LUZ ESPÍRITA
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 6 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:22 pm

Nela o instrutor indagava:
“Tendo Moisés proibido evocar os mortos, é permitido fazê-lo?”

Nessa mesma aula ele nos elucidou sobre a diferença de evocar por simples curiosidade e evocar por necessidade.

— Necessidade? perguntou-me Luanda.
— Sim. Necessidade não é curiosidade.
— Explique.
— Darei um exemplo.

Evocar:
o médium sem disciplina chama o espírito de André Luiz, Bezerra de Menezes ou outro missionário da Doutrina, na hora em que deseja.

Familiares buscam o médium para saber notícias dos seus entes queridos, O médium cerra os olhos e logo os está recebendo.

Essa evocação Moisés proibiu, e os verdadeiros espíritas devem evitar.
Jesus evocou o espírito de Moisés, que se transfigurou com a aparência de Elias, não indo contra a proibição de Moisés, e sim dando à Humanidade a certeza do mundo espiritual.

Jesus tinha o poder de evocar o espírito de Elias não para lhe pedir algo ou por curiosidade, mas para que os apóstolos tivessem fé no mundo espiritual.

Quando apresentou a Doutrina Espírita aos apóstolos, Ele, Jesus, evocou por necessidade de elucidar Seus irmãos sobre a vida além vida.

Não evocou o espírito de Elias para lhe pedir protecção nem para lhe perguntar qual dos apóstolos o trairia.

E essa evocação que não podemos fazer, e hoje muitos médiuns estão evocando espíritos sem critério, pois um Bezerra, Eurípedes, André Luiz ou Scheilla não estão à disposição de qualquer pessoa, principalmente daqueles que não respeitam a Doutrina, querendo que eles os ajudem nas coisas mais banais e pueris.

Necessidade é quando um presidente de Centro precisa de orientação na parte espiritual da Casa, como fazer, que medidas tomar.

Evocar os mentores para assuntos sérios a serem tratados, esta é a evocação por necessidade.

Muitas vezes a directoria precisa tomar decisões difíceis, que o homem está aquém de resolver, e se a Casa possui médiuns sérios esta evocação é a permitida por Jesus.

Quando Ele subiu ao Tabor, fez também cair o véu do mistério que envolvia todos aqueles chamados “mortos”.

Ele, Jesus, conversou com os “mortos” em uma reunião disciplinada.

— Será que o seu leitor irá compreender?
— Não sei se entenderá, mas espero que sim.
Evocar espírito é obsidiá-lo.

Já imaginou se muitos nos evocassem?
O que faríamos?
Estudaríamos na Universidade, trabalharíamos nos livros espíritas ou atenderíamos, ficando por conta das evocações?

— Tem razão, Luiz.
Evocar por curiosidade é atrasar o crescimento do espírito que está sendo chamado.
Evocar por necessidade torna-se um ato de intercâmbio de amor e cooperação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:22 pm

— Tomás, a conversa está boa, mas precisamos dar uma chegada até a crosta da Terra, onde alguns instrutores nos esperam, interrompeu Siron.

Cantando uma bela canção de amor a Deus fomos caminhando, até que chegamos a uma Casa Espírita onde o perfume da caridade exalava por todo o pátio.

Muitos doentes estavam sentados na grama e nos bancos, conversando, orando, enfim, era hora da recreação.

— O que eles estão fazendo aqui no Centro? perguntei a Arlene.
— São irmãos socorridos após o desencarne e que estão aqui para tratamento, até a hora de os levarmos para os hospitais da espiritualidade.

— Não são levados para os hospitais de socorro logo após o desencarne?
— Sim, Luiz Sérgio, mas cada Casa Espírita tem sua própria enfermaria e são nesses postos de socorro que eles recebem os primeiros atendimentos.

Ainda olhei aquele pátio onde muitos irmãos se encontravam.
Fui até Germana.

— Olá.
— Como vai, Luiz Sérgio?
— Conhece-me?
— Muito mesmo.
— Verdade, querida? falei, dando-lhe um beijo.

Com os olhos rasos de lágrimas, confessou:
— Que bom que você veio, Luiz Sérgio.
Desencarnei de repente, mas estou muito preocupada.
Minha neta está levando uma vida muito triste, de droga e sexo, e tem somente quatorze anos.

E o pior: seus pais não acreditam.
Quando tentei falar-lhes, zangaram tanto que passei mal e desencarnei.
Minha filha e meu genro choram muito, julgam-se culpados, mas não é isso, não.

Meu coração parou porque minha neta colocou dentro dele tristeza e desespero.
Quantas vezes, Luiz Sérgio, eu a vi entrar em casa completamente drogada!

— E os pais, onde estavam?
— Sempre saíam à noite e voltavam tarde.
Também, quando os alertava, julgavam-me esclerosada.

— Irmã, e por que se encontra aqui, na Casa Espírita?
— Sempre fui uma trabalhadora da Casa e quando desencarnei pedi para ficar um tempo por aqui.
Gosto muito deste Centro, ajudei a construí-lo, vi-o crescer.
É uma Casa de Jesus, onde a caridade fala mais alto.

— E já foi até o seu lar?
— Não, mas tenho orado muito por você, e também por Enoque, pedindo que olhem minha neta.

Nisso, Tomás me chamou.
Beijei a irmã e fui juntar-me à turma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:22 pm

— Tomás, posso depois dar uma chegada até a casa de Germana?
— Podemos ir lá sim, mas antes vamos até o dirigente espiritual desta Casa, que irá iniciar uma luta em prol da vida.

Queremos que todos se conscientizem da responsabilidade do Espírito para com o mal que se abate sobre a sociedade — a droga.

O espírita não pode ficar inerte, enquanto lá fora a família está-se destruindo.
Não pode, também, ficar indiferente, quando outra Casa Espírita passa por momentos difíceis.

Todos somos irmãos, como nos esquecer disso?
Fomos adentrando a Casa.
A limpeza imperava.

Pensei: “muitos espíritas têm de conscientizar-se de que caridade e humildade não significam sujeira, que ser espírita é ir pouco a pouco tornando-se um trabalhador de Jesus;
que a Casa que prega a vida após vida tem de valorizar a vida física, ensinando ao homem o amor e o trabalho.

Centro Espírita sujo demonstra que nele não há disciplina evangélica, principalmente o amor e a humildade.”


— Centro Espírita sujo demonstra falta de direcção, uma boa directoria bem administra sua Casa, porque se os espíritas não cuidarem do seu património, a Casa estará sempre necessitada de reparos.

Torna-se preciso que o ambiente seja bem cuidado.
É muito triste ver uma Casa Espírita com móveis riscados e sujos, enfim, destruídos por seus próprios frequentadores.

A Casa pode usar um mutirão, convocar o seu pessoal para a limpeza e pintar regularmente as paredes.
Todos os templos são muito limpos.

Porque o espírita, julgando que simplicidade é sujeira, deixa suas Casas com teias de aranha, mais parecendo mal-assombradas?

— Você tem razão, Tomás, há dias visitamos um Centro muito humilde, onde o chão brilhava e tudo nele respirava limpeza.

— Está na hora de sensibilizarmos os espíritas de que humildade chama-se trabalho e na Casa em que todos trabalham teias de aranha não enfeitam paredes.

Algumas pessoas julgam que o espírita tem de ficar estático, orando, orando, e não partindo em direcção dos sofredores, para ajudá-los.

A droga está destruindo as famílias e ainda encontramos confrades julgando que ela seja problema só da polícia e, de braços cruzados, ignoram que ela possa ceifar sua própria família, O espírita não está isento desse mal do século.

Bem, vamos agora até a casa da neta de Germana.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:22 pm

21 - JUVENTUDE E FAMÍLIA

Os pais acordavam àquela hora: nove da manhã.

Ambiente confortável;
a família levava vida de rico, mesa bem posta, com sucos, frutas, geleias, bolos, queijos e presunto.

Só o casal fazia a refeição à mesa.
A garota Paloma nem apareceu, dormia, assim como o irmão mais velho.

A porta do quarto da menina, um espírito mal-encarado tentou barrar-me a entrada, dizendo:
— Paloma dorme e velo seus sonhos.

Tomás, Arlene, Siron e Luanda simplesmente passaram por ele.
Eu pensei:
“e agora, Luiz Sérgio, o que fazer?”

Olhei-o bem firme e também entrei.
Já dentro do quarto, ouvimos os gritos, que vinham de fora:
— Saiam daí, seus trevosos, deixem a menina em paz!

Paloma continuava dormindo e junto a ela encontravam-se dois espíritos do sexo feminino, fantasiados.
Não podemos dizer que seus trajes eram roupas de gente normal:
uma saia sobre a outra, várias blusas, tudo de péssimo aspecto.

Paloma também estava vestida muito estranhamente, nem a roupa de dormir havia colocado, tão doidona se encontrava.

Nos seus quatorze anos, Paloma levava vida sexual intensa e experimentava todo tipo de droga.

E o pior:
seus pais nada percebiam, ou melhor, não queriam preocupar-se, julgavam que era coisa da adolescência.

Tomás ministrou um passe em Paloma, que acordou e pôde me enxergar.
Aí gritou bem alto, todos os empregados da casa correram para ajudá-la.

Tomás continuou em prece.
Acorreram os pais e Paloma, completamente drogada, continuava a me ver.
Apavorada, julgando que eu fosse um fantasma, gritava como louca.

Por mais que os empregados tentassem acalmá-la, continuava furiosa.
Neste momento o pai percebeu que a sua criança estava drogada.
Chamou um amigo médico e este assustou-se com a violência da droga no organismo da jovem.

Ela insistia em dizer que fora vítima de uma alucinação, descrevia-me, dizendo que via um espírito, mas ninguém acreditava;
não queriam nada com a espiritualidade, o materialismo era o ar daquela família.

O resultado é que Paloma seria socorrida:
psicólogo, desintoxicação em clínica especializada.

— Está óptimo, bem, Luiz? Porque não se materializa sempre? perguntou Luanda.
— Não brinca, Luanda, ela é que captou minha imagem.
— Faixa vibratória, meu amigo...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:23 pm

Todos riram e saímos.
Na porta da casa, esperavam-nos os amiguinhos trevosos de Paloma que, indignados e furiosos, tentaram nos agredir, mas caminhávamos em outro plano;
por mais que eles tentassem, não podiam chegar perto.

Fomos para a Casa Espírita, dirigindo-nos a uma sala onde o assunto para debate era “família”.

A veneranda Anália Franco orientava sobre o sério problema que está ocorrendo com várias crianças na idade de quatro a quatorze anos, apresentando graves problemas de ordem emocional, psicomotora e de linguagem.

Muitas crianças e adolescentes estão com dificuldade em falar, escrever e ler, além do alto grau de agressividade.

O mais grave é que a causa desses problemas está no lar.
Se conhecermos os pais, logo tiraremos nossas conclusões:
são crianças entregues a babás ou a domésticas, com pouco contacto materno;
outras, por sofrerem agressões de empregadas e também dos pais.

Continuamos a ouvir nossa amiga, e com que alegria o fizemos!
Era a educadora dando a todos lições de amor cristão.

— Quer dizer que toda dificuldade de ordem social tem uma causa?
— Sim, a criança feliz não agride, ela se sente segura no amor dos pais.
Pena que não posso contar tudo o que ouvi.
Um dia vou escrever um livro sobre educação familiar.

Luanda completou:
— Vai ser um sucesso, principalmente porque hoje o que mais vemos são jovens órfãos de ensinamentos cristãos, O pai parece temer que o filho descubra o Cristo e o que ele mais faz é abrir os olhos do filho para o materialismo.

Dizem que o amor estraga.
Errado, O amor é o elixir da gratidão, o filho que recebe o devolve.
Porém, mostrar-se fraco diante dos filhos é como fechar os olhos para o dever.

A criança bem criada, em um ambiente onde existem valores espirituais e o respeito às coisas da matéria, será livre para fazer a sua escolha e jamais cega para aceitar tudo.

Terminada a palestra, dirigimo-nos à enfermaria e colocamos nossa irmã Germana a par de tudo o que havia acontecido e ela, agradecendo, pediu ao director espiritual da Casa que a levasse para um hospital da Espiritualidade, pois se encontrava muito cansada.

Despedimo-nos dela e fiquei pensando:
“Como é importante saber viver, não jogar fora as horas, segurar bem forte a mão de Deus e pôr-se a caminho da auto-evolução”.

Tomás, muito sério, nada falava.

Siron tudo fazia para me fazer sorrir, até que lhe falei:
— Como espírito cristão, como posso sorrir se convivemos com tanto sofrimento ao nosso lado?

Permanecemos ainda naquela Casa Espírita alguns dias, socorrendo irmãos recém-desencarnados e os acomodando na enfermaria.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 02, 2011 10:23 pm

O facto que mais me tocou foi o de um garoto de nove anos que desencarnara de overdose com loló.

Causa: parada cardíaca.
A mãe nem quis cuidar do corpo, sentiu-se até aliviada pela “morte” dele, pois lhe dava muito trabalho, vivia sendo detido pela polícia e levado para os órgãos competentes, mas largar o vício, não largava.

Esses dias que ficamos naquela Casa foram muito proveitosos para nós, pois ouvimos muitas palestras de espíritos capacitados.

Um espírito encarregado da evangelização em terras brasileiras falou sobre a Doutrina Espírita, a reencarnação na Doutrina, e João Batista foi muito citado, principalmente nas palavras de Jesus:
Dos nascidos de mulher, João é o maior (Lucas, Capítulo 7º, versículo 28).

O Cristo foi o Filho do Homem.
Fez ver que a Doutrina é do futuro e é ela que nos leva em direcção ao plano superior.
Muitos não a compreendem, por isso a combatem.

Aquele espírito amigo orientava os evangelizadores, batendo na mesma tecla:
não basta apresentarmos Cristo para as crianças, o que se torna necessário é que elas se sintam fortes para segurarem na mão do Cristo, e não daqueles que possam levá-las à queda.

Hoje a televisão, os belos brinquedos, o vídeo-game, tudo é convite ao consumismo, por isso as Casas Espíritas que desejam difundir a Doutrina têm de afastá-las um pouco da frente da televisão e dos brinquedos electrónicos, apresentando-lhes Cristo de uma maneira moderna, através do teatro e dos fantoches, escritos com temas de moral evangélica.

As crianças têm de gostar da Casa onde frequentam; nunca devem comparecer às reuniões por imposição dos pais ou por obrigação.

O querido irmão, cujas palavras chegaram ao nosso coração como gotas de orvalho, é alguém que irá ajudar o Cristo a construir a Pátria do Evangelho.

Uma criança de seis anos fez a prece e ao final falou: “amém”.

A outra, de quatro anos, retrucou:
— Amém não, assim seja.
Nós somos espíritas e o espírita não fala amém, fala assim seja.

Não pude deixar de sorrir.
Como é bela a infância!
Olhando aqueles garotos, lembrei-me de certos jovens.

Com que tristeza constatamos que dia após dia a juventude está perdendo o viço, as meninas deixando de brincar de boneca, acho mesmo que existem muitas que jamais pegaram em uma.

Agora, pergunto:
É uma juventude feliz por ser livre? Claro que não.

Esta juventude, a qual caminhamos junto a ela, não é livre, é muito mais prisioneira do que a do passado, porque se julga livre, mas na hora de enfrentar a realidade dos seus actos procura encostar ou jogar a responsabilidade da sua tão decantada liberdade nos ombros cansados de seus pais ou avós.

O pior é que ainda acham que os pais têm obrigação de criar os seus filhos, porque geralmente não ficam em um só.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:33 pm

— Luiz, mas não é melhor essas meninas terem os seus filhos do que os abortarem?
— Claro que sim. O que não está certo é a tão falada liberdade das mulheres.

As meninas julgam que a emancipação da mulher é isso que estamos vendo:
meninas engravidando e sendo abandonadas pelos rapazes, tendo os filhos criados pelas mães ou pelas avós, sem a presença do pai;
estes, ainda imaturos, correm do compromisso, pois muitos estão ainda estudando e cuidar de mulher e filho requer muita responsabilidade.

Existem aqueles garotões que só desejam se divertir, despidos dos valores morais.

A criança, por mais que avós, tios e mãe ajudem, vai sempre buscar a figura masculina sem entender por que o Pedrinho tem pai e mãe morando juntos, e ela muitas vezes nem conhece o pai.

Uma sociedade não alicerçada nos bons costumes tende a ruir.
Nessa queda é que estão os distúrbios emocionais, a doença do século.
E ali víamos o irmão querido lutando para regar as sementes divinas com a água do Evangelho.

— Outro facto preocupante, falou Siron, é a falta de união das Casas Espíritas.

Não existe fraternidade entre elas;
quando alguém é convidado a visitar a Casa, se o convite partiu da Mocidade, ninguém da directoria aparece para dizer: seja bem-vindo.

A falta de sociabilidade de certas Casas deve ferir as bases da Doutrina Espírita, porque se os companheiros de ideal não se derem as mãos, os outros é que não segurarão as nossas, e cada espírita terá de andar sozinho, ou melhor, tentar segurar as mãos do Cristo.

Muitas Casas Espíritas só abrem os braços para receber gente conhecida e famosa da Doutrina;
o resto, nem um representante da directoria comparece nas festas da sua Mocidade.

O preconceito ainda existe junto aos homens, onde a única via da salvação é a caridade, e não podemos tornar-nos caridosos se não conhecemos a fraternidade.

— Há médium que, se convidado para visitar uma Casa Espírita, faz sair gente pela janela, não é mesmo, Luiz Sérgio? perguntou Luanda.

— Sim, é verdade, mas nós não estamos reclamando dos frequentadores de uma Casa Espírita que não comparecem aos eventos da sua Mocidade, estamos alertando os presidentes e seus pares que, quando visitada por “A” ou “B” de outra Casa, este deve ser recebido por membros da sua directoria;
é uma questão de educação, mesmo que seja um ilustre desconhecido.

— Luiz Sérgio, você conhece bem as Mocidades Espíritas?
— Claro que conheço, todas me respeitam muito e jamais deixarei de lutar pelos jovens, sejam eles espíritas ou não.

Amo a juventude e sei como é difícil ser jovem, principalmente jovem sadio, quando a matéria é um grito que deve ser abafado pela fé.

— Bem, amigos, a conversa está boa, mas o dever chama os garotos para uma volta às aulas, interrompeu Tomás.

Avistamos o Educandário de Luz e pensei:
“quantos encarnados julgam que os espíritos estão ao seu dispor, é só chamá-los e, pimba! ali estão eles.

Quanta ignorância!
Se estudarmos mais, compreenderemos que o Plano Espiritual é um mundo lindo e acreditamos que nenhum espírito que aqui trabalha gostaria de trocar a nossa vida pela vida na terra”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:33 pm

Reparei o meu corpo perispiritual:
músculos, nervos, ossos, enfim, o meu corpo composto de todos os órgãos, e recordei o corpo físico, tão atingido por doenças, e perguntei a Tomás:
— Porque, mesmo sendo o nosso corpo igual ao de quando encarnados, nós não ficamos doentes?

— Porque temos outro grau de vibração, os germes causadores de doenças não podem atingir o corpo perispiritual.
— Que conversa! falou Luanda.
Qual a razão dessa pergunta?

— É que os leitores desejam saber tudo daqui, respondi.
O interessante é que até parece que aqui nunca estiveram e jamais para cá voltarão.

— É mesmo.
A carne é sepultura vedada de tal modo que o encarnado julga que ele tem um corpo eterno, por isso vive aprontando.

As flores pareciam nos dar boas vindas, a brisa beijava nossos cabelos— era o Educandário de Luz que, como pai amoroso, abria suas portas para todos nós.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:33 pm

22 - OBSESSÃO: DOENÇA DA ACTUALIDADE

O item 60 da Introdução de O Livro dos Espíritos voltava a ser pesquisado e gostei muito deste trecho:
Os charlatães não fazem grátis o seu oficio.

Logo em seguida:
Como compreender-se que pessoas austeras, honradas, instruídas se prestassem a tais manejos?

Este item se refere ao início do movimento espírita, quando ocorria o fenómeno das mesas girantes.

O assunto foi muito interessante.

— Por que muitos combatem o Espiritismo, mas na verdade têm pavor dele? perguntou-nos o instrutor.

Foi-nos explicado que, mesmo os nossos acusadores, no fundo, acreditam na existência dos espíritos mas não desejam envolver-se, por considerar a Doutrina Espírita uma volta à espiritualidade, lugar onde aprendemos a nos tornar bons e onde prometemos que, quando encarnados, cumpriríamos com os nossos deveres.

A Doutrina Espírita aguça as lembranças, muitas nada boas.
Quem a combate está fazendo com que sérios compromissos sejam adiados.

Embora atacando o Espiritismo, sabem que os espíritos existem e que nada impede a morte do corpo físico.

As grandes inteligências que buscaram a verdade espírita no século passado assombraram a sociedade materialista da época;
os estudos da Doutrina foram iniciados por homens respeitáveis e de cultura admirável.

Aberto um tempo para perguntas, Luanda accionou o botão em sua cadeira:
— Será que esse medo que alguns possuem não é causado por algumas proibições da Doutrina?

Resposta:
A Doutrina nada proíbe, ela apenas deve alertar para o perigo dos excessos.
Desde que coibimos os espíritas, estamos indo contra a Doutrina do Cristo.

Ele nada proibiu, apenas foi um grande professor, e devemos recordar que se Deus nos deu o livre-arbítrio, quem tem condição moral de o negar a alguém?

— Mas já vi Centro Espírita que só falta proibir que seus frequentadores cortem os cabelos — falei.
Tudo é proibido, tudo vai contra a Doutrina.

O instrutor, dirigindo-se ao nosso grupo, indagou:
— Podem citar, por exemplo, o que está sendo proibido nessas Casas?
— Constatamos que alguns espíritas são contra certas datas comemorativas, falou Tomás.

Como proceder com as crianças e os jovens?
Dizer-lhes que o Natal virou comércio?
É justo matar o sonho de uma criança porque somos espíritas?

Ou proibir um jovem de brincar carnaval porque é uma festa pagã?
No dia em que todos os lares festejam a Páscoa, é certo dizer a uma criança que o coelho é uma bobagem?
Será que não são essas proibições que fazem com que muitos se afastem das Casas Espíritas?

Devemos recordar que o encarnado convive hoje em uma sociedade onde o consumismo impera.
Não é mais prudente, desde a evangelização infanto-juvenil, fazer nascer nos corações ainda jovens os reais valores, sem proibição?
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:34 pm

— A Doutrina é límpida, explicou-nos o instrutor, e as ideias dos homens merecem uma análise.
Na época em que vivemos, os espíritas precisam buscar as necessidades actuais da juventude, que não é a de cem anos atrás.

Hoje o jovem convive com a droga, o sexo, com a liberdade excessiva e ainda mais com uma sociedade materialista.

O jovem que está interessando-se pela Doutrina tem de encontrar na Casa informações bem direccionadas, com métodos actualizados, para serem discutidos os temas do dia-a-dia.

Para a criança e o jovem de hoje não basta dizer “não pode”.
Temos de provar por que eles não podem ter este ou aquele procedimento.

Também como o jovem, a criança — não esqueçamos — vive na época da informática e da cibernética, e não será através de proibições que vamos fazer germinar nessas mentes, repletas de jogos electrónicos, brinquedos violentos, videocassetes, filmes aquém da moral, os valores da Doutrina Espírita.

Que fazer, então?
Apresentar a Codificação como ela é, caminhando com Jesus e dando as mãos para o mundo actual, não olvidando que a criança de hoje foi o adulto de ontem e que, devido a múltiplas idas e vindas, muito já aprendeu e maior facilidade encontra para assimilar as bases doutrinárias.

Notem bem:
sem proibição, apenas apresentando os valores reais da alma, oferecendo lições no sentido de que ser digno não é obrigação nem favor, é um direito que Deus nos outorgou para ser conquistado.

Portanto, ser digno é uma conquista própria.
As almas indignas, sem valores, são criaturas que não possuem forças para lutar contra as próprias fraquezas.

Para lidar com a criança e o jovem necessitamos nos educar primeiro, para depois tentar transmitir-lhes o muito que a Doutrina oferece.

Os estudos têm de partir das obras básicas e dos clássicos da Doutrina.

Principalmente o jovem, se ele vai adentrar uma universidade, ao chegar nela que o faça buscando como bagagem os reais valores doutrinários;
que materialismo algum possa levá-lo a esquecer o que aprendeu na Casa Espírita.

Lembramos, nesse item 9 da Introdução de O Livro dos Espíritos, que a Doutrina conseguiu prender a atenção de homens respeitáveis, que não tinham interesse algum em propagar erros nem tempo a perder com futilidades.

O jovem inteligente terá uma literatura ao nível do seu intelecto.
A Casa terá apenas de ajudá-lo nos estudos.
Existe livro mais cativante do que Deus na Natureza, de Camille Flammarion?

Este é um livro para ser analisado minuciosamente por jovens que já estão-se preparando para enfrentar a universidade.

A Doutrina é muito rica em elucidações, basta seguirmos o roteiro certo.

Outro livro muito bom para ser estudado pelos jovens:
O Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Delanne, que, juntamente com o de Flammarion, poderá ser encontrado em uma boa livraria espírita.

O jovem deve ler e discutir sobre os livros, estudando-os com afinco.
Apesar de terem sido escritos há vários anos, seus temas são muito actuais e creio que o jovem estudante da era moderna vai adorar lê-los.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:34 pm

— Não irão achar esses livros muito difíceis? perguntou Siron.
— Infelizmente, vários dirigentes de Mocidades subestimam o nível intelectual daqueles que as frequentam e fogem desses livros, que são verdadeiras enciclopédias espíritas.

A juventude tem de estudar primeiro as obras básicas, depois os clássicos da Doutrina, tendo um jovem ou um dos dirigentes da Casa com capacidade intelectual para bem interpretá-los, consultando dicionários, enfim, não deixando passar qualquer pergunta sem resposta, linha por linha, parágrafo por parágrafo.

Não importa o tempo que vai durar o estudo; o que importa é que seja aprendida a Doutrina.

Ainda falamos muitas coisas sobre os livros dos grandes filósofos e quando encerrou a aula, pensei alto:
— Que pena!

O instrutor Ianá sorriu, falando-me:
— Se desejar, estarei no auditório treze para uma nova aula, terei muito prazer em recebê-lo.

Sacudi a mão, dizendo:
— Obrigado, irmão.

Ao atingirmos o pátio, Siron perguntou-me:
— Você vai assistir a outra aula?
— Claro, você acha que vou perder?
Posso, chefe? perguntei a Tomás.

Ele olhou para os lados e me perguntou:
— Onde está ele?
— Ele quem?
— O seu chefe!
— Desculpe, amigo, esqueci que os grandes espíritos são simples, os orgulhosos é que exigem deferência.
Os humildes são amados e respeitados.

— Não exagere, irmão, e boa aula, falou-me, sorrindo, Tomás.

Fui saindo devagar.
Ao olhar para trás todos me seguiam, até Tomás, e recordei o plano físico, quando muitos fogem dos estudos, passam pelo Centro, mas permanecem sem conteúdo doutrinário.

São os parasitas das árvores, que podem ser retirados a qualquer hora.
No auditório, notamos que o público era diferente, havia muitos encarnados.

— Quem são? perguntei a Tomás.
— Muitos deles são médiuns ainda longe da Casa Espírita, nem gostam que lhes falem sobre mediunidade.

— Que vêm fazer aqui?
— Estudar a mediunidade.
— Estudar?...
— Sim, estão aqui para estudar, porque hoje vivem bem longe da Doutrina.
Bebem, fumam, vivem sexualmente desequilibrados, mas um dia terão de trabalhar, queiram ou não.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 6 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:34 pm

— Porque “queiram ou não”?
Seus mentores os castigarão caso não o desejem?

— Não, Luiz, é que cada um recebeu o seu talento;
se o deixar enterrado, virão as depressões, as doenças.

Não que alguém os castigue, é que cada médium recebeu em seu corpo físico muitos fluídos que tem de manipular em favor do próximo.

O equilíbrio de quem possui uma tarefa depende da sua maneira de viver, e deve conquistar a mansidão, a humildade, a caridade, o amor, do contrário sofrerá o ranger dos dentes, que quer dizer o remorso das oportunidades perdidas.

Nisso, Ianá iniciou a aula:
— Queridos irmãos, a mediunidade é uma semente que só se desenvolve com a água do Evangelho.

À medida que nos vamos evangelizando, matamos em nós o homem velho e fazemos surgir um novo ser.

Quando chegamos à Casa Espírita temos de buscar os seus ensinamentos, não desejando os primeiros lugares, mas procurando na simplicidade os esclarecimentos, jamais querendo chamar atenção sobre nós mesmos.

— Irmão, como devemos proceder quando chegamos à Casa Espírita? perguntei.

— Devemos seguir certos itens:
1. Procurar colaborar sempre;
2. Contribuir com o máximo que for capaz;
3. Tornar-se gentil com todos do grupo;

4. Jamais endeusar alguém, principalmente dirigentes e médiuns;
5. Não fugir do assunto em pauta; evitar falar de factos pessoais ou casos de família;
6. Buscar sempre as respostas para as suas indagações;

7. Nos grupos de estudo, não se sentar antes que lhe seja indicado o lugar que deverá ocupar;
8. Ser humilde, simples e amigo;
9. Evitar dar apartes em todos os momentos;

10. Quando o dirigente ou um colega estiver falando, procurar respeitá-lo, evitando conversas paralelas;
11. Não desejar mostrar que sabe mais que os outros;

12. Se alguém estiver fazendo uma exposição sobre qualquer assunto, não interromper, querendo demonstrar que já conhece o que está sendo explanado;

13. Não emitir opiniões pessoais, não criticar nem atacar ninguém;
14. Lembrar-se de que uma Casa Espírita é um hospital de Deus.

Se a buscamos é porque nos encontramos doentes, por isso tudo devemos fazer para nos livrarmos da cólera, da avareza, do ódio, da vaidade, do orgulho, do egoísmo, da mentira, da falsidade, da maledicência, da inveja, da falta de fé, do amor próprio, da preguiça etc.

— Obrigado, irmão. O instrutor continuou:
— Mediunidade não se desenvolve, educa-se.
Devemo-nos preparar, pelo estudo, para iniciar as comunicações com os nossos amigos espirituais.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:35 pm

Ensina-nos o livro O Espiritismo perante a Ciência, em sua quinta parte, Capítulo 2º, que quanto mais fixarmos em nosso perispírito conhecimentos que modifiquem a contextura do nosso cérebro, tanto mais capazes seremos de exprimir as instruções dos invisíveis que se interessam pelo nossos trabalhos.

Por isso dizemos que mediunidade não se desenvolve, educa-se.

Muitos me perguntam:
“Como pode um espírito inteligente, ao transmitir a mensagem, esta vir repleta de erros grosseiros?

Isso acontece porque o médium é ignorante?
Se muitos livros dizem que o espírito actua sobre o braço do médium psicógrafo mecânico, por que os erros de ortografia?”

O espírito actua sobre o médium mecânico com muita rapidez e este não interfere nas ideias do espírito, mas antes o espírito tem de actuar no cérebro do médium;
muitas vezes este possui boa cultura, mas as mensagens são frias e sem conteúdo.

Ao contrário, em um médium inculto, mas cujo cérebro já acumulou em vidas passadas grandes conhecimentos doutrinários, podem as mensagens conter erros grosseiros de ortografia mas possuir grande valor doutrinário, e respeitadas devem ser por aqueles que têm acesso a elas.

É preferível uma mensagem com erros de ortografia, mas contendo verdades, do que mensagens vazias, antidoutrinárias, mas escritas sem qualquer erro ortográfico.

Allan Kardec respeitou as mensagens que passaram pelo crivo de sua razão, e sua cultura era extraordinária.

Por isso, não devemos brincar com os escritos dos espíritos, porque ao examinarmos as mensagens devemos buscar o seu conteúdo, O espírito prepara o cérebro do médium e quando o encontra isento de vaidade, de orgulho, de avareza, de egoísmo, ele manifesta suas impressões sem grandes preocupações com a ortografia.

Um dos encarnados presentes perguntou:
— O espírito age sobre o cérebro do médium para escrever?

— Não somente sobre o cérebro, mas também sobre a mão, mas isto só se dá na mediunidade mecânica:
o espírito usa a mão e o cérebro do médium.

Entretanto, quando a mediunidade é intuitiva, ele, o espírito, não guia o médium, ele actua sobre a alma do médium, que dirige a própria mão e escreve os pensamentos que lhe são sugeridos.

O médium recebe o pensamento do espírito e o transmite.

— Irmão — perguntou uma médium em desdobramento — na mediunidade intuitiva, como distinguir se parte de um espírito a mensagem ou se não é o nosso próprio pensamento que a ditou?

— É muito fácil identificá-la:
nossos pensamentos não possuem a simplicidade do pensamento de um espírito bom.
Ele nos transmite paz, amor, esperança e caridade.

— Por isso os médiuns não devem assinar as mensagens? inquiriu um dos presentes.
— Sim. Uma bela mensagem, muitas vezes, é de um amigo espiritual nosso, e por que vamos assinar nomes conhecidos na Doutrina?

Precisamos respeitar o que recebemos e por não termos capacidade para diferenciá-las, tudo devemos fazer para deixá-las sem assinatura.
Se alguém julgar que ela parece com tal espírito, assim mesmo deve deixar a sua mensagem sem assinatura.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:35 pm

— O médium mecânico também?
— Sim. Médium iniciante é médium iniciante, motivo pelo qual precisa estudar para não se tornar presa da vaidade.

Aconselhamos os médiuns a lerem O Livro dos Médiuns, item 225.

Nenhuma Casa Espírita que tenha grupos de estudo de mediunidade, que está preparando companheiros para ter contacto com os espíritos, pode deixar de fazê-los estudar toda a Codificação, sendo obrigatório O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.

Se as Casas Espíritas não tomarem uma atitude drástica, defrontar-nos-emos com casos muito tristes, de médiuns levando ao ridículo a Doutrina, pois muitos dizem estar recebendo tal desencarnado e vivem dando mensagens sem passá-las pelo crivo da razão.

Médiuns que podem prestar bons serviços à Casa Espírita estão preocupados em se tornar conhecidos e amados, quando o verdadeiro médium, evangelizado, doutrinado, empenha-se em seus trabalhos, não encontrando tempo para os aplausos.

Quem deseja ser conhecido e aplaudido deve buscar outra ocupação, porque à mediunidade deve-se acrescentar outra palavra:
humildade. Aos médiuns iniciantes devemos dizer:
não se preocupem tanto em ter contacto com os espíritos, mas façam das suas vidas um contacto directo com Jesus e Seu Evangelho.

À medida que o médium for espiritualizando-se, os mensageiros dele se aproximarão.

Notem bem:
não serão os dirigentes de grupos nem doutrinadores que desenvolverão mediunidades, quem as irá tornar mais sensíveis serão vocês mesmos, à medida que se forem despojando dos seus erros, O vaso sujo contamina a água nele depositada;
o vaso, quando está limpo para receber a água cristalina, jamais a alterará.

Entretanto, tudo nos pede renúncia;
sem renúncia ficaremos sempre sentados a uma mesa, tentando enganar a quem?

A nós mesmos, porque as mensagens dos espíritos são diferentes, as suas colocações de palavra têm o perfume do Mundo Maior.

Por isso sempre recomendamos:
vamos estudar para compreender esta bela Doutrina, que é o remédio ofertado por Deus para nos curar da lepra do orgulho.

Mediunidade com Jesus é toda aquela que modifica o homem, dele fazendo uma árvore frondosa, cujos frutos saborosos alimentam os famintos de esperanças.

Todos somos médiuns e nas Casas Espíritas encontraremos o trabalho adequado para qualquer tipo de mediunidade que possuirmos.

Apenas desejar receber espíritos respeitados na Doutrina, ou querer possuir todas as mediunidades, não será pretensão demais?

Será que não estamos precisando buscar o estudo?
Muitos médiuns são levados à Casa Espírita por amigos ou por alguém da directoria do Centro e, com pistolão, não passam pelas etapas necessárias.

Pulam a primeira, a segunda, a terceira fases.
Logo que chegam já estão sentados ao redor de uma mesa.

Inquiridos por que não estão estudando, respondem:
“Ah! Já sou médium pronto, não preciso mais estudar.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:35 pm

Depois, não suporto ficar sentado ouvindo as aulas da Doutrina”, O que pensar de alguém assim?
Tem condição de ser um discípulo de Jesus, de tornar-se um trabalhador humilde e amigo dos espíritos?

Acreditamos que não, porque se não respeitamos as leis dos homens, se infringimos as leis de trânsito, e, enfim, burlamos alguém em nossos empregos, estamos desrespeitando a sociedade.

Na Casa Espírita não é diferente.
Se a adentramos e não respeitamos as directrizes delineadas em seu estatuto, já estamos começando mal.

E como podem os espíritos confiar em alguém que não sabe respeitar a lei do dever?
Por isso desejamos que todos busquem os livros doutrinários, para bem servir.
A Doutrina Espírita dá ao homem esclarecimento sobre o mundo espiritual.

O instrutor Ianá fez uma pausa, para depois continuar:
— Na Casa Espírita inicia-se o nosso desprendimento das coisas materiais.

Os valores que pouco a pouco vamos conquistando fazem-nos verdadeiros espíritas, e o verdadeiro espírita é um bom combatente.

Mesmo encarnado, ele já está vencendo o que dificulta a sua caminhada na via de Jesus.

A medida que a Doutrina entra no seu coração, ele estende os braços em direcção a todos os seus irmãos, fazendo de cada companheiro um irmão querido.

Muitos dizem não ser fácil tornar-se um verdadeiro espírita.
Têm razão, requer lutas terríveis contra os maiores inimigos do homem:
o amor-próprio, o egoísmo, a vaidade, o orgulho.

Por esse motivo temos de lutar muito para vencer a nós mesmos. O espírita não teme o seu próximo, deve temer, sim, seus próprios fracassos como espírita.

Se as Casas trabalhassem com a evangelização — quando dizemos evangelização não queremos dizer somente estudar o Evangelho;
a evangelização é o estudo sistematizado da Doutrina —, se aquele que busca o Centro Espírita fosse evangelizado, tornar-se-ia manso e pacífico, caridoso e amigo, e logo teríamos menos gente nas filas dos trabalhos de desobsessão.

Dessa forma estaríamos criando um preventivo, fazendo com que as pessoas não adoecessem.
Na época de hoje fala-se muito da geração saúde, e existirá melhor saúde do que o equilíbrio e a paz?

O homem com saúde mental, digno, amigo, companheiro, disciplinado, não será presa da obsessão.

As Casas Espíritas precisam cuidar da transformação do homem, fazer com que ele busque não adoecer, porque se estivermos preocupados só com o remédio, sempre haverá doentes.

Seria tão bom se as Casas Espíritas se unissem contra a doença chamada obsessão, que aquele que transpusesse suas portas encontrassem um lar, onde o amor o curasse!

Para nós, o que faz bem ao homem é ele tornar-se bom e caridoso.

— Vamos, Casas Espíritas, prevenir-nos contra a doença e não apenas nos preocupar com o remédio!
Se cada um der mais atenção ao ser humano, às suas limitações, logo a obsessão será apenas um tratamento na Casa Espírita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 03, 2011 9:36 pm

Hoje, o que mais se encontra são pessoas obsidiadas.
Muitos perguntam: porquê?
Simplesmente porque o semelhante atrai o seu semelhante, coração sem amor atrai aqueles que odeiam.

Estamos preocupados com as crianças.

Muito certo, elas são o nosso amanhã, mas não só as crianças precisam ser evangelizadas e sim todos aqueles que chegam à Casa Espírita, desde o seu presidente até o mais humilde dos trabalhadores.

Quem é vaidoso e orgulhoso não é um bom espírita.

Apertei o botão da minha cadeira:
O que o irmão aconselha a uma directoria de um Centro Espírita?

Muitos julgam que já estudaram tudo e vivem dizendo:
“tenho trinta anos de Doutrina”, outros, quarenta anos.

— Quem julga tudo saber da Doutrina já está distante dela, porque a sua literatura, se lida durante cinquenta anos, terá sempre factos novos.

Relendo um livro que já lemos há vários anos descobriremos muita coisa nova, O que não podemos admitir são os espíritas dizerem que já não precisam estudar.

O bom seria se a directoria formasse um grupo de estudo só deles, os grandes conhecedores da Doutrina, e lessem toda a literatura espírita, desde a Codificação, até a dos grandes filósofos, e analisassem os livros novos que estão surgindo, não como críticos, mas como estudiosos.

Só buscando os clássicos de ontem terão capacidade de dirigir uma Casa Espírita na era moderna, quando os jovens estão precisando da experiência dos mais velhos.

Sem o alicerce humilde não teremos um edifício fraterno para trabalhar em paz.

A Humanidade está doente e as famílias desesperadas.
Existem vários hospitais espíritas, chamados Casas ou Centros, O que está faltando, então?

É que a Casa tenha condição de prevenir a todos os que por ela passam da doença terrível que mais ameaça a Humanidade: a obsessão.

Será mais difícil a criatura evangelizada ficar doente, o Evangelho é uma vacina poderosa.
Entretanto, não basta somente lê-lo, precisamos viver com o Cristo; e todos aqueles que vivem com Ele fazem caridade.

Outra cadeira acendeu para perguntas:
Porque a directoria precisa de um grupo de estudos?

— Se a Doutrina deve caminhar com a Ciência, como podem alguns espíritas, que dirigem uma Casa que várias pessoas buscam, ficarem distantes dos factos actuais?

Se eles formarem um grupo de estudo não só das obras básicas, como para discutir tudo o que hoje acontece no mundo:
aborto, tóxico, homossexualismo, prostituição infantil, corrupção, pena de morte, eutanásia, enfim, estarão em dia com os acontecimentos mundiais, podendo até lutar em prol da vida.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:22 pm

Agora, se os mais velhos ficarem em casa vendo novela e lendo jornal, sem frequentar um grupo, jamais compreenderão as necessidades daqueles que procuram socorro na Casa Espírita.

Hoje existem vários irmãos com setenta anos considerando-se velhos demais para frequentar a Casa onde fazem parte da directoria, só vão ao Centro em dia de festa ou para tomar passes, enquanto vemos outros irmãos com até noventa anos trabalhando por sua igreja e lutando por ela, assim como alguns políticos.

Porque somente os espíritas se acham velhos para fazer o que faziam quando mais novos?

É por causa de alguns directores aposentados que estamos nos defrontando com factos desagradáveis que vêm acontecendo nos Centros: muita falta de conhecimento doutrinário e alguns espíritas agredindo-se uns aos outros, cada um desejando tornar-se o dono da verdade.

— O irmão acha que aqueles que não frequentam um grupo da Casa devem participar de algum? perguntei ainda.

— Sim. Como o bom profissional vive em congressos e jamais deixa de estudar, o bom espírita precisará sempre de um grupo de estudos e outro mediúnico, para não “enferrujar”.

Imagino como deve ser bonito um grupo de estudo composto de pessoas que já estão na Doutrina há trinta, quarenta anos!

Quanta coisa para recordar e com que facilidade devem dissipar as dúvidas!
Acho que se sentirão melhor do que estudando sozinhos.
O instrutor ofereceu novas informações e depois encerrou a aula.

Esperei para abraçá-lo:
— Irmão, obrigado pela aula de hoje.

A cada dia mais me conscientizo de que o homem que se aposenta para descansar morre de tédio e estaciona no tempo.

Ele me cumprimentou, desejando-me paz.
Ainda o olhei até que sumisse entre as árvores.

Graças ao Senhor, aqui estou, escrevendo através de mão amiga.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:22 pm

23 - A FONTE CRISTALINA DO ESTUDO

— Gostou da aula? perguntou-me Luanda que, juntamente com Siron, me esperava no jardim.

— Não só gostei, como aprendi muito com ela.
— Luiz, você tem de tomar cuidado ao escrever sobre o que ouvimos, porque muitos espíritas julgam que chegaram ao máximo do conhecimento e que de nada mais precisam.

— Eles podem rejeitar o escrito de um espírito, mas terão de aceitar a opinião da maioria.
E nada como o tempo para nos mostrar onde está o erro.

— Achei óptimo o que disse o orientador, falou Luanda, porque sabemos que há muitos espíritas com diploma, considerados os doutores do Espiritismo, que só sabem atacar os seus companheiros, nada fazendo pela Doutrina, julgando que todos os que chegam a uma Casa Espírita se encontram obsidiados.

— A obsessão é algo terrível, comentou Siron, e todo Centro precisa preparar um grupo com médiuns disciplinados, que não derrubem quaisquer objectos, gritem ou se retorçam, para realizar este trabalho.

Ninguém está sozinho, os benfeitores desencarnados estão atentos, sustentando o equilíbrio do ambiente e resguardando todos os médiuns.

Há muito estamos alertando para o perigo dos grupos de educação mediúnica desenvolverem essa actividade.

Nenhuma Casa bem assistida espiritualmente coloca médiuns iniciantes em grupos de cura da obsessão.

Nos grupos mediúnicos são levados espíritos doentes para serem socorridos, mas estes não são obsessores.

Há uma diferença muito grande entre espíritos sofredores e espíritos maus.

— A Doutrina Espírita nos ensina que conhecimento e fé são forças para o espírito — falei.

Acho que todos os espíritas precisam conscientizar-se de que a reforma íntima é o farol da alma;
sem ela ficamos no escuro da ignorância, momento em que os espíritos enfermos se alojam e se sentem em casa.

Clareando o interior do homem, a cura ficará mais próxima.

— Acho linda a Doutrina Espírita, completou Luanda, mas por que no início do movimento as materializações eram mais completas e hoje vemos grupos lutando, sem êxito, para realizá-las?

— Actualmente as materializações completas são muito raras.
Os espíritos não estão preocupados em serem vistos.

Quem desejar crer na espiritualidade, que creia;
quem não desejar, que espere, e logo em seu próprio lar alguém falará línguas estranhas.

A Doutrina não obriga ninguém a crer.
No dia a dia factos insólitos ocorrerão, muitos terão afloradas as lembranças do passado e serão protagonistas de tristes acontecimentos e ódios injustificáveis que somente a Doutrina conseguirá explicar.

A Doutrina é o livro da vida que precisa ser lido pelos homens;
enquanto o ignorarem, teremos de presenciar a dor e o desespero.

Conquanto haja espíritas-cristãos, existem também os ditos espíritas apenas curiosos, que buscam a Doutrina por medo ou curiosidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:23 pm

Os presidentes das Casas Espíritas e suas directorias precisam espiritualizar-se para saberem ensinar, criando grupos de trabalho e estudo, fazendo o que Jesus fez com o judaísmo, infundindo no aprendiz uma nova vida, ressuscitando-os da morte do materialismo para o sol da Espiritualidade Maior.

Os espíritas não podem abolir um jota ou um til sequer dos ensinos de Jesus.

A missão dos espíritas é dar continuidade àquele velho e sábio ensinamento:
amar o próximo — que estranhamente foi esquecido pelo homem.

E só amamos quando dividimos o que é nosso com quem possui muito pouco.

O espírita tem de ajudar a Humanidade a crer na existência de uma outra vida para que a alma, ao deixar o corpo físico pela chamada “morte”, não venha a sofrer no mundo espiritual.

É preciso fortalecer-se no corpo físico para lutar contra as fraquezas da alma e vencê-las.

Esse é o trabalho espírita:
ensinar o homem a se tornar bom. Os espíritos não vêm ao mundo físico somente para pedir ajuda aos encarnados, mas também para que estes não sofram o ranger de dentes.

A Doutrina Espírita pode ser chamada de doutrina da transformação; quem a conhece como ela é, tenta desesperadamente ser-lhe fiel, e feliz do homem que vive a plenitude dos ensinos espíritas em uma época materialista, onde o consumismo impera, onde a era moderna dá ao homem tudo de bom e bonito para ele desfrutar, mas mesmo assim, se o deseja, acha tempo para socorrer os que nada têm.

— Luiz, você é demais! vibrou Luanda.
— Não, sou apenas um pequeno aprendiz amando cada vez mais a Doutrina Espírita, porque ela ensina o marido a não humilhar a esposa, companheira, mãe de seus filhos;

ela ensina a mulher a não ser somente a fêmea, mas a devotar lealdade ao homem que a escolheu por companheira;

ela ensina os pais a respeitarem os filhos, mesmo as tenras crianças, dando-lhes o que têm direito, mas elucidando-os sobre os deveres para com a sociedade.

A Doutrina ensina o homem a respeitar seus servidores, a ser fiel trabalhador e cumpridor de suas obrigações;
contesta os doutores da lei, mas abraça os pobres de espírito, que tudo fazem por ela.

Dizer-se espírita e vestir o manto do orgulho e da vaidade denota quão longe nos encontramos do Cristo amigo, pois o espírita é manso e pacífico, tem misericórdia no coração, é pobre de espírito, luta para ser perfeito e faz da caridade a sua meta.

— Tem razão, Luiz Sérgio — falou Tomás.
Só aqueles que sofrem uma transformação interior podem dizer: sou espírita.

Quem chega à Doutrina e continua presa da vaidade, do orgulho, longe se encontra das verdades espirituais.
Os Centros Espíritas são hospitais onde as almas, ao frequentá-los, vão paulatinamente curando-se das imperfeições.

— Mas hoje o que mais se vê, completou Luanda, são aqueles ditos espíritas que estão todos os dias nos Centros, mas vivem também dando trabalho, de tudo sabem, criticam os companheiros, só observam defeitos na directoria, enfim, são os “reformadores”.

— Coitados, falei, esses infelizes sentirão o ranger dos dentes, brincam com os espíritos, não os respeitando.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:23 pm

Tomás acentuou:
— É verdade, Luiz Sérgio, ai daqueles que atirarem pedras e detritos na fonte da vida eterna.
Bem, amigos, agora vamos dar uma chegada até o plano físico, onde uma irmã nossa acaba de reencarnar.

— É a Clarisse? O que está acontecendo? perguntei, curioso.
— Temos de ir, disse Tomás, sem me responder.

No apartamento, deparamos com um casal bem novo.
Ela com seus dezoito anos e ele, vinte e um.
Clarisse se encontrava no berço, a babá dormindo ao seu lado.

Buscamos a mãe e a encontramos preocupada com o seu corpo;
adquirira alguns quilos a mais.

O pai preparava-se para sair.
A jovem Eliana, muito nervosa, implicava com Fábio e ele, pacientemente, a escutava:
— Veja se volta cedo para casa, não suporto mais ficar sozinha.

Depois, quero avisá-lo de que logo tiro essa criança do peito.
Que horror é dar de mamar!
Um acto de violência contra a mulher.
É cansativo, e depois nos aleija, pois os seios ficam pavorosos.

— Eliana, não diga tal coisa, os médicos ensinam que o leite materno é o mais completo alimento para a criança.

— Eu odeio dar de mamar, não vejo a hora de dar mamadeira para a Clarisse.
Antigamente todo mundo mamava em mamadeira e ninguém morria.

— Engana-se, a mortalidade infantil aumentou muito depois que as mulheres descobriram o leite em pó.
— Coisa de médico naturalista.
— Até mais, querida.

Fábio saiu.
Eliana ficou sozinha, reclamando de tudo: da vida, da filha, do marido.
Entramos no quarto onde Clarisse dormia e Tomás orou em silêncio.

A babá não dava à criança a atenção adequada.
Olhei a nossa amiga trancafiada num corpo de bebé, pedindo protecção aos adultos, ela, uma trabalhadora de Jesus.

Senti um arrepio, um pavor de ter de reencarnar um dia, passar outra vez pelo corpo infantil.

Tomás fitou-me e falou:
— Luiz, estou desconhecendo você, onde fica o seu conhecimento doutrinário?

— No medo de voltar novamente ao corpo físico.
— Não, meu irmão, não pode pensar assim.
O corpo físico é um instrumento de trabalho que todos nós, espíritos necessitados, temos de buscar para evoluir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:23 pm

— Desculpe, Tomás, estava brincando.

Olhamos Clarisse e tentamos fazer Eliana aceitar a filha, pois ela só se preocupava com seu corpo.
— Porque Clarisse nasceu em um lar com pessoas complicadas? perguntei.

— Simplesmente, para ajudar.
Eliana hoje é uma mulher fútil, mas amanhã perceberá quão nobre é sua filha.
Oramos, pedindo por Clarisse e seus pais.

Cheguei perto do berço e mexi com ela:
— Bilu, bilu.
Clarisse abriu os olhos e deu aquele sorriso.

Luanda emocionou-se:
— Que gracinha! Não vejo a hora de voltar a ser bebé.
— Vai reencarnar logo?
— Vou, mas acho que você tem muitos e muitos anos pela frente no mundo espiritual...

Nada falei, mas pensei: “ainda bem”.
— O que vimos fazer aqui?
Somente ver Clarisse? perguntei a Tomás.

— Não, não apenas vê-la, vimos orar pela sua paz e a da sua família.
Não estamos em trabalho, convidei-o porque na sua família logo também nascerá um bebé.

— Não diga! E quem é ele?
Já se encontra no Departamento da Reencarnação?
É homem ou mulher?
— Curiosidade é algo que denota indisciplina.

— Conte, Tomás, só para nós...
— Está bem, Luiz, vou-lhe contar logo, espere só dois meses.

Rimos muito e dali saímos para trabalhar em uma Casa Espírita, onde muito se estudava.
Em todos os grupos os livros doutrinários eram estudados e analisados.

Os presentes discutiam alguns trechos dos livros básicos.

Primeiro trocaram ideias sobre o fluído vital, para logo depois falarem sobre o médium, se devemos ou não desenvolver a mediunidade, se um dirigente de grupo tem o poder de fazer um médium escrever ou dar mensagens psicografadas.

Enquanto conversavam, nós também falávamos sobre o assunto.
Muitos julgam que mediunidade é facto corriqueiro na vida de uma pessoa.

Enganam-se;
médiuns existem muitos, mas raros são os que renunciam em nome da Doutrina e a favor da mediunidade com Jesus.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 6 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:24 pm

Todos somos médiuns, mas poucos respeitam os espíritos, chegando até a brincar com eles.

O grupo discutia:
é válido um dirigente de grupo desenvolver a mediunidade de seus médiuns?
A conversa deles não levava a qualquer conclusão.
Eu me encontrava curioso, pois eles falavam, falavam.

— O que você acha? perguntei a Tomás.
Alguém pode ajudar uma pessoa a “desenvolver” a mediunidade?

— Poder pode, mas se a pessoa não possuir uma mediunidade actuante, o orientador nada poderá fazer, somente se actuar sobre o médium, numa acção magnética.
Parando a acção do orientador, cessa a mediunidade.

— Entendi, médium de orientador...

Luanda riu gostosamente.
— Porquê o riso, boneca? Não é verdade?
Cessando a influência do orientador sobre o médium, adeus mediunidade.

Tomás esclareceu-nos:
— Ainda se discute muito sobre mediunidade, mas a mais segura é a natural;
quando a pessoa é médium desde criança, a sensibilidade está latente nela e, como uma flor, vai-se abrindo devagar e no tempo certo.

— Agora, que tem nego aí fazendo o coitado do médium “receber” espírito, isso tem.
O pior é que tem médium que aceita essas sugestões e a vida toda estremece daqui, estremece dali, e não passa disso.

Dizem que são espíritos sofredores.
Não queria estar na pele desses caras.
Já pensou brincar com coisa tão séria?

Ficamos assistindo àquele estudo sobre mediunidade e com alegria defrontamos com pessoas equilibradas, espíritas verdadeiros, apóstolos de Jesus.

Quando íamos saindo, o dirigente espiritual daquela Casa veio até nós, perguntando-me:
— O que achou do nosso estudo?
Sabemos que o irmão se preocupa muito com a mediunidade.

— Sim, é verdade, tenho muita preocupação com os médiuns, principalmente os iniciantes, pois quando procuram elucidar-se, o fazem com a alma repleta de esperança e boa vontade.

Se logo encontrarem alguém desequilibrado para orientá-los sobre mediunidade, isso poderá levá-los ao medo do Espiritismo.

Conversamos com aquele irmão e ao nos despedir ele me falou:
— Dê um abraço na irmã, eu a amo muito.
— Eu a amo muito mais, brinquei.
— Desculpe, irmão, nós a amamos.

Estava curioso para saber nosso destino, quando Tomás nos convidou para irmos a um cemitério.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:24 pm

— Cemitério?
Porquê? O que vamos fazer lá? perguntei.
Ninguém me respondeu e logo estávamos em uma capela repleta de pessoas.

Falei a Tomás:
— Tomás, eu não gosto de cemitério, sabe porquê?
Fico nervoso com os risos e as conversas que demonstram falta de respeito àquele que partiu.

— Tem razão, no dia em que o encarnado comparecer ao cemitério com o coração repleto de amizade e respeito por aquele que deixou o corpo físico, não mais presenciaremos as conversas inadequadas ao momento e os risos.

Se todos ficassem orando e cantando, tornaria mais fácil o trabalho das equipes de socorro.

Para surpresa nossa, o irmão desencarnado que repousava no pronto-socorro espiritual estava recebendo uma transfusão de fluídos, graças à esposa que lia trechos evangélicos, orava e cantava.

Comovente.
E ela não sabia o bem que estava proporcionando ao marido.
Aquelas orações e cânticos davam ao doente uma paz interior tão grande que permitia aos espíritos ajudá-lo.

Em outra capela com pesar constatamos que o coitado do doente desencarnado se debatia no pronto-socorro à medida que os encarnados comentavam o que havia acontecido com ele.

A família gritava e chorava e os amigos fumavam e conversavam.
Um barulho injustificável.

— A administração dos cemitérios deveria tomar certas medidas para auxiliar a família e aquele que está partindo.
— Ah, Luiz Sérgio, isso é coisa de primeiro mundo, disse Luanda.
— Não sei não, acho que é falta de amor e de fé.
Sabe porque existe tanta conversa nas capelas?

Todos me olharam.
— Porque é o dia em que muitos conhecidos se reencontram, aí, fazem a festa.
E o pobre do recém-desencarnado que se salve se puder.

— Porque você não escreve um livro pequeno com orientações de como proceder na estação da morte? sugeriu Luanda.
Um livro com preces, cânticos e mensagens evangélicas.

— Engraçadinha, você sabe que já escrevi um livro sobre o assunto e logo será editado.
Já tem até nome: Na hora do adeus.

São orientações para a família e os amigos que ficam.
É tanta a perturbação que nem se percebe que o coitado do viajante se encontra sozinho e desesperado.

— Voltemos ao Educandário, comunicou-nos Tomás, mas antes vamos orar.
A oração é uma chuva de bênçãos que envolve carinhosamente quem está orando, mas também atinge até os familiares e amigos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:24 pm

Não orar é como ter no quintal árvores frutíferas e não cuidar delas.
Saímos daquele lugar que muitos temem, mas que é o abrigo certo para todos os corpos físicos.

Logo estávamos no pátio do Educandário.
Como é lindo!

Corri, gritando:
— Eu te amo, cascata de luz!

Luanda estava junto a mim;
bebemos água nas fontes e rolamos no gramado verde.
Os outros apenas olhavam.

Era o meu lugar querido, onde dia após dia recebo, em doses homeopáticas, as elucidações dos espíritos superiores.

Quando ultrapassamos o pórtico do edifício principal, abracei Inácio, dizendo:
— Querido, que saudade! Sabe que te amo?
— Claro que sei, um menino como você não vive sem amor no coração.

— Só as mulheres é que o compreendem, os homens colocam você no trabalho — falou o bondoso Siron, fazendo-me entrar na sala de aula.

Fizemos uma prece, mas ainda demorou uns minutos para iniciar a aula.
Depois o orientador discorreu sobre a Doutrina Espírita e a necessidade de conhecê-la.

Como a Doutrina elucida o espírito!

Quando encarnados, nada queremos saber da vida além-vida, mas se somos espíritos, buscamos os meios de adquirirmos a cultura espírita e esta não é difícil de ser assimilada, porque os seus ensinos são muito claros.

Entretanto, dizer-se espírita e fugir dos livros doutrinários é como chegar perto de uma fonte de água cristalina e só lavar as mãos.

Sem estudo não chegamos a compreender a Doutrina do desprendimento.
A riqueza da literatura espírita não pode ser esquecida por aqueles que se dizem espíritas.

Naquele centro de cultura, no silêncio do meu espírito, orei a Maria de Nazaré, como fazia o amado Bezerra de Menezes:
“Mãe amada, flor de Deus, obrigado pela oportunidade obtida nesta Casa de Deus, onde venho recebendo as elucidações para o meu espírito.

Ontem cheguei, estropiado e perdido de saudade, mas hoje, divisando novos horizontes, só posso agradecer por tudo o que venho recebendo.

Queira Deus que eu, Seu filho pecador, tenha no espírito a lucidez para não alterar tudo o que venho aprendendo e levar aos meus irmãos ainda no plano físico.

Cada alma é um abraço de Jesus, o Mestre em nós, Seus irmãos pequenos.

Maria de Nazaré, orai pelos que Vos perseguem e caluniam e fazei de cada um, que aqui vem buscar o conhecimento, um instrumento do Vosso amor e da Vossa paz.

5. N.E. — Consultar O Livro dos Médiuns, Capitulo 16º, item 189 — médiuns excitadores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 04, 2011 9:24 pm

24 - A CONSTRUÇÃO DE TEMPLOS

Terminada a prece íntima, destacava-se à nossa frente outro orientador espírita, que nos falava com muita clareza sobre o perigo da falta de conhecimento doutrinário.

— Tenho encontrado vários médiuns que, apesar de frequentarem os cursos de mediunidade, ainda não conhecem a Doutrina e ficam esperando o término do curso para psicografar ou dar comunicações psicofónicas.

— Irmão Luiz Sérgio, isso é natural, criou-se no Espiritismo o mito de que todos os que iniciam os estudos em uma Casa Espírita têm de obrigatoriamente receber mensagens, mas isso acontece quando o aprendiz não assimilou ainda os ensinamentos ou o curso sobre mediunidade foge das obras básicas.

Dificilmente aquele que recebe orientação correcta comete tal falha.

— O irmão tem razão, encontramos jovens, senhoras e senhores de cabelos brancos correndo em busca dos espíritos, não para servir junto a eles, e sim para sobressair, levados pela vaidade.

A mediunidade com Jesus é brilhante, não precisamos tocar tambores em praça pública para chamar a atenção sobre nossa pessoa.

Em um Centro Espírita existem vários sectores de trabalho, todos necessitando de bons médiuns.
A medida que aprendemos a servir, os espíritos amigos nos buscam para tarefas a serem efectuadas no plano físico.

No plano espiritual não há pressa, o tempo é a eternidade;
os dias, com seus minutos, são oportunidades que não podemos negligenciar.

— Irmão, perguntou Tomás, o que se deve fazer em prol de todos os médiuns?
— Orientá-los no sentido de que O Livro dos Médiuns é a única bússola para aqueles que pretendem trilhar o caminho da mediunidade com Jesus.

Livros existem muitos, mas a Doutrina Espírita foi codificada por um homem digno, que recebeu do Alto a missão de transformar o pensamento dos espíritos no grande chamado para a renovação.

Negligenciar um livro sequer da Codificação é fugir do caminho do Cristo, é buscar atalhos onde os empecilhos serão enormes, e se ocorrerem quedas, estas deixarão marcas profundas.

Não somos contra qualquer religião, somos apenas espíritos, operários de Jesus, tentando levar ao plano físico um pouco de paz.

E esta paz, que se encontra dentro de cada homem, é o amor de Deus que precisa espalhar-se à nossa volta, transbordar dos nossos corações, para formarmos a grande família do Senhor.

Aqui, no Educandário, cada sala de aula representa um riacho, cujas águas cristalinas tentamos levar ao plano físico para aqueles sedentos das verdades espirituais.

— Irmão, se a cada dia levanta-se um templo, por que, para erguer uma Casa Espírita, lutamos tanto? perguntou Arlene.
— Aqueles que constroem com facilidade, e até conseguem transformar cinemas, residências e lojas em igrejas é porque possuem força monetária para isso.

No entanto, é preferível construir uma igreja a um bar, ou outro lugar de perdição.

Levantar uma Casa Espírita é mesmo muito mais difícil;
ela é um hospital de Deus, e o encarnado não se julga doente, além disso, o Centro Espírita ensina o homem a ser caridoso, pois a Doutrina é Deus, Cristo e Caridade.
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