LUZ ESPÍRITA
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SEMEANDO E COLHENDO - Atanagildo/HERCÍLIO MAES

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:51 pm

— Em certo ensejo de visita à Crosta, assisti trabalhos mediúnicos cujos videntes anunciavam quando o espírito "ganhava luz", de acordo com a maior ou menor aquiescência aos argumentos dos doutrinadores! — interrompeu belíssima jovem, cujo traje lembrava a tradicional samaritana bíblica.
Apolónio sorriu, dizendo, explicativo:
— Espírito atrasado é apenas a entidade de perispírito muito denso, devido a crosta de resíduos impuros ali aderidos ou petrificados sob o descontrole das paixões ou dos vícios deploráveis e da ignorância intelectual.
O invólucro muito denso não deixa filtrar para o exterior a chama de luz que palpita no âmago do próprio ser!
Depois de uma pausa significativa, e talvez analisando o efeito de suas próprias palavras, Apolónio concluiu:
— O espírito não "ganha luz" em determinada época de sua vida, porque já é entidade modelada na luz do próprio Deus!
Quando o homem se animaliza, ele peca e adensa a sua vestimenta perispiritual reduzindo a irradiação de luz; mas na prática das virtudes e na aquisição de sabedoria, então clareia o seu envoltório expandindo maior luminosidade.
Mudando o tom de voz, logo acrescentou.
— Bem, vamos tratar do assunto principal de nossa reunião aqui no "Anfiteatro das Papoulas".
E concernente ao futuro de alguns espíritos de-nossa milenária 'afeição.
Subiu ao estrado e sentou-se na cómoda poltrona de matiz estranho luminoso, enquanto os outros espíritos acomodavam-se nos bancos recortados na luxuriante vegetação e próximos ao formoso lago enfeitado de papoulas.
— A convocação de hoje é de avultado interesse para a metrópole sideral "Estrela Branca", centro director da colónia espiritual "Bem-aventurança", em que estagiamos.
Trata-se de um carma colectivo muito severo engendrado pelos "Senhores do Carma",
Terra, para o próximo século XX e com a finalidade de reajustar perante a Lei Espiritual milhões de espíritos endividados desde os templos bíblicos.(4)
São liquidações de tropelias,. morticínios e massacres cometidos por milhões de seres desdê-a época de David, o filho de Salomão, o qual também renascerá na Crosta tornando-se o "detonador psíquico" das provas aflitivas dos próprios comparsas do passado, os quais, em sua maioria, envergarão o traje carnal da raça judaica.
— Evidentemente, o general que engendra a destruição é. o principal responsável por morticínios, atrocidades e injustiças dos seus soldados, não é assim? — indagou um espírito de vasta cabeleira grisalha, cuja vestimenta branca e de talhe nazareno era recoberta por um belo manto azul marinho.
— Sem dúvida, o general é o responsável pela "permissão"' concedida aos seus comandados para praticarem vinganças e crueldade sobre os vencidos.
Mas é evidente que os soldados também gozam do "livre arbítrio" para cumprir ou rejeitar a ordem cruel e destruidora do comandante, pois isso é problema de responsabilidade de cada combatente.
Há guerreiros inspirados por bons sentimentos que poupam os vencidos, enquanto outros vazam o ódio e as frustrações deles na sanha destruidora de massacrar velhos, crianças e mulheres indefesas.
Porém, nenhum soldado é obrigado a incendiar ou tripudiar sobre os lares dos vencidos, massacrar os habitantes pacíficos, como ainda acontece nas guerras terrenas, porquanto isso é decisão íntima e pessoal do combatente, em vez de atribuí-la à responsabilidade exclusiva do general-comandante.
— Porventura, o soldado não é obrigado a cumprir as ordens do comandante?
O pelotão de fuzilamento encarregado de executar criminosos sentenciados pelo poder civil ou inimigos punidos pelo poder militar de segurança pública, deve recusar-se a cumprir os ditames da Lei? — objectou um espírito majestoso, com os trajes característicos de um árabe.
Apolónio sorriu, e fazendo um gesto compreensivo com a cabeça, respondeu:
— Meus irmãos: mata quem quer!
Alguém poderia obrigar Jesus, Buda, Francisco de Assis ou Ghandi a matar, mesmo oficialmente?
Acaso eles seriam capazes de trucidar crianças, mulheres ou velhos indefesos, só porque estão autorizados pelo comando superior?
Quem poderia conceber o amorável Jesus na mira de um fuzil, tentando acertar no coração de um sentenciado?
— Bem, — insistiu o árabe.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:51 pm

Sem dúvida, esses espíritos jamais praticariam qualquer ato de destruição.
Mas que devem fazer os soldados submissos a um comando tirano e cruel?
— Isso é decisão íntima de cada combatente, pois ele tanto pode optar pela atitude pacífica do Cristo e perdoar o vencido, ou trucidá-lo obedecendo aos chefes belicosos e vingativos.
Em qualquer momento o homem dispõe do direito de matar para não morrer, ou morrer para não matar!
Indubitavelmente, isso há de variar conforme o seu maior ou menor apego à vida carnal, porque Jesus não só valorizou o preceito pacífico do 5.° mandamento, "Não Matarás", assim como afirmou, "Quem perder a vida por mim, ganhá-la-á".(5)
Caso todos os soldados se recusassem a matar, contrariando as ordens cruéis dos comandos perversos, é óbvio que as guerras também se extinguiriam por falta de agentes de destruição.
Temos o exemplo das legiões de Maurício: convocadas para destruir, preferiram morrer em vez de matar! (6)
Enquanto os ouvintes silenciavam, meditando nas palavras expressivas de Apolónio, ele mudava o curso da palestra e prosseguia:
— De acordo com o calendário terrícola, transcorre na Terra, actualmente, o século XIX, enquanto pelo nosso calendário sideral estamos no dia de Pisces.(7)
Sabem que os Psicólogos Siderais baseiam suas previsões do futuro na marcha pregressa da humanidade, e assim no primeiro terço do século XX, deverá eclodir na Crosta uma Guerra de grandes proporções, iniciada pelos espíritos remanescentes de Esparta, actualmente os alemães, em hostilidade com velhos atenienses encarnados como franceses.
Será uma hecatombe de repercussão internacional alastrando-se por toda a Europa e convocando egressos das civilizações babilónicas, assírias, egípcias e mongólicas, inclusive componentes do antigo Império Romano, agora transformados em povos norte-americanos, ingleses e italianos.
Depois de coordenar as ideias, Apolónio explicou:
— Convoquei-os para esta reunião importante, porque todos nós estamos ligados a diversos espíritos familiares bastante comprometidos com um pretérito delituoso de atrocidades e equívocos espirituais.
Eles aliam o orgulho e a ambição indomáveis comandando falanges belicosas no astral inferior, esperançados de exercerem o domínio absoluto sobre o mundo carnal.
Depois de longas meditações, lembrei-me de situar os nossos réprobos familiares no grande "carma colectivo" dos hebreus, a ser resgatado na próxima conflagração europeia.
Em contacto com o "Departamento Sideral de Regeneração" sobre o território germânico, examinei os gráficos das provas dolorosas e rectificadoras dos judeus e consegui permissão para ajustarmos os nossos rebeldes sob o mesmo esquema redentor.
Meus irmãos sabem que ainda restam onze membros de nossa linhagem espiritual em actividade nas regiões sombrias, vivendo alternativas de revoltas, enfermidades, hipertrofias perispirituais e feroz agressividade contra qualquer apelo ou providências dos servidores do Cristo-Jesus.
Eles se obstinam na condição de tiranos, inquisidores e conquistadores, actualmente filiados às falanges dos "Dragões", "Escorpiões" e "Serpente Vermelha", inimigos fidalgais da "Comunidade Espiritual do Cordeiro", pretendendo o absurdo de controlarem as próprias encarnações na face da Terra.
Defendem o "slogan" de que o mundo material é dos homens, e o céu dos anjos, mas o fazem de modo pejorativo, julgando viril a personalidade humana e afeminada a linhagem angélica.
Nós, também, trilhamos os caminhos da perversidade e obstinação diabólica, quando vivíamos cegados pelo orgulho do "ego inferior"; mas, depois vibramos ao toque da graça Divina e reconhecemos a sublimidade da vida superior.
Em consequência, precisamos dispender todos os esforços e sacrifícios para salvar os nossos queridos réprobos de um ruivo exílio planetário e nova queda angélica.(8)
Eles se negam peremptoriamente a qualquer empreendimento ou evento crístico, que lhes possa atenuar a brutalidade animal em favor do cidadão celeste.
Entretanto, como a angelização principia no âmago do ser, através do discernimento espiritual e não por controle remoto a cargo do mestre da evolução, os réprobos deverão aceitar espontaneamente a própria purgação benfeitora na carne.
Devido ao avançado delem movimento mental deles, todas as vezes que os situamos na carne assumiram poderes no alto comando político do mundo, mobilizando homens egoístas, corruptos e inescrupulosos, para lograrem os seus objectivos contra o bem e o belo!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:51 pm

Passados alguns segundos de silêncio, notava-se profundo pesar nas faces antes radiosas dos ouvintes.
O velhinho convidou-os para se aproximarem da mesa e desdobrou o rolo de pergaminho, de onde separou um menor pondo-o ao seu lado.
— Sabemos ser o Mal circunstancial e relativo, variando conforme as atitudes humanas.
Não é oriundo especificamente de Deus.
O Mal é condição transitória e resultante da nossa ignorância com referência à realidade da vida espiritual.
Poderíamos compará-lo ao aluno que se recusa à alfabetização e por isso sofre a desventura de não saber ler quando adulto.
Nós também praticamos actos e factos malignos, por força da ignorância e indisciplina.
Repelíamos o processo educativo e redentor do espírito, retardando-nos no percurso da ascensão angélica.
Apolónio parecia evocar reminiscências longínquas, antes de prosseguir em tom cordial:
—Malgrado as actividades execráveis e vingativas dos réprobos nossos familiares, eles também são centelhas divinas dispersas pelo Infinito buscando a própria felicidade eterna.
Não importa se ainda percorrem sendas equívocas e censuráveis, porque só a ignorância da criatura pode levá-la a preferir o pior, por desconhecer o melhor!
Aproxima-se o grande expurgo do "juízo final" na Terra, devendo emigrarem para um planeta inferior os espíritos cuja especificidade magnética não se coadune com o clima, vibratório previsto para o próximo milénio.
E num longo suspiro, onde extravasava o seu amor puro por alguém, Apolónio completou sua alocução:
— Os nossos onze pupilos não poderão escapar da próxima limpeza planetária da Terra.
Caso não se redimam em tempo oportuno, serão exilados para viverem entre os seres primitivos do "astro intruso".(9)
Ante a impossibilidade de nos encarnarmos num orbe tão primário, teremos de os esquecer até o retorno deles à Terra, depois da expiação cármica.
Também, não poderemos ajudá-los no mundo de exílio pois o dispêndio energético, o sacrifício e os resultados insuficientes, não compensariam o tempo que teríamos de empregar nas actividades educativas e socorristas a favor de outros necessitados.
Infelizmente, os "nossos anjos rebeldes" ou decaídos de outros orbes, cuja falência espiritual impressiona aos próprios "Senhores. do Carma", ainda são candidatos a um segundo exílio planetário!
Alguns minutos depois o espírito de uma senhora idosa, de olhos azuis esverdeados, rosto oval e belo, porte majestoso e envolta numa veste enfeitada por diversos véus multicores, lembrando uma sacerdotisa druida, assim se expressou:
— Caro Apolónio, informe-nos quanto à possibilidade dos nossos amados trânsfugas aceitarem a desintoxicação perispiritual na carne, e consequente harmonização com o .comando angélico da Terra.
— Seis deles se mostram fatigados da rebeldia maldosa, porquanto reagiram favoravelmente à luz dos instrumentos psicotécnicos.
Aliás, três vibraram satisfatoriamente em nossa direcção, chegando a evocar impressões mentais de natureza angélica!
Embora de um modo fugaz, a chama espiritual aflorou-lhes à periferia e eles se mostraram eufóricos sob essa condição incomum.
Isso dá-nos grande esperança e anima-nos para tentarmos providências benfeitoras a fim de os atrair às esferas resplandecentes.
Enquanto o velhinho cessava de falar, volvendo o olhar terno e evocativo sobre os ouvintes, um espírito imponente e faceiro como um fidalgo romano do século IX, interferiu:
— Bário foi meu pai diversas vezes, na Terra, e protegeu-me sempre, embora o fizesse mais por amor egocêntrico.
Na Caldeia, sacrificou a vida atirando-se de um penhasco enlaçado com uma fera, a fim de facilitar a minha fuga para casa.
Em Roma, deixou-se degolar como oficial pretoriano, para não trair o grupo de cristãos que eu chefiava.
Noutras existências, ele foi irmão, amigo e familiar, não medindo sacrifícios para me proporcionar recursos para uma vida amena.
Não importa se o fez somente por afeição consanguínea e egotista, pois era impiedoso e agressivo para com os outros.
O certo é que lhe devo favores especiais e não hesitaria em descer às sombras terráqueas, se pudesse ajudá-lo em existência proveitosa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:51 pm

- Sesóstris, tirano e bárbaro, responsável pelo massacre de tantos seres desde os evos bíblicos, sempre foi generoso e leal para comigo, — clamou uma jovem belíssima, cujo perfil escultural de mulher grega era emoldurado por um manto azul celeste e pontilhado de estrelas miúdas sob reflexos prateados.
— Não há dúvida, — interrompeu Apolónio, — todos nós estamos ligados afectivamente aos onze réprobos de nossa família espiritual.
Sem dúvida, eles sempre foram nossos amigos na composição da família carnal, proporcionando-nos ensejos educativos e facilidades para a nossa ascese angélica, enquanto se comprometiam com a Lei Espiritual nas suas tropelias condenáveis e insaciáveis ambições de riqueza material.
Indirectamente, eles financiaram os nossos propósitos superiores; mas, infelizmente, não podemos regenerá-los per controle remoto nem purificá-los miraculosamente.
Em seguida aduziu, num tom significativo:
— Já descemos diversas vezes à Crosta, em corpo físico e cascão para os ajudar e submetemo-nos às provas sacrificiais sem qualquer êxito benfeitor, não é assim?
Todos os presentes fitaram o velhinho e acenaram a cabeça em unânime concordância às suas palavras.
Em seguida, ele se curvou para a mesa e apontando o extenso pergaminho à sua frente, pôs-se a explicar:
— Conforme o exame selectivo feito pelos técnicos do "Departamento de Planeamento Cármico" de nossa comunidade sideral, Bário, Sesóstris, Kalin, Moriam, Hatusil, Shiran, Senuret e Ichtar, fichados sideralmente sob o prefixo MBOW, da série 110.808 a 110.921 da terminologia sideral de "Estrela Branca", (10) são espíritos que se mostraram mais receptivos às provas de redenção na Crosta, em vésperas do expurgo de "fim de tempos".
Os outros três, Othan, Sumareji e El Zorian, ainda vibram sob o padrão integral de anjos decaídos e se mostram insensíveis a qualquer sugestão liberativa da carne e abandono às empreitadas diabólicas.
Eles, ainda, consumirão alguns dias siderais na crosta de planetas primários de exílio, para, então, higienizar a "túnica nupcial" e retornar à casa paterna participando do "banquete divino".(11)
Sabemos que o próprio Maioral(12) pretende agregar Sesóstris e Senuret ao seu ministério sombrio, cujo facto nos aconselha providências imediatas, para os dissuadir desse tenebroso convite de retardamento à ascese espiritual.
E num arremate veemente, em que apesar do seu júbilo traía um sentimento de comiseração, Apolónio acrescentou:
- Como não há inversão das leis nos processos evolutivo e da harmonia do Universo, o delinquente não pode angelizar-se antes do benfeitor, nem este pode viver indeterminadamente junto do primeiro.
Em consequência, os réprobos ficarão afastados de nós por muitos dias siderais, caso percam o ensejo benéfico de sua redenção entre os hebreus.
Todos se entreolharam, preocupados, e a belíssima jovem grega levou a mão ao seio, tentando disfarçar alguma emoção:
— Por quê, irmão Apolónio, disse ela, numa voz onde a magnitude do espírito casava-se à hesitação humana, — a Divindade desperta em nosso coração amor tão puro e profundo, além do tempo e do espaço, por espíritos que ainda se demoram no barbarismo e na crueldade?
Por quê preferimos deixar o Paraíso para compartilharmos com eles, na carne efémera, das mesmas estultícias, ambições, vaidades e despotismos aliados ao sofrimento?
Enquanto ela curvava a cabeça, entristecida, Apolónio replicava, comovido:
— E se assim não Vira, querida Cíntia, qual seria o impulso capaz de fazer o anjo abandonar a resplandecência do Paraíso, para arrebatar das sombras da desventura e da mentira o objecto do seu amor incomensurável?
Porventura a nossa felicidade não se alimenta na magnitude do Bem e do Amor, proporcionado ao próximo?
O nosso júbilo cresce à medida que somos responsáveis pela felicidade alheia, pois o Amor é o combustível de Deus alimentando a vida das almas!
Jesus, o Príncipe Sideral, não deixa a mansão refulgente conformando-se com a milenária descida vibratória (13) sob as emanações deletérias do mundo material, para nos socorrer?
Infelizmente, nós ainda estamos preocupados com a salvação dos réprobos de nossa família espiritual, enquanto o Cristo-Jesus sacrificou-se por todos os homens.
— Embora usufruindo dos bens da bem-aventurança no mundo espiritual, amo Sesóstris, querido irmão Apolónio, e sinto-me inquieta e aflita pelas suas futuras dores em mundos bárbaros de regeneração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:52 pm

Queria tê-lo comigo na abençoada escola terrena do porvir!
— Cíntia, reconheço-lhe o amor intenso por Sesóstris e aparentemente inexplicável pelo seu grau sideral; mas, na realidade, isso é perfeitamente lógico, porque ele também possui no âmago da alma a mesma cota de luz sublime que existe em você!
Ajude-o, para adquirir maior refulgência no seu perispírito em breve. Sesóstris é o mendigo sujo e esfarrapado à porta do banquete angélico.
Precisa barbear-se, mudar de traje e tomar banho odorífero, para então ser digno das insígnias da Luz!
O "anjo rebelde", na verdade, é o próprio anjo sublime em potencial, porém hipnotizado pelo culto vaidoso à personalidade humana transitória, que tenta compensar a frustração de exilado na desforra contra as hostes angélicas do Cristo!
Depois de um hiato compreensivo, Apolónio voltou-se para Cíntia, dizendo-lhe, amorosamente:
— Oxalá, Sesóstris aceite o derradeiro ensejo de expurgar o conteúdo tóxico sedimentado no seu perispírito, para se livrar de outro exílio planetário de "juízo final" e gozar das condições vibratórias favoráveis para viver com você nos planos superiores do Espírito Imortal!
Cíntia baixou os olhos, dominada por dolorosas reflexões e replicou:
— Conseguirei convertê-lo, Apolónio?
— Talvez, Cíntia. Se ele puder compreender que há de perder no exílio planetário o seu amor tão puro e generoso.
Tente demonstrar-lhe o júbilo da vida angélica sobre a glória efémera do mundo ilusório da carne.
A reunião prosseguiu com os presentes a examinarem o programa de provas cármicas adequadas à redenção dos onze espíritos.
— Meus amigos e irmãos! — acentuou Apolónio, analisemos o "carma colectivo" dos hebreus programado para o próximo século terrícola, onde tentaremos incluir os nossos rebeldes mais receptivos às provas rectificadoras.
Em seguida, ele expôs o pergaminho mais longo.
Era um mapa multicolor de que já se referiu anteriormente, o qual passou a ocupar toda a superfície da mesa, crivado de símbolos, tais como estrelas, triângulos, cruzes, losangos, grades, círculos, rectângulos e principalmente certos hieróglifos coloridos e distribuídos pelos pontos mais estratégicos.
O mapa dividia-se em três cores diferentes.
A parte superior era de um matiz amarelo claríssimo.
O centro róseo claro e a parte inferior num total de cinza esbatido, cujas cores pareciam aumentar ou reduzir o valor dos sinais ali expostos, em três cores diferentes.
Eis aqui neste gráfico a estatística colectiva das "horas culposas" da reparação cármica de mais de seis milhões de hebreus, responsáveis por atrocidades e tropelias praticadas desde os tempos de David contra os amonitas.(14)
Observem a graduação dos símbolos siderais marcando os principais grupos culpados; aqui referem-se aos comandantes e chefes, que ordenaram impiedosas trucidações; ali, indicam soldados e apaniguados, executores dos massacres dos velhos, mulheres e crianças indefesas, duplamente culpados perante a Lei Cármica, porque destruíram criaturas desarmadas e pacificas, em vez de combatentes adversos.
Os hieróglifos pretos assinalam a intensidade de culpa desses espíritos alinhados para a prova cruciante no próximo século.
Os verdes significam as atenuações a que eles fizeram jus em vidas posteriores, por actos e empreendimentos de socorro a outros seres humanos.
Eis aqui um exemplo: este é um gráfico individual de culpa cármica, que solicitei ao "Departamento de Planificação Cármica", assinalando a culpa pregressa de um dos nossos familiares envolvidos nos massacres guerreiros desde os tempos bíblicos.
E Apolónio desdobrou o rolo de papiro menor, que se achava sobre a mesa, apontando uma anotação especial:
— É a entidade de prefixo MBOW-102.845, de nossa família espiritual, e que vocês já devem ter identificado.
— Sesóstris? — indagou Cíntia, apontando o prefixo que identificava o seu amado no simbolismo de tempo e espaço.
— Sim! — assentiu Apolónio.
É Sesóstris; infelizmente o mais comprometido com a Contabilidade Divina deste planeta.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:52 pm

A Técnica Sideral somou-lhe todos os segundos, minutos e horas de acções destruidoras que ele praticou em 35 existências carnais, desde a sua participação nas tropelias do tempo de David, Gengis-Can, Atila, Aníbal, Alexandre, Júlio César e até Napoleão, onde sempre destacou-se pela sua natureza belicosa nos comandos guerreiros.
No cômputo geral ele apresenta um débito de 1.832 "horas culposas", (15) representando a soma exacta de sua acção destruidora e culpa directa.
Conforme nos mostra o hieróglifo amarelo, nesta parte castanha, existem 897 "horas belicosas", que podem ser deduzidas da responsabilidade cármica de Sesóstris, pois embora elas signifiquem actividades destruidoras contrariando o mandamento "Não Matarás", foram executadas por ordens superiores, em defesa de pátria e patrimónios alheios, mas enfrentando adversários armados e decididos a matarem.
Restam, pois, 935 "horas culposas", mas passíveis de outra dedução de 309 "horas benfeitoras" e aqui assinaladas pelo hieróglifo verde, quando Sesóstris, em vidas posteriores, e desempenhando profissões serviçais, arriscou a vida na função de bombeiro, condutor de veículos, guardião, enfermeiro, militar, vigia, mineiro, preceptor e salva-vidas, salvando mulheres, crianças, velhos e outros seres em desmoronamentos, desastres, quedas, afogamentos, incêndios, tempestades, beneficiando-se o seu activo espiritual bastante agravado pelos delitos anteriores.
Ainda sobram 626 "horas culposas" para ele expiar, conforme assinala o hieróglifo preto do código tradicional dos "Senhores do Carma", podendo ser liquidadas de modo parcial, isto é, em diversas existências atenuadas com o credor-Terra.(16)
— Por que às 309 "horas benfeitoras" do hieróglifo verde ainda se somam 102 horas assinaladas por esta cruz? — perguntou um jovem de turbante verde-malva, encimado por magnifico diamante, de olhos firmes e faiscantes como os hipnotizadores.
Apolónio retomou o diálogo, esclarecendo:
— Conforme já expliquei, o hieróglifo verde caracteriza 309 "horas benfeitoras" exercidas por Sesóstris em favor do próximo, mas por força das profissões que desempenhava na matéria.
A cruz, ao lado, no entanto, destaca 102 "horas heróicas", que compõem quase o dobro de 52 horas a seu favor, que ele dispendeu pondo em risco o bem-estar e a própria vida para socorrer o próximo, numa decisão espontânea e não por obrigações profissionais. Deste modo, restam-lhe ainda 524 "horas culposas" para expiar na carne sofrendo o impacto de dores e sofrimentos semeados alhures, a fim de liberar o perispírito de miasmas e aderências tóxicas, que o impedem de se situar em nível espiritual superior.
Após pequena pausa e esperando que os seus ouvintes assimilassem o conteúdo de sua explicação, o velhinho refulgente continuou:
— Não é preciso dizer a vocês que Sesóstris esperou demais!
Agora, caso ele aceite o ensejo redentor ao apagar das luzes do século XX e durante o processo selectivo de "fim de tempos", só lhe resta uma oportunidade; liquidar as 524 "horas culposas" numa só existência e na forma de um expurgo imediato!
Apolónio apontou dois hieróglifos entrelaçados, preto e vermelho e desta vez os presentes se entreolharam, pesarosos, sem esconder a aflição que se estendia em suas faces, numa expressão bem humana!
Só Apolónio parecia conservar-se acima do sentimentalismo terrícola, indagando, numa voz cordial, mas incisiva:
— Sabem vocês o que significam os hieróglifos preto e vermelho, assinalando as 524 "horas culposas" de Sesóstris?
Cíntia, a bela grega, teve um arfar doloroso e depois pronunciou lentamente, num tom lastimoso:
— Sei, Apolónio; Sesóstris terá de sofrer 524 "horas atrozes" ininterruptamente na carne sem qualquer alivio ou hiato sedativo, não é assim?
— Querida! Essa é a verdade para todos os réprobo; embora Sesóstris deva ser o mais torturado!
Tal como não somos os legisladores do Cosmo, mas apenas devemos cumprir as leis já estabelecidas, os réprobos aceitarão essa emergência dolorosa, mas purificadora, ou serão exilados novamente para mundos inferiores.
Sesóstris possui talento fulgurante e sabedoria suficiente, para viver condignamente connosco, mas, no momento, prefere subverter a consciência no comando das falanges trevosas hostis à angelitude.
Não há castigo nem decretos do Senhor dos Mundos criando torturas e sofrimentos, mas apenas o ensejo de evolução espiritual, num processo justo para mais breve angelização.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:52 pm

Quando encarnados, custamos a entender a função rectificadora do sofrimento como processo de aperfeiçoamento espiritual.
Em verdade, somos diamantes brutos, que pela lapidação transformamo-nos no brilhante a irradiar luz.
Porém, a nossa origem, advém do mesmo carbono cristalizado no sistema de criação espiritual.
Apolónio silenciou, enquanto Fuh-Planuh, um hindu chinês de voz fina e divertida, assim se expressava:
— Despendemos milénios e milénios como ratos no labirinto até encontrarmos a saída certa para a clareira de luz benfeitora.
Se os homens soubessem da importância das vicissitudes e dos sofrimentos, embora sob o guante de adversários vingativos, creio que eles formariam filas defronte à oficina do purgatório terreno, aguardando, impacientes, a vez dos "mecânicos diabólicos" atenderem-lhes os necessários consertos espirituais.(17)
Enquanto os demais espíritos sorriam, bem humorados, Apolónio arrematava:
— É o caso de Sesóstris, cujo saldo de 524 "horas culposas" representa apenas o tempo necessário, para ele se submeter à técnica espiritual e conseguir a limpeza perispiritual, a fim de retornar ao trânsito livre nos caminhos da espiritualidade superior. Usando de outra imagem literária, diríamos que ele deve lavar a perispírito no tanque das lágrimas terrenas, para depois participar do banquete divino com a "túnica nupcial" ou o perispírito alvejado, em vez do "smoking" confeccionado pelos fluidos perniciosos das paixões humanas.
Em seguida, Apolónio voltou-se para a formosa grega, aduzindo-lhe:
— Cíntia, procure convencer Sesóstris de aceitar livremente essa reparação drástica e urgente, na matéria, a fim de livrar-se do exílio ao planeta inferior, que será o depósito dos rebeldes enxotados da Terra no próximo "juízo final".
Oxalá, o Senhor a ajude nessa empreitada aflitiva, querida Cíntia!
Depois, levantou-se, dizendo, a todos:
— Daqui por diante, o assunto é de natureza pessoal, e cada um de nós deve devotar-se, incansavelmente, à tarefa de convencer os réprobos para aceitarem espontaneamente o derradeiro ensejo dessa encarnação rectificadora no carma colectivo dos hebreus, a fim de evitarem o pesaroso exílio planetário.
Enquanto seguimos para "Bem-aventurança", ainda combinaremos as providências mais urgentes para o contacto com os nossos familiares rebeldes, e, no momento oportuno, estaremos aqui outra vez, reunidos para analisarmos quanto ao êxito ou fracasso dessa empreitada benfeitora.
Em seguida, deu por terminada a reunião e desceu do estrado luminoso reunindo-se aos demais companheiros.
Em breve, caminhavam todos pela formosa álea revestida de areia iluminada pelo sol astralino.
O caminho era ladeado em ambos os lados por dois cinturões de flores, cujas hastes esguias moviam-se pelo afago da brisa fragrante descida das colinas lilás-cinza, a espargir sons e vibrações de campainhas.
A alameda por onde os espíritos passavam inundava-se de cambiantes luzes na mais perfeita sintonia com os seus sentimentos e pensamentos.
Ao longe, na mesma direcção, percebia-se um arco ou portal rendilhado do mais fino lavor artístico e entrelaçados de fios de diamante, topázio e esmeralda.
À semelhança de um só floco de luz esvoaçante, aqueles seres alados desapareceram através do portal munificente, penetrando num cenário tão resplendoroso, que talvez cegaria os olhos humanos mais sensíveis.
**********
O calendário terreno avançara dezenas de anos, depois da reunião dos espíritos no "Anfiteatro das Papoulas", sob a tutela de Apolónio.
Na Terra, os ricos erguiam taças de champagne e rodeavam as mesas atulhadas de vitualhas, carneiros, faisões, frangos, leitões e aves, cuja carbonização, dos fornos se disfarçava sob o odor fragrante dos temperos.
Os pobres contentavam-se com a média de pão e manteiga ou ingeriam alcoólicos modestos.
No ar, espoucavam foguetes e fogos de artifícios.
As ruas estavam povoadas de criaturas alegres e festivas, em direcção aos cinemas, clubes nocturnos e antros de vício.
Os automóveis buzinavam freneticamente e as fábricas apitavam num barulho ensurdecedor.
Das janelas e sacadas das residências particulares, debruçavam-se criaturas gritando vivas ao novo ano de 1930.
Os mais supersticiosos beijavam pés de cabra ou de coelho, acariciando esses "talismãs" na esperança de melhorar a sorte no ano que surgia e livrando-se das vicissitudes e sofrimentos curtidos no ano velho.
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SEMEANDO E COLHENDO - Atanagildo/HERCÍLIO MAES - Página 7 Empty Re: SEMEANDO E COLHENDO - Atanagildo/HERCÍLIO MAES

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:52 pm

Havia um brilho de confiança em todas as criaturas, excepto, evidentemente, nos infelizes segregados nos hospitais, penitenciárias e asilos, que curtiam dores, desditas e fracassos, visitados pela má sorte no advento do Ano Novo.
Serpentinas coloridas cruzavam as ruas e eram lançadas dos edifícios sobre os automóveis lotados de pessoas, aos vivas e gritos de júbilo.
Nas residências, nos bares, restaurantes, e salões de danças, multiplicavam-se os abraços e brados de entusiasmo e rodopios alegres.
Alguns festeiros mais precipitados já se mostravam alcoolizados e mal se sustinham em pé, amparados pelos amigos nas convulsões etílicas e nos exageros entusiastas.
As fábricas e locomotivas cessavam de apitar e também se reduzia o eco gritante das buzinas, quando o ar vibrou, outra vez, pelo badalar frenético dos sinos das igrejas chamando os fiéis para a missa do fim e começo do ano.
Enquanto isso ocorria na Terra, outra cena bem diferente sucedia-se na esfera espiritual conhecida por "Anfiteatro das Papoulas".
O cenário era cada vez mais belo na sua florescência vegetal e sob o enfeite dos bancos recortados na vegetação miúda e delicada, à beira do formoso lago, cuja forma de um coração líquido era guarnecido pelas papoulas chamejantes.
Ali se reuniam, outra vez, os mesmos espíritos, e novos amigos, familiares e cooperadores da causa do Cordeiro, possuindo ligações afectivas com os rebeldes em projecto de encarnação na Terra.
Apolónio sentava-se. na mesma poltrona castanho claro, de tecido plástico transparente(18) e esfregava as mãos com certo contentamento infantil, enquanto os demais companheiros acomodavam-se nos bancos recortados na própria vegetação.
Todos os presentes trocavam ideias, entre si, cujas emoções também produziam novos cambiantes de luzes e cores nas auras.
— Meus amigos e irmãos! — principiou Apolónio, numa voz tranquila e sonora.
— Enquanto reunimo-nos aqui, nesta paisagem astralina à distância da colectividade de "Bem-aventurança", cujo ambiente não deve ser afectado pelos nossos problemas pessoais, os terrícolas festejam o transcurso simbólico do calendário humano, no limiar do ano de 1930, isto é, quase um terço do mesmo século XX, em que confiamos as esperanças de redimirmos os nossos familiares ainda comprometidos com a Lei Divina.
Aliás, temos de compreender a euforia dos terrícolas nos festejos ruidosos e emoções descontroladas de Ano Novo, porque nós, também, já vivemos na Terra e talvez exageramos.
Enfim, ressalve-se, pelo menos, as boas intenções!
Depois de uma pausa reflexiva, Apolónio prosseguiu, explicativo:
— Repito; estamos no limiar do grande "Carma Colectivo" delineado a fim de redimir os espíritos endividados desde os tempos de David, e jamais poderemos indemnizar os amigos e Mestres da Redenção da esfera de "Arcanjo Mickael", pela generosidade de situarem oito dos onze rebeldes planetários no próximo esquema redentor na Crosta.
Não me preocupavam as provas atrozes dos réprobos na carne, mas apenas quanto à possibilidade deles fugirem no momento nevrálgico, como já aconteceu doutras vezes, quando nos traíram depois de aceitarem o expurgo psíquico.
Felizmente, em face do esquema sábio e seguro sugerido pelos Mestres Cármicos, desta vez eles não poderão fugir do cumprimento das "horas atrozes", que lhes serão de imenso benefício para a ventura espiritual.
Apolónio mostrava-se calmo sem o sentimentalismo próprio das criaturas terrenas, que derramam torrentes de lágrimas diante dos melodramas de teatros e televisão, porém não se comovem com o infeliz epiléptico atirado nas ruas das cidades, nem se apiedam da prostituta desventurada apodrecendo no hospital, após servir como repasto vivo aos homens libidinosos.
M.e cuidava do assunto trágico e comovente da expiação atroz dos seus pupilos, assim como engenheiro experimentado analisa os detalhes de importante edifício ou efectua os cálculos da ponte estratégica.
Algo jovial, pela satisfação do ensejo redentor proporcionado aos familiares, voltou-se para Cíntia e disse-lhe, numa voz lisonjeira:
— Cíntia, congratulo-me com você e Amuh-Ramaya, pelo êxito de convencerem o feroz Sesóstris à encarnação redentora na Crosta, após lhe quebrarem o granítico orgulho e amor. próprio obstinado!
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SEMEANDO E COLHENDO - Atanagildo/HERCÍLIO MAES - Página 7 Empty Re: SEMEANDO E COLHENDO - Atanagildo/HERCÍLIO MAES

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:52 pm

O venerável velhinho cismou, um momento, como se encontrasse dificuldade na sua dissertação, e continuou, num tom pesaroso:
— Lamentamos profundamente o sarcasmo, orgulho, a fúria e obstinação vingativas de Othan, Sumareji e El Zorian, que além de insultarem os companheiros decididos à redenção espiritual, juraram impedir-lhes a encarnação sadia.
Eles recorrerão aos técnicos da "Confraria dos Escorpiões" ou da "Serpente Vermelha", para bombardearem os cromossomos(19) dos nossos familiares em gestação e perturbarem-lhe o sistema sanguíneo ou o equilíbrio neuro-endocrínico.
Sem dúvida, temos motivo para ficarmos apreensivos, ao lembrar-nos das encarnações frustradas de Bário e Moriam, na Pérsia, quando os cientistas diabólicos conseguiram atacar-lhes a fisiologia da hipófise, suas relações com a tireóide e as cápsulas supra-renais, comprometendo-lhes a percepção mental nas provas redentoras da carne.
Com certo bom ânimo, Apolónio falou:
— Diz-me a intuição que desta vez teremos êxito, malgrado as ameaças de Sumareji, Othan e El Zorian em ferir os ascendentes hereditários dos próprios companheiros do passado em processo de reajuste espiritual.
Mobilizemos, com urgência, as equipes de trabalho encarnatório junto à Crosta e de contacto directo com a matéria, a fim de protegermos os réprobos contra o assédio das falanges trevosas.
Sem dúvida, teremos de reduzir o ritmo vibratório do nosso perispírito e ajustarmo-nos ao ambiente do éter-físico da Crosta, enquanto alguns deverão submeter-se à prova sacrificial do "cascão"!
Apolónio silenciou, outra vez, absorto em suas reflexões, para depois continuar:
— A prova mínima é de Morian, quatro anos de vida física, e a máxima de Sesóstris, onze anos, em cujo prazo os seus perseguidores empreenderão feroz ofensiva desde o período genético até os dias finais, tentando a deformidade, o acidente ou a moléstia lesiva.
— Soube que Sumareji, Othan e El Zorian, já assumiram o comando deixado por Sesóstris, Bário e Karin, — advertiu um espírito trajando malhas cintilantes semelhante a de um cruzado.
— E também já enviaram à "Confraria dos Escorpiões"(20) relatório da traição dos nossos familiares ao comando das Trevas, bem assim como notificaram da adesão ao programa redentor da "Comunidade do Cordeiro", — acrescentou um espírito de luz carmim esbordejada de amarelo canário, vestido de túnica alaranjada, aberta, e deixando ver o peito musculoso, numa tensão de força abafada.
A estas horas, os réprobos em fase de encarnação, já estão fichados como "renegados" sob a mira dos policiais negros da "Confraria dos Escorpiões", — confirmou outro companheiro trajando veste semelhante, provavelmente elemento de ligação mais vigorosa entre os dois mundos.
Ramú, o belo indiano de turbante cor de topázio emoldurado por faiscante rubi, acrescentou:
— Othan, Sumareji e El Zorian, comprometeram suas falanges com uma das confrarias mirins, do Maioral, concordando em participar dos serviços repugnantes de obsessões, desde que também sejam auxiliados na sua desforra contra nós!
— Irmão Apolónio, qual seria o êxito dos médicos diabólicos na tentativa de ferir os ascendentes biológicos dos nossos familiares a caminho da carne? (21)
— O bombardeio "radioactivo" mais eficiente dos cientistas da "Serpente Vermelha" é na função miolocitopoética do organismo físico e assim provoca a leucemia na primeira infância.
Recordam-se, de que anteriormente eles usavam o processo de estimular os genes regressivos da hematofilia, com baixas irradiações e tiveram êxito perturbando a encarnação redentora de Karin e Senuret, fazendo-os desencarnar prematuramente aos 4 anos de idade, isto é, 19 anos antes do prazo previsto para as provas rectificadoras.
Pela primeira vez, Apolónio fez um gesto descontrolável, traduzindo oculto desespero por sentir a impotência relativa ante as sombras do astral inferior:
— Infelizes! Serpente Vermelha, pérfida, que rasteja aniquilando o vitalismo do fogo serpentino(22) em ebulição pela coluna vertebral e irradiação pela medula óssea humana, cuja picada diabólica no processo da hemacitopoése do encarnado pode anular um programa redentor elaborado há século!
— Porventura teremos a ofensiva associada, outra vez? —indagou o cruzado cuja armadura refulgia num tom de alumínio argênteo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 01, 2021 6:53 pm

E acrescentou:
— Em consequência, cabe-nos de enfrentar duas fórmulas diabólicas dessas confrarias para lograrmos a encarnação dos réprobos convertidos?
Então será a leucemia e hematofilia pelos cientistas da Serpente Vermelha, ou a hidrocefalia, imbecilidade, mongolismo ou cretinizo dos especialistas dos "Escorpiões"?(23)
Apolónio, súbito e talvez inspirado, exclamou:
— Nós também recorreremos às "Samaritanas", que operam em cascão, na Crosta, rogando-lhes os serviços de vigilância junto à mente das progenitoras dos réprobos em gestação.
Elas evitarão acúmulo ou condensação de fluidos inferiores na região cerebral das gestantes e a consequente vulnerabilidade perispiritual para os diabólicos agirem com êxito.(24)
Ademais, também consegui a adesão de Swen, o mago fabuloso em cascão "wiking", que no comando de suas falanges corajosas, operantes na região germânica, prometeu-me anular o avanço dos "sapadores" luciferinos, ou seja, os preparadores do campo fluídico para os cientistas desfecharem o bombardeio destrutivo.
Cíntia, enrubescida, agradeceu comovida:
— Apolónio, jamais poderei indemnizá-lo pelas providências defensivas em favor dos réprobos, mas, principalmente por Sesóstris, espírito a quem devoto incondicional afeição.
Apolónio sorriu, compreensivo e continuou:
— Aliás, nem todas as notícias são más, pois apesar de nossa causa ser algo pessoal, o Alto mobilizou mais cooperadores em favor da encarnação dos nossos réprobos, considerando que Sesóstris, malgrado seja o líder maquiavélico dos demais comparsas, é, paradoxalmente, o espírito que mais vibrou em direcção à sublimação!
Os Mestres da Redenção crêem que depois das "horas atrozes", sem alívio, de rectificação cármica, ele partirá da Crosta com a vestimenta perispiritual tão sensível e límpida, que isso poderá conduzi-l0 à vibração altíssima e consequente "samadhi", ou deslumbramento panorâmico do Cosmo e da Realidade Espiritual.
Isso poderá transformá-lo num dos eficientes servidores do Cristo e valiosa cunha espiritual na Terra! (25)
— Louvado seja Deus! — exclamou Cíntia, num assomo de entusiasmo infantil.
— Se isso acontecer, eu serei imensamente feliz por Sesóstris reduzir o abismo vibratório entre nós!
— Evidentemente, — continuou Apolónio, — a força, a sabedoria, o poder e o destemor de Sesóstris manifestos, até hoje, contra o Criador e o Cordeiro, como rebelde ou anjo decaído, poderá torná-lo um líder no serviço angélico, quando sentir, na fracção de um segundo de "êxtase", a majestade, a beleza e a glória de si mesmo no seio do Absoluto.
— Quem dentre nós, submissos aos limites das formas, induziria ou accionaria Sesóstris a um "samadhi"? (26) indagou Cíntia, pesarosa.
Apolónio sorriu, traindo um ar misterioso e travesso:
— Quem, Cíntia; quem, senão Schellá e sua fascinante falange de socorro mental?
Quem, senão o Mago perfeito de "Arcanjo Mickael"?
Cíntia ficou de lábios entreabertos, arfante e estática; os demais mostraram-se tão excitados, que isso os enchia da mais indizível satisfação.
— Salve o Senhor, pela graça de enviar-nos um espírito fulgurante da "Esfera da Sublimação", cujo poder mental já é força criadora no mundo físico! (27) exclamou o próprio Ramú, perdendo sua linha tranquila e excitado pela notícia.
Depois, curvando-se, gentil e calmo, acrescentou.
— Dentro do esquema de redenção dos réprobos e sob a cooperação de Schellá, estou pronto para o sacrifício do "cascão"!
— Sem dúvida, ainda necessitamos ouvir as sugestões do "Departamento de Protecção" na Crosta, filiado à metrópole "Estrela Branca", pois vocês sabem que de acordo com a densidade do meio ambiente, os dragonianos já conseguiram desintegrar "cascões" super-mentalizados no éter físico. Além disso, é muito cruciante a permanência nesse escafandro compulsório devido à acção compreensiva do éter-físico.
Assim, cada um de nós deve submeter-se aos "testes" de segurança e às eliminatórias dos técnicos de "Bem-aventurança", antes de qualquer empreendimento pessoal. Seria inútil despendermos uma tonelada de energia tão preciosa, sem a probabilidade do êxito de um só gramo!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:42 pm

Os demais espíritos permaneceram longo tempo em silêncio, meditando nas dificuldades que defrontariam para proteger os familiares rebeldes.
Argos, o belo grego de cabelos encaracolados, acentuou:
— Sei que podemos atingir o delírio no esforço de manter a configuração ocasional no plano do éter-físico, mas assim mesmo tentarei a prova.
— Estarei a seu lado e faremos turnos de repouso mais frequentes.
Quem estiver exaurido poderá liberar-se, enquanto o outro vigia.
Se não pudermos manter a defensiva directa na encarnação dos réprobos, seremos a linha de segurança entre as legiões de Swen, Scholen Habarusch e os benfeitores de Mickael! — prontificou-se um espírito atlético, cuja roupa colada ao corpo parecia confeccionada de lamê fulgurante.
Apolónio levantou-se, sorrindo, comentando com um tom apreensivo nas palavras:
— Meus irmãos!
Saudemos o Mago Shellá de "Arcanjo Mickael" e roguemos ao Senhor o auxílio nessa empreitada redentora!
Circundando o olhar pelo cenário formoso do "Anfiteatro das Papoulas", entre o silêncio de espectativa dos presentes, que pareciam reduzir a fulgência habitual das auras, ele comandou decidido.
— Vamos, queridos!
Minha antena espiritual comunica-me o ingresso de Sesóstris nos fluidos da carne em "perispírito fetal". (28)
Houve imediata e harmoniosa conjugação entre todos, deram-se as mãos e numa só fusão de cores e luzes, que convergiam para a fronte de Apolónio fortificando-lhe o comando mental, elevaram-se do solo à semelhança de uma nuvem de falenas multicores, desaparecendo, dali a pouco, no seio da cerração lucífera.
Ensombrava-se, pouco a pouco, a formosa luminosidade de todos os pupilos de Apolónio, à medida que eles mergulhavam na atmosfera mais densa e hostil, em direcção às faixas escuras e à aura afogueada da Terra, cindida pelos relâmpagos da mente indisciplinada da humanidade terrestre.

*********
Setembro de 1939!
Um rastilho de fogo partia da Alemanha ateado por Adolfo Hitler, não percebido pelo resto do mundo.
Debaixo de flores e gritos de entusiasmo, o "Führer" entrava na Áustria após a queda de Schusning, e o povo austríaco acenava ao novo ídolo louvando-o através de bandeirinhas de ambos os países.
Em breve, a preocupação semeava-se nos demais países europeus, pois o ditador alemão principiava a mostrar suas garras ao invadir a Checoslováquia.
Meses depois massacrava a Polónia, pretextando problemas de seus súbditos no corredor de Dantzig.
A França e a Inglaterra, despertando do mutismo censurável e depois de deixarem a infeliz Polónia sucumbir desamparada, numa hesitação calculista, então resolveram interferir e declarar guerra à Alemanha, quando perigavam seus interesses comerciais na Europa.
Mas o fizeram algo tarde, pois a "Lufthansa" arrasou o sul da França e Hitler atravessou a inexpugnável "Linha Maginot", tornando um recurso obsoleto ante o progresso da aviação.
Em seguida, quase demoliu Coventri e mais tarde espremia os ingleses num massacre terrível nas praias de Dunquerque, onde pereceram milhares de soldados.
Homens, mulheres e a juventude alemã deliravam de entusiasmo ante as vitórias consecutivas do "Führer", inconscientes de que a euforia belicosa semeava tristes acontecimentos cármicos para o futuro, quando os aliados arrasariam suas cidades e mais tarde teriam de sofrer a humilhação do "muro da vergonha" imposto pelos russos.
Megalomaníaco e bárbaro travestido do século XX, Adolfo Hitler demolia a cultura do próprio povo alemão, mandando incendiar obras de renomados sábios germânicos, aniquilando a ciência, a filosofia e a arte erigida até aqueles dias por laboriosos génios. Em seguida impôs à juventude nazificada a sua bíblia "Mein Kampf", escrita em momentos de histeria e paranóia, quando encarcerado em Munich, depois do fracassado "punch".
Dançou o passo do ganso junto à torre de Eiffel, em Paris, rebentou-se de vaidade e orgulho percorrendo os vastos territórios devastados pelas suas "panzers" e foi festejado por milhões de bandeiras e gritos jubilosos dos seus conterrâneos em delírio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:43 pm

Adolfo Hitler tornou a repetir a velha história dos facínoras do passado, como David, Gengis-Can, Atila, Tamerlão, Aníbal, Alexandre e outros flagelos da humanidade.
Mas a Lei é inflexível e correta, pois logo todos pagaram pela mesma moeda. Berlim foi demolida inteiramente; milhões de casas arrasadas, fábricas destruídas e inutilizadas completamente todas as instalações sanitárias e serviços de utilidade pública. Milhões de alemães passaram a viver nos porões, cais; subterrâneos e debaixo de pontes, mal conseguindo arrancar mirrados tubérculos e ervas do solo para matar a fome.
Os aliados, na febre de desforra, não olvidaram um metro quadrado das cidades alemães.
Desapareceu Berlim e quase sumiram-se do mapa Hamburgo, Colónia e Bremen.
Os comandos das Trevas, no princípio deliraram, convictos do seu diabólico domínio sobre o mundo material, através dos sucessos de Hitler sustentados por outros desequilibrados do astral inferior, como Himmler, Goering, Goebels, Josef Kramer, Mengel, Fichmann, Július Streicher, Ernest Kalten-brunner, Hans Frank e outros.
Aspiravam até o controle das encarnações futuras que fariam da crosta terráquea um palco para a disseminação do vício, da violência e do poder egocêntrico.
Ademais, reforçou-se o comando das sombras com a estultícia de Mussolini aderindo aos nazistas e humilhando a Itália, na composição vaidosa do eixo "Roma-Tóquio-Berlim".
Não aconteceu conforme previram os magos das sombras, certos de que em breve a "Terra seria dos homens, os viris, e o céu dos anjos, os afeminados!"
Os Estados Unidos dentro do seu proverbial calculismo utilitário, quando verificou que terminaria tendo prejuízos na contenda, caso não defendesse sua perna de galinha, então entraram na guerra, a fim de evitar o domínio de Hitler nos mercados europeus e asiáticos.
Ante a infeliz investida contra a Rússia, malgrado o conhecido erro de Napoleão, Hitler enfraqueceu suas hostes guerreiras e jamais pôde recuperar-se das perdas fabulosas por lutar em duas frentes.
Mal sabia ele que também não passava de um simples "detonador psíquico" do carma colectivo de milhões e milhões de espíritos endividados desde os tempos de David, pois vaidosamente confundiu a permissão provisória do Alto com seu génio e poder invencíveis.
Ignorava, que na sua ficha cármica arquivada no Espaço, já estava assinalada a data de 30 de abril de 1945, para ele findar seus dias, arrasado no seu orgulho e na sua faina destruidora, como o fez, realmente, atirando na boca com uma automática "Walther", enquanto Eva Braun, esposa de última hora, tombava depois de ingerir uma pílula de cianureto de potássio.
No entanto, para os "Senhores do Carma", o mais importante era o clima belicoso ateado por Hitler, no qual deveriam resgatar as culpas passadas milhões de guerreiros, malvados, ferozes e endividados desde os tempos bíblicos.
Esses culpados de outrora também veriam as próprias casas queimadas ou arrasadas.
A família trucidada, esposas e filhas desonramdas.
Filhos esmagados contra muros ou massacrados nas pontas de baionetas.
Parentes fuzilados e sufocados como o fruto da má semeadura do passado.
A Lei seleccionara cuidadosamente os culpados e os colocara dentro da Alemanha e dos países que seriam invadidos pelos nazistas, a fim de sofrerem o choque de retorno no seio das colectividades judias dizimadas e nos incêndios cruéis dos "guettos", além de figurarem como cidadãos de outras raças, trucidados nas frentes belicosas da França, Polónia e Rússia.
Em breve, movido por um ódio racial, incontido e recalcado desde a mocidade, Hitler resolveu dar solução ao "problema judeu", autorizando liquidação em massa de qualquer modo.
Só Adolfo Eichmann trucidou mais de seis milhões de judeus em fornos crematórios, deportações, fuzilamentos e execuções, além dos que foram mortos pela fome e depauperamentos.
Os vagões construídos para o transporte de gado seguiam diariamente em compridos comboios abarrotados de infelizes na mais degradante promiscuidade, depois de caçados e apanhados em todos os países invadidos.
A carga humana chegava deteriorada nos campos de concentração de Ravensburg, Dachau, Auschwitz, Belsen, Buchenwald e Vilingen.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:43 pm

Os fornos crematórios, pântanos e valas comuns eram insuficientes para dar sumiço aos milhões de vítimas, que sob o traje material renascidos como judeus, no século XX, liquidavam as culpas e os massacres bárbaros cometidos no passado! Muitas mulheres e comandantes dos campos de concentração chegavam ao requinte de curtir a pele dos infelizes hebreus trucidados, para cobrir abajures, caixa de jóias, capas de livros ou estojos de perfumes.
**********
Quando a actividade criminosa dos nazistas era mais intensa contra os judeus, ali pelo ano de 1942 eclodiu violenta epidemia de afecção "hepato-intestinal", em zona rural da Alemanha.
As crianças morriam às dezenas!
Os médicos mostravam-se desesperados e sem conseguir debelar a crise enfermiça, que já enfurecia Hitler.
Finalmente, obtiveram dele permissão para fazer experiências "in vivo" nas crianças judias, na esperança de conseguirem a vacina adequada.
Num dia trágico, 500 crianças foram submetidas aos testes preliminares no campo de concentração de Auschwitz, sendo escolhidos 31 judeuzinhos para as terríveis experiências de vivissecção sob o controle dos médicos Henrich e Brumenwald, (29) a fim de se descobrir a desejada vacina.
Eram crianças dos tipos mais diversos, variando em idade, sexo, reacção sanguínea, resistência vital e comportamento nervoso.
Algumas eram perfeitamente sadias e vigorosas, outras débeis e enfermiças, e compunham o material humano adequado às pesquisas impiedosas.
Aterradas ante a impossibilidade de fugirem das provas tenebrosas, as infelizes vítimas foram amarradas pelos enfermeiros nazistas nas mesas de laboratórios e devidamente amordaçadas para impedir-lhes os gritos lancinantes.
Em seguida, dia a dia, elas foram submetidas às mais pavorosas experiências.
As intervenções cirúrgicas, desidratações, transfusões de sangue contaminado, provas de ácidos e corrosivos, biopsias, obliteração da função nervosa e circulatória, além de desnutrição ou superalimentação, infectadas nos órgãos ou esgravatadas em toda região abdominal.
Foram submetidas à inoculação de material patogénico de todas as espécies.
Extraíram-lhes o líquido raquidiano, linfático e sanguíneo.
Três dias depois já haviam sucumbido 23 crianças entre estertores e pústulas corrosivas, mostrando as carnes em frangalhos e os olhos esgazeados de dor.
Os médicos e os enfermeiros vigiavam atentamente as modificações anátomo-fisiológicas.
Pesquisavam-lhes o trabalho drenativo das vias-emuntórias, em reacções endócrinas, nervosas e sanguíneas e o comportamento das vitaminas nos "testes" de resistência vital.
Era a mais paradoxal e impiedosa actividade de conservá-los enfermos e ao mesmo tempo mantê-los vivos de qualquer modo!
A doença em pesquisa era algo semelhante ao "cólera-morbo", cujo bacilo ou vibrão colérico, Koch havia descoberto no ano de 1883, em Alexandria, pois os médicos nazistas verificaram que a sua localização também se fazia no trato intestinal e era extremamente contagioso.
Depois de 21 dias de experiências tenebrosas, só restava miraculosamente vivo uma das 31 cobaias humanas seleccionadas anteriormente.
Era um menino de onze anos, verdadeiro farrapo vivo, submerso na dor mais inconcebível, cujos cabelos pretos estavam embranquecidos e a fisionomia infantil transformada no estigma simiesco de um ancião precoce.
O vigor e a resistência orgânica haviam surpreendido os próprios médicos alemães, pois ele se mostrava consciente na sua rigidez tormentosa e postura contraída por indomável cãibra nervosa.
Os seus olhos estavam completamente secos de lágrimas e uma espuma pálida e sanguinolenta vertia através da mordaça sobre os lábios.
O corpo estava espetado por uma dezena de seringas hipodérmicas, que vertiam soros, líquidos nutritivos, infectos, substâncias poluídas ou vitalizantes, sangue e hormônios, fazendo vibrar os tubos de borracha naquele experimento dantesco.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:43 pm

Parte dos intestinos do menino estremecia solta dentro de um frasco com soro de Ringer aquecido, submetida a rigorosos exames procedidos por diversos médicos, enfermeiros e auxiliares, que tudo faziam para descobrir o agente e a vacina contra a epidemia das crianças alemãs.
Enfim, graças à essa resistência heróica em todas as experiências cruciantes, os médicos Heinrich e Brumenwald conseguiram a vacina tão ambicionada para salvar os alemãezinhos afectados pela devastadora epidemia.
Conforme se verificou depois da guerra, as mesmas vacinas também debelaram crise semelhante em milhares de outras crianças vitimadas na região coreana e indo-chinesa.
Após terminar o seu objectivo sinistro e ao mesmo tempo terapêutico Heinrich olhou o judeuzinho e mandou tirar-lhe a mordaça.
Embora de coração enrijecido pela impassibilidade nazista, ele fez um gesto furtivo de comiseração ao defrontar a fisionomia mirrada e simiesca do menino, que 21 dias antes era saudável e atraente.
Heinrich fez um sinal e um enfermeiro aproximou-se, fazendo o menino engolir uma pílula que cheirava a flor de pessegueiro.
A infeliz criança afrouxou a fisionomia retorcida pela dor infindável e os músculos rígidos moveram-se, dificultosamente, sob estremecimentos nervosos.
Então Isaac, o judeuzinho vítima da cruel vivissecção, tombou a cabeça para a esquerda e expirou sob a acção letal do cianureto de potássio.
O enfermeiro alemão, um monstro de cara quadrada e queixo atirado para a frente num ângulo desafiador, cujas mãos de pêlos fulvos lembravam um gorila chamejante, arreganhou os dentes, dizendo num tom selvagem e insensível:
—. Morreu!
Heinrich e os demais médicos, a serviço de Hitler e curtidos pelas mais bárbaras experiências a fim de proteger a superior raça ariana, fitaram longamente o menino que resistira à tortura inquisitorial de 21 dias e horas, sem qualquer alívio ou chance de libertação.
Malgrado a voz indiferente, o médico-chefe não escondia certo timbre de admiração, quando dirigiu-se ao enfermeiro de aspecto brutal:
— Ele morreu, Wiegando!
Mas salvou a vida de milhares de crianças, assim que as vacinas dos laboratórios alemães forem aplicadas.
E retirando as luvas ensanguentadas, apontou para Isaac, a infeliz cobaia humana, acrescentando:
— Que vitalidade e resistência inacreditáveis!
Quanto nos ajudou!
É um corpo sacrificado pela salvação de milhares de outros corpos!
Ainda premido por algum remorso longínquo, antes de sair do aposento recomendou seriamente ao seu rude assistente:
— Enterrem-no!
Mas dêem-lhe boa sepultura; ele a merece!
**********
Decorreu certo tempo do simbólico calendário humano, quando Isaac abriu os olhos no mundo espiritual.
Logo estremeceu, horrorizado, sentindo ainda nos lábios a mordaça do esparadrapo e o gesto típico do sangue a fluir-lhe pela garganta, devido ao rompimento dos vasos.
De princípio, ele estranhou aquela claridade azul-celeste e repousante, muito parecida ao luar e que lhe dava um alívio inesperado, em confronto com a sensação atemorizante provocada pela luz mortiça dos geradores dos campos de concentração.
Julgava ouvir deliciosa melodia religiosa, numa saudade cálida e amorosa, revendo o rabi Joseph tocá-la ao órgão na sinagoga de Dresden, quando ali frequentava em companhia dos pais e irmãos.
A música parecia lembrar-lhe a fragrância dos lírios e flores do brejo, que floresciam nas margens do Reno e do Elba.
Projectava-lhe na mente as imagens das plantações de centeio, aveia, trigo e vinhas carregadas de uvas saborosas!
Circunvagou os olhos à procura dos homens tenebrosos que o torturavam algemado na mesa fria de mármore.
Onde estava o enfermeiro de rosto quadrado e aspecto de gorila, que lhe esgravatava os intestinos na procura doida de algo?
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Ou a mulher esguedelhada, sempre a espetá-lo com seringas dos causticantes?
O menino Isaac não ousava mexer-se, ainda petrificado pela posição atrofiante e tormentosa de 21 dias preso à mesa de autopsia de Auschwitz.
Antes, gemia louco de dor e sem saber o motivo porque sofria tanta crueldade; mas agora sentia-se inesperadamente aliviado nas dores físicas e o sofrimento parecia-lhe existir somente na alma!
Experimentou mover a mão direita e verificou que ela estava livre das algemas de couro.
A boca ainda estava colada por algo estranho, mas sem causar-lhe a opressão dolorosa, e os olhos exauridos de lágrimas descongestionavam-se, pouco a pouco, por efeito de invisível energia balsâmica.
Súbito, ouviu um ruido à sua esquerda e pelo canto dos olhos percebeu vestes brancas; então levou um choque tremendo e não conteve um gemido lastimoso, certo da presença do enfermeiro gorila ou da mulher de cabelos esguedelhados, que além de atormentá-lo com as seringas de injecções, ainda o chamavam de "raça vil e infame"!
Retesou o corpo num ímpeto instintivo de defesa orgânica, convicto da espetada atroz ou do rompimento de carnes sob nova operação; mas nada disso acontecia e a criatura, a seu lado, foi-se curvando suavemente para ele, mostrando um rosto de fada tão belo e terno, como ele jamais vira no mundo!
Ela pousou-lhe a mão na cabeça, num gesto caricioso e fluíam-lhe dos dedos vapores tão sedativos, que desejaria ficar ali algemado para o resto da vida!
— Isaac! Não tema, querido!
Tudo já terminou; você agora é o enfermo em jubilosa convalescença e devemos louvar o Senhor dos mundos pela redenção de sua alma!
Agora você poderá viver entre nós, durante os repousos da ascese espiritual!
A bela mulher, curvando-se outra vez, beijou-o na fronte, cuja emanação de ternura e afeição fê-lo vibrar sacudido por estranhas recordações familiares, quase podendo chamá-la pelo nome e reconhecer uma presença amorosa conhecida!
A porta do aposento abriu-se surgindo um homem belo e de traje exótico, meio hindu e meio egípcio, que sorriu para Isaac numa expressão de júbilo. (30)
Depois estendeu as mãos e fez-lhe alguns passes ou vibrações pelo corpo, aliviando o espasmo doloroso e restaurando o ritmo respiratório de modo saudável.
Em seguida, deu-lhe de beber um líquido refrescante, com sabor e a cor de romãs maduras, que ao descer-lhe pela garganta eliminava toda sensação e vestígio do sofrimento anterior.
Os lábios desprendiam-se facilmente, e Isaac estranhou a própria voz, ao dizer:
— Onde estão eles?
— Quem? — indagou o moço hindu-egípcio.
— O médico, a mulher esguedelhada e o homem com cara de gorila? — indagou, circunvagando os olhos com resíduos de grande pavor.
A bela mulher sentou-se junto dele e acariciou-lhe os cabelos num gesto amoroso.
Depois, então lhe disse, meigamente:
— Eles se foram. Nós libertamos você!
Não pense mais nisso; agora vai morar connosco, pois somos a sua família, compreende?
Você está completamente livre e longe da Alemanha.
Mas não faça perguntas, pois em breve estaremos em casa, entre amigos e protectores.
Isaac quis beijar-lhe a mão, mas ela apertou-o entre seus braços, despertando-lhe imenso júbilo, além de uma expansividade tão intensa, que julgou crescer, crescer sempre num impulso libertador de sua própria forma de menino torturado! Sob estranho sentimento parecia-lhe que alguém morava dentro de sua alma e conhecia a maravilhosa mulher a seu lado!
Mas o hindu-egípcio fitou-o bem dentro dos olhos, de modo cordial e enérgico; Isaac sentiu-se dominado por suave torpor e depois foi se aquietando, pouco a pouco, terminando por adormecer sob a mais doce sensação de paz e ventura.
Voava pelo céu e fugia, fugia incessantemente da escuridão tenebrosa, das mãos ferozes que o perseguiam e dos gritos e blasfémias, que o chamavam de "renegado", "renegado"! (31)
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Em seguida, o grupo de almas resplandecentes empreendeu o voo majestoso, ascensionando esbatido pelos fulgores topazinos e carminados do Sol astralino brilhando no poente, enquanto Swen, seus "vikings", com outras falanges, de espíritos em missão defensiva na Crosta, acenavam num longo adeus!
O grupo compunha-se de quinze espíritos volitando numa policromia de cores e luzes.
Eram seis mulheres tão formosas como as fadas e nove homens belos, imponentes e serenos.
A mais bela entre as mulheres, cujo perfil grego envolvia-se num traje lirial adornado de arabescos dourados sob um manto azul-claro de estrelas prateadas, sustinha nos braços um menino adormecido.
Algum tempo depois surgiu-lhes à frente o conhecido e formoso "Anfiteatro das Papoulas", refulgindo entre cintilações róseas e lilases sob a luz astralina.
Centenas de espíritos de vários matizes, raças, cores e luzes ali se aglomeravam em torno de um tapete confeccionado de flores vivas e veludosas, em cujo centro distinguia-se a frase colo- tida: "Benvindo o filio redimido do Senhor!"
Descendo num ângulo recto sobre o maravilhoso colchão de flores e finalizando o seu voo longínquo desde a Crosta, os quinze espíritos. pousaram no solo arminhado, enquanto Cíntia — a formosa grega — depositava carinhosamente o fardo precioso do menino Isaac.
Os presentes, jubilosos, curvaram-se para o rosto daquele menino, que passou a refulgir sob os matizes safirinos, lilases e róseos do ambiente, na fascinante combinação das cores áuricas de todos.
Sob a fragrância das flores odoríferas que matizavam o tapete atraente e florescente, a configuração perispiritual do menino adquiria um tom creme luminescente, e, depois evoluía para uma cor de laranja madura até esmaecer num colorido topazino, vivíssimo e emoldurando-se pelo róseo-lilás.
Apolónio — o venerável velhinho — acompanhava atentamente a metamorfose das cores em torno do menino adormecido.
Em seguida, levantou a cabeça e apontando Isaac., disse aos demais espíritos:
— Ainda predomina algo do matiz que define a mente egoísta ou ambiciosa, nos seus reflexos do alaranjado um tanto obscuro.
Mas, louvemos o Senhor, porque o rendilhado róseo-lilás não é apenas refulgência do nosso ambiente, pois já distingo-lhe a fonte carmim e violeta no tórax!
O amarelo intelectivo também se mostra bem claro, comprovando a sabedoria, norteando-se para fins nobres!
Apolónio terminou sua descrição dizendo com visível emoção.
— Aliás, a ternura e humildade já fizeram moradia no coração dele! (32)
Levantou os braços e cerrando os olhos, convidou todos à breve saudação:
— "Senhor, Criador do Cosmo e Pai boníssimo; os pensamentos e as palavras jamais poderão exprimir a nossa ventura espiritual neste momento, ante a redenção de mais um dos nossos queridos familiares purificados na carne sob o processo justo e lógico da dor!
Ave, Senhor!
Mil graças pele ingresso do novo servidor da Luz nas fileiras do Cordeiro!"
Setas luminescentes, como um chuveiro flamívolo desciam do Alto atingindo a fronte daquelas almas formosas, cuja. prece breve, mas eloquente, avivara-lhes os fulgores do mais puro carmim emoldurado pelos eflúvios argênteos em suas auras sublimes. Apolónio subiu ao estrado castanho claro luminoso, e fazendo um gesto cordial, assim se expressou:
— Meus irmãos!
Acabamos de usufruir mais um momento incomum em nossa vida espiritual, pelo retorno dos oito réprobos familiares redimidos na carne humana!
Enquanto isso Adolfo Hitler continua alastrando o fogo tenebroso da guerra na face do orbe terráqueo.
Milhares de criaturas, ainda expiam o carma colectivo desde os tempos bíblicos, sofrendo sob os nazistas as dores e tragédias que semearam imprudentemente no passado!
Agora envergam o traje carnal de judeus travestidos de mulheres, crianças, moços e velhos, sucumbindo atrozmente nos "guettos" incendiados, muros de fuzilamento, estertores da fome e nas câmaras de gases dos campos de concentração!
Mas acertam seus débitos com a própria contabilidade terrícola e limpam sua contextura perispiritual da carga tóxica da "maldade", para depois comparecerem devidamente asseados ao banquete eterno da Casa do Senhor!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:44 pm

E apontando Isaac, o menino adormecido sobre o tapete de flores, situado a alguns passos do formoso lago guarnecido de papoulas cintilando num fogaréu rutilante, Apolónio exclamou, comovido:
— Eis o mais feroz dos réprobos, agora glorificado pelos tormentos da rectificação cármica, graças à acção centrífuga das próprias energias sublimes do espírito imortal!
Expeliu a carga tóxica, desintegrou crostas petrificadas pela ambição, orgulho e crueldade, eliminou venenos mentais nutridos pela revolta ou vingança!
Agora situa-se além do domínio implacável da "mente-instintiva" (33) que já lhe foi bastante útil na formação humana, mas doravante deve ser "dirigida" pelo discernimento da consciência espiritual.
A mente instintiva coordena a organização do mineral, vegetal, animal e homem, porém, queridos irmãos, só a "mente espiritual" governa o esquema definitivo do anjo!
Apolónio cessou de falar, comovido por suas próprias palavras, e depois continuou traindo um suspiro de pesar:
— Malgrado a campanha hostil e destruidora encetada por Othan, Sumareji e El Zorian, eles fracassaram nas suas investidas maquiavélicas e os oito réprobos, seus comparsas de outrora, puderam cumprir integralmente o programa redentor!
Algemados ao mármore frio da vivissecção sob o guante dos nazistas, não puderam fugir das provas redentoras e resgataram suas "horas culposas" desde os milénios findos!
Mas também proporcionaram ao mundo físico as vacinas descobertas nas suas próprias entranhas esfrangalhadas, salvando milhares e milhares de outras criaturas, e assim compensando, no futuro, o passivo das trucidações pregressas!
Sob a lei de que o espírito há de pagar até o "último ceitil" e "colher segundo a semeadura", os nossos réprobos devolveram em "bónus-salvação" o montante de vidas destruídas nas tropelias insanas da bestialidade guerreira!
Doravante, poderão prosseguir na ascese espiritual com melhores ensejos de aprendizado e na vivência mais íntima com a fonte eterna do Criador!
Descendo do estrado, Apolónio ultimou:
— Caros irmãos, agora partiremos com a nossa última carga preciosa para "Bem-aventurança", e aguardemos o desenvencilhamento das formas infantis dos réprobos torturados na Crosta, até vermo-los despertarem conscientes e felizes, depois da prova cruel redentora.
Esqueçamos a Atlântida, Lemúria, Babilonia, Assíria, Indochina, Egipto e a própria Grécia, que foram palcos de morticínios, vinganças, ambições e tropelias dos nossos familiares, para mobilizarmos todos os nossos esforços e energias espirituais no sentido de sua breve redenção.
Após silêncio emotivo e brilho saudoso nos olhos, todos seguiram lentamente pela formosa alameda ladeada de flores pequeninas, semelhantes a minúsculas chávenas de chá, brincos de rubis e ametistas, arabescos e jóias dos mais variados feitios e cores, que resplandeciam em fulgores lucíferos à sua passagem.
Cíntia curvou-se para o tapete florido e ergueu nos braços fulgentes o menino adormecido, mostrando-se enrubescida ante o olhar majestoso de Apolónio, que lhe seguia os movimentos ternos.
Mirando Isaac, o judeuzinho tão sacrificado nos experimentos tenebrosos dos médicos nazistas de Auschwitz, .ela então exclamou, feliz:
— Querido Apolónio, eu só imagino como Sesóstris deve estar belo depois de redimido e desvencilhado da figura transitória infantil de Isaac!
E num suspiro amoroso, que lhe avivou o róseo-carmim da aura, aduziu.
— Mesmo rebelde e agressivo, ele já era tão atraente!
Quando todos desapareceram no seio da cerração fulgente, atrás do portal de "Bem-aventurança", expluíram no ar flocos de luzes douradas rebentando em cores inacessíveis à mais aguçada visão humana.
Semelhante à uma noite feérica de fogos de artifícios, inimaginável na crosta terráquea pela suprema beleza, iniciava-se a festividade sideral pelo retorno de mais um "filho pródigo" à Casa do Pai!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:44 pm

(1) Atanagildo : — Impossibilitados de descrevermos as paisagens das regiões venturosas, em face da pobreza da linguagem humana, somos obrigados a recorrer ao recurso metafórico e ao palavreado de uso literário do mundo, tal qual o fizemos na descrição do "Anfiteatro das Papoulas".
Releve-nos, o leitor, a nossa tentativa infrutífera do transmitirmos uma ideia pálida das esferas espirituais superiores, onde usamos e abusamos de imagens "argênteas,- translúcidas, cristalinas, refulgentes cambiantes ou revérberos", tentando associarmos na mente dos leitores as suas próprias lembranças da realidade imortal.
Exercemos verdadeira garimpagem na mente do nosso médium, mas, infelizmente, o ouro e o diamante que ali podemos faiscar, ainda são insuficientes para uma singela compreensão do cenário edénico.
(2) N. do Médium: — Pergunta 93, do capítulo "Do Mundo Espírita ou dos Espíritos", parte segunda e capítulo I, "Dos Espíritos", da obra "Livro dos Espíritos", editada pela Livraria da Federação Espírita Brasileira.
(3) Vide as seguintes obras sobre "duplo etérico" e os "chacras": "Elucidações do Além", de Ramatis, ou "Charras", de Leadbeater, da Livraria "O Pensamento" e "Passes e Radiações", capítulo "Charras" de Edgard Armond.
(4) Senhores do Carma, assim conhecidos pela filosofia oriental; espíritos encarregados de esquematizarem os programas redentores dos encarnados no processo de rectificação espiritual.
(5) Marcos cap. VIII v. 34 a 36: Lucas cap. IX v. 23 a 25 — Mateus cap. X v. 39.
(6) Maurício, tribuno e militar, era comandante de uma legião romana.
Ele e seus soldados, quando se achavam em Jerusalém, impressionados com os relatos da vida de Jesus, converteram-se ao Cristianismo.
Tendo o imperador Diocleciano destacado essa legião para liquidar os rebeldes na Gália e ordenado que prestassem culto aos deuses e falsas divindades, todos negaram-se a isso e foram passados a fio de espada, ao cair da noite de 28 de Setembro de 286.
Maurício, hoje, é o guia e o paraninfo das "Cruzadas dos Militares Espíritas" no Brasil, inspirando entre os próprios militares o espírito de paz e amor.
(7) Um dia do calendário sideral compreende 2.160 anos do calendário terreno, ou seja, um signo astrológico completo.
O signo de Pisces iniciou-se quase em vésperas do nascimento de Jesus, cuja influência finda-se em breve, substituída pelo signo de Aquário, aliás, considerado o clima ideal para o desenvolvimento do Espírito no campo mental e científico.
Aliás, em face da penetração da Ciência no mundo imponderável, a própria definição de materialismo enfraquece-se, ante uma concepção de espiritualismo positivo, em que, muito breve, o espírito será identificado nas balanças de precisão dos laboratórios terrenos.
Vide o cap. "Considerações Sobre o Grande Plano e Calendário Sideral" da obra "O Sublime Peregrino", de Ramatis, edição "Liv. Freitas Bastos S/A."
(8) Vide o capítulo "Os que Emigrarão para um Planeta Inferior", da obra "Mensagem do Astral", de Ramatis, edição da Livraria Freitas Bastos.
(9) Vide a obra "Mensagens do Astral", de Ramatis, cujo astro intruso, apesar de sua descrição física algo incoerente com as leis astronómicas, e, mesmo impraticável, numa passagem brusca entre o Sol e a Terra, oculta um dos acontecimentos mais importantes para a humanidade terrícola previsto há milénios.
No momento, só os estudiosos rosa-cruzes, teosofistas e talvez yogas, devem entender a verdadeira significação do astro intruso, como futura habitação dos exilados da Terra.
Na sua órbita de 6.666 anos, esconde-se grande parte da revelação ainda imatura ao homem, porque se prende principalmente à ocorrência de ordem espiritual.
(10) Talvez o leitor estranhe a nomenclatura prosaica à guisa de contabilidade terrena; porém a terminologia sideral é bem mais rigorosa e disciplinada do que nas organizações humanas transitórias.
Na realidade, ela controla o trânsito dos espíritos entre os mundos espirituais e físicos, e abrange panoramicamente o tempo de cada consciência individualizada no Cosmo.
(11) Vide parábola do festim de bodas, Mateus XXII, vers. 8 a 14, alusão ao perispírito purificado e limpo, simbolizado na túnica nupcial imaculada que permite seu dono participar do banquete divino, pois em caso contrário será atirado às trevas exteriores, ou seja, nos charcos da purificação astralina ou no purgatório da existência humana.
(12) Maioral, o comando supremo do mundo das Trevas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:44 pm

(13) Vide cap. "Jesus e sua Descida à Terra", da obra "O Sublime Peregrino", de Ramatis, edição da Livraria Freitas Bastos S/A.
(14) Apesar da formosa tradição sobre David, o salmista e filho de Salomão, do qual a Bíblia transmitiu-nos uma ideia lisonjeira, o certo é que ele também não passou de um feroz guerreiro cruel e vingativo, a trucidar mulheres, crianças e velhos indefesos. Como exemplo a esmo de suas barbaridades, eis o que se encontra em "Reis, Livro 2.0, cap. XII, vers. 31", da Bíblia, que transcrevemos:
"E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; e que passassem por cima deles carroças ferradas; e que os fizessem em pedaços com cutelos; e os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades dos amonitas; e voltou David com todo o seu exército para Jerusalém."
Conforme comunicação mediúnica de fonte fidedigna, os mesmos soldados e comparsas de David e autores das atrocidades relatadas, retornaram à Terra e sob a "lei do choque de retorno", expiaram como judeus e sob o jugo alemão, os crimes do passado.
Há mesmo quem diga que Adolfo Hitler e David são os mesmos, o que nos parece bastante coerente, pois entre ambos é difícil dizer qual deles é o mais feroz e falso místico!
(15) Seria muito complexo esmiuçar para os leitores um gráfico de "horas culposas" sob a responsabilidade dos departamentos de planeamento cármico. Sendo matéria que em breve será transmitida para a Terra de maneira didáctica e expositiva, cabe-nos apenas a tarefa de assentar as bases dessas primeiras revelações numa conceituação geral.
Aliás, o levantamento de tal gráfico não se prende própriarnente a segundos, minutos e horas terrícolas, mas é fruto de exames do "estado mental e emotivo" do espírito culposo, cujo processo não encontra analogia nas coisas do mundo carnal.
(16) Entidades conscientes podem decidir quanto à expiar suas horas culposas numa só existência carnal, caso sintam-se capazes de resistir às provas máximas de purgação psíquica, ou então dividi-las em liquidações parciais, através de algumas vidas na carne.
Malgrado os conselhos superiores, muitos espíritos preferem uma liquidação ou expurgo imediato de sua toxicidade perispiritual numa só existência; mas, diante das dores atrozes e vicissitudes incomuns, as vezes suicidam-se agravando ainda mais a sua situação espiritual em face de tais desatinos.
(17) Quando na matéria um caminhão bate a máquina e precisa ser rectificado, ninguém considera isso castigo ou punição, mas providência Indispensável para o conserto imprescindível.
Em breve, sob o processo técnico da oficina mecânica, o caminhão readquire a sua capacidade e função comuns, voltando a trafegar pelas estradas do mundo e produzindo novamente a receita para o seu dono.
O espírito, quando claudica por imprudência ou ignorância, também precisa submeter-se à "rectificação cármica" ou reajuste espiritual, que depois o devolve em condições de prosseguir pela estrada de sua angelização.
(18) Buscamos analogia de certos acontecimentos e objectos da Terra, que possam dar uma ideia mais aproximada da realidade do mundo espiritual superior, onde as coisas são realmente "diáfanas, translúcidas, refulgentes, delicadas, etc."
(19) N. Atanagildo: — Diz-nos irmão Navarro que foi médico no Brasil, "que nos cromossomos, em verdade, há um verdadeiro projecto, programa ou .roteiro, que tem por fim assegurar as características fundamentais do indivíduo na sua estrutura corporal e dentro de uni esquema peculiar dos ascendentes hereditários.
No entanto, a substância fundamental do cromossomo são as núcleo proteínas.
'Embora as proteínas sejam substâncias de alto peso molecular, compostas de carbono, oxigénio, nitrogénio, hidrogénio e as vezes com algum fósforo e enxofre, cuja, pedras de construção são os aminoácidos, as proteínas também compõem certas substâncias fisiologicamente activas, como por exemplo toxinas, tóxicos e "enzimas"!
As enzimas, como moléculas proteicas estão presentes em todas as coisas vivas, e, actualmente, alguns cientistas estão convictos de que praticamente, todas as doenças têm sua origem na falta de enzimas ou devido a enzimas insuficientes.
E o que é mais importante; existe no cromossomo um germe específico como factor de hereditariedade, que governa toda produção, ajuste e actividade das enzimas no organismo.
Evidentemente, quando falta esse genes director ou é defeituoso, acontece fenómeno idêntico com a enzima, decorrendo, também, as alterações do indivíduo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:44 pm

Apenas para dar uma ideia aos leitores do processo "demolidor" dos cientistas das confrarias negras do Espaço, diríamos que eles conseguem bombardear "magneticamente" esse genes director da anatomia o fisiologia das enzimas, produzindo, assim, as perturbações na composição do organismo e resultando inúmeras enfermidades e consequências funestas no nascituro.
Esse genes, assim como o espermatozóide, significam para nós, no Além, apenas os "detonadores psíquicos" que ligam as energias do éter-cósmico com as energias do éter-físico; são elementos que ainda sofrem a nossa acção "mental-magnética" e funcionam no limiar da vida astral e física.
Daí certo poder radioactivo que podemos exercer em tais germens, porque sua estrutura astralina sobrepõem-se, propriamente, à energia e vitalismo do mundo físico.
Aliás, a própria ciência terrena admite que as radiações atómicas agindo na medula óssea, produzem fenómenos anómalos na hemocitopoese incelóide.
(20) Embora a terminologia do mundo astralino possa ser entendido sobre outros aspectos, que identifiquem "estados angélicos" ou "estados diabólicos", há, realmente, uma nomenclatura no género que especificamos.
Não se trata de ficção muito ao gosto humano; mas são confrarias e instituições cujas denominações identificam-lhes perfeitamente o género de actividades destruidoras, agressivas e subversivas do padrão angélico da alma.
Algumas delas surgiram na Terra fundadas por espíritos exilados de outros orbes; mas sempre copiaram a acção agressiva ou destrutiva de certos animais, reptis ou insectos.
Em consequência, inspiram-se no dragão que vomita fogo, ou, ainda, na serpente que rasteja pérfida e traiçoeira, cujos adeptos fanáticos são capazes de tudo no astral inferior.
Em antítese, os trabalhadores do Bem distinguem-se pela sua filiação à "Comunidade do Cordeiro", símbolo de mansuetude, humildade e ternura sob a égide do Cristo.
(21) Os leitores não devem estranhar as referências propositadas nestes contos verídicos, pois atendemos a instruções dos nossos Maiores, que acham de bom alvitre transmitirmos para a Terra mais alguns fragmentos da realidade da vida oculta.
Os médicos ou cientistas das esferas superiores criam, ajudam e aliviam; os das Trevas prestam-se a toda sorte de maquiavelismos, tarefas destruidoras e indignas, diferenciam-se tanto quanto o médico terreno e sacerdote, que cura e socorre, do que serve ao "gangsterismo" do mundo, ou faz da dor alheia urna tábua de negócios!
(22) Fogo serpentino: — força telúrica, fruto da transformação do éter-cósmico pelo campo do astral terráqueo.
Vivifica o homem através do "chacra" kundalíneo (sacrococígeno), cujo desenvolvimento prematuro é perigoso sem a devida espiritualização crística, por se tratar de força que tanto cria como destrói.
Jesus tinha o "chacra kundalíneo" desenvolvido em existências anteriores, e curava à distância pela força do seu Amor.
Tamerlão, Gengis-Can, Atila, Aníbal, Alexandre, Hitler e outros, através de processos censuráveis de magia negra, também o haviam desenvolvido.
No entanto, a mesma energia que lhes dava o poder sobre as massas, terminou por destruí-los no vórtice de sua acção violenta pelo choque de retorno.
(23) Serpente Vermelha, Dragões, Escorpiões e Caprinos, são remanescentes de velhas confrarias de magos negros que existiram na Terra desde os evos da Atlântida, pois chegavam a dizimar tribos adversas à longa distância, agindo pelo éter-físico através do "chacra esplénico" — sobre o baço —, interrompendo ou intoxicando o afluxo do "prana" ou energia vital emanada do Sol.
As vítimas sucumbiam pela exaustão, algo parecido à leucemia ou anemia perniciosa.
Não podemos nos alongar nas minúcias desses processos, porque seria incentivo à criação de adeptos mal intencionados, bem assim como devemos proteger o médium de assaltos perigosos do astral inferior.
(24) N. Atanagildo: — A título de advertência às mães gestantes, esclareço que os espíritos exilados, ou "anjos decaídos", quando aceitam a encarnação terrena como ensejo de redenção espiritual e consequente adesão à comunidade do Cristo, ficam estigmatizados pelos próprios comparsas do mundo oculto na condição de renegados perseguidos impiedosamente.
A fim de dificultar-lhes, a encarnação redentora, os cientistas das Trevas procuram actuar na mente e emotividade das mães gestantes, insuflando-lhes vícios, paixões, frustrações ou irascibilidades, que proporcionam um clima etéreo-físico poluído capaz de facilitar o bombardeio magnético sobre o nascituro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:45 pm

A mulher grávida imprudente ou invigilante, pode alimentar esse clima ou ambiente fluídico nocivo engendrado pelos adversários, prejudicando o desenvolvimento embrionário do próprio filho.
Os trevosos tentam atingir a tessitura cromossómica dos nascituros, para impedi-los de uma vida sadia ou consciente na matéria.
As parturientes deviam evitar ambientes viciosos, reuniões fúteis, espectáculos licenciosos, palestras maledicentes, novelas, filmes, teatros e diversões que chocam, nauseiam e excitam o sistema nervoso repercutindo na mente da própria criança.
A mãe é a médium da vida e quase sempre ignora a aflição dos protectores do seu futuro filho, quando ela mesma favorece a consecução dos objectivos daninhos e diabólicos do astral inferior.
O programa severo da gestante deveria ser sempre moldado em bons pensamentos, amizades espiritualizadas, linguagem limpa, leituras construtivas, prece habitual, alimentação suave, rejeição ao álcool, fumo e excitantes, proporcionando assim o ambiente tranquilo e sadio para o descendente carnal.
(25) N. Atanagildo: — Como ainda não posso esmiuçar notícias prematuras a muitos leitores incipientes nos escaninhos da espiritualidade, os mais percucientes poderão entrever nas entrelinhas destes contos, o assunto iniciático e que já é entrevisto nas obras de Ramatis, o nosso "Mestre de Exílio Planetário".
A visão panorâmica do Cosmo é conhecida entre os santos como o êxtase e entre os iniciados hindus como "samadhi"; é a beatitude ou Paz de Espírito impossível de se descrever com as palavras do vocabulário humano.
O ser abrange o conhecimento cósmico e funde-se com 'Criador, numa fracção de segundo, sem perder sua individualidade.
O espírito do homem modifica-se depois do "samadhi", pela poderosa vibração que lhe revoluciona o íntimo; dali por diante assenta os seus propósitos espirituais na linha recta da angelitude.
Como todo homem é uma centelha individualizada no seio da Consciência Cósmica, o êxtase ou "samadhi" pode surgir da conjugação de circunstâncias inesperadas, que elevam a emoção do ser ao máximo de sua suportação consciencial.
É um extravasamento de força que rompe a personalidade humana, num impulso esférico ou em todo os sentidos e sem limite, cuja acção poderosa e centrífuga do espírito lança-o lora do tempo e do espaço, no oceano cósmico do Criador.
(26) N. do Médium: — Vide o capítulo VI, da obra "O Fio da Navalha", de W. Somerset Maughan sobre a realidade divina ou a imersão no Absoluto.
Idem a obra "Autobiografia de Un Yogi Contemporâneo", principalmente o último terço da mesma obra. "Ediciones Siglo Veinte" — Buenos Aires — S.R.L. Juncai 1121 — Argentina.
(27) Vide os "Devas" e os "Arquétipos".
(28) Vide capítulo "Reencarnação", da obra "Missionários da Luz", de André Luiz, por Chico Xavier, em que o assunto do "perispírito fetal" é elucidado de modo minucioso.
(29) Nomes fictícios, apesar da maioria dos leitores saber quem foram os médicos autores dessas experimentações cruéis.
30) Amuh-Ramaya é entidade graduada pela iniciação hindu e egípcia, conhecedor profundo da psicologia das duas raças e familiar dos protagonistas.
31) No transe da recuperação energética, Isaac captava através da mente poderosa a reacção furiosa dos seus próprios comparsas que abandonara pela redenção espiritual.
(32) Na Cromosofia astralina, as mesmas cores podem identificar dois extremos de graduação espiritual, variando conforme a claridade, brilho, ou opacidade.
Assim, o verde sujo representa ciúmes e o verde ardósia a falsidade baixa, enquanto o verde claríssimo, brilhante, identifica tolerância, tacto, adaptabilidade ou sabedoria do mundo.
O amor sensual e grosseiro pode se exprimir por um carmim escuro e opaco, enquanto o rosa claro e brilhante define elevada forma de amor.
O azul escuro, sujo, interpreta a religiosidade interesseira e censurável, mas o claro luminoso demonstra senti mento religioso elevado e alta espiritualidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 02, 2021 7:45 pm

Na própria concepção do mundo físico, o preto é a cor negativa representando o ódio, a malícia e a vingança, combinadas ao tom vermelho chamejante.
O branco, no entanto, 6 a pureza de coração!
Em verdade, o preto, o encarnado chamejante ou amarelo violento dominam nos planos inferiores; no entanto, o verdadeiro amarelo claríssimo e formoso define a iluminação espiritual, enquanto a cor do sétimo princípio, que é o Espírito, é absolutamente branca e inimaginável para o homem.
(33) Vide a excelente obra "Quatorze Lições de Filosofia Yogi", sobre o assunto no cap. "Os Princípios Mentais", editada pela Livraria "O Pensamento", de Yogi Ramacharaka e compêndio utilíssimo aos estudiosos da vida Imortal.

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