ARTIGOS DIVERSOS IV
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Como os espíritos socorristas agem para fazer um resgate espiritual no Umbral?
Não existe uma regra específica na literatura sobre como são feitos os resgates espirituais, mas na literatura existem inúmeros relatos de operações de resgate e de como os espíritos socorristas agem no Umbral para socorrer um espírito infeliz.
Aqui citaremos uma:
Os humanos desencarnados que escolheram residir na Zona Inferior – uma região de escuridão relativa – onde eles existem até começarem a ter sede de luz e amor… não são deixados à própria sorte para encontrar o caminho para o céu.
Eles são ajudados e guiados.
Um grupo de espíritos comunicou-se com o Rev. G. Vale Owen como eles propositadamente desceram de sua posição de luz e amor para a Zona Inferior (chamada Umbral na literatura espírita) no Livro Três, da obra A Vida Além do Véu.
O valente grupo de espíritos cruzou a fronteira entre o primeiro nível do céu e a Zona Inferior.
Onde almas sofredoras residem na ignorância e abnegação até que determinem que a vida em um ambiente de amor e bondade é superior a uma vivida submersa em nossas emoções mais básicas de ódio, egoísmo e ciúme.
Comummente, desencarnados nas Zonas Inferiores não seriam capazes de ver, tocar ou sentir um espírito superior, já que os espíritos superiores são menos densos.
Quando um espírito superior deseja ser notado, ele mesmo poderá se tornar visível – mesmo assim um espírito superior parecerá irradiar luz, o mesmo efeito quando pessoas que viveram em experiências de quase morte ou tiveram visões, vêem seres de luz que eles chamam de anjos.
Esse grupo de espíritos sacrificadores queria descer e ser visto.
Eles disseram ao médium G. Vale Owen que seu objetivo era ser percebido e não se mover invisível:
Assim, tendo passado através daquela área onde as pessoas passam ao sair da terra, e da qual já falamos resumidamente, passamos aos reinos mais escuros.
Agora sentimos a pressão na alma aumentando, sendo necessário um coração forte e cautela nos passos para o combate.
Porque você notará que nós não estávamos procurando aquele método pelo qual os mais elevados podem sustentar seu contacto com aqueles da escuridão, sendo invisíveis a eles.
Estávamos nos condicionando, como até aqui, ao ambiente das esferas inferiores à nossa, assim como a esta, de estado ainda mais baixo, para que ganhássemos corpo, ainda que sem dúvida não tão denso e bruto como os dos habitantes propriamente, mas mesmo assim bem próximo disso para, de vez em quando, sermos visíveis a eles se desejarmos, e rapidamente, e mesmo para que pudessem, em algumas ocasiões, estar conscientes do nosso contacto com eles e que eles mesmos possam nos tocar.
Então fomos bem vagarosamente e andando, e o tempo inteiro inspirando a condição que nos era ambiente para este mesmo fim e propósito.
Em 1949, em um livro psicografado pelo falecido grande médium brasileiro Francisco (Chico) C. Xavier, o espírito André Luiz descreveu o que ele, como membro de um grupo de espíritos, experimentados como eles também, desceram profundamente nas esferas inferiores da terra.
“Podemos não estar em cavernas infernais, mas chegamos ao grande império das inteligências perversas e atrasadas que habitam perto da superfície do planeta, onde os encarnados sofrem sua contínua influência.
Chegou a hora de fazermos um pequeno testemunho.
Uma grande capacidade de abnegação é crucial para que possamos alcançar nossos propósitos.
Podemos falhar por falta de paciência ou falta de sacrifício.
Para a maioria dos irmãos e irmãs atrasados que encontramos, não seremos mais do que desencarnados inconscientes de nossos próprios destinos.
Começamos a inalar as substâncias espessas que flutuam ao nosso redor, como se o ar fosse composto de fluidos viscosos.
Eloi ofegou e, apesar do meu sentimento de opressão asfixiante, tentei copiar a abordagem de nosso instrutor, que, silencioso e extremamente pálido, estava se ajustando à metamorfose.
Eu estava desorientado e percebi que nossa integração intencional com os elementos daquele plano inferior nos desfigurava enormemente.
Pouco a pouco, nos sentimos mais pesados. Senti como se tivesse repentinamente me reconectado ao meu corpo físico porque, embora ainda estivesse no controle de minha própria individualidade, encontrei-me coberto de matéria densa, como se tivesse sido inesperadamente forçado a usar armaduras pesadas”.
O resgate espiritual no Umbral não é uma coisa tão simples, pois segundo os relatos, os espíritos socorristas precisam diminuir a sua vibração, tornando-se mais densos, podendo sofrer algumas influências do ambiente umbralino.
§.§.§- Ave sem Ninho
Aqui citaremos uma:
Os humanos desencarnados que escolheram residir na Zona Inferior – uma região de escuridão relativa – onde eles existem até começarem a ter sede de luz e amor… não são deixados à própria sorte para encontrar o caminho para o céu.
Eles são ajudados e guiados.
Um grupo de espíritos comunicou-se com o Rev. G. Vale Owen como eles propositadamente desceram de sua posição de luz e amor para a Zona Inferior (chamada Umbral na literatura espírita) no Livro Três, da obra A Vida Além do Véu.
O valente grupo de espíritos cruzou a fronteira entre o primeiro nível do céu e a Zona Inferior.
Onde almas sofredoras residem na ignorância e abnegação até que determinem que a vida em um ambiente de amor e bondade é superior a uma vivida submersa em nossas emoções mais básicas de ódio, egoísmo e ciúme.
Comummente, desencarnados nas Zonas Inferiores não seriam capazes de ver, tocar ou sentir um espírito superior, já que os espíritos superiores são menos densos.
Quando um espírito superior deseja ser notado, ele mesmo poderá se tornar visível – mesmo assim um espírito superior parecerá irradiar luz, o mesmo efeito quando pessoas que viveram em experiências de quase morte ou tiveram visões, vêem seres de luz que eles chamam de anjos.
Esse grupo de espíritos sacrificadores queria descer e ser visto.
Eles disseram ao médium G. Vale Owen que seu objetivo era ser percebido e não se mover invisível:
Assim, tendo passado através daquela área onde as pessoas passam ao sair da terra, e da qual já falamos resumidamente, passamos aos reinos mais escuros.
Agora sentimos a pressão na alma aumentando, sendo necessário um coração forte e cautela nos passos para o combate.
Porque você notará que nós não estávamos procurando aquele método pelo qual os mais elevados podem sustentar seu contacto com aqueles da escuridão, sendo invisíveis a eles.
Estávamos nos condicionando, como até aqui, ao ambiente das esferas inferiores à nossa, assim como a esta, de estado ainda mais baixo, para que ganhássemos corpo, ainda que sem dúvida não tão denso e bruto como os dos habitantes propriamente, mas mesmo assim bem próximo disso para, de vez em quando, sermos visíveis a eles se desejarmos, e rapidamente, e mesmo para que pudessem, em algumas ocasiões, estar conscientes do nosso contacto com eles e que eles mesmos possam nos tocar.
Então fomos bem vagarosamente e andando, e o tempo inteiro inspirando a condição que nos era ambiente para este mesmo fim e propósito.
Em 1949, em um livro psicografado pelo falecido grande médium brasileiro Francisco (Chico) C. Xavier, o espírito André Luiz descreveu o que ele, como membro de um grupo de espíritos, experimentados como eles também, desceram profundamente nas esferas inferiores da terra.
“Podemos não estar em cavernas infernais, mas chegamos ao grande império das inteligências perversas e atrasadas que habitam perto da superfície do planeta, onde os encarnados sofrem sua contínua influência.
Chegou a hora de fazermos um pequeno testemunho.
Uma grande capacidade de abnegação é crucial para que possamos alcançar nossos propósitos.
Podemos falhar por falta de paciência ou falta de sacrifício.
Para a maioria dos irmãos e irmãs atrasados que encontramos, não seremos mais do que desencarnados inconscientes de nossos próprios destinos.
Começamos a inalar as substâncias espessas que flutuam ao nosso redor, como se o ar fosse composto de fluidos viscosos.
Eloi ofegou e, apesar do meu sentimento de opressão asfixiante, tentei copiar a abordagem de nosso instrutor, que, silencioso e extremamente pálido, estava se ajustando à metamorfose.
Eu estava desorientado e percebi que nossa integração intencional com os elementos daquele plano inferior nos desfigurava enormemente.
Pouco a pouco, nos sentimos mais pesados. Senti como se tivesse repentinamente me reconectado ao meu corpo físico porque, embora ainda estivesse no controle de minha própria individualidade, encontrei-me coberto de matéria densa, como se tivesse sido inesperadamente forçado a usar armaduras pesadas”.
O resgate espiritual no Umbral não é uma coisa tão simples, pois segundo os relatos, os espíritos socorristas precisam diminuir a sua vibração, tornando-se mais densos, podendo sofrer algumas influências do ambiente umbralino.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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O QUE É VERDADEIRAMENTE O UMBRAL?
As histórias que chegam até nós a respeito do Umbral mostram um local de sofrimento como dificilmente podemos imaginar.
Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, conversamos com o Médium e escritor Alceu Costa Filho.
Natural de Bicas, Minas Gerais, o Médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas também é capaz de realizar Efeitos Mediúnicos de natureza física, entre eles a materialização de espíritos.
Foi por orientação de seus mentores espirituais que passou a se dedicar com exclusividade ao seu lado intelectual.
A Mediunidade já foi percebida na adolescência e, segundo ele explica, não lhe faltou apoio da família.
Foi nessa época que Alceu viajou com um amigo até Pedro Leopoldo, com o objectivo de conhecer Chico Xavier.
Também teve a oportunidade de entrar em contacto com José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, que já chegou a ser conhecido como o Médium de cura mais famoso do Brasil.
Incorporando o dr. Fritz, Arigó dirigiu-se a Alceu, incentivando-o a prosseguir em seu caminho espiritual e dizendo-lhe para estudar.
Os estudos e o trabalho espiritual resultaram, em 1983, na fundação do Cenáculo Espírita Fraternidade, em Belo Horizonte.
Alceu diz que os espíritos preparam-no para o trabalho de psicografia.
"Sempre trabalhei com a Psicofonia, emprestando minha voz aos Espíritos, e recebendo, pela Vidência e Audiência, instrucções e orientações, das quais sempre me considerei apenas e tão-somente um simples mensageiro".
A tarefa da psicografia é seu objectivo fundamental, hoje.
Já foi Médium de efeitos físicos, actividade permitida, segundo explica, pelas entidades misericordiosas.
Mas a mesma espiritualidade orientou-o no sentido de se afastar dessa linha de atuação, concentrando-se na obra literária.
"Eu sou aposentado", ele explica, "e disponho, portanto, de tempo para me dedicar a essa tarefa, que realizo com muito carinho e respeito pelos espíritos, todos os dias, a partir das seis e quinze da manhã".
Ele diz que, no início, recebeu muitas mensagens, procurando orientação nas pessoas que sempre considerou médiuns exemplares.
No entanto, foi a própria espiritualidade que se encarregou de motivá-lo e ampará-lo.
"Eu vejo e ouço os amigos do outro lado, e não posso deixar de registar minha gratidão pelas lições de vida que deles recebi.
Os espíritos Filipe, Xisto Vinheiros, Cornélio Pires e Nina Arueira são aqueles aos quais estou servindo de intermediário, no momento".
O Médium mineiro participou activamente do movimento espírita mineiro e, hoje em dia, realiza seu trabalho de mediunidade no grupo que ajudou a fundar, realizando também tarefas de assistência social.
Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo.
Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?
Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento.
Definida nos dicionários (Aurélio) como:
“Limiar da Entrada”, este sempre existiu como consequência natural da mente humana.
Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias:
“O Umbral começa na crosta terrestre.
É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.
Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, conversamos com o Médium e escritor Alceu Costa Filho.
Natural de Bicas, Minas Gerais, o Médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas também é capaz de realizar Efeitos Mediúnicos de natureza física, entre eles a materialização de espíritos.
Foi por orientação de seus mentores espirituais que passou a se dedicar com exclusividade ao seu lado intelectual.
A Mediunidade já foi percebida na adolescência e, segundo ele explica, não lhe faltou apoio da família.
Foi nessa época que Alceu viajou com um amigo até Pedro Leopoldo, com o objectivo de conhecer Chico Xavier.
Também teve a oportunidade de entrar em contacto com José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, que já chegou a ser conhecido como o Médium de cura mais famoso do Brasil.
Incorporando o dr. Fritz, Arigó dirigiu-se a Alceu, incentivando-o a prosseguir em seu caminho espiritual e dizendo-lhe para estudar.
Os estudos e o trabalho espiritual resultaram, em 1983, na fundação do Cenáculo Espírita Fraternidade, em Belo Horizonte.
Alceu diz que os espíritos preparam-no para o trabalho de psicografia.
"Sempre trabalhei com a Psicofonia, emprestando minha voz aos Espíritos, e recebendo, pela Vidência e Audiência, instrucções e orientações, das quais sempre me considerei apenas e tão-somente um simples mensageiro".
A tarefa da psicografia é seu objectivo fundamental, hoje.
Já foi Médium de efeitos físicos, actividade permitida, segundo explica, pelas entidades misericordiosas.
Mas a mesma espiritualidade orientou-o no sentido de se afastar dessa linha de atuação, concentrando-se na obra literária.
"Eu sou aposentado", ele explica, "e disponho, portanto, de tempo para me dedicar a essa tarefa, que realizo com muito carinho e respeito pelos espíritos, todos os dias, a partir das seis e quinze da manhã".
Ele diz que, no início, recebeu muitas mensagens, procurando orientação nas pessoas que sempre considerou médiuns exemplares.
No entanto, foi a própria espiritualidade que se encarregou de motivá-lo e ampará-lo.
"Eu vejo e ouço os amigos do outro lado, e não posso deixar de registar minha gratidão pelas lições de vida que deles recebi.
Os espíritos Filipe, Xisto Vinheiros, Cornélio Pires e Nina Arueira são aqueles aos quais estou servindo de intermediário, no momento".
O Médium mineiro participou activamente do movimento espírita mineiro e, hoje em dia, realiza seu trabalho de mediunidade no grupo que ajudou a fundar, realizando também tarefas de assistência social.
Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo.
Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?
Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento.
Definida nos dicionários (Aurélio) como:
“Limiar da Entrada”, este sempre existiu como consequência natural da mente humana.
Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias:
“O Umbral começa na crosta terrestre.
É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Via de regra, até quanto tempo uma alma pode passar no Umbral?
Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?
A) O tempo que sua consciência determinar.
B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.
O Umbral também possui vários planos de existência?
No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos.
Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais.
Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.
No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam.
Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos.
O senhor poderia nos falar um pouco sobre isso?
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita:
“Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções".
Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons.
A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros.
Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.
Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra.
Isso é verdade?
Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o descreve:
“Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.
Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate?
É possível um espírito, de tão maligno, ter sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?
Seria negar a justiça divina.
Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões.
Todos fomos criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou rectro-agirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo.
Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos:
“A alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”
Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?
A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde:
“A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal".
Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?
A) O tempo que sua consciência determinar.
B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.
O Umbral também possui vários planos de existência?
No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos.
Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais.
Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.
No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam.
Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos.
O senhor poderia nos falar um pouco sobre isso?
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita:
“Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções".
Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons.
A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros.
Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.
Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra.
Isso é verdade?
Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o descreve:
“Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.
Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate?
É possível um espírito, de tão maligno, ter sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?
Seria negar a justiça divina.
Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões.
Todos fomos criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou rectro-agirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo.
Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos:
“A alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”
Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?
A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde:
“A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal".
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”.
E em João, cap. 1 a 12:
“Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céus ou do inferno que construiu para si.
Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores de nosso amanhã.
Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?
À Sombra da Luz.
Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?
Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.
Qual é o elo de ligação entre essas entidades?
Através da psicografia de Chico Xavier, em Acção e Reacção, André Luiz nos relata, no capítulo 19:
“...situado entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.”
Em Nosso Lar, capítulo 12:
“Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda espécie, formam igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”
É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?
Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo.
No capítulo 19 lemos:
“...percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até as mais subtis, distanciadas do movimento humano da crosta”.
É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que, se encontrando no Umbral, arrependem-se dos seus erros, rogando a misericórdia de Deus?
Nossos amigos espirituais nos orientam que estes postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio são criados e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda.
Note-se que nos referimos às equipes existentes no plano espiritual.
Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois naturalmente omitiríamos, por esquecimento e por desconhecê-las, muitas, preferimos não citar aquelas que são de nosso conhecimento.
É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?
Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”.
Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores):
“... a prece tem sobre eles uma acção mais directa, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevar pelo arrependimento e pela reparação...”.
Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.
E em João, cap. 1 a 12:
“Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céus ou do inferno que construiu para si.
Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores de nosso amanhã.
Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?
À Sombra da Luz.
Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?
Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.
Qual é o elo de ligação entre essas entidades?
Através da psicografia de Chico Xavier, em Acção e Reacção, André Luiz nos relata, no capítulo 19:
“...situado entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.”
Em Nosso Lar, capítulo 12:
“Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda espécie, formam igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”
É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?
Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo.
No capítulo 19 lemos:
“...percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até as mais subtis, distanciadas do movimento humano da crosta”.
É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que, se encontrando no Umbral, arrependem-se dos seus erros, rogando a misericórdia de Deus?
Nossos amigos espirituais nos orientam que estes postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio são criados e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda.
Note-se que nos referimos às equipes existentes no plano espiritual.
Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois naturalmente omitiríamos, por esquecimento e por desconhecê-las, muitas, preferimos não citar aquelas que são de nosso conhecimento.
É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?
Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”.
Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores):
“... a prece tem sobre eles uma acção mais directa, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevar pelo arrependimento e pela reparação...”.
Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Os espíritos em condição mais elevada transitam – se assim o desejarem – pelas regiões umbralinas?
Na obra Acção e Reacção, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma destas muitas incursões feitas por aqueles que ali vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.
Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados?
Descreva, se possível, como acontece essa influenciação.
Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura:
“Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se actividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo.
Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza”.
Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?
Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir:
“... os espíritos dedicados ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham.
Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.
O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?
Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas.
Vive-se, portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.
Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se encontram nas regiões umbralinas?
As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de atividades de nossa casa.
As de desobsessão são realizadas atendendo às orientações de nossos mentores, quando as julgam necessárias e se estivermos aptos para tal.
O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?
A descrição de nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, nos levam a crer que sim.
Citaremos para referência as obras de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, e ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura:
“...colónias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e infernos governados por verdadeiros génios do mal...”.
Fale sobre o seu último livro, que está sendo lançado pela Petit Editora.
Filipe nos relata com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus lideres, à frente de inúmeros seguidores.
Todo o relato feito por nosso irmão se passa nestas regiões de dor e sofrimento.
Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.
Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus.
Na obra Acção e Reacção, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma destas muitas incursões feitas por aqueles que ali vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.
Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados?
Descreva, se possível, como acontece essa influenciação.
Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura:
“Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se actividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo.
Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza”.
Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?
Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir:
“... os espíritos dedicados ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham.
Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.
O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?
Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas.
Vive-se, portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.
Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se encontram nas regiões umbralinas?
As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de atividades de nossa casa.
As de desobsessão são realizadas atendendo às orientações de nossos mentores, quando as julgam necessárias e se estivermos aptos para tal.
O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?
A descrição de nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, nos levam a crer que sim.
Citaremos para referência as obras de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, e ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura:
“...colónias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e infernos governados por verdadeiros génios do mal...”.
Fale sobre o seu último livro, que está sendo lançado pela Petit Editora.
Filipe nos relata com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus lideres, à frente de inúmeros seguidores.
Todo o relato feito por nosso irmão se passa nestas regiões de dor e sofrimento.
Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.
Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo, encontrando muitos já prontos para assimilar seus princípios, enquanto outros ainda à margem da estrada, insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem em sua oportunidade de evolução.
Outros ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade.
Portanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz, o caminho correcto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos.
“Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer acção que nos leve à conquista de nossa evolução.
Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.
Alceu Costa Filho:
§.§.§- Ave sem Ninho
Outros ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade.
Portanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz, o caminho correcto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos.
“Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer acção que nos leve à conquista de nossa evolução.
Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.
Alceu Costa Filho:
§.§.§- Ave sem Ninho
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Sucesso e Fracasso
O homem tem necessidade de enfrentar desafios.
São eles que o impulsionam ao crescimento, ao desenvolvimento de suas aptidões e potencialidades, sem o que permaneceria sem objectivo, relegando-o ao letargo, à negação da própria mecânica da vida que se expressa como evolução.
A medida que se lhe vai operando o amadurecimento psicológico, mais amplas perspectivas surgem nas suas paisagens mentais em forma de aspirações que se transformam em lutas motivadoras da existência.
Cada etapa vencida faculta novos rumos a percorrer e o seu transcurso é realizado a esforço que o ideal do sucesso propõe.
A princípio são metas próximas, não obstante se possam ambicionar outras mais expressivas, mesmo que remotas, porém prenunciadoras de vitórias imediatas.
O que está próximo e fácil não constitui grande desafio nem forte motivação para ser conseguido, pois sucede com mínimo esforço, deixando, quando logrado, um certo travo de frustração.
Enquanto se acalentam ambições nos padrões da realidade do possível, se vive motivado para prosseguir.
O seu desaparecimento faz-se morte existencial.
Dessas objetivações realizáveis surgem projetos mais audaciosos, considerados então impossíveis, que a tenacidade e a inteligência ao esforço conseguem alcançar.
A conquista da roda inicialmente mudou a fase do planeta.
A fundição dos metais, a electricidade e suas inumeráveis aplicações alteraram completamente o mundo terrestre, que deixou de ser conforme se apresentava para ressurgir com aspecto totalmente novo.
Os desafios do micro e do macrocosmo, que estão sendo vencidos, alteram, com os recursos avançados da ciência e da tecnologia, a cultura, a civilização e a vida nas suas diversas expressões.
Certamente, a precipitação emocional, as graves patologias orgânicas, psicológicas e psíquicas, algumas resultado dos atavismos e das fixações ancestrais, não permitiram, por enquanto, que se instale na sociedade a felicidade, nem no próprio indivíduo a harmonia, o prazer não agressivo nem extravagante.
A morbidez que campeia tem-nos dificultado.
Apesar dos sucessos conseguidos em muitos sectores, outros permanecem obscuros, aguardando.
Passos audaciosos já foram dados, favorecendo o bem-estar e ampliando os horizontes existenciais.
Lenta, mas seguramente, o homem sai da caverna, tem sucesso ao diminuir as sombras por onde transita e desenha um radioso futuro.
Os vestígios de barbarismo, o predomínio da natureza animal, a perseverança da apatia, vão sendo substituídos pelos anelos de liberdade, pelos ideais de auto-iluminação, de progresso, de amor, que se lhe desdobram no imo como um hino de alegria, uma saudação estuante de júbilo, um êxito em relação às condições hostis e às tendências perturbadoras.
Saturado do habitual aspira pelo inusitado.
Apaixonado pelo bom, pelo nobre, pelo belo liberta-se, a esforço que supera a vulgaridade, o tédio, o ego dominador.
Harmoniza o Self com o Cosmos e busca integração no conjunto geral, sem perda de identidade, nem de individualidade.
O sucesso é sempre o prémio para quem luta e aspira por ascensão, poder, destaque.
Não se tratam de buscas egóicas, mas de instrumentos de uso para conseguir a vigência dos ideais.
O poder é ferramenta neutra.
A aplicação que lhe é dada responde pelos efeitos que produz.
Proporciona os meios hábeis para as realizações, abrindo portas e ensanchas, a fim de que a vida se torne mais significativa.
Ter, possuir para manter-se com dignidade, em segurança económica, social, emocional, é um sentido existencial através do qual se harmonizam algumas necessidades psicológicas.
São eles que o impulsionam ao crescimento, ao desenvolvimento de suas aptidões e potencialidades, sem o que permaneceria sem objectivo, relegando-o ao letargo, à negação da própria mecânica da vida que se expressa como evolução.
A medida que se lhe vai operando o amadurecimento psicológico, mais amplas perspectivas surgem nas suas paisagens mentais em forma de aspirações que se transformam em lutas motivadoras da existência.
Cada etapa vencida faculta novos rumos a percorrer e o seu transcurso é realizado a esforço que o ideal do sucesso propõe.
A princípio são metas próximas, não obstante se possam ambicionar outras mais expressivas, mesmo que remotas, porém prenunciadoras de vitórias imediatas.
O que está próximo e fácil não constitui grande desafio nem forte motivação para ser conseguido, pois sucede com mínimo esforço, deixando, quando logrado, um certo travo de frustração.
Enquanto se acalentam ambições nos padrões da realidade do possível, se vive motivado para prosseguir.
O seu desaparecimento faz-se morte existencial.
Dessas objetivações realizáveis surgem projetos mais audaciosos, considerados então impossíveis, que a tenacidade e a inteligência ao esforço conseguem alcançar.
A conquista da roda inicialmente mudou a fase do planeta.
A fundição dos metais, a electricidade e suas inumeráveis aplicações alteraram completamente o mundo terrestre, que deixou de ser conforme se apresentava para ressurgir com aspecto totalmente novo.
Os desafios do micro e do macrocosmo, que estão sendo vencidos, alteram, com os recursos avançados da ciência e da tecnologia, a cultura, a civilização e a vida nas suas diversas expressões.
Certamente, a precipitação emocional, as graves patologias orgânicas, psicológicas e psíquicas, algumas resultado dos atavismos e das fixações ancestrais, não permitiram, por enquanto, que se instale na sociedade a felicidade, nem no próprio indivíduo a harmonia, o prazer não agressivo nem extravagante.
A morbidez que campeia tem-nos dificultado.
Apesar dos sucessos conseguidos em muitos sectores, outros permanecem obscuros, aguardando.
Passos audaciosos já foram dados, favorecendo o bem-estar e ampliando os horizontes existenciais.
Lenta, mas seguramente, o homem sai da caverna, tem sucesso ao diminuir as sombras por onde transita e desenha um radioso futuro.
Os vestígios de barbarismo, o predomínio da natureza animal, a perseverança da apatia, vão sendo substituídos pelos anelos de liberdade, pelos ideais de auto-iluminação, de progresso, de amor, que se lhe desdobram no imo como um hino de alegria, uma saudação estuante de júbilo, um êxito em relação às condições hostis e às tendências perturbadoras.
Saturado do habitual aspira pelo inusitado.
Apaixonado pelo bom, pelo nobre, pelo belo liberta-se, a esforço que supera a vulgaridade, o tédio, o ego dominador.
Harmoniza o Self com o Cosmos e busca integração no conjunto geral, sem perda de identidade, nem de individualidade.
O sucesso é sempre o prémio para quem luta e aspira por ascensão, poder, destaque.
Não se tratam de buscas egóicas, mas de instrumentos de uso para conseguir a vigência dos ideais.
O poder é ferramenta neutra.
A aplicação que lhe é dada responde pelos efeitos que produz.
Proporciona os meios hábeis para as realizações, abrindo portas e ensanchas, a fim de que a vida se torne mais significativa.
Ter, possuir para manter-se com dignidade, em segurança económica, social, emocional, é um sentido existencial através do qual se harmonizam algumas necessidades psicológicas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Qualquer tipo de carência aflige, e quando se faz pronunciada, expressando-se em um meio social ou em uma situação económica angustiante leva a crises desestruturadoras do comportamento.
O sucesso significativo, porém, se expressa como a atitude de equilíbrio entre o conseguir e o perder.
Nem sempre todas as respostas da luta são positivas, de triunfo.
O fracasso, desse modo, faz parte integrante do comportamento da busca.
Não se deter, quando por ele visitado, retirar a lição que encerra, analisar os factores que o produziram, a fim de que não se repita, e recomeçar, quantas vezes se faça necessário, eis a forma de torná-lo um sucesso verdadeiro.
A rebelião ante a sua ocorrência, a desestruturação íntima, a perda do sentido da luta, além de constituírem prejuízo emocional, representam fracasso real.
O insucesso de um cometimento pode tornar-se experiência que predispõe ao triunfo próximo.
Na estratégia bélica, vencer a guerra é a meta, e não somente ganhar batalhas.
O importante e essencial, no entanto, é sair vitorioso na luta final, aquela que define o combate.
O homem de sucesso ou de fracasso exterior deve vigiar o comportamento íntimo para detectar como se encontra realmente, e remanejar a situação.
Produzir a harmonia entre o eu superior e o ego é que realmente representa sucesso ideal.
Joana de Ângelis
§.§.§- Ave sem Ninho
O sucesso significativo, porém, se expressa como a atitude de equilíbrio entre o conseguir e o perder.
Nem sempre todas as respostas da luta são positivas, de triunfo.
O fracasso, desse modo, faz parte integrante do comportamento da busca.
Não se deter, quando por ele visitado, retirar a lição que encerra, analisar os factores que o produziram, a fim de que não se repita, e recomeçar, quantas vezes se faça necessário, eis a forma de torná-lo um sucesso verdadeiro.
A rebelião ante a sua ocorrência, a desestruturação íntima, a perda do sentido da luta, além de constituírem prejuízo emocional, representam fracasso real.
O insucesso de um cometimento pode tornar-se experiência que predispõe ao triunfo próximo.
Na estratégia bélica, vencer a guerra é a meta, e não somente ganhar batalhas.
O importante e essencial, no entanto, é sair vitorioso na luta final, aquela que define o combate.
O homem de sucesso ou de fracasso exterior deve vigiar o comportamento íntimo para detectar como se encontra realmente, e remanejar a situação.
Produzir a harmonia entre o eu superior e o ego é que realmente representa sucesso ideal.
Joana de Ângelis
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Intolerância religiosa
Por que as religiões ainda não se unem?
Principiemos por entender o que significa “intolerância”.
Em Medicina, a palavra é empregada para designar a impossibilidade que um organismo apresenta de tolerar certas substâncias.
Muitas vezes é utilizada como sinónimo de violência ou intransigência.
Na Introdução ao livro A caminho da luz, Emmanuel1 nos fala, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, sobre as transições dos séculos XX e XXI, quando as forças espirituais estariam se reunindo para as grandes reconstruções do porvir. Encarnados ou desencarnados, estamos vivendo esse momento em que se efetua a aferição de todos os valores terrestres para o despertar de um mundo novo.
É natural que nesta fase de transição de nosso planeta nos preocupemos com a origem das religiões, do passado e do presente, e reconheçamos que a realidade espiritual está acima de todos os fenómenos transitórios da matéria.
É natural também que nos preocupemos com todos os desvios do fanatismo, da fé cega e da separação que têm caracterizado a conduta humana na liderança dos grupos religiosos, tanto daqueles extintos quanto dos oriundos das religiões contemporâneas.
As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.2
Foi um erro julgar como bárbaros e pagãos os povos terrestres que não conheceram, diretamente, as lições sublimes do seu Evangelho de redenção, porquanto a sua desvelada assistência acompanhou, como ainda acompanha, a evolução das criaturas em todas as latitudes do orbe.
Todos os livros e tradições religiosas da antiguidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial.
As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento.
Todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida de todo o Universo e, no tradicionalismo de todas, palpita a visão sublimada do Cristo, esperado em todos os pontos do globo.
É por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem a lição directa do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra, em virtude das próprias revelações do seu ambiente […].3
Esses fatos permitem que recordemos as denominadas “Cruzadas”, isto é, arregimentações de tropas que foram enviadas à Palestina para recuperar a liberdade de acesso dos cristãos a Jerusalém.
A guerra pela “Terra Santa”, que durou do século XI ao século XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos sobre essa região considerada sagrada pelos cristãos.
Após o domínio da área geográfica, os turcos passaram a impedir, ferozmente, a peregrinação dos europeus, utilizando-se, para tanto, da captura e do assassinato de muitos peregrinos que buscavam a região unicamente pela fé.
As Cruzadas aumentaram as tensões e as hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média.
No estudo das religiões em nosso planeta não é possível ignorar as considerações reunidas por Allan Kardec no capítulo 1 de O evangelho segundo o espiritismo,4 bem como as informações trazidas por Emmanuel sobre as revelações conhecidas como Judaísmo e Cristianismo.5
Com Moisés, recebemos a “Lei de Deus formulada nos dez mandamentos”,6 lei que pode ser condensada no amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Allan Kardec, indiscutível missionário de Jesus, apoiado no Novo Testamento e no ensino dos Espíritos, traz-nos o Espiritismo definido como […] a ciência nova que vem revelar aos homens […] a existência e a natureza do Mundo Espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo […].7
A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés; a do Novo Testamento está personificada no Cristo.
O Espiritismo é a Terceira Revelação das Leis de Deus e não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado […] pelos Espíritos […].8
Principiemos por entender o que significa “intolerância”.
Em Medicina, a palavra é empregada para designar a impossibilidade que um organismo apresenta de tolerar certas substâncias.
Muitas vezes é utilizada como sinónimo de violência ou intransigência.
Na Introdução ao livro A caminho da luz, Emmanuel1 nos fala, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, sobre as transições dos séculos XX e XXI, quando as forças espirituais estariam se reunindo para as grandes reconstruções do porvir. Encarnados ou desencarnados, estamos vivendo esse momento em que se efetua a aferição de todos os valores terrestres para o despertar de um mundo novo.
É natural que nesta fase de transição de nosso planeta nos preocupemos com a origem das religiões, do passado e do presente, e reconheçamos que a realidade espiritual está acima de todos os fenómenos transitórios da matéria.
É natural também que nos preocupemos com todos os desvios do fanatismo, da fé cega e da separação que têm caracterizado a conduta humana na liderança dos grupos religiosos, tanto daqueles extintos quanto dos oriundos das religiões contemporâneas.
As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.2
Foi um erro julgar como bárbaros e pagãos os povos terrestres que não conheceram, diretamente, as lições sublimes do seu Evangelho de redenção, porquanto a sua desvelada assistência acompanhou, como ainda acompanha, a evolução das criaturas em todas as latitudes do orbe.
Todos os livros e tradições religiosas da antiguidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial.
As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento.
Todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida de todo o Universo e, no tradicionalismo de todas, palpita a visão sublimada do Cristo, esperado em todos os pontos do globo.
É por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem a lição directa do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra, em virtude das próprias revelações do seu ambiente […].3
Esses fatos permitem que recordemos as denominadas “Cruzadas”, isto é, arregimentações de tropas que foram enviadas à Palestina para recuperar a liberdade de acesso dos cristãos a Jerusalém.
A guerra pela “Terra Santa”, que durou do século XI ao século XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos sobre essa região considerada sagrada pelos cristãos.
Após o domínio da área geográfica, os turcos passaram a impedir, ferozmente, a peregrinação dos europeus, utilizando-se, para tanto, da captura e do assassinato de muitos peregrinos que buscavam a região unicamente pela fé.
As Cruzadas aumentaram as tensões e as hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média.
No estudo das religiões em nosso planeta não é possível ignorar as considerações reunidas por Allan Kardec no capítulo 1 de O evangelho segundo o espiritismo,4 bem como as informações trazidas por Emmanuel sobre as revelações conhecidas como Judaísmo e Cristianismo.5
Com Moisés, recebemos a “Lei de Deus formulada nos dez mandamentos”,6 lei que pode ser condensada no amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Allan Kardec, indiscutível missionário de Jesus, apoiado no Novo Testamento e no ensino dos Espíritos, traz-nos o Espiritismo definido como […] a ciência nova que vem revelar aos homens […] a existência e a natureza do Mundo Espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo […].7
A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés; a do Novo Testamento está personificada no Cristo.
O Espiritismo é a Terceira Revelação das Leis de Deus e não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado […] pelos Espíritos […].8
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Entretanto, a supervisão de Jesus sobre a evolução espiritual do nosso mundo é uma presença constante, confi rmada por fatos de maior ou menor repercussão.
Exemplifiquemos:
Em meados da década de 1960, realizava-se na cidade de Araçatuba (SP) a Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo.
Simultaneamente, no mesmo período e localidade, realizava-se um evento da Juventude Evangélica.
O movimento de Mocidades Espíritas enviara uma comissão para saudar os evangélicos e, na noite seguinte, o movimento evangélico enviou, como retribuição, o trio “Melodia” para executar um número musical como mensagem de fraternidade entre os diferentes grupos adeptos do Cristianismo.
Foi indiscutível a emoção que tomou conta da plateia, antecedendo a palavra de Divaldo Franco, com a qual a Concentração de Mocidades Espíritas seria encerrada.
Em fevereiro de 2016, a imprensa de todo o planeta divulgou imagem do encontro histórico entre o papa Francisco, da Igreja Católica Romana, com o patriarca da Igreja Católica Ortodoxa sediada na Rússia.
A reunião foi realizada no México e teve, como objectivo central, a aproximação dos adeptos do Cristianismo em nosso mundo.
Parece-nos que a aproximação entre as correntes religiosas que se estruturam sob a influência de Jesus, conhecidas como cristãs, antecederá aquela que deverá ocorrer também com a participação de outros grupos, nos quais a religiosidade se confunde ainda com interesses culturais e económicos, distanciando-se mesmo dos inspirados ensinos de seus fundadores.
Mais uma vez Emmanuel nos esclarece que […] na direcção de todos os fenómenos de nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros […] em cujas mãos se conservam as rédeas directoras da vida de todas as coletividades planetárias.9
Lembremo-nos sempre de que Deus é único, omnisciente e omnipotente, e que a verdade também é única, uma vez que é a expressão da Lei Divina.
Por mais que se confrontem e se confundam ainda os pensamentos e sentimentos religiosos dos Espíritos, a tendência incontestável é de convergência das forças vivas da vida.
Conduzidos pela fé em Deus e pela mensagem superior trazida por Jesus, não duvidemos, em momento algum, do advento da unidade religiosa na Terra e da inutilidade futura da palavra “intolerância” no reconhecimento da paternidade Divina.
Reportando-nos à pergunta “Por que as religiões ainda não se unem?” cremos que a resposta está implícita nas considerações apoiadas pelas entidades espirituais que nos orientaram na elaboração deste despretensioso artigo.
Os Espíritos que povoam o nosso planeta situam-se em diferentes níveis de evolução.
Muitos deles ainda estão influenciados por costumes e lideranças religiosas que os acompanharam na migração planetária que os conduziu para este mundo.
Outros, embora originários da Terra, permanecem na infância da Humanidade e estão situados em planos menos graduados da escala evolutiva.
Todos, entretanto, evoluirão em direção aos valores pertinentes à mais pura fraternidade, identificando-se com a paz e o entendimento universais.
REFERÊNCIAS:
1 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5.imp. Brasília: FEB, 2016.
2 cap. 9 – As grandes religiões do passado, it. As primeiras organizações religiosas.
3. it. As revelações gradativas.
4 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016.
5 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 7 – O povo de Israel, it. O Judaísmo e o Cristianismo.
6 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 1, it. 2.
7 it. 5.
8 it. 6.
9 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 1 – A Gênese Planetária, it. A comunidade dos Espíritos puros.
§.§.§- Ave sem Ninho
Exemplifiquemos:
Em meados da década de 1960, realizava-se na cidade de Araçatuba (SP) a Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo.
Simultaneamente, no mesmo período e localidade, realizava-se um evento da Juventude Evangélica.
O movimento de Mocidades Espíritas enviara uma comissão para saudar os evangélicos e, na noite seguinte, o movimento evangélico enviou, como retribuição, o trio “Melodia” para executar um número musical como mensagem de fraternidade entre os diferentes grupos adeptos do Cristianismo.
Foi indiscutível a emoção que tomou conta da plateia, antecedendo a palavra de Divaldo Franco, com a qual a Concentração de Mocidades Espíritas seria encerrada.
Em fevereiro de 2016, a imprensa de todo o planeta divulgou imagem do encontro histórico entre o papa Francisco, da Igreja Católica Romana, com o patriarca da Igreja Católica Ortodoxa sediada na Rússia.
A reunião foi realizada no México e teve, como objectivo central, a aproximação dos adeptos do Cristianismo em nosso mundo.
Parece-nos que a aproximação entre as correntes religiosas que se estruturam sob a influência de Jesus, conhecidas como cristãs, antecederá aquela que deverá ocorrer também com a participação de outros grupos, nos quais a religiosidade se confunde ainda com interesses culturais e económicos, distanciando-se mesmo dos inspirados ensinos de seus fundadores.
Mais uma vez Emmanuel nos esclarece que […] na direcção de todos os fenómenos de nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros […] em cujas mãos se conservam as rédeas directoras da vida de todas as coletividades planetárias.9
Lembremo-nos sempre de que Deus é único, omnisciente e omnipotente, e que a verdade também é única, uma vez que é a expressão da Lei Divina.
Por mais que se confrontem e se confundam ainda os pensamentos e sentimentos religiosos dos Espíritos, a tendência incontestável é de convergência das forças vivas da vida.
Conduzidos pela fé em Deus e pela mensagem superior trazida por Jesus, não duvidemos, em momento algum, do advento da unidade religiosa na Terra e da inutilidade futura da palavra “intolerância” no reconhecimento da paternidade Divina.
Reportando-nos à pergunta “Por que as religiões ainda não se unem?” cremos que a resposta está implícita nas considerações apoiadas pelas entidades espirituais que nos orientaram na elaboração deste despretensioso artigo.
Os Espíritos que povoam o nosso planeta situam-se em diferentes níveis de evolução.
Muitos deles ainda estão influenciados por costumes e lideranças religiosas que os acompanharam na migração planetária que os conduziu para este mundo.
Outros, embora originários da Terra, permanecem na infância da Humanidade e estão situados em planos menos graduados da escala evolutiva.
Todos, entretanto, evoluirão em direção aos valores pertinentes à mais pura fraternidade, identificando-se com a paz e o entendimento universais.
REFERÊNCIAS:
1 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5.imp. Brasília: FEB, 2016.
2 cap. 9 – As grandes religiões do passado, it. As primeiras organizações religiosas.
3. it. As revelações gradativas.
4 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016.
5 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 7 – O povo de Israel, it. O Judaísmo e o Cristianismo.
6 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 1, it. 2.
7 it. 5.
8 it. 6.
9 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 1 – A Gênese Planetária, it. A comunidade dos Espíritos puros.
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SUICÍDIO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: O PROBLEMA SOB A VISÃO ESPÍRITA
“(...)para o que não crê na eternidade e julga que com a vida tudo se acaba, se os infortúnios e as aflições o acabrunham, unicamente na morte vê uma solução para as suas amarguras.
Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.”
(“O suicídio e a loucura”. In: O Evangelho segundo o Espiritismo.) (1)
Crianças e adolescentes, em número expressivo, buscam no suicídio a fuga que lhes parece mais viável aos dissabores e dificuldades que surgem de suas experiências na matéria.
O assunto, de importância vital para análise e reflexão de todos os espíritas, é destacado no temário das Campanhas Viver em Família e Em Defesa da Vida, reativadas pelo Conselho Federativo Nacional, órgão da Federação Espírita Brasileira, em 21 de novembro de 2004, tendo como uma de suas ações, em nível nacional, estimular o aprofundamento de temas dessa natureza, concluindo quão importante torna-se o conviver em família, onde sob todos os aspectos, a vida deve ser preservada e cuidada. (2)
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2000), no mundo inteiro, o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 19 anos e em vários países ele fica como primeira ou segunda causa de morte entre meninos e meninas nessa mesma faixa etária.(3)Verificamos que, estatisticamente, o Brasil se coloca como um dos países que possui um índice relativamente significativo neste tipo de morte entre os jovens:
nos anos de 1991 a 2000 os suicídios, nessa faixa etária, tiveram crescimento de 28,5% e os dados, atualmente, apresentam, segundo a magnitude da população jovem brasileira, uma taxa de 4 suicídios por 100 mil habitantes.
É possível, também, observar que a incidência dos óbitos por suicídio apresenta, a partir dos 10 anos, uma forte tendência ascendente para chegar à sua máxima expressão aos 21 anos de idade. (4)
É entristecedor ver esses Espíritos envolvidos em tantas frustrações, decorrentes de conflitos íntimos e de uma educação mal administrada, por parte dos pais, ou por serem, alguns, portadores de desequilíbrios emocionais que não foram atendidos adequadamente na infância, levando-os a uma atitude tão drástica.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda (1991) aponta para os graves agentes psicológicos que levam ao suicídio, como a angústia, a insegurança, os conturbadores fenómenos psicossociais e económicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento de desamparo e de perda, todos com sede na alma imatura e ingrata, fraca de recursos morais para sobrepô-los às contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo.
E, este trágico ato assume gravidade e constrangimento maiores, quando crianças, que ainda não dispõem do discernimento, optam pela aberrante decisão. (5)
Como avaliar o tresloucado gesto de seres tão jovens, sob a visão espírita?
Que causas estimulam esses Espíritos, ainda imaturos, a buscarem, no gesto derradeiro, a superação dos problemas que os alucinam?
Mesmo considerando o grande número de suicidas que renascem com as impressões da acção cometida em vidas passadas, é necessária uma análise mais acurada sobre as razões que os impelem a cometer novas transgressões às leis de Deus, agravando ainda mais sua situação espiritual.
Analisaremos, inicialmente, os suicídios que têm por causa a obsessão.
Elucida-nos o venerável Espírito Bezerra de Menezes que Espíritos perversos influenciam os encarnados, sugestionando-os a cometerem o acto terrível, através do sono de cada noite, por uma pressão obsessora do seu desafeto espiritual, (...).
Outros existem que não querem absolutamente morrer, não desejam o suicídio (...).
Apesar disso, sucumbem, (...) uma vez que, deseducados da luz das verdades eternas, desconhecedores do verdadeiro móvel da vida humana, como da natureza espiritual do homem, não lograram forças nem elementos com que se libertarem do jugo mental (...) cujo acesso permitiram (6).
Esses suicídios, levados a efeito por influências obsessivas, apresentam certa parcela de atenuantes para as vítimas e graves responsabilidades para os que os motivaram, respondendo, esses algozes, perante a Justiça Divina, pela crueldade cometida contra os seus adversários.
Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.”
(“O suicídio e a loucura”. In: O Evangelho segundo o Espiritismo.) (1)
Crianças e adolescentes, em número expressivo, buscam no suicídio a fuga que lhes parece mais viável aos dissabores e dificuldades que surgem de suas experiências na matéria.
O assunto, de importância vital para análise e reflexão de todos os espíritas, é destacado no temário das Campanhas Viver em Família e Em Defesa da Vida, reativadas pelo Conselho Federativo Nacional, órgão da Federação Espírita Brasileira, em 21 de novembro de 2004, tendo como uma de suas ações, em nível nacional, estimular o aprofundamento de temas dessa natureza, concluindo quão importante torna-se o conviver em família, onde sob todos os aspectos, a vida deve ser preservada e cuidada. (2)
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2000), no mundo inteiro, o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 19 anos e em vários países ele fica como primeira ou segunda causa de morte entre meninos e meninas nessa mesma faixa etária.(3)Verificamos que, estatisticamente, o Brasil se coloca como um dos países que possui um índice relativamente significativo neste tipo de morte entre os jovens:
nos anos de 1991 a 2000 os suicídios, nessa faixa etária, tiveram crescimento de 28,5% e os dados, atualmente, apresentam, segundo a magnitude da população jovem brasileira, uma taxa de 4 suicídios por 100 mil habitantes.
É possível, também, observar que a incidência dos óbitos por suicídio apresenta, a partir dos 10 anos, uma forte tendência ascendente para chegar à sua máxima expressão aos 21 anos de idade. (4)
É entristecedor ver esses Espíritos envolvidos em tantas frustrações, decorrentes de conflitos íntimos e de uma educação mal administrada, por parte dos pais, ou por serem, alguns, portadores de desequilíbrios emocionais que não foram atendidos adequadamente na infância, levando-os a uma atitude tão drástica.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda (1991) aponta para os graves agentes psicológicos que levam ao suicídio, como a angústia, a insegurança, os conturbadores fenómenos psicossociais e económicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento de desamparo e de perda, todos com sede na alma imatura e ingrata, fraca de recursos morais para sobrepô-los às contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo.
E, este trágico ato assume gravidade e constrangimento maiores, quando crianças, que ainda não dispõem do discernimento, optam pela aberrante decisão. (5)
Como avaliar o tresloucado gesto de seres tão jovens, sob a visão espírita?
Que causas estimulam esses Espíritos, ainda imaturos, a buscarem, no gesto derradeiro, a superação dos problemas que os alucinam?
Mesmo considerando o grande número de suicidas que renascem com as impressões da acção cometida em vidas passadas, é necessária uma análise mais acurada sobre as razões que os impelem a cometer novas transgressões às leis de Deus, agravando ainda mais sua situação espiritual.
Analisaremos, inicialmente, os suicídios que têm por causa a obsessão.
Elucida-nos o venerável Espírito Bezerra de Menezes que Espíritos perversos influenciam os encarnados, sugestionando-os a cometerem o acto terrível, através do sono de cada noite, por uma pressão obsessora do seu desafeto espiritual, (...).
Outros existem que não querem absolutamente morrer, não desejam o suicídio (...).
Apesar disso, sucumbem, (...) uma vez que, deseducados da luz das verdades eternas, desconhecedores do verdadeiro móvel da vida humana, como da natureza espiritual do homem, não lograram forças nem elementos com que se libertarem do jugo mental (...) cujo acesso permitiram (6).
Esses suicídios, levados a efeito por influências obsessivas, apresentam certa parcela de atenuantes para as vítimas e graves responsabilidades para os que os motivaram, respondendo, esses algozes, perante a Justiça Divina, pela crueldade cometida contra os seus adversários.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Intriga-nos, sem dúvida, que esta situação possa ocorrer com crianças e jovens.
A análise feita por Allan Kardec à resposta dada pelos Espíritos Superiores, à questão 199-a, em O Livro dos Espíritos, esclarece-nos sobre o problema. Diz o Codificador:
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão?”(7)
Conclui Kardec, na mesma nota, que esses Espíritos se revelam viciosos por não possuírem progresso, sofrendo, então, por efeito de sua inferioridade.
Essas crianças, geralmente, manifestam comportamentos desequilibrados, como resultante da rebeldia, da insatisfação, do nervosismo, da dificuldade intelectual que apresentam, agravando-se, cada vez mais, a sua existência, caso não recebam os cuidados urgentes dos pais, em forma de afecto, compreensão e providências terapêuticas adequadas, para que consigam superar reminiscências tão dolorosas.
Suely Caldas Schubert (1981), ao referir-se ao problema da obsessão na infância, traz de sua experiência interessantes depoimentos sobre crianças que tentaram o suicídio.
Um desses casos foi destacado como gravíssimo.
Conta-nos a autora que certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos: um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite.
Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento (8).
Os pais da referida criança buscaram ajuda no Espiritismo e, a partir das reuniões de desobsessão, realizadas em seu benefício, foi possível diagnosticar, espiritualmente, as causas do seu estado actual.
A oração, o passe e a água fluidificada, usados na terapêutica espiritual, melhoraram sensivelmente o problema obsessivo e outras crianças, que apresentavam sintomas semelhantes, foram amparadas, igualmente.
Schubert chama atenção para a importância das aulas de Evangelização Espírita, quando os pequeninos seres são extremamente ajudados pelos ensinamentos ministrados, oferecidos por meio das luzes do esclarecimento espírita-cristão de que tanto carecem (p. 66).
Além das orientações que recebemos da profilaxia espírita é imprescindível procurarmos o auxílio de psicólogos, médicos, educadores e outros, que orientem na utilização de mecanismos preventivos, para o reajustamento dessas crianças.
É importante ressaltar, todavia, que ao tratarmos de suicídio, não podemos apenas nos referir às obsessões, que influenciam grandemente essas almas torturadas, mas devemos levar em conta o rol de dificuldades que esses Espíritos trazem consigo, impulsionando-os a cometer desatinos de toda sorte, em prejuízo próprio, não lhes permitindo viver de forma mais tranquila e segura.
Aos pais cabe a tarefa maior de ampará-los, dispensando-lhes muito amor, a fim de que se sintam amados e possam superar esses estados de sofrimento, choques e dores que necessitam ser atenuados por meio da educação, na prática de exercícios moralizadores, até que consigam transformar suas disposições mentais, na busca do rumo feliz que tanto anelam.
Ao conhecermos os factores causais dos sofrimentos que nos atingem, passamos a aceitar com resignação e responsabilidade as provas indispensáveis para evoluirmos.
Por isso, aceitar filhos difíceis é reagir de forma positiva, envolvendo-os em vibrações de ternura, anulando-lhes as impressões negativas, dialogando constantemente com eles, no uso da palavra envolta em emoção afectuosa e franca, e transmitindo-lhes a confiança de que haverão de se livrar dos problemas íntimos que os oprimem, confiando em Jesus e nos benfeitores espirituais.
A criança, se evangelizada desde cedo, tem noção exata do que significa o amparo desses Amigos do além-túmulo.
A análise feita por Allan Kardec à resposta dada pelos Espíritos Superiores, à questão 199-a, em O Livro dos Espíritos, esclarece-nos sobre o problema. Diz o Codificador:
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Algumas não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até o pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão?”(7)
Conclui Kardec, na mesma nota, que esses Espíritos se revelam viciosos por não possuírem progresso, sofrendo, então, por efeito de sua inferioridade.
Essas crianças, geralmente, manifestam comportamentos desequilibrados, como resultante da rebeldia, da insatisfação, do nervosismo, da dificuldade intelectual que apresentam, agravando-se, cada vez mais, a sua existência, caso não recebam os cuidados urgentes dos pais, em forma de afecto, compreensão e providências terapêuticas adequadas, para que consigam superar reminiscências tão dolorosas.
Suely Caldas Schubert (1981), ao referir-se ao problema da obsessão na infância, traz de sua experiência interessantes depoimentos sobre crianças que tentaram o suicídio.
Um desses casos foi destacado como gravíssimo.
Conta-nos a autora que certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos: um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite.
Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento (8).
Os pais da referida criança buscaram ajuda no Espiritismo e, a partir das reuniões de desobsessão, realizadas em seu benefício, foi possível diagnosticar, espiritualmente, as causas do seu estado actual.
A oração, o passe e a água fluidificada, usados na terapêutica espiritual, melhoraram sensivelmente o problema obsessivo e outras crianças, que apresentavam sintomas semelhantes, foram amparadas, igualmente.
Schubert chama atenção para a importância das aulas de Evangelização Espírita, quando os pequeninos seres são extremamente ajudados pelos ensinamentos ministrados, oferecidos por meio das luzes do esclarecimento espírita-cristão de que tanto carecem (p. 66).
Além das orientações que recebemos da profilaxia espírita é imprescindível procurarmos o auxílio de psicólogos, médicos, educadores e outros, que orientem na utilização de mecanismos preventivos, para o reajustamento dessas crianças.
É importante ressaltar, todavia, que ao tratarmos de suicídio, não podemos apenas nos referir às obsessões, que influenciam grandemente essas almas torturadas, mas devemos levar em conta o rol de dificuldades que esses Espíritos trazem consigo, impulsionando-os a cometer desatinos de toda sorte, em prejuízo próprio, não lhes permitindo viver de forma mais tranquila e segura.
Aos pais cabe a tarefa maior de ampará-los, dispensando-lhes muito amor, a fim de que se sintam amados e possam superar esses estados de sofrimento, choques e dores que necessitam ser atenuados por meio da educação, na prática de exercícios moralizadores, até que consigam transformar suas disposições mentais, na busca do rumo feliz que tanto anelam.
Ao conhecermos os factores causais dos sofrimentos que nos atingem, passamos a aceitar com resignação e responsabilidade as provas indispensáveis para evoluirmos.
Por isso, aceitar filhos difíceis é reagir de forma positiva, envolvendo-os em vibrações de ternura, anulando-lhes as impressões negativas, dialogando constantemente com eles, no uso da palavra envolta em emoção afectuosa e franca, e transmitindo-lhes a confiança de que haverão de se livrar dos problemas íntimos que os oprimem, confiando em Jesus e nos benfeitores espirituais.
A criança, se evangelizada desde cedo, tem noção exata do que significa o amparo desses Amigos do além-túmulo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
O problema do suicídio assume dimensões maiores na adolescência, quando, quase sempre, não se recebeu ajuda na fase infantil.
O Espírito Joanna de Ângelis (1998) afirma que a desinformação a respeito da imortalidade do ser e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio. (...)
E essa falta de esclarecimento é maior no período infanto-juvenil, (...) facultando a fuga hedionda da existência carnal (...) (9).
Há que se considerar, também, o suicídio indireto, quando o adolescente, vivendo em clima de lutas acerbas e não tendo recebido uma base familiar de orientação segura, desgasta suas forças morais e emocionais, enredando-se no jogo das paixões, principalmente no sexo em uso excessivo, na ingestão de bebidas alcoólicas, do fumo nocivo e das drogas, resultando nas reações comportamentais rebeldes e agressivas, que causarão sobrecargas destrutivas no conjunto do ser, desequilibrando suas condições física e mental (p. 133).
O panorama traçado até aqui mostra que o suicídio de crianças e jovens é constantemente desafiado pelas circunstâncias, muitas vezes imprevisíveis, que surgem dentro do próprio lar.
O lar deve ser escola de real educação, sem o caráter autoritário e impositivo, que torne as relações entre pais e filhos obsessivas e desgastantes, mas com a preocupação sincera de estabelecer-se entre eles uma amizade verdadeira, que lhes permita encontrar a resistência espiritual de que precisam, para enfrentar as vicissitudes e os desafios decorrentes de frustrações e de conflitos íntimos, surgidos, especialmente, dos relacionamentos interpessoais, nem sempre vividos favoravelmente.
A educação que se funda no processo de despertar os poderes latentes do Espírito é a única que realmente resolve o problema do ser.
Educação que deve preparar o indivíduo para a vida como realmente ela é, destacando, sempre, a bênção da reencarnação, que permite lutar pelas mais nobres aspirações e reconhecendo, com gratidão, os destinos altaneiros que Deus concebeu e tracejou para o Espírito.
Importa, pois, primeiramente, que a criança e o adolescente tenham uma visão correta sobre a realidade e o futuro do ser, traçando para si valores éticos e cristãos que constituem a verdadeira vida e que os fará esperar pela concretização de realizações que os estimulem ao progresso.
A missão do Espiritismo é educar para salvar.
Tenhamos nós, espíritas, a certeza desta revelação, pois enquanto esse fato não penetrar em nossas mentes e corações não saberemos acolher, com compreensão, essas almas infelizes e enfermas, necessitadas de infinito amor.
Quanto a isso, reflitamos sobre a sábia lição de Jesus:
“Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.” (Mateus, 5:15.)
Clara Lila Gonzalez de Araujo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1)KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 105. ed. Rio de Janeiro: FEB. 1991, cap. V, item 15, p. 113.
(2)FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA – FEB. Família, Vida e Paz – Subsídios para a Implantação e Desenvolvimento das Campanhas Viver em Família,Em Defesa da Vida e Construamos a Paz Promovendo o Bem! Brasília (DF): 2005.
(3)ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – Departamento de Saúde Mental. “Prevenção do Suicídio: Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Primária”. Genebra, Suíça. 2000.
(4)WAISELFISZ, Jacob. UNESCO. “Mapa da Violência III”. Brasil (DF). Fevereiro de 2002.
(5)FRANCO, Divaldo Pereira. “Suicídio – Solução Insolvável”. In: Temas da Vida e da Morte, pelo Espírito Manoel P. de Miranda. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991, p. 98.
(6)PEREIRA, Yvonne A. Dramas da Obsessão, pelo Espírito Bezerra de Menezes. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1976, Primeira Parte, cap. VI, p. 28-29.
(7)KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 72. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992, “Sorte das crianças depois da morte”. Parte Segunda, cap. IV, questão 199a, p. 134.
(8)SCHUBERT, Suely Caldas. “A criança obsidiada”. In: Obsessão/Desobsessão. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB. 1981, cap. 12, p. 66.
(9)FRANCO, Divaldo Pereira. “O Adolescente e o Suicídio”. In: Adolescência e Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4. ed. Salvador (BA), LEAL editora. 1997, p: 131-135.
§.§.§- Ave sem Ninho
O Espírito Joanna de Ângelis (1998) afirma que a desinformação a respeito da imortalidade do ser e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio. (...)
E essa falta de esclarecimento é maior no período infanto-juvenil, (...) facultando a fuga hedionda da existência carnal (...) (9).
Há que se considerar, também, o suicídio indireto, quando o adolescente, vivendo em clima de lutas acerbas e não tendo recebido uma base familiar de orientação segura, desgasta suas forças morais e emocionais, enredando-se no jogo das paixões, principalmente no sexo em uso excessivo, na ingestão de bebidas alcoólicas, do fumo nocivo e das drogas, resultando nas reações comportamentais rebeldes e agressivas, que causarão sobrecargas destrutivas no conjunto do ser, desequilibrando suas condições física e mental (p. 133).
O panorama traçado até aqui mostra que o suicídio de crianças e jovens é constantemente desafiado pelas circunstâncias, muitas vezes imprevisíveis, que surgem dentro do próprio lar.
O lar deve ser escola de real educação, sem o caráter autoritário e impositivo, que torne as relações entre pais e filhos obsessivas e desgastantes, mas com a preocupação sincera de estabelecer-se entre eles uma amizade verdadeira, que lhes permita encontrar a resistência espiritual de que precisam, para enfrentar as vicissitudes e os desafios decorrentes de frustrações e de conflitos íntimos, surgidos, especialmente, dos relacionamentos interpessoais, nem sempre vividos favoravelmente.
A educação que se funda no processo de despertar os poderes latentes do Espírito é a única que realmente resolve o problema do ser.
Educação que deve preparar o indivíduo para a vida como realmente ela é, destacando, sempre, a bênção da reencarnação, que permite lutar pelas mais nobres aspirações e reconhecendo, com gratidão, os destinos altaneiros que Deus concebeu e tracejou para o Espírito.
Importa, pois, primeiramente, que a criança e o adolescente tenham uma visão correta sobre a realidade e o futuro do ser, traçando para si valores éticos e cristãos que constituem a verdadeira vida e que os fará esperar pela concretização de realizações que os estimulem ao progresso.
A missão do Espiritismo é educar para salvar.
Tenhamos nós, espíritas, a certeza desta revelação, pois enquanto esse fato não penetrar em nossas mentes e corações não saberemos acolher, com compreensão, essas almas infelizes e enfermas, necessitadas de infinito amor.
Quanto a isso, reflitamos sobre a sábia lição de Jesus:
“Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.” (Mateus, 5:15.)
Clara Lila Gonzalez de Araujo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1)KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 105. ed. Rio de Janeiro: FEB. 1991, cap. V, item 15, p. 113.
(2)FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA – FEB. Família, Vida e Paz – Subsídios para a Implantação e Desenvolvimento das Campanhas Viver em Família,Em Defesa da Vida e Construamos a Paz Promovendo o Bem! Brasília (DF): 2005.
(3)ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – Departamento de Saúde Mental. “Prevenção do Suicídio: Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Primária”. Genebra, Suíça. 2000.
(4)WAISELFISZ, Jacob. UNESCO. “Mapa da Violência III”. Brasil (DF). Fevereiro de 2002.
(5)FRANCO, Divaldo Pereira. “Suicídio – Solução Insolvável”. In: Temas da Vida e da Morte, pelo Espírito Manoel P. de Miranda. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991, p. 98.
(6)PEREIRA, Yvonne A. Dramas da Obsessão, pelo Espírito Bezerra de Menezes. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1976, Primeira Parte, cap. VI, p. 28-29.
(7)KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 72. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992, “Sorte das crianças depois da morte”. Parte Segunda, cap. IV, questão 199a, p. 134.
(8)SCHUBERT, Suely Caldas. “A criança obsidiada”. In: Obsessão/Desobsessão. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB. 1981, cap. 12, p. 66.
(9)FRANCO, Divaldo Pereira. “O Adolescente e o Suicídio”. In: Adolescência e Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4. ed. Salvador (BA), LEAL editora. 1997, p: 131-135.
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ECLOSÃO DA MEDIUNIDADE
A mediunidade, sendo uma faculdade natural, eclode ou surge na época apropriada, definida no planeamento reencarnatório do indivíduo.
Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis, conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto património de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontre enleado desde vidas anteriores.
Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz.
Sem dúvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável factor de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso.
A eclosão mediúnica pode, então, ocorrer sob duas formas:
·Espontânea – não gerando maiores desconfortos, quer físicos quer emocionais, ao médium iniciante;
·Provacional – o médium apresenta descompassos emocionais que atingem a sua organização física.
Podem ocorrer perturbações espirituais.
Essa última é a forma mais comum do surgimento da mediunidade no estado evolutivo em que ainda nos encontramos.
O surgimento da faculdade mediúnica não depende de lugar, idade, condição social ou sexo.
Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, na idade madura ou na velhice.
Pode revelar-se no Centro Espírita, em casa, em templos de quaisquer denominações religiosas, no materialista.
Os sinais ou sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito.
Reacções emocionais insólitas, sensação de enfermidade, só aparente, calafrios e mal-estar, irritações estranhas.
Quando ao aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por ansiedade da sua (do médium) constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a acção fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste.
Por outro lado, quando a acção espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
Ao analisar as condições de surgimento da mediunidade no ser humano, podemos afirmar que ela aparece e se desenvolve de forma cíclica, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em forma de espiral.
As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardadas pela influência benéfica e controladora dos Espíritos protectores, que as religiões chamam de anjos da guarda, nessa fase infantil as manifestações mediúnica são mais de caráter anímicos; a criança projeta a sua alma nas coisas e nos serem que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vê e denuncia a presença de Espíritos e não raro transmite avisos e recados dos Espíritos aos familiares, de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta.
Independente da persistência do fenómeno mediúnico, a criança deve ser encaminhada à Evangelização Espírita, para ser auxiliada mais efetivamente.
Com o crescimento, a criança vai-se desligando cada vez mais do mundo espiritual, passando a se envolver com as ocorrências do plano físico e, em consequência, as manifestações mediúnicas vão-se escasseando.
Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis, conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto património de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontre enleado desde vidas anteriores.
Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz.
Sem dúvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável factor de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso.
A eclosão mediúnica pode, então, ocorrer sob duas formas:
·Espontânea – não gerando maiores desconfortos, quer físicos quer emocionais, ao médium iniciante;
·Provacional – o médium apresenta descompassos emocionais que atingem a sua organização física.
Podem ocorrer perturbações espirituais.
Essa última é a forma mais comum do surgimento da mediunidade no estado evolutivo em que ainda nos encontramos.
O surgimento da faculdade mediúnica não depende de lugar, idade, condição social ou sexo.
Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, na idade madura ou na velhice.
Pode revelar-se no Centro Espírita, em casa, em templos de quaisquer denominações religiosas, no materialista.
Os sinais ou sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito.
Reacções emocionais insólitas, sensação de enfermidade, só aparente, calafrios e mal-estar, irritações estranhas.
Quando ao aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por ansiedade da sua (do médium) constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a acção fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste.
Por outro lado, quando a acção espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
Ao analisar as condições de surgimento da mediunidade no ser humano, podemos afirmar que ela aparece e se desenvolve de forma cíclica, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em forma de espiral.
As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardadas pela influência benéfica e controladora dos Espíritos protectores, que as religiões chamam de anjos da guarda, nessa fase infantil as manifestações mediúnica são mais de caráter anímicos; a criança projeta a sua alma nas coisas e nos serem que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vê e denuncia a presença de Espíritos e não raro transmite avisos e recados dos Espíritos aos familiares, de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta.
Independente da persistência do fenómeno mediúnico, a criança deve ser encaminhada à Evangelização Espírita, para ser auxiliada mais efetivamente.
Com o crescimento, a criança vai-se desligando cada vez mais do mundo espiritual, passando a se envolver com as ocorrências do plano físico e, em consequência, as manifestações mediúnicas vão-se escasseando.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Fecha-se o primeiro ciclo mediúnico.
Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e da fabulação infantis.
É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo.
No primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado carnal ou espiritual.
Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas.
É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico.
O passe, a prece, as reuniões de estudo doutrinário são meios de auxiliar o processo (da eclosão da mediunidade), sem forçá-la, dando-lhe orientação necessária.
O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e vinte e cinco anos.
É tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas.
Há ainda o quarto ciclo, correspondente a mediunidade que só aparecem após a maturidade, na velhice ou na sua aproximação.
Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior introversão da mente, com a diminuição de actividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica, provocado pelas mudanças orgânicas do envelhecimento.
Esse tipo de mediunidade tardia tem pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte.
Restringe-se a fenómenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia.
É muito comum, nos momentos próximos à desencarnação, a ampliação das faculdades mediúnicas, sobretudo pela percepção de entidades espirituais.
Podem ser momentos de grande beleza e alegria, se o Espírito cultivou o bem, ao longo da encarnação.
Pode, no entanto, representar sofrimento para a criatura que não soube conquistar valores positivos, durante a experiência terrestre.
O momento da eclosão da faculdade mediúnica no Espírito encarnado é de fundamental importância, uma vez que essa faculdade poderá proporcionar benefícios ao próprio encarnado e ao próximo, se bem orientada e amparada fraternalmente.
Deve-se considerar, no entanto, que nem sempre a pessoa é convenientemente assistida logo que desabrocham suas faculdades mediúnicas; seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos.
O certo é que, no inicio do seu desenvolvimento, os médiuns enfrentam muitos conflitos.
Às vezes, não têm o menor esclarecimento da doutrina e nunca sequer transpuseram as portas de um Centro Espírita.
Depois de tentarem solucionar os seus problemas pelos métodos convencionais (médicos, psicólogos) eis que recorrem, em última instância, ao Espiritismo.
Quando acontece assim, esses irmãos chegam completamente desnorteados à Casa Espírita, ainda sob o guante dos preconceitos religiosos que alimentaram por muito tempo.
Devidamente orientados para um tratamento espiritual através de passes e reuniões de estudos evangélicos, revelam-se incrédulos, exigindo que o Espiritismo lhes resolva as dificuldades de um instante para outro!
Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e da fabulação infantis.
É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo.
No primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado carnal ou espiritual.
Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas.
É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico.
O passe, a prece, as reuniões de estudo doutrinário são meios de auxiliar o processo (da eclosão da mediunidade), sem forçá-la, dando-lhe orientação necessária.
O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e vinte e cinco anos.
É tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas.
Há ainda o quarto ciclo, correspondente a mediunidade que só aparecem após a maturidade, na velhice ou na sua aproximação.
Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior introversão da mente, com a diminuição de actividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica, provocado pelas mudanças orgânicas do envelhecimento.
Esse tipo de mediunidade tardia tem pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte.
Restringe-se a fenómenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia.
É muito comum, nos momentos próximos à desencarnação, a ampliação das faculdades mediúnicas, sobretudo pela percepção de entidades espirituais.
Podem ser momentos de grande beleza e alegria, se o Espírito cultivou o bem, ao longo da encarnação.
Pode, no entanto, representar sofrimento para a criatura que não soube conquistar valores positivos, durante a experiência terrestre.
O momento da eclosão da faculdade mediúnica no Espírito encarnado é de fundamental importância, uma vez que essa faculdade poderá proporcionar benefícios ao próprio encarnado e ao próximo, se bem orientada e amparada fraternalmente.
Deve-se considerar, no entanto, que nem sempre a pessoa é convenientemente assistida logo que desabrocham suas faculdades mediúnicas; seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos.
O certo é que, no inicio do seu desenvolvimento, os médiuns enfrentam muitos conflitos.
Às vezes, não têm o menor esclarecimento da doutrina e nunca sequer transpuseram as portas de um Centro Espírita.
Depois de tentarem solucionar os seus problemas pelos métodos convencionais (médicos, psicólogos) eis que recorrem, em última instância, ao Espiritismo.
Quando acontece assim, esses irmãos chegam completamente desnorteados à Casa Espírita, ainda sob o guante dos preconceitos religiosos que alimentaram por muito tempo.
Devidamente orientados para um tratamento espiritual através de passes e reuniões de estudos evangélicos, revelam-se incrédulos, exigindo que o Espiritismo lhes resolva as dificuldades de um instante para outro!
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Perguntam por um Centro que seja mais forte...
Dizem não acreditar na influência dos Espíritos...
Afirmam que não querem ser médiuns...
É natural que seja assim, porque se encontram em desequilíbrio psicológico.
O dirigente espírita, ou aquele a quem couber a tarefa, necessita ter paciência e conquistar-lhe a confiança.
Em outras ocasiões, os médiuns iniciantes por revelarem-se fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.
As Casa Espíritas oferecem campo para estudo e educação da mediunidade a todos aqueles que desejam servir na seara do Cristo nessa área.
Auxiliar o médium na tarefa de desenvolver a sua faculdade mediúnica em benefício do próximo e de si mesmo não é tarefa fácil.
Exige do dirigente espírita não apenas devotamento a esse género de actividade, mas lucidez mental para auxiliar, com bondade e paciência, principalmente a criatura que apresenta mediunidade que eclodiu em bases provacionais.
Devem compreender os dirigentes espíritas, sobretudo, que, no início da mediunidade, os médiuns topam com o escolho de terem de haver-se com Espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos.
Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles.
É ponto esse de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas às precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.
É fundamental que os orientadores espíritas, empenhados no trabalho de estudo e educação mediúnica, tenham consciência do que representa essa prática para saber auxiliar acertadamente.
O orientador espírita necessita conhecer com segurança a Doutrina Espírita e as subtilezas da prática mediúnica; deve ser alguém que busca vivenciar os ensinos evangélicos, para poder transmitir ao médium iniciante respostas esclarecedoras às dúvidas e conforto moral às suas alterações emocionais ou efetivas.
A criatura, cuja faculdade mediúnica eclodiu, e que se dispõe a iniciar o seu exercício, deve ter consciência da importância e da significação dessa faculdade.
Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.
§.§.§- Ave sem Ninho
Dizem não acreditar na influência dos Espíritos...
Afirmam que não querem ser médiuns...
É natural que seja assim, porque se encontram em desequilíbrio psicológico.
O dirigente espírita, ou aquele a quem couber a tarefa, necessita ter paciência e conquistar-lhe a confiança.
Em outras ocasiões, os médiuns iniciantes por revelarem-se fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.
As Casa Espíritas oferecem campo para estudo e educação da mediunidade a todos aqueles que desejam servir na seara do Cristo nessa área.
Auxiliar o médium na tarefa de desenvolver a sua faculdade mediúnica em benefício do próximo e de si mesmo não é tarefa fácil.
Exige do dirigente espírita não apenas devotamento a esse género de actividade, mas lucidez mental para auxiliar, com bondade e paciência, principalmente a criatura que apresenta mediunidade que eclodiu em bases provacionais.
Devem compreender os dirigentes espíritas, sobretudo, que, no início da mediunidade, os médiuns topam com o escolho de terem de haver-se com Espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos.
Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles.
É ponto esse de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas às precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.
É fundamental que os orientadores espíritas, empenhados no trabalho de estudo e educação mediúnica, tenham consciência do que representa essa prática para saber auxiliar acertadamente.
O orientador espírita necessita conhecer com segurança a Doutrina Espírita e as subtilezas da prática mediúnica; deve ser alguém que busca vivenciar os ensinos evangélicos, para poder transmitir ao médium iniciante respostas esclarecedoras às dúvidas e conforto moral às suas alterações emocionais ou efetivas.
A criatura, cuja faculdade mediúnica eclodiu, e que se dispõe a iniciar o seu exercício, deve ter consciência da importância e da significação dessa faculdade.
Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Letargia, catalepsia, mortes aparentes
A catalepsia e a letargia foram classificadas por Kardec como faculdades de emancipação ou desdobramento da alma.
Geralmente, durante o surto, os letárgicos e os catalépticos ficam imobilizados, vendo e ouvindo o que acontece ao redor, sem poder se exprimir, o que lhes dá uma sensação de impotência e muito desconforto, isto é, guardam, em espírito, consciência de si, mas não podem comunicar-se.
Em nota à questão 424 de O Livro dos Espíritos, Kardec estabelece a diferença entre uma e outra, explicando que, embora repousem sobre o mesmo princípio (perda temporária da sensibilidade e do movimento), a letargia é um estado bem mais agudo, porque a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte, ao contrário da catalepsia, na qual a paralisação é localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo físico, mas permitindo que a inteligência se manifeste livremente.
E conclui: “A letargia é sempre natural; a catalepsia é, por vezes, magnética”.[l]
Alguns neurocientistas e psiquiatras, despreocupados com a questão do Espírito e com as gradações do fenómeno, designam-no simplesmente de catalepsia, associando-o aos “distúrbios do sono”.
Sem determinar, com segurança, a causa de tais distúrbios, especulam que eles podem ter origem em traumatismos cranianos ou em manifestações de esquizofrenias ou histerias, neste último caso relacionadas a choques emocionais.[ii]
Nas formas menos agudas, a catalepsia acomete, com relativa frequência, muitas pessoas, durante a noite, embora nem sempre seja notada por aquele que dorme, evento designado por alguns pesquisadores de “paralisia do sono” ou “paralisia nocturna”.
O Espiritismo oferece grande contribuição para a compreensão do fenómeno, porquanto o acontecimento está associado à existência e à complexidade da alma.
Muitas vezes, os que experimentam tais surtos crêem-se vítimas de pesadelos ou sonhos, porque, nesses transes, não raro vêem-se fora do corpo e entram em contacto com outros Espíritos, bons ou maus, conforme suas afinidades.
Certos pesquisadores encarnados, muitos deles cépticos ou alheios à questão espiritual, interpretam tais eventos como alucinações.
Nos casos mais agudos, denominados de letargia pelo Espiritismo, há o risco de, acreditando-se morta a pessoa, haver o sepultamento do seu corpo sem que tenha efectivamente morrido, o que se descobre após a exumação do cadáver.
Alguns desses fenómenos estão descritos no Novo Testamento (Lucas, 7:11-17 [o filho da viúva de Naim] e Mateus, 9:23-26 [a filha de Jairo]), sendo o caso mais conhecido o da ressurreição de Lázaro, em João, 11:1-46.
O estudo do perispírito é de fundamental importância para a compreensão deste e de outros episódios de ordem espiritual, por ser ele o intermediário entre o Espírito e o corpo físico, como reportado por Kardec em A Génese, nos itens 29 e 30 do cap. XIV (Catalepsia. Ressurreições).
A determinação do momento da morte do indivíduo nem sempre é fácil, particularmente na faixa etária pediátrica, envolvendo questões biológicas, éticas, morais, legais e sócio-culturais.
O conceito de morte vem sofrendo modificações, nos últimos tempos, em decorrência do desenvolvimento, pela Medicina, de novas técnicas de ressuscitação e suporte avançado para o atendimento a doentes criticamente enfermos, proporcionando a modernização do diagnóstico da morte.
Actualmente, a morte cerebral ou a morte do encéfalo, conjunto de centros nervosos que comanda as demais funções do organismo humano, é o critério científico de diagnóstico do encerramento da vida, aceito pela comunidade científica, e não mais simplesmente a interrupção da atividade cardíaca ou respiratória.
Por isso, hoje em dia, pelo menos nas regiões mais desenvolvidas, é remota a probabilidade de uma pessoa ser sepultada viva, sobretudo se, na realização do diagnóstico da morte, forem seguidos os procedimentos clínicos e complementares recomendados pelo Conselho Federal de Medicina.
Geralmente, durante o surto, os letárgicos e os catalépticos ficam imobilizados, vendo e ouvindo o que acontece ao redor, sem poder se exprimir, o que lhes dá uma sensação de impotência e muito desconforto, isto é, guardam, em espírito, consciência de si, mas não podem comunicar-se.
Em nota à questão 424 de O Livro dos Espíritos, Kardec estabelece a diferença entre uma e outra, explicando que, embora repousem sobre o mesmo princípio (perda temporária da sensibilidade e do movimento), a letargia é um estado bem mais agudo, porque a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte, ao contrário da catalepsia, na qual a paralisação é localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo físico, mas permitindo que a inteligência se manifeste livremente.
E conclui: “A letargia é sempre natural; a catalepsia é, por vezes, magnética”.[l]
Alguns neurocientistas e psiquiatras, despreocupados com a questão do Espírito e com as gradações do fenómeno, designam-no simplesmente de catalepsia, associando-o aos “distúrbios do sono”.
Sem determinar, com segurança, a causa de tais distúrbios, especulam que eles podem ter origem em traumatismos cranianos ou em manifestações de esquizofrenias ou histerias, neste último caso relacionadas a choques emocionais.[ii]
Nas formas menos agudas, a catalepsia acomete, com relativa frequência, muitas pessoas, durante a noite, embora nem sempre seja notada por aquele que dorme, evento designado por alguns pesquisadores de “paralisia do sono” ou “paralisia nocturna”.
O Espiritismo oferece grande contribuição para a compreensão do fenómeno, porquanto o acontecimento está associado à existência e à complexidade da alma.
Muitas vezes, os que experimentam tais surtos crêem-se vítimas de pesadelos ou sonhos, porque, nesses transes, não raro vêem-se fora do corpo e entram em contacto com outros Espíritos, bons ou maus, conforme suas afinidades.
Certos pesquisadores encarnados, muitos deles cépticos ou alheios à questão espiritual, interpretam tais eventos como alucinações.
Nos casos mais agudos, denominados de letargia pelo Espiritismo, há o risco de, acreditando-se morta a pessoa, haver o sepultamento do seu corpo sem que tenha efectivamente morrido, o que se descobre após a exumação do cadáver.
Alguns desses fenómenos estão descritos no Novo Testamento (Lucas, 7:11-17 [o filho da viúva de Naim] e Mateus, 9:23-26 [a filha de Jairo]), sendo o caso mais conhecido o da ressurreição de Lázaro, em João, 11:1-46.
O estudo do perispírito é de fundamental importância para a compreensão deste e de outros episódios de ordem espiritual, por ser ele o intermediário entre o Espírito e o corpo físico, como reportado por Kardec em A Génese, nos itens 29 e 30 do cap. XIV (Catalepsia. Ressurreições).
A determinação do momento da morte do indivíduo nem sempre é fácil, particularmente na faixa etária pediátrica, envolvendo questões biológicas, éticas, morais, legais e sócio-culturais.
O conceito de morte vem sofrendo modificações, nos últimos tempos, em decorrência do desenvolvimento, pela Medicina, de novas técnicas de ressuscitação e suporte avançado para o atendimento a doentes criticamente enfermos, proporcionando a modernização do diagnóstico da morte.
Actualmente, a morte cerebral ou a morte do encéfalo, conjunto de centros nervosos que comanda as demais funções do organismo humano, é o critério científico de diagnóstico do encerramento da vida, aceito pela comunidade científica, e não mais simplesmente a interrupção da atividade cardíaca ou respiratória.
Por isso, hoje em dia, pelo menos nas regiões mais desenvolvidas, é remota a probabilidade de uma pessoa ser sepultada viva, sobretudo se, na realização do diagnóstico da morte, forem seguidos os procedimentos clínicos e complementares recomendados pelo Conselho Federal de Medicina.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
A morte é um processo complexo lento e gradual.
A vida não pode ser entendida pela simples presença de sinais vitais isolados em órgãos e tecidos, mas sim de elementos vitais estruturados que, em conjunto, formam a concepção de pessoa.
Entretanto, uma vez cessadas, irreversivelmente, as funções de TODO o encéfalo, incluindo o tronco cerebral, não há qualquer possibilidade de reanimar o indivíduo, e em pouco tempo todos os demais órgãos interromperão o funcionamento.
Se o indivíduo estiver acometido do transe letárgico ou cataléptico, seu despertamento poderá ser feito com a ajuda de preces e ou por meio da ação magnética (passes), desde que o socorro seja prestado antes da degeneração irreversível das células.
Não é raro ouvirmos relatos, inclusive pela mídia,[iii] sobre pessoas que foram declaradas mortas e depois “ressuscitaram” durante o velório.
Yvonne do Amaral Pereira (1906-1984), notável médium brasileira, desde criança apresentava esses sintomas e, graças ao uso correcto de sua mediunidade, a chamada “mediunidade com Jesus”, transformou essas faculdades em sublime fonte de bênçãos.
Em seu livro “Recordações da Mediunidade”, editado pela FEB, Yvonne narra, com riqueza de detalhes, no cap. 2, sob o título “Faculdade nativa”, um desses acessos que teve, quando, contando menos de um mês de idade, foi dada como morta.
Fiando-se nas conhecidas passagens do Novo Testamento, há aqueles que ainda acreditam que Jesus promoveu a ressurreição, isto é, devolveu a vida a pessoas que já teriam morrido.
Contudo, analisando a passagem evangélica, em que é reportada a suposta morte da filha de Jairo, notem o que Jesus disse:
“Retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme (...).” (Mateus, 9: 24).
Em realidade, essas pessoas foram despertadas por Jesus de um transe cataléptico ou letárgico, viveram mais um tempo e depois, como todo mundo, tiveram que enfrentar a morte biológica.
Entretanto, muitos religiosos preferem interpretar tais factos como milagres, satisfazendo, assim, o seu apreço pelo maravilhoso.
O Espiritismo demonstrou que esses e outros feitos de Jesus são de ordem natural, uma vez que resultam da acção espiritual sobre os fluidos, pelo pensamento e pela vontade.[iv]
Intuitivo, também, é que Deus, a suprema inteligência, não permitiria a revogação das leis que ele próprio criou, com o objectivo de convencer homens incrédulos, cépticos e ignorantes.
No que tange, especificamente, aos aspectos mais perturbadores da catalepsia e da letargia, reportamo-nos aos lúcidos ensinamentos do Dr. Bezerra de Menezes:
Tais acidentes são próprios do carreiro da evolução, e enquanto o homem não se integrar de boamente na sua condição de ser divino, vibrando satisfatoriamente no âmbito das expansões sublimes da Natureza, mecanicamente estará sujeito a esse e demais distúrbios.[v]
Segue-se que, para a lei da Criação, a chamada morte não só não existe como é considerada fenómeno natural, absolutamente destituído da importância que os homens lhe atribuem, excepção feita aos casos de suicídio e homicídio. (...)
A provocação desses fenómenos nada mais é que a acção magnética anestesiando as forças vibratórias até ao estado agudo, e anulando, por assim dizer, os fluidos vitais, ocasionando a chamada morte aparente, por suspender-lhe, momentaneamente, a sensibilidade, as correntes de comunicação com o corpo carnal, qual ocorre no fenómeno espontâneo, se bem que o fenómeno espontâneo possa ocupar um agente oculto, espiritual, de elevada ou inferior categoria.
Se, no entanto, o fenómeno espontâneo se apresentar frequentemente e de forma como que obsessiva, a cura será inteiramente moral e psíquica, com a aproximação do paciente aos princípios nobres do Evangelho moralizador e ao cultivo da faculdade sob normas espíritas ou magnéticas legítimas, até ao seu pleno florescimento nos campos mediúnicos.[vi]
A vida não pode ser entendida pela simples presença de sinais vitais isolados em órgãos e tecidos, mas sim de elementos vitais estruturados que, em conjunto, formam a concepção de pessoa.
Entretanto, uma vez cessadas, irreversivelmente, as funções de TODO o encéfalo, incluindo o tronco cerebral, não há qualquer possibilidade de reanimar o indivíduo, e em pouco tempo todos os demais órgãos interromperão o funcionamento.
Se o indivíduo estiver acometido do transe letárgico ou cataléptico, seu despertamento poderá ser feito com a ajuda de preces e ou por meio da ação magnética (passes), desde que o socorro seja prestado antes da degeneração irreversível das células.
Não é raro ouvirmos relatos, inclusive pela mídia,[iii] sobre pessoas que foram declaradas mortas e depois “ressuscitaram” durante o velório.
Yvonne do Amaral Pereira (1906-1984), notável médium brasileira, desde criança apresentava esses sintomas e, graças ao uso correcto de sua mediunidade, a chamada “mediunidade com Jesus”, transformou essas faculdades em sublime fonte de bênçãos.
Em seu livro “Recordações da Mediunidade”, editado pela FEB, Yvonne narra, com riqueza de detalhes, no cap. 2, sob o título “Faculdade nativa”, um desses acessos que teve, quando, contando menos de um mês de idade, foi dada como morta.
Fiando-se nas conhecidas passagens do Novo Testamento, há aqueles que ainda acreditam que Jesus promoveu a ressurreição, isto é, devolveu a vida a pessoas que já teriam morrido.
Contudo, analisando a passagem evangélica, em que é reportada a suposta morte da filha de Jairo, notem o que Jesus disse:
“Retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme (...).” (Mateus, 9: 24).
Em realidade, essas pessoas foram despertadas por Jesus de um transe cataléptico ou letárgico, viveram mais um tempo e depois, como todo mundo, tiveram que enfrentar a morte biológica.
Entretanto, muitos religiosos preferem interpretar tais factos como milagres, satisfazendo, assim, o seu apreço pelo maravilhoso.
O Espiritismo demonstrou que esses e outros feitos de Jesus são de ordem natural, uma vez que resultam da acção espiritual sobre os fluidos, pelo pensamento e pela vontade.[iv]
Intuitivo, também, é que Deus, a suprema inteligência, não permitiria a revogação das leis que ele próprio criou, com o objectivo de convencer homens incrédulos, cépticos e ignorantes.
No que tange, especificamente, aos aspectos mais perturbadores da catalepsia e da letargia, reportamo-nos aos lúcidos ensinamentos do Dr. Bezerra de Menezes:
Tais acidentes são próprios do carreiro da evolução, e enquanto o homem não se integrar de boamente na sua condição de ser divino, vibrando satisfatoriamente no âmbito das expansões sublimes da Natureza, mecanicamente estará sujeito a esse e demais distúrbios.[v]
Segue-se que, para a lei da Criação, a chamada morte não só não existe como é considerada fenómeno natural, absolutamente destituído da importância que os homens lhe atribuem, excepção feita aos casos de suicídio e homicídio. (...)
A provocação desses fenómenos nada mais é que a acção magnética anestesiando as forças vibratórias até ao estado agudo, e anulando, por assim dizer, os fluidos vitais, ocasionando a chamada morte aparente, por suspender-lhe, momentaneamente, a sensibilidade, as correntes de comunicação com o corpo carnal, qual ocorre no fenómeno espontâneo, se bem que o fenómeno espontâneo possa ocupar um agente oculto, espiritual, de elevada ou inferior categoria.
Se, no entanto, o fenómeno espontâneo se apresentar frequentemente e de forma como que obsessiva, a cura será inteiramente moral e psíquica, com a aproximação do paciente aos princípios nobres do Evangelho moralizador e ao cultivo da faculdade sob normas espíritas ou magnéticas legítimas, até ao seu pleno florescimento nos campos mediúnicos.[vi]
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Quando bem orientadas e aproveitadas, a catalepsia e a letargia, “que mais não são do que manifestações da vida espiritual”,[vii] podem ser utilizadas como faculdades mediúnicas de enorme potencial, de onde são extraídos grandes ensinamentos e revelações em torno da alma, advindo daí novos conhecimentos científicos em prol da Humanidade.
Tais ocorrências evidenciam a existência de algo no ser humano independente da matéria, no caso, o Espírito, o que tem compelido os cientistas a buscar um novo paradigma para o tratamento e a solução dos problemas que afligem o ser humano.
Christiano Torchi
* Artigo publicado na Revista Reformador, FEB, novembro 2008, p. 29-31.
[i ]KARDEC, Allan. O livro dos espíritos, 72ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. 2ª parte, cap. VIII, “Da emancipação da alma”, nota à q. 424.
[ii] Revista Superinteressante nº 176, mencionada no site http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120294.shtml
[iii] http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2268585-EI1141,00.html
[iv] Para maiores informações, consulte o cap. XIII da quinta obra codificada por Allan Kardec, A génese, sob o título “Os milagres segundo o espiritismo”.
[v] Além desses fatores, encontramos na lei de causa e efeito a gênese de tais distúrbios, como se infere do testemunho do Espírito Antonio B. registado por Kardec na 2ª parte da obra básica editada pela FEB, O céu e o inferno, no cap. VIII, sob o título “Expiações Terrestres”, Enterrado vivo – A pena de talião.
[vi] PEREIRA, Yvonne A. Recordações da mediunidade. 7ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. Cap. 1, “Faculdades em estudo”, p. 16 e 18.
[vii] KARDEC, Allan. A gênese. 34ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. XIV, “Os Fluidos. II. Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais” item 23, p. 290.
§.§.§- Ave sem Ninho
Tais ocorrências evidenciam a existência de algo no ser humano independente da matéria, no caso, o Espírito, o que tem compelido os cientistas a buscar um novo paradigma para o tratamento e a solução dos problemas que afligem o ser humano.
Christiano Torchi
* Artigo publicado na Revista Reformador, FEB, novembro 2008, p. 29-31.
[i ]KARDEC, Allan. O livro dos espíritos, 72ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. 2ª parte, cap. VIII, “Da emancipação da alma”, nota à q. 424.
[ii] Revista Superinteressante nº 176, mencionada no site http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120294.shtml
[iii] http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2268585-EI1141,00.html
[iv] Para maiores informações, consulte o cap. XIII da quinta obra codificada por Allan Kardec, A génese, sob o título “Os milagres segundo o espiritismo”.
[v] Além desses fatores, encontramos na lei de causa e efeito a gênese de tais distúrbios, como se infere do testemunho do Espírito Antonio B. registado por Kardec na 2ª parte da obra básica editada pela FEB, O céu e o inferno, no cap. VIII, sob o título “Expiações Terrestres”, Enterrado vivo – A pena de talião.
[vi] PEREIRA, Yvonne A. Recordações da mediunidade. 7ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992. Cap. 1, “Faculdades em estudo”, p. 16 e 18.
[vii] KARDEC, Allan. A gênese. 34ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. XIV, “Os Fluidos. II. Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais” item 23, p. 290.
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Obsessão - O que é, e como trata-la
Na doutrina ouvimos muito o termo “Obsessão”, e por conta disso por vezes rotulamos de obsidiados algumas pessoas com problemas, mas devemos levar atentar de que “obsessão”, segundo Allan Kardec, é o nome para o assédio extra-físico que uma pessoa pode vir a sofrer.
Para Kardec, estamos sempre rodeados e sendo intuídos por espíritos.
Estes, de forma geral, podem ser classificados como “bons”, “maus” ou “neutros”.
O termo obsessão é utilizado apenas para a influência do segundo caso, ou seja, dos “maus” espíritos.
“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes.
A acção malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo.
A obsessão, que é um dos eleitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse carácter.”[1]
Normalmente se atribui o “rotulo” de obsidiado, àqueles que aparentam estar fora de si, os vulgarmente chamados de “loucos”, devemos separar a loucura patológica causada por lesões cerebrais das causadas por obsessões.
“Quem vê um louco vê um obsidiado, tanto que até hoje se tem confundido um com o outro.
O mesmo olhar desvairado, a mesma apatia fisionómica, ora a excitação até a fúria, ora a prostração até ao indiferentismo, sempre a incoerência das ideias.
Se um tem momentos lúcidos, o outro igualmente os tem; se um pode cair no idiotismo, o outro também.” [2]
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda, transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
"Não confundamos a loucura patológica com a obsessão; esta não provém de lesão alguma cerebral, mas da subjugação que Espíritos malévolos exercem sobre certos indivíduos, e que, muitas vezes, têm as aparências da loucura propriamente dita.”.[3]
Sobre essa ótica, devemos levar em conta que mesmo os chamados “Loucos”, sofreram ou sofrem de obsessões, Bezerra de Menezes comenta :
“Convém, porém, observar que, embora a loucura por obsessão não dependa de lesão cerebral, pode esta lesão vir a dar-se, por causa da obsessão.
Não é causa; mas pode vir a ser efeito.
A acção fluídica do obsessor sobre o cérebro, se não for removida a tempo, dará necessariamente em resultado o sofrimento orgânico daquela víscera, tanto mais profundo, quanto mais tempo estiver sob a influência deletéria daqueles fluidos”
Mais adiante complementa:
“[...] a obsessão desprezada determina lesão orgânica do cérebro, donde a coexistência das duas causas da perturbação mental. ”[4]
Muitos podem perguntar o que teriam feito essas pessoas para sofrerem influencias de maus espíritos, e a resposta quem nos dá é J. Herculano Pires :
“Se voltassem os olhos para o passado, veriam que a História da Humanidade é suficiente para justificar todas as formas de obsessão e vampirismo que campeiam no planeta, desde as nações mais bárbaras às mais civilizadas.”[5]
Sobre esse aspecto Divaldo Franco em sua obra “Nos Bastidores da Obsessão” ditado pelo espírito de Manuel Philomeno de Miranda completa :
“As causas da obsessão variam, de acordo com o carácter do Espírito.
É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas do tempo de outra existência.
Para Kardec, estamos sempre rodeados e sendo intuídos por espíritos.
Estes, de forma geral, podem ser classificados como “bons”, “maus” ou “neutros”.
O termo obsessão é utilizado apenas para a influência do segundo caso, ou seja, dos “maus” espíritos.
“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes.
A acção malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo.
A obsessão, que é um dos eleitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse carácter.”[1]
Normalmente se atribui o “rotulo” de obsidiado, àqueles que aparentam estar fora de si, os vulgarmente chamados de “loucos”, devemos separar a loucura patológica causada por lesões cerebrais das causadas por obsessões.
“Quem vê um louco vê um obsidiado, tanto que até hoje se tem confundido um com o outro.
O mesmo olhar desvairado, a mesma apatia fisionómica, ora a excitação até a fúria, ora a prostração até ao indiferentismo, sempre a incoerência das ideias.
Se um tem momentos lúcidos, o outro igualmente os tem; se um pode cair no idiotismo, o outro também.” [2]
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda, transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
"Não confundamos a loucura patológica com a obsessão; esta não provém de lesão alguma cerebral, mas da subjugação que Espíritos malévolos exercem sobre certos indivíduos, e que, muitas vezes, têm as aparências da loucura propriamente dita.”.[3]
Sobre essa ótica, devemos levar em conta que mesmo os chamados “Loucos”, sofreram ou sofrem de obsessões, Bezerra de Menezes comenta :
“Convém, porém, observar que, embora a loucura por obsessão não dependa de lesão cerebral, pode esta lesão vir a dar-se, por causa da obsessão.
Não é causa; mas pode vir a ser efeito.
A acção fluídica do obsessor sobre o cérebro, se não for removida a tempo, dará necessariamente em resultado o sofrimento orgânico daquela víscera, tanto mais profundo, quanto mais tempo estiver sob a influência deletéria daqueles fluidos”
Mais adiante complementa:
“[...] a obsessão desprezada determina lesão orgânica do cérebro, donde a coexistência das duas causas da perturbação mental. ”[4]
Muitos podem perguntar o que teriam feito essas pessoas para sofrerem influencias de maus espíritos, e a resposta quem nos dá é J. Herculano Pires :
“Se voltassem os olhos para o passado, veriam que a História da Humanidade é suficiente para justificar todas as formas de obsessão e vampirismo que campeiam no planeta, desde as nações mais bárbaras às mais civilizadas.”[5]
Sobre esse aspecto Divaldo Franco em sua obra “Nos Bastidores da Obsessão” ditado pelo espírito de Manuel Philomeno de Miranda completa :
“As causas da obsessão variam, de acordo com o carácter do Espírito.
É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas do tempo de outra existência.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Muitas vezes, também, não há mais do que desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objectivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se [...]”.[6]
O tratamento das vitimas de obsessão é longo e exige determinação tanto do paciente quanto dos médiuns que o tratam, sobre esse prisma voltamos a nos embasar no livro “Nos Bastidores da Obsessão”:
“A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curso, exigindo terapia especializada de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir apressadamente.
Os tratamentos da obsessão, por conseguinte, são complexos, impondo alta dose de renúncia e abnegação àqueles que se oferecem e se dedicam a tal mister[...]”[7]
Finalizando devemos levar em conta a “auto-obsessão”, onde somos a causa de nosso desequilíbrio mental.
A auto- obsessão é às viciações milenares que embrutecem o espírito, ora se deixa influenciar por impulsos primários, como a inveja, o egoísmo, a luxúria e o ciúme, ora se entrega a injustificáveis explosões coléricas, motivadas pelo cultivo prolongado da irritabilidade e da impaciência.
“A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
R: A prece é um poderoso socorro para todos os casos, mas sabei que não é suficiente murmurar algumas palavras para obter o que se deseja.
Deus assiste aos que agem, e não aos que se limitam a pedir.
Cumpre, portanto, que o obsedado faça, de seu lado, o que for necessário para destruir em si mesmo a causa que atrai os maus Espíritos.”[8]
Publicado em Janeiro de 2012 pela RIE
[1] Allan Kardec, “A Gênese”, 14ª edição da FEB, capítulo 14. “Obsessões e Possessões”. ( Nota do Autor espiritual.)
[2] Trecho retirado do Cap. “Obsessão” do livro : “Loucura sob novo prisma” obra de Bezerra de Menezes
[3] Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos” .
[4] Trechos retirados do Cap. “Obsessão” do livro : “Loucura sob novo prisma” obra de Bezerra de Menezes.
[5] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. VIII- “Autovampirismo” de J. Herculano Pires; Ed. Paidéia, São Paulo/SP.
[6] Trecho retirado do livro “Nos Bastidores da Obsessão” Cap. “Examinando a Obsessão” obra de Divaldo Franco.
[7] Trecho retirado do livro “Nos Bastidores da Obsessão” Cap. “Examinando a Obsessão” obra de Divaldo Franco.[8] Questão 479 do Livro dos Espíritos- Allan Kardec.
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O tratamento das vitimas de obsessão é longo e exige determinação tanto do paciente quanto dos médiuns que o tratam, sobre esse prisma voltamos a nos embasar no livro “Nos Bastidores da Obsessão”:
“A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curso, exigindo terapia especializada de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir apressadamente.
Os tratamentos da obsessão, por conseguinte, são complexos, impondo alta dose de renúncia e abnegação àqueles que se oferecem e se dedicam a tal mister[...]”[7]
Finalizando devemos levar em conta a “auto-obsessão”, onde somos a causa de nosso desequilíbrio mental.
A auto- obsessão é às viciações milenares que embrutecem o espírito, ora se deixa influenciar por impulsos primários, como a inveja, o egoísmo, a luxúria e o ciúme, ora se entrega a injustificáveis explosões coléricas, motivadas pelo cultivo prolongado da irritabilidade e da impaciência.
“A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
R: A prece é um poderoso socorro para todos os casos, mas sabei que não é suficiente murmurar algumas palavras para obter o que se deseja.
Deus assiste aos que agem, e não aos que se limitam a pedir.
Cumpre, portanto, que o obsedado faça, de seu lado, o que for necessário para destruir em si mesmo a causa que atrai os maus Espíritos.”[8]
Publicado em Janeiro de 2012 pela RIE
[1] Allan Kardec, “A Gênese”, 14ª edição da FEB, capítulo 14. “Obsessões e Possessões”. ( Nota do Autor espiritual.)
[2] Trecho retirado do Cap. “Obsessão” do livro : “Loucura sob novo prisma” obra de Bezerra de Menezes
[3] Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos” .
[4] Trechos retirados do Cap. “Obsessão” do livro : “Loucura sob novo prisma” obra de Bezerra de Menezes.
[5] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. VIII- “Autovampirismo” de J. Herculano Pires; Ed. Paidéia, São Paulo/SP.
[6] Trecho retirado do livro “Nos Bastidores da Obsessão” Cap. “Examinando a Obsessão” obra de Divaldo Franco.
[7] Trecho retirado do livro “Nos Bastidores da Obsessão” Cap. “Examinando a Obsessão” obra de Divaldo Franco.[8] Questão 479 do Livro dos Espíritos- Allan Kardec.
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O VÍCIO DO JOGO E A OBSESSÃO
Muitas pessoas jogam compulsivamente, arruinando carreira profissional, a vida familiar e até social.
Como compreender e auxiliar estes jogadores anónimos?
O que leva uma pessoa a viciar-se em jogos de loteria, corrida de cavalos, vídeo-póquer, caça-niqueis, bicho, baralho ou bingo?
A abrir mão de seu trabalho, sua família, amigos, de seus estudos?
A perder o controle de si mesma e ficar cada vez mais dependente dos jogos?
A vender tudo o que tem e contrair dívidas, a ficar na amargura da sarjeta?
Estudos apontam que a pessoa que possui este tipo de distúrbio, quando chega ao fundo do poço, tenta o suicídio.
A revista Science publicou que a desordem comportamental mais semelhante à dependência das drogas é o vício do jogo.
Estudos mostraram que mais da metade dos jogadores apresentam sintomas de abstinência menos intensos, porém, muito semelhantes aos dos usuários de drogas:
distúrbios de sono, irritabilidade e sudorese que se acalmam diante da mesa do jogo.
Estima-se que de 1% a 4% da população brasileira joga compulsivamente.
Este percentual é tão alto devido a dois motivos:
o primeiro é o indivíduo pensar que pode resolver todos os seus problemas financeiros por meio do jogo; segundo, é que no Brasil temos actualmente centenas de casas, bares e lanchonetes que, somados, teremos milhares de máquinas de vídeo-póquer e caça niqueis, isto sem contar os outros tipos de jogos citados no início deste artigo.
Sendo assim, o jogo se torna um negócio rentável onde, normalmente, os únicos que perdem e sofrem são os dependentes deste vício e seus familiares.
A categoria de jogadores pode ser dividida em três tipos: eventuais, que jogam na loteria esporadicamente ou quando o prémio está acumulado; sociais, que jogam de vez em quando com os amigos; e os patológicos, que jogam compulsivamente e deixam o jogo interferir na sua vida profissional e familiar.
O viciado em jogo, quando começa este hábito, imagina ganhar muito dinheiro, mas seus sonhos vão por água abaixo quando começa a perder.
Ele não aceita esta situação e insiste em continuar jogando.
Algumas pessoas perdem em um dia seu salário do mês; outras vezes, verdadeiras fortunas são destruídas em pouco tempo.
E quando a pessoa ganha, este dinheiro é revertido novamente para o jogo, tornando um ciclo vicioso e fatal.
Especialistas explicam que quando o jogador ganha um determinado valor significativo no jogo, o cérebro recebe uma descarga de dopamina, substância responsável por sensações de prazer e bem-estar.
Os homens são a maioria neste vício, mas um número significativo de mulheres é acometido por este distúrbio, que desenvolvem até quatro vezes mais rápido que os homens.
O número de mulheres que tentam o suicídio é também superior.
Interessado neste assunto, visitei um bar onde havia diversas máquinas de video-póquer e caça-níqueis.
Pessoas colocavam moedas de R$ 0,25, apertavam o botão ou puxavam a alavanca e esperavam o resultado.
Na maioria das vezes era negativo.
Novas moedas eram colocadas, umas atrás das outras.
Olhos fixos na máquina a espera do resultado.
Um senhor, depois de colocar várias vezes algumas moedas, ganhou 80 moedas.
Voltou a jogar de novo tudo o que havia ganho.
Como compreender e auxiliar estes jogadores anónimos?
O que leva uma pessoa a viciar-se em jogos de loteria, corrida de cavalos, vídeo-póquer, caça-niqueis, bicho, baralho ou bingo?
A abrir mão de seu trabalho, sua família, amigos, de seus estudos?
A perder o controle de si mesma e ficar cada vez mais dependente dos jogos?
A vender tudo o que tem e contrair dívidas, a ficar na amargura da sarjeta?
Estudos apontam que a pessoa que possui este tipo de distúrbio, quando chega ao fundo do poço, tenta o suicídio.
A revista Science publicou que a desordem comportamental mais semelhante à dependência das drogas é o vício do jogo.
Estudos mostraram que mais da metade dos jogadores apresentam sintomas de abstinência menos intensos, porém, muito semelhantes aos dos usuários de drogas:
distúrbios de sono, irritabilidade e sudorese que se acalmam diante da mesa do jogo.
Estima-se que de 1% a 4% da população brasileira joga compulsivamente.
Este percentual é tão alto devido a dois motivos:
o primeiro é o indivíduo pensar que pode resolver todos os seus problemas financeiros por meio do jogo; segundo, é que no Brasil temos actualmente centenas de casas, bares e lanchonetes que, somados, teremos milhares de máquinas de vídeo-póquer e caça niqueis, isto sem contar os outros tipos de jogos citados no início deste artigo.
Sendo assim, o jogo se torna um negócio rentável onde, normalmente, os únicos que perdem e sofrem são os dependentes deste vício e seus familiares.
A categoria de jogadores pode ser dividida em três tipos: eventuais, que jogam na loteria esporadicamente ou quando o prémio está acumulado; sociais, que jogam de vez em quando com os amigos; e os patológicos, que jogam compulsivamente e deixam o jogo interferir na sua vida profissional e familiar.
O viciado em jogo, quando começa este hábito, imagina ganhar muito dinheiro, mas seus sonhos vão por água abaixo quando começa a perder.
Ele não aceita esta situação e insiste em continuar jogando.
Algumas pessoas perdem em um dia seu salário do mês; outras vezes, verdadeiras fortunas são destruídas em pouco tempo.
E quando a pessoa ganha, este dinheiro é revertido novamente para o jogo, tornando um ciclo vicioso e fatal.
Especialistas explicam que quando o jogador ganha um determinado valor significativo no jogo, o cérebro recebe uma descarga de dopamina, substância responsável por sensações de prazer e bem-estar.
Os homens são a maioria neste vício, mas um número significativo de mulheres é acometido por este distúrbio, que desenvolvem até quatro vezes mais rápido que os homens.
O número de mulheres que tentam o suicídio é também superior.
Interessado neste assunto, visitei um bar onde havia diversas máquinas de video-póquer e caça-níqueis.
Pessoas colocavam moedas de R$ 0,25, apertavam o botão ou puxavam a alavanca e esperavam o resultado.
Na maioria das vezes era negativo.
Novas moedas eram colocadas, umas atrás das outras.
Olhos fixos na máquina a espera do resultado.
Um senhor, depois de colocar várias vezes algumas moedas, ganhou 80 moedas.
Voltou a jogar de novo tudo o que havia ganho.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
Outro senhor chegou perto de mim e disse que, só naquele dia, havia perdido R$ 75,00 e que tudo aquilo era ilusão, mas que não conseguia se libertar daquele vício.
Minutos depois, lá estava ele novamente jogando.
Saí daquele bar com um mal estar em vê-los naquela jogatina; pareciam estar hipnotizados.
Extraí do site dos jogadores anónimos uma pequena história.
Ela diz que tudo começou através de uma reunião entre dois homens, em janeiro de 1957.
Estes homens possuíam uma história repleta de confusão, encrencas, misérias, dívidas e uma obsessão para jogo.
Eles começaram a se reunir regularmente, e conforme passaram os meses, nenhum deles tornou a jogar.
Em consequência disto, formou-se uma publicidade favorável e a primeira reunião do grupo de Jogadores Anónimos aconteceu numa sexta-feira, 13 de setembro de 1957, em Los Angeles, Califórnia.
Desde essa data, a irmandade vem crescendo com firmeza e os grupos estão florescendo por todas as partes do mundo.
Jogadores Anónimos é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolverem o seu problema comum e ajudarem outros a se recuperar da compulsão ao jogo.
Por mais que alguns considerem o vício do jogo um desequilíbrio ou uma doença, devemos analisar também o lado espiritual. Já reencarnamos várias vezes; tivemos muitas vidas, fizemos grandes amigos, da mesma forma que prejudicamos outras pessoas, o que vem acarretar um número considerável de inimigos.
E são estes desafetos que passam a obsediar o antigo adversário.
Muitas vezes, não têm dificuldades em tal mister, pois o pensamento do encarnado entra em sintonia com os obsessores, facilitando o controle da mente.
Sendo assim, a "presa" se torna alvo de manipulação e o vício do jogo é um caminho para destruir materialmente e moralmente o indivíduo.
Auxílio espiritual
Sem a fé e sem a oração, o obsediado se deixa levar pelos males do jogo.
Precisa chegar ao fundo do poço para lembrar-se de Deus.
E é neste momento que alguém aparece na vida desta pessoa para encaminhá-la ao tratamento devido.
Só que, muitas vezes, até este momento chegar, a pessoa já perdeu amigos, filhos, esposa, emprego etc.
É como se tivesse chegado à beira do abismo, pronto para pular.
E muitos acabam pulando, ou seja, praticam o suicídio, pois pela falta de fé, não conseguem identificar os enviados de Deus que poderiam lhe ter auxiliado a encontrar o tratamento que tanto necessitavam para vencer aquelas adversidades espirituais.
No livro Fundamentos da Reforma Íntima, de Abel Glaser, pelo espírito Cairbar Schutel, podemos ler que "o ser humano que não exercita a autocrítica deixa de fortalecer e cultivar sua fé nos postulados cristãos, terminando por agir camufladamente no tocante aos seus sentimentos.
Com isso, torna-se presa fácil dos inimigos do Bem.
Atrai e deixa-se levar pela obsessão.
Por outro lado, quem está sob esse processo nefasto, fraqueja nas condições efetivas de empreender a reforma íntima.
Com isso, surge o círculo vicioso da obsessão/ausência de reforma íntima".
Nos centros espíritas, o encarnado pode conseguir ajuda e tratamento através da desobsessão, palestras públicas, água fluidificada, leituras edificantes e o culto do evangelho no lar.
Mas a pessoa deve estar disposta a fazer uma reforma íntima e moral, mostrando aos seus obsessores que não são mais aqueles algozes do passado.
Minutos depois, lá estava ele novamente jogando.
Saí daquele bar com um mal estar em vê-los naquela jogatina; pareciam estar hipnotizados.
Extraí do site dos jogadores anónimos uma pequena história.
Ela diz que tudo começou através de uma reunião entre dois homens, em janeiro de 1957.
Estes homens possuíam uma história repleta de confusão, encrencas, misérias, dívidas e uma obsessão para jogo.
Eles começaram a se reunir regularmente, e conforme passaram os meses, nenhum deles tornou a jogar.
Em consequência disto, formou-se uma publicidade favorável e a primeira reunião do grupo de Jogadores Anónimos aconteceu numa sexta-feira, 13 de setembro de 1957, em Los Angeles, Califórnia.
Desde essa data, a irmandade vem crescendo com firmeza e os grupos estão florescendo por todas as partes do mundo.
Jogadores Anónimos é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolverem o seu problema comum e ajudarem outros a se recuperar da compulsão ao jogo.
Por mais que alguns considerem o vício do jogo um desequilíbrio ou uma doença, devemos analisar também o lado espiritual. Já reencarnamos várias vezes; tivemos muitas vidas, fizemos grandes amigos, da mesma forma que prejudicamos outras pessoas, o que vem acarretar um número considerável de inimigos.
E são estes desafetos que passam a obsediar o antigo adversário.
Muitas vezes, não têm dificuldades em tal mister, pois o pensamento do encarnado entra em sintonia com os obsessores, facilitando o controle da mente.
Sendo assim, a "presa" se torna alvo de manipulação e o vício do jogo é um caminho para destruir materialmente e moralmente o indivíduo.
Auxílio espiritual
Sem a fé e sem a oração, o obsediado se deixa levar pelos males do jogo.
Precisa chegar ao fundo do poço para lembrar-se de Deus.
E é neste momento que alguém aparece na vida desta pessoa para encaminhá-la ao tratamento devido.
Só que, muitas vezes, até este momento chegar, a pessoa já perdeu amigos, filhos, esposa, emprego etc.
É como se tivesse chegado à beira do abismo, pronto para pular.
E muitos acabam pulando, ou seja, praticam o suicídio, pois pela falta de fé, não conseguem identificar os enviados de Deus que poderiam lhe ter auxiliado a encontrar o tratamento que tanto necessitavam para vencer aquelas adversidades espirituais.
No livro Fundamentos da Reforma Íntima, de Abel Glaser, pelo espírito Cairbar Schutel, podemos ler que "o ser humano que não exercita a autocrítica deixa de fortalecer e cultivar sua fé nos postulados cristãos, terminando por agir camufladamente no tocante aos seus sentimentos.
Com isso, torna-se presa fácil dos inimigos do Bem.
Atrai e deixa-se levar pela obsessão.
Por outro lado, quem está sob esse processo nefasto, fraqueja nas condições efetivas de empreender a reforma íntima.
Com isso, surge o círculo vicioso da obsessão/ausência de reforma íntima".
Nos centros espíritas, o encarnado pode conseguir ajuda e tratamento através da desobsessão, palestras públicas, água fluidificada, leituras edificantes e o culto do evangelho no lar.
Mas a pessoa deve estar disposta a fazer uma reforma íntima e moral, mostrando aos seus obsessores que não são mais aqueles algozes do passado.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS IV
"Vista sob o prisma genérico, a reforma íntima é o propulsor indispensável para fazer todo o processo global da evolução do ser e impulsioná-lo à total purificação.
No ângulo específico, a reforma íntima constitui-se de atos isolados, no dia-a-dia do encarnado, levando-o a melhorar-se nas suas mais variadas atitudes, para depois, ampliando o contexto, alterar sua conduta, tornando-a cada vez mais próxima do comportamento ideal e cristão", escreve Abel Glaser.
Vale sempre lembrar que o encarnado deve tomar muito cuidado com seus atos e pensamentos.
Em Estudando a Mediunidade, Martins Peralva escreve que "pensar demais em si mesmo e nos próprios problemas, determina uma auto-obsessão.
O indivíduo passa a ser o ´obsessor de si mesmo´.
Não haverá um perseguidor: ele é, ao mesmo tempo, obsessor e obsidiado".
Ou seja, o imediatista, que quer resolver todos os seus problemas da noite para o dia e vê no jogo uma solução rápida, acaba caindo na teia das ilusões, pegando um atalho que vai levá-lo a um caminho distante, algumas vezes sem volta, outras vezes doloroso, ao retornar para a estrada principal da vida, que é a evolução do ser (na estrada da evolução não existem atalhos).
Este artigo tem a intenção de fazer com que aquelas pessoas que estão passando por este distúrbio venham a procurar ajuda.
Se você tem algum familiar, amigo ou conhecido que precisa de tratamento, auxilie enquanto é tempo.
A intenção não é prometer a cura através do espiritismo, até por que, como escrevemos anteriormente, ela depende de uma série de coisas.
Mas se você não é espírita e prefere fazer o tratamento de outra forma, indicamos o Comité Nacional de Serviço dos Jogadores Anónimos.
Eles estão desenvolvendo um trabalho maravilhoso no sentido de recuperar para o convívio social as pessoas que estão envolvidas com o jogo.
Eles podem ser considerados, também, enviados de Deus.
Não deixe escapar esta oportunidade!
Vença mais este obstáculo em sua vida!
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 36.
§.§.§- Ave sem Ninho
No ângulo específico, a reforma íntima constitui-se de atos isolados, no dia-a-dia do encarnado, levando-o a melhorar-se nas suas mais variadas atitudes, para depois, ampliando o contexto, alterar sua conduta, tornando-a cada vez mais próxima do comportamento ideal e cristão", escreve Abel Glaser.
Vale sempre lembrar que o encarnado deve tomar muito cuidado com seus atos e pensamentos.
Em Estudando a Mediunidade, Martins Peralva escreve que "pensar demais em si mesmo e nos próprios problemas, determina uma auto-obsessão.
O indivíduo passa a ser o ´obsessor de si mesmo´.
Não haverá um perseguidor: ele é, ao mesmo tempo, obsessor e obsidiado".
Ou seja, o imediatista, que quer resolver todos os seus problemas da noite para o dia e vê no jogo uma solução rápida, acaba caindo na teia das ilusões, pegando um atalho que vai levá-lo a um caminho distante, algumas vezes sem volta, outras vezes doloroso, ao retornar para a estrada principal da vida, que é a evolução do ser (na estrada da evolução não existem atalhos).
Este artigo tem a intenção de fazer com que aquelas pessoas que estão passando por este distúrbio venham a procurar ajuda.
Se você tem algum familiar, amigo ou conhecido que precisa de tratamento, auxilie enquanto é tempo.
A intenção não é prometer a cura através do espiritismo, até por que, como escrevemos anteriormente, ela depende de uma série de coisas.
Mas se você não é espírita e prefere fazer o tratamento de outra forma, indicamos o Comité Nacional de Serviço dos Jogadores Anónimos.
Eles estão desenvolvendo um trabalho maravilhoso no sentido de recuperar para o convívio social as pessoas que estão envolvidas com o jogo.
Eles podem ser considerados, também, enviados de Deus.
Não deixe escapar esta oportunidade!
Vença mais este obstáculo em sua vida!
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 36.
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Sonambulismo, dupla vista e êxtase
O sonambulismo, a dupla vista e o êxtase[ l] constituem gradações da faculdade de desdobramento da alma ou Espírito, que possibilitam, com o auxílio do perispírito,[ii] o intercâmbio entre os planos físico e espiritual, duas faces de uma só existência.
O sonambulismo é um estado de independência da alma, mais completo do que o sonho, que permite ao Espírito maior amplitude ainda de suas faculdades.
A palavra sonambulismo origina-se do latim somnus = sono + ambulare = marchar, passear.[iii]
No sonambulismo, o indivíduo, embora dormindo, levanta-se, caminha, movimenta-se e pratica atos próprios de sua vida habitual com relativa segurança e perfeição, procedendo como se estivesse acordado.
Entretanto, ao despertar, geralmente, o sonâmbulo não se lembra do que fez, enquanto se encontrava nesse estado.
O sonambulismo pode ser natural ou magnético.
Não há diferença entre ambos, a não ser pela forma como se dão:
um acontece espontaneamente; o outro é provocado, artificialmente, por meio de indução hipnótica ou magnética.
O sonâmbulo age sob a influência de sua própria alma e exprime o seu próprio pensamento.
Enquanto estiver em transe, o sonâmbulo tem ideias, em geral, mais precisas do que no estado normal, seus conhecimentos são mais amplos, porque tem livre a alma, o que lhe permite o afloramento mais ostensivo de sua bagagem psíquica, acumulada durante as encarnações, e que, de ordinário, permanece abafada pelo corpo físico.
Eventualmente, o sonâmbulo também pode se comunicar com Espíritos.[iv]
Neste caso específico, temos no sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica.
O Espírito age como sonâmbulo, quando, preocupado com uma coisa ou outra, necessita fazer algo, cuja prática exige a utilização do corpo físico.
Gabriel Delanne (1857-1926), notável pesquisador das ciências psíquicas, narra o seguinte fato:
(...) um jovem padre que se levantava todas as noites, ia à escrivaninha, compunha sermões e tornava a deitar.
Alguns de seus amigos (...) uma noite em que ele escrevia, como de costume, interpuseram um grosso cartão entre seus olhos e o papel.
Ele não se interrompeu, continuou a redacção, e, terminada esta, deitou-se, como de hábito, sem suspeitar da prova a que fora submetido (...)
Quando ele terminava uma página, lia-a alto, de princípio a fim.
(Se se pode chamar leitura esta ação sem o concurso dos olhos).
Se lhe desagradava alguma coisa, ele a retocava e fazia as correções, em cima, com muita exatidão. (...)
É a visão sem os olhos. (...) isso nos prova que há nele uma força que seguramente o dirige, que age fora dos sentidos, numa palavra, que a alma vela quando o corpo dorme.[v]
Apesar dessa desenvoltura com que o sonâmbulo age, existem riscos para ele e que podem ser prevenidos, sobretudo se for criança: evitar camas altas, instalar grades nas janelas, retirar do alcance objetos cortantes ou pontiagudos que possam ferir.
Durante o transe, o sonâmbulo pode sofrer interferência de Espíritos obsessores, por meio de técnicas hipnóticas, que influenciam no comando da actividade mecânica do seu corpo físico.
Por isso, recomenda-se também às pessoas sonâmbulas, sejam adultos, sejam crianças, a oração antes do sono, com vistas a obter a proteção dos bons Espíritos.
A prática do bem, a vivência harmónica em família, à luz dos ensinos do Cristo, o Evangelho no Lar, também constituem excelente terapêutica preventiva.
O sonambulismo é um estado de independência da alma, mais completo do que o sonho, que permite ao Espírito maior amplitude ainda de suas faculdades.
A palavra sonambulismo origina-se do latim somnus = sono + ambulare = marchar, passear.[iii]
No sonambulismo, o indivíduo, embora dormindo, levanta-se, caminha, movimenta-se e pratica atos próprios de sua vida habitual com relativa segurança e perfeição, procedendo como se estivesse acordado.
Entretanto, ao despertar, geralmente, o sonâmbulo não se lembra do que fez, enquanto se encontrava nesse estado.
O sonambulismo pode ser natural ou magnético.
Não há diferença entre ambos, a não ser pela forma como se dão:
um acontece espontaneamente; o outro é provocado, artificialmente, por meio de indução hipnótica ou magnética.
O sonâmbulo age sob a influência de sua própria alma e exprime o seu próprio pensamento.
Enquanto estiver em transe, o sonâmbulo tem ideias, em geral, mais precisas do que no estado normal, seus conhecimentos são mais amplos, porque tem livre a alma, o que lhe permite o afloramento mais ostensivo de sua bagagem psíquica, acumulada durante as encarnações, e que, de ordinário, permanece abafada pelo corpo físico.
Eventualmente, o sonâmbulo também pode se comunicar com Espíritos.[iv]
Neste caso específico, temos no sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica.
O Espírito age como sonâmbulo, quando, preocupado com uma coisa ou outra, necessita fazer algo, cuja prática exige a utilização do corpo físico.
Gabriel Delanne (1857-1926), notável pesquisador das ciências psíquicas, narra o seguinte fato:
(...) um jovem padre que se levantava todas as noites, ia à escrivaninha, compunha sermões e tornava a deitar.
Alguns de seus amigos (...) uma noite em que ele escrevia, como de costume, interpuseram um grosso cartão entre seus olhos e o papel.
Ele não se interrompeu, continuou a redacção, e, terminada esta, deitou-se, como de hábito, sem suspeitar da prova a que fora submetido (...)
Quando ele terminava uma página, lia-a alto, de princípio a fim.
(Se se pode chamar leitura esta ação sem o concurso dos olhos).
Se lhe desagradava alguma coisa, ele a retocava e fazia as correções, em cima, com muita exatidão. (...)
É a visão sem os olhos. (...) isso nos prova que há nele uma força que seguramente o dirige, que age fora dos sentidos, numa palavra, que a alma vela quando o corpo dorme.[v]
Apesar dessa desenvoltura com que o sonâmbulo age, existem riscos para ele e que podem ser prevenidos, sobretudo se for criança: evitar camas altas, instalar grades nas janelas, retirar do alcance objetos cortantes ou pontiagudos que possam ferir.
Durante o transe, o sonâmbulo pode sofrer interferência de Espíritos obsessores, por meio de técnicas hipnóticas, que influenciam no comando da actividade mecânica do seu corpo físico.
Por isso, recomenda-se também às pessoas sonâmbulas, sejam adultos, sejam crianças, a oração antes do sono, com vistas a obter a proteção dos bons Espíritos.
A prática do bem, a vivência harmónica em família, à luz dos ensinos do Cristo, o Evangelho no Lar, também constituem excelente terapêutica preventiva.
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