LUZ ESPÍRITA
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 7 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:35 pm

PERGUNTA: - Ser-vos-ia possível dar-nos alguns exemplos objectivos do que dizeis?
RAMATIS: - Quais seriam os "desejos centrais", que palpitavam no âmago do modesto jornalista chamado Benito Mussolini e do apagado ajudante de cozinha denominado Adolfo Hitler, quando ainda não passavam de criaturas desconhecidas do mundo? Embora ainda ignorassem, no seu subjectivismo, a existência de um "desejo central" predominante sobre os demais desejos e manifestações menores da alma, indiscutivelmente esse desejo era o de conquistarem o mundo!
E isso se comprova facilmente pois, assim que se formou neles o clima psicológico favorável à sua eclosão, foi justamente o "desejo central" de conquista e domínio do mundo que os obsidiou definitivamente.
Os espíritos diabólicos que procuravam almas simpáticas a fim de levar à guerra o mundo terreno e mantê-lo submisso às suas influências, fazendo dele um campo subversivo para a sua nutrição desregrada, anotaram, protegeram e estimularam o perigoso "desejo central" de Hitler, Mussolini e outros, conseguindo transformar essas criaturas em turbulentos instrumentos da última hecatombe mundial.
É provável que, durante a sua mocidade, os planos de prepotência desses homens não fossem além da invasão da propriedade do vizinho, coisa já identificável no seu "desejo central", mas os génios das sombras puderam ampliar a área de acção desses súbditos simpáticos, conseguindo lançá-los à estratégia e à rapinagem sobre as terras dos países vizinhos.
À medida que os espíritos malfeitores iam criando neles o clima favorável para a preponderância do seu "desejo central", também solapavam a sua resistência moral condicionada no mundo, até poderem cegá-los pela sua paixão de conquista, tornando-os émulos dos grandes assaltantes da História.
Feito isso, foi-lhes fácil extinguir todos os seus últimos escrúpulos, pois em breve invertiam os conceitos do Direito humano e das leis pacíficas, substituindo-os por uma legislação à base de canhões e bombas homicidas!
E quando a força oculta, que lhes modelava todos os gestos e planos, veio completamente à tona, rompendo todas as barreiras de ética e bondade, o modesto cabo do exército alemão se transformou em "Führer" e o inquieto jornalista se travestiu de "Duce"!
Na realidade, era o próprio "desejo central" que adquiria personalidade e viera se manifestar à luz do ambiente material.
Os comandos das sombras puderam exultar pela sua astuciosa realização e pelo êxito infernal pois, exumado o "desejo central" subversivo daqueles marionetes vivos, puderam produzir a brecha inicial e dar vazão à enxurrada sangrenta, que também passou a ser alimentada por outras almas vibrando em simpatia com as Trevas!
Alcançados os fins de morte, desespero, miséria e luto, os "chefes negros" do Além abandonaram os seus tolos "médiuns" belicosos à mercê da justiça da Lei do Carma, tirando-lhes todo o apoio e deixando-os morrer estúpida e ingloriamente, na colheita dos resultados do seu próprio "desejo central" pervertido.
Há muito tempo, o "desejo central", despertado violentamente num jovem militar da Macedónia, transformou-o em Alexandre Magno; posteriormente, retornando o mesmo espírito à matéria, o "desejo central" ainda o conduziu à figura de César, outro grande general; enfim, pela última vez, reeditou-o como Napoleão Bonaparte, para que se pudesse erigir na Terra um império de vaidade humana.
No entanto, esse mesmo "desejo central", operando de maneira inversa, primeiramente edificou Samuel, o profeta puro; retornando, também, o mesmo espírito à Terra, plasmou-se na figura suave de, João Evangelista, que mais uma vez voltou a iluminar a superfície do orbe como Francisco de Assis que, invadindo os corações humanos, também erigiu um império, porém de amor e de glórias espirituais!

PERGUNTA: - Podeis nos explicar, mais objectivamente, o que se compreende por um "centro hipnótico" ou "ponto hipnótico", ao qual tendes aludido, alhures, como sendo a base principal do êxito para o mais fácil comando dos obsessores sobre os obsidiados?
RAMATIS: - Verificamos que vos equivocais na pergunta, pois não é o "centro hipnótico" que serve fundamentalmente aos obsessores para comandarem as suas vítimas.
Os obsessores aproveitam a ocasião em que suas vítimas criam um "centro hipnótico", ficando, por isso hipnotizadas pela vaidade, por um perigoso vício, uma tentação ou pecado, deixando campo aberto para serem obsidiadas facilmente, e então tratam de agir, não no "centro hipnótico" que elas criaram, mas sim no espírito da vítima escolhida.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:35 pm

É como se uma mulher se postasse por longo tempo à janela de sua casa, entretida em palestra com alguém ou com as futilidades da rua, e os gatos, penetrando na cozinha, roubassem os peixinhos que ela ia preparar para o jantar...
Na hipnose comum, o hipnotizador procura conduzir o "suject" a fixar toda a sua atenção num objecto, num ponto, num acontecimento ou mesmo numa evocação subjectiva, procurando distraí-lo ao máximo, a fim de poder criar o "ponto hipnótico" ou mesmo o "centro hipnótico", que deve se tornar o tema convergente da mente do hipnotizado.
Pouco a pouco o paciente se entrega ao sono hipnótico, influenciado pela incessante sugestão do seu hipnotizador ou por qualquer odor característico, ruído monótono ou música sonolenta, ou mesmo por se submeter voluntariamente à sua acção e vontade.
- O hipnotizador algema-lhe a consciência objectiva e a segrega no cárcere construído pela incisiva sugestão mental, mas deixa em liberdade o comando motor e psíquico das. actividades subconscientes do corpo, que reside na zona instintiva sediada na região cerebral.
Então se apossa da região provisoriamente desabitada, do seu "suject", a qual Freud classificou habilmente como sendo o "porão da individualidade".
Através dessa região submissa, atua a vontade do hipnotizador que, então, desata o seu mecanismo "psicofísico", produzindo-se os fenómenos térmicos, as reacções instintivas, os choros e risos, à simples mudança de novas sugestões mentais, cenas estas muito comuns nos teatros terrenos e que servem para estupefacção do público ainda ignorante da realidade espiritual.
Como todos os acontecimentos ocorridos com a criatura, no pretérito, encontram-se normalmente registrados em sua "memória etérica", constituindo a bagagem do passado, os hipnotizadores conseguem que se reproduzam as rixas, os prazeres e as atitudes e reacções emotivas que seus pacientes tiveram na infância longínqua e que, reproduzidos através de um corpo adulto, tornam-se caricaturas ridículas que divertem o público festivo.
No entanto, assim que o paciente desperta o seu espírito retoma a posse da região do "córtex cerebral" motor, na zona intermediária do cérebro, ajusta-se ao comando dos seus centros sensoriais e se focaliza outra vez na habitual figura comum ao meio presente.
Na verdade, o seu espírito não se afastou do comando cerebral; apenas "distraiu-se", atraído pelo seu "centro hipnótico", tal qual a mulher do nosso exemplo que, por se distrair demais à janela, não notou o roubo na cozinha...
Eis a função importante do "centro hipnótico" ou "ponto hipnótico", que serve para distrair e desviar a atenção do dono do corpo físico, enquanto o hipnotizador serve-se, à vontade, do equipo neuro cerebral com o seu cortejo passado e os automatismos instintivos.

PERGUNTA: - E quais os factores mais comuns que os obsessores descobrem para produzir esse "ponto hipnótico", que então lhes assegura o êxito nas obsessões?
RAMATIS: - Devido ao seu profundo conhecimento das mazelas humanas, os espíritos obsessores, quando conscientes, logram focalizar o "desejo central" oculto na alma da vítima, e que já expusemos com certos detalhes.
Certas vezes, esse "desejo central" pode se originar de um "reflexo-suicida" de vida passada, com uma base emotiva de desespero, quase sempre não trazendo à tona nem o facto nem o motivo do gesto tresloucado do passado, que podia ter sido o orgulho recalcado, o amor-próprio, a excessiva avareza, a luxúria, a cobiça ou o remorso.
Mesmo uma forte disposição para o vício, ou um estímulo psíquico desregrado, que se mantenha, a custo, soterrado sob a censura da consciência, serve de pretexto fundamental para os obsessores criarem a oportunidade favorável para a constituição de um "ponto hipnótico" no indivíduo.
No psiquismo do ser humano, há quase sempre um "tema fundamental" predominante e que, sendo vulnerável às sugestões mefistofélicas do Além, pode servir de motivo básico para se formar esse "centro" ou "ponto hipnótico" necessário ao êxito da obsessão.
É por isso que comumente se diz que os nossos maiores adversários estão no seio de nossa alma e devem ser combatidos em nossa própria intimidade pois, na verdade, as nossas mazelas e vícios são os alicerces perigosos em que os malfeitores desencarnados se firmam para impor-nos o comando obsessivo.
Desde muitíssimos anos a voz amiga do Além adverte o homem de que o segredo de sua segurança espiritual ainda provém do "conhece-te a ti mesmo".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:35 pm

Os obsessores se dedicam maquiavelicamente a explorar esse "desejo central" predominante, quase sempre ignorado do seu portador e, se a vítima não tiver consciência exacta de sua situação ou desprezar a fiel observância do Evangelho do Cristo, é certo que não tardará a se submeter ao comando e aos desejos torpes do astral inferior.
Assim como o hipnotizador encarnado consegue criar o desejado "ponto hipnótico" no seu paciente, o obsessor procura transportar para a consciência em vigília, do encarnado, o seu "desejo fundamental", que tanto pode ser uma incontida vaidade, um grande orgulho ou desejo de comando despótico como também uma represada luxúria, sensualismo ou mesmo a propensão para os entorpecentes ou o alcoolismo.
O obsidiado, ignorante dos verdadeiros objectivos do obsessor, mas responsável pelo descontrole de suas emoções e pensamentos, é conduzido docilmente à criação de um "centro hipnótico" ou de fascinação, que pouco a pouco constitui sua atracção psíquica, tornando-se um "cliché mental" ou "ideia fixa".
Logo isso se transforma em vigorosa força comandando-lhe a zona cerebral, onde se localiza a sua bagagem subconsciente e o controle dos instintos animais do pretérito; sorrateiramente os génios das trevas impõem-se através daquela "distracção" fixa, passando a comandar o sistema nervoso e a excitar cada vez mais as emoções e os desejos de sua vítima.
A criatura é obsidiada porque se distraiu com a sedução que constitui o seu "ponto hipnótico"; afrouxa então a vigilância em torno de sua habitação carnal, porque está voltada exclusivamente para um objectivo que a domina emotivamente.
Isto sucedido, os espíritos daninhos procuram favorecer os desejos da criatura e as suas realizações perigosas, prolongando o transe sedutor, com o que se firma cada vez mais o "ponto hipnótico", que lhes permitirá maior acesso ao equipo físico da vítima.

PERGUNTA: - Podeis nos dar alguns exemplos concretos de outras hipnoses das quais se aproveitam os obsessores?
RAMATIS: - Muitos artistas, escritores, líderes, desportistas, taumaturgos ou crianças prodígios, que já conseguiram visível destaque no mundo material, se deixam às vezes fascinar tão perigosamente pelo seu sucesso ou pelas suas glórias súbitas, que tombam de seus pedestais de barro, vítimas de sua própria vaidade, que é habilmente explorada pelos espíritos do astral inferior.
Alguns pregadores religiosos arvorados em missionários ou salvadores da humanidade, doutrina dores entusiastas, críticos sisudos do labor do próximo e médiuns de brilhante fenomenologia por vezes se perdem, dominados pela vaidade ou orgulho, porque lhes falta o abençoado senso crítico do "conhece-te a ti mesmo".
Fecham os ouvidos às mais sensatas advertências que recebem e passam a cometer as maiores estultices, como se fossem manifestações de genialidade espiritual.
Então enclausuram-se na sua; vaidade e auto-fascinam-se convictos de sua paradoxal modéstia, mas ignorando que o velho "desejo central" delituoso, do passado, pode estar eclodindo lentamente, explorado pela astúcia e capacidade das trevas".
Chega o momento em que também não tardam em se abater, desmoronados pelas próprias forças destruidoras que aliciaram em si mesmos, ficando então relegados à obscuridade e ao anonimato inglório, quando pior sorte não os lança no desvario ou na alienação mental.
Em verdade, essas criaturas deixam-se iludir pela presunção de serem almas de alta estirpe espiritual, incapazes de se equivocarem e permanentemente atuadas pelas hierarquias superiores; isso, em breve, torna-se excelente factor para aflorar a sua vaidade e o potencial de orgulho adormecido no recôndito do ser, com a inevitável convergência para um "centro de fascinação" ideal para a operação das sombras.
Muitas vezes a vaidade grita tão alto a essas criaturas, que elas tomam o maquiavelismo dos obsessores como sendo grandes surtos de revelação espiritual!
Então, não tardam em pregar o ridículo à conta de sabedoria, os lugares comuns como preceitos doutrinários, e transformam a irascibilidade ou os envaidecimentos íntimos em posturas messiânicas; "distraem-se" através de suas próprias fascinações, enquanto do invisível lhes guiam os pensamentos e as emoções.
Enquanto cultivam fanaticamente o seu "desejo central" e se desorientam refesteladas no trono de sua vaidade presunçosa, são como fortalezas inexpugnáveis e hostis a qualquer advertência benfeitora; a cegueira hipnótica leva-as gradativamente ao ridículo, à decepção e ao equívoco, maquiavelicamente planejados pelas trevas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:35 pm

PERGUNTA:- Essa hipnose e perseguição sistemática, que os espíritos malfeitores exercem sobre os encarnados, circunscreve-se unicamente a desforras ou vinganças contra adversários do passado, ou inclui outros objectivos subversivos?
RAMATIS: - As almas trevosas, além de cruéis e vingativas, vivem cheias de desejos inferiores carnais que ficaram impedidas de satisfazer devido à morte corporal.
Acresce que as condições vibratórias sutilíssimas, do mundo astral, acentuam as sensações do perispírito, que é a sede dos desejos da alma; então esses desejos ainda recrudescem e se tornam mais violentos, sem poder se saciar por intermédio do corpo físico destruído, ao qual estavam condicionados.
O alcoólatra, por exemplo, tem a mente conturbada pelo desejo insofreável que vibra no seu perispírito, mas, quando na posse do corpo carnal, sacia-se em parte, devido às reacções físicas produzidas pelo corrosivo e que depois repercutem no mundo astral dos desejos.
No entanto, quando perde o corpo de carne, em verdade desmantela o seu alambique vivo, pois que, desencarnado, se vê obrigado a servir-se do corpo de um vivo na matéria, para que este absorva a maior quantidade possível de álcool e lhe garanta a satisfação mórbida de poder aspirar a substância astral volatizada pelo corrosivo e exsudada pela aura.
Este é um dos motivos pelos quais os espíritos desregrados despendem tenazes esforços para conseguir os necessários "canecos vivos", que na Terra lhes possam transferir e volatizar a maior quantidade possível de bebidas alcoólicas, destinadas a acalmar-lhe a insaciabilidade viciosa superexcitada no mundo astral.
E eis porque os desencarnados do astral inferior não se cingem exclusivamente a desforras contra os seus desafectos encarnados mas, depois de vingados, ainda envidam todos os esforços para conduzir as suas próprias vítimas a se tornarem intermediárias dos seus nefandos vícios e desejos torpes que trazem da matéria.
Esses infelizes espíritos, constituindo-se na forma de verdadeiras agremiações delituosas, auxiliam-se mutuamente nas suas empreitadas. vingativas, trabalhando em equipes que atuam ardilosamente sobre os encarnados, a fim de transformá-los em "repastos vivos" de suas insaciabilidades viciosas.
Ficam profundamente furiosos e aumentam o seu ódio contra as estirpes angélicas quando percebem que, pela liquidação cármica ou protecção superior, as suas vítimas estão sendo amparadas no campo vibratório do seu perispírito e imunizadas contra a acção deletéria do mundo astral inferior.
Irrita-os a ideia de que mais um "prato vivo" lhes fuja vibratoriamente da acção indigna, muitas vezes depois de ter-lhes custado imenso trabalho para confeccioná-lo a contento de sua voracidade satânica.
Daí o facto de preferirem desenvolver, em suas operações obsessivas sobre os encarnados, os desejos e vícios latentes do passado, que mais facilmente os fascinem.
A vingança, quase sempre, é o pretexto com que mais tentam justificar suas acções sombrias do mundo trevoso mas, em verdade, o que mais lhes interessa é o culto dos objectivos torpes e a busca das satisfações viciosas, que ainda os acicatam como fogo ardente e inconsumível.

PERGUNTA: - Sempre nos pareceu que o corpo físico deveria ser uma espécie de anteparo ou escafandro protector contra as investidas das trevas.
Reconhecemos que os obsessores operam pela, via interna do nosso espírito, mas é claro que nós poderíamos dominar com facilidade o nosso corpo físico, em lugar de atender às solertes infiltrações que podem nos conduzir à obsessão.
Qual o motivo dessa grande facilidade com que os malfeitores desencarnados dominam grande parte dos encarnados?
RAMATIS: - É preciso não esquecerdes de que, entre o vosso espírito e o corpo físico, interpõe-se o perispírito, que é o verdadeiro veículo ou elo das relações boas ou más a que vos entregais com o mundo invisível.
O domínio do corpo físico não se exerce por uma acção energética produto exclusivo da matéria, nem ele é uma entidade estranha, controlada por processo especial e isolado do vosso pensamento; a carne materializa em sua configuração todos os atributos e conquistas milenárias não dela, mas do perispírito, que é o sobrevivente absoluto de todas as transformações físicas.
O perispírito é um conjunto de natureza vital poderosíssima e de intensa actividade no seu plano electivo do mundo astral, sendo organização levíssima e de tão assombrosa plasticidade, que reage imediatamente à mais subtil cogitação mental do espírito, por cujo motivo é extraordinariamente influenciável pela natureza dos pensamentos bons ou maus das entidades desencarnadas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:36 pm

Durante a encarnação, o perispírito "desce" vibratoriamente, a fim de aglutinar a matéria carnal do mundo físico, mas sempre o faz com sua poderosa influência magnética e com o seu psiquismo elaborado nos milénios findos; a seguir, então, submete-se às leis da vida física e sofre a acção das tendências hereditárias do corpo de carne, malgrado os seus princípios milenários.
O organismo físico, apesar dos seus ascendentes biológicos, que parecem dar-lhe uma autonomia toda especial e um valor exclusivo em sua linhagem hereditária carnal, é apenas o revelador objectivo da alma à luz do ambiente do mundo material.
No período de gestação do corpo carnal, o perispírito recapitula rapidamente todas as lições já vividas na escalonada animal, e que lhe foram proporcionados nos vários contactos anteriores com o mundo material para, em seguida, servindo-se da nova oportunidade da vida física, poder ampliar e consolidar as suas próprias realizações anteriores.
Embora creiais que o "biombo de carne" deva se tornar um protector poderoso contra as tentativas obsessivas dos malfeitores desencarnados, convém reflectirdes que o comando do vosso espírito sobre a carne também não se faz directamente pelo cérebro físico, mas sim através do cérebro do perispírito, que é a sua matriz etéreo-astral, o maravilhoso aparelhamento que se assemelha a poderosa e divina usina a serviço da vida superior.
O cérebro perispiritual é o valioso órgão responsável pelo pensamento humano, desempenhando as admiráveis funções de transmissor da vontade e da inteligência da alma, como um produtor de ondas, luzes e energias de todos os matizes, fazendo cintilar as suas altíssimas emissões desde o encéfalo até as forças e os elementos que se agrupam na região dos lobos frontais, que será o campo avançado das actividades do homem do futuro.
O corpo físico, embora servindo, como dizeis, de escafandro ou de muralha de carne protectora do espírito, é no mundo exterior o agente e o reagente dos fenómenos provindos das relações do espírito com o meio ambiente.
E o seu verdadeiro domínio, obviamente, se processa no seu mundo interno e através do controle delicadíssimo do perispírito.
O verdadeiro controle do organismo de carne, portanto, é processado por via interna, através do perispírito, isto é, exactamente onde tanto podem actuar os espíritos benfeitores como os malfeitores, isso dependendo, sem dúvida, da natureza elevada ou inferior de vossas simpatias psíquicas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:36 pm

26 - A Limitação de Filhos e suas Consequências Cármicas
PERGUNTA: - A limitação do número de filhos ou a recusa em recebê-los no seio materno é uma falta grave perante a Divindade?
RAMATIS: - Ela não deve ser encarada como uma acção culposa que fira as regras da moral divina, estabelecidas por um Deus parecido a um pastor ou um sacerdote excessivamente puritano.
O Cosmo não é produto de preceitos éticos firmados no tempo e no espaço, como decorrência da evolução dos costumes humanos ou angélicos.
Eterno, Perfeito e Infinito, a sua garantia basilar é a Lei Única de coesão espiritual sob indescritível cientificismo cósmico ainda incompreensível à mente humana, que participa do Universo mas não é o próprio Universo.
Por isso, a procriação de filhos, com ou sem controle, é assunto para ser examinado mais propriamente em relação aos efeitos favoráveis ou desfavoráveis que possam provocar em razão da Lei e da Técnica da reencarnação dos espíritos na Terra.
Visto que o renascimento na matéria é de vital importância para a mais breve ascensão do espírito às esferas paradisíacas, convém encarar o assunto sob um aspecto mais científico, em lugar de o situarmos exclusivamente sob o conceito moral do mundo ou da Divindade.
Há que se reconhecer, primeiramente, que um corpo de carne é um dos mais valiosos auxílios no caminho longo da evolução sideral, servindo comummente para que a alma penada e infeliz possa dar largas ao seu remorso causticante e reajustar-se das imprudências cometidas nas vidas pregressas.
No serviço reencarnatório do Espaço, a oportunidade do organismo físico é valiosa dádiva proporcionada pelos Mentores Siderais aos espíritos aflitos e desesperados para renascerem na matéria.
Em consequência, analisando-se a questão da limitação de filhos a distância de qualquer sentimentalismo humano ou de razões morais angélicas, estabeleçamos esta importante premissa:
o aumento do número de corpos físicos, na Terra, aumenta as probabilidades de ventura espiritual.
É factor de socorro e favorecimento para a mais breve alforria de espíritos desencarnados que imploram novos instrumentos de carne para resgatar suas faltas pregressas e obrigações para com a Lei Cármica.
Sob qualquer aspecto que considerardes o problema da limitação de filhos, quer situando-o sob razões económicas, deficiências educativas ou exaustão feminina, ele só se ajusta, fundamentalmente, a estas razões:
maior soma de corpos carnais, maior soma de benefícios espirituais; menor número de corpos carnais, menor probabilidade de ventura e progresso das almas desesperadas.
Considerando-se, então, que, com a limitação de filhos a precariedade de organismos físicos tende a aumentar nas reencarnações futuras, aqueles que limitam propositadamente a sua prole também reduzem as suas próprias oportunidades .de futuros renascimentos, dentro do preceito evangélico: "cada um colherá conforme tiver sido a semeadura".

PERGUNTA:- Poderíamos saber se existe maior quantidade de espíritos necessitados de reencarnar do que as probabilidades de encontro de corpos físicos na Terra?
RAMATIS: - No espaço que circunscreve o globo terráqueo em todo o seu sentido esférico, entre os vinte bilhões de espíritos que o povoam há mais ou menos dez bilhões que ainda necessitam de reencarnação com certa urgência.
Se fosse possível atendê-los com a concessão de corpos físicos adequados e cada caso cármico, eles renasceriam imediatamente, a fim de despejar na matéria terrestre os venenos que ainda lhes corroem as almas torturadas por toda sorte de sofrimentos.
Na imensa fila de candidatos à reencarnação existem seres tão desesperados, que não recuariam diante da existência física mais atroz, a vida mais deserdada da sorte, desde que pudessem descer para a carne, esgotando nesta o conteúdo tóxico e torturante, que ainda percorre a delicada fisiologia dos seus perispíritos!
Para casos perturbados do Além, não há recurso mais eficiente do que a reencarnação, pois constituem imensa legião de desatinados e devedores, cujo credor principal ainda é a Terra.
Sob esse aspecto é que podeis então avaliar quão selvagem, brutal e indigno é aquele que destrói o seu corpo na alucinação do suicídio, porquanto o fato de haver renascido implicou na severa responsabilidade de haver suplantado no Espaço outro candidato à vida carnal. Então o seu crime é vultoso perante a Lei do Renascimento pois, além de malbaratar valiosa oportunidade para sua própria redenção espiritual, ainda ludibriou a confiança angélica e traiu outra alma necessitada de reencarnação.
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PERGUNTA: - Se desejássemos um esclarecimento sobre qual deve ser o mais certo procedimento na questão de limitação de filhos, que nos aconselharíeis como medida mais sensata?
RAMATIS: - Já vos mostramos que a redução da prole no mundo físico consequentemente reduz as possibilidades da mais breve redenção e ventura espiritual de vossos irmãos em espírito.
O conselho mais lógico e sensato que poderíamos vos dar, para solução desse problema, cremos que ainda é aquele deixado por Jesus e constituído em lei definitiva que suprime todas as dúvidas em qualquer julgamento de nossos actos:
"Faz aos outros o que queres que te façam".
Inspirados nesse divino conceito, colocai-vos, então, no lugar das almas torturadas e cheias de desespero, que ainda se encontram no Espaço, vitimadas pelas suas próprias torpezas; reflecti que também poderíeis vos encontrar nessa mesma situação de indescritível infelicidade espiritual. Indagai de vós mesmos: que desejaria eu de imediato, se estivesse realmente sob o guante da dor infernal e do sofrimento dantesco, no Espaço?
Desprezaríeis, porventura, o renascimento físico com o sedativo esquecimento provisório e o ensejo reeducativo do mundo carnal?
Conforme forem os vossos actos no mundo, quer limitando quer favorecendo o número de filhos, é certo que estareis respondendo à Divindade, em sã consciência, como desejaríeis ser tratados em situações idênticas e oportunidades de futuras reencarnações.
Sob a orientação desse preceito (faze aos outros o que queres que te façam) não restam dúvidas quanto à mais sensata resolução com que podeis solucionar o problema da procriação de filhos.

PERGUNTA: - Temos notado que nas cidades populosas acentua-se a tendência para a limitação de filhos.
Que dizeis sobre isso?
RAMATIS: - Não deveis esquecer de que a vossa permanência no mundo físico, compondo um lar sob as oportunidades educativas e de reajustamento espiritual, é devida aos que foram vossos progenitores, que significavam o prolongamento de outra série de espíritos encarnados actuando na mesma linhagem biológica.
A reencarnação na Terra exige múltiplas tarefas dispendiosas a que se devotam afanosamente os planejadores, técnicos, orientadores, guias e almas.
A fuga deliberada da procriação de filhos implica em menosprezar muitos trabalhos já realizados por eles para que outras almas possam renascer no mundo físico e que, na condição de filhos, são o cumprimento de promessas feitas, antes das reencarnações, por aqueles que devem ser pais.
E os que faltam a esse compromisso, assumido antes de descerem à matéria, ver-se-ão agravados em suas reencarnações futuras, quando então a Lei os julgará sob a mesma medida que houver sido usada para com outros espíritos sacrificados pela limitação procriativa.
Salvo condições excepcionais, de enfermidades ou de risco de dano à vida materna, há que se pensar muitíssimo antes de qualquer fuga aos deveres procriativos.
Se não existirem motivos graves e razões espirituais superiores para a limitação de filhos, esta pode representar grandes prejuízos às tarefas e planos dos benfeitores da humanidade encarnada, que assim se vêem a braços com problemas inesperados e truncamentos de promessas pré-reencarnatórias por parte daqueles que descem à matéria e se negam ao cumprimento de suas obrigações.

PERGUNTA: - Não achais que é contraproducente - embora por convicção espiritual - a procriação sem controle, em face dos aflitivos problemas que já nos oneram no mundo em que vivemos, onde mal conseguimos atender à criação e educação da descendência mesmo reduzida?
RAMATIS: - Desde que considereis que as Escrituras Sagradas têm autoridade e sabedoria espiritual suficiente para dar-vos orientações definitivas, também tereis que aceitá-las na sua máxima decisiva:
"Crescei e multiplicai-vos" 1.
Este conceito é peremptório, e não nos consta que posteriormente o Mestre tenha acrescentado a ele quaisquer ressalvas, reduzindo o sentido de sua aplicação na vida humana.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 7 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:36 pm

Nele não se percebe a mais subtil recomendação que possa endossar a necessidade de redução da prole sob qualquer motivo especial.
Não se trata de nenhuma premissa sibilina da qual se possam extrair futuras ilações filosóficas ou morais.
O conceito bíblico é imperioso e taxativo:
"Crescei e multiplicai-vos"!
É bem uma ordem do Alto, com explicação técnica da tarefa irrecusável, evidenciando um plano positivo e de interesse comum a todos os seres.
Quanto às dificuldades do vosso mundo para que possam ser criados os filhos, acreditais que, reduzindo a procriação, serão solucionados os problemas que vos afligem no campo moral, económico ou social?
Cremos que não chegareis a essa solução reduzindo a quantidade de filhos, mas sim cristianizando-vos de tal modo que o problema do próximo seja tão importante quanto o vosso.
A infelicidade humana não é produto de maior ou menor quantidade de criaturas, porém exclusivamente decorrente da falta de amor!
Se ainda não sabeis amar a criança infeliz que delinqúe em tenra idade, pois a sujeitais a humilhações no mundo e a empurrais para diante com a sua revolta infantil, em lugar de lhe tributardes o amor, o tecto ou a ajuda que comove o coração e enternece a alma, é óbvio que o aumento de criaturas também há de vos trazer acréscimo de problema, morais, económicos e sociais.
A menor quantidade de habitantes no vosso orbe não prova a vigência de melhores soluções para os problemas seculares que torturam incessantemente a humanidade.
Tomando por base os três bilhões de criaturas humanas que estão a formar a actual humanidade terrena, temeis a procriação mais ampla, porque a quantidade crescente de seres poderá trazer-vos maior acréscimo de dificuldades e provável saturação demográfica.
Mas nós vos perguntamos: porventura conseguireis solucionar os problemas económicos, sociais e morais, da crosta terráquea, apenas reduzindo os três bilhões de habitantes a um bilhão?
Dizei porque motivo o mundo terreno já apresentava uma história tão sangrenta e nefasta, repleta de misérias e ignomínias, quando apenas possuía só um terço ou um quarto da humanidade actual!
Se a redução da população resolvesse o problema, há três mil anos ele teria sido um dos mundos mais felizes e livre de qualquer problema aflitivo, só porque possuía menor número de criaturas!
A verdade é que os principais problemas da humanidade começam exactamente no lar, no conflito entre esposos, filhos e progenitores; estendem-se aos vizinhos do mesmo arrabalde, entre os cidadãos do mesmo Estado, entre os Estados do mesmo país e, depois, entre os povos, nações e raças, para culminarem nos choques intercontinentais, em que os seres mais se parecem a feras que se entredevoram, açoitados pelo orgulho, a vaidade, a prepotência, a cupidez e a crueldade.
Os homens se separam pelas religiões, partidos políticos, nacionalismos tolos e diferenças de cor e de sistemas doutrinários; afundam-se em toda sorte de vícios, paixões e caprichos perigosos, mesmo que aumente ou se reduza a parentela e a humanidade terrena!
A felicidade humana, portanto, não está na dependência da carga de criaturas no orbe; ela seria conseguida com muitíssimo êxito se fossem adoptados incondicionalmente os ensinamentos de Jesus, Buda, Hermes, Pitágoras, Crishna e outros sublimes pedagogos e instrutores cujas vidas foram consumidas no ritmo de um amor que. é capaz de gerar a fidelidade, a ternura, a honestidade, a caridade, a paciência, a humildade e, principalmente, a fé no próximo e nos propósitos espirituais da vida benfeitora.

PERGUNTA: - Mas não devemos olvidar que muitos países, por se encontrarem com superpopulação, estão enfrentando os mais terríveis problemas resultantes de crise económica, educativa e de sobrevivência dos seus súbditos mais pobres; não é verdade?
RAMATIS: - Não opomos dúvida ao que alegais; mas esses mesmos países a que vos referis devem trazer à vossa reflexão as grandes disparidades demográficas do globo terráqueo, em que determinados países estão super-habitados e outros lutam desesperadamente para resguardar seus direitos sobre gigantescas áreas de terras selváticas, que reservam avaramente para o futuro dos seus próprios conterrâneos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:36 pm

Reconhecemos que, num país como o vosso, onde ainda não se resolveram com êxito os mais simples problemas como os da fome, da veste, do lar, da saúde e da educação dos seus compatriotas, seria quase um disparate abrir fronteiras para se cuidar de problemas estranhos, de outros povos, embora o Brasil possa conter um bilhão de seres com relativa comodidade em seu território.
Mas isso é problema de foro íntimo daqueles que vêm administrando o país, muitos dos quais têm se desviado de suas responsabilidades para com o povo, dando lugar a essa situação; mas a Lei Divina tem se encarregado de julgá-los, pois muitos desses brasileiros inescrupulosos e indiferentes à sorte alheia já estão retomando à antiga pátria brasileira e se arrastam pelas ruas das suas cidades, por eles exploradas, quais molambos vivos, que rogam a esmola do pão àqueles que subestimaram!
E, para a nossa visão espiritual, esses que já renasceram no Brasil, embora sujeitos a novas reencarnações que os aguardam para a rectificação futura, ainda se encontram em melhores condições do que outros mais culpados, que ainda se debatem nas profundezas dos charcos pestilentos do astral inferior, açoitados barbaramente pela matilha de verdugos, que não lhes perdoa sequer a impossibilidade de não haverem podido educar um filho, ante seus descalabros e desmandos administrativos.
Se os vossos políticos e administradores pudessem apreciar os quadros pavorosos que presenciamos no Além Túmulo, quando se trata de governantes que não cumprem fielmente os mandatos que lhes são outorgados e se esquecem da grave responsabilidade pública que assumem, cremos que desapareceriam todos os candidatos às câmaras legislativas e cargos administrativos do vosso país!
Faltar-lhes-ia coragem para se arriscarem a tão dantescos padecimentos, consequentes de seus equívocos imperdoáveis!
Em geral, o homem terrícola ainda teima em querer ignorar que toda a humanidade é sua irmã, submetida às mesmas condições físicas, e que o problema de todos os homens, esposas, mães e filhos ou irmãos é um só.
Trata-se de uma só colectividade formada de seres iguais, mas entre a qual muitos gemem angustiados pelo frio, a fome, a falta de veste ou do lar, com um meio de vida doloroso, enquanto outros se fartam à vontade e vivem de coração endurecido e revoltado.
Não seria horripilante que navegásseis em vasta embarcação, sobre um mar encapelado, enquanto em torno do barco centenas de criaturas devessem se afogar, apenas porque alguém não lhes quisesse dar lugar a bordo?
Deveis vos capacitar de que a solução do problema da desgraça humana não reside na limitação de filhos, mas na cristianização consciente do homem.
Quando a população da Terra atingir a dez bilhões de seres, o remédio a ser descoberto para se conjurar a situação ainda poderá ser o mesmo de hoje, ou seja a ideia de se reduzir a procriação de filhos!
E há de ser assim, por muito tempo, até que os terrícolas compreendam que o seu problema espiritual, em qualquer latitude ou longitude geográfica do planeta, seja na Europa, nas Américas, na África ou na Ásia, há de ser sempre o mesmo, porque não é problema de nações ou de raças, mas de toda a humanidade.
Mas resta uma esperança! Depois dos acontecimentos dolorosos que se aproximam do vosso mundo, na sequência profética do "juízo final" e do "fim dos tempos", haverá melhor distribuição etnográfica na face da Terra e melhor compreensão dos problemas aflitivos de todos os seres.

PERGUNTA: - Achamos dificuldades em conciliar a nossa vida moderna com a velha tradição camponesa de se procriarem verdadeiros rosários de filhos, pois nas cidades populosas e oprimidas até o próprio espaço é deficiente para se atender a uma descendência numerosa; não é verdade?
RAMATIS: - Não temais qualquer insuficiência administrativa por parte do Criador, pois se ele conseguiu realizar o mais difícil, que foi organizar o Cosmo, também poderá solucionar o mais fácil, como seja o administrá-lo em ordem.
Há um sentido regulador em todos os actos da vida humana, que disciplina inteligentemente as necessidades procriativas de conformidade com os recursos do meio.
É a mesma Lei que determina que o vigoroso e voraz condor dos Andes só consiga um espécime em cada cento de ovos, evitando que a sua excessiva fertilidade impeça a vida no solo; no entanto, o coelho, que é débil e inofensivo à colectividade animal, assim como morre aos punhados também nasce aos milhares.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:37 pm

Os dinossauros e outros animais pré-históricos, que procriavam indefinidamente e poderiam ter infestado completamente a superfície do globo e destruído outras formas de vida, não tiveram a sua procriação limitada pelo homem, pois a natureza encarregou-se disso, assim que o senso director da espécie considerou finda essa experiência de gigantismo animal.
Mesmo entre espiritualistas de certo conhecimento das leis superiores ainda parece predominar a ideia de que o cidadão encarnado deve intervir periodicamente e restringir a espontaneidade da vida elaborada por Deus, a fim de se corrigirem equívocos provenientes da distracção do Criador.

PERGUNTA: - Como poderíamos avaliar o trabalho inteligente e restritivo da Natureza, na procriação humana, de modo a evitar a saturação demo gráfica do orbe e consequente impossibilidade de se atender ao excesso de população?
RAMATIS: - Há pouco dissestes que os campónios ou as famílias situadas no interior dos Estados são mais prolíficos, porque possuem meios de atender à prole numerosa que, devido às dificuldades oferecidas pelas cidades populosas, é aconselhável a restrição do número de filhos...
Naturalmente, já tereis percebido que, enquanto a procriação de filhos nos centros civilizados se torna cada vez mais dificultosa, o próprio meio se encarrega de reduzir o número de nascimentos e mesmo a sobrevivência.
Enquanto a criança nascida no meio campónio sadio resiste vigorosamente às enfermidades comuns, crescendo com o viço natural do camponês forte, e até sem os requintes da higiene e dos cuidados médicos das cidades, os filhos dos metropolitanos já nascem perfurados pelas seringas hipodérmicas, assimilando antibióticos ministrados ante a mais singela dor de ouvidos promovida, então, a otite grave, ou com defluxo levado à conta de "princípio" de bronco-pneumonia, que as vovozinhas de antanho curavam com algumas gotas- de azeite quente ou cataplasmas de óleo de linhaça!
As enfermidades constitucionais da infância que, nos desvãos do divino laboratório do corpo, produzem os vírus e antitoxinas defensivas - do futuro, sofrem tão bárbaro assédio da medicina moderna que, actualmente, é dificílimo encontrar um cidadão tomado da mais inofensiva infecção, que possa sobreviver sem despejar na goela ou injectar nas veias um cortejo de drogas e substâncias minerais que invadem a sua circulação viciada na borracheira medicamentosa!
A ciência terrícola, cada vez mais atordoada, em lugar de auxiliar a natureza humana a debelar as enfermidades comuns do meio terreno, prefere violentá-la e desorganizá-la na sua tradicional sabedoria instintiva.
A alimentação fabricada sem escrúpulos e a preocupação fanática da assepsia exagerada minam as defesas do organismo por falta de salutar treinamento gradativo contra as investidas exteriores.
Deste modo, os centros procriativos, que são nutridos pelas mais importantes colectividades microbianas, vão sendo continuamente bombardeados, no homem, pela excessiva quantidade de antibióticos que lesam a harmonia microgénica, ministrados como o são sob experimentação tacteada através dos sintomas, que indicam doenças mas não o doente.
Pouco a pouco, nos aglomerados excessivos das metrópoles bulhentas, atrofiam-se os elementos responsáveis pela natalidade, como já tendes exemplo em alguns países europeus, onde a vida se artificializou de tal modo, que já se acentua o profundo desequilíbrio entre o nascer e o morrer.
Isto explicado, podeis notar que as próprias circunstâncias gravosas da vida asfixiante das cidades se encarrega de reduzir o êxito da procriação, sem que seja preciso limitar a cota de filhos;
no entanto, onde a vida se faz espontânea, onde há espaço e oxigénio, e onde a Natureza ainda não foi violentada em suas directrizes sábias, os filhos nascem prodigamente, graças ao sentido directivo da Lei, indiscutivelmente manejada com excelente sabedoria pelos prepostos de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:37 pm

PERGUNTA: - Como poderemos adoptar um método de vida que se ajuste perfeitamente à responsabilidade da procriação?
RAMATIS: - É bastante que olheis as espécies inferiores, para notardes que elas procriam de maneira a mais sensata e sadia.
Não precisam limitar a sua progénie, porque obedecem disciplinadamente à lei do "multiplicai-vos" de modo o mais regrado; cuidam da procriação apenas nas fases determinadas pelos múltiplos factores de ordem vital e astral, que lhes dita o instinto animal.
Que diferença profunda entre elas e os homens!
Enquanto os animais e as aves se relacionam exclusivamente quando é preciso atender aos imperativos da procriação, que é realmente o momento de maior importância na vida humana, os terrícolas transformam o fenómeno num motivo de prazer requintado, alterando tanto os velhos hábitos trazidos de sua formação animal, como perturbando os genes formativos de sua própria espécie superior.
Se o animal demonstra um senso de moral "instintiva" muito superior à que cultuais na imprudência dos requintes sensuais, é fora de dúvida que muito grande é ainda a responsabilidade do homem em procriar.

PERGUNTA: - Porventura não deveria existir um sentido instintivo na criatura humana, que também lhes regulasse o senso da natalidade conforme as suas posses físicas, programas espirituais e necessidades de protecção à mulher?
RAMATIS: - Desconheceis, porventura, o programa de gestação que a Natureza situou entre a puberdade e a menopausa, como que a vos indicar o programa da procriação?
Quantas vezes a chamada idade crítica da mulher chega com demasiada antecipação, sem que ela espere por isso!
Não é a sabedoria da Natureza a regular o tempo de trabalho e a capacidade exacta de produção de cada matriz feminina?
E assim a própria incapacidade congénita para procriar, quer por parte do homem, quer por parte da mulher, também pode estar sob a vigilância dessa mesma lei ou dispositivo que reclamais, ao regular com sabedoria a responsabilidade do ciclo procriativo de cada criatura, quer quanto à sua capacidade física, quer quanto à sua responsabilidade cármica.
É sabido que muitas criaturas se vêem impedidas de gozar a ternura dos bebés festivos, nos seus lares vazios, mas é porque também o repudiaram no passado; outras choram a desdita de serem lesadas em suas funções procriativas, em virtude de razões poderosas do passado, que só a Lei do Carma saberia explicar satisfatoriamente.
Mas o complexo mecanismo que regula a procriação, que é o mais importante fenómeno da vida física, do qual o homem usa e abusa, foi estabelecido pela técnica sideral de modo a não deixar dúvidas quanto à sua utilização correta.

PERGUNTA: - Uma vez que a responsabilidade de procriar cabe mais dolorosa e particularmente à mulher, porquanto esta é que realmente suporta o fardo mais oneroso da gestação, e criação dos filhos, não é injusto que, para se cumprir a espontaneidade da procriação, o esposo deva sobrecarregar a sua companheira com excessiva descendência, capaz de exaurir-lhe todas as energias devido aos contínuos ciclos procriativos?
E será justo lançá-la por longos anos numa vida de exclusiva apreensão mental, entregue apenas à responsabilidade procriativa?
Cremos que, nesse caso, a Lei não age com muita equanimidade, de vez que a mulher é a mais sacrificada em tudo isso; não é verdade?
RAMATIS: - Somos obrigados a vos recordar que, dentro da sabedoria da Lei Cármica, não há injustiça nos destinos humanos, pois a cada um ela dá conforme a sua obra e o seu merecimento; a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
As almas que se reúnem para compor um lar terrestre o fazem disciplinadas pelas causas que geraram no passado, devendo sofrer exactamente as suas consequências.
A Lei é de absoluta equanimidade em qualquer situação de vossas existências e, se desconfiais de sua justiça, é apenas porque desconheceis as causas justas que geram efeitos também justos.
Os espíritos que devem reencarnar são sempre convocados com bastante antecedência pelos mentores siderais do Além, que lhes expõem os planos de reajustamento e reeducação em futuro contacto com o mundo material.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:37 pm

Assim, os lares terrenos são frutos de cuidadosos planos elaborados com bastante antecedência, por cujo motivo, se for de Lei Cármica que, para o devido resgate, a esposa deva procriar numerosa prole, para se livrar do remorso de quando no pretérito negou-se a cumprir os seus deveres maternais, ela há de se unir a um esposo completamente devotado à procriação em toda a sua integridade.
É fora de dúvida que a mulher, nesse caso, será a mais onerada mas, quanto a ser injustiçada, podeis crer que não há tal probabilidade na justiça da Lei do Carma.
Da mesma forma, outras mulheres podem ficar impedidas de procriar, por haverem subestimado demais, no pretérito, a responsabilidade de gerarem novos corpos para as almas necessitadas, do Além, ou então terem abandonado os seus filhos às ingratidões do mundo.

PERGUNTA: - Supondo-se que houvesse na Terra falta de corpos para encarnações, a Lei da procriação não deveria fazer todo o possível para que se criasse o maior número de filhos, inspirando aos esposos sinceras intenções e desejos de criá-los?
Por que, então, são criados esses impedimentos de filhos?
RAMATIS: - É mister não considerardes a Lei do Carma como uma organização miraculosa que deva intervir, de súbito, para modificar extemporaneamente certos quadros comuns da vida.
Em verdade, ela significa um processo de cientificismo sideral, sujeito a variações conforme as acções benéficas ou maléficas dos próprios espíritos em evolução, mas não age no sentido de modificar a sua estrutura fundamental.
Como exemplo mais significativo do motivo da falta de filhos, lembramos-vos os casos de completa aberração e desvirtuamento sexuais, os quais atuam tão fortemente no psiquismo director da alma, que as reencarnações futuras se realizam em absoluta esterilidade.
A ausência de estímulos psíquicos criadores, provocada pela direcção lasciva dada à energia sexual, desfavorece a natalidade, malgrado o desejo ardente dos futuros pais de procriarem.
Em tal caso a Lei, embora tenda para a prodigalidade de filhos, não pune intencionalmente os faltosos, mas estes é que se sujeitam a uma impossibilidade que a sua própria perversão lhes criou.
Aqueles que no passado se negaram a ter filhos ou, então, que por falta de amor os abandonaram no mundo, produziram em si mesmos as causas transcendentais negativas que devem gerar efeitos também negativos, no futuro, compondo assim seus destinos infelizes.
Se a própria mente cria causas perturbadoras e consequentes efeitos negativos, é óbvio que ela mesma está estabelecendo as reacções futuras.
Certos espíritos se encarnam seriamente comprometidos com outras almas amigas, que ficam no Espaço aguardando ansiosamente a gestação de corpos físicos para a benfeitora oportunidade de sua reencarnação no entanto, submersos na carne e desvirtuando as funções genésicas, olvidam as promessas feitas e aumentam as aflições e o desespero daquelas que confiavam ingenuamente na sua sinceridade.
E esse olvido gera efeitos correspondentes, fazendo com que tais espíritos, no futuro, se vejam nas mesmas condições daqueles aos quais traíram ou, então, impedidos de ter filhos, devido à irresponsabilidade de seus actos anteriores, até demonstrarem sensatez em tão importante fenómeno da vida humana.
Como vedes, a Lei da procriação, embora tenha a finalidade precípua de facilitar o nascimento do maior número de corpos, não pode violentar a disciplina cármica da semeadura e da colheita.
E não seria sensato que, para aumentar a prole do mundo, ela implantasse a desordem e a injustiça.

PERGUNTA: - Supondo-se que a limitação de filhos represente em certos casos uma necessidade imperiosa, em consequência de exigências da vida, como poderíamos levar a cabo essa limitação, sem nos agravarmos com a Lei da procriação?
RAMATIS: - Só há um único e justificável meio para conseguirdes a limitação de filhos: é a continência!
E dessa prática os próprios animais vos dão exemplo em suas relações dentro de épocas exclusivamente destinadas à procriação.
Embora ainda contrarieis em parte o "multiplicai-vos", não será tão grave o delito de evitardes a procriação, se o fizerdes por meio de sensata continência.
Fora da continência, não há outra justificação para a limitação de filhos, pois é ilícito que pratiqueis uma acção e depois queirais fugir à vossa responsabilidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:37 pm

PERGUNTA: - E que devemos pensar daqueles que se negam a procriar para cultivarem a castidade
RAMATIS: - A castidade pura é uma qualidade comum às almas nascidas no mundo material em cumprimento de qualquer missão elevada, como no caso de Jesus, que era uma entidade já liberta dos desejos carnais.
Buda, depois de casado, recolheu-se à solidão e isolou-se dos desejos da carne para poder desenvolver suas energias de alta estirpe espiritual, enquanto que Jesus, por ser missionário eleito para a salvação do homem, poupou inteiramente suas forças criadoras, desde o berço até a morte na cruz.
É tão evidente que a sexualidade não representa o conjunto das disposições orgânicas das criaturas, que os sábios mais devotados à humanidade sublimam de tal modo suas forças criadoras e as aplicam nos seus objectivos superiores, tornando-se depois indiferentes aos prazeres carnais.
Ao contrário: os seres mais fisicamente fortes e avessos ao exercício mental e à indagação filosófica do espírito, amigos do bom repasto e exsudando saúde à flor da pele, quase sempre são mais afeiçoados ao sensualismo.

PERGUNTA: - Mas não é uma injustiça que famílias pobres, que mal conseguem obter o alimento estritamente necessário para sobreviverem na Terra, ainda devam procriar à vontade?
Essa obrigação não deveria caber às famílias ricas, que possuem meios e ensejos para manter satisfatoriamente uma prole numerosa?
RAMATIS: - Não tendes notado que, em geral, as famílias mais pródigas em filhos são quase sempre aquelas que apresentam menor índice de cultura e são intelectualmente pobres?
As criaturas presas à instintividade animal são as que cumprem mais fielmente as leis da procriação; entretanto, à medida que se requintam no luxo, prestigiam-se pela cultura ou brilham sob o envernizamento social, também procuram extrair maior prazer das funções procriativas da vida humana do que mesmo gerar novos descendentes.
Os mais ricos e que apresentam melhores possibilidades de procriar, proteger e educar uma prole numerosa, limitam deliberadamente o número de filhos e muitos até os evitam por meios draconianos, destruindo egoisticamente sagradas oportunidades para numerosas almas desencarnadas poderem renascer e progredir no cenário do mundo físico.
Faltando ao pobre um entendimento mais amplo para contornar o delicado problema da natalidade, como o faz o rico, o cientista ou o intelectual, ele abandona-se displicentemente à directriz bíblica do "crescei e multiplicai-vos", sem qualquer repressão técnica ou intervenção ardilosa.
É justamente por isso que nascem mais deserdados do que protegidos pelas grandes fortunas; o vosso mundo, então, vai se povoando de criaturas pálidas, desnutridas, sem lar e sem afectos, que bem cedo prevaricam e oneram a sociedade com novos problemas angustiosos, como os da juventude delinquente e do menor abandonado, criando situações perigosas à segurança pública e de graves consequências futuras.
A Lei da procriação ajusta-se actualmente pela tangente pobre, embora se agrave a situação do mundo e o desespero já esteja eclodindo.
As classes abastadas, que no futuro serão em menor número poderão cair de suas posições privilegiadas e ser arrastadas à lama pelos mesmos espíritos aos, quais negaram guarida em seus lares e fizeram nascer outros lares, deserdados e na pobreza dolorosa.
É ainda a Lei do Carma intervindo no devido tempo e repartindo as consequências da impiedade, da indiferença e do tremendo egoísmo dos mais felizes, que só protegem os seus interesses.
Bem sabemos que, de acordo com a Lei de Causa e Efeito, os deserdados da sorte também estão resgatando suas culpas do pretérito, mas os seus movimentos de revolta e desespero aumentam cada vez mais, em detrimento dos próprios felizardos do mundo que teimam .em ignorar problemas de profundidade humana e não de classes ou de raças.
Nenhum golpe de magia conseguirá retirar da engrenagem cármica aqueles que, beneficiados pela fortuna, repugnam procriar os seus próprios filhos e ainda se recusam a adoptar filhos alheios, retirando-os da miséria e passando-os da posição de adversários para o de amigos, o que ainda poderia amenizar-lhes as culpas de limitarem a prole.
Que alegações poderão apresentar no Além-Túmulo aqueles que, tendo sido agraciados com os bens materiais, não só evitaram procriar novos corpos para as almas aflitas do mundo astral, como ainda se negaram socorrer os lares deserdados onde, no entanto, era cumprida fielmente a lei do "crescei e multiplicai-vos"!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:37 pm

PERGUNTA: - Embora respeitando as vossas razões, achamos contraproducente a procriação descontrolada de filhos.
Basta que observemos o que se passa na Ásia, por exemplo, que, devido ao excesso de sua população, está cada vez mais onerada com o tremendo problema da fome e da habitação, enquanto os seus habitantes angustiados já não vivem, mas apenas vegetam como animais vestidos à maneira de civilizados!
RAMATIS: - Ainda há pouco vos fizemos ver o grande e doloroso resgate cármico que espera os homens e os países que não socorrem outras raças empobrecidas.
Devido ao seu egocentrismo nacionalista, olvidam deliberadamente que o problema da fome hindu, chinesa, árabe ou eslava não é problema de raças, mas indiscutivelmente humano e que se estende a todas as partes do globo.
Há uma só raça, e um só nacionalismo, quer queiram ou não os magnatas e os gozadores do mundo; uma só raça de espíritos provinda de um só Deus e um só nacionalismo herdado de uma só pátria cósmica.
Não desconhecemos esse problema da fome, da veste e do lar, que assedia infelizes criaturas terrenas, que mais se assemelham a duendes desesperados.
No entanto, sob o mecanismo justo e rectificador do Carma, só passam fome, sofrem frio e perdem os seus lares ou as suas terras justamente aqueles que, no pretérito, também abusaram dos seus poderes e dos bens do mundo, criando, portanto, as condições a que depois se sujeitam quando a Lei os junge na engrenagem cármica da "causa e efeito".
Mesmo nos quadros mais pungentes da vossa civilização, que possam confranger atrozmente os vossos corações e fazer-vos duvidar da Bondade e Sabedoria Divina, ainda não existe injustiça, pois cada alma colhe de acordo com o que semeou no passado.
A lei sideral de que "quem com ferro fere com ferro será ferido" é aplicada pelos próprios culpados de ontem, que assim se recuperam espiritualmente das burlas e das crueldades de outrora.
Quando ainda vivíamos na Indochina, em uma de nossas últimas encarnações, muitas vezes encontramos apodrecendo à beira das estradas famílias completas de infelizes, como se tivessem sido apunhaladas por um destino cruel e maldoso.
No entanto, examinando os seus registros etéricos, projectados em suas auras, reconhecíamos, surpreendidos, que ali apenas se encontravam os mesmos componentes das cortes faustosas, que haviam se servido do seu poder e da sua fortuna para semear a fome, a desdita e a morte, e atender aos mais absurdos caprichos e paixões!
Quantas vezes os rajás faustosos, da velha Índia, os mandarins cruéis da China, os imperadores maldosos de Roma ou os faraós prepotentes do Egipto compõem o cortejo dos infelizes que se afundam nas grandes inundações, consomem-se nas cinzas ardentes dos vulcões, ou então vagueiam, sedentos e esfomeados, pelas margens do Ganges, Iã-Tzé ou do Nilo, reajustando-se nas cruciantes situações que lhes apuram a tessitura perispiritual e lhes despertam os sentimentos angélicos da alma!
Ante a carência de corpos físicos para servirem satisfatoriamente às necessidades cármicas dos espíritos desencarnados, é importantíssima a prodigalidade de filhos, embora se alegue a falta de alimentos, de veste e do lar, próprios das populações angustiadas.
A Técnica Sideral não dispõe de outro processo de reajustamento dos endividados para consigo mesmos, por cujo motivo eles terão que implacavelmente regressar ao mesmo ambiente detestável que criaram pelo seu despotismo passado, envergando as vestes esfarrapadas de suas vítimas.
E a terapia mais lógica indica que o medicamento mais eficiente, e de urgência, deve ser o renascimento na carne, que os fará recapitular as lições perdidas.
As suas provas dolorosas, da fome, da miséria e do desabrigo requerem ambiente adequado e esse ambiente é o das regiões deserdadas.
Quando os potentados do mundo resolverem aplicar-se à liquidação dos flagelos da fome e da nudez humana e a construir abrigos para todos os miseráveis, também estarão aliviando suas próprias situações futuras, pois terminarão melhorando o próprio ambiente em que também terão de viver mais tarde.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 7 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 22, 2021 6:38 pm

PERGUNTA: - Mas é possível que essas situações de miséria, tão angustiosas, que ocorrem principalmente no continente asiático ou no africano, sejam decorrência natural do clima e da indiferença dos seus administradores, em lugar de se tratar de deliberada prova cármica; não é assim?
RAMATIS: - Não opomos contestação alguma ao que dizeis, mas lembramos-vos de que os culpados de hoje deverão vestir, no futuro, os mesmos trajes de suas vítimas, para sofrerem em si mesmo as consequências nefastas daquilo que criaram com a sua cruel indiferença; capricho ou cupidez.
Nenhum pária do mundo sofre as dores de outrem.
Vós mesmos, se tivésseis necessidade de semelhante purgação - não tenhais dúvida! - a Lei do Carma também vos teria feito reencarnar na Índia, na China, no Japão ou na Arábia, justamente nessas regiões miseráveis, que se apresentam nas condições exigidas pela experimentação cármica dolorosa.
Eis porque a limitação de filhos não solucionaria de modo algum o problema angustioso dos párias e esfomeados da Ásia ou de qualquer outra região do vosso orbe.
Entretanto, a prodigalidade de organismos físicos bem mais cedo poderia auxiliar a solução do problema dos espíritos enfermos, que ainda vagam no Além por falta de oportunidades redentoras na matéria.
Se eles pudessem se ajustar novamente à vida física e cumprir as condições cármicas requeridas para a sua cura espiritual, mais rapidamente poderiam saldar seus débitos, e então a própria direcção espiritual do orbe providenciaria em seguida a melhoria das regiões deserdadas, que no momento ainda significam o "caldo de cultura" da rectificação espiritual dos delitos dos seus próprios responsáveis.
E como ainda predominam entre os homens o egoísmo, o orgulho, a maldade, a desonestidade, o amor-próprio, a avareza ou a cupidez feroz, e toda essa gente terá de passar para cá, juntando-se a hordas como as de Atila, Gengis Cã, Tamerlão, Alexandre, Aníbal, César e outros, podereis avaliar quão grande é a quantidade de espíritos que precisarão voltar à Terra ou a qualquer outro globo inferior, a fim de resgatar os seus delitos sangrentos, curtir a fome e a miséria que alhures também semearam, quer como chefes bárbaros, soldados inescrupulosos, negociantes, mercadores ou asseclas, prontos para praticarem as maiores vilezas e monstruosidades!

PERGUNTA: - E como é que a Técnica Sideral conseguirá solucionar esse grande problema de falta de corpos, quando na Terra a tendência dos agrupamentos civilizados é a de reduzir a cota de filhos?
RAMATIS: - Já temos demonstrado que, embora isso vos pareça insensatez, é justamente entre as famílias mais incultas e nas regiões onde mais predominam a fome, a miséria e a injustiça, que paradoxalmente se verifica a maior prodigalidade de filhos.
Não é a Ásia, e principalmente a China, que mais se vêem às voltas com os seus cruciantes problemas de miséria, fome e desnutrição dantescas e ao mesmo tempo com a saturação demográfica, pelo crescimento avultado de suas populações?
Qual o motivo, aparentemente absurdo, por que a procriação é mais intensa justamente nas regiões onde a miséria grassa mais assustadoramente?
Para a visão dos encarnados, tudo isso parece insensatez; no entanto, tais acontecimentos são perfeitamente controlados pelo Além pois, enquanto existirem países em condições angustiosas e de miséria, provocadas pelo próprio homem, também serão aproveitadas todas as oportunidades para aí se reencarnar o maior número possível de carrascos, malfeitores, avarentos, potentados orgulhosos, mandatários cruéis, administradores corruptos, exploradores da miséria humana e arruinadores de lares, todos necessitados urgentemente de corpos físicos para a mais breve renovação do espírito.
Essas regiões que o vosso sentimentalismo condena são verdadeiros laboratórios de ensaios de química espiritual, onde os Técnicos do Senhor apuram as credenciais angélicas ainda adormecidas nas almas atrabiliárias.
São um purgatório onde se purificam os seres, se ajustam as colectividades e se desinfeccionam famílias inteiras que, após a vida faustosa no luxo do mundo, à custa da miséria do próximo, retornam para substituir o veludo pelo estame, a carruagem pelo bordão, as pedras preciosas pelos remendos e as insígnias douradas pelas chagas do corpo!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 7:59 pm

Aqui, a caravana principesca do passado retorna esfomeada ao meio miserável e arma a sua barraca de trapos sujos; ali, bandos de crianças famintas são apanhadas pelas inundações tumultuosas, enquanto nas vascas da agonia ainda se revêem no pretérito, como gloriosos descendentes dos mandarins ou dos rajás, no mórbido divertimento de afogar os filhos dos párias; acolá, princesas e beldades, que formavam os quadros régios das cortes nababescas, que alimentavam cães com iguarias requintadas à vista da turba faminta, também se desesperam, esfaimadas, em novas configurações humanas, assistindo a tragédia irremediável dos seus novos entes queridos, que são velhos comparsas pregressos, reencarnados!
Eis porque nessas regiões flageladas ainda persiste a superpopulação e a criticável prodigalidade de filhos, pois a Lei do Alto não abolirá esse campo de provas enquanto ainda existirem candidatos aguardando a sua oportunidade de purificação e de ajuste cármico pelo sofrimento acerbo, preparando-se para vestir a túnica nupcial do futuro banquete do Senhor.

PERGUNTA: - Qual a prova mais positiva de que nessas regiões flageladas a prodigalidade de filhos é encarada espiritualmente como auxílio para a recuperação de espíritos endividados?
RAMATIS: - Através dos seus costumes tradicionais, há muito tempo o Oriente coopera para o aumento de corpos exigível para as reencarnações, pois as suas leis estimulam e auxiliam a fertilidade através dos casamentos prematuros, como também permitem a existência de haréns, onde se valoriza a prodigalidade de descendentes.
Os velhos sultões, rajás, mandarins e privilegiados, cujo politeísmo tem sido tolerado e mesmo resguardado sob a severidade de suas leis, tornam-se pródigos em atender à Lei quanto ao fornecimento de organismos físicos que, então, se tornam valiosas oportunidades para as almas sofredoras e desesperadas ingressarem na vida do mundo físico.
Os mentores espirituais aproveitam-se dessa prodigalidade de fertilidade humana, estranhável no Ocidente mas tradicional no Oriente, para então promover a recuperação do maior número possível de almas delinquentes, na tentativa de ainda prepará-las em tempo para que possam tentar a experimentação selectiva do "juízo final", que se aproxima rapidamente.
No entanto, sendo os países das Américas regiões ainda novas, onde o desregramento do passado é mais recente e por isso menos intensivo, mantém-se em equilíbrio, ali, a cota de sexos masculinos e femininos, enquanto no Oriente se vê a braços com um número tal de mulheres que incentiva a poligamia e a excessiva procriação.
Isso sucede porque também é mais reduzido, nas Américas, o número de espíritos necessitados de provas tão acerbas como as da Ásia, embora algumas vezes - sem a extensão do que sucede por lá - ocorram nas Américas provas parecidas às que ocorrem comumente na China, no Japão, na Índia e noutras regiões situadas na orla dos grandes furacões, flagelos e vulcões.
Enquanto na América do Norte - para resgatar suas dívidas cármicas consequentes da violência com que os seus pioneiros desalojaram impiedosamente os pele-vermelhas de suas terras - os seus habitantes têm que aceitar as encarnações de espíritos muito instintivos, sofrendo-lhes a rebeldia e a desforra na figura dos "gangsters" brutais; no vosso país a velha dívida para com os negros escravizados sem qualquer respeito pelas suas necessidades, também está sendo paga na carga de ociosos, malandros e transviados que vos exploram e assaltam cotidianamente.

PERGUNTA: - Que podeis nos dizer sobre o facto de algumas mulheres serem sujeitas ao sacrifício de terem filhos gémeos, trigémeos e até em número maior?
RAMATIS: -. Os geneticistas modernos têm se surpreendido ultimamente pela facilidade com que nascem gémeos e até quíntuplos no vosso orbe.
No entanto, devido ao seu desconhecimento em matéria de espiritualidade, não sabem que a Natureza ensaia um novo programa procriativo futuro, em virtude do qual certo número de almas abnegadas deverão compensar com maior cota de filhos, em cada gestação, a deficiência daquelas que são estéreis ou os evitam deliberadamente.
Mas não creiais em sacrifícios injustos; as mulheres às quais a Lei da procriação determinar maior quota de filhos serão as que aceitarem essa condição como um meio de acelerar o seu progresso espiritual, ou então o fizeram para recuperação das sagradas funções procriadoras desprezadas no passado.
É inútil que a criatura humana estabeleça planos à parte e sem conexão com as directrizes superiores; a Lei, em sua vigência implacável mas benfeitora, sempre encontrará meios de manter o equilíbrio e a harmonia tão necessários à vida do espírito, no seu contacto educativo com o mundo físico.

1 - Génesis 1:28.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:00 pm

27 - As Relações Cármicas entre Pais e Filhos
PERGUNTA: - Quando um espírito reencarna com uma provação dolorosa desde o berço, seus pais também sofrem indirectamente.
Que é que justifica esse sofrimento dos pais?
RAMATIS: - Não há nisso injustiça nem punição imerecida pois, quando tal se dá, tanto os pais como o reencarnado estão ligados pelas mesmas culpas e débitos assumidos no passado.
A Lei Cármica é justíssima, e na sua equanimidade só reúne em provas rectificadoras, semelhantes, aqueles que também são culpados de alguma insânia espiritual.
Quantas vezes os pais de hoje são os próprios responsáveis por crimes cometidos no pretérito por aqueles que depois reencarnam como seus filhos!
Então cumpre-lhes a severa obrigação de reerguê-los moral e espiritualmente, amparando-os para alcançarem condições superiores.
Da mesma forma, inúmeros filhos que participam das provas dolorosas dos seus pais também estão vinculados a eles por débitos semelhantes.
Nos lares terrenos é muito comum que os algozes e as vítimas se ajustem espiritualmente, presos aos mesmos interesses e necessidades.
As velhas algemas de ódio atadas no passado principiam então a se desatar sob a união consanguínea da família terrena.

PERGUNTA: - E nos casos em que os filhos desencarnam prematuramente?
Isso não poderá acarretar dores injustas aos seus pais?
RAMATIS: - Quando o espírito se despede em tenra idade, não é para que os pais venham a sofrer dores avaramente calculadas pela Lei do Carma; isso é proveniente de acordo espiritual em que a alma deverá desencarnar cedo na Terra; por isso já nasce no lar daqueles que, por dívidas pretéritas, deverão perder o filho em tenra idade, quer porque motivaram desencarnações prematuras ou porque foram responsáveis por situações semelhantes.

PERGUNTA: - Mas, sob essa maneira de agir, a lei do Carma representa uma punição perfeitamente enquadrada no conceito do "olho por olho e dente por dente"; não é assim?
RAMATIS: - Há equívoco nessa vossa interpretação, porque o principal motivo do sofrimento ou resgate cármico das criaturas terrenas é sempre a falta de Amor, que ainda predomina nos seus corações.
E o papel da Lei Cármica, em seu principal fundamento, não é o de punir os delitos de espíritos mas, acima de tudo, desenvolver o sentimento de amor, que ainda se encontra de forma embrionária na maioria dos homens.
O sentido rectificador da Lei do Carma é a sua natureza moral e não penal.
Os pais que sofrem a dor atroz de perder seus filhos em idade infantil não são castigados pela culpa directa de terem sido negligentes para com os outros descendentes, no passado; na verdade, embora obrigados a isso, eles se submetem a um processo de técnica sideral que tanto lhes rectifica os impulsos psíquicos destrutivos, como ainda lhes aviva o sentimento amoroso adormecido no seio da alma.
Nesse caso, a implacabilidade da Lei age mais sob o conceito de que "cada um há de colher conforme o que semear", em lugar do conceito draconiano de "olho por olho e dente por dente".
Rectifica-se o "motivo" que gerou o pecado na existência pretérita, ou seja a falta de amor.
Graças a essa terapêutica dolorosa, em que desencarnam prematuramente os filhos de pais culpados, do passado, activa-se nestes, espontaneamente a razão de um novo amor que, embora principiando por um afecto ainda egoísta, há de se enternecer sob as dores pungentes da saudade dos entes queridos que partem mais cedo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:00 pm

PERGUNTA: - As criaturas que sofrem a dor inconsolável de perder os filhos em tenra idade são então aqueles que deliberadamente os destruíram em outra vida, devendo suportar agora essas provas atrozes.
É isso mesmo?
RAMATIS: - Nem todos os que perdem seus filhos em tenra idade destruíram outros descendentes no passado.
Essas provas dolorosas e rectificadoras do espírito, como já vos dissemos, subordinam-se ao grau de sentimento amoroso que precise ser desenvolvido nos pais, em confronto com o maior ou menor sentimento egocêntrico neles existente.
É um processo que activa e apura, no recesso da alma, o amor aos filhos, e que no pretérito foi muito negligenciado.
Variam as formas de delitos e, consequentemente, também variam as provas futuras no tocante à perda prematura dos filhos.

PERGUNTA: - Podeis nos explicar algumas dessas formas de delitos, a que vos referis?
RAMATIS: - Explicaremos; mas insistimos em vos dizer, novamente, que, se tais delitos sentenciam carmicamente os seus culpados a futuras perdas de filhos, isso não sucede por determinação punitiva da Lei do Carma, pois apenas se trata de um processo técnico espiritual e rapidamente eficiente, que faz eclodir no espírito indiferente o sentimento de amor que ainda lhe falta.
Esses delitos podem ser consumados por diversas causas, entre elas, o aborto voluntário, as operações propositais para se fugir à responsabilidade de procriar, o descaso odioso na enfermidade dos filhos detestados, o sadismo no castigo excessivo, a doação desnecessária dos filhos, por indiferença, comodismo ou preconceitos sociais, ou mesmo a negligência de deixá-los sucumbir por falta de assistência ou amparo.
Sem dúvida, o maior delito ainda é o de matar o filho propositadamente, como sucede entre muitas mulheres infelizes, algumas das quais o fazem por medo de enfrentar a maledicência do mundo e outras por invencível aversão cármica ao espírito adversário do passado, que se abrigou em suas entranhas.
Indiscutivelmente, todos os delitos que vos enunciamos sempre identificam e comprovam que só se sucedem pela visível falta de amor nos seus autores, pois, se já tivessem desperto esse sentimento sublime, nenhum desses delitos seria consumado, mesmo que exigisse a vida de quem os podia praticar.
É suficiente um rápido exame para verificardes que, se houvesse a compreensão amorosa do sentido real da vida reencarnatória do espírito, os progenitores nunca olvidariam que a sua própria vida na carne a devem também a outros seres que os haviam precedido na jornada, mas que foram dominados pela terna disposição de criar.
Se assim pensassem não só seriam induzidos a evitar as terríveis expiações do além túmulo, como ainda se livrariam das terríveis amarguras de, em vidas futuras, se debruçarem sobre o caixão mortuário do filho amado que parte prematuramente.

PERGUNTA: - Ocorre-nos à reflexão que esses delitos que enunciais parecem se referir exclusivamente à responsabilidade materna.
Então, qual a culpa do pai, quando se encontra obrigado a provas tão dolorosas com a perda prematura dos seus filhos?
RAMATIS: - Dentro do mecanismo perfeito da Lei do Carma, o esposo que é submetido à prova angustiante da perda prematura dos filhos obviamente responde por motivos que podem se enquadrar nos seguintes delitos do passado: induziu a companheira ,ao aborto, ao infanticídio ou à operação "anticonceptiva"; abandonou a família e os filhos, livrando-se da responsabilidade paterna, ou torturou-os cruelmente, por haver pressentido neles alguns adversários espirituais encarnados em seu lar.
É justo, pois, que um pai nessas condições deva ser submetido no futuro à prova dolorosa de ser privado dos seus descendentes, que então bem desejaria criar, despertando o sentimento do amor pela sensibilização dolorosa do coração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:00 pm

PERGUNTA: - O sofrimento dos pais pecaminosos, nas existências futuras, sempre se iguala à natureza dos seus delitos praticados nas vidas anteriores?
RAMATIS: - Não podemos esmiuçar todos os recursos de que se socorre a Lei do Carma na sua aplicação metódica para elevar o padrão espiritual dos seres; mas podemos afirmar que a "semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória"!
O processo cármico, vigoroso e severo, de rectificação espiritual, sempre se desenrola atendendo à restrita necessidade de renovação espiritual e não como vingança ou cólera de Deus a se abater sobre o culpado.
Vós sabeis perfeitamente que, quando um homem bom, num momento de cólera intempestiva, pratica um homicídio, a Lei sempre o trata com mais indulgência do que se ele fosse um homem mau ou um assassino profissional.
O primeiro dispensa um processo compulsório mais doloroso, porque a sensibilidade de sua consciência já lhe permite meditar sobre o crime e purgar-se com o ferrete do remorso.
No entanto, o segundo, curtido pelos crimes e incapaz da "autocrítica" acusadora, ou do remorso purificador, há de exigir um plano de dores mais atrozes, para se despertarem as fibras do seu coração endurecido!
Da mesma forma, os delitos cometidos no passado pelos pais culposos, embora às vezes sejam iguais em sua origem e acção, podem variar quanto às condições da seu resgate futuro.
A mãe que trucida o filho num momento de loucura, por não poder se livrar da miséria insidiosa, de modo algum será tratada pela Lei Cármica, que é justa e sábia, nas mesmas condições daquela que mata o fruto de sua carne porque teme a maledicência; o sacrifício social do nome, ou não deseja abdicar dos prazeres do mundo.

PERGUNTA: - Quando os progenitores culpados são submetidos à prova dolorosa de perderem os seus queridos filhos, de que modo se lhes desenvolve o amor, que era inexistente no passado?
RAMATIS: - O despertar do potencial de amor nos pais delinquentes de outrora, obviamente se processa na esfera cordial do psiquismo, pois a dor que é produzida pela perda do filho querido transforma-se em divina força centrípeta, que concentra e apura todas as vibrações dolorosas no cadinho depurador do espírito.
Sob o invólucro dos corpos físicos permanece sempre a alma imortal, cuja memória etérica se engrandece e se sublima pelos feitos tio amor e do heroísmo nas vidas humanas.
Enquanto isso os seus equívocos se rectificam sob o estilete do sofrimento dirigido pela pedagogia sideral.
Em cada existência, o espírito é batido pelos vagalhões das vicissitudes morais e dos sofrimentos físicos; mas a renovação sidérea interior nem sempre resulta de conformidade com. os acontecimentos trágicos ocorridos no cenário físico.
Enquanto o castigo corporal, a segregação no cárcere e o comentário aviltante da imprensa diária não conseguem abater o cinismo e despertar o sofrimento moral no delinquente contumaz, a mais singela dúvida de honradez sobre um homem justo fá-lo sofrer desesperadamente!
O mesmo se dá com o efeito das provas cármicas dos pais culpados, do pretérito: para alguns, a simples impossibilidade de nascer um filho tão esperado já significa profunda tortura; para outros, mesmo a tragédia dantesca que se abate no lar, e destrói até a família, de modo algum lhes comove a rudeza do coração, nem activa o amor que ainda está petrificado pelo passado de ignomínia!
Eis por que a Técnica Sideral costuma empregar métodos da mais alta eficiência correctiva, e precisamente de conformidade com a psicologia e o grau de sensibilidade psíquica dos espíritos culpados, visando exclusivamente à eclosão do sentimento amoroso faltante, e não um acordo com o vulto do delito passado.
Se assim não fora, poderíeis acusar a Divindade de cruel sadismo para com os seus filhos, pois então estaria agindo sob o guante da Lei do "olho por olho e dente por dente".
Nesse caso, seria punida a quantidade do crime e sacrificada a qualidade do sentimento de amor que porventura já devesse existir na alma delinquente.
Daí o facto de um mesmo tipo de crime poder revelar psicologias criminosas diferentes e até opostas pois, embora dois crimes se assemelhem na prática, podem variar quanto à necessidade de aplicação do processo de rectificação espiritual.
Enquanto a montanha de pedra requer poderosa carga de dinamite para ser rompida, durante a confecção da estátua é suficiente o trabalho lento e incisivo do cinzel.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:00 pm

Sob a mesma disposição de relatividade, a Lei do Carma também atua sobre as almas culpadas de delitos semelhantes, encaminhando para sofrimentos mais vultosos aquelas que ainda se encontram petrificadas pela impiedade, requerendo uma terapêutica rectificadora mais acerba.
Mas também impõe um programa doloroso mais suave aos corações melhores e que foram mais vítimas de sua emotividade invigilante do que mesmo da crueldade deliberada.
E assim, a mãe criminosa, que matou por piedade, desespero ou miserabilidade, embora possa futuramente sofrer a prova dos filhos doentes, vê-los-á sobreviverem, sem a dor de perdê-los prematuramente; no entanto, a que os trucidou por ódio, ou pela fuga da responsabilidade materna, embora haja semelhança no delito, praticou uma falta que requer futuramente a dor da separação do filho querido.

PERGUNTA: - Apreciaríamos que nos désseis um exemplo mais concreto, através do qual pudéssemos avaliar melhor o modo como se desenvolve esse amor nos pais que são provados por terem matado ou abandonado seus filhos em vidas passadas.
RAMATIS: - Para maior clareza do assunto, reduzamos os delitos a uma só forma e vejamos quais as suas prováveis consequências cármicas futuras.
Suponhamos então que o caso de um pai que, em vidas pregressas, repudiasse um seu filho, porque era feiíssimo, deformado, enfermiço ou de raciocínio perturbado.
Perante a Lei Cármica, esse pai comprovou que ainda estava incapacitado para amar os seus próprios filhos, a ponto de desprezar a alma atribulada que veio suplicar guarida e amparo no seu lar terrestre, para suportar as suas terríveis provas de humilhação física.
Se em seu coração já existisse a mais diminuta forma de afecto ou piedade, é evidente que ele teria se apiedado do infeliz descendente, prodigalizando-lhe o carinho e as atenções mais exigíveis, por ser vitimado pela lesão corporal.
Sob as directrizes da Lei Cármica, de rectificação espiritual, esse pai delinquente é um necessitado de reparos espirituais; não, porém, pelo fato de repudiar o filho infeliz, mas porque ainda não sabe amar!
E se o principal objectivo de sua vida espiritual é o desenvolvimento do amor adormecido no recesso de sua alma, a Lei então estabelece o plano do falecimento prematuro do futuro filho sadio ou formoso e que, por isso mesmo, há de ser egoisticamente amado na próxima existência.

PERGUNTA: - E como será induzido esse pai a amar o filho futuro, se em sua alma ainda persiste a mesma falta de amor do passado?
RAMATIS: - A Técnica Espiritual sabe agir com extrema sabedoria e aproveitamento do próprio potencial adormecido nas almas faltosas; serve-se de recursos eficientíssimos que, embora dolorosos, atuam como verdadeiros "excitadores" ou "multiplicadores" de frequência amorosa ainda deficitária.
Em face de haver pecado pelo desprezo e repúdio ao filho indesejável, devido a ter sido feio, disforme, doente ou débil mental, a Lei então ajusta-lhe um outro filho sadio, belo ou sumamente inteligente - para breve desencarnação - que se torna o seu incessante motivo de paixão e gozo egotista.
Feliz e envaidecido por se ver alvo da admiração alheia, que lhe cadeia a figura do rebento querido, mas desavisado das futuras provas dolorosas que o espreitam, deixa-se fanatizar pela adoração descontrolada.
Alguns pais vivem quase que exclusivamente circunscritos em torno do seu deusinho belo ou sábio, felicíssimos por atenderem-lhe aos menores caprichos e desejos, ou valorizar-lhe a graça juvenil.
É o tesouro festivo do lar abençoado por Deus; é o melhor ser do mundo!
Mas isso tudo ainda é paixão egocêntrica e vaidosa, gerada pela imagem agradável da própria carne que teve forma feliz; mas pouco a pouco vão se mudando as emoções nos corações dos pais faltosos; a Lei submete-os aos climas emotivos mais contraditórios, intercalando-lhes fases de alegria e angústia, ventura e medo.
A simples premonição de qualquer enfermidade em seu querido descendente é bastante para anuviar-lhe as almas aflitas; as enfermidades constitucionais da infância acumulam dores e preocupações.
Então o filho adorado daquele homem do nosso exemplo de há pouco, nascido belo, sadio ou inteligente, torna-se o motivo de incessante intranquilidade e serve de apuro à sensibilidade amorosa que desperta no pai, que passa a viver cenas exactamente opostas às do passado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:00 pm

Ele alegrava-se antes à simples ideia de que um acidente trágico ou uma enfermidade irreparável pudesse aniquilar o filho repudiado por ter nascido feio, doente, débil ou aleijado.
A esperança pregressa de ver o filho perturbado morrer logo, porque significa profunda humilhação aos esposos perante os progenitores felizes, transforma-se, noutra existência, num ardente desejo de que sobreviva de qualquer jeito o descendente perfeito e glória da família!
Submetendo as almas delinquentes do passado a processos de profundeza espiritual, a Lei Cármica, de causa e efeito, consegue extrair do veio do coração o precioso minério que é o amor.
Embora, de princípio, o filão do amor só possa ser explorado pela vaidade, interesse e egoísmo, para depois se sublimar na ternura, no sacrifício e na renúncia, a Divindade possui recursos para lograr o êxito objectivado.
Os pais culpados, invertendo a direcção de suas paixões represadas pelo despeito da deformidade dos filhos, no pretérito, terminam inteiramente fascinados pelos seus descendentes, que depois lhes exaltam as tradições de família ou provocam a admiração alheia entusiasta.
Abandonam-se efusivamente a um amor fremente, mas onde ainda se mesclam a vaidade com extremos de ternura e o orgulho com a adoração.
Ocorre justamente o reverso do que lhes acontecia no passado quando, diante do filho lesado pelo destino, tudo faziam para molestá-lo e expulsá-lo de sua presença, terminando por afastá-lo para a frieza dos orfanatos, a impiedade dos tutores sádicos ou das madrinhas histéricas.

PERGUNTA: - Podemos supor que, após esse experimento rectificador, proporcionado pela Lei, os corações desses progenitores se encontrem suficientemente desenvolvidos, para mais tarde amarem outros filhos menos agraciados pela natureza?
RAMATIS: - Apesar de tanto júbilo e emotividade à flor da pele, para com filhos, ainda não é possível dizer que já conseguiram a devida compensação à falta de amor que os fez delinquir no passado.
É certo que, embora se trate ainda de paixão activada pela configuração carnal e pelos dotes excepcionais do feliz rebento, isso já comprova que germina o sentimento que futuramente fará eclodir o amor nos seus corações recalcitrantes.
No entanto, como eles não 'têm direito ao gozo completo na existência rectificadora - porque isso seria flagrante descaso para com a Lei, como se ela premiasse os pais culposos - a morte estende as asas lúgubres e ceifa a vida do filho adorado, quase sempre quando é mais intenso o júbilo da família.
Inútil descrever-vos então a dor intensa e o sofrimento atroz a fazerem morada nesses corações feridos pela suposta impiedade de um Deus que lhes rouba o filho querido!
A sua morte pode provocar acerbas blasfémias contra o Criador; talvez emudeça por longo tempo a alegria da mãe ferida no âmago do coração, enquanto o pai se deixa dominar pela revolta sistemática contra todos os ditames da vida religiosa ou da revelação espiritual.
Mas a Lei do Carma, em sua infinita sabedoria, sempre logra o êxito de sensibilizar os corações indiferentes do passado, preparando-os com rigor, mas tornando-os ternos e amorosos para outros afectos futuros.
A saudade que ainda os envolve, causada pela partida do ente querido, continuará a manter-lhes viva a imagem do filho que contribuiu como um verdadeiro "despertador" do amor que existia adormecido na frieza das almas que o adoravam.

PERGUNTA: - Esse amor só pode ser despertado através de filhos belos, sadios ou inteligentes, que mais tarde desencarnem para avivar os sentimentos paternais adormecidos?
RAMATIS: - Não vos esqueçais de que estamos nos cingindo apenas ao exemplo de um pai que, devido ao abandono de um filho deformado, débil mental ou adversário espiritual, requeria a terapêutica rectificadora de perder prematuramente outro filho, belo, sadio ou inteligente.
A Lei dispõe de diversos recursos para incentivar os pais delituosos a despertarem o amor latente em suas almas, sem precisar submetê-los exclusivamente à prova de perderem os filhos belos ou sábios.
O espaço exíguo desta obra não nos permite analisar a multiplicidade de acções e reacções de "causa e efeito", que se processam sob a visão sábia dos Mentores Siderais, quando precisam promover a rectificação espiritual dos diversos delitos de pais comprometidos com os filhos em encarnação anterior.
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A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes - Página 7 Empty Re: A Vida Além da Sepultura - Atanagildo / Ramatis/Hercílio Maes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:01 pm

PERGUNTA: - Inspirando-nos no próprio processo da Lei Cármica, que regula a "causa" e o "efeito", na rectificação dos equívocos das criaturas, achamos que os filhos deformados, maus, imbecis ou repulsivos, que são repudiados pelos pais impiedosos, devem merecer tal hostilidade.
Supondo que, no passado, eles também houvessem repudiado afectos paternos e desprezado seus progenitores, a Lei não os deveria colocar também sob a tutela de pais adversos?
RAMATIS: - Evidentemente, muitas vezes assim sucede, na lógica justíssima do processo cármico.
Geralmente, os espíritos que subestimaram seus progenitores em uma encarnação, não merecendo em futuros renascimentos o tecto afectuoso a que" não fizeram jus, renascem de pais indiferentes, impiedosos e destituídos de qualquer ternura.
E quando, além de sua frieza amorosa, eles ainda pressentem no filho antipático a presença do adversário detestado, do passado, então deixam-se tomar por invencível repulsa, chegando até a expulsar o infeliz descendente, quando o despeito, o ódio ou a crueldade não os leva a aniquilá-lo impiedosamente, conforme a imprensa terrena é pródiga em noticiar.
Os espíritos bastante agravados pelos delitos do passado e que tentam o renascimento para a devida reconciliação com os adversários de outrora, necessitando nascer disformes ou retardados mentais, vêem-se muito reduzidos nas suas possibilidades de êxito e de acolhida favorável na família terrena.
Aqueles que já se beneficiam com a presença do remorso na consciência aviltada, submetem-se, amargurados, à tentativa - de pouco êxito - de sobreviverem no lar dos seus inimigos pregressos, aos quais também se ligam pelos laços do ódio inconformável.
Dominados por indescritível angústia, importa-lhes unicamente ajustarem-se a um corpo de carne, no qual possam olvidar a incessante recordação cruciante dos seus crimes pois que, na memória etérica liberta no mundo astral, os segundos já vividos mais lhes parecem séculos de horror e desespero.
Então aceitam qualquer encarnação disforme, da carne, para renascerem na matéria, ou os pais mais odiosos da Terra para criá-los; basta-lhes o bálsamo do esquecimento das vilezas pretéritas, concedido na forma de corpo físico!
Quando devido a impiedade ou hostilidade criminosa os progenitores adversos os devolvem novamente para as misérias do mundo astral inferior, expulsando-os do corpo de carne tão implorado para a redenção espiritual, são bem raros os espíritos que se conformam com esse acontecimento odioso.
Sentindo recrudescer o ódio mal dissimulado sob as cinzas do próprio interesse, tornam-se abrias desatinadas e lançam-se raivosamente sobre os seus ex-progenitores, perseguindo-os implacavelmente até a hora da sua desencarnação, quando então os esperam, à beira do túmulo, como enfurecidos demónios sem a menor parcela de piedade!

PERGUNTA: - Estamos certos de que uma grande parte dos pais terrenos não leva muito a sério essa possibilidade pois, se a levassem, as creches e os orfanatos estariam vazios!
RAMATIS: - Esses pais precisam saber que nenhum dos mais trágicos escritores do vosso mundo poderia descrever o pavor e a alucinação que se apoderam dos pais infelizes que, dominados pelo ódio, repudiam ou matam os seus filhos na Terra.
Quando retornam ao Além, transformam-se em verdadeiros "trapos vivos" nas mãos dos exacerbados verdugos e adversários que imprudentemente eliminaram dos seus lares terrenos.
As mulheres que às vezes se deixam dominar por sentimentos súbitos de repulsa e revolta para com os filhos nascituros, e que se socorrem dos tradicionais inimigos da vida, ou "fazedores de anjos", para expulsá-los através do aborto premeditado, ignoram que um pavoroso inferno de sofrimento as espera quando, após a desencarnação, caírem desamparadas sob o guante dos espíritos tenebrosos aos quais negaram um corpo já em gestação.
Não vos é possível imaginar a cólera, o ressentimento, a revolta e o ódio que se apoderam desses espíritos quando reagem contra as criaturas que lhes impediram a gestação do corpo amigo e tão precisado para olvidarem o passado acusador, que ferreteia incessantemente as suas memórias subvertidas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:01 pm

Depois dessa desilusão; só lhes move um desejo feroz: cercar de todas as humilhações possíveis e enfermidades cruciantes aqueles que lhes negaram o benefício de um corpo físico, apressando-lhes também a desencarnação, a fim de mais breve torná-los vítimas das mais cruéis vinganças.
Por isso, se muitos filhos deformados, imbecis, cruéis ou retardados mentais merecerem a prova cármica de nascer em lares de pais adversos, os progenitores precisam se conformar com o acontecimento desfavorável, pois estão colhendo na prole antipática o fruto das sementes hostis e maldosas que semearam em encarnações passadas.

PERGUNTA: - Desde que, por Lei do Carma, os espíritos que repudiaram ou menosprezaram seus pais devem renascer no seio de famílias adversas, com probabilidade de serem, repudiados e até mortos prematuramente, os pais que os rejeitam ou maltratam não estarão contribuindo para a concretização dos próprios objectivos rectificadores da Lei contra os faltosos?
E isso não deveria amenizar as suas provas futuras, uma vez que apenas deram cumprimento àquilo que já estava obviamente determinado?
RAMATIS: - A Lei do Carma, apesar de ser justa e implacável, não cria a predestinação para o crime, nem permite a desforra por parte de ninguém.
Ela é apenas o efeito de uma situação criada pelo próprio homem, no passado.
Quanto ao modo mais certo de agir neste caso, é Jesus quem o indica, nas seguintes recomendações:
"Ama ao próximo como a ti mesmo", e "Faz aos outros o que queres que te façam" ou, ainda:
"Quando te tirarem o manto dá-lhe também a túnica"; "Se o teu adversário obrigar-te a andar uma milha, vai com ele mais uma".
Não importa cogitar se as culpas requerem punições ou se os delitos exigem reparações ao pé da letra, pois o objectivo mais importante a ser alcançado para a felicidade da vida espiritual ainda deve ser a libertação das algemas do ódio, do ciúme e da crueldade, que ligam as almas adversárias e endividadas ao mundo material.
O círculo vicioso das desforras e tormentos recíprocos indica situação de profunda ignorância do espírito, pois o prende ainda mais nas rodas das reencarnações!
A reparação recíproca, imposta pelos preceitos cármicos, e obrigatória ao espírito, tem por fim evitar que se perturbem a ordem e a harmonia do mecanismo da evolução, e ocorra o desleixo na linha moral do aperfeiçoamento da alma.
Desde que os próprios adversários resolvam desatar os grilhões que os escravizam mutuamente às vinganças, eles mesmos terão conseguido os efeitos benfeitores para as suas futuras reencarnações, cada vez mais reduzidas como situações de amarguras e mais amplas quanto ao sentido de oportunidade educativa.
Os pais que se antipatizam com os filhos e os detestam porque nasceram deformados, imbecis, ou são inimigos pregressos, mesmo que pudessem comprovar que tais espíritos não têm direito a um lar amigo, nem por isso teriam o direito de eliminá-los, pois uma acção criminosa cria um "efeito" sob igual culpa.
Em consequência, esses pais se candidatam às dores atrozes das perdas dos filhos no futuro, assim como terão de renascer no seio de família antipática, contando com maiores probabilidades de serem enxotados e bem menores ensejos de permanência no lar.
A criatura humana, em lugar de discutir a procedência dos actos resultantes da acção implacável da Lei do Carma - que é processo educativo obrigatório para a disciplina no mundo físico - deve aceitar incondicionalmente as disposições da Lei do Evangelho, que são libertadoras e conduzem à vida nos céus.

PERGUNTA: - Mas no caso dos pais que repudiam o filho detestado, não é a própria Lei que os leva inconscientemente a praticarem esse ato, para se cumprir um processo cármico disciplinador?
RAMATIS: - Embora, nesse caso, os pais estejam dando, sem o saber cumprimento à Lei do Carma, eles o fazem sob a influência da crueldade, num teor de acção má propositada, que os põem perante a infracção da lei de "quem com ferro fere, com ferro será ferido" ou da de que "a colheita há de ser conforme a semeadura", como premissas fundamentais a exigirem futuras rectificações.
No entanto, se esses pais preferissem seguir o roteiro indicado pela Lei do Evangelho, tratariam seus filhos sob a inspiração do Amor e então, entre os adversários do pretérito e os encarnados no mesmo lar, seriam desatadas as algemas que obrigam às correcções cármicas, pois é de lei que "há de ser desatado na Terra o que na Terra for atado" .
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:01 pm

Enquanto o Carma - embora justo em sua acção disciplinadora - reajusta o efeito à sua causa, para atender às necessidades educativas do mundo material, o Evangelho se torna o sublime recurso que liberta o espírito, porque não o algema a obrigações reparadoras dos equívocos da alma, porém inspira e orienta a ascensão espiritual.
Os pais desnaturados podem destruir os herdeiros de si mesmos, por não querer aceitá-los na forma depreciativa com que a Lei os envia; no entanto, no futuro, a mesma Lei tornará a enviar-lhes filhos de conformidade como os desejam, mas já não lhes permitirá criá-los, uma vez que esse desejo foi apenas quanto ao seu tipo físico e não quanto à deliberação de ampará-los até o fim da jornada.
Servindo-nos de uma expressão familiar entre vós, diríamos que esses pais não fazem jus à obtenção de filhos exclusivamente atraentes, porque ainda não merecem a "união do útil ao agradável".
No entanto, se desejarem um tratamento amoroso, e a protecção de outros pais, em encarnações futuras, só lhes resta uma atitude, desde já, para com os seus inimigos renascidos no seu lar, que é a fórmula preceituada por Jesus.
"Ama ao próximo como a ti mesmo" e "Faz aos outros o que queres que te façam".

PERGUNTA: - Do que nos tendes exposto, estamos inclinados a crer que todos os filhos que nascem deformados, imbecis, enfermiços, feios ou tolos, são sempre almas delinquentes, ao passo que todos os belos, sadios e sábios são espíritos superiores; não é assim?
RAMATIS: - Mesmo no Além não há regra sem excepção, pois muitas criaturas formosíssimas e fascinantes têm sido, em encarnações passadas, terríveis criminosos, perdulários, prostitutas, facínoras, envenenadores cruéis, parricidas e matricidas.
A beleza física exclusiva não é regra absoluta para se comprovar a presença de um espírito superior no mundo, pois Lucrécia Bórgia e a imperatriz Teodora eram de beleza estonteante; no entanto; a primeira foi impiedosa envenenadora e a segunda cruel rainha. Muitas vezes o adiantamento e a sabedoria espiritual podem se esconder na criatura feia, humilhada e de aparência insignificante.
A carne é o instrumento de que o espírito se serve para experimentar o seu poder e a sua vontade, compondo a sua consciência sob a lei do livre arbítrio e a vigilância para com a Lei do Carma, que então lhe ajusta os desvios perigosos e providencia-lhe as oportunidades de reerguimento moral.
A beleza ou a feiura, a riqueza ou a pobreza, a glória ou a humilhação, no mundo físico, fazem parte dos apetrechos provisórios de que o espírito se serve para tentar o seu progresso e ampliar a sua consciência sideral.
Mas não representam a sua identidade espiritual específica, nem também são conquistas de ordem definitiva.
Daí o facto de se poder encontrar entre os mais afortunados e de configuração belíssima tanto os génios e os tolos, como os bons e os maus, sendo que os mais imprudentes e entontecidos pelas ilusões de alguns instantes de gozo imitam as mariposas, que se deixam cegar pelo excesso de luz.
Embora a criatura angélica do futuro deva realmente ser formosa, boníssima e sábia, da qual Jesus é um dos tipos ideais, muitos filósofos que consumiram suas existências em favor de um roteiro moral superior, na Terra, nasceram sem credenciais físicas agradáveis, como Sócrates, por exemplo.
No entanto, a história terrena sempre assinala belos espécimes humanos, cujos corpos apolíneos, que escondiam almas diabólicas, semearam a dor, a desilusão e o aviltamento moral.
Há que considerar que a forma humana é provisória e a caminho de expressões ainda desconhecidas na Terra, sendo o espírito o facto mais importante, e que, embora invisível aos olhos carnais, é realmente a expressão definitiva e sobrevivente ao organismo físico de experimentação humana.
A vestimenta de carne e o ambiente privilegiado não importam quando o espírito é sábio e bom.
Quase sempre as almas que no passado pecaram por excesso de beleza, abuso das posições sedutoras ou facilidade de fortuna preferem renascer feiíssimas e pobres, a fim de, vivendo situação humilde, melhor apurarem a bondade e se livrarem das tentações perigosas, que mais facilmente são provocadas pela beleza, a fortuna e o prestígio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 23, 2021 8:01 pm

PERGUNTA: - Mesmo no mundo astral, a beleza da forma humana nem sempre identifica a superioridade da alma?
RAMATIS: - Enquanto, na Terra, o corpo físico se constitui de conformidade com as experimentações a serem tentadas pelo espírito encarnado, na mundo astral o perispírito revela na sua substância quintessenciada, exactamente aquilo que é no seu psiquismo. São muito comuns as terríveis decepções quando, após a morte do corpo física, muitas criaturas vêem aflorar à superfície de si mesmos as expressões e os contornos mais aviltantes e monstruosos, depois de desligadas de corpos belos e atraentes.
As falsas virtudes, o verniz da ética social ou as hipocrisias religiosas pulverizam-se sob miraculoso passe de magia quando a espírito desregrado se revela no cenário do Além, expondo a nudez de sua consciência e sofrendo a tremenda decepção de haver iludido a si mesmo.
Enquanto o corpo físico pode ser agradável, apenas devido à sua linhagem ancestral biológica, no Além o belo é realmente o cunho da alma bondosa e sábia, porque é a forma real e projectada de sua intimidade espiritual.
Da mesma forma, as figuras teratológicas, que povoam o astral inferior: e desafiam o mais ousado Dante para descrevê-las, são produtos exactos da subversão espiritual, e que muitas vezes se mascaravam na Terra sob o disfarce de um corpo formoso e tentador. Muitos homens afidalgados e mulheres sedutoras lançam-se ao Além Túmulo na figura de horrendos bruxos, que apavoram a si mesmos!

PERGUNTA: - E qual é o aspecto comum dos filhos terrenos, quando identificam sempre a presença de um espírito superior?
São sempre belos, ou também feios?
RAMATIS: - Nos lares terrenos tanto podem nascer filhos belos e portadores de almas diabólicas, como filhos feios mas de almas angélicas.
Do mesmo modo, nem toda precocidade infantil comprova sabedoria espiritual, porquanto a vivacidade e a agudeza de observações, que podem exaltar a criança terrena, sublimam algumas vezes a astúcia e a sofisma, que são próprios do astral inferior.
Mas não há dúvida quanto ao seguinte:
o filho boníssimo é sempre de qualidade espiritual superior, enquanto o filho malvado é imagem de sua alma detestável, tanto no mundo físico como no Espaço!
Neste assunto não precisais ter dúvida, porque a selo que principalmente identifica o grau de elevação espiritual é sempre a virtude Que se deriva do Amor!
E a bondade, como um dos mais simpáticos aspectos desse Amor, é o distintivo indiscutível da alma superior.
A bondade é um prolongamento terno do Amor e este, por sua vez, é a marca divina com que Deus assinalou a essência de sua abra!
O espírito bondoso, rico ou pobre, ignorante ou sábio, é coma uma flor amoroso no jardim da vida humana: ele sempre santifica o ambiente em que vive e, mesma aqueles que o hostilizam, sempre levam um pouco de sua ternura e um pouco de seu generoso perfume espiritual.
Quando nada mais salvar o homem, salvá-lo-á a bondade, a benevolência ou o Amor!
Como a sabedoria espiritual representa a razão divina, e o amor incondicional é o sentimento dos céus, aquele que já possui tais qualidades é realmente o anjo vencedor de todas as batalhas e o sobrevivente em todas as metamorfoses da vida humana.

PERGUNTA: - Quando os pais culpados sofrem a perda prematura dos seus filhos belos ou sábios, sendo violentamente feridos em seu amor egocêntrico, essa violenta transição da extrema alegria para a dor atroz não contribui para ainda mais agravar-lhes a proverbial falta de amor, resultando disso maior rebeldia e aversão à finalidade de procriar?
RAMATIS: - Só a dor, em sua intensa manifestação, consegue influência nos corações indiferentes ou nas almas atrofiadas pelo excesso de gozo e bem-estar.
A paixão egocêntrica que se interrompe pela perda do filho querido no seu mais extremo potencial, não se extingue nos pais, porque a própria lei da vida impõe incessante superação a todos os fracassos, sofrimentos e vicissitudes humanas.
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