LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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Mensagem  Ave sem Ninho 14/6/2018, 00:12

por Orson Peter Carrara

O Espírito Erasto, na mensagem Os conflitos1, cita palavras do Espírito São Luís, um dos responsáveis pela Codificação Espírita, referindo-se a uma verdadeira Torre de Babel no que diz respeito aos prejuízos do orgulho e da exaltação do amor-próprio nos médiuns.
Citando Espíritos pseudo-sábios, falsos grandes homens, falsos religiosos e falsos irmãos da erraticidade, em meio a essa multidão de médiuns por eles fanatizados, aos quais ditam teses mentirosas e perigosas, na construção de autênticos andaimes erigidos pela ambição e a inveja, solicita aos espíritas sinceros que não se amedrontem com o caos momentâneo.
Embora a mensagem seja de 1863, verifica-se sua actualidade nas lutas do movimento espírita diante de tantas insinuações, tentativas de novidades dispensáveis e disputas próprias da exaltação do orgulho ou do amor-próprio ainda vigentes em nossa condição humana.
Por isso, indica o nobre Erasto:
“(...) Assim, pois, meus amigos, tendes que vos defender, não só contra os ataques e calúnias dos adversários vivos, mas, também, contra as manobras, ainda mais perigosas, dos adversários da erraticidade.
Fortificai-vos, pois, em estudos sadios e, sobretudo, pela prática do amor e da caridade, e retemperai-vos na prece.
Deus sempre ilumina os que se consagram à propagação da verdade, quando estão de boa-fé e desprovidos de toda ambição pessoal. (...)”.
Pela grandeza da mensagem que ora estamos nos referindo, elaboramos também outra abordagem com o título "Que vos importam os médiuns?", que o leitor encontrará fácil pela internet, de vez que ambas foram elaboradas e liberadas simultaneamente para divulgação.
Optamos por duas abordagens ao invés de uma matéria mais longa.
Naquela abordagem, baseada na pergunta do próprio Erasto, ele mesmo nos dá a óbvia resposta:
os médiuns não passam de instrumentos.
Por isso, nomes pomposos ou famosos nada significam.
Como indica o Espírito “(...) O que deveis considerar é o valor, é o alcance dos ensinamentos que vos são dados; é a pureza da moral que vos é ensinada; é a clareza, é a precisão das verdades que vos são reveladas; é, enfim, ver se as instruções que vos dão correspondem às legítimas aspirações das almas de escol e se são conformes às leis gerais e imutáveis da lógica e da harmonia universal. (...)”.
Uma vez mais, a precisa orientação de não nos impressionarmos pelos nomes que assinam as psicografias.
O que vale e deve ser analisado é o conteúdo antes que o entusiasmo fácil nos encante pelo nome assinado.
Por isso, continua Erasto:
“(...) Os Espíritos imperfeitos, que representam um papel de apóstolo junto a seus obsedados, bem sabeis, não têm o menor escrúpulo em enfeitar-se com os mais venerados nomes (...); Assim, repetirei incessantemente o que dizia a meu médium, há dois anos:
´Jamais julgueis uma comunicação mediúnica pelo nome que a assina, mas apenas por seu conteúdo intrínseco´(...)”.
E a advertência vital:
“(...) É urgente que vos ponhais em guarda contra todas publicações de origem suspeita, que parecem, ou vão parecer contrárias a todas as que não tivessem uma atitude franca e clara, e tende por certo que muitas são elaboradas nos campos inimigos do mundo visível ou invisível, visando a lançar entre vós os fachos da discórdia (...)”.
Afinal, “(...) tende igualmente como certo que todo Espírito que a si mesmo se anuncia como um ser superior e, sobretudo, como de uma infalibilidade a toda a prova, ao contrário, é o oposto do que se anuncia tão pomposamente.(...)”.
Valiosas considerações, não é mesmo, leitores?
Estamos convidados ao uso do raciocínio, do bom senso, da lógica, mas também da bondade.
Não estamos convidados à crueldade da discriminação, mas à lucidez da orientação correta e coerente com o que ensina o Espiritismo.
Melhor a firmeza do conhecimento do que a ingenuidade da distorção...

1 Recebida em 25/02/1863 e constante do livro A Obsessão, páginas 209 a 215 da 6ª. edição - Editora O Clarim.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 41 Empty Por que devemos perdoar?

Mensagem  Ave sem Ninho 14/6/2018, 11:54

por Yé Gonçalves

Eis a questão: por que devemos perdoar?
E se acharmos que o ofensor não mereça o nosso perdão, devemos mesmo assim perdoá-lo? Ou não?

Vejamos, de início, algumas considerações úteis para as nossas reflexões:
1) o verbo "perdoar" tem a sua origem no latim (per: completo; donare: doar), sendo o seu significado prático "doar-se por completo", isto é, doar a compreensão e os bons sentimentos, mostrando a face da benevolência e da pacificação, colocando-se no lugar do ofensor, tentando compreendê-lo e entregando a túnica e doando a capa do desprendimento;

2) o perdão é o mais alto grau da caridade, sendo o resultado do treinamento da benevolência para com todos e da indulgência para as imperfeições dos outros (vide questão 886 de O Livro dos Espíritos);

3) o perdão é medida preventiva de enfermidades, e não mais simplesmente uma questão religiosa;

4) o perdão é também uma acção pessoal, unilateral, não depende de terceiros, é uma liberdade de escolha, é assumir o controle sobre si mesmo.
Então, caro leitor, na actualidade o entendimento é de que devemos perdoar não mais por uma questão religiosa, mas por uma questão de saúde física, social, moral e espiritual, para que possamos despertar de dentro de nós a felicidade e promovermos uma melhor qualidade de vida.

Mas, se o ofensor não merecer o nosso perdão?
Não tem problema.
Devemos perdoá-lo mesmo assim.
Não talvez por que ele mereça, mas pelo motivo de que nós merecemos ser felizes.
Logo, os benefícios do perdão são, em primeiro lugar, para quem perdoa.
O ofensor, talvez, nem se lembre mais da ofensa e do ofendido.
Ele pode estar em outras vibrações.

Então, o que estamos esperando?
Vamos perdoar, vamos ser felizes, ter saúde e melhor qualidade de vida, orar pelos que nos perseguem e nos caluniam, mostrando a outra face, que é a face da pacificação.
É fácil perdoar? Claro que não.
Escrever e falar, com certeza, é uma facilidade coroada de elegância poética.
Mas, na prática, é preciso treinar a cada instante, mesmo que seja aos pouquinhos, ao modo conta-gotas, até que um dia esse treinamento se torne o nosso modo de viver.
* * *
P.S.: Não nos esqueçamos da necessidade do auto-perdão, do entender e compreender a si mesmo, do colocar no lugar de si mesmo, do reconhecimento das próprias fraquezas e da compreensão de que podemos nos levantar e seguir em frente, fazendo o melhor ao nosso alcance.~

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