LUZ ESPÍRITA
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:34 pm

13 - EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL

Quantas coisas acontecem que o encarnado nem imagina!

São poucos os que se preocupam com a dor do seu próximo.
Estava no estacionamento da clínica quando os outros me alcançaram.

— Que pressa!
Está com medo de ficar preso aí dentro? perguntou-me Luanda.
— Não, minha querida, medo eu tenho do mundo aqui fora, onde existem mais doentes mentais do que se supõe, e o pior, sem qualquer tratamento.

— Tem razão, Luiz.
Hoje a Humanidade enfrenta momentos muito difíceis e a mente sem equilíbrio, para nós, é a pior doença.

Tomás convidou-nos a visitar outra Casa Espírita, onde fomos recebidos com muito respeito.
Ela era enorme e muito bonita.
A limpeza chamava nossa atenção.

Um sistema de som dava ao visitante condições de uma maior concentração.
Admirei o belo salão e pensei:
“como é bonita a simplicidade de uma Casa Espírita”.

Sobre a mesa, as obras básicas, incluindo o Evangelho querido, como é chamado por alguém.

Olhei-o com respeito e o ao acaso, caindo no Capítulo 10º, Bem-aventurados os misericordiosos, item 11:
Não julgueis para não serdes julgados.
Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra.

Com tristeza, cheguei à conclusão que por isso poucos seguem, como deveriam seguir, os ensinamentos dos espíritos.

O homem está na terra de passagem, mas os orgulhosos não querem crer nisso, julgam loucos ou ignorantes os que se preocupam com os valores espirituais.

Chamaram-me e logo me encontrava junto aos outros.
Tomás conversava com Jacinto, um dos guardiães daquela Casa, perguntando como estava a frequência.

— Óptima, estamos com todas as salas lotadas.
As reuniões públicas também estão com uma frequência muito boa.
— Que bom, irmão, que nesta Casa tudo está seguindo de acordo com os ensinamentos do Cristo.

Jacinto sorriu, meio sem graça.
— Tudo não, irmão, está faltando uma preocupação maior com a família.

— Aqui não funciona o Departamento de Infância e Juventude?
— Infância, sim, juventude, não, O presidente acha que os jovens dão muito trabalho e só vêm aqui para namorar.

— Irmão, se uma Casa Espírita não se preocupar com a sua juventude, logo ficará vazia.
— Eles acham difícil fazer o jovem participar com afinco do movimento espírita.

Enquanto conversávamos, chegou a irmã Margarette, que deslizava, de tão graciosa.
Parecia uma rosa de beleza e simpatia.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:34 pm

— Sejam bem-vindos à nossa Casa, temos muito prazer em recebê-los.
— Estamos aqui porque logo será trazida para este Centro uma irmã que tem uma bela tarefa a ser cumprida, falou Arlene.

— Já estamos cientes do caso e felizes ficamos pela confiança nos nossos trabalhadores.
— Ficamos sabendo que este Centro não deseja mais trabalhar com os jovens.
A Mocidade é o sorriso da Casa Espírita.

— Sem dúvida, irmão.
Temos lutado com a directoria encarnada para que ela volte a confiar nos jovens.

— Porque suspenderam esse movimento com os jovens?
— Porque não tinha boa orientação.
Para levarmos a juventude à Doutrina é necessário educá-la de maneira tal que não seja vítima do fanatismo.

O jovem tem de sentir-se útil e não pode ficar preso à letra, O seu campo energético está transbordando e pede trabalho à Casa.

Se os deixarmos sentados, apenas estudando, irão buscar outros meios para dispersar o que têm em demasia: energia.

Mocidade sem tarefas causa desinteresse ou atritos com a directoria.
Alguns jovens desejam modificar a Casa, outros apenas namorar, gerando fanatismo e criando falsos profetas.

Os encarnados vêem-se impotentes diante de tantos problemas ligados à mocidade.
Estamos de acordo que a árvore, quando não está dando bons frutos, precisa ser tratada, e não arrancada.

O que será necessário para termos uma Mocidade disciplinada e evangelizada?

Primeiro:
ela precisa contar com a experiência dos mais velhos.

Todas as semanas a Mocidade deve receber os mais experientes da Casa, principalmente em conhecimentos doutrinários, para conversar com os jovens.

Mocidade isolada tende a se perder, porque se sente marginalizada pelo Centro.

O dirigente da Mocidade deve estudar junto aos seus irmãos as obras básicas e as dos grandes filósofos da Doutrina;
criar grupos de trabalhos artesanais, marcenaria, bordado, croché, costura, pintura, que serão vendidos para ajudar a manter a Casa;
promover o interesse pela música, formando corais e até grupos instrumentais.

O jovem aprendiz da Doutrina não somente assimilará os ensinamentos doutrinários, como exercitará a caridade, actuando como artesão.

Esse grupo jovem poderá ainda montar peças de teatro baseando as histórias nas parábolas de Jesus, como está acontecendo na Casa de Maria.

Na evangelização infantil as crianças estão estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo através do teatro, onde elas também participam como actores.

Isso incentiva o jovem a gostar da Casa Espírita.
Interligando a parte artística e os trabalhos manuais com o estudo da Doutrina, dificilmente o jovem terá tempo de criar confusão no Centro.

Todavia, os dirigentes da Casa têm de estar presentes para orientá-los, seja através de palestras ou contando suas experiências.

A juventude tem de sentir que pertence à Casa e que tem compromisso para com ela.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:34 pm

Alguns jovens frequentam Mocidades completamente desequilibrados:
dizem que recebem espíritos, que os ouvem, que psicografam, morrem de medo de obsessor, como antigamente morríamos de medo do inferno.

Conversando com alguns desses jovens sentimos que lhes falta conhecimento, eles são presas de um mundo deficiente.

O espírita não pode viver temendo obsessores e o jovem que inicia sua caminhada erradamente dificilmente torna-se um bom médium ou um verdadeiro espírita.

Também o dirigente de uma Mocidade Espírita não pode ser vaidoso, orgulhoso ou pseudo-sábio, pois se assim for ele fará tudo para ser ídolo, e é muito ruim nos tornarmos ídolos, principalmente se não possuímos valores morais.

Caso não haja no Centro alguém com aptidão para orientar os trabalhos artesanais, que sejam convidados artistas ou professores de arte.

Por ocasião das reuniões públicas, poderá ser lançado o pedido de ajuda à Mocidade e logo a Casa, tão grande e bonita, acolherá grandes trabalhadores, que irão manter suas despesas sem precisar de rifas e jogos, que tanto mal fazem à Doutrina.

— Gostei de ver o seu entusiasmo sobre Mocidade Espírita, falou Luanda.

— Desculpe se falei demais, mas sinto muita tristeza em presenciar jovens sem qualquer orientação doutrinária, cheios de superstições, medos e de vontade de tornar-se médiuns conhecidos, quando o jovem possui a maior das mediunidades:
a juventude, que lhe dá condição de cedo iniciar-se nos trabalhos.

Sabemos, Luanda, que há Casas Espíritas que desenvolvem trabalho de artesanato entrelaçado com o estudo sistematizado da Doutrina Espírita e que qualquer jovem ou criança dessa Casa não tem a preocupação de tornar-se médium, eles tudo fazem para serem bons espíritas.

A maioria dos componentes pode representar a Casa, tal o conhecimento que já possui das obras básicas.

Gostaria de trazer para cá esse trabalho, estamos até tentando, mas o presidente acha muito problemático para a directoria administrar mais essa responsabilidade.

— Seria muito bom, falei. Onde se realizam essas actividades, presidente e directoria, todos arregaçam as mangas e pegam na enxada, como o Cristo, que não escolheu trabalho, era o trabalho em acção.

Centro Espírita no qual a directoria está sentada no trono da inércia dificilmente pode ter uma Mocidade bem orientada, porque se olharmos os jovens como inexperientes e diferentes de nós, eles irão apenas compor a Mocidade.

Entretanto, devemos fazer como Jesus, que ao chamar os apóstolos para integrar o Seu grupo de auxiliares não vacilou em chamar João Evangelista, quase uma criança.

Jesus foi o primeiro a confiar nos jovens e nenhum deles O decepcionou.
Para os jovens bem aproveitarem os ensinos, Ele, Jesus, é que deve ser o Mestre.

Criar Mocidade para não respeitá-la, é melhor mesmo não tê-la.

Não nos esqueçamos do que diz Francisca Theresa:
“não existem jovens nem velhos.
Espírito não tem idade, tem responsabilidade”.

Feliz do presidente e da directoria que acreditam na infância e na juventude espíritas, levando até elas a Codificação e o exemplo dos grandes espíritos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:35 pm

Tomás argumentou:
— Muitos julgam que o jovem na Doutrina só deve cantar e fazer a Campanha Auta de Souza.

O jovem é uma semente que precisa do solo fértil para se tornar uma bela árvore, onde amanhã encontraremos abrigo, e cujos frutos, graças à água que hoje lhes ofertamos, serão saborosos e verdadeiros.

A Casa que se preocupa com a família faz das suas crianças e jovens as flores do amanhã.

O difícil é trazer o jovem para a Casa Espírita, quando lá fora o mundo material oferece uma “vida fácil”, onde tudo lhe é permitido.

Não que a Doutrina proíba algo, mas ela faz brilhar nas consciências o Decálogo, e aí é doloroso constatarmos o quanto somos errados ainda.

— Concordo, acrescentou Luanda.
Lá fora o jovem não tem compromisso com a Lei de Deus.

Ele se considera o dono da Terra, tanto é que brinca de viver, por isso qualquer Casa Espírita precisa dar ao jovem motivação, caso contrário ele fugirá dela.

Hoje, com pesar, percebemos que poucas senhoras e senhores espíritas têm os seus filhos na Doutrina.
Causa-nos assombro esses mesmos senhores dizerem que o tóxico não é assunto para ser tratado pelos espíritas.

Ao mesmo tempo, levantam campanhas contra o suicídio.

E o que é a droga?
E o que vem ceifando vidas dos jovens do mundo inteiro.
Os espíritas que são contra falar de tóxico nos Centros deveriam visitar as cadeias e os hospitais.

Façam um levantamento das causas dos desencarnes de jovens devido a problemas respiratórios e paradas cardíacas.

A família esconde muitos casos, para que no atestado não conste o verdadeiro motivo do óbito: o suicídio por overdose.

Feliz do Centro Espírita que oferece estudo e trabalho.

— E esse estudo, como deve ser? perguntei.
— Orientado pelos mais experientes, que devem proferir palestras e aulas sobre a Doutrina.

Também os jovens devem ser preparados para apresentar seus trabalhos, mas neles a pesquisa só deve ser aceita se baseada nos livros doutrinários.

Para se ter uma boa base não adianta buscar em qualquer livro o aprendizado.
Tanto a criança, como o jovem, deve começar por O Livro dos Espíritos.

— A criança também?
— Sim. A Casa da qual falamos apresenta a vida de Jesus e o Seu Evangelho não só através do teatro, como de fantoches, e retrata a Doutrina com belos efeitos visuais.

Os médiuns psicógrafos podem receber as orientações para este importante trabalho de evangelização.

— Mas será que eles terão capacidade?
— Os espíritos encarregados da educação espírita para as crianças e jovens estão com um programa muito bonito, basta os médiuns psicógrafos ligarem-se a eles.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:35 pm

— Irmão, não é perigoso qualquer médium receber peças espíritas dirigidas às crianças e aos jovens?
Será que alguns espíritos não vão aproveitar-se desse trabalho para mandar mensagens antidoutrinárias?

— É muito fácil:
a directoria deve analisar as obras que seus médiuns recebem.
Vamos dar um exemplo do que já assistimos e aprovamos:

Primeira Aula — Introdução
— 1 item — Doutrina Espírita.

Narrador:
A palavra “Espiritismo” foi dada a Kardec pelos espíritos e quer dizer o contacto dos chamados “mortos” com os vivos.

Mas nem todos os que gostam do Espiritismo são espíritas.
Hoje, vamos conhecer a diferença.

Também nem todos aqueles que se dizem espiritualistas são espíritas.
Para nos tornarmos espíritas temos de possuir atitudes espíritas.

Primeira cena:
A dona da casa arruma a sala e coloca uma rosa branca na mesa.
Vai atrás da porta e coloca uma ferradura.
Depois, pega incenso e acende.

Entra o filho André.
André: Que cheiro ruim!
A mãe: Filhinho, deixe de bobagem, esse incenso é para nos livrarmos dos maus espíritos.
André: E essa ferradura?
A mãe: É para nos dar sorte.

André: Que bom! A gente vai ficar rico, não é mesmo?
A mãe: Claro! Os espíritos vão nos ajudar.

Segunda cena: A mesma sala, bem arrumada, florida.
A mãe lê O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O filho entra.
Filho: Mamãe, porque você não coloca ferradura atrás da porta, não acende vela e não queima incenso?
Na casa do André eles fazem isso, nós não somos espíritas também?

Mãe: Sim, meu filho, somos, mas a nossa ferradura são os nossos defeitos, a vela são os ensinamentos evangélicos a clarear os nossos caminhos e o incenso deve ser as nossas atitudes, o perfume da nossa alma.

Filho: Não entendo, mamãe, porque a diferença?
Mãe: Muito fácil.
Veja: estes são os livros que nos ensinam a nos tornar espíritas (mostra as obras básicas).
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:35 pm

O espírita não é supersticioso, não tem medo de feitiçaria, enfim, o espírita crê em Deus e a cada dia mais se aproxima de Jesus.

Filho: Mamãe, eu quero me tornar espírita!
Mãe: Então ame e estude.
Filho: Quero conhecer os livros espíritas.

- A mãe mostra cada um, chamando crianças da Evangelização previamente ensaiadas.

Elas apresentam:
Criança 1: Este é O Livro dos Espíritos, que foi editado em 18 de abril de 1857.
Criança 2: O Livro dos Médiuns foi editado em 15 de janeiro de 1861.
Criança 3: Este é O Evangelho Segundo o Espiritismo, ele foi editado em abril de 1864.

Criança 4: Este é o livro O Céu e o Inferno, editado em 1º de agosto de 1865.
Criança 5: Este é Á Génese. Ele foi editado em Paris, em 6 de janeiro de 1868.
Criança 6: Estes livros são considerados o Pentateuco Espírita, as cinco obras básicas.

Temos também as obras complementares:
O que é o Espiritismo, editada em julho de 1859, e Obras Póstumas, Paris, janeiro de 1890.

— Por que as crianças é que devem apresentar os livros?
— A criança gosta de ser respeitada, e ao ver um colega trabalhando e com conhecimento, sente-se no dever de também aprender.

— Gostamos muito da elucidação sobre a evangelização infanto-juvenil.
Nós, que convivemos com a juventude, ficamos assombrados com o materialismo em que ora vivem as crianças e os jovens.

Antigamente, os pais, ou melhor, a mãe, orava junto aos filhos.
Hoje as crianças estão esperando ficar adultas para buscar o conhecimento religioso, mas muitas delas nem chegam a dar os primeiros passos.

— O que mais a criança e o jovem necessitam é serem educados.
Depois de educá-los, vamos instruí-los.

Temos de fazer crianças e jovens amarem a Doutrina e a Casa onde trabalham e nada melhor que torná-los responsáveis.

Devemos manter a obra e para isso temos de tornar a entidade auto sustentável com suas oficinas de trabalho.

Fala-se tanto contra rifas, bingos, enfim, jogos em Casas Espíritas, mas ninguém orienta de que maneira as Casas podem prover seu sustento.
Os donativos são bem-vindos, mas nunca são suficientes para levar uma obra adiante.

— Actualmente a criança e o jovem não têm o mesmo modo de pensar de tempos atrás.
O que fazer para tomar agradável a evangelização, a fim de ser melhor aproveitada por todos?

— Evitar a lição longa e entediante, e embelezar as lições práticas com encenações de palco, onde o aluno também participa, e depois a descoberta das aptidões. Dificilmente sentirão enfado e sono.

— É verdade.
O jovem tem lá fora o que a vida Lhe dá;
o atractivo é muito forte.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:28 pm

Se nós, os espíritos, não nos unirmos com os encarnados em prol da família, veremos o que mais acontece hoje: meninas e meninos brincando de sexo.

Devemos combater o aborto, sim, mas também levantar campanhas em prol da família e da felicidade, trazendo a criança e o jovem para os ambientes espíritas.

Um Centro bem orientado é a “arca de Noé”, o recanto que irá salvar aquele que o buscar.

— Queira Deus consigamos trazer os jovens para uma Casa assim.
— Tem razão, Casa Espírita sem jovens é o mesmo que jardim sem flores.

— E os namoros, o que fazer para contê-los?
— Muito fácil, disse Arlene, manter o jovem ocupado.

Levantei o dedo e foi-me dada a palavra:
— Também conheço cada jovem que, pelo amor de Deus, só tem fanatismo na cabeça!
Pior que o namoro é jovem fanático, pseudo-sábio, querendo mudar o mundo, intragável mesmo.

Acho que aprender, estudar, trabalhar, tudo é necessário, agora, o que mais o jovem precisa é tornar-se humilde;
se ele não vestir a túnica da humildade sairá da Casa Espírita ainda mais orgulhoso, porque agora ele vai desejar doutrinar os outros.

Só compreendemos a Doutrina quando ela nos mostra o quanto somos errados ainda e o que precisamos fazer para nos livrarmos das imperfeições.

— É verdade, Luiz Sérgio.
Há pouco tempo fomos visitar uma Mocidade e com pesar sentimos naqueles jovens “cheiro de mofo”, eles nos pareciam os antigos cardeais do Vaticano, até a voz era cavernosa.

A Mocidade não pode abafar a juventude, o viço da idade;
as elucidações espíritas despertam os valores da alma encarnada.

Contudo, o jovem tornar-se velho para ser respeitado como espírita é querer ultrapassar todas as barreiras antes do tempo.

— Como é desagradável conversarmos com um jovem fanático!
E quando ele começa a narrar as vidências, os dons mediúnicos?

Desculpe-me o jovem que está passando por isso, mas dou-lhe um conselho de amigo:
saia da Mocidade e busque urgentemente um grupo mediúnico.

Nas Mocidades evita-se o mediunismo através do estudo e da fé raciocinada.

Dizer: pertenço a tal Mocidade, mas viver tendo trique-trique é por demais constrangedor, é falta de orientação doutrinária.

— Mas isso acontece porque eles desejam também falar com os espíritos.
— Pois que o presidente traga, vez por outra, um bom médium psicofónico para dar uma mensagem aos jovens.

Quem sabe é isso o que está faltando na vida desses jovens portadores de desequilíbrio?

— Há dias — comentei — visitei uma Mocidade juntamente com Enoque e Samita e fiquei desolado:
os jovens atacavam outras instituições, achando-se os donos da verdade, extremamente fanáticos.

Não encontrei no olhar de qualquer um deles a beleza da Doutrina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:29 pm

Morrem de medo de obsessor, vivem nas cabines de passes, só usufruindo, e ainda mais:
sonham em tornar-se médiuns de renome, não querendo ser o médium do equilíbrio e da caridade na Casa que frequentam.

— Por isso esta Casa está sem Mocidade, falou-nos Margarette.
Pretendo reactivá-la, porém com um trabalho mais maduro, mais bem orientado.

Queremos que os nossos jovens sejam grandes homens e que cada um descubra a verdade, porque só ela nos liberta da ignorância.

E quem não reformular o seu modo de vida permanecerá no erro e sofrerá o ranger de dentes.

Tomás despediu-se dos amigos daquela Casa.

Ao passar por Margarette, ela me sorriu:
— Quando aqui voltarem estaremos com uma bela Mocidade, onde uniremos a teoria com a prática e veremos como os jovens trabalharão com afinco e amor.

— Tenho certeza disso, irmã.
Nada me entristece mais do que presenciar jovens dizendo me receber e desejando ardentemente publicar mensagens que dizem serem minhas.

Felicidades, amigos, felicidades.
Assim, despedimo-nos daquela Casa Espírita tão querida.

Ganhamos a rua e falei para Tomás:
— Muitos jovens desejam tornar-se médiuns.
Sempre dizem que Kardec trabalhou com jovens, muitos jovens.

Dizem também que eles não precisam estudar o perigo que há na mediunidade mal orientada e citam as irmãs Fox.

Será que eles conhecem as dificuldades enfrentadas por elas?
Que a falta de conhecimento quase as levou à loucura, tais as tristezas que aconteceriam depois?

— O homem que não buscar a melhoria do seu espírito, Luiz, afundar-se-á cada vez mais num mundo fantasioso, do qual dificilmente sairá sem sequelas.

Precisamos, e muito, criar em nossas Casas a evangelização infanto-juvenil para tentar segurar bem forte essas frágeis mãozinhas, que tanto precisam de nós.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:29 pm

14 - TRATAMENTO ESPIRITUAL

Visitamos outros núcleos espiritistas, constatando como é difícil o homem deixar para trás suas antigas crenças.

— A Doutrina, de tão simples, leva alguns homens a julgá-la incapaz de torná-los felizes.
Bobinhos! Ainda julgam que a Terra é a morada eterna, falei a Luanda.

— Sabe, Sérgio, às vezes fico a pensar como as pessoas ficam abobadas quando estão no corpo físico.
Jamais julgam que é preciso buscar algo que as fortaleça.

— É mesmo.
Vemos várias pessoas dizendo que no momento elas querem é aproveitar a vida, que só mais tarde irão dedicar-se à causa espírita.

Mas quem conhece o amanhã?
Será que ainda estarão no corpo físico?
Talvez se considerem médiuns de premonição, que sabem até a hora exacta que irão começar a trabalhar...

— Coitados! Queira Deus não seja tarde.

Chegamos à Casa Espírita onde estavam sendo realizados trabalhos de desobsessão.

Tomás nos apontou Cenira e nos aproximamos.
Estava muito triste, em estado depressivo.

— O que lhe aconteceu? perguntei.
— Um dia acordou assim.
Não fala, fica totalmente isolada.
Tudo abandonou, até o trabalho.

— Já consultaram um médico?
— A família já fez de tudo, a única esperança é o tratamento espiritual.
Ficamos ao lado da jovem, que não demorou a entrar na sala dos trabalhos desobsessão.

Quando olhamos, era difícil acreditar:
uma legião de espíritos trevosos tomava conta da vida de Cenira.

— Porque tanto ódio? perguntei.
— A jovem de hoje foi a tirana de ontem e seus algozes pedem vingança.
— Ficará curada na Casa Espírita?
— Sim, se desejar ser submetida ao tratamento.

— Noto, Tomás, que nesta Casa eles dedicam um dia para o tratamento das obsessões.
Porque existe Casa que faz este trabalho em grupos de educação mediúnica?

— Não sabemos porque acontece tal facto.
Mas conhecemos no Brasil várias Casas Espíritas fazendo com maestria o tratamento da obsessão;
e como é importante o doente seguir a orientação espiritual!

— De que maneira o doente deve agir?
— Orar todos os dias, tornar-se leitor assíduo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, assistir às reuniões públicas da Casa e não faltar ao tratamento espiritual nos dias determinados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:29 pm

— Por quantas semanas deve o doente comparecer a esse trabalho?
— Depende do caso.
Para obsessão simples, ao menos dois meses;
o doente não pode ter pressa, quanto mais tempo for tratado, melhor para o seu equilíbrio.

— É fácil encontrar médiuns para esse tipo de atendimento?
— Não, porque é uma mediunidade sem aplausos.
Hoje a maioria dos médiuns deseja psicografar ou ter vidência.

O trabalho humilde realizado dentro de uma cabine de passes muitas vezes não atrai esses médiuns.

Mesmo assim, felizmente, existem abnegados servidores que tudo fazem para aliviar a dor do seu próximo.

Continuávamos junto à irmã doente.
Quando ela entrou na sala notamos que os médiuns, em total silêncio, iam recebendo os obsessores que a assediavam.

Era um hospital de Jesus em serviço, um trabalho bonito e equilibrado, sem barulho nem donos da verdade.

Aquela sala de desobsessão era uma verdadeira UTI, tratando almas atormentadas.

E os médiuns?
Observando-os, senti vontade de beijar seus pés.
São os grandes alicerces da Doutrina, que na sua tarefa humilde vão curando as chagas doloridas da obsessão.

Notando a serenidade do atendimento, perguntei a Tomás:
— Os irmãos encarregados deste tratamento têm muito conhecimento da Doutrina, não é mesmo?

— É evidente que sim.
Um trabalho de desobsessão não deve ser dirigido por iniciantes.

Acompanhamos o procedimento daquele grupo:
os pacientes foram reunidos em uma ante-sala, onde ouviram com atenção a prece de abertura.

Um bom expositor falou sobre o Evangelho e também da necessidade de buscarmos a melhoria íntima.

Em seguida, cada doente fez sua preparação interior, com prece e recolhimento.
Logo após foram encaminhados, em fila silenciosa, para a sala onde estavam reunidos os médiuns.

Depois foi permitida a passagem espírito-médium, com obreiros preparados para esse difícil trabalho.

Voltaram à ante-sala e novamente foram elucidados sobre o comportamento diário.
Feita a prece de encerramento, retiraram-se.

É um tratamento sério, útil e necessário para todos aqueles que necessitam fortalecer-se espiritualmente.

Para essa tarefa devem ser convocados médiuns experientes e de moral ilibada.

Não se faz tratamento da obsessão em residências nem em Centros Espíritas que funcionam nos lares, Os interessados em ajudar nesse sector devem levantar uma Casa Espírita e determinar um ou dois dias da semana para esse tipo de tratamento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:30 pm

Constatamos que existe Casa Espírita que usa seus grupos de estudo mediúnico somente para fazer desobsessão.

Isso está errado.
O tratamento da obsessão conta com a protecção de espíritos da mais alta moralidade, e qual o homem que se julga no direito de tê-los ao seu lado todas as horas?

É muito sério lidar com gente sofrida e desequilibrada, precisando muito da disciplina, do amor e do equilíbrio daqueles que se propuserem a ajudar.

Alertamos as Casas sem preparo e os Centros sem pessoas capacitadas que desejam fazer este trabalho nos grupos de estudo e de educação mediúnica: cuidado, é muito perigoso.

Além disso, lembrem-se de que espírito sofredor não é obsessor.
Pode ser sofredor um recém-desencarnado, o que tenha cometido o suicídio ou o perturbado pela desencarnação violenta.

Os obsessores pertencem a legiões, aos grupos de perturbadores, aos vingadores, enfim, quem for trabalhar no tratamento da obsessão tem de estudar muito o assunto.

A Casa que a isso se propuser precisará de pessoas dignas em suas fileiras.

Vimos a nossa amiga Cenira afastando-se e divisamos um certo sorriso em seus lábios.

Por certo era de agradecimento àqueles pequenos-gigantes servos de Jesus.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 4 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:30 pm

15 - PESQUISANDO OS APÓSTOLOS DO ESPIRITISMO

Em outra Casa, fomos recebidos com respeito por sua mentora espiritual, a irmã Doroteia, que nos colocou a par dos tristes acontecimentos que ali estavam ocorrendo.

O seu presidente era o que podemos chamar de missionário, entretanto alguns membros da directoria só desejavam desmoralizá-lo.

Presenciamos uma de suas reuniões.
O presidente foi tão atacado por três irmãos da Doutrina, que até dava vontade de me manifestar e lhes perguntar onde ficava o Evangelho.

Mas o presidente, com a dignidade de um grande espírita, portou-se com tanto equilíbrio que os enfureceu mais ainda.

— O que eles querem? perguntei a Siron.
— Brigar.
São aqueles que só sabem brigar e vivem na Doutrina para criar caso.

— Não estudam?
— Estudam, mas interpretam os ensinamentos da maneira deles.
O pior é que eles brigam de cá e outros, de outras Casas Espíritas, brigam de lá.
Não bastasse tanta celeuma na Doutrina, ainda existem esses desacertos internos.

— Meu Deus, enquanto isso outras religiões estão-se harmonizando entre si e se expandindo!

— É verdade, mas foi o próprio Jesus quem disse que os nossos maiores inimigos seriam os nossos domésticos.
Não só as famílias atrapalham, como também alguns irmãos que frequentam a Casa Espírita.

— Porque estão descontentes com o presidente?
— Porque o presidente é um verdadeiro espírita e eles são os irmãos menores que vieram atrás da luz mas, cegos de orgulho e egoísmo, relutam em aceitá-la, por isso vivem criando polémica.

— O que podemos fazer por esses irmãos?
— Orar, pedindo a Deus que os torne mais mansos e pacíficos, porque no Reino de Deus só darão entrada aqueles cuja bagagem não está pesada pelo orgulho.

Pensei:
“como pode um espírita viver criando caso, ofender o seu semelhante, desrespeitar os cabelos brancos dos mais velhos?”

Falava comigo mesmo, quando recordei de outro presidente de uma Casa Espírita, que enfrentava sérios problemas com uma irmã.
Ela queria que ele renunciasse, pois julgava-o muito manso.

Nisso, Luanda chamou-me à realidade:
— No que pensas, Sérgio?
— No ser humano.
Como ele é complicado!

Lembra-se do irmão José, aquele presidente querido, que vem passando por sérias dificuldades com a irmã Sónia?
Ela deseja que ele renuncie à presidência somente porque o considera muito complacente com os outros Centros.

— É, Luiz, a vinha é a mesma, assim como todos os chamados.
Agora, tornar-se digno trabalhador do Cristo requer uma transformação de vida, infelizmente ainda difícil para os orgulhosos.

Nisso, chegou a turma e logo estávamos de volta ao Educandário.
Admirei os montes, os rios, a bela floresta, tudo enfim.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:30 pm

A música inebriante acariciava os nossos espíritos, elevando-nos até Deus e fazendo de cada um de nós um irmão em Cristo.

O sol forte que brilhava sobre a montanha lançava seu reflexo sobre as cascatas, os jardins floridos, e estes, extasiados, perfumavam nossa passagem.

Quando avistamos o Educandário de Luz, sentimo-nos gratos ao Senhor pelo chamado.
Tudo nos encantava.

Fomos pisando devagarinho, queríamos gravar não só na mente, porém ainda mais no coração, a imagem daquele lugar de onde partem para a Crosta os grupos de trabalhadores da Doutrina.

Ao adentrarmos o prédio principal do Educandário, oramos querendo agradecer por tudo o que temos recebido.

O Educandário, de braços abertos, nos acolhia como filhos de Deus em busca de conhecimento.
No salão de recepção, Tomás despediu-se, assim como os outros.

Fiquei sozinho.
Não fui com eles, precisava consultar sobre alguns factos que me estavam preocupando.

Com a devida permissão, dirigi-me à biblioteca, e agora ali me encontrava, extasiado com tanta beleza e seu incalculável tamanho.

No centro, várias mesas compostas de modernos computadores, cujos botões, ao serem tocados, davam-me as respostas com uma rapidez impressionante.

No mesmo momento o assunto aparecia na tela;
o escritor era projectado fazendo a sua obra, assim como seus colaboradores.

Não só consultei os livros básicos como as obras dos grandes espíritas.
Busquei Paul Gibier, pois sei que ele é muito amado pelos espíritas e logo o vi na tela;
pesquisei toda a sua obra.

Assim fui fazendo com todos os apóstolos do Espiritismo, até chegar a Léon Denis.

As frases de seus livros eram projectadas na tela;
no início do meu trabalho com o livro espírita eu falava em painel, e agora, na era da informática, vocês podem melhor compreender como se dá a projecção.

Em particular, eu adoro Léon Denis;
li a Introdução do livro Cristianismo e Espiritismo e o admirei muito mais neste trecho inicial:
Não foi um sentimento de hostilidade ou de malevolência que ditou estas páginas.

Malevolência não a temos por nenhuma ideia, por pessoa alguma.
Quaisquer que sejam os erros ou asfaltas dos que se acobertam com o nome de Jesus e sua doutrina, o pensamento do Cristo em nós não desperta senão um sentimento de profundo respeito e de sincera admiração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:31 pm

Que homem, Léon Denis!
Todos os espíritas têm por dever ler a sua obra:
Depois da Morte;
O Problema do Ser, do Destino e da Dor, O Porquê da Vida, No Invisível;
Joana DArc, Médium;
O Grande Enigma;
O Mundo Invisível e a Guerra;
O Além e a Sobrevivência do Ser.


Todos estes livros eu consultava ali na biblioteca do Educandário e parei com a imagem na tela onde estava escrito este trecho de Cristianismo e Espiritismo, item 8 — Decadência do Cristianismo:
A sociedade está afectada de profundos males.

O espectáculo das corrupções, do impudor, que em torno de nós se ostentam, a febre das riquezas, o luxo insolente, o frenesi da especulação que, em sua avidez, chega a esgotar, a estancar as fontes naturais da produção, tudo isso enche de tristeza o pensador.

Como é actual o livro de um apóstolo do Senhor!
Léon Denis, um grande espírita! Gostaria de permanecer o dia inteiro em contacto com as obras de outros grandes espíritas.

Mas depois de consultar parte do que escreveu Léon Denis tive de me retirar.

Fitei todos aqueles livros e pensei comigo mesmo:
“e ainda chamam os espíritas de ignorantes!

Se um espírita passar a vida encarnada, dos vinte aos setenta anos, estudando, ele não vai completar a leitura das obras espíritas, tantas são”.

Quando digo obras espíritas estou-me referindo ao alicerce da Doutrina, e não aos adornos, que são os livros que vieram depois.

Sei que vocês estão curiosos para saber se eu era o único na biblioteca.
Não, havia muitos outros alunos.

A biblioteca é em formato redondo;
difícil dizer quantas obras a compõem.

Incontáveis!
Este era o seu formato:
Ao sair, o encarregado da biblioteca me sorriu.
Penso que demorei demais lá dentro.

— Como vai, irmão Tertulliano? cumprimentei-o.
— Muito bem, graças ao Senhor, Pai de todos nós.
— Um abraço e até outro dia.
— Será sempre bem-vindo.

O livro tem acentuado papel nas diversas fases da nossa vida, mas aqui eles representam uma cascata de luz clareando-nos o caminho, tirando a venda dos nossos olhos e fazendo com que se descortine diante de nós um mundo novo, repleto de cores, cuja beleza vai pouco a pouco nos inebriando o espírito.

Mas o estudante só vai compreender de facto a beleza desta biblioteca no dia em que o amor verdadeiro invadir seu espírito e se sentir livre como um pássaro;
nesse estado de inocência e simplicidade, os livros irão embalá-lo numa sinfonia de real beleza, dando-lhe uma nova visão de Deus e do próximo.

— Tertulliano, eu amo você, muito, muito e muito!
— Eu também, Luiz Sérgio, o amo muito.
Não só o amo como o respeito.

Abracei-o, e as lágrimas molharam os nossos rostos.

Éramos dois amigos que se reencontravam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:31 pm

16 - O ESTUDO COMO ALICERCE

Deixei a biblioteca, mas os livros, como gotas de orvalho banhadas de luz, permaneciam no meu espírito.

Quando ganhei o pátio, Luanda, sorrindo, veio ao meu encontro:
— Irmão, como gostas dos livros!
— Adoro. Se pudesse, lá ficaria o tempo todo.

— E nós, o que faríamos sem ti?
— Morreriam de saudade.
— Luiz, o grupo nos espera no auditório oito, onde teremos mais uma conferência.

Enlacei seus ombros e para lá fomos.
O auditório estava lotado.

Aguardamos alguns minutos e logo o irmão conferencista fez a prece de abertura.
Gostei dele, muito simpático e humilde.

— Irmãos em aprendizado, estamos hoje aqui para tratar de um assunto muito sério na nossa Doutrina:
a evangelização infanto-juvenil.

Sabemos que a Terra enfrenta momentos difíceis com suas crianças e jovens.

O desamor, a falta de moral e o desrespeito de uns para com os outros estão embaraçando o caminho das crianças e dos jovens até Jesus.

E estes, inebriados pelo consumismo, partem em busca das coisas perecíveis, deixando de viver em família dentro dos padrões morais.

Como trazer o jovem para Cristo?
Devemos ou não fazê-lo?

Claro que cada trabalhador do Senhor tem de colocar a isca no anzol e esperar pacientemente a hora de alimentar os peixes que nadam no mar da vida, muitos deles saciados pelos apetites da carne.

Sair à rua batendo tambores, anunciando a chegada de Cristo?
Dizer em alta voz que os espíritas são os trabalhadores da última hora?

É evidente que não.
Precisamos, sim, preparar-nos para segurar uma criança e um jovem em nossas mãos experientes.

Como fazê-lo, se são em número cada vez maior e muitos não têm capacidade para tanto?
O jovem moderno não quer se preocupar com a “morte”, se nem a vida lhe é importante.

Tudo isso sabemos, as dificuldades são inúmeras e os obreiros muito poucos, mas mesmo assim temos de ir à luta.

Não temos braços para enlaçar a Humanidade, mas possuímos sentimentos bastantes para abraçar o que mais próximo de nós se encontra.

Desse modo, devemos ir às Casas Espíritas e fazer com que elas se preocupem com os jovens e com as crianças, não lhes levando o temor, mas mostrando o lado alegre da Doutrina.

Daí, então, a criança e o jovem, familiarizados com os ensinos espíritas, não serão atacados pelo medo nem pelo ridículo.

Mas para isso temos de fazer com que eles gostem da evangelização, e não que sejam obrigados a ir ao Centro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 29, 2011 9:31 pm

Como fazer, entretanto, para que se interessem pela Casa Espírita?
Dando-lhes a importância que dispensamos aos adultos.
Todos devem ser respeitados.

— A Espiritualidade Maior, continuou o conferencista, encontrava-se apreensiva com as crianças e os jovens.
Muitos espíritas não conseguem transmitir para seus filhos o amor à Doutrina.

E a família sofre com isso, O que está errado?
Porque não conseguimos trazer nossos filhos e netos para a Doutrina?

Porque apresentamos uma Doutrina difícil de ser compreendida, matamos os dogmas mas ainda não destruímos o medo, e muitos espíritas apresentam a obsessão como se ela fosse o inferno de ontem:
“quem erra é jogado aos obsessores”, e não é assim, bem o sabemos.

Temos de levar à criança e ao jovem a esperança e lhes dar lições de moral cristã.

Para tanto, temos de tirá-los um pouco da frente da televisão e do vídeo-game e criar em cada Casa Espírita, nos grupos de evangelização, a equipe de teatro.

Para concorrermos com o mundo, temos de apresentar passagens do Evangelho vivo no teatro.

A criança tem de aprender a Doutrina divertindo-se, porque, se a sentarmos a uma mesa só para desenhar e estudar, dificilmente gostará.

Voltamos a dizer:
lá fora um mundo violento aprisiona o jovem e a criança, sem piedade.

Qualquer religião que oferecer à criança somente a teoria não conseguirá que ela fique nem na letra, quanto mais encontrar Jesus!

Hoje estamos aqui para orientá-los sobre o valor da evangelização infanto-juvenil.
Alguém deseja perguntar algo?

Acendi minha cadeira e perguntei:
— Como podemos actuar nas Casas Espíritas, pois muitas não aceitam mudanças, chegando a dizer que nem artesanato devem fazer.

— Irmãos, a ideia do trabalho de artesão não é nossa, desde a época do Cristo os apóstolos já o faziam para não se tornarem um peso para a sociedade.

Eles não recebiam esmolas, trabalhavam, O apóstolo Paulo foi um excelente artesão e vivia disso.
Agora, por que nós, os espíritas de hoje, achamos que o artesanato desinteressa aos estudos doutrinários?

Ao contrário, eles se completam.
A criança ou o jovem adorarão ver suas obras ganhando vida graças à sua habilidade.
Anália Franco também foi combatida por criar grupos de trabalho.

Mas hoje, se a Casa Espírita não se empenhar em criar esses grupos, terá de lançar mão de rifas e jogos para poder se manter.

Não é melhor darmos às crianças e aos jovens, enfim, a todos os frequentadores de uma Casa a oportunidade do trabalho?

Ele age como terapia, lixando nossas arestas, O homem que trabalha para o próximo vai pouco a pouco tornando-se melhor.

— O irmão pode nos ensinar como realizar um trabalho com crianças e jovens? inquiriu Luanda.
— Na época do Cristo, na pequena Nazaré, havia um ditado popular que dizia:
“aquele que não ensina um oficio ao seu filho prepara-o para ser salteador de estrada”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:27 pm

Paulo de Tarso era tecelão, Nicodemos, barbeiro, Judas, oleiro, José, carpinteiro, e Jesus trabalhou também como carpinteiro para sustentar Maria.

Desconhecer os trabalhos sociais é ignorar a Doutrina do Cristo.
Ele, o Governador do Planeta, trabalhou a madeira, dando-nos o grande exemplo da labuta diária.

A irmã Luanda pergunta-nos como levar até a criança e o jovem o artesanato, sem negligenciar a Doutrina.

Primeiro a Casa tem de conscientizar a sua directoria de que não existe velhice entre os trabalhadores do Cristo;
que todos têm de se unir em prol do crescimento doutrinário, porque, se na Casa Espírita só trabalharem os jovens e as crianças, eles irão perguntar:
porque só nós temos de angariar dinheiro para o Centro?
Directoria “aposentada”, trabalho estacionário.

Se buscarmos os grandes exemplos, lembraremos de irmã Dulce batalhando junto aos desvalidos;
Teresa de Calcutá activa ao lado dos sofredores;
Chico Xavier lutando junto àqueles que precisam.

Agora, porque os anos maltrataram nosso corpo, nem por isso temos o direito de parar.

— O irmão acha, então, que o que prende uma criança ou um jovem a uma Casa religiosa é ele se sentir útil? perguntou Arlene.
— Sim. Só a teoria não muda o interior das criaturas, como apenas as aulas práticas também não.
As crianças e os jovens têm de orar e trabalhar.

— E as campanhas Auta de Souza?
— Muito bonitas, dignas do nosso respeito e da nossa colaboração.

Enquanto alguns presidentes de Centro batem à porta do próximo em busca de alimento, presenciamos muitos indo contra este trabalho criado pela Espiritualidade Maior.

Digo ainda mais:
se os espíritas não se unirem urgentemente, logo estaremos distantes da sociedade, porque o fanatismo de uma religião que está crescendo assustadoramente no Brasil fará tudo para nos desmoralizar.

Eles estão envolvendo crianças e jovens, atacando Casas Espíritas memoráveis através da televisão e do rádio.

Enquanto isso, alguns espíritas, trancafiados em uma directoria, espionam colegas de fé;
e muitos tentando tomar-lhes os lugares de destaque, alegando que o presidente não tem capacidade espiritual.

— Por isso vocês estão elaborando um ensino com teatro, fantoche, música e artesanato para as crianças e os jovens?
— Sim. Gostaríamos que todas as Casas Espíritas dessem às suas crianças e aos seus jovens lições visuais do Evangelho e das obras básicas da Doutrina, através de fantoches e do teatro.

— Pode nos orientar? perguntei.
— Sim. Primeira parte: numa semana peça de fantoche psicografada ou retirada dos livros espíritas, algum assunto sobre o comportamento das crianças, revelado previamente pelos pais através de fichas.

Noutra semana, o teatro escrito sobre o Evangelho e os livros da Codificação.
Depois dos teatros e das músicas, entra o trabalho artesanal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:27 pm

Um Centro grande pode pedir ajuda a quem tenha dons artísticos, e as crianças irão fabricar peças de artesanato que serão vendidas em um bazar, bazar este que deve ajudar nas despesas do Centro.

Os jovens terão um dia da semana para estudar a Doutrina e também fazer artesanato.
No dia das crianças, é importante que os jovens actuem no fantoche e no teatro.
Também o presidente, todos do Centro, enfim, podem participar do trabalho infanto-juvenil.

Nossa preocupação é enorme.
O Brasil foi escolhido para tornar-se a Pátria do Evangelho, mas não uma pátria onde aqueles que se dizem evangelizados e seguidores do Cristo possuam ódio para com aqueles que professem outras crenças.

Se nós, espíritas, olharmos em volta, veremos como estão nos combatendo novamente, e o pior, hoje aqueles que atacam o Espiritismo por causa do contacto com os espíritos estão levando os espíritos para as igrejas, só que os espíritos das Casas Espíritas são os demónios e os deles, os santos, e confundem Jesus com Deus.

Em quase todas as igrejas, hoje ditas evangélicas, os seus adeptos estão recebendo o Espírito Santo e falando línguas estrangeiras.

Isso está sendo uma isca muito bem preparada para lotar suas igrejas.

Enquanto a Doutrina Espírita esclarece o homem, fazendo-o buscar a sua melhoria interior, amar o seu próximo e renunciar em prol dos desvalidos, muitas religiões só pedem ajuda para o templo.

Infelizmente, muitos acham mais cómodo servir a Deus sem fazer força.
Ao dar às crianças e aos jovens o estudo doutrinário, estamos alertando-os para ficarem atentos às investidas dos falsos profetas.

Uma criança ou um jovem com conhecimentos doutrinários dificilmente serão iludidos.

Eles têm de amar a Casa onde trabalham e isso só acontece quando se sentem úteis, O estudo e o trabalho fazem com que cada um se sinta responsável pela Casa que o abriga.

O conferencista falou ainda muitas coisas e depois fez a prece, retirando-se.

— Meu Deus, eu nunca poderia imaginar que existisse religião que luta tanto contra aqueles que não pensam como eles!... comentei.
— É, Luiz, eles estão aí, se o Cristo, que foi o Cristo, foi tido como quem conversava com os demónios, imagine nós, os espíritas.

— Tomás, se cada um que acredita na vida além vida tornar-se um verdadeiro espírita, doutrina nenhuma irá abafar as vozes dos mensageiros celestes.
— Os falsos profetas estarão aí, mas ai daqueles que brincarem com o “Espírito Santo”.

Agora, vamos até a Crosta visitar algumas das nossas Casas de trabalho.

* * *

No Centro Espírita, encontrava-se a irmã Laurinda, que havia pedido ajuda a Tomás para seu filho William, que estava bebendo muito.

Fomos até a Casa consultar a ficha dos frequentadores, pois William precisava ser levado lá.
Aquele havia sido o escolhido pela Espiritualidade Maior, pois faz um belo trabalho de desobsessão.

Foi encontrada a irmã Fany, espírita praticante, vizinha da casa de William.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:27 pm

Acompanhei a irmã, fazendo-a recordar-se de Laurinda, mas ela pensava:
“pobre do William, agora vive embriagado Dona Laurinda era tão religiosa!

Quando estava encarnada, os filhos não faziam o que estão fazendo hoje.
As filhas vivem aprontando e agora o jovem William tornou-se alcoólatra”.

Estávamos chegando à casa de Fany, quando vimos William caído na calçada e ela, com todo o carinho, recolheu-o em seu lar.

Ele não falava coisa com coisa.
Preparou-lhe um forte café e, ajudada pela mãe do jovem, foi-lhe dando conselhos, enquanto nós formamos um grupo de oração.

Aquele jovem era a garrafa de bebida que saciava o vício de vários espíritos muito desequilibrados.

Estes, quando viram que William estava sendo tratado, investiram contra Laurinda, mas ela, fixando-os firmemente, dado o seu grau evolutivo, espantou-os, fazendo com que abandonassem o recinto.

Depois desse início de tratamento, William foi para sua casa e Fany, perplexa, não entendia porque estava cuidando de um alcoólatra.

Logo após à prece que dedicou ao seu mentor, viu Laurinda e prometeu àquela mãe sofrida que tudo faria para ajudar seu filho.

E assim foi feito. No dia seguinte, William foi-lhe agradecer e ela lhe narrou que era espírita e que o espírito de sua mãe, Laurinda, havia pedido por ele.

Ofereceu-se para levá-lo ao Centro, mas ele relutou, dizendo que não gostava de Espiritismo.

Ela, entretanto, insistiu:
— Vamos, sua mãe deseja falar com você.

Diante desse argumento, ele resolveu dar uma chegada àquela Casa Espírita e Fany — com a nossa ajuda — levou-o a um grupo onde ele pôde conversar com Laurinda.

Com que emoção William reencontrou a mãe, que a chamada “morte” havia levado!

Ela revelou factos tão reais da vida dele que não havia como duvidar, implorando-lhe que buscasse uma associação especializada no tratamento de alcoólatras.

Com que alegria constatamos que aquela Casa possuía um departamento de ajuda aos viciados!

Dele faziam parte psicólogos, médicos, enfim, pessoas capacitadas.
Não era um grupo mediúnico de ajuda a desencarnados e sim um pronto-socorro à família e aos doentes.

— Toda dependência tem uma causa psíquica, às vezes até trazida da infância, disse Tomás.
Aquele grupo, ajudado por espíritos amigos, iniciou em Wiliiam o processo desobsessivo e o reequilíbrio psicológico.

Mais tarde conversamos com o espírito encarregado daquele trabalho.

— Como vocês procedem para que o doente se interesse pelo tratamento? perguntei.
— Muito fácil: tratamo-lo como uma pessoa sadia, não o olhamos como doente, e jamais dizemos que ele está sendo obsidiado.

Foi Jesus quem nos advertiu a não chamarmos ninguém de louco, em Mateus, Capítulo 5º, versículos 21 e 22:
O que disser: és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:28 pm

Naquela Casa, a terapia ocupacional era aplicada na ajuda a viciados e seus familiares, que também eram convidados a lixar peças de madeira, pintar e trabalhar na marcenaria.

Enfim, eles também seriam úteis à Casa Espírita.

— E a parte doutrinária? perguntei.
— Estuda-se a Doutrina antes do trabalho artesanal.
E note bem, só assimilam os seus ensinamentos aqueles que trabalham para o próximo.

Falamos ainda de vários assuntos e quando saímos um aclive de flores dava-nos passagem, era uma Casa de Deus.

— Aonde vamos agora? perguntei a Tomás.
— Voltar ao Educandário, precisamos continuar nossos estudos.
— Vimos aqui somente ajudar Laurinda?

Assustei-me:
— Sim, ela e seu filho.
E por que não dizer também a Fany, que levava uma vida sem muita expectativa.

Ela só ia do Centro para casa, e agora tem William para se preocupar.
E depois, há uma dívida do passado, ligando-a a William e Laurinda.

Assustei-me:
— Verdade? Conte-nos, Tomás — e ele relatou:
— No século passado, Fany levou William à loucura, ele era apaixonado por ela, que o desprezava, vindo William a se casar com Laurinda.
Mas ele suicidou-se de paixão por Fany.

— Meu Deus, que complicado!
— Por isso devemos ocultar o passado, se ele vier à tona, quantas complicações!
— Será que William não irá apaixonar-se de novo por Fany? perguntei ainda.
— Sim, irá, e Fany tem de ajudá-lo.

— Mas ela é mais velha do que ele.
— Poucos anos somente, e sendo solteira, nada os impede de casar.
— Mas ela é tão recatada!...
— O casamento é uma bênção divina e eles são espíritos devedores.

— Desculpe, Tomás, mas Fany é muito feia.
— Somente seu corpo físico, por dentro ela é linda.
E William precisa dela.

— Porque ela veio tão feia?
— Sérgio, Fany abusou de sua beleza.
— E o coitado do William?
Quando ela era linda não o quis, e agora, que é muito feia, o que será dele?
— Ela veio feia porque pediu, só assim ficaria solteira esperando William.

— E o alcoolismo, também é carma?
— Não existe carma, e sim acção e reacção.
O vício de William foi um estado obsessivo, nada tinha de dívidas do passado.
Fany e William têm uma tarefa muito bonita na Doutrina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:28 pm

Fiquei calado, mas pensei muitas coisas.
Voltamos para casa.

Quando íamos chegando ao Educandário, meditei:
“como é lindo este farol da Doutrina Espírita, onde adquirimos o conhecimento da vida!

A Doutrina é um mapa iluminado que nos mostra as moradas da Casa do Pai, só ela esclarece o homem sobre a verdadeira vida.

O Educandário de Luz, a faculdade espírita, é onde o homem aprende o que é a Doutrina dos Espíritos e faz com que cada um de nós se sinta cada vez mais perto de Deus.

Querida Casa, agradeço a Deus por aqui me encontrar, aprendendo um pouco sobre a Doutrina Espírita.”

E assim, fui adentrando o Educandário amado, luz a nos iluminar o espírito.
Depois de ter dado uma chegada até meu quarto e cumprimentado Iná, estava de novo na minha cadeira aguardando a aula.

Quando esta iniciou feliz fiquei, porque voltamos a estudar O Livro dos Espíritos, item 8 da Introdução:
Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado.

O instrutor comentou sobre a actualidade desta advertência.
Quando chegamos à Doutrina, deslumbrados, buscamos todos os livros, numa sede de saber.

Feliz daquele que inicia o seu esclarecimento através das obras básicas, fazendo delas o seu companheiro de aprendizado.

O Livro dos Médiuns é uma leitura mais que obrigatória para todos aqueles que procuram uma Casa Espírita e desejam educar sua mediunidade, porque, se ele não fizer deste livro o seu dicionário de fatos mediúnicos, estará propício a cair no ridículo.

O Livro dos Médiuns ensina a beleza das comunicações mundo físico-mundo espiritual, comunicações estas com equilíbrio e disciplina.

Ignorar O Livro dos Médiuns é retroceder ao tempo em que a mediunidade era apenas fenómeno.
Este início de parágrafo diz que o estudo só pode ser feito por homens sérios, perseverantes e livres de prevenções.

Muito certo.
Aqueles que estão em busca de fenómenos não os encontrarão em uma Casa Espírita.

Somente estudando eles serão perseverantes na Doutrina que, por ser simples demais, às vezes assusta aqueles que estão atrás de algo sobrenatural.

É muito actual também esta passagem da Introdução de O Livro dos Espíritos, ainda no item 8:
Abstenham-se, portanto, os que entendem não serem dignos de sua atenção os factos.

Ninguém pensa em lhes violentar a crença;
concordem, pois, em respeitar a dos outros.

A Doutrina Espírita não precisa que forcemos ninguém a aceitá-la através de argumentos.
Cada espírita é um representante da Doutrina, seja no corpo físico, seja no perispiritual.

Todos os que se dizem espíritas têm de viver os preceitos espíritas, que representam a lei de Deus explicada.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 4 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:28 pm

Ninguém pode chegar à Doutrina e continuar incorrendo nos erros do passado, pois ela é o remédio dado por Deus para que nos limpemos da lepra da imperfeição.

Quem se diz espírita e continua praticando iniquidades está brincando com algo muito sério e infeliz daquele que o fizer.

Vem muito a propósito esta frase do item 8, da Introdução de O Livro dos Espíritos:
Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das ideias, O mal de alguns que chegam à Doutrina, por trazerem hábitos de outras religiões, é julgar tudo saber e querer negligenciar os estudos doutrinários.

Adoptam livros ainda distantes da Doutrina e querem modificar as Casas, achando que o espírita tem de aceitar tudo.

Não é bem assim.
Aceitar, aceitamos e respeitamos, mas longe da nossa Casa.

Como diz o mesmo item 8 da Introdução:
Quem quiser com eles instruir-se tem que com eles fazer um curso;
mas, exactamente como se procede entre nós, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade.

Erram também aqueles que aportam à Casa Espírita em busca de ídolos, e os bons médiuns devem fugir da idolatria, porque o que o iniciante precisa é estudar e fazer de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, de A Génese e do pequeno e lindo livro O que é o Espiritismo companheiros de todos os momentos, principalmente O Evangelho Segundo o Espiritismo, obra que ninguém, dentro da Doutrina, deve ignorar.

A aula continuou:
Dissemos que os Espíritos superiores somente às sessões sérias acorrem, sobretudo às em que reina perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem.

Muitos grupos espíritas estão-se formando no culto do Evangelho no Lar.

Não é certo.
O culto é o encontro da família com Jesus, sendo errado transformá-lo em uma reunião mediúnica.

Quem desejar uma reunião mediúnica não a faça no culto do Evangelho.
Depois, há o perigo do médium trabalhar isolado.

A mediunidade disciplinada é conseguida em um Centro Espírita bem orientado, onde existe condição de serem analisados os nossos dons mediúnicos.

O que faz com que o médium se retraia é a vontade, de início, de receber comunicação de espíritos conhecidos.

Se isso estiver acontecendo, ainda mais o médium estará necessitado de uma Casa Espírita.

O item 8 ainda continua:
A leviandade e as questões ociosas os afastam, como, entre os homens, afastam as pessoas criteriosas;
o campo fica, então, livre à turba dos Espíritos mentirosos e frívolos, sempre à espreita de ocasiões propícias para zombarem de nós e se divertirem à nossa custa.

Quem gosta de fazer umas reuniõezinhas em casa, justo quando aparecem espíritos dando nomes memoráveis, deve urgentemente ler este item.

Quem diz que é perigoso é O Livro dos Espíritos, o passaporte para o aprendizado espiritual, a bússola do caminho, a semente do conhecimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:29 pm

Muitos espíritas gostam de dizer: “detesto estudar!”
Como podem detestar a luz, o perfume, a vida?
Sem estudo não compreendemos a Doutrina, e ninguém ama o que não compreende.

Torna-se obrigatório, quando iniciamos o aprendizado, apoiarmo-nos nas obras básicas, pois sem elas somos barco sem leme e sem direcção.

O estudo faz com que amemos e respeitemos os espíritos e as almas encarnadas, O que brinca de receber comunicação é um doente, precisando do remédio do esclarecimento.

Depois, a aula passou para o item 9, da Introdução, onde mais uma vez é tratado o assunto fraude.

Só existe fraude quando não há estudo.
Em todas as religiões a mediunidade está presente, não foi a Doutrina quem a inventou.

Hoje o que mais se vê são as religiões que combatem o Espiritismo fazendo médiuns em suas igrejas, porém o fanatismo ultrapassa o bom senso e essas religiões dizem que seus adeptos estão recebendo o Espírito Santo, falando línguas estranhas.

Muitas vezes o médium está enrolando a língua e quem não entende de idioma algum diz que é língua estrangeira, sendo por isso o alerta dos espíritos:
o estudo não leva o médium ao ridículo, e se ele confia na sua mediunidade não teme trabalhar em uma Casa séria.

O instrutor passou a explanar sobre o item 10:
Às pessoas sensatas incumbe separar o bom do mau.

Indubitavelmente, os que desse fato deduzem que só se comunicam connosco seres malfazejos, cuja única ocupação consista em nos mistificar, não conhecem as comunicações que se recebem nas reuniões onde só se manifestam Espíritos superiores; do contrário, assim não pensariam.

Algumas religiões recebem o Espírito Santo e dizem que os espíritas recebem os demónios.
Quando dizemos da necessidade do estudo é porque não queremos que o médium espírita seja ridicularizado por falta de conhecimento.

É triste lermos mensagens psicografadas, assinadas por Jesus, Maria, Bezerra, André Luiz.
E muitos desses médiuns nunca frequentaram uma Casa Espírita, dizem que não gostam.

E os médiuns das Casas Espíritas que não analisam as comunicações que recebem precisam também buscar o equilíbrio e a disciplina nas obras básicas.

Não é a assinatura de um espírito que valoriza sua mensagem, e sim o conteúdo.

Fiquem alerta, médiuns, a tarefa é linda, mais linda ainda é a força interior que o médium com Jesus conquista junto aos livros da Doutrina, força esta que o torna uma pedra angular, onde os espíritos levantam o edifício da fraternidade e da fé.

O estudo é a luz da vida e feliz daquele que ainda no corpo físico está buscando o conhecimento das coisas espirituais.

Continuamos a dizer:
não é a quantidade de livros lidos que dá ao espírita o conhecimento, e sim a qualidade da leitura.

Na Casa onde o estudo sistematizado da Doutrina está presente dificilmente deparamos com médiuns doentes, desiludidos com a própria mediunidade e nada fazendo por ela.

Este item 10 de O Livro dos Espíritos é muito importante e deve ser lido parágrafo por parágrafo.
Foram permitidas perguntas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:29 pm

Cadeira oitenta:
As outras religiões dizem que os espíritas só recebem os maus espíritos, e alguns espíritas também dizem isso.

Resposta:
Não, os espíritas não dizem que os médiuns somente recebem espíritos doentes e sim que para termos contacto com os espíritos bons temos de nos preparar.

Um médium, para ter constantemente bons espíritos ao seu lado, tem de viver o Evangelho.
A atracção magnética é uma realidade.

Cadeira vinte e dois:
E quem desce nessas igrejas:
Maria, Jesus ou o Espírito Santo?


Resposta:
Jesus não “desce”, Ele está junto de nós, dirigindo-nos até Deus.

Maria, Mãe amorosa, coordenadora das caravanas de socorro, não dispõe de tempo para ficar dando comunicação para médiuns.

Ela é uma estrela que brilha nas zonas de sofrimento.
Sabemos que Ela também está presente junto àqueles que sofrem.

Agora, o médium que se julga com o privilégio de tê-la ao seu dispor, ditando livros e dando conselhos, é muito pretensioso, é um doente necessitando de evangelização.

Quanto aos outros nomes memoráveis, está ficando repetitivo o nosso alerta:
o médium iniciante tem de se cuidar e procurar, dentro do possível, evitar os nomes conhecidos da Doutrina.

O médium com Jesus é como um bom perfume:
inebria os que dele se aproximam, não sendo necessário dizer:
estou perfumado.

As pessoas sentem sua aproximação.
Se alguns médiuns gritam em praça pública e precisam de publicidade, é porque a pequenez do seu sentimento não chega até o próximo.

Cadeira noventa:
Imaginemos uma situação em que um médium iniciante chega até uma Casa Espírita que não estuda as obras básicas e onde os dirigentes de grupo colocam suas opiniões longe das bases doutrinárias.
Que culpa tem esse médium?


Resposta:
Culpa de buscar ídolos.
O iniciante que encontra dirigentes orgulhosos tem de pesquisar as obras básicas;
se ele estuda O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns não aceita opiniões contrárias à Doutrina.

Por isso recomendamos esse estudo.
Queremos pensar que são poucas as Casas Espíritas onde não se estuda a Doutrina e que são raros os casos em que o iniciante erra por confiar naqueles que ele julga conhecedores do Espiritismo.

Depois desta resposta foi feita a prece e logo em seguida estávamo-nos retirando.
Voltei a olhar o Educandário de Luz, os seus jardins, as suas imensas árvores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:29 pm

Abracei-as, pensando:
“como Deus, Força do Universo, é bom, cria a cada instante”, e sorri, porque senti que sob meus pés a grama humilde não estava sendo louvada por mim.

Abaixei-me e lhe fiz carinho, pensando:
“a natureza nos oferece preciosas lições.
Temos o rochedo, mas temos também a areinha da estrada.
Tudo compõe a tela divina, tudo é respeitado por Deus.

Na mediunidade também deve ser assim:
não importa que sejamos uma graminha, mas que tenhamos vida e amor por Deus e todas as Suas criaturas.

Muitas vezes não temos capacidade para aguentar o sol inclemente e os fortes ventos que fustigam as grandes árvores”.

— Filosofando, Sérgio? inquiriu-me Luanda.
— Sim, dando uma de irmão João, que nos diz:
“Não queira ser um belo brilhante nas garras de um anel de luxo, enfeitando a mão da mulher de posses, mas lute para se tornar o belo edifício da fraternidade, que Deus espera seja construído na Terra”.

— Lindo pensamento do João, não é mesmo, Luiz Sérgio?
— Sim, Luanda.
Irmão João é um grande Espírito, ele constrói a cada minuto o alicerce da fé em terras brasileiras.

— Aonde vamos?
— Irei ao meu quarto, quero estudar um pouco.
E você, aonde vai?

Darei uma chegada até minha colónia.
Um grande amigo vai reencarnar, quero vê-lo e desejar boa sorte.

— É o seu antigo noivo?
— Sim, Luiz Sérgio, Roberto volta à terra.
— Terá saudades, Luanda?
— Não, Luiz.
Não terei saudades, pois o ajudei na sua volta.

— Mas você também irá reencarnar?
— Sim, daqui a três anos.
— E fala com tanta tranquilidade?
— O reencarne para mim é como o até logo, um facto natural.

Fiquei quieto.
Quando não temos o que falar não devemos jogar palavras fora, assim dizem os sábios.

Abracei-a forte.
Ela sorriu.

— Só daqui a três anos é que vou partir...
— Mas já estou com saudade do seu olhar e da sua voz aveludada.

— Obrigada, Luiz. Eu te amo.
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