LUZ ESPÍRITA
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Elucidações do Além - Ramatis/Hercílio Maes

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 18, 2021 7:28 pm

Elucidações do Além
Hercílio Maes

Espírito Ramatis


Elucidações do Além
"No Universo não existem fantasias nem milagres. mas tudo obedece a um processo de Ciência Cósmica com leis invariáveis.
É óbvio, pois, que a operação de "pensar", "desejar" ou "sentir" do espírito exige sistemas, órgãos e mecanismos adequados na contextura do perispírito."

Ramatis
Nesta obra, Ramatis simplifica temas transcendentais relativos à constituição oculta do homem.
Os corpos astral e mental (perispírito), o duplo-etérico e suas funções, a descrição e funcionamento dos chacras etéricos e astrais, assim como noções sobre o prana, são tratados de forma didáctica, na característica forma de perguntas e respostas que o luminoso Mestre da Grécia antiga aprecia utilizar para transmitir o conhecimento.
Faculdades psíquicas outrora comuns ao currículo das escolas iniciáticas - algumas hoje catalogadas como "faculdades mediúnicas" são analisadas de forma clara e acessível ao estudante:
a Radiestesia, a Psicometria, os fenómenos de efeitos físicos e de "voz directa", bem como o mecanismo astro etérico que produz os chamados "lugares assombrados".
Em capítulo especial, Mestre Ramatis desvenda o processo reeducativo que se verifica, em casos de retardo mental severo, no psiquismo enfermo dos espíritos fazedores de guerra do passado.
Outro capítulo peculiar descreve a missão social e espiritual do Brasil na liderança da Nova Era, analisando os componentes do psiquismo do povo brasileiro que o credenciam para essa condição.
Há 35 anos esgotando sucessivas edições, esta obra já se impôs à preferência dos estudantes espiritualistas do Brasil.

[b]Hercílio Maes[b]
Hercílio Maes, médium de Ramatis, nasceu e viveu em Curitiba, Paraná, por 80 anos (1913-1993).
Completou três anos do curso de Medicina, que interrompeu por razões de saúde, vindo a formar-se posteriormente em Direito, profissão que exerceu paralelamente à de Contador.
Aos 30 anos, após ver aflorar sua mediunidade, teve contacto com Ramatis. com o qual possuía laços espirituais de remotas eras.
Ciente do compromisso de trabalho assumido antes de seu reencarne, passou a psicografar através da mediunidade intuitiva a série de obras de Ramatis, que abrange temas inéditos e despertadores, de fácil receptividade ao leitor por apresentar de maneira acessível, o conhecimento iniciático milenar.
Universalista e estudioso das mais diversas correntes espiritualistas, Hercílio Maes foi maçon, rosa-cruz e teosofista.
Paralelamente à tarefa de psicografia, foi médium receitista de rara eficiência.
Através da Radiestesia, em que era perito, atendia com o receituário homeopático gratuito centenas de enfermos por semana em um pequeno centro espírita de Curitiba.
Só aceitava, via de regra, pacientes desenganados da Medicina; os mais necessitados saíam com a própria medicação fornecida por ele.
A legião de casos complexos. exóticos e "incuráveis" resolvidos com assistência de uma equipe de médicos do espaço nunca foi mencionada por Hercílio, cujo traço marcante de temperamento e de vida era a simplicidade.
Caracterizava-se pela índole generosa e a singeleza espiritual com que acolhia a todos e encantava auditórios nas palestras que mesclavam conhecimento transcendental e permanente bom-humor.
Deixou neste plano a esposa, Dª Eleonora Maes, companheira de todas as tarefas, três filhos (Iara, Zélia e Mauro) e vários netos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 18, 2021 7:28 pm

Minha homenagem fraterna
"A Edison Guiraud, companheiro estudioso da espiritualidade e liberto de injunções sectaristas, dedico esta obra".
Curitiba, agosto de 1964
Hercílio Maes

Índice
Invocação às Falanges do Bem
Invocação às Falanges do Bem


Capítulo 1 – O Brasil e a sua missão social e espiritual sob a égide do espiritismo
Capítulo 2 - O espiritismo e o carácter da sua assistência material e espiritual
Capítulo 3 – O sacerdócio ou apostolado crístico e o ambiente do mundo profano
Capítulo 4 – As almas enfermas dos responsáveis pelas guerras
Capítulo 5 – Os trabalhos mediúnicos e a amplitude do intercâmbio espiritual
Capítulo 6 – Aspectos singulares das sessões mediúnicas
Capítulo 7 – A responsabilidade e os riscos da mediunidade
Capítulo 8 – Considerações sobre as sessões mediúnicas no lar
Capítulo 9 – Recursos energéticos dos guias, junto aos encarnados
Capítulo 10 – Elucidações sobre o perispírito
Capítulo 11 – Elucidações sobre a prece
Capítulo 12 – Relato e análise da psicometria
Capítulo 13 – Relato e análise da radiestesia
Capítulo 14 – Os trabalhos de fenómenos físicos
Capítulo 15 – O fenómeno da “voz directa”
Capítulo 16 – A música nos trabalhos mediúnicos de efeitos físicos
Capítulo 17 – Os fenómenos de efeitos físicos no caso das assombrações
Capítulo 18 – Algumas noções sobre o Prana
Capítulo 19 – O Duplo Etérico e suas funções
Capítulo 20 – Os Chacras
( Os chacras ou centros de forças etéricas sobre o duplo etérico do homem)
Capítulo 21 – É possível a morte do Espírito?

Ciência comprova previsões de Ramatis
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 18, 2021 7:28 pm

Invocação às Falanges do Bem
Doce nome de Jesus,
Doce nome de Maria,
Enviai-nos vossa luz
Vossa paz e harmonia!

Estrela azul de Dharma,
Farol de nosso Dever!
Libertai-nos do mau carma,
Ensinai-nos a viver!

Ante o símbolo amado
Do Triângulo e da Cruz,
Vê-se o servo renovado
Por Ti, ó Mestre Jesus!

Com os nossos irmãos de Marte
Façamos uma oração-.
Que nos ensinem a arte
Da Grande Harmonização!


Invocação às Falanges do Bem
Do ponto de Luz na mente de Deus,
Flua luz às mentes dos homens,
Desça luz à terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flua amor aos corações dos homens,
Volte Cristo à Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guie o Propósito das pequenas vontades dos homens,
O propósito a que os Mestres conhecem e servem.

No centro a que chamamos a raça dos homens,
Cumpra-se o plano de Amor e Luz,
e mure-se a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
restabeleçam o Plano de Deus na Terra.
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Capítulo 1 – O Brasil e a sua missão social e espiritual sob a égide do Espiritismo
PERGUNTA: - Quase todos os mentores espirituais que falam à Terra são unânimes em afirmar que o Brasil, sendo o país mais espírita do mundo,1 está fadado a desempenhar, no futuro, uma alta função moral e espiritual no seio da humanidade.
Podereis citar alguns fundamentos objectivos, que justifiquem semelhante prognóstico?
RAMATIS: - Efectivamente, à medida que o Povo brasileiro se espiritualizar assimilando conscientemente o racionalismo do processo reencarnacionista, ou seja, a grandeza e a amplitude moral das vidas sucessivas, que transformam o homem imperfeito, de hoje, no anjo futuro, o Brasil fará jus a receber novos acréscimos do Alto, que o habilitarão a ser, não somente o celeiro material do mundo, mas também um farol moral e espiritual da humanidade.
Já existe real fundamento para tais prognósticos, pois enquanto nos outros países o Espiritismo é cultuado subordinando-se a um academismo de pura experimentação científica, os brasileiros, pelo seu sentimento fraterno de teor espiritual, acolheram-no de modo efusivo, abrindo-lhe as portas com satisfação e alegria, de modo que as próprias raças imigradas não se retraem à influência reformadora da doutrina espírita.
No Brasil, a prática e aceitação do Espiritismo está resguardada de preconceitos separatistas, pois apesar de o seu Povo ser constituído de raças heterogéneas as mais diversas, os que se unem sob a bandeira do Espiritualismo mantêm entre si uma unidade de afectos crísticos de amplitude universal.
É que o sublime Evangelho de Jesus tem na sua doutrina o veículo mais racional para difundir os seus conceitos divinos por todos os quadrantes do mundo.
Doutrina cimentada nos princípios sadios do espiritualismo oriental, milenário, e codificada em linguagem acessível a todos os cidadãos da humanidade, é um roteiro seguro que ilumina até as criaturas desprovidas de inteligência ou de cultura, libertando-as dos dogmas e preconceitos religiosos sediciosos e supersticiosos.
Além disso, o Espiritismo não exige que os seus adeptos fujam do mundo profano onde Deus também está, pois as múltiplas estradas da vida das colectividades são abençoadas escolas de educação e reajustamento fraterno entre todas as criaturas.

1 - Nota do Revisor: Na assembleia dos prelados e reitores católicos que se realizou em Roma, o secretário do Conselho Episcopal Latino-Americano afirmou ser o Brasil "o país mais espírita do mundo" (jornal "O Globo" de 27-9-1958).

PERGUNTA: - Mas existem porventura alguns atributos etogénicos ou virtudes relevantes, no Povo brasileiro, que qualifiquem o Brasil como digno e "escolhido" para vir a ser o maior líder social e espiritual ante a humanidade?...
RAMATIS: - A vossa pergunta exige uma digressão que focalize alguns aspectos de carácter etnológico do Povo brasileiro e também algumas considerações a respeito das etapas da sua evolução mental, levando em conta a sua índole de boa fé e misticismo ainda grampeados a diversas crenças, algumas subordinadas a ritos de padrão muito elementar.
Começaremos por dizer que o brasileiro ainda conserva desde o berço de sua raça a tendência fraterna e afectiva das três raças que cimentam a formação do seu temperamento e constituição psicológica.
Do negro, ele herdou a resignação, a ingenuidade e a paciência; do silvícola, o senso de independência, intrepidez e a boa fé; do português, a simplicidade comunicativa e alvissareira.
Nele imprimiu-se um tipo humano de sangue quente e versátil, no qual circulam tanto as virtudes excepcionais, quanto os pecados extremos, mas, louvavelmente, em curso para a predominância de um carácter de espírito superior.
E esse caldeamento heterogéneo ou mistura, que poderia sacrificar a qualidade dos seus caracteres originais, terminou por avivar o psiquismo do brasileiro, despertando-lhe uma agudeza espiritual incomum e em condição de sintonizá-lo facilmente à vida do mundo oculto.
Consolida-se, então, uma raça possuidora de diversos valores étnicos de natureza espiritual benfeitora e que o Espiritismo, cada vez mais radicado no Brasil, catalisa, pouco a pouco, para os grandes desideratos da Fraternidade entre os povos da Terra.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 18, 2021 7:29 pm

PERGUNTA: - Contudo, não conseguimos admitir a ocorrência de fatos que venham a credenciar o Brasil, no sentido de ele vir a ser o maior líder espiritual ante a humanidade.
Podereis referir alguns motivos relevantes e convincentes, que nos induzam a aceitar como lógico e possível a realização de semelhante acontecimento?
RAMATIS: - Estais vivendo uma época em que os acontecimentos se precipitam.
E são chegados os tempos em que surgirão novos factos enquadrados na promessa do Enviado Divino quando Ele disse:
- "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará"!
Ora, entre as verdades que vão ser conhecidas ou reveladas ao mundo ainda antes do fim deste século, avultam como estrondosas e revolucionárias em seus efeitos morais, sociais e espirituais, a comprovação substantiva da pluralidade dos mundos habitados e a da pluralidade das existências.
Quanto à primeira, será comprovada pelas comunicações interplanetárias; e quanto à segunda, simultaneamente, em diversos países, surgirão psicanalistas experimentados, os quais, mediante experiências conjugadas à metapsíquica e à parapsicologia experimental, provarão que as vidas sucessivas ou reencarnação do espírito é também uma realidade absoluta e demonstrável.
Esta prova decisiva está entrosada num fenómeno de psiquismo que já tem sido levada a efeito entre vós, em exibições públicas no palco de teatros e cinemas.
Referimo-nos ao fenómeno de condicionar o "ego" ou espírito encarnado (o homem), a uma introspecção psíquica, fazendo que ele regrida e "viva", de novo, os diversos estágios de sua vida e idade, num descenso vibratório que, mediante uma espécie de "revelação das chapas" fotografadas na tela da sua memória, faculta-lhe expor e retornar a "viver", com absoluto realismo, as emoções de cenas e quadros vividos por ele durante a sua vida actual, indo até aos pormenores de sua própria meninice.
Acresce, ainda, que os ditos psicanalistas irão mais além, pois eles conseguirão que o indivíduo (o homem), submergido nesse transe introspectivo, seja levado a regredir até ao ponto de o espírito "encaixar-se" na personalidade que ele foi em uma ou mais das suas existências pretéritas, ou seja: será conseguida uma "translação" do espírito idêntica à que se obtém no plano astral quando um espírito, por efeito de uma aguda e profunda "requisição mental", consegue imergir ou mergulhar no seu passado e "viver" a sua personalidade de vidas anteriores, semelhando a lagarta que despe a sua "roupagem de crisálida" e surge metamorfoseada em borboleta.
Em consequência, tal fenómeno trará à superfície certos fatos e detalhes de outra encarnação de um mesmo espírito, cuja identificação e autenticidade, em diversos casos, será possível comprovar.
Por conseguinte, quando este fenómeno for comprovado e tiver a chancela da Ciência oficial ou académica - tratando-se de um fato ou realidade que demonstra a pluralidade das existências proclamadas pelo Espiritismo - este, desde logo, ante o consenso da opinião mundial, se imporá como o precursor da "nova ordem" moral e espiritual fundada no Espiritismo.
E como decorrência desse acontecimento ruidoso, que abalará a consciência espiritual da humanidade, o Brasil, por ser, de facto, o país mais espírita do mundo, será chamado a exercer a função de líder da nova marcha moral e espiritual revelada ao mundo por Allan Kardec, nas obras que constituem a edificação da doutrina espírita.
O brasileiro é criatura muito sensível e receptiva à influência dos espíritos desencarnados, pois, ingénuo, despreocupado, optimista e resignado, ainda pouco afeito ao rigorismo científico ou dogmatismo académico, livrou-se de enredar a sua mente no labirinto das concepções transcendentais que tanto atrofiam a intuição.
É certo que ele também se desarvora facilmente sob o guante malfazejo dos espíritos do astral inferior, quando, rico ou pobre, sábio ou ignorante, mas vencido pelo desespero, pelo tédio ou pela doença, se deixa escravizar pelo álcool, pela sensualidade ou pelo jogo vicioso, com graves danos para sua vida psíquica.
Todavia, quando decide meditar e libertar-se de seus equívocos, é um tipo capaz de lograr avançados desideratos do espírito, pois entrega-se à prática sincera da caridade e aceita humildemente os ensinamentos de Jesus.
Embora seja um pecador renitente, ele assim que resolve empreender a sua reabilitação espiritual, marcha para a frente sobrepondo-se e vencendo os seus recalques inferiores.
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São ainda raros os países em que se empreendem campanhas tão singulares quanto às que se fazem no Brasil, onde os ricos e mesmo os pobres, antecipando-se às próprias obrigações dos administradores públicos, conjugam seus esforços para obter o alimento, o agasalho, o leito, a veste e também proporcionar assistência aos tuberculosos, lázaros, favelados, órfãos, às crianças e velhos desamparados e ainda levar a palavra doutrinária de esclarecimento e resignação aos que se encontram presos nas penitenciárias.
Apesar da corrupção moral, desarticulação social, desleixo administrativo e dos reflexos obscuros projectados na sua mente pelo dogmatismo sectarista do Clero Romano, o Brasil é uma colectividade das mais promissoras à efectivação do programa de confraternização espiritual entre os povos.
A despeito de suas crises agudas de carácter social, político e económico, a Nação brasileira encaminha-se para consolidar um padrão superior em todos os sectores das actividades humanas.
Além do seu equilíbrio financeiro e económico já previsto pelo Alto, no futuro, o Brasil também promoverá a confraternização entre todas as classes de trabalho e a socialização do seu Povo, mas sem as lutas sangrentas que, em geral, provocam o massacre e a separação no conjunto das nações divididas pelos ódios e ideologias políticas de carácter inquisitorial e sanguinário.
Nenhum sistema político de vosso mundo actual está em condições de corresponder, integral e ideologicamente, às condições morais, ao temperamento psicológico, ao cosmopolitismo, à natureza intuitiva e aos sentimentos fraternos e tolerantes do povo brasileiro.
Afora as quezílias partidárias, tão comuns em todas as comunidades humanas e afectas aos quistos políticos egocêntricos, os governos já se sucedem no Brasil sob um ritmo de paz e tolerância afectiva, de acordo com a própria índole e sentimento fraternos dos seus governados.
Eles sucedem-se cada vez mais compreensivos e menos vingativos.
Mesmo a "pureza" partidária política, que em algumas outras nações atravessa os séculos sob irredutível pragmática e selecção ariana, no Brasil perde o seu rigorismo tradicional, pois os partidos políticos brasileiros fundem-se, dissolvem-se e refundem-se mesclando-se os seus elementos nas adesões ou conclaves inesperados, em que os velhos adversários de ontem confraternizam-se calorosamente para a elaboração de novos programas e labores.
Embora a crítica, por vezes, censure essa instabilidade ou inquietação político-emotiva, pois em muitos casos trata-se realmente de resguardar interesses pessoais ou adesões partidárias visando apenas cargos ou remunerações públicas, o certo é que na essência doutrinária dos seus agrupamentos partidários, salvo alguns casos isolados, de politiqueiros refractários à ética da compreensão e decoro, há sempre o mesmo cimento coesivo, que corresponde ao temperamento fraterno e espiritualmente acessível do brasileiro.
Desaparecem também os estigmas do caudilhismo sangrento das lutas fratricidas e os ensaios do tiranismo no Brasil, para surgirem, pouco a pouco, os espíritos benfazejos e regrados, que ingressam no seu comando e passam a agir de modo mais humano. Através de roteiros pacíficos, a vossa comunidade encaminha-se para a socialização benfeitora, mas isso, como já o dissemos, vai ser realizado sem a violência própria dos povos belicosos.
A Nação brasileira há de ajustar-se social, económica e politicamente, atendendo aos anseios materiais e psicológicos de todos os povos da Terra, porquanto ela significa um dos mais preciosos laboratórios de experimentações fraternas do Alto.
Há de ser um clima sem violência, sem tiranismo ou extremismos ideológicos, com um padrão ético-político distante dos dogmas ou das imposições religiosas, embora intimamente inspirado pelo Evangelho de Jesus.

PERGUNTA: - Contudo, alguns espíritas sensatos consideram que o Povo brasileiro não apresenta credenciais políticas, sociais ou morais para se tornar um laboratório de ensaio de confraternização universal.
Há mesmo certa crítica e desânimo dos brasileiros mais pessimistas, pois acham que, actualmente, a Nação não vai além de um "país que se impõe pelo futebol e pelo carnaval".
Que dizeis?
RAMATIS: - A despeito dessa conceituação negativa, estou autorizado a informar-vos que os sociólogos siderais já traçaram um roteiro específico e coerente para essa importante realização fraterna, moral e social do vosso país; mas isso não quer dizer que sejais um Povo superior ou completamente livre de quaisquer reparações cármicas dolorosas do passado.
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É a característica espiritual que cimenta a formação etnológica brasileira, a sua peculiar índole fraterna, caritativa e tolerante, aliada ainda a uma natureza intuitiva incomum, o que justifica tal prognóstico.
Esses elementos fundamentais afectivos é que predizem o êxito futuro dos empreendimentos espirituais de confraternização terrena, os quais seriam difíceis e mesmo impraticáveis num povo racista, avaro ou materialista.
Sob as características psicológicas e temperamentais do tipo brasileiro há muito "ouro" aproveitável, que o Espiritismo, como abençoado garimpeiro do Alto, há de desbastar em contínuo aproveitamento espiritual.
Não tenhais dúvida - e não vacilamos em vos dizer: - realmente, o Brasil é um dos mais avançados celeiros de almas com inclinações para subordinarem-se ao Evangelho de Jesus e tomarem sua pátria um símbolo relevante de fraternidade crística.
Não há, pois, exagero no prognóstico aventado por conhecido espírito já desencarnado, que diz:
- "O Brasil está destinado a ser o Coração do Mundo e a Nova Pátria do Evangelho"!
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Capítulo 2 – O Espiritismo e o carácter da sua assistência material e espiritual
PERGUNTA: - Aludindo ao serviço de caridade do Espiritismo, no Brasil, porventura outros credos também não o têm praticado a contento, tais como os protestantes, que mergulham nas regiões mais afastadas do globo a fim de socorrer os selvagem e os famintos de pão e de esclarecimento?
RAMATIS: - Reconhecemos que o protestantismo, principalmente, desenvolveu no mundo um bem organizado e louvável programa de paz e amor, pois os seus adeptos se embrenham pelas matas e regiões inóspitas, levando o consolo, o socorro e o medicamento aos infelizes párias que se encontram em zonas distantes e sem quaisquer recursos de assistência imediata.
Nesses labores socorristas e caritativos, eles são disciplinados, metódicos e ordeiros, conseguindo resultados proveitosos em favor dos enfermos e necessitados.
Muitos desses protestantes heróicos são almas de escol, que deixam suas moradias felizes a fim de servirem ao homem terreno ainda preso às cadeias do raciocínio primário e inconscientes quanto à sua hierarquia moral e espiritual na ordem da Criação.
No entanto, o programa espírita é mais avançado no seu conteúdo doutrinário, pois através dele o Alto tem como principal finalidade esclarecer o espírito do homem e libertá-lo conscientemente dos ciclos dolorosos das encarnações terrenas, ajudando-o a compreender e a sentir qual o verdadeiro motivo e objectivo real da vida, de modo que ele tenha consciência plena de si mesmo como espírito eterno ou imortal.
E então, esclarecido de que é uma entidade superior, ele se esforce por vencer os instintos animais e alcance, o mais breve possível, o seu destino glorioso da angelitude, que o libertará das reencarnações e lhe facultará ser feliz em todos os recantos do universo a serviço de Deus e das humanidades em seus estágios de evolução.
Embora o Protestantismo realize proveitoso trabalho de assistência junto aos deserdados da sorte, a sua meta precípua é "salvar" as criaturas, as almas, mediante o cultivo das virtudes santificantes, mas, também, ameaçando-as de que os pecados as condenarão às chamas do Inferno por toda a eternidade!
Ora, o homem precisa aprender a cultivar a virtude, porém, conscientemente, sem ameaças ou temores; e permanecendo no seio da vida comum em experimentações educativas com os demais seres.
Enquanto na sua tarefa benfeitora os protestantes orientam as criaturas no sentido de vencerem os pecados do mundo, fechando os olhos para não vê-los, os espíritas as ensinam a imunizarem-se contra as tentações mediante o raciocínio que ilumina e edifica a consciência, fazendo que o homem se torne capaz de enfrentar as sombras do pecado sem contagiar-se.
Mesmo porque ninguém deve fugir às lutas de um mundo que Deus criou como escola educativa indispensável para a Alma.
O selvagem, o doente ou o faminto que, depois de amparado materialmente pelo Protestantismo, resolve fugir aos pecados do mundo porque receia que a sua alma seja lançada no Inferno, essa fuga não conseguirá extinguir os reca1ques malignos dos instintos, pois esses desejos reca1cados ou adormecidos tornarão a "explodir" assim que se apresentem circunstâncias favoráveis, capazes de romper as amarras débeis da sua vontade mal disciplinada.
As virtudes, quando impostas, não têm força para resistir à compressão dos instintos inferiores.
Só a consciência espiritual emancipada pela sua própria auto-evangelização está em condições de vencer a tremenda batalha moral entre o homem-espírito e o homem-animal.
Em qualquer circunstância da vida a "proibição" estimula o desejo e provoca o espírito à infracção, pois é da natureza humana preferir o que lhe faculta vantagens ou prazer imediatos e desinteressar-se por quaisquer benefícios ou promessas futuras e que lhe parecem enigmáticas.
Embora louvemos os credos religiosos dogmáticos no seu trabalho de assistência ao próximo e no serviço do Cristo a favor dos párias do mundo, somos obrigados a salientar o Espiritismo, pois além de sua tarefa socorrista e de estímulo espiritual, é doutrina de esclarecimento consciente.
As exortações doutrinárias cujo "pano de fundo" são as fogueiras do Inferno ou o paraíso do Céu podem fazer compreender quanto às vantagens de ser bom e ser premiado; porém, de modo algum, dão ao homem aquele discernimento moral, subsistente, apoiado na meditação que considera, deduz, compara e o habilita a saber qual o rumo mais certo e seguro que lhe convém seguir na jornada da sua evolução como espírito imortal.
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Capítulo 3 – O sacerdócio ou aposto lado crístico e o ambiente do mundo profano
PERGUNTA: - Segundo o código secular da Igreja Católica e também conforme a opinião da maior pane de seus prosélitos, o isolamento de seus sacerdotes nos conventos e mosteiros, abdicando das injunções comuns e cotidianas da vida, tem por objectivo ou finalidade fazer que eles, segregando-se do círculo do mundo profano, se voltem completamente às tarefas espirituais em favor da humanidade e melhor servirem às causas de Deus.
E justificam essa directriz austera, sob a alegação de que Jesus, Buda, Francisco de Assis e outros grandes iluminados que legaram à humanidade mensagens sublimes de salvação espiritual, se isolavam do convívio do mundo profano.
Que vos parece?
RAMATIS: - Semelhante concepção decorre de uma análise muito superficial, pois se considerarmos objectivamente a vida e os exemplos de Jesus e dos seus apóstolos, certificaremos o contrário, pois o Mestre, tão depressa surgiu a hora da sua missão, ei-lo, justamente, nas praças públicas, entre o bulício do mundo profano, pregando e exemplificando os mandamentos da sua doutrina até ser imolado no Calvário.
Igualmente, os seus discípulos ou apóstolos, embora em algumas cidades da Palestina eles tivessem as mansões onde se reuniam, a sua vida activa consistia num sacerdócio levado a efeito nas praças públicas, ou seja, enfrentando o ambiente vicioso do mundo, porquanto o Mestre advertiu que Ele viera "tratar dos doentes (os pecadores) pois os sãos não precisam de médico"!
Quanto a Buda, este abandonou os seus tesouros e prazeres da corte de Kapilavastu e jamais voltou a interessar-se por esses bens do mundo material.
E Francisco de Assis também não foi um líder religioso pregando a sua doutrina isolado no deserto.
Ao contrário, ele impôs-se como um "revolucionário espiritual", vencedor de todos os desejos da vida física, mas sem fugir do mundo profano onde, aliás, Deus também está!

PERGUNTA: - Mas esses inúmeros conventos e ordens monásticas, que surgiram em diversas panes do mundo e que têm subsistido através dos séculos, abrigando dezenas de milhares de sacerdotes e freiras, não constituem núcleos de resistência no sentido de amparar as causas de Deus e de Jesus?
RAMATIS: - O aspecto desse movimento, bem considerado em sua intimidade, é produto de um egocentrismo espiritual.
É uma fuga ou refúgio ascético ditado pelo interesse íntimo ou privado de melhor conquistar-se a salvação.
E não como um sacrifício destinado, essencialmente, a salvar os que estão do "lado de fora", perdidos nos labirintos do mundo profano.
Nos primeiros séculos do cristianismo, os seguidores de Jesus, em vez de se refugiarem nas muralhas dos conventos ou das igrejas, eles iam ao "encontro do mundo", enfrentando, de peito aberto, grandes lutas, riscos e impedimentos de toda espécie, pois naqueles tempos não havia estradas de ferro, nem automóveis, nem aviões.
Contudo, lá se iam esses peregrinos do sacrifício, caminhando dia e noite, dispostos a lutarem com os poderosos, mas sem levar armas. Iam enfrentar hipócritas e não levavam astúcia; iam conquistar consciências e não levavam dinheiro.
Ora, justamente, o racionalismo sensato da mensagem espírita esclarece que o homem terreno, para emancipar-se em espírito, não precisa fugir do mundo profano, nem deixar de constituir um lar ou abster-se das obrigações e alegrias comuns da vida.
O homem que foge dos problemas da sua comunidade, fechando-se, qual caracol, dentro da "casca" da sua conveniência, não só perde o treino da experiência da vida integral, como ainda se assemelha à criatura egoísta que foge da estrada dificultosa em que todos labutam, deixando ao abandono os seus companheiros exaustos, enquanto ele vai cuidar exclusivamente de si mesmo, na busca de sua ventura espiritual, que ele resolveu colocar e sobrepor acima de tudo e de todos.
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Elucidações do Além - Ramatis/Hercílio Maes Empty Re: Elucidações do Além - Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 18, 2021 7:30 pm

Capítulo 4 – As almas enfermas dos responsáveis pelas guerras
PERGUNTA: - Ainda quanto aos aspectos da Alma enferma, agradeceríamos vosso empenho em nos esclarecer, quanto à culpa das almas desequilibradas ou "doentes" em potencial, que desencadeiam guerras; e, além do morticínio de milhões de criaturas, a sua passagem pela Terra cria entre os povos um ambiente que degenera em novos ódios e represálias.
RAMATIS: - Sem dúvida, todos os filhos de Deus, mesmo os mais perversos, são dignos da magnanimidade divina e dos ensejos reeducativos para a sua redenção espiritual, embora suas provas devam ser disciplinadas pelo mesmo esquema espiritual de que "a colheita é de acordo com a semeadura"!
É óbvio, pois, que as condições, os processos e o tempo empregado nessa rectificação redentora, variam segundo o volume dos equívocos e delitos praticados pelos espíritos endividados.
Os tiranos, os fazedores de guerras e os exterminadores de povos, depois da morte física enfrentam, por longo tempo, problemas terríficos e cruciantes de acordo com a extensão dos seus crimes e segundo a sorna exacta de todos os minutos que empregaram nos actos de perversidade, vandalismo e prejuízo à humanidade.
No entanto, depois de submetidos aos processos de rectificação espiritual, mediante reencarnações sucessivas, que se processam através dos séculos, eles também logram a sua melhor graduação para os ensejos angélicos do futuro.
Porém, não julgueis que os tiranos e os déspotas são os únicos culpados pelos massacres, vandalismos, crueldades e saques praticados pelos seus comandados em tempo de guerra; a responsabilidade e a culpa são distribuídas proporcionalmente de acordo com as responsabilidades individuais de todos que, directa ou indirectamente, são unidades do conjunto.
Em face da liberdade criminosa ensejada pela guerra, há soldados que deitam fogo a cidades indefesas, saqueiam os bens alheios, mutilam combatentes adversos, torturam fugitivos, trucidam jovens, velhos, mulheres e crianças, quer em obediência a ordens superiores, ou seja pela sua perversidade na desforra.
Mas a Lei Cármica, em sua acção justiceira e impessoal pesa criteriosamente a "culpa individual" de cada criatura, responsabilizando-a por todo estímulo belicoso, ato agressivo ou contribuição directa ou indirecta às actividades sangrentas da guerra desumana e fratricida.
Nenhum tirano, por mais poderoso e cruel, pode conduzir sozinho uma nação à guerra e ensopar de lágrimas o mundo.
Ele, para atingir os seus fins bestiais, precisa do apoio incondicional dos próprios compatriotas e súbditos.
Geralmente, ante a simples perspectiva de uma guerra contra o "inimigo", logo homens e mulheres estremecem, apreensivos; porém, ante a possibilidade de sua pátria ser vitoriosa contra as nações "inimigas", então, em quase todos desperta a cupidez, a ganância e a desforra.
Sob o clima beligerante, até as almas sensíveis de artistas, filósofos ou poetas, deixam-se contagiar pelas falsas glórias colhidas nos morticínios colectivos dos povos adversos; e cantam hosanas ou compõem poemas à pátria heráldica, incentivando o povo a impor-se triunfalmente na face da Terra.
A guerra é insuflada, igualmente, por interesses escusos, pois além de oportunidade para o saque, o ganho fácil, a investida desonesta aos degraus mais altos da política, é também um dos melhores ensejos para as promoções dos militares.
Enquanto os soldados sonham com divisas de sargento e os oficiais inferiores ambicionam novos galões, os chefes de graduação militar superior mostram-se esperançosos de soldos extras e glorificações públicas.
Alguns professores aproveitam a situação exaltada, para despertarem em seus alunos o sentimento belicoso.
Os jornalistas, exaltados por um patriotismo frenético, consomem toneladas de tinta acirrando o ânimo do povo para a luta.
Os próprios sacerdotes católicos não se pejam de benzer armas, fazer orações e promover cerimónias religiosas em louvor da vitória de sua pátria, rogando a Deus que o ajude a destruir os seus "inimigos" odiosos.
Os tiranos, os sátrapas e os opressores da humanidade são "pontas de lança", que abrem as comportas das paixões de amplitude colectiva.
Eles não criam homens perversos, cúpidos e sanguinários.
A presença desses génios destruidores, na Terra, é um efeito moral da atracção magnética que está em ebulição na mente social, pois a dinâmica de "os semelhantes se atraem" também é uma lei psíquica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:12 pm

A presença e actuação de tais almas em vosso mundo é uma espécie de raio deflagrado pelos sentimentos inflamados da cobiça, domínio e dos recalques de orgulho patriótico, que estão em efervescência na consciência das massas que constituem o Povo.1
Sob o comando de Aníbal, Alexandre ou Napoleão,2 muitos dos seus soldados e comparsas, diante da oportunidade fácil de satisfazerem seus próprios desejos e paixões abomináveis, revelaram-se bem mais perversos e sanguinários do que os seus chefes, pois enquanto estes, sem rancor pessoal, viam, nos seus exércitos e nas formações inimigas, somente as peças vivas de um jogo de xadrez de vida ou morte, os seus comandados praticavam as mais condenáveis atrocidades como o desforço pessoal.
Porém, na balança fiel da Justiça Divina, a culpa colectiva das actividades guerreiras divide-se, proporcionalmente, a cada um dos seus participantes, tendo em conta as imposições a que o indivíduo está obrigado perante a lei humana e as exorbitâncias das atitudes pessoais, que são uma decorrência do seu próprio livre-arbítrio.
A desonestidade, a violência, a traição ou o sadismo, tanto no sector das actividades morais quanto no campo das incumbências materiais, são de responsabilidade individual.
Nenhum tirano ou déspota pagará pelo crime do seu soldado ou subalterno que, exorbitando do seu dever, deita fogo na casa pacífica, mutila o prisioneiro fujão, profana a moça indefesa ou trucida velhos, crianças e mulheres inofensivos.

1 - Nota do Médium: Haja vista o que cidadãos aparentemente pacíficos e honestos fizeram na última guerra, quando incorporados aos exércitos nazistas cometeram as atrocidades mais bárbaras, enquanto praticavam os roubos mais cínicos, pelo saque desaforado às bibliotecas, museus e obras de arte, dos povos vencidos.
2 - Nota do Médium: Vide comunicação mediúnica de Napoleão, em 13 de novembro de 1906, pelo famoso médium português Fernando de Lacerda, à página número 26, da obra "Do Pais da Luz", livro primeiro, a qual serve de contribuição ao pensamento de Ramatis a respeito do assunto em foco.
Obra editada pela Livraria da Federação Espírita Brasileira.

PERGUNTA: - Afim de melhor compreendermos a questão da alma neurótica dos conquistadores sangrentos, poderíeis dizer-nos algo de um Hitler, por exemplo, que foi um tirano e déspota em nossa época?
RAMATIS: - Embora Hitler tenha sido um homem atrabiliário, cruel e vingativo, julgado pela história moderna como o responsável exclusivo pela última hecatombe guerreira, nem por isso, julgueis que ele seja realmente o único culpado de todos os actos abomináveis e bárbaros cometidos pelos seus comparsas militarizados.
Na verdade, ele deu forma concreta e objectiva aos anseios e sentimentos belicosos do seu próprio povo, o qual, hipnotizado pelas perspectivas de dominar o mundo, cobrir-se de gloríolas tolas e aumentar os lucros no saque ao inimigo, animou e estimulou tal indivíduo à empreitada homicida e cruel da guerra.
Embora considerando-se, com justiça, que certa parte do povo alemão é realmente pacífica, construtiva e avessa à tradicional belicosidade germânica, a sua maioria ficou responsável por endeusar e colocar no cimo do seu governo o tipo demente, ambicioso, violento e cruel que foi Hitler.
A imprudência, o orgulho, a ambição e o espírito de desforra também encontraram nos moços, velhos e mesmo nas mulheres e crianças alemãs o seu prolongamento vivo e natural, quando, reunidos em praças públicas, eles aderiram às cerimónias festivas e às homenagens pagãs, com que apoiaram fanaticamente o "Führer", para ele acender a fogueira da guerra.
Esse ódio e vingança atingiram os próprios vizinhos sem culpa directa no caso, enquanto a fúria nazista destrutiva caiu sobre o adversário mais próximo e mais débil, apontado como um dos culpados pela humilhação do passado, ou seja, o judeu.
Então as mulheres, os velhos, os moços e as crianças hebraicas serviram de causa preliminar para o futuro massacre perverso considerando inimigos da pátria todos os homens que não fossem alemães. 3
No entanto, malgrado Hitler ter sido estigmatizado como o Satã da história e o único responsável por acender afoitamente a fogueira da guerra, outras nações "vestidas de donzelas", também contribuíram com o seu feixe de lenha cortado sob o machado da opressão económica, imposição ideológica ou política, competição comercial ciumenta ou orgulho de raça, impondo sua prepotência mal disfarçada e apressando soluções egoístas para o futuro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:12 pm

Os adversários de Hitler apressaram o passo para "salvar a humanidade" mas também escreveram páginas sombrias de vingança, de ódio e de desonestidade, as quais, embora ignoradas pela história do mundo, o Senhor marcou no "Livro da Vida" para o resgate porvindouro dos responsáveis.
Ambos os lados beligerantes, esquecidos do Amor pregado pelo Cristo, perpetraram crimes odiosos, fuzilamentos desnecessários e deram vazão às paixões de raça; cometeram pilhagens e barbarismos protegidos pelo pavilhão simbólico da pátria, justificando os seus actos ignóbeis por um código imoral de guerra.
As nações terrenas ainda são constituídas por núcleos de homens apaixonados e belicosos, sejam quais forem as raças de que eles descendam.
Elas são pacíficas e suportam-se mutuamente, enquanto encontram-se incapacitadas para apoderarem-se dos bens do vizinho, pois a cultura, a educação e os valores intelectuais que lhes atenuam a irracionalidade, esboroam-se fugazmente diante da primeira oportunidade bélica fratricida.
Em verdade, os povos pacíficos de hoje foram os conquistadores e invasores impiedosos do passado, que saqueavam populações indefesas e anexavam os seus territórios.
Assim que lhes for dada nova oportunidade de poderio guerreiro, não há dúvida de que tais povos "inofensivos" tornar-se-ão novamente piratas sanguinários, semeando a morte e furtando os despojos do próximo, pois a rapinagem ainda é o traço fundamental do terrícola.
Aliás, os povos ou nações movem-se conforme os seus interesses imediatos e não segundo algum código de honra ou moral cristã.
E desde que se conjuguem interesses recíprocos no mesmo jogo de benefícios, os inimigos de hoje poderão ser os aliados de amanhã, embora sacrificando-se os amigos de ontem.
Da mesma forma, os vencedores justificam a sua contribuição para a guerra sangrenta, defendendo-se pelo "slogan" de salvadores da humanidade e protectores da civilização em perigo, enquanto atribuem aos vencidos a culpa dos piores crimes e atrocidades, acoimando-os de "bárbaros" responsáveis pela mesma hecatombe que, ocultamente, interessa a todos.
No seio de um mesmo povo, os revoltosos também se transformam em "libertadores", enquanto, depois de assaltarem o poder constituído e desalojarem os adversários que defendiam a legalidade, mais tarde os encostam no paredão de fuzilamento, fazendo-os pagar pelos crimes de corrupção, embora, em breve, esses mesmos libertadores de hoje também se transformem nos tiranos de amanhã.
Mas, em obediência ao ciclo cármico da Justiça Espiritual, os "novos idealistas", que trucidam seus adversários, também resgatarão suas culpas sob o muro de fuzilamento em que sacrificaram os seus antecessores.
E caso isso não lhes aconteça na mesma existência, há sempre um pelotão executivo esperando-os nas vidas futuras, a fim de rectificar-lhes o espírito de desforra sob o conceito de "quem com ferro fere, com ferro será ferido", e pelo desprezo dos ensinamentos de Jesus, que recomendou ao homem:
"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete". (Mateus, 18:21,22).

3 - Nota do Médium: Convém o leitor ler o artigo "As Expiações Colectivas", de autoria de Rodolfo Galligaris, inserto no "Reformador", de outubro de 1962, à página 221, quando ele aborda o passado dos judeus destruindo cidades e populações indefesas, segundo os relatos do próprio Velho Testamento, e depois sofrendo as provações colectivas pelos flagícios e fuzilamentos em campos de concentrações nazistas, no cumprimento doloroso do seu carma pregresso.

PERGUNTA: - E qual é a situação dessas almas opressoras, no Além-túmulo?
RAMATIS: - As almas enfermiças e tirânicas, que semeiam a dor, a fome e a orfandade mediante suas tropelias sangrentas, frutos de sua excessiva ambição e orgulho, transitam no Além, acompanhadas pelo mesmo cortejo dos seus velhos comparsas, que as insultam, as perseguem, as ameaçam e responsabilizam por todas as suas desditas, amarguras e desprezos.
Algemadas às vítimas impiedosas e vingadoras, açoitadas pelas tempestades das regiões inferiores e mergulhadas nos pântanos mais repugnantes, sofrendo os sarcasmos dos próprios espíritos satânicos que as incentivaram ao genocídio, na Terra, elas vagueiam em bandos, torturadas até o dia em que possam renascer na matéria sob a bênção do esquecimento do passado.
Alucinadas e acometidas pela incessante superexcitação e angústia, do remorso, sem pouso e sem alívio, só lhes resta o recurso de encerrarem o seu inferno íntimo no biombo da carne terrena, a fim de amortecerem as lembranças cruéis do passado durante a fase sedativa de inconsciência entre o berço e o túmulo físico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:13 pm

PERGUNTA: - Como se processa ou em que consiste a reparação de tais almas ou espíritos tirânicos e doentes, a fim de recuperarem a "saúde moral" que, no futuro, também lhes facultará a cidadania angélica, que Deus destina a todos os seus filhos?
RAMATIS: - As almas dos déspotas sanguinários, vítimas da loucura, do egoísmo, da cobiça e autores do morticínio de milhares de criaturas sacrificadas para garantir-lhes a prepotência e a ambição, são como o cavalo selvagem que arremessa o seu cavaleiro ao solo, produzindo-lhe ferimentos nas quedas dolorosas.
Infelizmente, pela vibração violenta das energias maléficas que ainda excitam-lhe o perispírito, o tirano, o conquistador sanguinário e os seus comparsas perversos, ao encarnarem na Terra, o trauma psíquico que os perturba violenta-lhes o trabalho harmónico das células físicas, fazendo-os nascer idiotas e anormais. 4
Sob o violento e desordenado abalo do perispírito, alteram-se as linhas de forças na composição dos genes e no ajuste dos cromossomas do corpo físico.
Então o déspota surge à luz da vida terrena, parvo, alienado do cérebro e dos nervos, vivendo sob a chacota e sarcasmo da mesma humanidade que tanto subestimou e prejudicou no passado.
Assim, o corpo do idiota reflecte as condições enfermiças do espírito brutal ali encarnado, funcionando à guisa de um cárcere que reprime os impulsos desordenados e perigosos do seu ocupante, tal qual o freio domina o cavalo fogoso e desatinado.
As paixões violentas como a crueldade, a ambição e o orgulho que desatam as forças do instinto animal selvático, impossibilitadas de sua acção destruidora, vão se debilitando pouco a pouco, de modo a não voltarem a manifestar-se sob os mesmos impulsos indomináveis.
A glândula pineal, delicadíssima antena do sistema psico-nervoso, "central eléctrica ou usina piloto" do organismo humano, funciona, nesse caso, oprimida na sua actuação, tomando-se incapaz de transmitir, com clareza, a mensagem racional dirigida pelos neurónios, que constituem o aparelho receptor e transmissor do espírito para a matéria. Nesse retardamento obrigatório, de um corpo físico tardo no seu metabolismo motor e nervoso, o perispírito enfermiço readquire, gradualmente, a sua vibração normal e a alma, o seu domínio salutar.
Represando na carne o seu excesso perturbador, ela submete-se à terapêutica obrigatória do repouso vibratório, pois disciplina a sua emotividade, reprime as forças instintivas que fervilham na intimidade perispiritual, assim como o cavalo indócil, atado a pesado veículo, também fica impedido dos desatinos prejudiciais a si mesmo.
Pouco a pouco, a alma enferma, que, pelos seus impulsos animalizados, praticou crimes, distúrbios e atrocidades colectivas no mundo físico, termina por corrigir-se dos excessos danosos sob o domínio das "grades" de um corpo físico deformado.
Ela exaure-se e cansa, ante as tentativas inúteis de dominar, a seu talante, um sistema nervoso rígido e retardado, que lhe anula a coordenação dos raciocínios e a impede de usar suas forças maléficas.
As paixões tão comuns dos déspotas e guerrilheiros, como o orgulho, a ambição, a prepotência e a impiedade, que eles manifestam quando portadores de corpos sadios e cérebros normais, terminam arrasadas e impedidas de qualquer acção sob o organismo carnal atrofiado.
As suas ideias perigosas e as emoções atrabiliárias nem chegam a ultrapassar-lhes o campo subjectivo, pois extinguem-se ou cessam por falta de um sistema cerebral nervoso, correto e sensível capaz de dar-lhes forma e acção no mundo exterior.
Contudo, não há punição deliberada para tais espíritos doentes, mas apenas a reparação espiritual no sentido de se ajustarem ao padrão de vida superior.
O corpo imbecilizado a subjugar-lhes os impulsos homicidas, sufocando-lhes a eclosão violenta das paixões animais, constitui-se no abençoado "estágio" para a sua evolução espiritual no futuro.

4 - Nota do Médium: Vide o artigo “Idiotia", de Emmanuel, à página 226 do "Reformador", de outubro de 1962, órgão da Federação Espírita Brasileira, em que o autor espiritual tece considerações sobre a encarnação sacrificial dos tiranos e déspotas do mundo, quando jungidos à imbecilidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:13 pm

Capítulo 5 – Os trabalhos mediúnicos e a amplitude do intercâmbio espiritual
PERGUNTA: - Que nos dizeis quanto à conveniência dos trabalhos mediúnicos no seio do Espiritismo?
RAMATIS: - As reuniões espíritas de intercâmbio espiritual prestam o valioso serviço de possibilitar o equilíbrio psicofísico de certas criaturas que, pela sua faculdade mediúnica de alta sensibilidade psíquica, sofrem assédio constante por parte dos espíritos desencarnados que desejam comunicar-se para expandirem os seus males ou queixas e serem esclarecidos das dúvidas e confusões em que ainda se encontram.

PERGUNTA: - Então, eles não podem ser esclarecidos pelos assistentes do próprio sector em que vivem, ou seja, pelos seus guias?
RAMATIS: - Esses espíritos desencarnados encontram-se na mesma situação confusa do indivíduo que, na Terra, seja transferido, de repente, para um país estrangeiro, cujo idioma, hábitos, costumes e ambientes são completamente diversos daquele onde ele viveu durante toda a vida.
Ou seja:
embora não sendo cego, nem surdo ou mudo, ele encontra-se impossibilitado de manifestar as suas emoções e entender o que lhes dizem os habitantes desse outro país.
Faz-se, pois, mister serem esclarecidos ainda mediante a palavra humana e no ambiente do próprio mundo onde viveram.

PERGUNTA: - Então os trabalhos das sessões espíritas devem ser ampliados cada vez mais, pois além de constituírem o veículo de socorro eficaz aos espíritos que se encontram perturbados, é também a única forma de desenvolver a mediunidade dos assistentes ou participantes que possuem essa faculdade?
RAMATIS: - Assim é.
Porém, quanto ao objectivo moral de esclarecer os espíritos “que se encontram perturbados", toma-se oportuno lembrar-vos, além das vossas sessões espíritas programadas sob dias e horários certos, há uma outra verdadeira sessão espírita, aliás, de grande amplitude e mérito em seus objectivos redentores e que não deve ser relegada ao esquecimento.
A "sessão espírita" a que nos referimos, deveis iniciá-la logo que vos levantais do leito, pela manhã, encerrando-a à noite quando vos deitais para o sono reparador.
Consiste a mesma nos múltiplos ensejos que, durante o dia, proporcionam aos presidentes das vossas sessões habituais, aos médiuns e a todos os adeptos, doutrinarem e esclarecerem alguns dos irmãos "vivos" (pois também são espíritos), que surjam no seu caminho, igualmente perturbados, seja pelas deficiências da sua ignorância ou pelos recalques deprimentes do seu carácter.
Embora acheis que o intercâmbio mediúnico praticado nas vossas sessões programadas seja um alto relevo do Espiritismo, esses irmãos encarnados merecem tanta assistência doutrinária como os que se encontram, sem corpo físico, no plano invisível.
E quantas vezes um conselho sensato e oportuno consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma fanu1ia inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça?
Aliás, vós sabeis que a assistência directa dos vossos guias ou mentores espirituais, ao vosso lado, não está limitada exclusivamente às vossas sessões programadas.
Essas entidades também se comunicam convosco por via inspirativa ou intuição todas as vezes que, em vossa vida social, vos dispondes a ser úteis aos vossos irmãos.
E mais: Além dos guias invisíveis que vos assistem, inspirando-vos gestos de caridade, abnegação e sacrifício, inúmeros espíritos benfeitores também existem entre vós, desempenhando, igualmente, uma função de verdadeiros guias.
Quem são eles?
São os que têm a missão de pais, professores, patrões, cientistas, sábios ou filósofos, que vos orientam no mundo, traçam novos rumos ao progresso e vos proporcionam salário para a manutenção do vosso lar.
Aqui são médicos, dentistas, advogados ou engenheiros, que restabelecem a vossa saúde, defendem os vossos direitos ou edificam a vossa moradia protectora.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:13 pm

Mais além, outros vos beneficiam mediante o seu mister de sacerdote, pastores evangélicos ou doutrinadores espíritas.
Há ainda, na estrada da vossa vida, outros assistentes meritórios, os quais, embora classificados como de nível social um tanto inferior, eles merecem, igualmente, o "diploma" de missionários pois servem à colectividade enfrentando tarefas que os intelectuais, os sábios e os ricos não são capazes de desempenhar.
Tais missionários anónimos são os que atendem aos serviços rudes de abrir valas e desobstruir esgotos, são os que varrem as ruas e os que, sem máscaras protectoras a resguardar-lhes os pulmões, recolhem o lixo e os detritos imundos que jogais fora todos os dias.
Que seria de vossa vida sem a abnegação desses irmãos humildes que, seja em dias de primavera ou debaixo de um inverno tormentoso, ei-los, como soldados vigilantes, desincumbindo-se de tarefas que a maioria recusaria desempenhar?
Por conseguinte, no vosso próprio mundo também há espíritos-guias idênticos aos que existem do "lado de cá".
Assim, conjugando vossas ideias com eles, no sentido de esclarecer e orientar os espíritos (encarnados), que se encontram perturbados, estais, na realidade, realizando um intercâmbio de assistência moral idêntico ao que se processa nas vossas sessões espíritas.

PERGUNTA: - Embora concordemos com vossas considerações, há, em nós, uma ansiedade irreprimível de nos pormos em contacto directo com os nossos guias e protectores do plano invisível, razão do nosso interesse pelas sessões mediúnicas.
Que dizeis?
RAMATIS: - Respeitamos esse vosso anseio, mas lembramos não deveis relegar a um plano secundário o dever de dispensardes uma assistência activa aos espíritos "vivos" , que surgem no vosso caminho, dominados por distúrbios psíquicos que os transformam em vagabundos, alcoólatras, boémios, prostitutas, doidos e aleijados que suplicam a vossa ajuda.
Mais além, nas penitenciárias, ser-vos-á fácil doutrinar o malfeitor, o ladrão, o assassino, todos eles, necessitados de orientação e exemplos redentores.
Esses transviados, embora distantes das venturas do Bem, também são vossos irmãos e precisam que os ajudeis a integrarem-se na vida humana sem terem de ser segregados da colectividade.
Os delinquentes, por mais criminosos que tenham sido, não podem ficar enjeitados do vosso auxílio e caridade, pois os vossos guias e protectores espirituais também vos toleram e amam apesar dos desatinos e dos pecados que cometestes em existências anteriores e também na que viveis actualmente.
O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugares nem horas especiais para ser praticado a contento, pois o vosso mundo, com o sofrimento da sua humanidade torturada, é, igualmente, um vasto campo de serviço redentor para vós próprios.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:13 pm

Capítulo 6 – Aspectos singulares das sessões mediúnicas
PERGUNTA: - As sessões espíritas que realizamos na Terra são sempre assistidas pelos espíritos bons?
RAMATIS: - Indubitavelmente a presença e a assistência dos bons espíritos nas sessões espíritas dependem muitíssimo das intenções e dos objectivos das pessoas que se propõem ao intercâmbio com o mundo invisível.
Mas, também, é certo que todas as criaturas já vivem acompanhadas pelas almas que lhes são afins a todos os seus actos e pensamentos.
Assim, os homens regrados e generosos também simpatizam e atraem as boas companhias do "lado de cá", cujas almas, quando em vida física, já viviam afastadas das paixões degradantes e dos vícios perniciosos.
No entanto, os maldosos, corruptos ou viciados, transformam-se em focos de atracção dos espíritos gozadores, maquiavélicos e mal-intencionados.
Deste modo, quando as pessoas reúnem-se em torno da mesa espírita ou mesmo no terreiro para o intercâmbio com o mundo oculto, elas já definem, de antemão, quais serão as entidades ou os companheiros espirituais que lhes farão companhias nos labores mediúnicos.
Em verdade, durante a sessão mediúnica os encarnados ouvem directamente as opiniões, sugestões e roteiros que, em geral, já recebem pela via intuitiva e são inspirados através da mente ou do coração durante a vida quotidiana.
Em consequência, não é a mesa nem o terreiro que fundamentam o tipo da presença espiritual ou da comunicação das almas desencarnadas, mas sim a própria conduta e os hábitos dos seus componentes é que asseguram a "qualidade" dos espíritos presentes.

PERGUNTA: - É verdade que nas sessões espíritas, as cadeiras que ficam vazias costumam ser ocupadas por espíritos desencarnados, como assistentes interessados nos trabalhos?
RAMATIS: - Nas ditas sessões, o público invisível, às vezes é numeroso, comparecendo, especialmente, os espíritos que buscam lenitivo e consolo moral para seus sofrimentos.
Porém, quando o ambiente não corresponde a objectivos superiores, também se apresentam entidades turbulentas e interessadas em perturbar os trabalhos.

PERGUNTA: - A sessão espírita benfeitora, destinada a assistência e doutrinação dos sofredores, é realmente protegida por uma equipe ou "guarda de segurança" espiritual, conforme asseveram os entendidos?
RAMATIS: - A sessão de boa envergadura moral é protegida contra a invasão de espíritos desordeiros e proibida mesmo àqueles que não foram indicados para assistirem ao trabalho da noite.
Nas vias de acesso ao recinto onde ela se efectua, os mentores distribuem guardas que impedem o ingresso a qualquer espírito de más intenções.
Essa guarda também pode ser constituída pelos nossos irmãos silvícolas, obedientes e serviçais, que a serviço do Bem, formam cordões de isolamento em torno do local.
Deste modo, as entidades de má-fé ou agressivas, postam-se a distância, evitando-se, assim, a projecção dos seus pensamentos maldosos ou fluidos magnéticos que perturbem a harmonia da sessão.

PERGUNTA: - Por que os doutrina dores, nessas sessões, costumam recomendar aos presentes que se concentrem bem, a fim de fortalecer a "corrente"?
Que devemos entender por essa tão propalada "corrente"?
RAMATIS: - É porque a segurança e eficiência dos trabalhos mediúnicos dependem essencialmente da harmonia e firmeza espiritual dos assistentes.
O homem irradia forças benfeitoras ou nocivas segundo o grau do seu carácter e a natureza da sua pose mental.
Assim, qualquer debilidade na faixa vibratória, devida ao mau pensar ou mau sentir, de alguns, é bastante para afectar o ambiente espiritual da reunião.
Além disso, assim como há pessoas cuja presença influencia beneficamente o ambiente, há outras que lhe são nocivas.
Isto depende da aura magnética de cada um.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:13 pm

Enquanto a crueldade, os instintos agressivos e a sensualidade de Nero, Calígula, Gengis-Khan ou Torquemada deprimiam e intoxicavam o recinto onde eles estivessem, já, em sentido oposto, os que se aproximavam do amoroso Jesus sentiam-se contagiados por elevadas e sublimes emoções de alegria, bondade e encantamento espiritual.1
Em tais condições, a concentração espiritista deve ser uma convergência de pensamentos lúcidos e sadios focalizados num objectivo superior, alimentada pelo optimismo, tolerância, perdão e ternura.
Nas "sessões brancas" dos esoteristas, o mentor recomenda que os seus adeptos façam incidir os pensamentos vigorosamente sobre motivos agradáveis, como seja uma paisagem encantadora, numa flor colorida e orvalhada, ou nas figuras santificadas do Mestre Jesus.
Daí, o motivo por que o homem evangelizado é um óptimo cooperador nos trabalhos espíritas, pois a sua vida voltada ao Bem em todos os seus aspectos, faz que ele seja uma criatura em permanente sintonia com os espíritos bons.

1 - Nota do Revisor: Vide a excelente obra "Estudando a Mediunidade", de Martins Peralva, capítulo III, "Problemas Mentais", pág. 22, edição da Livraria da Federação Espírita Brasileira.

PERGUNTA. - Podereis elucidar melhor quanto aos efeitos dessa "sintonia"?
RAMATIS: - É evidente que se vos puserdes a pensar (em torno da mesa espírita), na caça, na pesca, em palhoças ou cocares em breve atraireis para junto de vós os espíritos sintonizados a tal faixa vibratória, ou seja, os índios, caboclos, caçadores primitivos e infantis.
Sintonizando-vos aos temas vulgares, em breve vos ligais mentalmente às criaturas dessa mesma predilecção, da mesma forma que a especulação filosófica de natureza superior termina convocando os pensamentos dos sábios, dos filósofos e dos cientistas elevados.
A evocação das cenas lúbricas ateia desejos torpes e vos afina à mesma faixa vibratória em que vivem as pessoas acostumadas a esses hábitos lascivos.
Nestes casos, distanciais-vos imediatamente dos vossos guias espirituais, pois vivendo em diapasão muito elevado, eles não podem interferir a vosso favor, assim como o raio do Sol não consegue penetrar no vaso de barro.

PERGUNTA: - A maioria dos espíritas assegura que há grande interesse dos espíritos malfeitores desencarnados em acabarem com as sessões espíritas mediúnicas, a fim de enfraquecer a obra do Espiritismo.
Isso é verdade?
RAMATIS: - Os centros espíritas podem falir ou ser "desmanchados" pelos seus próprios componentes "vivos", sem mesmo haver interferência dos "mortos", pois a vaidade, a obstinação, o amor-próprio, a ignorância, o ciúme ou a rivalidade entre os dirigentes e médiuns também liquidam as agremiações invigilantes.
Nos centros espíritas ou terreiros desavisados da realidade espiritual é muito comum o conflito personalístico e a competição entre os seus próprios componentes, onde os neófitos tentam superar os velhos, ou estes petrificam-se de maneira teimosa em suas ideias e empreendimentos conservadores.
Os candidatos a médiuns, em geral, procuram suplantar em suas comunicações tíbias a conceituação lisonjeira dos veteranos tarimbados no intercâmbio com o Além.
Assim, alguns dos novos, em sua pressa e afoiteza de sobrepujar os demais, carreiam as maiores tolices e incongruências para a seara espírita, à guisa de importantes revelações do Além-túmulo, sob o nome de algum falecido de alto gabarito no mundo terreno.
Essa preocupação ingénua de impressionar o público e o rebuscamento de um palavreado altiloquente, coisa muito comum entre os médiuns neófitos, às vezes, dá margem para que os espíritos mistificadores aproveitem-se para comunicar futilidades e distorções doutrinárias, no sentido de confundir e abastardar a própria filosofia espírita.
Aliás, os médiuns fascinados pelos maus espíritos são sempre os últimos a identificarem sua situação ridícula e as circunstâncias censuráveis com que se expõem aos demais companheiros.
Doutra feita, o centro espírita petrifica-se num clima lúgubre ou severo em extremo, porque o doutrinador ou demais responsáveis são criaturas irascíveis ou excessivamente puritanas.
Escovados pela própria experiência, identificam a malícia no mais sadio humorismo e apontam o "pecado" no menor descuido do próximo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:14 pm

Sentenciosos e pessimistas anatematizam todo o bulício do jovem, a música moderna trepidante, o futebol e os excessos emotivos, os bailes da juventude e irritam-se ante a algazarra das crianças sadias. 2
Em sua implicância, predispõem no centro espírita o ambiente de constrangimento, preocupações e temor entre os seus componentes, cerceando-lhes todas as iniciativas e labores que ajustam a doutrina às novas descobertas e aos esforços espiritualistas dos demais.
Eis por que não é muito difícil para os espíritos falaciosos e maquiavélicos semearem a discórdia, o descontentamento ou o fracasso nos empreendimentos espiritistas improdutivos, onde a mesa-redonda da boa vontade é substituída pela vontade discricionária e teimosa dos dirigentes obtusos, teimosos e egoístas, adversos a qualquer movimento que modifique o ranço conservador.
Deste modo prestam um "desserviço" à doutrina esclarecedora de Kardec, produzindo um anti-fraternismo que além de cercear o progresso frutifica o desânimo, afasta os entusiastas e os idealistas.

2 - Nota do Revisor: A propósito dessa necessidade da criatura humana expandir o excesso de sua vitalidade moça, e, também, da atitude excessivamente severa dos "velhos" conservadores, recomendamos a obra "Missionários da Luz" capítulo II, "A Epífise", página 23, quando o autor inicia a alínea, dizendo: "Segregando unidades de forças..."

PERGUNTA: - Mas não é verdade que certos espíritos desencarnados pretendem liquidar com as reuniões mediúnicas e os centros espíritas porque isso lhes enfraquece suas empreitadas diabólicas?
RAMATIS: - Realmente, as falanges das sombras envidam todos os esforços para destruírem as actividades benfeitoras que tentam esclarecer o homem quanto à sua verdadeira responsabilidade espiritual.
É óbvio que a criatura terrena esclarece-se à medida que se desprende das faixas vibratórias dos espíritos viciosos e afeitos a toda sorte de paixões degradantes.
Assim que o homem assume a consciência de seus actos, controlando suas emoções e pensamentos, é indubitável que ele também se liberta da condição de um "repasto vivo" das entidades desencarnadas afeitas a todas as torpezas e aberrações.
Em consequência, as falanges das sombras realmente combatem com fúria as actividades espiríticas, na Terra, porque o Espiritismo firma suas bases libertadoras no próprio Evangelho do Cristo, isto é, no mais avançado conjunto de leis siderais de salvação do homem encarnado.
Os adeptos ou crentes nas religiões dogmáticas do mundo, em geral, buscam nos seus templos ortodoxos os sedativos que lhes afrouxam a musculatura espiritual.
Atentos às palavras do pastor, do sacerdote ou líder evangélico, hipnotizados às rezas e aos cânticos colectivos, tais fiéis retomam aos seus lares vivendo a sensação eufórica de que se libertaram de suas mazelas e pecados da vida cotidiana.
O altar, pela tradição, desde o velho Egipto, é o ponto de convergência e atenção de todos os presentes à cerimónia religiosa; ali se congregam os eflúvios magnéticos indesejáveis.
Por isso, na antiguidade, os altares eram construí dos do melhor cedro, árvore conhecida como um dos melhores campos vegetais condutores de electricidade, servia proveitosamente para o melhor êxito da magia religiosa da época.
A sumptuosidade, o exotismo ou a disciplina exigida nas reuniões e cerimónias das igrejas católicas, templos protestantes e casas reformistas ajudam os adeptos a retomarem para seus lares, certos da limpeza dos seus pecados.
Não importa se outros novos pecados serão cometidos na próxima semana, pois o refúgio de suas mazelas e dos seus equívocos estender-lhes-á os braços, no domingo vindouro, mediante a prédica do pastor sentencioso ou do sacerdote que os absolve novamente.
No entanto, os espíritas aprendem, já de início, que nenhuma cerimónia, sacerdote ou compostura religiosa os salvará dos pecados cometidos; e que só a reforma íntima, a modificação da conduta e o espírito regrado lhes proporcionará melhor futuro.
Os seus pecados são os efeitos de suas mazelas, sandices e crueldades do passado; a sua redenção não se fará dentro de um templo luxuoso, aos pés de um sacerdote, mas pela libertação decisiva das paixões e dos vícios humanos, ou seja, destruindo em si mesmos o terreno mórbido pecaminoso, que os liga às esferas ocultas das entidades malfeitoras.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:14 pm

Em consequência, o movimento espírita é mais perseguido e odiado pelos "mentores das Trevas" porque os seus adeptos não sublimam seus pecados semana após semana, sob a agradável impressão de transferirem-nos para o sacerdote ou pastor, que depois há de acertar-se com Jesus ou com Deus.
Um centro espírita funcionando à base do Evangelho do Cristo é um reduto salvacionista, onde os seus frequentadores imunizam-se contra as investi das dos planos inferiores.
Ali, os seus participantes recebem estímulos energéticos para ajustarem-se à vida superior e porem-se a salvo das investidas das Sombras.
O ensinamento não é feito à base de "obrigações religiosas", mas principalmente sob o esquema do" dever" e da "responsabilidade" pessoal.
Enquanto as religiões dogmáticas "frenam" as paixões dos seus fiéis, confundindo a solução do problema pecaminoso com o seu temporário impedimento, o Espiritismo ensina e requer uma libertação consciente, lenta e demorada, se for preciso, mas "definitiva".
A vida actual é a revelação positiva do negativo da existência finda; o sofrimento humano é a rectificação do desvio anti angélico.
Não há injustiça nem privilégio; "a cada um, segundo suas obras"!
É resolução pessoal, individual e intransferível a qualquer sacerdote ou pastor.
Deste modo, a doutrina espírita é realmente um estorvo para as intenções maquiavélicas dos “maus espíritos"; interessa-lhes minar as bases sadias que ensinam o homem a libertar-se das paixões e dos vícios num esforço particular e definitivo.
No entanto, um centro espírita só se desmancha, realmente, quando os destruidores do Além-túmulo podem infiltrar-se no seu seio através das paixões e das impertinências dos seus próprios componentes.
Eles então exploram a vaidade, o ciúme, a rivalidade e o amor-próprio de todos, até levá-los ao atrito, à separação e ao estagnamento doutrinário.

PERGUNTA: - Há fundamento na explicação de que certos centros espíritas ou terreiros são protegidos pelos espíritos trevosos?
RAMATIS: - Pois se os espíritos "das sombras" perseguem e tentam aniquilar os centros espíritas onde prevalece o Evangelho do Cristo, é óbvio que eles prestam seu apoio e incentivam todos os esforços, reuniões e agremiações espiríticas ou de Umbanda, onde os conceitos possam ser deformados e ridicularizados.
Deste modo, os mentores do astral inferior recomendam aos seus tutelados que assistam os trabalhos mediúnicos de baixo nível moral, onde a tolice, o ridículo, a vaidade e o interesse mercenário constituem um verdadeiro "desserviço" à linhagem iniciática do Espiritismo.
Acresce, ainda, que muitas criaturas adulteram as funções da mediunidade, entregando-se a trabalhos anímicos de Umbanda, semeando sandices e truncando a realidade espiritual, à guisa de um serviço mediúnico superior.
As comunidades do astral inferior fazem o seu estacionamento nos centros espíritas e terreiros nos quais só domine a ansiedade do fenómeno espectacular, em vez da "auto-redenção".
Ali estiola-se o espírito de iniciativa, desvirtua-se o discernimento espiritual e cresce o descuido para com a responsabilidade espiritual do ser. 3

3 - Nota do Revisor: Vide a obra "Nos Domínios da Mediunidade", capítulo XXVII, intitulado "Mediunidade Transviada", à página 226, em que o autor focaliza muito bem esse assunto da "protecção" dos legados das sombras nos trabalhos espíritas de natureza inferior.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 19, 2021 7:14 pm

PERGUNTA: - Em geral os espíritas atribuem aos sacerdotes católicos desencarnados a primazia de "desmanchar" os centros ou reuniões espiríticas. Isso tem fundamento?
RAMATIS: - Não há dúvida de que existe do "lado de cá" um grande movimento sustentado pelo Clero Romano, no sentido de tolher as actividades do Espiritismo; e trata-se de iniciativa comandada pelos maus sacerdotes, isto é, por aqueles que, na Terra, já viveram vida corrupta e censurável no seio dos próprios templos.
Foram homens que, em vez de cumprir com dignidade os propósitos assumidos para com a Igreja Católica, só buscaram no mundo os gozos e os benefícios ilícitos protegendo-se pela santidade das vestes sacerdotais.
Quando encarnados, foram prejuízos vivos contra a própria comunidade a que pertenceram, porquanto desmentiam o trabalho santificado e útil das almas excelsas que cumpriam seus votos religiosos sob a inspiração do Cristo.
A Igreja Católica não é responsável por esses trânsfugas, que no Além-túmulo continuam a macular suas vestes sacerdotais em perseguição ao Espiritismo, pois é dessa mesma Igreja que surgiram as figuras sublimes de um Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Terezinha de Jesus, Dom Bosco, António de Pádua, Padre Damião e outros, cuja vida foi um hino de beleza e amor ao próximo.
Como o rótulo não modifica o vinho azedo e o hábito não faz o monge, esses maus padres seriam perversos, ambiciosos ou imorais, em qualquer sector de actividade humana a que se devotassem.
Deste modo, eles sempre estariam operando no "lado de cá", não somente contra o Espiritismo, mas também contra qualquer instituição espiritualista que se devote a melhorar o padrão espiritual do homem.
Em verdade, a classe sacerdotal indigna do próprio templo religioso em que conviveram na Terra, possui, no Espaço, vasta agremiação e movimentos destinados a destruir na Crosta qualquer esforço de carácter espiritual superior.
Dirigem-nos os génios "maus" das "Trevas" e atacam qualquer reunião ou centro espírita que lhes facilite o ensejo demolidor; infiltram-se no seio dos trabalhadores descuidados e solapam as bases sadias das actividades construtivas, procurando incentivar a vaidade e promover a confusão entre os seus participantes.
Quando logram comandar algum organismo mediúnico menos vigilante, destacam-se pelas comunicações pomposas e pela verborragia oca, apresentando-se com o nome de homens famosos ou de criaturas já santificadas.
Inescrupulosos, sarcásticos e por vezes inteligentes, de longo tirocínio no campo da astúcia, eles conseguem infiltrar-se entre os espíritas neófitos, que ainda se entusiasmam pelo fenómeno, muito antes de buscarem sua modificação espiritual. Quando logram estabelecer a discórdia, a desconfiança e o choque personalístico entre os membros de uma agremiação espírita, então, eles a destroem depois de rompida a segurança espiritual mantida pelos protectores do Alto.

PERGUNTA: - Qual é a forma que os espíritos benfeitores comprovam a boa ou má "concentração" dos espíritas nas suas reuniões mediúnicas?
Porventura os pensamentos se fotografam, no ar, em torno dos mesmos?
RAMATIS: - As criaturas humanas emitem raios de luzes tão intensos ou débeis conforme lhes seja a natureza dos pensamentos e dos sentimentos.
Durante as palestras cujo assunto é inferior, fescenino ou agressivo, as auras dos homens tingem-se de cores escuras, que vão desde o vermelho-sanguíneo, o verde-ardósia, o cinzento-oleoso até o preto depressivo.
No entanto, se o assunto em foco é de ordem elevada, no qual se conjugam os princípios elevados do espírito, então fulguram as cintilações luminosas dos seus autores e atraem para junto deles entidades que procuram o contacto humano no sentido de ampliar o serviço do Cristo no orbe terráqueo.
Em consequência, as pessoas que se reúnem em torno de uma mesa espírita com o objectivo de efectuar um trabalho mediúnico, espargem suas luzes conforme seja o seu carácter espiritual, porquanto o volume de sua luminosidade corresponde exactamente ao grau de sua natureza psíquica.
A conexão de luzes que se faz entre as irradiações das auras de todos os participantes também compõem uma "aura de força" ou de segurança espiritual, baseada no grau e na capacidade espiritual de concentração.
Enquanto se estabelece uma "corrente de força" impregnada de elementos vitais e magnéticos dos presentes, que em seguida casam-se aos fluidos dos espíritos desencarnados, produz-se a emanação terapêutica, que beneficia, suaviza e mitiga o sofrimento dos próprios espíritos sofredores, ali presentes.
É evidente que as pessoas corruptas, de mau viver e vítimas das paixões escabrosas não conseguem manter o "tónus vital" necessário para sustentar uma concentração de boa estabilidade mediúnica.
Em tal caso, as comunicações dos espíritos não se efectuam com a devida exactidão, mas deixam dúvidas e desconfianças, tanto pelo excesso de animismo dos médiuns, como em face do nível espiritual de quem as efectua.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 20, 2021 6:33 pm

PERGUNTA: - Os médiuns que trabalham em reuniões espíritas de bom quilate espiritual são atendidos ou fortalecidos antes das mesmas, pelos seus protectores, a fim de cumprirem um serviço útil e proveitoso?
Ou não há necessidade de qualquer assistência espiritual para as suas tarefas mediúnicas?
RAMATIS: - É evidente que o médium não é apenas uma peça viva mecânica, que deve funcionar inconscientemente durante o seu trabalho de intercâmbio connosco;
acima de tudo ele é espírito imortal e senhor da bagagem pregressa que incorporou em vidas anteriores. Tratando-se de criatura de responsabilidade pessoal definida na existência cotidiana, ele também é obrigado a manter o seu lar e cumprir os deveres sociais para com as demais criaturas do mundo físico.
Por isso, ele é socorrido e examinado antes de qualquer trabalho medi único, de modo a não comprometer a tarefa colectiva no instante de sua maior necessidade psíquica.
No dia do seu trabalho mediúnico, as entidades benfeitoras procuram afastá-lo dos ambientes nocivos, eliminar-lhes os pensamentos grosseiros e aproximá-lo das criaturas benfeitoras, estimulando-lhe os sentimentos e propósitos espirituais superiores.
Quando se trata de um médium de bons propósitos e objectivos louváveis, os técnicos do "lado de cá" assistem-lhe tanto ao metabolismo físico como ao equilíbrio da sua natureza psíquica.
O seu sistema nervoso recebe o controlo médico do Espaço, a fim de funcionar a contento durante a comunicação com o Além; o sistema glandular é examinado e estimulado na produção de hormônios capazes de compensarem o gasto de energias psicofísicas durante a tarefa mediúnica.
Aliás, cada célula do homem é um organismo à parte, que exige certo combustível para funcionar a contento; no campo físico pode isso ser compensado com o magnetismo, mas no campo espiritual só o Amor é o alimento electivo das células da alma.

PERGUNTA: - Como é que o guia executa a sua tarefa no momento de comunicar os seus pensamentos?
Ele interpenetra a organização física do médium ou só lhe movimenta os centros nervosos no sentido de cumprir a sua missão espiritual junto aos encarnados?
RAMATIS: - Em geral, o espírito comunicante senta-se junto ao médium, enlaça-o com o braço esquerdo e, com o direito, cobre-lhe o cérebro accionando-lhe o campo da memória perispiritual, a fim de lograr maior acervo e recursos na tradução dos seus pensamentos.
Sem dúvida, ele tudo faz para evitar as imersões do subconsciente do médium, pois deste modo, a sua mensagem ficaria algo truncada ou perturbada nos momentos de maior ressalte espiritual.
Aliás, o espírito comunicante procura sintonizar a sua luz mental irradiada da epífise perispiritual, com a luz mental que também aflora da epífise física do médium.
Ele procura efectuar uma combinação, a mais lúcida possível ou homogénea, a fim de facilitar ao médium transmitir com suas próprias palavras as ideias que ventila no contacto perispiritual.
No caso da psicografia o plexo braquial do médium é o ponto visado pelo espírito comunicante, pois quanto mais ele puder agir livremente por esse centro nervoso, mais lúcida e nítida também é a sua mensagem espiritual psicografada.

PERGUNTA: - Há muitos espíritos que desejam comunicar-se em cada sessão mediúnica, ou os médiuns podem ficar inactivos por falta de comunicantes desencarnados?
RAMATIS: - O resultado dos trabalhos mediúnicos depende fundamentalmente da quantidade e da capacidade dos médiuns participantes, pois do "lado de cá" é muito comum existir maior quantidade de espíritos para comunicarem-se com os vivos, do que o ensejo de médiuns disponíveis.
No entanto, nos trabalhos sensatos e protegidos, as oportunidades são distribuídas de modo a favorecer mais o bem colectivo do que atender as solicitações pessoais.
Quando há médiuns em quantidade razoável, os espíritos também podem tratar de assuntos de natureza mais particular, ou lhes é possível dirigirem-se directa e familiarmente aos presentes nas suas mensagens mediúnicas.
No entanto, quando apenas existe um só médium em condições favoráveis para a comunicação do Além, os mentores do trabalho orientam o comunicante para só cuidar de assunto de interesse colectivo e evitar as particularidades.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 20, 2021 6:33 pm

Eis o motivo por que as sessões mediúnicas de mesa, em geral, não oferecem ensejos de comprovações pessoais, enquanto as comunicações costumeiras situam-se na craveira comum de todos os dias ou, quando muito, não passam de exortações e assuntos de ordem geral.
O médium fica obrigado a estender-se em considerações de âmbito colectivo e evitar a preferência pessoal, pois isso implicaria em desserviço aos demais frequentadores.

PERGUNTA: - É certo que os alcoólicos, o fumo e a carne prejudicam o desenvolvimento mediúnico?
RAMATIS: - Alguns médiuns crêem que a função mediúnica nada tem a ver com a sua maneira de viver fisicamente.
Por isso, abusam da carne nas mesas lautas, escravizam-se completamente ao fumo e encharcam-se ingerindo corrosivos alcoólicos.
Não importa se é a bebida caríssima do rico ou a cachaça tradicional do pobre; o seu fundamento é sempre o álcool perigoso e corrosivo à contextura sensível do ser.
É quase impossível a criatura lograr o domínio de faculdades incomuns, quando ainda permanece jungida aos liames dos vícios e das paixões mais atrofiantes.
Não pode produzir resultados satisfatórios aquele que vai para a mesa espírita com o ventre excessivamente empanturrado de vísceras animais, vertendo alcoólicos à guisa de um alambique vivo ou exsudando fortemente o cheiro acre do charuto ou do "palhinha" babado de saliva.
Acontece que o ato de intercambiar com as entidades superiores ou de fornecer fluidos terapêuticos aos enfermos é um momento incomum na vida do ser, o qual merece um pouco de atenção, disciplina e renúncia de quem o efectua.
A tal caso também se ajusta o conceito evangélico de que "não se acende uma vela a Deus e outra ao Diabo".
Se não fora a assistência benfeitora dos espíritos encarregados de dissolverem os fluidos que se geram em tais imprudências, então seriam de pouco resultado as reuniões de intercâmbio mediúnico com o mundo astral.
Os candidatos a médiuns procuram as revelações de alto gabarito e o domínio de faculdades incomuns, mas quase sempre continuam cultivando as aberrações de suas vidas, que lhes embotam a sensibilidade psíquica.

PERGUNTA: - É verdade que, durante as sessões de sofredores ou doutrinações de espíritos perturbados, deve-se evitar a presença do público?
RAMATIS: - Já dissemos que a mente é a base de todas as actividades do espírito na matéria, e tanto cria os quadros mórbidos que afligem o homem, como as cenas agradáveis que despertam o júbilo no próximo.
Durante os trabalhos de esclarecimento de espíritos infelizes e habitantes do astral inferior, os circunstantes se prendem aos quadros que estão sendo descritos pelos comunicantes, e assim cada um interfere conforme sua índole, seu temperamento ou condições psíquicas, seu optimismo ou pessimismo.
A entidade que ali se encontra vivendo momentos de aflição, sente agravar-se o seu sofrimento ante os fluidos perturbados e animalizados do médium e das pessoas presentes.
Isso a desajusta no ritmo consolador a que o doutrinador a conduz, uma vez que ela sente-se mais "materializada" num campo de forças de natureza inferior.
Acresce, ainda, que a exposição de acontecimentos dolorosos do infeliz comunicante desencarnado desperta toda sorte de sentimentos heterogéneos no público indisciplinado, e por esse motivo o trabalho mediúnico decai em sua frequência vibratória, enfraquece na segurança psíquica e, assim, facilita a interferência de outras entidades maldosas.
Considerai que a própria confissão dos pecados do homem ao sacerdote é feita de modo sigiloso, no confessionário, ao abrigo das indiscrições alheias, na forma de uma contemporização piedosa para com os equívocos da vida física.

PERGUNTA: - Há importância na questão de horários para se iniciar ou terminar os trabalhos mediúnicos ou reuniões espíritas?
RAMATIS: - É óbvio que nas reuniões mediúnicas nos centros espíritas de bom teor espiritual a assistência do "lado de cá" também é de natureza superior.
Em consequência, os espíritos que desempenham as tarefas de socorro espiritual são entidades serviçais, benfeitoras e laboriosas, cujo tempo lhes é precioso, em face dos seus outros compromissos no ambiente do plano astral.
Eles vivem onerados por tarefas espirituais de vulto e dividem os seus minutos num programa de acção proveitosa a desencarnados e encarnados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 20, 2021 6:33 pm

Deste modo, se iniciais os vossos trabalhos mediúnicos a esmo e sem cumprir o horário programado, é evidente que estareis desperdiçando o valioso tempo desses vossos amigos do Alto, por fazê-los esperarem inutilmente e retardar-lhes tarefas preciosas.
Daí a necessidade de se cumprir o horário programado para iniciar e terminar as sessões mediúnicas, a fim de que os vossos protectores desencarnados possam dar cumprimento a suas tarefas espirituais programadas para outros locais e atender outras obrigações.
Aliás, o problema de pontualidade no Espaço é levado a sério, pois quanto mais responsável é o espírito, mais severo e correto ele é em seus compromissos.

PERGUNTA: - Que se deve fazer com as pessoas que se apresentam todos os dias nos centros espíritas, rogando a oportunidade de desenvolvimento mediúnico?
RAMATIS: - Nem todas as pessoas que se apresentam às reuniões espíritas com o fito de desenvolver sua mediunidade a conselho de outros, são realmente médiuns ou requerem esse desenvolvimento imediato.
Já dissemos que muitos confundem manifestações fisiológicas com faculdades mediúnicas; doutra feita trata-se de enfermos; precisam mais de assistência espiritual, do medicamento, do passe e do conselho, do que mesmo de sentar-se à mesa espírita para fenomenologia mediúnica.
É de pouca valia o desenvolvimento mediúnico na criatura que ainda não exercitou a paciência, não desenvolveu a bondade, nem perdoou os seus adversários; e ainda é intrigante, caprichosa ou ociosa.
Sem dúvida, tal médium há de ser um tropeço entre aqueles que levam a sério sua responsabilidade mediúnica e desejam aproveitar todos os momentos disponíveis para o seu engrandecimento espiritual.
Algumas vezes os candidatos a médiuns confundem hipersensibilidade mediúnica com a sua própria irascibilidade, descontentamento, amor-próprio, ressentimentos ou mau génio, atribuindo aos espíritos desencarnados a culpa de suas próprias mazelas espirituais.
Deste modo, aqueles que se apresentam nos centros ou nas reuniões espíritas buscando o desenvolvimento mediúnico, em primeiro lugar devem avaliar o seu grau de paciência, tolerância, renúncia e perseverança em assistir os trabalhos medi únicos, para então auferir os conhecimentos ali divulgados, corrigir sua conduta moral e afeiçoar-se aos demais conhecimentos do Espiritismo.
É indubitável que o médium não poderá beneficiar o próximo, se antes de tudo recusa-se ao burilamento interior, à leitura espiritista e afasta-se do contacto benfeitor com os espíritos bons.
Os passes magnéticos, as vibrações amorosas dos espíritos guias e as relações incessantes com os componentes dos grupos espiritistas sempre ajudam o candidato a médium a recuperar-se das perturbações espirituais e assim sentar-se à mesa espírita para o devido desenvolvimento mediúnico.
Daí, pois, a conveniência do mesmo fazer um pequeno "estágio" de reconhecimento e afinidade para com o grupo de pessoas a que vai submeter-se num serviço de intimidade espiritual, onde suas qualidades e seus defeitos virão à superfície atraídos pelas condições hipersensíveis do meio espírita.
A mediunidade é como o "fio d'água” avançando lentamente por entre os escolhos da superfície do mundo, mas encorpando-se e tornando-se cada vez mais útil e generoso, tanto quanto exercita-se no esforço de se "desenvolver" até o curso do rio benfeitor.

PERGUNTA: - Quais seriam as virtudes mínimas para um bom médium e um bom desenvolvimento mediúnico?
RAMATIS: - Desnecessário vos dizer que a bondade, a tolerância e a ternura são as principais virtudes que aproximam do médium os espíritos benfeitores e amorosos; no entanto, o mandato mediúnico ainda exige para o seu bom êxito outras qualidades que burilam e engrandecem a criatura no serviço cristão em favor do próximo.
O médium deve ser sigiloso, discreto e perseverante, a fim de resguardar aquilo que por vezes lhe é transmitido de modo confidencial e que, por piedade, não deve ser divulgado.
Sem dúvida, o estudo incessante das obras espiritistas formará a base segura do discernimento do médium, facultando o ensejo dele receber mensagens de entidades elevadas e condutoras de homens.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 20, 2021 6:34 pm

Quanto ao desenvolvimento mediúnico favorável, ele pede cuidados desde a alimentação até a higiene psíquica, porquanto a saúde psicofísica do candidato é factor preponderante na composição dos fluidos magnéticos e vitais que lhe alicerçam o intercâmbio mediúnico.
Cumpre-lhe afastar-se dos ambientes viciosos, infestados de entidades malfeitoras e de baixos apetites do astral inferior; evitar os excessos alcoólicos e do fumo, assim como abster-se de alimentação carnívora.
Os fluidos exsudados pela carne do animal sacrificado são de natureza mórbida, impregnados da angústia e do sofrimento.
Misturam-se às vibrações sensíveis do espírito do médium e assim lhe obscurecem o campo magnético do contacto perispiritual com os desencarnados de boa índole.
Sob tal condição predomina o animismo do candidato em desenvolvimento, ou faculta a acção mediúnica dos espíritos zombeteiros ou turbulentos, que tudo fazem para impedir o crescimento dos ensejos que libertam a humanidade dos grilhões inferiores.
E, finalmente, o bom filho, bom irmão, bom esposo e bom cidadão, sempre há de ser um bom médium.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 20, 2021 6:34 pm

Capítulo 7 – A responsabilidade e os riscos da mediunidade 1
PERGUNTA: - O médium pode ser considerado uma criatura anormal?
RAMATIS: - Anormal não é propriamente o termo, mas trata-se de um indivíduo incomum.
É criatura inquieta, receptiva e algo aflita, que vive, por antecipação, certos acontecimentos.
Sua hipersensibilidade perispiritual atua com veemência na fisiologia do sistema nervoso e endocrínico.
Alguns são pacatos e sem qualquer característica excepcional, mas isso resulta de que a sua mediunidade é menos sensível no campo psíquico.
Estão neste caso os médiuns sonâmbulos ou de efeitos físicos, cuja mediunidade é de carácter fenoménico, só identificada durante o transe.

1 - Allan Kardec já tratou o assunto deste capítulo com bastante clareza e sensatez no capítulo XVIII, denominado "Inconvenientes e Perigos da Mediunidade", do "Livro dos Médiuns", assim como Ramatis também ventilou rápidos apontamentos na sua obra "Mediunismo".
No entanto, desejando maiores esclarecimentos desse assunto, efectuamos a Ramatis mais estas perguntas, seguindo o mesmo roteiro adoptado por Allan Kardec.

PERGUNTA: - Por que nem todos são saudáveis, apesar de cumprirem seus deveres mediúnicos?
RAMATIS: - Geralmente, o médium também é um espírito em débito com o seu passado e a faculdade mediúnica ajuda-o a redimir-se o mais cedo possível, no serviço espiritual em favor do próximo.
A sua situação lembra as pessoas que, depois de arrependidas dos seus desbaratos, empreendem actividades benfeitoras, a fim de compensarem o seu passado turbulento.
Então, além de suas obrigações cotidianas, sacrificam o seu repouso habitual e cooperam nas iniciativas filantrópicas, nos movimentos fraternos, atendendo a parentela pobre, aos amigos em dificuldades, aos presidiários e aos deserdados da sorte.
Sob tal disposição, fundam instituições socorristas, participam de agremiações educativas e auxiliam sociedades de protecção aos animais.
Mas é óbvio que, apesar dessas actividades filantrópicas, os médiuns não se livram dos imperativos biológicos do seu corpo físico.
Malgrado o seu esforço socorrista elogiável, e as actividades religiosas ou caritativas, também estão submetidos ao trabalho comum e sujeitos igualmente ao instinto animal e às tendências ancestrais da família terrena.
A sua faculdade mediúnica não é privilégio, nem os isenta das vicissitudes e das exigências educativas da vida humana.
Em consequência, a saúde ou a doença não dependem especificamente do fato do homem ser ou não ser médium.
O espírito que já renasce na Terra comprometido com o serviço mediúnico, que o ajudará a reduzir o fardo cármico do seu passado delituoso, deve cumprir o programa que ele mesmo aceitou no Espaço.
Deste modo, o espírito que em vida anterior zelou pelo seu corpo físico e viveu existência sadia, sem vícios de paixões deprimentes, obviamente há de merecer na vida actual um organismo sadio e de boa estirpe biológica hereditária, que lhe permita gozar boa saúde.
Mas aqueles que, no passado, esfrangalharam o seu equipo carnal e o massacraram na turbulência viciosa, gastando-o na consecução dos apetites inferiores, esses terão um corpo físico cujas funções orgânicas são precárias.
O médium, portanto, em face de sua sensibilidade psíquica enfrenta uma existência mais gravosa do que o homem comum, cumprindo-lhe cuidar desde a alimentação, assim como sofre mais facilmente os efeitos das alterações climáticas.
Além de sua saúde física ser frágil, ele sofre mais intensamente os dissabores e as preocupações da vida humana, pois o seu psiquismo é demasiadamente excitável.
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