ARTIGOS DIVERSOS II
Página 1 de 41
Página 1 de 41 • 1, 2, 3 ... 21 ... 41
ARTIGOS DIVERSOS II
Reflexões sobre “A Parábola do Bom Samaritano”
Todo ensinamento do ínclito Mestre Jesus se reveste de uma profundidade que ainda não temos condições de aquilatar.
A lição do “Bom Samaritano”, por exemplo, insculpida em São Lucas, 10:25 a 37, é uma dessas preciosidades para nossas vidas.
Com o escopo de compartilhar com os leitores de ideal espírita o pouco que depreendemos da lição, vejamos o que diz a referida passagem:
Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus:
Quem é o meu próximo?
Jesus, tomando a palavra, lhe diz:
Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semi-morto.
Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante.
Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante.
Mas um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão.
Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele.
No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo:
– Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões?
O doutor respondeu:
– Aquele que usou de misericórdia para com ele.
– Então, vai, diz Jesus, e faz o mesmo.
Antes de alguns apontamentos, faz-se mister considerar que a parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indirecta.
E no caso de Jesus, de profundo conhecimento moral.
Vejamos o que podemos depreender da lição:
1) Samaritano era considerado um herético; um ser malquisto pela sociedade. Todavia, essa pessoa praticou a caridade (amor ao próximo), que é o ensinamento maior de Deus e o que realmente importa.
2) “Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó”, curiosa a expressão do Mestre.
Ele poderia utilizar qualquer outra palavra:
caminhava; cavalgava; ia; enfim.
Porém, preferiu “descia”.
Isso decorre da localização dessas cidades.
Jerusalém era (e continua a ser) considerada uma cidade sagrada.
E está situada em um planalto.
Lá, estavam os conhecimentos das escrituras; os templos sagrados, as discussões exegéticas etc.
Podemos considerar Jerusalém como uma esfera mais elevada.
E as pessoas “desciam” para Jericó, a cidade profana; a cidade do mundo; a cidade dos negócios para os embates do quotidiano...
Ora, Jesus nos exorta a “descer” dos templos de reflexões morais para o mundo e neste colocar em prática os conhecimentos lá sorvidos.
O templo não deve ser circunscrito a uma localidade, devemos carregar no coração; nas acções da bondade.
3) Após a violência sofrida pelo transeunte, tem-se um comportamento curioso.
O sacerdote e o levita vendo-o, preferiram seguir adiante.
A despeito dos conhecimentos morais que detinham, mostraram-se indiferentes.
Todo ensinamento do ínclito Mestre Jesus se reveste de uma profundidade que ainda não temos condições de aquilatar.
A lição do “Bom Samaritano”, por exemplo, insculpida em São Lucas, 10:25 a 37, é uma dessas preciosidades para nossas vidas.
Com o escopo de compartilhar com os leitores de ideal espírita o pouco que depreendemos da lição, vejamos o que diz a referida passagem:
Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus:
Quem é o meu próximo?
Jesus, tomando a palavra, lhe diz:
Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semi-morto.
Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante.
Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante.
Mas um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão.
Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele.
No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo:
– Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões?
O doutor respondeu:
– Aquele que usou de misericórdia para com ele.
– Então, vai, diz Jesus, e faz o mesmo.
Antes de alguns apontamentos, faz-se mister considerar que a parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indirecta.
E no caso de Jesus, de profundo conhecimento moral.
Vejamos o que podemos depreender da lição:
1) Samaritano era considerado um herético; um ser malquisto pela sociedade. Todavia, essa pessoa praticou a caridade (amor ao próximo), que é o ensinamento maior de Deus e o que realmente importa.
2) “Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó”, curiosa a expressão do Mestre.
Ele poderia utilizar qualquer outra palavra:
caminhava; cavalgava; ia; enfim.
Porém, preferiu “descia”.
Isso decorre da localização dessas cidades.
Jerusalém era (e continua a ser) considerada uma cidade sagrada.
E está situada em um planalto.
Lá, estavam os conhecimentos das escrituras; os templos sagrados, as discussões exegéticas etc.
Podemos considerar Jerusalém como uma esfera mais elevada.
E as pessoas “desciam” para Jericó, a cidade profana; a cidade do mundo; a cidade dos negócios para os embates do quotidiano...
Ora, Jesus nos exorta a “descer” dos templos de reflexões morais para o mundo e neste colocar em prática os conhecimentos lá sorvidos.
O templo não deve ser circunscrito a uma localidade, devemos carregar no coração; nas acções da bondade.
3) Após a violência sofrida pelo transeunte, tem-se um comportamento curioso.
O sacerdote e o levita vendo-o, preferiram seguir adiante.
A despeito dos conhecimentos morais que detinham, mostraram-se indiferentes.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Não é necessária uma situação como a narrada para que tenhamos uma atitude de compaixão; caridade, proactiva.
Muitos de nós têm a atitude de levitas e sacerdotes, indiferentes, quando passamos diante de pessoas que dormem na rua; pedintes nos semáforos; esfomeados nos tugúrios; andarilhos que remexem os lixos etc.
Vivemos tempos líquidos, em que paira no ar a instabilidade; o medo; a fragilidade das relações...
E isso precisa ser combatido urgentemente!
4) Por fim, tem-se a postura do Samaritano, rotulado como um ser desprezível, foi o que teve a atitude mais nobre; mais agradável a Deus.
É o convite de Jesus para que tenhamos um comportamento digno; compatível com a nossa consciência (pois é nela que consta a lei de Deus) e ignoremos as opiniões alheias que visam nos desviar do bom caminho.
Óbvio que a parábola traz em seu bojo maiores conhecimentos que, infelizmente, devido às minhas limitações não consegui apreender.
De todo modo, penso que a essência seja justamente a de que fora da caridade não há salvação!
Referência:
KARDEC, Allan, 1804-1869. O Evangelho segundo o Espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida / por Allan Kardec; [tradução de Guillon Ribeiro]. - 120. ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
Muitos de nós têm a atitude de levitas e sacerdotes, indiferentes, quando passamos diante de pessoas que dormem na rua; pedintes nos semáforos; esfomeados nos tugúrios; andarilhos que remexem os lixos etc.
Vivemos tempos líquidos, em que paira no ar a instabilidade; o medo; a fragilidade das relações...
E isso precisa ser combatido urgentemente!
4) Por fim, tem-se a postura do Samaritano, rotulado como um ser desprezível, foi o que teve a atitude mais nobre; mais agradável a Deus.
É o convite de Jesus para que tenhamos um comportamento digno; compatível com a nossa consciência (pois é nela que consta a lei de Deus) e ignoremos as opiniões alheias que visam nos desviar do bom caminho.
Óbvio que a parábola traz em seu bojo maiores conhecimentos que, infelizmente, devido às minhas limitações não consegui apreender.
De todo modo, penso que a essência seja justamente a de que fora da caridade não há salvação!
Referência:
KARDEC, Allan, 1804-1869. O Evangelho segundo o Espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida / por Allan Kardec; [tradução de Guillon Ribeiro]. - 120. ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Compliance e a cura
Com o escândalo de Watergate na década de 1970 nos Estados Unidos, surgem as primeiras movimentações legislativas no sentido de se punir empresas que compactuassem com atos corruptos, o que redundou na LeiForeign Corrupt Practices Act (FCPA), promulgada em 1977, e de onde saíram diversas outras leis similares no mundo, como o The Bribery Act (2010) na Inglaterra e a brasileira Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anti-corrupção.
Essas leis se fundamentam não somente na punição de empresas corruptoras, mas na promoção do Compliance, ou seja, no fomento para que as organizações empresariais tenham mecanismos próprios que dêem conta do risco de seus funcionários se envolverem em práticas corruptas na relação com os órgãos governamentais, o que traria prejuízos de imagem da empresa e a punição pela lei (multa).
Assim, Compliance é uma estratégia das empresas não só de reconhecer a existência e a possibilidade destas, por meio de seus prepostos, participarem de actos corruptos nas relações com os governos, mas também para criar medidas preventivas que dêem conta dessas situações, mitigando o risco dessa ocorrência e as suas consequentes perdas.
Apesar de ser um assunto em voga, de que forma ele se encontra com a prática do movimento espírita? Simples.
Pegaremos um exemplo comum no quotidiano das casas espíritas, as reuniões de cura, de todas as espécies e tipos, magnetização, receitas, cromoterapia etc.
Concordando ou não, esta é uma realidade quotidiana e nelas a casa recebe diversas pessoas de fora, algumas desenganadas e desesperadas, na busca da cura corporal.
Ainda que de modo geral as casas sérias se pautem pela máxima evangélica do “dai de graça o que de graça recebestes”, se existem várias pessoas envolvidas, existem riscos.
E pela óptica do Compliance, qual o risco que se apresenta?
O risco de algum colaborador, movido por oportunismo ou pela ganância, cobrar por locais na fila, por tratamentos especiais ou, ainda, por coisas que são oferecidas gratuitamente, como a agua fluidificada.
Muitas vezes explorando o desespero dos pacientes.
Esse é um risco real, o que leva as casas a adoptar medidas de Compliance interessantes, tais como munir seus colaboradores de crachás, tornar as regras de atendimento públicas no sítio, na internet, e ainda espalhar cartazes indicando que nenhum colaborador é autorizado a cobrar nada, pois o serviço é gratuito.
Esse exemplo da actividade de cura pode se expandir para outras práticas da seara espirita, como a actividade assistencial, que pode ser, em épocas de eleição, objecto de captura de interesses locais.
Ou ainda, nas palestras públicas, nas quais se deve evitar a divulgação de serviços prestados pelo orador na sua vida profissional.
A cantina, as mensalidades dos mantedores, com o balanço sempre visível aos frequentadores, cultivando a transparência.
Coisas simples, mas essenciais.
A boa imagem do Espiritismo e das casas nas quais ele é praticado depende de pequenas coisas, de enxergarmos alguns riscos, típicos da natureza humana e de adoptarmos medidas para mitigá-los.
Sim, aplicamos o Compliance à casa espírita, como local de relações humanas e que podem sim ser subvertidas, em especial no trato de coisas de alto valor percebido, como dinheiro e a cura, com prejuízos espirituais não somente aos agentes que praticam, mas também a toda uma comunidade que naquela casa trabalha a sua espiritualidade.
§.§.§- Ave sem Ninho
Essas leis se fundamentam não somente na punição de empresas corruptoras, mas na promoção do Compliance, ou seja, no fomento para que as organizações empresariais tenham mecanismos próprios que dêem conta do risco de seus funcionários se envolverem em práticas corruptas na relação com os órgãos governamentais, o que traria prejuízos de imagem da empresa e a punição pela lei (multa).
Assim, Compliance é uma estratégia das empresas não só de reconhecer a existência e a possibilidade destas, por meio de seus prepostos, participarem de actos corruptos nas relações com os governos, mas também para criar medidas preventivas que dêem conta dessas situações, mitigando o risco dessa ocorrência e as suas consequentes perdas.
Apesar de ser um assunto em voga, de que forma ele se encontra com a prática do movimento espírita? Simples.
Pegaremos um exemplo comum no quotidiano das casas espíritas, as reuniões de cura, de todas as espécies e tipos, magnetização, receitas, cromoterapia etc.
Concordando ou não, esta é uma realidade quotidiana e nelas a casa recebe diversas pessoas de fora, algumas desenganadas e desesperadas, na busca da cura corporal.
Ainda que de modo geral as casas sérias se pautem pela máxima evangélica do “dai de graça o que de graça recebestes”, se existem várias pessoas envolvidas, existem riscos.
E pela óptica do Compliance, qual o risco que se apresenta?
O risco de algum colaborador, movido por oportunismo ou pela ganância, cobrar por locais na fila, por tratamentos especiais ou, ainda, por coisas que são oferecidas gratuitamente, como a agua fluidificada.
Muitas vezes explorando o desespero dos pacientes.
Esse é um risco real, o que leva as casas a adoptar medidas de Compliance interessantes, tais como munir seus colaboradores de crachás, tornar as regras de atendimento públicas no sítio, na internet, e ainda espalhar cartazes indicando que nenhum colaborador é autorizado a cobrar nada, pois o serviço é gratuito.
Esse exemplo da actividade de cura pode se expandir para outras práticas da seara espirita, como a actividade assistencial, que pode ser, em épocas de eleição, objecto de captura de interesses locais.
Ou ainda, nas palestras públicas, nas quais se deve evitar a divulgação de serviços prestados pelo orador na sua vida profissional.
A cantina, as mensalidades dos mantedores, com o balanço sempre visível aos frequentadores, cultivando a transparência.
Coisas simples, mas essenciais.
A boa imagem do Espiritismo e das casas nas quais ele é praticado depende de pequenas coisas, de enxergarmos alguns riscos, típicos da natureza humana e de adoptarmos medidas para mitigá-los.
Sim, aplicamos o Compliance à casa espírita, como local de relações humanas e que podem sim ser subvertidas, em especial no trato de coisas de alto valor percebido, como dinheiro e a cura, com prejuízos espirituais não somente aos agentes que praticam, mas também a toda uma comunidade que naquela casa trabalha a sua espiritualidade.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O Cristo no trabalho quotidiano
Melhorar para progredir, eis a senha da evolução e, para que isso aconteça, é importante não nos entregarmos à lamentação indébita, pois uma hora anulada na queixa é amplo património perdido no preparo da vontade verdadeira para alcançar a nossa meta.
Não existem fórmulas mágicas para diminuir nossas angústias, nem para nos impulsionar na senda evolutiva.
A única fórmula é aquela que Jesus definiu como sendo a conquista do reino dos céus, que se faz com a decisão firme de trilhar o caminho do bem, com o trabalho edificante em nós e para o próximo.
A luta nos fortalece e liberta da ignorância não nos permitindo confrontar indagações infelizes que fazem parte do nosso processo evolutivo, dando lugar ao desânimo ou ao pessimismo perturbadores.
Para isso, é preciso parar e reflectir com optimismo em torno das infinitas possiblidades de amor e de luz que o conhecimento da imortalidade nos oferece.
Se cultivarmos a paz, ela irradiará à nossa volta; se mantivermos a confiança e trabalharmos no bem, multiplicaremos a área de plenitude, avançando assim, gradativamente, para a emancipação espiritual.
No mundo, ninguém passará sem tempestades e incertezas, sem a irritação das provas ásperas ou sem o assédio das tentações, porém, recomendou o Mestre:
“Não se turbe o vosso coração”¹, porque o coração puro é garantia da consciência limpa e recta e, se dispomos dessa consciência limpa e recta, venceremos toda perturbação e trevas por trazer em nós mesmos a luz resplandecente para o caminho.
No Evangelho de João, capítulo dezasseis, versículo trinta e três, Jesus também assevera:
“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”, e por isso a Terra é uma escola de aprendizagem transitória e a luta que nela se trava tem por objectivo a vitória sobre todas as paixões indignas.
Ante os conflitos que nos assombram e afligem, trabalhemos desenvolvendo o sentimento de amor, mantendo serenidade em todas as situações em que nos encontrarmos, percebendo que, para vencer o mundo e seus conflitos, a presença de Jesus na mente e na emoção bastará para solucionar os desafios.
O Mestre amado afirma que todos nós, Espíritos encarnados e desencarnados que almejamos pela comunhão com Ele, somos portadores de cicatrizes e aflições, dúvidas e fraquezas, muitas vezes escabrosas, daí recomenda-nos:
“Se alguém quer vir por mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Lucas, 9:23).
Deste modo, para a edificação da nossa felicidade, renunciemos às futilidades da estrada, suportando corajosamente as consequências dos nossos actos de ontem e de hoje, procurando Jesus por Divino modelo, mantendo nossas almas voltadas para o bem incessante, levantando cada dia, reparando nas dores e inquietações que nos cercam e oferecendo mãos cheias de serviço ao Senhor na pessoa do outro.
Guardando a certeza de que assim procedendo, recolheremos do outro o socorro espontâneo às nossas carências.
Assim, é preciso não esquecer a necessidade de abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção com amor e alegria, com o verdadeiro espírito cristão no trabalho do bem, vivendo cada dia segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho.
Na luz do Cristo, a liberdade do “devo servir” gera o progresso e a sublimação, e somente através do dever rectamente cumprido permaneceremos firmes sem nos dobrarmos diante da escravidão de nossos próprios desejos.
Acordando para a cooperação com Jesus, recordemos a afirmativa do Apóstolo Paulo de Tarso na Carta aos Filipenses, capítulo quatro, versículo onze:
“Aprendi a contentar-me com o que tenho”, aspirando, assim, a servir aos outros para que sirvamos a nós mesmos no reino do Espírito.
Não existem fórmulas mágicas para diminuir nossas angústias, nem para nos impulsionar na senda evolutiva.
A única fórmula é aquela que Jesus definiu como sendo a conquista do reino dos céus, que se faz com a decisão firme de trilhar o caminho do bem, com o trabalho edificante em nós e para o próximo.
A luta nos fortalece e liberta da ignorância não nos permitindo confrontar indagações infelizes que fazem parte do nosso processo evolutivo, dando lugar ao desânimo ou ao pessimismo perturbadores.
Para isso, é preciso parar e reflectir com optimismo em torno das infinitas possiblidades de amor e de luz que o conhecimento da imortalidade nos oferece.
Se cultivarmos a paz, ela irradiará à nossa volta; se mantivermos a confiança e trabalharmos no bem, multiplicaremos a área de plenitude, avançando assim, gradativamente, para a emancipação espiritual.
No mundo, ninguém passará sem tempestades e incertezas, sem a irritação das provas ásperas ou sem o assédio das tentações, porém, recomendou o Mestre:
“Não se turbe o vosso coração”¹, porque o coração puro é garantia da consciência limpa e recta e, se dispomos dessa consciência limpa e recta, venceremos toda perturbação e trevas por trazer em nós mesmos a luz resplandecente para o caminho.
No Evangelho de João, capítulo dezasseis, versículo trinta e três, Jesus também assevera:
“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”, e por isso a Terra é uma escola de aprendizagem transitória e a luta que nela se trava tem por objectivo a vitória sobre todas as paixões indignas.
Ante os conflitos que nos assombram e afligem, trabalhemos desenvolvendo o sentimento de amor, mantendo serenidade em todas as situações em que nos encontrarmos, percebendo que, para vencer o mundo e seus conflitos, a presença de Jesus na mente e na emoção bastará para solucionar os desafios.
O Mestre amado afirma que todos nós, Espíritos encarnados e desencarnados que almejamos pela comunhão com Ele, somos portadores de cicatrizes e aflições, dúvidas e fraquezas, muitas vezes escabrosas, daí recomenda-nos:
“Se alguém quer vir por mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Lucas, 9:23).
Deste modo, para a edificação da nossa felicidade, renunciemos às futilidades da estrada, suportando corajosamente as consequências dos nossos actos de ontem e de hoje, procurando Jesus por Divino modelo, mantendo nossas almas voltadas para o bem incessante, levantando cada dia, reparando nas dores e inquietações que nos cercam e oferecendo mãos cheias de serviço ao Senhor na pessoa do outro.
Guardando a certeza de que assim procedendo, recolheremos do outro o socorro espontâneo às nossas carências.
Assim, é preciso não esquecer a necessidade de abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção com amor e alegria, com o verdadeiro espírito cristão no trabalho do bem, vivendo cada dia segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho.
Na luz do Cristo, a liberdade do “devo servir” gera o progresso e a sublimação, e somente através do dever rectamente cumprido permaneceremos firmes sem nos dobrarmos diante da escravidão de nossos próprios desejos.
Acordando para a cooperação com Jesus, recordemos a afirmativa do Apóstolo Paulo de Tarso na Carta aos Filipenses, capítulo quatro, versículo onze:
“Aprendi a contentar-me com o que tenho”, aspirando, assim, a servir aos outros para que sirvamos a nós mesmos no reino do Espírito.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Então, não percamos tempo na expectativa inútil, pois, se sentirmos e agirmos com o Cristo, viveremos satisfeitos e procuraremos melhorar, melhorando a vida com o que temos.
Os ensinamentos do Mestre nos princípios espíritas cristãos constituem sistema renovador, indicação do caminho, roteiro de acção, directriz de aperfeiçoamento de cada um.
Seja qual for a nossa posição a serviço do nosso Irmão Maior, é imperioso reflectir, porque se esperamos por Ele, é natural que Ele igualmente espere por nós e, não obstante os equívocos que ainda nos assinalem o coração, sejamos sinceros em nós mesmos, decididos a cumprir o dever que abraçamos diante da consciência, desistindo de justificar tropeços, culpas, inibições para a fuga das responsabilidades que nos competem.
Viver é atributo de todos, mas viver bem é o caminho de quantos se dirigem leais ao bem para a divina luz da verdadeira vida.
Para usufruir a intimidade de Jesus e senti-Lo no coração é imprescindível amá-Lo, compartilhando-Lhe a obra e a vida.
Eis por que o divino Mestre foi claro quando asseverou para os aprendizes que tão somente os que O amem saberão trilhar o caminho e guardar Seus ensinamentos.
Quando o doce e meigo Rabi disse:
“A minha paz vos dou”², era para que a paz se fizesse na senda que trilharmos à custa do nosso próprio esforço, para que pudéssemos irradiá-la em tudo no amparo a todos.
Os ensinamentos do Mestre Jesus não cessarão de ecoar nas eternas bem-aventuranças.
Por mais que demore, o direito divino do amor universal há de reger a vida humana para o entendimento e felicidade de todos.
O modo de ser do Cristo foi amar em todas as ocasiões, deixando pegadas luminosas que desde há dois mil anos constituem roteiro de segurança para toda a humanidade.
Recordemos que o Senhor espera por nossa vontade firme e por nossos braços para responder com a paz e com a esperança que nos cercam.
Que o nosso modo de ser feliz seja aquele que o Amigo divino nos ofereceu como modelo e jamais nos aflijamos porque Ele sempre estará connosco.
Bibliografia:
(1) João, 14:1
(2) João, 14:27.
Outras fontes:
XAVIER, C. Francisco – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 35ª ed., Uberaba/ MG – Editora Comunhão Espírita Cristã – 2010 – lições: 7, 18, 36, 41, 124 e 175.
FRANCO, P. Divaldo – Seja Feliz Hoje – ditado pelo Espírito Joanna De Ângelis – 1ª ed., Salvador/BA – Editora Centro Espírita Caminho da Redenção – 2016 – págs. 46, 68 e 100.
Xavier, C. Francisco – Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel - 14ª ed., Editora FEB, Brasília/DF – 2013 – lição 60.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os ensinamentos do Mestre nos princípios espíritas cristãos constituem sistema renovador, indicação do caminho, roteiro de acção, directriz de aperfeiçoamento de cada um.
Seja qual for a nossa posição a serviço do nosso Irmão Maior, é imperioso reflectir, porque se esperamos por Ele, é natural que Ele igualmente espere por nós e, não obstante os equívocos que ainda nos assinalem o coração, sejamos sinceros em nós mesmos, decididos a cumprir o dever que abraçamos diante da consciência, desistindo de justificar tropeços, culpas, inibições para a fuga das responsabilidades que nos competem.
Viver é atributo de todos, mas viver bem é o caminho de quantos se dirigem leais ao bem para a divina luz da verdadeira vida.
Para usufruir a intimidade de Jesus e senti-Lo no coração é imprescindível amá-Lo, compartilhando-Lhe a obra e a vida.
Eis por que o divino Mestre foi claro quando asseverou para os aprendizes que tão somente os que O amem saberão trilhar o caminho e guardar Seus ensinamentos.
Quando o doce e meigo Rabi disse:
“A minha paz vos dou”², era para que a paz se fizesse na senda que trilharmos à custa do nosso próprio esforço, para que pudéssemos irradiá-la em tudo no amparo a todos.
Os ensinamentos do Mestre Jesus não cessarão de ecoar nas eternas bem-aventuranças.
Por mais que demore, o direito divino do amor universal há de reger a vida humana para o entendimento e felicidade de todos.
O modo de ser do Cristo foi amar em todas as ocasiões, deixando pegadas luminosas que desde há dois mil anos constituem roteiro de segurança para toda a humanidade.
Recordemos que o Senhor espera por nossa vontade firme e por nossos braços para responder com a paz e com a esperança que nos cercam.
Que o nosso modo de ser feliz seja aquele que o Amigo divino nos ofereceu como modelo e jamais nos aflijamos porque Ele sempre estará connosco.
Bibliografia:
(1) João, 14:1
(2) João, 14:27.
Outras fontes:
XAVIER, C. Francisco – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 35ª ed., Uberaba/ MG – Editora Comunhão Espírita Cristã – 2010 – lições: 7, 18, 36, 41, 124 e 175.
FRANCO, P. Divaldo – Seja Feliz Hoje – ditado pelo Espírito Joanna De Ângelis – 1ª ed., Salvador/BA – Editora Centro Espírita Caminho da Redenção – 2016 – págs. 46, 68 e 100.
Xavier, C. Francisco – Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel - 14ª ed., Editora FEB, Brasília/DF – 2013 – lição 60.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Nos caminhos da evolução: a transformação planetária
O nosso planeta está em processo de mudança e isso nos levou a pensar em alguns aspectos desse processo.
Estudando Kardec temos a pergunta que ele fez aos Espíritos sobre os elementos gerais do universo:
[1] Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o espírito?
(Espírito): – “Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas.
Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal.
Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer acção sobre ela.
Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais.
Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse.
Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e susceptível pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a acção do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que não apenas conheceis uma parte mínima.
Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá".
Numa análise superficial sobre a estrutura da matéria, poderíamos pensar um pouco sobre fluido cósmico universal e, juntamente com a mão do Criador, que provavelmente deram origem às partículas elementares, ainda desconhecidas pelo homem, para então gerar o que chamamos de partículas subatómicas.
Da junção dessas partículas subatómicas formaram-se os átomos, e dos átomos as moléculas, e por fim delas a matéria bruta que deu forma e estrutura a tudo que conhecemos.
Segundo o Bioquímico Russo Oparin, a vida na Terra teria começado através de reacções químicas sob uma atmosfera propícia para tal:
“Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amónia, hidrogénio e vapor de água.
Sob altas temperaturas, em presença de centelhas eléctricas e raios ultravioletas, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera.
Com a saturação de humidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas.
Os aminoácidos eram arrastados para o solo.
Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas”.
O início da vida na Terra ainda requer muito estudo, mas sabemos que toda essa evolução sempre foi conduzida pelos Espíritos superiores partindo dessas proteínas, aminoácidos e toda a estrutura física da Terra para que ocorresse o início da vida.
Assim, partindo do momento que a vida se instalou na Terra estagiando em diferentes formas de vida, por milhões de anos, como nos ensinam os Espíritos superiores através de Kardec, chegou-se ao homem actual aqui na Terra.
Nesse processo de evolução herdamos dos nossos antepassados, os símios, e do homem primitivo, todas as nossas aptidões, tais como a luta pela sobrevivência, o egoísmo na busca do melhor para nós, a violência para manter as nossas conquistas e toda forma de sentimentos que foram agregados ao nosso ser durante esses milhões de anos.
Claro que isso nos leva a pensar que o Criador jamais plantaria no nosso ser características que, depois de milhares de anos, seriam combatidas por Ele mesmo numa reacção de oposição às suas próprias leis, como a Lei Mosaica, e também algumas estruturas religiosas que teimam em criar o “Pecado Original”.
Precisamos entender essas nossas características primitivas como ferramentas da própria evolução através da descoberta, passo a passo, do nosso eu mais profundo que é o Espírito imortal.
Em um dado momento desperta no homem primitivo a razão que vai passo a passo desenvolver a consciência de si e do mundo à sua volta.
Necessários milhares de anos para iniciar o desenvolvimento das emoções inferiores e, em seguida, as emoções superiores para chegar aos nossos sentimentos mais nobres.
Estudando Kardec temos a pergunta que ele fez aos Espíritos sobre os elementos gerais do universo:
[1] Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o espírito?
(Espírito): – “Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas.
Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal.
Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer acção sobre ela.
Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais.
Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse.
Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e susceptível pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a acção do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que não apenas conheceis uma parte mínima.
Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá".
Numa análise superficial sobre a estrutura da matéria, poderíamos pensar um pouco sobre fluido cósmico universal e, juntamente com a mão do Criador, que provavelmente deram origem às partículas elementares, ainda desconhecidas pelo homem, para então gerar o que chamamos de partículas subatómicas.
Da junção dessas partículas subatómicas formaram-se os átomos, e dos átomos as moléculas, e por fim delas a matéria bruta que deu forma e estrutura a tudo que conhecemos.
Segundo o Bioquímico Russo Oparin, a vida na Terra teria começado através de reacções químicas sob uma atmosfera propícia para tal:
“Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amónia, hidrogénio e vapor de água.
Sob altas temperaturas, em presença de centelhas eléctricas e raios ultravioletas, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera.
Com a saturação de humidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas.
Os aminoácidos eram arrastados para o solo.
Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas”.
O início da vida na Terra ainda requer muito estudo, mas sabemos que toda essa evolução sempre foi conduzida pelos Espíritos superiores partindo dessas proteínas, aminoácidos e toda a estrutura física da Terra para que ocorresse o início da vida.
Assim, partindo do momento que a vida se instalou na Terra estagiando em diferentes formas de vida, por milhões de anos, como nos ensinam os Espíritos superiores através de Kardec, chegou-se ao homem actual aqui na Terra.
Nesse processo de evolução herdamos dos nossos antepassados, os símios, e do homem primitivo, todas as nossas aptidões, tais como a luta pela sobrevivência, o egoísmo na busca do melhor para nós, a violência para manter as nossas conquistas e toda forma de sentimentos que foram agregados ao nosso ser durante esses milhões de anos.
Claro que isso nos leva a pensar que o Criador jamais plantaria no nosso ser características que, depois de milhares de anos, seriam combatidas por Ele mesmo numa reacção de oposição às suas próprias leis, como a Lei Mosaica, e também algumas estruturas religiosas que teimam em criar o “Pecado Original”.
Precisamos entender essas nossas características primitivas como ferramentas da própria evolução através da descoberta, passo a passo, do nosso eu mais profundo que é o Espírito imortal.
Em um dado momento desperta no homem primitivo a razão que vai passo a passo desenvolver a consciência de si e do mundo à sua volta.
Necessários milhares de anos para iniciar o desenvolvimento das emoções inferiores e, em seguida, as emoções superiores para chegar aos nossos sentimentos mais nobres.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Com o advento do nosso Mestre Maior, Jesus, vamos iniciar então a jornada para trabalhar esses sentimentos, agora mais nobres em comparação aos sentidos primitivos, rumo a uma nova fase que nos espera, que seria o homem do terceiro milénio.
Vivemos ainda hoje sob a luta das expiações e provas, ainda como um processo muito eficaz de aprendizagem e mudanças íntimas.
Aparece então Kardec juntamente com os Espíritos, nos convidando a uma fé raciocinada para aliar razão e sentimento, que a ciência oficial ainda não consegue aceitar plenamente.
Os Espíritos vêm nos ensinar tudo que Jesus nos trouxe há 2000 anos numa óptica actual e frente a frente com a razão, como nos ensina o mestre de Lion, para aprendermos a confrontar nosso intelecto com os nossos mais profundos sentimentos e acções.
Na actualidade temos a benfeitora Joanna de Ângelis que nos convida a uma introspecção profunda em nosso ser numa busca incessante de conhecer nossa psique aliada ao espírito imortal.
Para a realização dessas mudanças, em função do complexo que é o nosso ser.
Ela nos mostra que tudo parte do Espírito, passando pelo perispírito e os diversos “corpos espirituais “ainda pouco conhecidos pelos estudiosos da Doutrina Espírita, e chegando ao corpo físico para interagir com o mundo físico.
Nesse corpo físico carregamos todo esse potencial para através das sucessivas reencarnações chegarmos ao ser integral, completo e realizado.
Quando Joanna nos ensina que:
[2] “A consciência adquirida – a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar – faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas”, podemos ver o quanto a proposta de Kardec se faz presente dentro da nossa evolução nos aspectos do conhecimento, com o sentimento maior que é amar para nos tornar capazes de uma vida plena, e a preparação interior para esse novo milénio.
A Terra está passando por uma transformação de planeta de expiações e provas para um planeta de regeneração e isso está provocando muita agitação e distúrbios como ocorre em toda e qualquer mudança.
Percebemos que estão ocorrendo mudanças em todos os níveis, sejam elas mudanças físicas, estruturais, comportamentais, e acima de tudo morais.
Conflitos de todos os níveis podemos ver a todos os momentos, mas isso não é o fim, como afirmam alguns, mas sim o começo de uma nova era.
Precisamos ficar firmes, atentos para não cairmos em nossos desequilíbrios, não nos deixando levar pela onda de pessimismo que assola as pessoas nessa hora.
Precisamos hoje, mais do que nunca, sentir e viver os ensinos de Jesus.
A hora é agora, pois o momento chegou.
A luta hoje é de dentro para fora, orar, amar, trabalhar e seguir em frente.
A evolução da Humanidade chegou a um ponto que não dá mais para retroceder, estacionar e questionar se devemos ou não prosseguir.
As vozes do Além nos convidam a reflexões mais profundas de nosso ser, mudanças nas nossas atitudes e a nos conhecer mais a cada dia, procurando viver o amor ao próximo como nos pede o nosso Mestre Jesus.
Bibliografia:
[1] O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
[2] O ser consciente, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.
§.§.§- Ave sem Ninho
Vivemos ainda hoje sob a luta das expiações e provas, ainda como um processo muito eficaz de aprendizagem e mudanças íntimas.
Aparece então Kardec juntamente com os Espíritos, nos convidando a uma fé raciocinada para aliar razão e sentimento, que a ciência oficial ainda não consegue aceitar plenamente.
Os Espíritos vêm nos ensinar tudo que Jesus nos trouxe há 2000 anos numa óptica actual e frente a frente com a razão, como nos ensina o mestre de Lion, para aprendermos a confrontar nosso intelecto com os nossos mais profundos sentimentos e acções.
Na actualidade temos a benfeitora Joanna de Ângelis que nos convida a uma introspecção profunda em nosso ser numa busca incessante de conhecer nossa psique aliada ao espírito imortal.
Para a realização dessas mudanças, em função do complexo que é o nosso ser.
Ela nos mostra que tudo parte do Espírito, passando pelo perispírito e os diversos “corpos espirituais “ainda pouco conhecidos pelos estudiosos da Doutrina Espírita, e chegando ao corpo físico para interagir com o mundo físico.
Nesse corpo físico carregamos todo esse potencial para através das sucessivas reencarnações chegarmos ao ser integral, completo e realizado.
Quando Joanna nos ensina que:
[2] “A consciência adquirida – a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar – faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas”, podemos ver o quanto a proposta de Kardec se faz presente dentro da nossa evolução nos aspectos do conhecimento, com o sentimento maior que é amar para nos tornar capazes de uma vida plena, e a preparação interior para esse novo milénio.
A Terra está passando por uma transformação de planeta de expiações e provas para um planeta de regeneração e isso está provocando muita agitação e distúrbios como ocorre em toda e qualquer mudança.
Percebemos que estão ocorrendo mudanças em todos os níveis, sejam elas mudanças físicas, estruturais, comportamentais, e acima de tudo morais.
Conflitos de todos os níveis podemos ver a todos os momentos, mas isso não é o fim, como afirmam alguns, mas sim o começo de uma nova era.
Precisamos ficar firmes, atentos para não cairmos em nossos desequilíbrios, não nos deixando levar pela onda de pessimismo que assola as pessoas nessa hora.
Precisamos hoje, mais do que nunca, sentir e viver os ensinos de Jesus.
A hora é agora, pois o momento chegou.
A luta hoje é de dentro para fora, orar, amar, trabalhar e seguir em frente.
A evolução da Humanidade chegou a um ponto que não dá mais para retroceder, estacionar e questionar se devemos ou não prosseguir.
As vozes do Além nos convidam a reflexões mais profundas de nosso ser, mudanças nas nossas atitudes e a nos conhecer mais a cada dia, procurando viver o amor ao próximo como nos pede o nosso Mestre Jesus.
Bibliografia:
[1] O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
[2] O ser consciente, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A vida e a obra de Amalia Domingo Soler
Os frutos do trabalho realizado pela mãe do clássico Memórias do Padre Germano continuam até hoje
É comum ouvirmos de nossos companheiros espíritas mais antigos a seguinte frase:
- “Amigos, se vocês quiserem realmente conhecer o Espiritismo, não podem desencarnar antes de lerem Memórias do Padre Germano, um clássico espírita que devemos a Amalia Domingo Soler”.
O livro, publicado no Brasil pela editora da Federação Espírita Brasileira, surgiu inicialmente sob a forma de fascículos, na Espanha, a partir do dia 29 de abril de 1880, como a própria Amalia relata em um texto que constitui, na edição publicada pela FEB, o prefácio da obra.
Como surgiu o livro Memórias do Padre Germano
Eis como ela menciona o facto:
Aos 29 de abril de 1880 comecei a publicar, no jornal espírita A Luz do Porvir, as Memórias do Padre Germano — uma série de comunicações que, sob a forma de novela, nem por isso deixam de instruir deleitando.
O Espírito Padre Germano foi relatando alguns episódios de sua última encarnação terrena, consagrada à consolação dos humildes e oprimidos, ao mesmo tempo que desmascarava os hipócritas e falsos religiosos da Igreja Romana.
Tal proceder, como era natural, lhe acarretou inúmeros dissabores, perseguições sem tréguas, cruéis insultos e ameaças de morte, ameaças que, por mais de uma vez, e por pouco se não converteram em amaríssima realidade.
Vítima dos superiores hierárquicos, assim viveu desterrado em obscura aldeia, ele que, pelo talento, bondade e predicados especiais, poderia ter conduzido a seguro porto, sem perigo de soçobro, a arca de São Pedro.
Mas, nem por viver em recanto ermo da Terra, obscura foi sua existência.
Assim como as ocultas violetas exalam delicado perfume entre as heras que as sobrepujam, assim a religiosidade dessa alma exalou o subtil aroma do sentimento, e com tanta fragrância, que a essência embriagadora pôde ser aspirada em muitos lugares da Terra.
Muitos foram os potentados que, aterrados pela ideia de crimes enormes, correram pressurosos à sua presença, prostrando-se humildes ante o humilde sacerdote, para que fosse intermediário entre eles e Deus.
O Padre Germano arrebanhou muitas ovelhas desgarradas, guiando-as pela senda estreita da verdadeira religião, que outra não é senão a do bem pelo bem, e amando — não só o bom, que por excepcionais virtudes merece ser amado ternamente, como também o delinquente — enfermo d’alma que, em gravíssimo estado, só com amor se pode curar.
A missão desse Padre em sua última encarnação foi, de facto, a mais bela que porventura possa ter o homem na Terra; e visto como, ao deixar o invólucro carnal, o Espírito prossegue no espaço com os mesmos sentimentos humanos, pôde ele sentir, liberto dos seus inimigos, a mesma necessidade de amar e instruir o próximo, buscando todos os meios de completar tão nobilíssimos desejos.
À espera de propícia ocasião, encontrou, finalmente, um médium falante puramente inconsciente, ao qual dedicava, contudo, esse achado:
— importava que tal médium tivesse um escrevente capaz de sentir, compreender e apreciar o que o médium por si dissesse.
A isso me prestei eu, de boa vontade, e no veementíssimo intuito de propagar o Espiritismo, trabalhamos os três na redacção destas “Memórias”, até 10 de janeiro de 1884.
Não guardam elas perfeita ordem com relação à existência do Padre, sendo que, tão depressa relatam episódios verdadeiramente dramáticos da sua juventude, como deploram o isolamento da sua velhice; em tudo, porém, que diz o Padre Germano, há tantos sentimentos, religiosidade e amor a Deus; admiração tão profunda das leis eternas e tão grande adoração à Natureza, que, lendo estes fragmentos, a criatura mais atribulada se consola, o mais céptico espírito conjectura, comove-se o maior criminoso, cada qual procurando Deus a seu modo, convencido de que Ele existe na imensidade dos céus.
Um dos fundadores de A Luz do Porvir, o editor João Torrents, teve a feliz ideia de reunir em volumes as Memórias do Padre Germano, às quais adicionei algumas comunicações do mesmo Espírito, por ter encontrado nelas imensos tesouros de Amor e de Esperança — esperança e amor que são frutos sazonados da verdadeira religiosidade por ele possuída de muitos séculos.
É comum ouvirmos de nossos companheiros espíritas mais antigos a seguinte frase:
- “Amigos, se vocês quiserem realmente conhecer o Espiritismo, não podem desencarnar antes de lerem Memórias do Padre Germano, um clássico espírita que devemos a Amalia Domingo Soler”.
O livro, publicado no Brasil pela editora da Federação Espírita Brasileira, surgiu inicialmente sob a forma de fascículos, na Espanha, a partir do dia 29 de abril de 1880, como a própria Amalia relata em um texto que constitui, na edição publicada pela FEB, o prefácio da obra.
Como surgiu o livro Memórias do Padre Germano
Eis como ela menciona o facto:
Aos 29 de abril de 1880 comecei a publicar, no jornal espírita A Luz do Porvir, as Memórias do Padre Germano — uma série de comunicações que, sob a forma de novela, nem por isso deixam de instruir deleitando.
O Espírito Padre Germano foi relatando alguns episódios de sua última encarnação terrena, consagrada à consolação dos humildes e oprimidos, ao mesmo tempo que desmascarava os hipócritas e falsos religiosos da Igreja Romana.
Tal proceder, como era natural, lhe acarretou inúmeros dissabores, perseguições sem tréguas, cruéis insultos e ameaças de morte, ameaças que, por mais de uma vez, e por pouco se não converteram em amaríssima realidade.
Vítima dos superiores hierárquicos, assim viveu desterrado em obscura aldeia, ele que, pelo talento, bondade e predicados especiais, poderia ter conduzido a seguro porto, sem perigo de soçobro, a arca de São Pedro.
Mas, nem por viver em recanto ermo da Terra, obscura foi sua existência.
Assim como as ocultas violetas exalam delicado perfume entre as heras que as sobrepujam, assim a religiosidade dessa alma exalou o subtil aroma do sentimento, e com tanta fragrância, que a essência embriagadora pôde ser aspirada em muitos lugares da Terra.
Muitos foram os potentados que, aterrados pela ideia de crimes enormes, correram pressurosos à sua presença, prostrando-se humildes ante o humilde sacerdote, para que fosse intermediário entre eles e Deus.
O Padre Germano arrebanhou muitas ovelhas desgarradas, guiando-as pela senda estreita da verdadeira religião, que outra não é senão a do bem pelo bem, e amando — não só o bom, que por excepcionais virtudes merece ser amado ternamente, como também o delinquente — enfermo d’alma que, em gravíssimo estado, só com amor se pode curar.
A missão desse Padre em sua última encarnação foi, de facto, a mais bela que porventura possa ter o homem na Terra; e visto como, ao deixar o invólucro carnal, o Espírito prossegue no espaço com os mesmos sentimentos humanos, pôde ele sentir, liberto dos seus inimigos, a mesma necessidade de amar e instruir o próximo, buscando todos os meios de completar tão nobilíssimos desejos.
À espera de propícia ocasião, encontrou, finalmente, um médium falante puramente inconsciente, ao qual dedicava, contudo, esse achado:
— importava que tal médium tivesse um escrevente capaz de sentir, compreender e apreciar o que o médium por si dissesse.
A isso me prestei eu, de boa vontade, e no veementíssimo intuito de propagar o Espiritismo, trabalhamos os três na redacção destas “Memórias”, até 10 de janeiro de 1884.
Não guardam elas perfeita ordem com relação à existência do Padre, sendo que, tão depressa relatam episódios verdadeiramente dramáticos da sua juventude, como deploram o isolamento da sua velhice; em tudo, porém, que diz o Padre Germano, há tantos sentimentos, religiosidade e amor a Deus; admiração tão profunda das leis eternas e tão grande adoração à Natureza, que, lendo estes fragmentos, a criatura mais atribulada se consola, o mais céptico espírito conjectura, comove-se o maior criminoso, cada qual procurando Deus a seu modo, convencido de que Ele existe na imensidade dos céus.
Um dos fundadores de A Luz do Porvir, o editor João Torrents, teve a feliz ideia de reunir em volumes as Memórias do Padre Germano, às quais adicionei algumas comunicações do mesmo Espírito, por ter encontrado nelas imensos tesouros de Amor e de Esperança — esperança e amor que são frutos sazonados da verdadeira religiosidade por ele possuída de muitos séculos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Sim, porque para sentir e amar como ele, conhecendo ao mesmo tempo tão profundamente as misérias da Humanidade, é preciso haver lutado com a fonte nunca estanque das paixões, com a tendência dos vícios, com o estímulo indómito das vaidades mundanas.
As grandes e inveteradas virtudes, tanto quanto os múltiplos conhecimentos científicos, não se improvisam porque são a obra paciente dos séculos.
E sejam estas linhas — humilde prólogo às Memórias do Padre Germano — as heras que ocultam o ramo de violetas, cujo delicadíssimo perfume há de ser aspirado com prazer pelos sedentos de justiça e famintos de amor e verdade.
(Grácia, 25 de fevereiro de 1900. Amalia Domingo Soler.)
A vida difícil na capital espanhola
Amalia certamente não sabia que sua obra se tornaria imortal e asseguraria um lugar de destaque entre as obras mais importantes que a literatura espírita nos ofereceu e, coincidência das coincidências, exactamente 29 anos depois da publicação do primeiro fascículo, e no mesmo dia, 29 de abril, ela retornaria ao Plano Espiritual.
Referimo-nos ao ano de 1909, quando em Barcelona, aos 73 anos de idade, Amalia desencarnou.
Escritora, costureira de profissão e grande expoente do movimento espírita espanhol, sobretudo por seu trabalho na divulgação do Espiritismo, Amalia Domingo Soler nasceu em Sevilha, região da Andaluzia, no dia 10 de novembro de 1835.
Seu pai morreu antes de a menina nascer.
Aos oito anos ficou temporariamente cega, sendo mais tarde curada por um farmacêutico.
Os problemas visuais, no entanto, a acompanhariam por toda a vida, mas, graças aos esforços de sua mãe, dos dois aos cinco anos aprendeu a ler, aos dez anos começou a escrever poesias e aos dezoito publicou seus primeiros versos.
Aos vinte cinco anos, com o falecimento da mãe, Amalia passou a enfrentar outra fase difícil.
Seus recursos financeiros eram utilizados na manutenção de sua frágil saúde.
Solteira, suas relações com a família paterna eram instáveis.
Ela decidiu então mudar-se para a capital do país, Madrid, esperando encontrar ali melhores dias.
Sua mãe lhe aparece e muda sua vida
Já morando na capital, em 1868 passou por novas dificuldades.
Não encontrando trabalho, enfrentou a fome e passou a depender a ajuda de Instituições de benemerência.
Sozinha e sem recursos, pensava em desistir quando certa noite, caminhando sem esperanças, desiludida com a vida, apareceu-lhe sua mãe.
A visão causou-lhe grande espanto, mas lhe reavivou as esperanças e fez Amalia recordar-se da importância da religião.
Buscou auxílio, então, em uma igreja luterana.
As pregações da igreja e o contacto com a religião impelem-na a não desistir.
Ela volta a escrever versos, dedica-se à costura e tenta reerguer-se.
A visão causa-lhe, no entanto, novas aflições e ela procura a ajuda de um médico homeopata, Dr. Hysern, que a salva da cegueira.
Esse mesmo homeopata, embora se declarasse materialista, entrega-lhe um exemplar de "El Critério", periódico espírita que circulava na época.
O pequeno jornal espírita lhe desperta a curiosidade e, buscando maiores esclarecimentos, Amalia mantém contanto com diversas revistas espíritas da época, toma coragem e escreve uma poesia para o jornal "El Critério", a qual não é publicada, mas inspirou o editor a lhe enviar um exemplar de "Preliminares del Espiritismo".
Sua primeira publicação, uma poesia, aparece no periódico espírita "La Revelación".
Seu primeiro artigo doutrinário, "La Fe Espiritista", sai pelo "El Critério", em 1872.
Seus artigos despertam grande atenção e, aos poucos, Amalia integra-se no movimento espírita espanhol, participando de reuniões em casas espíritas.
As grandes e inveteradas virtudes, tanto quanto os múltiplos conhecimentos científicos, não se improvisam porque são a obra paciente dos séculos.
E sejam estas linhas — humilde prólogo às Memórias do Padre Germano — as heras que ocultam o ramo de violetas, cujo delicadíssimo perfume há de ser aspirado com prazer pelos sedentos de justiça e famintos de amor e verdade.
(Grácia, 25 de fevereiro de 1900. Amalia Domingo Soler.)
A vida difícil na capital espanhola
Amalia certamente não sabia que sua obra se tornaria imortal e asseguraria um lugar de destaque entre as obras mais importantes que a literatura espírita nos ofereceu e, coincidência das coincidências, exactamente 29 anos depois da publicação do primeiro fascículo, e no mesmo dia, 29 de abril, ela retornaria ao Plano Espiritual.
Referimo-nos ao ano de 1909, quando em Barcelona, aos 73 anos de idade, Amalia desencarnou.
Escritora, costureira de profissão e grande expoente do movimento espírita espanhol, sobretudo por seu trabalho na divulgação do Espiritismo, Amalia Domingo Soler nasceu em Sevilha, região da Andaluzia, no dia 10 de novembro de 1835.
Seu pai morreu antes de a menina nascer.
Aos oito anos ficou temporariamente cega, sendo mais tarde curada por um farmacêutico.
Os problemas visuais, no entanto, a acompanhariam por toda a vida, mas, graças aos esforços de sua mãe, dos dois aos cinco anos aprendeu a ler, aos dez anos começou a escrever poesias e aos dezoito publicou seus primeiros versos.
Aos vinte cinco anos, com o falecimento da mãe, Amalia passou a enfrentar outra fase difícil.
Seus recursos financeiros eram utilizados na manutenção de sua frágil saúde.
Solteira, suas relações com a família paterna eram instáveis.
Ela decidiu então mudar-se para a capital do país, Madrid, esperando encontrar ali melhores dias.
Sua mãe lhe aparece e muda sua vida
Já morando na capital, em 1868 passou por novas dificuldades.
Não encontrando trabalho, enfrentou a fome e passou a depender a ajuda de Instituições de benemerência.
Sozinha e sem recursos, pensava em desistir quando certa noite, caminhando sem esperanças, desiludida com a vida, apareceu-lhe sua mãe.
A visão causou-lhe grande espanto, mas lhe reavivou as esperanças e fez Amalia recordar-se da importância da religião.
Buscou auxílio, então, em uma igreja luterana.
As pregações da igreja e o contacto com a religião impelem-na a não desistir.
Ela volta a escrever versos, dedica-se à costura e tenta reerguer-se.
A visão causa-lhe, no entanto, novas aflições e ela procura a ajuda de um médico homeopata, Dr. Hysern, que a salva da cegueira.
Esse mesmo homeopata, embora se declarasse materialista, entrega-lhe um exemplar de "El Critério", periódico espírita que circulava na época.
O pequeno jornal espírita lhe desperta a curiosidade e, buscando maiores esclarecimentos, Amalia mantém contanto com diversas revistas espíritas da época, toma coragem e escreve uma poesia para o jornal "El Critério", a qual não é publicada, mas inspirou o editor a lhe enviar um exemplar de "Preliminares del Espiritismo".
Sua primeira publicação, uma poesia, aparece no periódico espírita "La Revelación".
Seu primeiro artigo doutrinário, "La Fe Espiritista", sai pelo "El Critério", em 1872.
Seus artigos despertam grande atenção e, aos poucos, Amalia integra-se no movimento espírita espanhol, participando de reuniões em casas espíritas.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Em Barcelona as actividades se multiplicam
Em 31 de março de 1875, aniversário da desencarnação de Allan Kardec, lê a poesia "A la Memoria de Allan Kardec" diante dos membros da Sociedad Espiritista Española e torna-se, a partir de então, mais um membro das fileiras de propagandistas da Doutrina Espírita em terras espanholas.
Junto aos espíritas de Murcia, permanece quatro meses recuperando-se de uma enfermidade.
Recuperada, ciente de que seria errado viver do Espiritismo, Amalia continua a trabalhar de dia e escrever de noite.
Em 10 de agosto de 1876, convidada pelo grupo espírita "Circulo La Buena Nueva", ela decide mudar-se para Barcelona, com a esperança de encontrar melhores condições de trabalho na capital catalã, já então uma cidade de grande actividade económica.
No dia 9 de maio de 1879 aparece-lhe o Padre Germano, seu guia espiritual.
Em Barcelona, ela conhece o médium sonâmbulo Eudaldo, que recebe várias mensagens destinadas a Amalia, muitas dessas reunidas no livro Memórias do Padre Germano, que foi publicado, como dissemos inicialmente, em partes, a partir de 29 de abril de 1880.
Em 22 de maio de 1879 Amalia publica o primeiro número do periódico "La Luz del Porvenir", dirigido por ela própria.
No primeiro número saiu o artigo "La idea de Dios", que foi denunciado às autoridades e provocou a suspensão do periódico por 42 semanas.
A influência da obra de Amalia perdura até hoje
Não se intimidou e lançou outra revista, com o nome "El Eco de la Verdad", até que a revista suspensa pudesse voltar a circular, o que ocorreu após um decreto do rei Afonso XII.
O Catolicismo era a religião oficial na Espanha e reagia, por isso, a tudo que entendesse fosse contrário aos seus interesses.
O periódico "La Luz del Porvenir" foi publicado até 1899 e muitos dos artigos de Amalia Domingo Soler publicados durante este período - incluindo "La Idea de Dios" - foram, a partir de 1972, reunidos por Salvador Sanchís Serra nos livros "La Luz del Porvenir" e "La Luz del Camino", distribuídos gratuitamente por ele e pelo grupo espírita "La Luz del Camino" de Orihuela, Alicante.
O balanço da obra de Amalia Domingo Soler é difícil de ser feito, pois seus frutos ainda continuam surgindo.
O movimento espírita espanhol do final do século XIX, obra de Amalia e de outros grandes pioneiros, como Fernandes Colavida e Miguel Vives y Vives, abrigou o primeiro congresso espírita internacional em 1888, influenciou os movimentos nascentes nos vários países de língua espanhola da América Latina e - como precedente histórico - é a base para o actual renascimento do Espiritismo espanhol.
Seus artigos são hoje, como foram ontem, exposições claras e directas do Espiritismo e fiéis intérpretes da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em 31 de março de 1875, aniversário da desencarnação de Allan Kardec, lê a poesia "A la Memoria de Allan Kardec" diante dos membros da Sociedad Espiritista Española e torna-se, a partir de então, mais um membro das fileiras de propagandistas da Doutrina Espírita em terras espanholas.
Junto aos espíritas de Murcia, permanece quatro meses recuperando-se de uma enfermidade.
Recuperada, ciente de que seria errado viver do Espiritismo, Amalia continua a trabalhar de dia e escrever de noite.
Em 10 de agosto de 1876, convidada pelo grupo espírita "Circulo La Buena Nueva", ela decide mudar-se para Barcelona, com a esperança de encontrar melhores condições de trabalho na capital catalã, já então uma cidade de grande actividade económica.
No dia 9 de maio de 1879 aparece-lhe o Padre Germano, seu guia espiritual.
Em Barcelona, ela conhece o médium sonâmbulo Eudaldo, que recebe várias mensagens destinadas a Amalia, muitas dessas reunidas no livro Memórias do Padre Germano, que foi publicado, como dissemos inicialmente, em partes, a partir de 29 de abril de 1880.
Em 22 de maio de 1879 Amalia publica o primeiro número do periódico "La Luz del Porvenir", dirigido por ela própria.
No primeiro número saiu o artigo "La idea de Dios", que foi denunciado às autoridades e provocou a suspensão do periódico por 42 semanas.
A influência da obra de Amalia perdura até hoje
Não se intimidou e lançou outra revista, com o nome "El Eco de la Verdad", até que a revista suspensa pudesse voltar a circular, o que ocorreu após um decreto do rei Afonso XII.
O Catolicismo era a religião oficial na Espanha e reagia, por isso, a tudo que entendesse fosse contrário aos seus interesses.
O periódico "La Luz del Porvenir" foi publicado até 1899 e muitos dos artigos de Amalia Domingo Soler publicados durante este período - incluindo "La Idea de Dios" - foram, a partir de 1972, reunidos por Salvador Sanchís Serra nos livros "La Luz del Porvenir" e "La Luz del Camino", distribuídos gratuitamente por ele e pelo grupo espírita "La Luz del Camino" de Orihuela, Alicante.
O balanço da obra de Amalia Domingo Soler é difícil de ser feito, pois seus frutos ainda continuam surgindo.
O movimento espírita espanhol do final do século XIX, obra de Amalia e de outros grandes pioneiros, como Fernandes Colavida e Miguel Vives y Vives, abrigou o primeiro congresso espírita internacional em 1888, influenciou os movimentos nascentes nos vários países de língua espanhola da América Latina e - como precedente histórico - é a base para o actual renascimento do Espiritismo espanhol.
Seus artigos são hoje, como foram ontem, exposições claras e directas do Espiritismo e fiéis intérpretes da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Domesticação dos instintos agressivos
À medida que o ego se faz consciente dos valores ínsitos no Self, torna-se factível uma programação saudável para o comportamento
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más”. -
Allan Kardec[1]
Estudando a história dos povos, não ficará difícil concluir que a génese dos instintos agressivos - à solta nos dias actuais - se mescla à génese do próprio homem, portanto, perde-se na noite dos tempos!...
Na frase em epígrafe, observemos que Kardec usou o verbo “domar”.
E ele estava, (como sempre!), coberto de razão, porque para revertermos os instintos agressivos em “atitudes educadas”, há que se empregar ingentes esforços de auto-domesticação.
E caso não venhamos a tomar a iniciativa por nós mesmos, os mecanismos divinos passarão a agir tal como ensina Lázaro ao nos admoestar[2]:
“(...) ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento!
Pois nós, que somos os guias da humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla acção do freio e da espora”.
A psicoterapia ante os instintos agressivos
Joanna de Ângelis[3] leva-nos a uma viagem às abissais e ignotas profundezas do “Self”, onde estão firmemente implantadas as raízes dos instintos agressivos, mostrando-nos como extirpá-los.
Segundo a nobre Mentora, “uma psicoterapia eficiente libera o paciente não só dos conflitos, mas também das paixões primitivas, que passam a ser direcionadas com equilíbrio, transformando os impulsos inferiores em emoções de harmonia.
As imagens arquetípicas que emergem do inconsciente pessoal, heranças algumas dos instintos agressivos que predominam em a natureza humana, resultantes do processo antropossociopsicológico, tornam-se diluídas pela razão, em um trabalho de conscientização das suas inclinações más e imediata superação, conforme acentua Allan Kardec, o ínclito Codificador do Espiritismo.
Essas inclinações más ou tendências para atitudes primitivas, rebeldes, perturbadoras do equilíbrio emocional e moral, são heranças e atavismos insculpidos no Self, em razão da larga trajectória evolutiva, em cujo curso experienciou o primarismo das formas ancestrais, mais instinto que razão, caracterizadas pelos impulsos automáticos do que pela lógica do discernimento.
Impregnando o ego com a sua carga de paixões asselvajadas, necessitam ser trabalhadas com afinco, a fim de que abandonem os alicerces do inconsciente, no qual se encontram, e possam ser dissolvidas, substituídas pelos mecanismos dos sentimentos de amor, de compaixão, de solidariedade...
(...) À medida que o ego se faz consciente dos valores ínsitos no Self, torna-se factível uma programação saudável para o comportamento, trabalhando cada dificuldade, todo desafio, mediante a reconciliação com a sua realidade eterna.
Os fenómenos que parecem obstar o processo de maturação psicológica, cedem lugar aos estímulos pelas conquistas que se operam, emulando a novas realizações edificantes que enriquecem de alegria os relacionamentos familiares, sociais e humanos em geral.
É uma forma de o paciente desencarcerar-se dos impulsos perniciosos, que somente contribuem para asselvajar-lhe os sentimentos e emparedar-lhe as aspirações no estreito espaço das ambições tormentosas.
(...) A necessidade de trabalhar as tendências primárias, os instintos dominantes e primitivos, torna-se imprescindível em todos os indivíduos.
Todo esse património psicológico ancestral que nele permanece, constitui-lhe patamar inicial do processo para a aquisição da consciência, que não pode ser violentado, sem graves prejuízos, no que diz respeito a outras manifestações que fazem parte da realidade dos próprios instintos.
Essa batalha íntima se faz possível graças aos estímulos que decorrem dos primeiros resultados, quando são vencidas as etapas iniciais da luta interna que se processa com naturalidade.
Como não se podem preencher espaços ocupados, faz-se imperioso substituir cada impulso perturbador por um sentimento enobrecido, ampliando a área de compreensão da vida e disputando a harmonia no cometimento da saúde.
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más”. -
Allan Kardec[1]
Estudando a história dos povos, não ficará difícil concluir que a génese dos instintos agressivos - à solta nos dias actuais - se mescla à génese do próprio homem, portanto, perde-se na noite dos tempos!...
Na frase em epígrafe, observemos que Kardec usou o verbo “domar”.
E ele estava, (como sempre!), coberto de razão, porque para revertermos os instintos agressivos em “atitudes educadas”, há que se empregar ingentes esforços de auto-domesticação.
E caso não venhamos a tomar a iniciativa por nós mesmos, os mecanismos divinos passarão a agir tal como ensina Lázaro ao nos admoestar[2]:
“(...) ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento!
Pois nós, que somos os guias da humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla acção do freio e da espora”.
A psicoterapia ante os instintos agressivos
Joanna de Ângelis[3] leva-nos a uma viagem às abissais e ignotas profundezas do “Self”, onde estão firmemente implantadas as raízes dos instintos agressivos, mostrando-nos como extirpá-los.
Segundo a nobre Mentora, “uma psicoterapia eficiente libera o paciente não só dos conflitos, mas também das paixões primitivas, que passam a ser direcionadas com equilíbrio, transformando os impulsos inferiores em emoções de harmonia.
As imagens arquetípicas que emergem do inconsciente pessoal, heranças algumas dos instintos agressivos que predominam em a natureza humana, resultantes do processo antropossociopsicológico, tornam-se diluídas pela razão, em um trabalho de conscientização das suas inclinações más e imediata superação, conforme acentua Allan Kardec, o ínclito Codificador do Espiritismo.
Essas inclinações más ou tendências para atitudes primitivas, rebeldes, perturbadoras do equilíbrio emocional e moral, são heranças e atavismos insculpidos no Self, em razão da larga trajectória evolutiva, em cujo curso experienciou o primarismo das formas ancestrais, mais instinto que razão, caracterizadas pelos impulsos automáticos do que pela lógica do discernimento.
Impregnando o ego com a sua carga de paixões asselvajadas, necessitam ser trabalhadas com afinco, a fim de que abandonem os alicerces do inconsciente, no qual se encontram, e possam ser dissolvidas, substituídas pelos mecanismos dos sentimentos de amor, de compaixão, de solidariedade...
(...) À medida que o ego se faz consciente dos valores ínsitos no Self, torna-se factível uma programação saudável para o comportamento, trabalhando cada dificuldade, todo desafio, mediante a reconciliação com a sua realidade eterna.
Os fenómenos que parecem obstar o processo de maturação psicológica, cedem lugar aos estímulos pelas conquistas que se operam, emulando a novas realizações edificantes que enriquecem de alegria os relacionamentos familiares, sociais e humanos em geral.
É uma forma de o paciente desencarcerar-se dos impulsos perniciosos, que somente contribuem para asselvajar-lhe os sentimentos e emparedar-lhe as aspirações no estreito espaço das ambições tormentosas.
(...) A necessidade de trabalhar as tendências primárias, os instintos dominantes e primitivos, torna-se imprescindível em todos os indivíduos.
Todo esse património psicológico ancestral que nele permanece, constitui-lhe patamar inicial do processo para a aquisição da consciência, que não pode ser violentado, sem graves prejuízos, no que diz respeito a outras manifestações que fazem parte da realidade dos próprios instintos.
Essa batalha íntima se faz possível graças aos estímulos que decorrem dos primeiros resultados, quando são vencidas as etapas iniciais da luta interna que se processa com naturalidade.
Como não se podem preencher espaços ocupados, faz-se imperioso substituir cada impulso perturbador por um sentimento enobrecido, ampliando a área de compreensão da vida e disputando a harmonia no cometimento da saúde.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Deixando de lado os impulsos instintivos...
Merece seja evocada, novamente aqui, a já analisada sábia proposta de Krishna ao discípulo Arjuna, conforme narrada no Baghavad Gita, quando o primeiro lhe refere que, na sua condição de príncipe pândava, terá que lutar com destemor contra os familiares do grupo kuru, mesmo que esses sejam numericamente maiores.
Não obstante o jovem candidato à plenitude desejasse a paz, foi tomado de temor por considerar que lhe seria impossível combater os demais membros da sua família, gerando uma tragédia de grande porte.
Ademais, ignorava onde seria essa batalha vigorosa.
Mas o mestre, compassivo e sábio, admoestou-o, informando que se tratava de familiares, sim, porque procedentes da mesma raiz, mas que os pândavas eram as virtudes enquanto os kurus eram os vícios, nesse inter-relacionamento que se estreitava na causalidade dos fenómenos, mas que a vitória, sem dúvida, seria daqueles valores nobres enquanto que a luta teria que ser travada no campo da consciência...
Esse momento do despertar da consciência para a realidade do Si, também significa a alegria de reconhecer a necessidade de libertar-se das paixões dissolventes, geradoras de tormentos.
Indubitavelmente, o passado programou no ser as necessidades da sua evolução, apontando-lhe uma finalidade, um objectivo que deve ser alcançado mediante todo o empenho da sua inteligência e do seu discernimento.
Deixando de lado os impulsos meramente instintivos que o vêm guiando através dos milênios, agora desperta para a razão, descobrindo a essencialidade da vida, que nele próprio se encontra como tendência inapelável — o seu destino — que é a harmonia, a plenitude ambicionada...
É inevitável que, durante essa trajetória, repontem as dificuldades, hoje ameaçadoras, que fizeram parte das conquistas pretéritas, e no seu momento, foram os mecanismos de sobrevivência e de vitória do ser em relação ao meio hostil e aos semelhantes primitivos que o buscavam dizimar.
Vencendo as impressões que permanecem do ontem, o seu vir-a-ser desenha-se atraente e enriquecedor, por propiciar-lhe metas idealistas que irão desenvolver os sentimentos e a inteligência, encarregados de seleccionar os recursos que o podem impulsionar para a conquista da saúde integral e do equilíbrio social”.
O que hoje se entende por inteligência
Nosso confrade psicólogo, Adenáuer Novais, nos oferece[4] ricos subsídios para o trabalho íntimo de erradicação dos instintos agressivos, e o segredo está no desenvolvimento da nossa Inteligência Emocional.
Segundo Novaes, existem vários tipos de inteligência.
A partir do conteúdo da questão número vinte e quatro de “O Livro dos Espíritos”, na qual os Benfeitores Espirituais afirmam que “a inteligência é um atributo essencial do Espírito”, o autor revela que a pobreza de nossa compreensão e da linguagem não nos permite maiores descortinos acerca da essência do Espírito, mostrando que o mesmo acontece com o conceito da palavra “inteligência”.
Sobre a inteligência, explica Novaes4:
“(...) Por muito tempo se considerou a inteligência como o atributo principal para designar o máximo da capacidade do ser humano em face do mundo e seus desafios.
A palavra resumia tudo que se queria afirmar a respeito da capacidade de cada ser humano no que diz respeito às suas aptidões intelectuais.
Mas, em absoluto, ela não consegue resumir todas as qualidades nem a diversidade da natureza humana.
As capacidades inteletivas humanas não mais podem se resumir à palavra inteligência.
Ela encerra apenas o domínio lógico-matemático e linguístico-verbal da mente humana.
O Espírito, na riqueza de sua evolução e na complexidade de suas potencialidades tem mais do que a inteligência, como muito bem colocaram os Espíritos na Codificação ao afirmarem que ela é apenas um dos atributos do Espírito.
Como a ciência da época não valorizava outras formas de manifestação das capacidades psíquicas do ser humano confundia-se o Espírito com a inteligência.
Mas hoje, após estudos e novas formas de percepção e valorização das capacidades humanas, podemos afirmar que a inteligência em todas as suas manifestações é apenas um dos muitos atributos do Espírito.
O domínio das inteligências, pertencente ao Espírito, ainda se encontra de tal forma concebido como um carácter cerebral que não se avança na percepção da totalidade e da realidade psíquica da pessoa.
A ciência teima em atribuir ao cérebro os potenciais que pertencem ao Espírito, que se utiliza daquilo que sua estrutura física possibilita manifestar.
Merece seja evocada, novamente aqui, a já analisada sábia proposta de Krishna ao discípulo Arjuna, conforme narrada no Baghavad Gita, quando o primeiro lhe refere que, na sua condição de príncipe pândava, terá que lutar com destemor contra os familiares do grupo kuru, mesmo que esses sejam numericamente maiores.
Não obstante o jovem candidato à plenitude desejasse a paz, foi tomado de temor por considerar que lhe seria impossível combater os demais membros da sua família, gerando uma tragédia de grande porte.
Ademais, ignorava onde seria essa batalha vigorosa.
Mas o mestre, compassivo e sábio, admoestou-o, informando que se tratava de familiares, sim, porque procedentes da mesma raiz, mas que os pândavas eram as virtudes enquanto os kurus eram os vícios, nesse inter-relacionamento que se estreitava na causalidade dos fenómenos, mas que a vitória, sem dúvida, seria daqueles valores nobres enquanto que a luta teria que ser travada no campo da consciência...
Esse momento do despertar da consciência para a realidade do Si, também significa a alegria de reconhecer a necessidade de libertar-se das paixões dissolventes, geradoras de tormentos.
Indubitavelmente, o passado programou no ser as necessidades da sua evolução, apontando-lhe uma finalidade, um objectivo que deve ser alcançado mediante todo o empenho da sua inteligência e do seu discernimento.
Deixando de lado os impulsos meramente instintivos que o vêm guiando através dos milênios, agora desperta para a razão, descobrindo a essencialidade da vida, que nele próprio se encontra como tendência inapelável — o seu destino — que é a harmonia, a plenitude ambicionada...
É inevitável que, durante essa trajetória, repontem as dificuldades, hoje ameaçadoras, que fizeram parte das conquistas pretéritas, e no seu momento, foram os mecanismos de sobrevivência e de vitória do ser em relação ao meio hostil e aos semelhantes primitivos que o buscavam dizimar.
Vencendo as impressões que permanecem do ontem, o seu vir-a-ser desenha-se atraente e enriquecedor, por propiciar-lhe metas idealistas que irão desenvolver os sentimentos e a inteligência, encarregados de seleccionar os recursos que o podem impulsionar para a conquista da saúde integral e do equilíbrio social”.
O que hoje se entende por inteligência
Nosso confrade psicólogo, Adenáuer Novais, nos oferece[4] ricos subsídios para o trabalho íntimo de erradicação dos instintos agressivos, e o segredo está no desenvolvimento da nossa Inteligência Emocional.
Segundo Novaes, existem vários tipos de inteligência.
A partir do conteúdo da questão número vinte e quatro de “O Livro dos Espíritos”, na qual os Benfeitores Espirituais afirmam que “a inteligência é um atributo essencial do Espírito”, o autor revela que a pobreza de nossa compreensão e da linguagem não nos permite maiores descortinos acerca da essência do Espírito, mostrando que o mesmo acontece com o conceito da palavra “inteligência”.
Sobre a inteligência, explica Novaes4:
“(...) Por muito tempo se considerou a inteligência como o atributo principal para designar o máximo da capacidade do ser humano em face do mundo e seus desafios.
A palavra resumia tudo que se queria afirmar a respeito da capacidade de cada ser humano no que diz respeito às suas aptidões intelectuais.
Mas, em absoluto, ela não consegue resumir todas as qualidades nem a diversidade da natureza humana.
As capacidades inteletivas humanas não mais podem se resumir à palavra inteligência.
Ela encerra apenas o domínio lógico-matemático e linguístico-verbal da mente humana.
O Espírito, na riqueza de sua evolução e na complexidade de suas potencialidades tem mais do que a inteligência, como muito bem colocaram os Espíritos na Codificação ao afirmarem que ela é apenas um dos atributos do Espírito.
Como a ciência da época não valorizava outras formas de manifestação das capacidades psíquicas do ser humano confundia-se o Espírito com a inteligência.
Mas hoje, após estudos e novas formas de percepção e valorização das capacidades humanas, podemos afirmar que a inteligência em todas as suas manifestações é apenas um dos muitos atributos do Espírito.
O domínio das inteligências, pertencente ao Espírito, ainda se encontra de tal forma concebido como um carácter cerebral que não se avança na percepção da totalidade e da realidade psíquica da pessoa.
A ciência teima em atribuir ao cérebro os potenciais que pertencem ao Espírito, que se utiliza daquilo que sua estrutura física possibilita manifestar.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A denominação de inteligência obedece a uma época em que faltavam termos para se definir as capacidades do Espírito.
Talvez ainda faltem, porém é fundamental entender que a falta não se deve à linguagem, mas ao aprisionamento a paradigmas mecanicistas e estritamente vinculados a uma concepção materialista e utilitarista de enxergar o ser humano.
As inteligências definidas pela ciência como capacidades intelectivas, longe de serem meros campos de avaliação do saber, se aproximam, embora que de forma acanhada, das faculdades do Espírito.
Poderíamos redefinir inteligência como uma aptidão do Espírito, que resume grande número de funções independentes, tais como:
imaginação, memória, atenção, conceituação e raciocínio, dentre outras...
Ela resulta da aprendizagem através da formação de hábitos oriundos dos condicionamentos reflexos bem como da livre expressão do Espírito na utilização do seu livre-arbítrio.
É uma função complexa de adaptação ao mundo onde a consciência se torna cada vez mais capaz de compreender, criticar e decidir sobre uma nova situação.
Inteligência é a capacidade de ordenar, organizar e utilizar os pensamentos e emoções em proveito próprio; é a capacidade de reunir procedimentos adequados para fazer coisas; é a capacidade de resolver problemas ou de criar situações que sejam valorizadas dentro de um ou mais cenários culturais.
Desviando a concepção de inteligência como algo ligado ao raciocínio e ao conhecimento intelectual, Gandhi dizia que os únicos demónios deste mundo são os que circulam em nossos corações.
É aí que a batalha deve ser travada”.
Na mesma esteira de Gandhi, Antoine de Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe, afirma que “é com o coração que se vê correctamente; o essencial é invisível aos olhos”.
Um e outro procuram colocar que existe algo mais além do que a inteligência quer significar.
Há capacidades emocionais que fogem do domínio daquilo que se conhece com o nome de inteligência”.
Conceito de Inteligência Emocional
Os famosos testes QI, em razão do amplo leque das potencialidades humanas, se mostram inócuos, uma vez que não podem abranger toda essa superlativa gama de potencialidades; portanto, são ineficazes para medir a inteligência e as aptidões do Espírito.
Segundo ainda o psicólogo Adenáuer, os testes de QI abrangem parcialmente apenas duas inteligências:
a inteligência linguística ou verbal (do domínio da fala) e a inteligência lógico-matemática (do cálculo, da percepção algébrica).
Mas existem outras inteligências, além dessas duas, como por exemplo:
a inteligência musical, a inteligência corporal-cinestésica, a inteligência espacial, a inteligência intra-pessoal, a inteligência intuitiva e a Inteligência Emocional.
Nesta última, está a nossa grande aliada para a domesticação dos instintos agressivos.
Aprendamos com Adenáuer4 o que é, afinal, a Inteligência Emocional, que é a capacidade de reconhecer sentimentos, e aplicá-los eficazmente como uma energia em favor da sobrevivência, adaptação e crescimento pessoal.
É a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação, conexão e influência humanas.
Mahatma Gandhi dizia, demonstrando ter integrado seus defeitos e chegado ao equilíbrio e à harmonia espiritual desejável a qualquer ser humano:
“sou um homem mediano com uma capacidade menos que mediana.
Admito que não sou intelectualmente brilhante.
Mas não me importo.
Existe um limite para o desenvolvimento do intelecto, mas nenhum para o do coração”.
O desenvolvimento da inteligência emocional se dá com o aparecimento da empatia, que é a capacidade de se identificar com o outro, sentindo o que ele sente.
Isso pressupõe:
compreensão, tolerância e paciência.
A Inteligência Emocional compreende:
auto-conhecimento, administração de humores, automotivação, educação do impulso e sociabilidade”.
Talvez ainda faltem, porém é fundamental entender que a falta não se deve à linguagem, mas ao aprisionamento a paradigmas mecanicistas e estritamente vinculados a uma concepção materialista e utilitarista de enxergar o ser humano.
As inteligências definidas pela ciência como capacidades intelectivas, longe de serem meros campos de avaliação do saber, se aproximam, embora que de forma acanhada, das faculdades do Espírito.
Poderíamos redefinir inteligência como uma aptidão do Espírito, que resume grande número de funções independentes, tais como:
imaginação, memória, atenção, conceituação e raciocínio, dentre outras...
Ela resulta da aprendizagem através da formação de hábitos oriundos dos condicionamentos reflexos bem como da livre expressão do Espírito na utilização do seu livre-arbítrio.
É uma função complexa de adaptação ao mundo onde a consciência se torna cada vez mais capaz de compreender, criticar e decidir sobre uma nova situação.
Inteligência é a capacidade de ordenar, organizar e utilizar os pensamentos e emoções em proveito próprio; é a capacidade de reunir procedimentos adequados para fazer coisas; é a capacidade de resolver problemas ou de criar situações que sejam valorizadas dentro de um ou mais cenários culturais.
Desviando a concepção de inteligência como algo ligado ao raciocínio e ao conhecimento intelectual, Gandhi dizia que os únicos demónios deste mundo são os que circulam em nossos corações.
É aí que a batalha deve ser travada”.
Na mesma esteira de Gandhi, Antoine de Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe, afirma que “é com o coração que se vê correctamente; o essencial é invisível aos olhos”.
Um e outro procuram colocar que existe algo mais além do que a inteligência quer significar.
Há capacidades emocionais que fogem do domínio daquilo que se conhece com o nome de inteligência”.
Conceito de Inteligência Emocional
Os famosos testes QI, em razão do amplo leque das potencialidades humanas, se mostram inócuos, uma vez que não podem abranger toda essa superlativa gama de potencialidades; portanto, são ineficazes para medir a inteligência e as aptidões do Espírito.
Segundo ainda o psicólogo Adenáuer, os testes de QI abrangem parcialmente apenas duas inteligências:
a inteligência linguística ou verbal (do domínio da fala) e a inteligência lógico-matemática (do cálculo, da percepção algébrica).
Mas existem outras inteligências, além dessas duas, como por exemplo:
a inteligência musical, a inteligência corporal-cinestésica, a inteligência espacial, a inteligência intra-pessoal, a inteligência intuitiva e a Inteligência Emocional.
Nesta última, está a nossa grande aliada para a domesticação dos instintos agressivos.
Aprendamos com Adenáuer4 o que é, afinal, a Inteligência Emocional, que é a capacidade de reconhecer sentimentos, e aplicá-los eficazmente como uma energia em favor da sobrevivência, adaptação e crescimento pessoal.
É a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação, conexão e influência humanas.
Mahatma Gandhi dizia, demonstrando ter integrado seus defeitos e chegado ao equilíbrio e à harmonia espiritual desejável a qualquer ser humano:
“sou um homem mediano com uma capacidade menos que mediana.
Admito que não sou intelectualmente brilhante.
Mas não me importo.
Existe um limite para o desenvolvimento do intelecto, mas nenhum para o do coração”.
O desenvolvimento da inteligência emocional se dá com o aparecimento da empatia, que é a capacidade de se identificar com o outro, sentindo o que ele sente.
Isso pressupõe:
compreensão, tolerância e paciência.
A Inteligência Emocional compreende:
auto-conhecimento, administração de humores, automotivação, educação do impulso e sociabilidade”.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Para melhorar a nossa Inteligência Emocional e despertar os potenciais criativos interiores que a fortalecem, devemos, segundo ainda o nosso confrade Adenáuer, tomar as seguintes atitudes4: não nos aborrecer com coisas pequenas; cultivar optimismo e entusiasmo, que significa ter Deus dentro de si; cultivar a persistência objectiva; desenvolver a própria singularidade (estilo pessoal) e a simplicidade; sempre reconhecer os erros; saber ouvir e escutar o outro; aprender a fazer distinção entre os actos e a pessoa que os pratica; olhar nos olhos da pessoa com quem falar; acreditar naquilo que disser; reconhecer e sentir a emoção, não negá-la ou minimizá-la; cultivar a amorosidade, a humanização e a compaixão...
A Inteligência Emocional no processo evolutivo
Para tornar realidade a nossa Inteligência Emocional, devemos considerar que qualquer derrota é aprendizado importante tanto quanto a vitória.
Persistir em busca de alternativas diferentes para os problemas aparentemente insolúveis, sem se atribuir incompetência.
Além dos objectivos imediatos e mais próximos, devemos desenvolver internamente a crença num objectivo global para a vida como um presente de Deus.
Considerar importante planear, organizar e responsabilizar-se por tudo que ocorre na própria vida.
Aprender a guiar-se pela razão e pelos sentimentos, buscando alternativas que conciliem essas possibilidades.
Estimular em si mesmo, no próprio carácter, os aspectos mais puros e nobres que possui.
Amar a simplicidade, as pessoas, a si mesmo e a vida.
Fundamental é desenvolver a auto-estima.
Para tanto não é preciso nada de excepcional na personalidade.
É suficiente considerar-se filho de Deus e, portanto, detentor de habilidades mínimas para o desempenho adequado na arte de viver; cultivar a segurança física, valorizando adequadamente o corpo, não se sentindo intimidado ou com medo da vida; ter sua crença pessoal sobre a própria origem divina; ter a certeza de que a própria vida tem significado e uma direcção definida; buscar não se perturbar com pequenas derrotas, consciente de que melhorará o próprio desempenho na próxima vez; não permitir que a própria ansiedade atrapalhe o preparo para enfrentar novas provas; enfim, cultivar a simpatia.
(...) As emoções são reconfigurações do Espírito.
O uso da inteligência não deve se limitar a conhecer os objectos ou mesmo servir para lhes caracterizar com nomes ou utilidades.
Ela representa aquisição superior do Espírito e deve ser colocada a serviço do amor, sem o qual se torna ferramenta inútil e perigosa.
A Inteligência Emocional, ou a capacidade de administrar afectos, emoções e sentimentos, é o factor mais importante da evolução do Espírito, em seu actual estágio no planeta.
Essa aquisição possibilitará a percepção de leis transcendentes que o capacitarão a alcançar limites fora do sistema solar”.
[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XVII, item 4, § 5º.
[2] - Idem, ibidem, cap. IX, item 8, § 2º.
[3] - FRANCO, Divaldo. Triunfo Pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2002.
[4] - NOVAES, Adenáuer. Psicologia do espírito. Salvador: FLH, 2000, cap. “inteligência”.
§.§.§- Ave sem Ninho
A Inteligência Emocional no processo evolutivo
Para tornar realidade a nossa Inteligência Emocional, devemos considerar que qualquer derrota é aprendizado importante tanto quanto a vitória.
Persistir em busca de alternativas diferentes para os problemas aparentemente insolúveis, sem se atribuir incompetência.
Além dos objectivos imediatos e mais próximos, devemos desenvolver internamente a crença num objectivo global para a vida como um presente de Deus.
Considerar importante planear, organizar e responsabilizar-se por tudo que ocorre na própria vida.
Aprender a guiar-se pela razão e pelos sentimentos, buscando alternativas que conciliem essas possibilidades.
Estimular em si mesmo, no próprio carácter, os aspectos mais puros e nobres que possui.
Amar a simplicidade, as pessoas, a si mesmo e a vida.
Fundamental é desenvolver a auto-estima.
Para tanto não é preciso nada de excepcional na personalidade.
É suficiente considerar-se filho de Deus e, portanto, detentor de habilidades mínimas para o desempenho adequado na arte de viver; cultivar a segurança física, valorizando adequadamente o corpo, não se sentindo intimidado ou com medo da vida; ter sua crença pessoal sobre a própria origem divina; ter a certeza de que a própria vida tem significado e uma direcção definida; buscar não se perturbar com pequenas derrotas, consciente de que melhorará o próprio desempenho na próxima vez; não permitir que a própria ansiedade atrapalhe o preparo para enfrentar novas provas; enfim, cultivar a simpatia.
(...) As emoções são reconfigurações do Espírito.
O uso da inteligência não deve se limitar a conhecer os objectos ou mesmo servir para lhes caracterizar com nomes ou utilidades.
Ela representa aquisição superior do Espírito e deve ser colocada a serviço do amor, sem o qual se torna ferramenta inútil e perigosa.
A Inteligência Emocional, ou a capacidade de administrar afectos, emoções e sentimentos, é o factor mais importante da evolução do Espírito, em seu actual estágio no planeta.
Essa aquisição possibilitará a percepção de leis transcendentes que o capacitarão a alcançar limites fora do sistema solar”.
[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XVII, item 4, § 5º.
[2] - Idem, ibidem, cap. IX, item 8, § 2º.
[3] - FRANCO, Divaldo. Triunfo Pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2002.
[4] - NOVAES, Adenáuer. Psicologia do espírito. Salvador: FLH, 2000, cap. “inteligência”.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
QUEM PODE MAIS CHORA MENOS
Crianças já trazem ao Reencarnar, toda sua "Bagagem Espiritual de Outras Vidas, necessitando de muita orientação dos Pais.
Diversos pesquisadores têm investigado cuidadosamente casos de crianças que relatam memórias de vidas passadas.
Foram verificados muitos casos em que os detalhes dados por crianças (algumas vezes com uma precisão surpreendente) correspondem a pessoas falecidas.
Em outros casos, os dados são mais difíceis de se verificar.
Mesmo nos casos mais convincentes, alguns encontrarão algum elemento de dúvida.
Será que os pais influenciaram os seus filhos com uma certa linha de questionamento sugestionável?
Será que as crianças ouviram informações e repetiram-nas, sem o conhecimento de seus pais?
Poderia uma imaginação fértil ou desejo de atenção terem alimentado a conversa sobre uma vida passada?
Talvez a probabilidade possa explicar como tais “memórias” correspondem a pessoas ou eventos reais, ou talvez sejam apenas palpites de sorte.
A psicologia
O psicólogo Dr. Erlendur Haraldsson, professor emérito da Universidade da Islândia, em Reykjavik, estudou 30 crianças no Líbano, que persistentemente falaram de memórias de vidas passadas, e as comparou com outro grupo de teste composto por outras 30 crianças.
O Dr. Haraldsson se perguntou se as crianças que se associam tão fortemente a outra pessoa (sua encarnação de vida passada) são psicologicamente semelhantes a pessoas com múltiplas personalidades.
O Dr. Haraldsson testou as crianças para saber se elas estavam mais propensas a tendências dissociativas do que seus pares do grupo outro teste.
Ele explicou em seu artigo “Crianças que falam de experiências de vidas passadas:
Há uma explicação psicológica?”, publicado pela Sociedade Britânica de Psicologia, em 2003:
“O conceito de dissociação tem sido usado para descrever uma variedade de processos psicológicos, que vão desde aqueles que são perfeitamente normais, como a atenção dividida e sonhar acordado, ao aparecimento de múltiplas personalidades na mesma pessoa com pouca ou nenhuma consciência umas das outras”.
Ele descobriu que as crianças com supostas memórias de vidas passadas “obtiveram pontuações mais elevadas em relação a sonhar acordado, busca de atenção, e dissociação, mas não em relação ao isolamento social e à facilidade de se deixarem levar por sugestões”.
No entanto, ele descobriu “que o nível de dissociação foi muito menor do que nos casos de personalidade múltipla, e não foi clinicamente relevante”.
No mesmo artigo, ele fez referência ao seu estudo de campo no Sri Lanka.
Ele descobriu que lá, as crianças que falavam de vidas passadas sonhavam acordadas mais do que seus pares do outro grupo teste, mas não houve nenhuma indicação de que elas eram mais propensas a fabricar experiências imaginárias.
Nem foram encontradas evidências indicando que elas seriam mais facilmente levadas por sugestões.
Em um de seus estudos no Sri Lanka, ele descobriu que essas crianças têm vocabulários maiores, obtiveram maior pontuação em um breve teste de inteligência e tiveram melhor desempenho escolar do que seus pares do outro grupo teste.
Haraldsson citou o Dr. Ian Stevenson, conhecido por seu estudo sistemático iniciado na década de 1960, sobre milhares de casos de crianças que relataram memórias de vidas passadas.
Stevenson reexaminou muitas das crianças e descobriu que elas cresceram de forma saudável, se ajustaram apropriadamente à sociedade, e não tiveram diferenças psicológicas significativas comparadas com seus pares do outro grupo teste.
Apenas uma das crianças que Stevenson reexaminou tornou-se esquizofrénica na vida adulta.
Diversos pesquisadores têm investigado cuidadosamente casos de crianças que relatam memórias de vidas passadas.
Foram verificados muitos casos em que os detalhes dados por crianças (algumas vezes com uma precisão surpreendente) correspondem a pessoas falecidas.
Em outros casos, os dados são mais difíceis de se verificar.
Mesmo nos casos mais convincentes, alguns encontrarão algum elemento de dúvida.
Será que os pais influenciaram os seus filhos com uma certa linha de questionamento sugestionável?
Será que as crianças ouviram informações e repetiram-nas, sem o conhecimento de seus pais?
Poderia uma imaginação fértil ou desejo de atenção terem alimentado a conversa sobre uma vida passada?
Talvez a probabilidade possa explicar como tais “memórias” correspondem a pessoas ou eventos reais, ou talvez sejam apenas palpites de sorte.
A psicologia
O psicólogo Dr. Erlendur Haraldsson, professor emérito da Universidade da Islândia, em Reykjavik, estudou 30 crianças no Líbano, que persistentemente falaram de memórias de vidas passadas, e as comparou com outro grupo de teste composto por outras 30 crianças.
O Dr. Haraldsson se perguntou se as crianças que se associam tão fortemente a outra pessoa (sua encarnação de vida passada) são psicologicamente semelhantes a pessoas com múltiplas personalidades.
O Dr. Haraldsson testou as crianças para saber se elas estavam mais propensas a tendências dissociativas do que seus pares do grupo outro teste.
Ele explicou em seu artigo “Crianças que falam de experiências de vidas passadas:
Há uma explicação psicológica?”, publicado pela Sociedade Britânica de Psicologia, em 2003:
“O conceito de dissociação tem sido usado para descrever uma variedade de processos psicológicos, que vão desde aqueles que são perfeitamente normais, como a atenção dividida e sonhar acordado, ao aparecimento de múltiplas personalidades na mesma pessoa com pouca ou nenhuma consciência umas das outras”.
Ele descobriu que as crianças com supostas memórias de vidas passadas “obtiveram pontuações mais elevadas em relação a sonhar acordado, busca de atenção, e dissociação, mas não em relação ao isolamento social e à facilidade de se deixarem levar por sugestões”.
No entanto, ele descobriu “que o nível de dissociação foi muito menor do que nos casos de personalidade múltipla, e não foi clinicamente relevante”.
No mesmo artigo, ele fez referência ao seu estudo de campo no Sri Lanka.
Ele descobriu que lá, as crianças que falavam de vidas passadas sonhavam acordadas mais do que seus pares do outro grupo teste, mas não houve nenhuma indicação de que elas eram mais propensas a fabricar experiências imaginárias.
Nem foram encontradas evidências indicando que elas seriam mais facilmente levadas por sugestões.
Em um de seus estudos no Sri Lanka, ele descobriu que essas crianças têm vocabulários maiores, obtiveram maior pontuação em um breve teste de inteligência e tiveram melhor desempenho escolar do que seus pares do outro grupo teste.
Haraldsson citou o Dr. Ian Stevenson, conhecido por seu estudo sistemático iniciado na década de 1960, sobre milhares de casos de crianças que relataram memórias de vidas passadas.
Stevenson reexaminou muitas das crianças e descobriu que elas cresceram de forma saudável, se ajustaram apropriadamente à sociedade, e não tiveram diferenças psicológicas significativas comparadas com seus pares do outro grupo teste.
Apenas uma das crianças que Stevenson reexaminou tornou-se esquizofrénica na vida adulta.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A busca pela verdade
Psicólogos como Haraldsson e Stevenson esforçaram-se para detectar qualquer influência psicológica que pudesse gerar dúvidas sobre as supostas memórias que eles investigaram.
Em 1975, o Jornal da Associação Médica Americana escreveu sobre Stevenson:
“No que diz respeito à reencarnação, ele cuidadosamente e sem emoção colectou uma série detalhada de casos na Índia, casos em que as evidências são difíceis de serem ligadas a qualquer outra razão.
… Ele registou uma grande quantidade de dados que não podem ser ignorados.”
Em 1994, Haraldsson publicou um artigo intitulado “Estudos de Replicação de Casos Sugestivos de Reencarnação por Três Investigadores Independentes”, no Jornal da Sociedade Americana para a Pesquisa Psíquica, delineando estudos que replicaram a obra de Stevenson.
Ele resumiu:
“Até o momento, Jurgen Keil estudou 60 casos na Birmânia, Tailândia e Turquia; Erlendur Haraldsson estudou 25 casos no Sri Lanka; e Antonia Mills estudou 38 casos no norte da Índia.
… Em 80% dos 123 casos, foi identificada uma pessoa falecida que aparentemente correspondeu a algumas ou todas as declarações da criança.
… Em 51% dos 99 casos resolvidos, a pessoa que a criança alegou ser era desconhecida pela família da criança; em 33% era conhecida e em 16% era parente.
Da amostra combinada de 123 casos, apenas um dos casos [um estudado de Mills] parecia estar na fronteira entre o engano consciente perpetrado e o auto-engano.”
O trabalho incluiu alguns exemplos de casos em que foram verificados os detalhes das memórias.
Um desses casos foi o de Engin Sungur, nascido em dezembro de 1980 no Hospital Antakya, em Hatay, Turquia.
Caso de um menino na Turquia
Quando Sungur era um jovem garoto, fez uma viagem com sua família para longe de sua aldeia natal, Tavla.
Durante a viagem, ele apontou para uma aldeia pela qual passava, chamada Hancagiz, e disse que ele morava lá.
Ele disse que seu nome era Naif Cicek, e que ele tinha ido para Ancara antes de morrer.
Realmente existiu um Naif Cicek, que havia morrido naquela aldeia um ano antes de Sungur nascer.
Mas a família de Sungur ficou sem saber disso por algum tempo.
Eles não cederam imediatamente aos pedidos de Sungur para visitar a aldeia de sua vida passada.
Em data posterior, quando a filha de Cicek estava na aldeia de Tavla, onde Sungur vivia, antes da família de Sungur e Cicek terem qualquer contacto, Sungur se aproximou dela e disse:
“Eu sou o seu pai”.
A mãe de Sungur eventualmente levou-o para Hancagiz para conhecer a família de Cicek.
O menino identificou correctamente vários membros da família, incluindo a viúva do falecido.
Ele apontou para uma lamparina a óleo na casa de Cicek e disse que ele a havia feito sozinho.
Ele disse que seu filho uma vez acertou-a com seu próprio caminhão enquanto estacionava de ré.
Todas as declarações feitas por Sungur estavam correctas, todas elas combinaram com os detalhes da vida de Cicek.
Algumas outras declarações que ele fez não puderam ser verificadas, mas ele não fez nenhuma declaração incorrecta.
O Dr. Jim Tucker, sucessor de Stevenson em estudos de reencarnação da Universidade de Virginia, contou casos semelhantes em que puderam ser verificados os detalhes das memórias de vidas passadas de uma criança, em seu livro “Retorno à Vida: Casos Extraordinários de Crianças que Lembram de Vidas Passadas”.
Mas, ele observou, com relação aos casos que não podem ser verificados, “no mínimo, eles levantam a questão sobre o que poderia levar as crianças a acreditar que lembram dos acontecimentos que algumas delas relatam”.
Psicólogos como Haraldsson e Stevenson esforçaram-se para detectar qualquer influência psicológica que pudesse gerar dúvidas sobre as supostas memórias que eles investigaram.
Em 1975, o Jornal da Associação Médica Americana escreveu sobre Stevenson:
“No que diz respeito à reencarnação, ele cuidadosamente e sem emoção colectou uma série detalhada de casos na Índia, casos em que as evidências são difíceis de serem ligadas a qualquer outra razão.
… Ele registou uma grande quantidade de dados que não podem ser ignorados.”
Em 1994, Haraldsson publicou um artigo intitulado “Estudos de Replicação de Casos Sugestivos de Reencarnação por Três Investigadores Independentes”, no Jornal da Sociedade Americana para a Pesquisa Psíquica, delineando estudos que replicaram a obra de Stevenson.
Ele resumiu:
“Até o momento, Jurgen Keil estudou 60 casos na Birmânia, Tailândia e Turquia; Erlendur Haraldsson estudou 25 casos no Sri Lanka; e Antonia Mills estudou 38 casos no norte da Índia.
… Em 80% dos 123 casos, foi identificada uma pessoa falecida que aparentemente correspondeu a algumas ou todas as declarações da criança.
… Em 51% dos 99 casos resolvidos, a pessoa que a criança alegou ser era desconhecida pela família da criança; em 33% era conhecida e em 16% era parente.
Da amostra combinada de 123 casos, apenas um dos casos [um estudado de Mills] parecia estar na fronteira entre o engano consciente perpetrado e o auto-engano.”
O trabalho incluiu alguns exemplos de casos em que foram verificados os detalhes das memórias.
Um desses casos foi o de Engin Sungur, nascido em dezembro de 1980 no Hospital Antakya, em Hatay, Turquia.
Caso de um menino na Turquia
Quando Sungur era um jovem garoto, fez uma viagem com sua família para longe de sua aldeia natal, Tavla.
Durante a viagem, ele apontou para uma aldeia pela qual passava, chamada Hancagiz, e disse que ele morava lá.
Ele disse que seu nome era Naif Cicek, e que ele tinha ido para Ancara antes de morrer.
Realmente existiu um Naif Cicek, que havia morrido naquela aldeia um ano antes de Sungur nascer.
Mas a família de Sungur ficou sem saber disso por algum tempo.
Eles não cederam imediatamente aos pedidos de Sungur para visitar a aldeia de sua vida passada.
Em data posterior, quando a filha de Cicek estava na aldeia de Tavla, onde Sungur vivia, antes da família de Sungur e Cicek terem qualquer contacto, Sungur se aproximou dela e disse:
“Eu sou o seu pai”.
A mãe de Sungur eventualmente levou-o para Hancagiz para conhecer a família de Cicek.
O menino identificou correctamente vários membros da família, incluindo a viúva do falecido.
Ele apontou para uma lamparina a óleo na casa de Cicek e disse que ele a havia feito sozinho.
Ele disse que seu filho uma vez acertou-a com seu próprio caminhão enquanto estacionava de ré.
Todas as declarações feitas por Sungur estavam correctas, todas elas combinaram com os detalhes da vida de Cicek.
Algumas outras declarações que ele fez não puderam ser verificadas, mas ele não fez nenhuma declaração incorrecta.
O Dr. Jim Tucker, sucessor de Stevenson em estudos de reencarnação da Universidade de Virginia, contou casos semelhantes em que puderam ser verificados os detalhes das memórias de vidas passadas de uma criança, em seu livro “Retorno à Vida: Casos Extraordinários de Crianças que Lembram de Vidas Passadas”.
Mas, ele observou, com relação aos casos que não podem ser verificados, “no mínimo, eles levantam a questão sobre o que poderia levar as crianças a acreditar que lembram dos acontecimentos que algumas delas relatam”.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Caso de uma menina no Canadá
O Dr. Tucker citou alguns exemplos, um dos quais envolveu uma menina do Canadá, que pareceu lembrar-se de ser uma senhora idosa.
O pai da menina não tinha nenhum interesse por hóquei.
Na verdade, ele evitava assistir ou falar sobre este assunto porque ele tinha más associações com o desporto – seu próprio pai era apaixonado por hóquei e sua falta de interesse pelo desporto havia afectado negativamente a relação entre os dois.
A menina, Hannah, quando tinha 3 anos de idade, perguntou ao seu pai porque o filho dela nunca mais levou-a para assistir jogos de hóquei.
O pai perguntou quando o filho dela havia feito isso, e Hannah respondeu:
“Você sabe, papai, quando eu era uma senhora idosa”.
Depois de algum tempo, ela falou mais sobre seu filho, dando detalhes como o carro branco com ferrugem que seu ele costumava dirigir e sua jaqueta de couro.
O Dr. Tucker escreveu:
“Mesmo que as declarações da criança não possam ser verificadas neste caso, eu acho que são bastante impressionantes.
O que levaria uma criança de 3 anos de idade, especialmente cuja família nem gostava de hóquei, a imaginar que ela tinha sido uma mulher idosa que desejava que seu filho a levasse para assistir a jogos de hóquei?”
Um menino de 3 anos de idade, da região das Colinas de Golã, perto da fronteira entre a Síria e Israel, afirma que foi assassinado com um machado em sua vida passada.
Ele mostrou para os adultos de sua aldeia o local onde o assassino enterrou seu corpo, e incrivelmente, eles encontraram o esqueleto de um homem lá.
Ele também indicou aos adultos onde a arma do crime estava, e através de escavações, eles encontraram um machado no local.
Em seu livro, “Children Who Have Lived Before: Reincarnation Today” (Crianças que Viveram Antes: A Reencarnação Hoje), o terapeuta alemão Trutz Hardo conta a história deste menino, junto com outras histórias de crianças que aparentemente recordaram suas vidas passadas com precisão verificada.
A história do menino foi testemunhada pelo Dr. Eli Lasch, que é conhecido por desenvolver um sistema médico de Gaza como parte de uma operação do governo israelense na década de 1960.
O Dr. Lasch, que morreu em 2009, relatou a surpreendente história para o Sr. Hardo.
O menino pertence à etnia drusa, e em sua cultura, a existência da reencarnação é aceita como facto.
Sua história, no entanto, teve o poder de surpreender sua comunidade.
Ele nasceu com uma longa e vermelha marca na cabeça.
Os drusos acreditam, assim como algumas outras culturas, que marcas de nascença estão relacionadas com a morte em vidas passadas.
Quando o menino tinha idade suficiente para falar, ele relatou à sua família que havia sido assassinado com um golpe de machado na cabeça.
É um costume os adultos levarem as crianças, com 3 anos, para a casa de sua vida anterior, caso a criança recorde o local.
O menino sabia em qual aldeia ele havia morado, deste modo eles foram até lá.
Ao chegarem à aldeia, o garoto lembrou qual era seu nome em sua vida passada.
Os moradores do vilarejo disseram que o homem que o menino afirmava ser a sua reencarnação tinha sido dado como desaparecido quatro anos antes.
Os amigos e família pensavam que ele poderia ter se perdido no território hostil das proximidades, como era costumeiro acontecer.
O menino também lembrou o nome completo do seu assassino.
Quando confrontado com as alegações, o rosto do suposto assassino ficou branco, segundo Lasch, no entanto, ele não confessou o assassinato.
O menino então disse que poderia levar os adultos ao local onde o corpo foi enterrado.
No local, eles encontraram o esqueleto de um homem que possuía um ferimento na cabeça, que correspondia à marca de nascença do garoto.
Eles também encontraram o machado, a arma do crime.
Diante desta evidência, o assassino admitiu o crime.
Dr. Lasch, o único não pertencente à etnia druso, esteve presente ao longo de todo o processo.
§.§.§- Ave sem Ninho
O Dr. Tucker citou alguns exemplos, um dos quais envolveu uma menina do Canadá, que pareceu lembrar-se de ser uma senhora idosa.
O pai da menina não tinha nenhum interesse por hóquei.
Na verdade, ele evitava assistir ou falar sobre este assunto porque ele tinha más associações com o desporto – seu próprio pai era apaixonado por hóquei e sua falta de interesse pelo desporto havia afectado negativamente a relação entre os dois.
A menina, Hannah, quando tinha 3 anos de idade, perguntou ao seu pai porque o filho dela nunca mais levou-a para assistir jogos de hóquei.
O pai perguntou quando o filho dela havia feito isso, e Hannah respondeu:
“Você sabe, papai, quando eu era uma senhora idosa”.
Depois de algum tempo, ela falou mais sobre seu filho, dando detalhes como o carro branco com ferrugem que seu ele costumava dirigir e sua jaqueta de couro.
O Dr. Tucker escreveu:
“Mesmo que as declarações da criança não possam ser verificadas neste caso, eu acho que são bastante impressionantes.
O que levaria uma criança de 3 anos de idade, especialmente cuja família nem gostava de hóquei, a imaginar que ela tinha sido uma mulher idosa que desejava que seu filho a levasse para assistir a jogos de hóquei?”
Um menino de 3 anos de idade, da região das Colinas de Golã, perto da fronteira entre a Síria e Israel, afirma que foi assassinado com um machado em sua vida passada.
Ele mostrou para os adultos de sua aldeia o local onde o assassino enterrou seu corpo, e incrivelmente, eles encontraram o esqueleto de um homem lá.
Ele também indicou aos adultos onde a arma do crime estava, e através de escavações, eles encontraram um machado no local.
Em seu livro, “Children Who Have Lived Before: Reincarnation Today” (Crianças que Viveram Antes: A Reencarnação Hoje), o terapeuta alemão Trutz Hardo conta a história deste menino, junto com outras histórias de crianças que aparentemente recordaram suas vidas passadas com precisão verificada.
A história do menino foi testemunhada pelo Dr. Eli Lasch, que é conhecido por desenvolver um sistema médico de Gaza como parte de uma operação do governo israelense na década de 1960.
O Dr. Lasch, que morreu em 2009, relatou a surpreendente história para o Sr. Hardo.
O menino pertence à etnia drusa, e em sua cultura, a existência da reencarnação é aceita como facto.
Sua história, no entanto, teve o poder de surpreender sua comunidade.
Ele nasceu com uma longa e vermelha marca na cabeça.
Os drusos acreditam, assim como algumas outras culturas, que marcas de nascença estão relacionadas com a morte em vidas passadas.
Quando o menino tinha idade suficiente para falar, ele relatou à sua família que havia sido assassinado com um golpe de machado na cabeça.
É um costume os adultos levarem as crianças, com 3 anos, para a casa de sua vida anterior, caso a criança recorde o local.
O menino sabia em qual aldeia ele havia morado, deste modo eles foram até lá.
Ao chegarem à aldeia, o garoto lembrou qual era seu nome em sua vida passada.
Os moradores do vilarejo disseram que o homem que o menino afirmava ser a sua reencarnação tinha sido dado como desaparecido quatro anos antes.
Os amigos e família pensavam que ele poderia ter se perdido no território hostil das proximidades, como era costumeiro acontecer.
O menino também lembrou o nome completo do seu assassino.
Quando confrontado com as alegações, o rosto do suposto assassino ficou branco, segundo Lasch, no entanto, ele não confessou o assassinato.
O menino então disse que poderia levar os adultos ao local onde o corpo foi enterrado.
No local, eles encontraram o esqueleto de um homem que possuía um ferimento na cabeça, que correspondia à marca de nascença do garoto.
Eles também encontraram o machado, a arma do crime.
Diante desta evidência, o assassino admitiu o crime.
Dr. Lasch, o único não pertencente à etnia druso, esteve presente ao longo de todo o processo.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Reunião “Mediúnica”; aberta ou fechada?
Jorge Hessen
Um leitor levanta um tema conveniente para elucidarmos.
Descreve que frequenta várias casas com reuniões mediúnicas “abertas” (públicas).
Acredita ser o modo correcto.
Embora com o passar dos anos tenha conhecido outras casas com as reuniões mediúnicas “fechadas” (privativas).
Em face dele ler muito e observar, analisar, colher opiniões, sobretudo, as que escrevemos para o Movimento Espírita Brasileiro, resolveu fazer a seguinte afirmativa:
a quantidade de pessoas que passam a frequentar as casas espíritas após assistirem a comunicações do além “abertas” ao público é mais expressiva.
Obviamente, sob o imperium da racionalidade espírita, não podemos concordar com a afirmativa desse leitor.
Embora reconhecemos que ocorrem montões de convites às pessoas recém-chegadas ao centro para assistirem e/ou frequentarem as reuniões mediúnicas, o que representa uma extraordinária leviandade.
Aliás é transformar o grupo mediúnico numa estranha sala de espectáculos de picadeiro espiritual.
As sessões mediúnicas devem merecer dos dirigentes espíritas uma maior atenção.
Não se compreende, pois, que uma sessão mediúnica seja ela aberta a pessoas com pouca formação teórica do Espiritismo, ou a curiosos e ou a neófitos, contrariando às orientações dos Benfeitores.
Allan Kardec abordou o tema quando respondeu aos leitores que lhe propunham abrisse ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, medida com a qual não concordava em absoluto.[1]
Kardec sugere além disso grupos pequenos, em face das potências mentais heterogéneas que há nos “grupões”.
Uma reunião mediúnica “aberta ao público” é uma imponderação dispensável, porque tem acesso pessoas carregadas de anseios diversificados, que irão embaraçar, invariavelmente, o exercício espontâneo da mediunidade.
Os Instrutores do além afiançam que uma reunião mediúnica é um grave trabalho, que se desenvolve na estrutura perispirítica, e se a equipe é inábil, é compreensível que muitos embaraços psíquicos sucedam por negligência da mesma.
Em face disso o intercâmbio com o além não deve ser aberto ao público, porque, conforme proferimos acima, transformaria numa arena circense com feição especulativa, exibicionista, destituída de intuito elevado, costumes tais que ferem mortalmente os postulados reveladores da Doutrina Espírita.
Mesmo nas reuniões mediúnicas privativas deve-se manter um número ideal de membros, não excedente a 20 pessoas, para que se evitem essas perturbações naturais nos agrupamentos massivos.
É óbvio que quaisquer argumentos utilizados para defender as reuniões mediúnicas "fechadas ao público", não isentam os grupos "fechados" das influências, pensamentos, desequilíbrios e desarmonias.
Contudo isso é dificuldade moral do grupo e não da especificidade privativa da mesma.
Não podemos e nem devemos esquecer que o Espírito de Verdade nos recomenda; "Espíritas, amai-vos uns aos outros, eis o primeiro ensinamento, instruí-vos eis o segundo".[2]
Este alerta nos conscientiza do tamanho da responsabilidade que nos pesa sobre os ombros.
Grupos mediúnicos sérios fazem reuniões periódicas de avaliação das actividades e assim todos os integrantes da equipe possam se afinizar e conversarem, eliminando algum conflito doutrinários que possa haver entre si.
Ademais, para que não se abra espaço para a teatralização de “psicofonias” (quase sempre anímicas – “tipo Bezerra/Divaldo”) e “psicografias” em público, lembremos que não há médiuns especiais e ninguém é melhor que ninguém, devendo todos estarem abertos ao aprendizado permanente e seu devido aperfeiçoamento.
Dizem que Divaldo recebe Bezerra em público e Chico psicografava em público.
Sim , é verdade , mas será que temos novos Chico’s e Divaldo’s?
Exceptos os imitadores!
Ah! Para concluir nossos esclarecimentos recomendamos que se algum confrade quiser frequentar uma reunião mediúnica para ouvir e instruir-se (ao vivo) as supostas “mensagens do além”, trate de estudar as Obras codificada por Allan Kardec.
Referências bibliográficas:
[1] KARDEC. Allan. Revista Espírita, maio 1861, pág. 140, Brasília: Ed Edicel, 2002.
[2] KARDEC. Allan O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5, RJ: Ed. FEB, 2002
§.§.§- Ave sem Ninho
Um leitor levanta um tema conveniente para elucidarmos.
Descreve que frequenta várias casas com reuniões mediúnicas “abertas” (públicas).
Acredita ser o modo correcto.
Embora com o passar dos anos tenha conhecido outras casas com as reuniões mediúnicas “fechadas” (privativas).
Em face dele ler muito e observar, analisar, colher opiniões, sobretudo, as que escrevemos para o Movimento Espírita Brasileiro, resolveu fazer a seguinte afirmativa:
a quantidade de pessoas que passam a frequentar as casas espíritas após assistirem a comunicações do além “abertas” ao público é mais expressiva.
Obviamente, sob o imperium da racionalidade espírita, não podemos concordar com a afirmativa desse leitor.
Embora reconhecemos que ocorrem montões de convites às pessoas recém-chegadas ao centro para assistirem e/ou frequentarem as reuniões mediúnicas, o que representa uma extraordinária leviandade.
Aliás é transformar o grupo mediúnico numa estranha sala de espectáculos de picadeiro espiritual.
As sessões mediúnicas devem merecer dos dirigentes espíritas uma maior atenção.
Não se compreende, pois, que uma sessão mediúnica seja ela aberta a pessoas com pouca formação teórica do Espiritismo, ou a curiosos e ou a neófitos, contrariando às orientações dos Benfeitores.
Allan Kardec abordou o tema quando respondeu aos leitores que lhe propunham abrisse ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, medida com a qual não concordava em absoluto.[1]
Kardec sugere além disso grupos pequenos, em face das potências mentais heterogéneas que há nos “grupões”.
Uma reunião mediúnica “aberta ao público” é uma imponderação dispensável, porque tem acesso pessoas carregadas de anseios diversificados, que irão embaraçar, invariavelmente, o exercício espontâneo da mediunidade.
Os Instrutores do além afiançam que uma reunião mediúnica é um grave trabalho, que se desenvolve na estrutura perispirítica, e se a equipe é inábil, é compreensível que muitos embaraços psíquicos sucedam por negligência da mesma.
Em face disso o intercâmbio com o além não deve ser aberto ao público, porque, conforme proferimos acima, transformaria numa arena circense com feição especulativa, exibicionista, destituída de intuito elevado, costumes tais que ferem mortalmente os postulados reveladores da Doutrina Espírita.
Mesmo nas reuniões mediúnicas privativas deve-se manter um número ideal de membros, não excedente a 20 pessoas, para que se evitem essas perturbações naturais nos agrupamentos massivos.
É óbvio que quaisquer argumentos utilizados para defender as reuniões mediúnicas "fechadas ao público", não isentam os grupos "fechados" das influências, pensamentos, desequilíbrios e desarmonias.
Contudo isso é dificuldade moral do grupo e não da especificidade privativa da mesma.
Não podemos e nem devemos esquecer que o Espírito de Verdade nos recomenda; "Espíritas, amai-vos uns aos outros, eis o primeiro ensinamento, instruí-vos eis o segundo".[2]
Este alerta nos conscientiza do tamanho da responsabilidade que nos pesa sobre os ombros.
Grupos mediúnicos sérios fazem reuniões periódicas de avaliação das actividades e assim todos os integrantes da equipe possam se afinizar e conversarem, eliminando algum conflito doutrinários que possa haver entre si.
Ademais, para que não se abra espaço para a teatralização de “psicofonias” (quase sempre anímicas – “tipo Bezerra/Divaldo”) e “psicografias” em público, lembremos que não há médiuns especiais e ninguém é melhor que ninguém, devendo todos estarem abertos ao aprendizado permanente e seu devido aperfeiçoamento.
Dizem que Divaldo recebe Bezerra em público e Chico psicografava em público.
Sim , é verdade , mas será que temos novos Chico’s e Divaldo’s?
Exceptos os imitadores!
Ah! Para concluir nossos esclarecimentos recomendamos que se algum confrade quiser frequentar uma reunião mediúnica para ouvir e instruir-se (ao vivo) as supostas “mensagens do além”, trate de estudar as Obras codificada por Allan Kardec.
Referências bibliográficas:
[1] KARDEC. Allan. Revista Espírita, maio 1861, pág. 140, Brasília: Ed Edicel, 2002.
[2] KARDEC. Allan O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5, RJ: Ed. FEB, 2002
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Até quando reencarnaremos?
Onde acaba o ciclo de causas e efeitos?
Nós partimos do pressuposto de que existe uma razão para reencarnar.
De acordo com a Doutrina Espírita, a reencarnação é um processo de aprendizado.
Existe a Lei do Progresso, e obedecendo a essa Lei nós reencarnamos quantas vezes forem necessárias para o nosso aprimoramento num determinado plano – no nosso caso, o plano físico do planeta Terra.
Esse é o entendimento da Doutrina Espírita.
Há outros entendimentos possíveis.
Os budistas, por exemplo, não acreditam exactamente em reencarnação, mas em renascimento – nós podemos renascer em outros seres, inferiores ou superiores a nós.
A vantagem de renascer como humano é a possibilidade de alcançar o Nirvana e acabar com o ciclo de renascimentos.
Os antigos gnósticos acreditavam que o plano material é o produto de uma catástrofe cósmica.
Só pra esclarecer:
Em 1945 foi descoberta a chamada Biblioteca de Nag Hammadi, uma série de livros predominantemente gnósticos.
O gnosticismo vigorou com força nos séculos II e III.
Eles achavam que este mundo em que vivemos é um erro, um erro cósmico, e que nós temos que transcender esse mundo através do conhecimento (gnose é conhecimento, em grego).
Mas a nossa referência quando nós falamos em reencarnação é a Doutrina Espírita.
Allan Kardec tratou a reencarnação como dogma.
É o que nós vemos na questão 171 de O Livro dos Espíritos.
Temos que considerar que não se trata de um dogma religioso, mas de um dogma filosófico.
É um princípio sobre o qual se assenta a Doutrina.
Uma coisa que merece ser dita é que Allan Kardec, mesmo depois da publicação da 1ºedição de O Livro dos Espíritos, continuou com dúvidas a respeito da reencarnação.
Ele trata desse tema na Revista Espírita de Novembro de 1958 no artigo Da pluralidade das existências corpóreas.
A 1º edição de O Livro dos Espíritos, de 1857, foi produzida a partir das comunicações de alguns espíritos através de três médiuns adolescentes.
É importante lembrar isso porque a maior parte dos espíritas (a quase totalidade) acredita que a chamada codificação, que alguns chamam de “pentateuco kardekiano”, foi elaborada a partir de milhares de comunicações e que passou pelo Controle Universal do Ensino dos Espíritos.
Não foi assim.
Allan Kardec estabeleceu o Controle Universal do Ensino dos Espíritos como um meio de avaliação para novos pontos doutrinários, mas ele não seguiu esse método no começo do seu trabalho.
E como o dogma da reencarnação aparece já no alvorecer da Doutrina, que é a 1º edição de O Livro dos Espíritos, podemos afirmar categoricamente que a reencarnação, para a Doutrina Espírita, é um dogma filosófico.
Allan Kardec acata a teoria da reencarnação como um dogma filosófico, não se importando em comprovar a teoria da reencarnação através do Controle Universal do Ensino dos Espíritos.
Allan Kardec não foi pioneiro no estudo das manifestações dos espíritos.
O que Allan Kardec fez de inovador foi a elaboração de um corpo doutrinário, mas quando ele tomou conhecimento das manifestações dos espíritos já havia estudos em andamento conduzidos por cientistas reconhecidos na época.
Um dos grandes nomes da época é o cientista e conselheiro imperial russo Alexandre Aksakof.
Aksakof foi o primeiro pesquisador a considerar o animismo presente nas manifestações.
Quando falamos em animismo estamos falando da participação mais ou menos inconsciente do espírito do próprio médium na comunicação atribuída a um espírito ou na produção de um fenómeno.
Aksakof é o autor do livro Animismo e Espiritismo, um clássico publicado até hoje pela FEB.
O que poucos espíritas sabem é que Alexandre Aksakof foi um crítico contundente de Kardec.
Uma das críticas de Aksakof a Kardec é que Kardec pulou a fase da experimentação.
Kardec preferiu, desde o começo do seu trabalho, logo depois da publicação da 1ª edição de O Livro dos Espíritos, trabalhar com médiuns escreventes.
Nós partimos do pressuposto de que existe uma razão para reencarnar.
De acordo com a Doutrina Espírita, a reencarnação é um processo de aprendizado.
Existe a Lei do Progresso, e obedecendo a essa Lei nós reencarnamos quantas vezes forem necessárias para o nosso aprimoramento num determinado plano – no nosso caso, o plano físico do planeta Terra.
Esse é o entendimento da Doutrina Espírita.
Há outros entendimentos possíveis.
Os budistas, por exemplo, não acreditam exactamente em reencarnação, mas em renascimento – nós podemos renascer em outros seres, inferiores ou superiores a nós.
A vantagem de renascer como humano é a possibilidade de alcançar o Nirvana e acabar com o ciclo de renascimentos.
Os antigos gnósticos acreditavam que o plano material é o produto de uma catástrofe cósmica.
Só pra esclarecer:
Em 1945 foi descoberta a chamada Biblioteca de Nag Hammadi, uma série de livros predominantemente gnósticos.
O gnosticismo vigorou com força nos séculos II e III.
Eles achavam que este mundo em que vivemos é um erro, um erro cósmico, e que nós temos que transcender esse mundo através do conhecimento (gnose é conhecimento, em grego).
Mas a nossa referência quando nós falamos em reencarnação é a Doutrina Espírita.
Allan Kardec tratou a reencarnação como dogma.
É o que nós vemos na questão 171 de O Livro dos Espíritos.
Temos que considerar que não se trata de um dogma religioso, mas de um dogma filosófico.
É um princípio sobre o qual se assenta a Doutrina.
Uma coisa que merece ser dita é que Allan Kardec, mesmo depois da publicação da 1ºedição de O Livro dos Espíritos, continuou com dúvidas a respeito da reencarnação.
Ele trata desse tema na Revista Espírita de Novembro de 1958 no artigo Da pluralidade das existências corpóreas.
A 1º edição de O Livro dos Espíritos, de 1857, foi produzida a partir das comunicações de alguns espíritos através de três médiuns adolescentes.
É importante lembrar isso porque a maior parte dos espíritas (a quase totalidade) acredita que a chamada codificação, que alguns chamam de “pentateuco kardekiano”, foi elaborada a partir de milhares de comunicações e que passou pelo Controle Universal do Ensino dos Espíritos.
Não foi assim.
Allan Kardec estabeleceu o Controle Universal do Ensino dos Espíritos como um meio de avaliação para novos pontos doutrinários, mas ele não seguiu esse método no começo do seu trabalho.
E como o dogma da reencarnação aparece já no alvorecer da Doutrina, que é a 1º edição de O Livro dos Espíritos, podemos afirmar categoricamente que a reencarnação, para a Doutrina Espírita, é um dogma filosófico.
Allan Kardec acata a teoria da reencarnação como um dogma filosófico, não se importando em comprovar a teoria da reencarnação através do Controle Universal do Ensino dos Espíritos.
Allan Kardec não foi pioneiro no estudo das manifestações dos espíritos.
O que Allan Kardec fez de inovador foi a elaboração de um corpo doutrinário, mas quando ele tomou conhecimento das manifestações dos espíritos já havia estudos em andamento conduzidos por cientistas reconhecidos na época.
Um dos grandes nomes da época é o cientista e conselheiro imperial russo Alexandre Aksakof.
Aksakof foi o primeiro pesquisador a considerar o animismo presente nas manifestações.
Quando falamos em animismo estamos falando da participação mais ou menos inconsciente do espírito do próprio médium na comunicação atribuída a um espírito ou na produção de um fenómeno.
Aksakof é o autor do livro Animismo e Espiritismo, um clássico publicado até hoje pela FEB.
O que poucos espíritas sabem é que Alexandre Aksakof foi um crítico contundente de Kardec.
Uma das críticas de Aksakof a Kardec é que Kardec pulou a fase da experimentação.
Kardec preferiu, desde o começo do seu trabalho, logo depois da publicação da 1ª edição de O Livro dos Espíritos, trabalhar com médiuns escreventes.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Nós sabemos hoje, em grande parte por causa de Aksakof, que (nas palavras dele) “médiuns escreventes se deixam levar facilmente pela influência psicológica das ideias preconcebidas”.
Paralelamente ao Espiritismo, e tendo iniciado antes do Espiritismo, existia o espiritualismo inglês, ou espiritualismo anglo-americano.
Na Inglaterra, especificamente, onde o espiritualismo era bem desenvolvido, e onde muitas experiências foram realizadas, as comunicações dos espíritos afirmavam que não existe reencarnação.
Para Kardec, isso se devia ao preconceito dos americanos e ingleses, que não estavam preparados para receber esse ensinamento.
O facto é que a teoria da reencarnação não era unanimidade entre os espíritos que se comunicavam.
Recentemente eu publiquei um artigo em que eu defendo a reencarnação como a única explicação plausível para as desigualdades que nós encontramos no mundo.
Eu não tenho a menor dúvida de que existe reencarnação.
Os estudos do Dr. Ian Stevenson atestam a existência da reencarnação.
Hoje, com a internet, nós tomamos conhecimento de muitos casos de crianças que têm lembranças espontâneas de suas existências anteriores e contam detalhes irretorquíveis dessas existências.
Eu jamais coloquei em dúvida a existência da reencarnação.
Porque, então, eu mencionei essa controvérsia em relação a Kardec?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que nós não tememos a verdade.
Quem tem fé sólida não precisa se apegar a um conjunto de crenças.
É verdade que existe reencarnação, mas também é verdade que a maneira como o Espiritismo trata a reencarnação é fruto de um conjunto de crenças – crenças construídas a partir da argumentação filosófica de Kardec.
A reencarnação é tratada, na literatura espírita, como se fosse condição obrigatória para todos; como se fosse o único meio de alcançar o progresso; e como se existisse um ponto determinado a alcançar, e que para alcançar esse ponto seriam necessárias muitas e muitas reencarnações.
Há muitas fantasias no meio espírita.
São teorias que foram lançadas por alguém (geralmente por um espírito carismático, como Emmanuel), essas teorias conquistaram a simpatia dos espíritas, passaram a ser repetidas por outros espíritos encarnados e desencarnados, e hoje se tornaram dogmas de fé – ninguém as questiona.
Por exemplo:
É comum ouvirmos hoje que Jesus tem mais de cinco biliões de anos, que Jesus criou o nosso planeta, e que quando ele criou o nosso planeta ele já era um espírito puro.
Outro exemplo:
Também é comum ouvirmos que um grande grupo de espíritos foi exilado de Capela porque não conseguiu acompanhar o progresso local.
Foram exilados na Terra, um mundo mais primitivo, e, ao mesmo tempo em que se aperfeiçoam aqui, contribuíram para o progresso dos espíritos nativos do planeta.
Mais um exemplo:
Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.
Esse dispensa comentários.
Eu já pensei em fazer um estudo demonstrando os absurdos dessa obra, mas me deu tanto nojo que eu não consegui levar adiante.
Se eu insistisse eu não conseguiria evitar o tom agressivo – e minha intenção não é agredir.
A reencarnação é um facto.
Mas o modo como tudo se processa foge ao nosso conhecimento.
– Ah, mas os espíritos disseram!
Os espíritos não sabem tudo.
Os espíritos têm suas opiniões formadas, seus preconceitos, suas limitações.
Espíritos realmente superiores não conseguem se comunicar connosco.
Além disso, por melhor que seja o médium, ele também tem ideias preconcebidas, limitações e falhas de carácter.
Nenhuma mensagem dos espíritos chega até nós com exactamente o mesmo teor com que foi emitida.
Paralelamente ao Espiritismo, e tendo iniciado antes do Espiritismo, existia o espiritualismo inglês, ou espiritualismo anglo-americano.
Na Inglaterra, especificamente, onde o espiritualismo era bem desenvolvido, e onde muitas experiências foram realizadas, as comunicações dos espíritos afirmavam que não existe reencarnação.
Para Kardec, isso se devia ao preconceito dos americanos e ingleses, que não estavam preparados para receber esse ensinamento.
O facto é que a teoria da reencarnação não era unanimidade entre os espíritos que se comunicavam.
Recentemente eu publiquei um artigo em que eu defendo a reencarnação como a única explicação plausível para as desigualdades que nós encontramos no mundo.
Eu não tenho a menor dúvida de que existe reencarnação.
Os estudos do Dr. Ian Stevenson atestam a existência da reencarnação.
Hoje, com a internet, nós tomamos conhecimento de muitos casos de crianças que têm lembranças espontâneas de suas existências anteriores e contam detalhes irretorquíveis dessas existências.
Eu jamais coloquei em dúvida a existência da reencarnação.
Porque, então, eu mencionei essa controvérsia em relação a Kardec?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que nós não tememos a verdade.
Quem tem fé sólida não precisa se apegar a um conjunto de crenças.
É verdade que existe reencarnação, mas também é verdade que a maneira como o Espiritismo trata a reencarnação é fruto de um conjunto de crenças – crenças construídas a partir da argumentação filosófica de Kardec.
A reencarnação é tratada, na literatura espírita, como se fosse condição obrigatória para todos; como se fosse o único meio de alcançar o progresso; e como se existisse um ponto determinado a alcançar, e que para alcançar esse ponto seriam necessárias muitas e muitas reencarnações.
Há muitas fantasias no meio espírita.
São teorias que foram lançadas por alguém (geralmente por um espírito carismático, como Emmanuel), essas teorias conquistaram a simpatia dos espíritas, passaram a ser repetidas por outros espíritos encarnados e desencarnados, e hoje se tornaram dogmas de fé – ninguém as questiona.
Por exemplo:
É comum ouvirmos hoje que Jesus tem mais de cinco biliões de anos, que Jesus criou o nosso planeta, e que quando ele criou o nosso planeta ele já era um espírito puro.
Outro exemplo:
Também é comum ouvirmos que um grande grupo de espíritos foi exilado de Capela porque não conseguiu acompanhar o progresso local.
Foram exilados na Terra, um mundo mais primitivo, e, ao mesmo tempo em que se aperfeiçoam aqui, contribuíram para o progresso dos espíritos nativos do planeta.
Mais um exemplo:
Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.
Esse dispensa comentários.
Eu já pensei em fazer um estudo demonstrando os absurdos dessa obra, mas me deu tanto nojo que eu não consegui levar adiante.
Se eu insistisse eu não conseguiria evitar o tom agressivo – e minha intenção não é agredir.
A reencarnação é um facto.
Mas o modo como tudo se processa foge ao nosso conhecimento.
– Ah, mas os espíritos disseram!
Os espíritos não sabem tudo.
Os espíritos têm suas opiniões formadas, seus preconceitos, suas limitações.
Espíritos realmente superiores não conseguem se comunicar connosco.
Além disso, por melhor que seja o médium, ele também tem ideias preconcebidas, limitações e falhas de carácter.
Nenhuma mensagem dos espíritos chega até nós com exactamente o mesmo teor com que foi emitida.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Nós temos teorias, nós temos alguns experimentos, nós temos hipóteses de trabalho, nós temos a lógica, e nós temos a intuição – certezas nós as temos poucas.
Mas voltemos à primeira pergunta:
Até quando reencarnaremos?
Uma respostinha padrão seria:
“Até quitarmos todos os nossos débitos e aprendermos tudo o que podemos aprender nesse plano físico”.
Será mesmo?
Porque nós reencarnamos?
Nós reencarnamos por que nossos interesses estão no plano físico.
Ainda somos muito animais e pouco espirituais.
Nós alimentamos ilusões: ilusões de poder, ilusões de prazer, ilusões afectivas – isso sem falar dos vícios:
vício em comida, vício em álcool, vício em drogas, vício em sexo, vício em dinheiro, vício em consumo, vício em jogo, vício em diversão, carência afectiva, doenças… há uma infinidade de coisas que nos prendem ao plano físico.
Buda e Jesus têm um ensinamento em comum: o desapego.
O budismo prega o desapego como meio de libertação do ciclo de renascimentos.
Jesus ensinou muito sobre o desapego.
Esse é um ensino de Jesus que não foi devidamente evidenciado até hoje.
Talvez o principal ensino de Jesus seja o desapego, e não o amor, como costumamos pregar.
O mundo material é um mundo de ilusão.
Isso eu não acho, isso eu tenho certeza.
Nós só nos libertaremos desse mundo de ilusão quando nós pararmos de nos iludir. Falta muito.
Mas isso não quer dizer, necessariamente, que temos uma cota determinada de erros passados a resgatar ou que temos uma cota determinada de aprendizado a assimilar.
E aqui cabe introduzir a segunda pergunta:
Onde acaba o ciclo de causas e efeitos?
Causa e efeito é um fenómeno da mente.
A mente é um programa – como um programa de computador.
A mente é o programa através do qual nós experimentamos possibilidades.
O plano físico é isso: uma experimentação de possibilidades.
Nós programamos a mente e a partir de um determinado momento ela passa a agir sozinha, no piloto automático.
Em vez de nos servirmos da mente, então, passamos a ser escravizados pela mente.
É a mente que nos mantém escravizados na ilusão.
Se recobrarmos o domínio sobre a mente nós poderemos nos libertar do ciclo de causas e efeitos, por que esse ciclo é produto da mente.
Eu estou falando em “mente”, mas o correcto seria falar em “intelecto”.
A mente pode ser dividida em duas dimensões:
o plano mental superior ou abstracto e o plano mental inferior ou concreto ou, ainda, intelecto.
É o intelecto que racionaliza tudo.
O budista que alcança o Nirvana através da meditação ultrapassa o intelecto.
Ele se desapegou da ilusão, então não precisa mais renascer, e se libertou do ciclo de causas e efeitos, pois foi além do intelecto.
Nós vemos em Nosso Lar que André Luiz, depois do seu primeiro dia de trabalho nas câmaras de rectificação, vai para um aposento para dormir.
Quando ele dorme se vê transportado para uma dimensão superior.
Ele tem plena consciência de que deixou o seu corpo astral adormecido no aposento – então ele é desdobrado para o plano mental.
Lá ele encontra a sua mãe.
A mãe de André Luiz já vivia numa dimensão superior – provavelmente o plano mental inferior.
A mãe de André Luiz tinha sido, ao que tudo indica, uma pessoa normal – e vivia em uma dimensão superior.
Mas voltemos à primeira pergunta:
Até quando reencarnaremos?
Uma respostinha padrão seria:
“Até quitarmos todos os nossos débitos e aprendermos tudo o que podemos aprender nesse plano físico”.
Será mesmo?
Porque nós reencarnamos?
Nós reencarnamos por que nossos interesses estão no plano físico.
Ainda somos muito animais e pouco espirituais.
Nós alimentamos ilusões: ilusões de poder, ilusões de prazer, ilusões afectivas – isso sem falar dos vícios:
vício em comida, vício em álcool, vício em drogas, vício em sexo, vício em dinheiro, vício em consumo, vício em jogo, vício em diversão, carência afectiva, doenças… há uma infinidade de coisas que nos prendem ao plano físico.
Buda e Jesus têm um ensinamento em comum: o desapego.
O budismo prega o desapego como meio de libertação do ciclo de renascimentos.
Jesus ensinou muito sobre o desapego.
Esse é um ensino de Jesus que não foi devidamente evidenciado até hoje.
Talvez o principal ensino de Jesus seja o desapego, e não o amor, como costumamos pregar.
O mundo material é um mundo de ilusão.
Isso eu não acho, isso eu tenho certeza.
Nós só nos libertaremos desse mundo de ilusão quando nós pararmos de nos iludir. Falta muito.
Mas isso não quer dizer, necessariamente, que temos uma cota determinada de erros passados a resgatar ou que temos uma cota determinada de aprendizado a assimilar.
E aqui cabe introduzir a segunda pergunta:
Onde acaba o ciclo de causas e efeitos?
Causa e efeito é um fenómeno da mente.
A mente é um programa – como um programa de computador.
A mente é o programa através do qual nós experimentamos possibilidades.
O plano físico é isso: uma experimentação de possibilidades.
Nós programamos a mente e a partir de um determinado momento ela passa a agir sozinha, no piloto automático.
Em vez de nos servirmos da mente, então, passamos a ser escravizados pela mente.
É a mente que nos mantém escravizados na ilusão.
Se recobrarmos o domínio sobre a mente nós poderemos nos libertar do ciclo de causas e efeitos, por que esse ciclo é produto da mente.
Eu estou falando em “mente”, mas o correcto seria falar em “intelecto”.
A mente pode ser dividida em duas dimensões:
o plano mental superior ou abstracto e o plano mental inferior ou concreto ou, ainda, intelecto.
É o intelecto que racionaliza tudo.
O budista que alcança o Nirvana através da meditação ultrapassa o intelecto.
Ele se desapegou da ilusão, então não precisa mais renascer, e se libertou do ciclo de causas e efeitos, pois foi além do intelecto.
Nós vemos em Nosso Lar que André Luiz, depois do seu primeiro dia de trabalho nas câmaras de rectificação, vai para um aposento para dormir.
Quando ele dorme se vê transportado para uma dimensão superior.
Ele tem plena consciência de que deixou o seu corpo astral adormecido no aposento – então ele é desdobrado para o plano mental.
Lá ele encontra a sua mãe.
A mãe de André Luiz já vivia numa dimensão superior – provavelmente o plano mental inferior.
A mãe de André Luiz tinha sido, ao que tudo indica, uma pessoa normal – e vivia em uma dimensão superior.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Ainda em Nosso Lar nós temos o exemplo da Ministra Veneranda, que estava há mil anos supervisionando um grande grupo de espíritos, uma grande família espiritual.
Ela já não precisava mais reencarnar.
Podia estar vivendo num plano superior, em grande paz, mas sacrificava a sua paz individual para trabalhar em benefício daqueles pelos quais ela se sentia responsável.
Eu intimamente tenho convicção de que não é assim tão difícil cessar o ciclo reencarnatório.
Acontece que nós vivemos numa cultura judaico-cristã.
Para um budista ou para um hinduísta não há nada de errado no facto de o indivíduo seguir o seu caminho:
abandonar o mundo, as coisas do mundo e as pessoas – e seguir o seu caminho.
Mas, para o cristão, isso pode parecer egoísta.
Nós nos questionamos:
– Como pode alguém viver em paz, numa dimensão superior, sabendo que os espíritos que foram seus filhos, seu cônjuge, pais mães, irmãos, continuam aqui sofrendo nesse mundo de ilusão?
É uma questão difícil.
Não há dúvida de que a decisão da Ministra Veneranda, de permanecer supervisionando os seus espíritos queridos, é uma decisão meritória, bonita.
Mas eu também não veja nada de errado em cada um seguir o seu caminho.
Quem se libertou da ilusão já não tem pena daqueles que ficam – pois essa pena também é uma forma de apego.
Ele compreende perfeitamente que tudo isso é passageiro, e que mais cedo ou mais tarde cada um descobre a verdade e também se liberta.
Uma dúvida pode surgir:
– Se alguém conseguir se desapegar de tudo no plano físico ele pode se livrar do ciclo reencarnatório e do ciclo de causas e efeitos mesmo não tendo reparado o mal que fez para os outros?
Quem consegue se desapegar é porque já tem conhecimento suficiente acerca da ilusão do mundo e não tem males significativos a reparar.
Uma mente culpada não consegue se desenvencilhar da ilusão.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela já não precisava mais reencarnar.
Podia estar vivendo num plano superior, em grande paz, mas sacrificava a sua paz individual para trabalhar em benefício daqueles pelos quais ela se sentia responsável.
Eu intimamente tenho convicção de que não é assim tão difícil cessar o ciclo reencarnatório.
Acontece que nós vivemos numa cultura judaico-cristã.
Para um budista ou para um hinduísta não há nada de errado no facto de o indivíduo seguir o seu caminho:
abandonar o mundo, as coisas do mundo e as pessoas – e seguir o seu caminho.
Mas, para o cristão, isso pode parecer egoísta.
Nós nos questionamos:
– Como pode alguém viver em paz, numa dimensão superior, sabendo que os espíritos que foram seus filhos, seu cônjuge, pais mães, irmãos, continuam aqui sofrendo nesse mundo de ilusão?
É uma questão difícil.
Não há dúvida de que a decisão da Ministra Veneranda, de permanecer supervisionando os seus espíritos queridos, é uma decisão meritória, bonita.
Mas eu também não veja nada de errado em cada um seguir o seu caminho.
Quem se libertou da ilusão já não tem pena daqueles que ficam – pois essa pena também é uma forma de apego.
Ele compreende perfeitamente que tudo isso é passageiro, e que mais cedo ou mais tarde cada um descobre a verdade e também se liberta.
Uma dúvida pode surgir:
– Se alguém conseguir se desapegar de tudo no plano físico ele pode se livrar do ciclo reencarnatório e do ciclo de causas e efeitos mesmo não tendo reparado o mal que fez para os outros?
Quem consegue se desapegar é porque já tem conhecimento suficiente acerca da ilusão do mundo e não tem males significativos a reparar.
Uma mente culpada não consegue se desenvencilhar da ilusão.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
TEMAS DIVERSOS - perguntas e respostas
1-Porque os livros de Ramatis não são estudados com aprofundamento nos centros espíritas?
Os livros de Ramatis sofreram influência do esoterismo, pois o médium Hercílio Maes, que os psicografou nunca foi espírita.
Não vemos motivo para que sejam estudados nas casas espíritas, uma vez que conceitos exarados dessas obras, muitas vezes são contraditórios com os ensinos da Doutrina Espírita.
2-Porque vocês evocam Espíritos se os livros psicografados instruem para não fazê-lo?
O conselho para evitar as evocações dos Espíritos foi dado pelo espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier e foi assimilado pelo movimento espírita como uma verdade.
Entretanto, Allan Kardec ensina exactamente o contrário.
Dedicou todo o capítulo 25 de O Livro dos Médiuns para este tema, instruindo em como fazê-lo com segurança.
3-Qual a importância da Bíblia?
A Bíblia é o livro que mais influência exerceu e exerce em toda a história da Humanidade.
Contém a Mensagem Divina, trazida por Jesus para libertar o homem da situação de ignorância espiritual em que vive, além da evolução do pensamento divino e o plano do Criador para suas criaturas.
Deveria ser examinado com respeito e interesse de aprendizado, mas é visto com preconceito pela maioria dos espíritas, pela pouca compreensão dos reais objectivos da Doutrina Espírita.
4-Temos uma reunião de desobsessão para resolvermos problemas da casa, dos trabalhadores e dos pacientes.
É prudente separar as reuniões em dias específicos só para trabalhadores?
As reuniões de desobsessão têm um objectivo só e todos que precisam dela são necessitados de ajuda, quer sejam trabalhadores ou não.
O trabalhador que entra em tratamento, o faz como qualquer paciente e as reuniões são realizadas do mesmo jeito, no mesmo horário, sem que haja necessidade de se ter um dia apenas para atender trabalhadores.
Convém recordar aqui que as reuniões de desobsessão são privativas e não devem ter a presença de trabalhadores ou mesmo pacientes obsediados.
5-Temos uma equipa médica espiritual que em uma sala específica e incorporados atendem aos pacientes com problemas físicos.
Em outra sala ou na mesma do atendimento anterior, os pacientes que apresentam problemas obsessivos são orientados a frequentarem as reuniões de desobsessão, por mais tempo até que obtenham melhora.
Algum inconveniente nisso?
Em dias de reunião de desobsessão ou da lida com a mediunidade não deve haver público, nem mesmo trabalhadores perturbados.
Os pacientes não devem participar das sessões, mas apenas da reunião de explanação do Evangelho, em dia específico, que não seja o dia da desobsessão.
-Não há necessidade dos médiuns atenderem os pacientes, "incorporados".
Esse é um procedimento inadequado e estimula a fantasia nas pessoas atendidas e a vaidade nos médiuns menos vigilantes.
É um procedimento que tem origem na Umbanda e foi trazido para as práticas espíritas por quem não tinha conhecimento das orientações de Allan Kardec sobre a mediunidade.
Deve ser abolido nas casas espíritas sérias e assistidas por Espíritos superiores.
Os passes (comum, desobsessão e cura) devem ser dados de forma simples, por passistas, e mesmo que sejam médiuns ostensivos, não precisam “incorporar”.
Os livros de Ramatis sofreram influência do esoterismo, pois o médium Hercílio Maes, que os psicografou nunca foi espírita.
Não vemos motivo para que sejam estudados nas casas espíritas, uma vez que conceitos exarados dessas obras, muitas vezes são contraditórios com os ensinos da Doutrina Espírita.
2-Porque vocês evocam Espíritos se os livros psicografados instruem para não fazê-lo?
O conselho para evitar as evocações dos Espíritos foi dado pelo espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier e foi assimilado pelo movimento espírita como uma verdade.
Entretanto, Allan Kardec ensina exactamente o contrário.
Dedicou todo o capítulo 25 de O Livro dos Médiuns para este tema, instruindo em como fazê-lo com segurança.
3-Qual a importância da Bíblia?
A Bíblia é o livro que mais influência exerceu e exerce em toda a história da Humanidade.
Contém a Mensagem Divina, trazida por Jesus para libertar o homem da situação de ignorância espiritual em que vive, além da evolução do pensamento divino e o plano do Criador para suas criaturas.
Deveria ser examinado com respeito e interesse de aprendizado, mas é visto com preconceito pela maioria dos espíritas, pela pouca compreensão dos reais objectivos da Doutrina Espírita.
4-Temos uma reunião de desobsessão para resolvermos problemas da casa, dos trabalhadores e dos pacientes.
É prudente separar as reuniões em dias específicos só para trabalhadores?
As reuniões de desobsessão têm um objectivo só e todos que precisam dela são necessitados de ajuda, quer sejam trabalhadores ou não.
O trabalhador que entra em tratamento, o faz como qualquer paciente e as reuniões são realizadas do mesmo jeito, no mesmo horário, sem que haja necessidade de se ter um dia apenas para atender trabalhadores.
Convém recordar aqui que as reuniões de desobsessão são privativas e não devem ter a presença de trabalhadores ou mesmo pacientes obsediados.
5-Temos uma equipa médica espiritual que em uma sala específica e incorporados atendem aos pacientes com problemas físicos.
Em outra sala ou na mesma do atendimento anterior, os pacientes que apresentam problemas obsessivos são orientados a frequentarem as reuniões de desobsessão, por mais tempo até que obtenham melhora.
Algum inconveniente nisso?
Em dias de reunião de desobsessão ou da lida com a mediunidade não deve haver público, nem mesmo trabalhadores perturbados.
Os pacientes não devem participar das sessões, mas apenas da reunião de explanação do Evangelho, em dia específico, que não seja o dia da desobsessão.
-Não há necessidade dos médiuns atenderem os pacientes, "incorporados".
Esse é um procedimento inadequado e estimula a fantasia nas pessoas atendidas e a vaidade nos médiuns menos vigilantes.
É um procedimento que tem origem na Umbanda e foi trazido para as práticas espíritas por quem não tinha conhecimento das orientações de Allan Kardec sobre a mediunidade.
Deve ser abolido nas casas espíritas sérias e assistidas por Espíritos superiores.
Os passes (comum, desobsessão e cura) devem ser dados de forma simples, por passistas, e mesmo que sejam médiuns ostensivos, não precisam “incorporar”.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
6-Temos uma sala, onde ficam os médiuns de passividade, médiuns de sustentação e doutrinadores para atendimento às pessoas com seus problemas obsessivos.
Algum inconveniente?
A reunião de desobsessão deve ser feita em dia específico só para esse fim, sem que os pacientes assistam.
É uma reunião reservada, e só as pessoas idóneas e que tenham conhecimento da mediunidade, segundo as instruções de O Livros dos Médiuns, podem participar.
“Médiuns de sustentação” é um termo impróprio que Allan Kardec não considera.
Os médiuns devem trabalhar no intercâmbio ou nos passes.
O que sustenta o trabalho não são os fluidos deste ou daquele médium, mas a força fluídica que decorre do equilíbrio, harmonia e seriedade que existe entre os membros da equipe.
Tal conceito é retirado da literatura acessória, não é orientação kardequiana.
7-No salão público ficam os pacientes, ouvindo um dos palestrantes onde se orienta a todos sobre os trabalhos, e estuda-se vários temas à luz da Doutrina Espírita, com obras subsidiárias de Emmanuel e André Luiz, além de algumas outras que venham a ser necessárias.
Nos estudos públicos deveriam ser feitas palestras sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo, complementadas com orientações de O Livro dos Espíritos.
As obras de Allan Kardec devem ser estudadas em dias apropriados para esse fim, com grupos de pessoas que queiram se aprofundar no estudo da Doutrina.
A prioridade é a evangelização ou moralização do Espírito.
O povo sofredor, aquele que procura o centro por problemas de toda ordem, precisa das lições moralizadoras do Evangelho de Jesus.
Os livros da literatura acessória deveriam ser lidos em outras oportunidades.
8-Em nosso trabalho, os médicos espirituais fornecem remédios aos pacientes com problemas físicos e/ou àqueles que eles vejam a necessidade de algum medicamento.
Sendo esses em garrafas de 500ml com água fluidificada.
Orientados a tomarem este medicamento em jejum pela manhã e a noite ao deitar-se.
Não se deve prescrever remédios em centros espíritas, mesmo que sejam por orientação de Espíritos.
A medicação utilizada deve ser apenas através da fluidoterapia.
Necessário fazer uma distinção entre a terapêutica espiritual e a terrena.
A água fluidificada que deve ser consumida do jeito que a pessoa quiser, na hora que achar conveniente.
Importante evitar fantasias em torno desse simples procedimento.
Não é aconselhável a prescrição de medicamentos alopáticos, fitoterápicos ou homeopáticos nas actividades espíritas.
9-Como proceder no passe em crianças?
É bom ter um horário só para atendê-las?
O passe em crianças em nada difere do passe ministrado aos adultos.
O procedimento é simples e deve ser feito após as reuniões públicas, juntamente com todos.
10-Temos conhecimento do apoio da FEB ao Esperanto e, ultimamente, do Conselho Espírita Internacional.
Há instrução expressa desse Conselho para divulgação e estudo do Esperanto entre os espíritas.
No próximo Congresso Internacional de Espiritismo o Esperanto (por determinação desse Conselho) será a língua oficial.
Há mensagem de Emmanuel, através de Chico Xavier e de outros Espíritos, através de Divaldo Franco, recomendando o Esperanto aos espíritas.
Algum inconveniente?
A reunião de desobsessão deve ser feita em dia específico só para esse fim, sem que os pacientes assistam.
É uma reunião reservada, e só as pessoas idóneas e que tenham conhecimento da mediunidade, segundo as instruções de O Livros dos Médiuns, podem participar.
“Médiuns de sustentação” é um termo impróprio que Allan Kardec não considera.
Os médiuns devem trabalhar no intercâmbio ou nos passes.
O que sustenta o trabalho não são os fluidos deste ou daquele médium, mas a força fluídica que decorre do equilíbrio, harmonia e seriedade que existe entre os membros da equipe.
Tal conceito é retirado da literatura acessória, não é orientação kardequiana.
7-No salão público ficam os pacientes, ouvindo um dos palestrantes onde se orienta a todos sobre os trabalhos, e estuda-se vários temas à luz da Doutrina Espírita, com obras subsidiárias de Emmanuel e André Luiz, além de algumas outras que venham a ser necessárias.
Nos estudos públicos deveriam ser feitas palestras sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo, complementadas com orientações de O Livro dos Espíritos.
As obras de Allan Kardec devem ser estudadas em dias apropriados para esse fim, com grupos de pessoas que queiram se aprofundar no estudo da Doutrina.
A prioridade é a evangelização ou moralização do Espírito.
O povo sofredor, aquele que procura o centro por problemas de toda ordem, precisa das lições moralizadoras do Evangelho de Jesus.
Os livros da literatura acessória deveriam ser lidos em outras oportunidades.
8-Em nosso trabalho, os médicos espirituais fornecem remédios aos pacientes com problemas físicos e/ou àqueles que eles vejam a necessidade de algum medicamento.
Sendo esses em garrafas de 500ml com água fluidificada.
Orientados a tomarem este medicamento em jejum pela manhã e a noite ao deitar-se.
Não se deve prescrever remédios em centros espíritas, mesmo que sejam por orientação de Espíritos.
A medicação utilizada deve ser apenas através da fluidoterapia.
Necessário fazer uma distinção entre a terapêutica espiritual e a terrena.
A água fluidificada que deve ser consumida do jeito que a pessoa quiser, na hora que achar conveniente.
Importante evitar fantasias em torno desse simples procedimento.
Não é aconselhável a prescrição de medicamentos alopáticos, fitoterápicos ou homeopáticos nas actividades espíritas.
9-Como proceder no passe em crianças?
É bom ter um horário só para atendê-las?
O passe em crianças em nada difere do passe ministrado aos adultos.
O procedimento é simples e deve ser feito após as reuniões públicas, juntamente com todos.
10-Temos conhecimento do apoio da FEB ao Esperanto e, ultimamente, do Conselho Espírita Internacional.
Há instrução expressa desse Conselho para divulgação e estudo do Esperanto entre os espíritas.
No próximo Congresso Internacional de Espiritismo o Esperanto (por determinação desse Conselho) será a língua oficial.
Há mensagem de Emmanuel, através de Chico Xavier e de outros Espíritos, através de Divaldo Franco, recomendando o Esperanto aos espíritas.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Pelo exposto, gostaria de saber a razão pela qual este site não dá nenhuma atenção ao Esperanto?
O Esperanto e sua finalidade no mundo é mais uma das fantasias que faz do movimento espírita uma grande babel doutrinária.
Não concordamos com essa idéia, portanto não vemos razão em divulgá-la.
Que queiram estudar o Esperanto com uma língua a mais a ser incorporada ao patrimônio intelectual do Espírito é um direito que assiste a todos, mas daí a dizer que será a língua do futuro ou que é a linguagem dos Espíritos em torno do orbe, vai uma distância muito grande.
Esta é mais uma das opiniões perdidas entre os espíritas que não encontram sustentação na racionalidade.
Pretender que o Esperanto seja a língua oficial de um congresso é o mesmo que voltar às fábulas do catoliscismo da Idade Média, com o seu indispensável “latim”.
Não é de supreender-se que tal procedimento esteja em pauta, afinal, o movimento espírita é produto do pensamento de Jean Baptiste Roustaing, com seu catolicismo disfarçado de Espiritismo.
A FEB divulga seus livros e espalha o espírito dessa perniciosa doutrina entre os mais simples, que sequer sabem de sua existência.
11-No estado de loucura quem está doente?
O Espírito, o corpo físico ou ambos?
Na loucura verdadeira, ambos estão enfermos, pois trata-se de uma expiação para o Espírito em débito com a Lei de Deus.
Importante ressaltar que a loucura pode, em alguns casos, aparecer sem que o cérebro físico esteja comprometido.
É a loucura observada por Esquirol, onde o organismo físico não apresentava avarias e que o Espiritismo veio explicar mais tarde como loucura obsessiva, provocada por um Espírito desencarnado.
12-Porque o suicídio é um erro tão grave e sem perdão se a pessoa só fere a si mesmo?
Não existe erro sem perdão.
Todos estão sujeitos à Lei de Causa e Efeito, pois Deus é justo e misericordioso.
Quanto ao fato de que o suicida só fere a si mesmo, diremos que em todos os danos que se causa aos outros, o primeiro ferido é a própria pessoa.
No suicídio, o acto pode se tornar bem mais grave, porque a vida é uma oportunidade que se têm de crescimento e apenas a Deus cabe decidir até quando se há de permanecer nela.
Os suicidas sofrem muito quando descobrem essa realidade, como sofrem todos os que praticam qualquer ato contrário às leis de Deus.
Sua gravidade depende unicamente da intenção que ocasionou a falta.
13-Em minha cidade tem uma jovem que recebe um Espírito de uma mulher que pede para ela desenhar, escrever música, poesia e tudo mais, na casa dela, fora da casa espírita.
Muitas pessoas estão estimulando e achando bonito o procedimento, inclusive dirigentes de casas espíritas. Isso é correcto?
A mediunidade praticada sem a segurança de uma casa espírita idónea e sem a orientação devida é muito perigosa.
Os Espíritos que se envolvem com esse tipo de prática são brincalhões, enganadores e muitas vezes fascinadores.
Situações como essas são características de processos obsessivos e só estimula quem desconhece completamente as orientações de Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, sobre a prática da mediunidade.
O Esperanto e sua finalidade no mundo é mais uma das fantasias que faz do movimento espírita uma grande babel doutrinária.
Não concordamos com essa idéia, portanto não vemos razão em divulgá-la.
Que queiram estudar o Esperanto com uma língua a mais a ser incorporada ao patrimônio intelectual do Espírito é um direito que assiste a todos, mas daí a dizer que será a língua do futuro ou que é a linguagem dos Espíritos em torno do orbe, vai uma distância muito grande.
Esta é mais uma das opiniões perdidas entre os espíritas que não encontram sustentação na racionalidade.
Pretender que o Esperanto seja a língua oficial de um congresso é o mesmo que voltar às fábulas do catoliscismo da Idade Média, com o seu indispensável “latim”.
Não é de supreender-se que tal procedimento esteja em pauta, afinal, o movimento espírita é produto do pensamento de Jean Baptiste Roustaing, com seu catolicismo disfarçado de Espiritismo.
A FEB divulga seus livros e espalha o espírito dessa perniciosa doutrina entre os mais simples, que sequer sabem de sua existência.
11-No estado de loucura quem está doente?
O Espírito, o corpo físico ou ambos?
Na loucura verdadeira, ambos estão enfermos, pois trata-se de uma expiação para o Espírito em débito com a Lei de Deus.
Importante ressaltar que a loucura pode, em alguns casos, aparecer sem que o cérebro físico esteja comprometido.
É a loucura observada por Esquirol, onde o organismo físico não apresentava avarias e que o Espiritismo veio explicar mais tarde como loucura obsessiva, provocada por um Espírito desencarnado.
12-Porque o suicídio é um erro tão grave e sem perdão se a pessoa só fere a si mesmo?
Não existe erro sem perdão.
Todos estão sujeitos à Lei de Causa e Efeito, pois Deus é justo e misericordioso.
Quanto ao fato de que o suicida só fere a si mesmo, diremos que em todos os danos que se causa aos outros, o primeiro ferido é a própria pessoa.
No suicídio, o acto pode se tornar bem mais grave, porque a vida é uma oportunidade que se têm de crescimento e apenas a Deus cabe decidir até quando se há de permanecer nela.
Os suicidas sofrem muito quando descobrem essa realidade, como sofrem todos os que praticam qualquer ato contrário às leis de Deus.
Sua gravidade depende unicamente da intenção que ocasionou a falta.
13-Em minha cidade tem uma jovem que recebe um Espírito de uma mulher que pede para ela desenhar, escrever música, poesia e tudo mais, na casa dela, fora da casa espírita.
Muitas pessoas estão estimulando e achando bonito o procedimento, inclusive dirigentes de casas espíritas. Isso é correcto?
A mediunidade praticada sem a segurança de uma casa espírita idónea e sem a orientação devida é muito perigosa.
Os Espíritos que se envolvem com esse tipo de prática são brincalhões, enganadores e muitas vezes fascinadores.
Situações como essas são características de processos obsessivos e só estimula quem desconhece completamente as orientações de Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, sobre a prática da mediunidade.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 1 de 41 • 1, 2, 3 ... 21 ... 41
Tópicos semelhantes
» ARTIGOS DIVERSOS III
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
Página 1 de 41
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos