LUZ ESPÍRITA
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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

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A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes - Página 8 Empty Re: A Sobrevivência do Espírito - ATANAGILDO/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 30, 2021 10:51 am

E então, enquanto a maioria dos apreciadores, de tais fenómenos se mantinha ignorante da realidade milenária do Espírito Imortal o genial codificador foi tomado por uma avalanche de ideias que lhe inundou a alma tão experimentada no pretérito, reconhecendo familiarmente os velhos prantos da Lei da Reencarnação, da Lei do Carma e da sobrevivência espiritual.
Sob o fascínio dessa evocação pretérita, em sua retina espiritual delinearam-se os vultos heráldicos dos severos sacerdotes de Rá e Osíris-Ísis, no sumptuoso culto aos "mortos que sobrevivem"; as figuras imponentes dos druidas na filantropia; a oferenda no seio das florestas dos gregos presidindo aos mistérios de Elêusis.
Hermes, Krishna, Lao-Tsé, Zoroastro, Rama, Buda e o divino Jesus influenciaram-lhe a alma por algum tempo, embora Kardec se sentisse condicionado na existência francesa a uma severa disciplina científica.
Actuava-lhe na mente sensibilizada por essa evocação incompreendida o resultado da longa caminhada através das instituições espiritualistas do passado, quando buscava conhecer os motivos da vigorosa imposição da matéria planetária sobre a entidade espiritual.
É por isso que a doutrina espírita nunca se extinguira na sua linhagem iniciática, nem há de se subordinar aos exotismos dissolventes, recrutados em labores espirituais imaturos, pois a sua força principal reside exactamente nesses alicerces milenários de pesquisas e experimentações adultas, totalmente forjadas no terreno sólido das realizações tenazes dos povos devotados aos problemas espirituais.
A própria natureza religiosa que forma a contextura essencial do Espiritismo é profundamente universalista, porque se firma no Evangelho, que é o tratado cósmico de orientação espiritual no mundo de formas.

PERGUNTA: — Afirmam alguns espiritualistas e fraternistas iniciados que a doutrina espírita não pode sobreviver a contento, porque lhe faltam o método e a disciplina, que só a cultura e o ritmo iniciático poderão despertar nos seus adeptos.
Acreditam eles que a sincronização espiritual consciente, familiar aos ambientes de linhagem iniciática, é que há de produzir a desejada emancipação sideral.
Que podeis nos dizer a esse respeito?
RAMATIS: — Existem épocas psicológicas apropriadas à revelação de cada sistema de ascensionamento espiritual.
Conforme podeis avaliar, difere entre si o tecnicismo evolutivo das mensagens reveladas separadamente por Moisés, por Jesus e por Kardec.
A contextura e a localização mental de cada uma dessas mensagens variam exactamente conforme a psicologia e a cultura espiritual dos povos, na época de sua revelação.
A Direcção Superior não costuma violentar a imaturidade espiritual dos povos em aprendizado no mundo de formas; gradua-lhes as revelações ou então veste a realidade ainda ofuscante com a simbologia protectora e só entendível aos iniciados.
A figura do feroz Jeová, descrita por Moisés, distancia-se bastante da ternura do Deus revelado por Jesus, se bem que por isso certos crentes aguardam ingenuamente as "graças" e "providências divinas", subvertendo o sentido dinâmico do Evangelho.
Essa pretensão foi mortalmente ferida pela severidade das "obrigações" e "deveres" que Allan Kardec assinalou em sua genial codificação.
E por isso, depois do advento do Espiritismo, a entrada no céu se tornou mais dificultosa para os ociosos de todos os tempos, que vicejam à sombra dos templos religiosos e praticam deslizes sob a protecção das "graças" a serem requeridas à última hora...
O melhoramento espiritual é fruto de auto-sacrifício, e Deus não faz concessões levado por compungidos louvores de suas criaturas que, só à perspectiva de sofrimentos compulsórios, despertam a vontade adormecida.
E o Espiritismo surgiu no momento psicológico exacto, assim que o homem terrícola principiou a transpor as fronteiras da letargia das formas para actuar na intimidade da energia em liberdade.
A magnanimidade do Criador só entreabriu as cortinas do milenário mistério às massas quando verificou a realidade do seu despertamento mental para as forças ocultas.
Por isso, enquanto os homens ainda não podiam conceber a natureza das forcas poderosas desse mundo oculto, era muito justo que os esclarecimentos se fizessem por etapas preparatórias, no interior dos templos iniciáticos, por intermédio dos hierofantes entendidos do assunto.
Ave sem Ninho
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 30, 2021 10:51 am

Mas, desde que a humanidade apresenta um índice científico capaz de compreender as causas geratrizes dos fenómenos da matéria, na feliz concepção de "energia condensada", justifica-se agora que o que era oculto ao homem comum seja explicado à luz do dia.
A codificação espírita já estava prevista por Jesus quando predisse:
"Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vós fará lembrar de tudo que vos tenho dito" (João, 14:26).
A maturidade científica e a receptividade psíquica, sensibilizada nos milénios findos, recomendam que a mensagem do Espiritismo, em sua plenitude oculta, seja transferida para o entendimento cotidiano do homem comum.
Cada homem deve ser o seu próprio fiscal na trama da vida de relações; há que vigiar severamente os seus actos e intercâmbio com os demais seres, pois em face da proximidade dos tempos das aflições, profetizados por Jesus, o cenário aberto do mundo profano já substitui as abóbadas severas dos templos iniciáticos.
O exaustivo entrechoque de ideias e o crescimento do conflito emotivo, entre as criaturas cada vez mais dominadas pela cobiça, o egoísmo e oportunismos anti crísticos, significam as provas que devem graduar os discípulos para as glórias do "Eu Superior".
E o Espiritismo, embora para alguns se afigure apenas um conjunto de princípios reduzidos, do mundo oculto, é realmente a porta entreaberta para as almas dotadas de ânimo, coragem e perseverança, decididas a encontrar a "pedra filosofal" da purificação interior e que, diante do umbral do Templo, repleto de sugestões equívocas e seduções perigosas, não temem em levantar completamente o decantado "Véu de Ísis", da tradição iniciática.
Mas, recordando as severas advertências do passado, dir-vos-emos que, se o Espiritismo significa a porta do Templo de Revelação Espiritual, é preciso que o seu adepto deixe as sandálias impregnadas da poeira do mundo ilusório, para então ali ingressar ao encontro da divina "voz sem som" do Cristo e conhecer a realidade do "Caminho, a Verdade e a Vida".

§.§.§- Ave sem Ninho
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