LUZ ESPÍRITA
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:31 pm

Capítulo 22 - Organizações do Mal
PERGUNTA: - Os espíritos malfeitores que habitam as zonas trevosas, do Astral, vivem em comunidades organizadas e operam disciplinadamente?
ATANAGILDO: - Nas regiões trevosas existem vários agrupamentos diabólicos, disciplinados, que se devotam a sombrias tarefas e buscam se assenhorear de todas as almas que estão desamparadas na travessia do túmulo; agem impiedosamente e são exímios no emprego da hipnose malévola contra os encarnados incautos.
Eles se situam nas zonas de substância astral que melhor lhes favoreça a prática de torturas e de punições indescritíveis para com as almas desamparadas e perturbadas pelas suas mazelas trazidas da vida humana.
No comando dessas organizações sombrias permanecem os cérebros mais experimentados nas maiores torpezas e crueldades, pois tramam toda sorte de empreitadas com o fim de conseguir o domínio completo do astral das regiões inferiores do mundo terráqueo.
Dizem os nossos maiorais que, desde os pródromos da Atlântida, muitas dessas colectividades negras tentam assumir o comando psíquico da Terra e expulsar definitivamente as hostes do Cordeiro Jesus do seu campo de acção benfeitora.
Proclamam que o "reino dos céus" deve pertencer aos anjos, mas que o "reino da Terra", é o império dos homens!
Consideram as entidades angélicas como intrusas que intervêm em suas vidas sombrias; então hostilizam-nas, por considerarem-nas almas privilegiadas e eleitas de um Deus que deserdou outros filhos dos bens espirituais.
A fim de conseguirem realizar o seu programa de completa acção contra as influências do Alto; esses maiorais das trevas não mantêm respeito algum, nem admitem qualquer contemporização para com os espíritos orientados pelo Cordeiro Jesus.
Lançam mão de todos os subterfúgios, crueldades, ou hipocrisias para o êxito de suas ideias maquiavélicas que, apesar de todos os fracassos, sempre lhes renascem mais fortes e com maior esperança futura.
Incalculáveis multidões de rebeldes, desesperados, movem-se activamente nas regiões sombrias do astral, onde já constituíram inúmeros agrupamentos, que se opõem decididamente contra as comunidades dos espíritos superiores e tentam impedir-lhes as doutrinações e o socorro às suas vítimas.
Mas, embora se trate de organizações disciplinadas, não passam de ninhos de malfeitores dominados por ferozes ambições, desejos de desforras e inveja recíproca, alimentando incessantes conflitos, entre si, pela própria cupidez que reina entre eles.
Daí o motivo razoável por que o Mal, mesmo quando devidamente organizado, não consegue êxito em suas intenções subversivas.
A Paz e o Bem só podem existir entre aqueles que já renunciaram às paixões e aos tesouros tolos da vaidade e do orgulho humano.

PERGUNTA: - Como poderíamos compreender melhor essa empreitada organizada do Mal?
ATANAGILDO: - São poderosas organizações malignas, mas que terão existência temporária, embora algumas delas já estejam em actividades desde os pródromos da vossa actual civilização.
As grandes e trágicas modificações de "fim de tempos", que se aproximam celeremente, modificarão a Terra em sua vida comum, higienizando-lhe também a aura "etéreo-astral", pela selecção espiritual à "direita" do Cristo, o que representará um dos mais profundos golpes do Alto nas organizações diabólicas do astral inferior, pois elas serão desalojadas de suas fortalezas e do seu clima favorável no astral da Terra, terminando entontecidas e desamparadas nas ruínas, dos seus planos inexequíveis contra a Lei Superior.
Por enquanto, essa empreitada rebelde obedece a um extenso e metódico programa elaborado há muitos séculos pelos mais poderosos génios galvanizados no Mal!
Esses espíritos vos espreitam continuamente, no mundo físico, tentando embargar todos os esforços dos espíritos benfeitores na defesa e na inspiração superior aos encarnados.
Por isso, mesmo no momento em que vos dito estas palavras, há um círculo de protecção em torno de mim e do médium, a fim de que eu vos possa contar, sem perigo, certas coisas que de modo algum lhes conviria que a Terra soubesse. . .
Enquanto as pontas dos seus fios magnéticos vos rodeiam, quais tentáculos, aguardando o menor descuido evangélico para vos enlaçar na hipnose da sugestão maléfica, os magos negros se movimentam no reino das sombras, assim como certos peixes na sua moradia de água lodosa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Quando falais em "organização" entre esses espíritos
trevosos, quereis dizer que existe, realmente um plano eficiente e disciplinado nas suas actividades malignas?
ATANAGILDO: - Além de um inteligente programa previamente
estabelecido, eles mantêm certa disciplina, que às vezes se torna bastante férrea entre os seus próprios sequazes.
Nas regiões inferiores há escolas que estudam e esclarecem o mecanismo psicológico da alma encarnada, com muito mais largueza de conceitos e conhecimentos psíquicos do que a conseguida pelo mais abalizado psicólogo terreno.
Exímios cientistas subvertidos ao mal empreendem larga auscultação psíquica sobre as criaturas encarnadas, a fim de catalogar as suas vulnerabilidades e mais facilmente se assenhorearem dos seus corpos astrais, assim que elas abandonem a sepultura terrena.
Entregues à cobiça pelos tesouras fugazes da mundo terreno, muitos encarnados, inconscientes de seu mau proceder, mal sabem que, através de seus desejos desregrados terminam negociando suas almas com os professores das trevas que, em troca, lhes ministram lições de domínio, de prepotência, luxúria ou crueldade!
Eles se interessam muito pelas pessoas escravizadas aos vícios mundanos, assim como aliciam os verdugos da Terra, para aumentarem a mole de almas que, no astral inferior, são utilizadas nos serviços mais repulsivos e nas tarefas mais atrozes, fortificando a sistemática rebeldia contra a Administração Sideral do Cristo sobre o vosso mundo.
A velha lenda do homem que vendeu a alma ao Diabo expressa bem o que se passa em vosso mundo, pois não é pequeno o número de desencarnados que já saem dos túmulos como "propriedade" de algum senhor das trevas ou então são reclamados imediatamente por falanges negras, que alegam tê-las ajudado na Terra.
Se o Mal não estivesse tão bem organizado nas regiões do Astral inferior, há muito tempo já teriam sido dispensadas as empreitadas sacrificiais dos espíritos benfeitores, que permanecem em luta corajosa para manter a segurança e o progresso espiritual no vosso mundo.

PERGUNTA: - Mas, então, existem espíritos malignos, com o privilégio de poderem se vingar e dominar almas incautas e desgraçadas, sem que lhes seja imposta a rectificação pela Lei do Carma, para reeducá-las espiritualmente?
Isso não poderá justificar a versão do "Diabo" com poderes discricionários?
ATANAGILDO: - Não esqueçais do que vos disse antes: tudo não passa de situações temporárias.
Na Terra, o criminoso primário não passa de uma vítima das seus impulsos incontroláveis e emotivos ou, então, é um instrumento tolo sob a direcção de malfeitores mais experimentados, que dele se servem para concretizarem suas façanhas e vinganças.
Mas, com o decorrer do tempo, esse delinquente primário termina assumindo o comando dos seus próprios actos e transforma a sua delinquência passiva ou acidental num motivo de rebeldia contra a sociedade e as leis organizadas.
À medida que a justiça humana o persegue e o apanha, mais ele se torna feroz e se avilta propositadamente no crime, odiando todos aqueles que o fazem cumprir as penalidades determinadas pela Lei.
Daí a origem comum do caudilho, do cangaceiro-chefe ou do mentor maquiavélico, que pensa, organiza e dirige até o dia em que possam encarcerá-lo de uma vez, ou que seja ele liquidado no entrechoque das mesmas paixões detestáveis que semeou.
Nos planos do astral inferior há fácil adaptação para os espíritos de corações endurecidos que, por isso, terminam se afeiçoando definitivamente ao meio deletério, para onde primeiramente foram degradados para o sofrimento rectificador.
Acostumam-se tão facilmente às sombras, tanto quanto os batráquios se afinizam ao gás de metano dos pântanos; então passam a reagir com violência a qualquer solicitação do Alto que lhes demande esforço e renovação espiritual.
Não desejam se ajustar voluntariamente ao mecanismo da reencarnação e, devido à sua mente bastante poderosa, conseguem subtrair-se por longo tempo à descida à carne, pois isto lhes traria humilhações e sofrimentos através do necessário reajuste pelas dores humanas.
Consideram-se deserdados dos bens divinos e castigados por serem antipáticos à causa divina.
Daí a sua deliberada e feroz resistência contra as forças do Bem pois, por terem purgado nos charcos grande parte de suas torpezas milenárias, sentem-se extremamente feridos no seu orgulho, só porque a Lei os atingiu pelo próprio efeito do seu magnetismo nocivo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Esses espíritos trevosos escapam, então, à acção do Carma - acontecimento que nos parece ilógico - revelando haver uma deficiência na rectificação espiritual obrigatória?
ATANAGILDO: - Não há tal, visto que são almas endurecidas que, desde tempos imemoriais, pelo seu orgulho e sua rebeldia sistemática contra a Luz, simbolizam a figura de Lúcifer, pois preferem "cair" satanicamente no reino das trevas do astral inferior, a fazerem qualquer acordo pacífico ou sacrificial com as luzes do Senhor!
É o amor-próprio da velha figura humana do "Anjo Decaído" que as lança contra o seu Magnânimo Criador, engrossando fileiras das comunidades onde também se vitimaram e sofreram sob a sanha de outros impiedosos irmãos rebelados.

PERGUNTA: - Mas, desde que concebemos a ideia de que o Diabo e o Inferno são estados de rebeldia espiritual provisória, será chegado o momento de redenção espiritual para essas almas rebeldes; não é assim?
ATANAGILDO: - Sem dúvida, assim é.
Todos os esforços das hostes do Bem, em torno da Terra, têm sido sempre no sentido de redimir as almas rebeldes e salvá-las das trevas de suas próprias iniquidades.
Mas não é sensato violentar-lhes a natureza agressiva e cruel, do mesmo modo por que não deveis colher o fruto imaturo.
Há que se aguardar o momento psicológico, em que os próprios sofrimentos impostos pela Lei do Carma as façam clamar por socorro e se apresentarem em condições favoráveis para serem socorridas.
Pretender arrancar das sombras essas almas, antes de apresentarem as condições espirituais exigidas para habitarem os agrupamentos astrais mais elevados, seria o mesmo que tentar fazer subir o balão que ainda não se livrou do lastro que o escraviza ao solo, ou então libertar feras num jardim onde brinquem crianças desprotegidas.
Essas almas purgam entre si os seus desatinos passados, vivendo pessoalmente as mesmas experiências cruéis que criaram; só depois que se reduzem os seus impulsos agressivos e o instinto perverso, é que se podem conhecer as suas novas disposições de espírito para com a vida superior.
Mesmo aqueles que se desligam dos charcos purificadores, no término de sua drenação tóxica, se situam no limiar de dois caminhos: a densidade de renovação espiritual no serviço cristão ao próximo ou, então, a deliberação infeliz de ingressarem nas correntes malfeitoras das sombras.
Só depois disso é que as comunidades superiores podem socorrer aqueles que se manifestam sinceramente desejosos de operar junto às hostes trabalhadoras do Cristo pois, respeitando o livre arbítrio que a Bondade do Pai nos concedeu, nem mesmo para o bem se pode violentar aquele que ainda não o pode cultivar a contento.

PERGUNTA:- Quais os motivos que levam os espíritos trevosos a se organizarem com êxito nas regiões do astral inferior, a ponto de edificarem cidades e instituições poderosas a serviço do Mal?
ATANAGILDO: - Muitos espíritos que partem do vosso mundo dominados pelos vícios, ou que praticaram crimes os mais aviltantes, tomam por base de vida a sua própria miséria espiritual; não crêem na possibilidade de uma vida diferente e mais feliz, nos planos mais altos, e acham que a única e apreciável ventura reside ainda no prolongamento dos vícios e dos prazeres ao gosto terreno.
Acreditam que o tão apregoado "céu", das religiões dogmáticas, não oferece condições atractivas de felicidade humana, não devendo passar de um ambiente de compungimento e orações, sob a férrea proibição do mais diminuto divertimento, que o homem tanto aprecia.
Dai se desinteressarem do Paraíso dos "eleitos" e das irritantes "contemplações da face de Deus", pois os santificados significam-lhes ostensiva aristocracia espiritual, bastante distante dos párias humanos, que não podem ultrapassar o limiar do astral inferior.
Então só lhes resta o consolo de uma vida de rebeldia e insânia, para amenizar a saudade do mundo terreno que perderam.
Atendendo ao imperativo muito natural, de sobrevivência e, ao mesmo tempo, da exploração dos mais fracos pelos mais fortes, formam-se então comunidades nas trevas e se organizam agrupamentos de "senhores" e "escravos", onde também sobejam os génios intelectualizados na Terra, a formar a corte dos rebeldes, subvertidos na esfera do sentimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - São agrupamentos já estabelecidos em suas bases, ou se modificam incessantemente?
ATANAGILDO: - Essas organizações sombrias, que datam dos princípios da vossa civilização, recebem incessante alimento na forma de novos contingentes de espíritos desencarnados, ainda escravos das paixões avassaladoras da carne, ou rebeldes ao Bem.
Não tardam a alcançar os foros de cidades astrais, possuindo as suas edificações particulares e públicas, departamentos responsáveis por todos os planos subversivos e associações epicurísticas, que se destinam ao máximo cultivo do prazer e das sensações inferiores, onde os poderosos tripudiam sobre as almas infelizes, caídas indefesas em suas mãos, para servirem de nutrição viciosa e repasto pervertido.
Embora vos cause espanto a revelação, pude identificar ali algumas espécies de conservatórios, ou arremedos de academias, onde se estuda a música, a pintura e outras artes; mas em suas realizações há um sentido de crueza e sadismo, um disfarçado deboche, que é poderoso estimulante psíquico para avivar os sentidos inferiores dos encarnados, e propagar na Crosta a atmosfera perniciosa que subverte as mais lídimas expressões de beleza e moral humana!
Essas criaturas vivem no astral e o desregramento dos haréns, e as suas vivendas conservam todos os requintes das dos sultões pervertidos, do Oriente.
Há nelas um luxo desbragado e um culto exageradamente afrontoso às formas da vida humana, enquanto se defende a liberdade absoluta de a alma viver do melhor modo que lhe apetece!
Esses espíritos advogam um sistema de liberdade puramente existencialista, sem nenhuma preocupação pelo futuro da alma, e afirmam que o "ser" deve existir liberto de qualquer limitação!
Mantêm-se em constante actividade subversiva contra os princípios angélicos do Cristo e se consideram definitivamente integrados no seu sistema de vida, que é a mais espontânea e destituída de qualquer compromisso espiritual.

PERGUNTA: - E qual é o factor que favorece esse ajuste de temperamentos e caracteres tão diabólicos e ferozes; a ponto de se organizarem em comunidades disciplinadas?
ATANAGILDO: - Trata-se de factor que não devia ser estranho ao vosso raciocínio comum, pois nasce de mútua necessidade de protecção e ajuda, para que mais facilmente se obtenham os elementos e as condições favoráveis às suas paixões insaciáveis.
Muitos espíritos, explorados por longo tempo, sob o poder cruel dos verdugos e chefes impiedosos dessas cidades, se degradam a tal ponto que também passam a reforçar as hordas inimigas da ordem e da renovação espiritual.
Permanecem estiolados nas suas regiões sombrias e condicionados a um modo de vida rebelde e degradante, sem poder vencer a hipnose dos sentidos adormecidos pelo vício e pelo crime, impermeabilizando-se contra o próprio socorro das falanges de espíritos benfeitores e odiando a luz salvadora.
Os mais débeis de vontade permanecem por longo tempo aviltados no servilismo diabólico, sem coragem para abandonar os próprios verdugos que os torturam, mas os alimentam; outros, mais espertos e falazes, emancipam-se no próprio meio deletério, assumem tarefas infamantes e aceitam a função de "vingadores" profissionais, assim como na Terra existem os sequazes ou capangas para o assassinato contratado.
E, copiando o que é muito comum ao vosso mundo, esses párias aviltados e que se emancipam no seio das organizações dos seus senhores cruéis ainda se tornam muito mais malvados e perversos do que os seus antigos verdugos, quando punem os seus companheiros de infortúnio.
A história do vosso mundo vos comprova que os mais cruéis carrascos e julgadores impiedosos, que serviram para fazer cumprir a Lei, saíram do meio dos oprimidos.
Não ocorria isso no tempo da chibata nos quartéis, na marinha e entre os próprios escravos do Brasil colonial?
Sem dúvida, o mundo astral ainda consagra o velho conceito de que "a pior cunha é aquela que sai da mesma madeira".
Muitas das vítimas que são vilmente exploradas no astral inferior, quando conseguem guindar-se às posições de mando, nessas organizações tenebrosas, excedem-se em torturas e perseguições odiosas aos próprios companheiros infelizes recém-chegados, que também tombam desamparados nas regiões inferiores.
Parodiando um conceito muito conhecido no vosso mundo, posso dizer que no astral também se comprova que "o homem explora o próprio homem" na ignominiosa escravidão das paixões aviltantes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:32 pm

PERGUNTA: - Supondo-se que esses espíritos das sombras pudessem conhecer a realidade venturosa dos planos superiores, eles não se decidiriam, porventura, a abandonar essas comunidades diabólicas?
Diante do encanto da angelitude e vislumbrando sua futura felicidade, não seriam capazes de se converter ao Bem?
ATANAGILDO: - Se os próprios encarnados - que nos intervalos das reencarnações já entreviram as primícias do paraíso e naturalmente reconhecem que o Evangelho do Cristo é a única salvação para o homem - ainda persistem nos vícios e nas paixões destruidoras, guerreando-se em combates sangrentos por uma Paz erigida à base de homicídios, não creio que a inesperada revelação do céu possa converter ao Bem as orgulhosas comunidades trevas.
As trevas, na realidade, originam-se principalmente na intimidade do espírito subvertido e, só depois do processo compulsório da dor e do sofrimento purificadores, é que então realmente se rompem os grilhões da animalidade inferior e se favorece a eclosão da luz, como o divino combustível que alimenta a ascensão angélica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:32 pm

Capítulo 23 - Charcos de Fluidos Nocivos no Astral Inferior
PERGUNTA: - Em vossas comunicações, costumais aludir frequentemente ao fato de fluidos perniciosos e emanações mentais da humanidade terrena formarem atmosfera perniciosa no Astral.
Como poderemos compreender esse fato, dentro na nossa capacidade humana?
ATANAGILDO: - As emanações mentais, a que vos referistes na vossa pergunta, são constituídas de figuras ou de manchas vivas, de aspecto gelatinoso; às vezes, muito se assemelham a finíssima parafina viscosa, de um colorido escuro e sujo, agitando-se sob o impulso da mente que as criou.
Elas são providas de movimentos súbitos, larvais ou ofídicos, como se fossem agitadas por deslocamento de ar; por vezes são de formas grotescas, iguais a minúsculos morcegos ou pequeninos polvos de tentáculos finíssimos e movimentos vermiformes.
Depois de criadas pela mente enfermiça, elas procuram pólos simpáticos, onde tentam fixar-se definitivamente, nas condições de vida parasitária.
Mas não tardam em ser atraídas por outras criaturas que "pensam" na mesma faixa vibratória desregrada, então se encorpam, criam ânimo novo e se ajustam ao halo mental dos seres imprudentes que as atraem, para em seguida acicatarem maior produção de substância igual, das quais procuram nutrir-se para a continuidade de uma vida efémera e execrável.
Algumas vezes em que pude perscrutar o halo mental de certas criaturas desregradas, através do meu poder psíquico visual, tive a mesma impressão que teria um laboratologista que se utilizasse do microscópio e investigasse a gota d'água trazida do pântano. Ali se moviam as mais indescritíveis formas de larvas, lampreias, elementais ou amebas fluídicas, que haviam sido produzidas pelos pensamentos impuros e pelos detestáveis sentimentos das almas delinquentes!

PERGUNTA: - Podeis nos esclarecer melhor qual o motivo por que a natureza dos reservatórios de substâncias deletérias mentais servem de atracção para aves, animais e répteis do astral inferior?
ATANAGILDO: - Trata-se de zonas densas para onde se canalizam mais directamente as energias subversivas, em suas formas elementais, quando ainda possuem grande vitalidade.
Sendo de configurações repelentes, chegam a provocar a voracidade das feras e das aves astrais.
Embora a natureza do baixo astral guarde uma semelhança geral entre si, usamos certa nomenclatura para melhor distingui-las e situar algumas diferenças de importância entre elas, para nossos estudos, assim como nomeais vales, grotões, encostas, coxilhas, vargens ou desfiladeiros, embora sejam configurações do mesmo solo.
Nesses reservatórios se recolhem o lixo e os detritos mentais e emotivos que sobejam na atmosfera terrena pois, em face da baixa vibração do meio, os produtos do pensamento e das paixões aviltantes dos encarnados precipitam-se nesses vales sombrios e densos.
Em torno das regiões onde se aglomeram os habitantes de um país, ou mesmo de uma cidade ou lugarejo, também se formam "zonas atractivas", do astral inferior, congregando-se nelas as substâncias consumidas no uso e abuso das paixões e dos pensamentos deploráveis, que se transformam em reservatórios astralinos ou então em charcos pestilenciais.
E, conforme a paixão predominante na colectividade, esses reservatórios assemelham-se a águas estagnadas, onde proliferam germes nocivos e se criam formas parasitárias, grotescas e coleantes, que se alimentam das energias pervertidas e ofertadas pela mente encarnada.
Daí provocarem a aproximação de tipos especiais de aves, animais, répteis ou outros seres astralinos que buscam a substância afim ao seu tipo e metabolismo, como acontece no clima mórbido do organismo físico, onde se desenvolvem os bacilos de Koch, de Hansen, ou os espiroquetas de Schaudin, provocando surto de tuberculose, lepra e sífilis!
É ainda a lei da atracção, funcionando equitativamente no seu ritmo de simpatia.
Se a água dos pântanos atrai as bactérias infecciosas é óbvio que o roseiral florido se torna o ninho de borboletas e beija-flores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:33 pm

PERGUNTA: - Tendes feito referência a "cores" e a "halos" dos espíritos ao tratardes de emanações; mentais nocivas.
Poderíeis nos explicar melhor o que vem a ser isso?
ATANAGILDO: - Há que se distinguir entre cores luminosas e cores turvas; cores claras e cores escuras.
Se vos fosse possível conhecer o halo mental de um espírito do quilate de Francisco de Assis ou de Buda notaríeis que a luz poderosa que deles emanava era capaz de destruir e carbonizar qualquer expressão deletéria ou "pensamento-forma" inferior, que porventura tentasse se infiltrar em suas mentes buscando alimento mórbido ou vida parasitária.
É por isso que os espíritos maldosos, sediados no astral inferior ficam apavorados diante da luz fulgurante dos espíritos angélicos, pois essa luz põe a descoberto a epiderme dos primeiros, crestada pelas aderências e substâncias nocivas que foram ali petrificadas sob o descontrole mental e perversão emotiva.
A lenda sempre configura Satanás acovardado diante da luz de Miguel Arcanjo, porque esta é flamejante e descobre todos os pensamentos deletérios do espírito inferior.
A própria ideia do Inferno tem o seu fundamento na purificação pela luz, significada na purificação pelo fogo, e deve ter nascida dos sofrimentos periódicos que são provocados pela intervenção dos técnicos siderais, quando lançam chamas etéricas sobre os vales e abismos purgatoriais, a fim de proceder à desintegração profiláctica das substâncias venenosas que tornam o ambiente demasiadamente pestilento e cerceiam o próprio progresso da vida astral.
Talvez ainda guardeis em vossa retina espiritual o quadro horroroso dessa purgação dolorosa, porém indispensável, a que já vos submetestes alhures, quando também engrossáveis á fileira dos rebeldes contra os princípios do Bem.
Daí, pois, a grande significação do fundo luminoso nos halos mentais e nas auras dos espíritos.
Não vos posso descrever a infinidade de matizes coloridos que existem de um extremo a outro na escala cromática sideral, nem tampouco explicar todas as cores que se produzem nas emanações deletérias, oriundas das paixões e dos pensamentos desvirtuados do ser humano, porque não encontro vocábulos para isso no cérebro do médium que me serve.

PERGUNTA: - Mas podeis nos descrever, embora de um modo geral, as principais cores produzidas pelas faltas mais comuns, da humanidade?
ATANAGILDO: - Já que insistis, tentarei vos dar uma rápida noção sobre o que indagais, descrevendo apenas as tonalidades principais da aura humana, tendo por base as cores que conheceis.
A maioria dos prevaricadores religiosos que traem os seus votos ou se desviam de suas responsabilidades espirituais possui na aura um fundo azul sujo; a malignidade e a crueza, quando chegam às raias da impiedade, costumam se denunciar por vastas nódoas nigérrimas, salpicadas de vermelho-sangue; a licenciosidade, a luxúria ou o desvirtuamento sexual fazem brotar na aura do indivíduo matizes de sangue sujo, por vezes cor de salmão ou rosa escuro tisnado por uma fuligem arroxeada, que os teosofistas conhecem como sendo a. combinação colorida da paixão amorosa degradada. Sempre tenho identificado a avareza por um verde ardósia e o egoísmo pelos matizes pardos, enquanto a cólera, a raiva, o ódio, se projectam em tom escarlata, como vivíssimo incêndio que, a distância, se emoldura de um negro fumarento.
Os sentimentos pessimistas também se revelam em cores mórbidas, pois, enquanto o medo inunda a aura humana de um amarelo cadavérico, a melancolia e a tristeza produzem manchas violáceas e tons de um roxo-escuro.
Ofereço-vos apenas um rápido bosquejo do assunto, visto que a maioria das cores classificadas no Astral não possui matizes equivalentes na ciência e na visão terrenas.

PERGUNTA: - Desejaríamos saber se os charcos de fluidos pesados e agressivos do astral inferior são lugares adrede preparados para expiações por parte de espíritos rebeldes?
ATANAGILDO: - Até hoje não me corista que os técnicos espirituais hajam criado lugares especiais para mortificação das almas degradadas; o que tenho comprovado é a existência de zonas fluídicas, aproximadas da Terra, que sofrem com mais violência o efeito dos pensamentos desregrados dos encarnados. Nessas zonas acumulam-se energias astrais inferiores e profundamente absorventes e que, à minha visão espiritual, se apresentam na forma de lagos densos, acinzentados, lodosos e móveis, com um aspecto de estranha irascibilidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:33 pm

Os infelizes que se situam nessas regiões não foram encaminhados para elas por ordens superiores, mas devido a uma atracção natural, justa e até muitíssimo útil, pois esses vales de lama astral se constituem de substâncias corrosivas e repugnantes, mas se tornam verdadeiras "estações terapêuticas" e de profundo benefício para as almas corrompidas.
Vim a saber que o lodo nauseante e insuportável, que provoca pavorosos sofrimentos nos espíritos delinquentes, também possui a louvável propriedade de absorver-lhes os venenos mais compactos, que se lhes incrustam no perispírito e que foram gerados devido à invigilância e o descaso para com os princípios salutares do Evangelho de Jesus.

PERGUNTA: - Podeis recorrer à comparação dessa terapêutica com a usada no nosso mundo, a fim de melhor compreendermos essa expiação que cura?
ATANAGILDO: - Posso comparar a propriedade curativa desses pântanos ou charcos com certos recursos, nem sempre agradáveis, de que lançais mão na Terra, para a cura de enfermidades graves ou socorros de emergência.
Quantas vezes não vos sujeitais a incómodos suadores para desintoxicação e equilíbrio térmico do corpo, enquanto doutras vezes tendes de ingerir purgativos desagradáveis ou receber cauterizações e choques eléctricos, para o retorno da saúde e o reajustamento do sistema nervoso!
No Astral, a morbose da alma também exige curativos e intervenções por vezes doloridas e até impiedosas, mas se trata da única maneira prática e científica de se poder remover a causa maligna da enfermidade espiritual, sob o regime da própria lei de correspondência vibratória, em que "os semelhantes atraem os semelhantes".

PERGUNTA: - Supondo-se que essas almas não pudessem ser submetidas à acção desses pântanos, quais seriam para elas as prováveis e resultantes consequências?
ATANAGILDO: - Suceder-lhes-ia o mesmo que deveria ocorrer convosco no caso de possuirdes dolorosos tumores pelo corpo, cujo alívio dependesse de urgente intervenção cirúrgica, para drenar a carga infecciosa, mas que vos fosse negada!
Sem dúvida, teríeis que sofrer incessantemente, e mais cedo ou mais tarde seríeis então obrigados a vos submeter a implacável e mais grave intervenção médica.
O mais sensato, portanto, seria opinardes pela intervenção dolorosa e não pelo prolongamento indefinido do sofrimento.
Se os espíritos intoxicados pelos venenos deletérios, produzidos pela mente desgovernada, ficassem dispensados desses pântanos curadores, teriam de vagar enlouquecidos, por dezenas ou centenas de anos, sem qualquer alívio ou progresso.
As toxinas que se produzem no exercício do psiquismo desregrado circulariam continuamente pela organização do perispírito, lembrando o efeito de um fogo líquido a percorrer as veias humanas.
Os charcos do astral inferior significam utilíssimas câmaras de esgotamento de substâncias deletérias, pois absorvem do perispírito todo o seu morbo terrível, que é produto do desregramento de espírito no trato com mundos físicos.

PERGUNTA: - Esses espíritos delinquentes são encaminhados directamente para as zonas dos charcos, à semelhança do que ocorre connosco no mundo físico, quando se providencia a hospitalização de enfermos?
ATANAGILDO: - Dá-se o contrário, visto que são atraídos naturalmente e não levados para essas zonas abismais e pantanosas, obedecendo ao princípio muito conhecido no mundo físico como sendo a Lei dos Pesos Específicos...
Não há necessidade de um serviço técnico especial, para transportar essas almas subvertidas às regiões com que elas se sintonizam por efeito natural da simpatia magnética dos seus perispíritos, assim como, devido à existência do elo magnético, se processa a atracção da limalha pelo imã.
Quando os espíritos encarnados preferem se atolar nas paixões e nos vícios degradantes, já são futuros inquilinos dos charcos astrais, pois o corpo físico é apenas a barreira que os protege provisoriamente, mas que não pode neutralizar o elo de simpatia magnética já existente para com a região inferior.
Sob a mesma lei vibratória, aqueles cuja vida na Terra se torna um hino de beleza e ternura já estão intimamente ligados pelo magnetismo elevado e subtil, que os impede de sintonizarem com os charcos nauseantes e ainda os afiniza às regiões de alta espiritualidade.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:33 pm

PERGUNTA: - Qual a ideia que poderíamos fazer dessas toxinas ou cargas infecciosas que existem no perispírito daqueles que se desregram no mundo físico?
ATANAGILDO: - O homem comum ignora que o seu envoltório de carne é apenas a materialização grosseira do seu próprio molde perispiritual e que preexiste ao nascimento físico.
Embora seja de matéria mais subtil e plástica, é o verdadeiro sistema energético que realmente obedece ao comando directo do espírito.
Usando de um exemplo simples, em que a viatura, o cavalo e o condutor simbolizam respectivamente o espírito, a energia e a matéria; em outros termos: o cocheiro representa o espírito, o cavalo a energia ou o perispírito, e a viatura o corpo físico. .
Quando o cocheiro pretende movimentar o carro, não é a este que ele chicoteia para fazê-lo mover-se, porém fustiga o cavalo, que é o que realmente move o veículo.
Da mesma forma, quando o espírito acciona o seu corpo, não o faz directamente no seu sistema nervoso cerebral ou muscular, mas atua primeiramente no perispírito, que é o intermediário energético ou o mediador entre os dois planos, o qual, ao receber o impacto directo do pensamento ou da vontade da alma, reproduz essa ordem movendo o conjunto de carne e nervos.
O espírito projecta a sua ordem mental directamente sobre o seu veículo mais próximo que, neste caso, é o perispírito interposto entre ele e o corpo físico; o pensamento, como criação dinâmica, encontra no perispírito o seu fiel transmissor para o organismo carnal.
Este, por sua vez, é apenas um enorme agregado de entidades microscópicas, vivas, que se movem activamente sob o influxo da mente, que as sustenta coesas.
A alma vive saturada de elementos electromagnéticos, que ela mesma produz, os quais variam tanto em peso como em intensidade, podendo se tornar benéficos ou maléficos, conforme sejam os sentimentos e eis pensamentos produzidos pela natureza do espírito director.
Em consequência, o espírito é sempre um mundo em incessante intercâmbio de forças imponderáveis; ele atrai e repele forças benéficas ou maléficas; alimenta ou aniquila criações mentais de outros seres; acelera o seu campo mental elevando-o ao nível das inteligências superiores, ou então o abaixa vibratoriamente, atingindo os escaninhos escabrosos das almas enfermas e escravizadas ao magnetismo denso dos seus pensamentos daninhos e trevosos.
A harmonia mental e o equilíbrio evangélico nutrem as energias benfeitoras que circulam pelo perispírito, aumentando-lhe a luz e vitalidade, as quais, por força de sua alta vibração, também fluem para o meio exterior depois de utilizadas em nível mental superior.
Mas, quando a alma se degrada na prática de actos aviltantes e exaure suas forças para alimentar a violência ou a crueldade, ocorre um abaixamento vibratório tão nefasto, que se poderia descrever como sendo uma "carbonização" das energias astrais em torno do seu corpo fluídico.
No caso da harmonia mental, as energias circulantes representam o "maná" que nutre o espírito em sua dinâmica angélica; mas o desequilíbrio perturba as forças operantes e então surgem os resíduos cáusticos, que depois se depositam na delicadeza circulatória do perispírito, formando uma crosta ácida, coleante e viscosa, que corrói, sufoca e alucina.
Eis, então, as toxinas que os pântanos depois absorvem no serviço rude da cura espiritual, e cujo processo resulta em atroz sofrimento para a alma, assim como, no benefício das intervenções cirúrgicas do vosso mundo, a dor está presente mas sem representar a punição, do enfermo.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 19, 2021 7:34 pm

PERGUNTA: - Existem regiões especiais para cada tipo de sofrimento?
ATANAGILDO: - Embora a alma desencarnada possa se servir das energias e dos socorros que lhe vêm do exterior, o seu verdadeiro mundo é o produto exacto dos seus pensamentos, sentimentos e desejos.
No seio da vida cósmica, tudo se rege pela maravilhosa lei de atracção, pois a afinidade ainda é o segredo da mecânica celeste, visto que aquilo que é amor entre os seres torna-se coesão entre os astros.
Daí o motivo por que as criaturas se reúnem por simpatia entre si, tanto na ventura como no sofrimento ou na maldade.
Os charcos pestilenciais do astral inferior são zonas de "absorvência" curativa, que limpam o perispírito da sujeira tóxica que se lhe apega devido à malignidade psíquica.
O espírito vitimado por tais substâncias deletérias, além das dores atrozes e dos espasmos dantescos, que incessantemente o acicatam, ainda pode ficar privado da faculdade de se movimentar.
Então se faz necessária a drenação contínua dessa escória acumulada em demasia, produzida pela combustão das paixões aviltantes, do mesmo modo como se fosse preciso limpar o lodo das asas do pássaro aflito para voar.
Depois da desencarnação, verificamos surpresos que a mais subtil impressão mental do espírito, na carne, sempre gasta um "quantum" de energia que se transfere para a consciência em vigília no mundo físico, e por isso a subtilização ou condensação do perispírito depende do uso superior ou inferior dessa energia.
As almas se agrupam no astral inferior por afinidade de sentimentos; lembram, por isso, a afinidade existente entre os malfeitores do mesmo tipo, tão comuns no mundo material, que formam grupos especializados para a prática de determinados crimes.
Como há um padrão semelhante e uma disposição psicológica igual entre todos esses espíritos delinquentes, o que os obriga a, se reunirem por afinidade, podereis considerar as regiões inferiores como divididas em vales, sob cuja jurisdição purgam os suicidas, os invejosos, os avarentos, os caluniadores, os hipócritas, os luxuriosos, os ciumentos e cruéis.
Esses espíritos, além de se purgarem de seus males, evoluem nessa operação profiláctica porque, além da acção do meio absorvente, que os purifica, o Carma os obriga a atritos entre si mesmos, para resgate dos mesmos delitos e colheita do que semearam.

PERGUNTA: - Como poderíeis nos descrever, por exemplo, o sofrimento dos avarentos, nesses charcos do astral inferior?
ATANAGILDO: - A massa fluídica muito densa, desses vales, à semelhança de uma tela cinematográfica, materializa com facilidade os quadros mentais projectados por seus infelizes moradores, fenómeno que os torna mais infortunados ainda.
Desse modo, os avaros se digladiam em cruéis sortidas, porque revêem na tela do meio em que atuam as imagens alucinadas de sua cupidez e avareza.
O ouro, as moedas, as jóias e os valores titulares do mundo transfiguram-se na lama nauseante ou nos detritos repugnantes que os cercam.
Então esses espíritos torturados se debatem furiosamente no lodo repulsivo, tomadas de alienação, quais aves recém-engaioladas, ante o desespero de terem sido despojados dos seus tesouros, revividos na loucura astral, que os conserva num cruciante pesadelo!
Depois que passam as suas crises, muito parecidas às miragens enganadoras do deserto calcinante, sobrevêm-lhes, então, atrozes desenganos de natureza impressionante.
Depois, desenganadas pela miragem das coisas vãs, terminam caindo na realidade e verificam, estarrecidos, que as moedas cintilantes e as jóias cobiçadas transformaram-se no lodo viscoso e nos repugnantes detritos dos vales em que se revolvem enauseados!
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:50 pm

PERGUNTA: - Podemos pressupor que, após a desencarnação, a nossa visão poderá distinguir criaturas conhecidas nesses vales, se porventura ali estiverem padecendo?
ATANAGILDO: - Não só podereis identificá-las em sua personalidade humana, como presenciar as suas mais acerbas aflições mas, com isso, correreis o risco de captar as emanações pestilentas de suas auras profundamente intoxicadas...
Sem dúvida, existe profunda diferença entre as emanações perfumadas, provindas da rosa fragrante, e as exsudações repugnantes da carne apodrecida.
Pelo que tenha observado, acredita que nenhum heroísmo ou renúncia, no mundo físico, consegue suplantar a abnegação e o esforço incessante dos espíritos benfeitores, que deste lado baixam periodicamente aos charcos, a fim de libertar algumas almas vítimas de ciladas diabólicas e já merecendo o socorra abençoado, ou então para aliviar o espantoso sofrimento dos mais aviltados.

PERGUNTA: - Não será indiscrição indagar de vós qual o vale de sofrimento que mais vos impressionou no mundo astral, em seguida à vossa última desencarnação?
ATANAGILDO: - Embora a piedade já esteja morando em vossos corações é certo que, no Além, melhor vos ajustareis à compreensão da realidade benfeitora para com a mais dantesca expiação da alma.
No mundo físico, a ignorância da vida espiritual nos torna excessivamente sentimentalistas, pois desesperamos diante de certas tragédias, infelicidades e catástrofes que, fundamentalmente, são processos eficientes de cura e aprimoramento do espírito enfermo.
Devo esclarecer que, embora nas regiões pantanosas do astral inferior variem os aspectos de sofrimentos e a intensidade dramática em cada vale de expiação, na essência desses acontecimentos dolorosos o processo sempre faz convergirem os recursos para a cura psíquica e não corporal. Beneficiam-se, pois, tanto os avarentos, sob a sofrimento e as alucinações à cata dos seus tesouros provisórios, como também os egoístas, isolados no mais indescritível silêncio.
No âmago de todas essas almas, a dolorosa rectificação obrigatória é acelerado processo que só tende para o objectivo da cura do espírito.
Acresce que o serviço de socorro a que nos entregamos espontaneamente, em favor desses irmãos infelizes e vítimas de sua própria ignorância espiritual, nos condiciona psicologicamente à realidade benfeitora, nos acontecimentos dantescos, assim como o cirurgião terreno se acostuma, com o tempo, ao seu trabalho profissional, passando a executá-lo calma e eficientemente, certo de que, apesar do sofrimento inevitável, o paciente sempre será beneficiado.
Para melhor êxito nos nossos labores, somos obrigados a prestar auxílio a esses infelizes que vagam pelas regiões tormentosas de modo tal a não nos deixarmos dominar pelos compungimentos prejudiciais.
Embora possamos nos apiedar ante sofrimentos pavorosos, sabemos que a rectificação exige urgência pois, ao contrário, a índole maldosa desses sofredores lhes tomaria novamente o coração, levando-os a praticar outros desatinos e ainda gerarem piores sofrimentos para o futuro.

PERGUNTA: - Sob a vossa opinião actual, quais os delitos humanos que poderão causar maiores prejuízos ao espírito, quando desencarnar, criando-lhe situações as mais atrozes, para a devida rectificação espiritual?
ATANAGILDO: - É provável que a minha experiência pessoal não seja a mais credenciada para aferir valores no mundo astral; porém duas situações horrorosas, nos charcos, impressionaram-me vigorosamente, devido aos estigmas que se gravam no perispírito do desencarnado: a do suicida e a da nefanda profissão de "fazedor de anjos", ou seja a dos abortadores profissionais!
São crimes que geram as mais pavorosas situações no mundo astral inferior, assim como estigmatizam terrivelmente o perispírito para as encarnações seguintes, pois em ambos os casos se trata de crime contra a vida.
O suicida interrompe a sua existência, que devia aproveitar até o último segundo de vitalidade, visto que se valeu de uma oportunidade benfeitora para se encarnar, que poderia ser aproveitada por outro espírito também necessitado de nascer na carne.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:50 pm

Aquele que se suicida revive no astral as cenas que desenrolou sobre si mesmo, na hora da tragédia, ao romper os canais de vitalidade astral que o mantinham em ligação com a vida do corpo físico, devendo sofrer de modo bárbaro e, comumente, até o instante exacto em que deveria expirar de forma natural, na matéria, de acordo com o prazo previsto pelos ascendentes vitais do seu corpo físico.
Os abortadores profissionais são os maiores inimigos da vida e os piores carrascos das almas que se afligem para reencarnar.
É inimaginável a tortura do ser que perde a bênção de um corpo que lhe destinavam para o seu progresso na matéria e esquecimento do remorso de suas culpas anteriores!
Os infelizes "especialistas" do aborto mal sabem que estão depositando sobre os seus ombros um fardo dos mais horripilantes padecimentos, para sentirem seu peso depois que a morte os libertar do corpo físico!
Separados do corpo carnal que ainda os protegia contra a investida directa de suas vítimas, depois sofrerão os mais pavorosos sofrimentos pela turba de almas que foi impedida de renascer, devido à prática nefanda do aborto profissional.
Não encontro vocábulos para vos descrever o sinistro destino desses desgraçados, no Além, depois da morte do corpo físico.
Nenhuma força consegue protegê-los, e os seus algozes, depois de lhes proporcionarem toda sorte de torturas e pavores, os deixam esfrangalhados, como "trapos vivos", na figura dos personagens da mais horripilante novela jamais criada pela imaginação enferma de um Pöe ou Hoffmann!
Não desejo torturar a mente do médium, nem impressionar-vos com outros quadros dantescos que então passam a viver no astral inferior esses trânsfugas da vida espiritual, depois de passarem pela Terra como tenebrosas parcas ignorantes ou diplomadas que, por um mísero punhado de moedas, ceifam a vida na gestação materna.
Os abortadores profissionais exterminam vidas que foram criadas por outros, por cujo motivo o prazo de sua expiação ninguém pode determinar, pois isso dependerá muitíssimo do tempo que os seus adversários resolvam torturá-los no Além-túmulo, até se darem por bem vingados.
A linguagem humana não conseguiria descrever o que realmente sucede a esses espíritos infelizes que, depois de haverem curtido no charco purgatorial o seu psiquismo envenenado pelos crimes da vida carnal, ainda deparam com as medonhas e ameaçadoras cataduras daqueles que lhes vigiam os mínimos actos e espreitam-lhes os mínimos pensamentos, nenhuma réstia de luz os alcança porque, devido à natureza do lodo que lhes agrega à delicadeza do perispírito, precipitam-se naturalmente em regiões, impregnadas do mesmo magnetismo de que também são portadores.
Mesmo a luz que a vontade angélica lhes projectasse das regiões superiores ser-lhes-ia inócua, em face da substância denegrida que lhes fica aderida ao corpo astral.

PERGUNTA: - Qual a natureza do sofrimento desses espíritos "fazedores de anjos" ou profissionais de aborto, quando se situam nos charcos purgatoriais?
ATANAGILDO: - Eu os tenho visto na mais horripilante situação de miséria e estigma espiritual, a que foram condenados pela sua própria tarefa nefanda de extinguir vidas humanas em sua fase embrionária.
São adversários da vida, que passaram pelo mundo físico nas figuras de médicos, enfermeiros, parteiras ou charlatães, a destruir tenros corpos concepcionado para a encarnação de almas aflitas, do Espaço.
Tais espíritos assumem no astral aspectos inexpressivos e deformados, espécie de massas gelatinosas e teratológicas que se arrastam por um solo negro e viscoso, deixando sulcos e se movendo dificultosamente na forma de larvas humanas.
Apenas se lhes percebe, no olhar apagado e nos esforços espasmódicos para se moverem, uma réstia de chama da mesma vida que tanto subestimaram.
Excepto a fisionomia torturada, que lhes dá um aspecto bovino e apalermado, o restante dos seus corpos não apresenta forma humana conhecida; lembram mais um verme gigante que se arrasta no solo entre cruciantes esforços, tentando se desenvolver ou se libertar da viscosa armadura que o prende.
O olhar percuciente de um obstetra terreno verificaria, estarrecido, que essas infelizes criaturas estigmatizadas pelo horroroso ofício de destruir a vida em gestação reproduzem, no astral inferior, a forma viva e ampliada de gigantesco feto, encimada por uma cabeça humana deformada!
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:51 pm

PERGUNTA: - E quando esses espíritos se reencarnarem novamente, na Terra, apresentarão porventura estigmas deformantes na sua forma física?
ATANAGILDO: - Eles não poderão se furtar à imposição de reproduzir na matéria terrestre algo das deformações neles estereotipadas no Astral pelo poder da mente subvertida e aviltada na prática ignóbil a que se entregaram.
Nascerão em corpos constituídos de carnes moles e gelatinosas, como verdadeiros trapos vivos, com um sistema nervoso completamente atrofiado pela força negativa da própria mente que tanto combateu a vida nascente.
Passarão a existência atirados em cestos, caixotes, ou mesmo em berços ricos, com as fisionomias marcadas por um ar idiota; mais parecerão retratos inacabados, como se lhes houvesse faltado o último impulso da vida no derradeiro momento de tomarem a forma humana.
Quantas vezes não os encontrais amontoados, como fardos vivos que tanto despertam em vós sentimentos de piedade como também certa repulsa instintiva, por pressentirdes ali a alma que no passado empregou todos os seus esforços e conhecimentos para desempenhar o trabalho nefando de seccionar o fluxo de vidas humanas!

PERGUNTA: - E qual o tempo de permanência dessas almas delinquentes nos charcos depuradores?
ATANAGILDO: - As almas vítimas dos seus desejos impuros, pensamentos torpes e paixões aviltantes, permanecerão num sofrimento tão longo e acerbo, quanto sejam o tempo e o vigor necessários para se drenar a energia repugnante que lhes aderiu ao perispírito. Uma certa parte poderá ser escoada nos charcos e nas regiões abismais inferiores, como vos expliquei, enquanto a outra parte poderá ser aliviada pelos técnicos benfeitores, assim que a alma fizer jus à assistência espiritual.
Inúmeros estabelecimentos hospitalares e núcleos de socorro, existentes nas adjacências das regiões astralinas inferiores, servem devotadamente a todo espírito que deseje se renovar e ingressar nas hostes dos servidores do Bem.
Algumas almas, embora ainda não se encontrem libertas de suas terríveis aderências perispirituais, aceitam tarefas sacrificiais de socorro a companheiros em piores situações, de cujo esforço e abnegação cria-se-lhe o merecimento de alívio e de assistência do plano mais alto.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:51 pm

Capítulo 24 - Aves e Animais do Astral Inferior
PERGUNTA: - Quando nos descrevestes o panorama do astral inferior, fizestes ligeira referência à existência, ali, de aves e animais.
Tratando-se de assunto que nos parece interessante, gostaríamos que nos explicásseis o tipo ou aparência dessas aves ou animais. Podeis fazê-lo?
ATANAGILDO: - Conforme vos disse, devido talvez à própria necessidade de sobrevivência e defesa nessas regiões tão apavorantes, predominam ali tipos de aves e animais de grande porte, muitos dos quais nos associam a ideia das formas grotescas e brutais dos animais pré-históricos apresentados nas estampas que conheceis.
Um dos tipos de aves que muito me impressionou no astral inóspito é bem semelhante ao corvo europeu, com a plumagem nigérrima e de uma tonalidade parecida à terra preta umedecida; difere da espécie dos urubus que conheci no Brasil, porque é um tipo de ave que emite gritos de tal estridência, que nos fazem pensar que um vigoroso gigante vive erguendo enorme malho de ferro e a bater brutalmente em trilhos de aço suspensos sobre a região sombria!
São gritos selvagens e penetrantes, como se alguém pudesse centuplicar o grito da araponga, muito conhecida nas florestas brasileiras e apelidada de "ave ferreiro", por possuir um canto bastante metálico.
Certas vezes o monstruoso grito lembra também a estridência do pio da gralha elevado a altíssimo potencial e com chocante dissonância aguda, capaz de ferir os ouvidos das criaturas mais insensíveis.
Além dessa ave de aspecto tenebroso, que lobriguei em' grandes bandos na região astral inferior, adjacente ao Brasil, também tenho observado, embora raramente, um outro tipo de ave milenária, que muito conheci em outras vidas pregressas vividas em Alexandria e Mênfis.
Trata-se de uma espécie alada, que era muito reverenciada como ave sagrada, comumente mumificada e resguardada em vasos riquíssimos sobre os túmulos dos sacerdotes e faraós egípcios.
E uma ave de pernas longas, tipo de cegonha, de longo bico recurvado e classificada nos compêndios terrestres caro a denominação de "íbis aethiopica".
A diferença principal entre a "íbis" sagrada dos egípcios e o tipo que geralmente encontro nas regiões sombrias do astral brasileiro está em que a ave habitante das margens do Nilo, ao tempo em que a conheci, era branquíssima em sua plumagem e somente eram negros os seus pés e as pontas das asas, enquanto que a espécie astralina é de configuração gigantesca, brutal e - completamente negra, com o bico de um pardo brilhante, despertando temerosa .impressão pelo seu voo, cujo planar lembra claramente o vampiro sanguissedento das lendas infernais.
Quando essa ave fende o ar, há um murmúrio agudo e tétrico nos galhos secos das árvores e nas folhagens mirradas, enquanto os insectos e animais pequeninos se movem apressadamente para se ocultarem nas fumas e grotões.

PERGUNTA: - Existem outras espécies de aves além desses dois tipos que mencionastes?
ATANAGILDO: - Segundo tenho verificado nas instituições astrográficas de nossa metrópole, onde se estudam a fauna e a flora do astral inferior, existem ainda outros inumeráveis tipos de aves, que estão sendo classificados pelos estudiosos e que melhor são apreciados através de um televisor de panoramas remotos, isto é, um aparelho electromagnético dotado de esferas de duas a três polegadas de diâmetro, controladas a distância, e que se movem pelos reinos inferiores, transmitindo os mais íntimos detalhes da paisagem entrevista sobre "écrans" esféricos e de substância leitosa, existentes em nossa metrópole.
Os mentores de nossa metrópole pretendem transmitir futuramente para a Terra algo dos estudos astrográficos que estão sendo empreendidos por diversos técnicos, a fim de melhor prepararem os encarnados para o conhecimento das formas exactas do mundo astral, mesmo quando ainda se encontrem no mundo material.
Embora se trate de paisagem inóspita e que infunde temor, torna-se preciso que o homem encarnado conheça esse mundo astral, em lugar de se cingir exclusivamente à leitura de fantasias dos escritores ficcionistas que, embora se aproximem da realidade impressionante, não sabem traçar roteiros benéficos nem semeiam esperanças para as almas apavoradas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:51 pm

PERGUNTA: - Qual o tipo de animal que mais comumente tendes encontrado nessas regiões inferiores?
ATANAGILDO: - Nas muitas excursões que tenho feito às regiões subcrostais, não só do Brasil como também da Ásia e parte da África, o tipo de animal que mais me chamou a atenção foi uma espécie de caprino gigantesco - tipo de cabra montês, muito comum nos Alpes suíços e também conhecidíssimo nas montanhas asiáticas e africanas - cujas pernas dianteiras são mais curtas do que as traseiras, enquanto possui cornos longos, muito fortes e curvados acentuadamente para trás.
Vi esses animais em pequenos grupos, com um aspecto terrivelmente ameaçador, e havia até fulgores diabólicos e sinistros nos seus olhos escuríssimos!
Eram monstruosos, peludos, de cor sépia, e possuíam compridas barbas que lhes caíam queixo abaixo, como um grande maço de estopa desfiada e cor de lama.
Deslocam o ar, em torno, quando se movem aos saltos bruscos, e deixam a mesma sensação de temor às demais espécies da redondeza.
Exalam um odor sufocante, que repugna e enjoa, exigindo hercúleos esforços para qualquer criatura poder se manter por algum tempo na proximidade de tais animais de aura tão repulsiva!
Não pude compreender o motivo por que, diante desses caprinos horríveis, senti no meu organismo a impressão de brutal cinismo e deboche!
Para os desencarnados que ainda desconhecem as tramas e a plasticidade da substância astral inferior, é muito fácil confundirem esses caprinos com certa falange de espíritos malfeitores e desregrados, das sombras, que se aproveitam da fraqueza ideoplástica dos religiosos "falecidos", que temem o Inferno e Satanás, para comporem cenas de tal monta fescenina, que não me é permitido sequer descrevê-las por alto, nestas comunicações!
Aliás no-lo informaram os mentores da nossa metrópole a degradação máxima do sexo sempre favorece a estereotipação, nas criaturas, de estigmas muito semelhantes aos daqueles caprinos, cujos movimentos sempre traem mórbidas e detestáveis expressões obscenas.
Finalmente, pude comprovar que as lendas ou as fantasias mais absurdas, criadas no mundo físico, se fundamentam nessas figuras horrendas que, depois de desencarnados, encontramos palpitantes de vida nas regiões do astral inferior.
Talvez dominado por tais impressões dantescas é que o homem terreno costuma pintar o Diabo com pés de cabra e chifres de bode.

PERGUNTA: - Justifica-se a existência de aves sinistras no astral inferior?
ATANAGILDO: - Seria o caso de indagardes, também, por que motivo existiram as espécies anti-diluvianas e os monstruosos dragões, dos quais o crocodilo é apagada reminiscência; ou, então, por que existem as moscas, os pernilongos ou os micróbios. Para mim, que não tenho a preocupação de solver problemas criados por Deus e que escapam à minha visão comum, as formas exteriores são de pouca importância, pois o que nos deve interessar bastante são os objectivos a que nos conduz a inteligência espiritual que nos impulsiona do interior.
Só no mundo espiritual é que logramos entender o esforço técnico da espiritualidade, quando efectua incessantes ensaios, alguns até assustadores, como no caso dos animais pré-históricos, a fim de se originarem as espécies menores e cada vez mais progressistas.
No Além existem formas excêntricas que ainda aguardam época apropriada para se materializarem na crosta terráquea ou noutros orbes mais primitivos, assim como outros tipos exóticos que, no entanto, os compêndios humanos consideram extintos na Terra.
Se tentardes examinar todas as espécies animais da Terra e quiserdes justificar a sua existência, também haveis de perguntar porque existem o jacaré, o rinoceronte, o hipopótamo ou a sucuri!
Aparentemente, não se justifica a existência desses animais, porque o homem só considera útil aquele que lhe fornece um bom bife, um churrasco no espeto ou o couro para as bolsas, sapatos e outras coisas do seu uso pessoal.
A tartaruga não parecia ser útil à humanidade terrena, mas o homem descobriu nela óptimas qualidades que, depois, terminaram elevando-a à categoria de coisa excelente criada por Deus, pois ela lhe fornece ovos e também uma apreciável sopa requintada, nos restaurantes mais elegantes da cidade.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:51 pm

O crocodilo que, até ao século findo, não passava de feroz sáurio inútil, reabilitou-se ultimamente, quando se pôde verificar a importância do seu couro para a feliz combinação da bolsa com o sapato e outras exigências do epicurístico capricho feminino.
Ainda existem muitos outros animais tidos por inúteis e ferozes, tais como o tigre, o leão ou o lobo, que o homem destrói, a ferro e fogo, porque não possuem carne apropriada à delicadeza do paladar humano.
As aves do mundo astral, que também parecem inúteis e ignóbeis à vossa compreensão humana, obviamente atendem a salutares objectivos ditados por Deus e que nós ignoramos.

PERGUNTA: - Então se poderá atribuir alguma função ou predicados úteis a essas aves monstruosas do astral interior?
ATANAGILDO: - Aqui, a Lei ainda é a mesma que rege os fenómenos da "descida" da energia e a sua consequente materialização aí no mundo físico.
Embora variem os planos vibratórios, a Lei permanece imutável e original no seu determinismo criador.
As coisas se transformam, aperfeiçoam e evoluem ou, então, se petrificam e estacionam no tempo.
O astral inferior é imensurável cadinho de forças agressivas e de formas em contínua ebulição renovadora, mais se assemelhando a um rústico e vigoroso laboratório situado exactamente no limiar da vida física e da existência angélica.
Esse mundo selvático e prenhe de forças prepara os elementos e as formas originais para descerem ao berço primário da vida terrena, assim como, depois, drena e purifica os tóxicos mentais e psíquicos dos desencarnados enfermos, ajudando-os a se elevarem para as esferas mais formosas.
É também a alfaiataria que costura as formas carnais para os espíritos que descem à matéria, assim como, no seu retorno desencarnatório, funciona como um tanque que lava e passa os seus trajes sujos.
Algumas situações demasiadamente pavorosas, de rectificações espirituais, lembram o efeito do nitrato de prata quando usado para cauterizações das chagas físicas.
Essas espécies gigantescas, que voejam sinistramente entre a vegetação apavorante das regiões do astral inferior, cumprem a tétrica tarefa de "transformadores vivos" de energias deletérias do meio tão nocivo.
Aquilo que os espíritos do Senhor teriam que executar sob o mais lúgubre e heróico sacrifício, essas monstruosas aves e outros tipos de animais extravagantes executam a contento, deglutindo todas as formas de elementais perigosos e daninhos, que se produzem nas mentes enfermas e diabólicas.
No mundo físico, a minhoca, o sapo, a lagarta, e principalmente o urubu, são valiosos cooperadores da lavoura; propagam as sementeiras e destroem as substâncias corrompidas., saneando o ambiente da vida humana.
O astral inferior que rodeia a atmosfera terráquea, como já vos lembrei, é um vasto reservatório de detritos mentais criados pela invigilância da humanidade encarnada, em perigosa simbiose com os génios das trevas.
Graças às aves e aos monstros que também vivem nessa tormentosa moradia, essas criações mentais nocivas são incessantemente devoradas, tornando-se possível, então, manter o equilíbrio necessário para o prosseguimento da vida astralina e a manutenção vital e instintiva da vida física.

PERGUNTA: - Quando penetrastes no astral inferior, já sabíeis quais eram as funções dessas aves tenebrosas?
Poderíamos conhecer quais as vossas primeiras impressões diante desse acontecimento?
ATANAGILDO: - De princípio, estremeci, surpreso, diante desses monstros, cujo voo vampiresco aterraria o homem mais corajoso e desafiaria a mais experimentada e fleugmática visão humana! Indaguei de mim mesmo o motivo da existência dessas aves e a razão de suas horríveis formas, que bem podiam imitar as figuras de todas as estampas tenebrosas da Terra.
Eu não tinha dúvida de que tratava de aves destinadas a um cenário infernal, cuja espantosa voracidade fazia desaparecer instantaneamente tudo que lhe caía à frente.
Mas ainda ignorava sua benéfica função de gigantescos transformadores da vida nociva inferior quando dão sumiço ao lixo e às criações delituosas que provêm do caos das paixões desenfreadas da maior parte da humanidade terrena.
Essas aves devoram e transformam, nos fornos crematórios de seus avultados estômagos, as larvas, os elementais, os duendes perigosos, os rebotalhos e os combustíveis repelentes que se produzem, se agregam e encorpam por efeito da projecção desregrada da mente humana, na substância astral.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:52 pm

PERGUNTA: - Existe alguma função especializada para cada tipo ou variedade dessas aves ou animais do astral inferior na desintegração das forças e substâncias perigosas produzidas pela mente dos homens?
ATANAGILDO: - O espírito observador não tarda em identificar a sabedoria e harmonia- do Criador, que mantêm o equilíbrio da vida por meio das próprias formas e energias opostas.
A poesia e a utilidade caminham juntas no serviço benfeitor da criação; enquanto o beija-flor suga o néctar das flores, que é a sua iguaria predilecta, o urubu faminto se serve da carniça e se torna o sanitarista do ambiente empestado.
É por isso que os seres dantescos do mundo mórbido, do astral, também variam em sua preferência nutritiva pelas formas deletérias que se produzem pelo pensamento e pelas paixões desregradas do homem.
Enquanto o apetite de certas aves do astral se satisfaz com substâncias de um tom pardo, terroso e com viscos arroxeados, produzidas pela cobiça, ciúme ou cupidez, outras preferem alimentar-se com rebotalhos repugnantes de formas negras e interceptadas de fulgores chispantes, que se criam pelas expressões violentas do ódio, da cólera e da irascibilidade dos encarnados.
Mais tarde também notei um tipo alado, muito parecido ao urubu-rei terrestre, de cabeça calva e de aspecto chocante à primeira vista, e que, depois de sua mórbida refeição, se entregava a um mover febril das asas, quedando-se depois na atitude de ave enferma.
Quando posteriormente estudava as aves do astral inferior, os preceptores me informaram de que aquele tipo de ave lerda, de olhar fixo e enfermo, só devora as configurações mentais produzidas pelas almas encarnadas ou desencarnadas que também são enfermas, melancólicas e desesperançadas, principalmente as que nutrem ideias de suicídio.
Naquelas furnas e grotões aterradores, do astral inferior, diante das expressões mais horripilantes que a imaginação humana possa criar, a mãe Terra age em favor da mais breve angelitude de seus próprios filhos!
Servindo-se daqueles repulsivos "transformadores vivos", os faz operarem sob o controle da lei benfeitora, para higienizar o meio e impedir o desenvolvimento das formas perniciosas e ofensivas aos seus próprios criadores humanos.

PERGUNTA: - Há zonas preferidas pelos animais ou aves do astral inferior, assim como acontece com as espécies da Terra como, por exemplo, o urso branco, prefere o pólo, o leão, ama a floresta ou o tigre vive nas matas?
ATANAGILDO: - As espécies da fauna do astral-inferior, em obediência à lei específica do magnetismo mais afim aos seus tipos, sempre se conservam nas regiões ou zonas em que também se depositam as substâncias mentais perniciosas, de sua preferência nutritiva.
Assim, há tantas variedades de animais, répteis e aves astralinas quanto seja a produção dos vários tipos de substâncias denegridas das mentes humanas.
De acordo com a psicologia dos povos terrenos, cada raça apresenta em particular uma tendência colectiva mais elevada ou mais nociva, tudo dependendo da virtude ou da paixão predominante em seu seio.
Há povos cuja índole fundamental é a ociosidade; num é a fúria belicosa; noutro é a sensualidade, a hipocrisia, a inescrupulosidade, a cupidez ou a vingança, como se fossem criaturas dominadas por uma só paixão.

PERGUNTA: - Quais são as formas elementais repulsivas, preferidas por aqueles caprinos de que falastes há pouco?
ATANAGILDO: - Certa vez foi-me dado encontrar esses repelentes caprinos aglomerados exactamente nos lugares e zonas astrais do vosso país onde mais se praticam as orgias lúbricas, as festividades licenciosas e se alimentam os vícios que mais deprimem a conduta sexual humana.
Eles devoravam dantescamente certas emanações larvais de uma forte cor rosa-escuro e sujas, bastante salpicadas de tons vermelhos, que formavam nódoas violáceas sobre um fundo de sangue pisado.
Eram formas exóticas que fluíam incessantemente, parecidas a baforadas lerdas de fumo, assumindo configurações aracnídeas, que se moviam de modo grotesco e se fragmentavam novamente, curvando-se nas pontas como ganchos ameaçadores e retorcidos.
Algumas vezes mais se pareciam a gigantescas amebas munidas de pés que se torciam em movimentos espasmódicos, enroscando-se sobre si mesmas, para depois se adelgaçarem sob um invisível comando de pervertida sensualidade, que fluía das mentes humanas para a intimidade do mundo astral.
Sob o dinamismo activado pelas ondas de pensamentos e desejos torpes dos desencarnados, ainda surgiam outras formas gelatinosas, que se tornavam repasto predilecto para os caprinos astrais, pois sua alimentação preferida é baseada nas emanações psíquicas mentais da luxúria e da perversão das funções criadoras da humanidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:52 pm

Esclarecimentos de Ramatis

25 - A Obsessão, suas Causas e Efeitos
PERGUNTA: - Não há exagero na afirmativa de que as criaturas vítimas de alienação mental não passam, em sua maioria, de obsidiadas por espíritos maus?
RAMATIS: - Uma das questões mais dolorosas e de difícil solução para os espíritos benfeitores é justamente a referente à obsessão, pois não há número suficiente de espíritos adestrados para solucionarem completamente esse problema tão complexo.
A humanidade terrícola, por sua vez, aumenta assustadoramente as oportunidades delituosas, o que ainda auxilia a execranda actividade obsessora das entidades trevosas, sobre a Crosta.
Não há exagero em se afirmar que a maior percentagem de alienações, no mundo terreno, ainda é fruto das forças destrutivas e obsessoras, muitíssimo favorecidas pelo descaso evangélico do próprio homem.
Afora os casos naturais, de lesões cerebrais, todas as alienações de ordem mental se originam directamente do desequilíbrio da própria alma.
Toda alma desequilibrada se torna um repasto fácil para os desencarnados viciosos e vingativos, que agem ardilosamente do astral inferior.
Os obsessores tanto agem por sua conta própria, exercendo suas vinganças e explorando os incautos terrenos, como também desempenham encargos e "missões" vingativas, em serviço alheio, aceitando a função execrável de instrumentos de desforras de outros.
Esses espíritos malfeitores revezam-se em suas próprias crueldade, e vinganças, num trabalho recíproco, organizado e incessante, que exercem do Além sobre os encarnados, contra os quais tramam as mais hábeis artimanhas diabólicas, através da orientação técnica é experimentação dos veteranos.

PERGUNTA: - Por que há falta de espíritos capacitados para atenderem aos casos de obsessões?
Porventura, seria preciso no Astral algum curso especializado ou de preparo técnico para o êxito desse mister?
RAMATIS: - Se as próprias organizações diabólicas, do astral inferior, disciplinam a sua acção nefasta e possuem cursos que ministram ensinamentos astuciosos, preparando espíritos sagazes para o domínio e a exploração das criaturas débeis de vontade e escravas das paixões animais, por que o serviço do bem, que ainda é mais complexo e delicado, também não deveria possuir as suas instituições adequadas, para melhor êxito de sua acção?

PERGUNTA: - Esses cursos supervisionados pelos espíritos benfeitores são algo parecidos com os sistemas ou métodos usados nas escolas terrenas?
Podeis nos dar algum esclarecimento a respeito?
RAMATIS: - São cursos de estudos inteligentíssimos e incessantemente progressivos, baseados no conhecimento avançado da anatomia e fisiologia do corpo humano e sobre as mais subtis manifestações do sistema nervoso e endócrino, a fim de se conhecerem todas as vulnerabilidades e os efeitos orgânicos que resultam nas vítimas das obsessões.
Os espíritos que se devotam à cura de obsidiados tanto precisam conhecer a natureza das emissões magnéticas que podem beneficiar as vítimas das obsessões, como também as energias venenosas produzidas por esse processo vil durante o mórbido entrelaçamento entre o cérebro perispiritual e o cérebro físico.
Esses cursos, esquematizados por geniais cientistas siderais, requerem almas corajosas e de vontade bastante desenvolvida, que aliem ainda a estas qualidades excepcionais os mais elevados sentimentos de bondade, tolerância, e pureza de intenções.
Em face dessas exigências fundamentais, torna-se dificílimo conseguir-se o número suficiente de equipes especializadas para neutralizarem definitivamente a nefasta acção dos Espíritos vingativos sobre os encarnados.
É serviço de vulto, que já teria desanimado completamente outras criaturas que não possuíssem o heroísmo e a perseverança das almas benfeitoras das comunidades superiores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:52 pm

Quase nada se pode fazer quando tanto os desencarnados como os próprios encarnados se enleiam perigosamente nas malhas de suas paixões denegridas, permanecendo durante séculos a se vingarem reciprocamente, manietados à mútua expiação obsessiva e atravessando existência por existência nessa dolorosa e execrável flagelação.
E assim o detestável círculo vicioso prossegue; ora, os que assumem a figura de algozes. e vingadores exploram suas vítimas, certos de sua desforra; ora, estas se compensam sugando até a última gota as forças vitais e psíquicas dos seus desafectos do passado!

PERGUNTA: - Mas se houvesse número suficiente de técnicos ou de servidores para atender aos casos de obsessões, solucionar-se-ia imediatamente esse problema tão doloroso, no Além?
RAMATIS: - Ele não seria solucionado de modo tão rápido, porque muitas das vítimas e dos algozes que se acham mútua e obsessivamente enredados pelos laços do ódio e da vingança, ainda requerem alguns lustros para que então se efectue a sua libertação espiritual.
Embora a Lei Cármica - que disciplina todas as acções de causa e efeito para a Ventura Espiritual - tenha uma técnica e seja um processo inflexível na sua execução, são as próprias almas culposas que marcam realmente o seu tempo de funcionamento, para a devida rectificação psíquica.
É de lei sideral que, aquilo que for atado na Terra, também nesta deverá ser desatado!
Os mentores e os técnicos espirituais não podem intervir e violentar drasticamente esse círculo vicioso de mútua obsessão entre os terrícolas, ainda incapazes da humildade e do perdão, e que o reforçam com a vaidade, o orgulho, o ódio, a crueldade e a vingança, distanciados, como estão, da terapêutica evangélica criada por Jesus.
Considerando-se que o obsessor e o obsidiado são dois enfermos que se digladiam mutuamente em terrível crise de amargura gerada pelo ódio ou pela vingança, é óbvio que o tratamento mais eficaz exige que sejam drenados os tóxicos que lhes corroem a intimidade psíquica, para que depois se possa substituí-los pelo bálsamo abençoado que provém do amor e do perdão.

PERGUNTA: - Mas já temos comprovado algumas curas de obsessões, graças a trabalhos realizados por falanges de silvícolas e africanos, que empregam para esse fim um sistema vigoroso e decididamente correctivo.
Em alguns casos, devido apenas à realização de dois ou três desses trabalhos, foram afastados obsessores renitentes que, havia alguns anos, desafiavam os recursos comuns das doutrinações!
O aproveitamento dessas "tropas de choque", no Além, não poderia resolver a maior parte dos casos de obsessões, reduzindo a vultuosidade de tão angustioso e complexo problema?
RAMATIS: - É prematura qualquer intervenção compulsória no mecanismo dá obsessão, sem que haja sido iniciada a reforma íntima, e espiritual, ou do obsessor ou do obsidiado, pois isso seria o mesmo que tentar afastar as moscas de um prato com mel que
está ao seu alcance.
A retirada obrigatória do espírito obsessor, de junto de sua vítima, não resolve problemas obscuros, cujas raízes podem estar fixadas há muitos séculos, num passado repleto de tropelias e crueldades recíprocas!
Esse processo mais se assemelha ao efeito da injecção calmante no corpo físico, que pode contemporizar o efeito doloroso, mas não soluciona a causa oculta da enfermidade.
Em todas as comunidades do Além, que se dedicam às tarefas benfeitoras de cura e tratamento desobsessivo, só se emprega uma "técnica espiritual" o despertamento incondicional do Amor!
Seguindo os passos e o exemplo de Jesus, que se entregou até em holocausto na cruz torturante, também cuidamos de curar todos os sofrimentos cruciantes das almas embrutecidas aplicando-lhes a mesma terapêutica do amor incondicional, que é capaz de conquistar os corações mais empedernidos.
O amor não se impõe pelo palavreado rebuscado nem pelo gesto compungido; para ser profundo, há de ser sentido e ofertado vivamente pela angústia de servir, pois não sendo assim desintegra-se na crosta dos corações duros.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:52 pm

PERGUNTA: - Sob a vossa opinião pessoal qual seria o processo mais eficiente para o tratamento da obsessão?
RAMATIS: - Os mentores espirituais de alta experimentação sideral acham que só existe uma solução lógica e sensata para esse acontecimento confrangedor:
converter simultaneamente o obsessor e o obsidiado aos postulados amorosos do Cristo!
Como já disse, pouco adianta afastar espíritos perseguidores e impedi-los de se aproximarem de suas vítimas, pois esse processo, violenta, mas não soluciona a execução da lei de "causa e efeito"; a solução do problema fica em suspenso e, sem ela, a "enfermidade" espiritual voltará da mesma forma como voltam as moscas às feridas logo depois de enxotadas.
Em breve, obsidiado e obsessor envolver-se-ão novamente através dos velhos laços do ódio insatisfeito e ainda superexcitados pelo desencarnado, enquanto o perseguido também vibra contra o seu algoz das sombras.
A cura requer o desatamento espontâneo das algemas que os prendem há longo tempo, e isso só será possível pela força do perdão e da humildade.

PERGUNTA: - Quais são os tipos de instituições que conheceis no Espaço como responsáveis pelo aprendizado e preparo de espíritos destinados a atender os casos de obsessões?
RAMATIS: - Os cursos especializados para se atenderem aos casos graves de obsessões e fascinação dos encarnados funcionam quase sempre nos departamentos de auxílio espiritual, localizados no seio das instituições reencarnatórias.
Futuramente, os psiquiatras da Terra poderão também aplicar grande parte dos tratamentos espirituais ministrados no Espaço, quando se convencerem de que os principais fundamentos da cura psíquica são os ensinamentos evangélicos de Jesus - na realidade, o verdadeiro Médico da Alma!
Os estabelecimentos de tratamento de psicopatas, situados na Terra, falham consideravelmente nos seus tratamentos clássicos, porque pretendem solucionar problemas emotivos - que se enraízam na concha do coração e algemam as forças do espírito - usando dos recursos draconianos da terapêutica indistinta à base de electricidade ou de hormônios.
É certo que os choques eléctricos ou as intervenções medicamentosas violentas conseguem às vezes sustar a marcha da loucura ou manter algo desperto o enfermo, pois o processo superactiva temporariamente as células cansadas.
Mas o problema secular ou milenário da enfermidade espiritual há de continuar a desafiar esses recursos, uma vez que apenas contemporiza mas não se soluciona a situação.
A aplicação de choques consegue proporcionar alguns momentos de razão ao obsidiado ou protelar a crise fatal, devido ao despertamento súbito das células cerebrais e à trepidação do sistema nervoso, que então se desoprime da acção obsessiva do perseguidor oculto nas sombras do Além.
Mas isso não conseguirá impedir que, logo depois, ou ainda mesmo em futura encarnação, o espírito enfermo passe a reproduzir novamente os mesmos sintomas ou efeitos mórbidos.
O asilo de doidos, na Terra, ainda desconhece que, acima da terapêutica química ou técnica do mundo material, há um tratamento mais eficiente e miraculoso, que é a transfusão do amor!
Por isso, nos cursos de cura de obsessões, que funcionam nas comunidades astrais, embora os alunos se devotem a avançado conhecimento psicológico espiritual e cientificamente transcendental, primeiramente cuidam de todos os anelos superiores do sentimento do espírito imortal, para que o êxito da cura das enfermidades psíquicas seja melhor conseguida pela terapia elevada do Amor.

PERGUNTA: - É evidente que o mais obstinado em manter esse círculo vicioso é sempre o obsessor livre no astral; não é assim?
Não lhe cumpria ceder em primeiro lugar, uma vez que está ciente da imortalidade e das futuras consequências de seus actos?
RAMATIS: - Nem todos os obsessores têm consciência de suas tarefas nefandas ou vinganças impiedosas; muitos deles não passam, também, de loucos ou desesperados, que se agarram vigorosamente à vítima indefesa, como o parasita adere ao caule da árvore em crescimento, atendendo ao sagrado direito de tentar a sua sobrevivência.
A esses espíritos é melhor que seja dado o tratamento do amor e da ternura espiritual, aliviando as suas dores acerbas e as torturas psíquicas, muito antes de se pretender enxotá-los de junto dos invigilantes encarnados que os atraem continuamente pelos seus próprios vícios e ociosidade espiritual.
Algoz e vítima, ambos doentes, pedem a mesma medicação que o Sublime Jesus receitou sem rebuços:
"Faz aos outros o que queres que te façam!"
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:53 pm

PERGUNTA: - Como poderíamos compreender mais claramente esse roteiro de estudos, estabelecidos pelos cientistas siderais no Além, para o serviço de cura de obsessões?
RAMATIS: - Os seus quadros didácticos, com as suas complexas experimentações, escapam ainda à leitura comum, e exigiriam exaustivo compêndio para o vosso conhecimento, e com isso ultrapassaríamos o tempo e os objectivos destas singelas comunicações.
Já há na Terra uma literatura mediúnica que fornece elucidações a respeito e indica as preliminares mais eficientes para solução desses problemas habilitando-vos incessante e progressivamente a conhecer como devem ser encarados.
Por isso, não desejamos parafrasear ou repetir aquilo que já vos foi dito mediunicamente, com mais eficiência e clareza de exposição.
Os espiritualistas encarnados que pretenderem lograr êxito na solução dos casos de obsessão precisam conhecer melhor os principais sistemas orgânicos que constituem o corpo físico, bem assim se especializar no conhecimento da complexa fisiologia do perispírito.
É necessário que se investiguem atenciosamente todos os fenómenos que, durante as obsessões, provocam a desarmonia entre o veículo físico e o perispírito.
Na possessão completa, em que o algoz e a vítima se entrelaçam através de inextricável rede fluídica, constituindo a ponte ou elo responsável pela troca recíproca de sentimentos, emoções, pensamentos e impulsos psicológicos, não basta localizar o acontecimento apenas no quadro patológico da obsessão já conhecida, mas é preciso que sejam identificadas perfeitamente as inúmeras subtilidades e diferenças psíquicas pessoais, que variam sempre de caso para caso, embora aparentemente semelhantes entre si.
Cada processo de obsessão apresenta um conjunto de manifestações individuais distintas, porquanto cada alma é um mundo a parte, oferecendo reacções diferentes entre todos os espíritos.
Daí, pois, a necessidade de se aliar ao sentimento amoroso, fundamental, o conhecimento científico, embora na cura espiritual o "saber" ou a "técnica no agir" sejam factores secundários ao "sentir", que encerra a técnica de amar e servir.

PERGUNTA: - A fim de que pudéssemos comprovar o que afirmam algumas leituras mediúnicas, valendo-nos das indagações que temos feito sobre o assunto, gostaríamos de saber se o estudo científico da obsessão no mundo astral, apresenta melhor resultado quando feito por espíritos que foram médicos na Terra.
Podeis atender-nos?
RAMATIS: - Evidentemente, os melhores trabalhadores que no mundo astral se dedicam ao tratamento da obsessão são justamente aqueles que ainda conseguem unir os seus elevados sentimentos ao tirocínio médico sensato, que cultivaram com devotamento na Terra. Em virtude dos seus conhecimentos avançados de anatomia e fisiologia carnal, eles encontram maiores facilidades para estudar as "contrapartes" etéricas do perispírito e das matizes astrais do corpo humano.
O cérebro de carne, que comanda as funções do organismo físico, não passa de uma cópia bem acanhada do cérebro do perispírito, que é o verdadeiro responsável pelo admirável mecanismo das operações mentais.
Embora o "duplo", ou seja a cópia ou a duplicata perispiritual do cérebro físico funcione em outro campo vibratório sutilíssimo, como o é o mundo astral dos desencarnados, ele possui contornos e detalhes ainda mais perfeitos e preciosos que os do cérebro do homem encarnado.
Por isso, o médico ou o homem que conhece satisfatoriamente a anatomia e fisiologia do corpo humano se integra com mais facilidade nos cursos de anatomia perispiritual, tornando-se mais competente para operar e servir no campo das obsessões.
O cérebro do perispírito, embora estruturado com substância subtil, também se apresenta com os dois hemisférios característicos e sulcados pelas circunvoluções tradicionais configuradas pelos lobos, convenientemente separados entre as cissuras da massa encefálica. Mesmo o seu mecanismo orgânico, no plano "etéreo astral", guarda grande identidade com a própria função dos centros motores, descrita nos compêndios humanos, no tocante ao cérebro físico.
Mas a supremacia excepcional do cérebro do perispírito consiste em que, à semelhança de complexo aparelhamento eléctrico, jamais conhecido pelos olhos humanos, ele se transforma em verdadeira usina de força radiante, controlando as mais complexas operações exercidas pelo espírito e emitindo sinais luminosos, que variam tanto de zona para zona, como de lobo para lobo.
São bem grandes as diferenças do potencial radiante das criaturas humanas:
enquanto as almas mentalmente evoluídas emitem fulgurações luminosas nos lobos frontais, as desprovidas do conhecimento espiritual se tingem de sombras em torno da importante região frontal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:53 pm

Através de seu cérebro maravilhoso, talhado na substância astral e muito mais complexo e eficiente do que a sua cópia física, o espírito dirige e controla o seu perispírito, harmonizando o seu funcionamento de acordo com a qualidade dos seus pensamentos.
Quando estes são elevados, realçam a luminosidade dos centros criadores mentais, mas, quando de desregramento ou irritação, submergem a fronte diáfana na fuligem sombria das energias animalizadas.
O cérebro do perispírito lembra, também, o automatismo do cérebro físico no seu comando de todas as operações instintivas, que se subordinam às actividades do subconsciente e são produtos de esforço milenário da evolução do homem.
Em face da complexidade e pelo fato de sobreviver à dissolução do cérebro de carne, é sempre o instrumento mais lesado em qualquer acontecimento psíquico daninho, por cujo motivo exige que o estudem em cursos disciplinados no mundo astral, a fim de que se possa dar solução inteligente e definitiva aos processos obsessivos de que é vítima.
Esses cursos assemelham-se um tanto aos que são exigidos para os especialistas, nas instituições médicas da Terra, que só aceitam membros credenciados em cursos especiais, variando apenas quanto à exigência dos mais elevados sentimentos evangélicos, como base terapêutica principal para cura de obsidiados e conversão de obsessores.

PERGUNTA: - Gostaríamos de receber mais algumas explicações sobre a verdadeira natureza do cérebro perispiritual, pois estamos acostumados com a ideia de que é bastante possuir-se um cérebro sadio para também se gozar de faculdades mentais perfeitas. Estamos equivocados? .
RAMATIS: - É evidente que já haveis compreendido, através dos estudos espiríticos, que o corpo físico é o "efeito" e não a "causa" da vida psíquica; em rude exemplo, podeis compará-lo a um encorpado "mata-borrão", capaz de absorver todas as substâncias exaladas pelo psiquismo do espírito encarnado.
Do mesmo modo, a natureza das manifestações do corpo carnal depende fundamentalmente das funções do perispírito, pois este é realmente o verdadeiro molde ou o plasmador da configuração do organismo físico.
Em verdade, o perispírito suporta simultaneamente a carga da vida humana em dois planos diferentes: o físico e o astral, embora ambos estejam profundamente interpenetrados, tanto em sua origem como na produção de seus fenómenos.
É veículo preexistente ao nascimento e que, pelo fato de sobreviver à morte do corpo físico, é dotado de um energismo e produção vital muito intensos, que se disciplinam sob o seu inteligente automatismo milenário.
É o equipo mais completo e valioso do ser humano, significando a sua veste indestrutível e o seu arquivo inalterável, onde se conserva toda a memória da alma, acumulada no pretérito.
As células nervosas do corpo físico, além de suas propriedades e manifestações objectivas, são núcleos sobrecarregados de electricidade inteligentemente armazenada pelo perispírito.
Os neurónios não servem unicamente para atender o curso das sensações exteriores, mas são também responsáveis pelas mensagens que os neurónios perispirituais lhes transmitem, como fruto das impressões internas enviadas pela consciência do espírito.
Se são complexos os elementos físicos classificados pela ciência e que no cérebro carnal funcionam à semelhança de interruptores, fusíveis, condutores, condensadores e osciladores constituídos pelos "plexos", agrupamentos de gânglios nervosos e filamentos neuro cerebrais na área do sistema nervoso, muito mais importante e complexos são eles quando se referem ao cérebro do perispírito.
Este significa admirável estação radiofónica, submissa ao serviço da mente, e activada por indestrutível potencial de energias, ondas e emissões da mais alta frequência vibratória, o que presentemente ainda é inacessível mesmo à mais avançada instrumentação científica.
É central eléctrica, funcionando entre o plano invisível e o material, atendendo às mensagens que são captadas no campo da vida física, e expedindo as sugestões provindas do mundo interior do espírito.
Daí os múltiplos problemas complexos e dolorosos que oferecem os infindáveis casos de obsessões e fascinações pois, durante a execrável função obsessiva e a troca de poderosas energias magnéticas subvertidas, fica lesado o maravilhoso património do cérebro perispiritual, tornando-se infeliz depósito de venenos produzidos pela mente satanizada e o odioso desejo de vingança.
É por isso que nas instituições astrais, devotadas ao serviço de desobsessão, estuda-se o assunto desde a mais diminuta interferência mental, que varia potencialmente em cada obsessor quando atua sobre a região cérebro-nervosa de suas vítimas.
Na realidade, o cérebro do obsessor casa-se ao cérebro da vítima sob o efeito da mais degradante simbiose, e por isso o tempo de cura varia para cada caso, tanto quanto tenha sido a intensidade vibratória da influência maligna produzida pelo entrelaçamento obsessivo dos perispíritos do algoz e do obsidiado.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 6 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:54 pm

PERGUNTA: - Como nos informastes que os espíritos devotados às tarefas de desobsessão devem conhecer satisfatoriamente os segredos da psicologia humana, perguntamos:
Não basta o conhecimento técnico do perispírito, para se dispensar a necessidade de pesquisas do factor psicológico?
RAMATIS: - Se até os próprios espíritos malfeitores, do astral inferior, criam cursos de psicologia humana para se tornarem exímios identificadores das vulnerabilidades dos encarnados, seria bastante incoerente que os benfeitores espirituais desprezassem tal recurso, optando só pela técnica e pelo cientificismo das relações do perispírito com o corpo físico.
Trata-se de valioso e apurado estudo, imprescindível ao trabalho desobsessivo, para melhor se apurarem os sintomas psicológicos negativos, afins às manifestações da preguiça, cupidez, vaidade, orgulho, avareza, luxúria, ciúme, crueldade ou hipocrisia, que ainda se conjugam perigosamente ao cabedal de vícios, que completa a escravidão do ser humano ao pelourinho de sua própria desgraça.
Servindo-se desse potencial de forças negativas do homem encarnado, os perseguidores das sombras operam com êxito e formam elos favoráveis para servirem de algemas lançadas do mundo invisível sobre o mundo carnal.
Normalmente, o homem obsidiado é a criatura que amplia os seus defeitos ou um vício de origem que já dormitava potencialmente na sua intimidade psíquica e que eclode voluptuosamente sob o convite e desejos subvertidos do comando mefistofélico dos espíritos obsessores.
O vocábulo "obsidiado" encerra uma definição de sentido mais amplo, pois também define aquele que já se encontra dominado por um desejo veemente, uma ideia fixa, ou é vítima de impulsos violentos e incontroláveis.
O estado obsessivo pode ser proveniente da angústia implacável do homem para obter a todo custo um cargo público, um posto de destaque nas esferas sociais ou artísticas, da cupidez insofreável pelo prestígio político, a cegueira pela fortuna fácil ou a escravidão a uma paixão indomável.
O desgoverno psíquico, a teimosia incessante para se possuir algo a qualquer preço, também cria o estado obsessivo, diferindo apenas da obsessão espiritual pelo fato de que são os objectos, as ambições ou as sensações mundanas ou desagradáveis que então são tomadas como entidades obsessoras, até que, por fim, se forma o alicerce tão desejado, pua a eficiente e solerte investida dos perseguidores e gozadores das sombras.

PERGUNTA: - Podeis nos dar algum esclarecimento mais objectivo, do assunto?
RAMATIS: - Que é o fumante inveterado senão o obsidiado pelo fumo; o alcoólatra pelo álcool e o transviado pelos entorpecentes?
Há mulheres que exaurem as rendas copiosas dos seus esposos, para o culto exagerado e obsidiante do luxo e da vaidade pessoal; certos homens extinguem a própria fortuna obsidiados pelo amor-próprio ou pelo desejo de ganhar alguma acção judicial impetrada por qualquer banalidade ofensiva às suas convicções de honra e tradição de família!
Criaturas fortes, sadias e libertas de preocupações aceitam o jugo obsessivo da preguiça, esquecidas de empreender movimentos que dinamizem a alma no socorro à infelicidade alheia; homens sensuais cercam-se de bens, mas colocam a fortuna à disposição do prazer genésico, esquecidos de que, se só atendem às exigências do corpo, atrofiam a vitalidade psíquica.
Que é tudo isso, senão várias formas de auto-obsessão, que oferecem óptimos ensejos para que os malfeitores das trevas operem com êxito sobre infelizes que já perderam a sua liberdade e passam a viver algemados às suas próprias criações mentais fascinantes!

PERGUNTA: - Não poderia ser dispensado, nos cursos de desobsessão mantidos no Espaço, aquele estudo psicológico que dizeis ser tão necessário aos espíritos que os frequentam, considerando-se que todos eles devem ser capazes de ler os pensamentos dos obsidiados e obsessores, conforme no-lo informam certas obras de excelente origem mediúnica?
RAMATIS: - Se assim fosse, também não haveria necessidade de que os espíritos diabólicos, das sombras, frequentassem cursos, de psicologia humana, para rebuscarem as válvulas das debilidades espirituais das futuras vítimas de suas torpezas e vampirismos. Inúmeras contradições e subtilidades psíquicas, que escapam à percepção do espírito encarnado, os astutos das trevas conseguem explorar tão sorrateiramente, que só depois da sua desencarnação é que se consegue avaliar com indizível espanto o seu trabalho.
Trata-se de estados íntimos tão dissimulados no recesso do psiquismo humano, que somente não os ignora o homem dotado de profundo senso de autocrítica espiritual muito aguçada.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:54 pm

O homem terreno, devido à sua grande ignorância espiritual, ainda é muito influenciado pelo meio em que habita, e ao qual se apega com excessivo prejuízo para sua futura libertação.
Ele vive no cenário da Terra algo hipnotizado pelos seus interesses egocêntricos e paixões violentas; encarcera-se nas grades das prisões económicas, para cercar-se de bens que terá de abandonar à beira do túmulo, ao mesmo tempo que fica algemado ao sentimentalismo que o liga egoisticamente à parentela consanguínea.
Raras criaturas se decidem pelo reino do Cristo, tentando se libertar das formas do mundo material e reconhecer que a verdadeira família é constituída por toda a humanidade.
E, como o homem terreno ainda possui em sua estrutura psíquica fragmentos de todos os vícios e vulnerabilidades perigosas provindas da sua herança animal, fragilmente reprimidas pelas leis sociais, torna-se um débil instrumento que, habilmente explorador pode materializar na crosta a vontade pervertida dos espíritos inferiores.

PERGUNTA: - Qual a ideia que poderíamos fazer desses "cursos" de psicologia humana frequentados pelos espíritos das sombras?
RAMATIS: - Os comandos das trevas realizam estudos minuciosos sobre todas as tendências prejudiciais humanas, pesquisando as vontades fracas e procurando os escravos dos preconceitos e convenções mundanas, para depois vampirizá-los em sua vitalidade psíquica.
Muitas vezes eles organizam cuidadosos relatórios das prováveis vítimas a serem obsidiadas, examinando todas as suas reacções nos campos de sua manifestação física e natureza moral de suas reflexões inferiores.
Assim não lhes custa muito descobrir um desejo mais vigoroso ou imprudente, que possa servir como um "detonador psíquico" procurado para a concretização dos seus objectivos sombrios.
Esse desejo muitas vezes palpita como um ideal oculto no âmago da futura vítima, podendo ser uma ansiedade permanente por algum objectivo de auto-exaltação perigosa na esfera social, política ou no comando na vida, disfarçando talvez uma vaidade exuberante ou um orgulho implacável.
É algo persistente que domina pouco a pouco a criatura e supera todos os demais desejos e objectivos acidentais; desenvolve-se sub-repticiamente, à revelia do seu próprio portador.
Quantos tiranos, caudilhos, magnatas desonestos e vultos atrabiliários da história viram-se alçados rapidamente às posições mais perigosas ou prestigiosas do mundo, apenas porque descobriram a sua força e o seu desejo vigoroso oculto no subjectivismo da alma, e os atiçaram à medida que se formava o clima electivo para a sua eclosão definitiva!

PERGUNTA: - De que modo atuam os obsessores à procura desse desejo fundamental em cada criatura vítima de sua atenção malévola?
RAMATIS: - Os magos das sombras procuram conhecer o tipo do predominante desejo de cada criatura e a probabilidade de lhes servir como ponto de apoio para suas maquinações diabólicas ou desforras cruéis; examinam e distinguem, pouco a pouco, todos os pensamentos que inconscientemente podem ser produzidos por esse desejo oculto e ainda ignorado da própria Vítima.
Auscultam-na através de todos os seus empreendimentos e relações, assim como lhe proporcionam toda sorte de oportunidades e contactos com outras criaturas que possam actuar na mesma faixa vibratória e superexcitar aquele desejo oculto, até conseguirem a sua eclosão no mundo exterior.
A vítima vai despertando lentamente ao tomar conhecimento objectivo de sua excitação íntima que, embora vaga, é uma força condutora tentando orientar-lhe os passos para algum ideal, realização ou programa, absolutamente afim à sua índole.
Muitas vezes o passado influi vigorosamente na fixação do "desejo central", pois ainda vive na intimidade do indivíduo o eco das glórias faustosas, a força ardente das paixões calorosas ou então um certo gozo, que é um prolongamento da prepotência e do .comando tirânico de outrora sobre os homens.
Quando o espírito já alimenta propósitos melhores na actual existência, mas ainda é alvo do interesse das sombras - para que não repila com veemência o seu "desejo central", que pode se chocar com a moral já condicionada aos seus projectos - os obsessores buscam enfraquecer-lhe as defesas, criando ensejos de gozos e facilidades, que de início não passam de atracções algo inofensivas e, quando muito, leves pecadinhos comuns a toda a humanidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 20, 2021 6:55 pm

E assim armam perigosa equação do seu senso psicológico comum, abrindo-lhe brechas cada vez maiores e que a criatura subestima porque a subtileza e capacidade do invisível não a deixam aquilatar a proporção de prejuízo ético e o aviltamento moral que pesa sobre os seus actos hipnotizados.
É o caso de certas criaturas que iniciam inocente jogatina no lar, sem interesse utilitarista ou intenção subversiva, mas gradativamente se condicionam ao vício, sem se aperceber disso.
De um simples "passatempo" inofensivo e enquadrado na moral das criaturas, nasce a paixão viciosa pela ilusão das cartas, que pouco a pouco lhes rouba o senso do comando consciente e produz a superexcitação da febre do jogo, capaz de levá-las aos piores desatinos.
Mas a queda pode ser de modo tão milimétrico e despercebido, que as vítimas da paixão do jogo não avaliam a metragem que já percorreram na descida de um abismo que já as separou da ética moral que lhes servia de garantia espiritual e sensata no mundo.
Muitas ainda se zangam se alguém as adverte do extremismo perigoso em que já podem se encontrar, corroborando o velho ditado de que "o pior cego é o que não quer ver".
Igual processo se efectua, sob a direcção dos espíritos malfeitores, sobre aquele que eles pretendem fascinar, para conseguirem as suas realizações diabólicas; activam-lhe o "desejo central" inferior, que identificam no âmago do encarnado, dando-lhe força e excitando-lhe a imaginação, num processo gradativo e incessante, que muito lembra a marcha progressiva da hipnose.
Então esse "desejo central" vai aflorando à consciência desperta, da vítima, pintando-lhe quadros de realizações agradáveis e possibilidades grandiosas e avivando-lhe o campo emotivo sob perigoso narcisismo, até que o trabalho das trevas consiga alimentar no terreno da alma a grande paixão oculta, que será doravante o motivo da fanática sedução.
Essa paixão será então o "centro hipnótico" ou o "ponto hipnótico" maligno, que absorverá toda a atenção do obsidiado, e enquanto isso os obsessores se apossam do seu sistema nervoso e coordenam o seu campo intuitivo, para então levá-lo a servir-lhes de instrumento vivo de suas maquinações perigosas.
Em verdade, os trevosos nada mais fazem do que explorar qualquer paixão, vício ou capciosidade oculta, da criatura, que na forma de "desejo central" predominante seja o mais indicado para o cultivo na forma de paixão incontrolável.

PERGUNTA: - Em face da complexidade do assunto, rogamos-vos mais alguns esclarecimentos sobre a natureza desse "desejo central", que serve de base tão sólida para o êxito das obsessões.
Podeis atender-nos?
RAMATIS: - Esse desejo corresponde a uma força passional oculta, de forte exaltação psíquica, resultante de todas as energias consequentes da experimentação milenária da consciência.
É conquista que funde num só campo de forças tudo o que a alma experimentou e absorveu no trato energético com o mundo exterior.
Figura no âmago da consciência como sua finalidade mais importante, que supera todas os demais desejos e acções que não vibram com esse "desejo central".
Mas ele tanto pode ser o fruto de más raízes, que a consciência espiritual lançou para o fundo do seu psiquismo, como pode ser também um oceano de energias represadas que, ao romperem as suas comportas, podem acender as mais sublimes luzes messiânicas a favor da humanidade.
No subjectivismo do ser, esse desejo vai fazendo a sua investida lenta mas tenaz, porque não é força estável, mas sim energia inquieta à procura de expansão e domínio.
Em alguns seres, a sua ec1osão pode cessar quando atingidas as bordas da vaidade pessoal em consequência .de posses económicas ou posições sociais comuns à vida epicurística, quiçá no orgulho pessoal dos cargos e gloríolas políticas, embora sem. grandes expansões notórias.
Em outros, porem, é força perigosa que, ao eclodir, transforma as instituições clássicas do mundo e subverte as leis tradicionais, impondo programas tirânicos, o fausto, ou a rapinagem que sacrificam o género humano.
Mas na alma superior, o "desejo central", embora ainda indefinido, expande-se como um potencial de reservas abençoadas e produz as grandes renúncias e os iluminados guias da humanidade.
Francisco de Assis, quando sentiu aflorar-lhe a força íntima do seu "desejo central", consumiu-se no desempenho do serviço amoroso aos infelizes; Jesus, dominado pelo mesmo impulso oculto, transformou-se num vibrante instrumento vivo de heroísmo e amor, cujo potencial energético exsudou-se em torno da cruz do martírio, a favor da felicidade do homem.
O "desejo central" desses sublimes seres recebeu o alento das hierarquias angélicas, enquanto que, nos grandes tiranos ou flagelados da humanidade, o alento, partiu do poder das trevas.
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