LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Como os espíritos nos influenciam

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 28, 2019 7:21 pm

"Primeiro, porque estão ao nosso lado e vêem tudo o que fazemos.
Não existe um segredo que possamos esconder deles – mesmo aqueles que escondemos de nós mesmos.
Além disso, existem os espíritos que conhecem também os actos que praticamos em outras vidas e dos quais, momentaneamente, não nos lembramos.
É muito mais fácil esconder algo de pessoas vivas do que dos Espíritos.
Os bons sempre irão procurar nos ajudar de alguma forma, por mais terríveis sejam nossos pensamentos e actos, por uma questão muito simples:
eles não julgam e praticam o Bem sem impor condições.
Já os de natureza inferior vão reagir da forma que faziam quando estavam vivos.
Uns vão debochar e zombar de nossas dificuldades, manias, de nossas imperfeições e poderão, se o permitirmos, pregar peças e trazer muitas dificuldades.
Simples assim: os bons pensamentos, boas intenções, o esforço que fazemos por nos tornarmos melhores, atrairão para perto de nós os Espíritos Protectores, especialmente aqueles que são ligados a nós por afeição.
A contrário, quando nosso pensamento é negativo, prejudicial a nós ou a outras pessoas, os Espíritos que pensam de igual modo irão se aproximar de nós por afinidade.
Da mesma forma que possuímos amigos, pessoas que com as quais nos afinamos e cuja companhia nos é agradável, também formamos nosso grupo de Espíritos que nos acompanham por afinidade.
Sabemos que os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e actos e, muitas vezes, podem até nos comandar.
Quando a influência é dominadora, coercitiva, denomina-se obsessão, pois ela se torna prejudicial para sua vítima.
Um Bom Espírito jamais irá nos dominar, pois respeita nosso livre-arbítrio.
Apenas sugere e aconselha, procurando nos conduzir para o bem a fazer.
É muito difícil distinguir quando uma ideia é nossa ou nos é sugerida pelos Espíritos, já que eles agem sobre nós exactamente porque temos afinidade com eles, quer dizer, pensamos da mesma maneira.
Se pensamos igual, como saber se o pensamento é nosso ou não?
O que pode acontecer então se você ficar irritado?
Com a influência dos Espíritos que atrairá a irritação será potencializada, podendo aumentar muito a ponto de você perder o controle e praticar actos não esperados.
Passado o nervosismo e analisadas com mais calma as consequências do seu acto, como ter ofendido pessoas aos gritos, ter agredido alguém etc., você deverá se sentir arrependido do que fez.
Mas da mesma forma que um Espírito mal intencionado potencializa sentimentos ruins em nós (veja bem: o sentimento é nosso, apenas é aumentado), os Bons nos envolvem com ternura e amor, proporcionando bem estar indefinível, quando nos propomos a fazer o Bem.
Sim, o Bem também se propaga.
A sintonia com os Bons Espíritos e os mal intencionados irá sempre depender de nós.
No livro “Pensamento e Vida”, Emmanuel esclarece que sintonizamo-nos com todas as criaturas encarnadas e desencarnadas que pensam como pensamos.
Isso é possível porque o pensamento é uma onda electromagnética que percorre o espaço a uma velocidade maior do que a da luz.
Portanto, a distância que os Espíritos e as pessoas vivas estão de você, não tem a menor importância.
Pensou, sintonizou instantaneamente.
Por isso, quanto maior o número de pessoas que estão juntas, pensando e fazendo a mesma coisa (boa ou não), maior é o poder de realização pois a força dos pensamentos se multiplica.
Pensamentos de intolerância e ódio, por exemplo, podem nos levar à prática de actos insanos, agressivos e até violentos.
A vigilância, que implica em prudência, atenção, cautela, é um recurso que devemos sempre ter como aliado.
O outro é a prece que nos ligará aos Bons Espíritos que vão nos ajudar, nos fortalecer nos momentos de tormenta.
A escolha sempre dependerá de nós."

Fonte: O Livro dos Espíritos – questões 456 a 461.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty “ENFERMIDADES DA ALMA”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 29, 2019 6:36 pm

Sendo o cérebro humano um conjunto de equipamentos muito delicados para os ministérios que lhe dizem respeito, prossegue profundamente ignorado na sua essencialidade embora as notáveis conquistas alcançadas pelos estudiosos especializados.
A começar pelas recuadas doutrinas dos humores, de Galeno, até as demonstrações de Gal com a frenologia, e mesmo através dos avançados conhecimentos dos neurónios e suas funções, assim como das admiráveis identificações das finalidades dos seus hemisférios esquerdo e direito, um largo pélago já foi conquistado.
Apesar disso, uma infinidade de funções ainda permanece por ser mapeada e estabelecidas as suas relações com a vida pensante, comportamental, emocional e orgânica dos seres humanos.
No que diz respeito à saúde, a sua acção é decisória na criatura, em razão de ser o descodificador do pensamento e direccionado dessa onda extraordinária, que é portadora de energia pouco conhecida, mas definidora de rumos na existência corporal.
Accionado pelo Espírito que lhe exerce o controle, e que lentamente se vem assenhoreando de todos os recursos que lhe são inerentes, dele dimanam os complexos mecanismos que predispõem ao equilíbrio do individuo ou às várias disfunções que o perturbam, reflectindo-se como enfermidades do mais variado teor.
Isto porque, através do perispírito que lhe transmite as necessidades da evolução, face às impressões que mantém gravadas nas suas ténues tecelagens vibratórias, sob a directriz do Espírito reflecte as ondas mentais equivalentes, que se transformam em pensamentos saudáveis ou enfermiços.
Centro de comando de toda a organização somática, o cérebro processa os fenómenos degenerativos assim como as resistências que enfrentam a vida bacteriológica através do sistema imunológico, assimilando ou eliminando os factores cármicos que procedem dos actos anteriores do ser nas suas reencarnações passadas.
Em razão disso, abre espaço para os tormentos da consciência de culpa, que se lhe insculpe em forma de auto obsessão, revivendo acontecimentos danosos ou congelantes de vivências anteriores, de que se não pôde o Espírito libertar.
Outras vezes, é receptor fácil de ondas-pensamento sonorizadas que o agridem, direccionadas por adversários vigorosos de ambos os planos da vida ou afectos desastrados que transformam a paixão da sensualidade em apelos doentios que terminam por afectar aquele a quem são dirigidos, não possua esse a harmonia interior ou os hábitos saudáveis da oração como dos pensamentos superiores, que o impermeabilizam em relação às contínuas emissões.
Simultaneamente, os estados depressivos que proporcionam pensamentos pessimistas e nefastos, contribuem largamente para o agravamento do transtorno neurótico, como também abrem brechas para a instalação de obsessões danosas, quando não de fenómenos que deterioram a máquina celular, propiciando a instalação de doenças variadas.
Mantendo-se por muito tempo em incubação no organismo, os vírus permanecem inactivos até que o seu hospedeiro emita ondas vibratórias que lhes vitalizam a organização, favorecendo lhes a multiplicação devastadora, quase sem limite.
No caso, por exemplo, do HIV – o vírus da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – que se inoculou no organismo humano através da promiscuidade sexual e hoje constitui ameaça grave à sociedade, em razão de poder ser adquirido mediante transfusões de sangue contaminado, do orgasmo, das picadas em rodas de drogas injectáveis com agulhas infectadas, a mente da vítima exerce um papel preponderante no seu desenvolvimento e destruição.
Nesse campo, de forma preponderante, funcionam negativamente os sentimentos de culpa, de cólera, de desamor e de rebeldia que oferecem vitalidade ao vírus diruptivo, que investe contra o sistema de defesas e faculta a instalação das doenças parasitas que ceifam a vida física das vítimas que lhe tombam inermes.
O mesmo ocorre com vários tipos de neoplasias malignas, em razão da existência de uma consciência embrionária na célula, que é activada pela consciência espiritual do ser.
Quando o individuo se torna portador de câncer e a sua conduta mental se altera para pior, em razão dos pensamentos perturbadores e tóxicos, é compreensível que as resistências do psiquismo celular sofram decorada, facilitando a ampliação do campo degenerativo e, por consequência, a instalação de metástases irreversíveis.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 29, 2019 6:36 pm

Essas ocorrências têm lugar em todos os processos degenerativos do organismo – sejam por contaminação, por traumatismos, por problemas genéticos – e no pensamento se encontram os factores que podem propiciar a recuperação, pelo menos parcial – quando se tratar de efeito contundente de acções dolosas do passado – ou mesmo recuperação total – mediante a instalação da saúde.
Jesus sempre recomendava àqueles a quem curava que se cuidassem, evitando pecar, atentar contra o equilíbrio das leis, a fim de que não lhes acontecesse algo pior. Isso porque, a conduta malsã induz o pensamento ao vicio do cultivo de ideias perturbadoras que passam a gravitar em torno de quem as emite, contribuindo-lhe para o desequilíbrio físico, psíquico e emocional.
As doenças, sejam quais forem, são estados anómalos do Espírito, que os exterioriza no corpo como ocorrência depuradora que se lhe faz necessária, a fim de equilibrar-se ante a Vida Estuante da qual procede e em que se encontra.
Certamente, talvez sem reconhecer essa realidade do ser preexistente ao berço e sobrevivente ao túmulo, a Organização Mundial da Saúde, define que o bem-estar físico, mental e social é um estado saudável.
Nem sempre a ausência de enfermidade pode significar saúde, porquanto, instalada no Espírito em débito, lentamente viaja na direcção do corpo em que se revelará, e ao ser identificada pelas sensações de dor que provoca, assim como em razão de outros distúrbios que produz, o individuo já era enfermo sem o saber.
Enquanto, todavia, mantenha o bem-estar físico, mental e o trânsito social harmónico, poderá considerar-se pessoa com saúde, e mesmo que determinados comportamentos enfermiços se lhe apresentem, mediante o bom direccionamento da mente poderá prosseguir feliz, sem permitir-se derrapar no desânimo ou nos estados mórbidos que representam enfermidades da alma.
A saúde é, desse modo, o estado natural da vida.
Que se saiba, Jesus jamais enfermou, apresentando-se sempre idealista e equilibrado, mesmo quando açodado por provocações insensatas ou fustigado para os debates inúteis, muito do agrado das personalidades doentias de ontem como de hoje.
Nunca se escusou ao trabalho, ao socorro a todos quantos O buscavam, demonstrando a sua perfeita estabilidade emocional e harmonia física, na condição de Espírito Superior cuja trajectória fez-se toda assinalada pelo amor e pela acção dignificadora.
Nos refolhos do ser espiritual pois, se encontram as matrizes das enfermidades, e aí, portanto, deverão ser tratadas, sem o que podem cessar os efeitos momentaneamente, postergando, porém, o prosseguimento desses sucessos perniciosos e destrutivos.
Nunca será demãos expor que o pensamento é o agente catalisador das ocorrências que envolvem o ser humano.
Se, por acaso, as acções não encontram o agente mental desencadeador na actualidade, é porque permanece no ontem sombrio do viajor espiritual.
Assim sendo, é indispensável que se renovem os pensamentos sempre e sem cessar para melhor, criando-se hábitos saudáveis e dinamizando-se as actividades enriquecedoras de bênçãos, a fim de que o estado de bem-estar permaneça como o divisor dos diferentes estágios da actividade humana.
Naturalmente, muitos episódios de carência na área da saúde se apresentam em todas as vidas, mas isso não constitui motivo de preocupação, antes faz parte do desenvolvimento das funções orgânicas vitais, das auto reparações das peças internas da máquina física, sem qualquer prejuízo para a harmonia geral do corpo e da mente.

Autor. Divaldo Pereira Franco-Joanna de Angelis (Espírito)
Do Livro: Dias Gloriosos

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Charlatanismo, redes sociais e a fake new do além

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 30, 2019 6:52 pm

(Jorge Hessen)

É inquietante a invasão de falsos médiuns, especialistas nas fraudes “mediúnicas”, “psicografando” supostas cartas do além, valendo-se financeiramente da venda de livrescos de sua autoria.
A armadilha da traiçoeira “mediunidade” para eventual “contacto com falecidos” tem sido montada nos shows públicos dos ambientes espíritas (infelizmente!).
Tais estelionatários inventam seitas sob “inspiração” de imaginários espíritos que trazem nomes de notórias “santas e padroeiras”.
Em torno desses falsários se promovem excursões (romarias) para que enlutados acompanhem o charlatão até às cidades em que são convidados para fazerem espectáculo de falsas psicografias.
São charlatães mediúnicos que utilizam do poderoso argumento da “psicografia” para enganar os ignorantes, especialmente os emocionalmente mais vulneráveis.
São falsos médiuns que alferem vantagens pessoais, alimentando a fama entre os idólatras (“inocentes úteis”).
Embolsam dinheiro com a vendas de livrescos superlotados de ilusões.
São dissimulados e abiscoitam doações para “seus pobrezinhos”, obtendo tudo justamente nas ocasiões em que as pessoas se encontram psicologicamente torturadas pelo luto.
Tais falsos médiuns encontram nas redes sociais da internet extensa colectânea de dados pessoais dos desencarnados e seus familiares.
As informações virtuais são matérias primas para que os falsários memorizem ou improvisem “colas” tacticamente escamoteadas durante a sessão da “mediúnica”.
Sugerimos aos familiares checar nas redes sociais os detalhes das informações contidas nas falsas cartas psicografadas e verificarão a fraude.
É exactamente isso.
Na internet os falsos médiuns colhem inúmeros subsídios de dados pessoais, consultando Facebook, WhatsApp, YouTube, Instagram, Twitter, LinkedIn, Pinterest, Google+ (do falecido e familiares) que servirão de roteiro para a construção da falsa carta do “além”.
Ambicionando persuadir suas vítimas, tais falsários fazem constar determinadas frases padronizadas e repetitivas nas falsas cartas “psicografadas”, sempre com termos genéricos, tendo em vista iludir o enlutado, sobretudo citando número de telefone, CPF, endereço, nome do cemitério do sepultamento, nome da igreja da missa de sétimo dia, time de coração do falecido entre outras tapeações.
Ressalte-se que quando há autenticidade nas "cartas psicográficas", como sucedia com Chico Xavier, as autorias espirituais eram comprovadamente de parentes falecidos e raramente estes informavam número de telefones e os bizarríssimos números de CPF’s.
Se houver adequada investigação policial esses falsos médiuns poderão ser descobertos em face das aquisições de bens incompatíveis para um desempregado.
Sabe-se que tais falsários mediúnicos têm construído um razoável património material por meio dos recursos financeiros advindos de micro-empresas (editoras) e distribuidoras de alfarrábios literários contidos nos livrescos entupidos de escombros místicos.
Destarte, tais “micro-empresários” charlatães vão comprando apartamentos, móveis e até carros novos.
As lideranças espíritas do Brasil (palestrantes e alguns presidentes de federações) não ignoram tais tramóias mediúnicas e a maioria vem-se solidarizando com as vítimas das fraudes e apoiando os médiuns honrados através de um ABAIXO ASSINADO.
Estranhamos porque a mística “FEB” não se dispõe alertar o MEB sobre o facto.
Na verdade, não se percebe qualquer solidariedade do “mainstream” e dos endeusados figurões (vendilhões) em apoio moral às mães ludibriadas e aos médiuns sérios.
Cremos que esse manifesto poderia comprometer a venda dos livros dos oradores que mais se parecem com os “camelos ambulantes”.
O subdesenvolvido movimento espírita brasileiro vem exportando tais falsos médiuns para alguns países da Europa.
Os protagonistas “médiuns” das falsas cartas do além, já conquistaram Portugal com a conivência e cumplicidade de algumas lideranças lusitanas (inocentes úteis) e obviamente vem comprometendo o pujante trabalho doutrinário efectivado pelos sinceros irmãos portugueses.

Observação importante:
Ressalve-se que nem todos os médiuns utilizam prática mediúnica de má-fé em suas actividades.
Caracterizamos médiuns honestos que produzem bons trabalhos psicográficos para conforto dos parentes enlutados.
Porém destaque-se que esses médiuns sérios aceitam participar de qualquer pesquisa para atestar a autenticidade dos fenómenos dos quais são portadores , os charlatães jamais aceitaram.
Por isso, é importante separar o joio do trigo.
Pelo histórico moral dos médiuns constataremos a fidedignidade das suas intenções.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty SEMANA SANTA - VISÃO ESPÍRITA

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 01, 2019 7:30 pm

Todo ano, a cena se repete.
Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
1. Como o Espiritismo encara a Páscoa; Sexta-feira Santa"?;
2. Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
3. Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas.
Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
É importante destacar isso: o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus.
Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita.
É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto".
Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos.
E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data...
Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data.
É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje.
E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações.
Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas.
Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade.
Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não.
Ora, ou somos espíritas ou não somos!
Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!...
A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 01, 2019 7:30 pm

São práticas de outras religiões, que repetimos respeitamos muito, mas não adoptamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direccionada aos espíritas. Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objectivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas.
Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direccionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais actividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objectivo da abordagem é direccionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo.
O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos.
Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados.
E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE):
"O objectivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objectivo; (...)
A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja.
Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.
Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão.
Não! Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objectivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Primícias do Reino

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 02, 2019 7:13 pm

O Evangelho - a nova ou a boa nova - é a mais expressiva história de uma vida, através de outras vidas, iluminando a vida de todos os homens.
É a história de um Homem que se levanta na História e faz-se maior do que a História, dividindo-a com o Seu Nascimento, de modo a constituir-se o marco rutilante dos fastos do pensamento universal.
Esta, a mais significativa história jamais narrada, encontra-se, todavia, sintetizada em O Novo Testamento, modesta Obra de pouco mais de trezentas e cinquenta páginas.
Grafada por duas testemunhas pessoais de todos os acontecimentos, Mateus e João, e confirmada pelos depoimentos de outras que conviveram com Ele, tais como Pedro, - que pede a Marcos escrevê-la para os romanos recém-convertidos - e Lucas, que a recolhe de Paulo, o chamado da estrada de Damasco, de Maria, Sua Mãe, de Joana de Cusa, de Maria de Magdala e de outros, escrevendo, para a grande massa dos gentios conversos.
Outros depoimentos de conhecedores e participantes directos reaparecem nas Epístolas para culminarem na visão do Apocalipse.
Ao todo, vinte e sete pequenos livros constituídos por duzentos capítulos e sete mil novecentos e cinquenta e sete versículos, em linguagem simples:
quatro narrativas evangélicas, um Actos dos Apóstolos (atribuído a Lucas), catorze epístolas de Paulo (1), uma de Tiago Menor, duas de Pedro, três de João, uma de Judas (Tadeu) e o Apocalipse de João.
Discutidas e examinadas séculos a fio foram, no entanto, fixadas pelo Concílio de Trento (1545-1553), que lhes reconheceu a autenticidade, após compulsados os documentos históricos, constituídos pelos fragmentos das primeiras cópias manipuladas pelos cristãos decididos dos dias seguintes aos discípulos que fundaram as Igrejas então florescentes. . .
Embora as pequenas variantes de narrativas - o que lhes dá o testemunho inconteste da opinião pessoal dos escritores - através dos quatro evangelistas, a história do Filho do Homem é uma só.
Mateus (Levi) escreveu-a para os israelitas que se cristianizaram, comparando a Boa Nova com os Textos Antigos e utilizando-se das figuras comuns ao pensamento hebreu. (2)
Marcos (também chamado João), filho de Maria, de Jerusalém, em cujo lar os cristãos se reuniam o onde o Apóstolo Pedro, libertado do presídio se acolheu, que conheceu de perto as lides apostólicas junto a Paulo e Barnabé, dos quais se afastou em Perge, na Panfília, retornando a Jerusalém, tendo sido convocado mais tarde pelo próprio Pedro, à sementeira em Roma, em cuja ocasião grafou a sua narrativa. (3)
Lucas, recém-convertido por Paulo, residiu em Cesareia, no lar do diácono Filipe de quem, emocionado, ouviu os mesmos factos contados por Tiago Menor.
Erudito, nascido em Antioquia, de cultura helénica, é o narrador deslumbrado e comovido dos feitos e palavras de Jesus.
É o mais lindo dos quatro Evangelhos, impregnado da mansuetude do Cordeiro.
Escrevendo.
Escrevendo ao "excelente Teófilo", é dedicado à grande grei dos gentios, arrebatada pelo verbo candente de Paulo, seu mestre (4).
Prosseguirá escrevendo, mais tarde, os Actos dos Apóstolos com o seu inconfundível estilo.
João, o discípulo amado, místico por excelência, escreveu para os cristãos que já conheciam a Mensagem com segurança.
Aprofundou a sonda reveladora e se adentrou no colóquio do Mestre com Nicodemos, sobre o novo renascimento, de cujo colóquio, possivelmente, participara como ouvinte.
Começa o seu estudo com a transcendente questão do Verbo e o encerra no Apocalipse com a fulgurante visão medianímica de Jerusalém Libertada.
O seu, é o Evangelho Espiritual.
Escritos inicialmente na língua falada por Jesus, o arameu, exceptuando-se provavelmente Lucas, logo foram traduzidos para o grego, corporificando o pensamento do Mestre, que se dilataria por toda a Terra . . .
A mais comovente história que já se escreveu.
O maior amor que o mundo conheceu.
O Exemplo mais fecundo que jamais existiu.
A vida de Jesus é o permanente apelo à mansidão, à dignidade, ao amor, à verdade.
Amá-lo é começar a vivê-lo.
Conhecê-lo é plasmá-lo na mente e no coração.
A vida que comporta a história de nossa vida - eis a Vida de Jesus!
A perene alegria, a boa mensagem de júbilo - eis o Evangelho!

(Notas da Autora espiritual).
(1) A Epístola aos Hebreus, no Concílio de Trento, foi atribuída ao Apóstolo Pedro, enquanto o de Cartago a supunha de autor ignorado.
Preferimos a primeira assertiva.
(2) Papias (75-150) informava que Mateus apresenta no seu Evangelho "os ditos do Senhor".
(3) Marcos, que servia de intérprete a São Pedro, registou com exactidão ainda que não pela ordem, palavras e obras de Jesus.
(4) Dante afirmava que Lucas "é o escriba da mansidão de Jesus".

Amélia Rodrigues (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Primícias do Reino.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty O discípulo ambicioso

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 03, 2019 6:57 pm

Quando Judas, obcecado pela ambição, procurou avistar-se com Caifás, no Sinédrio, trazia a cabeça incendiada de sonhos fantásticos.
Amava o Mestre - pensava, presunçoso -, entretanto, competia-lhe cuidar dos interesses d’Ele.
A vaidade absorvia-o.
A paixão pelas riquezas transitórias empolgava-lhe o espírito.
Despreocupado das necessidades próprias, intentava resolver os problemas do Senhor, perante as forças políticas do tempo.
Valer-se-ia da influência prestigiosa dos sacerdotes, movimentaria Jerusalém, tomaria o ceptro do povo israelita, em obediência às tradições dos reis e juízes do passado e, logo que fosse consolidado o poder, restituiria a Jesus a direcção, a honra, a chefia...
O Mestre ensinava a concórdia, a tolerância, a paciência e a esperança, mas, como efectuar as reformas necessárias, através de simples atitudes idealistas?
E o discípulo, em atitude de homem escravizado à ilusão, aguardava Caifás, que não se fez esperar muito tempo.
Na sala enorme, iniciaram discreta conversação.
O sumo-sacerdote, após abraçá-lo com fingida simpatia, observou, em tom cordial:
- Com que então o Templo tem a felicidade de contar com a sua valiosa colaboração!
- Ah! sim, é verdade - exclamou o leviano aprendiz, sentindo-se envaidecido.
Caifás, consciente da própria importância na administrarão de Jerusalém, voltou a dizer:
- Precisávamos de alguém, com bastante coragem, para salvar o Messias Nazareno.
- Oh! Sim - disse Judas, contente -, compreendo a situação.
- De facto - prosseguiu o chefe do Templo - necessitamos de um rei que nos restaure a liberdade política e, em boa hora, os galileus nos oferecem tal oportunidade.
Aliás, tenho muito prazer em tratar com a sua pessoa, homem providencial na realização, que não perde tempo com palavras ociosas.
Tentei abordar indirectamente outros homens daqueles que acompanham o Nazareno, porém todos eles, ao que me pareceu, são esquivos e indecisos.
Creia, no entanto - e elevou muito o diapasão de voz, impressionando o interlocutor pela segurança verbal -, creia, porém, que o seu gesto, anuindo aos nossos propósitos, apressará a vitória do Messias, conferindo elevados títulos aos seus companheiros.
Terão eles destacada posição de domínio e sentar-se-ão na assembleia mais alta do povo escolhido.
É tempo de libertação e, certo, Jesus é o rei que Jeová nos envia.
Judas não cabia em si mesmo, tal o contentamento que lhe tornava o coração.
Preocupado, no entanto, com a situação do Profeta, a quem tanto devia, perguntou, humilde:
- E o Mestre?
Dissimulou Caifás os sentimentos sinistros que lhe vagavam na alma e respondeu em voz quase doce:
- Compreenderá, certamente, a necessidade das medidas aparentemente rigorosas.
O Mestre, por exemplo, segundo o plano estabelecido, será preso, por uma questão de segurança pessoal.
Será detido, a fim de que se coloque a salvo de qualquer incidente desagradável, enquanto nos valeremos da grande aglomeração de patriotas na cidade para proclamar a nossa independência.
Liquidada a vitória inicial, com a submissão das autoridades romanas, coroaremos o Messias, que ostentará o ceptro do poder.
O discípulo exultava.
Conhecedor antigo dos efeitos da lisonja nos corações indisciplinados e invigilantes, Caifás continuou:
- O meu prestimoso amigo, até que se resolva a situação em definitivo, chefiará os companheiros e receberá as homenagens que lhe são devidas.
Tomará o lugar do Messias, provisoriamente, e ditará ordens, até que ele próprio, com a garantia desejável, possa assumir o poder.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 03, 2019 6:58 pm

Satisfeitíssimo, o visitante indagou:
- E que devo fazer inicialmente?
O sacerdote perspicaz respondeu com naturalidade:
- Não temos tempo a perder.
Formaremos a documentação necessária.
- Como devo fazer? - perguntou ainda o aprendiz enganado.
- Chamarei as testemunhas - esclareceu o sumo sacerdote - e, perante nós, responderá afirmativamente a todas as interrogações que lhe forem dirigidas.
Não precisará informar-se quanto a particularidade alguma.
Bastará responder “sim” a todas as perguntas formuladas.
Posso dispor de sua lealdade?
Judas não hesitou.
Estava decidido a seguir as instruções, de modo incondicional.
Mais alguns minutos e organizou-se pequena assembleia, com juízes e testemunhas.
Dois escribas perfilaram-se para fixar as declarações.
Formada a reunião, o sumo sacerdote chamou o denunciante e iniciou o interrogatório:
- É discípulo de Jesus, o Nazareno?
Confiante, Judas respondeu:
- Sim.
- Vem fazer declarações ao Sinédrio, como judeu convicto da santidade da lei?
- Sim.
- Afirma que o Messias Nazareno pretende ser o rei de Israel?
- Sim.
- Assegura que ele promete a revolução contra o poder de César e a autoridade de Antipas?
- Sim.
- É verdade que Ele odeia os romanos?
- Sim.
- Deseja, de facto, aproveitar a Páscoa, para começar a rebelião?
- Sim.
- Declarará a emancipação política de Israel, imediatamente?
- Sim.
- Promete lutar contra quaisquer obstáculos para derrubar as combinações políticas existentes entre Roma e esta província, no sentido de coroar-se rei?
- Sim.
De posse das declarações comprometedoras, Caifás interrompeu o inquérito, mandou que Judas esperasse na ante-sala e iniciou providências junto de romanos e judeus, para que Jesus fosse preso, imediatamente, como agitador político e explorador da confiança pública.
Em breves horas, um grupo de soldados postava-se nas vizinhanças do Templo, à espera da ordem final, e Caifás, compensando Judas com algum dinheiro, fez-lhe sentir a necessidade de sua orientação na prisão inicial do Messias, assegurando que, em breve tempo, se cumpriria a redenção de Israel.
O discípulo invigilante foi à frente de todos e encaminhou a triste ocorrência.
E, quando os fatos marcharam noutro rumo, debalde o Iscariote procurou avistar-se com as autoridades, tão pródigas em promessas de poderes fascinantes.
Findo o processo de humilhações, encarceramento, martírio e condenação de Jesus, o aprendiz infiel conseguiu encontrar o sumo sacerdote e alguns intérpretes da lei antiga, em animada conversação no Sinédrio.
Em lágrimas, Judas rogou que fosse interrompida a tragédia angustiosa da cruz, e sentindo, tarde embora, que fora vítima da própria ambição, devolveu as moedas de prata, exclamando, de joelhos:
- Socorrei-me!...
Cometi um crime, traindo o sangue inocente!...
A vaidade perdeu-me, tende compaixão de mim!...
Os interpelados, porém, como velhos representantes da ironia humana, responderam simplesmente:
- Que nos importa? Isso é contigo...

Blog Espiritismo Na Rede Do livro Lázaro Redivivo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Judas Iscariotes

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 04, 2019 7:08 pm

Na dobra dos séculos, ele continua sendo apontado como alguém que destoou no Colégio Apostólico, exemplo de mau amigo, traidor.
Ainda na actualidade, o seu nome é dado aos que traem uma causa, aos que erguem a mão contra quem os brindou com amizade.
Dentre os doze apóstolos, parece ter sido o único que não era galileu.
Filho de Simão, era da cidade de Cariote ou Kerioth, "cidade do extremo sul da tribo de Judá, a uma jornada além do Hebron." (3)
Em Cafarnaum, Judas, comummente denominado, Judas Iscariotes, o que equivale a dizer, Judas, de Kerioth, sua localidade de nascimento, se consagrava ao pequeno comércio, vendendo peixes e quinquilharias.
Entendia de contabilidade, e se transformou no tesoureiro do grupo.
Era quem cuidava da bolsa das ofertas.
Quem lhe analise a personalidade, o qualifica como culto, eloquente e polido.
Também alegre e um homem realizado.
Destacam-se nele, igualmente, qualidades como discrição e sensatez.
Com certeza, um homem prático.
Sua cabeça era de um comerciante.
Seu negócio era adquirir, revender e contar os lucros.
"Imediatista, considerava as pessoas e ocorrências através da óptica distorcida da realidade, pelo valor relativo, amoedado, social, transitório, não real. (...)" (2)
Foi exactamente sob essa tónica, que ele expôs o Amigo Celeste.
Judas tinha ambição, fascinação pelas riquezas, preocupações com a vida material.
Não conseguiu apreender o sentido da missão do Grande Amigo.
Para ele, o carpinteiro de Nazaré era o Messias, aguardado há séculos por Israel, sofrida e à época, escrava da águia romana dominadora.
O poder de Jesus, Seus discursos, Sua inteligência e Seus milagres o fascinavam.
No Evangelho de João (12:6), encontramos uma referência à sua desonestidade, referindo o evangelista que "tendo a bolsa, roubava o que se lançava nela."
Segundo as lições espirituais, Jesus o teria advertido, ao início do apostolado:
"...Judas, a bolsa é pequenina; contudo, permita Deus que nunca sucumbas ao seu peso!" (6)
Sua é a voz primeira que sussurra acerca do desperdício, em casa de Simão, o ex-leproso, durante o banquete em que Maria, de Betânia, oferece ao Amor não amado, o caro perfume, ungindo-Lhe os cabelos.
Servindo-se do momento para o ensino, Jesus recorda da pérola da amizade e da preciosidade da manifestação afectiva, alertando sobre a precariedade das coisas temporais.
Acompanhando o Rabi, dia após dia, registando-Lhe a grandeza, alimenta o filho de Simão a ideia de que, dia chegará em que Ele assumirá o poder, liderando uma grande revolução, esmagando Roma.
Não conseguira entender que a maior revolução que o doce Rabi propunha era contra o inimigo interior.
Após a triunfal entrada do Amigo em Jerusalém, Judas imaginou que melhor momento não haveria do que aquele para que Ele inaugurasse o Seu Reino.
No entanto, sequer sorrira Jesus, nem retribuíra com acenos ou um inflamado discurso à extraordinária recepção, que o povo lhe oferecia.
Aquela maré humana entrou por um dos grandes portais da muralha do Templo e se derramou para o interior da extensa área do átrio dos gentios, ao átrio do povo e dos sacerdotes.
E quem ouvisse os brados de Hosana ao Filho de Davi!
Hosana! acorria para ver quem seria a personagem que assim estaria sendo ovacionada.
Quem seria alvo de tão deslumbrante manifestação?
Os fariseus ficaram indignados e mais recrudesceu o ódio contra o Galileu.
Os sacerdotes devem ter tremido, temendo, mais que nunca, perder o cargo e seus privilégios.
Decretava-se, ali, a urgência da sentença de morte do Filho de Nazaré.
Contudo, enquanto Judas aguarda que Ele tome uma atitude, o Mestre se retira da cidade, ao anoitecer e se dirige a Betânia, onde costumava passar a noite.
O discípulo se inquieta.
Sob seu ponto de vista, Jesus não sabe aproveitar as oportunidades, nem se preocupa em conquistar a atenção dos homens mais altamente colocados na vida.
Gozando da amizade de políticos influentes em Jerusalém, Judas decide propor um acordo para apressar o triunfo do Messias.
Arquitecta entregá-lO aos homens do poder temporal, "em troca de sua nomeação oficial para dirigir a actividade dos companheiros.
Teria autoridade e privilégios políticos.
Satisfaria às suas ambições, aparentemente justas, com o fim de organizar a vitória cristã no seio de seu povo.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 04, 2019 7:09 pm

Depois de atingir o alto cargo com que contava, libertaria Jesus e lhe dirigiria os dons espirituais, de modo a utilizá-los para a conversão de seus amigos e protectores prestigiosos." (7)
Quando a alvorada se fez, o discípulo imprevidente se dirigiu ao Sinédrio.
Aguardou horas, mas muitas promessas lhe foram feitas.
Guardou as 30 moedas, nem mesmo sabia porquê.
Afinal, logo mais, ele teria as rédeas do movimento renovador.
Era uma quantia pequena para o que idealizava.
Nada além do preço de um escravo: trinta moedas de prata.
Com um beijo entrega o Amigo a quem amava, sem O compreender.
Aterrorizado, viu seu Mestre ser conduzido à cruz, sem nenhum lamento, sem nenhuma queixa.
Dando-se conta do equívoco, busca Caifás, reclamando o cumprimento do acordo.
Somente recebe dele e dos demais membros do Sinédrio sorrisos de sarcasmo.
Recorre às suas relações de amizade e teve que reconhecer a fragilidade das promessas humanas.
De longe, Judas contemplou as cenas humilhantes e angustiosas do drama do Gólgota.
O remorso o abraça, dilacerando-lhe a consciência.
Um pensamento o toma.
Sem amigos, traidor vil que entrega o Amigo querido, da forma mais ignominiosa, ele somente pensa em desertar da vida.
Naquele momento, não se recordou das exortações acerca da prece, da comunhão com o Pai, do perdão leccionado tantas vezes pelo Nazareno.
Ele somente escuta a voz tenebrosa de seu tremendo remorso e, dirigindo-se à rampa do vale de Hinom, compõe o laço em torno do pescoço e se deixa pender, vencido pela dor, ingressando no mundo espiritual, atormentado e sofredor.
Conta-se que, tendo devolvido aos sacerdotes o dinheiro vil, entenderam eles que aquele era "preço de sangue" e não seria lícito retorná-lo aos cofres do Templo.
Assim, adquiriram um campo para servir de cemitério a estrangeiros e peregrinos que morressem em Jerusalém.
O local ficou conhecido como "campo de sangue" e, segundo alguns, Judas teria sido o primeiro a ser ali sepultado.
Na sequência dos anos, ele expiaria sua tenebrosa falta.
Em entrevista que concede ao espírito Irmão X, assim narra a sua trajectória de redenção:
"Depois de minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta.
Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado.
Vítima da felonia e da traição, deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV.
Desde esse dia em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o ósculo do perdão da minha própria consciência..." (8)

Bibliografia:
01.FRANCO, Divaldo Pereira. Isto é lá contigo. In:___. Há flores no caminho. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Salvador: LEAL, 1982. cap. 23.
02.______. Arrependimento tardio. In:___. Trigo de Deus. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Salvador: LEAL, 1993. cap. 12.
03.RENAN, Ernest. Os discípulos de Jesus. In:___. Vida de Jesus. 13. ed. São Paulo: Martin Claret, 1995. cap. 9.
04.TEIXEIRA, J. Raul. Jesus e a traição. In:___. Vida e mensagem. Pelo espírito Francisco de Paula Vitor. Niterói: FRÁTER, 1993. cap. 15.
05.VINICIUS. Reabilitação de um culpado. In:___. Na escola do mestre. 4. ed. São Paulo: FEESP, 1981. cap. 4.
06.XAVIER, Francisco Cândido. Os discípulos. In:___. Boa nova. Pelo espírito Irmão X. 8. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1963. cap. 5.
07.______. A ilusão do discípulo. Op. cit. cap. 24.
08.______. Judas Iscariotes. In:___. Crónicas de além-túmulo. Pelo espírito Humberto de Campos. 8. ed. Rio[de Janeiro]: FEB, 1975. cap. 5.


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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty FINAL DA QUARESMA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 05, 2019 7:46 pm

VAMOS AGRADECER A DEUS POR TER SUPERADO BEM, MAIS UMA, PERÍODO DO ANO MAIS DIFÍCIL PARA TODOS OS MÉDIUNS.

Fim da “Quaresma”, um dos períodos mais difíceis para os Médiuns e todos aqueles que sentem influências dos nossos Irmãos Desencarnados, em função da presença deles, para participar do Carnaval, especialmente os da “Zonas Umbralinas”, que praticamente abandonam o “Umbral”, para gozar a “Festa Mundana” e reviver o Tempo da Matéria.
Como eles tem enormes dificuldades para voltar e querem continuar no “Plano Físico”, aproveitam-se de “Médiuns Invigilantes”, para absorver “Fluídos” e praticamente ficar sem sofrimentos, num terrível processo de “Obsessão Espiritual”, esgotando nossos queridos Irmãos Encarnados, muitas vezes, levando-os a “Grande Desespero e Tristeza”.
Mais triste ainda, é a situação de muitos Irmãos já Socorridos, que abandonam às Unidades Socorristas do Espaço, atendendo, infelizmente, a “Baixa Frequência Vibratória” desses dias, “Emanação Deletéria” de Irmãos do Corpo Físico, que se entregam a todo tipo de gozo da carne.
Como não sabem voltar, às dificuldade desses Irmãos é muito grande, precisam dos “Fluídos” dos Médiuns, para não sofrer tanto e tentar uma forma de voltar aos “Postos de Socorro do Espaço”.

Como “AGIR”, para não ficar à mercê desses Irmãos Menos Esclarecidos do Umbral:
1) “VIGIAR”, para não cair nas mãos deles, mantendo Pensamentos Elevados, Superiores e Benéficos.
2) “ORAR”, para ficar ligados ao nossos Irmãos Superiores, Mentores, Guias Espirituais, Protectores e Espíritos Familiares que já se encontram em Elevação Espiritual.
É chegado o tempo da quaresma, período de quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo:
“A morte e a ressurreição de Cristo”.

Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.
Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a Páscoa.
No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências.
Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado.
Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.
De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros?
Até que ponto as penitências são válidas?
Será que necessitamos de um período específico para reflectir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?

Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objectivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 05, 2019 7:47 pm

a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma ilusão.”

722. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interditar o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”

726. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus.
Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem.
Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas?

Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes?
Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus.
Sofrer alguém voluntariamente ,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”
Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões.
Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.
Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne.
Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.
A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga, consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições.
Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais.
Para evitar conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval.
Após o “carnevale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a Páscoa.
O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.
Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes.
E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.
Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.

Referências: “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty "SEXOS DOS ESPÍRITOS"

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 06, 2019 7:23 pm

- MARAVILHOSA E DETALHADA EXPLICAÇÃO DO ESPÍRITO MIRAMEZ.
FACTOS NATURAIS QUE A MAIORIA DOS HUMANOS DESCONHECEM.

Essa pergunta é feita com frequência há muito tempo; existe sexo nos Espíritos; no entanto, ele existe nas condições em que se encontra a alma na escala da vida.
As formas de sexo no mundo espiritual são variáveis, de acordo com a evolução do Espírito.
Poderemos comparar com o amor na Terra; quantas pessoas entendem que o amor é sexo e vice-versa?
Na sequência evolutiva, no entanto, o amor transcende ao instinto e ao factor biológico, caminhando para as regiões superiores.
O acto sexual é troca de valores na ordem natural da vida, e esses valores, essas trocas, nas esferas elevadas, são de ordem divina, pelos sentimentos.
No astral inferior, as almas ali se encontram ainda materializadas e os processos sexuais são compatíveis com os da Terra, por vezes passando à luxúria, com práticas que os homens da mesma esfera copiam e transmitem para os sequiosos da animalidade nos caminhos da Terra.
Há pureza de sentimentos somente para os Espíritos puros, onde as leis naturais vigoram em todo o seu esplendor.
Para constatar o que falamos, pode-se observar os sonhos de muitas pessoas em regiões inferiores, usando e abusando do sexo como se estivessem no próprio corpo.
O homem deve procurar sublimar o sexo na liberdade e no dever, porque ele é o instrumento das reencarnações, onde os Espíritos se depuram, educam e aprendem, e, para bem dizer, abençoam os pais que os receberam com amor.
Procuremos elevar cada vez mais os nossos sentimentos, deixando as cascas do passado inferior, e compreendendo a necessidade do amor na sua qualidade divina, porque a verdade sempre nos dá condições de uma libertação eficiente.
Não desdenhemos o sexo, mas compreendamos a sua missão entre os homens, não somente como indústria de roupas para os Espíritos, mas como tarefa bem mais sublime de escolas, onde as almas se educam e se instruem.
Os Espíritos têm sexos, porém, devemos analisar as faixas de uso, para que não pequemos em comparações gritantes, e não transmitamos coisas erradas aos que estão despertando para os conhecimentos espirituais.
Não nos esqueçamos do Cristo e daquilo que Ele ensinou, dizendo aos Seus discípulos, que se amassem como Ele os amava.
Em tudo que fizermos, esforcemo-nos para aprimorar, no sentido espiritual do ato, pois o Senhor tudo vê e pode ajudar a quem tem boa vontade de servir.
A Doutrina dos Espíritos mostra as leis de Deus em todos os ângulos, de modo a facilitar os entendimentos, e nesse entender com Jesus, a libertação ficará mais fácil, surgindo em todos os corações no bem, uma alegria divina, embora na Terra, porque o planeta de certa forma, é algo do céu.
Onde estivermos devemos começar a melhorar e entender o porquê da nossa passagem neste mundo de provas.
Se o homem usa sexo, deve analisar o seu objectivo e respeitar a sua missão no mundo em que vive. Por todo desregramento, por tudo o que se faz fora da lei natural, responderá pelas consequências.

O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty "FREI LUIZ" JÁ ERA ESPÍRITA SEM O SABER.

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 07, 2019 7:13 pm

Ser Espírita é, em primeiro lugar, praticar os ensinamentos de Jesus e não apenas acreditar nele.
O Espírita deve seguir principalmente o ensinamento de Jesus que diz:
“Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo a ti mesmo”.
O Espírita deve ter como Objectivo Amar a Deus e Amar o Próximo, independente do que lhe ocorra.
Ser Espírita não é apenas acreditar em Espíritos, acreditar em Mediunidade, acreditar em fenómenos inexplicados.
Ser Espírita é principalmente acreditar em Deus, na essência da vida, no espírito eterno e imortal que somos e procurar expressar tudo isso em sua vida prática.
Ser Espírita é procurar ser melhor a cada dia.
É fazer o bem sem olhar a quem.
É dar sem esperar receber em troca.
É entender o outro e se colocar em seu lugar.
Ser Espírita é aceitar suas imperfeições; aceitar nossos defeitos; aceitar nossas limitações; aceitar que ainda temos muito o que aprender.
Ser Espírita é, tal como disse Jesus, se fazer inocente como as crianças.
É aceitar que não sabemos tudo, que não somos os donos da verdade e que não somos melhores do que ninguém.
Ser Espírita é entender que nossa religião não é melhor do que qualquer outra, mas sim que qualquer religião é boa desde que faça a pessoa melhor.
Não importa a religião que a pessoa segue, importa apenas ela saber aproveitar os ensinamentos religiosos para evoluir e se elevar.
Ser Espírita é não tentar convencer os outros a serem Espíritas ou a aceitarem seus princípios, mas sim respeitar a fé de cada e o grau de consciência que a pessoa se encontra.
O verdadeiro Espírita não cultiva dogmas ou verdades prontas, mas mantém sua mente e seu coração abertos, além de não idolatrar ou cultuar a personalidade de ninguém.
Ser Espírita é não ficar segregando os outros; não ficar dividindo o movimento entre Espíritas ortodoxos e Espíritas liberais; não ficar impondo sua própria visão do que seja o Espiritismo.
O Espírita que fica tentando impor o que é e o que não é o Espiritismo ainda não entendeu a essência da doutrina.
Ser Espírita é admitir que o Espiritismo pode ser entendido e vivenciado de diversas formas, respeitando a individualidade de cada um, sem imposições, sem censuras e sem proibições de nenhum tipo.
Ser Espírita é não julgar, não rotular, não tentar encaixar o outro em padrões pessoais de certo e errado.
É deixar o outro ser como quiser ser.
O Espírita não condena antes da hora e não fala sem conhecer.
Ser Espírita é não mentir, não dissimular, não manipular e nem tentar controlar o outro de acordo com sua vontade.
Ser Espírita é ter humildade, é cultivar a compreensão com todos. é responder com amor mesmo àqueles que nos fazem mal, é respeitar cada ser da criação, por menor que seja, é ser compassivo com todos, pacífico em cada ato, puro de coração e sincero em suas acções.
Ser Espírita é despertar a equanimidade e ser livre, totalmente livre de qualquer prisão mental e emocional.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Animais: seres em evolução

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2019 7:15 pm

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

No ano passado foram publicadas algumas estatísticas sobre produção de frango e carne que merecem a nossa reflexão.
Afinal de contas, a proteína animal ainda tem peso considerável em nossa dieta alimentar.
Assim sendo, os dados informam que o consumo médio de frango por pessoa passou de 24 kg para 42 kg ao ano.
Na actualidade, o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA.
Para os especialistas, a avicultura pretende fazer com que os bichos comam cada vez menos, e, assim, ganhem mais peso no menor tempo possível.
Em contrapartida, há quem defenda que os geneticistas e os criadores deveriam se concentrar fundamentalmente no bem-estar animal, já que essa é a tendência da sociedade.
No mesmo diapasão, a FAO (organização da ONU focada na alimentação e na agricultura) estima que a produção de carne no mundo cresça 20% até 2030, e 77% do aumento na produção de carne deverá ocorrer nos países em desenvolvimento como o Brasil.
Ainda segundo o órgão, cerca de 1,3 bilião de pessoas trabalham nas cadeias de produtos pecuários, um sector que representa 40% da produção agrícola nos países ricos e 20% nos pobres.
Outro dado preocupante:
aproximadamente 500 milhões de pobres dependem dos animais para sobreviver.
Entretanto, um delicado problema de sustentabilidade advém do uso de água que a pecuária demanda, dado que esta absorve 30% dos recursos hídricos destinados à agricultura, que, por sua vez, absorve 70% de toda a água doce disponível.
Para completar o quadro tem a questão das emissões directas de gases do efeito estufa, que representam 8% do total, mas alcançando o alarmante patamar de 14,5% se acrescentarmos as emissões indirectas como as derivadas do transporte, do processamento e do uso de energia.
Portanto, ainda estamos longe de nos suprir apenas de energia ou fluido universal para a nossa sobrevivência.
Precisamos do sacrifício sistemático dos animais para nos alimentar, mas geralmente não nos damos conta de que esses seres também estão em processo evolutivo.
Em poucas palavras, do átomo ao arcanjo há muita distância a percorrer.
Como bem destacou o livre-pensador espírita Léon Denis, no livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor,Na planta a inteligência dormita; no animal sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente...”.
No trabalho Depois da Morte, Léon Denis sustentou que “Uma cadeia ascendente e contínua liga todas as criações, o mineral ao vegetal, o vegetal ao animal, e este ao ente humano”.
Por sua vez, o Espírito Emmanuel, na obra que lhe encerra o nome (psicografia de Francisco Cândido Xavier), esclarece que “Da noite dos grandes princípios, ainda insondável para nós, emergimos para o concerto da vida.
A origem constitui, para o nosso relativo entendimento, um profundo mistério, cuja solução ainda não nos foi possível atingir, mas sabemos que todos os seres inferiores e superiores participam do património da luz universal”.
Desse modo, assim como nós, também os animais desfrutam do banquete de luz.
Obedecendo a processos muito específicos e justos, eles labutam, assim como nós o fizemos outrora, para atingir o reino hominal a fim de poder expressar toda a sua inteligência e sensibilidade emocional.

Por isso, pondera igualmente Emmanuel:
“O homem está para o animal, simplesmente como um superior hierárquico.
Nos irracionais desenvolvem-se igualmente as faculdades intelectuais.
O sentimento de curiosidade é, na maioria deles, altamente avançado e muitas espécies nos demonstram as suas elevadas qualidades, exemplificando o amor conjugal, o sentimento da paternidade, o amparo ao próximo, as faculdades de imitação, o gosto da beleza.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2019 7:16 pm

Para verificar a existência desses fenómenos, basta que se possua um sentimento acurado de observação e de análise”.
Avançando mais na análise que nos interesse por ora, o Espírito Emmanuel elucida, na questão nº 129 da obra O Consolador (psicografia de Francisco Cândido Xavier), que:
A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana.
É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
“Temos de considerar, porém, a máquina económica do interesse e da harmonia colectiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão quotidiano.
Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves.
Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores”.

Emmanuel previu acontecimentos que começam agora a se materializar.
De facto, a moderna biotecnologia tem avançado nessa área em busca de novas soluções.
Por exemplo, o pesquisador do MIT, Caleb Harper, declarou que no meio científico já existe a convicção de que no futuro as pessoas deverão substituir a proteína animal pela vegetal.
Hoje já existe a técnica da agricultura celular, que consiste na extracção e alimentação de células de uma vaca para que se transformem em carne.
Supõe-se que perceberemos a necessidade de rever os nossos hábitos alimentares à medida que escalarmos as entrâncias do conhecimento e da sabedoria celestial.
Tal atitude, a propósito, é absolutamente compatível com as pessoas espiritualizadas.
Diante disso, pode-se antever que a indústria do morticínio de animais tornar-se-á algo abominável.
Todavia, os desafios ambientais e laborais, já destacados, necessitarão de equacionamento apropriado.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty O admirável Monteiro Lobato

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 09, 2019 6:51 pm

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Quando nasceste, todos sorriam, só tu choravas.
Vive de tal maneira para que, quando morreres, todos chorem, só tu sorrias...

Rabindranath Tagore

José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, Província de São Paulo, 18 de abril de 1882 – cidade de São Paulo, São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um escritor, activista pelo ferro e petróleo brasileiros e também tradutor.
Tornou-se popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis.
Dentre as mais famosas destacam-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O (sítio) Pica-pau Amarelo (1939).
Com formação jurídica em Direito, actuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô.
Em uma época em que os livros brasileiros eram impressos em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a publicar livros no Brasil.
Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didácticos e infantis.
Pode-se dizer que foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
É dele essa impactaste frase:
“Um país se faz com homens e livros”.
Poucos sabem que seu nome foi incluído no Index Librorum Prohibitorum, em tradução livre:
Índice dos Livros Proibidos, uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica (daquela época), e isso porque seus livros apresentavam personagens para os quais a realidade e a fantasia se confundiam.
Foi acusado de criar um mundo de fantasia, e que essa poderia distorcer a cabeça da criança, levando-a pensar o que não deveria.
A justificativa para proibir era: como é possível que a criança acolha uma boneca que fala, a Emília, com sentimento e ideias independentes; que converse com um porco, o Marquês de Rabicó, e que dialogue com um sabugo de milho, o Visconde de Sabugosa, o sábio que tem atitudes de adulto, é cientista, fabrica um pozinho mágico de perlimpimpim para as pessoas descobrirem mundos incríveis.
(Seria algo semelhante às drogas sintetizadas?)
Mas o que poucos sabem é que Monteiro Lobato também abraçou o Espiritismo, tornando-se seu adepto e fazendo sessões mediúnicas, que estão registadas no livro Monteiro Lobato e o Espiritismo (1), com as actas de sua participação de 1943 a 1947.
No prefácio póstumo, o escritor/Espírito Lobato volta através da psicografia do jornalista Jorge Rizzini, em outubro de 1971, e conta sua experiência de não conseguir comprovar sua imortalidade a um amigo.
Conta que haviam feito uma promessa quando “vivos” de que o primeiro que “partisse para o Além” voltaria para contar o que encontrou.
Acontece que esse amigo também desencarnou, antes de o escritor ter tido a oportunidade de se comunicar com ele.
Monteiro Lobato Espírito esteve próximo do médium Chico Xavier, mas viu a fila enorme de escritores e poetas desejando dar seu recado... desistiu.
E diz, então, que se esta obra não convencer os sabichões de que a imortalidade é um facto, só resta “do lado de cá, esperá-los a todos – para rirmos um pouco mais”, na verdadeira vida que vamos encontrar.

(1) Monteiro Lobato e o Espiritismo, Maria José Sette Ribas, Nova Luz.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Vigor da esperança

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 10, 2019 6:55 pm

Há um paradoxo na vida humana.
Habitando um planeta lindo, de paisagens exuberantes, desfrutando de benefícios imensos como a água, o ar e a chuva, a beleza incomparável da fauna e flora variadíssima, e mesmo com toda tecnologia que já conquistamos, ainda vivemos um cenário de conflitos.
Dominado pela avareza, a ganância, as intrigas e seus desdobramentos.
Mesmo com o canto dos pássaros, o sorriso das crianças, as artes que nos encantam e todas as possibilidades ao nosso alcance pelos sentidos, e repito, com todo o conforto trazido pelos avanços da ciência em todos os ramos do conhecimento e pesquisa, ainda vivemos os bastidores da calúnia, do crime, da hipocrisia, dos desrespeitos variados que aí estão, sem qualquer necessidade de citá-los, pois que muito conhecidos e vividos em abundância.
Mas, o vigor da esperança também é força presente.
Apesar de toda tempestade à volta, continuamos a lutar, a viver, a aprender, a conviver – esse um grande tesouro – guardados pela predestinação do planeta no futuro de ser um mundo feliz.
Isso parece uma ilusão?
Compara-se a um engodo?
Há perspectivas?
Claro que há, são perenes, permanentes, disponíveis.
Embora tenhamos guerras, miséria, fome, desespero, vingança, egoísmo, descrença, discórdia, mentira, crime, orgulho, preguiça e ódio, entre outras imperfeições morais que o leitor saberá acrescentar, há um caminho incomparável, sereno, roteiro seguro para o alcance da paz que desejamos viver colectivamente.
Ele, esse caminho, é dependente de nossa decisão de começar, agora mesmo, a buscar as lições do bem e a fazer algo em favor da felicidade de todos.
Ora, a afirmação que não é minha, nem o raciocínio, e contida num único parágrafo (o imediatamente acima), é roteiro de paz para o planeta, é o construtor da harmonia que tanto procuramos.
Ela comporta um congresso de informações, onde depoimentos, casos, estudos e debates nos podem proporcionar ampliar a questão.
Afinal, podemos indagar sem receio:
a) O que é exactamente buscar as lições do bem?
b) O que é algo fazer em favor da felicidade de todos?
As respostas são difíceis ou ainda preferimos ignorar?
Agora, nesse instante, como usar as duas opções?
Quais as opções de busca do bem nesse momento, onde estamos?
O que podemos fazer agora em favor da felicidade de todos?
Quem são esses “todos”?
O planeta actual e seu cenário de conflitos apenas reflecte nossa mediocridade moral – ainda nos deixamos seduzir por paixões exclusivistas, egoístas, sem pensar colectivamente – e somos donos da mudança desse quadro, bastando apenas a decisão de amar e respeitar o local onde vivemos, as pessoas com quem convivemos e agir em favor do bem geral.
Será tão difícil assim?
Por que ainda não aprendemos?
É egoísmo, é nossa imaturidade ou nossas ambições ainda são mesquinhas?
Ou soma-se tudo isso?
Observemos, com imparcialidade, a conquista de um mundo feliz é consequência da aplicação do Evangelho, é seguir as lições do Mestre de Humanidade.
Sem comodismo e com perseverança.

Nota do autor: vali-me das lições Morada terrestre e Mundo feliz, do livro Vivendo o Evangelho, volume I, de António Baduy Filho.

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Associação de almas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 11, 2019 7:25 pm

por Cláudio Viana Silveira

“A família terrestre é formada de agentes diversos; nela se reencontram afectos e desafectos, amigos e inimigos, para os reajustes ante as Leis [do Universo].
(...) [É o] educandário valioso da alma.” (Emmanuel)

Afins, encarnados ou desencarnados, se reúnem por interesses.

Os afins encarnados (ou os interessados) se reúnem no seio de uma mesma família.

Algumas vezes nos reuniremos nesse “Educandário”, para estabelecer sintonias finas:
aquilo que já foi bom, pode se tornar melhor.

Outras vezes, tal “Educandário” nos exigirá reajustes robustos, já que, em reuniões anteriores, tivemos atitudes que nos “reprovaram...”.

Precisamos ter cuidado, pois “afins” e “interesses” são correlacionados: há interesses saudáveis; ou nem tanto!

Mas a família, segundo o Benfeitor, se oferece à primeira opção, na qualidade de “Educadora e Regenerativa”: ou um verdadeiro educandário de almas.

Pais (ou tutores diversificados), filhos, irmãos consanguíneos ou não, estarão recebendo a grande chance numa escola onde haverá mestres e alunos; onde, muitas vezes, os alunos se converterão em mestres e, estes, humildemente, em alunos.


* * *

É a família, como associação de almas, no cumprimento de sua missão principal de “Educar, Regenerar” e devolver ao Pai Espíritos mais evoluídos.

(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido. Vida e sexo, ditado por Emmanuel, Cap. 2, Família, 27ª edição da FEB) –(Reunião Pública no CEDS em 5 de fevereiro; verão de 2019.)

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Amigos virtuais

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 12, 2019 7:27 pm

por Eurípedes Kühl

Dentre a maioria dos avanços da civilização, em todos os tempos, talvez o de maior impacto entre o relacionamento das pessoas seja o da informática.
Aqui tratarei apenas de um segmento — as redes sociais —, que nos anos 90 ficou conhecido como o “boom da internet”, pois foi quando ela se popularizou pelo mundo.
Não tenho palavras para definir integralmente o imenso bem que esse avanço proporcionou à Humanidade, em termos de comunicação: pessoas, praticamente de todas as idades, de todos os países, cada vez mais utilizam essa verdadeira bênção:
? Pais, falando e vendo filhos que estejam distantes, talvez no exterior, em cursos, estágios, trabalho, passeios, de mudança etc.;
? Namorados, noivos, cônjuges trocando mensagens e juras com o ser amado, quando distantes entre si, mas se vendo;
? Imensa gama de negociações comerciais sendo efectuadas, seja de forma digitalizada, seja em conversas pessoais;
? Pesquisa de todo tipo de assunto (por professores, alunos, comerciantes, artistas e curiosos etc.), consultando a rede e obtendo incrível quantidade de informações do que procuram.
O impacto mundial foi enorme, impossível de ser medido.
Muitas pessoas têm telefone celular e smartphone (smart = perfeito), e modo geral, fazem deles “amigos” companheiros de todas as chamadas “horas vazias” disponíveis.
E como o tempo é utilizado sob decisão do livre-arbítrio, na maior parte dele (tempo), a dedicação é de convivência virtual, pela navegação internáutica.
Isso, todos os dias, praticamente em todo o mundo.
Contudo, a par de tamanha e tanta facilidade de comunicação, surgiram vários outros aplicativos, agora para distracção e competição: os videogames (jogos), primeiro só em computadores, actualmente, também com smartphones.
Foi imediata e intensa a adesão da geração compreendida entre os 10 e 24 anos.
É sobre essa geração que registo aqui algumas reflexões.
De início como experiência, deslumbramento, costume, hábito.
Não demora, fixa-se, passa a ser vício, verdadeira “febre”, a ele dedicando-se, por multiplicadas e esquecidas horas.
Como se “dono” fosse do tempo do navegante na net, a competição se apossa da mente dele, oferta distracção contínua (cada vez quer mais e mais...), causa-lhe febre de vitória, não tardando transformar-se em obsessão.
Tamanha e tanta é a atracção exercida pelos passeios nas redes sociais, que não será exagero considerar que esta geração está mergulhada na internet, desconhecendo por completo a história que a antecedeu.
Celular à mão, não se desgruda das redes sociais, pelo que, não sobra mais nem um minuto para qualquer confraternização pessoal, muito menos para cumprir as obrigações nos estudos.
Deus criou os seres, maioria deles, para conviverem em conjunto, espécie a espécie, a partir do reino animal, mas integralmente pessoa a pessoa, no reino da inteligência contínua.
Não há duvidar: o ser humano é um ser gregário, isto é, sua tendência natural, ou inclinação, é para a convivência com outros seres humanos, numa infinita troca de ideias, pensamentos, reflexões, análises, ensaios, experiências, aprendizados, aconselhamentos, novidades, descobertas e, o maior de todos os benefícios da aproximação: a convivência fraternal, em uma ou mais das suas múltiplas faces, com a família, com as amizades, nas uniões sentimentais e em tantas outras.
Como triste consequência da verdadeira volúpia para acessar o mundo virtual, a maioria das actuais gerações dos países já não mais consegue viver sem troca de mensagens, ou bate-papos, com um, ou mais de um “amigos virtuais”: duas ou mais pessoas, geralmente distantes, mas celulares e smartphones agregando-as.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 12, 2019 7:28 pm

Aninhado na mão dos usuários, em qualquer hora do dia, em qualquer lugar, sob a impenetrabilidade do relacionamento fechado, isto é, só os dois — pessoa e aparelho — participam do enredo que elegeram, seja em competições nas lan houses(casa de jogos) em violentos videogames, ou navegando nas redes sociais.
Isso, mesmo tendo gente por perto e por todo lado.
Nessa quadra da vida, não é difícil diagnosticar que os jovens desta geração, fora da web*, têm dificuldade de socializar, de estabelecer contacto pessoal com várias pessoas ou grupos, vivenciando dessa forma uma enganosa participação tribal, na verdade, só a dois, repito — ele e o smartphone.
Incontáveis aplicativos dirigidos aos jovens dão o tom do cardápio virtual, e quem deles se serve, sem medidas de emprego do abençoado presente que é o tempo, a médio prazo será visitado por solidão, melancolia, ausência de convivência, depressão.
A conexão pelo smartphone com o mundo todo é real, atraente, cada vez mais emocionante.
Não obstante, seu uso contínuo e sem freio satura a mente, altera o psiquismo e não tarda a gerar tédio, pois provoca isolamento social do usuário, desencanto, desilusão e depressão.
Obviamente, não em todos os usuários.
Mas a mudança de comportamento de um viciado em internet, com os sintomas acima alinhavados, significa necessidade de maior atenção dos pais.
Rogo firmemente a eles, os pais, que orientem seus filhos, particularmente dessa geração, quanto à bênção da vida em família e mostrem-lhes o benefício da verdadeira amizade, diferente da equivocada eleição eventual de amizades... só virtuais.
Dirijo o mesmo alerta a convivas indirectos (familiares e professores).
Não se diga que a utilização da internet é maléfica.
Não é. Ao contrário.
Prejudicial será quando a viciação dos navegadores que a ela sucumbem se tornar invencível, causando transtornos, facilmente identificáveis, pelos sinais: não socializam / quedam-se mudos / sempre com olhar fixo, para baixo, na tela dos smartphones / abandono dos estudos / alimentação rápida e fugaz / poucas horas de sono — tudo isso provocando danos à saúde.
Esses são sinais de alerta, demandando muita atenção!
Esse “cansaço da Vida” desestrutura qualquer convivência e talvez — só talvez — oculte perigosa indução ao suicídio...
* * *
Apenas como adendo: incontáveis são as maneiras de uma existência terrena findar, mas todas obedecem a planeamento superior das reencarnações, inclusive qual o tempo de duração e os meios de cada uma, isso a cargo de Espíritos Siderais que cumprem as Leis Divinas, aplicando-as caso a caso, Espírito a Espírito.
Porém, quando o ser, por decisão própria põe fim à existência terrena, na imensa maioria desses tresloucados actos, estará incorrendo em grave engano, já que “do lado de lá” redundará em terríveis sofrimentos, somados aos que deram causa ao triste acto.
Assim, de todas as iniciativas anti suicídio sobressaem as claras lições do Espiritismo, demonstrando que é um infeliz equívoco, porque a vida continua após a morte — qualquer morte.
Os ensinamentos do Excelso Mestre, minimamente praticados, constituem poderosíssimo escudo contra as investidas do mal.
Quando um infeliz vacila na fé pelo Pai Maior, que a todos os Seus filhos vê, ama e protege..., abre as portas do coração para Espíritos infelizes agirem como cruéis avalistas do suicídio.
Mas não há problema na face da Terra, de ninguém, que o Tempo não resolva.
Então, qualquer que seja a causa, de qualquer suicídio, todos se revestem de grande desrespeito para com a Vida e principalmente para com Deus, Pai Maior, Supremo Criador, que não desampara nenhum dos Seus filhos, cujo Amor tudo pode!
Jesus — o Bom Pastor —, que sempre ampara a ovelha desgarrada, tudo faz para livrar aquele que pensa na loucura do suicídio, incutindo nessa alma arrependimento e perdão, sem perguntar o que motivou a intenção de pedir demissão da Vida.
Só depende dessa ovelha retornar à razão e agradecer a Deus...

*Nome pelo qual a rede mundial de computadores internet se tornou conhecida a partir de 1991, quando se popularizou, facilitou o acesso e estendeu seu alcance ao público em geral.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty Sobre a Liberdade e a Obsessão

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 13, 2019 7:35 pm

Em se tratando de obsessão e liberdade sempre haverá o que reavaliar.
O livro Roteiro, ditado por Emmanuel ao grande médium Francisco Cândido Xavier, traz lições altamente esclarecedoras a respeito do intercâmbio mental entre as criaturas humanas, estejam elas encarnadas ou desencarnadas.
No capítulo vinte e cinco da referida obra, intitulado “Ante a vida Mental”, entre outras coisas, encontramos:
“A mente é manancial vivo de energias criadoras.
O pensamento é substância, coisa mensurável.
Encarnados e desencarnados povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
Correspondem-se as ideias, segundo o tipo em que se expressam, projectando raios de força que alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados subtilmente do campo das causas para a região dos efeitos.
Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
E, em razão dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se adaptarem, ao recto pensamento e à acção enobrecedora, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em efusão constante, banha a Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício das criaturas e erguimento da Terra ao concerto dos mundos de alegria celestial.”
E no capítulo seguinte, o de número vinte e seis, intitulado “Afinidade”, esclarece o Grande Benfeitor como que a complementar o acima transcrito:
“O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projectando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tónus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.
Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.
Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
Trabalhar incessantemente é dever.
Servir é elevar-se.
Aprender é conquistar novos horizontes.
Amar é engrandecer-se.
Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes génios da imortalidade gloriosa.”
Estas informações são claríssimas, e seria de muito valor revisarmos os referidos capítulos integralmente, quando não o livro todo, para que possamos entender, definitivamente, que os processos obsessivos, ou a experiência da liberdade espiritual, começam em nosso próprio mundo mental, e consequentemente nas acções que perpetramos, porque estas sempre serão construções assentadas sobre o alicerce chamado pensamento.

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty "DISSERTAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO""

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 14, 2019 7:21 pm

Pobres homens que poucos conheceis os fenómenos mais comuns que fazem vossa vida!
Credes ser bem sábios, credes possuir uma vasta erudição, e a esta pergunta de todas as crianças:
Que fazemos quando dormimos?
O que são os sonhos?
Permaneceis interditados.
Não tenho a pretensão de vos fazer compreender o que vou vos explicar, porque há coisas às quais vosso Espírito não pode ainda se submeter, não admitindo senão o que compreende.
O sono liberta inteiramente a alma do corpo.
Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que se acha de um modo fixo depois da morte.
Os Espíritos que são logo desligados da matéria em sua morte, tiveram sonos inteligentes; aqueles, quando dormem, juntam-se à sociedade de outros seres superiores a eles: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram prontas quando morrem.
Isso deve nos ensinar, uma vez mais, a não temermos a morte, porque morreis todos os dias, segundo a palavra de um santo.
É assim para os Espíritos elevados; mas para a massa dos homens que na morte devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza da qual vos falaram, aqueles vão, seja em mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições o chamam, seja procurar prazeres talvez ainda mais baixos que aqueles que têm aqui; vão haurir doutrinas mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que aquelas que professam em vosso meio.
E o que faz a simpatia na Terra não é outra coisa senão esse facto, que se sente ao despertar, de se aproximar pelo coração daqueles com quem viemos de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer.
O que explica essas antipatias invencíveis, é que se sabe, no fundo de seu coração, que aquelas pessoas têm uma outra consciência que a nossa porque são conhecidas sem tê-las jamais visto com os olhos.
É ainda o que explica a indiferença, uma vez que não se deseja fazer novos amigos, quando se sabe que existem outros que vos amam e que vos querem.
Em uma palavra, o sono influi mais que pensais em vossa vida.
Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, se encarnarem entre vós.
Deus quis que, durante seu contacto com o vício, eles possam ir se retemperarem nas fontes do bem, para eles mesmos não falirem, eles que vêm instruir os outros.
O sono é a porta que Deus lhes abre até os amigos do céu; é a recreação depois do trabalho, na espera da grande libertação, a liberação final que deverá devolvê-los ao seu verdadeiro meio.
O sonho é a lembrança daquilo que vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que não sonhais sempre, porque não vos lembrais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes.
Vossa alma não está em todo desenvolvimento; não é, frequentemente, senão a lembrança de uma perturbação que acompanha vossa partida ou vossa reentrada, à qual se junta a do que fizestes ou do que vos preocupou no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses sonhos absurdos que têm os mais sábios como os mais simples?
Os maus Espíritos se servem também dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.
De resto, vereis em pouco se desenvolver uma nova espécie de sonho; ela é tão antiga quanto a que conheceis, mas a ignorais.
O sonho de Joana, o sonho de Jacó o sonho dos profetas judeus e de alguns adivinhos indianos; aquele sonho é a lembrança da alma inteiramente desligada do corpo, a lembrança dessa segunda vida, da qual vos falei ainda há pouco.
Procurai distinguir bem essas duas espécies de sonho dos quais vos lembrareis, sem isso cairíeis nas contradições e nos erros, que seriam funestos à vossa fé.

Nota. – O Espírito que ditou esta comunicação, instado a dar seu nome, respondeu:
“Para quê?
Credes, pois, que não haja senão os Espíritos de vossos grandes homens que vêm dizer-vos coisas boas?
Contai, pois, por nada todos aqueles que não conheceis ou que não têm nome sobre a vossa Terra?
Sabei que muitos não tomam um nome senão para vos contentar.”

Revista Espírita, dezembro de 1858

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 3 Empty “MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS”

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2019 8:14 pm

Detalhes Imprescindíveis
Factor moral dos envolvidos:
presente em todas as realizações espíritas;
¨Motivações superiores: razão de ser para os espíritos superiores se materializarem;
¨Nenhum espírito superior concorda em materializar-se para atender a caprichos e/ou curiosidades;
¨Todos os fenómenos de materialização são regidos e supervisionados por entidades elevadas por ser um trabalho importante, difícil e perigoso.

Conceito ¨Materialização - Aparição;
¨Materialização = Corporificação dos espíritos que se tornam visíveis;
¨Não é preciso ser médium para ver o espírito materializado;
¨O materializado pode ser visto, sentido e tocado (temperatura, pulsações, conversa);

¨Materialização = Fenómeno objectivo, pois envolve elementos materiais pesados e permite exame directo, do ponto de vista científico.

O Médium
O médium pode permanecer em transe ou desperto, sendo espectador;
¨Não é agente/produtor de fenómenos;
¨Médium = elemento de fornecimento parte dos fluidos necessários para a produção do fenómeno (ectoplasma);
¨Além disso, há necessidade de outros fluidos que o médium não possui (são retirados de outras fontes).

Ectoplasma
- Definição ¨“... neblina espessa e leitosa”;
¨“De aspecto viscoso, semi-líquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objectos e espíritos”;
¨Matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais;
¨É moldável, utilizada nos efeitos físicos, mas é necessário conhecer as técnicas para isso;
¨Exterioriza-se através da boca, narinas e ouvidos (e outros orifícios) no aparelho mediúnico;

¨A luz branca (normalmente utilizada) interfere em sua vibração, por isso deve-se utilizar luz verde, azul ou meia luz durante os trabalhos;
¨“Nas materializações, não é utilizado directamente o ectoplasma puro exalado pelo médium.
É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado”.

A pureza do Ectoplasma
¨Fornecido pelo médium para a materialização do espírito;

¨É preciso ter disciplina espiritual e abstinência de certos alimentos, álcool, drogas, fumo, pensamentos inadequados (formas-pensamento inferiores);
¨Manter a pureza do ectoplasma para o trabalho e porque ele retorna ao médium após a desmaterialização para não afectar seu aparelhamento fisiológico.

Importante Saber
¨Ocorre somente por motivos superiores:
Atendimento a sofredores encarnados – serviços de cura;
Facilitar investigações científicas respeitáveis – antes planeadas no Plano Superior.
¨Há esforço por parte dos espíritos para resguardar a organização mediúnica e garantir o bom êxito da materialização, espera-se o mesmo dos encarnados;
¨Perigo do processo = ausência de preparo dos encarnados (falta de elevação moral, deslumbramento, desatenção ao sacrifício de entidades e do médium).
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