técnica, científica ou artística do idioma internacional.
Qualquer nova modulação verbal que convenha ser incorporada ao Esperanto é objecto de cuidadosa atenção e estudo por parte desse departamento, como o responsável para que o ingresso de qualquer vocábulo autónomo não perturbe a lógica, a simplicidade, o mecanismo harmonioso e a internacionalidade do idioma.
É mais um departamento fiscalizador das tradições e dos postulados esperantistas, sendo que, por isso mesmo, é o responsável pela fidelidade original e indestrutível do idioma.
Através da incessante inspiração que dão aos principais membros esperantistas, encarnados na Terra, e das instruções que lhes administram à noite, quando eles se desprendem do corpo físico, os responsáveis pelo departamento clássico asseguram a estabilidade da língua, não só oficializando necessidades justas, quando da introdução de novos vocábulos, como também sugerindo a eliminação do que lhes pode parecer incongruente.
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6 - Departamento de Intercâmbio e Divulgação:
É o departamento que se interessa especialmente por todos os espíritos encarnados no Brasil, ou que, desencarnados, sob a jurisdição da metrópole do Grande Coração, se mostrem interessados pelo idioma internacional elaborado por Zamenhof.
Mas o seu labor também se conjuga, em perfeita harmonia e intercâmbio, ao de todos os demais núcleos, departamentos, burgos e Academias de Esperanto pertencentes às demais colónias e metrópoles astrais, que circundam os países terrenos e se interessam pelo Esperanto.
Todos os departamentos de "Intercâmbio e Divulgação", das comunidades astrais, em torno da Terra, possuem a relação completa de todos os espíritos que estudam e divulgam o Esperanto na sua superfície material.
Os seus membros exercem contínua observação sobre todos os poetas, escritores, linguistas e professores que no mundo físico manifestem qualquer simpatia pela língua, procurando exercer sobre eles a melhor influência possível e induzi-los a cultivarem definitivamente o Esperanto.
É este departamento, responsável pelo intercâmbio e divulgação esperantista, o que mais se interessa em promover o aumento de adeptos, a fim de que o Alto, mais tarde, possa acelerar o êxito telepático da humanidade, coisa que só será possível depois do êxito de um idioma internacional.
Os nomes de todos os discípulos e simpatizantes esperantistas actualmente existentes na Terra e com propósitos de aprender o idioma encontram-se perfeitamente anotados pelos directores espirituais interessados em todos os movimentos que auxiliem a maior divulgação da língua neutra.
É justamente através desses departamentos, que se distribuem por várias cidades astrais, que os espíritos interessados no. progresso esperantista no mundo físico podem se candidatar à reencarnação terrena, e para isso permanecem em contínua ligação e entendimento com as demais instituições responsáveis pela desencarnação e reencarnação na Terra.
A fim de melhor exercerem o controle eficiente da "Missão Esperanto" entre os encarnados, eles tomam contacto com todos os espíritos que "descem" à carne, e que porventura queiram aceitar alguma tarefa a favor do idioma internacional.
Os espíritos de nossa metrópole, candidatos a breves reencarnações na Terra, e que queiram cooperar aí na divulgação do Esperanto, precisam estagiar e fazer um curso rápido da língua esperantista, na nossa Academia, a fim de que ressurjam no mundo físico subjectivamente simpáticos à ideia de um idioma internacional.
Enfim: o departamento de intercâmbio e divulgação propaga a língua Esperanto entre os encarnados e desencarnados, assim como arregimenta espíritos laboriosos e capacitados que desejem integrar-se às falanges dos trabalhadores esperantistas na Terra.
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7 - Departamento de Vigilância e Protecção:
É o departamento da Academia de Esperanto que possui valiosa equipe de espíritos tanto adestrados no idioma esperantista como na luta contra os contrabandistas das trevas.
São espíritos treinados com a máxima eficiência, para protegerem todos os esforços e movimentos de divulgação e preservação do idioma fraterno no mundo terráqueo, quer no tocante à transmissão das ideias esperantistas do mundo espiritual para o mundo material, quer favorecendo o próprio intercâmbio mediúnico entre os seus adeptos encarnados.
Os mentores esperantistas esforçam-se para que os desencarnados venham a ditar obras mediúnicas, em Esperanto, que versem sobre todos os assuntos de favorecimentos científicos, artísticos e principalmente da moral, ao homem terreno.
A divulgação completa do idioma internacional descortinará novos panoramas no intercâmbio e entendimento com os próprios desencarnados, que mais facilmente poderão aprendê-lo no Espaço e se entrosar num labor mais amplo com todos os povos.
Este é um dos motivos que mais justifica a existência do departamento de "Vigilância e Protecção", pois que lhe cumpre a tarefa espinhosa de afastar do círculo doutrinário esperantista todos os espíritos desencarnados ou encarnados que porventura pretendam ridicularizar, dificultar ou subverter a divulgação e o êxito do Esperanto.
É óbvio que as organizações trevosas têm por escape reduzir-lhe as intenções nobres, servindo-se dos recursos mais astuciosos e das mistificações mais desapercebidas!
Não só buscam falsear as bases esperantistas e entravar o seu incessante progresso, como ainda tentam minar o ânimo dos seus entusiastas defensores.
Algumas vezes, os génios trevosos têm inspirado a composição de outros idiomas artificiais, ou então sugerido a incongruência das fusões linguísticas, que só semeiam o ridículo e tendem a desiludir futuramente quanto ao êxito definitivo do Esperanto.
Mas o departamento de vigilância e protecção conta com vasta rede de filiados, que se distribui por todas as zonas adstritas à Crosta, sendo que alguns se submetem deliberadamente aos fluidos agressivos das regiões onde se situam as organizações do mal, a fim de conhecer e investigar antecipadamente o programa e as intenções desses adversários inescrupulosos.
Da mesma forma, esse departamento também se filia aos outros departamentos de igual objectivo, que pertencem às demais instituições esperantistas existentes no Astral, de cuja cooperação mútua resulta um eficiente serviço em equipe.
Reconheço que é justo vosso espanto ante meus relatos sobre o Esperanto, coisa que também aconteceria comigo, se eu ainda estivesse encarnado, pois sei que é difícil e mesmo excêntrico acreditar-se que a divulgação de um idioma neutro, na Terra, e que para muitos é de somenos importância, deva exigir tais cuidados e vigilâncias, além de um exaustivo programa que teve sua origem há muitos séculos passados.
Mas o principal equívoco terreno consiste em imaginar todo o êxito do Esperanto como fruto exclusivo do labor de Zamenhof, como se numa única existência humana ele pudesse abranger o passado, o futuro e todos os detalhes psíquicos e mentais da humanidade terrena, a fim de compor-lhe um idioma que é um primor de exactidão e de avanço linguístico, essencialmente ajustado a todos os eventos psicológicos.
Entretanto, Zamenhof foi justamente a derradeira peça humana a ser movimentada no mundo físico, logo após a secular experimentação do grande plano na esfera astral, quando a humanidade se avizinha da sua profética selecção espiritual.
É por isso que homens como Zamenhof, Kardec, e outros missionários de renovações espirituais colectivas, embora sejam muito sábios, também são muito humildes, pois no âmago de suas almas ainda se recordam de que são meros instrumentos de planos mais altos que vêm sendo elaborados através dos séculos e dos quais fazem parte milhares de outros cooperadores.
No entanto, a luta entre o bem e o mal, no ambiente do mundo astral, ainda é mais intensa do que na Terra, porque se processa no seio da energia livre, que responde com incrível rapidez a todos os nossos intentos e objectivos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:38 am

As colectividades diabólicas, que residem nas zonas sombrias, também possuem o seu programa de acção e de ofensiva disciplinada, pois são habilmente dirigidas pelos génios trevosos.
Uma vez que não podem invadir e dominar as zonas angélicas, aplicam-se tenazmente à finalidade exclusiva de dominar o mundo de sensações, que é a Terra.
Vingam-se, pois, opondo-se a todos os projectos e empreendimentos de natureza espiritual superior, que tenham por objectivo libertar o homem terreno das algemas do instinto inferior.
E o Esperanto, que é um idioma internacional de aproximação fraterna e de alto nível psíquico, é então um dos movimentos bastante visados por esses espíritos rebeldes ao Bem, que se opõem ao progresso de uma língua que, não só apressa o intercâmbio e a cultura espiritual entre os homens, como também auxilia o intercâmbio e o entendimento entre as nações terrenas, que tanto se excitam belicosamente, por não poderem se harmonizar através de seus idiomas antagónicos.
Daí também a existência lógica de um "Departamento de vigilância e protecção" na Academia de Esperanto, e que se destina a neutralizar as campanhas difamatórias e os sarcasmos dos demolidores da ideia esperantista.
Por isso, ele requer numeroso grupo de almas decididas e heróicas, que penetrem até nas zonas trevosas mais profundas e se antecipem a muitos projectos manhosos desses espíritos das sombras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:39 am

Esclarecimentos de Ramatis

Capítulo 11 - [b]A Missão do Esperanto na Terra[b]
(Esclarecimentos de Ramatis sobre o assunto tratado por Atanagildo)

Prezado irmão Ramatis:
Acabamos de receber do vosso companheiro de trabalho, Atanagildo, o último capítulo de sua obra "A Sobrevivência do Espírito".
Cientes de que colaborastes com Atanagildo para que a obra em questão se pudesse revestir de clareza e alcançar a alta finalidade que tem em vista, gostaríamos que vos manifestásseis pessoalmente sobre os últimos capítulos dessa obra, que se referem ao Esperanto, e que julgamos de alto valor para a humanidade terrena que se interessa pelo cultivo e disseminação daquele idioma.
Nessa conformidade, desejaríamos que respondêsseis a algumas indagações nossas no sentido de se dar ao assunto um esclarecimento ainda mais minucioso sobre a finalidade do Esperanto.
Podereis atender-nos?
Ramatis: - Cumpro sempre o sagrado dever de ficar à vossa disposição, para vos esclarecer em assuntos de magna importância para a alma, pois é tempo de o cidadão terrícola conhecer a razão de sua própria existência e também o grau de sua responsabilidade espiritual para com a vida criada por Deus.
Indagai, pois, e atender-vos-ei naquilo que for justo e razoável para melhor compreensão de vossos espíritos.

Pergunta: - Em face das informações do irmão Atanagildo, sobre as minuciosas providências tomadas no Além até para a composição de um dialecto terreno não se poderá dizer que com isso fica bastante diminuído o apreço que devemos aos filólogos que estudam a origem da palavra e das línguas?
A Etimologia, por exemplo, não representa um importante e completo estudo da palavra, por parte dos terrenos?
Ramatis: - A Etimologia tem de fato por função, no vosso orbe, o estudo da origem e da razão da existência de cada palavra e sua significação; mas é evidente que ela se relaciona especificamente ao carácter material da palavra e ao seu som.
No entanto, os técnicos espirituais se preocupam principalmente com o fundamento espiritual da palavra, ou seja, com a profundeza da raiz do verbo, em que se oculta a força íntima da palavra.
Quando dizeis o "Verbo", o "Logos" ou a "Palavra", na realidade estais dizendo a Lei, o Espírito das coisas criadas ou a ideia original da Vida, que permanece oculta nessa enunciação.
Na própria expressão bíblica "O Verbo se fez carne e habitou entre os homens", está implícita a ideia de que o Espírito corporificou-se em forma visível aos sentidos humanos.
Daí, pois, a necessidade de se realizar no Além um estudo que parece incompreensível ao vosso entendimento de encarnados, mas que é profundamente científico e se relaciona directamente com o "espírito" de cada palavra e se estende, então, ao idioma da qual ela participa.

Pergunta: - E sob o vosso entendimento espiritual, como considerais o Esperanto em relação ao nosso actual progresso moral, científico e espiritual?
Ramatis: - Só agora o Esperanto atinge a sua fase mais importante e, também, a mais promissora.
Nenhum outro idioma poderá substituí-lo e nenhum esforço futuro poderá superá-lo no seu mecanismo genial, pois foi elaborado cientificamente por alma experimentadíssima no género. linguístico, como é o espírito de Luiz Lázaro Zamenhof.
Ele foi sempre um dos mais avançados linguistas que se encarnaram no vosso orbe e já havia tido oportunidade de estagiar em outros mundos mais evoluídos, onde estudou as bases fundamentais e definitivas para o êxito de um idioma de ordem universal, na Terra.
Em encarnações anteriores, ele viveu na Hebreia, na Grécia e no vale do Tibre, na Itália, a fim de concatenar pouco a pouco os elementos fundamentais e descobrir a terminologia necessária que mais tarde serviria para o estabelecimento definitivo do Esperanto.
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Em face do acatamento que tem tido o Esperanto por parte dos cientistas do século XX, da sua sobrevivência através do tempo e da incessante adesão de novos e entusiastas adeptos ao seu admirável mecanismo lógico e sensato, está visto que se trata de uma nobre realização superior, pois já triunfou no tremendo impacto da lógica e da razão superdesenvolvida da era atómica.
E, além de ter resistido às mais implacáveis exigências modernas - que já têm destruído os mais sólidos tabus, dogmas e crenças tradicionais dos séculos - o idioma esperantista progride e se dissemina pelo mundo terráqueo, estendendo o seu fraternal vocabulário a todos os povos e impondo-se pela grandeza de seus postulados inalteráveis!

Pergunta: - Em síntese, por que motivo considerais o Esperanto como capaz de se tornar um idioma internacional ou de uso comum a todos os povos?
Qual o motivo de sua força e resistência às investidas da crítica malévola e sarcástica que lhe têm feito alguns povos interessados em que o seu idioma nacional seja o definitivo veículo internacional?
Ramatis: - A perfeição linguística do Esperanto é devida principalmente ao facto de haver sido realização de um cérebro tão amigo da lógica e da ciência quanto o foi o admirável e sensato raciocínio de Kardec na codificação do Espiritismo.
Alguns cientistas de renome, do vosso mundo, já reconhecem que o Esperanto é uma obra-prima de lógica e simplicidade, significando um evento de tanta importância na esfera linguística quanto o foi a descoberta da energia atómica na esfera científica.
A sua reduzida gramática, isenta das regras que tanto fatigam a mente do estudante, torna o Esperanto um primor de racionalidade e um monumento de habilidade e inteligência, que ainda mais se engrandece com a sua ortografia fonética e a sua sintaxe de uma simplicidade surpreendente.
Ele tem tudo que é necessário para se ajustar aos imperativos do século dinâmico em que viveis, onde tudo é feito, às carreiras e o tempo é parcimonioso para o entendimento humano, motivo por que os pensamentos precisam ser resumidos em poucos vocábulos.
O estudante do Esperanto, em lugar de fatigar a sua memória para se lembrar de regras gramaticais envelhecidas e complicadas, por entre um labirinto de acentuações gráficas e reformas ortográficas, que exigem grande cuidado para que se possa expor o pensamento sem o risco de críticas, encontra no Esperanto um sistema claro e regular que o torna um admirável e mágico multiplicador de palavras sob a mais encantadora simplicidade.
É um dos mais avançados mecanismos verbais à disposição do homem moderno, bastando-vos accionar as teclas fáceis e conhecidas de suas bases inalteradas para que, à semelhança do que se dá com as modernas máquinas de calcular, possais obter imediatamente os resultados que desejais sem que vos fatigueis cerebralmente.
Apesar de o Esperanto ser tão simples e fácil, só no século XX é que os homens estão se revelando mental e cerebralmente dinâmicos para poderem articulá-lo e compreendê-lo com clareza e êxito, visto que ele não é apenas um idioma compilado inteligentemente por um homem genial, mas, sim, uma síntese resultante do progresso milenário da linguagem humana até os vossos dias.

Pergunta: - Aliando-se ao ideal esposado por Zamenhof, o Esperanto tornar-se-á realmente um idioma preferido por todos os povos e raças terrenas, vencendo as naturais reacções muito comuns às raças egocêntricas?
Ramatis: - Não tendes percebido que o labor dos esperantistas se assemelha muito ao trabalho empreendido pelos apóstolos, quando de sua sacrificial missão pára divulgação do Evangelho de Jesus?
Eles são homens em sua maioria desinteressados de quaisquer proventos, pois trabalham com abnegação e gastam suas existências no esforço tenaz e corajoso de expor o ideal do Esperanto; alguns não só empregam nisso o seu tempo precioso, como também o seu dinheiro, sem fins utilitaristas.
As obras esperantistas mais divulgados no vosso orbe nasceram de doações e esforços particulares, marcados pelo desinteresse, fortalecidos pelo espírito heróico e pelo desejo puro de se disseminar um idioma neutro e confraternizador!
Através dessa divulgação nobre e generosa, permanece vivo e se alimenta um sonho crístico de concórdia, esperança e confraternização verbal entre todos os homens!
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:39 am

Evocando o trabalho heróico dos. primeiros cristãos, muitos dos quais tornaram a se reencarnar como novos apóstolos do idioma esperantista, devo dizer-vos que este movimento é imune a qualquer desânimo, mordacidade, prejuízo ou sacrifício.
Os seus divulgadores são dominados por um anseio ardente e uma fé tenaz, que realmente é capaz de levá-los a demolir montanhas e obstáculos tremendos, para o êxito completo de obra tão meritória.
São almas treinadíssimas, do passado, e que sempre estiveram presentes e acostumados aos surtos das grandes realizações espirituais em favor da humanidade, tendo se sacrificado heroicamente para a glória da arte, da ciência, da religião e da moral espiritual.
O Esperanto há de concretizar o ideal esposado por Zamenhof, justamente porque aqueles que hoje o divulgam, à custa de heroísmos, sacrifícios e prejuízos, são os mesmos que já divulgaram outras ideias benfeitoras no pretérito e alcançaram a meta idealizadora, porque tudo fizeram com abnegação em favor do Bem e do Amor fraterno.

Pergunta: - Justamente por se tratar de um trabalho do Espaço, surpreende-nos o dispêndio de tantos séculos no mundo espiritual, para que ele se corporificasse a contento na face da Terra.
Qual a razão disso?
Ramatis: - É desculpável que, ainda na matéria, não possais avaliar o cientificismo e o labor avançado, que são exigíveis para se poder aperfeiçoar e divulgar um idioma de natureza internacional entre as contradições humanas e os interesses tão diversos no seio dos povos egocêntricos.
Trata-se de algo mais importante do que uma simples forma verbal para as relações humanas; é missão a ser realizada no ambiente terreno, ainda preso pelas algemas das paixões animais, e que não é capaz de entender a essência íntima do Esperanto, que, além de sua expressão idiomática, ainda é avançada mensagem espiritual fraterna endereçada a todos os povos.
Como o terrícola só pode perceber pelos cinco sentidos o aspecto exterior das coisas fenoménicas da matéria, ainda crê que todo progresso humano seja simples "obra da Natureza", assim como que a criação de um idioma deva ser fruto apenas do progresso dos encarnados.
A vida e sua admirável metamorfose significa para ele apenas um produto disciplinado do "acaso", ou então o resultado de um toque mágico da "providência divina" que deve se encontrar sempre à disposição dos desejos humanos.
Ele ignora que, no mundo invisível aos sentidos humanos, os prepostos de Deus operam devotamente durante vários milénios, para só então conseguirem pequeninos êxitos que são então plasmados no cenário das formas terrenas.
Quantos esforços e trabalhos incessantes foram necessários, nos séculos findos, para que se criasse ambiente favorável e um momento psicológico para Newton descobrir a lei da gravidade, após a singela queda de uma maçã ou, então, para Colombo poder se aventurar corajosamente à procura de terras para além do misterioso oceano!
Para muitos encarnados, tudo isso não passa de algum espontâneo concatenamento de elos explicáveis pela ciência ou, então, de simples coincidência atribuída à Natureza ou ao acaso.
O homem terreno sempre viu caírem maçãs todos os dias; outros sempre saíram mar afora para efectuar seus negócios, sem que nenhum descobrisse algo de importante; no entanto, Newton e Colombo descobriram leis e terras que revolucionaram os povos e as ideias do Velho Mundo.
Da mesma forma, dificilmente podereis avaliar o montante de esforços, raciocínios e experimentações que os técnicos linguísticos do Astral despenderam para que neste século de maior entendimento mental, surgisse no cérebro de Luís Lázaro Zamenhof a ideia de compor um idioma internacional e abençoado, como o é o Esperanto.
Evidentemente, parecer-vos-á que houve demasiada demora nos mundos astrais para se terminar a tarefa prosaica de se divulgar um idioma fraternista no mundo físico, e que assim mesmo só é preferido por um diminuto contingente humano.
No entanto, o fenómeno comum, de uma bolota se transformar em carvalho - embora exija um cento de anos para isso - dependeu de muitos milénios de experimentações inteligentes das quais essa suposta e miraculosa Natureza se serviu para transformar a pedra em vegetal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:39 am

Pergunta: - Podeis nos apresentar um exemplo mais objectivo desse trabalho, que muita gente atribui à Natureza, mas que se realiza através de planeamentos tão longos e minuciosos, e que são incessantemente supervisionados pelos espíritos desencarnados?
Ramatis: - O homem desconhece ainda o turbilhão de fórmulas e planos que se conjugam à heróica disciplina e à sabedoria sideral dos trabalhadores espirituais que operam nos bastidores dessa tão famosa e mecânica Natureza, considerada como espontaneamente criadora por alguns terrícolas.
Em tudo que vedes, pensais ou sentis, há sempre um espírito director, em incessante actividade criadora, como divino sustentáculo das formas exteriores e transformáveis, do mundo provisório, permitindo que este cumpra a sua finalidade abençoada de modelar as configurações, que activarão novas consciências individuais dos filhos de Deus.
Assim é que, por detrás do cisco que fertiliza a rosa, do mostrengo que será o fascinante beija-flor, do feio embrião que se transformará num Apolo ou, então, em sedutora mulher, sempre operam espíritos inteligentes, responsáveis e propulsores da vida exterior. No sussurro do vento, no pio do pássaro ou no balbuciar da criancinha permanece constante o espírito, vivificando e compondo essas manifestações na matéria.
É por isso que notais um sentido inteligente e criador nessa tão delicada Natureza.
Aqui, a semente atirada ao seio da Terra germina, cresce e se desenvolve, desatando a árvore e vestindo-a de folhas e flores, até produzir os frutos desejados; mais além, os pássaros tecem os seus ninhos, deitam ovos e deles nascem filhotes impedidos de voar; mas eles se empenham, cambaleiam, fracassam e recomeçam seus esforços atendendo à ansiedade de se locomover, para depois se alarem quais flores vivas, pelo espaço cerúleo afora!
Ali, ínfimo filete d'água desliza pelo solo ressequido, humedece a areia, cava a pedra rude e rompe o solo até torná-lo em vultoso abismo, por onde então mergulha na forma de caudaloso Amazonas.
Acolá, a criança surge materializada no ventre materno, move-se, engatinha, tomba, ergue-se e, num punhado de anos, produz a "Divina Comédia", o "Don Quixote" ou a "Sinfonia Coral" ou, então, constrói os colossos metropolitanos, ilumina o orbe, sulca os ares e domina os oceanos!
Quando se desveste do traje carnal, pode reinar e comover o mundo, na figura de um Crisna, um Buda, Francisco de Assis, ou o sublime Jesus!
Até no singelo mover dos lábios da criança ansiosa por transmitir o seu pensamento, concretiza-se o resultado de ideias e planos elaborados gradativamente pelos milénios afora!
Mesmo para esse mover de lábios, foi preciso que alguém primeiramente pensasse, planeasse e agisse para materializá-lo no cenário das formas do mundo transitório!
Imaginai agora as providências milenárias e os extremos cuidados que de hã muito tempo vêm empreendendo os prepostos divinos, para que a humanidade terrícola pudesse lograr o êxito do Esperanto e usá-lo como divino linguajar, para se adaptar sem alterações aos mais diferentes climas psicológicos e aos mais diversos equipamentos de formação das raças humanas!
Quantas experimentações exaustivas, correcções infindáveis e sustentação espiritual têm-se sucedido no decorrer desse longo tempo, a fim de que o Espírito do Esperanto lograsse atingir essa unidade coesa e indestrutível, sobrevivendo no seio dos povos mais heterogéneos e resistindo à natural tendência de deformação linguística!
Olhai vossas mãos, por exemplo.
Que vedes?
Apenas dois membros que vos servem docilmente e atendem a todas as necessidades e exigências da vossa vontade a elas transmitida pelo cérebro.
Elas alcançam a virtuosidade artística, quando seus dedos, movendo-se rapidamente sobre o teclado do piano ou segurando o arco do violino, transformam miraculosamente os sons mais heterogéneos em acordes primorosos e melodias inesquecíveis!
Para o homem comum, essas mãos não passam de um produto natural da génese espontânea da Natureza, enquanto o cientista sentencioso explica que são apenas uma consequência natural e milenária da evolução do protozoário até a forma humana, através do trabalho de selecção e aperfeiçoamento da espécie animal.
Raras criaturas avaliam a docilidade de suas mãos ao obedecerem prontamente às mais subtis exigências do espírito, articulando os seus dedos no trabalho que se lhes requer, como servas submissas a qua1quer capricho da mente encarnada!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:39 am

Essas mãos, à simples ideia de que vão servir para esbofetear alguém, estremecem como aves encolerizadas, mas também se revestem da mansuetude das pombas, e se embebedam de um fluido amoroso, quando apenas pensais em abençoar alguém!
Elas são um prolongamento vivo da vossa própria personalidade e falam uma língua inteligível às almas percucientes; estendem-se lânguidas e enleiam-se; tremem, reagem, pousam, erguem-se, vibram e falam em sua linguagem silenciosa e impressionante, plasmando tudo o que o vosso espírito pensa, deseja, e quer transmitir!
Mas quantos milénios foram necessários para que os admiráveis técnicos siderais, na noite dos tempos, tivessem podido planejar e criar essas mãos!
Quantos departamentos siderais trabalharam sob a visão carinhosa de milhares de espíritos ligados à Mente Divina, unicamente para que o terrícola pudesse usufruir actualmente das bênçãos dessas mãos valiosas!
Como consequência, podeis avaliar a dificuldade da génese de um idioma internacional, como é o Esperanto, que foi alvo dos mais devotados cuidados e esforços do plano sideral para que, ao atingirdes o século XX, possuísseis o encordoamento vocal exigível para o articulardes com êxito!
Acresce-se ainda que o Esperanto, além de sua singeleza fonética, é idioma que contém a mensagem iniciática do amor universal devendo, por isso, intensificar a harmonia de relações e entendimentos pacíficos entre os habitantes da Terra, assim como o Evangelho, pela via interna do espírito, também cumpre a missão de despertar o homem espiritual para a revelação de sua consciência angélica.
Assim como foram precisos muitos milénios para que a rígida barbatana do peixe atingisse a maravilhosa expressão das mãos humanas, também foi preciso longo tempo para que os primeiros gritos articulados, do primata das cavernas, fossem desenvolvidos e transformados no admirável órgão da palavra, que actualmente se flexiona sob a musicalidade e a justeza do Esperanto.
Não resta dúvida de que só agora o homem terreno apresenta condições precisas no seu aparelho de fonação para poder se amoldar à língua esperantista, que representa uma das mais avançadas conquistas filológicas de objectivos fraternos e de entendimento internacional.
Embora o Esperanto seja um idioma simples, o homem terreno não poderia aprendê-lo subitamente, antes de saber articular com facilidade as suas cordas vocais, regulando-as habilmente com a sua respiração pulmonar.
O Esperanto é a cúpula genial de um grandioso edifício linguístico, de entendimento entre toda a humanidade, e o seu alicerce foi lançado há incontáveis milénios, quando o troglodita envidava heróicos esforços para articular o primeiro vocábulo original da linguagem. terrena.
Zamenhof, eleito no céu para a glória da paternidade do Esperanto na Terra, foi o sublime artista que materializou em sinais gráficos e em sons orais essa sublime esperança de completo entendimento entre os homens.

Pergunta: - Várias vezes Atanagildo fez referência a equipes de técnicos, professores e estudiosos de instituições e academias esperantistas, no Astral.
Se o Esperanto é uma língua tão simples no seu mecanismo verbal, por que exige tanta preocupação no Além?
Ramatis: - Mesmo o mais rudimentar dialecto falado no vosso mundo material mereceu cuidadoso estudo e atenção de abalizados linguistas da esfera espiritual.
A linguagem humana não é mero produto de circunstâncias acidentais, mas uma resultante da linguagem de muitos temperamentos psíquicos que, antes de se encarnarem, já a articulavam no plano mental e astral e que, mais tarde, e na devida oportunidade, puderam materializá-la através da laringe carnal.
Mesmo o grito inexpressivo do animal é um efeito do psiquismo colectivo que dirige a sua espécie e incentiva para os experimentos e fenómenos de relação com o meio.

Pergunta: - A insistência de nossas indagações a esse respeito é porque, em face de o Esperanto ser tão fácil e simples, fazíamos ideia de que deveria ter sido elaborado, no Além, sem muitas preocupações técnicas e funcionais.
Estamos equivocados nestas reflexões?
Ramatis: - Porventura o Evangelho não é um código de leis cristãs tão simples, elaborado há quase dois mil anos?
No entanto, embora já vos encontreis no século XX, o terrícola ainda se sente imaturo de espírito e incapacitado para se integrar definitivamente nos postulados dessa mensagem tão sublime!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:40 am

Quantos milénios hão transcorrido e quantos precursores de Jesus já palmilharam a Terra, preparando-a para que o homem lograsse assimilar as máximas evangélicas tão benfeitoras!
Não vemos motivos, pois, para que subestimeis o labor espiritual do Além, referente ao Esperanto, apenas porque é um idioma fácil e simples.
Evidentemente, ele não possui a quantidade prolixa de vocábulos familiares às línguas das nações mais adiantadas do vosso mundo, porque a sua linguagem, em verdade, é portadora de melhor expressão verbal firmada nos experimentos milenários.
Daí, pois, o volume de estudos, pesquisas e experimentações que se aliaram à vultuosidade do trabalho dos espíritos esperantistas de todas as comunidades astrais junto à Terra, pois não se trata de um simples dialecto, nem de linguagem própria de um povo ou de uma raça, mas de idioma internacional e neutro, elevado à categoria de doutrina verbal, capaz de acelerar o espírito de confraternização entre toda a humanidade terrena.
A ideia de uma língua internacional não surgiu de improviso entre vós, como decorrência natural de evolução da humanidade terrestre, pois ela é tão velha quanto o homem.
Como já dissemos, quando o primata ainda ensaiava os seus primeiros vocábulos, na forma de gritos inexpressivos, os mentores do orbe terráqueo já estudavam, no Além, os pródromos de um idioma neutro e internacional, que pudesse atender, com eficiência, à média do tipo humano superior, que seria o produto do evento da sexta raça-mãe, em formação, e a penúltima do planeta Terra.

Pergunta: - O Esperanto, porventura, não poderá se transformar num dialecto?
Ramatis: - Tanto entre os mentores siderais do orbe como entre os encarnados no mundo terreno, permanecerão sempre intactos a disciplina e o plano iniciático que é responsável pelo cumprimento rigoroso dos princípios fraternos e internacionais do Esperanto.
Assim como as esferas científicas, filosóficas e mesmo religiosas promovem os seus congressos e movimentos de carácter internacional, para que sejam preservados e mantidos os seus postulados fundamentais e as realizações de sua responsabilidade, também esses congressos, aliás já comuns entre os esperantistas, serão organizados continuamente, para que o idioma fique imunizado contra qualquer influência ou vício de corrente de dialectos e línguas heterogéneas.
Sob a inspiração do Alto, sempre hão de se reunir homens sábios, filiados espiritualmente às instituições esperantistas do Astral, para que sejam fiscalizadas e mantidas as bases imodificáveis que hão de garantir a homogeneidade da língua neutra e internacional.

Pergunta: - Os mais abalizados filólogos costumam dizer que as línguas não são nem podem ser criações caprichosas, à parte, mas sim fruto da própria vida dos povos, reproduzindo a sua psicologia e os condicionamentos do meio.
Ramatis: - Se assim é, o Esperanto é uma comprovação cabal de tal conceito, pois se uma língua deve atender à índole psicológica e à vida íntima dos povos ou das raças, tornando-se rico seu mecanismo verbal e ortográfico, capaz de interpretar o seu conteúdo artístico, filosófico, técnico e moral, é claro que um idioma que deve servir a todo o planeta Terra também exige que as suas bases principais se identifiquem e se afinizem com a psicologia de toda a humanidade.
Não conhecemos nenhum outro idioma vivo ou morto que sirva para interpretar fielmente as ansiedades e a psicologia de todos os homens, pela razão de que sempre há de se tratar de língua exclusiva de um povo ou de uma raça e que, por mais evoluída que seja, não servirá para os demais, pois é a expressão de um conjunto psicológico isolado.
Mesmo que a humanidade adoptasse como veículo universal da palavra uma língua nacional, tomada da raça mais desenvolvida do planeta, ainda assim seria preciso que todos os povos aceitassem espontaneamente um idioma estranho à sua pátria, deixando-se submeter docilmente ao jugo verbal estrangeiro, o que é impossível em vosso mundo!
Demais, para não ferir os brios patrióticos, o desejado idioma neutro teria que se constituir com um pouco de vocábulos de cada povo ou das diversas línguas existentes, para então se tornar num mecanismo verbal temperado ao gosto internacional.
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:40 am

Mas seriam precisos muitos séculos para que esse duvidoso "cozido" heterogéneo.
Se transformasse no sonhado acordo linguístico para toda a humanidade. Seria muito difícil vingar um idioma produto da ideia excêntrica de se misturar um punhado de vocábulos de cada povo, a fim de se formar um "coquetel" verbal que pudesse atender a todas as necessidades raciais e ainda possuir tal quimismo filológico que evitasse praticar-se qualquer descaso nacional para com outra raça.
Ante a belicosidade e a desconfiança dos homens e das nações terrenas, que se atritam pela vaidade, ambição, orgulho, caprichos e nacionalismos tolos, podeis avaliar quão difícil se tornaria harmonizar tantos pensadores e patriotas tão acirradamente nacionalistas e nunca universalistas, para que concordassem em admitir o uso exclusivo de um idioma estrangeiro, só porque possuísse um pouco de vocábulos do seu próprio idioma pátrio.
Eis por que a língua Esperanto é a mais preferida e cultivada por aqueles que já ensaiam os primeiros passos de confraternização mundial e aproximação espiritual.
Ela se afiniza principalmente com os homens que, embora religiosos ou não-religiosos, são desapegados de racismos, "nacionalismos e patriotismos isolacionistas.
É que o carácter neutro do Esperanto, e a ausência nele de princípios racistas ou nacionalistas, fazem com que não ofenda os sentimentos patrióticos de nenhum povo, pois, em lugar de ser uma língua internacional excêntrica e confeccionada com vocábulos seleccionados dos principais idiomas predominantes, ela se firma nas raízes idiomáticas que justamente deram origem a todas as línguas do mundo.
As principais raízes do esperanto vêm do tronco indo-europeu, que é o berço pródigo de todas as línguas expressivas, constituindo-se, então, na fonte idiomática ou bases primitivas que servem ao Esperanto.

Pergunta: - Mas o Esperanto parece baseado apenas no latim; não é mesmo?
Ramatis: - O latim, além de se derivar de uma língua-tronco comum aos idiomas ários, figura como principal veículo de relação entre o celta e o grego, estando em afinidade com a actual civilização, pois esta também é oriunda das populações brancas primitivas, da Ásia e da Europa, que compõem a família indo-germânica ou indo-europeia.
Eis por que Zamenhof recebeu do Alto a incumbência de firmar as bases internacionais do Esperanto sobre dois terços das raízes ao latim, um terço das do germânico e o restante sobre as raízes de outros idiomas já consagrados.
Assim, os luminares descendentes desses árias, que de princípio eram os detentores da linguagem nobre e sagrada do sânscrito, também continuarão a interessar-se pelo Esperanto, a fim de que se torne o idioma internacional fraterno do terceiro milénio, identificando com sucesso a mesma ansiedade espiritual de toda a humanidade.

Pergunta: - E não teria sido mais acertada a escolha definitiva do latim para idioma internacional, uma vez que é a fonte mais rica das raízes do Esperanto?
Os próprios sacerdotes católicos não se socorrem do latim não só como seu idioma familiar e de fácil entendimento como quando se ausentam dos seus países?
Que nos dizeis a respeito?
Ramatis: - Sob o mesmo raciocínio, cremos que não se justificaria o uso do carro de boi nas estradas asfaltadas do século XX, isto é, na época em que predomina o uso do automóvel de alta velocidade, que melhor atende às necessidades de transporte nas metrópoles.
Acresce que é muito trabalhoso o aprendizado do latim e difícil a assimilação de sua gramática complicada e repleta de regras.
Embora o latim tivesse tido sucesso e servisse à humanidade no passado, actualmente os seus vocábulos não se prestam bem para vestir as ideias avançadas, dinâmicas e inéditas, que germinam no século XX, por efeito do progresso científico, artístico e filosófico do vosso mundo.
Servindo-nos de uma expressão pitoresca, diremos que a língua latina necessitaria ser "escovada", refundida e plastificada, para então se tornar uma engrenagem flexível, rápida na pronúncia e exactíssima na sincronia do escrever e falar, pois em sua forma original retardaria a interpretação da multiplicidade crescente dos pensamentos da era atómica.
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 9:40 am

Mas, supondo que fosse viável essa reforma, o latim se tornaria esdrúxulo, deformado e verrugoso, requerendo estudos à parte, a fim de se poderem conhecer as razões das reformas intempestivas nele introduzidas, muitas das quais seriam até inconvenientes à língua.
Para se compor uma língua universal, a lógica aconselha que ela seja eufónica, simples e gramaticalmente fácil, com escolhido conjunto de vocábulos de perfeita internacionalidade na pronúncia e no escrever. Indubitavelmente, ainda é o idioma Esperanto o único capaz de corresponder a tais exigências pois, além de límpido na sua composição vocabular, fácil no seu aprender, simples na sua pronúncia e grafia, ele é absolutamente neutro quanto à sua origem idiomática.

Pergunta: - Por que motivo o "Volapuk", que chegou a fazer certo sucesso como língua artificial e de carácter internacional, não vingou satisfatoriamente, apesar de se tratar de um idioma neutro?
Ramatis: - Embora o Abade Shleyer, criador do "Volapuk", pretendesse dar-lhe um sentido universal ou internacional, não o conseguiu devido a não ter podido torná-lo um idioma fácil e acessível a todos os povos e, principalmente, aos menos dotados de cultura. O "Volapuk", além de não oferecer margem para ser aprendido tão rapidamente como o Esperanto, carecia de uma qualidade: a singeleza.
Para certos tipos de raças e seus modos de falar, o "Volapuk" era de difícil aprendizado, devido ao seu complexo vocabulário de palavras reduzidas.
O Esperanto, no entanto, à semelhança do próprio Evangelho de Jesus, que é doutrina de sentimento e de aplicação universal, é facílimo de ser aprendido pois, por se manter no limite de suas 16 regras, não apresenta o problema das excepções nem o das irregularidades gramaticais.
Trata-se de um idioma claríssimo e futuramente empregado por alguns milhões de criaturas da mais rudimentar cultura, para as quais bastará apenas um pouco de tino e de cooperação mental.
Em virtude de cada letra do Esperanto corresponder exactamente a um som e este perfeitamente a cada letra escrita, esse idioma dispensa o trabalho complexo de se editarem vocabulários de pronúncia, o que já se tem feito para muitas línguas bastante divulgadas, mas que exigem que se pronunciem determinados grupos de sílabas de modo bem diferente daquele com que se costuma lê-las ou escrever.
Os radicais que formam a coluna vertebral da língua esperantista são de índole internacional e podem ser identificados em todos os principais idiomas do mundo.
O aprendizado do Esperanto dispensa até o conhecimento de qualquer língua viva ou morta, porque ele é um idioma neutro, emancipado e flexível, capaz de atender a qualquer exigência humana.
É o idioma ideal para atender às exigências verbais do homem moderno, o qual, à medida que multiplica os seus pensamentos, encontra mais dificuldade para conseguir situá-las na complexidade dos idiomas terrenos que, apesar da quantidade de seus vocábulos, não têm a qualidade admirável da síntese verbal esperantista.
O Esperanto será de alta relevância no próximo milénio, constituindo a língua básica de todas as escolas e povos além de que, em futuro já previsto pelo Alto, há de ser o veículo verbal, definitivo, do entendimento psíquico e emotivo entre os homens. Actualmente significa a preliminar da verdadeira linguagem do homem terrícola que, em futuro previsto pelos Mentores do orbe, cultivará com facilidade o intercâmbio telepático, como coroamento de todas as experimentações linguísticas.

Pergunta: - Sabemos que, no intuito de se conseguir um idioma internacional, já se verificaram outros esforços nesse sentido, assim como já tem fracassado outros movimentos semelhantes.
O Esperanto há de obter um êxito que outras línguas artificiais e tentativas idiomáticas não conseguiram lograr até o momento?
Poderá ele sobreviver aos entusiasmos e ardores das primeiras horas, livrando-se também das dificuldades psicológicas na sua divulgação, escapando ao que já tem acontecido com outras tentativas de adopção de línguas neutras?
Ramatis: - Os mentores esperantistas das comunidades astrais de maior importância estão intimamente coligados com as várias raças terrenas e operam em conexão com os próprios encarnados, conduzindo a bom termo o evento do idioma do futuro homem terreno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:23 am

Embora se despendam na Terra outros esforços louváveis, do mesmo género, falta-lhes a unidade íntima com que o Alto selou o Esperanto, para ser o idioma de uso definitivo no planeta terráqueo.
Embora essas tentativas devam ser aceitas como projectos louváveis de confraternização humana, há a considerar que, algumas vezes, só atendem a disposições acanhadas de alguns grupos humanos ainda incapazes de realizar um programa definitivo, endereçado a toda a humanidade.
As autoridades espirituais responsáveis pelo advento do Esperanto explicam que os idiomas internacionais cuja divulgação na Terra tem fracassado representam respeitáveis balões de ensaio construídos por almas dignas e inspiradas por louváveis sentimentos de fraternidade.
Naturalmente, elas se sentiram tocadas pela voz do Alto, que trabalha incessantemente pela unificação da humanidade terrena, que mais rapidamente há de se espiritualizar, desde que consiga se servir de uma só língua.
Indubitavelmente, ainda surgirão outros esforços para se compor algum novo idioma internacional, talvez como fruto de indisfarçável nacionalismo através do qual possam predominar os vocábulos de nacionalidade ou de simpatia dos seus autores, aliás tentando mesmo superar a lógica das raízes do Esperanto.
Sempre haverá adeptos para novas línguas ou tentativas idiomáticas de finalidade internacional; mas, em face do progresso crescente e da divulgação incessante do Esperanto - que já se encontra bastante favorecido pela facilidade que oferece ao povo mais simples, de aprendê-lo em poucos meses - esses movimentos linguísticos terminarão se cristalizando na forma de dialectos, embora com visíveis intenções de internacionalidade.
Poderão contentar alguns grupos iniciáticos e também atrair as simpatias de alguns povos estudiosos, mas ainda serão insuficientes para corresponder à multiplicidade de exigências de todos os povos da Terra.

Pergunta: - Já tivemos contacto com alguns estudiosos que afirmam dever ser a língua atlante a mais alta expressão linguística de entendimento futuro entre os povos terrenos, tendo em vista a sua grande importância espiritual, pois serviu em muitos templos religiosos do passado.
Informaram-nos de que já existem mais de 12.000 vocábulos atlantes devidamente catalogados e traduzidos, para se atender às necessidades de um novo idioma internacional futuro, e que muito breve será conhecido ao mundo profano. Que dizeis a tal respeito?
Ramatis: - Se é por isso, então o sânscrito seria o idioma mais indicado, porquanto, além de conhecido há mais de 25.000 anos e ainda preservado nas escrituras sagradas dos hindus, é proveniente do ramo asiático das línguas arianas.
É a antiga linguagem sagrada dos brâmanes, que dois mil anos antes de Cristo serviu aos vedas, da qual derivaram o cigano, o páli, o indostano e numerosos dialectos e línguas que ainda são faladas actualmente.
Quanto à língua atlante, convém que vos lembreis de que a Atlântida, país que existia além das colunas de Hércules, em seguida às lendárias "portas douradas" - de cuja civilização ainda existem vestígios entre os egípcios, astecas, incas e na região ática - embora represente um dos povos importantíssimos do passado, em seus últimos tempos de existência abastardou muito o seu idioma; devido à sua decadência moral e cultural.
É indubitável que a língua é um reflexo dos estados morais, mentais e espirituais da alma colectiva; decai, pois, quando degeneram os povos ou as raças que a falam.
Em consequência, a restauração do idioma atlante implicaria em se conjugarem valores idiomáticos que já se abastardaram e estão em desuso, incapazes de atender ao clima mental e psicológico dos povos modernos.
O homem do século XX necessita cada vez mais de um idioma que possa interpretar com fidelidade e em síntese vocabular a sua actual ligeireza de pensar; esse idioma deve ser algo como um recurso verbal panorâmico, que agrupe grande quantidade de ideias sob reduzidas expressões gráficas ou sonoras.
O vocabulário da língua atlante, embora tenha servido no passado a um povo de certo progresso espiritual e mental, é insuficiente para fazer a cobertura da multiplicidade de ideias e qualidades dos pensamentos modernos.
Como rude exemplo, imaginai que um homem rejeitasse o avião para fotografar o panorama de uma região, preferindo para isso subir aos telhados das casas, obrigando-se a exaustivos esforços parcelados, para depois compor o quadro geral.
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:24 am

O Esperanto, no século actual, é como a aeronave servindo ao intercâmbio entre os povos rápido, flexível e fácil.
É um mecanismo verbal que atende com êxito à dinâmica mental da humanidade moderna.
Evita ao homem o excessivo número de palavras para registrar cada ideia e facto, porque abrange muitos pensamentos heterogéneos sob inteligentes chaves verbais.

Pergunta: - Quereis nos explicar melhor esse assunto?
Ramatis: - A velocidade com que a humanidade pensa, no século XX, ultrapassa rapidamente a sua capacidade de empregar todos os vocábulos necessários para exprimir o total das ideias pensadas.
Não é a possibilidade de se possuir um vocábulo específico e adequado, para expor cada ideia gerada no cérebro, o que realmente garante o êxito de qualquer idioma internacional, mas sim o uso de prefixos ou sufixos ajustados às raízes fundamentais de um idioma simples e flexível, como o é o Esperanto, que há de solucionar essa crescente velocidade do pensamento do homem actual.
Na conformidade do simbolismo do século atómico, o Esperanto é realmente o idioma que melhor se ajusta à vida de vossa humanidade; as suas regras e suas raízes fixas, idiomáticas e simples, prenunciam, também, a singeleza espiritual da vida futura do terrícola. Nenhuma outra língua poderá atender com tanta precisão, e sem se deformar, à exigência de uma mesma pronúncia fonética em qualquer clima das relações humanas.
O efeito claro de suas terminações, que indicam se o vocábulo é substantivo, adjectivo ou verbo no presente, no passado ou no futuro, torna o Esperanto a língua ideal para corresponder ao vulto das relações e exigências psicológicas sempre crescentes na Terra.
O inevitável processo de entendimento telepático - que há de ser natural, no futuro, como consequência da evolução humana e da maior afinidade entre os homens - tem na parcimónia das palavras esperantistas um verdadeiro curso preparatório.
Assim, enquanto se pretende criar idiomas internacionais sobrecarregados de vocábulos, que hão de continuar a se exaurir mentalmente, devido à excessiva memorização de tantas palavras, a base do Esperanto constitui-se sensatamente de mais ou menos um milheiro de vocábulos fáceis e adaptáveis a essa multiplicidade do pensar moderno, sem que precise socorrer-se de quaisquer idiomas estranhos, que depois lhe acarretem excrescências ou a adopção de neologismos antipáticos.
Ainda que, para se atender à terminologia científica, técnica ou outra qualquer, se adicionem ao Esperanto novas palavras que mereçam a sua incorporação ao idioma, elas não perturbarão a sua função principal, visto que não influirão nas suas bases e regras imutáveis, absolutamente imunes à saturação vocabular.
Aliás, isso não seria possível de se evitar em qualquer idioma internacional que, de início, já tivesse suas bases constituídas de mais de 12.000 vocábulos, a caminho da mesma saturação verbal própria das línguas complicadas.
A actual propensão humana é a da síntese, e a da redução, portanto, das Longas digressões oratórias, para se servir apenas de chaves verbais que sejam rapidamente entendíveis pela associação de ideias e pelo ajuste telepático cada vez mais consagrado pela tradição verbal.

Pergunta: - Poderíeis nos dar uma ideia mais clara dessa redução de vocábulos, que pode definir muitas ideias e favorecer um processo de rápido ajustamento telepático?
Ramatis: - A complexidade e o dinamismo da vida terrena, no actual século XX, fazem com que vivais num lustre aquilo que vossos avoengos não puderam viver em uma centena de anos.
Isso obriga-nos a reduzir e a eliminar da linguagem humana tudo aquilo que seja de menos importância e facilmente subentendível, por cujo motivo acentua-se cada vez mais o uso de abreviaturas ou de "chaves verbais", que passam a fazer a cobertura de muitas ideias – sem entretanto as reduzirem ou sacrificarem - numa espécie de pitoresca taquigrafia oral.
Mesmo reduzida a quantidade de vocábulos, não se perde a multiplicidade de ideias que, por esse sistema, ficam resumidas no falar ou no escrever.
Embora como exemplo corriqueiro, estais vendo, a cada passo, que se estende pelo vosso mundo o gosto pela redução dos longos títulos das repartições públicas, das autarquias, das sociedades comerciais ou industriais, já se usando abreviaturas na forma de apenas uma sigla ou uma chave formada pelas letras principais de uma sociedade ou de um sector administrativo. 1
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:24 am

Pergunta: - Mas que tem a telepatia com isso?
Ramatis: - Quando se pronunciam tais abreviaturas ou convenções verbalísticas, ocorre um despertamento telepático, e então as ideias se associam velozmente, sem necessidade do emprego de muitos vocábulos para se dizer o que se quer.
Certas palavras de gíria, que depois se consagram nos dicionários, não passam de pitorescas ou jocosas interpretações, ou mesmo de recursos sintéticos que substituem longas e complicadas enunciações para se completar um jogo de ideias que, através de um só vocábulo excêntrico, pode definir toda a intenção.

Pergunta: - Que poderíamos entender por esse desenvolvimento da mente a caminho da telepatia?
Ramatis: - É claro que, se reduzis paulatinamente a quantidade de vocábulos para se enunciarem muitos pensamentos, é porque o homem actual compreende fácil e inteligentemente, através dessas abreviaturas ou chaves verbais sintéticas, aquilo que antes precisaria ser dito em longa transmissão verbal ou escrita.
Evidentemente, isso se deve à natural sensibilidade intuitiva e telepática da humanidade do século atómico, cujo desenvolvimento mental, sob os métodos da pedagogia moderna, já substitui com êxito o antigo processo de se memorizar e repetir exaustivamente grande quantidade de palavras.
O vocabulário humano tende, portanto, a diminuir em quantidade para ganhar em qualidade, enriquecendo-se sob esse salutar processo de se comporem interessantes códigos verbais, que melhor atendem ao incessante dinamismo evolutivo da vida moderna, em lugar de se exigir, para transmissão do pensamento, um número de palavras cada vez maior, o que conduziria a linguagem terrícola e inevitável saturação e balbúrdia.
O desenvolvimento da mente humana a caminho da telepatia já se comprova, realmente, nessa redução do palavreado ou do falar excessivo, de vez que o homem já percebeu que a mente criadora melhor se desenvolve no silêncio da alma, pois à medida que se reduz a turbulência mental, tão própria dos actos irritados e insatisfeitos do homem comum, também diminui a quantidade de palavras de que ele necessita para se expressar e, portanto, se torna menos supérfluo e mais exacto.
Então ele pensará e reflectirá, antes de falar, e só exporá em síntese as conclusões que elaborou na mente, servindo-se de menor quantidade de palavras para se fazer entendível.
Não vós será difícil comprovar que as raças inferiores ou os povos mais débeis de carácter são os mais palradores e turbulentos no falar.
Mesmo as mulheres de grande actividade verbal, quando adquirem uma cultura e um desenvolvimento psicológico mais aguçado, reduzem a costumeira prodigalidade de palavras e adquirem um senso de mais ponderação no seu falar.
Nos cortiços e favelas enxameiam criaturas instintivas, desregradas e irascíveis, cujo palavrório gritante e o "bate-boca" costumeiro provam o que acabamos de dizer.
Nas tragédias do teatro antigo, as gesticulações e os gritos estentóricos eram fundamentos de arte, enquanto os seus actores se entregavam à troca de vocabulários desconcertantes.
Eles exageravam os seus esgares porque só assim poderiam comover o público ainda psicologicamente imaturo de entendimento espiritual, pois, para o artista actual, basta um rápido brilho no olhar ou um imperceptível gesto fisionómico para conseguir plasmar exteriormente a natureza dos seus pensamentos interiores.
Há, por vezes, num simples olhar da heroína do teatro moderno, a interpretação de um poema de sofrimento, facilmente compreendido pela agudeza psíquica do público inteligente do século XX, dispensando a torrente de palavras bulhentas antigamente exigíveis para se exprimirem sentimentos e paixões mais vigorosas.

Pergunta: - Isso quer dizer, então, que a parcimónia no emprego de palavras indica superioridade intelectual; não é assim?
Ramatis: - Convém que não chegueis a conclusões extremistas pois, se assim fora, os mudos seriam os mais sábios no mundo; no entanto, sem que devais concluir que todo os homens lacónicos são superiores em intelecto, há que não esquecer de que, geralmente, os sábios são parcimoniosos de palavras.
É por isso que os iogas e os mestres orientais, que já conseguem dominar as formas do mundo da matéria e são capazes de vibrar com a "Consciência Cósmica" do Criador porque já venceram o "Maya" 2, são parcimoniosos no seu falar e não criaturas gritadeiras e pródigas em palavras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:24 am

Tanto são avaros de palavras como de gestos, pois vivem sob periódicos votos de silêncio, em cujo estado de serenidade mental despertam as poderosas forças internas do espírito, para mais tarde se tornarem os sublimes condutores de homens e guias de discípulos à procura da Verdade.
Falam por monossílabos e melhor são compreendidos através do olhar límpido e expressivo; recordam-nos Jesus, que fitava serenamente os seus contraditores e algozes, enquanto que os seus mais sublimes e eternos ensinamentos legados à humanidade se resumiam em meia dúzia de palavras, como as da divina máxima do "Ama ao próximo como a ti mesmo".
Essas mentes orientais avançadas comprovam-nos, em seu augusto silêncio, que, à medida que o espírito evolui para estados superiores, reduz o seu excessivo linguajar, pois, adoptando o "exacto pensar", também se dedica ao "exacto falar".
A reflexão e a meditação antes de falar, bastante elogiadas pelo velho provérbio "O silêncio é ouro", demonstram progresso pois, à medida que a humanidade evolui espiritualmente, também pensa mais e fala menos.
A medida que o homem terrícola se aprimora espiritualmente, também vai se desinteressando do mundo de formas e das suas relações exteriores, porque passa a viver mais em intimidade com a essência espiritual do Criador.
Então, a sua linguagem se torna cada vez mais resumida e sintética, para poder servir ao entendimento de pessoas mais reflexivas e introspectivas.
Não há dúvida, pois, de que só o Esperanto, com o seu tão modesto vocabulário qualitativo, mas profundamente maleável no seu trato e mecanismo idiomático, é que realmente poderá atender a essa incessante exigência psicológica e evolutiva da humanidade terrena em que, à medida que se multiplicam os pensamentos, também se deve reduzir o número de palavras.

Pergunta: - O Esperanto não poderá porventura se deformar pela incorporação ou interpolação de outros vocábulos heterogéneos?
Quando cultivado por outros povos, não poderá se acrescer de neologismos impróprios ao seu linguajar neutro e internacional, devido a certos costumes e necessidades características desses povos, a ponto de se tornar cheio de excrescências idiomáticas?
Ramatis: - Esses detalhes já foram previstos no Espaço, tendo sido alvo de rigorosos estudos e acuradas experimentações.
Em analogia com o mesmo caso, não tendes notado que, à prática do Espiritismo, os seus simpatizantes incorporam inúmeras excrescências contraditórias aos seus postulados fundamentais, confundindo a codificação kardeciana com outros movimentos espiritualistas?
Mas é inegável que, apesar dessas inovações, a doutrina permanece perfeita em sua natureza iniciática, e íntegra em suas bases lógicas estabelecidas pelo senso superior de Allan Kardec.
Faz lembrar o caso do filme negativo, que sempre conserva a imagem real, que pode ser revelada a qualquer momento que se queira comprovar a sua exactidão.
O Espiritismo, apesar das interpolações e excrescências doutrinárias com que alguns pretendem toldar a sua pureza iniciática, sempre se conserva íntegro e isso, principalmente, pelo fato de já existirem na Terra organizações espíritas que velam continuamente pela manutenção dos seus postulados originais, escoimando-os de todas as incoerências deformantes.
Da mesma forma, o Esperanto também ficará livre das corrupções idiomáticas e resguardado em suas raízes iniciáticas, porque, além de ser subordinado a normas definitivas, traçadas pelo Alto, também se subordina a uma entidade oficial da Terra, que é a "Universala Esperanto Asocio", responsável pela sua sanidade verbal e gráfica.
Trata-se de uma organização que foi fundada no Além e depois concretizada no mundo terreno, da qual participam elementos experimentadíssimos no trato do idioma fraterno e que já se dedicaram a grandes labores linguísticos em vidas passadas.
Devotados espíritos entregam-se às tarefas elevadas da língua internacional e depois renascem em várias partes da Terra, a fim de propagar o Esperanto e o escoimarem de qualquer excrescência.
Mantêm para com ele assistência permanente e o fazem progredir continuamente, para a mais breve aproximação entre os homens que falam idiomas diferentes, mas seguem para o mesmo destino.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:24 am

Pergunta: - Qual uma ideia mais objectiva de que o Esperanto possa resistir a todas as excrescências que queiram introduzir em sua unidade fundamental?
Ramatis: - A água, acrescida de certas essências ou produtos vegetais pode se transformar em xarope, vinho, café ou chá; no entanto, basta que filtreis cientificamente qualquer um desses líquidos, para que torneis a obter a água em seu estado primitivo, comprovando que ela é, entre todos esses produtos, um elemento que conserva a sua pureza.
Do mesmo modo, por mais que impregnem o Esperanto de misturas idiomáticas ou excrescências vocabulares, ninguém poderá alterar a sua natureza intrínseca que, por vontade do Alto, sempre há de resistir a qualquer neologismo ou interpolação inoportuna.

Pergunta: - De acordo com o vosso prognóstico, poderemos estar certos de que o Esperanto nunca sofrerá acréscimo algum no seu conjunto linguístico, mesmo que futuramente algumas circunstâncias imprevistas assim exijam?
Ramatis: - Nenhuma outra modificação há de se operar na pureza iniciática da coluna vertebral do Esperanto.
Mesmo que, por força das circunstâncias, seja viável a interpolação de qualquer vocábulo ou tema aconselhável, é óbvio que isso há de primeiramente ser autorizado pela entidade máxima esperantista sediada na Terra, a única com o direito de arbitrar ou orientar para que não se perturbe a harmonia original do idioma.
O Esperanto não depende dos factores comuns que obrigam a modificação das línguas pátrias, as quais evoluem partindo de costumes, tradições e experimentações provisórias.
É por isso que elas requerem filólogos pátrios que devem intervir de tempos em tempos, ditando novas regras gramaticais, modificando a grafia de vocábulos ou as acentuações gráficas, aceitando neologismos e gírias que vão penetrando aos poucos no seio do linguajar popular, e até no oficial, interpretando o espírito nacionalista de um povo.
Com o Esperanto não acontecerá isso, pois os técnicos espirituais já estudaram, no Espaço, todas as probabilidades de modificações ou de obstáculos que poderiam surgir no idioma em virtude de diferenças psicológicas entre os homens. Demais, não advirão ao Esperanto as mesmas consequências comuns a outros idiomas, porque ele inicia a sua aplicação linguística justamente no limiar da profética selecção espiritual, que já se efectua na Terra e que depois proporcionará um clima eminentemente simpático para o sucesso de uma língua internacional.
Os espíritos que, a partir do próximo milénio, tornarem a se encarnar na Terra, serão todos simpáticos ao Esperanto, porquanto tratar-se-á de almas seleccionadas rigorosamente "à direita do Cristo", espiritualmente maduras e dedicadas a todas as realizações que se enderecem à confraternização dos povos e ao bem do mundo.
Devido a isso, a quantidade de vocábulos esperantistas ser-lhes-á mais que suficiente para êxito no mecanismo das relações humanas, mormente sabendo-se que se sentirão induzidos ao emprego cada vez mais positivo da telepatia, que será futuramente uma das faculdades comuns a todos os terrícolas.

Pergunta: - A entidade que protege o Esperanto na Terra não poderá modificar futuramente a sua estrutura, adaptando-a aos seus pontos de vista?
Ramatis: - O Esperanto nasceu emancipado; a entidade máxima que o protege e supervisiona na crosta terráquea não foi constituída para escoimá-lo de supostos defeitos inatos, mas principalmente para evitar as excrescências que possam ser introduzidas nele pela ignorância alheia.
Não se trata de língua ao sabor de caprichos ou simpatias humanas, mas que surgiu no vosso mundo e atua no seio da humanidade à semelhança de um evangelho filológico já emancipado, e não apenas como um novo conjunto de vocábulos em competição com a prodigalidade idiomática que já existe entre as várias raças terrícolas.
É idioma coeso e de fundamentos profundos que, por se destinar ao sagrado objectivo de unir as criaturas através da palavra, merece o mais elevado respeito e religioso carinho de todos os seres.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:24 am

Pergunta: - Por que dizeis "religioso carinho" para com o Esperanto, como se desejásseis atribuir-lhe algum sentido de religiosidade?
Ramatis: - Assim nos expressamos, porque toda função religiosa tem por finalidade precípua a de "religar" as criaturas a princípios superiores.
O Esperanto, inegavelmente, reflecte no seu património verbal as mais sadias disposições de religiosidade, pois muito antes de sua natureza intrinsecamente linguística, é uma doutrina filológica tão racional, que os seus vocábulos podem ser aceitos como princípios éticos que induzem o homem à confraternização universal.
O princípio do Amor, imanente em todas as criaturas, também se identifica no Esperanto, como terna e religiosa pulsação de vida, uma vez que o seu mecanismo verbal se ajusta perfeitamente à variedade de pensamentos emitidos por quase três bilhões de criaturas que actualmente constituem a humanidade terrena.
Esse ajuste, que em qualquer latitude geográfica do planeta se faz pela unidade da mesma grafia e pela vibração sonora de uma só pronúncia, identifica um mesmo diapasão fraterno e elimina as barreiras emotivas produzidas pela diferença de idiomas pátrios.
A mesma alegria que sentem em comum as criaturas quando, em terras estranhas, ouvem a palavra amiga e familiar no seu idioma pátrio, também será proporcionada pelo Esperanto que, através do seu mecanismo verbal neutro, harmoniza as configurações físicas mais opostas e interpreta os pensamentos de todas as raças e povos.
É indiscutível que ele acelera a fusão espiritual entre os seres, porque elimina a desconfiança mútua, muito comum entre os estranhos separados por idiomas adversos, assim como aviva-lhes a comunicabilidade e aumenta-lhes o júbilo recíproco.
Mesmo que se lhe acrescentem novos vocábulos, exigíveis pela evolução do homem, não sofrerá nenhuma deformidade, porquanto não é propriamente um novo idioma mas indubitavelmente uma "doutrina idiomática universal".

Pergunta: - Na suposição de ocorrerem algumas modificações no Esperanto, quais seriam elas?
Ramatis: - Não cremos em quaisquer inovações ou modificações radicais do Esperanto; apenas pressupomos alguma selecção de vocábulos à parte, que apresentem maior fragrância sonora ou ritmo alado para o uso da poesia, ou então para uso científico, exclusivo da terminologia técnica.
Mas isso tudo são coisas que já foram estudadas no Espaço, e que não intervirão no mecanismo básico e universalista do idioma, assim como também não terão força para modificar os seus princípios fundamentais já consagrados pelo uso em comum.

Pergunta: - E, quanto à pronúncia do Esperanto, não poderá ocorrer alguma alteração em conformidade com o clima ou a latitude de cada povo onde o idioma for cultivado?
Ramatis: - O papel principal do Esperanto não é o de suprimir draconianamente os diversos idiomas que atendem às necessidades de cada raça ou povo.
No futuro, por efeito de progressivo aprimoramento espiritual, os homens terão extinguido todas as barreiras nacionalistas e viverão em comarcas supervisionadas par um governo único, por cujo motivo servir-se-ão de um só idioma internacional, tal como acontece em Marte e noutros planetas avançados.
Inegavelmente, o Esperanto está predestinado a ser futuramente falado por todos os povos do orbe terráqueo, por cujo motivo nenhuma outra língua poderá superá-lo, quer em sua origem superior, quer na sua divulgação.
Ele já obteve a consagração de que necessitava para seu completo êxito futuro, como realmente o predestinaram os Mentores Siderais da Terra.
A sua pronúncia é clara e doutrinariamente aceitável em todos os climas geográficos e por todas as índoles psicológicas; acresce que a sua pronúncia não é extremamente aberta, nem extremamente fechada, mas se efectua num "meio termo", o que facilita bastante que todos os povos e raças se ajustem a esse agradável tom médio de voz.
A língua esperantista ainda será uma lei absoluta entre todos os povos terrestres e uma norma definitiva em qualquer quadrante do globo; lembra a linguagem sacra, exclusiva dos sacerdotes, que a cultivam nos seus ofícios religiosos, em todos os países, sem que se deforme ou seja repudiada.

1 - Nota do Redactor: O autor se refere a abreviações como IAPI, SUMOC, COFAP, IAPETC, ONU, etc.
Essas abreviações não só evitam desperdício de palavras e perda de tempo em extensas descrições, como desenvolvem a mente a caminho da telepatia, pois que a ideia exacta de uma enunciação se consagra pela associação de outras ideias suplementares.
2 - "Maya", Grande Ilusão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:25 am

Capítulo 12 - Os Mantrans e a Língua Esperanto
(Esclarecimentos de Ramatis)

Pergunta: - Certa entidade espiritual disse que o Esperanto é um idioma cujas palavras podem se transformar em "mantrans", ao passo que entendidos dessa ciência nos afirmam que o idioma esperantista é tão-somente fonético, sem qualquer efeito esotérico.
Ramatis: - Indubitavelmente, os "mantrans", tão familiares aos iogas, são peças idiomáticas sagradas que, pela harmonia de sílabas ou letras - quando pronunciadas em sua pureza iniciática - despertam no psiquismo e no organismo físico do homem um energismo incomum e proporciona estados de desprendimento e euforia espiritual.
As palavras "mantrânicas" possuem grande poder de acção no campo etérico-astral, assim como aceleram, harmonizam ou ampliam as funções dos "chacras" do duplo-etérico, enquanto que, actuando à superfície do perispírito, auxiliam a sintonização do espírito às manifestações da vida física e favorecem a justa acção do pensamento sobre o sistema cerebral.
Que importa dizer que o Esperanto é um idioma tão-somente fonético, quando seus vocábulos também são harmoniosas combinações de letras, que soam dentro de um tom puro e harmónico?
Ele é um conjunto vibratório verbal, que pede o elevado alento humano e o mais perfeito ajuste de ideias, para reproduzir os anseios de confraternização da alma humana.
Não é apenas uma linguagem de interpretação momentânea, mas é mensagem de poderosa aproximação espiritual entre os homens, por cujo motivo possui em sua intimidade uma extraordinária força esotérica, que dificilmente encontraríeis no idioma mais complexo ou na mais, severa linguagem religiosa.
Nem mesmo se pode invocar a natureza de uma língua sagrada, e de uso templário ou iniciático, para sobrepô-la ao Esperanto, pois este não se limita a interpretar os anseios de grupos religiosos ou de adeptos de seleccionadas filosofias espiritualistas, porém endereça-se incondicionalmente a toda a humanidade.

Pergunta: - Os que nos disseram que o Esperanto não possui força mantrânica afirmam que isso se dá por se tratar de um idioma muito superficial.
Ramatis: - Uma vez que a linguagem e a escrita dos povos estão em relação exacta com sua cultura e progresso espiritual, o importante não é saber se esta ou aquela língua é mantrânica devido à sua profundidade esotérica, ou se não o é por ser superficial ou tão-somente fonética.
Os astecas possuíam palavras comuns, que eram extraordinários "mantrans", superiores mesmo aos mais poderosos efeitos mantrânicos da ciência esotérica actual.
Mas isso não provinha do facto de sua língua ser mais esotérica e menos fonética; o carácter, a força e a ternura espiritual desse povo é que realmente constituíam o fundamento elevado de suas palavras, que adquiriam poderes devido ao treino para adquirirem qualidades superiores, e à afectuosa religiosidade para com o Criador dos Mundos.
O Esperanto, sendo uma doutrina filológica destinada a revelar os pensamentos e os sentimentos de uma futura humanidade vibrante de afecto e plena de paz espiritual, também fará eclodir no idioma o elevado espírito mantrânico que se encontra oculto sob a sua expressão fonética.
Não se constroem "mantrans" sob a frialdade científica nem sob caprichos esotéricos de simples ajustes de vocábulos, para que, em seguida, despertem efeitos ocultos ou espirituais, pois podem não se ajustar à alma dessas palavras.
Em verdade, são as próprias palavras que se consagram pelo seu elevado uso e assim criam os "mantrans", pois se transformam em verdadeiras chaves verbais que, então, congregam energias etéricas ou produzem configurações astrais protectoras, associando ideias que despertam as forças psíquicas nos seus cultores e transformam os vocábulos em poderosos despertadores mantrânicos.
Já pensastes no poderoso "mantram" que é a palavra "Cristo", que está impregnada de um sacrifício memorável na figura de Jesus de Nazaré?
Quando a pronunciais sob elevada meditação, não sentis porventura que a vossa alma vibra sob um estado de expectativa cósmica, enquanto o júbilo e a esperança completam o vosso gozo espiritual?
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:25 am

Os cristãos que se deixavam trucidar nos circos romanos, à simples exclamação de "Ave Cristo", aliciavam forças tão poderosas, que muitos desencarnavam anestesiados por semelhantes energias.
Sendo a linguagem oral e a escrita os factores principais que permitem às criaturas humanas manifestarem entre si a sua inteligente cultura, ciência e ideal, é evidente que, quanto mais elevado já lhes tenha sido o progresso, tanto maior coeficiente de forças esotéricas já terá eclodido em sua linguagem.
Existe poderosa força oculta na palavra que, sabiamente falada, tanto pode construir como aniquilar; há nela, também, certa musicalidade que, accionada progressivamente, pode alcançar a intimidade atómica. da matéria e alterar-lhe a coesão íntima.
A própria Natureza possui a sua linguagem, que se expressa em sons diversos através dos motivos e das funções dos seus reinos, onde cada coisa, ser ou vegetal pode ser considerado como uma letra viva e compor divinas palavras!
Que é a vida, senão o Verbo de Deus?
A linguagem humana deriva-se de uma só expressão linguística primitiva, que constitui a sua base ou alicerce, por cujo motivo todos os idiomas traem sinais indeléveis de que são provindos de um só tronco.
As letras não foram invenções a esmo nem produtos de caprichos extemporâneos; elas nasceram como símbolos necessários para identificação dos estados interiores da alma, por cujo motivo estão impregnadas do espírito e das ideias que as originaram.
Eis, pois, o que ocorre com o Esperanto; ele possui as bases e as raízes das principais línguas do mundo e buscou mais profundamente na fonte iniciática desses idiomas os seus traços mais evidentes e exactos, para então se constituir na mensagem verbal definitiva e capaz de interpretar todas as ideias sob uma só linguagem.
E por isso ele possui, mais do que qualquer outro idioma, a força original e mantrânica do psiquismo vigoroso que edificou a linguagem do terrícola, pois uma vez que a elevação de espírito, interior, é que produz a maior sequência mágica num "mantram", é evidente que o Esperanto, como idioma universal e compilado por um dos homens mais sábios e desinteressados, é também a linguagem mais credenciada para fazer de seus vocábulos criteriosos, límpidos, certos e fluentes, um dos mais belos idiomas mantrânicos do orbe.
Cada um dos seus vocábulos não só possui a força e a emotividade de um homem, um povo ou uma nação, como também vincula em sua vibração "psicofísica" o pensamento idêntico de toda a humanidade, e ainda alicia as próprias almas elevadas dos mundos superiores, que sonham e operam pela confraternização de todos os homens.
E quando ele for consagrado por toda a humanidade, cada um dos seus vocábulos será um "mantram" poderoso, a sintonizar na mesma vibração psíquica o desejo e o pensamento de qualquer homem.

Pergunta: - A pronúncia das palavras pode afectar as relações psíquicas com o corpo físico, como já no-lo disseram alguns ocultistas?
Ramatis: - A mente é algo como uma usina a produzir energias; quando se descontrola ou é tomada pela raiva, ódio, cólera, inveja ou ciúme, emite determinados feixes de ondas de forças, que perpassam pelo campo "etéreo-astral" da zona cerebral do perispírito, fazendo baixar o padrão vibratório da energia mental que ali já se encontra em liberdade.
Produz-se, então, um fenómeno que muito bem poderíeis designar como sendo uma "coagulação mental astral", lembrando o caso da onda de frio que, ao actuar no seio da atmosfera do vapor de água, solidifica-o na forma de gotículas.
Assemelha-se, também, à corrente eléctrica que perpassando por uma solução salina, produz a tradicional precipitação verificada em laboratórios de química e física.
Da mesma forma, as ondas mentais alteradas também intoxicam a própria atmosfera astral e invisível em torno do cérebro, produzindo substâncias que baixam vibratoriamente, tornando-se nocivas, por cujo motivo devem ser eliminadas da zona psíquica ou do campo áurico do homem.
A glândula hipófise, a regente dinâmica do sistema endócrino e a maior influente no sistema nervoso, sofre então, devido à sua delicadeza, a maior parte do impacto violento e agressivo da mente desgovernada, fazendo esse impacto repercutir nos demais órgãos da rede glandular, do que resulta aceleração e precipitação de hormônios inoportunos na circulação sanguínea, com a consequente intoxicação do organismo.
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:25 am

A Natureza, orientada pelo senso divino, expulsa a carga inoportuna para o mundo exterior, através das vias emunctórias do corpo, como sejam os rins, intestinos e pele.
Daí se verificar amiúde, que as criaturas mais violentas, coléricas, irritáveis, pessimistas ou ciumentas são vítimas quase sempre de alergias inespecíficas, urticárias, nefrites, eczemas neuro-hepáticos, surtos de disenteria ou hemorróidas, como frutos dos desequilíbrios mentais e descontroles psíquicos.
Os hipocondríacos, por exemplo, vivem num infeliz círculo vicioso; quando o fígado enferma, altera-se o seu psiquismo, e quando este se desarmoniza, são eles que enfermam o fígado.
É óbvio pois, que, sendo as palavras irascíveis o instrumento que interpreta as emoções desequilibradas ou violências mentais, devem produzir visíveis modificações orgânicas, como chaves do psiquismo desequilibrado, assim como as palavras desarmónicas por natureza exigem esforços à parte, para serem pronunciadas, enquanto outras associam estados enfermiços e fazem abater o ânimo espiritual, influindo no físico.
Quando louvais o próximo com palavras de amor ou de paz, elas despertam estados de afectividade, optimismo e esperança, o que já não sucede se as expressões forem de ódio ou de rancor.
As palavras despertam ideias e produzem estados emotivos diferentes, no homem; repetimos-vos: são chaves verbais que vos alteram ao ouvi-las ou ao pronunciá-las, ocorrendo então consequências também diferentes no psiquismo e, consequentemente, no corpo físico.

Pergunta: - Podeis dizer-nos mais alguma coisa interessante, sobre este assunto?
Ramatis: - Notai que a audição de palavras equívocas ou antipáticas, ou mesmo com demasiada aglutinação de consoantes, o que deforma a pronúncia harmónica, produz sensações desagradáveis na mente humana e, além disso, as línguas para com as quais não guardamos simpatia não só baixam as nossas condições psíquicas, como chegam até a irritar-nos!
Assim como um indivíduo de raça latina pode antipatizar com o idioma eslavo ou árabe e se aborrecer ou fatigar só ao pensar em ouvi-lo, também um cidadão eslavo ou árabe poderá sentir idêntica antipatia para com as línguas latinas.
A linguagem de um povo é o reflexo de suas emoções; se houver antipatia de uma raça para com outra, ipso facto os seus linguajares também se tornarão mutuamente antipáticos, pela lei do psiquismo, que é sensível a qualquer vibração antagónica.
Há dialectos aldeónicos de tal atropelo de palavras e atrito de sons heterogéneos que, se pronunciados por criaturas habituadas à fluência e à pureza de certos idiomas fidalgos, parecer-lhes-á que estão mastigando calhaus em lugar de fazerem fluir vocábulos!
Conforme já dissemos, há palavras que, se pudessem ser analisadas sob avançada instrumentação de laboratório, dar-vos-iam a certeza de que certas combinações lexicológicas chegam a influir na temperatura e na circulação do corpo humano!
Cada uma das letras do alfabeto repercute pelo vosso corpo em zonas distintas, se ao pronunciá-las puderdes auscultá-las mentalmente.
Apenas pensando nelas podeis sentir o seu efeito: o I, por exemplo, quando se pensa nele, repercute no alto da cabeça, porque é o símbolo vertical da união psíquica com o "chacra coronário"; o K soa mentalmente no centro da garganta, repercutindo na região do "chacra laríngeo"; o li tende a ressoar no ventre, na região do plexo abdominal, onde se situam o "chacra esplénico" e o "genésico", como um vocábulo cuja forma lembra a sustentação, em suas hastes, repercutindo exactamente à altura do grande nervo simpático, onde se apoia o corpo astral.
Eis por que Jesus que, além de sublime anjo, era genial cientista, podia usar tão bem a palavra e empregar o seu poder miraculoso sobre os povos, utilizando-a como poderoso dínamo criador de energias espirituais e produzindo os extraordinários fenómenos que o vulgo classificava de sublimes milagres!
Entretanto, há um gasto contínuo de energias, desde o pensar até o falar, que se influenciam reciprocamente e dependem da quantidade e da qualidade dos vocábulos que sejam pronunciados pela criatura humana.
E o Esperanto, como idioma destinado a um tipo biológico e humano superior, foi alvo das mais exigentes análises e observações, a fim de que, em sua aplicação quantitativa humana, não se turvasse a sua essência qualitativa espiritual, que é exigível para corresponder às solicitações da aprimorada mente humana do próximo milénio.
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 4 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 25, 2021 8:25 am

Pergunta: - Podeis nos oferecer um exemplo capaz de dar uma ideia mais aproximada das disposições mentais e psíquicas que, segundo nos dizem os espíritos, muito influem na manifestação da linguagem?
Ramatis: - Há perfeita correlação entre o falar e o pensar, assim como no dispêndio de energias entre a intenção subjectiva da acção e a produção de sons físicos da linguagem.
As raças recalcadas, introspectivas e desconfiadas, protegem-se com seus idiomas ricos de monossílabos e restrições; a astúcia, agudeza ou capciosidade de certos povos nómadas reflectem-se no seu próprio modo de falar por circunlóquios, interrogações esquisitas e repletas de sofismas.
Enquanto um povo jovial, despreocupado e comunicativo, fala de modo claro e desinteressado da crítica exterior, os de outras raças mais capciosas - no dizer do senso comum - "falam por entre os dentes". Muito grande ainda é a diferença psicológica entre o falar de um latino e o do eslavo, ou entre o de um zulu e o de um parisiense.
Cada povo revela através de sua língua ou dialecto, com maior ou menor dispêndio de energias magnéticas, os estados psicológicos de sua própria reacção ao mundo exterior e de seu entendimento íntimo espiritual.
As raças parcimoniosas também são avaras no falar, enquanto que as pródigas se atropelam no seu vocabulário dispendioso e se fatigam na exagerada articulação.
Do mesmo modo, há enorme diferença de gasto de energia vital e de esforço mental ao se pronunciar uma vogal ou uma consoante; nas vogais, é suficiente apenas o fluir do ar pelos pulmões para que os sons se produzam e se modifiquem conforme o simples mover dos lábios.
No entanto, as consoantes sempre exigem movimentos mais vigorosos do aparelhamento de fonação, conforme seja a sua pronúncia mais gutural, nasal ou, então, um misto de ambas.
Para a pronúncia das consoantes, torna-se necessário abrir as cordas vocais com vigor, as quais, ao se unirem novamente, produzem os sons consonantais característicos; mas é evidente que, em regra, trata-se de um produto sonoro desarmónico, resultante mais do conflito vocal do que propriamente da singeleza harmónica, coisa que só é possível obter-se na pronúncia da vogal.
É por isso que as consoantes, por si mesmas, não proporcionam exteriorização da linguagem humana; esta só se obtém pela união acertada das consoantes com as vogais.
As consoantes não apresentam tons agradáveis, sonoros e flexíveis, mas apenas ruídos secos, sons abafados e recortados, que só se harmonizam em agradável mensagem sonora quando devidamente apoiada sobre a singeleza e fluência das vogais.
E ainda se devem levar em conta as diferenças que existem entre as próprias consoantes entre si.

Pergunta: - Gostaríamos que nos indicásseis algumas das diferenças entre as próprias consoantes, a fim de melhor apreciarmos os vocábulos da língua Esperanto.
Não estaremos exorbitando o assunto?
Ramatis: - Há profunda diferença de pronúncia, combinação, ajuste respiratório ou graduação tonal entre um K e um M.
Enquanto o K se forma principalmente dentro da garganta, num tom gutural seco, podeis comprovar a produção excessivamente nasal do M, ou a tonalidade arfante do F.
Durante o processo da linguagem ou do idioma de cada povo é claro, portanto, que a maior quantidade de consoantes, em seus grupos respectivos, também exige maior ou menor dispêndio de energias vitais, variando tanto na proporção de cada agrupamento consonantal, como na exigência de movimentos fisionómicos, labiais e características da fonação.
É tal a influência da predominância das consoantes, que, em uma longa oração pronunciada em voz alta e muito sobrecarregada de consoantes, mesmo que feita por exímio orador, elas chegam a provocar movimentos imperceptíveis e leves contorções fisionómicas em certos ouvintes, pois há perfeita ligação e relação entre o ouvido e os lábios humanos.
Existem pessoas que só podem ouvir certas palavras, frases ou melodias, movendo os lábios, como a reproduzir nestes, forçadamente, o impulso vigoroso da palavra ouvida.
Muito curandeiro, mago, ou "homem de milagres" que, através de suas palavras, tem se servido desse segredo, levanta paralíticos, desata músculos entorpecidos ou transforma um covarde em um herói.
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