LUZ ESPÍRITA
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 5 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 30, 2011 10:30 pm

17 - IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS - MEU ENCONTRO COM FRANCISCA THERESA

Minha janela era emoldurada por uma trepadeira.

As flores azuis davam-lhe uma beleza difícil de ser relatada.
Acariciei-as, pois pareciam sorrir para mim.

Pensei:
“que felicidade passar pelos reinos mineral, vegetal e animal em uma morada onde o conhecimento do homem já está mais apurado”.

Mas logo, quando abri um dos inúmeros livros da minha biblioteca, veio-me a resposta:
Em qualquer lugar do Universo os reinos da natureza são respeitados e resguardados.

Desejei questionar o livro, pensando:
“mas na Terra os animais são sacrificados para saciar o apetite dos homens”.

Abrindo outra página, encontrei:
Os homens terráqueos pouco a pouco estão deixando a carne vermelha e logo, quando o Planeta atingir a evolução necessária, não mais os homens sacrificarão os animais.

Continuou:
Os animais que hoje alimentam os seres da Terra são animais que vieram à terra para esse fim.

Por isso, à medida que o homem se espiritualiza, vai deixando de sacrificar seus irmãos menores.

Aquele livro só tratava dos reinos da natureza e, mais uma vez, reverenciei Deus por tanta bondade, Os reinos da natureza são utilizados de acordo com as necessidades do homem, sem dano a qualquer espécie.

Portanto, a pedra, a planta, o animal e o homem, cada um está desempenhando sua função como componente da natureza e Deus ficará feliz no dia em que o homem respeitar o seu próximo como a si mesmo e também a natureza, irmã querida, ainda ignorada por muitos.

Fiquei estudando ainda muito tempo, depois retornei ao Educandário e, passando por seus imensos corredores, alcancei uma galeria redonda, com quadros belíssimos enfeitando suas paredes.

Contemplei-os e, à medida que os olhava, fui percebendo que muitos daqueles personagens eram uma só pessoa, em encarnações diferentes.

Fitava-os, atentamente, quando uma irmã, aproximando-se, perguntou:
— Que deseja, irmão?
— Como vai? falei.
Estou admirando esses retratos belíssimos, não conhecia essa galeria.

— É a Sala das Lembranças.
— Irmã, percebi que vários retratos pertencem a uma só pessoa.
— É verdade.
Aquele ali possui vinte encarnações conhecidas na Terra.

Aproximei-me da tela e o olhar daquele espírito, reproduzido por um grande pintor, fez com que meu coração batesse mais forte.
A irmã olhava-me com carinho.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:23 pm

— Desculpe, é proibido chegar aqui?
— Não, claro que não, pode ficar tranquilo.
Um irmão, quando adentra por esta porta, já possui a discrição no espírito e o respeito nos gestos.

Admirava as telas e através delas compreendi ainda mais o amor de Deus por Suas criaturas.

Observei o nosso irmão João, querido e amado por todos os estudiosos da Universidade Maria de Nazaré, e compreendi por que ele ama tanto a João Baptista, o Elias em outra vida, o precursor de Jesus:
simplesmente porque foi seu discípulo.

Olhei-o naquelas telas e o reverenciei com respeito.
Agradeci à irmã Oana e fui saindo devagar.
Mirando o chão que acariciava meus passos, dirigi-me à sala de aula.

— Onde estava, Luiz? perguntou Arlene.
— Na Sala das Lembranças.
— E vai narrar em seu livro a reencarnação de todos eles?

Fitei-a, sorrindo.
— O assunto daria para mil livros, mas esse não é o meu trabalho;
fui lá apenas para estudar, essas curiosidades não me atraem.

Não importa o que o homem foi ontem e sim o que está fazendo hoje.

Ela me abraçou e assim entramos na sala de aula.
Estava em estudo novamente o item 9 da Introdução de O Livro dos Espíritos:
Dizem então que, se não há fraude, pode haver ilusão de ambos os lados.

Em boa lógica, a qualidade das testemunhas é de alguma importância.

Ora, é aqui o caso de perguntarmos se a Doutrina Espírita, que já conta milhões de adeptos, só os recruta entre os ignorantes?

Os fenómenos em que ela se baseia são tão extraordinários que concebemos a existência da dúvida.

O que, porém, não podemos admitir é a pretensão de alguns incrédulos, a de terem o monopólio do bom-senso e que, sem guardarem as conveniências e respeitarem o valor moral de seus adversários, tachem, com desplante, de ineptos os que lhes não seguem o parecer.

Aos olhos de qualquer pessoa judiciosa, a opinião das que, esclarecidas, observaram durante muito tempo, estudaram e meditaram uma coisa, constituirá sempre, quando não uma prova, uma presunção, no mínimo, a seu favor, visto ter logrado prender a atenção de homens respeitáveis, que não tinham interesse algum em propagar erros nem tempo a perder com futilidades.

Este último parágrafo do item 9 da Introdução deve ser estudado atentamente.

A cadeira treze acendeu, pedindo uma explicação para este trecho.

Resposta: a explicação está no próprio parágrafo.
Refere-se ao homem respeitável, sem “interesse algum em propagar erros nem tempo a perder com futilidades”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:24 pm

O estudioso busca a verdade, não faz da Doutrina uma seita de fenómenos;
se ele busca os fenómenos, ainda descobre nos livros doutrinários como proceder diante deles.

O homem sério, se for levado às primeiras manifestações de sua mediunidade, irá buscar em O Livro dos Médiuns a resposta aos fenómenos que estiverem ocorrendo com ele.

Aquele que não gosta de estudar e não procura a verdade, ao receber as primeiras mensagens, sentirá orgulho e as aceitará sem qualquer análise, e ficará zangado ao defrontar com um estudioso e este lhe alertar para o perigo da mediunidade sem Jesus.

O homem sério não está atrás da admiração de outrem, está procurando na Doutrina o que ela pode oferecer-lhe de bom:
o esclarecimento das coisas espirituais que ontem, sob o véu da letra, ocultas estavam para o homem.

Mas hoje não se concebe alguém chegar à Casa Espírita e ficar distante das obras básicas, saindo às vezes à procura de livros que pouco irão elucidá-lo.

Outros lêem O Evangelho Segundo o Espiritismo como se este fosse obrigatório para todos os que se dizem espíritas.

E não é assim, O Evangelho Segundo o Espiritismo é um elixir de humildade que devemos tomar diariamente para nos tornarmos humildes.

Ele veio para dar ao estudioso espírita o pão de Deus, o alimento para aqueles que o buscam. O iniciante necessita da humildade.

Passemos agora para o item 11 da Introdução de O Livro dos Espíritos.
Esquisito é, acrescentam, que só se fale dos Espíritos de personagens conhecidas e perguntam por que são eles os únicos a se manifestarem.

Há ainda aqui um erro, oriundo, como tantos outros, de superficial observação.

Dentre os Espíritos que vêm espontaneamente, muito maior é, para nós, o número dos desconhecidos do que o dos ilustres, designando-se aqueles por um nome qualquer, muitas vezes por um nome alegórico ou característico.

Quanto aos que se evocam, desde que não se trate de parente ou amigo, é muito natural nos dirijamos aos que conhecemos, de preferência a chamar pelos que nos são desconhecidos.

O nome das personagens ilustres atrai mais a atenção, por isso é que são notadas.

Para o estudioso compreender este item, ele tem de buscar em O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Capítulo 24º — Da identidade dos Espíritos, item 255:
A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo.

E que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram.

Esta, por isso mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático.
Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real.

Este capítulo deve ser lido por todos os médiuns.
Não é o nome do espírito que torna a mensagem apreciável, e sim o que ela contém.
Com o nome de Jesus, muitos encarnados homenageiam o Mestre dando aos filhos Seu nome.

E Maria.
Quantas Marias existem na Terra?
Ao receber uma mensagem assinada com esse nome, acreditem que ela é simplesmente Maria, e não Maria, a Mãe da Humanidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:24 pm

O médium que estuda não comete esse erro, porque ora e vigia.

Este capítulo é de uma sapiência linda e digno de ser estudado cuidadosamente, por todos os que chegam à Doutrina, Os livros da Codificação não envelhecem, têm o perfume do hoje e do amanhã, e a responsabilidade do ontem.

Vamos buscá-los, iniciantes espíritas, para desfrutar a paz de espírito.
Encerraram a aula, depois de uma linda prece.
Deixando meus amigos para trás, ganhei o pátio do Educandário.

Difícil narrar o esplendor da natureza naquele lugar.
Sentei-me junto ao Lago dos Sonhos, cujas águas cristalinas exalavam perfume de violetas.

Ali fiquei orando a Deus, com o coração repleto de paz e agradecimento, pedindo por todos os meus irmãos, principalmente aqueles que sofrem no plano físico.

— Luiz Sérgio, como está?
Procurei quem me chamava, colocando-me de pé.
Meu coração parecia querer sair do peito, tal era a minha emoção.

— Irmã, quanta alegria em vê-la!
— Jesus, o amado Mestre, nos abençoe hoje e sempre, falou.

Minha voz ficou presa na garganta, pela emoção de estar tão perto de Francisca Theresa.

— Luiz Sérgio, como pode o meu espírito imperfeito aspirar à posse da plenitude do Amor?

Mas Jesus, nosso grande Amigo, me diz:
“Em que consiste este mistério?...”

Busco o amor, porque só ele cobre a multidão de pecados do meu espírito.
Busco o amor, porque sou fraco passarinho, revestido apenas de leve penugem, que pede refúgio no coração de Jesus.

Quando Ele me abraça, transformo-me em uma águia cujas forças estão concentradas no coração, e com garras fortes parto em busca dos pedaços da minha alma que ainda permanecem nos lugares de sofrimento.

— Irmã, o que a traz aqui ao Educandário de Luz?
— O Educandário foi criado para unir corações que se amam em Jesus;
é uma árvore maravilhosa, cuja raiz encontra-se no mais Alto.

É um lugar que podemos buscar de coração aberto;
amor é o nome dessa árvore inefável e os seus frutos deliciosos chamam-se humildade.

Somente a humildade e o amor colocam-nos no caminho de Jesus.
Aqui aprendemos a crescerem amor, só ele nos leva a Deus.
O Educandário faz com que o aprendiz não ambicione o primeiro lugar, mas o último.

Em vez de adiantar-se, como o fariseu, repete, cheio de confiança, a humilde oração do publicano.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:24 pm

Unindo a oração ao trabalho, vai caminhando pela via estreita da renovação, esforçando-se a cada passo para plantar o amor, O servidor da Doutrina dos Espíritos burila-se no exemplo de Jesus, na Sua simplicidade;
o Mestre jamais desprezou o ignorante; Governador, jamais usou do Seu poder para oprimir os fracos.

Quando amamos Jesus procuramos tornar-nos pequenos para agradá-Lo, vamo-nos esquecendo de nós mesmos para que Sua obra seja lembrada.

Queremos ficar pequenos porque Jesus disse:
Venham a mim os pequeninos.
Os que se consideram grandes distanciam-se do Mestre amado.

Agradar a Jesus deve ser a nossa única ambição, porque a nossa felicidade é Ele, o Mestre, que nos elucida.

Mas, como devemos nos preparar para chegar até o Pai?
Não basta apenas conhecer nossa Doutrina, é necessário amarmos uns aos outros.

Jesus é o amor de Deus manifestando-se em Seus ensinamentos.
Olhava Francisca Theresa com os olhos marejados de lágrimas.

— Luiz Sérgio, Ele nos dá muito, mas deseja a nossa humildade de coração.
— Irmã, os irmãos do plano físico sentem dificuldade em se desprender das coisas materiais e acham difícil praticar a caridade.

— As imperfeições serão afugentadas pela oração e pelo trabalho;
só a oração e o trabalho lhes facultarão a passagem pela porta estreita.

O homem ocioso será senhor e escravo dos instintos da carne.
O homem que procura renovar-se encontrará Deus através do longo e estreito caminho de Jesus.

A claridade do sol dava luminosidade surpreendente a Francisca Theresa, como se as flores do jardim a saudassem como a florzinha branca de Jesus que ela é.

— Põe o teu coração firmemente no Senhor, Luiz Sérgio, e não temas o juízo dos homens quando a tua consciência der testemunho da tua caridade e da tua humildade.

Alguns renunciam, mas com reservas, porque não confiam totalmente em Deus.
A princípio oferecem tudo, mas, levados pela tentação, voltam à estrada do egoísmo.

Agradeço a Deus o trabalho tão nosso nos livros espíritas — pequenos lenços brancos que chegam até nossos irmãos.

Pegando-os, vemos que são folhas de papel;
para nós, entretanto, cada página de um livro espírita é o esclarecimento, é o consolo que chega às mãos de quem necessita.

Feliz o trabalhador do Senhor que através da renúncia e do amor dá consolo a quem sofre.

— Irmã, o seu amor por Jesus é imenso, não é?

Ela sorriu, respondendo:
— Por mais que O ame, ainda é diminuto o meu amor por Ele, dado à imperfeição da minha alma.
Por mais que O ame, Ele me ama muito mais, porque é puro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:25 pm

Em busca dessa pureza é que faço do meu caminho o caminho do amor, que se estreita cada vez mais.
Procuro almas irmãs para me ajudar nessa caminhada.

— Irmã Francisca, não se esqueça de mim, quero servir a Jesus na humildade.

— Jesus, Luiz Sérgio, falou para todos nós:
Vinde, benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, não tinha onde dormir e me destes asilo, estive preso e doente e me socorrestes.

Se Jesus pronunciou estas palavras, como ignorá-las?

Nisso, apareceu Leocádio:
— Francisca, te esperam no auditório noventa para a conferência.
— Estou indo, Leocádio.

O irmão cumprimentou-me, sorrindo:
— Que a paz esteja contigo.

Francisca falou-me ainda:
— Oro ao meu Deus a cada dia pelos teus trabalhos, e me sinto animada a oferecer o meu pranto e minha alegria.
Lembra-te, Luiz Sérgio, de que os seguidores de Jesus têm de transformar os espinhos em flores.

Fez reverência e afastou-se, levitando, deixando para trás o seu perfume de amor.

Segui-a com o olhar até desaparecer naquele belo jardim.
As lágrimas caíam pelo meu rosto, quando senti tocarem meu ombro.

Era Tomás, que carinhosamente falou-me:
— Vamos até o plano físico, o trabalho nos espera.

Abracei-o, chorando, e ele, por mais que lutasse contra, também chorou comigo.

A emoção era imensa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:25 pm

18 - OS PINTORES ZOMBETEIROS - JANICE, UMA DISCÍPULA DO CRISTO

— Aonde vamos? perguntei.
— Até um grupo que está construindo uma Casa Espírita.

Já no local, verificamos que seus adeptos se reuniam em uma casa humilde, alugada para os trabalhos.

O salão era amplo, composto de uma mesa e vários bancos.
Tudo muito simples.

Eu estava curioso.
Iniciou-se o movimento, com os grupos de estudo.
Aquele Centro tinha uma responsabilidade muito grande para com a Doutrina.

Todos os seus poucos frequentadores ansiavam pela melhoria íntima.
Muito bem distribuídos os serviços, cada grupo era responsável pelo crescimento doutrinário da Casa.

Havia os trabalhos sociais, como também o estudo acurado da Doutrina.
As obras básicas eram o alicerce, ministradas desde a evangelização infanto-juvenil.

Convidados, comparecemos ao grupo de pintura mediúnica.

Antes do início do trabalho prático foi estudado O Livro dos Espíritos e este livro, consultado pelo dirigente, os levou até O Livro dos Médiuns.

Neste precioso tesouro mediúnico eles leram o item 190 — Médiuns pintores ou desenhistas.

Com atenção o grupo estudou todo o Capítulo 16º da Segunda Parte.
Como o aprendizado é importante para os médiuns iniciantes, ou melhor, para todos os que se interessam pela Doutrina!

Dificilmente um médium que estuda O Livro dos Médiuns assinará uma tela repleta de rabiscos e dirá que pertence a um grande mestre da pintura.

Mas, como em todo grupo que se preza há sempre alguém do contra, o Jonas não aceitou a advertência de O Livro dos Médiuns.

Julgava ele receber os grandes nomes da pintura e desejava sair do grupo onde não podia deixar os espíritos zombeteiros brincarem de desenhar e pintar.

Ficamos sabendo que ele desenhava mediunicamente em casa e estava querendo sair do grupo para fundar um Centro onde os seus amigos espirituais iriam manifestar-se.

A discussão não foi adiante, porque o dirigente era um fiel seguidor da Doutrina e trabalhava com seriedade.

Jonas se encontrava indignado com o excesso de vigilância da Casa.

Olhei os espíritos que ele julgava serem os grandes mestres da pintura e não pude deixar de rir, pois dois deles estavam fantasiados de pintores, tinham até as paletas na mão e os cavaletes.

Era cómica a encenação daqueles espíritos zombeteiros.

— Há quanto tempo eles estão vindo aqui? perguntei a Arlene.
— Eles frequentam esta Casa há um mês apenas, juntamente com Jonas.
Porque pergunta?

— Como é possível esses espíritos ouvirem o Evangelho, esclarecimentos doutrinários e continuarem ainda zombando dos encarnados?
— É muito simples.
A vaidade e o orgulho dos encarnados são o fermento que alimenta esses nossos irmãos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:25 pm

Eles se comprazem em usar nomes veneráveis para serem admirados pelos próprios encarnados, mesmo sabendo que o mal que fazem irá dificultar seus passos no caminho da evolução.

Jonas estava descontente com o dirigente e, para esclarecer a situação, um dos encarregados do Departamento da Arte da Universidade Maria de Nazaré manifestou-se através do responsável pelo grupo:
— Boa noite, amigos e companheiros.

Que a paz do grande Pintor de almas, Jesus Cristo, possa perdoar nossas imperfeições.
O Mestre cobre, com os tons da verdade e do amor, os espíritos que desejam trilhar o Seu caminho.

Os ensinamentos de Jesus são nuances que pouco a pouco vão-nos embelezando o espírito.

Os vaidosos, orgulhosos e egoístas distanciam-se do grande Amigo, não O deixando aproximar-Se, porque percebem que ao menor contacto com Sua luz irão sofrer uma mudança, e esta mudança muitas vezes não os agrada.

Quando buscamos um grupo mediúnico, ou melhor, uma Casa Espírita, propomo-nos a aprender o que a Casa ensina.

Ninguém procura uma universidade para ensinar ao seu reitor ou ao seu grupo de professores.

Porque, então, na Doutrina Espírita alguns irmãos sem conhecimento, ao adentrarem um Centro, desejam que este aceite seus pontos de vista, os mais absurdos possíveis?

Eles não aceitam, porque o estudo sistematizado da Doutrina iguala os homens, tornando-os irmãos em Jesus e, como irmãos, amam-se e se respeitam.

São livres para opinar, mas jamais para querer impor suas convicções.
O artista tem por dever possuir a mansuetude e o respeito à obra de Deus.
O verdadeiro artista é um amigo, porque conquistar amigos é uma arte.

Quem provoca celeuma nos grupos mediúnicos, principalmente nos grupos de arte, longe se encontra de estar trabalhando com um grande mestre da pintura, porque eles já atingiram o Departamento da Arte, e mesmo que tenham sido no ontem de difícil relacionamento, hoje, para actuar em uma Casa Espírita bem orientada, têm de obedecer à disciplina doutrinária.

Engana-se quem julga que, passados vários anos, o pintor de ontem continua desequilibrado;
e mesmo se isto acontecer, o médium evangelizado tem por dever ajudá-lo, e não desequilibrá-lo ainda mais, O certo é não aceitarmos as assinaturas nos quadros mediúnicos para não acontecer o que vem ocorrendo:
quadros grotescos, “que desabonariam o mais atrasado estudante”, levando assinatura de grandes mestres.

O espírito encarregado fez ligeira pausa, para logo depois continuar:
— Todo mundo tem mediunidade natural;
contudo, os ditos médiuns somente são aquelas pessoas em que a mediunidade é ostensiva.

Quem diz isso é Allan Kardec;
entretanto, julgar que mediunidade ostensiva é aquela em que só se manifestam espíritos famosos, além de ser um grande engano demonstra falta de conhecimento e de humildade.

É preferível nos tornarmos um trabalhador da Doutrina do que um médium que dá trabalho à Casa que frequenta, por indisciplina.

Desejamos que todos deste grupo se conscientizem de que a caridade é que cobre a multidão de pecados e de que não existe caridade maior do que aquela que começa em casa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:25 pm

A casa à qual nos referimos somos nós mesmos.
Se não nos respeitarmos, não seremos respeitados.

Tenhamos caridade para connosco mesmos, porque à medida que vamos tendo contacto com nossos próprios erros e acertos vamo-nos conhecendo melhor;
somos mais severos com as nossas faltas e brandos com as do próximo.

O humilde não deseja ser aplaudido, e dificilmente um médium humilde apresenta uma mediunidade desequilibrada.

Que cada um busque nos livros doutrinários a sua bússola para não se perder nessa floresta imensa que é a mediunidade.

Boa noite, e muita paz.
Irmão António.

Jonas, olhando para o irmão ao seu lado, falou:
— António?...

Querendo dizer:
“Coitado, não sabe de nada, esse espírito é um António qualquer”.
Mal sabia ele que quem falara havia sido um dos mestres da pintura, que não quis identificar-se por humildade.

O grupo encerrou seus trabalhos.

Os outros médiuns estavam satisfeitos, Jonas não;
ele julgava que recebia Leonardo da Vinci, Renoir e outros grandes nomes, e não era um António qualquer que iria ensiná-lo a conhecer a mediunidade com Jesus.

— Difícil, não? O cara adora ser enganado, falei para Tomás.
Um dos espíritos zombeteiros começou a me retratar.

Olhei-o com “aquele” olhar e ele me falou:
— Luiz Sérgio, sente aí, vou fazer um belo quadro seu e o Jonas logo passará para a tela.
— Obrigado, meu amigo, mas não tenho tempo para posar como modelo, sou um espírito que sopra somente nos livros espíritas.

— Que pena, um quadro seu iria fazer tanto sucesso!...
— Luiz, se você desejar pode ficar posando para ele, brincou Siron.
— Então fique comigo, vamos fazer um sucessão! falei, rindo.

Retiramo-nos, deixando um grupo de pintores fantasiados e prontos para iludir o médium vaidoso.

— O dirigente espiritual não pode impedir a entrada deles na sala de trabalhos? perguntei a Tomás.
— Não, eles são convidados do Jonas, só ele poderá desenvencilhar-se desses zombeteiros, mas a sua vaidade não deixa.

— Pobre Jonas! Iguais a ele existem muitos.
— Por falar nisso, e você?
Tem dado mensagens por todo o Brasil, sabemos que em quase todos os Centros Espíritas recebem mensagens suas.
O que nos diz?

— Sem palavras...
— Luiz, a Doutrina deve esclarecer os médiuns iniciantes que espírito em tarefa não fica de Centro em Centro desenvolvendo médiuns.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:26 pm

— É, e quem defende os espíritos?
— Somente as obras básicas.

— Mas quantos não as estudam e ficam por aí, obsidiando os espíritos que trabalham em prol do seu semelhante!...

Aquela Casa era pequena, porém as obras de Kardec eram conhecidas até das crianças.
Quase todos as estudavam, os que não o faziam davam trabalho, como Jonas.

Fomos convidados a chegar até o auditório onde estava sendo realizada uma reunião dos mentores espirituais.

O assunto, como sempre, era o perigo que hoje enfrenta a Doutrina, pois muitos de seus seguidores não desejam estudar, e sem estudo dificilmente a Doutrina será compreendida.

Falaram também que enquanto o espírita ficar dentro do Centro esperando o povo vir até ele em busca dos espíritos, as outras religiões se expandirão.

Hoje quase todas elas trabalham também com os espíritos.

O que se torna preciso, o que está faltando na Doutrina?
Um dos espíritos presentes respondeu: exemplos.

Ao passo que existem pessoas que saem em busca dos pobres e estropiados, como fazia Jesus, muitos espíritas estão indo ao Centro somente aos domingos, por obrigação.

Comentaram sobre as actividades das Casas Espíritas brasileiras e sobre a obrigação de todos os que se dizem espíritas.

Levados pelo assunto que foi tratado, fomos conhecer uma senhora espírita que dava assistência a aidéticos.

Quando chegamos ao lar da referida senhora, ela estava tomando o seu café junto à família, pronta para sair.

A casa era belíssima, com todo o conforto.
Pensei: “Onde irá Janice, a discípula do Cristo?”
Juntamente com uma das suas seguidoras saiu em busca dos seus doentes.

Iriam a muitos lugares prestar assistência aos necessitados.
Visitaram duas casas onde ministravam noções de higiene e distribuíam remédios e alimentos.

Foi ao encontro de um jovem de seus vinte anos, portador do vírus da AIDS, que se encontrava sem abrigo debaixo de uma ponte.

Quem o visse não diria ser doente.
Ela o alertou para a gravidade do sexo sem responsabilidade, pois ele, revoltado, estava transmitindo a doença para seus inúmeros parceiros.

Ele a escutava, chegando a chorar.

Convidou-o a ir até sua casa;
estava construindo um albergue, mas antes que ficasse pronto abrigava todos os doentes e alcoólatras em um barracão em seu quintal.

Acompanhamos aquela extraordinária mulher de volta ao lar e vimos o carinho que dedicava àquelas almas sofredoras!
No lindo palacete de Janice alguns doentes da droga, do álcool e da AIDS tinham uma mãe amiga que lhes estendia as mãos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 31, 2011 10:26 pm

— E seu marido, como aceita tal atitude? perguntei.
— Ele não é espírita, mas apoia a mulher em tudo o que ela faz.

Janice, uma linda mulher, charmosa e elegante, tomava-se mais bonita à medida que exalava o perfume de seu coração caridoso.

— O marido é um homem muito importante, contou-nos Tomás.
— Político? perguntei.

— Não, não é político, é jurista.
— Se todos os que lidam com a justiça, com a política, com a saúde ou com a educação procedessem como Janice e seu marido, cuidando dos sofredores, no mundo a dor seria diminuta.

O jovem Paulo olhava toda a casa e chorou baixinho, lembrando-se de que sua família não o queria junto deles. Janice entrou no quarto, pegou sua mão e disse:
— Querido, não chore.
Antes a ponte era sua casa, hoje minha casa é a ponte que o conduzirá a dias melhores.
A AIDS não leva rápido à morte, quando ajudamos com nossa casa mental.

— Estou no fim, dona Janice, encontrei-a muito tarde.
— Engana-se, Paulo, nunca é tarde para lutar.
Se eu me julgasse velha para ajudar o próximo, logo me sentiria inválida.
Enxugue as lágrimas e vamos conhecer o meu pomar.
Logo quero vê-lo cuidando das nossas plantas.

— Nossas?...
— Sim, tudo o que tenho é dos que são abrigados neste lar.
Quando os trago para casa, um motivo existe, sabe seu nome?
Amor e respeito à dor de cada um.

— A senhora é muito rica, não é?
— Sim, de fé, de coragem e da presença de Jesus em mim.

— Dona Janice, eu nunca pensei que existisse alguém igual à senhora.
— Paulo, chama-me só de Janice.
Sabe, eu somente trago para casa os meus irmãos necessitados quando os albergues se encontram lotados.

São poucos os que vêm para cá.
No momento estão aqui dez pessoas.
Pouco, não?

— Não, Janice, não acho pouco.
E o seu marido e filhos, o que acham?
— Meus filhos foram criados junto aos sofredores, desde pequenos eles me acompanham onde jaz um sofredor.

O marido foi a mão amiga, a justiça divina que, como uma luz, ilumina os meus sonhos, transformando-os em realidade.
É o companheiro sonhado por muitas mulheres, um grande homem.

Apesar da sua posição social ele tem grandeza moral suficiente para não ficar cego diante do poder.
Deus nos criou e nos uniu para que cada um desempenhasse suas tarefas, desde que elas se juntassem num só ideal: o amor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:42 pm

Foram saindo do quarto.
A bela piscina, muito bem decorada, era circulada por lindíssimo jardim.
As flores atapetavam o chão.

Paulo parecia estar sonhando.
Logo ganharam o pomar.
Janice ia colhendo os frutos e os dando a Paulo, como se ele fosse o filho pequeno necessitando cuidados.

— Que grande mulher!
É tão bom conhecer gente assim! falei para Siron.

Paulo pediu para sentar-se e ali foi contando sua vida:
filho de família da classe média, desde pequeno adorava meninos e seus primos maiores é que o levaram à preferência masculina, sendo esta a brincadeira preferida quando Paulo, ainda pequeno, era levado à casa dos tios para dormir ou passar fins de semana.

Atingindo a adolescência, era no colégio o garoto que mais parceiros tinha, por ser muito bonito, e nessa vida quase não estudou, O sexo desabrochou tão forte que ele se julgava o tal, não se envergonhando em ser sustentado por parceiros, até o dia em que, morando com um colega, este, ao saber do seu estado de saúde, o esbofeteou tanto que o levou ao hospital e de lá não pôde mais voltar à antiga casa.

Seu companheiro não o quis mais.
Sem ter onde morar, recorreu a todos os parentes e amigos, mas ele era seropositivo HIV e as portas se fecharam.

A ponte é o refúgio dos pobres e desvalidos por não ter porta, e ele a buscou.

Aí o ódio tomou conta de seu coração.
Sem piedade, entregava-se aos parceiros sem lhes contar o seu verdadeiro estado de saúde.

Paulo continuou sua narrativa:
— Queria que todos também conhecessem a dor desta doença maldita que mata primeiro os sonhos, porque quando descobrimos que contraímos o vírus parece que caímos num precipício.

O medo e o pavor da opinião dos outros faz com que nos sintamos os seres mais infelizes do mundo.
Depois, veio a peregrinação pelos hospitais, o preconceito da sociedade por medo do contágio.

— Paulo — obtemperou Janice — quantos portadores do vírus da AIDS vivem por vários anos, enquanto pessoas jovens e fortes desencarnam prematuramente!

Ninguém sabe quando irá desencarnar.
A AIDS pede prudência, quem tem o vírus precisa cuidar-se, aumentando a resistência física.
Não podemos julgar que a “morte” está ao nosso lado somente porque temos uma doença.

Ninguém sabe quando parte, o importante é preparar-se para viver na terra o tempo que Deus nos concedeu e aprontar uma bagagem de bênçãos para partir em paz.

Olhei para os meus amigos e falei:
— Que mulher!
Ainda bem que existem apóstolos do Cristo encarnados na Terra.

Não só os maus caminham na estrada da evolução, os bons espíritos estão junto a nós, ensinando ao homem o que é ser nobre.

Janice é uma estrela brilhando no pântano da dor e do desespero.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:42 pm

19 - A CHEGADA DO CONSOLADOR

Grande mulher é Janice.

Gostaria de conhecer um pouco mais seu marido e seus filhos, porque às vezes, quando a mulher ou o marido desejam ajudar o próximo, chegam as cobranças de um ou de outro.

Tenho dó de certas mulheres que atormentam a vida dos maridos, porque estes se dedicam à Doutrina do Cristo.

Será que elas prefeririam que os maridos vivessem sentados numa mesa de bar ou buscassem aventuras fora do casamento?

Por outro lado, há certos maridos que preferem ver as mulheres nos fúteis chás das cinco ou olhando as vitrinas do que costurando, bordando, estudando ou visitando casebres pobres.

Chegam ao exagero de se dizerem com ciúme das esposas e fazem até chantagem.

Jesus disse:
Não embaraceis as minhas crianças.

Somos crianças de Cristo, quando estamos tentando caminhar pelo Seu caminho.

Quantas Janices teríamos se não existissem maridos ignorantes das coisas de Deus ou mulheres possessivas, ciumentas e ociosas que não acompanham os maridos nas suas tarefas de caridade, O palacete de Janice — quando saíamos — abria as portas para receber José Tadeu, garoto de quatorze anos, que contraíra AIDS.

— Seja bem-vindo, esta casa é de Jesus, falou Janice, sorrindo.

José adentrou-a, levando no coração a flor da esperança de que no amanhã vários lares abrirão suas portas para abrigar os sem-tecto.

Finalmente, ganhamos o caminho de volta ao Educandário.
A medida que ele ia surgindo, os raios de sol davam àquele lugar um colorido inesquecível.
Os pássaros beijavam as flores e as cascatas de águas cristalinas suavizavam todo o belo jardim.

Parei para louvar a beleza do lugar.

Meus companheiros sentaram na hera e, de braços abertos, olhei para o alto e orei:
— Sê bendito, Senhor, por teres criado este cenário de esplendor que se manifesta ao nosso redor.

Deste-nos a sensibilidade para apreciá-lo e agradecer por estares ao nosso lado em todo o nosso caminho evolutivo.

Contemplando cada tenra plantinha, cada pedra, cada flor, os animais, os rochedos, as ondas bravias, a placidez dos lagos, damos graças ao Senhor, que a tudo cria.

Obrigado, meu Deus!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:43 pm

Todos, sentados, cantaram esta canção:
Obrigado, meu Deus,
Por nos ter criado,
Simples e inocentes,
E nos ter ensinado,
A nos tornar gente,
Com o coração humanizado.

Obrigado, meu Deus,
Pelas estradas da vida,
As vitórias alcançadas,
As pessoas queridas.

Obrigado, meu Deus,
Pelo campo florido,
Pelo vento que sopra,
No balançar das flores.

Obrigado, meu Deus,
Pelas nuvens carregadas,
Que nos trazem a chuva,
Até as sementes.

Obrigado, meu Deus,
Pela árvore frondosa,
Que na primavera,
Dá a fruta saborosa,
Os rochedos amigos,
Que ficam comigo,
Elevando minha fé,
As ondas do mar,
Bravias ou serenas,
Vêm me embalar,
Os sonhos terrenos.

Obrigado, meu Deus,
Por tudo o que tenho,
A família, o lar,
Por Seu desempenho,
Na Terra querida,
Que é nosso lar,
Minha alma sofrida,
Só deseja Lhe amar,
Obrigado, meu Deus.


Batemos palmas e, abraçados, entramos no Educandário, cientes de que a mão de Deus estava a nos amparar.

Diante daqueles corredores senti-me muito feliz por ter chegado até ali.
Siron avisou-nos de que teríamos aula no auditório sete e fomos para lá.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:43 pm

O auditório, com seu palco giratório, continha imensos painéis luminosos com o estudo doutrinário:
toda a vida de Kardec, sua luta, o início junto aos seus colaboradores, a equipe espiritual, enfim, era o teatro vivo da Codificação.

Hoje, muitos confrades sequer imaginam a luta do Codificador, as dificuldades por ele enfrentadas.

Ainda bem que sua esposa Amélie foi o esteio que Deus colocou para ajudá-lo.
Ao seu lado, nada exigia, ao contrário, extasiada, junto a ele ia pouco a pouco descobrindo o mundo maravilhoso da Doutrina que despontava.

Allan Kardec passava horas e horas atento às inúmeras comunicações dos espíritos.
As senhoritas Caroline e Julie Baudin foram as médiuns que mais concorreram para concretizar a profecia de Jesus de trazer até os homens o Consolador.

A senhorita Ruth Céline Japhet foi outra grande colaboradora de Allan Kardec, mas ninguém imagina quantas e quantas horas de dedicação foram exigidas a este grande homem e somadas à sua luta para editar o primeiro livro, não só na revisão feita pelos espíritos superiores, como depois para colocar na rua, para o povo, a voz dos espíritos.

Quantas pessoas dignas e conscientes da Doutrina ajudaram Kardec!

No dia 18 de abril de 1857 a luz do mais Alto fez com que Paris amanhecesse diferente:
era a Espiritualidade Maior que fazia da cidade-luz uma cidade cintilante de esclarecimentos doutrinários.

Uma nova era iniciava-se.
A nossa frente, presenciávamos o livreiro Edouard Dentu levando até a tipografia a primeira obra espírita: O Livro dos Espíritos.

Assistindo ao teatro vivo, pensei:
“quantos ditos espíritas hoje a nada desejam renunciar, apegados às birras das esposas, ou vice-versa, e vão-se distanciando da responsabilidade para com a Doutrina.

Para ela chegar até nossas mãos, para que o Consolador estivesse hoje entre nós, vários homens renunciaram até à sua posição social”.

Todos os trabalhadores da Tipografia de Beau, em Saint-Germainen-Laye, receberam do Alto as bênçãos como operários de Jesus.

A nossa frente víamos a primeira edição de O Livro dos Espíritos — 18 de abril de 1857.

Apresentava-se em formato grande, com quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas, contidas nas três partes em que então se dividia a obra.

Quando Kardec colocou o seu pseudónimo no primeiro livro, orientado pelos espíritos, deixava gravado na História do Espiritismo um grande gesto de humildade.

Hoje os médiuns que psicografam tornam-se cada vez mais conhecidos, mas perguntamos:
quantos conhecem os médiuns que ajudaram Kardec?

Pensei:
“como seria bom se hoje também fosse assim”.

A Codificação estava à nossa frente, juntamente com os primeiros simpatizantes do Espiritismo, que lá estavam junto a Kardec para pesquisar as causas ocultas do fenómeno das mesas girantes.

Muitos livros abordando esse assunto começaram a aparecer e os leitores aumentaram por demais.
Víamos Kardec a tudo examinando, tendo muito cuidado para não se deixar envolver pelo fanatismo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:43 pm

Não foi ele, Kardec, o inventor das mesas girantes;
todos os estudiosos do Espiritismo sabem que Kardec somente o codificou.

Os estudos de Allan Kardec, sua luta para preservar os espíritos da curiosidade do homem, passavam à nossa frente.

As mesas, antes personagens insubstituíveis nas rodas elegantes, com Kardec e outros estudiosos, levaram-nos a um estudo mais profundo e Caroline Baudin cooperou para que os espíritos melhor se comunicassem.

Mas nada foi fácil para eles.
Lutaram contra o materialismo e diante dos factos espíritas certificaram-se da veracidade das comunicações.

Graças à fé desses irmãos, hoje temos a Doutrina Espírita.
Ninguém pode esmorecer no meio do caminho, principalmente quando acredita que logo mais Cristo nos espera.

Quantos são chamados para pequenas tarefas e as negligenciam por orgulho, desejando as grandes missões!

Kardec primeiro buscou a verdade e diante dela curvou-se humildemente, deixando para trás o próprio nome e assumindo a responsabilidade de trazer até os homens a voz dos espíritos.

E o fez com tanta dignidade que até hoje ela dá ao homem condição de não ser enganado.

Quantas horas Kardec leu atentamente os cadernos de mensagens, quanta prudência usou, não aceitando a mensagem apenas pela assinatura de homens famosos, mas sim pelo seu conteúdo.

Era tanta a fé de Allan Kardec que ele não diferenciava os espíritos dos homens encarnados, por isso não endeusava os espíritos e lhes mostrava suas divergências, não aceitando tudo o que deles chegasse.

Ele amava muito os espíritos, deles fazendo seus amigos, por isso seus adversários não encontravam nada que desmoralizasse a obra que lhe foi confiada por Deus.

Junto a Kardec, uma plêiade de espíritos missionários o ajudavam.
Mas se ele fosse escravo da vaidade teria parado à beira do caminho, porque o fardo do egoísmo e do orgulho pesam por demais.

À nossa frente, desfilava a vida de Allan Kardec, ou melhor, um exemplo de vida a ser seguido pelos espíritas.

O Livro dos Espíritos encontrava-se todo iluminado, suas letras brilhavam como diamantes.
Os princípios da Doutrina estão contidos nesse livro, que os espíritos chamam de passaporte para a vida eterna.

É uma obra filosófica, acessível a todas as inteligências.
Os instrutores nos explicaram por que muitos dos que se dizem espíritas não gostam de O Livro dos Espíritos:
simplesmente, porque esta jóia da Doutrina nos convida à reforma íntima.

Tendo-a como livro de cabeceira, veremos o mundo mais belo e compreenderemos melhor o nosso próximo.

Agora, não é livro para ser lido almejando chegar logo ao fim, devemos lê-lo meditando e retendo-o no coração, como um remédio divino.

Ele é a mão de Deus pairando sobre nós.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:43 pm

O orientador ainda nos falou da necessidade das Casas Espíritas adoptarem os livros da Doutrina, pois somente eles podem dar aos homens as respostas verdadeiras.

Também aprendemos que, antes de Kardec, vários outros precursores existiram, chegando a publicar obras sobre o intercâmbio com o mundo espiritual, mas ele, Kardec, foi o escolhido para a missão de escrever no livro da vida o seu nome, como o Codificador do Espiritismo.

Por isso, é errado dizermos que Kardec fundou o Espiritismo;
antes dele, mesmo no Antigo Testamento, o espiritismo já existia e muitas vezes deparamos com factos mediúnicos relatados em seus diversos livros.

Todavia Kardec foi quem adoptou os termos “Espírita” e “Espiritismo” e, através da Doutrina Espírita, explicou os factos que os espíritos apresentavam ao mundo.

A mediunidade tornou-se não um fardo, mas uma tarefa que pode tornar-se até gloriosa, desde que o médium estude as obras básicas. Kardec, analisando os ditados dos espíritos, foi construindo o edifício do amor, que hoje abriga muitas almas, edifício este que são as Casas Espíritas com bases sólidas na Codificação.

Foi ele que, com simplicidade, nos forneceu os livros que deram ao homem condição de conhecer o mundo dos espíritos sem ir contra as leis de Deus, cuja proibição desse intercâmbio se encontra no Levítico.

Allan Kardec nos ensinou a procurarmos a verdade e, diante dela, o respeito às coisas espirituais.

Se ontem era proibido o contacto com os mortos, o Codificador buscou em Jesus a verdade e, estudando com afinco, viu ser possível a comunicação sem desrespeitar as leis divinas, pois Jesus, o grande precursor da Doutrina, expulsava os trevosos sem rituais nem palavreado decorado;
com amor e conhecimento do mundo espiritual Ele os elucidava.

Kardec recebeu do Espírito da Verdade toda a orientação de como devemos entrelaçar os dois mundos.

Sendo Jesus também Aquele que levou os apóstolos para o Monte Tabor, ali realizou a primeira reunião mediúnica disciplinada, ao conversar com Moisés e Elias.

Ao recordar este facto, vemos que Jesus não só anunciou o Consolador, como também viveu uma vida espírita.

Continuamos presenciando a difícil tarefa de Allan Kardec, que muitas vezes se viu desiludido, mas mesmo assim lutou como um gigante da fé para cumprir a sua missão de deixar para os homens, prisioneiros num corpo físico, a visão da vida espiritual.

Muito se falou ainda naquele belo lugar, onde o meu espírito engrandecia-se pelos inúmeros ensinamentos.

Depois da prece, foi encerrada a aula.
Demorei a sair e quando o fiz, Luanda me esperava, junto a Siron, Arlene e Tomás.

— Que beleza! comentei.
Hoje muitos dos que se julgam injustiçados não podem avaliar o que Kardec enfrentou.

— É mesmo, falou Luanda.
Todos os missionários lutam com dificuldades.
E mais fácil dizer que não se crê em nada, do que lutar por um ideal.
O Educandário é uma fonte de luz, parece que de suas paredes brotam os livros espíritas.

Tomás comentou:
— Muitos dos que se dizem espíritas, Luiz, param ao se defrontar com o primeiro obstáculo, sem saber quanto lutaram os pioneiros da Doutrina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:44 pm

Se hoje ainda existem preconceitos contra o Espiritismo, imaginemos no ontem as dificuldades que tiveram de enfrentar.
Algumas pessoas chegam à Casa Espírita e não desejam seguir os seus ensinamentos.

Estudar a Doutrina?
Julgam perda de tempo, o que desejam é participar logo de grupos mediúnicos, mas ninguém pode participar deles sem uma boa base doutrinária.

Precisa haver uma mudança radical no modo de pensar dessas pessoas.

— Como assim? perguntei.
— Os adultos, ao chegarem ao Centro, têm de ser tratados como fazemos com as crianças: evangelizá-los.
Sem evangelização eles não deixarão a capa do orgulho, capa esta que pode levá-los a vexames.

— Tomás, e as casas de família que estão formando grupos mediúnicos?
— Deus as ajude, que a protecção dEle as cubra das bênçãos do bom senso.

Os espíritos sopram onde querem, todos ouvem a sua voz, entretanto, para nos tornarmos seus porta-vozes, temos de lutar para possuir a dignidade.
O Evangelho do Senhor Jesus ainda é o único caminho que nos leva a Deus.

Nisso, falou Luanda:
— Tomás, Cirilo nos espera no Parque das Acácias.
— Conversava com o Sérgio sobre a necessidade da evangelização dos adultos.

— Tem razão, espírita evangelizado é trabalhador consciente da Doutrina.
Assim, dirigimo-nos ao parque, onde grupos de músicos tocavam e cantavam.
Executavam tão belas coreografias que parecíamos estar no “céu”.

Eles formavam os nomes dos livros da Codificação e, quando banhados de luz, apareciam aos nossos olhos brilhantes, luminosos e coloridos.

Estavam festejando o início da jornada dos livros espíritas: 18 de abril.

No final do espectáculo, várias crianças, tendo a fronte adornada de minúsculas rosas cor-de-rosa, formavam a frase:
“Consolador prometido por Jesus: Doutrina Espírita”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:44 pm

As lágrimas afloraram em nossos olhos e o coração bateu mais forte, principalmente quando todos cantaram esta música:
Doutrina Espírita,
É Jesus em acção,
Doutrina Espírita,
É evangelização,
O homem lutando,
Para tornar-se irmão,
Doutrina Espírita,
É acção,
Doutrina Espírita,
É coração.

E logo iniciaram outra canção:
Eu sei quem sou,
De onde eu vim,
Para onde vou,
Não existe fim,

O caminho espírita,
É de Jesus,
Que nos ensina,
A carregar a cruz,

O espírita,
Tem de ser cristão,
Que se despe,
Para vestir um irmão,

O espírita,
Tem de saber calar,
Escutando o aflito,
Sempre a ajudar,

O espírita,
Humilde é,
Ele tem Jesus,
Na sua fé,

O espírita,
É um aprendiz,
Sempre lutando,
Pelo infeliz,

O espírita,
Deve fazer caridade,
Em todo lugar,
Ele prega a verdade,

O espírita,
É Jesus em acção,
Levantando o caído,
Abraçando o irmão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:44 pm

Ao término do espectáculo foi feita uma prece lindíssima pelo mentor do Educandário.

Sua voz, melodiosa e de grande poder magnético, soava por todos os lugares, como se tivesse um microfone;
sua figura, majestosa e querida, era uma estrela brilhante à nossa frente:
— Irmãos em Jesus.

A Doutrina Espírita ainda é mal compreendida, porque alguns espíritas se satisfazem apenas com os fenómenos mediúnicos e só desejam frequentar os trabalhos práticos.

Todavia, os fenómenos nos convidam a uma análise dos factos e, constatando a existência da vida espiritual, inicia-se a responsabilidade moral da criatura.

A medida que nos tornamos amigos da leitura, a fé vai tomando conta da nossa alma, não como uma fé cega, imposta pelo mundo, mas como uma fé raciocinada, capaz de “encarar a razão em qualquer época da humanidade”.

Parte daí o princípio de que todo espírita precisa estudar e compreender os três aspectos da Doutrina:
o filosófico, o científico e o religioso, para não se tornar presa do fanatismo, inerente aos fiéis cuja cegueira do misticismo os leva a buscar os milagres.

Mas na Doutrina o homem procura respeitar o homem e, nesse respeito, vai nascendo a força interior que leva a mudanças no seu carácter, antes impregnado de falhas adquiridas no pretérito.

É tarefa nossa levar até o plano físico os esclarecimentos da vida espiritual.
O nosso contacto está hoje, neste século, bem mais próximo um do outro.
O plano espiritual e o físico estão quase se fundindo em um só, pela aproximação que breve se dará.

Não podemos mais perder tempo, precisamos elucidar o encarnado.
Esse trabalho não está sendo só dos espíritas, está sendo realizado também em quase todas as igrejas que se dizem cristãs.

Porque os obreiros são poucos, as vozes dos espíritos estão indo em busca de cooperadores em toda parte onde se encontre quem deseje ouvi-los, sem importar a que religião pertença.

Devemos, para melhor compreensão das nossas palavras, buscar a parábola das bodas.

Porque a nós, espíritas, será cobrado muito mais?
Simplesmente, porque a nós foi feito o chamado e chegamos até a fonte da vida eterna;
depois de saciada a sede, não é justo negligenciar a fonte e relegá-la ao abandono.

Feliz do homem que encontrou a Doutrina e dela fez o seu ideal de vida e por ela luta, porque crê verdadeiramente nas suas verdades, sabendo ele que a Doutrina bem compreendida modifica o homem e lhe dá liberdade.

É na Doutrina Espírita que aprendemos que a Terra não é a única morada do Pai;
ela representa apenas um ínfimo detalhe no ilimitado da vida, região de amargura e provação, mas nem por isso os homens devem renegar esse educandário redentor, onde o espírito se regenera para se glorificar em outras moradas.

— Nós, os espíritos hoje empenhados em levar até o plano físico o chamado do Senhor para as “bodas”, temos de nos unir a fim de que os encarnados nos compreendam as palavras, fazê-los entender que no mundo espiritual a vida continua com as mesmas lutas do dia-a-dia.

Que eles não julguem que no plano espiritual os espíritos vivem em contemplação, sem nada fazerem, ou que outros estão no “inferno” eterno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 01, 2011 9:44 pm

Cabe a nós, trabalhadores de outra dimensão, entrelaçar as nossas mãos às dos amigos que ainda se encontram no corpo físico e lhes entregar os informes da vida que vivemos além da morte, não melhores que eles, apenas vivendo em outro plano, onde, por mercê de Deus, pertencemos ao redil do Seu filho, Jesus Cristo;
que no mundo onde vivemos trabalhamos, estudamos e também nos esforçamos para bem viver, porque muitos irmãos encarnados ainda julgam que, ao deixarem o corpo físico, seu espírito torna-se incapaz, e não é verdade.

O plano espiritual é o gerador da vida na Terra, aqui lutamos também pelo sustento dos nossos espíritos, todavia com mais justiça.

Espero que cada um de vocês que aqui chegaram faça acender a luzerna em cada consciência que ainda distante se encontre das coisas espirituais.

Os que trabalham no livro espírita devem evitar os aplausos pessoais, pois o verdadeiro obreiro é aquele que serve em silêncio ao seu Senhor.

Que Ele, o querido Mestre, seja hoje e sempre o nosso caminho de verdade.

Terminada a prece, o orientador retirou-se.
— Luiz, tive vontade de aplaudir, comentou Siron.
— E eu, o que digo?

Quase me levantei para dizer a ele:
beijo teus pés, não porque sou humilde, mas porque te amo.
— A quem amas? perguntou Arlene.
— A você, querida, a você.

Todos riram. Estávamos felizes.
Como é bom a gente ouvir coisas boas e elucidativas!
Quantas palavras lindas e proveitosas!

E ainda existe quem brigue nos Centros Espíritas, julgando-se o dono da verdade.
Só quero ver a cara desse irmão na hora da chegada aqui.

— Cara de susto, falou Luanda, porque o orgulho o fez pensar que era o melhor de todos, e desde que pensamos assim mostramos a pequenez do nosso carácter.

— É mesmo, Luanda.
É muito triste defrontarmo-nos com espíritas vaidosos que se julgam os donos da Doutrina, e cada vez mais ela se distancia deles, porque por melhor que seja o perfume, não consegue abafar o odor infecto do orgulho e do egoísmo, e o perfume da Doutrina não fica em corações repletos de intrigas e calúnias.

Que os doutores da lei se cuidem, os umbrais estão lotados de falsos profetas!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:20 pm

20 - EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS

Depois de tudo o que relatei, resolvi dar uma chegada a minha casa, estava com saudade da vovó Margarida e da tia Ana.

Não via a hora de abraçá-las.
Muitos encarnados julgam que vivemos eternamente sentados, olhando o céu, sem nada fazer.

Tolinhos, tolinhos.
Vovó, como sempre, recebeu-me com aquele sorriso.
Tia Anna perguntou-me sobre o trabalho e como estava o meu aproveitamento no Educandário de Luz.

Fui ao jardim apreciar minhas flores.
Dei, a cada uma delas, o nome de alguém querido.
Tudo era tão lindo que me considerei no céu de Deus.
Era a minha casa, a nossa casa.

Como deve ser difícil para o materialista pensar que existe vida após a morte do corpo e que no mundo espiritual os homens trabalham, estudam e lutam pela felicidade.

Desfrutei alguns momentos com a família e logo estava novamente no Educandário, encontrando meus amigos, os irmãos de aprendizado.

— Como foram, Luiz, as férias? perguntou-me Siron.
— Melhor estraga, a gente fica com preguiça de voltar ao trabalho.
E você, irmão, mora sozinho?
Não me leve a mal, mas qual é o nome da colónia em que mora?

— Não moro sozinho, vivo com minha esposa e nosso filho.
— Que bom, Siron, que você vive com sua esposa e filho.

— Você deve estar curioso para saber como eu, sendo ainda jovem, me encontro com esposa e filho no plano espiritual.
Isso se deu, Luiz, porque nós três desencarnamos juntos, em um desastre aéreo.

— Desculpe, amigo, minha curiosidade.
— Não, eu é que faço questão de lhe narrar o facto.

Meu filho estava, por ocasião do acidente, com dois anos, mas hoje tem a aparência bem mais velha, por tê-la moldado no pretérito.
As lembranças, à medida que vão aflorando em nós, fazem com que assumamos a aparência mais marcante da vida passada.

— Não me diga que seu filho está com aparência de velho...
— Não chega a tanto, um dia o levarei para conhecê-los, falou-me, sorrindo.

— Siron, conheço alguém que não gosta da reencarnação porque, segundo ela, o espírito não fica com a mesma aparência da vida anterior e, ao mudar, sente saudade da encarnação vivida antes.

— Diga a ela, Sérgio, que o espírito pode trocar de várias roupas físicas, mas sempre guardará as expressões fisionómicas que mais o marcaram, O importante é termos a felicidade de reencontrar aqueles a quem amamos.

Existem esposas em busca dos maridos, e estes bem distantes delas pela evolução, assim como vários filhos perdidos no umbral e, por mais que as mães façam para ajudá-los, eles nem a vêem.

E, assim, muitos e muitos desencontros.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 5 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:21 pm

— E você, santo, como passou os dias de folga?
Foi em casa? indagou Luanda, que chegara.
— Luanda, esclareceu Siron, o Luiz está colhendo informações das nossas vidas para compor o seu livro.

— Não é bem assim.
Apenas estou curioso para saber se vocês são felizes como eu sou, junto aos meus avós e outros familiares.

— Luiz, explicou Luanda, moro com vários irmãos.
Antes, morava com minha mãe, mas ela reencarnou como filha de meu irmão, aí fiquei sozinha em nossa casa, vindo a receber companheiros que ainda necessitam trabalhar para adquirir bónus-hora.

— Por falar em bónus-hora, muitos leitores me perguntam como isso se processa.
Confesso achar difícil a explicação.

Tomás aproximou-se e esclareceu:
— Não é difícil, não, Luiz Sérgio.
O bónus-hora é uma conquista do espírito.

— Eu posso transferir o meu bónus-hora para alguém que amo, mas que ainda não tem merecimento? perguntei.
— Não, cada criatura tem de lutar para adquiri-lo.

Podemos usar nossos bónus-hora em prol dos sofredores nos umbrais, entretanto, dizer que podemos emprestá-los, como se fossem moedas, não é permitido, assim seria tudo muito fácil.

Qual a mãe, portadora de bónus, que não intercederia por seu filho?
Ela não pode interferir em sua evolução.

Pedir por ele pode, o que não pode é entregar todos os seus bónus para ajudá-lo, pois dessa forma continuaria tudo igual e haveria muitos que se aproveitariam disso, não querendo trabalhar, somente usufruindo do “dinheiro” dos pais.

Aqui a justiça resplandece igualmente para todos. Os pais sempre intercedem pelos filhos, mas não têm o poder de lhes transferir evolução.

Por isso dizemos aos encarnados:
ensinem a seus filhos a dignidade e o respeito a Deus, não os deixem órfãos de pais vivos, mostrem-lhes o respeito à vida, porque no mundo espiritual, por mais evoluídos que sejam os pais, só poderão ajudar os filhos com oração, mas lhes transferir os bónus conquistados por trabalho e renúncia, não.

— Tomás, por falar nisso, onde você passou os dias de folga?
— Aqui mesmo.
— Aqui mesmo?
— Sim, Luiz, não saio do Educandário nas folgas, aproveito para estudar.

— E sua família?
— Está toda no plano físico, cumprindo os desígnios de Deus.
— Há quanto tempo você desencarnou?
— Estou no mundo espiritual há mais de cem anos.

— Cem anos? Como você é velho, bem?
Todos riram.
— Não deseja saber nada da minha vida? perguntou-me Arlene.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:21 pm

— Você também deve estar aqui há vários anos e ter todos os seus parentes ainda no plano físico, não é mesmo?
— Engana-se.
Vivo em uma casa imensa, com pai, mãe, avós, tios, sobrinhos etc. etc.

— Meu Deus, é verdade?
— Sim, Luiz, minha família é imensa e todos trabalham para a renovação da Terra.
— Então, Arlene, toda a sua família é missionária?
— Não digo missionária, mas que estamos engajados no trabalho da reencarnação no plano físico, estamos.
Por isso, moro em uma casa bem grande, no Bosque das Flores.

— Você mora no Bosque das Flores?
Tenho tanta vontade de chegar até lá!...
— Um dia o levarei para conhecer minha família.

— Você é que é feliz, porque é muito difícil a gente ter uma família que se prepara para viver na espiritualidade.
— Graças a Deus, a fé em Jesus foi tão grande que contagiou todos os componentes da nossa família.

— O que vocês fizeram para merecer o que estão vivendo? perguntei.
— Meu avô sempre fez caridade, meu pai foi um lutador em prol dos necessitados, minha mãe fundou muitos orfanatos, creches e asilos, e assim toda a família conheceu o Cristo quando ainda no plano físico.

— Arlene, a caridade é um facto verdadeiro.
Quem não tiver caridade passará em brancas nuvens pelo plano físico.
É pena que, por mais que eu escreva sobre a caridade, poucos a praticam.

Para o avaro alguns trocados representam milhões de desculpas que ele dá, acusando sempre aquele que lhe pede.

O grande mal do avaro é julgar que os pobres não querem trabalhar.
Ele sempre encontra uma desculpa para o seu coração duro.

— Cada ser, Luiz, encontra-se num grau de evolução, torna-se difícil mudar de uma hora para outra quem sempre só pensou em si mesmo, completou Arlene.

— Não sei, não; mas existem tantas pessoas que se modificam com a dor...

— Sim, mas temos visto também várias outras que, quando a dor chega, correm em busca de auxílio, iniciam até a fazer caridade.
Mas à medida que a saudade vai diminuindo, vão-se esquecendo dos trabalhos caritativos, sempre dizendo que os pobres são uns vadios, acrescentou Arlene.

— A conversa está boa, mas as aulas nos esperam, alertou-nos Tomás.

* * *

O instrutor falava sobre ectoplasma, essas nuvens vaporosas, semi-luminosas,
que saem da boca dos médiuns quando estes estão no escuro, e que se vão solidificando.

É matéria semi-fluídica.
Já lhe deram vários nomes:
ecytoplasma, teleplasma, ideoplasma.

O ectoplasma foi examinado nos primeiros espíritos que se materializaram, chegando-se até a queimá-lo, o que produzia um odor nada agradável.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:21 pm

Em sua composição foi encontrado cloreto de sódio, fosfato e cálcio.
Se ontem as materializações eram estudadas, hoje já são facto normal, tantas já ocorreram.

Porque, perguntam, no ontem os Espíritos se materializavam e hoje, por mais que se criem grupos, preparando os médiuns através do jejum, ainda assim são difíceis as aparições?

Será que os espíritos não estão mais preocupados em se fazerem visíveis?
É verdade.

Hoje a Doutrina traz tantos conhecimentos que poucos são os espíritas preocupados apenas com os fenómenos.

A Doutrina não existe para beneficiar espíritos desencarnados, e sim para mudar um homem endurecido para um homem bom.

Será que as aparições mudam alguém?
Achamos que não, O que muda o homem é ele mesmo buscar as verdades, por isso as Casas Espíritas têm de retirar dos baús as obras básicas;
sem elas o homem permanece em busca dos espíritos, mas nada faz pela própria alma e esta, impregnada de orgulho, terá dificuldade em galgar o plano mais alto.

Hoje os espíritos podem materializar-se, não para provar coisa alguma e sim para curar os doentes.
Grupos somente de materialização ficariam anos e anos em busca dos espíritos e eles distantes deles.

Desde o momento em que esses grupos se propuserem a curar o seu próximo, os espíritos podem até se materializar.

A Doutrina Espírita acompanha a Ciência, mas não podemos ficar para trás, esperando que os espíritos provem se existem de verdade.

Se ontem a mesa era guiada por um espírito, hoje ela tem outra função:
a de abrigar os livros e os cadernos, que nos ensinam a nos tornarmos melhores.

Se cada um que se diz espírita vestisse a túnica da humildade, logo teríamos as materializações nas Casas Espíritas, não mais para saciar a curiosidade do homem, mas para entrelaçar as responsabilidades e o intercâmbio dos dois mundos, sem precisar amarrar médiuns, acreditando neles por conhecer-lhes as responsabilidades.

Ontem os médiuns eram vítimas da curiosidade; nem propunham que eles estudassem ou não. Os pesquisadores de ontem não elucidavam os seus médiuns, só desejavam deles os seus fenómenos e muitos eram até pagos;
mediunidade era quase profissão.

Poucos médiuns da época de Kardec procuravam os estudos e faziam da sua mediunidade um sacerdócio.

Muitos Centros Espíritas, actualmente, também esquecem que o médium, para ser bom, tem de estudar, porque só o estudo vai discipliná-lo e dele fazer um novo homem.

A mediunidade é um instrumento de trabalho e não divertimento para os outros.

Gosto muito de escrever sobre mediunidade.
Há dias recebi uma carta na qual um médium perguntava se poderia evocar a qualquer momento o espírito que trabalha com ele.

Recordei-me de uma aula que tivemos sobre a proibição mosaica da evocação dos “mortos”.
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