LUZ ESPÍRITA
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Mediunidade de Cura - Ramatis/Hercílio Maes

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:55 pm

Mediunidade de Cura
Hercílio Maes

Ramatis.

Mediunidade de Cura
O chamado Mundo Oculto sempre actuou na cura das enfermidades humanas, sob as mais diversas formas.
Assim se verifica nos relatos bíblicos, no xamanismo dos povos antigos, na tradição oculta e na mediunidade contemporânea, aqui descritos por Ramatis.
Nesta obra, que trata especificamente da terapêutica por via mediúnica, a profundidade do conhecimento iniciático de Mestre Ramatis, aliada a sua peculiar objectividade, desvenda com clareza os mecanismos de actuação curadora no duplo etérico do homem e na fisiologia dos chacras.
Descreve a técnica utilizada pelas equipes espirituais nos receituários mediúnicos, a razão dos equívocos possíveis, e o charlatanismo que eventualmente ocorre nesse processo, bem como a metodologia das cirurgias espirituais, a tarefa do médium receitista e suas dificuldades, os passes mediúnicos e o receituário homeopático e de água fluidificada.
Desvenda a técnica dos "benzimentos" e "simpatias", e elucida, com precisão inédita como atua na cura dos quadros dermatológicos.
Aponta os efeitos da eutanásia e da distanásia - a "morte difícil", ou prolongamento artificial da vida, que impede o homem contemporâneo de morrer em paz.
Já consagrada como um manual clássico da matéria, em quase uma dezena de sucessivas edições, é leitura indispensável para quantos se interessam pelos processos da chamada cura espiritual, pela extensão e profundidade de análise dos mecanismos ocultos da mediunidade curadora.

Hercílio Maes
Hercílio Maes, médium de Ramatis, nasceu e viveu em Curitiba, Paraná, por 80 anos (1913-1993).
Completou três anos do curso de Medicina, que interrompeu por razões de saúde, vindo a formar-se posteriormente em Direito, profissão que exerceu paralelamente à de Contador.
Aos 30 anos, após ver aflorar sua mediunidade, teve contacto com Ramatis. com o qual possuía laços espirituais de remotas eras.
Ciente do compromisso de trabalho assumido antes de seu reencarne, passou a psicografar através da mediunidade intuitiva a série de obras de Ramatis, que abrange temas inéditos e despertadores, de fácil receptividade ao leitor por apresentar. de maneira acessível, o conhecimento iniciático milenar.
Universalista e estudioso das mais diversas correntes espiritualistas, Hercílio Maes foi maçon, rosa-cruz e teosofista.
Paralelamente à tarefa de psicografia, foi médium receitista de rara eficiência.
Através da Radiestesia, em que era perito, atendia com o receituário homeopático gratuito centenas de enfermos por semana em um pequeno centro espírita de Curitiba.
Só aceitava, via de regra, pacientes desenganados da Medicina; os mais necessitados saíam com a própria medicação fornecida por ele.
A legião de casos complexos. exóticos e "incuráveis" resolvidos com assistência de uma equipe de médicos do espaço nunca foi mencionada por Hercílio, cujo traço marcante de temperamento e de vida era a simplicidade.
Caracterizava-se pela índole generosa e a singeleza espiritual com que acolhia a todos e encantava auditórios nas palestras que mesclavam conhecimento transcendental e permanente bom-humor.
Deixou neste plano a esposa, Dª Eleonora Maes, companheira de todas as tarefas, três filhos (Iara, Zélia e Mauro) e vários netos.

Meu tributo fraterno
Ao meu amigo e confrade Júlio Simó Costa, cuja amizade espiritual nos une através das vidas pretéritas, espírito laborioso e de bom ânimo, que, na existência actual, também tem sido o companheiro infatigável na investigação do enigma dos nossos destinos.
Curitiba, setembro de 1963
Hercílio Maes
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:56 pm

Índice
Invocação às Falanges do Bem
Invocação às Falanges do Bem
• Algumas palavras do médium
• Intróito [José Fuzeira]
• Deve estudar-se o Espiritismo?
• Mensagem a um médium


Capítulo 1 - A antiguidade do fenómeno mediúnico e sua comprovação bíblica
Capítulo 2 - Algumas observações sobre os médiuns
Capítulo 3 - Novos aspectos da saúde e das enfermidades
Capítulo 4 - A assistência terapêutica dos espíritos e a medicina oficial da Terra
Capítulo 5 - Aspectos do receituário mediúnico alopata
Capítulo 6 - Os passes medi únicos e o receituário de água fluidificada
Capítulo 7 - Por que nem todos se curam pelo receituário mediúnico?
Capítulo 8 - Os impedimentos que prejudicam os efeitos das medicações espíritas
Capítulo 9 - A tarefa dos médiuns receitistas e os equívocos das consultas
Capítulo 10 - Considerações sobre os pedidos de receitas apócrifas
Capítulo 11 - Os médiuns de cura e os curandeiros
Capítulo 12 - O receituário mediúnico dos “pretos-velhos”, índios e caboclos
Capítulo 13 - A terapêutica exótica dos benzimentos, exorcismos e simpatias
Capítulo 14 - As receitas mediúnicas remuneradas
Capítulo 15 - Ponderações a respeito do médium enfermo
Capítulo 16 - A psicotécnica espírita nas operações cirúrgicas
Capítulo 17 - A assistência mediúnica aos moribundos
• A luz dos factos dissipará as trevas da dúvida e da ignorância


Última edição por Ave sem Ninho em Dom maio 09, 2021 7:56 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:56 pm

Invocação às Falanges do Bem
Doce nome de Jesus,
Doce nome de Maria,
Enviai-nos vossa luz
Vossa paz e harmonia!

Estrela azul de Dharma,
Farol de nosso Dever!
Libertai-nos do mau carma,
Ensinai-nos a viver!

Ante o símbolo amado
Do Triângulo e da Cruz,
Vê-se o servo renovado
Por Ti, ó Mestre Jesus!

Com os nossos irmãos de Marte
Façamos uma oração.
Que nos ensinem a arte
Da Grande Harmonização!
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:56 pm

Invocação às Falanges do Bem
Do ponto de Luz na mente de Deus,
Flua luz às mentes dos homens,
Desça luz à terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flua amor aos corações dos homens,
Volte Cristo à Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guie o Propósito das pequenas vontades dos homens,
O propósito a que os Mestres conhecem e servem.

No centro a que chamamos a raça dos homens,
Cumpra-se o plano de Amor e Luz, e mure-se a porta onde mora o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano de Deus na Terra.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:57 pm

Algumas palavras do médium
Prezados leitores
Rogo alguns momentos de vossa preciosa atenção a fim de explicar a razão da presente obra Mediunidade De Cura, a qual, em sua substância, é um complemento das que já foram publicados sob os títulos Fisiologia da Alma e Mediunismo.
Conforme o programa de trabalho psicográfico ditado por Ramatis e já enunciado na capa das obras anteriores, o signatário supunha que, em seguida à obra Mediunismo, teria de psicografar as suas mensagens referentes à Vida de Jesus, ou seja, O Sublime Peregrino.
No entanto, para atender a dúvidas e indagações de muitos interessados no estudo da mediunidade, em seus diversos aspectos, como sejam os de passes mediúnicos, as curas, o receituário, a psicometria, a radiestesia e outros fenómenos da mesma origem, Ramatis sugeriu como trabalho de necessidade mais imediata, a confecção de uma obra suplementar, que abordasse certos detalhes ou minúcias dos mesmos e que ainda não foram abordadas nas obras anteriores.
E ele, com a sua boa-vontade habitual atenderia às indagações que, a tal respeito, lhe fossem apresentadas.
Assim nasceu mais esta obra Mediunidade de Cura, acrescentada ao programa já delineado, a qual, pelos seus objectivos, será de grande interesse e utilidade para os adeptos do Espiritismo, especialmente para os médiuns.
E será também bastante útil a muitos dos profitentes da Medicina, pois seu conteúdo constitui uma valiosa contribuição que amplia o campo da etiologia e diagnose das enfermidades que atacam o homem; as quais, consideradas sob novos aspectos psíquicos, possibilitarão uma visão terapêutica de maior eficiência, em beneficio da Humanidade.
Aos leitores que notem haver nesta obra uma espécie de repetição ou analogia com alguns temas já explanados nas obras anteriores, esclareço que tal facto é orientação do nosso próprio mentor Ramatis, pois ele adverte ser indispensável aos adeptos assimilarem, em toda profundidade e amplitude, as matérias abordadas, não apenas quanto aos seus aspectos mais evidentes, mas, também, em todos os efeitos que lhes são acessórios, pois a mediunidade sendo um fenómeno conjugado a causas do plano astral ou invisível, há necessidade de abrir todos os seus refolhos e trazer à superfície o seu conteúdo a fim de ser devidamente considerado e servir de orientação aos discípulos ou obreiros da Seara do Mestre.
Além disso, na época actual, a difusão e o interesse, cada vez maior, pelo Espiritismo, já não permite que a sua fenomenologia seja trazida ao palco da opinião pública deixando suspensas ou sem resposta as interpelações que fazem as consciências mais exigentes, que, antes de crer, fazem questão de analisar o "corpo inteiro" do que lhes é apresentado como uma verdade digna de reverência ou acatamento.
Aliás, Ramatis, em suas obras, insiste, às vezes, em abordar sob novos ângulos um assunto já ventilado antes, visando, justamente, elucidar o leitor, de modo a dissipar quaisquer dúvidas que ainda estejam flutuando na sua mente.
É certo que tal método, para alguns leitores, talvez seja considerado um tanto prolixo ou cansativo; mas não seria justo que para satisfazer os adeptos mais esclarecidos, se prejudicasse a maioria, omitindo esclarecimentos de fenómenos ou problemas complexos que não podem ser definidos e aceitos analisando somente a sua superfície.
Esta orientação de Ramatis tem em vista possibilitar a todos que o lêem uma compreensão integral das matérias explanadas em suas obras, as quais atendem à finalidade prática e objectiva de bem esclarecer para bem evangelizar!
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:57 pm

Intróito
Esta obra, Mediunidade de Cura, que, pela sua extensão fenoménica, também poderia ter o título de "Médium-psicoterapia", expõe, estuda e esclarece um problema humano de alta relevância, o qual pela sua amplitude de ordem colectiva interessa à humanidade inteira.
E o problema das enfermidades que afligem o homem, porém, identificadas e definidas em suas causas e efeitos sob fundamentos de uma etiologia e terapêutica que ultrapassam e ampliam profundamente os conhecimentos de patologia considerados até agora pela Ciência médica.
Assim, o revisor desta obra, por sugestão de seu autor, Ramatis, antepõe às páginas de seu texto algumas elucidações de real interesse, tanto para o homem, em particular, como especialmente, para a ilustre classe médica, no sentido de despertar seu empenho em pesquisar e considerar novos elementos que a habilitam a preservar, com maior eficiência, a saúde dos habitantes do nosso orbe.
É que, embora a Medicina já tenha vencido grande parte das doenças perigosas e atenuado os efeitos nocivos de outras, ainda existem algumas, tais como o câncer, a lepra, a tuberculose, o pênfigo foliáceo, conhecido sob o nome de "fogo selvagem" e também certas endemias como a malária, que continuam fazendo milhões de vítimas.
Além disso, em diversas regiões de alguns países, especialmente no Oriente, tem havido surtos de moléstias graves, de etiologia ainda não identificada.
Portanto, o homem continua a sofrer rudes embates contra a saúde do seu corpo físico.
Dizemos corpo "físico" porque a própria Ciência académica não tardará em certificar que o homem-alma possui também um corpo fluídico denominado perispírito.
Assim, o objectivo principal desta obra não é somente expor e esclarecer as particularidades do singular fenómeno da mediunidade curadora, mas demonstrar também que a causa originária das enfermidades e afligem a Humanidade está afecta a uma origem essencialmente psíquica.
Porém, este aspecto do problema exige um estudo específico, cujas deduções habilitarão o homem a conhecer a causa positiva de suas enfermidades.
E então, ele certificará que está também em suas mãos, e não apenas nos produtos ou remédios dos laboratórios farmacêuticos, atenuar os efeitos malignos das doenças que o atormentam.
Aliás, a terapêutica de "higiene mental" como recurso equilibrante da saúde perfeita já está sendo bastante divulgada por inúmeras obras de psicologia prática, acessíveis ao grande público.
E além disso, continuam a ser realizados diversos conclaves de psiquiatria destinados a investigar, justamente, a relação existente entre os efeitos mórbidos de certas doenças e os recalques ou efervescências mentais do indivíduo.
E o campo destes estudos tende a ampliar-se cada vez mais.
Contudo, por enquanto, o problema saúde-doença ainda constitui um labirinto de fenómenos psicofísicos não investigados em toda contextura ou profundidade.
E esta obra, abrindo os refolhos de tais fenómenos e analisando suas minúcias, contribuirá para que a Medicina fique habilitada a obter maior eficiência na sua função preventiva de assegurar à Família humana o máximo usufruto dessa riqueza sem igual, que se chama saúde.
No entanto a Medicina. nesse sector, ainda tem um longo caminho a percorrer, porque quase todos os médicos são ateus; e como decorrência dessa convicção não acreditam na existência da alma ou espírito.
Ora, esta apatia negativa impede que a Ciência médica se habilite a fazer uma profunda análise introspectiva da alma.
Exame que lhe possibilitaria certificar que certas moléstias de carácter virulento são produto de graves "infecções morais" existentes na consciência da mesma; e que, por efeito de repercussão vibratória, afectam o seu perispírito e também o corpo físico que lhe está sujeito.
Por conseguinte, embora sejam úteis e eficientes os recursos preventivos de vacinas e a profilaxia contra certas endemias e epidemias, e igualmente benéficas as medicações específicas na cura das moléstias comuns, existem, entretanto, causas patogênicas de teor psíquico e um tanto complexas, as quais já é tempo de merecerem atenção e serem identificadas e definidas pelos profitentes da Medicina, mas sem lhe oporem o biombo de quaisquer ideias preconcebidas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:57 pm

Porém, de qualquer modo, a Ciência médica, na sua marcha evolutiva, terminará reconhecendo o poder curativo dos fluidos magnéticos e consagrará a magnetoterapia uma fonte de novos recursos em benefício da saúde.
E, por absurdo que pareça, especialmente no sector da neurologia, virá a utilizar, também com eficiência, a terapêutica singular das vibrações ou sonoridades musicais, pois em certos estados patológicos a música, pela sua repercussão emotiva, de fundo espiritual, tem o poder de agir no campo psicofísico, provocando reacções sedativas sobre o sistema nervoso, circulatório e glandular, que favorecem a recomposição sadia das células e a dinâmica endocrínica, beneficiando assim o ritmo fisiológico e vital de todo o organismo. 1
Como elucidação complementar da etiologia adstrita a causas psicopatológicas convém esclarecer o seguinte:
- O perispírito é o estatuário invisível que modela o nosso corpo desde o embrião fetal até à sua completa estruturação física, pois ele possui órgãos similares ao mesmo, porém, de funções mais refinadas, os quais são "moldes ou matrizes" dos órgãos do corpo humano, estruturados, portanto à sua "imagem e semelhança".
E então, se o dito corpo-perispírito estiver com alguns de seus órgãos afectados por fluidos cáusticos provenientes de emoções tóxicas da alma, neste caso, o corpo de carne que ele tiver de modelar no casulo do ventre materno herdará essas deformações classificadas de congénitas.
Admitindo, por exemplo, que uma alma, devido a distúrbios de ordem moral praticados por ela em suas existências pretéritas, esteja "condenada" a reencarnar "vestindo" um corpo privado da faculdade da vista, nesta contingência o seu perispírito modelará tal corpo com essa deficiência orgânica, pois tal prova é uma espécie de "fatalismo" 2 decorrente da lei cármica de causa e efeito, que rege o universo moral.
Assim, desta interdependência psicorgânica existente entre o perispírito e o nosso corpo físico, resulta que os pensamentos negativos da alma: como sejam, por exemplo, as emoções queimantes do ódio, a raiva, a vingança, o orgulho, o egoísmo e o ciúme geram fluidos irritantes que aderem ao perispírito formando "pústulas" de magnetismo tóxico, as quais além de afectarem o seu metabolismo psíquico, perturbam e retardam a evolução espiritual da própria alma.
Então, o perispírito, agitado pela "febre" provocada por essa saturação de fluidos infecciosos, verte-os para o corpo de carne; transfusão que se opera mediante o "duplo-etérico", elemento intermediário que desempenha a função de uma espécie de "válvula de escape" por onde a alma expurga os resíduos tóxicos das emoções rudes em que ela se abrasou.
E assim, esses fluidos corrosivos, uma vez transferidos para o corpo físico, produzem ou convertem-se em lesões mórbidas e virulentas, como sejam a lepra, o câncer, a tuberculose e outras moléstias de carácter mais benigno.
Ainda, como elucidação do novo quadro patológico que fixa os recalques de fundo psíquico como factores responsáveis por certas moléstias do corpo, esclarecemos:
- o homem, em seu conjunto, é um ser constituído pelo trinómio alma, perispírito e corpo físico.
A alma é o ego cósmico ou consciência viva e eterna a serviço de Deus e da Família Universal.
O perispírito é o "corpo fluídico" da alma, constituído de matéria quintessenciada, que escapa a todos os nossos recursos de análise; porém, o integral comando fisiológico e sensorial da sua heteroplastia em relação ao corpo de carne leva-nos a concluir que esse corpo singular é produto de um caldeamento processado através de milhares de séculos, desde as espécies mais inferiores ou elementais até ao padrão do ser racional.
E, por isso mesmo, as contingências atávicas fazem que, em diversas fases ou estágios da sua evolução psicobiológica, ainda se manifestem no homem certos recalques de paixões ou instintos animais, cuja gradação vai desde o selvagem feroz e antropófago até ao civilizado, no qual as taras animalescas só vêm à superfície da mente com intermitência, ou seja, quando despertadas pelo atrito de emoções agudas.
Quanto ao corpo físico, este é a vestimenta material ou o "escafandro" e a alma ajusta ao seu perispírito como veículo necessário para ela poder baixar e fixar-se nos mundos-escolas, a fim de, nesse ambiente, adquirir conhecimentos e virtudes que, pouco a pouco, lhe proporcionarão subir a Escada de Jacó da evolução espiritual até alcançar a hierarquia da angelitude.
Assim, à proporção que a alma, mediante reencarnações sucessivas, se espiritualiza, adquirindo gradativamente, os atributos morais da santidade, o seu perispírito também se apura em diafaneidade; e então os órgãos que compõem a sua contextura etérico-fisiológica vão perdendo o seu "peso" ou densidade etérica, terminando por se atrofiarem completamente, pois, se a função faz o órgão, a sua inércia termina por extingui-lo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:57 pm

E como decorrência de tal circunstância, a alma, devido à dinâmica de sua evolução, quando atinge a hierarquia angélica, o seu perispírito já se extinguiu integralmente fenómeno e pode ser classificado como uma espécie de "segunda morte" pois havendo ela a adquirido o grau de espiritualidade cósmica do "sétimo céu", já está, isenta de reencarnações; por conseguinte, não mais precisa, de utilizar um corpo-perispírito.
Ainda quanto à contextura psíquica da entidade homem, existe um outro elemento:
porém. este, de emergência ou transitório, o qual desempenha a função de "canal" ou, veículo de intercâmbio entre a alma (com o seu perispírito) e o corpo físico.
Esse elemento é o "duplo etérico":
porém, este, após a morte do corpo de carne, desintegra-se gradualmente, extinguindo-se por completo.
Neste singelo intróito dirigimo-nos, pois, aos que exercem o sacerdócio da Medicina, solicitando-lhes que, sem qualquer ideia preconcebida, leiam e meditem no conteúdo deste compêndio, pois a fenomenologia psicoterapêutica exposta no mesmo é uma espécie de janela que se abre, mostrando-lhes novos horizontes da ciência que abraçaram,3 pois, além de habilitá-los a melhor servirem ao próximo, também lhes proporcionará fazerem jus às bênçãos daquele Médico singular, o Divino Jesus, que há dois mil anos, peregrinando pelas terras da Palestina, exerceu a benemerência de curar os enfermos do corpo conjugando-a ao objectivo de curar as doenças da alma.
Os que vierem a aceitar as teorias e fenómenos relatados nesta obra como dignos de serem considerados e investigados, certamente, pouco a pouco, ajustarão seu critério profissional a uma terapêutica de mais vasta amplitude.
Porém, infelizmente, tais vanguardeiros não escaparão aos motejos irónicos de alguns seus colegas cuja mentalidade não compreende que na Ciência, em todos os seus sectores, por mais altos que sejam os seus voos, nenhum deles poderá ser tido como um "ponto final".
Aliás, quanto a essa incompreensão, sempre assim foi e sempre assim será, pois a própria História nos comprova que os grandes expoentes da Ciência, como Pasteur, eminente microbiologista cujas descobertas científicas o impõem como benfeitor da Humanidade, Harvey, o descobridor da circulação do sangue, Jenner, o criador da vacina contra a varíola, e outros de igual mérito, não escaparam à crítica jocosa de alguns "oficiais do mesmo ofício".
Assim, podemos antecipar que algumas das revelações um tanto sibilinas contidas nesta obra a respeito de etiologia e de terapêutica no sentido de ampliar os conhecimentos do binómio saúde-doença darão motivo a contestações amorfas por parte de certos diplomados académicos.
Referimo-nos aos que, em face de uma doutrina ou fenómeno que desconhecem por completo, opõem o argumento bisonho do - é absurdo!
Aliás, nas próprias controvérsias entre os que são tidos como sábios, o sim e o não que os separa a respeito de um mesmo problema comprovam que no círculo dos expoentes do conhecimento também existem "ignorantes", pois a verdade de uma qualquer proposição em debate é una; não podendo, portanto, ajustar-se a dois pólos contrários, o do sim e o do não que divide e coloca os opinantes em campos opostos.
Devemos ainda considerar o seguinte:
- Em face das incógnitas infinitas do Universo, o que a nossa ciência conhece é uma fracção tão insignificante de sabedoria, que, em verdade, jamais existiu em nosso mundo qualquer homem que faça jus a ser classificado de sábio, no sentido extenso de tal significado.
Decerto, tem havido homens cuja inteligência ou talento destaca-os como expoentes do conhecimento.
Contudo, mesmo em relação a esses, uma análise de profundidade leva-nos a concluir que o sábio é sábio estritamente na razão directa da época em que ele vive e na razão inversa da ignorância da maioria.
Desta regra, a única excepção é a de Jesus, pois trata-se de um espírito cujo grau de evolução já abrange e irradia fulgurações morais e intelectuais de amplitude cósmica.
Por conseguinte, os sábios que, por reverência de apreço, fazem jus a tal diploma são os que se revestem de absoluta modéstia e humildade.
Entre os antigos destacamos o filósofo Sócrates, que deixou esta sentença de reflexão profunda:
- "quanto mais sei, mais sei que nada sei!"
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:58 pm

E de nossa época salientamos o eminente biologista Alexis Carrel, autor da famosa obra O Homem, Esse Desconhecido, na qual, ele, mediante um estudo analítico de profundidade, demonstra que os conhecimentos do homem actual constituem uma parcela insignificante de sabedoria, pois o muito que ignora a respeito dos fenómenos vitais de sua personalidade psicofísica comprova que ele, na realidade, ainda não conhece bem nem a si mesmo!
Efectivamente, na actualidade, as concepções de quase todos os homens de ciência, a respeito da entidade-homem, estão muito afastadas das realidades da psicologia super-consciência, pois as investigações efectuadas por autoridades como os professores Charles Richet, Gustavo Geley, também as dos investigadores psicanalistas Wallace, César Lombroso, Frederic Myers e filósofos de projecção mundial como sejam William James, Hemy Bergson e outros, comprovam, de modo absoluto, que o homem real não é o que a ciência clássica ou pragmática admite.
Além da sua consciência desperta, estritamente humana, o homem possui uma subconsciência profunda e ampla de conteúdo multiforme, que repercute nas atitudes de sua personalidade e até no seu destino, pois é constituída pelo acervo moral e intelectual acumulado em suas existências anteriores, cujas características se denunciam em suas posteriores encarnações.
E tal facto é que justifica o pendor nato de certos indivíduos que, desde a infância, manifestam acentuada tendência e capacidade de assimilação para as artes e para outras profissões.
Como exemplo de tal contingência, citamos Mozart e Chopin, génios da música, que, ainda crianças, já demonstravam engenho assombroso quanto à assimilação subjectiva e à técnica dos segredos dessa arte complexa.
E também Beethoven, o famoso expoente da música sinfónica, cuja submemória lhe possibilitou escrever as suas sinfonias de mais alta inspiração, justamente depois de ter ficado surdo; comprovando, assim, que as sonoridades sublimes dos cânticos musicais que ele transmitia ao mundo vibravam na câmara acústica da sua memória super-consciência; e com tal ressonância de harmonias que, para grafar as suas notas no papel, não precisou das teclas de um piano nem dos ouvidos do corpo físico, pois ele as captava mediante os ouvidos espirituais da sua alma!
Essa dita sub e super-consciência, devido à sua dinâmica de expansibilidade, é que, por repercussão intuitiva, instiga o sábio a ocupar-se em descobrir um determinado invento ou em decifrar certa incógnita científica.
E, às vezes, a solução do caso afiara ou acende-se na mente do pesquisador como uma ideia ou inspiração relâmpago; e o seu imprevisto faz que ele próprio fique assombrado da revelação surgida ante seus olhos.
E devido a tal circunstância, alguns famosos cientistas têm confessado que uma determinada descoberta que fizeram foi obra do "acaso".
Entre estas, citamos a descoberta dos Raios X, obtida por Camada Roentgen, e a da penicilina, revelada pelo sábio Alexander Fleming.
Este fenómeno reflexo da intuição é o fundamento em que se apoia a filosofia do eminente pensador francês Hemy Bergson.
Por conseguinte, o homem não pode ser configurado ou definido sob as limitações físicas de um cérebro e de um sistema nervoso, como se as emoções da consciência, os atributos ou dotes morais do indivíduo e a faculdade retentiva da memória sejam fenómenos de génese físico-biológica.
Finalmente:
- Em face da singularidade dos problemas que deixamos referidos, todos eles mais ampliados no texto da obra, é natural que muitos dos ilustres profitentes da Medicina, atendo-se ao pragmatismo da Ciência que "está em vigor", se desinteressem de considerar o seu conteúdo ou substância devido a tratar-se de uma obra cujo autor é uma entidade invisível "residente" no plano astral.
Porém, a este respeito, permitimo-nos dizer:
- Não importa que uma nova doutrina ou sistema seja proposto e anunciado ao mundo pela voz de um espírito encarnado ou por outro já liberto da carcaça física do corpo humano.
O que está em causa não é a "espécie" do veículo mental que transmite a revelação, mas sim a essência ou substância intrínseca contida nas suas proposições.
Qualquer conceito opinativo, afastado de tal critério, é uma definição insubsistente e fora do mais elementar bom-senso.
José Fuzeira
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:58 pm

1 - Nota do Revisor: Os psiquiatras P. Fraisse, R. Husson e R. Frances, mediante suas experiências, certificaram que a acção e índole das partituras musicais influem sobre as funções fisiológicas do corpo.
E que existe uma espécie de regulamentação dos ritmos biológicos conforme o esquema temático e dinâmico da música.
O psiquiatra Pontvick criou em Estocolmo um instituto de "musicoterapia" e os seus clientes têm obtido óptimos resultados.
Ele afirma que a música age sobre o nosso equilíbrio mental, psíquico e até fisiológico, e que ela pode, de certo modo, catalisar a expansão de nossa personalidade.

2 - Nota do Revisor: Este caso, podemos justificá-lo com o seguinte exemplo:
- Na Casa da Criança "André Luiz" (em São Paulo), abrigo de crianças sofredoras de anomalias orgânicas irreparáveis, existe um menino que nasceu sem olhos e além disso é débil mental, mudo e paralítico.
Em face de um martírio tão excepcional, foi indagado numa sessão espírita idónea qual a causa de uma expiação tão cruel e impressionante.
E o guia espiritual esclareceu:
- "Esse irmão, em uma de suas existências pretéritas, foi um general romano, que comandou algumas batalhas.
E uma das suas atitudes de ódio e vingança feroz consistia em mandar arrancar os olhos a alguns dos inimigos aprisionados".
Porém, existem outros casos de aspectos idênticos, como sejam:
Maria Antonieta, mulher do rei Luiz XVI, da França, morreu na guilhotina durante a revolução francesa de 1789, porque, tendo sido, em encarnação anterior; Herodias, mulher de Herodes, ela, por intermédio de sua filha Salomé, exigiu que ele mandasse degolar João Baptista.
E João, por sua vez, resgatou o débito que contraíra quando, na sua encarnação de Elias, mandou degolar os profetas de Baal.
É a lei cármica de causa e efeito ou choque de retorno, subordinada ao imperativo ou determinismo de quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Porém, convém esclarecer:
- Não se conclua que a reparação de um crime só possa ser conseguida pelo criminoso passando ele por um novo crime. Um assassino, por exemplo, também saldará essa dívida sacrificando sua vida no salvamento das vítimas de um incêndio ou por outro acto de abnegação idêntica.
Em síntese: - Ninguém sofre sem motivo, pois Deus é infinitamente justo.
No entanto, para a religião católica e outras, a disparidade existente entre a criatura que nasce aleijada e pobre de recursos e a que nasce cheia de saúde e desfrutando o conforto da riqueza, constitui uma incógnita insolúvel, pois ante a lógica da equidade da moral, a dita discrepância leva-nos a admitir que Deus, Nosso Pai, é injusto e parcial, visto determinar que uma parte de seus filhos surjam no mundo marcados pelo ferrete da desgraça, enquanto outros nascem instalados no berço da felicidade completa.
Ora, semelhantes desigualdades, se as considerarmos atendo-nos somente à superfície, destroem o infinito de bondade e de justiça do nosso Criador.
No entanto, se as subordinarmos à lei das reencarnações proclamada pelo Espiritismo, então a sua contradição moral é aparente, pois trata-se de consequências ou efeitos dos actos praticados pelo indivíduo-alma, em suas existências anteriores.
Por conseguinte, não destorcem a linha recta da coerência, da Justiça e da Razão.

3 - Aos ilustres médicos que desejem aprofundar-se na análise de outros problemas psicofisiológicos adstritos ao binómio corpo-espírito, sugerimos que leiam também a obra "Fisiologia da Alma", ditada, igualmente, pelo ecléctico mentor espiritual, Ramatis, cujas obras, dentro de vinte anos, além de serem traduzidas para os principais idiomas, terão suas revelações consagradas como autênticas e valiosas, pela própria Ciência académica do mundo inteiro.
Aliás, o médium Hercílio Maes já recebeu dezenas de cartas de médicos que, havendo lido a obra em apreço, lhe manifestaram terem colhido grande proveito intelectual e profissional, com as preciosas revelações e ensinamentos contidos na mesma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:58 pm

Deve estudar-se o Espiritismo?
- "O Espiritismo, além de apoiado por autoridades como William Crookes, R. Wallace, O. Lodge, Lombroso, Stainton Moses, Aksakoff, de Rochas, Gibier e outros, o número de livros, memórias e experiências a seu respeito é tão considerável, que não se justifica recusar as afirmações desses inumeráveis testemunhos sem ter feito um estudo prévio.
Aos que alegam:
- "Isto é impossível!" - perguntamos:
- Quem poderá fixar o limite do que é ou não é possível?
Todas as conquistas da Ciência sempre foram, antes, tidas como impossíveis.
Em vez de se desinteressarem, os sábios, os filósofos, os cientistas devem investigar os fatos afirmados pelo Espiritismo.
Se há muitos erros e ilusões, também, certamente, há muitas verdades.
E estas verdades, quando sejam mais bem conhecidas, modificarão profundamente as fracas noções que temos a respeito do homem e do Universo."
Charles Richet*

* Autor da famosa obra "Tratado de Metapsíquica" e de outras, traduzidas nos principais idiomas Richet, catedrático de Fisiologia de grande projecção no mundo científico, dedicou-se durante quarenta anos a estudos e trabalhos experimentais sobre os fenómenos espíritas, tendo chegado a conclusões positivas quanto à autenticidade de seus fenómenos.
O título "Deve Estudar-se o Espiritismo?" é o nome de um opúsculo de autoria do próprio Richet.

Mensagem a um médium
Página de EMMANUEL ditada ao médium Chico Xavier
Meu amigo, que o Senhor te fortaleça o coração nos testemunhos da fé.
Aceita as angústias da hora presente, convicto de que o sofrimento é a nossa única oficina de purificação individual.
Sabemos que os espinhos da amargura te feriram fundo n' alma generosa e sensível.
Entretanto, é nesses acúleos de dor que desabrocharão as rosas de tua felicidade porvindoura.
Não condenes, não odeies, não revides.
Guarda a fonte do amor que a Providência Divina te situou no espírito bem-formado.
E porque as pedras do mundo te dilaceram as esperanças, não permitas se resseque, em teu íntimo, o manancial de pão celeste, que a mediunidade localizou em tua avançada capacidade de servir.
O missionário do bem não possui na Terra outro padrão maior que o Cristo, desprezado e crucificado no mais sublime ministério de renunciação.
O médium, cônscio das elevadas obrigações que lhe cabem, sofre os antagonismos do meio, a incompreensão, muita vez, dos mais amados e, sobretudo, experimenta o constante assédio das forças desintegrantes das trevas que ainda cercam a maioria dos homens.
Por trazer nova contribuição da verdade, aos domínios da revelação, paga doloroso tributo de sacrifício à indiferença dos semelhantes.
Não percas, portanto, a tua coragem e o teu valor, diante da tormenta.
Refugia-te na prece e na confiança activa, amparado pelos benfeitores que te assistem e segue para diante, com teu vaso de consolações, lenindo aflições e pensando feridas naqueles irmãos que, tangidos pelos padecimentos morais, se aproximam sequiosos da fonte de luz.
Não te faltarão amigos abnegados que, de nossos círculos, velam por ti e por tua vitória no campo das provas a que foste chamado. Perdoa e prossegue.
A luta angustiosa do mundo é o meio. Jesus é o fim.
Não troques, meu irmão, os frutos sublimes da eternidade pelas flores efémeras de um dia.
Com a lâmpada acesa da oração, atingiremos o Alto.
Rogando, pois, ao Senhor para que te não falhem as forças no bom combate, a fim de que continues valoroso e sereno até o triunfo final, sou o amigo e servo humilde
Emmanuel
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:59 pm

Capítulo 1 - A antiguidade do fenómeno mediúnico e sua comprovação bíblica
PERGUNTA: - Alguns membros e adeptos de outras instituições espiritualistas, como o Esoterismo, a Teosofia, a Rosa-cruz ou a Ioga, censuram o Espiritismo por ter popularizado demais a prática mediúnica.
Alegam que isso vulgariza o intercâmbio espiritual com o mundo oculto, o qual só deveria ser efectuado em ambientes iniciáticos, sem as confusões, os exotismos, as mistificações e interferências anímicas de médiuns incultos e indisciplinados.
Afirmam que isso também contribui para ridicularizar o esforço dos mentores espirituais em sua delicada tarefa de esclarecer os encarnados.
E que o Espiritismo deveria ser doutrina exclusivamente filosófica, sem difundir o intercâmbio mediúnico entre um público ainda ignorante ou apenas curioso.
Que dizeis?
RAMATIS: - A mediunidade não foi inventada pelo Espiritismo.
É tão velha quanto o homem, pois é uma faculdade oriunda do espírito e não da matéria.1
Portanto, existe desde que a primeira criatura (espírito encarnado) surgiu na Terra e os centros nervosos do seu corpo apuraram a sensibilidade dos seus sentidos.
Então, o homem primitivo transformou-se em um instrumento que, pouco a pouco, apuraria as suas faculdades que o ajustariam a ser um traço-de-união entre o mundo oculto e o mundo físico.
É evidente que essa sensibilização do sistema nervoso do homem contribuiu para que as entidades do mundo invisível o utilizassem como veículo para se estabelecer um intercâmbio entre os dois planos.
No entanto, embora a criatura ignore, ela pressente que o seu aperfeiçoamento "psicofísico" depende muitíssimo da assistência e pedagogia do mundo espiritual.
A Humanidade tem sido guiada desde sua origem por leis do mundo oculto, que atuam com profunda influência no ser humano.
Todas as histórias, lendas, narrativas de tradição milenária do vosso orbe estão repletas de acontecimentos, revelações, fenómenos e manifestações extraterrenas, que confirmam a existência da mediunidade entre os homens das raças mais primitivas.
A própria Bíblia, que serve de argumento tradicional para os sacerdotes combaterem o Espiritismo, é entremeado de relatos e acontecimentos próprios do mundo oculto, nos quais intervêm anjos, profetas ou entidades sobrenaturais.
Qualquer tribo, raça, povo ou civilização do presente ou do passado ainda conserva no seu folclore a tradição vivida por génios, fadas, gnomos, deuses, silfos, bruxas, ondinas, salamandras, nereidas ou seres exóticos, que se divertem no mundo invisível e tanto ajudam como hostilizam a vida dos homens.
Antigamente havia tratados sibilinos, métodos ocultos e práticas de magia sublime ou repulsiva, que os magos consideravam os processos mais eficientes para o homem entrar em contacto com os habitantes do mundo invisível.
A magia a era praticada junto aos rios, ao mar, no campo e na mata virgem, pois a Natureza sempre foi o palco adequado para desenvolver a vontade, a coragem e o espírito curioso ao ser humano.
Entretanto, os fenómenos mediúnicos já se generalizaram de tal forma, no século actual, que se manifestam tanto aos homens que os desejam ou procuram, como entre aqueles que os detestam ou os temem por manifestações diabólicas.
Malgrado o prestígio da Ciência académica do vosso mundo, os cientistas terrenos já não podem fugir à contingência imperiosa de estudarem a mediunidade, cada vez mais actuante no seio da humanidade terrena.
Em países mais cultos, já se efectuam pesquisas e estudos sérios no género, embora ainda sob o rótulo de "parapsicologia", nomenclatura que atende aos superficialismos da vaidade académica.

1 - Vide Apresentação, capítulo inicial da obra "Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo", de Sylvio Brito Soares, edição da Federação Espírita Brasileira.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:59 pm

PERGUNTA: - E que dizeis quanto à possibilidade do estudo do fenómeno mediúnico nas faculdades médicas do Brasil?
RAMATIS: - O Brasil ainda está condicionado à influência obsoleta do Estado do Vaticano, representado pelo Clero Romano, ávido de bens terrenos e bastante influente na política e administração pública do país.
O cientista brasileiro só em casos raros acha-se liberto da prerrogativa religiosa ou do preconceito académico, desinteressando-se de submeter o fenómeno mediúnico ao estudo das faculdades superiores.
Mas a verdade é que a ciência do mundo não poderá fugir à sua própria missão de sanear a prática da fenomenologia mediúnica, no futuro, quando os laboratórios também ajudarão a seleccionar os médiuns verdadeiros e os charlatões, histéricos, mercenários ou enfermiços, que por vezes, lideram movimentos no seio do Espiritismo, mas sem possuir as credenciais exigidas para a tarefa.
E quando o fenómeno mediúnico se impuser definitivamente à ciência profana, os médiuns também se livrarão da tradicional excomunhão dos próprios sacerdotes, que irritados pela mensagem sensata e inconfundível do Espiritismo, ainda confundem o século XX com a época sombria da Inquisição, quando queimavam ciganos, bruxos ou esoteristas a guisa de afilhados de Belzebu!
Considerando-se que o Criador permanece integrado em toda sua obra, é evidente que Ele também opera através da ciência do mundo material como um dos recursos benfeitores para a mais breve felicidade de seus filhos.

PERGUNTA: - Mas é evidente que o despertamento do "homem interno" pela disciplina esotérica e a exigência moral superior que formam as bases da iniciação nos templos iniciáticos são dignas de acatamento.
Não é assim?
RAMATIS: - Embora louvando a iniciação tradicional que, desde épocas remotas, gradua o discípulo estudioso e disciplinado ara receber o seu mestre ou "guru", no momento de seu despertamento espiritual, devemos advertir que a humanidade terrena atingiu actualmente o período do seu mais grave e doloroso reajuste cármico.
O século apocalíptico em que viveis e a época profética do "Fim dos Tempos" reclamam abertura de todas as portas dos templos iniciáticos, pois o fenómeno mediúnico generaliza-se à luz do dia e se manifesta quotidianamente a todos os homens, independente de raça, casta, cultura ou situação financeira.
Quando o Alto convocou o espírito hábil, genial e laborioso de Allan Kardec, para codificar a doutrina espírita e disciplinar a prática mediúnica, já tencionava livrá-las dos sortilégios, das invocações lúgubres, das posturas melodramáticas, dos compromissos ridículos, da magia exaustiva e dos ritos extravagantes.
Ainda no século passado só os iniciados mais felizes sabiam manipular os ingredientes mágicos e promover o "suspense", destinados a proporcionar o clima favorável para se manifestarem as entidades do outro mundo.
Depois de exaustivos rituais e cantilenas cabalísticas, longo desperdício de tempo, emprego de drogas misteriosas e uso de instrumentos exóticos, eles então conseguiam algumas fugazes materializações de "larvas" ou entes do astral inferior, que se moviam e flutuavam à guisa de fenómenos importantes e assustadores.
Sem dúvida, houve magos que também puderam vislumbrar algumas almas elevadas e seres resplandecentes, mas isso não lhes aconteceu por força dos ritos ou das práticas extravagantes, porém, devido ao seu próprio carácter nobre e à sua melhor graduação espiritual. 2

2 - Nota do Revisor: É o caso dos velhos magos do passado, como Eliphas Levi, Papus e outros, que em sua época condenavam veementemente o Espiritismo, conforme se pode verificar à página 162, da obra "A Chave dos Grandes Mistérios", que diz: já desde muito tempo esta doutrina (espírita) ou anti-doutrina, prepara o mundo para precipitá-lo numa anarquia universal.
Porém, a lei de equilíbrio nos salvará e já começou um grande movimento de reacções.
Na página 187, lemos:
Os médiuns são geralmente pessoas doentes e acanhadas.
Ainda na página 189, consta o seguinte:
Quem sabe quantas catalepsias, tétanos, loucuras e mortes violentas foram produzidas pela mania das mesas girantes?
Eliphas Levi, Papus e outros mestres da velha magia advertiam as pessoas de cérebro fraco para não lidarem com fenómenos ou forças ocultas, nem cultivarem ideias macabras, ante o perigo de formarem clichés mentais ou ideias fixas, estratificadas no cérebro pelo medo ou pela fascinação mórbida.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:59 pm

No entanto, eles mesmos publicaram obras repletas de figuras teratológicas e de imagens demoníacas, passíveis de causarem graves perturbações aos seus leitores mais sugestionáveis.
Aliás, as próprias autoridades eclesiásticas da Igreja Católica também são muito imprudentes quando citam as imagens horripilantes e repulsivas do temido reino de Satanás, pois criam na mente dos próprios católicos os estigmas dessas ideias enfermiças, fruto do medo e do terror do Inferno.
Comprovando os nossos dizeres, aconselhamos os leitores a consultarem a obra mediúnica "Acção e Reacção", ditada por André Luiz a Chico Xavier, capítulo iv, principalmente o trecho entre as páginas 50 e 52, quando os espíritos socorrem uma infeliz desencarnada, em cuja mente conturbada enraizara-se a figura do demónio Belfegor, que tanto a apavorara durante a sua existência carnal.
Realmente, o demónio Belfegor é uma pintura executada por certo pintor, a pedido de clérigos católicos, com a finalidade imprudente de impressionar os pecadores.
No entanto, essas figuras satânicas ainda mais contribuem para o desequilíbrio mental e terror incontrolável dos fiéis católicos que, depois, atravessam o túmulo completamente apavorados por essas convicções afirmadas pela sua religião.

PERGUNTA: - Sem desmerecermos as vossas considerações, cremos que o Espiritismo não é de muito interesse para a ciência académica, uma vez que a mediunidade é fenómeno exclusivo do mundo oculto.
RAMATIS: - Embora o fenómeno mediúnico seja manifestação intrínseca do mundo espiritual invisível, ele se manifesta entre os homens de acordo com a sensibilidade, a cultura, a moral, a capacidade nervosa e a dependência do compromisso assumido pelos médiuns antes de se encarnarem.
No entanto, a sua técnica nas relações entre os "vivos" e os "mortos" poderá melhorar consideravelmente, assim que houver maior cooperação da própria ciência terrena, ajudando a eliminar as excrescências mórbidas e os factores nocivos e ridículos do falso mediunismo.
Aliás, inúmeros cientistas e homens de letras, desde o aparecimento do Espiritismo, já contribuíram salutarmente para livrá-lo de muita superstição e ritos indesejáveis. 3
É certo que, actualmente, já não existem as fogueiras da Idade Média, quando as autoridades eclesiásticas torravam os médiuns por considerá-los feiticeiros mancomunados com o Diabo; mas, infelizmente, ainda permanecem acesas as chamas do sarcasmo, da calúnia, do despeito e da injúria!
Num extremo, os cientistas envaidecidos pelos seus pruridos académicos atacam os médiuns e clamam contra o perigo de uma psicose espirítica colectiva; noutro lado, o sacerdócio organizado os excomunga de seus púlpitos, injuriando-os diante da imagem do próprio Jesus, que foi um defensor do amor incondicional!
Mas ninguém poderá deter a marcha evolutiva do Espiritismo, pois os bons médiuns de hoje já dominam os mesmos fenómenos que antigamente exaltavam os profetas, os oráculos, as pitonisas, os astrólogos, as sibilas e os magos.
Graças, pois, ao espírito sensato, laborioso e inteligente de Allan Kardec, as relações mediúnicas entre os encarnados e os desencarnados já se efectuam desembaraçadas das complicações, das verborragias e dos desperdícios de tempo, que eram essenciais à velha magia.
Acresce, ainda, que o homem do século XX vive cada vez mais desesperado e descrente da possível ventura no mundo material, cujas dificuldades e desventuras avolumam-se dia a dia, arrasado pela angústia e pelo temor da guerra atómica!
As estatísticas terrenas comprovam o aumento constante de neuróticos e desequilibrados, malgrado o avanço espectacular da ciência moderna lançando satélites e foguetes interplanetários, e do progresso técnico da Medicina, capaz de transplantar rins e outros órgãos, mudando-os de um organismo para outro.
O terrícola já não esconde o seu desânimo e a sua decepção quanto a melhor sorte na crosta do seu mundo físico.
Ele sente falta de um ritmo confortador e tranquilo que só pode ser proporcionado pela paz espiritual duradoura; o que jamais ele conseguirá pela ciência académica ou pelas religiões ainda sob comando de outros homens, também infelizes e até descrentes do que predicam em público.
Eis por que o século em que vos encontrais é realmente o clima electivo para a divulgação e receptividade de uma doutrina tão sedativa e confortadora quanto o Espiritismo, que orienta a prática de um mediunismo sadio, sem ritos exaustivos ou práticas misteriosas. 4
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 09, 2021 7:59 pm

3 - Nota do Revisor: Entre eles destacamos Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Aksakof, de Rochas, William Crookes, Oliver Lodge.
No Brasil, deve-se distinguir o movimento do Espiritismo, quanto à manutenção dos princípios kardecistas.
4 - Nota do Revisor: Realmente, consultando a Magia Prática de Papus, desde o capítulo XII até ao XVII e a "Conclusão" final, verificamos que o mestre escreveu longamente sobre os métodos, ritos, objectos e arrazoados cabalísticos, para, depois, lograr um insuficiente contacto com o Invisível.
Na referida obra enumeram-se espadas, estiletes, bastões, xícaras, tinteiros, queimador de ervas, velas, sal, tinta mágica, giz, rolos de cordas, calças, sapatos, meias e avental branco, tudo isso acompanhado de fórmulas químicas, talismãs com símbolos astrológicos e hieróglifos misteriosos, além de extensas citações de grego e latim.
Depois do banho purificador à base de essências" crismadas", das posturas dramáticas dentro do círculo de corda ou de giz, das esgrimas de espadas revoluteando no ar sob o eco das frases cabalísticas e "mantrans" de vibração mágica, então se desenhava, por vezes, na penumbra do aposento consagrado, alguma forma horripilante, ameaçadora ou mesmo triste, que Papus depois aponta em suas obras sob as mais graves e severas reflexões.
Não temos o direito de condenar esses brilhantes magos do passado, que ainda recorriam aos fumigadores, à queima de ervas aromáticas e aos ritos fatigantes sob as influências astrológicas favoráveis, a fim de obter uma "pitada" de ectoplasma exsudado do próprio corpo etérico da Natureza.
Sem dúvida, naquele tempo, eles não podiam prever o sucesso do médium de "fenómenos físicos", que no século XX pode fornecer ectoplasma de sua própria intimidade etérica, e assim produzir os fenómenos de materializações, voz directa, transporte, levitações ou intervenções cirúrgicas sob o comando dos espíritos desencarnados.
E o mais importante é que, actualmente, não se manifestam apenas as entidades lúgubres, ameaçadoras ou indesejáveis, mas os homens também entram em contacto com os seus familiares falecidos e com as entidades de excelente estirpe espiritual, cujas fulgurações e luzes siderais comprovam sua elevada origem.

PERGUNTA: - Onde tiveram início as primeiras manifestações da mediunidade e qual foi o povo que primeiramente as revelou ao nosso mundo?
RAMATIS: - As civilizações como as da Atlântida, Lemúria, China, Hebreia, Egipto, Pérsia, Caldeia, Cartago, Assíria, Grécia, Babilónia, Índia, Germânia ou Arábia, comprovam, pela sua histona, lendas ou pelo seu folclore, que os fenómenos mediúnicos surgiram em todos os recantos do orbe terráqueo, quase ao mesmo tempo e sem privilégios especiais.
Eles se manifestaram em todos os agrupamentos humanos.
A fenomenologia mediúnica foi evidenciada até nos objectos e nos propósitos guerreiros desses povos primitivos, tendo-os influenciado seriamente, embora a sua realidade esteja velada pelo simbolismo das tradições lendárias.
Os escandinavos. principalmente os "vikings", narram os seus encontros com deuses, bruxas, sereias e entidades fascinadoras, que surgiam das brumas misteriosas perseguindo-os durante as noites de lua cheia.
Na própria música desse povo transparece a tonalidade da indagação oculta ou expectativa fantasiosa cujas melodias sugerem coisas incomuns e surpreendentes à vida do homem físico.
As histórias e as lendas musicadas por Wagner em suas peças sinfónicas ou óperas magistrais confirmam o espírito de religiosidade e a crença no mundo invisível por parte dos povos germânicos e anglo-saxões.
Eles rendiam sua homenagem aos deuses, aos génios, aos numes, e os consideravam habitantes de um mundo estranho muito diferente do que é habitado pelos homens. 5
Aliás, o Brasil também é rico de lendas e histórias sobrenaturais, cuja origem se deve propriamente à faculdade mediúnica bastante desenvolvida dos brasileiros que, em geral, são prodigamente intuitivos desde o berço.
Muito antes da codificação espírita, os silvícolas das plagas americanas já praticavam diversos ritos, que os dispunham ao intercâmbio mediúnico com o mundo invisível, pondo-os, assim, em contado com os companheiros de tribo, já desencarnados.
Eles também exerciam a mediunidade curativa, quer prescrevendo ervas seleccionadas, como esconjurando os maus espíritos pelo processo mágico dos exorcismos colectivos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:27 pm

Previam as variações do tempo, a época favorável para a melhor plantação e colheita; auscultavam os sinais do mundo oculto e pressentiam os lugares epidémicos ou impróprios para sua existência.
Os pajés mais tarimbados prenunciavam a morte dos caciques, o nascimento dos bons guerreiros ou a marcha belicosa das tribos adversas, advertindo, com êxito, sobre o resultado das porfias sangrentas.
As lendas brasileiras são férteis de fenómenos mediúnicos.
No cenário das matas enluaradas surge o "boitatá" lançando fogo pelas narinas; nas encruzilhadas escuras aparece o fantasmagórico "saci-pererê", saltitando numa perna só e despedindo fulgores dos olhos esbraseados; na pradaria sem fim, corre loucamente a mula-sem-cabeça, ou na penumbra das madrugadas nevoentas, os mais crédulos dizem ouvir os gemidos tristes do negrinho do pastoreio.
Embora sejam histórias modeladas pela lenda e fantasia, no âmago dessas narrativas folclóricas domina o fenómeno mediúnico inconfundível a comprovar a vida imortal.

5 - Nota do Revisor: Realmente, os temas fundamentais das óperas musicadas por\Vagner são todos estribados em acontecimentos sobrenaturais, traindo em seu profundo simbolismo iniciático ou religioso a existência de um mundo espiritual.
A Cavalgada das Walkírias, por exemplo, conta a história das deusas que recolhiam os guerreiros germânicos nos campos de batalha e depois os levavam para o Walhala, ou seja, ao reino da Glória!
Em Siegfried, o herói busca a verdade, vence o dragão, símbolo da natureza inferior do homem, e mais tarde destrói Mine, personagem conhecido no rito iniciático como o corpo denso ou a matéria ilusória.
O tema em sua profundidade adverte que o poder do espírito só pode ser conseguido depois de ele dominar a carne, ou seja, o instinto animal.
Em Crepúsculo dos Deuses, Wagner trata de um assunto profundamente análogo ao Apocalipse, de João Evangelista, lembrando a expectativa da selecção da Humanidade na hora cruciante do Fim dos Tempos.
Tannhäuser conta a história da alma imperfeita encarnada pelo herói principal da obra, enquanto Elisabeth, a heroína da peça, simboliza a alma pura proibida de ligar-se ao amor impuro humano e maculado pelos estigmas das paixões do mundo material.
Mas é o Lohengrin, uma das mais belas composições wagnerianas, a obra musical de maior expressão iniciática, cujo resumo, já no prelúdio do 1º acto, revela a mensagem de ascensão espiritual do ser a outros mundos superiores.
Lohengrin, o magnífico cavaleiro, surge deslizando à superfície do lago tranquilo, conduzido por majestoso cisne branco, decidido a salvar Elsa, vítima de Telramund, o símbolo do Mal.
Aliás, o cisne branco e imaculado representa um dos símbolos mais electivos da iniciação espiritual, ave que dominou os diversos elementos da vida física, pois ela nada majestosamente sobre a água ou submerge o seu longo pescoço para explorar o leito do rio; vive também à superfície sólida ou voa seguramente.
Ela domina a terra, a água e o ar, simbolizando o próprio espírito depois que se despoja das ilusões da matéria para viver somente no reino da Glória!
O tradicional canto do cisne ainda simbolizava antiga iniciação, o juramento do discípulo despedindo-se, em definitivo, dos tesouros, das gloríolas, dos poderes e das paixões físicas. Significava, enfim, a morte simbólica do homem animal e o renascimento jubiloso do homem espiritual.

PERGUNTA: - A prática do intercâmbio mediúnico também não poderia ser vulgarizada pelos demais movimentos espiritualistas, em vez de o considerarem quase uma ocupação exclusiva do Espiritismo?
RAMATIS: - Quer os médiuns kardecistas de "mesa", durante as comunicações, copiem os notáveis tribunos, expondo em linguagem culta e castiça o pensamento dos desencarnados; quer os "cavalos" de Umbanda cuidem dos filhos do terreiro, transmitindo os conselhos dos "pais" em linguagem simples ou arrevesada; quer os esoteristas em suas "sessões brancas" se digam inspirados para as prédicas doutrinárias; e os teosofistas confiem unicamente nos seus mestres tradicionais, ou os discípulos iniciáticos aguardem o seu "mestre" na hora de sua maturidade espiritual, isso tudo, enfim, não passa de "fenómenos mediúnicos", embora varie o ambiente de sua manifestação e seja diferente o rótulo de cada conjunto religioso ou espiritualista.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:27 pm

Mas foi o Alto e não o homem terreno quem atribuiu ao Espiritismo a vigilância e o controle da manifestação mediúnica na Terra, além da divulgação dos seus postulados de esclarecimento da vida imortal e renovação moral do homem.
A codificação espírita é a responsável pela prática mediúnica mais sadia e sensata nas relações entre os "mortos" e os "vivos", atendendo ainda à promessa de Jesus, quando advertiu que enviaria o "Consolador" para derramar-se pela carne dos homens, das mulheres e das crianças.
Desde que o Espiritismo não é uma iniciativa destinada exclusivamente a especulação filosófica "extraterrena", mas ainda deve zelar pelo exercício eficiente e sensato da mediunidade entre os homens, então, realmente, lhe cabe vulgarizar o intercâmbio com os "mortos" para melhor esclarecimento dos "vivos".
O médium difere do tradicional adepto filiado aos templos iniciáticos, porque deve enfrentar as suas provas e tentações à luz do dia, entre as suas actividades e vicissitudes cotidianas.
O discípulo da iniciação oculta deve provar suas virtudes e vontade através dos símbolos e das reacções provocados pelos "testes" iniciáticos.
O médium, no entanto, enfrenta as mais duras provas no convívio da família, no ambiente de trabalho, nas suas relações cotidianas, nas obrigações sociais e pelas deficiências da saúde.
Conforme já dissemos, o Espiritismo foi inspirado pelo próprio Mestre Jesus para esclarecer os homens; cabendo-lhe atender desde os cérebros mais cultos, até aos mais pobres de entendimento intelectual.
Assim como o Divino Amigo desceu à Terra para servir a "todos" os homens, o Espiritismo também assumiu a responsabilidade crítica de atender toda a Humanidade, sem qualquer excepção de seita religiosa, casta social ou privilégio e cultura.

PERGUNTA: - Alguns críticos afirmam que a fenomenologia mediúnica sob os auspícios do Espiritismo só atende a um sentido espectacular, uma vez que os fenómenos do mundo oculto impressionam os sentidos físicos do homem, mas de modo algum despertam a sua natureza angélica.
Que dizeis?
RAMATIS: - Não opomos dúvida a que a fenomenologia medi única, considerada exclusivamente como espectáculo incomum aos sentidos humanos, não é suficiente para modificar o raciocínio do homem impenitente.
Na verdade, os fenómenos mediúnicos podem convencer o homem de sua imortalidade, sem no entanto o converter à vida moral superior pregada pelos mais abalizados instrutores do reino angélico.
Justamente por isso, o Evangelho é a base ou o cimento indestrutível da codificação espírita porque o homem, além de reconhecer-se imortal, deve também angelizar-se através da mensagem do Cristo.
Que vale a convicção salutar de sua imortalidade, se ele não se prepara para usufruir a ventura espiritual depois da morte física?
Evidentemente, o Espiritismo não é culpado porque muitos dos seus adeptos não lhe seguem os princípios de libertação espiritual e renovação moral preferindo apenas usufruir-lhe os fenómenos que só afectam os sentidos físicos.
Aliás, Jesus solucionou muito bem esse assunto quando atendendo à queixa de Pedro contra a multidão ingrata, disse-lhe, categórico:
"Que te importa, Pedro, que não me sigam?
Segues-me tu?"

PERGUNTA: - Também ouvimos alguns adversários da doutrina espírita alegarem que a generalização da prática mediúnica sensibiliza prematuramente o homem, colocando-o em relação e contacto desvantajoso com o astral inferior, quando ele ainda não desvendou os meios de defesa psíquica contra o assédio perigoso dos espíritos perversos e mistificadores.
Que dizeis?
RAMATIS: - Não vos deve ser estranho o facto de que nenhuma criatura precisa "desenvolver" sua mediunidade, para depois ligar-se ao mundo oculto inferior!
Os asilos de loucos estão repletos de indivíduos egressos de todas as religiões e condições humanas, que de modo algum exercitaram sua mediunidade ou participam de qualquer movimento espírita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:27 pm

Eles arruinaram-se pela sua índole moral deficiente, pelo vício, pela fraqueza espiritual ou pelo débito cármico do passado, e não por qualquer "exercício mediúnico".
Qualquer estatística, no vosso país, é suficiente para comprovar-vos que os hospícios, os asilos e as demais instituições de doentes mentais estão lotados por criaturas de todas as idades, religiões, cultura, doutrinas e nacionalidade.
Embora os cientistas e adversários religiosos ainda acoimem o Espiritismo de "fábrica de loucos", eles ficariam surpresos verificando que os espíritas, na verdade, constituem menor número de inquilinos das casas de alienados.
O contacto perigoso com os espíritos inferiores não é fruto exclusivo da frequência aos trabalhos de "mesa kardecista", ou dos terreiros de Umbanda, mas depende muitíssimo da natureza dos pensamentos e das emoções dos homens.
A corrupção moral, o vício degradante, a paixão inferior, a lascívia mental ou verbal, são atitudes desfavoráveis e sensibilizam mediunicamente qualquer pessoa para ligá-la às entidades das sombras.
Enquanto Rasputin, sem frequentar qualquer trabalho de desenvolvimento mediúnico, punha-se em contacto diário com os espíritos diabólicos, Francisco de Assis, actuando noutra faixa vibratória, podia comunicar-se com Jesus!
Não vemos motivo de censuras porque o Espiritismo pesquisa, estuda, controla e divulga o fenómeno mediúnico e as relações com os desencarnados, quando realmente isso constitui a base prática dos seus princípios doutrinários em conexão com os ensinamentos da Lei do Carma e da Reencarnação.
Tratando-se de doutrina que não depende de rituais, compromissos religiosos ou iniciáticos, nem firma sua divulgação nos ingredientes da magia terrena, mas sim, na elevação moral na vida prática, o Espiritismo é realmente o mais credenciado movimento espiritualista para popularizar os fenómenos de contacto com o Além-túmulo.
E não deve ser responsabilizado pelas incongruências, diatribes, tolices, leviandades ou interesses mercenários dos médiuns inescrupulosos, ignorantes ou charlatões, que lhe exploram o veio espiritual.
Em obra anterior, 6 já dissemos que a mediunidade de prova é um ensejo, espécie de "aval" concedido pelo Alto ao homem demasiadamente comprometido em suas existências anteriores.
Mas é do seu dever cumprir a tarefa mediúnica de modo honesto, sublime e caritativo, cabendo-lhe a responsabilidade moral na boa ou má aplicação dos bens cedidos pela magnanimidade dos seus guias.
O certo é que, no "lado de cá", ainda não possuímos uma polícia especializada com o dever de sanear o serviço dos médiuns na seara espírita.
Temos de curvar-nos à própria vontade do Criador.
Quando respeita o livre-arbítrio de seus filhos, embora a Lei depois os discipline para seu próprio bem.
Seria tão absurdo os adversários condenarem o Espiritismo, só porque ainda vicejam à sua sombra os médiuns e os adeptos inescrupulosos, assim como teríamos de execrar a Medicina, em face dos médicos sacripantas que exploram a dor à guisa de negócio lucrativo, ou então acusarmos a Igreja Católica devido à existência dos clérigos venais.

6 - Nota do Médium: Vide capítulo "Considerações sobre a mediunidade natural e de prova" da obra "Mediunismo" (Editora do Conhecimento), de Ramatis.

PERGUNTA: - Alhures, tendes afirmado que a Bíblia já regista, há milénios, os factos mediúnicos entre os homens.
Poderíeis citar-nos alguns exemplos elucidativos dessa afirmação, a fim de ampliarmos o nosso conhecimento a respeito desse assunto, tão importante para nossos estudos?
RAMATIS: - Embora os acontecimentos medi únicos descritos na Bíblia estejam velados pelo simbolismo da raça hebraica ou pela poesia religiosa, em verdade, eles são fenómenos mediúnicos tão específicos e positivos quanto aqueles que Allan Kardec e outros autores espíritas enumeraram em estudos.
Em face da exiguidade do espaço de que dispomos nesta obra, citaremos alguns dos principais fenómenos mediúnicos insertos no Velho e no Novo Testamento, que provam a manifestação da mediunidade naquela época, isentando a doutrina espírita de havê-los inventado para fim doutrinário.
O fenómeno mediúnico de "materialização" e de "voz directa", por exemplo, é indiscutivelmente registado em I Samuel, capítulo 28, versículos 11, 12 e 15, quando Saul, em vésperas de enfrentar dificultosa batalha sob o seu comando, resolve consultar uma célebre pitonisa da época, a fim de ouvir a alma de Samuel, poderoso comandante dos exércitos de Israel, já falecido e sepultado em Ramatha, sua pátria. 7
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:27 pm

Eis, então, como a Bíblia relata os factos através dos versículos já citados:
"e disse-lhe a mulher:
Quem queres tu que te apareça?
Disse Saul:
Faz-me aparecer Samuel.
E a mulher, tendo visto aparecer Samuel, deu um grande grito e disse a Saul:
Por que me enganaste tu?
Disse pois Samuel (o espírito materializado) a Saul:
Por que me inquietaste fazendo-me vir cá?"
Em Jó, capítulo 4, versículos 13, 15 e 16, diz o profeta:
"No horror de uma visão nocturna, quando o sono costuma ocupar os sentidos dos homens, ao passar diante de mim um espírito, os cabelos de minha carne se arrepiaram.
Parou alguém diante de mim, cujo rosto eu não conhecia, um vulto diante dos meus olhos, e eu ouvi uma voz como de branda viração".
m ambos os casos comprova-se perfeitamente a materialização de espíritos e o fenómeno de "voz directa", que melhor se confirma na seguinte frase:
... "e eu ouvi uma voz como de branda viração".
No "II Livro dos Reis", capítulo 6, versículos 5 e 6, o profeta Eliseu produz o fenómeno de levitação, muito conhecido nas sessões espíritas de fenómenos físicos, conforme o seguinte relato:
"Aconteceu, porém, que um, cortando uma árvore, caiu na água o ferro do machado e ele gritou e disse:
Ai, meu senhor! Que este mesmo o tinha emprestado (o machado).
E o homem de Deus (o profeta Eliseu), indagou:
Onde caiu? E ele mostrou o lugar.
Cortou pois Eliseu um pau, e o lançou no mesmo lugar e o ferro saiu nadando".
Não há dúvida alguma sobre o facto, pois em tal caso a "levitação" se comprova de modo espectacular, quando o ferro do machado emergiu à superfície do rio e à luz do dia.
O fenómeno de materialização ainda se confirma, outra vez na seguinte narrativa de Lucas, Capítulo 1 versículo 11, que assim diz:
"E apareceu a Zacarias um anjo do Senhor, posto em pé na parte direita do altar do incenso".
Conforme narram os apóstolos, noutros trechos bíblicos, um anjo materializou-se também a Maria, avisando-a de que seria a mãe do Senhor.
A mediunidade de "transporte" está perfeitamente implícita nos relatos de Ezequiel. o profeta (capítulo 3, versículo 14), quando assim se expressa:
"Também o espírito me levantou, e me levou consigo; e eu me fui, cheio de amargura e indignação do meu espírito; porém, a mão do Senhor estava comigo, confortando-me".
Da mesma forma. Felipe (Atos, capítulo 8, versículo 39 e 40) assim explica:
"E tanto que eles saíram da água, arrebatou o espírito do Senhor a Felipe, e o eunuco não o viu mais.
Porém, continuava o seu caminho cheio de prazer.
Mas Felipe se achou em Azot, e, indo passando, pregava o Evangelho em todas as cidades até que veio a Cesareia".
A premonição também foi largamente exercida nos tempos bíblicos, pois a Bíblia é pródiga desses relatos proféticos, nos quais se profetiza a vinda de grandes seres.
Malaquias, capítulo 4, versículo 5, prediz a vinda de Elias:
"Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e horrível dia do Senhor".
Isaías também foi um clarividente incomum, prevendo, quase um milénio antes, a vinda de Jesus e expondo minúcias que, mais tarde, serviriam para identificar o tipo sublime do Mestre, conforme se verifica no capítulo 7, versículos 14 e 15 do seu livro:
"Pois por isso mesmo o Senhor vos dará este sinal.
Eis que uma virgem conceberá, e parirá um filho, e será chamado o seu nome Emanuel (Deus connosco).
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:28 pm

Ele comerá manteiga e mel, até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem".
Isaías profetizou o nascimento de Jesus de uma virgem, isto é, o primeiro filho concebido de uma virgem só pode ser aquele que é gerado na primeira união conjugal.
O Mestre, portanto, nasceu de uma virgem, mas sem desmentir as leis físicas imutáveis do Criador, ou sem violentar o processo genético peculiar do mundo em que viveis.
A clarividência de Isaías ainda mais se confirma quando ele indica que Jesus seria alimentado a manteiga e mel, isto é, seria vegetariano, preferindo o mel como um dos seus alimentos predilectos.
Ainda na Bíblia é possível comprovar-se de modo indiscutível o mecanismo justo e equitativo da Lei do Carma e os processos da Reencarnação, que actualmente se entrosam como ensinamentos espiríticos, sendo bastante examinar-se a parte referente à vinda do profeta Elias e de João Batista, quando assim diz: (Mateus, capítulo 17, versículos 11 a 13).
"Porque todos os profetas e a lei até João profetizaram.
E se vós quereis bem compreender, ele mesmo é Elias, que há de vir."
E Mateus, capítulo 17, v. 11 e 13):
"E Jesus, respondendo-lhes, disse-lhes:
Em verdade, Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas; Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram (...)
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista".
Através desses relatos tradicionais a própria Bíblia confirma-nos a ideia da reencarnação naqueles tempos memoráveis ainda endossa-nos o conceito rectificador da Lei do Carma, em que "a colheita é sempre de acordo com a sementeira".
No I Livro dos Reis, capítulo 18, versículos 40, Elias ordena aos discípulos:
"Apanhai os profetas de Baal, e não escape um só deles.
E tendo o povo os agarrado, Elias os levou à torrente de Quizon, e ali os matou".
Assim, Elias mandou-os degolar junto ao rio Quizon, inculpando-se perante a Lei do Carma pela espécie de morte bárbara que ordenou aos sacerdotes de Baal e candidatando-se a sofrer igual sorte no futuro.
Na verdade, é a própria Bíblia que nos comprova o resgate dessa dívida cármica de Elias, quando depois de renascer na Terra, sob a figura do profeta João Batista, ele também foi degolado no reinado de Herodes, a pedido de Salomé.
Cumprira-se assim a Lei do Carma em sua implacável justiça redentora, uma vez que Elias, o degolador de outrora, depois de reencarnado como João Batista, também sofre idêntica prova cármica sob a lei de "quem com ferro fere, com ferro será ferido", malgrado tenha sido ele o precursor do próprio Messias. 8

7 - Nota do Médium: Vide capítulo "A palavra do Morto", da obra" Lázaro Redivivo", ditada pelo espírito do Irmão X a Chico Xavier. Edição da FEB.
8 - Nota do Revisor: Em aditamento a Ramatis, sobre os fenómenos mediúnicos relatados pela Bíblia, citamos Lucas, capítulo 24, versículo 37, no qual se comprova também a vidência dos apóstolos à guisa de "médiuns espíritas", em que se diz:
"Mas eles (os apóstolos) após a ressurreição do Mestre, achando-se perturbados e espantados, cuidavam que viam algum espírito".
Isso prova que há muito tempo os apóstolos já viam espíritos, pois doutro modo eles não poderiam pressupor um facto possível se já não o conhecessem anteriormente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:28 pm

Capítulo 2 - Algumas observações sobre os médiuns 1
1 - Nota do Médium:
Em face da enorme quantidade de cartas a nós dirigidas, cujos missivistas solicitam que a nossa mediunidade também seja explicada no campo do receituário mediúnico, sentimo-nos no dever de solicitar a Ramatis suas considerações sobre o assunto que se enfeixa no presente capítulo.
Alguma cousa ele já disse em obras anteriores; mas agora aborda outros aspectos.
Aliás, recomendamos ao leitor o exame do capítulo 11 da obra Mediunismo, onde Ramatis aborda o tipo de nossa mediunidade de modo a auxiliar os médiuns intuitivos e inspirativos, para lograrem mais êxito e segurança no desempenho do seu serviço mediúnico.

PERGUNTA: - Considerando a vivacidade, a presteza e a segurança do vosso médium actual, que também atende nas mesmas condições ao receituário mediúnico; e já havendo conseguido curar enfermidades gravíssimas nessa tarefa terapêutica, indagamos: - a sua mediunidade é apenas intuitiva?
RAMATIS: - Conforme já explicamos em obra anterior, o nosso sensitivo tem plena consciência das ideias que lhe transmitimos; e em virtude e uma perfeita e recíproca sintonia ou afinidade entre nós, ele redige as nossas mensagens e o receituário mediúnico com presteza e fidelidade, podendo mesmo interromper a comunicação durante alguns momentos e atender a outros serviços ou obrigações profanas; e depois retornar a psicografar, sem que isso afecte os resultados da sua tarefa mediúnica.
Porém, o que ele prescreve é quase sempre medicação homeopática de seu conhecimento, pois sendo médium intuitivo, mas consciente, ele não pode indicar remédios que desconheça.
E os terapeutas desencarnados cingem-se, naturalmente, aos remédios cujos nomes estão decorados ou averbados em sua mente. 2
Através do contado perispiritual, às vezes superamos a sua receptividade mental, fazendo que ele funcione como um receptor e nos como o transmissor telepático.
Embora o fenómeno ocorra entre um espírito desencarnado e outro encarnado, a sua eficiência é igual à obtida entre vós, por dois exímios telepatas.
No entanto, a mediunidade de maior amplitude no sensitivo é a da "transmentação", denominação feliz de conhecido escritor espírita ainda encarnado. 3
No caso em apreço, nós não falamos propriamente ao ouvido físico do nosso médium, mas, sim, por conjunção mental, excepto em algumas ocasiões muito raras, em que atuamos de modo semiconsciente:
Quando se trata de receituário mediúnico, o espírito receitista. escolhe no arquivo mental do médium a medicação que julga mais apropriada para o consulente.
Então, atendendo a essa intuição mais forte sobre determinado remédio, o sensitivo escreve na receita justamente o nome do mesmo.
É um ti o de mediunidade cujo maior êxito e amplitude depende essencialmente de estudo incessante, libertação das algemas da ortodoxia religiosa; ausência de ideias preconcebidas ou e prevenção contra esta ou aquela doutrina espiritualista.
O médium "transmentativo", estudioso e avesso ao sectarismo, é de espírito idêntico ao dos artistas, músicos ou pintores, cuja mente se entreabre para todas as expressões da vida; e, por isso, pode dispensar os recursos das concentrações especiais ou "correntes psíquicas", como garantia de sucesso em seu intercâmbio connosco.
Nos momentos de psicografar, o nosso médium procura sintonizar-se o melhor possível à nossa faixa vibratória.
Então, ele obtém de nós as melhores elucidações possíveis às perguntas que redige; permitindo-nos também associar novas indagações, às quais nós mesmos respondemos, a fim de que a questão em foco seja esclarecida sem dar lugar a quaisquer dúvidas.

2 - Nota do Médium: Realmente, durante o receituário mediúnico, aflora-me de modo indiscutível o nome da medicação escolhida pelos médicos homeopatas desencarnados, que operam comigo; porém, trata-se de medicação escolhida pelos médicos homeopatas desencarnados, que operam comigo; porém trata-se de medicação que eu conheço.
À medida que amplio o meu arsenal de medicamentos homeopáticos, verifico que também cresce o êxito do meu receituário mediúnico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:28 pm

3 - Nota do Médium: Edgard Armond, Capítulo "Transmentação", página 58, da obra Mediunidade, 9ª edição, da LAKE, cujas características transcrevemos abaixo:
1°) não há transmissão telepática, como ocorre nas formas conscientes e semiconscientes já estudadas;
2°) não há incorporação física, como exteriorização do Espírito do médium, como ocorre na forma inconsciente;
3°) não é indispensável a presença do Espírito comunicante que, às vezes, atua a distância;
4°) o médium não perde sua capacidade ambulatória nem há inibição de qualquer natureza para o lado do seu corpo físico;
5°) o médium não é submetido a sono sonambúlico e nenhuma interferência anímica se pode dar;
6°) opera-se uma substituição, ou melhor, uma sobreposição da mente individual do médium pela do Espírito comunicante, que fica, assim, com inteiro domínio físico do médium, pelo comando dos centros cerebrais e anímicos.
Torna-se, portanto, evidente que, para esta forma de mediunidade, exigem-se médiuns dotados de sensibilidade apurada e de perfeito equilíbrio psíquico.
E: uma mediunidade de excepção ou mais comum entre artistas, pintores, músicos, poetas e outros cuja função é produzirem obras destacadas, de carácter universalista.

PERGUNTA: - Qual o motivo mais importante, da parte do vosso médium, nesse género de mediunidade "transmentativa", que lhe tem permitido receber um conjunto de comunicações valiosas, abordando problemas invulgares, cujo racionalismo, no entanto, pela sua lógica convincente, está despertando interesse em diversos países?
RAMATIS: - O nosso sensitivo, após constantes meditações, durante alguns anos, subordinou a sua faculdade mediúnica de psicógrafo a um carácter panorâmico, impessoal e didáctico, desinteressando-se de enveredar pelos meandros de feição individual ou pela curiosidade tão ao gosto dos terrícolas.
O seu trabalho tem, pois, a finalidade essencial de captar mensagens espirituais de interesse para a Humanidade, ou seja, ampliar o campo ideológico de todos os homens, no sentido de interessá-los nos problemas da vida do espírito imortal.
O nosso médium é um sensitivo de intuição consciente; portanto não pode exprimir-se ou escrever na mesma grafia que os "mortos" adoptavam quando viviam na matéria.
No entanto, a sua mediunidade, repetimos, permite-lhe captar toda a substância das ideias que projectamos na tela da sua mente.
Porém, como a singularidade das nossas revelações ou problemas contradizem certas premissas da vossa ciência e contrariam dogmas seculares do sectarismo religioso, é muito sensata a sua atitude de submeter nossos comunicados a uma revisão de coordenação lógica e máxima clareza expositiva feita por outrem que também disponha de certa receptividade às nossas induções e, além disso, expresse o nosso intuito fraterno de fazer que o leitor, ao considerar as facetas dos nossos estudos, não se limite à "vantagem" de haver tomado conhecimento de novas revelações, mas apreenda e sinta que o objectivo essencial "das mesmas é despertar-lhe a consciência de modo que, ante a luz de novos horizontes, o seu espírito se apure em sentimentos e virtudes que o integrem, cada vez mais, no roteiro do Evangelho de Jesus!
Aliás, todo médium deve auscultar e submeter a certo controle os "produtos" da sua mediunidade.
Mesmo porque nenhum sensitivo mediúnico está absolutamente imune de ser mistificado, pois do "lado de cá" também existem consumados "prestidigitadores" de fenómenos psíquicos e hábeis sofistas da palavra falada e escrita, capazes de iludirem o médium de boa-fé e conduzi-lo a certos equívocos.
Não contestamos que o nosso médium também incorra em deficiências.
Às vezes também se julga autor das ideias e dos pensamentos que registra no papel, descrendo, assim, de terem sido inspirados por nós.
Noutros casos, ele se crê um plagiário por associar assuntos de obras alheias que já leu; e quando tal acontece, ao recordar-se onde "ouviu ou leu" aquilo que lhe ditamos, ele sente-se amargurado.
Ignora, no entanto, que nós mesmos, os desencarnados nada criamos de novo no Cosmo.
Nós apenas damos curso às concepções e conhecimentos dos nossos antepassados, vestindo suas ideias com a roupagem da época actual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:28 pm

Somos, por vezes, uma espécie de lente ampliadora das ideias daqueles que nos procederam, tal qual eles, por sua vez, já o foram de seus antecessores.
Porém o nosso médium, ao examinar, posteriormente, o que escreve sob nossa intuição, verifica haver tratado de assuntos que lhe são desconhecidos e ter aduzido conclusões até opostas à sua opinião.
À semelhança da bolota, que se desenvolve no solo sujeita a crescer naturalmente por efeito da sua dinâmica genética, ele sabe que se cultivar cuidadosamente a sua faculdade mediúnica, então também conseguirá tornar-se uma espécie de carvalho generoso, cuja sombra amiga beneficiará muitos viandantes necessitados de repouso.
Assim como o modesto veio d'água, nascido e vertido da encosta do Peru, depois de sulcar prodigamente o extenso solo ressequido por onde passa e contornar obstáculos imensos, transforma-se no caudaloso Amazonas, o médium também precisa transpor e vencer as pedras que surgem no caminho do seu aprendizado e aperfeiçoamento mediúnico.
No entanto, se quiser vencer mais facilmente as decepções, os desânimos na sua caminhada evolutiva sobre a face do planeta, o talismã milagroso para conseguir esse objectivo é integrar-se de alma e coração, no roteiro luminoso o Evangelho de Jesus!
Constitui um caso muito raro o do médium que pode exercer diversas faculdades ao mesmo tempo,4 pois a sua maioria compõe-se de intuitivos.
Assim, no caso do receituário, o nosso sensitivo também só atende nos limites que não ultrapassem a sua capacidade mediúnica consciente, conjugado à bagagem terapêutica que é de seu conhecimento, pois não sendo médium mecânico, sonambúlico ou de incorporação não pode receitar medicações que lhe sejam desconhecidas nem fazer diagnósticos de profundidade.
No caso do médium mecânico, os espíritos terapeutas accionam o braço do médium à altura do seu plexo braquial e trabalham movendo-o como se e fosse uma espécie de caneta "viva", podendo, então, receitar sem utilizar como veículo o cérebro humano. Quanto ao nosso sensitivo, seus sucessos terapêuticos são devidos mais propriamente ao treino e à confiança que já adquiriu no intercâmbio connosco.
No entanto, ele seria improdutivo e claudicante na sua função mediúnica, caso pretendesse solucionar problemas e assuntos particulares dos seus comunicantes ou dos consulentes terrícolas.

4 - Nota do Médium: Cremos que Chico Xavier, na actualidade, é o médium que melhor se ajusta a essa enunciação de Ramatis.

PERGUNTA: - Desde que o vosso médium é apenas intuitivo consciente, então qual é o segredo do sucesso de vossas mensagens, que retratam um estilo, conhecimentos e concepções muito além da sua capacidade e cultura?
Conhecemo-lo em suas deficiências humanas e sabemos da sua incapacidade para discernir e redigir dissertações a respeito de certos problemas bastante complexos, que constam das diversas obras já editadas sob vosso nome.
RAMATIS: - Tal resultado é fruto de disciplina, estudo, devotamento e trabalho incessantes.
Durante o contacto perispiritual a sua receptividade mental, sintonizando-se à nossa frequência vibratória, faz que o seu trabalho psicográfico deslize com firmeza.
É, enfim, um veículo que não nos opõe qualquer resistência.
E sua confiança absoluta nas respostas que lhe transmitimos também contribui para a perfeição da sua tarefa e da nossa.
Ele escreve de acordo com a sua grafia comum e veste nossos pensamentos com o vocabulário de seu conhecimento e sem trair a nossa ideia.
O médium intuitivo é algo semelhante a um vidro colorido, pois dá a sua cor própria à luz que transmite.
Tal qual o pintor experiente e devotado, o nosso médium usa das "tintas" do mundo material para reproduzir os quadros que projectamos em sua mente perispiritual.
Aliás, muitos médiuns de bom quilate espiritual estiolam suas faculdades pelo temor de serem mistificados ou recuam diante do serviço muito antes de alcançarem o domínio completo da sua capacidade mediúnica.
Entretanto, o caminho seguro para o médium intuitivo desenvolver essa faculdade é a perseverança, o estudo e o anseio de querer ser útil na evangelização da Humanidade.
Aguardar o "milagre" da perfeição mediúnica , obtendo-a de um jacto, isto não é possível, pois a subida dos degraus da evolução exige esforços próprios.
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Capítulo 3 - Novos aspectos da saúde e das enfermidades 1
1 - Nota de Ramatis: Perdoe-me o leitor mais esta digressão sobre a saúde e a enfermidade, assunto já abordado em nossas obras anteriores, mas o Alto recomenda que devemos insistir em indicar aos terrícolas quais são as causas mórbidas ocultas e responsáveis pela sua própria desventura no mundo físico.
Já é tempo de o homem certificar-se e convencer-se de que a saúde do seu espírito imortal é que regula e mantém o equilíbrio da saúde do corpo físico transitório.
Aliás, na velha Grécia, de Sócrates, Apolónio de Tyana, Platão, Pitágoras e outros renomados pensadores helénicos, já se encarava seriamente o conceito de “alma sã em corpo são”, como uma advertência da influência benfeitora ou maléfica, que a mente exerce sobre o organismo carnal.

PERGUNTA: - Que dizeis sobre a saúde física e a saúde espiritual, quanto à sua estreita relação ou dependência recíproca durante a vida do espírito encarnado?
RAMATIS: - A Administração Sideral classifica como virtudes todos os pensamentos e actos dignos e nobres que o homem pratique; e como pecados, todos os seus pensamentos e atitudes opostas ou contrárias ao bem.
Considerando, então, que, todos os actos têm como causa ou matriz, o pensamento (do espírito), torna-se evidente que os pecadores são enfermos da alma.2
E, ao contrário do que estabelece a ética da maioria das religiões, as suas transgressões não ofendem a Deus; mas a eles próprios exclusivamente.
Sob tal contingência, o organismo carnal que a generosidade do Pai faculta ao espírito para redimir-se, sofre o impacto compulsório de enfermidades cruciantes, pois o corpo humano até mesmo depois de "cadaverizado" é uma espécie de "fio-terra" a descarregar na intimidade da terra a "ganga" de fluidos tóxicos que estava aderi da à contextura delicadíssima do perispírito.
Durante os momentos pecaminosos, o homem mobiliza e atrai, do mundo oculto, os fluidos do instinto animal, os quais, na sua "explosão emocional", convertem-se num resíduo denso e tóxico, que adere ao corpo astral ou perispírito, dificultando então ao homem estabelecer ligação com os espíritos do plano superior, devido ao abaixamento da sua vibração mental.
E se ele não reage, termina por embrutecer-se.
Porém, mais cedo ou mais tarde, a consciência do pecador dá rebate; e então, o espírito decide recuperar-se e alijar a "carga tóxica" que o atormenta.
Mas, nesta emergência, embora o pecador, já arrependido, esteja disposto a uma reacção construtiva no sentido de purificar-se, ele não pode subtrair-se aos imperativos da lei cármica (causa e efeito) do Universo Moral, ou seja: - a recuperação da saúde moral do seu espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante aquele esmeril que se chama Dor e o lapidário que se chama Tempo.
E, assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que ele veste agora, ou outro, em reencarnação futura, terá de ser, justamente, o dreno ou válvula e escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e o impedem de firmar a sua marcha na estrada da evolução.
As toxinas psíquicas, durante a purificação perispiritual, convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo; mas insistimos em explicar que esse expurgo deletério, processado do perispírito para a carne, produz as manifestações enfermiças de acordo com a maior ou menor resistência biológica do enfermo.
Entretanto, os técnicos do Espaço podem acelerar ou reduzir o descenso dos fluidos mórbidos, podendo também transferi-los para serem expurgados na existência seguinte ou então serem absorvidos nos "charcos" do Além, se assim for de conveniência educativa para o espírito em prova.
De qualquer modo, a provação será condicionada ao velho provérbio de que "Deus não dá um fardo ou uma cruz superior às forças de quem tem de carregá-la". 3

2 - Nota do Médium: Vide capítulos "A Saúde e a Enfermidade" e a "Influência do Psiquismo nas Moléstias Digestivas", da obra Fisiologia da Alma, de Ramatis.
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Mediunidade de Cura - Ramatis/Hercílio Maes Empty Re: Mediunidade de Cura - Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 10, 2021 7:29 pm

3 - Nota do Médium: A respeito desse provérbio popular, os espíritos relatam a história de certa mulher que, depois de admitida à presença do Anjo do Destino, queixou-se amargamente da injustiça de Deus, por fazê-la carregar, na Terra, uma cruz de peso superior às suas forças.
Atenciosamente, o Anjo mandou-a entrar no recinto onde se guardavam os modelos de todas as cruzes destinadas aos encarnados e autorizou que ela escolhesse a cruz que mais lhe conviesse.
Depois de experimentar diversas cruzes nos seus ombros frágeis, a mulher, satisfeita, escolheu a que ela julgou melhor e mais adequada para carregar dali por diante.
Diz a história que o Anjo, em seguida, mandou-a ler o nome da pessoa que deveria carregá-la; e, então, com grande espanto, a mulher identificou nela o seu próprio nome.

PERGUNTA: - Poderíeis explicar-nos mais algumas fases desse expurgo de fluidos psíquicos, que aderem ao perispírito depois dos descontroles do espírito?
RAMATIS: - Embora a tradição católica tenha criado a ideia de um inferno incompatível com a bondade de Deus, mais tarde os próprios autores dessa lenda religiosa amenizaram a punição infernal, criando um purgatório, ou seja, uma estação de fogo expiatório, entre o céu e o inferno.
Conforme explicam os dogmas católicos, os pecadores lançados no inferno jamais se livrarão do fogo eterno, enquanto os condenados às chamas do purgatório são mais felizes, pois gozam de "sursis" concedido por Jesus, depois dos insistentes pedidos e apelos de Nossa Senhora, ou então, se libertam mediante o número de missas rezadas na Terra pelos sacerdotes católicos.
Enquanto não há nenhuma possibilidade de fuga ou de perdão para o pecador condenado ao fogaréu infernal, as almas do purgatório terminam alcançando o céu assim que cumprirem as penalidades de suas sentenças ou se beneficiarem pela recomendação oficial do Clero do mundo terreno.
Embora a mente fantasiosa dos sacerdotes ou líderes católicos considere o inferno e o purgatório locais adrede preparados para as almas dos homens expiarem os seus pecados do mundo, ambos os casos simbolizam as situações e os efeitos que o homem vive em si mesmo depois de pecar, ante a necessidade de expelir para a carne os resíduos psíquicos venenosos, que acumulou no seu perispírito.
Nessa vertência cruciante de venenos para a matéria, que os hindus chamam a "queima do carma", a dor atroz escalda a carne e a febre ardente incendeia o sangue, criando na mente humana a ideia do purgatório ou do inferno, cujo fogo corresponde ao estado de comburência psíquica durante a purificação perispiritual.
Em consequência, o espírito já vive na Terra o seu purgatório, cujo fogo pungente queima-lhe a carne no alastramento da doença, seja o câncer, a morfeia, a tuberculose ou o "pênfigo selvagem" provenientes da drenação incessante dos tóxicos nocivos à estrutura da sua personalidade espiritual.
No entanto, há certa equivalência na concepção do purgatório católico, pois, na realidade, o homem que não consegue eliminar toda a carga fluídica deletéria do seu perispírito através do corpo físico, as vezes precisa aceitar o recurso extremo de purgar o saldo pernicioso nos charcos ou pântanos saneadores de absorvência drástica, que existem no Além-túmulo.

PERGUNTA: - Poderíeis explicar-nos alguns pormenores dessa purgação perispiritual nos pântanos ou charcos absorventes do Além-túmulo?
RAMATIS: - Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso do seu perispírito numa só existência física, ele desperta no Além sobrecarregado de magnetismo primário, denso e hostil.
Em tal caso, devido à própria "lei dos pesos específicos", ele cai nas zonas astralinas pantanosas, ou seja, no reservatório oculto das forças instintivas responsáveis pela vida animal.
Depois de atraído para esses pântanos do astral inferior, onde predominam em continua ebulição as energias primárias criadoras do corpo animal, ele é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente, embora tal processo lhes seja incómodo, doloroso e repugnante.
Sob esse tratamento cáustico da lama astralina absorvente, eles se libertam, pouco a pouco, das excrescências, nódoas, venenos e das "crostas fluídicas" que nasceram no seu tecido perispiritual por efeito dos seus actos pecaminosos vividos na matéria.
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