LUZ ESPÍRITA
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 3 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 25, 2011 8:49 pm

José Tadeu nos esclareceu:
— Vejam como se organizam.
Agem de tal modo que, se os trabalhadores do Senhor não tomam precauções, são ludibriados.

— Porquê pântano? perguntei.
Eu vejo uma cidadezinha, até bonitinha.
— Irmão Luiz Sérgio, se você olhar melhor vai perceber que o solo é composto de uma gosma, assim como tudo o que os cerca.

— Porque isso, irmão?
— É o miasma do ódio.

Ficamos naquele dia, aprendendo tudo sobre o lugar.
Quando dali saímos, cumprimentei aqueles espíritos abnegados, mas confesso que estava curioso para saber se eles só oravam.

Joselito, aproximando-se de mim, falou:
— Quando voltarem, darei maiores detalhes sobre a nossa casa.
— Desculpe, amigo, mas sou mesmo muito curioso, falei, meio sem jeito.

Ele sorriu e Lhe dei continência:
— Até mais ver.
— Até mais tarde, falou.

O vento continuava soprando forte e parecia que afundávamos, tão baixa era a vibração do lugar.
Ao chegarmos, vimos dois irmãos de guarda, mas não sabia se deles ou nossos.

Tomás, aproximando-se, saudou:
— Deus seja louvado nos nossos actos.
— Que assim seja, responderam.

Que alívio! Cumprimentei-os também, com o coração repleto de amor.
Os dois não sorriram.
Recordei-me de Jacó, que diz:
“como sorrir, quando tantos choram junto a mim?”

— Podemos entrar? perguntou Tomás.
— Não, ainda não.
Antes, vamos esperar os outros, respondeu um guarda.

Olhei de lado e não vi ninguém, mas sem demora chegaram mais dois guardas, que substituíram Foyar e Jafé, e estes nos levaram por outro caminho.

O ar ia ficando cada vez mais gelado, como se estivéssemos penetrando num pântano.
Sentia-me engolido pelas famosas areias movediças.

Os outros caminhavam tranquilos, mas o papai aqui encontrava-se nervoso.
Foi quando Jafé segurou minha mão e nada mais eu vi, só despertando quando já nos encontrávamos no pântano trevoso.

O lugar, com suas casas de pedra, era muito estranho, como se houvessem construído a cidade aproveitando as rochas do lugar.

— Acho que este local poderia ser chamado de cidade do ódio, comentei com Luanda.
— Tem razão, aqui se encontram os vingadores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 9:58 pm

— Como é possível, Luanda, um ser humano deixar de viver no céu e preferir o inferno? Isto aqui é o inferno.
— É, Luiz, infelizmente o homem adora cometer iniquidades e foge do respeito às leis.
Nos planos superiores temos de obedecer à lei do amor, mas para eles o amor não existe.

— Porque odeiam tanto?
— Porque foram maltratados, lesados.

— E só por isso alimentam o ódio?
— Luiz, se não nos educarmos através do Evangelho, sempre consideraremos as pequenas faltas como grandes e teremos dificuldade em desculpar, ainda mais em perdoar.

— E como eles saem daqui para irem ao plano físico buscar os seus inimigos?
— Para nós torna-se difícil descer aqui, mas para eles é um caminho normal.

— Normal? espantei-me.
Aqui é o inferno.
Tudo é muito estranho.

Olhamos aquelas casas de pedra, cujas heras as cobriam devido à humidade do lugar.
As ruas também eram de pedras, cobertas de limo verde.
Passamos por alguns transeuntes, porém não nos perturbaram.

— Não somos diferentes deles? indaguei.
Jafé sorriu.
— Éramos.
Neste momento, estamos iguais.

Reparei o guardião e tive vontade de rir: éramos um amontoado de lodo.

— O que estamos fazendo aqui?
Buscando os obsessores de Eliane?
— Não, respondeu Tomás.
Vimos aqui falar com Tibério, um dos chefes das trevas.

— Quê, Tomás? Você vai falar com ele?
— Não, Luiz, eu sozinho não. Todos nós iremos.

— E você acha que vai dar certo?
— A fé remove montanhas, disse-nos Jesus.

A aparência da casa de Tibério era bem melhor que as outras.
Até os cactos que enfeitavam o jardim me pareceram ter flores.

Mesmo assim, a vibração era péssima.
Na porta, um guarda barrou nossos passos, mas logo resolveu deixar-nos entrar.
E quando o fizemos, vimo-nos numa sala.

Defrontamo-nos com Tibério, que disse:
— Sejam bem-vindos, desde ontem nós os esperávamos.
O que desejam agora?
Porque Anícia e Aristides não me deixam em paz?
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 9:58 pm

— Porque eles amam você, concluiu Tomás.
Tibério levantou-se, furioso.
— Amam? Que é o amor para vocês?
A submissão constante?

Tornando-nos capachos dos fortes, lesados, traídos, humilhados? Isso é amor?
Não. Quero que nos deixem em paz, somos felizes e muitos encarnados estão felizes com a nossa companhia.

— Calma, libério.
Só estamos aqui para saber por que a vingança com Eliane.
Não é mais fácil o perdão?
— Não sou eu que a odeio, mas nada posso fazer se ela plantou ódio no coração daqueles que hoje pedem justiça.

— Sabemos que Eliane e seus pais erraram, mas enquanto ela sofre no corpo físico, seus amigos continuam neste pântano que não é um bom lugar para se viver.

— Engana-se, ultimamente o pântano tem recebido tantas vibrações dos encarnados, que estamos crescendo cada vez mais.

Estava louco para perguntar o que dificultava a vida naquele lugar.
Arlene, captando meu pensamento, sussurrou-me:
— È quando a humanidade ora e se une em gestos de solidariedade de uns para com os outros.

Como actualmente estamos vivendo a ira, o sexo livre, onde crianças se prostituem e se drogam em cada esquina, essas aberrações são o fermento, o oxigénio deste lugar.

Enquanto Tibério falava com Tomás e os guardas, eu tentava receber as elucidações sobre a estranha cidade.
— Quem é Tibério? É o chefe deste lugar?
E porque ele nos recebe?

Nisso, sua voz atingiu-me, rispidamente:
— Menino, você é muito curioso, aprenda a falar só quando for chamado.
— Desculpe, amigo.
— Não o conheço e peço que cale sua boca.

Foyar olhou-me com carinho, pedindo-me calma.

Inteiramo-nos, então, do que eles conversavam:
pediam para que ele tomasse cuidado, pois assim o plano superior iria tomar drásticas decisões.

— Você sabe, Tibério, que nós queríamos que você e seus companheiros descobrissem o caminho de Jesus, mas desde o momento em que não respeitam o seu próximo, terão de arcar com as consequências, e o plano superior vai dar um basta nesta situação.

— E o meu livre-arbítrio?
— Existe um determinado momento em que o Senhor interfere.
O livre-arbítrio é como a vida, nos pertence, entretanto o Senhor pode mudar-nos de morada.
E este pântano poderá tornar-se apenas um pântano.

— O que vocês querem?
Mandar somente que recebamos os emissários de Jesus?
Mas eu sempre os recebo...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 9:59 pm

— Mente, Tibério.
Há poucos dias uma caravana quase foi aprisionada por você.
Só se viu livre graças a sabedoria dos guardiães.

Tibério começou a dar gargalhadas e foram surgindo muitos e muitos trevosos.

Ia entrar em pânico, quando me recordei de Francisca Theresa:
“Quando temos Jesus plasmado em nosso coração ninguém é contra nós, somos o vento que sopra lá fora, o sol que ilumina, a estrela que brilha, a flor que perfuma, o riacho que corre, a sombra que abriga, enfim, um filho de Deus

— Estou farto de vocês! gritou Tibério.
É pena, mas não poderão levar para Constância e os outros notícias nossas, porque serão nossos prisioneiros.
O plano físico está junto a nós, veja como cresce nossa organização e eu sou o chefe.

Lá as obsessões estão cada vez mais intensas;
em quase todos os lares existe um ser em desequilíbrio, graças à mente dos encarnados ligados a nós.

Enquanto vocês pedem caridade e humildade, nós oferecemos divertimento, nada proibimos;
para nós, o sexo, a droga, o álcool e o cigarro são o elixir do bem viver.

Seus cordeiros sem pêlo, agora irão conhecer as delícias da vida — falou, segurando Tomás e Arlene.

Nisso, fez-se um estrondo, como se fosse cair uma tempestade.
Tibério correu à janela.

— O que está acontecendo? gritou para a guarda.
— Não sabemos, parece que é um terramoto.

Quando disse isso, percebemos que aquele lugar começou a afundar e nós, abraçados uns aos outros, nos vimos em uma plataforma de socorro, enquanto eles se debatiam numa torrente de lama que tomava conta de tudo.

Só conseguíamos ver suas cabeças.
Tibério invocava os seus superiores, mas ninguém, nem mesmo nós, poderíamos algo fazer.
Firmei-me na plataforma da paz e chorei como se fosse um bebé, quando vi os meus companheiros.

Todos eles oravam, agradecidos.
A plataforma permaneceu pairando sobre a cidade destruída, enquanto ouvíamos aqueles espíritos doentes gritarem por socorro.

— Vamos ajudá-los? perguntei à Arlene.
— Não, não temos gabarito para tal.
Agora terão de ficar prisioneiros, pois não souberam viver em liberdade.

— Os miasmas da droga, do sexo, dos vícios, enfim, não irão ajudá-los?
— Não, porque entre os encarnados uma onda de amor cresce e está unindo a muitos.
E foi aproveitada esta vibração para destruir a cidade do pântano.

— E eles ficarão presos no pântano, sem casa?
— Sim, até o pedido de socorro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 9:59 pm

Vimos os rostos daqueles homens, se podemos assim chamá-los, deformados não pela dor e sim pelo ódio, e pensamos:
“como é bom amar, somos felizes quando amamos”.

Assim ficaram.
Retiramo-nos, levando na mente a degradação do espírito sem Deus e nos sentimos protegidos pelas mãos de Jesus, que não decepciona aqueles que praticam a caridade do trabalho ao próximo.

Orava baixinho, com o rosto banhado em lágrimas, quando ouvi a voz de Francisca Theresa, que cantava esta canção:
Meu bem amado,
Para seduzir-Te me farei pequena,
Esquecerei de mim mesma,
Para alegrar Teu coração,
Agradar-Te é minha meta.

Minha felicidade és Tu, Jesus,
Quero voar para Ti,
Ser Tua prisioneira,
Esconder-me sob a terra,
Esquecer de mim mesma,
Para conquistar Teu coração,
Minha felicidade és Tu, Jesus,
Minha paz é lutar sem descanso,
Para levar almas para os céus,
E com ternura repito tanto:
Minha felicidade és Tu, Jesus.


Todos nós cantávamos bem alto e tive a certeza de que naquele momento os irmãos do pântano do ódio seriam socorridos, porque Jesus é amor e prometeu a Deus nos levar até Ele.

Estávamos de volta ao Lar de Maria, onde fomos recebidos por Constância, e nos vimos naquele lar onde a limpeza e as flores davam-nos as boas vindas e uma música suave trazia tranquilidade.

— Sei que estão curiosos para saber porque nos servimos de vocês para dar um basta no pântano, falou Aristides.

— É isso mesmo o que estou pensando, falei.
Acho que Tomás e meus outros irmãos não estão curiosos, mas eu confesso que não estou entendendo nada.

— Primeiro vamos fazer uma prece de agradecimento e depois conversaremos.

E assim aconteceu.

Logo depois, estávamos bem instalados na bela sala onde nos foi projectada a organização de Tibério:
dali ele enviava suas equipes de obsessores que se juntavam às criaturas sem Deus, sem amor e sem respeito familiar, levando-as à degradação.

Quanto mais no plano físico elas se afundavam na orgia, mais cresciam no plano espiritual as zonas trevosas.

— O encarnado julga que é dono de sua vida — elucidou-nos Aristides — dá-se o mesmo com um jovem que o pai coloca numa óptima escola e ele negligencia as lições, preferindo fugir do aprendizado para “aproveitar a vida”, como dizem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:00 pm

Só que um dia ele terá de sair da escola — ninguém fica a vida inteira no colégio ou na universidade — e aí, como vai viver?

Não tem um curso, nada aprendeu;
ou procura um trabalho humilde ou parte para a marginalidade.

Hoje vocês estiveram junto àqueles que não aproveitaram a universidade da Terra e preferiram a marginalidade, só fazendo o mal.

Deus é culpado? Não.
Nós somos culpados? Não.
Eles é que tornaram o próprio caminho um pântano de dor.

Sodoma e Gomorra ficariam assustadas diante da depravação de alguns encarnados, onde o sexo é praticado mais ferozmente do que entre os animais.

A falta de respeito é tamanha que hoje os meios de comunicação incitam os jovens a se iniciarem na vida sexual aos nove, dez anos, quando essas crianças ainda têm os seus órgãos prematuros.

Mas o “inteligente”, o “para frente”, como dizem, tudo faz para que não mais exista a moral.
Só lembra do Pai na hora em que seu corpo se vê impossibilitado de praticar actos contrários à lei de Deus.

— Porque apenas hoje vocês destruíram o pântano?
— Temos de aproveitar quando os encarnados se lembram da família, as datas comemorativas, como, por exemplo, a Páscoa;
recordam-se de Jesus no Calvário, de Maria, como a mãe que sofre ao ver o filho “morto”, a traição de Judas, enfim, são dias de louvor a Jesus.

Só por essas vibrações o plano superior pode resgatar os irmãozinhos do pântano.

— Então eles foram socorridos?
— Sim, Luiz, ninguém é abandonado por Deus.
— Para onde foram levados, posso saber?
— Para uma colónia correccional, onde irão aprender a ter disciplina e não poderão fazer o mal.

— Correccional? Então não poderão sair de lá, não é mesmo?
— Eles estarão sendo tratados.
Para os mais violentos é uma prisão, para os que já divisam a luz, uma escola.

— Eu, hem? Prefiro a Universidade Maria de Nazaré.
— Esteja certo, Luiz, de que um dia eles chegam lá também.

— Irmão, como o homem é burro!
Se pode caminhar sem peias, por que prefere o caminho tortuoso?

Muita coisa ali se falou e a Doutrina Espírita surgiu à nossa frente límpida, radiante de luz.
Muitos julgam que o espírita só estuda ou só pratica a caridade, e buscam outras crenças.

Não sabem eles que o Consolador prometido por Jesus é um remédio que limpa o nosso perispírito, é a “água sanitária” que alveja a veste nupcial para que nós possamos participar do banquete divino.

A Doutrina Espírita ensina o homem a ser digno, a não praticar injustiça.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:00 pm

Quem chega à Doutrina tem por dever se curar, buscando no estudo a orientação dos grandes espíritos que nos esclarecem que o único caminho que leva a Deus é a caridade e que Jesus é que está à frente, nos ensinando a vencer os obstáculos.

Porque ainda descuidam da Doutrina, achando que ela não nos ajuda a vencer as dificuldades financeiras, as lutas do dia-a-dia, buscando amuletos, talismãs, fazendo feitiçaria?

Enfim, o que queremos nós?
Uma vida de paz.

E porque não a encontramos na Doutrina?
Simplesmente, porque estamos sujos de egoísmo, vaidade, orgulho, avareza, maledicência, ódio, preguiça.

Mas com a graça divina um dia Deus vai dar um basta no pântano onde estamos atolados e peçamos a Ele que nos dê forças para que, antes disso, nós mesmos busquemos o caminho, a verdade e a vida.

Acho que muitos julgam difícil entender a Doutrina Espírita.

Têm dificuldade de compreender como pode uma pessoa não se cobrir, ao contrário, despir-se, para vestir outrem e onde todos têm de doar amor ao próximo?

Diz Francisca Theresa:
“Poucas pessoas sabem encontrar a Doutrina Espírita, porque ela está escondida na humildade e o mundo gosta do que brilha”.

Ainda diz Francisca Theresa:
“Ah! se a Doutrina tivesse querido mostrar-se a todas as almas com todo o seu brilho e sabedoria, sem dúvida nem uma só pessoa a teria repelido;
mas ela não quer que a amemos pelo seu brilho e sabedoria, ela deseja que cada um se esforce para ser digno das promessas do Cristo”.

* * *

O caminho do Educandário nos pareceu uma alameda de luz, onde, de mãos dadas, cantamos o Hino do Amor, com o coração repleto de agradecimento ao Senhor do Céu e da Terra, nosso Pai amado, uno, indivisível, infinitamente bom e justo: Deus.

Iná nos recebeu com todo o seu carinho.
Logo tivemos de buscar a sala de aula, onde o irmão Lázaro José iniciou a palestra sobre a influenciação dos espíritos desencarnados junto aos encarnados, a razão por que o encarnado precisa orar e vigiar, principalmente se está à procura do conhecimento espiritual.

— Quem deseja abraçar a Doutrina Espírita tem de deixar as coisas temporais, que ao mundo físico pertencem, porque ao nos encontrarmos em seu interior estamos em busca das verdades espirituais.

Diante delas, temos de nos conscientizar de que o mundo físico é um empréstimo de Deus, uma escola onde tentamos aprender a conviver uns com os outros.

Entretanto, quem buscar o hospital de Deus e desejar somente resolver seus problemas pessoais é muito mais culpado, porque aquele que longe se encontra da verdade tem menos culpa, ainda não divisou a luz.

Agora nós, que abrimos o portão do mistério, que temos acesso a toda a literatura espírita e continuamos apegados aos bens terrenos e à pequenez das coisas terráqueas, não queremos progredir, estamos apenas nos aproximando da Doutrina por curiosidade ou porque recebemos dela algum benefício.

Mas não, isso não.
A Doutrina é o barco que faz com que nossos espíritos tenham condição de despir a indumentária carnal com dignidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:00 pm

Deus colocou Jesus na Terra e Ele, através do exemplo, nos ensinou sobre a vida eterna.

Quando os judeus e fariseus tentaram tirar-Lhe a vida, Ele nos mostrou que ninguém morre, porque o amor é vida e feliz daquele que ama a Deus e ao próximo.

E esse mesmo Jesus, que maltratamos com os nossos erros, prometeu-nos o Consolador, para nos dizer tudo o que Ele não teve tempo de dizer.

E o Consolador, que vem a ser a Doutrina Espírita, esclarece o homem sobre a vida.
Feliz daquele que chegou ao poço da verdade — a Doutrina — e se dessedentou com perseverança e amor.

Infeliz daquele que, junto à cisterna, jogou fora o precioso líquido, porque é um escravo da vaidade, do egoísmo, do orgulho e da avareza.

Muitos estudam a Doutrina mas não a colocam no coração, e ela só germina com o adubo da caridade.

Somente visitar os templos nada acrescenta à nossa evolução.
O homem precisa tirar a venda dos olhos e divisar a vida espiritual, a morada verdadeira dos espíritos.

E a Doutrina é a irmã amiga que nos esclarece e nos dá a mão.
No item 7 da Introdução de O Livro dos Espíritos há uma frase muito bonita:
O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro.

Sabemos que o homem orgulhoso, chegando à Doutrina, deseja adorná-la com suas ideias, esquecendo de buscar nas obras básicas a verdade.

Se todos os que se dizem espíritas estudassem a Doutrina e a colocassem em prática, não estaríamos hoje aqui tentando dizer àqueles que dirigem uma Casa, que têm a direcção de um grupo, que psicografam livros, enfim, que levam o esclarecimento a outrem: cuidado!

O homem passa, mas a Doutrina permanece, porque as coisas de Deus são eternas.

Se fomos chamados para o trabalho espírita, temos de procurar a verdade e ela não nos aponta erros, mas é tão real que, como um espelho, mostra-nos as nossas deformações e feliz seremos se, ao percebê-las, nem que sejam algumas, nos esforçamos para ficar livres delas.

Na Casa Espírita todos somos iguais, o Mestre é Jesus;
agora, se desejamos o aplauso, os elogios, as admirações, estamos em lugar errado, O espírita não é um artista, é um operário de Cristo tentando construir na Terra o edifício chamado fraternidade.

No item 8, da Introdução de O Livro dos Espíritos, está escrito:
Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado.

Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori, levianamente, sem tudo ter visto;
que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis.

Esta passagem é muito propícia também aos falsos espíritas que brincam de adivinhos, querendo colocar suas ideias como adereços à inatingível Doutrina Espírita.

É só buscarmos as respostas nas obras básicas e nas dos grandes filósofos que encontraremos a chave da porta através da qual estamos tentando entrar, ou arrombá-la, por achar mais fácil, não querendo comprometer-nos com o estudo sério, porque ele vai-nos apontar as falhas do nosso carácter.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:01 pm

Percebemos que hoje muitos dos que se dizem espíritas estão brincando com os espíritos superiores como se estes fossem uns desocupados, atendendo ao chamado de pessoas inescrupulosas que só desejam brincar com os espíritos;
mas estes fogem dos ociosos e dos vaidosos.

Uma pessoa séria, ao chegar à Doutrina, deve buscar a verdade para não cair no ridículo.

E o pior é que estas pessoas que se dizem espíritas estão aumentando cada vez mais, porque as Casas, ditas espíritas, não estão oferecendo uma orientação segura.

Basta sair um livro novo para logo ser adoptado no Centro, quando o presidente de uma Casa Espírita tem de colocar nas mãos do iniciante O Livro dos Espíritos e fazer do estudo da sua Introdução o mapa da mina;
só vamos adentrando no estudo, através de todos os livros da Codificação.

Por exemplo: estamos no item 8, da Introdução.
Vamos buscar na Parte Segunda, Capítulo 1. Diferentes ordens de Espíritos, questão 96.

São iguais os Espíritos, ou há entre eles qualquer hierarquia?
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.”

O dirigente do grupo deve ler e reler todo este capítulo sem pressa;
não adianta dizer que já estudou toda a Codificação.

O que precisamos salientar é que não paramos de estudar a Codificação, a cada dia esses ensinos divinos mais adornam o nosso intelecto e nossos corações.

Estudando introdução, item 8, vamos também buscar, em O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Capítulo 24º — Da identidade dos Espíritos, Segunda Parte, item 266.

O dirigente deve estudar todo este Capítulo, que será muito proveitoso para quem deseja bem servir a Doutrina.

E também devemos buscar no pequeno e maravilhoso livro O que é o Espiritismo, o Capítulo 1º, Diversidade dos Espíritos, e o Capítulo 2º — Charlatanismo, item 89:
Certas manifestações espíritas facilmente se prestam a imitação;

porém, apesar de as terem explorado os prestidigitadores e charlatães, do mesmo modo que o fazem com tantos outros fenómenos, é absurdo crer-se que elas não existam e sejam sempre produto do charlatanismo.

Prestem atenção neste parágrafo que se segue:
Quem estudou e conhece as condições normais em que elas se dão distingue facilmente a imitação da realidade;

além disso, aquela nunca pode ser completa e só ilude o ignorante, incapaz de distinguir as diferenciações características do fenómeno verdadeiro.

Inteirando-se do conteúdo filosófico da Doutrina e o colocando em prática, o homem não cairá no ridículo.

É muito triste ser um falso profeta e hoje, infelizmente, estamos encontrando na árvore espírita muitos frutos corroídos pelo orgulho e pela falta de conhecimento cristão.

Agora estamos tratando da necessidade de uma mudança no homem que busca a Doutrina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:01 pm

Allan Kardec colocou em O Evangelho Segundo o Espiritismo que a caridade é o único caminho da salvação e quem tem caridade no coração não é vaidoso;
a vaidade é que leva o homem a mistificar, a tornar-se um falso profeta.

Ele se considera o dono da verdade, não só da verdade como da Doutrina, e faz do riacho de águas cristalinas um mar morto, infecto na profundidade e com a aparência de um mar tranquilo.

Mas a Doutrina é como o fluído vital:
ninguém o vê, mas dele precisa para viver.

A Doutrina é Jesus novamente nos recitando o Sermão da Montanha:
bem-aventurados os pobres de espírito, bem-aventurados os misericordiosos, bem-aventurados os mansos e pacíficos.

Enfim, se aqueles que se dizem espíritas são orgulhosos, ásperos, briguentos e faltam com a misericórdia para com seus irmãos, estão brincando com o Espírito Santo, e ai de quem o fizer.

Desejo a todos um bom aprendizado e que cada um leve para o plano físico a mensagem de que aos espíritas não é dado o direito de se distanciar da caridade, porque ela é que os torna mansos e pacíficos, misericordiosos e pobres de espírito, mas ricos de amor.

Só ela levanta do túmulo o orgulhoso e faz dele um novo homem.
Sem a Doutrina somos o vento que sopra, a chuva que cai, a terra que treme.

Com ela somos a árvore cuja raiz suporta a tempestade, a semente que germina, a terra renovada.

Deus nos proteja.

Lázaro José.

Fomos saindo devagar.
Segurei o braço de Arlene e ela endereçou um olhar de carinho, porque somos irmãos que precisam uns dos outros para o crescimento necessário.

Dali fui até minha casa, onde vovó muito preocupada se encontrava com a família física.
Cezinha e Júlio não andavam bem de saúde, assim como outras pessoas da família.

Disse a ela que o corpo físico é uma matéria sujeita ao desgaste e que juntos iríamos orar pela paz de todos.

— Luiz Sérgio, disse-me vovó, às vezes eu quero ir até a casa da Zilda, mas fico com medo de atrapalhar.
Quero saber se posso ir sempre vê-la.

— Vovó querida, poder a senhora pode, mas não é certo, deixe que os encarnados cuidem deles.
— Fico preocupada, você sabe, não é?
Tirei o dia para visitar amigos e parentes.

Vovô Artur trabalhava no receituário mediúnico no plano físico, vovô Jucundino esforçava-se por acompanhar os grupos de assistência social, vovó Josefa ainda se recuperava, mas procurava ajudar seus irmãos em sofrimento.

Outros ainda precisavam muito da caridade dos encarnados, todos nós devemos saber que sem ela não existe salvação;
que quando alimentamos um faminto é a nós que o estamos fazendo.

Ao nos preocuparmos com aqueles que tiritam de frio, é o nosso espírito que estamos agasalhando.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 3 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 26, 2011 10:01 pm

— Luiz Sérgio, chamou vovó, você está triste, o que está acontecendo?
— Nada, meu amor eterno, falei, levantando-a nos braços.

Ela, dando gostosa risada, dizia-me:
— Coloque-me no chão, assim eu fico tonta.
Com que carinho eu não só a desci como lhe beijei os cabelos!

Ali fiquei uns três dias, aproveitando para estudar mais um pouco.
Logo encontrava-me junto aos outros, que já me esperavam no jardim das hortênsias.
Olhando aquele campo florido, recordei de uma irmã que adora hortênsias.

— Este campo deveria chamar-se “Recanto da Caridade”, falei para Arlene.
— Porquê?

— Conheço uma irmã em Cristo que adora hortênsias e que fez da sua vida um hino de amor aos pobres.
Corta por ano uma média de onze mil casaquinhos, além de fraldas e cueiros, e ainda mais, leva avante um belo trabalho de bazar.
Pelas suas mãos passam mais de mil enxovais para os recém-nascidos.

— Luiz, que belo trabalho!
É tão bom saber que existem na Terra aqueles que lutam contra a miséria.

Porque as pessoas que possuem talento não se propõem a trabalhar para o próximo, fazendo enxovais, bordando, pintando?

E veja bem, desde a época de Kardec os Espíritos já chamam para o trabalho da caridade.

No capítulo 13º de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 4, encontramos:
(...) Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas.
Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti.

Neste mesmo capítulo, item 11, há um chamado para aqueles que estão se sentindo os mais infelizes da terra:
Que os meus amigos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes:
É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida.

Nisso, chegou Siron e falou:
— Gosto também do item 16 desse Capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
Os pobres são os seus filhos bem-amados;
trabalhar para eles é glorificá-lo.

Todos vós, que podeis produzir, dai;
dai o vosso génio, dai as vossas inspirações, dai o vosso coração, que Deus vos abençoará.

Poetas, literatos, que só pela gente mundana sois lidos!... satisfazei-lhes aos lazeres, mas consagrai o produto de algumas de vossas obras a socorro aos desgraçados.

Pintores, escultores, artistas de todos os géneros!... venha também a vossa inteligência em auxílio dos vossos irmãos;
não será por isso menor a vossa glória e alguns sofrimentos haverá de menos.

Todos vós podeis dar.
Qualquer que seja a classe a que pertençais, de alguma coisa dispondes que podeis dividir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 9:58 pm

— Sabe, Siron, muita gente nem lê O Evangelho Segundo o Espiritismo.
— Se lesse, seria menos avara, disse Luanda.

— Acho certos encarnados muito ingénuos, porque a cada dia as provas da imortalidade da alma se concretizam diante deles e mesmo assim fogem do único caminho da salvação.

Sempre estão dando uma desculpa, enquanto diante dos nossos olhos divisamos pessoas pobres, quase mendigas, doando o que podem e nem assim julgando que estão fazendo a caridade.

— Há alguns espíritas que são contra a caridade...
— Sim, mas eles são contra não só a caridade, como também a Codificação.
Não são os espíritos hoje conhecidos que dizem:
fora da caridade não há salvação.

Quem afirmou isso foi o Codificador do Espiritismo: Allan Kardec.
Alguém intitular-se espírita e atacar a caridade, perdoe-me, mas, ou é cego ou finge ser.

Nos livros doutrinários a caridade é o vento que levanta o véu da ignorância, quando, no capitulo 13º, diz Cáritas:
Chamo-me Caridade;
sigo o caminho principal que conduz a Deus.
Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.

— Luiz, disse Tomás, não foram os espíritas que instituíram a caridade nem as campanhas Auta de Souza, foi Deus, e Jesus exemplificou-a para todos nós.

Quando o Doutor da Lei perguntou a Jesus qual o maior mandamento, Ele respondeu:
amar a Deus e ao próximo.

Portanto, quem não deseja ajudar o próximo não pode amar a Deus.
Se desejarmos conhecer mais a caridade, vamos buscar o Antigo Testamento e nele constatar o chamado para a caridade, e até hoje tentamos dizer aos encarnados o valor do amor ao próximo.

Ao contar a parábola do samaritano, Jesus quis dizer aos sacerdotes e aos levitas que não ficassem apegados à letra, que saíssem em busca dos famintos e estropiados do caminho.

Bem, a conversa está boa, mas está na hora de descermos à terra.
Uma nova tarefa nos espera.

Devo ter feito uma cara de tal desapontamento que Tomás indagou:
— O que foi, Luiz?
— Pensei que fôssemos estudar...

— Ah! pensou?
Que bom que você gosta dos estudos!
— Adoro!
— Vamos estudar também, só que no livro da vida física.

Tomás fez uma prece e todos nós, contritos, o acompanhamos, buscando Deus:
“Senhor, Criador de todo o Universo, neste instante, quando uma nova tarefa foi-nos confiada, cerramos os olhos em busca do Teu poder e da Tua bondade.


Última edição por O_Canto_da_Ave em Sáb Ago 27, 2011 9:59 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 9:58 pm

Conhecemos as nossas limitações, mas também sabemos que sempre estás onde o amor impera.
Portanto, Senhor, contamos com a Tua ajuda para nos sentirmos fortalecidos junto àqueles que tanto precisam.

Se for a Tua vontade, faz de cada um de nós um instrumento de paz, de amor, de esclarecimento e de consolo.

Não deitaremos em prados verdejantes nem entraremos no vale da “morte”, mas estamos dispostos a entregar os nossos Espíritos para que eles busquem o trabalho junto a todos os que precisam.

Ajuda-nos, Senhor, hoje e sempre.
Assim seja.”


E, assim, fomos buscando a crosta da Terra.
A medida que se aproximava o plano físico, sentíamos quão grande é o poder de Deus, que não mata Seus filhos, transporta-os para uma nova vida de aprendizado.

Uma lágrima caiu dos meus olhos, não a lágrima da dor nem a da saudade, como diz irmão Jacó, mas uma lágrima que logo se transforma em pérola e junto a outras lágrimas vão formando um colar de amor ao próximo.

Olhei os dois planos e amei o nosso planeta Terra, envolto por uma camada de fluídos azuis que faz com que o homem, que tem o privilégio de o contemplar, sinta quão imenso é o poder de Deus.

Ele tem a força de amar tão grande que conquistou o direito de criar, e ao criar o Universo não esqueceu do infinitamente pequeno até o infinitamente grande, e graças à Sua bondade há vida perfeita em tudo e ninguém tem o Seu poder, porque Ele é uno, é nosso Pai todo poderoso, Criador do Céu e da Terra.

Eu Te amo, Senhor! gritei bem alto.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:00 pm

11 - EM BUSCA DO APRENDIZADO

Após realizarmos algumas tarefas na Crosta, voltamos ao Educandário, onde continuaríamos nosso aprendizado.

Sentei na minha cadeira, enquanto esperava o início das aulas.

Fiquei pensando nas minhas primeiras mensagens através das mãos abençoadas e amigas de Alayde, a emoção da Zildinha, a mexida na cabeça do meu pai, o chamamento de Deus, o Cezinha curioso e feliz porque o irmão estava de volta, os primeiros degraus na escala da evolução.

Quantas mãos seguraram as minhas!...
Às vezes escuto pessoas dizendo que não gostam dos meus livros.

Não me importo, um dia nos encontraremos e com prazer lhes mostrarei os cenários de tudo o que vivi e vivo até hoje.

Até lá, vocês vão-me aguentando;
não foi sem razão que os meus amigos me apelidaram de metralha:
é porque eu “detesto” falar...

Iniciou-se a aula:
Do livro O que é o Espiritismo, Capítulo 1º, Médiuns e Feiticeiros:

Longe de fazer reviver a feitiçaria, o Espiritismo a aniquila, despojando-a do seu pretenso poder sobrenatural, de suas fórmulas, engrimanços, amuletos e talismãs, e reduzindo a seu justo valor os fenómenos possíveis, sem sair das leis naturais.

Se prestarmos atenção nesses ensinamentos, poderemos bem orientar aqueles que temem o contacto com os espíritos.

Continuou o estudo do livro O que é o Espiritismo:
“A semelhança que certas pessoas pretendem estabelecer provém do erro em que estão, julgando que os Espíritos estão às ordens dos médiuns;

repugna à sua razão crer que um indivíduo qualquer possa, à vontade, fazer comparecer o Espírito de tal ou tal personagem, mais ou menos ilustre;

nisto eles estão perfeitamente com a verdade, e, se antes de apedrejarem o Espiritismo, se tivessem dado ao trabalho de estudá-lo, veriam que ele diz positivamente que os Espíritos não estão sujeitos aos caprichos de ninguém, que ninguém pode, à vontade, constrangê-los a responder ao seu chamado;

do que se conclui que os médiuns não são feiticeiros.”

— Para um melhor estudo devemos buscar em O Livro dos Espíritos, Parte Segunda, Capítulo 9º, Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal.

O espírita que não buscar nas obras básicas o seu aprendizado poderá cometer sérios riscos; um deles: o do ridículo.

Não é raro vermos médiuns apossando-se de nomes respeitados na Doutrina para tornarem-se conhecidos.
Se observarmos as obras básicas, veremos que nelas não estão contidos os nomes dos médiuns que as receberam.

Este Capítulo 9º de O Livro dos Espíritos é muito rico em aprendizado.
Quem desejar adquirir conhecimento não pode deixar de lê-lo, assim como o livro O que é o Espiritismo, na parte Médiuns interesseiros.

Pousemos os nossos olhos também no Antigo Testamento, Deuteronómio, Capítulo 18º, versículos 20 a 22.
A Doutrina ensina o homem a conviver com os espíritos, e não a ser prisioneiro deles.

Com o estudo aprendemos a discernir a respeito de tudo o que recebemos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:00 pm

Contudo, chegar a uma Casa Espírita e nada acrescentar ao seu conhecimento torna-se uma prática perigosa, porque os talismãs existem, os feiticeiros também e os espíritos mentirosos são inúmeros, O que precisamos fazer para levar nossa fé mais além?
Somente “amar-nos e instruir-nos”.

O instrutor prosseguiu na explanação:
— Muitos de vocês poderão estar perguntando por que razão estamos estudando algo destinado aos encarnados.

Simplesmente, porque vocês têm a incumbência de levar até eles o convite ao estudo.

Muitos espíritas estão em busca de revelações novas, esquecendo que os três chamados já foram feitos, O que hoje é levado ao plano físico é apenas complemento, mas a base firme, o alicerce da Doutrina, está nas obras básicas da Codificação.

A Casa Espírita que não estuda com afinco essas obras terá nas suas dependências uma salada indigesta de crenças e os seus médiuns também não terão o equilíbrio que só a Doutrina proporciona.

Muitos iniciantes comumente têm dificuldade em assimilar os ensinamentos de O Livro dos Espíritos.

O que se faz preciso é que a Casa escolha alguém com real capacidade para dissecar item por item essa jóia de incalculável valor que é o conhecimento nele contido.

Não importa se vamos levar dez anos estudando sua Introdução.

Irão perguntar: mas não vai-se tornar enfadonho o estudo?
Não, se o orientador usar não só os livros básicos, como todos os dos grandes filósofos.

Porém o estudo tem de se tornar interessante;
não só o orientador deve evitar opinião própria, como tem de pedir ajuda nas participações do seu grupo.

Apertei o botão da minha cadeira.

Apareceu no painel:
Poderia, mais uma vez, nos ensinar o manuseio de O Livro dos Espíritos para um grupo iniciante?

— Já falamos sobre o assunto, mas voltaremos à orientação.
Divide-se o livro em sete partes e orienta-se o aprendiz a fazer sete marcadores de livros, com os títulos:
Introdução, Prolegómenos, Parte Primeira, Parte Segunda, Parte Terceira, Parte Quarta, Conclusão.

Quando o orientador citar:
“vamos para a Introdução, item 8, o estudante abre o livro no marcador correspondente.

O orientador jamais poderá dizer que a Introdução está na página tal, porque cada livro tem paginação diferente, conforme a edição.

Localizado o item 8 da Introdução, vamos ler:
Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado.

Este trecho da Introdução é muito rico e cada dirigente deve lê-lo várias vezes, só assim irá compreender o porquê de ter sido designado para estudar O Livro dos Espíritos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:00 pm

Aqui o dirigente deve falar sobre perseverança, continuidade, assiduidade e pontualidade no estudo.

Depois ele e o grupo encontrarão a Parte Segunda, com facilidade, porque lá estará o seu respectivo marcador, só sendo necessário procurar as perguntas.

Vamos agora buscar na Parte Segunda, Capítulo 1º — Origem e natureza dos Espíritos.

Leiamos todo o capítulo.
Quando atingirmos o item referente ao perispírito, retiraremos complementos deste estudo nos livros de Léon Denis e também em O Livro dos Médiuns, Primeira Parte, Capitulo 4º, in fine.

Outra cadeira acendeu:
Como podemos ensinar um grupo iniciante a estudar O Livro dos Espíritos de uma maneira mais fácil, com explicações menos elaboradas?

— No Capítulo 2º, Parte Primeira, de O Livro dos Espíritos — Dos elementos gerais do Universo — Conhecimento do princípio das coisas, questão 17:
É dado ao homem conhecer o princípio das coisas?
“Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.”

Parece-me, dirão, que a resposta está incompleta, mas, se continuarmos 61 a leitura, vamos encontrar na pergunta 18:
Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?
“O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.”

O bom orientador irá dizer que Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo porque, não estando ele ainda depurado, não terá capacidade de compreender a grandeza da vida, e o que o homem ainda considera misterioso ser-lhe-á revelado à medida que se for depurando e sua sensibilidade abrindo-se à condição de descobrir as coisas divinas.

O homem que se eleva até Deus é o homem que procura buscar a verdade.

No dia em que ele tornar-se puro nada lhe será oculto, já terá compreendido todos os mistérios, antes ocultos pela sua imperfeição, e não porque Deus não lhe quis revelá-los.

Neste ponto encerrou-se a aula.

A cada dia sinto Deus mais vivo dentro de mim e graças a Ele posso dizer a você, leitor amigo, que ler é bom, mas o que mais precisamos é buscar o aprendizado, só ele, junto à transformação do nosso espírito, fará com que alcancemos o Pai.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:01 pm

12 - ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA

— Luiz, vejo-o pensativo, observou Tomás.
— Irmão, durante esse tempo que venho estudando no Educandário de Luz muito tenho aprendido, o que aumenta a minha responsabilidade para com o livro espírita.

Sei, também, que muitos não-espíritas procuram os meus livros por considerá-los de fácil compreensão.
Não desejo de maneira alguma trair a confiança daqueles que acreditam em mim.

— Tem razão, Luiz, isto porque seus livros tratam de vários assuntos.
Eles chegam às mãos de muitas pessoas que não são espíritas, mas que gostam de você.

— Fico preocupado, Tomás:
será que sou digno de tanto carinho e respeito?
— Consulte sua consciência, é ela quem vai responder-lhe — acrescentou Luanda, que nos ouvia.

— É mesmo, querida, a consciência é o nosso maior juiz — anuí, carinhosamente.

Estávamos todos juntos quando fomos informados de que teríamos de descer ao plano físico para uma aula prática.

Preparamo-nos e sem demora estávamos numa Casa Espírita onde se realizavam muitos trabalhos de desobsessão.

Presenciamos o vaivém das pessoas e percebemos que ainda existem muitas delas que buscam o Centro como se este fosse um simples templo.

Enfeitam-se tanto que mais parecem ir a uma festa.

Interessado naquela movimentação, pensei:
“que bom será quando todos vestirem a túnica da humildade, só assim todas as Casas Espíritas serão transformadas em hospitais de Deus”.

Aproximei-me de um grupo que só comentava sobre os trevosos:
os filhos de alguns daqueles senhores estavam dando trabalho, e os espíritos — diziam — eram os culpados;
outro era o marido que estava aprontando: os culpados, os espíritos.

Fui ouvindo tanto absurdo que nem acreditava.

Como se pode compreender que alguém frequente uma Casa alicerçada no Evangelho do Senhor Jesus, tenha por pilar a Doutrina Espírita e ainda se encontre muito distante dos estudos?

Tudo o apavora, porque o medo é uma doença terrível que aniquila o bom senso do homem, principalmente se está brincando com algo tão sério: os espíritos.

Não pensem os encarnados que os desencarnados não sentem o desrespeito para com eles. Quem se diz espírita tem por obrigação estudar, e não foi escrito ainda nenhum livro mais completo sobre a Doutrina do que O Livro dos Espíritos, enfim, toda a Codificação.

Mas queremos frequentar a Casa Espírita e nada fazer:
nem trabalhar ou fazer caridade, tampouco estudar.

Sem conhecer a parte científica, a filosófica e a religiosa, vamos cada vez mais ficando prisioneiros do fanatismo.

Pensamos que cremos, mas no fundo estamos em um poço profundo e não fazemos força para sair dele.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:01 pm

Como pode alguém chegar à Doutrina Espírita e não buscar os livros doutrinários?
Eles são lindos.

— Luiz, chamou-me Siron, sonhando acordado?
— Não, amigo, estou acordado sonhando.

Todos riram, e assim buscamos a sala de estudos daquela Casa.
O orientador encarnado ministrava sua aula, mas a frequência era mínima, se contássemos umas cinco pessoas seria muito.
Falava sobre obsessão.

— Como podemos perceber quando alguém está obsidiado? inquiriram.
— Quem está sofrendo obsessão tem uma alteração no comportamento físico, mental e emocional.
Mas, para um melhor estudo, devemos consultar O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Capítulo 23º, itens 242 até 244.

Atentamente, ficamos ouvindo o irmão espiritual orientar sobre obsessão e falar sobre o perigo do médium obsidiado.
Notando a pouca frequência, indaguei ao orientador quantas pessoas faziam parte daquele grupo.

— Vinte, respondeu.
— Mas por que só compareceram cinco?
— Irmão Luiz Sérgio, é muito difícil o médium sem humildade receber orientação doutrinária.

Geralmente, quem chega a uma Casa Espírita está vivendo algum drama e julgando que a causa é o não exercício da mediunidade.

Encaminhado para uma sala de estudo, vai escutando o que não deseja.
É quase corriqueiro o médium iniciante desejar uma mediunidade que lhe permita um contacto imediato com os espíritos.

Estudando a Doutrina, vai assimilando os princípios doutrinários e, pouco a pouco, compreendendo que a mediunidade não é tudo, ela é apenas o meio que os espíritos encontram para se comunicar;
mas eles se acercam de médiuns simples, humildes e verdadeiros.

Não adianta nos julgarmos os melhores, quando conhecemos a precariedade da nossa mediunidade.

O médium que vive em busca de aplausos e que deseja ser louvado pelos companheiros não gosta de estudo, foge dos livros doutrinários;
é luz demais para seus olhos vendados pela vaidade.

— São válidos os cursos nas Casas Espíritas?
— Luiz, a Casa deve criar departamentos doutrinários, sem eles o Centro ruirá e não terá continuadores, pois os seus frequentadores serão sempre “turistas”.

Torna-se necessário o estudo da Doutrina.
Mas para que esse estudo seja bem orientado, não devemos sair à procura de livros novos, devemos buscar na primeira revelação, o Antigo Testamento;

na segunda, o Novo Testamento;
nas obras básicas e nas dos filósofos, a terceira revelação.

Nessa trilogia, encontraremos o esclarecimento, o equilíbrio, a base para uma mediunidade com Jesus.
Ao criar cursos de mediunidade sem base doutrinária estaremos plantando a semente sem adubo.

Actualmente, deparamos com irmãos completamente desequilibrados, dizendo-se possuidores de vários tipos de mediunidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:01 pm

Quando isso acontece, sabemos que é uma pedra de tropeço, não só no caminho do médium, mas ainda mais no bom-nome da Doutrina Espírita.

Está-se tornando comum a comunicação psicofónica dos recém-desencarnados;
mal o espírito acaba de deixar o corpo físico, já está dando mensagens à família desesperada.

Esses médiuns não têm a mínima compaixão com o próximo;
muitas dessas mensagens, ao invés de consolar, desesperam ainda mais aqueles que ficaram.

Muitas vezes esses médiuns doentes entregam mensagens ou as enviam até mesmo pelo correio para pessoas que professam outras crenças e que têm verdadeiro pavor do Espiritismo e estas cartas, contendo inverdades, são o fermento que os não simpatizantes da Doutrina encontram para atacar a Doutrina dos Espíritos.

Os espíritos estão preocupados com o rumo do barco da Doutrina, por desejarem que as águas de Jesus o levem para a terra firme do bom senso.

Só conteremos os impostores, os falsos profetas, fazendo da Casa que frequentamos um farol de luz divina;
só ela tem o poder de espantar as trevas do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da maledicência e do ódio.

Se cada Centro Espírita tornar-se uma Casa de Deus, com Jesus como Mestre e Kardec como orientador, dificilmente verá desaparecer os seus ideais.

Brigas, ataques de uma Casa para com outra, somente aumentarão os falsos profetas, pois os vaidosos, pseudo-sábios, adoram polémicas.

É mais fácil criar um caso do que estender as mãos em direcção aos que sofrem.

Infelizmente, ainda existem muitas Casas, ditas Espíritas, onde o misticismo, os rituais, o medo dos irmãos menos esclarecidos, o pavor da feitiçaria ainda são assuntos comuns. Por quê? irão perguntar.

Pela falta de estudo;
o homem cultiva a superstição quando o seu espírito está fraco de fé e de conhecimento.

Temos medo do desconhecido e o mundo dos espíritos deixa de ser um mundo apavorante à medida que o descobrimos.

Vamos achando tão natural o intercâmbio, que não complicamos absolutamente nada.

A falta de conhecimento é que leva um espírito ao desconforto do medo, coisas que só pratica quem não tem conhecimento doutrinário, tornando-se presas fáceis de superstições.

— Ao chegar a uma Casa Espírita temos de ser médiuns actuantes? perguntou Siron.
— Sim. Devemos buscar trabalho na Casa Espírita.

Como necessitam de obreiros!
Todavia, não é obrigatório tornar-se médium de psicografia, psicofonia, vidência, enfim, ser porta-voz dos espíritos.

Ninguém tem o direito de forçar uma mediunidade nem está apto a tocar nas rodas energéticas, tentando coagir alguém a “receber” espíritos.

As mediunidades são naturais, o homem não possui poder para desenvolver em outro homem a sensibilidade espiritual.

O que podem fazer os dirigentes de grupos?
Conscientizar o médium a ir pouco a pouco educando sua mediunidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:01 pm

Aconselhar alguém que chega sofrendo, que as suas dores vão desaparecer desde que “desenvolva” sua mediunidade, estamos indo contra a lei de Deus, pois Ele não obriga o homem a nada.

Como é que o homem, repleto de erros, deseja forçar alguém a se tornar espírita ou a receber espíritos?
A Doutrina é sublime e não precisa de fanáticos;
o homem passa, como já passaram tantos, mas ela continuará intocável, porque é dos espíritos.

— Mas, irmão, falou Luanda, muitas vezes o médium está sendo presa de espíritos obsessores e julgamos necessário um tratamento na Casa Espírita. Como fazer?

— Muito justo que levemos alguém obsidiado ao tratamento;
agora, dizer que ele é um excelente médium, sendo esta a causa da sua doença, é errado.

Muitas vezes a obsessão é decorrente de faltas pretéritas ou actuais, e em uma casa mental limpa não actuam espíritos trevosos.

O doente primeiro terá de tratar-se e o melhor remédio são as obras básicas.

Seguramente elas agirão como homeopatia que devagar irá limpando a casa mental para que ele venha, com o tempo, a se tornar útil aos espíritos esclarecidos.

Nunca se pode colocar um doente em uma mesa mediúnica, pois não terá condição de trabalho.
Primeiro ele terá de curar-se, para depois curar os outros.

— O orientador de uma Casa Espírita tem de estudar muito, não? perguntou Tomás.
— Um médico só se torna um bom profissional se procura actualizar os seus estudos, fazendo cursos e estudando bastante.

Um orientador sem conhecimento vai é atrapalhar aqueles que buscam a Doutrina, porque, torno a dizer, a Doutrina é simples, como tudo o que vem de Deus, no entanto, ela tem como sustentáculo a ciência, a filosofia e a parte religiosa;
se não consultarmos os livros orientadores, não teremos capacidade de explicar a beleza da vida.

Quem busca a Casa Espírita tem de descobrir a Doutrina, conhecê-la, porque se apenas apresentarmos o homem, ou seja, os médiuns da Casa, o iniciante já vai começar errado, transformar-se-á em um dependente, e nada fará sem consultá-los. Errado.

Os livros estão aí, belos, radiantes, esclarecedores, é só buscá-los e obterão respostas precisas.
Os médiuns de uma Casa Espírita são trabalhadores como outros quaisquer, só que porta-vozes dos espíritos;
mas não vamos fazer deles super-heróis, para não ficarmos presos à idolatria, que a Doutrina reprova.

Portanto, sejamos bons espíritas, estudiosos e preocupados em não nos tornarmos falsos profetas;
vamos estudar, analisar e procurar viver os ensinamentos doutrinários e veremos a mudança que ocorrerá em nós.

— Amigo, o dirigente de uma Casa Espírita tem de acompanhar o crescimento dela, não é mesmo? quis saber Luanda.
— Sem dúvida.

O dirigente de uma Casa Espírita não pode “aposentar-se”, ele tem de estar atento a tudo o que acontece em suas dependências, inclusive nas salas mediúnicas.

Deve acompanhar o estudo de cada grupo, analisando os livros estudados, porque não se pode admitir que uma Casa se diga espírita mas adopte livros contrários à Doutrina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 27, 2011 10:02 pm

— Existem muitos espíritas que não gostam deste ou daquele livro, como encararmos isso?
— Muito fácil, Luiz Sérgio.
As Casas devem adoptar em todos os seus grupos as obras básicas, elas são completas, assim como as dos filósofos do Espiritismo.

— Então os outros livros não devem ser estudados? perguntou Tomás.
— Não em um grupo de estudo para iniciantes, porque o espírita tem de aprender primeiro a manusear as obras básicas;
depois que tiver capacidade de discernir, aí, sim, deve buscar outras leituras.

Vemos vários iniciantes lendo de tudo, e não tendo capacidade de assimilar nada do que estudam.

— Irmão, não estamos sendo muito radicais adoptando somente as obras básicas? indagou Arlene.
— Não, não estamos. Essa orientação é para o iniciante, porque se este buscar todos os livros espíritas que estão em circulação, logo não saberá qual direcção tomar.

Temos de tudo, por isso a Casa Espírita deve levar o neófito ao estudo sistematizado da Doutrina.

Ultimamente vimos constatando que muitas Casas Espíritas estão divulgando a mediunidade psicopictográfica e médiuns sem conhecimento doutrinário assinam os seus quadros com nomes de grandes mestres da Pintura.

Entretanto, quando analisados por um conhecedor de arte, fica constatado que não pertencem aos espíritos cujos nomes se encontram nas telas.

Se a Casa tem por base os livros da Codificação, dificilmente o médium irá cometer tal disparate, porque já aprendeu em O Livro dos Médiuns e está na Segunda Parte, Capítulo 16º, item 190 — Médiuns pintores ou desenhistas.

É bom que frisemos o que diz O Livro dos Médiuns:
Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos.

Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.

Vejam bem como as obras básicas não envelhecem:
hoje nada mais desalentador do que depararmos com a pintura mediúnica medíocre.
Muitas vezes até a grafia do nome do pintor está errada, como o de Picasso e outros mais.

Ainda continua:
Os Espíritos levianos se comprazem em imitar.

Agora, se o médium desenhista estuda e possui algum conhecimento de arte, foge desses embusteiros e a Casa séria não permite que estas ditas obras sejam levadas a público, obras estas que levam a Doutrina ao descrédito, graças a médiuns orgulhosos e sem conhecimento doutrinário.

Como vêem, não somos radicais, procuramos levar a Doutrina às Casas bem orientadas, onde o médium é um operário como outro qualquer, necessitando de orientação doutrinária.

— Nesta Casa há um grupo de pintura mediúnica? perguntou Luanda.
— Sim. Mas nenhum médium assina os quadros;
não é o nome que valoriza a pintura, mas os traços harmoniosos.

— O irmão é o mentor desta Casa Espírita? indaguei.
— Mentor, não, apenas um amigo espiritual.
— Nosso abraço.
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CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado - Página 3 Empty Re: CASCATA DE LUZ - Luiz Sérgio / Irene Pacheco Machado

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:33 pm

Aproximei-me e ele me apertou em seus braços.
— Obrigado, que Deus o abençoe.
Tomás também o cumprimentou.

Ainda olhei o coitado do dirigente encarnado do grupo de estudo:
falava, falava e os médiuns nem prestavam atenção, mas ele cumpria com o seu dever de orientador da Doutrina.

Dali saindo, fomos até o grupo de desobsessão, onde o médium passista faz a sua parte, em uma mediunidade simples e humilde, sem alarde, mas ajudando o próximo.

Antes do trabalho, assistimos a uma aula sobre a obsessão.

O mentor espiritual tratou de elucidar, através do dirigente, a conduta de um médium que trabalha na desobsessão e percebemos que naquela Casa Espírita eles estavam preocupados com os médiuns e os dirigentes.

Falou também sobre os médiuns subjugados.
Ninguém pode imaginar como existe médium que se sente compelido a escrever sempre, em qualquer lugar ou momento.

Por isso, qualquer um que sentir as primeiras manifestações mediúnicas deve buscar um Centro respeitado, para educar a mediunidade e não ficar em casa dizendo:
“recebi fulano ou sicrano”, sem achar que é necessário ir ao Centro.

Isso porque sabe que terá de começar a estudar, para uma melhor compreensão do fenómeno que está ocorrendo com ele.

Um médium consciente da sua tarefa não se importa de deixar para o momento certo o início de suas manifestações espíritas.

Ele deve tomar ciência de que para se tornar um bom médium terá de estar em paz com sua consciência e ela sempre nos aponta como agir acertadamente.

Todos os médiuns têm de buscar uma Casa Espírita bem orientada para não se tornarem vítimas de espíritos enganadores.

Ficamos assistindo à orientação do dirigente daquele grupo de desobsessão para com seus médiuns e o público, depois fomos conversar com o mentor espiritual daquela turma.

Relatou-nos que o caso mais sério que estavam tratando era de um senhor muito rico e feliz no casamento que, de um momento para outro, estava sofrendo com as atitudes da esposa.

Mãe de dois filhos adolescentes, a mulher, Lianne, tornara-se indiferente, deixando de ser esposa amável e mãe extremosa.

Ele não compreendia o porquê de tanta indiferença.
Começou a chegar cedo à casa e jamais encontrava a mulher, que sempre estava fora.

Inquirida sobre o assunto, ela se revoltou e falou que logo deixaria o lar.
Desesperado, ele contratou um detective, que descobriu que ela estava frequentando uma igreja.

Laerte, o marido, ficou feliz.
Ainda bem que sua mulher estava buscando a fé.

Mas o caso foi ficando cada vez mais sério:
ele notou que ela estava gastando além do normal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:33 pm

Novamente pediu-lhe explicação e ela o esbofeteou;
também descontrolado, ele a agrediu.

Os filhos, desesperados, não sabiam a quem defender.
Alguém falou para Laerte sobre a Doutrina e ele ali estava buscando-a.

Mas queria porque queria milagre, que de um momento para outro a mulher voltasse a ser a esposa amiga e companheira.

Por mais que os orientadores daquela casa conversassem com ele, não aceitava a demora do tratamento.
Por isso o mentor pedia para o nosso grupo que, se pudéssemos ajudá-los, seria extremamente proveitosa a nossa cooperação.

Aprenderíamos um pouco sobre obsessão e ajudaríamos aquela família.

Pensei:
“estava muito bom para ser verdade”.
Tomás prontificou-se a ajudar.

Esperamos Laerte tomar o passe e à sua saída, o acompanhamos.
Verificamos que sua casa era um palacete luxuosíssimo, composto de várias obras de arte.
No jardim, a senhora conversava sozinha, citando passagens evangélicas.

— Ela não está tão ruim, não é mesmo, Tomás? comentei.
— Olhe melhor e veja os seus acompanhantes.

Reparamos o corpo espiritual da irmã.
Era uma colmeia repleta de espíritos sugando-a sem piedade.

— Meu Deus! exclamei.
Onde foi que ela achou tanto obsessor!
— São companheiros de longa data, que agora a encontraram.

— E a igreja que ela frequenta, os cultos, cânticos?
Isso não a ajuda?

— Luiz Sérgio, Cristo é o Sábio dos sábios.
Quando Ele nos alertou para que nos acautelássemos porque teríamos vários falsos profetas, com que sapiência isso falou!

Hoje temos várias seitas ceifando sonhos e vidas, tudo para aumentar suas contas bancárias.
Alguns templos estão precisando que Jesus os reformule, porque estão profanando as palavras do Senhor.

Usam o Evangelho para praticar actos indignos.

— Mas se ela lê tanto a Bíblia, porque não é ajudada?
— Lê, mas não vive os seus ensinamentos, porque os seus companheiros não deixam.
Veja bem, eles são donos da casa mental da irmã.

— O que vamos fazer? indagou Luanda.
Tomás olhou para Siron.
Este sacudiu a cabeça e logo se aproximou da irmã.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:33 pm

Pouco a pouco foi-lhe emitindo vibrações de amor, chamando-a à responsabilidade.
Naquele momento lembrou-se do marido.
Há quanto tempo ele nem mais a tocava!

“Era pecado”, assim pensava.
Sorriu e tentou levantar-se.

Os trevosos perceberam que algo estava acontecendo, cercaram-na e Siron teve de voltar para junto de nós.

Tomás fixou o olhar na jovem senhora e ela começou a chorar.
Chegando o marido àquele local, ela correu para seus braços, dizendo:
— Leve-me a um médico, estou tão doente! — e desmaiou.

Tomás.
— Irmão, e agora, aonde irão levá-la?
Ao Centro? perguntei a Tomás.
— Não, a uma clínica, onde receberá tratamento psiquiátrico.

— Psiquiátrico?
— Sim. E nós vamos ajudá-la.
Assim falando, Tomás saiu na nossa frente.

O marido chamou os empregados e os filhos, colocou a mulher no carro e ela foi internada em uma óptima clínica de tratamento.

Chegamos junto com eles e Tomás já conversava com o doutor Maximiliano;
este, com sua equipa espiritual, ali prestava assistência.
Lianne, quase desacordada, foi prontamente socorrida.

Seus subjugadores estavam desesperados, tudo fazendo para dominar de novo a mente da sua vítima, mas o doutor Maximiliano e sua equipe tinham tanto conhecimento do caso que envolveram de imediato a mente de Lianne e ela, como se anestesiada, não recebia a orientação do chefe dos obsessores.

Olhei a cara deles e não pude conter o riso.

Arlene me alertou:
— Sérgio, cuidado, eles são terríveis, você pode ser a nova vítima.
— Cruz, credo, esconjuro três vezes! falei, batendo na mesa.

Tomás sacudiu a cabeça e fazia força para não sorrir.

Lianne tinha a fisionomia ainda em desequilíbrio, mas logo que os encarregados daquele trabalho foram-se aproximando dos obsessores, um deles, de nome Rómulo, ainda quis argumentar:
— Quero saber onde está o livre-arbítrio da irmã, ela é uma das nossas cooperadoras, é uma irmã caridosa, ajuda a nossa igreja, é tão dedicada!

O chefe dos Lanceiros ali presentes retrucou:
— Qualquer religião ou instituição que aprisiona não é de Deus.

— Mas ela não é nossa prisioneira, e sim, dos ensinamentos do Cristo.
— O Cristo de Deus ensina ao homem o amor.
A mulher ou o homem que deixa os seus na orfandade não está com Cristo, está longe dEle.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 28, 2011 10:33 pm

— O marido e os filhos só desprezavam a irmã.
Na nossa igreja ela encontrou o amor verdadeiro.
— Não, ela não encontrou o amor, porque não existe amor onde a verdade está longe.
E a seita de vocês faz vítimas e não planta a paz no coração dos homens.

— Como podemos manter nossa igreja sem dinheiro?
— A moeda da caridade não derruba lares nem destrói a família.
A moeda da caridade transforma os lares em jardins floridos de alegria e paz.

— Palavras, palavras...
E depois, a irmã gosta da nossa casa.
— Está bem, vamo-nos comprometer um com o outro:
se a irmã, depois de tratada, escolher a igreja de vocês, nós jamais nos intrometeremos;
agora, se depois de tratada, não desejar segui-los, vocês a deixarão em paz.

Combinado?

O chefe olhou contente para o outro e falou:
— Está bem, mas vocês não terão êxito, porque a nossa organização é perfeita, temos no mundo inteiro igrejas dominando o homem, fazendo dele um operário de Osíris.

— Osíris? perguntei a Siron.
— Sim. Deve ser o chefão dessas seitas loucas que estão dominando o mundo.

— É a aproximação da besta do Apocalipse, não é mesmo?
— Siron tem razão, falou Tomás, hoje nós estamos aqui, mas quantas vítimas existem neste mundo afora.
Esposas deixam os lares, filhos abandonam estudo, tudo, enfim, até o próprio corpo.

— Tomás, na Universidade Maria de Nazaré há três alas de orientadores.
A Espiritualidade Maior não está alheia a esses falsos profetas, falou Arlene.
— Eu sabia... comentei.

— O nosso trabalho de hoje foi porque os dois têm uma tarefa bonita na Doutrina Espírita, eles terão de construir um lar de crianças.
— Ela ficará boa?
— Já está muito bem, disse Luanda.
Este hospital espírita tem psicólogos aptos a orientar aqueles que o procuram.

Nisso, Maximiliano veio até nós novamente, dirigindo-se a Tomás:
— Logo a irmã estará melhor.
Posteriormente, terá de submeter-se a um tratamento de passes reequilibrantes.

Pensei: “passes reequilibrantes?
Quantos instrutores sem piedade falam para uma pessoa doente fisicamente:
“você precisa tomar passe, pois está obsidiado”.

E a pessoa, em vez de melhorar, piora.”
Fitei o médico e o envolvi em um sorriso de carinho e gratidão.

Assim fui saindo devagar, deixando os outros para trás.
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