LUZ ESPÍRITA
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Artigos sobre a Mediunidade

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty O Médium e o Centro Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:18 pm

Joanira Necas Soares

O Centro Espírita é uma organização humana e no seu funcionamento precisa de muitos colaboradores, dentre eles os médiuns, que são os instrumentos usados pelos Espíritos para o intercâmbio espiritual entre os dois mundos.

Daí, portanto, o Centro Espírita precisa do médium, assim como o médium precisa do Centro Espírita.

A Doutrina Espírita sem a prática mediúnica ficaria incompleta e perderíamos belíssima oportunidade de restauração moral em decorrência dos exemplos e ensinamentos que vivenciamos, além de que as comunicações espirituais nos trazem muito conforto, consolo, amparo e aprendizado.

O Centro Espírita é importante para o médium como centro de apoio e força espiritual para o desempenho de suas tarefas doutrinárias (o mediunato).

O médium não deverá jamais desempenhar suas tarefas mediúnicas em seu lar ou em lares alheios.
É imprescindível conscientizar-se sempre de que ser médium não é privilégio e que mediunidade não dá atestado moral a ninguém.

O médium tem o dever de conhecer as obras básicas da Codificação Espírita, de evangelizar-se e de divulgar o Espiritismo, dando-lhe atenção e carinho, isso é uma grande prova de amor.

O exercício da mediunidade exige perseverança, disciplina, amor, paciência, estudo e interesse contínuo.

O médium é uma pessoa comum, susceptível de variadas influências de carácter emotivo, daí, portanto é também merecedor de compreensão, solidariedade e carinho.

Médiuns, mediunidade e Espíritos estão todos a serviço de uma única causa:
a evangelização da humanidade, alicerçada no “Amai-vos uns aos outros.”

Mais importante que ser médium é ser bom.
Quem vivencia o bem com consciência, o vivencia em plenitude.

Mediunidade é dada aos homens para o intercâmbio do bem, os médiuns que se afastarem desse caminho, estarão desvirtuando-a da sua finalidade básica e certamente responderão por isto.

Seja qual for o sector de atividade a que estejamos engajados, a prática do bem é o essencial em nossas tarefas doutrinárias.

Devemos exercer a mediunidade, seja de que tipo for com respeito e carinho, sempre agradecendo a Deus por estarmos trilhando esta estrada de luz e levando a nossos semelhantes, encarnados e desencarnados, consolo, amor e carinho

No desempenho dos deveres mediúnicos os médiuns deverão tomar por base a disciplina e a humildade;
na qualidade de servidor, o médium não tem direito de ser arrogante ou presunçoso.

É muito importante também que os médiuns tenham noção de limites, que conheçam o regulamento da Casa Espírita em que trabalham, isso é fundamental para que se evite algum tipo de relacionamento desagradável;
primar sempre pela ordem e colaborar no que for possível para a harmonia, o bom funcionamento do Centro Espírita.

Continua...
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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty Re: Artigos sobre a Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:19 pm

Continua...

A psicosfera psíquica de uma instituição revela o equilíbrio de seus trabalhadores.

É fundamental que os médiuns não se tornem, de forma alguma, em pedra de tropeço no bom desempenho das tarefas doutrinárias;
nunca ser obstáculo à propagação da Doutrina;
não ser instrumento de dissenções e discórdias nos estudos e actividades doutrinárias, evitando ataques pessoais, a pretexto de defender a verdade, do tipo:

“pela Doutrina eu falo tudo, faço isto ou aquilo.”

Quem ofende um ser humano dentro de um Centro Espírita, está desrespeitando a Doutrina;
procurar se dirigir aos companheiros fraternalmente, nunca com presunção ou superioridade;

que os médiuns não se invejem mutuamente, cada tipo de mediunidade cumpre com uma finalidade de suma importância no contexto geral do intercâmbio com o invisível.


Que os médiuns sintam a responsabilidade que lhes pesa sobre os ombros e guardem vigilância redobrada contra os espíritos incendiários, aqueles que alimentam o fogo da desavença nos corações.

Toda espécie de trabalho para produzir os melhores frutos carece de disciplina e abnegação, na mediunidade isso é indispensável.

Confiar na orientação dos bons Espíritos, com paciência sempre se encontra boas soluções, as coisas se encaixam e se encadeiam no seu tempo certo.

No grupo mediúnico estar atento para identificar o medianeiro que se revele portador de determinadas deficiências e ampará-lo por todos os meios possíveis, para que em si a mediunidade seja fonte de luz e crescimento espiritual.

Mediunidade em si não é um mar-de-rosas, nem actividades de prazeres momentâneos, é, porém, oportunidade divina para mais rápida ascensão a todos aqueles que dela souberem se beneficiar, ou seja, usá-la com responsabilidade, exclusivamente para o Bem.

O médium que se pautar dentro dessa linha de conduta, terá, com certeza, grandes oportunidades onde estiver e fará da sua Casa Espírita um lugar de credibilidade e aconchego moral para tantos que necessitam de paz e orientação.

Assim sendo o bom Centro Espírita se revelará pelos médiuns e trabalhadores que possui.

A Casa Espírita e o médium estão interligados e interdependentes.

Fonte Bibliográfica:
* Mediunidade e Evangelho – Carlos Baccelli/Odilon Fernandes (Espírito)
* Conduta Espírita – Waldo Vieira / André Luiz (Espírito).

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty “PALAVRAS AOS MÉDIUNS”

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 13, 2011 9:47 pm

Ante a mediunidade que lhe concede as possibilidades de intercâmbio com Plano Espiritual, honre o culto onde a vida situou a sua existência.

Não o inquietem as dúvidas, nem o aflijam as incompreensões.

Em todos os tempos, os corações assinalados para as tarefas superiores do espírito experimentaram opróbrios e zombarias, sorvendo, em silêncio, vinagre e fel, continuando, porém sem temor.

Uns, atraídos pelas falazes oferendas da ilusão, desatrelaram-se do compromisso e tombaram a meio do caminho, sem valor para avançarem resolutos até o fim.

Outros, receosos, estacionaram na jornada, interrompendo o ministério do auxílio, detendo-se infelizes e inquietados.

Alguns, malbaratando a valiosa oferenda para reparações intransferíveis, converteram o tesouro de socorro em valores estanques onde se demoram semi-hipnotizados, enlanguescidos e dominados por forças impiedosas da Erraticidade.

Mais outros, precipitados e invigilantes, procurando verificações e procedendo a jornadas de investigação inconsciente ficaram detidos nos portais da Espiritualidade, vencidos pelo cepticismo, inspirado por verdugos cruéis de priscas eras...

Raros, somente, conseguem converter o talento da ocasião em moeda de luz-benefício que se espraia em consolação e caridade, esclarecimento e auxílio e se dilata como bênção do Céu ao sofrimento, nas regiões entre o céu e a Terra.

Todavia, as dificuldades a vencer são múltiplas.

Investigadores que desejam travar relação com os Espíritos, como se operassem num laboratório de Química ou Física, farão exigências descabidas que, embora você deseje cooperar, não poderá constranger os Espíritos à cessão, como se, negligentes das próprias responsabilidades, devessem ser manipulados a bel-prazer pelos espíritos reencarnados na retaguarda.

Pesquisadores falarão, em nome da Metapsíquica e da Parapsicologia, em subconsciência, cascões mentais, telepatias, personismo e animismo, e utilizando terminologia complicada, procurarão aplicar golpes de misericórdia na bruxuleante faculdade de percepção espiritual que brota com débil nascente, mas que em breve se converterá em fonte generosa, rica de vida e alegria...

Amigos, ditos escrupulosos, serão mais severos e utilizando epítetos vigorosos malsinarão suas horas, amargurando os momentos da sua soledade e me-ditação.

Não se detenha, nunca, porém.
A mediunidade brota em todas as criaturas, é de todos os tempos e de todos os lugares.
Nero via constantemente os Espíritos Agripina, sua mãe e Popéia, sua segunda esposa, assassinadas pela sua impiedade.

São João Crisóstomo, interpretando as cartas paulinas, ouvia o ditado de uma Entidade angélica, que alguns crêem tenha sido o excelente Apóstolo das gentes...

Teresa d’Ávila, em visões espirituais e em processos de desdobramento, visitou as regiões da dor onde foi submetida a espectáculos afligentes que descreveu, atemorizada, servindo, porém, infatigável, a Jesus Cristo.

Savanarola, perseguindo médiuns e inventores, foi visitado por Espíritos e sofreu ele mesmo, os tormentos que infligiu às suas vítimas.
Descartres, acreditava-se inspirado pelo Espírito da Verdade, com quem confabulava em sonho.
Frederico Nietzsche era atormentado por espíritos...

A relação daqueles que travaram contacto com o Mundo Espiritual é imensa.
Filósofos e santos, mártires e poetas, escritores e artistas, sábios e guerreiros conheceram a vida Espírita em circunstâncias marcantes da existência.

Com a revelação Espírita, porém, você sabe, depois de pesquisas honrosas e labores incontáveis, que a vida continua além da morte, que os mortos vivem e retornam e que a mediunidade é estrada de serviço que não podemos desconsiderar.

Não se detenha, quando perseguido, a responder aos incautos e irresponsáveis, nem se demore a lamentar as dificuldades e os dissabores.

Trabalhe, trabalhe, trabalhe!
Jesus trabalha sem cessar e sem receber a menor consideração dos beneficiários, desde o começo até hoje...

Receba, assim na dificuldade, o buril lapidador que modificará as nugas da sua alma;
aprenda a identificar no problema o estímulo necessário e compreenda que serviço é luta e luta é sofrimento em favor de nós mesmos.

Mediunidade significa faculdade daquele que está no meio.
A posição de quem se encontra entre planos diversos é sempre difícil.
Procure conciliar as diferenças de vibração e plano, situando a mente e o coração em Jesus e sirva, sirva sem parar.

Escreva, fale, incorpore, ouça, ensine, assista com passes, magnetize a água, distenda o medicamento, o pão e o agasalho, ame, ajude e vá além, fazendo do serviço incessante o caminho das suas horas, incompreendido mas generoso, desconsiderado mas amigo, sofrendo mas socorrendo e atingirá o ponto ideal como médium do bem, em cuja mente e coração os Espíritos da Luz encontrarão o clima para as tarefas de reconstrução do mundo em que você habita, que é o nosso berço, em nome do rei Sublime que desdenhou um trono de ilusão pela glória do serviço redentor.

Manoel Philomeno de Miranda

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty “NO TRATO COM OS DESENCARNADOS”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 14, 2011 9:01 pm

Receba o espírito desencarnado no ministério da doutrinação, como o enfermeiro devotado atende o doente recalcitrante.

O espírito de mente desalinhada ignora a gaiola escura que o aprisiona.
Abra uma brecha para que a luz brilhe no seu pensamento turbilhonado, usando o bisturi do amor.

O perseguidor impiedoso desconhece o vigor da “Lei de Causa e Efeito”.
Esclareça-o e socorra-o com a palavra colocada a serviço da psicoterapia.
O dementado que acusa e recalcitra não sabe que a vida física se extinguiu.

Fale-lhe da morte como porta de acesso ao país da consciência em liberdade.
O parasita obsidiante que se nutre do vigor do médium em desarticulação, não compreende que a vida é rigorosa para com os exploradores da fraqueza alheia.

Ofereça a sua experiência e liberte a vítima com a lâmina prestimosa da bondade socorrista.

O leviano que perturba e zomba ignora-se a si mesmo.
Desperte-o para o bem através da melodia evangélica com que o Espiritismo honra os seus dias.

O desesperado, a debater-se inquieto, demora-se na enfermidade ignorando a gravidade da doença que carrega consigo.

Oferte-lhe piedoso auxílio e renove-o para a vida.
Toda dor clama por oportunidade de libertação.

Toda aflição enseja serviço para quem a contempla.
A morte do corpo em nada modifica a condição mental do Espírito.

Morte e vida expressam condições de ambientação mental.
Por isso há vivos mortos como sonâmbulos em dolorosa condição e mortos vivos construindo uma era de esperança no seio dos corações.

A somente atinge a forma externa.
A carne que sucumbe ressurge em composição diferente.

Milhões de desencarnados ignoram a própria situação.
A grande maioria vem a morrer psiquicamente só muitos anos depois...

Para ajudá-los não é necessário verberar os seus enganosos compromissos, apresentando à indiferença alheia as enfermidades deles.

Não é preciso que lhes sindique a procedência moral.
Nem que os humilhe na pequenez em que se demoram.

Ninguém ajuda revoltado.
Quem apenas reclama não corrige o erro.
Só o amor possui o miraculoso dom de salvar.

Abra os braços e ajude sem cansaço mesmo que ignore o eco das suas palavras no recesso das almas deles.
Imite o Sol benfazejo que clareia e purifica a lama na frincha da rocha sombria onde se esconde, sem alarde nem indagação.

Amanhã, talvez, você esteja na condição daqueles que, ainda agora, entre os conflitos das mentes dos médiuns em desesperação, batem às portas do Cristo nos trabalhos de desobsessão espiritual onde você se encontra transitoriamente em serviço.

Manoel Philomeno de Miranda

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty “EXORTAÇÃO”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 15, 2011 9:43 pm

Médium, meu irmão!

Eu lhe bendigo a luta anónima no imenso campo da humanidade.

Enxugue as lágrimas das suas dores e erga-se resoluto para o trabalho sem termo.
Pouco importa que a dificuldade semeie cardos e que a incompreensão povoe as suas noites de agonia.

Importa, acima de tudo, que você se encontre robustecido pela fé, para marchar nos caminhos entulhados de abrolhos e atravessar as horas povoadas de aflição.

A senda que você escolheu é aquela de dificuldade de que fala o Evangelho: a do “caminho estreito”, da “porta apertada”.

Quantas mil renúncias ser-lhe-ão pedidas, quantas mil dores ser-lhe-ão exigidas!..

Você se encontra, por enquanto, na situação do servidor que não tem outra directriz senão a de dar incessantemente, com alegria, anonimamente.
Às vezes, quando o céu se povoa de estrelas e a terra se enche de perfume suave do jardim, os homens repousam.

Num leito incómodo você vela: seus olhos se consomem, humedecidos ininterruptamente pelas lágrimas abundantes que parecem arrancadas de um minadouro sem fim.

E, no quase silêncio dos seus soluços, a sua voz fala tão alto que os próprios céus se comovem e mandam que a lua também chore sobre seu tecto, lágrimas de prata, que possam niná-lo, falando-lhe de um porvir não muito longe que o acena esperançoso.

Mas, tão logo o dia abra seu leque de luz, é necessário que o seu rosto esteja brilhante, ágeis os seus pés, diligentes as suas mãos, porque já a dor que chicoteia o mundo lhe bate às portas, suplicando o amparo sublime por intermédio das suas próprias dores.

Não se canse de doar!
Não se recuse a servir!
A ingratidão virar-lhe-á os olhos, o descrédito oferecer-lhe-á as costas, a zombaria cobri-lo-á de horror, mesmo nestes dias, mas é necessário prosseguir.

O mundo inteiro estará sorrindo, eu bem o sei, e você, solitário, estará chorando, mas não desanime!
Os servidores sempre estão a chorar, enquanto os servidos gozam.
O Mestre até hoje chora, enquanto a Humanidade desperdiça a doação divina.

Prossiga, médium, meu irmão!
Multiplique todas as renúncias, sofra o aumento das dificuldades, continue renunciando a todos os gozos, porque, quanto maiores forem as suas lutas, quanto mais constantes se manifestarem suas dores, mais facilmente você se libertará do grande fardo das recuperações.

E quando tudo lhe parecer cruel, ainda aí não se entregue ao desânimo.

Lembre-se da semente de trigo:
essa pequenina e gloriosa médium do pão.
Para que o estômago do homem se farte, o grão se guarda na casca, silencioso e esquecido na terra, quantos dias, meses e até anos, lutando para não morrer, tentando sobreviver, para doar a vida que sorri acima das camadas que o esmagam?!...

Mas só depois que a semente morre é que o embrião surge, a terra se cobre de novos grãos que vão alimentar a todos.
Aquiete-se no silêncio fértil do jardim onde você tem de laborar e trabalhe sem termo até que você morra, porque após a sua desencarnação, farto, atenderá, ainda, àqueles que permanecem com necessidades do pão eterno...

E se têm lágrimas os seus olhos, não se envergonhe de derramá-las;
se sofre o seu imo, não se inquiete porque a dor se agasalhou nele;
também ela, foragida e escorraçada, necessita de alguém.

Ame-a com desvelo e ternura, ame-a com a constância generosa e com o carinho de que se faz credora, para que também ela o ame, cobrindo-o com a grinalda das alegrias futuras.

... E siga, médium, meu irmão!

Que o não seduzam as alegrias da terra, os favores do mundo, as dádivas dos homens!
Que lhe não cubram o corpo as vestes pomposas do orgulho dos incautos, nem brilhem na sua cabeça as vãs claridades da vaidade mentirosa!

Mas que o desdém e o desprezo com que muitos o tratam, desprezando-o ou abandonando-o, possam fazê-lo médium de Jesus, por Jesus, levando-o a Jesus, que há milénios nos aguarda nesta longa viagem de volta.

Manoel Philomeno de Miranda

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty Mediunidade: apenas uma capacidade humana

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 16, 2011 9:09 pm

A possibilidade de intercâmbio entre os seres espirituais, desprovidos do corpo físico e habitantes da pátria espiritual, e os seres encarnados em corpos de carne – que é o caso dos seres humanos habitantes do planeta –, por meio das variadas formas de comunicação conhecida por mediunidade, é apenas uma capacidade humana.

Não é privilégio, doença ou dom sobrenatural. Nada disso.

Trata-se mesmo de capacidade humana, pois que não exclusiva do espírita, nem tampouco restrita às atividades orientadas pelo Espiritismo, que também não a inventou.

Todos somos mais ou menos médiuns, como afirmou o Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, que publicou O Livro dos Médiuns, o maior tratado sobre mediunidade já publicado no planeta.

Obra importantíssima no estudo e compreensão exacta do tema, indispensável mesmo, podemos acrescentar, foi lançada em 1861 e apresenta em sua página de rosto:
Guia dos médiuns e dos evocadores, contendo o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os géneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

Notem os leitores que só a página de rosto já fornece material para muitos estudos e pesquisas.
Até na compreensão das palavras, no estudo dos gêneros de manifestações, nesse processo de comunicação, na educação da faculdade e mesmo nas dificuldades próprias de sua prática.

Afinal, são muito variáveis os níveis de percepção, entendimento e prática mediúnica, sempre como resultado das bagagens morais e intelectuais de cada médium.

Cada médium percebe de uma forma, interpreta conforme a bagagem intelecto-moral própria que possui e o próprio fenômeno em si ainda sofre grande influência do meio, e principalmente decisiva influência moral de seu portador.

A importante obra tem seu primeiro capítulo com o instigante título Há Espíritos? e apresenta seus capítulos de forma didática que oferecem real entendimento dessa extraordinária faculdade humana, presente em todas as criaturas – embora em variáveis expressões de apresentação – e que constitui meio de comunicação que deve ser conhecido através do estudo, para ser respeitado devidamente.

Sugiro ao leitor folhear a obra, pesquisar seu índice, maravilhar-se com a clareza do Codificador e principalmente surpreender-se com temas tão actuais e repletos de ensinamentos que orientam.

Identidade dos Espíritos, Perguntas que a eles se podem fazer, Influência do meio e moral do médium, Evocações, entre outros, estão nos temas apresentados pelo livro.

E será muito oportuno refletir sobre o Papel do Médium nas Comunicações para entendimento correto da prática e vivência mediúnica.

O estudo e divulgação da obra evita e previne dos dissabores próprios oriundos do misticismo e do fanatismo, tão próprios daqueles que se iludem com os fenómenos, encarando supostas comunicações como detentoras de verdades absolutas, julgando-se escolhidos ou missionários e mesmo portadores de revelações bombásticas ou de capacidades que o mínimo de bom senso e lógica rejeitam.

E como a mentalidade humana está amadurecendo bastante, até pelas próprias experiências evolutivas do planeta – o que também desenvolve a sensibilidade –, tornamo-nos todos mais acessíveis às influências mútuas que estabelecemos com outras mentes, que podem ser habitantes de outro plano, os Espíritos.

Conhecer o processo de sintonia, aprimorar o padrão moral, disciplinar as emoções e conhecer o assunto é, pois, investimento que resulta em equilíbrio e serenidade de uma capacidade intrínseca de nossa condição humana.

E O Livro dos Médiuns aí está para orientar tudo isso.

ORSON PETER CARRARA

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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty Re: Artigos sobre a Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:42 pm

Reciclagem Mediúnica
Leda Marques Bighetti

Série de artigos publicados a partir da edição n.° 156 - Janeiro/1999

Índice:

1. Pontos básicos

2. Mediunato

3. A prática mediúnica

4. Utilidade de um trabalho - sessão mediúnica

5. Formação de um Grupo de Trabalho

6. O trabalho mediúnico I

7. O trabalho mediúnico II

8. Perguntas I

9. Perguntas II

10. Perguntas III

11. Perguntas IV

12. Perguntas V

13. Perguntas VI

14. Perguntas VII

15. Perguntas VIII

16. O Passe I - Perguntas

17. O Passe II - Perguntas

18. O Centro Espírita e o "problema mediúnico"

19. Sessão Mediúnica Espírita - I

20. Sessão Mediúnica Espírita - II

21. O Livro dos Médiuns e a prática mediúnica

22. Viver Mediúnico

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

Continua...
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Artigos sobre a Mediunidade - Página 16 Empty Re: Artigos sobre a Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:42 pm

Continua...

I - Pontos básicos

Conforme o tema, visa esta série, retomar conceitos, actualizá-los pedagogicamente buscando maior amplitude do trabalho e melhores resultados.

Trabalharemos pontos básicos da Mediunidade objectivando recordar:
1. conceito e função.

2. como receber e atender aqueles que buscam a casa espírita com a sensibilidade exacerbada ou se mostrem interessados na educação da faculdade.

3. a prática mediúnica.

a-1) Conceito e função
- Mediunidade é uma faculdade, isto é, uma capacidade, aptidão inata, disposição, tendência humana natural pela qual se estabelecem as relações entre Espíritos encarnados e desencarnados.

Não é um poder oculto que se possa fazer instalar num indivíduo através de práticas rituais ou pelo "poder misterioso" de quem quer que seja.

Pertence ao campo da comunicação e portanto destina-se ao acto de emitir, transmitir, receber mensagens por meio de processos convencionais, que através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, símbolos ou aparelhamentos técnicos especializados sonoro ou visual.

Desenvolve-se, naturalmente, no sentido de aumentar, ampliar, progredir, melhorar, crescer, nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e factos do mundo espiritual que nos cercam e nos afectam com suas vibrações psíquicas e afectivas.

Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, desenvolve-se no processo de relação;
quanto mais se estuda, conhece e usa, mais amplitude e subtileza.

Esse processo é cíclico ou seja, processa-se por etapas sucessivas em espiral progressiva.
O mesmo não se dá com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades (valores morais) daquele que a exerce.

a-2) Aspectos pelos quais se exterioriza
- A Mediunidade é uma só e um todo (como faculdade), mas pode ser encarada em seus vários aspectos funcionais (de uso, serventia) e que são caracterizados como formas variadas de sua manifestação.

Para efeito metodológico, Kardec a divide em duas grandes áreas bem diferenciadas:

* mediunidade de efeitos físicos
* mediunidade de efeitos inteligentes


Efeitos físicos
- Aquelas que se traduzem por efeitos sensíveis tais como:
ruídos, movimentos, deslocação de corpos sólidos.

Para que aconteça, faz-se mister a intervenção de uma ou mais pessoas dotadas de especial aptidão, onde por efeito de suas organizações, há emanação maior de fluido animalizado, mais ou menos fácil de combinação com o fluido universal, e com os quais o Espírito, por acção da vontade, dá vida momentânea a determinados objectos produzindo assim fenómeno.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:43 pm

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Efeitos inteligentes
- Para ser caracterizado como tal, há que exteriorizar-se como um acto livre e voluntário, exprimindo uma intuição ou respondendo a um pensamento.

Recorde-se que não encontraremos um fenómeno a ser catalogado apenas como efeito físico ou inteligente.

No caso, por exemplo, das mesas girantes (ponto inicial da Doutrina Espírita) vimo-la mover-se, levantar, dar pancadas, responder questões propostas, sob a influência de um ou mais médiuns - efeito físico.

Demonstravam, porém, uma intuição - efeito inteligente - ao mudar de lugar, ao se erguer alternadamente sob um pé ou outro, conforme se lhe indicavam;
ao responder perguntas conforme o número de toques combinados, ao executar movimentos conforme se lhe ordenavam.

Ao realizar tais aspectos demonstrava haver uma inteligência oculta que demonstrava sua vontade ou respondia a uma ordem ou pensamento exteriorizados nos factos ostensivos.

Essas duas áreas, esses dois aspectos pelos quais se exteriorizava a Mediunidade, fez Kardec perceber que ele a estudava de forma geral, englobando todos os casos ou pessoas.

Percebe ele que a realidade era outra, uma vez que havia elementos que espontaneamente ou não forneciam fluidos, enquanto outros pouco ou nada ofereciam no sentido de não possibilitar a realização dos acontecimentos.

Havia pessoas que exteriorizavam o sentir, o pensar de outras mentes enquanto outras nada percebiam.

Estudando, pesquisando, auxiliado pelos Espíritos na Codificação, encontra nessa divisão fenoménica, duas grandes áreas de função, isto é, duas formas ou modos naturais de uso, serventia, utilidade e as designa como:
* mediunidade generalizada
* mediunato


A primeira - mediunidade generalizada - corresponde à mediunidade natural, mediunidade que todos possuem e que permanece pelo próprio desconhecimento em estado de estagnação, inércia, como manifestações moderadas, quase imperceptíveis.

A segunda - mediunato - corresponde o compromisso, ou seja, o indivíduo está investido espiritualmente de sensibilidade maior para finalidades específicas na encarnação. É a mediunidade activa que exige desenvolvimento e aplicação durante a vida do médium.

a-3 e 4) Importância desse conhecimento para o dirigente da Casa Espírita e/ou responsável pelos trabalhos mediúnicos

A falta desse conhecimento acarreta dificuldades e inconvenientes na prática mediúnica, particularmente nos trabalhos do Centro.

Mediunidade generalizada é uma disposição natural do Espírito para expandir-se, projectar-se e entrar e/ou manter-se em relação com outros Espíritos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:43 pm

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Funcionando a mente como núcleo emissor/receptor de pensamentos mantendo-nos sempre em conversas, mesmo sem o perceber.

Muitos dos nossos aparentes monólogos são diálogos com outras mentes, verdadeira "inquirições mentais", seja com o fim de avaliar-nos espiritualmente ou para fins obsessivos.

Um Espírito, por exemplo, sugere mentalmente o nome ou a figura de uma pessoa.
Começamos a pensar nela e a desfilar na mente os dados, que temos, as ideias que fazemos dela, ajudando ao obsessor que evidentemente tem seus objectivos.

De outras vezes, pretendendo saber qual é nossa posição em determinado caso/acontecimento, oferecemo-lhe ideias, franqueando-lhe nossos pontos fracos através dos quais passa ele a envolver-nos no desencadear de verdadeiro processo obsessivo.

Os pensamentos, os solilóquios do homem, são observados por testemunhas invisíveis, boas ou más que influenciam ou são influenciadas numa proporção maior ou menor dependendo também do nível de conscientização desse processo.

Essa mediunidade é imanente ao nosso psiquismo.

Pelo desconhecimento dessa mecânica natural, muitas pessoas mantém pela alimentação recíproca dos pensamentos afins, mentes que passam a se impor.

Perturbadas, com toda a aparência de obsediadas, chegam à Casa Espírita buscando ajuda.

De modo geral, são consideradas "médiuns em desenvolvimento", quando na realidade são apenas vítimas da própria invigilância que mantém a companhia de Espíritos em desequilíbrio em campo psíquico afim.

Por esse e outros motivos, realmente estão envolvidos em processos obsessivos, mas não são médiuns.

Precisam de tratamento (conscientização, renovação, etc., etc.) evangelização, entendimento do funcionamento/função do campo mental, passes, água fluída, trabalho pessoal, somatória de providências através das quais opera-se na dinamização da vontade a mudança do campo mental, onde selecionando-se companhias, liberam-se obsessores/obsediados.

Essas pessoas não são aptas, não devem ser convidadas a participar de sessões "sentar-se à mesa" - não estão investidas de mediunato, não precisam, nem podem desenvolver (fazer crescer para intercambiar) sua mediunidade estática.

Essa servir-lhe-á para que o indivíduo se guie na vida de forma plena através desse contacto natural, pela selecção que aprende a fazer das companhias que escolhe.

A obsessão ocasional, por sua vez, serviu-lhe para aproximá-lo de si mesmo, conhecer seu potencial, aprender a lidar com ele, despertar-lhe ou reanimar-lhe o sentimento moral e encaminhá-lo assim para um sentido mais elevado em sua maneira de viver, na busca das sintonias mentais benéficas, diferenciando-as e afastando as prejudiciais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:43 pm

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Entenda-se pessoas que apresentam essa mediunidade não estão desprovidas de recursos mediúnicos.
Ao contrário, podem ser muito sensíveis, intuitivas, dispondo de percepções eficazes em inúmeras circunstâncias.

Kardec surge como exemplo - não possuindo mediunato, usa seu potencial selectivo através da instrucção, do discernimento, do bom senso, da análise, reflexão em grau tão elevado que lhe permitiu solidificar e estruturar a Doutrina em bases seguras, a vencer hostilidade e investidas.

Os dirigentes de sessão e de Centros Espíritas não podem desconhecer esse aspecto da função mediúnica, circunstância esta que evitará enganos e problemas no trato das manifestações mediúnicas.

Bibliografia:

Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns, 226 - 1.° e 2.°; cap. II - 60; cap. IV - 72 - VIII - XIII - XIV - cap. III - 65.

Pires, H. - Mediunidade - cap. I e II


II - Mediunato

1 - Dando sequência ao estudo das duas grandes áreas de função, duas formas ou modo natural de uso, serventia, utilidade da faculdade, segue-se o mediunato.

Corresponde este a compromisso, onde o Espírito está investido, dispõe espiritualmente (por necessidades próprias) de sensibilidade maior para finalidade específica na encarnação.

Normalmente, não eclode e se exerce discreta, subtilmente como na mediunidade generalizada, podendo apresentar-se agitada, não raro culminando em situações obsessivas.

Conhecida como "mediunidade de serviço", destina-se ao socorro do próximo.

No compromisso aludido, o médium, ainda na vida espiritual, antes do reencarne, quando de seu planejamento, em plena consciência, pede, aceite, assume essa forma de actividade para (entre outras) recompor-se moralmente.

O perispírito é preparado, uma vez que a sensibilidade mediúnica com suas inúmeras nuances, estaria na dependência do modo pelo qual o perispírito acopla-se à zona física.

Na preparação para o mediunato aceito, o perispírito tem, trás ou é lhe inerente (por esse preparo) facilidade maior de expansão onde o campo perceptivo se amplia, alarga, rompe barreiras normais e o médium começa a participar de sensações e percepções que transcendem aos conhecidos cinco sentidos, possibilitando captar dimensões clima, situações onde as Entidades Espirituais actuam.

Cada caso apresentar-se-á de modo apropriado, diferenciando face às características psicológicas que identificam os seres.

Há por assim dizer, uma "especialização", decorrente da predisposição orgânica e da própria personalidade.

Em todo processo de intercâmbio, consoante as leis do magnetismo, torna-se indispensável combinação vibratória entre médium e Espírito para que se configure ou não o fenómeno da sintonia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:36 pm

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Alguns médiuns, decorrentes de disposições próprias são mais maleáveis, mais selectivos, ecléticos em termos de combinação e afinidade fluídico-espirituais.

Em síntese, cada servidor se revestirá de características próprias onde o "(...) conteúdo sofrerá sempre influências da forma e da condição do recipiente".

É ponto passivo que quanto mais forem observados factores éticos, mais e mais se aprimora a faculdade.

Com o tempo, nesse exercício constante de auto-superação, acontecerão condições cada vez mais positivas para marcha evolutiva na libertação do ser.

O Centro Espírita que trabalhe nesse entendimento oferece segurança ao médium, desperta-o para que através do conhecimento, selecione as fontes emissoras e receptivas de seu mundo íntimo de processo complexo e intenso.

Mediunidade a serviço da renovação e crescimento "(...) reclama estudo constante, devotamento ao bem para o indispensável enriquecimento na ciência e virtude.

A ignorância poderá produzir indiscutíveis e formidáveis fenómenos, mas só a noção de responsabilidade, a consagração sistemática ao progresso de todos, a bondade, o conhecimento conseguem materializar na Terra os momentos definitivos da felicidade humana."


Desse modo, auxiliar indiscriminadamente no contínuo doar-se para servir em aplicação durante toda vida do médium que não desfruta só do mediunato mas dispõe também da mediunidade generalizada ou natural, comum a todos.

Dá para perceber que o campo mental desse médium é diferente dos demais.

Pela sensibilidade aflorada (quando desconhecedor e sem saber lidar com o processo) continuamente sua mente se vê assediada por ondas mentais carentes de auxílio, atenção, esclarecimentos.

No rejeitar, não querer, protelar, não saber, envolve-se em perturbações, influenciações intensas que podem culminar em ideias fixas, desequilíbrios dos mais variados sintomas.

Surgem estes naturalmente, uma vez que a potencialidade psíquica permanece "aberta", pronta para o intercâmbio, sem disciplina, controle ou educação.

Não obstante o determinismo implícito, o livre-arbítrio continua pleno.

Assim como pediu, escolheu, aceitou o trabalho, ao retornar à vida física, no pleno respeito à sua vontade, poderá fazer frente ou se afastar, arcando naturalmente com as consequências decorrentes.

2 - O mediunato decorre sempre de comprometimentos morais do médium?

Nem sempre.
Pode ser pedido ou aceito para casos de desinteressada assistência ao próximo e ajuda à Humanidade.

As meninas Baudin - Julie e Caroline - por exemplo, no exercício admirável da faculdade psíquica sustentaram o êxito do trabalho de Allan Kardec.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:36 pm

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3 - Em qualquer dos casos, é o médium alguém privilegiado merecedor de posições de relêvo no Centro Espírita ou entre os espíritas?

Em qualquer dos casos, é o médium um trabalhador igual aos demais não se justificando endeusamento, privilégio ou destaque.

Aliás, caso queira se contribuir para que as dificuldades aumentem, envolva-se o trabalhador em lisonjas, aplausos, evidências.

Pouco a pouco distanciar-se-ão os ideais maiores do bem no anonimato do Amor.

Depreende-se a necessidade de que os dirigentes dos Centros ou dos trabalhos mediúnicos conheçam e diferenciem essa dualidade da área de função permitindo perceber que:

1) nem todo aquele que chega à casa espírita e quer "desenvolver" mediunidade, pode fazê-lo.

2) nem todo que chega contando que vê, ouve ou sente é médium.

Se a mediunidade for generalizada:
a) com alteração do padrão do pensamento, decorrente das renovações propostas na frequência ao estudo evangélico doutrinário e por ele trabalhadas;

b) pela segurança e acompanhamento que o Centro Espírita, mudar-se-ão as companhias espirituais, as influenciações.
Serenado o campo mental, integra-se à casa ou parte, distancia-se do Centro em relativo equilíbrio, que nesse momento o satisfaz.

Dispondo do mediunato, persistirão, talvez até se intensifiquem sintomas, que requerendo paciência, boa vontade, humildade, estudo, direcção, ao mesmo tempo libertam e disciplinam as relações corpo/Espírito.

Como ou através do que pode o Centro Espírita oferecer?

Integrar nos trabalhos mediúnicos da Educação Mediúnica, onde ao lado de cuidadoso programa de estudo, aprenderá a conhecer-se, perceber o que sente, como, de que modo a sensibilidade se activa, controlar aproximações, sintomas, disciplinando e exteriorizando com domínio sobre o processo, o que sente e capta.

4 - Como montar um programa de estudo teórico-prático?

Cada Centro se adequará dentro da sua realidade, porém é básico que não poderão faltar entre outros temas (estudos aprofundados) como:
* Mediunidade: definição; conceito; porque conhecê-la, importância, etc., etc.

* Instrucção - Educação: definições; diferenças; o conhecimento incorporado em atitudes.

* Preparação do ambiente: instruir; educar; vivenciar (carácter intelectual); renovação íntima (carácter individual); educação (carácter moral).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:37 pm

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* O médium e sua sensibilidade: conceito de médium; conceito de sensibilidade; como identificar? como diferenciar? etc.

* Animismo: o que é? como se apresenta? como entender? como lidar? a própria pessoa; o dirigente do trabalho; é um bem? um mal? repercussões quando se sabe, ou não, lidar com o aspecto.

* Fluidos: o que é? sua acção; importância de conhecer; a ação do pensamento e da vontade, etc., etc.

* Perispírito: o que é; sua importância; natureza, propriedades e função; ponto básico para o acontecimento mediúnico; O Livro dos Médiuns.

* Mediunidade: retoma o conceito do 1.° estudo / abre para quem é médium fazendo ligação com os itens até então estudados entrando em sintonia / como agir - como mudar padrões mentais.

Nota: a partir daqui pode se iniciar os exercícios práticos que sempre serão precedidos do estudo ensinando a concentrar / a perceber e analisar o que sente / até culminar na manifestação - a acção e aquiescência, vontade do médium facilitando, dificultando ou impedindo o acto mediúnico.

* O fenómeno através dos tempos - até a mediunidade: Pré-história; Antigo e Novo Testamento; Povos antigos; China; Grécia; Roma; Idade Média; Os precursores, Hydesville, Mesas girantes; O fenómeno e a Doutrina Espírita.

* A Codificação Espírita
* O Espiritismo
- Princípios básicos
* O Espiritismo - Tríplice aspecto
* Espiritismo e Mediunidade

* O papel do médium na comunicação
* Mediunidade
- Fenómenos psíquicos - classificação segundo seus aspectos:
(a) Efeitos físicos; (/b) Efeitos inteligentes.


* Inspiração - Intuição: conceitos e diferenças
* Mediunidade intuitiva: conceito e diferenças
* Emancipação da Alma

* Influência moral do médium
* Influência da Mediunidade na saúde
* Perda e suspensão da Mediunidade

* Mediunidade nas crianças
* Mistificação
* Médiuns interesseiros

* Mediunidade gratuita
* Fraudes
* Natureza das Comunicações

* Identidade dos Espíritos
* Evocações
* Evolução da Fenomenologia Mediúnica
- Fenómeno e Doutrina

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:38 pm

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* Mecanismo das Comunicações - A epífise - Os centros de força
* Sintonia Vibratória[b/] - O trabalho do médium
* O problema mediúnico

* A reunião mediúnica
- Preparo de médiuns e dirigentes
* Orientação para prática mediúnica
* Educação e Vivência mediúnica


5 - Como dividir o tempo?

Também deve ficar a cargo de cada casa.

Indica a prática que há um bom aproveitamento diálogo/estudo/troca entre 1h e 1h30 assim divididos:
45 minutos para estudo da Mediunidade;
+/- 10 minutos para um tema evangélico e o restante para parte prática - encerramento e avaliação.

6 - Que bibliografia usar para preparo dos temas?

Livros que tenham comprometimento integral com o trabalho de Allan Kardec e que, em síntese, funcionem como elementos enriquecedores ao "Livro dos Médiuns".

Poderíamos lembrar alguns como:
O fenómeno espírita (Gabriel Delanne);
No Invisível (Léon Denis);

Fenómenos de Transporte (Ernesto Bozzano);
Fenómenos de Bilocação (Ernesto Bozzano);
Animismo e Espiritismo (Ernesto Bozzano);

Levitação (A. de Rochas);
Levitação do corpo humano (A. de Rochas);
Animismo e Espiritismo (A. Aksakoff);

Mediunidade e Sintonia (Emmanuel);
Mecanismos da Mediunidade (André Luiz);
Nos domínios da Mediunidade (André Luiz) e tantos outros autores encarnados fiéis ao pensamento doutrinário espírita.

Se a Casa Espírita se dispuser a oferecer condições, certamente caminharemos em conscientização diferente;
trabalhos que visam no servir a actividade desinteressada e responsável do Amor.

Livros consultados:
* Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns
* Andréa, Jorge - Psicologia Espírita - vol. 2 - 1.ª edição

* Emmanuel - Roteiro - 3.ª edição - estudo 27
* Emmanuel - Emmanuel - pág. 66 e 67

* Autores Diversos - Desafios em saúde mental - estudo 17
* Herculano Pires - Mediunidade cap. I e II
* Joanna de Ângelis - Dimensões da Verdade - pág. 19 a 21

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:39 pm

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III - A prática mediúnica

1 - Porque não improvisar:

A - O mundo espiritual - característica

O mundo espiritual é povoado por seres que quando encarnados exteriorizaram-se através de corpos masculinos ou femininos, homens, mulheres nos diferentes estágios evolutivos.

A vida além da morte, em nada lhes alterou a posição moral.
Continuam tal qual eram, circunscritos ou abertos à onda de pensamentos que lhes é própria, ligados às suas criações e interesses.

O homem deseducado, prossegue em seus hábitos menos subtis;
o vicioso continua a exigir satisfação dos apetites;

a mente desvairada estaciona em desequilíbrios enquanto a alma de boa vontade descobre mil recursos para adiantar-se, ocupando-se em trabalhos, auxiliando, amparando, descobrindo no bem estar do outro a própria felicidade.


Ali como aqui, encontram-se Espíritos nobres, dotados de perfil moral refinado, como também massa imensa, daqueles que se posicionam da média para baixo, atingindo extremos do aviltamento moral, da revolta, da angústia, rancor, vingança, ódios que os mantém, em estados de perturbação e dor apresentadas em inquietantes patologias.

B - Porquê reflectir sobre isso?

Exactamente para recordar que todo intercâmbio entre desencarnados e encarnados repousa na mente.
Pensamentos são forças, criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.

Com eles atraímos, mantemos ou realimentamos atuação de companhias e recursos conforme a natureza de novas ideias, desejos, sonhos e aspirações.

Por representar, ser, energia viva, continuamente, criamos centros magnéticos ou ondas que nos mantém em comunicação com entidades ou núcleos de pensamento sintonizados na mesma frequência, na mesma faixa vibratória.

A base do fenómeno mediúnico é exactamente essa sintonia, essa ligação mente a mente gerada a partir do pensamento.

"Mentes enfermiças ou perturbadas assinalam correntes desordenadas de desequilíbrios, enquanto que a boa vontade e a boa intenção acumulam os valores do bem".

Desse modo, cada criatura recebe de acordo com o que emite, busca, permite, vivendo no clima espiritual que elege.

Pouco desperto para a mecânica desta realidade, por permanecer ainda em estágios inferiores da evolução, afina-se, sintoniza o homem com maior facilidade, junto àqueles que permanecem em desequilíbrios de maior ou menor gravidade.

Assim, entregar-se à prática mediúnica na improvisação, sem conhecimento e preparo é expor-se a riscos imprevisíveis para o equilíbrio emocional e orgânico, pode significar comprometimento moral, pelo teor dos encaminhamentos que possa fazer, além de demonstrar alto desrespeito ao atendido, pelo facto de atirar-se a tão delicado trabalho sem conhecimento das leis que regem o intercâmbio, o compromisso, o trabalho, a responsabilidade para com o outro.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:10 pm

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No trato com os desencarnados há todo um mundo a ser explorado.

Situações das mais complexas clamam por ajuda, compreensão, caridade.

Os desvios de orientação cometidos pelo atendente, prejudicam sempre a mais alguém, uma vez que o drama apresentado nunca é apenas de um só.

Espíritos com problemas semelhantes estão ali, trazidos para participar do clima, das reflexões.

Vem, por exemplo, um Espírito que odeia:
se quem o atende insistir nas atitudes de prece, necessidade do perdão, bondade de Deus, urgência do esquecimento, etc., etc. certamente irritará ainda mais, levando a inconformação e desespero maior.

Através do saber ouvir, da conversa serena, do gesto compreensivo, do sentimento em atendimento franco, a confiança que se estabelece, repercutirá nele (necessariamente não agora) como lembrança de um respeito ou tratamento que desconhece ou deseja.

Recorde-se que este Espírito está acostumado ou espera ser recriminado, acusado, combatido, incentivado a, sob qualquer aspecto deixar de odiar.

Deve amar a Deus.

Deus que para ele é sobremodo injusto:
"protege" seu agressor e o impede de exercer justiça.

O diálogo acontecendo informal, a troca de ideias, o teor de respeito e terna firmeza das reflexões, sem pregação, cobrança ou lição de moral, despertá-lo-á para futura análise.

Não só servirá a esse Espírito atormentado mas também àqueles que lhes sofre as investidas provocadas pelas antigas mágoas.

Aos que desejam vingar-se, no mesmo cuidado, sem pretensão de demover ninguém de nada, reflitamos com carinho sobre a criação das novas situações que estão sendo alimentadas comprometendo-lhes o futuro.

Aos que se prendem em teologias, sem querer provar o engano da fé, respeitando-lhes o pensamento ajude-se a que visualizem a realidade em que vivem.

A todos que se mantém decepcionados pelos enganos cometidos, consolação com a certeza da própria recuperação.

Tais cuidados, tal sensibilidade e sentimento em acção, exige um mínimo de preparação apoiado no conhecimento.

C - Meios para envolver-se na ajuda dos amigos espirituais - o dia do trabalhador

Ninguém está inteiramente à mercê de Espíritos perturbadores.
Velam companheiros de elevada categoria, dispostos a ajudar no exercício do bem.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:11 pm

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Não convém esquecer, porém, que eles não podem fazer pelo homem tarefas e providências que só a ele compete.
Muito menos interferem no livre arbítrio, forçando ou impondo o que sabem ou pensam.

A protecção, a ajuda carinhosa desses amigos jamais será conseguida a guisa de oferendas, ritos mágicos ou qualquer prática externa, mas sim, através do procedimento recto no qual cada um procura desenvolver em si esforços moralizadores, aprendizado constante e dedicação desinteressada ao semelhante.

Todos detemos um mínimo, quer material ou espiritualmente falando, que podemos doar.

Será com essas atitudes individuais de trabalhos no bem, de interesse pelo outro, da mente atenta ao trabalho da renovação moral, que asseguraremos a ajuda e assistência dos irmãos mais experimentados.

Essa ajuda jamais será entendida no sentido de nos livrar de dores, responder a compromissos ou atender exigências e súplicas pessoais.

Será no sentido de que possamos oferecer condições para perceber-lhes a presença amiga a inspiração oportuna, a ajuda real, naquilo que realmente for proveitoso ao Espírito e não o que julgamos que o seja, segundo apreciação do momento.

Assim, o dia do trabalhador da sessão mediúnica, há de ser um dia em que se fará tudo quanto se faz nos outros, com a diferença que as variadas actividades serão desempenhadas com muito boa vontade, alerta para manter-se alegre, fraterno, em ligação natural com os Amigos responsáveis pelas actividades de logo mais.

Renúncias pequeninas, moderações, maior cuidado no falar, equilíbrio no sentir, recolhimento íntimo, detalhes sem conta, dos quais, aos poucos vai se habituando, vivendo no cuidado pessoal, o compromisso que aguarda, no prazer de preparar-se.

Como as sessões geralmente são a noite, está implícito abrir mão do convívio familiar, passeios, cinema, visitas, novelas, etc., aspectos que num primeiro momento podem significar sacrifícios.

Entendendo porém a grandiosidade da oportunidade que chega como convite ao exercício da fraternidade, esses "sacrifícios" desaparecem frente aos relacionamentos que se estabelecem e desenvolvem.

Frise-se que, os Amigos Espirituais não exigem ou esperam perfeição, mas apenas o cuidado constante, quietinho, escondido, pessoal daquele que luta para vencer-se.

Dispondo do conhecimento espírita somos convidados a esse "(...) ministério exuberante da prática do bem, na acção da "mediunidade-amor", nesses dias que todos aguardamos para própria iluminação".

A mediunidade quando posta a serviço de Jesus nas tarefas da fraternidade a que se propõe é capaz de "(...) aproximar corações em nome do amor, detectar e tratar os problemas da alma para que o corpo não padeça e é apto ainda para desmanchar no imo dos seres os terrores do mal, as nódoas das frustrações ou das amarguras (...)".

Emílio Manso Vieira continua em "Ante o vigor do Espiritismo" estudo IX reflectindo que (...) Os tempos futuros nos esperam.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:11 pm

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Esperam-nos em condições de nos fazerem médiuns da atenção, da amizade, da ternura, da honestidade, da fidelidade ao Cristo, aproveitando o tempo do qual cada um é administrador no mundo.

O tempo do hoje conclama-nos, moços ou não, segundo a faixa etária, para o exercício da rútila mediunidade responsável.

Quem não psicografe, escreva cartas e bilhetes de consolo aos irmãos do caminho de lutas.

Quem não "psicofonize", fale o bem e o bom onde se encontre, elucidando e confortando os corações em torno.

Quem não tem o dom da vidência, aprenda a ver a sua volta os sofredores que se agitam e se atormentam em todo lugar.

Quem não é capaz de realizar a ectoplasmia mediúnica, materialize assistência libertadora, movimente recursos de equilíbrio e saúde moral, para que tudo se faça bênção em redor dos seus dias.

É com essa prática mediúnica, desinteressada, autêntica e fulgente, ao lado da actuação psíquica engrandecida e fiel às leis de Deus, que o Cristo conta para que o novo milénio possa estar reforçado por homens e mulheres dispostos à entrega de si mesmos para a construção do mundo melhor que todos anelamos".

Livros consultados:

* Miranda, H. Corrêa - Diálogo com as sombras - Introdução
* Emmanuel - Roteiro - cap. 28
* Teixeira, J. Raul - Ante o Vigor do Espiritismo - estudo IX


IV - Utilidade de um trabalho - sessão mediúnica

Comuns comentários sobre a validade/utilidade das sessões mediúnicas.

Alguns as colocam em evidência, chegando a ponto de priorizá-las na casa espírita em detrimento ao estudo e ao objectivo do Espiritismo - a renovação moral do homem.

Esquecem-se de que poderia inexistir sessão mediúnica e ainda assim o Espiritismo permaneceria, se manteria e realizaria no mundo a sua função renovadora.

A sessão mediúnica no socorro aos desencarnados é justamente uma decorrência do entendimento do Espiritismo.

Quanto mais penetre o homem na proposta básica no pensamento doutrinário, no convite do Cristo, mais e mais desperta para doar-se em auxílio ao outro, quer sejam os Espíritos, encarnados ou desencarnados, através da assistência fraterna material ou do socorro espiritual nas sessões e desempenhos mediúnicos.

Outros mesmo entendendo tais colocações, em decididos posicionamentos, afirmam descrer da utilidade dos trabalhos dessa natureza, reflectindo que frente a tão grande massa de desencarnados necessitados, a proporção dos trabalhos, praticamente nada representa levando-se ainda em conta que grande parte não aceita o auxílio oferecido e se retira desgostoso e ainda violento.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:11 pm

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Há ainda os que acreditam na acção dos tratamentos, na eficácia da sessão.

Comparecem, se dispõem ao trabalho, oferecem a própria realidade, cumprem um dever, do qual friamente se afastam para nos mesmos posicionamentos, nas mesmas reflexões e conselhos, mecanicamente, retomar o próximo compromisso.

Não identificam nos Espíritos trazidos individualidades, cada qual com seu psiquismo, necessidades próprias, diferentes.

Portam-se como se a sessão fosse composta por massa despersonalizada onde as mesmas palavras servem sempre para todos e o que é pior desguarnecidas do sentimento, que mais que as palavras, tocam, envolvem, contagiam.

Reflecte Emmanuel que a exemplo de Jesus, o trabalho em favor do próximo encarnado ou desencarnado há que sobretudo ser acção e movimento, devotamento de dia e pela noite a dentro.

Não descansa, não se fadiga, exemplifica imparcialidade e tolerância espalha sem cessar bênçãos do amor infinito;
coloca a ciência do bem ao alcance de todos;
defende os interesses dos fracos e dos humildes, serve a todos sem reclamação e sem recompensa.


Nesse apostolado do amor, colhe o companheiro, pelo aprendizado que tira das experiências que vive, matéria com as quais amplia os próprios horizontes na compreensão da existência, no aproveitamento da existência, no enriquecimento da Vida.

Desse modo, no trabalho mediúnico, a utilidade inexiste unilateralmente, nesse caso, só para os desencarnados.

A troca de experiências é intensa, profunda e chega a tal ponto que, o encarnado, que num primeiro momento, ali comparece para servir é o grande beneficiado, uma vez que, nas tramas, nos enredos, nos dramas que lhe são apresentados pode depreender a:
* transitoriedade do mal
* a amarga decepção do suicida

* a crueza do arrependimento daquele que desperdiça o tempo ou na busca das ilusões humanas ou mesmo quando já desperto para o trabalho não se preparou o se renovou com ele.

* a inutilidade das posições humanas buscadas ou vistas como um fim em si mesmas.
* o preço da vaidade, do orgulho, do egoísmo.
* o estado dos que odeiam arquitectando revides, vinganças.

* a tensa expectativa do retorno à vida física, e tantos, tantas outras situações, trazendo lições terríveis, ministradas com gritos de desespero daqueles que na irreflexão dos próprios actos assumiram débitos enormes diante da Lei ou lições de tranquilidade e serena humildade dos que já superaram as próprias fraquezas e que sem ostentações, mostram como estão ou como fica o Espírito que venceu a si mesmo na árdua e longa luta contra as próprias deficiências.


Cada entendimento, cada caso, situação, drama, acontecimento representam muitas, variadas lições, aprendizados profundos para tantos quantos estejam despertos para fazer uso dessas experiências e com elas renovar, mudar, transformar, reconstruir o próprio existir.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:12 pm

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Sobretudo nesse encadear, desenvolve a compreensão que é obra de "(...) tempo, colaboração e harmonia" onde entender que não conquista a confiança dos Irmãos maiores e dos necessitados exibindo cultura ou impondo princípios, mas sim, orando, servindo, trabalhando e amando.

Aprende a colocar-se no lugar do outro, reparando cuidados que exigiria, se as posições fossem inversas.
Acalma-se, cuida da afetividade não obrigando a que surjam flores prematuras, não esperando frutos antecipados.

Afirmando-se que há benefícios para ambos - encarnados e desencarnados - quais seriam os destes?

Recorde-se que, apesar da eficiência dos métodos usados no espaço, existem aqueles companheiros que não conseguem reconhecer a própria situação:
permanecem atordoados, semiconscientes, inconscientes, imersos em lamentável estado de inércia mental, confusos, julgam-se em sonho interminável ou em processos de loucura, incapacitados para qualquer aquisição facultativa, possibilitadora de progresso.

Nesse plano da vida não conseguem compreender a palavra harmoniosa dos mentores espirituais, tampouco vê-los, muito embora eles se materializem e ao ambiente, ao máximo que lhes seja possível.

Necessitam então, de como que, um choque, que se dá com a ligação estabelecida perispírito a perispírito.

A revivescência com as vibrações animalizadas que estavam habituados quando encarnados, propicia nesse choque alguma abertura, que faculta-lhes ouvir, entender, através da ação e da palavra humana.

Mesmo aqueles que têm consciência do que se passa, sabem que já desencarnaram, compreendem o que fazem, justificam porque agem de determinada forma, são trazidos, uma vez que a força dos fluidos magnéticos esparzidos no recinto é tão intensa que funciona neles como medicação altamente revigorante, contrapondo-se às vibrações nocivas, inquietantes e desarmoniosas nas quais permanecem envolvidos dificultando tratamentos.

Servem também como material necessário à criação de quadros visuais demonstrativos que são plasmados, mostrados ao Espírito durante ou conforme o diálogo que está acontecendo.

Figuras, vultos, sequências, lembranças, sensações, sentimentos se agitam e vê ao campo mental, à cada frase proferida.

A vibração dos pensamentos do atendente repercute em ondas sonoras que balsamizam, acalmam, suscitam, despertam, acenam, deixa antever uma dúvida, uma possibilidade, uma esperança.

A palavra está sendo trabalhada, modelada, retida por especialistas devotados;
corporifica-se, torna-se realidade em cena viva, onde o passado, o caso, a dor, o drama, a atitude, se faz presente acordando ou acendendo emoções, reflexões, deixando perceber situações até então desapercebidas mas que estando relegadas nas profundezas anímicas, vem à tona, à superfície, à lembrança, ao mundo consciente desses Espíritos atribulados e tristes.

Repercute em intensidades desconhecidas à nossa sensibilidade, no mais íntimo desses seres, acima de tudo, sequiosos de consolo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 20, 2011 10:12 pm

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E, em todos os lances, em todas as situações e quadros, destaca-se Jesus, socorrendo, balsamizando, confortando, estendendo as mãos, convidando a um abraço de paz, no refúgio tranquilo de um coração que aguarda.

Essa mescla de situações é lhe tão real, que sem mesmo se aperceber a partir de que momento ou como, passam a sentir ou desejar esperança, possibilidade, chance, oportunidade, desejo talvez até de mudar chegando ao entendimento de que o mal existe apenas neles mesmos;
que são imortais, que continuarão vivendo, existindo, existindo e vivendo para todo o sempre e que apesar dos problemas, todos marchamos para a luz, para o crescimento, para o bem.

Prof. Herculano Pires, descreve essa fusão entre médium e Espírito, propiciadora de tão belos efeitos em significativa e clara beleza "(...) O acto mediúnico é o momento em que o Espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afectiva da comunicação.

O Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais.
Essas vibrações irradiam-se de seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium.

A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque eléctrico, reage o perispírito do médium.

Realiza-se a fusão fluídica.
Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos.

Cada um assimila um pouco do outro.
Uma percepção visual desse momento comove o vidente que tem a ventura de captá-la.

As irradiações perispirituais projectam sobre o rosto do médium a máscara transparente do Espírito.
Compreende-se então o sentido profundo da palavra "intercâmbio".

Ali estão, fundidos e ao mesmo tempo distintos, o semblante radioso do Espírito e o semblante humano do médium, iluminado pelo suave clarão da realidade espiritual.

Essa superposição de planos, dá aos videntes a impressão de que o Espírito comunicante se incorpora no médium.

Daí a errónea denominação de incorporação para as manifestações orais.

O que se dá não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a luz atravessando uma vidraça.

Ligados os centros vitais de ambos, o Espírito se manifesta emocionado, reintegrando-se nas sensações da vida terrena, sem sentir o peso da carne.

O médium, por sua vez, experimenta a leveza do Espírito, sem perder a consciência de sua natureza carnal, e fala ao sopro do Espírito, como um intérprete que não se dá ao trabalho da tradução".


Benefícios portanto para todos, encarnados e desencarnados, Teócrito em "Memórias de um suicida" comenta "(...) Em que sector humano, depararia o homem glorificado, mais honrosa para lhe condecorar a alma, do que essa de ser levado à meritória categoria de colaborador das Esferas Celestes, enquanto os embaixadores da luz lhes desvendam os mistérios do túmulo ofertando-lhes sacrossantos ensinamentos de uma moral redentora, de uma ciência divina, no intuito generoso de reeducá-los para o definitivo ingresso no redil do Divino Pastor?! (...)"

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 21, 2011 9:56 pm

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Livros consultados:

* Miranda, H. Correia - Diálogo com as sombras
* Emmanuel - Roteiro - lição 17
* Emmanuel - Vinha de Luz - lição 121

* Pires, J. Herculano - Mediunidade
* Pereira, Yvonne A. - Memórias de um suicida - cap. VII


V - Formação do Grupo de Trabalho

A formação de um grupo de trabalho, no caso, em mediunidade, deverá assim como os outros ter objectivos. Para que é a reunião?

* oferecer condições à manifestação de Espíritos familiares que venham trazer mensagens mais ou menos íntimas, pessoais?
* para observação e experimentação de natureza científica?

* para atendimento de pronto-socorro?
* para os chamados trabalhos de desobsessão?
* para... etc., etc., etc..


Esse objetivo normalmente é decidido pelo grupo depois que os companheiros encarnados que vão compor a equipe já estão selecionados.

1 - Mas como se formará um grupo?

A selecção das pessoas ocorrerá sob a liderança que fará os convites e coordenará os esforços.

Esse dirigente deverá dispor de certa dose de autoridade moral, sem que esta lhe confira poderes ditatoriais e arbitrários.
No trabalho espírita todos são de igual importância.

É imprescindível ser composto por pessoas que se harmonizem e estando interessadas num trabalho sério e contínuo não se desencoraje pelas dificuldades nem se deixe fascinar pelos pseudo-guias.

A cada bom grupo de encarnados dispostos à tarefa, corresponderá o equivalente dos desencarnados.
Representará a soma de valores morais de seus componentes, e terá como ponto fraco as fraquezas que os caracteriza.

Não haverá formação de grupo quando os que se reúnem não se comunicam, não expressam seus pensamentos, não se expõem, não se conhecem, se hostilizam, onde há ciúme, prevenções entre as pessoas.

Até a discordância ideológica acentuada, acirrada (mesmo em outras áreas do pensamento) pode criar dificuldades.
(Não quer dizer isto que todos devem pensar identicamente do mesmo modo, ou se transformar em indivíduos sem ideias próprias, despersonalizadas).

A franqueza, a discussão, a busca, o esclarecimento de pontos conflitados, a avaliação etc. são necessários ao crescimento do próprio grupo, desde que, não atinja os estágios da rudeza ou da imposição que fere e afasta.

Quando se aborda essa concordância ideológica, fala-se no sentido de que todos tem o mesmo ideal - os objetivos, os pensamentos são da mesma natureza (amar, servir) condição esta que deve prevalecer o tempo todo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 21, 2011 9:56 pm

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Um só participante que desafine poderá transformar-se em brecha por onde Espíritos em desajuste subtilmente saberão introduzir factores de instabilidade, desarmonia, perturbação chegando até a eventual desintegração do grupo.

Esses cuidados, a manutenção de um clima harmónico servirá de base ao trabalho dos desencarnados que é de alta complexidade.

A parte mais delicada, desde o cuidadoso planejamento das tarefas até sua realização no plano físico com todas as providências que isso requer, é ali que se realiza.

A dignidade dos encarnados, o trabalho de cada um é decisivo para os desencarnados.
Daí o grande cuidado na formação do grupo; é preferível recusar alguém que se tenha alguma dúvida séria do que mais tarde conviver com inadaptações ou afastamentos.

Mesmo aqueles que são convidados, colocam claramente os porquês, os comos, a importância e necessidade do empenho pessoal e que realmente só assumam após estágio, por exemplo de três a quatro meses, tempo este suficiente para que os arroubos, os entusiasmos arrefeçam e a realidade se firme.

Nessa abertura e honestidade e liberdade, os que ficarem, formam sim o grupo coeso, a equipe homogénea, confiável.

2 - Quantos componentes formarão o grupo?

É difícil limitar, estabelecer números.
Se, em tese, a um grupo pequeno seria mais fácil a homogeneização dos ideais, também as possibilidades seriam limitadas.

É portanto relativo, havendo perfeitamente possibilidade de se ter um grupo grande e os integrantes unidos, sem personalismo, ciúme, melindres.

O certo é que, conforme essa união vai acontecendo, a feição do trabalho vai mudando.
Os desencarnados encontrando campo propício, trazem Espíritos com necessidades mais complexas e abrangentes.

3 - É necessário o estudo?

Sempre.
Mesmo aqueles que já se julgam suficientemente informados e conhecedores da Doutrina Espírita, vale a pena como revisão ou actualização.

Impossível um grupo onde todos conheçam tudo em profundidade.
Será nessa troca que se descobrirão aspectos essenciais à tarefa e que muitas vezes passará desapercebido ao conhecimento próprio.

Cuidado ainda, ou alerta ao grupo onde só dois ou três falam e os demais ficam calados - alguém está monopolizando, sufocando ou atemorizando alguém.

4 - Como fazer o estudo?

Na realidade o ideal seria que, no dia do trabalho mediúnico, após a preparação evangélica o trabalho se iniciasse.
O estudo da mediunidade ficaria para outro encontro específico à este.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 21, 2011 9:57 pm

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Pela dificuldade da locomoção ou outros fatores usa-se dez ou quinze minutos para este estudo e após o texto evangélico a envolver o ambiente em clima consolador, iniciando-se após o intercâmbio.

Poder-se-á fazer de outras formas?

Claro, a forma será sempre adequada à realidade de cada grupo, cidade, região, etc..

O importante é que os médiuns estudem (que se dediquem ao estudo fora do trabalho em si) mas imprescindível é a preparação evangélica que envolvendo os corações na ternura consoladora do Evangelho de Jesus, toca também corações que descrêem, que nada mais esperam ou desejam.

Como se desenrolaria o estudo? (mediunidade e evangélico).

É importante que não se configure como leitura monótona - desde que tenha acontecido o estudo em casa, o enriquecimento se fará pela troca, pelas dúvidas, pela revisão que esclarecendo, promove a integração.

Nesse trabalho não só os encarnados se beneficiam (principalmente o Evangélico) mas também os desencarnados que ali estão e já vão sendo consolados com a esperança ou coragem que se desprende dos ensinamentos do Mestre.

Para a equipe, esse é um período muito útil:
afinizam-se os membros, ajustam-se tendências, revelam-se potencialidades e até mesmo se exclui num processo de selecção natural, aqueles que não desejam se integrar num trabalho que exige participação, renúncia, dedicação, assiduidade, estudo e amor.

Os impacientes, os que não entenderam que necessitam se preparar, os que gostam de vir quando dá certo, quando podem ou não tem outra coisa para fazer, espontaneamente deixarão o grupo, prejudicando nesse afastar-se apenas a si próprios.

Talvez mais adiante, acordem e resolvam dedicar-se com mais segurança e firmeza.

Tarefa como essa, não pode ser imposta, forçada. Tem que se apoiar no impulso interior, no desejo de servir, apagar-se dentro da equipe, de modo que os resultados sejam impessoais - colectivo, não creditáveis ao trabalho individual deste ou daquele.

O compromisso de um grupo mediúnico é de amor fraterno que necessita apoiar-se no perfeito entrosamento emocional de todos que se amam, respeitam, sentem gosto em trabalhar juntos.

Sem isso, como doar amor, como colocar o sentimento em acção a favor de tantas necessidades que ali serão trazidas.

Sem dúvida o que garante a estabilidade do grupo mediúnico, são todos esses cuidados que refletirão o equilíbrio psíquico e emocional daqueles que o compõem.

5 - Detalhando, que cuidados seriam necessários ao dirigente do grupo?

a) O dirigente é aquele que no campo material coordena o trabalho.
É o motivador que sem ser ditador deve dispor de certa autoridade moral disciplinando, harmonizando esforços, atento às necessidades que uma vez identificadas, prontamente necessitam ser trabalhadas.

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