ARTIGOS DIVERSOS IV
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ARTIGOS DIVERSOS IV
Sei que nada sei
Orson Peter Carrara
Convenhamos que a questão do MACRO e MICRO que nos envolve a vida é um autêntico quebra-cabeça, infinito e sábio, cheio de perspectivas e possibilidades para estudo e pesquisa.
Obra do Ser Absoluto, o Criador, Deus, a inteligência suprema do Universo, causa primeira de todas as coisas, conforme indicação de O Livro dos Espíritos, em sua 1ª questão.
Seja a investigação direccionada para o micro ou para o macro, em ambos encontraremos grandeza absoluta, infinita, ainda incompreendida por cientistas e pesquisadores, que “quebram a cabeça” em busca de respostas.
Isto vem revelar nossa pequenez e ao mesmo tempo demonstrar a grandeza do Criador.
Interessante, porém, que nossa pequenez não surge como humilhante, pois o Criador não humilha.
Antes, homenageia-nos com os espectáculos diários da natureza e com as descobertas que, gradativamente, nos permite realizar.
Tudo já existe, mas permite obras de co-criação, através da infinita criatividade que somos capazes de desenvolver, o que traz progresso ao planeta, a nós mesmos, ao nosso círculo de relacionamento, ao planeta, enfim, justamente nas conquistas do macro e do micro.
Como imaginar, há algumas décadas, o progresso que já utilizamos actualmente?
E como imaginar o que está por vir?
Consideremos que sempre temos o que fazer; sempre temos o que pesquisar, o que aprender.
Nunca conhecemos tudo.
Consideremos ainda as perspectivas que se abrem – e que nem temos condições de avaliar e alcançar –, com vistas aos desafios do que os cientistas denominam hoje de universos paralelos? Como seria isso?
Além do universo visível, outros se abririam, em outras dimensões?
Como seria isso? Deus!
O assunto torna-se empolgante, pois já temos notícias do plano espiritual, invisível aos olhos humanos, carnais, mas real, vibrante.
E agora abre-se perspectivas para universos paralelos, apenas considerando o plano físico…
É difícil até de imaginar.
Se adentrarmos, então, para a questão do infinito – tanto do macro como do micro – nosso entusiasmo, admiração e perplexidade aumentam ainda mais.
Como alcançar tudo isso?
Calma! É a palavra.
Dominemos a ansiedade.
O tempo fará seu trabalho em nosso favor.
Por ora, fiquemos com a gratidão ao Pai Celeste.
Mas também com a alegria desta notável herança, do futuro grandioso que a todos nos aguarda.
Vamos trabalhando, caminhando, pesquisando, estudando…
E aí repetiremos com o Sábio da antiguidade:
Sei que nada sei…
§.§.§- Ave sem Ninho
Orson Peter Carrara
Convenhamos que a questão do MACRO e MICRO que nos envolve a vida é um autêntico quebra-cabeça, infinito e sábio, cheio de perspectivas e possibilidades para estudo e pesquisa.
Obra do Ser Absoluto, o Criador, Deus, a inteligência suprema do Universo, causa primeira de todas as coisas, conforme indicação de O Livro dos Espíritos, em sua 1ª questão.
Seja a investigação direccionada para o micro ou para o macro, em ambos encontraremos grandeza absoluta, infinita, ainda incompreendida por cientistas e pesquisadores, que “quebram a cabeça” em busca de respostas.
Isto vem revelar nossa pequenez e ao mesmo tempo demonstrar a grandeza do Criador.
Interessante, porém, que nossa pequenez não surge como humilhante, pois o Criador não humilha.
Antes, homenageia-nos com os espectáculos diários da natureza e com as descobertas que, gradativamente, nos permite realizar.
Tudo já existe, mas permite obras de co-criação, através da infinita criatividade que somos capazes de desenvolver, o que traz progresso ao planeta, a nós mesmos, ao nosso círculo de relacionamento, ao planeta, enfim, justamente nas conquistas do macro e do micro.
Como imaginar, há algumas décadas, o progresso que já utilizamos actualmente?
E como imaginar o que está por vir?
Consideremos que sempre temos o que fazer; sempre temos o que pesquisar, o que aprender.
Nunca conhecemos tudo.
Consideremos ainda as perspectivas que se abrem – e que nem temos condições de avaliar e alcançar –, com vistas aos desafios do que os cientistas denominam hoje de universos paralelos? Como seria isso?
Além do universo visível, outros se abririam, em outras dimensões?
Como seria isso? Deus!
O assunto torna-se empolgante, pois já temos notícias do plano espiritual, invisível aos olhos humanos, carnais, mas real, vibrante.
E agora abre-se perspectivas para universos paralelos, apenas considerando o plano físico…
É difícil até de imaginar.
Se adentrarmos, então, para a questão do infinito – tanto do macro como do micro – nosso entusiasmo, admiração e perplexidade aumentam ainda mais.
Como alcançar tudo isso?
Calma! É a palavra.
Dominemos a ansiedade.
O tempo fará seu trabalho em nosso favor.
Por ora, fiquemos com a gratidão ao Pai Celeste.
Mas também com a alegria desta notável herança, do futuro grandioso que a todos nos aguarda.
Vamos trabalhando, caminhando, pesquisando, estudando…
E aí repetiremos com o Sábio da antiguidade:
Sei que nada sei…
§.§.§- Ave sem Ninho
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A finalidade da reencarnação
Com efeito, a finalidade de reencarnarmos é continuar o caminho evolutivo interrompido com o desencarne do corpo físico, ou seja, evoluir espiritualmente.
Isto é, curar nossas inferioridades primeiramente, nos harmonizarmos com espíritos conflituantes em segundo lugar e, por último, dar bons exemplos.
Hipoteticamente, pouco proveito faremos da nova oportunidade de voltarmos a Terra para evoluir, se não curarmos as nossas inferioridades, ou seja, sentirmos menos raiva, menos irritação, menos impaciência, entre tanto outros sentimentos inferiores que nos afligem e que muitas vezes, não é tarefa fácil, controlá-los e vencê-los.
Entretanto, nem sempre aproveitamos a encarnação actual de forma satisfatória, pois como mencionado por Mauro Kwitko, em sua obra “Como aproveitar sua encarnação”, “(…) nossa sociedade é baseada no passatempo e não no aproveita-o-tempo.”.
Esquecemos que viemos para a Terra a fim de nos melhorarmos, curar nosso medos, fobias, sentimentos inferiores, pois nos iludimos com os rótulos e cascas, esquecemos, também, que somos seres espirituais, uma consciência, vivendo uma experiência material e pensamos erroneamente que somos a “casca”.
Desta forma, nos desequilibramos, nos desconectamos da Fonte e, na maioria das vezes por situações quotidianas, de pouca relevância, damos maior importância às aparências, bens materiais e deixamos de cuidar de nossa mente e espírito.
Somente quando a dor bate à nossa porta, revemos esses aspectos deixados de lado e que são de extrema relevância.
Contudo, importante mencionar que a “casca” também é importante, pois é a morada de nossa consciência, o veículo pelo qual seguimos na jornada evolutiva, a qual devemos respeito e cuidados.
Outro factor que dificulta nossa jornada evolutiva é o facto de nos fazermos de vítimas das situações, encontrando culpados para justificamos nossos sentimentos e emoções inferiores.
Esquecemos que a família é a união de espíritos unidos por laços kármicos e de afinidade e, em conformidade com a Lei do Retorno (karma) o que nos acontece nesta actual encarnação é consequência de como “agimos e sentimos” em outras existências, isto é, de acordo com nosso merecimento.
Além disso, os actuais pais, irmãos e pessoas próximas foram feitos sob medida e escolhidos por nós antes de voltarmos à Terra, a fim de nos auxiliar na jornada evolutiva.
Ademais, nossa personalidade é congénita, não é formada na infância, mas aflorada neste período.
A infância não é o início de tudo, pois já nascemos com uma personalidade, à medida que nossa alma é imortal.
Assim, para nossas inferioridades serem curadas existem os “gatilhos”, aquelas pessoas que fazem com que os sentimentos negativos (inferioridades) aflorem, possibilitando, desta forma, a cura dos mesmos.
E, se não fosse desta maneira, como iríamos curar nossa raiva, por exemplo, se não sabemos que temos que curar este sentimento, se ninguém nos faz sentir raiva?
Por isso, temos que agradecer a Deus por colocar estes gatilhos em nosso caminho, que nos fazer perceber o quanto somos seres imperfeitos, alunos repetente e precisamos purificar e melhorar nosso espírito.
Isso porque, muitas vezes encarnamos diversas vezes, até séculos, a fim de curar um sentimento inferior.
E normalmente, os sentimentos inferiores são os mais fortes, mais difíceis de dominar, pois podem estar connosco a séculos, milénios, talvez.
Assim, se sentimos raiva, viemos curar a raiva, se sentimos carência, viemos curar a carência, se sentimos medo, viemos curar medo e, assim por diante.
É por isso que estamos aqui encarnados, neste momento tão importante e, quando começamos a entender a razão dos acontecimentos, pessoas e situações presentes à nossa volta, sem nos fazermos de “vítimas”, a jornada evolutiva se torna mais leve e feliz e nos tornamos pessoas mais conscientes e despertas para as necessidades da alma.
Fonte: Luz da Serra
§.§.§- Ave sem Ninho
Isto é, curar nossas inferioridades primeiramente, nos harmonizarmos com espíritos conflituantes em segundo lugar e, por último, dar bons exemplos.
Hipoteticamente, pouco proveito faremos da nova oportunidade de voltarmos a Terra para evoluir, se não curarmos as nossas inferioridades, ou seja, sentirmos menos raiva, menos irritação, menos impaciência, entre tanto outros sentimentos inferiores que nos afligem e que muitas vezes, não é tarefa fácil, controlá-los e vencê-los.
Entretanto, nem sempre aproveitamos a encarnação actual de forma satisfatória, pois como mencionado por Mauro Kwitko, em sua obra “Como aproveitar sua encarnação”, “(…) nossa sociedade é baseada no passatempo e não no aproveita-o-tempo.”.
Esquecemos que viemos para a Terra a fim de nos melhorarmos, curar nosso medos, fobias, sentimentos inferiores, pois nos iludimos com os rótulos e cascas, esquecemos, também, que somos seres espirituais, uma consciência, vivendo uma experiência material e pensamos erroneamente que somos a “casca”.
Desta forma, nos desequilibramos, nos desconectamos da Fonte e, na maioria das vezes por situações quotidianas, de pouca relevância, damos maior importância às aparências, bens materiais e deixamos de cuidar de nossa mente e espírito.
Somente quando a dor bate à nossa porta, revemos esses aspectos deixados de lado e que são de extrema relevância.
Contudo, importante mencionar que a “casca” também é importante, pois é a morada de nossa consciência, o veículo pelo qual seguimos na jornada evolutiva, a qual devemos respeito e cuidados.
Outro factor que dificulta nossa jornada evolutiva é o facto de nos fazermos de vítimas das situações, encontrando culpados para justificamos nossos sentimentos e emoções inferiores.
Esquecemos que a família é a união de espíritos unidos por laços kármicos e de afinidade e, em conformidade com a Lei do Retorno (karma) o que nos acontece nesta actual encarnação é consequência de como “agimos e sentimos” em outras existências, isto é, de acordo com nosso merecimento.
Além disso, os actuais pais, irmãos e pessoas próximas foram feitos sob medida e escolhidos por nós antes de voltarmos à Terra, a fim de nos auxiliar na jornada evolutiva.
Ademais, nossa personalidade é congénita, não é formada na infância, mas aflorada neste período.
A infância não é o início de tudo, pois já nascemos com uma personalidade, à medida que nossa alma é imortal.
Assim, para nossas inferioridades serem curadas existem os “gatilhos”, aquelas pessoas que fazem com que os sentimentos negativos (inferioridades) aflorem, possibilitando, desta forma, a cura dos mesmos.
E, se não fosse desta maneira, como iríamos curar nossa raiva, por exemplo, se não sabemos que temos que curar este sentimento, se ninguém nos faz sentir raiva?
Por isso, temos que agradecer a Deus por colocar estes gatilhos em nosso caminho, que nos fazer perceber o quanto somos seres imperfeitos, alunos repetente e precisamos purificar e melhorar nosso espírito.
Isso porque, muitas vezes encarnamos diversas vezes, até séculos, a fim de curar um sentimento inferior.
E normalmente, os sentimentos inferiores são os mais fortes, mais difíceis de dominar, pois podem estar connosco a séculos, milénios, talvez.
Assim, se sentimos raiva, viemos curar a raiva, se sentimos carência, viemos curar a carência, se sentimos medo, viemos curar medo e, assim por diante.
É por isso que estamos aqui encarnados, neste momento tão importante e, quando começamos a entender a razão dos acontecimentos, pessoas e situações presentes à nossa volta, sem nos fazermos de “vítimas”, a jornada evolutiva se torna mais leve e feliz e nos tornamos pessoas mais conscientes e despertas para as necessidades da alma.
Fonte: Luz da Serra
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INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE
Kardec, em "O Livro dos Médiuns" (2ª Parte, cap. XVIII, itens 221 e 222), esclarece que "a faculdade mediúnica é por vezes um estado anómalo, mas não patológico.
Há médiuns de saúde vigorosa; os doentes o são por outros motivos".
O exercício da faculdade mediúnica, como outro qualquer, quando não disciplinado ou bem orientado pode ocasionar perigos e inconvenientes; a mediunidade de efeitos físicos, por despender maior quantidade de fluidos, se trabalhada continuamente, pode levar o médium à fadiga.
No entanto, essa fadiga, facilmente recuperável com o repouso, diz respeito aos seus órgãos corporais e não ao seu Espírito.
"Há casos em que é prudente, necessária mesmo, a abstenção, ou, pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium."
"Há pessoas que devem evitar quaisquer causas de super-excitação, e a prática mediúnica seria uma delas."
"Os médiuns muito sensíveis devem procurar abster-se das comunicações com Espíritos violentos, devido ao cansaço resultante"
(LM, 2.a Parte, cap. XVI, item 188).
"Os médiuns velozes, quando identificados com os Espíritos, escrevem com muita rapidez, o que não seria possível em seu estado normal, despendendo assim grande quantidade de fluido, do que também resulta fadiga"
(LM, 2ª.Parte, cap. XVI, item 194).
O desconhecimento da Doutrina Espírita leva algumas pessoas a julgar que a prática da mediunidade pode conduzir o médium à loucura.
No entanto, isto não acontecerá, se não houver já uma predisposição para isso.
Quando este facto acontece, o que facilmente se identifica pelas condições psíquicas e mentais da pessoa, deve,se procurar ter os cuidados necessários, para evitar qualquer abalo que seria prejudicial.
Muitas vezes, essa predisposição existente tem como causa a fraqueza moral, que torna a criatura sem forças para suportar o desespero, a mágoa, o medo, etc.
Como toda criatura possui mediunidade, as crianças também estão nestas condições.
Porém os Espíritos orientam (LM, 2ª.Parte, cap. XVIII, perg. 221, § 6°) "que é muito perigoso" o desenvolvimento da mediunidade na infância, "porque esses organismos frágeis, delicados, seriam muito abalados e sua imaginação infantil ficaria superexcitada".
Existem casos em que a vidência, os fenómenos de efeitos físicos, e mesmo a escrita são espontâneos, são naturais nas crianças; isto não é inconveniente, é natural.
Porém elas não devem ser estimuladas.
A prudência dos pais deverá afastá-las dessas ideias; no entanto, os pais orientarão quanto à moral trazida pelos ensinamentos dos Espíritos, preparando-as para a vida adulta, dentro do conhecimento doutrinário.
Não há idade precisa para a prática da mediunidade, que depende inteiramente do desenvolvimento físico, moral e, particularmente, do psíquico.
O exercício da mediunidade na criança requer cuidados e conhecimentos, para que não haja enganos por parte de Espíritos mistificadores.
Se os adultos são muitas vezes enganados por esses Espíritos, a infância e a juventude, pelas suas inexperiências, estarão muito mais sujeitas a eles.
O recolhimento e a seriedade são condições essenciais para se tratar com Espíritos.
Como uma criança ainda não possui esses discernimentos é imperioso que a vigilância seja exercida sobre ela, para que não tome o fenómeno por um brinquedo.
A mediunidade deve ser evitada, por todos os meios possíveis, em criaturas que tiverem dado as menores demonstrações de excentricidade nas ideias ou enfraquecimento das faculdades mentais, preservando-se, assim, o Espiritismo dessa responsabilidade, como também a saúde mental da criatura.
Há médiuns de saúde vigorosa; os doentes o são por outros motivos".
O exercício da faculdade mediúnica, como outro qualquer, quando não disciplinado ou bem orientado pode ocasionar perigos e inconvenientes; a mediunidade de efeitos físicos, por despender maior quantidade de fluidos, se trabalhada continuamente, pode levar o médium à fadiga.
No entanto, essa fadiga, facilmente recuperável com o repouso, diz respeito aos seus órgãos corporais e não ao seu Espírito.
"Há casos em que é prudente, necessária mesmo, a abstenção, ou, pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium."
"Há pessoas que devem evitar quaisquer causas de super-excitação, e a prática mediúnica seria uma delas."
"Os médiuns muito sensíveis devem procurar abster-se das comunicações com Espíritos violentos, devido ao cansaço resultante"
(LM, 2.a Parte, cap. XVI, item 188).
"Os médiuns velozes, quando identificados com os Espíritos, escrevem com muita rapidez, o que não seria possível em seu estado normal, despendendo assim grande quantidade de fluido, do que também resulta fadiga"
(LM, 2ª.Parte, cap. XVI, item 194).
O desconhecimento da Doutrina Espírita leva algumas pessoas a julgar que a prática da mediunidade pode conduzir o médium à loucura.
No entanto, isto não acontecerá, se não houver já uma predisposição para isso.
Quando este facto acontece, o que facilmente se identifica pelas condições psíquicas e mentais da pessoa, deve,se procurar ter os cuidados necessários, para evitar qualquer abalo que seria prejudicial.
Muitas vezes, essa predisposição existente tem como causa a fraqueza moral, que torna a criatura sem forças para suportar o desespero, a mágoa, o medo, etc.
Como toda criatura possui mediunidade, as crianças também estão nestas condições.
Porém os Espíritos orientam (LM, 2ª.Parte, cap. XVIII, perg. 221, § 6°) "que é muito perigoso" o desenvolvimento da mediunidade na infância, "porque esses organismos frágeis, delicados, seriam muito abalados e sua imaginação infantil ficaria superexcitada".
Existem casos em que a vidência, os fenómenos de efeitos físicos, e mesmo a escrita são espontâneos, são naturais nas crianças; isto não é inconveniente, é natural.
Porém elas não devem ser estimuladas.
A prudência dos pais deverá afastá-las dessas ideias; no entanto, os pais orientarão quanto à moral trazida pelos ensinamentos dos Espíritos, preparando-as para a vida adulta, dentro do conhecimento doutrinário.
Não há idade precisa para a prática da mediunidade, que depende inteiramente do desenvolvimento físico, moral e, particularmente, do psíquico.
O exercício da mediunidade na criança requer cuidados e conhecimentos, para que não haja enganos por parte de Espíritos mistificadores.
Se os adultos são muitas vezes enganados por esses Espíritos, a infância e a juventude, pelas suas inexperiências, estarão muito mais sujeitas a eles.
O recolhimento e a seriedade são condições essenciais para se tratar com Espíritos.
Como uma criança ainda não possui esses discernimentos é imperioso que a vigilância seja exercida sobre ela, para que não tome o fenómeno por um brinquedo.
A mediunidade deve ser evitada, por todos os meios possíveis, em criaturas que tiverem dado as menores demonstrações de excentricidade nas ideias ou enfraquecimento das faculdades mentais, preservando-se, assim, o Espiritismo dessa responsabilidade, como também a saúde mental da criatura.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Diz Edgard Armond, em "Mediunidade", cap. 20, que "Moléstias de toda ordem, que resistem aos mais acurados tratamentos; alterações físicas incompreensíveis de causas impalpáveis que desafiam a competência e a argúcia da Medicina; complicações as mais variadas, com reflexos na vida subjectiva" ... e, ainda "angústias, depressões, ou alterações, já do mundo mental, como temores, misantropia, alheamento à vida, manias, amnésias etc" enfim, todas estas perturbações, numa ampla proporção, existe sempre esse factor mediunidade, como causa determinante e, portanto, passível de regularização".
"Muita gente toma, assim, o efeito pela causa.
Não é o exercício da mediunidade que traz inconvenientes ou perigos " saúde das pessoas, mas a sua abstenção é que gera os desequilíbrios.
Cabe a cada um descobrir as causas de suas aflições, tornando-se médico de si mesmo, para tornar-se o arquitecto de seu próprio destino, porquanto o estudo constante, o trabalho, o devotamento ao bem e a vigilância auxiliam o homem e o previnem contra os desequilíbrios no exercício da mediunidade.
Diz Emmanuel (no livro "Roteiro", cap. 36) que "não há bom médium, sem homem bom.
Não há manifestação de grandeza do Céu, no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra.
Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir".
Mulher Grávida: Participará das Reuniões apenas para receber energias positivas.
Todos os fluidos magnéticos serão direccionados ao feto que irá renascer.
Analfabetos: Poderão trabalhar na mediunidade normalmente.
Não sabem ler, mas o importante é a pureza de coração e sentimentos de amor e fraternidade; e a boa vontade e alegria de servirem aos Mentores espirituais.
Bibliografia:
*1* LM. 2: Parte, Cap XVIII
*2* MEDIUNlDADE, cap. 20 - Edgard Armond.
*3* ROTEIRO, cap. 36 - Emmanuel.
*4* LE, Introdução. XV - A Loucura e suas Causas
§.§.§- Ave sem Ninho
"Muita gente toma, assim, o efeito pela causa.
Não é o exercício da mediunidade que traz inconvenientes ou perigos " saúde das pessoas, mas a sua abstenção é que gera os desequilíbrios.
Cabe a cada um descobrir as causas de suas aflições, tornando-se médico de si mesmo, para tornar-se o arquitecto de seu próprio destino, porquanto o estudo constante, o trabalho, o devotamento ao bem e a vigilância auxiliam o homem e o previnem contra os desequilíbrios no exercício da mediunidade.
Diz Emmanuel (no livro "Roteiro", cap. 36) que "não há bom médium, sem homem bom.
Não há manifestação de grandeza do Céu, no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra.
Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir".
Mulher Grávida: Participará das Reuniões apenas para receber energias positivas.
Todos os fluidos magnéticos serão direccionados ao feto que irá renascer.
Analfabetos: Poderão trabalhar na mediunidade normalmente.
Não sabem ler, mas o importante é a pureza de coração e sentimentos de amor e fraternidade; e a boa vontade e alegria de servirem aos Mentores espirituais.
Bibliografia:
*1* LM. 2: Parte, Cap XVIII
*2* MEDIUNlDADE, cap. 20 - Edgard Armond.
*3* ROTEIRO, cap. 36 - Emmanuel.
*4* LE, Introdução. XV - A Loucura e suas Causas
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VÍRUS DESTRUIDOR
A intriga é semelhante a um vírus destruidor que se multiplica rapidamente, aniquilando a organização de que se nutre.
Imiscui-se subtilmente e prolifera com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.
Com facilidade transfere-se de uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é próprio.
O intrigante, por sua vez, é enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.
É invejoso, e transfere-se da conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na intriga, mediante, a qual, denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso, porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das covardes assacadilhas...
Urde planos nefastos e mascara-se com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.
Sempre armados, a sua imaginação corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento.
São célebres na história da humanidade as intrigas palacianas...
Nas cortes, onde a frivolidade e o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.
Quase todas criaturas têm sido abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas nobres da execução dos seus elevados ideais.
Tronos são derruídos pela insídia da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que os asfixiam.
A intriga é irmã gêmea da traição que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.
Todo agrupamento social, político, académico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objectivos de os desagregar.
...E a intriga campeia a soldo da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.
O intrigante é instrumento dócil das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.
Movimenta-se com facilidade porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas vítimas.
Alegra-se ao ver os distúrbios que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas que a sua conduta reprochável dá lugar.
Encontra-se em toda parte, por constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência, nas observações distorcidas...
São necessários antídotos vigorosos para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para apagar os incêndios morais que provoca.
A intriga é semelhante a cupim que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos, até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.
Fecha os ouvidos à persuasiva palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria desdita.
Não passes adiante a informação infeliz que ele te transmite com o objectivo de envenenar-te o que, invariavelmente, consegue.
Abafa a intriga que te chega ao conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.
Desarma-te, em relação ao teu irmão, adquire auto-confiança e auto-consciência, que te instrumentalizam para não aceitares a morbidez da intriga destruidora.
Mesmo no colégio galileu, a intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em a negação de Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.
Sê fiel ao teu ideal, mantendo lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto à espiritual.
Imiscui-se subtilmente e prolifera com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.
Com facilidade transfere-se de uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é próprio.
O intrigante, por sua vez, é enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.
É invejoso, e transfere-se da conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na intriga, mediante, a qual, denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso, porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das covardes assacadilhas...
Urde planos nefastos e mascara-se com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.
Sempre armados, a sua imaginação corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento.
São célebres na história da humanidade as intrigas palacianas...
Nas cortes, onde a frivolidade e o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.
Quase todas criaturas têm sido abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas nobres da execução dos seus elevados ideais.
Tronos são derruídos pela insídia da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que os asfixiam.
A intriga é irmã gêmea da traição que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.
Todo agrupamento social, político, académico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objectivos de os desagregar.
...E a intriga campeia a soldo da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.
O intrigante é instrumento dócil das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.
Movimenta-se com facilidade porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas vítimas.
Alegra-se ao ver os distúrbios que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas que a sua conduta reprochável dá lugar.
Encontra-se em toda parte, por constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência, nas observações distorcidas...
São necessários antídotos vigorosos para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para apagar os incêndios morais que provoca.
A intriga é semelhante a cupim que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos, até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.
Fecha os ouvidos à persuasiva palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria desdita.
Não passes adiante a informação infeliz que ele te transmite com o objectivo de envenenar-te o que, invariavelmente, consegue.
Abafa a intriga que te chega ao conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.
Desarma-te, em relação ao teu irmão, adquire auto-confiança e auto-consciência, que te instrumentalizam para não aceitares a morbidez da intriga destruidora.
Mesmo no colégio galileu, a intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em a negação de Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.
Sê fiel ao teu ideal, mantendo lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto à espiritual.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Não agasalhes informações nefastas, deixando-te contaminar pelo morbo sempre activo da intriga.
Respeita a concha dos teus ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.
Aqueles que se permitem criar embaraços ao seu próximo, acusando-os indevidamente, tecendo as redes das informações malsãs, vigiando-os de forma implacável, empurrando-os na direcção do abismo do desânimo e do sofrimento, tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.
São as mãos invisíveis que os asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da evolução.
Se alguém, por acaso, não corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a beleza nem o significado da amizade legítima.
Em qualquer circunstância, sê aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam os teus dias na viagem abençoada pela Terra.
Divulga o bem e canta a glória da afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria defluente dos deveres rectamente cumpridos.
Embora aceito pelos frívolos, o intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o carácter e percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.
O que fazem com os outros, certamente farão contigo, sem compaixão. * Jesus recomendou a vigilância e a oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.
Vigia as nascentes do coração para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás, arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.
Intriga, jamais!
* Joanna de Ângelis. *
§.§.§- Ave sem Ninho
Respeita a concha dos teus ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.
Aqueles que se permitem criar embaraços ao seu próximo, acusando-os indevidamente, tecendo as redes das informações malsãs, vigiando-os de forma implacável, empurrando-os na direcção do abismo do desânimo e do sofrimento, tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.
São as mãos invisíveis que os asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da evolução.
Se alguém, por acaso, não corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a beleza nem o significado da amizade legítima.
Em qualquer circunstância, sê aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam os teus dias na viagem abençoada pela Terra.
Divulga o bem e canta a glória da afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria defluente dos deveres rectamente cumpridos.
Embora aceito pelos frívolos, o intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o carácter e percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.
O que fazem com os outros, certamente farão contigo, sem compaixão. * Jesus recomendou a vigilância e a oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.
Vigia as nascentes do coração para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás, arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.
Intriga, jamais!
* Joanna de Ângelis. *
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O PERISPÍRITO E SUAS MODELAÇÕES
Como será o tecido subtil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?
Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.
Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o insecto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.
O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestimenta se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.
Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.
O crescimento intelectual, com intensa capacidade de acção, pode pertencer a inteligências perversas.
Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.
Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para dominar no ambiente em que se equilibram.
Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.
Os “anjos caídos” não passam de grandes génios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.
Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.
Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.
A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.
A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.
O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.
Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente.
Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.
* Emmanuel - In “Roteiro” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier. *
§.§.§- Ave sem Ninho
Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.
Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o insecto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.
O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestimenta se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.
Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.
O crescimento intelectual, com intensa capacidade de acção, pode pertencer a inteligências perversas.
Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.
Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para dominar no ambiente em que se equilibram.
Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.
Os “anjos caídos” não passam de grandes génios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.
Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.
Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.
A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.
A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.
O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.
Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente.
Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.
* Emmanuel - In “Roteiro” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier. *
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CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
6. Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade.
Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família.
Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho:
as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
Os que nascem nessas condições, certamente nada fizeram na existência actual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e que os põe à mercê da comiseração pública.
Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo tecto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?
Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos?
Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e QUE SERIAM A NEGAÇÃO DA BONDADE, DA JUSTIÇA E DA PROVIDÊNCIA DE DEUS, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra.
QUE FIZERAM ESSAS ALMAS, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem, nem o mal?
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual TODO EFEITO TEM UMA CAUSA, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um DEUS JUSTO, essa causa também há de ser justa.
Ora, AO EFEITO PRECEDENDO SEMPRE A CAUSA, SE ESTA NÃO SE ENCONTRA NA VIDA ACTUAL, HÁ DE SER ANTERIOR A ESSA VIDA, isto é, HÁ DE ESTAR NUMA EXISTÊNCIA PRECEDENTE.
Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, SE SOMOS PUNIDOS, É QUE FIZEMOS O MAL; se esse mal não o fizemos na presente vida, FIZEMOS EM OUTRA.
É uma alternativa inescapável e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.
O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência actual; mas NÃO ESCAPA NUNCA `AS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS FALTAS. A PROSPERIDADE DO MAU É APENAS MOMENTÂNEA; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que isto sofre ESTÁ EXPIANDO O SEU PASSADO.
O INFORTÚNIO QUE, à primeira vista, PARECE IMERECIDO ENTÃO EM SUA RAZÃO DE SER, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer:
“Perdoa-me, Senhor, porque pequei.”
O Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos .
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família.
Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho:
as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
Os que nascem nessas condições, certamente nada fizeram na existência actual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e que os põe à mercê da comiseração pública.
Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo tecto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?
Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos?
Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e QUE SERIAM A NEGAÇÃO DA BONDADE, DA JUSTIÇA E DA PROVIDÊNCIA DE DEUS, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra.
QUE FIZERAM ESSAS ALMAS, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem, nem o mal?
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual TODO EFEITO TEM UMA CAUSA, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um DEUS JUSTO, essa causa também há de ser justa.
Ora, AO EFEITO PRECEDENDO SEMPRE A CAUSA, SE ESTA NÃO SE ENCONTRA NA VIDA ACTUAL, HÁ DE SER ANTERIOR A ESSA VIDA, isto é, HÁ DE ESTAR NUMA EXISTÊNCIA PRECEDENTE.
Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, SE SOMOS PUNIDOS, É QUE FIZEMOS O MAL; se esse mal não o fizemos na presente vida, FIZEMOS EM OUTRA.
É uma alternativa inescapável e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.
O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência actual; mas NÃO ESCAPA NUNCA `AS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS FALTAS. A PROSPERIDADE DO MAU É APENAS MOMENTÂNEA; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que isto sofre ESTÁ EXPIANDO O SEU PASSADO.
O INFORTÚNIO QUE, à primeira vista, PARECE IMERECIDO ENTÃO EM SUA RAZÃO DE SER, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer:
“Perdoa-me, Senhor, porque pequei.”
O Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos .
Mac Brenda .
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O ESPÍRITO DA MALDADE
O Espírito da Maldade, que promove aflições para muita gente, vendo, em determinada manhã, um ninho de pássaros felizes, projectou destruir as pobres aves.
A mãezinha alada, muito contente, acariciava os filhotinhos, enquanto o papai voava, à procura de alimento.
O Espírito da Maldade notou aquela imensa alegria e exasperou-se.
Mataria todos os passarinhos, pensou consigo.
Para isto, no entanto, necessitava de alguém que o auxiliasse.
Aquela acção exigia mãos humanas.
Começou, então, a buscar a companhia das crianças.
Quem sabe algum menino poderia obedecê-lo?
Foi a casa de Joãozinho, filho de Dona Laura, mas Joãozinho estava muito ocupado na assistência ao irmão menor, e, como o Espírito da Maldade somente pode arruinar as pessoas insinuando-se pelo pensamento, não encontrou meios de dominar a cabeça de João.
Correu à residência de Zelinha, filha de Dona Carlota.
Encontrou a menina trabalhando, muito atenciosa, numa blusa de tricô, sob a orientação materna, e, em vista de achar-lhe o cérebro tão cheio das ideias de agulha, fios de lã e peça por acabar, não conseguiu transmitir-lhe o propósito infeliz.
Dirigiu-se, então, à chácara do senhor Vitalino, a observar se o Quincas, filho dele, estava em condições de servi-lo.
Mas Quincas, justamente nessa hora, mantinha-se, obediente, sob as ordens do papai, plantando várias mudas de laranjeiras e tão alegre se encontrava, a meditar na bondade da chuva e nas laranjas do futuro, que nem de leve percebeu as ideias venenosas que o Espírito da Maldade lhe soprava na cabeça.
Reconhecendo a impossibilidade de absorvê-lo, o génio do mal lembrou-se de Marquinhos, o filho de Dona Conceição.
Marquinhos era muito mimado pela mãe, que não o deixava trabalhar e lhe protegia a vadiagem.
Tinha doze anos bem feitos e vivia de casa em casa a reinar na preguiça.
O Espírito da Maldade procurou-o e encontrou-o, à porta de um botequim, com enorme cigarro à boca.
As mãos dele estavam desocupadas e a cabeça vaga.
- "Vamos matar passarinhos?" - disse o espírito horrível aos ouvidos do preguiçoso.
Marquinhos não escutou em forma de voz, mas ouviu em forma de ideia.
Saiu, de repente, com um desejo incontrolável de encontrar avezinhas para a matança.
O Espírito da Maldade, sem que ele o percebesse, conduziu-o, facilmente, até à árvore em que o ninho feliz recebia as carícias do vento.
O menino, a pedradas criminosas, aniquilou pai, mãe e filhotinhos.
O génio sombrio tomara-lhe as mãos e, após o assassínio das aves, levou-o a cometer muitas faltas que lhe prejudicaram a vida, por muitos e muitos anos.
Somente mais tarde é que Marquinhos compreendeu que o Espírito da Maldade somente pode agir, no mundo, por intermédio de meninos vadios ou de homens e mulheres votados à preguiça e ao mal.
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB. Capítulo 48.
§.§.§- Ave sem Ninho
A mãezinha alada, muito contente, acariciava os filhotinhos, enquanto o papai voava, à procura de alimento.
O Espírito da Maldade notou aquela imensa alegria e exasperou-se.
Mataria todos os passarinhos, pensou consigo.
Para isto, no entanto, necessitava de alguém que o auxiliasse.
Aquela acção exigia mãos humanas.
Começou, então, a buscar a companhia das crianças.
Quem sabe algum menino poderia obedecê-lo?
Foi a casa de Joãozinho, filho de Dona Laura, mas Joãozinho estava muito ocupado na assistência ao irmão menor, e, como o Espírito da Maldade somente pode arruinar as pessoas insinuando-se pelo pensamento, não encontrou meios de dominar a cabeça de João.
Correu à residência de Zelinha, filha de Dona Carlota.
Encontrou a menina trabalhando, muito atenciosa, numa blusa de tricô, sob a orientação materna, e, em vista de achar-lhe o cérebro tão cheio das ideias de agulha, fios de lã e peça por acabar, não conseguiu transmitir-lhe o propósito infeliz.
Dirigiu-se, então, à chácara do senhor Vitalino, a observar se o Quincas, filho dele, estava em condições de servi-lo.
Mas Quincas, justamente nessa hora, mantinha-se, obediente, sob as ordens do papai, plantando várias mudas de laranjeiras e tão alegre se encontrava, a meditar na bondade da chuva e nas laranjas do futuro, que nem de leve percebeu as ideias venenosas que o Espírito da Maldade lhe soprava na cabeça.
Reconhecendo a impossibilidade de absorvê-lo, o génio do mal lembrou-se de Marquinhos, o filho de Dona Conceição.
Marquinhos era muito mimado pela mãe, que não o deixava trabalhar e lhe protegia a vadiagem.
Tinha doze anos bem feitos e vivia de casa em casa a reinar na preguiça.
O Espírito da Maldade procurou-o e encontrou-o, à porta de um botequim, com enorme cigarro à boca.
As mãos dele estavam desocupadas e a cabeça vaga.
- "Vamos matar passarinhos?" - disse o espírito horrível aos ouvidos do preguiçoso.
Marquinhos não escutou em forma de voz, mas ouviu em forma de ideia.
Saiu, de repente, com um desejo incontrolável de encontrar avezinhas para a matança.
O Espírito da Maldade, sem que ele o percebesse, conduziu-o, facilmente, até à árvore em que o ninho feliz recebia as carícias do vento.
O menino, a pedradas criminosas, aniquilou pai, mãe e filhotinhos.
O génio sombrio tomara-lhe as mãos e, após o assassínio das aves, levou-o a cometer muitas faltas que lhe prejudicaram a vida, por muitos e muitos anos.
Somente mais tarde é que Marquinhos compreendeu que o Espírito da Maldade somente pode agir, no mundo, por intermédio de meninos vadios ou de homens e mulheres votados à preguiça e ao mal.
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB. Capítulo 48.
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REFLEXÕES SOBRE A HUMILDADE
A humildade é uma virtude de difícil aquisição, por exigir esforço para superar-se os instintos que predominam em a natureza humana, especialmente o da sobrevivência.
Ao materialismo devem-se muitos males, entre os quais aqueles que defluem dos estímulos e aplicações pedagógicas em favor do ego e das suas mazelas.
Há uma preocupação ancestral dedicada à formação do carácter que privilegia a força pessoal, o destaque, a independência, o poder.
Essa preocupação em torno dos falsos conceitos de que o homem não chora, o forte prevalece,o vitorioso é aquele que soube resguardar-se, distante dos problemas alheios, demonstra que esses são elementos perniciosos e que se opõem à humildade.
Cuida-se de condicionar o educando à presunção, ao orgulho das suas conquistas em detrimento da fragilidade de que todos os seres são formados.
Uma insignificante picada de um instrumento infectado interrompe uma vida esplendorosa e um ser triunfante.
Modesto mosquito transmite vírus terríveis que devoram existências poderosas.
Bastaria ligeira reflexão para a criatura humana dar-se conta da sua fraqueza ante as forças da Vida e os factores destrutivos que pululam em toda parte.
No sentido inverso, a grandeza cósmica que o deslumbra, pode dar-lhe dimensão da sua pequenez, levando-o a considerações profundas quanto ao significado existencial.
A humildade é virtude essencial para uma jornada feliz na Terra.
Mediante a sua presença, percebe-se quanto se deve trabalhar o íntimo para aformosear-se as aspirações e avançar-se na solidariedade como fundamental comportamento para o equilíbrio.
Analisando-se as conquistas conseguidas pela ciência e tecnologia, ao invés da presunção ingénua, perceber o infinito de possibilidades a conhecer e de enigmas a solucionar.
O deslumbramento inicial pode levar o rei da criação, dito ser a criatura humana, a esse estado de orgulho infantil que o ilude a respeito dos poderes que lhe estão ao alcance das mãos para a glória e o prazer, sempre relativos, da sua breve caminhada entre o berço e o túmulo.
A vã ilusão de potência e domínio na mocidade e idade adulta dilui-se quando as energias diminuem na velhice e nos períodos de enfermidade, confirmando-lhe a fragilidade acima de toda e qualquer robustez.
A maioria dos Hércules e Vénus do culto ao corpo, passado o período específico dos desportos e dos exercícios exaustivos, da alimentação sob rígido controle, tomba nos graves problemas cardiológicos e outros que o excesso de técnicas e de substâncias que contribuem para a beleza exterior, que agora se transforma em degenerescência e debilidade.
A experiência terrestre tem como essencial a finalidade do auto-descobrimento, do sentido de existir, do desenvolvimento da inteligência e do Ser profundo.
Utilizar-se das ocorrências para aprimorar-se é o programa da Vida para todos.
Jesus, que é o protótipo da perfeição e da beleza de que se tem notícia, apagou a Sua grandeza na humildade para ensinar a vitória sobre as paixões inferiores.
Deu o exemplo máximo da Sua elevação na última ceia quando, cingindo-se com uma toalha, lavou os pés dos discípulos, demonstrando que sendo o Senhor fazia-se servo para todos.
Incompreendido por Pedro, que se Lhe recusara, explicou-Lhe que se o não fizesse nada teria com Ele, e o apóstolo emocionado entregou-se-Lhe em totalidade.
A grandeza do Seu gesto demonstra a força moral, o Seu poder de servir, deixando a lição perene como advertência e orientação.
Cuida de penetrar-te até às nascentes do coração, para que a mosca azul da vaidade não pouse na tua insignificância.
Busca a simplicidade e a compreensão existenciais, tendo em vista que tudo mais é transitório e tem somente o valor que lhe atribuis.
Faze-te acessível e atento para aprender com os pobres de espírito a forma de enriquecer-te de humildade e de paz.
Ao materialismo devem-se muitos males, entre os quais aqueles que defluem dos estímulos e aplicações pedagógicas em favor do ego e das suas mazelas.
Há uma preocupação ancestral dedicada à formação do carácter que privilegia a força pessoal, o destaque, a independência, o poder.
Essa preocupação em torno dos falsos conceitos de que o homem não chora, o forte prevalece,o vitorioso é aquele que soube resguardar-se, distante dos problemas alheios, demonstra que esses são elementos perniciosos e que se opõem à humildade.
Cuida-se de condicionar o educando à presunção, ao orgulho das suas conquistas em detrimento da fragilidade de que todos os seres são formados.
Uma insignificante picada de um instrumento infectado interrompe uma vida esplendorosa e um ser triunfante.
Modesto mosquito transmite vírus terríveis que devoram existências poderosas.
Bastaria ligeira reflexão para a criatura humana dar-se conta da sua fraqueza ante as forças da Vida e os factores destrutivos que pululam em toda parte.
No sentido inverso, a grandeza cósmica que o deslumbra, pode dar-lhe dimensão da sua pequenez, levando-o a considerações profundas quanto ao significado existencial.
A humildade é virtude essencial para uma jornada feliz na Terra.
Mediante a sua presença, percebe-se quanto se deve trabalhar o íntimo para aformosear-se as aspirações e avançar-se na solidariedade como fundamental comportamento para o equilíbrio.
Analisando-se as conquistas conseguidas pela ciência e tecnologia, ao invés da presunção ingénua, perceber o infinito de possibilidades a conhecer e de enigmas a solucionar.
O deslumbramento inicial pode levar o rei da criação, dito ser a criatura humana, a esse estado de orgulho infantil que o ilude a respeito dos poderes que lhe estão ao alcance das mãos para a glória e o prazer, sempre relativos, da sua breve caminhada entre o berço e o túmulo.
A vã ilusão de potência e domínio na mocidade e idade adulta dilui-se quando as energias diminuem na velhice e nos períodos de enfermidade, confirmando-lhe a fragilidade acima de toda e qualquer robustez.
A maioria dos Hércules e Vénus do culto ao corpo, passado o período específico dos desportos e dos exercícios exaustivos, da alimentação sob rígido controle, tomba nos graves problemas cardiológicos e outros que o excesso de técnicas e de substâncias que contribuem para a beleza exterior, que agora se transforma em degenerescência e debilidade.
A experiência terrestre tem como essencial a finalidade do auto-descobrimento, do sentido de existir, do desenvolvimento da inteligência e do Ser profundo.
Utilizar-se das ocorrências para aprimorar-se é o programa da Vida para todos.
Jesus, que é o protótipo da perfeição e da beleza de que se tem notícia, apagou a Sua grandeza na humildade para ensinar a vitória sobre as paixões inferiores.
Deu o exemplo máximo da Sua elevação na última ceia quando, cingindo-se com uma toalha, lavou os pés dos discípulos, demonstrando que sendo o Senhor fazia-se servo para todos.
Incompreendido por Pedro, que se Lhe recusara, explicou-Lhe que se o não fizesse nada teria com Ele, e o apóstolo emocionado entregou-se-Lhe em totalidade.
A grandeza do Seu gesto demonstra a força moral, o Seu poder de servir, deixando a lição perene como advertência e orientação.
Cuida de penetrar-te até às nascentes do coração, para que a mosca azul da vaidade não pouse na tua insignificância.
Busca a simplicidade e a compreensão existenciais, tendo em vista que tudo mais é transitório e tem somente o valor que lhe atribuis.
Faze-te acessível e atento para aprender com os pobres de espírito a forma de enriquecer-te de humildade e de paz.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Faz-te acessível e atento para aprender com os pobres de espírito a forma de enriquecer-te de humildade e de paz.
Nunca disputes projecção e destaque, recordando o ensinamento de Jesus, quando informou que os primeiros serão os últimos e estes serão os primeiros.
Afeiçoa-te ao anonimato, não deixando sinais do bem que faças, a fim de que não sejas exaltado, qual ocorre com muitos fúteis e irresponsáveis, que são louvados e bajulados sem mérito real.
Mas não penses que humildade é menosprezo, desconsideração por si mesmo, subalternidade, escondendo conflitos de inferioridade.
A verdadeira humildade permite o auto-conhecimento em torno dos valores que são legítimos no ser, sem os exaltar nem se engrandecer, compreendendo o quanto ainda necessitas para atingir o ideal, tendo o prazer de sacrificar-se pelo conseguir.
Muitos Espíritos reencarnaram-se com nobres missões e falharam, porque se ensoberbeceram e se permitiram as glórias terrenas que os frustraram, abandonando-os na etapa final da vida.
Recorda-te daqueles outros que se apagaram na humildade, adoptando o sacrifício e a abnegação, edificando o bem em vidas incontáveis.
Bem-aventurados os humildes de coração e ricos de amor, porque eles fruirão a plenitude.
(Joanna de Ângelis /Psic. Divaldo Franco, na reunião mediúnica 10 de agosto de 2015, no C Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia)
§.§.§- Ave sem Ninho
Nunca disputes projecção e destaque, recordando o ensinamento de Jesus, quando informou que os primeiros serão os últimos e estes serão os primeiros.
Afeiçoa-te ao anonimato, não deixando sinais do bem que faças, a fim de que não sejas exaltado, qual ocorre com muitos fúteis e irresponsáveis, que são louvados e bajulados sem mérito real.
Mas não penses que humildade é menosprezo, desconsideração por si mesmo, subalternidade, escondendo conflitos de inferioridade.
A verdadeira humildade permite o auto-conhecimento em torno dos valores que são legítimos no ser, sem os exaltar nem se engrandecer, compreendendo o quanto ainda necessitas para atingir o ideal, tendo o prazer de sacrificar-se pelo conseguir.
Muitos Espíritos reencarnaram-se com nobres missões e falharam, porque se ensoberbeceram e se permitiram as glórias terrenas que os frustraram, abandonando-os na etapa final da vida.
Recorda-te daqueles outros que se apagaram na humildade, adoptando o sacrifício e a abnegação, edificando o bem em vidas incontáveis.
Bem-aventurados os humildes de coração e ricos de amor, porque eles fruirão a plenitude.
(Joanna de Ângelis /Psic. Divaldo Franco, na reunião mediúnica 10 de agosto de 2015, no C Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Vacina contra a Obsessão
Sidney Fernandes
Finalmente Jerónimo encontrou seu velho inimigo, Fabrício, depois de décadas de procura, e agora iria se vingar do mal que ele causara, em vida anterior.
Lembrava-se muito bem dos longos anos que passara na prisão, determinada por Fabrício, ao decretar a longa pena, oriunda de processo criminal.
De nada adiantaram os esclarecimentos prestados pelos mentores espirituais que o acolheram, depois da sua morte, e lhe asseguraram que, como juiz de direito, aquele que considerava seu desafecto tão somente cumprira seu dever jurídico.
Em seu peito, havia apenas a sinistra intenção de desforra, que lhe carreava fortes sentimentos negativos.
Durante o tempo de procura, arquitectara detalhadamente o plano de vingança contra o oponente que o havia prejudicado e, sob o seu ponto de vista, provocado seu óbito, depois de longa doença contraída no cárcere.
Entre a teoria e a prática, no entanto, Jerónimo esbarrou em alguns obstáculos.
O envolvimento do rival, tão bem planeado, não se mostrou tão fácil quanto esperava.
Deparou-se com um opositor expansivo, optimista, descontraído, honesto e trabalhador.
Mais do que isso, por mais que procurasse, não encontrava qualquer brecha moral por onde pudesse se insinuar e perpetrar seus mórbidos planos.
O mais estranho é que Fabrício não apresentava qualquer sinal de remorso, característica de quem carrega vasto complexo de culpa.
Seu corpo espiritual, inexplicavelmente, encontrava-se em apreciável condição de equilíbrio, sem sinais do mal que se instala nos recessos do espírito de quem o concretiza.
— Será que os iluminados tinham razão e Fabrício era inocente? — articulava Jerónimo em seus pensamentos.
Impossível, ele haverá de pagar por tudo o que me fez!
A alma de Fabrício, todavia, parecia uma armadura indevassável.
Era modelo de virtude e de alegria, cumpridor de seus deveres profissionais, marido atencioso e pai extremado.
Resignado, o velho vingador já estava quase desistindo da empreitada maligna, quando aconteceu o desastre:
um flagelo destruidor, de largas proporções, com grande número de vítimas.
Os telejornais não falaram de outra coisa por noites seguidas.
As manchetes jornalísticas ocuparam os espaços mais nobres.
Os comentários das pessoas somente giraram em torno das dores, das mortes e dos sofredores.
O desastre ecológico era noticiário em várias partes do mundo e as pessoas foram cedendo ao bombardeio das sombras, da angústia e da tristeza.
E Fabrício contraiu o vírus da amargura.
Levado pela enxurrada da tormenta provocada por inúmeras pessoas lacrimosas e desavisadas, Fabrício acusou o golpe e adquiriu, da noite para o dia, a fragilidade emocional que caracteriza os incautos e invigilantes.
Um prato cheio para o obsessor que o aguardava, pacientemente, para lhe incutir suas sugestões macabras.
O fiel trabalhador, que agora era um trapo velho em pessoa, tornou-se extremamente vulnerável aos ataques de Jerónimo, que se preparava para desferir o golpe fatal, com a profundidade desejada.
Foi nessas condições que Fabrício adentrou os portais de sua residência, cabisbaixo, triste, negativo e choroso.
E então aconteceu o milagre.
Esperava-o a amiga e esposa Márcia, mãe dedicada, com o evangelho na mão, para, ao lado de seus filhinhos, realizarem a oração semanal.
Jerónimo ainda esboçou alguma reacção, tentando desfazer aquele círculo de luz que se formava no lar de Fabrício, mas era tarde demais.
As nuvens escuras que haviam sido cuidadosamente arquitectadas pelo obsessor começaram a se desfazer, como por encanto.
E o pior aconteceu para Jerónimo:
a oração inicial do evangelho no lar, proferida por doce criança de apenas sete aninhos, era dirigida aos sofredores da tragédia acontecida e para os infelizes desencarnados.
Aquela família estava orando por ele!
Agora fora a vez de Jerónimo acusar o golpe.
Mas, diferentemente de seu ataque, era um golpe de luz, de que se utilizaram os protectores daquele abençoado lar para envolvê-lo e, finalmente, fazê-lo entender que sua luta era injusta.
Estranhamente, Jerónimo não se apressou em dali fugir, ao sentir as cálidas vibrações que o envolviam e o faziam sentir-se, depois de muitos anos, pela primeira vez, em paz.
A lição da noite falou do combate à tristeza, aos pensamentos negativos e da incessante luta contra as raízes da amargura do coração.
E foi assim, nesse diapasão de harmonia, que Jerónimo se deixou conduzir pelas iluminadas entidades ali presentes, rumo a um novo destino que ali se iniciava.
Fiquemos com Neio Lúcio:
A projecção destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível e sublime do amor.
§.§.§- Ave sem Ninho
Finalmente Jerónimo encontrou seu velho inimigo, Fabrício, depois de décadas de procura, e agora iria se vingar do mal que ele causara, em vida anterior.
Lembrava-se muito bem dos longos anos que passara na prisão, determinada por Fabrício, ao decretar a longa pena, oriunda de processo criminal.
De nada adiantaram os esclarecimentos prestados pelos mentores espirituais que o acolheram, depois da sua morte, e lhe asseguraram que, como juiz de direito, aquele que considerava seu desafecto tão somente cumprira seu dever jurídico.
Em seu peito, havia apenas a sinistra intenção de desforra, que lhe carreava fortes sentimentos negativos.
Durante o tempo de procura, arquitectara detalhadamente o plano de vingança contra o oponente que o havia prejudicado e, sob o seu ponto de vista, provocado seu óbito, depois de longa doença contraída no cárcere.
Entre a teoria e a prática, no entanto, Jerónimo esbarrou em alguns obstáculos.
O envolvimento do rival, tão bem planeado, não se mostrou tão fácil quanto esperava.
Deparou-se com um opositor expansivo, optimista, descontraído, honesto e trabalhador.
Mais do que isso, por mais que procurasse, não encontrava qualquer brecha moral por onde pudesse se insinuar e perpetrar seus mórbidos planos.
O mais estranho é que Fabrício não apresentava qualquer sinal de remorso, característica de quem carrega vasto complexo de culpa.
Seu corpo espiritual, inexplicavelmente, encontrava-se em apreciável condição de equilíbrio, sem sinais do mal que se instala nos recessos do espírito de quem o concretiza.
— Será que os iluminados tinham razão e Fabrício era inocente? — articulava Jerónimo em seus pensamentos.
Impossível, ele haverá de pagar por tudo o que me fez!
A alma de Fabrício, todavia, parecia uma armadura indevassável.
Era modelo de virtude e de alegria, cumpridor de seus deveres profissionais, marido atencioso e pai extremado.
Resignado, o velho vingador já estava quase desistindo da empreitada maligna, quando aconteceu o desastre:
um flagelo destruidor, de largas proporções, com grande número de vítimas.
Os telejornais não falaram de outra coisa por noites seguidas.
As manchetes jornalísticas ocuparam os espaços mais nobres.
Os comentários das pessoas somente giraram em torno das dores, das mortes e dos sofredores.
O desastre ecológico era noticiário em várias partes do mundo e as pessoas foram cedendo ao bombardeio das sombras, da angústia e da tristeza.
E Fabrício contraiu o vírus da amargura.
Levado pela enxurrada da tormenta provocada por inúmeras pessoas lacrimosas e desavisadas, Fabrício acusou o golpe e adquiriu, da noite para o dia, a fragilidade emocional que caracteriza os incautos e invigilantes.
Um prato cheio para o obsessor que o aguardava, pacientemente, para lhe incutir suas sugestões macabras.
O fiel trabalhador, que agora era um trapo velho em pessoa, tornou-se extremamente vulnerável aos ataques de Jerónimo, que se preparava para desferir o golpe fatal, com a profundidade desejada.
Foi nessas condições que Fabrício adentrou os portais de sua residência, cabisbaixo, triste, negativo e choroso.
E então aconteceu o milagre.
Esperava-o a amiga e esposa Márcia, mãe dedicada, com o evangelho na mão, para, ao lado de seus filhinhos, realizarem a oração semanal.
Jerónimo ainda esboçou alguma reacção, tentando desfazer aquele círculo de luz que se formava no lar de Fabrício, mas era tarde demais.
As nuvens escuras que haviam sido cuidadosamente arquitectadas pelo obsessor começaram a se desfazer, como por encanto.
E o pior aconteceu para Jerónimo:
a oração inicial do evangelho no lar, proferida por doce criança de apenas sete aninhos, era dirigida aos sofredores da tragédia acontecida e para os infelizes desencarnados.
Aquela família estava orando por ele!
Agora fora a vez de Jerónimo acusar o golpe.
Mas, diferentemente de seu ataque, era um golpe de luz, de que se utilizaram os protectores daquele abençoado lar para envolvê-lo e, finalmente, fazê-lo entender que sua luta era injusta.
Estranhamente, Jerónimo não se apressou em dali fugir, ao sentir as cálidas vibrações que o envolviam e o faziam sentir-se, depois de muitos anos, pela primeira vez, em paz.
A lição da noite falou do combate à tristeza, aos pensamentos negativos e da incessante luta contra as raízes da amargura do coração.
E foi assim, nesse diapasão de harmonia, que Jerónimo se deixou conduzir pelas iluminadas entidades ali presentes, rumo a um novo destino que ali se iniciava.
Fiquemos com Neio Lúcio:
A projecção destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível e sublime do amor.
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Hipocrisia gourmet: os riscos de uma seita chamada Espiritismo.
E ele, respondendo, disse-lhes:
Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios,
Mas o seu coração está longe de mim;
Marcos 7:6
Talvez o número de revelações espirituais seja grande no mundo porque, com mais frequência do que desejaria nossa motivação de praticar o bem, temos pervertido e conspurcado grandes ensinamentos semeados ao longo da história.
Embora não seja passível de uma afirmação categórica, praticamente todas as grandes religiões surgiram a partir da experiência de espíritos maduros que, intuindo as Leis Naturais, as traduziram de acordo com a cultura e o tempo para seus companheiros.
Assim, a primeira geração da religião costuma ser vigorosa, profética.
Após a rolagem do tempo, porém, o que antes fora vigor tende a se transformar em rigorismo e os profetas, que são missionários sem formação institucionalizada e cumprem sua função por uma espécie de impulso íntimo, são lentamente substituídos pelo sacerdotes: doutores no texto e da língua.
O Espiritismo não possui sacerdotes, pelo menos não em sua feição original.
Não temos - ou não deveríamos ter - palestrantes, médiuns, espíritos ou dirigentes de instituições, que apenas pela função que ocupam temporariamente são tomados como referências absolutas da verdade.
Para o Espiritismo conforme organizado por Allan Kardec há apenas duas fontes de aprendizado seguro para os iniciantes:
o estudo dos fundamentos da nova ciência e a observação dos fatos espíritas, donde se poderia derivar princípios mais ou menos gerais capazes de sustentar a filosofia e a moral.
Deste modo seria ideal que o móvel para nossas acções se desse no campo da análise detida, da meditação profunda e da crítica fraterna, reconhecendo que a autoridade de um espírito ou de um espírita não é fruto de uma boa produção midiática, do número de livros que ele publicou ou pelo número de seguidores que fez ao longo da vida, essa autoridade advém, antes, da capacidade de efectivar transformação na visão de mundo de seus companheiros, reconhecendo-se sempre como mais um.
Nesta direcção o problema da hipocrisia é um ponto central.
Como disse uma vez Richard Simonetti, “os espíritas se odeiam fraternalmente” e esse ranço, que só é fruto do embaçamento mental e vaidoso de grupos e seus guias solapa, dia após dia, o que poderia ser uma unidade de princípios ampla no campo da prática espírita brasileira e mundial.
As divisões aumentam na medida em que não compreendemos a obra de Allan Kardec e, à guisa de auxílio, nos valemos de outros autores, por mais respeitáveis que sejam, para tentar edificar a fundação do Espiritismo em nós.
Com humildade e respeito é preciso dizer que se a casa onde habita sua prática espírita está construída sobre a obra de Léon Denis, Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne do Amaral Pereira ou outros nomes importantes do nosso movimento, cedo ou tarde ela sofrerá fissuras porque fundação em Espiritismo se chama Allan Kardec.
Todos os que vêm depois dele compõem paredes, telhado, acabamentos, enfim, acabamentos à obra de nossa morada espiritual.
Acredito que o exemplo seja claro.
Mas o que isso tem em relação à hipocrisia?
Ora, na medida em que não estamos seguros da base podemos descobrir que boa parte dos comportamentos aditados ante os nosso ídolos da caridade e da filantropia são belos, mas não possuem relação positiva com o Espiritismo.
Vejamos alguns exemplos:
Allan Kardec recusa, em o Livro dos Médiuns[1], várias mensagens atribuídas a espíritos renomados por não revelarem a elevação necessária, mesmo que bem redigidas.
Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios,
Mas o seu coração está longe de mim;
Marcos 7:6
Talvez o número de revelações espirituais seja grande no mundo porque, com mais frequência do que desejaria nossa motivação de praticar o bem, temos pervertido e conspurcado grandes ensinamentos semeados ao longo da história.
Embora não seja passível de uma afirmação categórica, praticamente todas as grandes religiões surgiram a partir da experiência de espíritos maduros que, intuindo as Leis Naturais, as traduziram de acordo com a cultura e o tempo para seus companheiros.
Assim, a primeira geração da religião costuma ser vigorosa, profética.
Após a rolagem do tempo, porém, o que antes fora vigor tende a se transformar em rigorismo e os profetas, que são missionários sem formação institucionalizada e cumprem sua função por uma espécie de impulso íntimo, são lentamente substituídos pelo sacerdotes: doutores no texto e da língua.
O Espiritismo não possui sacerdotes, pelo menos não em sua feição original.
Não temos - ou não deveríamos ter - palestrantes, médiuns, espíritos ou dirigentes de instituições, que apenas pela função que ocupam temporariamente são tomados como referências absolutas da verdade.
Para o Espiritismo conforme organizado por Allan Kardec há apenas duas fontes de aprendizado seguro para os iniciantes:
o estudo dos fundamentos da nova ciência e a observação dos fatos espíritas, donde se poderia derivar princípios mais ou menos gerais capazes de sustentar a filosofia e a moral.
Deste modo seria ideal que o móvel para nossas acções se desse no campo da análise detida, da meditação profunda e da crítica fraterna, reconhecendo que a autoridade de um espírito ou de um espírita não é fruto de uma boa produção midiática, do número de livros que ele publicou ou pelo número de seguidores que fez ao longo da vida, essa autoridade advém, antes, da capacidade de efectivar transformação na visão de mundo de seus companheiros, reconhecendo-se sempre como mais um.
Nesta direcção o problema da hipocrisia é um ponto central.
Como disse uma vez Richard Simonetti, “os espíritas se odeiam fraternalmente” e esse ranço, que só é fruto do embaçamento mental e vaidoso de grupos e seus guias solapa, dia após dia, o que poderia ser uma unidade de princípios ampla no campo da prática espírita brasileira e mundial.
As divisões aumentam na medida em que não compreendemos a obra de Allan Kardec e, à guisa de auxílio, nos valemos de outros autores, por mais respeitáveis que sejam, para tentar edificar a fundação do Espiritismo em nós.
Com humildade e respeito é preciso dizer que se a casa onde habita sua prática espírita está construída sobre a obra de Léon Denis, Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne do Amaral Pereira ou outros nomes importantes do nosso movimento, cedo ou tarde ela sofrerá fissuras porque fundação em Espiritismo se chama Allan Kardec.
Todos os que vêm depois dele compõem paredes, telhado, acabamentos, enfim, acabamentos à obra de nossa morada espiritual.
Acredito que o exemplo seja claro.
Mas o que isso tem em relação à hipocrisia?
Ora, na medida em que não estamos seguros da base podemos descobrir que boa parte dos comportamentos aditados ante os nosso ídolos da caridade e da filantropia são belos, mas não possuem relação positiva com o Espiritismo.
Vejamos alguns exemplos:
Allan Kardec recusa, em o Livro dos Médiuns[1], várias mensagens atribuídas a espíritos renomados por não revelarem a elevação necessária, mesmo que bem redigidas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Quantas vezes nós, como movimento, pudemos fazer o mesmo com os espíritos que nos auxiliam sob a forma de “guias” seja na casa espírita ou nos congressos?
Simplesmente por ter sido dito/ psicografado por este ou aquele médium as mensagens são isentas de equívocos?
Além disso, como lidar com problemas a respeito da cobrança e direitos autorais por parte de palestrantes que, divulgando o Espiritismo, criam plataformas de streaming pagas?
Ou então, com a realização de eventos custosos, em hotéis, sob propagandas nada elevadas, alegando-se que o recurso dos eventos seria destinado à manutenção de obras assistenciais, os fins justificam os meios?
Isso para não citar a mistura não ingénua entre terapeutas/médiuns/profissionais liberais que se apresentam com currículos longuíssimos antes de sua fala.
O que impacta no entendimento de quem escuta e ensina sobre o evangelho se o expositor é engenheiro, mecânico, desempregado ou professor?
Amigos, isso nunca esteve relacionado com o Espiritismo, nestas circunstâncias todos os ídolos são frágeis, e o pior, mesmo assim, adoramos o glamour de estar perto “do médium”, “do guia”, “da elite”.
Na Revista Espírita, em dezembro de 1863, o Espírito Erasto nos apresenta uma bela página a respeito do que ele identifica como os principais conflitos no seio do Espiritismo.
É fácil perceber a actualidade do pensamento no que tange aos médiuns respeitáveis, porém humanos:
Hoje vossas falanges engrossam a olhos vistos e vossos partidários se contam aos milhões.
Ora, em razão do número de adeptos, deslizam sob falsas máscaras os falsos irmãos dos quais ultimamente vos falou vosso presidente temporal.
Não que eu venha recomendar-vos que não sejam abertas vossas fileiras senão às ovelhas sem mancha e as novilhas brancas; não, porque, mais que todos os outros, os pecadores têm direito de encontrar entre vós um refúgio contra suas próprias imperfeições.
Mas aqueles dos quais vos aconselho que desconfieis são esses hipócritas perigosos, aos quais, à primeira vista, se é tentado e conceder toda a confiança.
Com o auxílio de uma atitude rígida, sob o olho observador das massas, eles conservam esse ar sério e digno que leva a dizerem deles:
“Que criaturas respeitáveis!” ao passo que, sob essa respeitabilidade aparente, por vezes se dissimulam a perfídia e a imoralidade.
Eles são acessíveis, obsequiosos, cheios de amenidades; eles insinuam-se nos interiores; eles entram voluntariamente na vida privada; eles escutam atrás das portas e se fazem surdos para escutar melhor; eles pressentem as inimizades, atiçam-nas e as alimentam; eles vão aos campos opostos, indagando, interrogando sobre cada um.
O que faz este?
De que vive aquele?
Quem é fulano?
Conheceis sua família?
Depois os vereis ir surdamente desfilar na sombra as pequenas maledicências que conseguiram recolher, tendo o cuidado de envenená-las com untuosas calúnias.
“São rumores em que a gente não acredita”, dizem eles, mas acrescentam:
“Onde há fumaça há fogo, etc., etc.”
A esses tartufos da encarnação reuni os tartufos da erraticidade e vereis, meus caros amigos, quanto tenho razão de vos aconselhar a agir, de agora em diante, com extrema reserva e de vos guardardes de toda imprudência e de todo entusiasmo irreflectido.[2]
Se não podemos alinhar estes comportamentos com o fundamentos extremamente simples do Espiritismo, como ainda investir em uma espécie de “guiismo” tão descarnado da lógica e do bom senso?
A resposta não é racional, porque racionalmente isso não tem sentido.
Na mediocridade de nossa carência humana, o sonho é ser amigo do rei…
Simplesmente por ter sido dito/ psicografado por este ou aquele médium as mensagens são isentas de equívocos?
Além disso, como lidar com problemas a respeito da cobrança e direitos autorais por parte de palestrantes que, divulgando o Espiritismo, criam plataformas de streaming pagas?
Ou então, com a realização de eventos custosos, em hotéis, sob propagandas nada elevadas, alegando-se que o recurso dos eventos seria destinado à manutenção de obras assistenciais, os fins justificam os meios?
Isso para não citar a mistura não ingénua entre terapeutas/médiuns/profissionais liberais que se apresentam com currículos longuíssimos antes de sua fala.
O que impacta no entendimento de quem escuta e ensina sobre o evangelho se o expositor é engenheiro, mecânico, desempregado ou professor?
Amigos, isso nunca esteve relacionado com o Espiritismo, nestas circunstâncias todos os ídolos são frágeis, e o pior, mesmo assim, adoramos o glamour de estar perto “do médium”, “do guia”, “da elite”.
Na Revista Espírita, em dezembro de 1863, o Espírito Erasto nos apresenta uma bela página a respeito do que ele identifica como os principais conflitos no seio do Espiritismo.
É fácil perceber a actualidade do pensamento no que tange aos médiuns respeitáveis, porém humanos:
Hoje vossas falanges engrossam a olhos vistos e vossos partidários se contam aos milhões.
Ora, em razão do número de adeptos, deslizam sob falsas máscaras os falsos irmãos dos quais ultimamente vos falou vosso presidente temporal.
Não que eu venha recomendar-vos que não sejam abertas vossas fileiras senão às ovelhas sem mancha e as novilhas brancas; não, porque, mais que todos os outros, os pecadores têm direito de encontrar entre vós um refúgio contra suas próprias imperfeições.
Mas aqueles dos quais vos aconselho que desconfieis são esses hipócritas perigosos, aos quais, à primeira vista, se é tentado e conceder toda a confiança.
Com o auxílio de uma atitude rígida, sob o olho observador das massas, eles conservam esse ar sério e digno que leva a dizerem deles:
“Que criaturas respeitáveis!” ao passo que, sob essa respeitabilidade aparente, por vezes se dissimulam a perfídia e a imoralidade.
Eles são acessíveis, obsequiosos, cheios de amenidades; eles insinuam-se nos interiores; eles entram voluntariamente na vida privada; eles escutam atrás das portas e se fazem surdos para escutar melhor; eles pressentem as inimizades, atiçam-nas e as alimentam; eles vão aos campos opostos, indagando, interrogando sobre cada um.
O que faz este?
De que vive aquele?
Quem é fulano?
Conheceis sua família?
Depois os vereis ir surdamente desfilar na sombra as pequenas maledicências que conseguiram recolher, tendo o cuidado de envenená-las com untuosas calúnias.
“São rumores em que a gente não acredita”, dizem eles, mas acrescentam:
“Onde há fumaça há fogo, etc., etc.”
A esses tartufos da encarnação reuni os tartufos da erraticidade e vereis, meus caros amigos, quanto tenho razão de vos aconselhar a agir, de agora em diante, com extrema reserva e de vos guardardes de toda imprudência e de todo entusiasmo irreflectido.[2]
Se não podemos alinhar estes comportamentos com o fundamentos extremamente simples do Espiritismo, como ainda investir em uma espécie de “guiismo” tão descarnado da lógica e do bom senso?
A resposta não é racional, porque racionalmente isso não tem sentido.
Na mediocridade de nossa carência humana, o sonho é ser amigo do rei…
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Aí chegamos então a uma religião de estrelas, ansiosa por expandir o número de adeptos e muito atenta aos nichos mercadológicos em que se enquadra a fé.
Uma crença dissidente da ortodoxia, que se arvora em correta, portanto, uma seita[3]!
Tomando emprestada uma ideia da psicanálise - tão cara aos movimentos psicologizantes do espiritismo pop - é quase como se entre posturas afectadas, eventos caritativos e poses para fotos acontecesse, eventualmente, actos falhos, nos quais representantes destas mentalidades estranhas resolvem falar em nome da filosofia espírita de questões ligadas a partidarismos sociais, poder, autoridade e moralismo.
Há um recalque presente, talvez o prazer de ser autoridade.
Um prazer narcísico, personalista.
Que bom que a morte sempre vem e destrói tudo isso.
[1] O Livro dos Médiuns, cap. XXXI, Comunicações apócrifas.
[2] Revista Espírita, dezembro de 1863, Instruções dos espíritos, Os Conflitos.
[3] De acepção muitas vezes pejorativa, a seita é constituída de um grupo de indivíduos que professam uma doutrina diferente da doutrina considerada ortodoxa e majoritária.
É o caso por exemplo dos hereges em matéria de religião; porém, quando ela se institucionaliza e adquire amplidão, a seita acaba por constituir uma Igreja:
foi esse o destino, principalmente, das Igrejas protestantes.
Como mostra Durkheim, o adepto, antes de se vincular à própria doutrina, quer participar a princípio do "sistema de forças colectivas" representadas pela seita.
- DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
Vinícius Lara da Costa
§.§.§- Ave sem Ninho
Uma crença dissidente da ortodoxia, que se arvora em correta, portanto, uma seita[3]!
Tomando emprestada uma ideia da psicanálise - tão cara aos movimentos psicologizantes do espiritismo pop - é quase como se entre posturas afectadas, eventos caritativos e poses para fotos acontecesse, eventualmente, actos falhos, nos quais representantes destas mentalidades estranhas resolvem falar em nome da filosofia espírita de questões ligadas a partidarismos sociais, poder, autoridade e moralismo.
Há um recalque presente, talvez o prazer de ser autoridade.
Um prazer narcísico, personalista.
Que bom que a morte sempre vem e destrói tudo isso.
[1] O Livro dos Médiuns, cap. XXXI, Comunicações apócrifas.
[2] Revista Espírita, dezembro de 1863, Instruções dos espíritos, Os Conflitos.
[3] De acepção muitas vezes pejorativa, a seita é constituída de um grupo de indivíduos que professam uma doutrina diferente da doutrina considerada ortodoxa e majoritária.
É o caso por exemplo dos hereges em matéria de religião; porém, quando ela se institucionaliza e adquire amplidão, a seita acaba por constituir uma Igreja:
foi esse o destino, principalmente, das Igrejas protestantes.
Como mostra Durkheim, o adepto, antes de se vincular à própria doutrina, quer participar a princípio do "sistema de forças colectivas" representadas pela seita.
- DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
Vinícius Lara da Costa
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SINAIS DE QUE NOSSOS ENTES QUERIDOS FALECIDOS ENVIAM PARA SE COMUNICAR CONNOSCO
Nossos entes queridos já falecidos geralmente tentam se comunicar connosco através de mensagens para que possamos saber como eles se sentem, através de sonhos ou sensações.
"Vários dias depois da minha avó morreu, eu tive um sonho sobre isso.
No meu sonho, minha mãe e eu fomos para casa da minha avó para limpar seu armário.
Quando chegamos em casa, minha avó estava sentada no sofá.
Fiquei espantado porque ninguém mais podia ver.
Corri para onde ela estava sentada e disse:
"Eu pensei que você estivesse morta."
Ela me envolveu em seus braços e disse:
"Eu morri, mas eu não podia sair sem me despedir de você."
Eu tinha apenas seis anos de idade, mas me lembro perfeitamente todo o sonho."
Não necessariamente temos que ser médiuns para sentir a presença de um ente querido falecido.
Estes sinais de comunicação podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, mas são mais comuns quando a pessoa está sozinha e ciente de seus arredores.
A lista a seguir detalha as técnicas mais comuns utilizados pelos entes queridos falecidos para visitar-nos.
- Visitas através dos sonhos
Esta é a forma mais comum usada por espíritos, tanto por entes queridos falecidos como por guias espirituais.
Tais sonhos são muito diferentes de sonhos "normais".
Geralmente, estas visitas começam com um tipo de luz.
No sonho, o espírito pode nos pedir para entregar uma mensagem particular, falar algum conselho para aliviar nosso sofrimento, ou para avisar de um perigo iminente.
- Sentir a sua presença
Muitas pessoas dizem que se sentem a presença dos entes queridos em torno de si após a sua morte.
Neste caso, uma pessoa pode sentir uma mudança, seja uma energia, temperatura ou o movimento do ar.
À noite, você pode sentir uma pressão do seu lado na cama, como se alguém estivesse presente e se sentasse ao seu lado.
- Sentir o seu toque
Um abraço, um toque suave no seu cabelo, são algumas das formas mais gratificantes de conexão que podem acontecer.
Sentir o seu toque ou uma carícia simples é a experiência comum nos dias após a morte de um ente querido.
No entanto, alguns espíritos continuam a usar essa habilidade sobrenatural muitos anos após sua morte.
- Sentir seu Cheiro
É possível que você sinta alguns cheiros que lembram o seu ente querido, como cheiros de perfume, flores ou comida.
Se você sentir um cheiro de fumaça de cigarro, e ninguém fuma na casa, excepto o ente querido que morreu, provavelmente você ele quer que você saiba que ele está presente naquele momento.
- Vozes
Isso se chama clarividência.
Você pode ouvir a voz de um ente querido falecido como ele estivesse fisicamente ao seu lado, ou internamente, através do pensamento.
Clarividência interna é a forma mais comum de "ouvir uma voz" porque acontece dentro da mente.
- Pensamentos incomuns
Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa.
Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você.
Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você...
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
"Vários dias depois da minha avó morreu, eu tive um sonho sobre isso.
No meu sonho, minha mãe e eu fomos para casa da minha avó para limpar seu armário.
Quando chegamos em casa, minha avó estava sentada no sofá.
Fiquei espantado porque ninguém mais podia ver.
Corri para onde ela estava sentada e disse:
"Eu pensei que você estivesse morta."
Ela me envolveu em seus braços e disse:
"Eu morri, mas eu não podia sair sem me despedir de você."
Eu tinha apenas seis anos de idade, mas me lembro perfeitamente todo o sonho."
Não necessariamente temos que ser médiuns para sentir a presença de um ente querido falecido.
Estes sinais de comunicação podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, mas são mais comuns quando a pessoa está sozinha e ciente de seus arredores.
A lista a seguir detalha as técnicas mais comuns utilizados pelos entes queridos falecidos para visitar-nos.
- Visitas através dos sonhos
Esta é a forma mais comum usada por espíritos, tanto por entes queridos falecidos como por guias espirituais.
Tais sonhos são muito diferentes de sonhos "normais".
Geralmente, estas visitas começam com um tipo de luz.
No sonho, o espírito pode nos pedir para entregar uma mensagem particular, falar algum conselho para aliviar nosso sofrimento, ou para avisar de um perigo iminente.
- Sentir a sua presença
Muitas pessoas dizem que se sentem a presença dos entes queridos em torno de si após a sua morte.
Neste caso, uma pessoa pode sentir uma mudança, seja uma energia, temperatura ou o movimento do ar.
À noite, você pode sentir uma pressão do seu lado na cama, como se alguém estivesse presente e se sentasse ao seu lado.
- Sentir o seu toque
Um abraço, um toque suave no seu cabelo, são algumas das formas mais gratificantes de conexão que podem acontecer.
Sentir o seu toque ou uma carícia simples é a experiência comum nos dias após a morte de um ente querido.
No entanto, alguns espíritos continuam a usar essa habilidade sobrenatural muitos anos após sua morte.
- Sentir seu Cheiro
É possível que você sinta alguns cheiros que lembram o seu ente querido, como cheiros de perfume, flores ou comida.
Se você sentir um cheiro de fumaça de cigarro, e ninguém fuma na casa, excepto o ente querido que morreu, provavelmente você ele quer que você saiba que ele está presente naquele momento.
- Vozes
Isso se chama clarividência.
Você pode ouvir a voz de um ente querido falecido como ele estivesse fisicamente ao seu lado, ou internamente, através do pensamento.
Clarividência interna é a forma mais comum de "ouvir uma voz" porque acontece dentro da mente.
- Pensamentos incomuns
Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa.
Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você.
Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você...
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
JESUS DOUTRINA, ESCLARECE E ENCAMINHA ESPÍRITOS
QUE ACOMPANHAVAM JOVEM EM PROCESSO DE OBSESSÃO ESPIRITUAL.
E depois que veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia:
Senhor, tem compaixão de meu filho, que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água.
E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar.
E respondendo Jesus, disse:
Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer?
Trazei-mo cá.
E Jesus o abençoou, e saiu dele o demónio, e desde àquela hora ficou o moço curado.
Então se chegarão os discípulos a Jesus em particular e lhe disseram:
Por que não pudemos nós lançá-lo fora?
Jesus lhes disse:
Por causa da vossa pouca fé.
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.
(Mateus, XVII: 14-19).
É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos.
Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras.
As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas.
Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade.
A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas.
A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.
Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objectivo.
Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente.
Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas.
A fé e verdadeira é sempre calma.
Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim.
A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência.
A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.
Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção.
A verdadeira fé se alia à humildade.
Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele.
E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio.
A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.
O poder da fé tem aplicação directa e especial na acção magnética.
Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível.
Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenómenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de consequências de uma lei natural.
Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos:
Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.
§.§.§- Ave sem Ninho
E depois que veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia:
Senhor, tem compaixão de meu filho, que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água.
E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar.
E respondendo Jesus, disse:
Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer?
Trazei-mo cá.
E Jesus o abençoou, e saiu dele o demónio, e desde àquela hora ficou o moço curado.
Então se chegarão os discípulos a Jesus em particular e lhe disseram:
Por que não pudemos nós lançá-lo fora?
Jesus lhes disse:
Por causa da vossa pouca fé.
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.
(Mateus, XVII: 14-19).
É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos.
Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras.
As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas.
Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade.
A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas.
A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.
Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objectivo.
Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente.
Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas.
A fé e verdadeira é sempre calma.
Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim.
A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência.
A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.
Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção.
A verdadeira fé se alia à humildade.
Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele.
E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio.
A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.
O poder da fé tem aplicação directa e especial na acção magnética.
Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível.
Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenómenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de consequências de uma lei natural.
Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos:
Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.
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SE OS ESPÍRITAS SOUBESSEM O QUE É O CENTRO ESPÍRITA
QUAIS SÃO REALMENTE A SUA FUNÇÃO E A SUA SIGNIFICAÇÃO, O ESPIRITISMO SERIA HOJE O MAIS IMPORTANTE MOVIMENTO CULTURAL E ESPIRITUAL DA TERRA.
Temos no Brasil – e isso é um consenso universal – o maior, mais activo e produtivo movimento espírita do planeta.
A expansão do Espiritismo em nossa terra é incessante e prossegue em ritmo acelerado.
Mas o que fazemos, em todo este vasto continente espírita, é um imenso esforço de igrejificar o Espiritismo, de emparelhá-lo com as religiões decadentes e ultrapassadas, formando por toda parte núcleos místicos e, portanto fanáticos, desligados da realidade imediata.
Dizia o Dr. Souza Ribeiro, de Campinas, nos últimos tempos de sua vida de lutas espíritas:
"Não compareço a reuniões de espíritas rezadores! "
E tinha razão, porque nessas reuniões ele só encontrava turba dos pedintes, suplicando ao Céu ajuda.
Ninguém estava ali para aprender a Doutrina, para romper a malha de teia de aranha do igrejismo piedoso e choramingas.
A domesticação católica e protestante criara em nossa gente uma mentalidade de rebanho.
O Centro Espírita tornou-se uma espécie de sacristia leiga em que padres e madres ignorantes indicavam aos pedintes o caminho do Céu.
A caridade esmoler, fácil e barata, substituiu as gordas e faustosas doações à Igreja. Deus barateara a entrada a entrada do Céu, e até mesmo os intelectuais que se aproximam do Espiritismo e que tem o senso crítico, se transformam em penitentes.
Associações espíritas, promissoramente organizadas, logo se transformam em grupos de rezadores pedinchões.
O carimbo da igreja marcou fundo a nossa mentalidade em penúria.
Mais do que subnutrição do povo, com seu cortejo trágico de endemias devastadoras, o igrejismo salvacionista depauperou a inteligência popular, com seu cortejo de carreirismo político – religioso, idolatria mediúnica, misticismo larvar, o que é pior, aparecimento de uma classe dirigente de supostos missionários e mestres farisaicos, estufados de vaidade e arrogância.
São os guardiães dos apriscos do templo, instruídos para rejeitar os animais sacrificiais impuros, exigindo dos beatos a compra de oferendas puras nos apriscos sacerdotais.
Essa tendência mística popular, carregada de superstições seculares, favorece a proliferação de pregadores santificados, padres vieiras sem estalo, tribunos de voz empostada e gesticulação ensaiada.
Toda essa carga morta esmaga o nosso movimento doutrinário e abre as suas portas para a infestação do sincretismo religioso afro-brasileiro, em que os deuses ingénuos da selva africana e das nossas selvas superam e absorvem o antigo e cansado Deus cristão.
Não há clima para o desenvolvimento da Cultura Espírita.
As grandes instituições Espíritas Brasileiras e as Federações Estaduais investem-se por vontade própria de autoridade que não possuem nem podem possuir, marcadas que estão por desvios doutrinários graves, como no caso do roustainguismo da FEB e das pretensões retrógradas de grupelhos ignorantes de adulterados.
Teve razões de sobra André Dumas, do Espiritismo Francês, em denunciar recentemente, em entrevista à revista Manchete, a situação católica e na verdade de anti-espírita do Movimento Espírita brasileiro.
A domesticação clerical dos espíritas ameaça desfibrar todo o nosso povo, que por sua formação igrejeira tende a um tipo de alienação esquizofrénica que o Espiritismo sempre combateu, desde a proclamação de fé racional contra a fé cega e incoerente, submissa e farisaica das pregações igrejeiras.
Jesus ensinou a orar e vigiar, recomendou o amor e a bondade, pregou a humanidade, mas jamais aconselhou a viver de orações e lamúrias, santidade fingida, disfarçada em vãs aparências de humildade, que são sempre desmentidas pelas ambições e a arrogância incontroláveis do homem terreno.
Para restabelecermos a verdade espírita entre nós e reconduzirmos o nosso movimento a uma posição doutrinária digna e coerente, é preciso compreender que a Doutrina Espírita é um chamado viril à dignidade humana, à consciência do homem para deveres e compromissos no plano social e no plano espiritual, ambos conjugados em face das exigências da lei superior da Evolução Humana.
Temos no Brasil – e isso é um consenso universal – o maior, mais activo e produtivo movimento espírita do planeta.
A expansão do Espiritismo em nossa terra é incessante e prossegue em ritmo acelerado.
Mas o que fazemos, em todo este vasto continente espírita, é um imenso esforço de igrejificar o Espiritismo, de emparelhá-lo com as religiões decadentes e ultrapassadas, formando por toda parte núcleos místicos e, portanto fanáticos, desligados da realidade imediata.
Dizia o Dr. Souza Ribeiro, de Campinas, nos últimos tempos de sua vida de lutas espíritas:
"Não compareço a reuniões de espíritas rezadores! "
E tinha razão, porque nessas reuniões ele só encontrava turba dos pedintes, suplicando ao Céu ajuda.
Ninguém estava ali para aprender a Doutrina, para romper a malha de teia de aranha do igrejismo piedoso e choramingas.
A domesticação católica e protestante criara em nossa gente uma mentalidade de rebanho.
O Centro Espírita tornou-se uma espécie de sacristia leiga em que padres e madres ignorantes indicavam aos pedintes o caminho do Céu.
A caridade esmoler, fácil e barata, substituiu as gordas e faustosas doações à Igreja. Deus barateara a entrada a entrada do Céu, e até mesmo os intelectuais que se aproximam do Espiritismo e que tem o senso crítico, se transformam em penitentes.
Associações espíritas, promissoramente organizadas, logo se transformam em grupos de rezadores pedinchões.
O carimbo da igreja marcou fundo a nossa mentalidade em penúria.
Mais do que subnutrição do povo, com seu cortejo trágico de endemias devastadoras, o igrejismo salvacionista depauperou a inteligência popular, com seu cortejo de carreirismo político – religioso, idolatria mediúnica, misticismo larvar, o que é pior, aparecimento de uma classe dirigente de supostos missionários e mestres farisaicos, estufados de vaidade e arrogância.
São os guardiães dos apriscos do templo, instruídos para rejeitar os animais sacrificiais impuros, exigindo dos beatos a compra de oferendas puras nos apriscos sacerdotais.
Essa tendência mística popular, carregada de superstições seculares, favorece a proliferação de pregadores santificados, padres vieiras sem estalo, tribunos de voz empostada e gesticulação ensaiada.
Toda essa carga morta esmaga o nosso movimento doutrinário e abre as suas portas para a infestação do sincretismo religioso afro-brasileiro, em que os deuses ingénuos da selva africana e das nossas selvas superam e absorvem o antigo e cansado Deus cristão.
Não há clima para o desenvolvimento da Cultura Espírita.
As grandes instituições Espíritas Brasileiras e as Federações Estaduais investem-se por vontade própria de autoridade que não possuem nem podem possuir, marcadas que estão por desvios doutrinários graves, como no caso do roustainguismo da FEB e das pretensões retrógradas de grupelhos ignorantes de adulterados.
Teve razões de sobra André Dumas, do Espiritismo Francês, em denunciar recentemente, em entrevista à revista Manchete, a situação católica e na verdade de anti-espírita do Movimento Espírita brasileiro.
A domesticação clerical dos espíritas ameaça desfibrar todo o nosso povo, que por sua formação igrejeira tende a um tipo de alienação esquizofrénica que o Espiritismo sempre combateu, desde a proclamação de fé racional contra a fé cega e incoerente, submissa e farisaica das pregações igrejeiras.
Jesus ensinou a orar e vigiar, recomendou o amor e a bondade, pregou a humanidade, mas jamais aconselhou a viver de orações e lamúrias, santidade fingida, disfarçada em vãs aparências de humildade, que são sempre desmentidas pelas ambições e a arrogância incontroláveis do homem terreno.
Para restabelecermos a verdade espírita entre nós e reconduzirmos o nosso movimento a uma posição doutrinária digna e coerente, é preciso compreender que a Doutrina Espírita é um chamado viril à dignidade humana, à consciência do homem para deveres e compromissos no plano social e no plano espiritual, ambos conjugados em face das exigências da lei superior da Evolução Humana.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Só nos aproximaremos da angelitude, o plano superior da Espiritualidade, depois de nos havermos tornado Homens.
Os espíritas actuais, na sua maioria, tanto no Brasil como no mundo, não compreenderam ainda que estão num ponto intermediário da filogénese da divindade.
Superando os reinos inferiores da Natureza, segundo o esquema poético de Léon Denis, na sequência divinamente fatal de Kardec:
mineral, vegetal, animal e homem, temos o ponto neutro de gravidade entre duas esferas celestes, e esse ponto é o que chamamos ESPÍRITA.
As visões fragmentárias da Realidade se fundem dialeticamente na concepção monista preparada pelo monoteísmo.
Liberto, no ponto neutro, da poderosa reacção da Terra, o espírita está em condições de se elevar ao plano angélico.
Mas estar em condições é uma coisa, e dar esse passo para a divindade é outra coisa. Isso depende do grau de sua compreensão doutrinária e da sua vontade real e profunda, que afecta toda a sua estrutura individual.
Por isso mesmo, surge então o perigo da estagnação no misticismo, plano ilusório da falsa divindade, que produz as almas viajoras de Plotino, que nada mais são do que os espíritos errantes de Kardec.
Essas almas se projectam no plano da Angelitude, mas não conseguem permanecer nele, cedendo de novo a atracção terrena da encarnação.
Muitas vezes repetem a tentativa, permanecendo errantes entre as hipóstases do Céu e da Terra.
Plotino viu essa realidade na intuição filosófica e na vidência platónica.
Mas Kardec a verificou em suas pesquisas espíritas, escudadas na observação racional dos factos.
Apoiado na Razão, essa bússola do Real, ele nos livrava dos psico-trópicos do misticismo, oferendo-nos a verdade exacta da Doutrina Espírita.
Nela temos a orientação precisa e segura dos planos ou hipóstases superiores, sem o perigo dos ciclos muitas vezes repetidos do chamado Círculo Vicioso das Reencarnações, que os ignorantes pretendem opor à realidade incontestável da reencarnação.
Pois se existe esse círculo vicioso, é isso bastante para provar o processo reencarnatório.
O vício não está no processo, mas na precipitação dos homens e dos espíritos não devidamente amadurecidos, que tentam forçar a Porta do Céu.
Se no Brasil sofremos os prejuízos do religiosismo ingénuo de nossa formação cultural, na França e nos demais países europeus - segundo as próprias declarações de André Dumas – o prejuízo provém de um cientificismo pretensioso, que despreza a tradição francesa da pesquisa científica espírita, procurando substituí-la pelas pesquisas e interpretações parapsicológicas.
Esse menosprezo pedante pelo trabalho modelar de Kardec levou o próprio Dumas a desrespeitar a tradição secular da Revue Spirite, transformando-a num simulacro da revista científica do Ano 2.000.
As pesquisas da parapsicologia seguiram o esquema de Kardec e foram cobrindo no tempo, sucessivamente, todas as conquistas do sábio francês.
Pegada por pegada, Rhine e seus companheiros cobriram o rastro científico de Kardec.
O mesmo já acontecera com Richet na metapsíquica, com Crookes e Zollner e todos os demais.
Toda a pesquisa psíquica honesta é válida, nesse campo, até mesmo a dos materialistas russos actuais ficaram presas ao esquema de Kardec, o que prova a validade irrevogável desta.
Começando pela observação dos fenómenos físicos, todas as Ciências Psíquicas, nascidas do Espiritismo fizeram a trajectória fatal traçada pelo génio de Kardec e chegaram as suas mesmas conclusões.
As discordâncias interpretativas foram sempre marcadas indelevelmente pelos preconceitos e as precipitações da advertência de Descartes no Discurso do Método e pela sujeição aos interesses das Igrejas, como Kardec já assinalara em seu tempo.
A questão da terminologia é puramente supérflua, e como dissera Kardec, serve apenas para provar a leviandade do espírito humano, mesmo dos sábios, sempre mais apegado à forma que ao fundo do problema.
Os espíritas actuais, na sua maioria, tanto no Brasil como no mundo, não compreenderam ainda que estão num ponto intermediário da filogénese da divindade.
Superando os reinos inferiores da Natureza, segundo o esquema poético de Léon Denis, na sequência divinamente fatal de Kardec:
mineral, vegetal, animal e homem, temos o ponto neutro de gravidade entre duas esferas celestes, e esse ponto é o que chamamos ESPÍRITA.
As visões fragmentárias da Realidade se fundem dialeticamente na concepção monista preparada pelo monoteísmo.
Liberto, no ponto neutro, da poderosa reacção da Terra, o espírita está em condições de se elevar ao plano angélico.
Mas estar em condições é uma coisa, e dar esse passo para a divindade é outra coisa. Isso depende do grau de sua compreensão doutrinária e da sua vontade real e profunda, que afecta toda a sua estrutura individual.
Por isso mesmo, surge então o perigo da estagnação no misticismo, plano ilusório da falsa divindade, que produz as almas viajoras de Plotino, que nada mais são do que os espíritos errantes de Kardec.
Essas almas se projectam no plano da Angelitude, mas não conseguem permanecer nele, cedendo de novo a atracção terrena da encarnação.
Muitas vezes repetem a tentativa, permanecendo errantes entre as hipóstases do Céu e da Terra.
Plotino viu essa realidade na intuição filosófica e na vidência platónica.
Mas Kardec a verificou em suas pesquisas espíritas, escudadas na observação racional dos factos.
Apoiado na Razão, essa bússola do Real, ele nos livrava dos psico-trópicos do misticismo, oferendo-nos a verdade exacta da Doutrina Espírita.
Nela temos a orientação precisa e segura dos planos ou hipóstases superiores, sem o perigo dos ciclos muitas vezes repetidos do chamado Círculo Vicioso das Reencarnações, que os ignorantes pretendem opor à realidade incontestável da reencarnação.
Pois se existe esse círculo vicioso, é isso bastante para provar o processo reencarnatório.
O vício não está no processo, mas na precipitação dos homens e dos espíritos não devidamente amadurecidos, que tentam forçar a Porta do Céu.
Se no Brasil sofremos os prejuízos do religiosismo ingénuo de nossa formação cultural, na França e nos demais países europeus - segundo as próprias declarações de André Dumas – o prejuízo provém de um cientificismo pretensioso, que despreza a tradição francesa da pesquisa científica espírita, procurando substituí-la pelas pesquisas e interpretações parapsicológicas.
Esse menosprezo pedante pelo trabalho modelar de Kardec levou o próprio Dumas a desrespeitar a tradição secular da Revue Spirite, transformando-a num simulacro da revista científica do Ano 2.000.
As pesquisas da parapsicologia seguiram o esquema de Kardec e foram cobrindo no tempo, sucessivamente, todas as conquistas do sábio francês.
Pegada por pegada, Rhine e seus companheiros cobriram o rastro científico de Kardec.
O mesmo já acontecera com Richet na metapsíquica, com Crookes e Zollner e todos os demais.
Toda a pesquisa psíquica honesta é válida, nesse campo, até mesmo a dos materialistas russos actuais ficaram presas ao esquema de Kardec, o que prova a validade irrevogável desta.
Começando pela observação dos fenómenos físicos, todas as Ciências Psíquicas, nascidas do Espiritismo fizeram a trajectória fatal traçada pelo génio de Kardec e chegaram as suas mesmas conclusões.
As discordâncias interpretativas foram sempre marcadas indelevelmente pelos preconceitos e as precipitações da advertência de Descartes no Discurso do Método e pela sujeição aos interesses das Igrejas, como Kardec já assinalara em seu tempo.
A questão da terminologia é puramente supérflua, e como dissera Kardec, serve apenas para provar a leviandade do espírito humano, mesmo dos sábios, sempre mais apegado à forma que ao fundo do problema.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
No Espiritismo o quadro fenoménico foi dividido por Kardec em duas secções:
Fenómenos Físicos e Fenómenos Inteligentes.
Na Metapsíquica, Richet apresentou o esquema de Metapsíquica objectiva e Metapsíquica subjectiva.
Na Parapsicologia os fenómenos espíritas passaram a chamar-se Fenómeno Psi, com divisão de Psicapa ( objectivos ) e Psigama ( subjectivos ).
Quanto aos métodos de pesquisa, Crookes e Richet ativeram-se à metodologia científica da época, e Rhine limitou-se a passar dos métodos qualitativos para os quantitativos, inventando aparelhagens apropriadas aos processos tecnológicos actuais, apelando à estatística como forma de controle e comprovação dos resultados, o que simplesmente corresponde às exigências actuais nas Ciências.
Kardec teve a vantagem de haver acentuado enfaticamente a necessidade de adequação do método ao objecto específico da pesquisa.
O próprio método hipnótico de regressão da memória, para as pesquisas da reencarnação aplicado por Albert De Rochas do século passado, foi aproveitado pelo Prof. Vladimir Raikov.
Na Roménia, o preconceito quanto ao Espiritismo gerou uma nova denominação para Parapsicologia:
Psicotrônica.
Com esse nome rebarbativo, os materialistas romenos pretendem exorcizar os perigos de renascimento espírita em seu país.
Todos esses factos nos mostram que a Doutrina Espírita não chegou ainda a ser conhecida pelos seus próprios adeptos em todo o mundo.
Integrado no processo doutrinário de trabalho e desenvolvimento, o Centro Espírita carecia até agora de um estudo sobre as suas origens, o seu sentido e a sua significação no panorama cultural do nosso tempo.
É o que procuramos fazer neste volume, com as nossas deficiências, mas na esperança de que outros estudiosos procurem completar o nosso esforço.
Lembrando o Apóstolo Paulo, podemos dizer que os espíritas estão no momento exacto em que precisam desmamar das cabras celestes para se alimentarem de alimentos sólidos.
Os que desejam actualizar a Doutrina, devem antes cuidar de se actualizarem nela.
Autor: J. Herculano Pires. Livro: O Centro Espírita.
Mac Brenda.
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Fenómenos Físicos e Fenómenos Inteligentes.
Na Metapsíquica, Richet apresentou o esquema de Metapsíquica objectiva e Metapsíquica subjectiva.
Na Parapsicologia os fenómenos espíritas passaram a chamar-se Fenómeno Psi, com divisão de Psicapa ( objectivos ) e Psigama ( subjectivos ).
Quanto aos métodos de pesquisa, Crookes e Richet ativeram-se à metodologia científica da época, e Rhine limitou-se a passar dos métodos qualitativos para os quantitativos, inventando aparelhagens apropriadas aos processos tecnológicos actuais, apelando à estatística como forma de controle e comprovação dos resultados, o que simplesmente corresponde às exigências actuais nas Ciências.
Kardec teve a vantagem de haver acentuado enfaticamente a necessidade de adequação do método ao objecto específico da pesquisa.
O próprio método hipnótico de regressão da memória, para as pesquisas da reencarnação aplicado por Albert De Rochas do século passado, foi aproveitado pelo Prof. Vladimir Raikov.
Na Roménia, o preconceito quanto ao Espiritismo gerou uma nova denominação para Parapsicologia:
Psicotrônica.
Com esse nome rebarbativo, os materialistas romenos pretendem exorcizar os perigos de renascimento espírita em seu país.
Todos esses factos nos mostram que a Doutrina Espírita não chegou ainda a ser conhecida pelos seus próprios adeptos em todo o mundo.
Integrado no processo doutrinário de trabalho e desenvolvimento, o Centro Espírita carecia até agora de um estudo sobre as suas origens, o seu sentido e a sua significação no panorama cultural do nosso tempo.
É o que procuramos fazer neste volume, com as nossas deficiências, mas na esperança de que outros estudiosos procurem completar o nosso esforço.
Lembrando o Apóstolo Paulo, podemos dizer que os espíritas estão no momento exacto em que precisam desmamar das cabras celestes para se alimentarem de alimentos sólidos.
Os que desejam actualizar a Doutrina, devem antes cuidar de se actualizarem nela.
Autor: J. Herculano Pires. Livro: O Centro Espírita.
Mac Brenda.
§.§.§- Ave sem Ninho
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AFINAL QUAL A DIFERENÇA ENTRE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO?
A Reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição.
Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso.
As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo.
Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o facto poderia dar-se.
Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.
Se, portanto, segundo a crença deles, João Baptista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos.
João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus - que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:
"Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele."
Jesus lhe respondeu:
"Em verdade, em verdade, digo-te:
Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
Disse-lhe Nicodemos:
"Como pode nascer um homem já velho?
Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?”
Retorquiu-lhe Jesus:
"Em verdade, em verdade, digo-te:
Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
- O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.
- Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo.
- O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito."
Respondeu-lhe Nicodemos:
"Como pode isso fazer-se?"
- Jesus lhe observou:
"Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas?
Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto.
Entretanto, não aceitas o nosso testemunho.
- Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?"
(JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.)
A ideia de que João Baptista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (nº 1, nº 2, nº 3).
Se fosse errónea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras.
Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso.
As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo.
Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o facto poderia dar-se.
Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.
Se, portanto, segundo a crença deles, João Baptista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos.
João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus - que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:
"Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele."
Jesus lhe respondeu:
"Em verdade, em verdade, digo-te:
Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
Disse-lhe Nicodemos:
"Como pode nascer um homem já velho?
Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?”
Retorquiu-lhe Jesus:
"Em verdade, em verdade, digo-te:
Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
- O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.
- Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo.
- O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito."
Respondeu-lhe Nicodemos:
"Como pode isso fazer-se?"
- Jesus lhe observou:
"Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas?
Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto.
Entretanto, não aceitas o nosso testemunho.
- Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?"
(JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.)
A ideia de que João Baptista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (nº 1, nº 2, nº 3).
Se fosse errónea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz:
"Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
E insiste, acrescentando:
Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.
Estas palavras:
Se um homem não renasce do água e do Espírito foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do baptismo.
O texto primitivo, porém, rezava simplesmente:
não renasce da água e do Espírito, ao passo que nalgumas traduções as palavras - do Espírito - foram substituídas pelas seguintes:
do Santo Espírito, o que já não corresponde ao mesmo pensamento.
Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários a que os Evangelhos deram lugar, como se comprovará um dia, sem equívoco possível. (1)
Para se apanhar o verdadeiro sentido dessas palavras, cumpre também se atente na significação do termo água que ali não fora empregado na acepção que lhe é própria.
Muito imperfeitos eram os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas.
Eles acreditavam que a Terra saíra das águas e, por isso, consideravam a água como elemento gerador absoluto.
Assim é que na Génese se lê:
"O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre as águas;
- Que o firmamento seja feito no meio das águas;
- Que as águas que estão debaixo do céu se reúnam em um só lugar e que apareça o elemento árido;
- Que as águas produzam animais vivos que nadem na água e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento."
Segundo essa crença, a água se tornara o símbolo da natureza material, como o Espírito era o da natureza inteligente.
Estas palavras:
"Se o homem não renasce da água e do Espírito, ou em água e em Espírito", significam pois:
"Se o homem não renasce com seu corpo e sua alma."
E nesse sentido que a principio as compreenderam.
Tal interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras:
O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.
Jesus estabelece aí uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo.
O que é nascido da carne é carne indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito independe deste.
O Espírito sopra onde quer; ouves-lhe a voz, mas não sabes nem donde ele vem, nem para onde vai: pode-se entender que se trata do Espírito de Deus, que dá vida a quem ele quer, ou da alma do homem.
Nesta última acepção - “não sabes donde ele vem, nem para onde vai - significa que ninguém sabe o que foi, nem o que será o Espírito.
Se o Espírito, ou alma, fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, saber-se-ia donde ele veio, pois que se lhe conheceria o começo.
Como quer que seja, essa passagem consagra o princípio da preexistência da alma e, por conseguinte, o da pluralidade das existências.
Ora, desde o tempo de João Baptista até o presente, o reino dos céus é tomado pela violência e são os violentos que o arrebatam;
- pois que assim o profetizaram todos os profetas até João, e também a lei.
- Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é o Elias que há de vir.
- Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 12 a 15.)
"Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
E insiste, acrescentando:
Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.
Estas palavras:
Se um homem não renasce do água e do Espírito foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do baptismo.
O texto primitivo, porém, rezava simplesmente:
não renasce da água e do Espírito, ao passo que nalgumas traduções as palavras - do Espírito - foram substituídas pelas seguintes:
do Santo Espírito, o que já não corresponde ao mesmo pensamento.
Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários a que os Evangelhos deram lugar, como se comprovará um dia, sem equívoco possível. (1)
Para se apanhar o verdadeiro sentido dessas palavras, cumpre também se atente na significação do termo água que ali não fora empregado na acepção que lhe é própria.
Muito imperfeitos eram os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas.
Eles acreditavam que a Terra saíra das águas e, por isso, consideravam a água como elemento gerador absoluto.
Assim é que na Génese se lê:
"O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre as águas;
- Que o firmamento seja feito no meio das águas;
- Que as águas que estão debaixo do céu se reúnam em um só lugar e que apareça o elemento árido;
- Que as águas produzam animais vivos que nadem na água e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento."
Segundo essa crença, a água se tornara o símbolo da natureza material, como o Espírito era o da natureza inteligente.
Estas palavras:
"Se o homem não renasce da água e do Espírito, ou em água e em Espírito", significam pois:
"Se o homem não renasce com seu corpo e sua alma."
E nesse sentido que a principio as compreenderam.
Tal interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras:
O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.
Jesus estabelece aí uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo.
O que é nascido da carne é carne indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito independe deste.
O Espírito sopra onde quer; ouves-lhe a voz, mas não sabes nem donde ele vem, nem para onde vai: pode-se entender que se trata do Espírito de Deus, que dá vida a quem ele quer, ou da alma do homem.
Nesta última acepção - “não sabes donde ele vem, nem para onde vai - significa que ninguém sabe o que foi, nem o que será o Espírito.
Se o Espírito, ou alma, fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, saber-se-ia donde ele veio, pois que se lhe conheceria o começo.
Como quer que seja, essa passagem consagra o princípio da preexistência da alma e, por conseguinte, o da pluralidade das existências.
Ora, desde o tempo de João Baptista até o presente, o reino dos céus é tomado pela violência e são os violentos que o arrebatam;
- pois que assim o profetizaram todos os profetas até João, e também a lei.
- Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é o Elias que há de vir.
- Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 12 a 15.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Se o princípio da reencarnação, conforme se acha expresso em S. João, podia, a rigor, ser interpretado em sentido puramente místico, o mesmo já não acontece com esta passagem de S. Mateus, que não permite equívoco:
ELE MESMO é o Elias que há de vir.
Não há aí figura, nem alegoria:
é uma afirmação positiva.
"Desde o tempo de João Baptista até o presente o reino dos céus é tomado pela violência."
Que significam essas palavras, uma vez que João Baptista ainda vivia naquele momento?
Jesus as explica, dizendo:
"Se quiserdes compreender o que digo, ele mesmo é o Elias que há de vir."
Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus alude à época em que João vivia com o nome de Elias.
"Até ao presente o reino dos céus é tomado pela violência":
outra alusão à violência da lei moisaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para que os demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus, ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura.
E acrescentou:
Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir.
Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.
Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo; aqueles que estavam mortos em meio a mim ressuscitarão. Despertai do vosso sono e entoai louvores a Deus, vós que habitais no pó; porque o orvalho que cai sobre vós é um orvalho de luz e porque arruinareis a Terra e o reino dos gigantes. (ISAÍAS, cap. XXVI, v. 19.)
E também muito explícita esta passagem de lsaias:
"Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo."
Se o profeta houvera querido falar da vida espiritual, se houvera pretendido dizer que aqueles que tinham sido executados não estavam mortos em Espírito, teria dito: ainda vivem, e não: viverão de novo.
No sentido espiritual, essas palavras seriam um contra-senso, pois que implicariam uma interrupção na vida da alma.
No sentido de regeneração moral, seriam a negação das penas eternas, pois que estabelecem, em princípio, que todos os que estão mortos reviverão.
Mas, quando o homem há morrido uma vez, quando seu corpo, separado de seu espírito, foi consumido, que é feito dele?
-Tendo morrido uma vez, poderia o homem reviver de novo?
Nesta guerra em que me acho todos os dias da minha vida, espero que chegue a minha mutação.
(JOB, cap. XIV, v. 10,14. Tradução de Le Maistre de Sacy.)
- Quando o homem morre, perde toda a sua força. expira.
Depois, onde está ele?
- Se o homem morre, viverá de novo?
Esperarei todos os dias de meu combate, até que venha alguma mutação?
(ID. Tradução protestante de Osterwald.)
- Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo.
(ID. Versão da Igreja grega.)
ELE MESMO é o Elias que há de vir.
Não há aí figura, nem alegoria:
é uma afirmação positiva.
"Desde o tempo de João Baptista até o presente o reino dos céus é tomado pela violência."
Que significam essas palavras, uma vez que João Baptista ainda vivia naquele momento?
Jesus as explica, dizendo:
"Se quiserdes compreender o que digo, ele mesmo é o Elias que há de vir."
Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus alude à época em que João vivia com o nome de Elias.
"Até ao presente o reino dos céus é tomado pela violência":
outra alusão à violência da lei moisaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para que os demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus, ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura.
E acrescentou:
Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir.
Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.
Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo; aqueles que estavam mortos em meio a mim ressuscitarão. Despertai do vosso sono e entoai louvores a Deus, vós que habitais no pó; porque o orvalho que cai sobre vós é um orvalho de luz e porque arruinareis a Terra e o reino dos gigantes. (ISAÍAS, cap. XXVI, v. 19.)
E também muito explícita esta passagem de lsaias:
"Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo."
Se o profeta houvera querido falar da vida espiritual, se houvera pretendido dizer que aqueles que tinham sido executados não estavam mortos em Espírito, teria dito: ainda vivem, e não: viverão de novo.
No sentido espiritual, essas palavras seriam um contra-senso, pois que implicariam uma interrupção na vida da alma.
No sentido de regeneração moral, seriam a negação das penas eternas, pois que estabelecem, em princípio, que todos os que estão mortos reviverão.
Mas, quando o homem há morrido uma vez, quando seu corpo, separado de seu espírito, foi consumido, que é feito dele?
-Tendo morrido uma vez, poderia o homem reviver de novo?
Nesta guerra em que me acho todos os dias da minha vida, espero que chegue a minha mutação.
(JOB, cap. XIV, v. 10,14. Tradução de Le Maistre de Sacy.)
- Quando o homem morre, perde toda a sua força. expira.
Depois, onde está ele?
- Se o homem morre, viverá de novo?
Esperarei todos os dias de meu combate, até que venha alguma mutação?
(ID. Tradução protestante de Osterwald.)
- Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo.
(ID. Versão da Igreja grega.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Nessas três versões, o princípio da pluralidade das existências se acha claramente expresso.
Ninguém poderá supor que Job haja querido falar da regeneração pela água do baptismo, que ele de certo não conhecia.
"Tendo o homem morrido uma vez, poderia reviver de novo?"
A ideia de morrer uma vez, e de reviver implica a de morrer e reviver muitas vezes.
A versão da Igreja grega ainda é mais explícita, se é que isso é possível:
"Acabando os dias da minha existência terrena, esperarei, porquanto a ela voltarei", ou, voltarei à existência terrestre.
Isso é tão claro, como se alguém dissesse:
"Saio de minha casa, mas a ela tornarei."
"Nesta guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que se dê a minha mutação."
Job, evidentemente, pretendeu referir-se à luta que sustentava contra as misérias da vida.
Espera a sua mutação, isto é, resigna-se.
Na versão grega, esperarei parece aplicar-se, preferentemente, a uma nova existência:
"Quando a minha existência estiver acabada, esperarei, porquanto a ela voltarei."
Job como que se coloca, após a morte, no intervalo que separa uma existência de outra e diz que lá aguardará o momento de voltar.
Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.
Um dia, porém, suas palavras, quando forem meditadas sem ideias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros.
A essa autoridade, do ponto de vista religioso, se adita, do ponto de vista filosófico, a das provas que resultam da observação dos factos.
Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade; numa palavra: como lei da Natureza.
Pelos seus resultados, ela se evidencia, de modo, por assim dizer, material, da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento.
Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta.
Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho, razão por que hão dado lugar a tão contraditórias interpretações.
Está nesse princípio a chave que lhes restituirá o sentido verdadeiro.
A reencarnação fortalece os laços de família, ao passo que a unicidade da existência os rompe
Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas.
Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados.
O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações.
Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros.
A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem.
Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento.
Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento.
Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro.
Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam.
Ninguém poderá supor que Job haja querido falar da regeneração pela água do baptismo, que ele de certo não conhecia.
"Tendo o homem morrido uma vez, poderia reviver de novo?"
A ideia de morrer uma vez, e de reviver implica a de morrer e reviver muitas vezes.
A versão da Igreja grega ainda é mais explícita, se é que isso é possível:
"Acabando os dias da minha existência terrena, esperarei, porquanto a ela voltarei", ou, voltarei à existência terrestre.
Isso é tão claro, como se alguém dissesse:
"Saio de minha casa, mas a ela tornarei."
"Nesta guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que se dê a minha mutação."
Job, evidentemente, pretendeu referir-se à luta que sustentava contra as misérias da vida.
Espera a sua mutação, isto é, resigna-se.
Na versão grega, esperarei parece aplicar-se, preferentemente, a uma nova existência:
"Quando a minha existência estiver acabada, esperarei, porquanto a ela voltarei."
Job como que se coloca, após a morte, no intervalo que separa uma existência de outra e diz que lá aguardará o momento de voltar.
Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.
Um dia, porém, suas palavras, quando forem meditadas sem ideias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros.
A essa autoridade, do ponto de vista religioso, se adita, do ponto de vista filosófico, a das provas que resultam da observação dos factos.
Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade; numa palavra: como lei da Natureza.
Pelos seus resultados, ela se evidencia, de modo, por assim dizer, material, da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento.
Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta.
Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho, razão por que hão dado lugar a tão contraditórias interpretações.
Está nesse princípio a chave que lhes restituirá o sentido verdadeiro.
A reencarnação fortalece os laços de família, ao passo que a unicidade da existência os rompe
Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas.
Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados.
O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações.
Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros.
A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem.
Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento.
Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento.
Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro.
Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.
Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões.
Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.
Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos.
Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem.
Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre.
No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou.
Daí vem que, falando-se de alguém cujo carácter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família.
Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe.
Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso.
Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam.
O carácter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatizas se esvaem.
E desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos.
O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em consequência da reencarnação, é de fundo egoístico:
prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas.
Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único?
Mas, tranquilizem-se os egoístas:
não há fundamento para semelhante temor.
Do facto de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos.
Lá encontrará sempre os que foram objecto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título.
Vejamos agora as consequências da doutrina anti-reencarcionista.
Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma.
Sendo estas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras.
O pai é estranho a seu filho.
A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual.
Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres.
Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia.
Isso quanto ao passado.
Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência.
Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões.
Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.
Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos.
Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem.
Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre.
No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou.
Daí vem que, falando-se de alguém cujo carácter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família.
Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe.
Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso.
Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam.
O carácter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatizas se esvaem.
E desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos.
O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em consequência da reencarnação, é de fundo egoístico:
prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas.
Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único?
Mas, tranquilizem-se os egoístas:
não há fundamento para semelhante temor.
Do facto de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos.
Lá encontrará sempre os que foram objecto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título.
Vejamos agora as consequências da doutrina anti-reencarcionista.
Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma.
Sendo estas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras.
O pai é estranho a seu filho.
A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual.
Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres.
Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia.
Isso quanto ao passado.
Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência.
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