LUZ ESPÍRITA
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 8 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:01 pm

Mesmo quando as almas se entregam ao desregramento completo, ainda vivem à procura de compensações venturosas; acontece, no entanto, que ainda lhes falta capacidade para adquirirem a posição perdida, o que as leva a cometerem desatinos contra si mesmas, enquanto alimentam a enferma ilusão de que assim se desagravam em público!...
Mas no âmago de todo espírito activa-se o desejo ardente de poder recuperar os seus prejuízos e renovar as suas esperanças frustradas!
É por isso que os pais endividados para com a Lei, que perdem o filho adorado - como não podem extinguir em si a paixão ou o sentimento novo que lhes gerou - vêem nascer-lhes a esperança de que a única terapêutica capaz de minorar-lhes a dor atroz será o advento de um outro filho.
Suas aspirações então convergem para a imagem de outro ser que possa tanto substituir o ente desaparecido como carrear-lhes as mesmas alegrias e admirações usufruídas anteriormente.
Enfraquecidas as lembranças dramáticas da desencarnação prematura do primeiro filho, a própria sugestão superior encarrega-se de despertar nos pais desolados o desejo de um novo descendente.
Isso contribui para que o segundo descendente já encontre ambiente mais afectivo para sua manifestação, mesmo que não revele as credenciais do primeiro filho.
Embora não possua a beleza, a bondade ou a inteligência do outro, sempre há de ser o hóspede bem-vindo, porque na intimidade dos corações ulcerados dos pais permanece a ansiedade de qualquer compensação que lhes possa abrandar a dor inconsolável.
Alguns que não logram a graça de outro filho, para minorar-lhes a saudade, se conformam então em estender o seu afecto a outros filhos alheios, e os buscam nos orfanatos para a amorosa compensação.

PERGUNTA: - E esse filho belo e inteligente, que desencarna cedo não poderá ser o mesmo filho feio, deformado ou tolo, já repudiado uma vez?
RAMATIS: - Nem sempre os pais que sofrem a prova cármica de perder de modo prematuro os filhos queridos foram esposos no passado.
A lei pode tê-los reunido devido apenas à semelhança de delitos e de provas cármicas.
O pai que repudiou o filho que, por sua culpa se extinguiu prematuramente na miséria do mundo, pode ser escolhido para esposo de outra mulher que, no passado, houvesse praticado o infanticídio e deva sofrer a prova cármica de perder um ou mais filhos.
Mas aqueles que no passado foram esposos ou amantes, responsáveis pela morte do filho deformado, enfermiço ou imbecil, não precisam ser provados por meio do mesmo espírito que expulsaram anteriormente.
Conforme já dissemos, pode nascer desses mesmos pais outra entidade sábia, bela ou sadia que, desencarnando em tenra idade, acicata-lhes ainda mais o amor e a saudade, devido à sua vestidura mais atraente; o que importa à Lei do Carma é fundamentalmente a acção e o seu resultado rectificador, mas não a natureza dos agentes que devam provocar o despertamento amoroso.

PERGUNTA: - Que obstáculo poderá haver para que o próprio espírito antes repudiado retome ao mundo em outra existência, para poder, como filho, se tornar o próprio instrumento de ajuste cármico dos pais culpados?
RAMATIS: - O mesmo aforismo de que a "natureza não dá saltos" poder-se-ia aplicar no caso do processo de ascensão espiritual, pois que esta também não se efectua a saltos improvisados.
Embora tenhamos dito que nem sempre a criatura pobre, simples e humilde é alma inferior, convém saber que aquele que nasce deformado e imbecil está suportando a prova de severa rectificação espiritual, manietado pela própria Lei que subverteu no passado.
Quase sempre, é ele o adversário mais feroz dos próprios pais, que vem rogar-lhes hospedagem carnal; no seu íntimo, as paixões e as agressividades podem se encontrar amordaçadas no molambo de carnes doentias, ou então represadas na imbecilidade ou descontroladas pela alienação mental.
Em geral, se fosse concedida completa liberdade a tal espírito, com o comando incondicional de um organismo atraente ou sadio, devido à sua imaturidade psíquica não tardariam a eclodir nele os mesmos desatinos, crueldade e torpezas pregressas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:02 pm

Sob tais condições, ser-lhe-ia demasiadamente imatura a reencarnação em situação de beleza, sabedoria ou liberdade de acção contra o que requereria a Lei para o êxito da provação espiritual posterior dos pais culpados.
Também não seria possível à alma delinquente efectuar em curto prazo de tempo uma renovação espiritual tão miraculosa, para uma segunda prova cármica em aspecto angélico, pois a ascensão sideral é feita por etapas distintas e lentas modificações, que não violentem o padrão psíquico.
Comumente, a alma gasta mais de um milénio para só apurar uma virtude louvável, como a resignação, a honestidade ou a simplicidade!
Dentre do próprio conceito popular de que "vaso ruim não se quebra", o espírito que desencarna prematuramente, salvo acidentes técnicos do Astral e da Terra, é entidade elevada e de curto pouso na carne, enquanto o que enfrenta longa existência, em geral, é portador de defeitos comuns da humanidade.

PERGUNTA: - Visto que certos pais culpados são provados com a perda de filhos, deve ser provável que alguns espíritos aceitem o sacrifício de morrer na infância para se tornarem os instrumentos dessa provação.
Estamos certos?
RAMATIS: - Retornamos à advertência já feita de que a Lei Cármica ajusta, mas não castiga! Também não cria fatos delituosos ou acontecimentos deliberadamente odiosos, para que por meio deles se rectifiquem, as almas delinquentes.
Seria profundo desmentido à Sabedoria e Justiça de Deus o facto de, para se realizar a prova do sofrimento cármico, haver necessidade de se aliciarem instrumentos de provação, assim como no vosso mundo se nomeiam criaturas para exumarem escândalos públicos.
Não justificaria o facto de no mundo espiritual, da mais alta sabedoria de vida, se decidir que a responsabilidade exclusiva das almas culpadas dependesse de sacrifícios alheios para a sua efectivação.
A Lei Cármica atua dentro do ritmo irredutível de que uma "acção" produz igual "reacção", ou seja: de determinada causa resulta idêntico efeito.
O espírito que deve desencarnar prematuramente como filho de pais culpados, a fim de despertar-lhes com mais veemência o amor ainda acrisolado na concha endurecida do coração, quase sempre é entidade de inteligência precoce, bondosa e de sabedoria inata, ou capaz de desenvolver os genes dos ascendentes hereditários para um físico belo e atraente.
Quantas vezes a sabedoria popular identifica o ser angélico sob o mau agouro de que é "criança: que não se cria, porque não é deste mundo"!
Nem sempre a profecia é verídica, mas algumas criaturas pressentem em alguns desses entes formosos, ternos e sábios, os espíritos já evoluídos cuja reencarnação é mais um recurso de técnica astral, pois que necessitam de curto prazo de vida humana para descarregar na carne instintiva os últimos resquícios do magnetismo inferior, que ainda lhes pesa nas fímbrias de sua túnica resplandecente.
São espíritos que descem à matéria para um pouso rápido, como aeronautas siderais que completam o número de horas no corpo físico, a fim de promoverem-se ao comando superior nos páramos de luz e felicidade eterna.
A Lei do Carma, em seu inteligente mecanismo de benfeitoria espiritual, os aproveita então e serve-se de sua beleza angélica, sabedoria e bondade como recursos para despertarem a ternura, ou mesmo uma paixão preliminar que possa sensibilizar o coração dos pais que pecaram por falta de amor.
Quando, mais tarde, os pais faltosos e sensibilizados no fundo da alma, devido à partida prematura do filho querido, procriam um novo corpo e tomam-se de novas esperanças amorosas, a Lei se encarrega de repor, nenhum clima bem mais favorecido do lar, o velho adversário que foi repudiado no passado.
Mesmo que ele retome com a mente retardada e a configuração menos bela - fazendo seus progenitores sentirem a dolorosa diferença para com o filho excepcional, que partiu antes encontrará guarida definitiva, porque existe um claro profundo nos corações dos pais, que clama por qualquer preenchimento cordial!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:02 pm

PERGUNTA: - Quer nos parecer, diante de vossas considerações, que todos os filhos belos, sadios, bons e sábios deveriam desencarnar prematuramente pois, se eles vêm a este mundo, é para o sofrimento de pais culposos do passado, e por se tratar de espíritos na sua derradeira encarnação.
É isso mesmo.
RAMATIS: - As nossas considerações nada têm de absolutas, assim como não constituem regras sem excepção!
Nem todas as crianças belas, boas e sábias são espíritos que descem à matéria para a derradeira encarnação, assim como nem todos os pais de crianças formosas e inteligentes são criaturas submetidas à prova de sofrerem a perda prematura dos filhos queridos.
Jesus foi belo, sábio e bom, mas sobreviveu até aos trinta e três anos, assim como também não se encarnou no mundo físico para proceder à descarga de qualquer saldo de magnetismo inferior.
Maria de Nazaré e Lucrécia Bórgia deslumbraram o mundo desde a infância, pela formosura do seu semblante; no entanto, sem que alguém suspeitasse de destinos tão diversos a primeira foi à mãe do salvador dos homens e a segunda o vaso de paixão que depois semeava o veneno!
Acontece que, em tenra idade, tanto desencarnam as criaturas belas como as feias; as inteligentes ou as retardadas; as amorosas ou as cruéis, pois a morte é como uma espada de Dâmocles suspensa sobre as vossas cabeças e ameaçando-vos desde o primeiro vagido na vida física!
Ela é condição permanente do mundo em que viveis, como factor necessário para a transformação do meio material, onde as forças mais brutas ameaçam continuamente a existência das coisas mais frágeis!
Os seres vivos permanecem em contínua exaustão, quer no auge da saúde quer durante a enfermidade, embora o fenómeno da morte seja apenas "transformação" decorrente das trocas energéticas do mundo físico.
A morte, quando analisada na Terra, parece-vos um caso tétrico e desesperador, que interrompe o gozo insosso das coisas materiais e rompe os laços egocêntricos do círculo familiar.
Entretanto, esse mesmo acontecimento, quando examinado do lado de cá, modifica completamente a sua feição lúgubre, pois representa a "divina porta", que a bondade do Pai entreabre para a alma regressar à sua paisagem amiga, ao seu verdadeiro lar espiritual, onde realmente se trabalha na ventura definitiva.
Eis porque a desencarnação dos filhos e o sofrimento dos pais não devem ser encarados tão desesperadamente, uma vez que a morte não extingue o espírito, mas o liberta da matéria a que se encontrava incomodamente algemado.
O que importa, na realidade, é a modificação que deve se operar no seu conteúdo espiritual, quer os filhos desencarnem prematuramente ou permaneçam encarnados até a velhice.
Para a Lei do Carma, a morte não é recurso punitivo, mas apenas processo técnico usado no seu sistema de aperfeiçoamento espiritual.
Enquanto alguns pais que melhoram o seu psiquismo, por terem desenvolvido o sentimento do amor que faltou-lhes no passado, gozam da sobrevivência dos filhos adversos até a sua maturidade física, outros só conseguem essa melhoria sofrendo a morte prematura dos filhos queridos.
Mas é inegável que a desencarnação funciona como simples recurso de controle no tempo e no espaço das existências humanas, bastante longe de qualquer expressão que lhes atribuam definitivamente.

PERGUNTA: - Mesmo diante dos vossos esclarecimentos, não pudemos ainda afastar a ideia de uma acção inexorável e algo punitiva, por parte da Lei do Carma, em relação aos processos redentores dos espíritos de pais faltosos.
RAMATIS: - É provável que isso aconteça devido a supordes que a Lei do Carma seja um automatismo inexorável de "culpa" e "resgate".
De princípio, é necessário compreenderdes que o mundo terreno é admirável laboratório para os ensaios de química espiritual, onde são respeitados a vontade e o livre arbítrio das criaturas, mal grado as suas contradições para com a ordem evolutiva da vida espiritual manifesta na matéria.
Em seguida, convém não generalizardes o que vos tenho dito, pois existem situações sacrificiais e expiatórias aparentemente idênticas mas que, no entanto, são de origens completamente opostas.
Há casos em que infelizes esposos se vêm a braços com filhos teratológicos, porque também foram responsáveis por suas cruéis desgraças, cumprindo-lhes suportar agora a terrível prova de reparação cármica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:02 pm

No entanto, nessas mesmas condições de infelicidades podem-se encontrar almas boníssimas e abnegadas, sem culpas no pretérito mas que, em voluntária missão de amor e sacrifício, concordam em se tornar pais de espíritos delinquentes, com o intuito de ampará-los piedosamente em suas provas dolorosas evitando-lhes o mergulho definitivo nas trevas das objecções e rebeldias.
No primeiro caso, trata-se de rectificação espiritual imposta compulsoriamente pela lei da "colheita obrigatória" até o último ceitil; no segundo, é apenas o sacrifício espontâneo aceito por almas de escol, que se deixam inspirar pelo divino conceito do "amai-vos uns aos outros", do sublime Jesus.
Da mesma forma, nem todos os espíritos superiores se encarnam para a morte prematura e consequente provação dos pais, assim como nem todos os deserdados da sorte devem sucumbir só depois de adultos.
Igualmente, nem todas as desencarnações prematuras são expiações deliberadamente cármicas para os seus progenitores pois, antes da reencarnação, certas almas aceitam a incumbência dolorosa de gerar um corpo físico destinado a um espírito amigo, que necessita pouco tempo de vida física para completar o término de suas reencarnações.
É evidente que esses pais hão de sofrer intensa dor pela ausência do filho querido, morto prematuramente, sem que com isso resgatem culpas pregressas.
Se estivessem absolutamente certos do acordo espiritual "pré-reencarnatório", não sofreriam tão acerbamente, e aceitariam a 'morte física apenas como breve ausência do espírito que fora seu filho carnal.
No futuro, quando o terrícola já fizer jus à benevolência e à dádiva sideral, a vida humana será por ele considerada como um estágio tão comum na Terra quanto o são as vossas bolsas de estudos no estrangeiro.
A maioria, então, despedir-se-á da vida física à semelhança de um viajante que pega suas malas e parte contente para tomar o trem.
Eis porque não deveis generalizar o que dizemos, mas compreender que há sempre um motivo justo e lógico que pode explicar todos os acontecimentos exóticos ou dolorosos da vida humana, sem que por isso se desminta a impecável Justiça de Deus!

PERGUNTA: - Cremos que, devido ao fato de as religiões dogmáticas sempre nos ensinarem que a dor e o sofrimento são castigos de nossos pecados praticados neste "vale de lágrimas", da Terra, ainda pensamos que as situações incómodas ao espírito encarnado são sempre provas expiatórias ê indiscutíveis resgates do passado.
RAMATIS: - Se assim fosse, a existência humana não passaria de um automatismo incessante.
Porventura, Jesus teria crucificado algum adversário, no pretérito, para ser punido com a morte na cruz?
Ou então encarcerara inocentes ou traíra discípulos, para que se justificasse o fato de haver recebido chicotadas, sido negado por Pedro e traído por Judas?
Esse crença insensata só poderá conduzir-vos a profunda confusão quanto ao entendimento das verdadeiras finalidades da vida terráquea.
Esta, como temos dito, é laboratório planetário destinado à eclosão das energias do espírito, através do convite instintivo da carne, e não esse compungido "vale de lágrimas", adrede preparado pela fantasia melodramática das seitas religiosas.
Embora considereis como dores e sofrimentos as várias fases ou estágios do processo cármico que transforma animais em anjos, ele não tem o carácter de punição ou de vingança das faltas praticadas pelo homem nesta ou nas encarnações passadas.
Essas dores e sofrimentos, como etapas, de aperfeiçoamento progressivo, conduzem as formas brutais às mais elevadas expressões de estética espiritual.
A caminho de novos aspectos de beleza e aquisição de consciência futura, a pedra desbasta-se na dor mineral, a vegetação desperta na dor vegetal, pela poda ou pela enxertia, o animal progride pela dor carnal, sensibiliza-se sob os impulsos do instinto, e o homem se liberta das paixões aviltantes.
É inegável que sois dono de vossa vontade ou do vosso livre arbítrio; podendo praticar as vossas acções em benefício ou em prejuízo da colectividade, mas é preciso que vos lembreis de que a Lei do reajustamento e do equilíbrio ascensional do espírito intervém imediatamente, assim que exorbitais em vossas acções e delas resultam consequências prejudiciais ao próximo e desarmonia à ética evolutiva.
A sabedoria popular antiga, certa da constante e eficaz presença da Lei Cármica por detrás de qualquer acontecimento inevitável ou trágico, preferia curvar-se humildemente à resignada convicção de que "Deus sempre sabe o que faz".
Esta certeza também deveria participar de vossas convicções espirituais, pois é fora de qualquer dúvida que uma coisa ainda impossível no Cosmo é o fato de alguém se tornar eternamente infeliz.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:02 pm

PERGUNTA: - Conhecemos criaturas que, mesmo muitos anos após
haverem perdido um filho, ainda se entregam ao desconsolo dos primeiros dias, sem que consigam qualquer solução confortadora.
Merece qualquer censura esse afecto inconsolável, que nos parece comprovar justamente a existência de um inesgotável amor nos pais?
Se a Lei do Carma é tão severa para com aqueles que negligenciam os seus deveres afectivos com os descendentes, por que os que tanto amam devem ser tão infortunados?
Nesse ponto a Lei não é injusta?
RAMATIS: - Em face de o espírito ser a única realidade que nas várias jornadas planetárias sobrevive eternamente às inúmeras desintegrações dos corpos físicos que ocupou, só a ignorância dessa realidade é que produz o sofrimento longo, motivado pela separação provisória.
Em consequência, a solução do problema afectivo não reside em desmanchar esse "desconsolo" desde já, mas sim no mais breve esclarecimento da criatura, que precisa se libertar de sua ignorância espiritual e conhecer as finalidades da verdadeira vida do espírito.
Não nos cabe censurar os pais que se põem a prantear demoradamente a morte física dos seus queridos descendentes, mas é evidente que, se compreendessem os objectivos superiores da alma, de modo algum prosseguiriam nessa atitude de profundo egoísmo e inconformação para com as directrizes da Sabedoria Divina.
Indubitavelmente, nem sempre podem estar pranteando o espírito do filho amigo, pois, se ainda ignoram a realidade reencarnatória, também desconhecem que, em muitos casos, podem estar pranteando inconsoladamente o terrível algoz do passado, só porque herdou por breve tempo um corpo no seio do seu lar.
É provável que, se conhecessem a terrível verdade que os faz chorar inconsoladamente, cessaria imediatamente o sofrimento por uma criatura espiritual que, na realidade, poder-lhes-ia ser até detestável.

PERGUNTA: - Mas como poderemos constatar a existência do egoísmo nesse sofrimento acerbo, quando os pais sofrem a perda do filho?
RAMATIS: - Há criaturas muitíssimo beneficiadas pela fortuna, que se devotam egoisticamente ao seu único rebento, porque este é carne de sua carne e sangue do seu sangue.
No entanto, esse apego doentio pode significar-lhes futura decepção no Além Túmulo, quando verificarem que, justamente no filho de sua humilde cozinheira, ou no menino que detestavam na vizinhança, é que realmente vivia o seu espírito mais querido do passado, ao passo que no filho adorado, que fora cercado dos mais fantasiosos caprichos, habitava a alma adversa, cruel e impiedosa.
Há criaturas que, quando perdem um filho, o mundo se lhes torna completamente sem importância; inconsoláveis, vingam-se do turbilhão da vida humana, recolhendo-se melancolicamente a um estado de inactividade emotiva e inútil, cultivando a sua desdita pessoal, embora continuem cercadas pela colectividade terrena sofredora e necessitada de toda cooperação.
Algumas mergulham definitivamente na concha de sua vida egoística, enciumadas da felicidade alheia e considerando o mundo como o responsável cruel pela morte do filho querido.
Os mais egoístas perdem o senso de dever cristão e a sensibilidade espiritual e, esquecidos da pobreza dos filhos alheios ou da aflição de outras mães, preferem erguer faustoso mausoléu na terra fria do cemitério e depois o transformam num templo definitivo, para o culto doentio da morte, detendo-se melancolicamente junto ao cadáver do filho em desintegração!
Quantas vezes, junto dessas almas hermeticamente enclausuradas em si mesmas, temos visto o morto a gritar-lhes no auge da angústia: "Basta, meus pais!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:31 pm

Não forcem a minha presença espiritual junto ao meu cadáver!
Cultuem a minha memória servindo, amando e socorrendo outros filhos de mães desditosas, que possam me substituir nos seus corações!"
E enquanto pranteiam a separação do corpo condenado ao apodrecimento, esses infelizes progenitores olvidam os sofrimentos e as angústias que se registam a poucos metros dos seus palácios enlutados, quando mães desesperadas clamam pela veste e pelo pão, a fim de que a prole possa sobreviver!
Enchem-se os orfanatos, as creches e os asilos de crianças abandonadas, enquanto pelos cemitérios anti-higiénicos pais e mães circulam em silenciosa revolta contra o mundo, crentes de que a sua dor pessoal, o seu caso particular, deve ser considerado nas proporções de um drama universal.
Em vez de substituírem o filho que foi mimado com requintes de luxo e atenções descabidas e que desencarnou sob o ritmo justo da lei de recuperação espiritual, e cultuarem a sua memória pela dádiva da veste, do alimento e do socorro ao lar de outros filhos sem mãe e sem. pai, que se contentariam apenas com os sobejos das mesas fartas, esses pais preferem estiolar-se no culto doentio de sua dor inconformada e reverenciar a lembrança da carne perecível.

PERGUNTA:- Acreditamos que esse sofrimento prolongado dos pais, consequente ausência do ente querido, não seja fruto exclusivo do egoísmo, mas devido à sua sensibilidade afectiva.
Demais, como se poderia amar intensamente o filho alheio, quando a vida não permite, por vezes, que se ame sequer o próprio filho?
RAMATIS: - O verdadeiro amor é aquele que vos desperta um estado de simpatia espiritual, ou seja um estado em que sentis em vós mesmos o sofrimento e as necessidades que ocorrem noutros seres infelizes.
Eis o segredo dos grandes amorosos para com a humanidade, como Francisco de Assis, Buda, Crishna ou Jesus!
Enquanto o amor materno e paterno se devotarem exclusivamente à carne dos filhos que procriam, é fora de dúvida que os pais serão candidatos a sucessivas decepções nos mundos físicos e astrais.
Assim vo-lo dizemos, para que no regresso ao mundo espiritual também diminuam as vossas terríveis desilusões, quando então conhecereis o verdadeiro significado de muitas contradições humanas, registadas na Terra em nome do amor, da bondade, da honestidade ou da renúncia!
Não há fundamento sensato em se chorar ininterruptamente os filhos desencarnados, quando eles não passam de imagens de carne em incessante transformação cotidiana.
É suficiente o transcurso de alguns anos do calendário terrícola para que os descendentes rechonchudos se tornem diferentes das figuras que são expostas no álbum de fotografias da família!
Mirai-vos vós mesmos no espelho doméstico, e que vedes à vossa frente?
Porventura, ainda sois aquele rosado bebé de carne viva, que há alguns anos se agitava 'num berço, festejado ruidosamente pela parentela satisfeita?
E sereis capazes de vos reconhecer se um espelho mágico vos mostrar com as faces macilentas do futuro velho, apoiado ao bordão que lhe ampara os passos trôpegos?
Quem sois, enfim?
"Quem são meus irmãos, meu pai e minha mãe?" - indagou Jesus, num instante de grande lucidez espiritual.
Na realidade, as figuras humanas são imagens em continua metamorfose, envelhecendo e se deformando apressadamente.
Surgem em berço de rendas ou em amontoados de trapos; crescem, fatigam-se, tombam, e se extinguem no melancólico silêncio da sepultura terrícola.
Quantas ilusões guarda a alma no choro inconsolável e na saudade doentia da imagem provisória daquele que partiu cedo, quando o verdadeiro afecto deve ser endereçado ao espírito, que é imortal, cada vez mais consciente de si mesmo e existente além do espaço e do tempo!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:31 pm

PERGUNTA: - Acontece que nós focalizamos todo o nosso afecto na figura humana e, quando ela desaparece, falta-nos o apoio emotivo em que vazávamos o nosso mais alto sentimento já desperto.
Não é esse o processo natural da própria evolução espiritual?
RAMATIS: - Mas é evidente que, escravizados aos caminhos virtuais de um mundo ilusório, não podeis atingir a realidade definitiva do espírito, que requer decisão e coragem para a almejada libertação da matéria.
O pai ou a mãe que, após dez anos, ainda se desespera com a morte do filho olvida, em sua cegueira espiritual, que esse filho, se ainda estivesse vivo, não seria exactamente aquela imagem que ainda pranteia, mas haveria de ser outro o seu aspecto, porquanto ocorreria na sua fisionomia a mudança inexorável, produzida pelo passar dos anos.
Em verdade o filho, se vivo, estaria dez anos mais velho!
E também mais gordo ou enfermiço, dócil ou cruel, regrado ou viciado, solteiro ou casado!
Sob qualquer hipótese, esse pai ou essa mãe inconsolável continua a prantear imagem falsa, obsidiado por uma ideia fixa na retina da mente, assim como acontece na projecção cinematográfica, quando para o projector e os intérpretes do drama ficam estupidificados e imóveis na tela.
Acontece, também, que, no cumprimento comum da vida humana, é maior a percentagem de espíritos adversários, algozes e vítimas, que se reencarnam cotidianamente para constituir as famílias consanguíneas, enquanto que é bem menor o número de almas amigas que renascem ligadas por simpatias do passado.
Sob os nossos conhecimentos espirituais, sabemos que muitos filhos ou filhas, cuja morte ainda é pranteada alguns anos depois pelos pais inconsoláveis, se ainda estivessem encarnados teriam sido terríveis verdugos dos seus próprios progenitores, pois se tratava de espíritos impiedosos que, sob a Lei do Carma, haviam empreendido os primeiros ensaios de aproximação espiritual com as suas vítimas.
Desde que, devido à ignorância espiritual, as criaturas ainda não podem se convencer de que o seu mais cruel inimigo do pretérito pode habitar o corpo do filhinho sorridente, é natural que atravessem alguns lustros carregando lenços encharcados pelas lágrimas compungidas.
Sob tal confusão espiritual, ainda é muito difícil a um pai amar o filho alheio, pois a sua figura física difere muitíssimo da estética carnal da família egotista, para a qual os filhos não passam de lindas colecções de corpos bonitos, plasmados sob o mesmo cunho da parentela consanguínea; a que se apegam fanaticamente, no culto perigoso da carne provisória.
Quando o espírito do homem compreender a realidade da vida espiritual, dispondo-se a enxugar as lágrimas alheias, independentemente da forma dos seus corpos ou das ligações consanguíneas, é fora de dúvida que também se envergonhará de suas próprias lágrimas melodramáticas!
Comumente, a sensibilidade humana ainda se rege por significativo e contraditório sentimentalismo pois, enquanto alguns pais consideram a morte de seus filhos como um acontecimento digno de espanto no Cosmo, a comunicação de que milhares de crianças se afogam nas inundações da índia ou da China não passa para eles de simples notícia de jornal! Sob tal sentimentalismo falso, raros são os que se dispõem a amar a carne de outra carne e o sangue de outro sangue!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:31 pm

28 - Como Servimos de "Repastos Vivos" aos Espíritos das Trevas
PERGUNTA:- Podeis nos explicar de que modo os espíritos das trevas conseguem satisfazer os seus desejos viciosos ou renovar suas sensações carnais obsidiando os encarnados?
RAMATIS: - Os espíritos malfeitores, desencarnados, devido a lhes faltar o corpo físico, vivem sempre acicatados pelos desejos inferiores da matéria, os quais não podem ser saciados no mundo astral.
Então procuram saciar-se de seus vícios e desregramentos buscando apoderar-se de criaturas desprotegidas, a fim de transformarem-nas em verdadeiras "pontes vivas" e assim conseguirem o meio de se fartar nos seus desejos mórbidos e desregrados.
Através de processos e ciladas diabólicas, eles esgotam a vitalidade das infelizes criaturas que imprudentemente lhes caem sob o jugo satânico.
São almas tenazes em seus objectivos torpes, que se debruçam incessantemente sobre o mundo da carne à procura de vítimas passivas e desleixadas, nas quais se apoiam para realizar os seus intentos malfazejos e usufruírem a volúpia das paixões pervertidas.
A energia do mundo astral é vigoroso multiplicador da frequência vibratória do perispírito liberto da carne; por isso, enquanto as almas elevadas centuplicam suas emoções dignas e mais se elevam aos planos angélicos, os espíritos inferiores sentem os seus desejos torpes ainda mais superexcitados pois, devido à lei vibratória de que os "semelhantes atraem os semelhantes", suas paixões também recrudescem em contacto com as energias sensuais detestáveis.
Sentindo-se exacerbados em suas emoções degradantes, e impotentes para usufruírem as sensações que lhes eram os únicos prazeres na carne, os espíritos desregrados vêem-se obrigados a sintonizar o seu perispírito com o perispírito dos encarnados que porventura vibrem docilmente às suas sugestões e desejos viciosos.
Através dessa simbiose subversiva, conseguem captar as sensações pervertidas dos encarnados, e então os corpos carnais dos terrícolas se transformam em condensadores vivos, que atendem à consumação dos desejos dos obsessores.
Os pilotos das grandes aeronaves sabem que a harmonia do seu voo depende fundamentalmente da sincronização de todos os motores num só diapasão de velocidade; sob a mesma lei, duas locomotivas que operem conjugadas, em exaustiva subida, também hão de lograr sucesso tanto quanto seja a perfeição do ajuste sincrónico das forças empregadas por ambas.
Essa lei de correspondência vibratória e equilíbrio energético ainda age com mais subtilidade nas relações entre o mundo astral e o físico, facilitando que os espíritos viciados se conjuguem sincronicamente aos perispíritos dos encarnados, a fim de praticarem suas torpezas e saciarem seus apetites inferiores.

PERGUNTA: - Qual a significação mais exacta dessa denominação de "repastos vivos" que já tendes dado por vezes àqueles que são vítimas dos espíritos maldosos do astral inferior?
RAMATIS: - Desde que a ideia de "repasto vivo" lembra refeição, é indubitável que estamos nos referindo às tristes condições de muitos encarnados que imprudentemente se transformam em verdadeiras refeições vivas para os desencarnados insaciáveis de sensações devassas e que, além de lhes exaurirem todas as energias vitais, enfraquecem-lhes a vontade e os tornam cada vez mais viciados aos desejos torpes do Além.
Aqueles que não se decidem a modificar sua conduta desregrada na vida humana não tardam em se transformar na abjecta condição de prolongamentos vivos da mórbida vontade dos espíritos pervertidos.
Depois de perderem o controle de si mesmos e apresentarem estranhas enfermidades que provocam diagnósticos sentenciosos da medicina terrena, passam a viver excitados e aflitos, incessantemente accionados pelos seus "donos" do Além, que chegam a evitar-lhes qualquer aproximação amiga ou ensejo redentor.
É de regra e técnica muito comum, entre os obsessores sabidos, do astral, cercarem os seus "repastos vivos" de cuidados especiais a fim de que se afastem de pessoas, ambientes, leituras, doutrinas, palestras ou filmes educativos que possam lhes despertar a consciência adormecida na hipnose maquiavélica e mostrar-lhes a sua escravidão ao vício.
O processo sutilíssimo, que os espíritos das sombras desenvolvem felinamente em torno de suas vítimas, é muito difícil de ser percebido por aqueles que lhes caíram nas malhas sedutoras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Poderíeis nos esclarecer melhor, a esse respeito?
RAMATIS: - No estado em que se encontra actualmente a civilização terrena, ainda são raras as criaturas que não possuem qualquer válvula capaz de abrir-lhes a intimidade do espírito à infiltração dos malfeitores do astral inferior.
Variam as debilidades humanas de conformidade com as criaturas e suas realizações; os homens Íntegros em seus negócios e labores cotidianos podem ser vulneráveis à cólera ou à irritação; aqueles que são pacíficos e acomodados podem se desgastar pelo ciúme, sofrerem pelo amor-próprio ferido ou se intoxicarem pelas ingratidões; alguns, quando frustrados nos, seus ideais ou vítimas das discussões domésticas ou das decepções amorosas, buscam no álcool a sua compensação doentia, enquanto outros, radiantes de júbilo pela vida fácil, vivem corroídos pelo remorso da fortuna desonesta.
Mesmo as criaturas mais sensatas e mais justas muitas vezes só podem ajustar as suas ideias e acalmar seus nervos ou impaciência devorando dezenas de cigarros e formulando assim inconsciente convite a algum outro viciado sem corpo, do Além.
Não podemos enumerar toda a série de contradições, vícios, frustrações, defeitos ou emoções descontroladas que podem servir de motivos básicos ou de válvulas emotivas que auxiliam o êxito das operações obsessoras empreendidas pelos espíritos das trevas, graças à invigilância dos encarnados.
Os desencarnados que ardem em desejos pelo álcool não perdem o seu tempo, operando sobre o encarnado que é abstémio alcoólico, por saberem que perderão os seus esforços e não conseguirão levá-lo ao alcoolismo.
Preferem, pois, encontrar criaturas afeitas ao álcool ou já debilitadas por outras paixões perigosas, a fim de levá-las ao desregramento por caminhos indirectos.
Da mesma forma procedem os espíritos que eram fumantes inveterados e que se alucinam no Espaço pela falta do cigarro.

PERGUNTA: - Temos ouvido dizer que até os viciados no jogo sofrem no Além a saudade desse vício.
Há alguma procedência nessa afirmação?
RAMATIS: - Os espíritos que viveram na Terra completamente subjugados pela paixão obsessiva do jogo ainda conservam a imaginação ardendo pelo angustioso desejo de satisfazerem o seu vício, pois no subjectivismo de suas almas permanecem bem vivas as cenas da jogatina desenfreada.
Justamente por se encontrarem impossibilitados de contemporizar o seu mórbido desejo e drenarem as forças viciosas violentamente represadas, sentem-se ainda mais acicatados e tão aflitos, que os mais débeis de carácter preferem degradar-se e vagar pela superfície do orbe material, em vez de lutar contra o vício e repousar no Além.
Não tardam em se afeiçoar a outros encarnados viciados, afinando-se à mesma paixão perigosa.
Então procuram transformar as suas vítimas em instrumentos submissos à sua sanha desregrada, mantendo-as o maior tempo possível junto às mesas dos cassinos ou ambientes viciados de qualquer espécie de jogatina.
No auge dos lances entusiastas, o jogador encarnado e o espírito desencarnado fundem-se numa só entidade, ambos hipnotizados pela paixão do jogo, num verdadeiro fenómeno de incorporação medi única.
Esses infelizes viciados das cartas, dos dados ou os adoradores da roleta, embora desprovidos do corpo físico, servem-se daqueles que sintonizam consigo nos ambientes nocivos do vício, impondo-lhes sugestões e afligindo-se pelos seus equívocos ou exaltando-se por suas geniais predições.
Participam furiosamente do jogo, pois rodeiam os terrícolas e gritam-lhes palpites aos ouvidos, estrugem quando contrariados, desesperam-se e esbravejam quando vêem desperdiçadas muitas de suas sugestões mefistofélicas!
Normalmente, a multidão de frequentadores desencarnados é bem maior que a dos encarnados e também é a extravagante e mórbida contenda de apostas, despeitos, ciúmes e insofreável paixão no ambiente da joga tina.
E quando, além de viciados, esses espíritos são vingativos e cruéis, não trepidam em introduzir toda a sorte de trapaça no jugo, assim como arrastarem suas vítimas às maiores decepções e desesperos, para depois se blasonarem de suas desforras satânicas contra aqueles que não os atendem fielmente na trama viciada.
Há casos em que os mais vingativos perseguem por longo tempo suas vítimas, não lhes perdoando a decepção junto às mesas do jogo aviltante, porquanto afora as cartas, como simples pontos de referência material, a paixão do jogo é tão ardente e implacável nos encarnados como nos desencarnados, uma vez que ela reside na alma e não nos objectos da matéria.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:32 pm

No mundo astral, em torno da Terra, existe copioso material vivo, que serviria para valiosas pesquisas do género freudiano, pois a pusilanimidade, a frustração e o cortejo de recalques e complexos, que depois se sublimam em vinganças torpes e perseguições maquiavélicas, requerem, comumente, hábeis psiquiatras do Além para anotarem todas as mazelas espirituais.
A fim de que os encarnados, que aceitam a mórbida função de "repastos vivos", se tornem cada vez mais submissos para atenderem à satisfação completa dos viciados do jogo, já desencarnados, tudo lhes é facilitado na vida, de modo a levá-los ao máximo da degradação possível e à hostilidade no seio da família para que lhes seja extinguido o último reduto de amparo espiritual.
Em face de tais medidas subversivas e tenazes do mundo astral inferior, é muito comum verificar-se que os viciados de todos os' matizes e condições sociais do mundo, principalmente os alcoólicos, quase sempre se queixam de uma "força" terrível que os domina e os faz beber, jogar ou ingerir entorpecentes, bem como praticar toda sorte de ignomínias.
A medicina procura explicar esse fato, atribuindo-o à acção do próprio organismo, que clama por aquilo a que já se acostumou, mas mal sabem esses infelizes viciados que, detrás desse diagnóstico, esconde-se a terrível realidade de suas situações nauseantes de "repastos vivos" dos malfeitores das sombras!

PERGUNTA: - Em face do que dizeis, estamos propensos a, crer que nos encontramos desamparados e à mercê dos agentes das trevas, só porque ainda não nos libertamos completamente do vício de jogar, de beber ou de fumar; não é mesmo?
RAMATIS: - Acreditamos que, mesmo que Jesus, Gandhi, Buda ou Francisco de Assis fumassem e bebessem, nenhum obsessor conseguiria comandar os seus corpos físicos ou dominar o seu alto potencial vibratório angélico, capaz de desintegrar as energias mais tenebrosas.
O que desejamos patentear a vossa compreensão humana, é que os homens escravos de quaisquer vícios ou paixões perigosas são mais visados pelos espíritos das sombras, que os têm como possíveis candidatos à triste condição de "repasto vivo" para suas satisfações viciosas, ao passo que aqueles que não se enfraquecem pelos vícios se tornam mais refractários aos objectivos das sombras.
Para eles é muito mais difícil despertar o vício da embriaguez no homem abstémio, o vício do fumo no inimigo do cigarro ou o vício do jogo no adversário do casino e dos ambientes de jogatina.

PERGUNTA: - Podeis nos informar se todos os homens viciados, assim que desencarnam, passam a molestar os encarnados a fim de satisfazerem os seus vícios e desejos interrompidos com a morte do corpo físico?
RAMATIS: - É conveniente que não generalizeis o que vos digo, pois há tantas condições psicológicas no Além quantas sejam as almas desencarnadas.
Nenhum acontecimento Dom ou mau, quer se suceda com encarnados ou com desencarnados, deve servir de padrão absoluto para se aferirem outros acontecimentos do mesmo género.
Nem todos os que fumam, bebem ou jogam são almas daninhas ou desequilibradas.
É verdade que, após a perda do corpo físico, o sofrimento é mais ou menos igual em todos os viciados, que sejam bons ou maus, porque o desejo é psíquico e não corporal e, além disso, depende da intensidade viciosa já estigmatizada no perispírito.
Há a considerar, entretanto, que os espíritos negligentes, maus ou vingativos entregam-se à tarefa de obsidiar os encarnados, para fazê-los seus instrumentos vivos de satisfações viciosas, ao passo que os embora viciados, mas possuidores de índole benfeitora, em lugar de se entregarem às práticas obsessivas, preferem lutar heroicamente para dominar o desejo mórbido trazido da Terra.
E como no Além existe a cooperação tanto para o mal como para o bem, os espíritos benfeitores auxiliam os seus companheiros bem intencionados, a fim de se libertarem mais brevemente das perigosas paixões próprias da bagagem terrena, assim como os malfeitores também ofertam todo o seu apoio subversivo aos viciados de má índole.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Certa vez fomos informados de que certos obsessores chegam ao ponto de proteger fanaticamente os desencarnados que lhes servem de prolongamentos vivos na Terra.
Será isso verdade?
RAMATIS: - É através da fraqueza de vontade ou por efeito de hipnose que qualquer vício ou paixão termina subjugando as criaturas débeis de carácter.
É assim que os obsessores logram o comando completo do sistema nervoso dos encarnados, porque criaturas assim e com tendências viciosas são as mais dóceis e eficientes para se transformarem em prolongamentos das sensações pervertidas do mundo material e do astral.
Os homens bons, que passam pelo mundo semeando favores e esperanças aos seus irmãos infelizes, mesmo quando portadores de algum pequeno vício, são cercados de extremas atenções e cuidados por parte das almas elevadas, que envidam todos os esforços para não perdê-los como seus dignos agentes no serviço louvável do Bem.
E os espíritos maus também protegem os seus "repastos vivos" sob os mais atenciosos cuidados, ensejando-lhes as melhores oportunidades para a prática dos vícios em que estão interessados.
Embora dominem suas vítimas na matéria, também dependem delas para saciarem os seus caprichos mórbidos e desejos pervertidos, que mais se acicatam porque são conseguidos através de corpos alheios, que sempre atenuam a intensidade das sensações encaminhadas para os desencarnados.
Mas a protecção dos obsessores às suas vítimas obsidiadas é sempre deletéria e prejudicial, porque acicata-lhes o vício e as induz ao desregramento completo; no entanto, a assistência dos espíritos bons é construtiva e salvadora, porque estimula o crescimento das qualidades angélicas da alma.
Quando os homens ultrapassam as fronteiras dos "pecadilhos" comuns, vivendo afastados do caminho do Bem e dos ensinamentos de Jesus, as entidades das trevas mostram-se logo sumamente interessadas em viciá-los e depois protegê-los como valiosos instrumentos de filtração sensual no mundo físico.

PERGUNTA: - Qual o processo que os espíritos trevosos julgam mais eficiente para conduzir os encarnados ao desregramento completo na senda dos vícios?
Servem-se exclusivamente da intuição malévola, ou é bastante sua presença junto das vítimas para estimularem-nas ao desregramento?
RAMATIS: - Em face da Lei de correspondência vibratória, que rege as afinidades ou a simpatia entre os seres, são os próprios encarnados que criam a receptividade favorável tanto para a presença angélica como para a produção do clima electivo para a penetração perigosa das forças das sombras.
Elevando-vos, criareis o ambiente vibratório receptível às emissões de ondas espirituais das altas hierarquias superiores; rebaixando-vos pela prática das paixões indignas e dos vícios degradantes, sereis então campo aberto às investidas solertes do astral inferior.
Os malfeitores e os viciados do Além rebuscam todas as zonas morais e mentalmente vulneráveis das criaturas de tendências viciosas; então passam a explorá-las e infernar-lhes a existência, acrescendo-a de vicissitudes, desenganos e ingratidões do mundo, ao mesmo tempo que lhes insuflam sugestões malévolas para que busquem compensação no vício ou no desregramento moral.
Interessam-se muitíssimo pelas criaturas negligentes, ociosas, levianas e adversas à oração ou à meditação superior acercam-se perfidamente dos homens obscenos e sarcásticos, especialistas no anedotário que degrada a mulher, pois estes oferecem pouca resistência para sintonizar a sua frequência psíquica com as forças deletérias que, pouco a pouco, os moldam às suas condições inferiores.
Avaliam todas as debilidades de carácter e probabilidades de aviltamento sob determinado vício perigoso, enquanto técnicos experimentados nas organizações do astral degradado efectuam cuidadosa operação de auscultamento em torno dos encarnados invigilantes, baseando-se nas suas irradiações magnéticas ou nas cores variáveis de seus halos mentais em torno do cérebro.
Pesquisam todo vício oculto, toda tendência perturbadora ou paixão perigosa, fazendo prognósticos e medindo a reacção daqueles que oferecem perspectivas de se tornarem comparsas no repulsivo círculo vicioso que é o intercâmbio funesto entre vivos e mortos para a mútua satisfação das sensações pervertidas da verdadeira vida espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:32 pm

O seu profundo conhecimento, treinado há séculos, faz com que esses técnicos malignos explorem psicologicamente todo o campo emotivo e mental da provável vítima, a fim de conseguirem a rigorosa afinidade e sintonia, que é de lei vibratória, entre os perispíritos a serem conjugados para o vício.
Após focalizarem os seus "médiuns" electivos, para a produção da fenomenologia viciosa e enfermiça do mundo carnal, o processo então se lhes torna cada vez mais fácil, salvo quando, por motivos justos, ocorrem súbitas intervenções de hierarquias superiores, que salvam em tempo o candidato à humilhante função de "repasto vivo" das sombras.

PERGUNTA: - Mas os guias ou os protectores, que certamente devem representar a hierarquia espiritual superior, não intervêm assistencialmente em favor dos seus protegidos?
RAMATIS: - Quanto a essa protecção dos espíritos benfeitores, não tenhais dúvida; desconheceis as tarefas sacrificiais e o serviço nobilitante que eles desempenham incessantemente em favor dos seus pupilos encarnados.
Mas também é evidente que o sucesso dessa missão espiritual depende muitíssimo dos próprios homens.
Ainda presentemente, podeis verificar que, à medida que aumentam as possibilidades de socorro, ensinamentos e obras de alta espiritualidade na Terra, paradoxalmente também cresce o desregramento moral da humanidade terrena, pois homens, mulheres, moços e velhos deixam-se escravizar docilmente pelas mais avassaladoras paixões e vícios destrutivos da integridade moral humana.
E os espíritos trevosos não contam com muitas frustrações nas suas realizações nefastas, porque escolhem suas vítimas com extrema habilidade e sintonia aos seus objectivos diabólicos, tratando-as sob processos especiais para cada caso, assim como faz a medicina terrena aos seus pacientes.
Eles se desinteressam daqueles que descobrem, sob os cuidados e atenções das entidades angélicas, que estão desempenhando suas funções nobres junto à superfície do orbe.
O sucesso desses espíritos é cada vez mais justificável e compreensível, porque a maioria da humanidade sente estranha volúpia e envida hercúleos esforços para se libertar do comando espiritual das entidades benfeitoras; freme no seu psiquismo, à beira das grandes transformações da morada e do seu habitante.
Está obsidiada por um grande desejo que lembra a profética "Besta Escarlate", que simboliza o instinto animal; anseia despenhar-se voluptuosamente nos abismos dos vícios insensatos do álcool, do jogo, do fumo, da carne e dos prazeres licenciosos!

PERGUNTA: - Tivestes ocasião de dizer que, depois que os espíritos malfeitores conseguem tornar receptivos os candidatos escolhidos como prolongamentos viciosos na carne, tudo se torna bem mais fácil para que esses espíritos atinjam os seus fins.
Quereis nos dizer se é bastante serem assinalados os seus instrumentos vivos e simpáticos, para que logo em seguida se tornem escravos cegos dos seus obsessores?
RAMATIS: - A vontade estranha e subversiva, imposta a outro perispírito encarnado, não obtém tão fácil êxito no processo de intuição, mesmo que pela acção de uma entidade de psiquismo vigoroso.
É difícil eliminar de súbito a vontade do encarnado, quando ainda esteja na posse de suas faculdades mentais e no gozo sagrado do seu livre arbítrio, Se assim não fora, viveríeis exclusivamente obedecendo à vontade pervertida dos malfeitores desencarnados, em lugar de atenderdes à faculdade do vosso próprio comando espiritual.
Assim como as intuições dos vossos guias permanecem no campo da imponderabilidade, na forma de sugestões ou convites para o Bem, que podeis aceitar ou rejeitar, também as intuições malignas devem se concretizar sob vossa livre e espontânea vontade.
A criatura só fica tolhida no seu livre arbítrio e perde o domínio completo do seu corpo nos casos de obsessões completamente possessivas, relacionadas com as rectificações, ou então quando já se encontra completamente obsidiada pelo vício degradante.
Daí o motivo de os espíritos obsessores precisarem se servir dos recursos do próprio mundo material, operando sorrateiramente para que, de modo indirecto, suas vítimas sejam induzidas a se desbragarem pelos próprios vícios a que se revelam propensas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Como poderíamos entender de que modo os obsessores induzem indirectamente suas vítimas a se desbragarem através dos próprios vícios para os quais se revelam propensas?
RAMATIS: - Supondo o caso de um homem que se entregue descontroladamente a libações alcoólicas toda vez que tem desavença doméstica com a. esposa ou com os filhos, é óbvio que os viciados do Além, com o vidente intuito de torná-lo um "caneco vivo", hão de procurar recrudescer todas as suas amarguras no lar, certos de que assim também aumentam os motivos mórbidos e de estímulo à sua embriaguez.
E como todos os espíritos interessados pela formação de "repastos vivos", na Terra, ligam-se a outros grupos de malfeitores e se amparam mutuamente no serviço obsessivo, a empreitada malévola não tarda a alcançar o êxito desejado.
Eles se revezam incessantemente nas tarefas ignóbeis, procurando manter as vítimas sob o diapasão emotivo da cólera, desânimo e intenção de desforra contra si próprias, para mais incentivá-las à degradação pelos vícios torpes.
É de senso comum que o homem embriagado permanece sob o jugo das paixões animais que afloram perigosamente à sua consciência juntamente com os recalques e desejos subjectivos de desforra contra as humilhações sofridas anteriormente.
Então se torna um elemento inconstante, colérico, insatisfeito ou hostil facilmente amoldável à condição degradante de "repasto vivo".
Desenvolvendo hábil trama de mútuas compensações, quase sempre os espíritos trevosos preparam antecipadamente o clima doentio no lar de sua vítima, para que a discórdia seja, mais violenta, principalmente às refeições ou durante as horas destinadas ao repouso.
O esposo invigilante, ou mesmo qualquer membro da família que tenha por hábito vingar-se das desditas domésticas desforrando-se na bebida alcoólica, não tarda a perder o seu comando espiritual e passar a reproduzir em si mesmo os próprios desejos e a vontade dos obsessores que os preparam e excitam diabolicamente para o completo desregramento.

PERGUNTA: - No caso que descrevestes, não cumpria ao "guia" do lar intervir, mesmo de modo draconiano, uma vez que o obsidiado devia ser a coluna vertebral de sustentação do lar?
RAMATIS: - Muitas vezes a própria família, que ignora a perigosa intervenção das trevas na intimidade do seu lar e ainda se distancia do Evangelho, contribui imprudentemente para afastar o socorro espiritual superior que poderia receber, agravando a situação do chefe já atuado pelos fluidos maus do Além.
Os lares terrenos, em sua maioria não passam de improvisadas arenas onde a família se reúne para o mútuo pugilato em favor ria vitória do capricho, do orgulho, do amor próprio ou do ciúme!
Em geral, quando um dos membros da família começa a se desequilibrar, vencido pouco a pouco pela sistemática e tenaz perseguição do astral inferior, a parentela, em lugar de ampará-lo com o afecto e compreensão, ainda o intoxica cada vez mais, excedendo-se nas censuras e hostilidades costumeiras, tornando-os mais susceptível à diabólica intervenção das trevas.
E algumas vezes, após haver um esposo, filho, pai ou parente íntimo abandonado o lar, completamente dominado pelo álcool, não falta quem afirme terem sido o conflito e a amargura do lar provenientes exclusivamente da presença daquele infeliz parente viciado.
Mas a sua parentela ignora, no entanto, haver sido uma excelente cooperadora dos espíritos diabólicos do Além quando, esquecendo o ensinamento evangélico, negou um clima de amparo pacífico e de ternura ao infeliz familiar terrivelmente conturbado peles obsessores. Raras criaturas compreendem que a terapêutica mais acertada para todos os transes e conflitos do mundo ainda é aquela ensinada por Jesus, ao afirmar que só o Amor salva o homem!
Quando ele recomendou a prática incondicional do "amai-vos uns aos outros" e "sede mansos de coração", indubitavelmente se referia à ternura e à compreensão tão necessárias para com os próprios espíritos infelizes, que, envolvidos pelas trevas, ainda possam receber a mão amiga e libertarem-se dos vigorosos laços dos vícios escravizantes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:33 pm

PERGUNTA: - Apreciaríamos conhecer mais alguns detalhes do assunto e ouvir uma descrição análoga com referência a outros vícios.
Ser-vos-ia possível nos atender?
RAMATIS: - No mundo invisível aos vossos olhos de carne, efectua-se um trabalho mefistofélico, perseverante e disciplinado, a fim de que os encarnados enfraqueçam as suas defesas espirituais, abdiquem do seu livre arbítrio e favoreçam os planos tenebrosos do astral inferior.
Os perseguidores das sombras vivem semeando intrigas e motivos perturbadores para que, ferindo o amor próprio, a vaidade, o orgulho e instilando o ciúme, a cupidez e a inveja, seja mais viva a eclosão das mazelas que nutrem o clima enfermiço para a cultura dos "repastos vivos" no mundo terráqueo.
Eles sabem que o maior êxito nessa empreitada maligna resulta em consequente enfraquecimento ao trabalho das hostes do Cordeiro Jesus, e por isso sonham em afastar a sua sublime influência de sobre o mundo carnal.
Aqui, perturbam a família, entorpecendo a vontade do chefe da casa, para conduzi-lo a procurar o consolo na embriaguez; ali, encaminham para cargos de confiança as almas invigilantes cujo desejo central é o jogo, induzindo-as a dilapidarem o dinheiro público; acolá, conduzem o esposo leviano e débil de carácter para junto da mulher diabólica e fescenina, que não tarda em lançá-lo no vício da vida noctuna desbragada.
Enquanto isso acontece, avulta no vosso mundo, cada vez mais., o problema do malandro viciado pela cocaína, pela morfina ou pela maconha ou então cresce o desregramento dos moços, sob o hipnótico convite das trevas para que misturem alcoólicos perigosos aos inofensivos refrescos, aumentando a fila de candidatos à futura e abominável condição de "repasto vivo" dos desencarnados pervertidos do Além-Túmulo.
Ainda cooperando para o perigoso estado de espírito da época em que viveis, que lentamente vai se subordinando aos planos diabólicos, os lares terrenos de a1guin recurso económico instalam o seu elegante "barzinho", criando oficialmente a infeliz oportunidade e a preliminar tão ansiosamente aguardada pelos desencarnados viciados.
Em seguida, sob a "inocência" do refresco da moda misturado ao corrosivo alcoólico de rótulos brilhantes, a família passa a noite a dentro carteando o baralho sob sufocante nuvem de fumo, compondo os quadros enfermos e viciosos que se transformam em atraentes convites e fagueiras esperanças para os que, do outro lado da vida, vivem à cata de ambiente desregrados para suas satisfações corruptas.

PERGUNTA: - Como sabeis, o vício do fumo é muito arraigado entre nós, sendo preferido mesmo por quase todos os seres, sejam moços, velhos ou mulheres.
Mas acontece que há muitos fumantes bastante superiores moral e espiritualmente a outros homens que não fumam; porventura o uso do fumo poderá ser levado à conta de outro tipo de "repasto vivo"?
RAMATIS: - -Convém reflectirdes com bastante atenção sobre o espírito daquilo que vos enunciamos, porquanto a nossa tarefa nesta obra é apenas a de lançar um brado de alerta reforçando as advertências que outros espíritos superiores já vos têm feito através de alguns médiuns de reconhecida capacidade moral.
Queremos tão-somente prevenir-vos quanto aos atrozes padecimentos e aos prejuízos a que podeis vos submeter no Além, após à desencarnação, se persistirdes na ingestão da carne dos vossos irmãos inferiores, no desbragamento do álcool, que conturba e degrada, na paixão insofreável do jogo, que fanatiza e arruína, na sensualidade embriagante, que subverte o sentido criador do espírito, assim como no uso do fumo que, depois da morte do corpo, tira o sossego do espírito, por produzir a angústia insaciável da falta do cigarro.
Não pretendemos imitar o sacerdote exigente nem o pastor ou o missionário excessivamente puritano, que excomunga por qualquer falta os pecadores do vosso mundo; pensai bem no que vos explicamos e verificareis que só expomos uma tese fundamental, qual seja a de ajudar-vos na libertação espiritual do ciclo doloroso das reencarnações físicas, a que ainda vos encontrais demasiadamente escravizados pelos prazeres viciosos e gozos tolos.
Seria perigosa e censurável imprudência de nossa parte classificarmos todos os fumantes terrícolas como outros tantos "repastos vivos" a servirem aos viciados tabagistas do Além.
Sob qualquer ponto de vista, o homem bom, embora fume, é sempre superior ao homem cruel, avarento, hipócrita ou desonesto, mas inimigo do cigarro.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 8 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 24, 2021 7:33 pm

As nossas considerações se entendem particularmente com os casos de enfraquecimento da vontade e do comando director do espírito sobre a carne pois, enquanto fordes apegados ao uso do fumo, podereis ser bons, mas ainda não sereis senhores absolutos dos vossos corpos carnais nem tampouco da vossa vontade.
O cachimbo, o cigarro ou o charuto se transformam comumente em terríveis cérberos exigentes, que vos vigiam os passos e os movimentos, não vos permitindo sossego no lar, nos veículos, nas casas de diversões e até o instante final do vosso dia, à hora de dormir, pois ainda exigem a homenagem da última fumada da noite.
Embora nem todos os fumantes inveterados sejam submissos "repastos vivos" dos viciados do Além, é inegável que não podem se furtar completamente ao uso do fumo, que já os dominou a ponto de transformá-los em "piteiras vivas" sem vontade própria!
Sob a nossa modesta opinião de espírito desencarnado e sem grandes credenciais messiânicas, achamos que em lugar de se fumar, sob a possibilidade de atrair algum indesejável e perigoso fumante do astral inferior, é sempre melhor não fumar!
Assim se eliminará definitivamente mais uma oportunidade enfermiça de o indivíduo se tornar exótica "piteira" dos fumantes desencarnados, assim como outros se tornam "canecos vivos" para as inveteradas borracheiras do mundo invisível.
Não podemos alimentar a ilusão de que Jesus, Buda ou Francisco de Assis, que são almas libertas dos vícios da carne e das mazelas do mundo, venham um dia fumar connosco, numa demonstração de grande satisfação por isso...
Muitos espíritos desencarnados que aqui aportaram certos de terem sido eficientes "donos de si mesmos" durante a existência física, têm tido a grande decepção de comprovar que, muitas vezes, quando estavam em condições vibratórias negativas, devoravam dezenas de cigarros atendendo à exótica "fila" de fumantes aflitos, do lado de cá, que se lhes infiltravam pelas brechas e rasgões da aura, rompida pelos golpes da cólera, do ciúme, da violência, do orgulho ou da maledicência.

PERGUNTA: - Qual a atitude mais positiva para afastarmos cada vez mais a possibilidade de nos tornarmos algum "repasto vivo", do Além-Túmulo?
RAMATIS: - Evidentemente é a sanidade espiritual, com a qual atingiremos aquele estado que Jesus alude quando recomenda:
"Sê-de, pois, vós outros perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celestial" (Mateus capítulo V, versículos: 44, 46 e 48).

§.§.§- Ave sem Ninho
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