LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty O que pode tornar feliz uma pessoa

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 31, 2018 10:21 am

Em sua edição de 14 de fevereiro deste ano a revista VEJA publicou uma matéria especial sobre o tema felicidade, cujo mérito foi apresentar ao leitor um resumo a respeito dos estudos e das pesquisas científicas que vêm esmiuçando a forma como o organismo e o meio social, juntos, predispõem as pessoas a ser felizes.
Metade da propensão do ser humano à felicidade, dizem os pesquisadores, é determinada pela genética; a outra metade depende de factores externos.
Alguns destes dependem de aspectos sobre os quais não temos controle total – casamento, filhos, trabalho e dinheiro.
O restante relaciona-se com a forma como encaramos o que a vida nos apresenta.
Pesquisa conduzida pela Universidade Harvard há quase oitenta anos sinaliza que o factor em comum entre os indivíduos felizes é a qualidade de suas relações – familiares, amorosas ou de amizade.
Os que nutrem relacionamentos satisfatórios apresentam níveis mais baixos de stress.
Outras pesquisas mostram que ter um propósito na vida é um componente fundamental.
Quando temos em vista uma meta, um objectivo, fica mais fácil sobreviver ao tédio e às situações desagradáveis do dia a dia.
Nesse sentido, as pessoas que têm fé levariam vantagem.
A matéria destaca duas informações importantes que têm, cada qual a seu modo, relação com o que aprendemos no Espiritismo.
A primeira: com a difusão das ideias cristãs, ganhou força no mundo a doutrina de que a felicidade duradoura não pertence a este mundo.
A segunda: o pai da psicanálise, Sigmund Freud, considerava a felicidade um estado fugidio, inalcançável plenamente, devido ao conflito entre os desejos do ser humano e as imposições sociais.
Como o Espiritismo trata a questão?
Antes de responder, recordemos uma passagem contida no livro O Gigante Deitado – Vida e obra de Jerónimo Mendonça, escrito por Jane Martins Vilela, actual directora responsável do jornal O Imortal:
“Em Brasília, numa entrevista para a televisão houve permissão para perguntas dos telespectadores.
Uma senhora perguntou-lhe:
- Jerónimo, acho você um exemplo para todos nós.
Sei que é muito culto e que poderia fazer perguntas difíceis, mas quero apenas perguntar o que é a felicidade para você.
Ele meditou breves segundos e respondeu alegre:
- Para mim, senhora, que estou nesta cama há 25 anos, seria por um minuto apenas deitar-me de bruços.” (Obra citada, p. 149.)
Para os que ignoram quem foi Jerónimo, lembremos que ele fora nas últimas décadas de sua vida tetraplégico e cego.
Em mensagem transmitida em Paris, intitulada A felicidade não é deste mundo, o Espírito de François-Nicolas-Madeleine, que fora na Terra o cardeal Morlot, abordou com precisão o tema, explicando por que as pessoas procuram, às vezes inutilmente, ser felizes e não o conseguem.
(Cf. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.)

Vê-se que, embora a felicidade duradoura não seja frequente no nosso planeta, há determinados momentos na vida em que a gente se sente muito feliz, tal como Jerónimo Mendonça declarou na entrevista acima reproduzida.
Assim se dá quando nasce um filho, quando casamos, quando passamos num concurso, quando ingressamos na Universidade, quando recebemos nosso diploma de formatura, quando nosso time é campeão...
Mas são momentos que passam e, muitas vezes, seguidos de períodos de aflição e de tristeza, de modo que, na visão do Espiritismo, a felicidade duradoura não é, efectivamente, apanágio do orbe em que vivemos.
A explicação desse fato que intriga a todos, conforme, evidentemente, os ensinos espíritas, pode ser deduzida das questões abaixo constantes d´O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:
920. Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”

921. Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?

“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência grosseira.”

922. A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?

“Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty IDENTIFICAMOS NA EXPERIÊNCIA TERRESTRE

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 31, 2018 8:22 pm

TRÊS TIPOS DE DORES:
A DOR-EVOLUÇÃO, A DOR-EXPIAÇÃO E A DOR-AUXÍLIO.

SEGUNDO O INSTRUTOR DRUSO,
Percebe-se que a "Dor-Evolução", cujo objectivo notório é o aprimoramento do ser, nada tem que ver com actos do passado.
É o que ocorre com os animais, não somente aqueles que vivem em nosso meio, como os cães, vítimas de tantas enfermidades e problemas, mas sobretudo com os que vivem em plena selva.
Imaginemos o sofrimento de uma presa abatida por seu predador e estraçalhada antes mesmo de ocorrer sua morte corpórea!
A "Dor-Expiação", que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, com o objectivo de regenerá-la perante a Justiça Divina, é coisa bem diferente.
Existem acidentes inúmeros e enfermidades tão penosas que seria um absurdo debitá-los simplesmente à obra do acaso.
No livro O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo, Kardec apresenta-nos inúmeros casos e suas vinculações com as existências passadas.
Quanto à chamada "Dor-Auxílio", a explicação dada por Druso revela como a Providência divina não se esquece de nada.
Ei-la: "Em muitas oca­siões, no decurso da luta humana, nossa alma adquire compromissos vul­tosos nesse ou naquele sentido.
Habitualmente, logramos vantagens em determinados sectores da experiência, perdendo em outros.
Às vezes, in­teressamo-nos vivamente pela sublimação do próximo, olvidando a melho­ria de nós mesmos.
É assim que, pela intercessão de amigos devotados à nossa felicidade e à nossa vitória, recebemos a bênção de prolonga­das e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais frequentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição da morte.
O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitá­vel na Vida Espiritual".
A DOR MORAL: A dor do fim de um relacionamento é comparável à dor da morte de um ente querido, ou seja, os dois são formas de luto, e por isto, os dois precisam de um tempo para que o “sobrevivente” possa se recuperar.
Claro que a forma como aconteceu o fim do relacionamento e os anos juntos influenciam muito neste momento e, em muitos casos, quando é a outra parte quem decide por fim no relacionamento, o “deixado” é quem mais sofre.
O primeiro pensamento erróneo que temos ao fim de um relacionamento é o de que foi uma perda de tempo.
Este pensamento não está necessariamente correcto.
Nenhuma experiência na vida, seja boa ou ruim, é uma perda de tempo.
Ambos os tipos de experiências servem como algum tipo de aprendizado e condizem com o que queremos de nossas vidas em determinados momentos, ou seja, este relacionamento podia ser o que você queria para você até dado momento de sua vida, mas a partir do momento em que ele chega ao fim, é hora de pensar no “daqui para frente” e não se concentrar tanto no que se passou.
Claro que lembraremos de muitas coisas que passamos juntos, mas isto não significa que não existam outros momentos bons na vida prestes a acontecer.
Outro pensamento comum é a tentativa de achar um culpado para que o relacionamento não tenha dado certo.
Pôr a culpa no outro pode amenizar a dor por algum período, mas não justifica o fim.
Os relacionamentos chegam ao fim por milhares de razões e nunca por apenas um em específico.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Esperança – a chave que abre novos horizontes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 01, 2018 9:25 am

por Maria Angela Miranda

"Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o optimismo renasçam nos corações.
A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem-intencionados e aspirando a realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.
É preciso modificar esse clima espiritual.
É imperioso que o sopro renovador de confiança e de fé nos altos destinos de nossa nação varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo.
É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.
Somente através da esperança conseguiremos de novo arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado."
Diante da Crise – texto de Eurípedes Barsanulfo, psicografado por Suely Caldas Schubert.
Romper com a inércia que nos envolve há muito tempo não é simples, não chegamos à situação em que o país se encontra de uma hora para outra, fomos construindo-a aos poucos, ignorando uma corrupção aqui, um tanto de demagogia ali, um punhado de safadeza e impunidade acolá, e nos consideramos exímios cidadãos, cumpridores de nossos deveres e obrigações.
Por muito tempo confundimos alienação, negligência e indiferença com prudência, escrúpulo e respeito.
Estamos em um momento crucial de nossa história como nação, temos a oportunidade de romper com o passado, de aproveitarmos o aprendizado produzido por nossa alienação, por nossa negligência, por nossa indiferença.
Estamos preparados para melhores escolhas, aprendemos a identificar os lobos vestidos de cordeiros, sabemos aonde queremos chegar.
Estamos no momento da virada, acreditemos em nós, em nossa família, nosso trabalho, nossos professores, nossos médicos, nossos policiais, nossa imprensa, nossos políticos, nossa religião.
Acreditar não significa concordar com tudo, acatar tudo sem questionar, ficar calado não significa ter respeito, ficar parado esperando que o céu resolva nossa vida não significa ter fé.
Ter optimismo e esperança não significa possuir o complexo de Poliana, significa que estamos dispostos a romper com o desalento, o desânimo e que para isto estamos dispostos a mudar, a acreditar.
Acreditar é estar convencido da veracidade, é ter certeza de que é possível, que depende de nossa participação a transformação.
Vamos realizar nossas tarefas com mais amor, com maior comprometimento, não vamos mais olhar e fingir não ver, não vamos deixar para daqui a alguns segundos o que podemos fazer agora, vamos nos permitir ficar sensibilizados com a dor, com o desespero, mas não vamos deixar de consolar, de acolher, de nos acalmar e tentar reequilibrar o nosso desespero.
Ao escolhermos nossos representantes analisemos sua conduta anterior, quem são seus aliados, não vamos acreditar em promessas falsas, nada na vida dá saltos, toda acção tem uma reacção, acções positivas, comprometidas, conscientes gerarão reacções positivas, comprometidas.
Se cometermos enganos não vamos desanimar, vamos tentar novamente, tentar quantas vezes forem necessárias, sempre agradecendo a Deus a oportunidade ofertada e solicitando suas bênçãos no fortalecimento de nossas boas intenções.
Oremos diariamente por nossos dirigentes, nossos políticos, nossa nação.
E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 01, 2018 8:44 pm

por Astolfo O. de Oliveira Filho

A leitora Maria da Penha, em mensagem publicada na secção de Cartas desta edição, pergunta-nos:
Que é fluido vital?
Fluido vital é diferente de princípio vital?


João Teixeira de Paula, em seu respeitado Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, Vol. I, pág. 150, assim conceitua Fluido Vital:
Princípio orgânico, que produz os fenómenos da vida material.
É o mesmo que fluido eléctrico animalizado, fluido magnético, fluido nervoso, força nêurica radiante, força vital, princípio vital.
Em seguida, no Vol. III, pág. 75, do seu Dicionário, ele consigna a informação de que Princípio Vital é o mesmo que Fluido Vital.
A informação acima tem por fundamento as obras de Kardec, que utilizou ambos os termos com a mesma significação, ora utilizando o termo Fluido Vital, ora utilizando o termo Princípio Vital, para tratar do mesmo tema.
Eis, extraídas da obra kardequiana, algumas informações pertinentes ao assunto:
“Princípio vital: o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem.
Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias.
Segundo outros, e esta é a ideia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz.
Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, em nada difere do fluido eléctrico animalizado, ao qual também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso etc.”
(O Livro dos Espíritos, Introdução)

Que é feito da matéria e do princípio vital dos seres orgânicos, quando estes morrem?
“A matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos.
O princípio vital volta à massa donde saiu.”
(Obra citada, questão n. 70)

“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se.”
(Obra citada, questão n. 70)

De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?
“Fluido vital, electricidade animalizada, que são modificações do fluido universal.”
(O Livro dos Espíritos, questão n. 427)

“Esse fluido [refere-se ao fluido universal] penetra os corpos, como um oceano imenso.
É nele que reside o princípio vital que dá origem à vida dos seres e a perpetua em cada globo, conforme à condição deste, princípio que, em estado latente, se conserva adormecido onde a voz de um ser não o chama.”
(A Génese, cap. VI, item 18)

“Sem falar do princípio inteligente, que é questão à parte, há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível e que ainda não pôde ser definido: o princípio vital.
Activo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto; mas, nem por isso deixa de dar à substância propriedades que a distinguem das substâncias inorgânicas.”
(A Génese, cap. X, item 16)

Esperamos que as informações acima satisfaçam à expectativa da leitora e de todos os que se interessam pelo assunto.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty AS PENAS ETERNAS DESMENTIRIAM A BONDADE DE DEUS!

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 10:33 am

1. As tradições dos diferentes povos registam a crença, muitas vezes intuitiva, de castigos para os maus e recompensas para os bons, na vida de além-túmulo.
Com efeito, diante da imortalidade da alma, a razão e o sentimento de justiça nos levam a compreender que deve ser dado tratamento diferenciado aos homens pela Justiça Divina, de conformidade com a natureza das obras que executaram no mundo.

2. A tese da eternidade das penas reservadas àqueles que infringem as leis do bem e do amor, tanto quanto a existência do inferno, não resistem, contudo, a uma análise objectiva.
O raciocínio lógico conduz-nos à seguinte premissa:
Se o Espírito sofre em função do mal que praticou, sua infelicidade deve ser proporcional à falta cometida.

3. Cumpre considerar também que a condenação perpétua não se coaduna com a ideia cristã da sublimidade da justiça e da misericórdia divinas.
Jesus deu testemunho da Bondade e do Amor de Deus, ao afirmar que o Pai celeste não quer que pereça um só de seus filhos.

4. A razão nos leva à consideração de que Deus é, como ensina o Espiritismo, um ser infinito em suas perfeições, pois é filosoficamente impossível conceber o Criador de outra maneira, visto que, se Ele não apresentasse infinita perfeição, poderíamos conceber outro ser que lhe fosse superior.
Sendo, portanto, infinitamente sábio, justo e misericordioso, não podemos crer que tenha Ele criado pessoas para serem eternamente desgraçadas em virtude de uma falta ou de um erro passageiro, derivado evidentemente da própria imperfeição do homem.

Jesus revelou que Deus é um Pai misericordioso

5. A doutrina das penas eternas consubstanciada na teologia católica surgiu das ideias primitivas que conceberam a existência de um Criador irritável e mal-humorado – um Deus irado e vingativo, a quem o homem atribuiu características puramente humanas.

6. O fogo eterno é uma figura de que o homem se utilizou para materializar a ideia do inferno, de modo a ressaltar a crueldade da pena, no pressuposto de que o fogo é o suplício mais atroz e que produz o tormento mais efectivo.
Essas ideias serviram, em certo período da história da Humanidade, para controlar as paixões de criaturas ainda imperfeitas, mas não servem ao homem da actualidade, que nelas não consegue vislumbrar sentido lógico.

7. Jesus valeu-se das figuras do inferno e do fogo eterno para pôr-se ao alcance da compreensão dos homens de sua época.
As imagens fortes que utilizou eram, então, necessárias para impressionar a imaginação de indivíduos que pouco entendiam das coisas do Espírito e cuja realidade estava mais próxima da matéria e dos fenómenos que lhes impressionavam os sentidos físicos.
Mas foi Jesus também quem, em outras oportunidades, enfatizou a ideia de que Deus é Pai misericordioso e bom e que, das ovelhas que o Pai lhe confiou, nenhuma se perderia.

8. A Justiça Divina, ensina o Espiritismo, manifesta-se na vida dos seres não para impor punições, mas com o objectivo maior de redireccionamento da pessoa para o bem.
Deus criou os Espíritos para que progridam continuamente em conhecimento e amor.
Essa evolução se produz através de inumeráveis experiências no plano físico e no plano espiritual, e a dor é o estímulo de que a Providência se vale para despertar os que só conhecem tal linguagem, com vistas a impulsionar o progresso.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 10:34 am

Não há no Universo lugares reservados para o inferno

9. A infelicidade é, portanto, a consequência natural da imperfeição do Espírito e existe em virtude de suas necessidades evolutivas.
O sofrimento não é eterno, porque o mal também não o é.
À medida que a criatura progride em amor e sabedoria, o sofrimento se atenua, e dia virá em que a consciência mais denegrida experimentará, no íntimo, a luz radiosa da alvorada do amor de Jesus.

10. Felicidade e infelicidade são, desse modo, proporcionais às realizações e conquistas efectivas registadas pela criatura humana em suas experiências evolutivas.
A consciência harmonizada com a Vontade Divina reflecte o Amor Sublime e objectiva o bem; a paz interior e a felicidade em sua plenitude são mera decorrência disso.

11. O homem em desequilíbrio interior, ao se voltar para o mal, incorre nos mecanismos da Justiça Divina, que, por meio da dor ou do sofrimento, o estimula ao reajuste e à reparação dos seus erros.
Do homem depende, pois, a duração do seu sofrimento.
Quanto mais cedo se utilizar do seu livre-arbítrio para progredir, mais cedo se libertará do jugo da dor.

12. No Universo não há lugares reservados para o inferno, pois a dor, independentemente do lugar em que se manifeste, opera a renovação do homem.
Há, porém, lugares de penitência no plano invisível, em que o sofrimento se apresenta sob diversas formas e intensidade.
Mas esses lugares não se assemelham ao inferno em sua tradicional acepção, visto que se constituem em agrupamentos provisórios, que se extinguirão com a evolução dos seres que os frequentam.

Respostas às questões propostas

1. A doutrina das penas eternas, constante da teologia católica, é admitida pelo Espiritismo?
R.: Não. A tese da eternidade das penas reservadas àqueles que infringem as leis do bem e do amor, tanto quanto a existência do inferno, não resistem a uma análise objectiva.
O raciocínio lógico conduz-nos à seguinte premissa:
Se o Espírito sofre em função do mal que praticou, sua infelicidade deve ser proporcional à falta cometida.

2. Qual é a principal crítica que podemos fazer, com base nas lições de Jesus, à doutrina das penas eternas?
R.: A principal objecção à doutrina das penas eternas fundamenta-se no facto de que Jesus enfatizou a ideia de que Deus é Pai misericordioso e bom e que, das ovelhas que o Pai lhe confiou, nenhuma se perderia.
Ao dar seu testemunho inequívoco da Bondade e do Amor de Deus, Jesus dizia que o Pai celeste não quer que pereça um só de seus filhos.
A condenação perpétua não se coaduna, pois, com a ideia cristã da sublimidade da justiça e da misericórdia divinas.

3. De que ordem de ideias surgiu a doutrina da eternidade das penas consubstanciada na teologia católica?
R.: A doutrina das penas eternas surgiu das ideias primitivas que conceberam a existência de um Criador irritável e mal-humorado – um Deus irado e vingativo, a quem o homem atribuiu características puramente humanas.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 10:34 am

4. Qual é a causa da infelicidade que acomete grande parte dos seres humanos?
R.: A infelicidade é a consequência natural da imperfeição do Espírito e existe em virtude de suas necessidades evolutivas.
O sofrimento não é eterno, porque o mal também não o é.
À medida que a criatura progride em amor e sabedoria, o sofrimento se atenua, e dia virá em que a consciência mais denegrida experimentará, no íntimo, a luz radiosa da alvorada do amor de Jesus.

5. Há no Universo lugares reservados para o inferno?
R.: Não. No Universo não há lugares reservados para o inferno, pois a dor, independentemente do lugar em que se manifeste, opera a renovação do homem.
Há, sim, lugares de penitência no plano invisível, em que o sofrimento se apresenta sob diversas formas e intensidade.
Mas esses lugares não se assemelham ao inferno em sua tradicional acepção, visto que se constituem em agrupamentos provisórios, que se extinguirão com a evolução dos seres que os frequentam.

Bibliografia:
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Parte 1, itens 2, 7, 10, 21 e 33.
O Evangelho segundo Mateus, 5:44-48 e 18:14.
O Evangelho segundo João, 6:39 e 10:16.
O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, questão 244.
Fonte: Site O Consolador

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty QUE ACONTECE NA HORA DA MORTE.

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 8:21 pm

SAIBA PARA SOFRER MENOS NA HORA DA "PASSAGEM".

A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida.
Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição.
Sofremos ou não nessa passagem?
Por isso se inquietam, e com razão, visto que ninguém foge à lei fatal dessa transição.
Podemos dispensar-nos de uma viagem neste mundo, menos essa.
Ricos e pobres, devem todos fazê-la, e, por dolorosa que seja a franquia, nem posição nem fortuna poderiam suavizá-la.
Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas.
Quem poderá no entanto esclarecer-nos a tal respeito?
Quem nos descreverá o fenómeno fisiológico da separação entre a alma e o corpo?
Quem nos contará as impressões desse instante supremo quando a Ciência e a Religião se calam?

E calam-se porque lhes falta o conhecimento das leis que regem as relações do Espírito e da matéria, parando uma nos umbrais da vida espiritual e a outra nos da vida material.
O Espiritismo é o traço de união entre as duas, e só ele pode dizer-nos como se opera a transição, quer pelas noções mais positivas da natureza da alma, quer pela descrição dos que deixaram este mundo.
O conhecimento do laço fluídico que une a alma ao corpo é a chave desse e de muitos outros fenómenos.
A insensibilidade da matéria inerte é um facto, e só a alma experimenta sensações de dor e de prazer.
Durante a vida, toda a desagregação material repercute na alma, que por este motivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa.
É a alma e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor: — aquela é o paciente.
Após a morte, separada a alma, o corpo pode ser impunemente mutilado que nada sentirá; aquela, por insulada, nada experimenta da destruição orgânica.
A alma tem sensações próprias cuja fonte não reside na matéria tangível.
O períspirito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte.
Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber uma sem outro.
Durante a vida o fluido perispirítico penetra o corpo em todas as suas partes e serve de veículo às sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, actua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos.
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do períspirito ligado a uma molécula do corpo.
“A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão directa da soma dos pontos de contacto existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento.”
Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa.
Estas circunstâncias é que nos cumpre examinar.
Estabeleçamos em primeiro lugar, e como princípio, os quatro seguintes casos, que podemos reputar situações extremas dentro de cujos limites há uma infinidade de variantes:
1º Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.
2º Se nesse momento a coesão dos dois elementos estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
3º Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
4º Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 8:22 pm

Daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável.
Na transição da vida corporal para a espiritual, produz-se ainda um outro fenómeno de importância capital — a perturbação.
Nesse instante a alma experimenta um torpor que paralisa momentaneamente as suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as sensações.
É como se disséssemos um estado de catalepsia, de modo que a alma quase nunca testemunha conscientemente o derradeiro suspiro.
Dizemos quase nunca, porque há casos em que a alma pode contemplar conscientemente o desprendimento, como em breve veremos.
A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos.
À proporção que se liberta, a alma encontra-se numa situação comparável à de um homem que desperta de profundo sono; as ideias são confusas, vagas, incertas; a vista apenas distingue como que através de um nevoeiro, mas pouco a pouco se aclara, desperta-se-lhe a memória e o conhecimento de si mesma.
Bem diverso é, contudo, esse despertar; calmo, para uns, acorda-lhes sensações deliciosas; tétrico, aterrador e ansioso, para outros, é qual horrendo pesadelo.
O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação.
Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão directa da afinidade existente entre corpo e perispírito.
Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se.
Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule, e é o caso das mortes calmas, de pacífico despertar.
A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma.
A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusiva e unicamente à vida e gozos materiais.
Ao contrário, nas almas puras, que antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo.
E desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento.
Posto isto, quer como teoria, quer como resultado de observações, resta-nos examinar a influência do género de morte sobre as sensações da alma nos últimos transes.
Em se tratando de morte natural resultante da extinção das forças vitais por velhice ou doença, o desprendimento opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o corpo ainda tem vida orgânica, já o Espírito penetra a vida espiritual, apenas ligado por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração.
Nesta contingência o Espírito pode ter já recuperado a sua lucidez, de molde a tornar-se testemunha consciente da extinção da vida do corpo, considerando-se feliz por tê-lo deixado.
Para esse a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de esperança e ventura.
No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para o qual a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo contribui para estreitar os laços materiais, e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere gradualmente também, demanda contínuos esforços.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 8:22 pm

As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os elos resistentes, e outras se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.
Quanto menos vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se lhe apega, e, assim, sente que ela lhe foge e quer retê-la; em vez de se abandonar ao movimento que o empolga, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias, semanas e meses inteiros.
Certo, nesse momento o Espírito não possui toda a lucidez, visto como a perturbação de muito se antecipou à morte; mas nem por isso sofre menos, e o vácuo em que se acha, e a incerteza do que lhe sucederá, agravam-lhe as angústias.
Dá-se por fim a morte, e nem por isso está tudo terminado; a perturbação continua, ele sente que vive, mas não define se material, se espiritualmente, luta, e luta ainda, até que as últimas ligações do perispírito se tenham de todo rompido.
A morte pôs termo à moléstia efectiva, porém, não lhe sustou as consequências, e, enquanto existirem pontos de contacto do perispírito com o corpo, o Espírito ressente-se e sofre com as suas impressões.
Quão diversa é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis! Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, rompem-se suavemente; depois, a confiança do futuro entrevisto em pensamento ou na realidade, como sucede algumas vezes, fá-lo encarar a morte qual redenção e as suas consequências como prova, advindo-lhe daí uma calma resignada, que lhe ameniza o sofrimento.
Após a morte, rotos os laços, nem uma só reacção dolorosa que o afecte; o despertar é lépido, desembaraçado; por sensações únicas: o alívio, a alegria!
Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas.
Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada.
Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente.
O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado.
Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é dos mais interessantes para ser estudado, porque apresenta o espectáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando ao mesmo tempo todas as sensações da vida orgânica.
Há, além disso, dentro desse caso, uma série infinita de modalidades que variam segundo os conhecimentos e progressos morais do Espírito.
Para aqueles cuja alma está purificada, a situação pouco dura, porque já possuem em si como que um desprendimento antecipado, cujo termo a morte mais súbita não faz senão apressar.
Outros há, para os quais a situação se prolonga por anos inteiros.
É uma situação essa muito frequente até nos casos de morte comum, que nada tendo de penosa para Espíritos adiantados, se torna horrível para os atrasados.
No suicida, principalmente, excede a toda expectativa.
Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes.
O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido:
Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão directa do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Para que cada qual trabalhe na sua purificação, reprima as más tendências e domine as paixões, preciso se faz que abdique das vantagens imediatas em prol do futuro, visto como, para identificar-se com a vida espiritual, encaminhando para ela todas as aspirações e preferindo-a à vida terrena, não basta crer, mas compreender.
Devemos considerar essa vida debaixo de um ponto de vista que satisfaça ao mesmo tempo à razão, à lógica, ao bom-senso e ao conceito em que temos a grandeza, a bondade e a justiça de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 02, 2018 8:23 pm

Considerado deste ponto de vista, o Espiritismo, pela fé inabalável que proporciona, é, de quantas doutrinas filosóficas que conhecemos, a que exerce mais poderosa influência.
O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina; a vida futura é uma realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos; uma realidade que ele toca e vê, por assim dizer, a cada passo e de modo que a dúvida não pode empolgá-lo, ou ter guarida em sua alma.
A vida corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual, da verdadeira vida.
Que lhe importam os incidentes da jornada se ele compreende a causa e utilidade das vicissitudes humanas, quando suportadas com resignação?
A alma eleva-se-lhe nas relações com o mundo visível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se, operando-se por antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem para a outra vida.
A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado o passo, para logo se reconhece, nada estranhando, antes compreendendo, a sua nova situação.
Com certeza não é só o Espiritismo que nos assegura tão auspicioso resultado, nem ele tem a pretensão de ser o meio exclusivo, a garantia única de salvação para as almas.
Força é confessar, porém, que pelos conhecimentos que fornece, pelos sentimentos que inspira, como pelas disposições em que coloca o Espírito, fazendo-lhe compreender a necessidade de melhorar-se, facilita enormemente a salvação.
Ele dá a mais, e a cada um, os meios de auxiliar o desprendimento doutros Espíritos ao deixarem o invólucro material, abreviando-lhes a perturbação pela evocação e pela prece.
Pela prece sincera, que é uma magnetização espiritual, provoca-se a desagregação mais rápida do fluido perispiritual; pela evocação conduzida com sabedoria e prudência, com palavras de benevolência e conforto, combate-se o entorpecimento do Espírito, ajudando-o a reconhecer-se mais cedo, e, se é sofredor, incute-se-lhe o arrependimento — único meio de abreviar seus sofrimentos.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty OBSESSÃO NOS GRUPOS ESPÍRITAS

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 03, 2018 11:52 am

Os falsos profetas não se encontram unicamente entre os encarnados.
Há os também, e em muito maior número, entre os Espíritos orgulhosos que, aparentando amor e caridade, semeiam a desunião e retardam a obra de emancipação da Humanidade, lançando-lhe de través seus sistemas absurdos, depois de terem feito que seus médiuns os aceitem.
E, para melhor fascinarem aqueles a quem desejam iludir, para darem mais peso às suas teorias, se apropriam sem escrúpulo de nomes que só com muito respeito os homens pronunciam.
São eles que espalham fermento dos antagonismos entre os grupos, que os impelem a isolarem-se uns dos outros e a olharem-se com prevenção.
Isso por si só bastaria para os desmascarar, pois, procedendo assim, são os primeiros a dar
o mais formal desmentido às suas pretensões.
Cegos, portanto, são os homens que se deixam cair em tão grosseiro embuste.
Mas, há muitos outros meios de serem reconhecidos.
Espíritos da categoria em que eles dizem achar-se têm de ser não só muito bons, como também eminentemente racionais.
Pois bem: passai-lhes os sistemas pelo crivo da razão e do bom senso e vede o que restará.
Convinde, pois, comigo, em que, todas as vezes que um Espírito indica, como remédio aos males da Humanidade ou como meio de conseguir-se a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas; quando formula um sistema que as mais rudimentares noções da Ciência contradizem, não pode ser senão um Espírito ignorante e mentiroso.
Por outro lado, crede que, se nem sempre os indivíduos apreciam a verdade, esta é apreciada sempre pelo bom senso das massas, constituindo isso mais um critério.
Se dois princípios se contradizem, achareis a medida do valor intrínseco de ambos, verificando qual dos dois encontra mais ecos e simpatias.
Fora, com efeito, ilógico admitir-se que uma doutrina cujo número de adeptos diminua progressivamente seja mais verdadeira do que outra que veja o dos seus em continuo aumento.
Querendo que a verdade chegue a todos, Deus não a confina num círculo acanhado:
fá-la surgir em diferentes pontos, a fim de que por toda a parte a luz esteja ao lado das trevas.
Repeli sem condescendência todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a separação e o insulamento.
São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que procuram impor-se homens fracos e crédulos, prodigalizando-lhes exagerados louvores, a fim de os fascinar e de tê-los dominados.
São, geralmente, Espíritos sequiosos de poder e que, déspotas públicos ou nos lares, quando vivos, ainda querem vítimas para tiranizar depois de terem morrido.
Em geral, desconfiai das comunicações que trazem um carácter de misticismo e de singularidade, ou que prescrevem cerimónias e actos extravagantes.
Há sempre, nesses casos, motivo legítimo de suspeição.
Estai certos, igualmente, de que quando uma verdade tem de ser revelada aos homens, é, por assim dizer, comunicada instantaneamente a todos os grupos sérios, que dispõem de médiuns também sérios, e não a tais ou quais, com exclusão dos outros.
Nenhum médium é perfeito, se está obsediado; e há manifesta obsessão quando um médium só é apto a receber comunicações de determinado Espírito, por mais alto que este procure colocar-se.
Conseguintemente, todo médium e todo grupo que considerem privilégio seu receber as comunicações que obtêm e que, por outro lado, se submetem a práticas que tendem para a superstição, indubitavelmente se acham presas de uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se pavoneia com um nome que todos, encarnados e desencarnados, devem honrar e respeitar e não permitir seja declinado a todo propósito.
É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e da lógica todos os dados e todas as comunicações dos Espíritos, fácil se torna rejeitar a absurdidade e o erro.
Pode um médium ser fascinado, e iludido um grupo; mas, a verificação severa a que procedam os outros grupos, a ciência adquirida, a alta autoridade moral dos directores de grupos, as comunicações que os principais médiuns recebam, com um cunho de lógica e de autenticidade dos melhores Espíritos, justiçarão rapidamente esses ditados mentirosos e astuciosos, emanados de uma turba de Espíritos mistificadores ou maus.

-Erasto, discípulo de São Paulo. (Paris, 1862,)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty PRECE PELOS QUE PASSAM PELA OBSESSÃO OU DEPRESSÃO.

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 03, 2018 7:45 pm

A obsessão é a acção persistente de um mau Espírito sobre uma pessoa.
Apresenta características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais.
Oblitera todas as faculdades mediúnicas.
Na mediunidade psicográfica, ou de escrever, revela-se pela obstinação de um Espírito em se manifestar exclusivamente, sem permitir que outros o façam.
Os maus Espíritos pululam ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral dos seus habitantes.
Sua acção malfazeja faz parte dos flagelos que a Humanidade suporta neste mundo.
A obsessão, como as doenças, e como todas as atribuições da vida, deve ser considerada, pois, como uma prova ou uma expiação, e aceita nessa condição.
Assim como as doenças são o resultado das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas do exterior, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um mau Espírito.
A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral, é necessário opor uma força moral.
Para preservar das doenças, fortifica-se o corpo; para garantir contra a obsessão, é necessário fortificar a alma.
Disso resulta que o obsedado precisa trabalhar pela sua própria melhoria, o que na maioria das vezes é suficiente para o livrar do obsessor, sem socorrer-se de outras pessoas.
Esse socorro se torna necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque o paciente perde, por vezes, a sua vontade própria e o seu livre arbítrio.
A obsessão é quase sempre a acção vingativa de um Espírito, e na maioria das vezes tem sua origem nas relações do obsedado com o obsessor, em existência anterior.
Nos casos de obsessão grave, o obsedado está como envolvido e impregnado por um fluído pernicioso, que neutraliza a acção dos fluídos salutares e os repele.
É necessário livrá-lo desse fluido.
Mas um mal fluido não pode ser repelido por outro da mesma espécie.
Por uma acção semelhante a que o médium curador exerce nos casos de doença, é preciso expulsar o fluido mau com a ajuda de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um resgate.
Essa é a que podemos chamar de acção mecânica, mas não é suficiente.
Faz-se também necessário, e acima de tudo, agir sobre os ser inteligente, com o qual se deve falar com autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral.
Quanto maior for esta, tanto maior será a autoridade.
E ainda não é tudo, pois para assegurar a libertação, é preciso convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos; despertar-lhe o arrependimento e o desejo do bem, através de instruções habilmente dirigidas, com a ajuda de evocações particulares, feitas no interesse da sua educação moral.
Então, pode-se ter a dupla satisfação de libertar um encarnado e converter um Espírito imperfeito.
A tarefa se torna mais fácil, quando o obsedado, compreendendo a sua situação, oferece o concurso da sua vontade e das suas preces.
Dá-se o contrário quando, seduzido pelo Espírito embusteiro, ele se mantém iludido quanto às qualidades da entidade que o domina, e se compraz nas suas mistificações, porque então, em vez de ajudar, ele mesmo repele qualquer assistência.
É o caso da fascinação, sempre infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação. (Ver Livro dos Médiuns, cap. XXIII)
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar da acção contra o Espírito obsessor.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 03, 2018 7:45 pm

Prece – (Para o obsedado proferir)
– Meu Deus, permiti aos Bons Espíritos me livrarem do Espírito malfazejo que se ligou a mim.
Se é uma vingança que ele pretende exercer, em consequência dos males que eu lhe teria feito outrora, vós o permitistes, meu Deus, e eu sofro por minha própria culpa.
Possa o meu arrependimento me fazer merecedor do vosso perdão e da minha liberdade!
Mas, seja qual for o motivo, suplico a vossa misericórdia para ele.
Facilitai-lhe, Senhor, a senda do progresso, de que se desviou pelo pensamento de fazer o mal.
Possa eu, de meu lado, retribuindo-lhe o mal com o bem, encaminhá-lo a melhores sentimentos.
Mas sei também, ó meu Deus, que são as minhas imperfeições que me tornam acessível às influências dos Espíritos imperfeitos.
Dai-me a luz necessária para as reconhecer; e afastai sobretudo o meu orgulho, que me torna cego para os meus defeitos.
Como deve ser grande a minha indignidade, para que um ser malfazejo me possa dominar!
Fazei, ó meu Deus, que este golpe desferido na minha vaidade me sirva de lição para o futuro; que ele me fortaleça na decisão de me depurar pela prática do bem, da caridade e da humildade,a fim de que possa opor, daqui por diante, uma barreira ao ataque das más influências.
Senhor, dai-me a força de suportar esta prova com paciência e resignação!
Compreendo que, como todas as demais provas, ela deve contribuir para o meu adiantamento, se eu não comprometer os seus resultados, com as minhas lamentações, pois ela me oferece uma oportunidade de demonstrar a minha submissão, e de praticar a caridade para com um irmão infeliz, perdoando-lhe o mal que me tenha feito.

Prece (Pelo obsedado)
– Deus Todo-Poderoso, dai-me o poder de livrar Fulano do Espírito que o obseda.
Se está nos vossos desígnios pôr um fim a esta prova, concedei-me a graça de falar a esse Espírito com a necessária autoridade.
Bons Espíritos que me assistem, e vós, Anjo Guardião de Fulano, dai-me o vosso concurso; ajudai-me a libertá-lo do fluido impuro que o envolveu.
Em nome de Deus Todo-Poderoso, conjuro o Espírito malfazejo que o atormenta a se afastar.

Prece – (Pelo Espírito obsessor)
– Deus, infinitamente bom, suplico a vossa misericórdia para o Espírito que obseda Fulano!
Fazei que ele perceba as divinas claridades, a fim de que reconheça a falsidade do caminho que está seguindo.
Bons Espíritos, ajudai-me a fazê-lo compreender que ele tem tudo a perder na prática do mal, e tudo a ganhar na prática do bem!
Espírito que vos comprazeis em atormentar Fulano ouvi-me, pois, que vos falo em nome de Deus!
Se quiserdes reflectir, compreendereis que o mal não pode levar ao bem, e que não podeis ser mais forte do que Deus e os Bons Espíritos, que poderão preservar Fulano de qualquer atentado de vossa parte.
Se não o fizeram, foi porque ele tinha uma prova a sofrer.
Mas quando essa prova terminar, eles vos impedirão de agir sobre ele.
O mal que lhe tiverdes feito, em vez de prejudicá-lo, terá servido para o seu adiantamento, tornando-o mais feliz.
Assim, a vossa maldade terá sido em vão, mas tornará fatalmente contra vós.
Deus, que é Todo-Poderoso, e os Espíritos Superiores, seus servidores, que são mais poderosos do que vós, podereis então por um fim a essa obsessão, quando quiserem, e a vossa tenacidade se quebrará contra essa autoridade suprema.
Mas, por ser bom, quer Deus vos deixar o mérito de interrompê-la pela vossa própria vontade.
É uma concessão que vos faz, e se não a aproveitardes, tereis de sofrer deploráveis consequências, pois, grandes castigos e duros sofrimentos vos esperam.
Sereis forçados a implorar a sua piedade e as preces da vossa vítima, que já vos perdoou e ora por vós, o que é um grande mérito aos olhos de Deus e apressará a sua libertação.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 03, 2018 7:46 pm

Reflecti, pois, enquanto é tempo, porque a justiça de Deus pesará sobre vós, como sobre todos os outros Espíritos rebeldes.
Lembrai-vos de que o mal que fazeis neste momento terá forçosamente um fim, enquanto que, se persistirdes no vosso endurecimento, os vossos sofrimentos aumentarão sem cessar.
Quando estivestes na Terra, não consideráveis estúpido, sacrificar um grande bem por uma pequena e breve satisfação?
Acontece o mesmo agora que sois Espíritos.
O que ganhais com o que estais fazendo?
O triste prazer de atormentar alguém, que nem sequer vos impede de ser infeliz, por mais que afirmeis o contrário, e mais infeliz ainda vos fará no futuro!
Ao lado disso, vede o que perdeis:
observai os Bons Espíritos que vos cercam e dizei se a sua sorte não é preferível à vossa.
A felicidade que desfrutam será também vossa, quando o quiserdes.
O que é necessário para tanto?
Implorar a Deus o seu auxílio, e fazer o bem em vez de fazer o mal.
Bem sei que não podeis transformar-vos de um momento para outro; mas Deus não quer o impossível; o que deseja é apenas a boa vontade.
Tentai, portanto, e nós vos ajudaremos.
Fazei que bem logo possamos dizer em vosso favor a prece pelos Espíritos em arrependimento,(nº 73), e não mais vos classificar entre os maus Espíritos, enquanto esperamos o momento de vos contar entre os bons.

Observação – A cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento.
Exige também tacto e habilidade, para a condução ao bem de Espíritos quase sempre muito perversos, endurecidos e astuciosos, pois que os há rebeldes até o último grau.
Na maioria dos casos, devemos guiar-nos pelas circunstâncias.
Mas, seja, qual for à natureza do Espírito, o certo é que nada se obtém pelo constrangimento ou pela ameaça, pois toda a influência depende do ascendente moral.
Outra verdade, igualmente verificada pela experiência, e que a lógica comprova, é a completa ineficácia de exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas exteriores ou quaisquer símbolos materiais.
A obsessão demasiado prolongada pode ocasionar desordens patológicas, exigindo por vezes um tratamento simultâneo ou consecutivo, seja magnético ou médico, para o restabelecimento do organismo.
A causa tendo sido afastada, ainda resta combater os efeitos.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty PSICOGRAFIA MENSAGEM DO IRMÃO “LUCIUS”

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 04, 2018 10:30 am

EXPLICANDO COMO FUNCIONA AS “PSICOGRAFIAS” NO NOSSO GRUPO, NOS TRABALHOS MEDIÚNICOS DA SEGUNDA-FEIRA 27/02/17

Meus Irmãos, Amigos.
Assim como sempre surgem questões a serem dirimidas, da ordem de entendimento, desta vez, em especial quanto ao trabalho das psicografias da Casa, gostaria de dar-lhes alguns esclarecimentos.
A Casa, não apresenta um serviço específico para oferecer sessões de Psicografias para pessoas, entes queridos de encarnados, que já partiram da existência terrena, uma vez que não há (ainda) a estrutura física para tal trabalho.
Ainda também não há, nesse momento, quantidade significativa de Médiuns treinados e dispostos a prestarem essa Caridade, mas, poderá sim, haver no futuro.
As Psicografias da Casa, não são todas direccionadas às pessoas encarnadas, que buscam orientações ou informações sobre seus entes queridos.
Elas destinam-se ao aprendizado, como forma de ensinar a todos, pelos exemplos do que ocorre com os seres, após as respectivas passagens da vida material para a espiritual, suas causas, as formas de socorro, todo o funcionamento dessa fase crucial a todos os seres, que é a acolhida do Irmão no Plano Espiritual, que precisa ser amorosa e atenciosa com cada um, faltando hoje para isso Obreiros Encarnados, abnegados, trabalhadores da Luz, que crescem, enquanto auxiliam.
Outro facto é que existem milhares de encarnados, ansiando e pedindo a Deus, alguma comunicação de seus entes queridos, que partiram para a espiritualidade, sem que, contudo, isso seja sempre possível, pelas condições de entendimento e de evolução, de ambos os lados, de ambas as partes.
Mas, ainda existe uma outra situação, a dos Irmãos Desencarnados, a quem ninguém procura, que desejam falar, desejam escrever e manifestarem-se, por vezes, membros de famílias encarnadas, que não aceitam a espiritualidade, como continuidade da Vida, após a Vida.
Esses queridos Irmãos, esquecidos, por vezes pelos familiares encarnados, que, por não possuírem nem professarem nenhum conhecimento espiritual, não se detém, após o desencarne daqueles, por um momento sequer, a lhes dedicarem um pensamento, que por vezes, somente necessitam de um pouco de Amor, uma Prece, uma lembrança da parte desses.
É a esses Irmãos a quem são direccionadas a maioria das Psicografias da Casa, não tendo destinatários, por esses não procurarem, enquanto que, eles mesmos, estão prontos a relatarem a todos a sua experiência, pelo Bem Maior.

Então, por vezes, em que se depararem com mensagens, que chegam nas reuniões, saibam, que elas não se prestam a somente uma pessoa ou familiar, que porventura venha a lê-la, mas FAZEM PARTE DE UM PROCESSO EDUCATIVO, DE PODER INFORMAR A TODOS, OS FACTOS QUE OCORREM APÓS O DESENCARNE, NAS SUAS MAIS DIVERSAS FORMAS, QUE SERVEM COMO ALERTA E ENSINO, PARA QUE OS SERES DESPERTEM PARA A VIDA ESPIRITUAL, POIS QUE JÁ É CHEGADA A HORA.

No futuro, em pouco tempo, as Psicografias não mais acontecerão no Mundo Regenerado, pois, haverá Instrumentos, Aparelhos, de outras tecnologias, que farão a conexão entre os estados de consciência entre as dimensões, permitindo a comunicação constante entre esses dois planos, na Terra.

MAS ISSO SOMENTE OCORRERÁ, NO MUNDO JÁ REGENERADO.
Trabalhamos sem cessar, para que todos os Irmãos possam ser lidos, ouvidos, todos os que puderem, e não somente os que são procurados por familiares, na forma de Mensagens.
Que as Mensagens, as quais divulgamos, possam ser proveitosas para todos.

Lucius.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty A sabedoria de contentar-se com pouco

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 04, 2018 8:27 pm

Viu-se uma cena pouco comum num dos muitos momentos que marcaram o carnaval deste ano.
Quando se apresentava de cima de um trio eléctrico, uma famosa cantora viu quando um rapaz furtava o celular de uma jovem desprevenida.
De microfone à mão, ela logo repreendeu o jovem dizendo:
“Não faça isso.
Eu também vim do lugar de onde você vem.
Eu e os cantores... [e declinou seus nomes] viemos do mesmo lugar, mas nunca tiramos o que é dos outros.
Quando a gente dispõe de poucos recursos é preciso trabalhar, esforçar-se, mas jamais furtar”.
Exceptuada a intervenção da cantora, o episódio por ela testemunhado é, infelizmente, cena comum nas grandes e médias cidades do nosso país.
E, em muitos casos, acompanhada de actos de violência e brutalidade, como os órgãos de comunicação mostraram por ocasião do último carnaval, em que várias vítimas não foram apenas assaltadas, como perderam a própria vida.
A dependência química está, como ninguém ignora, intimamente ligada a factos desse porte.
A compulsão pela droga leva o indivíduo a desfazer-se do que tem e, chegado a esse ponto, apropriar-se do que pertence aos outros, dentro ou fora de casa.
Evidentemente, o assalto, o furto, o roubo, a violência e a corrupção não se explicam tão somente pela necessidade de se drogar.
Há nessas mazelas algo muito mais profundo, que evidencia em primeiro lugar a condição de inferioridade que caracteriza o mundo em que vivemos e, em segundo lugar, a absoluta ignorância acerca da finalidade da vida.
Reportando-se ao tema da impermanência e da transitoriedade dos bens de que dispomos ao longo da vida, Lacordaire (Espírito) escreveu:
“Sabei contentar-vos com pouco.
Se sois pobres, não invejeis os ricos, porquanto a riqueza não é necessária à felicidade.
Se sois ricos, não esqueçais que os bens de que dispondes apenas vos estão confiados e que tendes de justificar o emprego que lhes derdes, como se prestásseis contas de uma tutela.
Não sejais depositário infiel, utilizando-os unicamente em satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade.
Não vos julgueis com o direito de dispor em vosso exclusivo proveito daquilo que recebestes, não por doação, mas simplesmente como empréstimo.
Se não sabeis restituir, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que aquele que dá aos pobres, salda a dívida que contraiu com Deus.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

Grande valor têm lições como essa firmada pelo respeitado educador, académico e religioso francês.
Antes de criticá-las ou menosprezá-las, lembremos que partem de pessoas que passaram por aqui, que viveram no meio em que nos encontramos, mas reúnem informações, percepções e experiências que apenas os desencarnados detêm, como alguém que se encontra postado no alto da montanha, enquanto nos debatemos na planície, ignorando os motivos que nos levam a enfrentar as provas, as carências, as dificuldades e os desafios da vida.

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty As mulheres e os dilemas actuais

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 10:26 am

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

O estado de conturbação generalizado que marca este início de milénio se aplica igualmente à delicada questão de género – tema deste texto.
Ao abordar tão explosivo assunto – risco que corro devido à intensa patrulha ideológica reinante – dirijo-me precipuamente à mulher espírita, já que esta, em tese, desfruta de um arsenal de conhecimentos e informações privilegiados.
Posto isto, cabe destacar que, talvez nunca antes na história humana, os Espíritos encarnados na polaridade feminina desfrutaram de condições existenciais tão favoráveis.
Não quero insinuar, evidentemente, que o estado de perfeição já foi alcançado, pois tal coisa ainda não existe na face da Terra.
Mas refiro-me às possibilidades concretas de se viver uma existência digna e decente sob essa moldura física.
Nesse sentido, vale recordar que hoje as mulheres estão presentes em praticamente todos os sectores de actividade (aliás, dominam amplamente alguns como, por exemplo, bancos, saúde, educação e serviços financeiros, conforme dados publicados na revista Você S/A 150 melhores empresas para trabalhar, de 2017).
Ou seja, indivíduos do sexo feminino estão nas fábricas, nos hospitais, nos canteiros de obras, nos laboratórios, nos parlamentos, exercendo funções executivas nas organizações, nas actividades de ensino e assim por diante.
Mais ainda, mulheres estão no comando de importantes nações e instituições do planeta, errando e acertando, é preciso frisar, tanto quanto os homens.
Os comportamentos desrespeitosos em relação às pessoas do género feminino estão sendo duramente combatidos – com total apoio, diga-se, dos homens.
A propósito, os homens modernos têm revelado uma faceta até então desconhecida, isto é, a de colaboradores no lar – como nunca se viu antes.
Afinal de contas, os homens na actualidade fazem as compras para o lar, levam e buscam as crianças nas escolas, muitos cozinham e até mesmo fazem a limpeza da casa, entre outras coisas.
Dito de outra forma, o homem do século XXI da era cristã tem mostrado enorme disposição e flexibilidade em relação aos pleitos femininos.
Todavia, o que se vê hodiernamente vai muito além da justa busca de espaço e reconhecimento por parte dos indivíduos (Espíritos) do género feminino.
Há presentemente na Terra uma luta indisfarçável pelo poder nas instituições.
Estimuladas pelo pensamento feminista belicoso – que é tão errático e sombrio quanto o machismo - entramos numa era de disputas perigosas movidas pelo infeliz raciocínio binário: mulher x homem.
Com efeito, o tema género tem sido tratado e discutido como se fosse reduto exclusivamente feminino.
Pelo menos é o que se observa – paradoxalmente - em muitas publicações (especialmente académicas) dessa área, que deveriam dar um tratamento mais isento ao assunto.
Apesar desse lamentável viés, a mulher tem sido beneficiada e o seu valor reconhecido, dado que – apesar das dificuldades do caminho e considerando que a maioria dos homens almeja alcançar objectivos idênticos – muitas têm conseguido chegar ao topo.
Como afirmei anteriormente, a mulher tem sido apoiada e incentivada a realizar os seus ideais – mesmo que estes não sejam, espiritualmente falando, os mais apropriados à sua evolução.
Essa relevante questão está implícita, por exemplo, na declaração de Indra Nooyi, CEO mundial da Pepsico, numa entrevista à revista Forbes:
“Não acho que as mulheres possam ter tudo.
Eu simplesmente não penso assim.
Nós fingimos que temos tudo.
Nós imaginamos que podemos ter tudo.
Meu marido e eu casamos há 34 anos.
E temos duas filhas.
E todos os dias você tem que tomar uma decisão sobre se você vai ser esposa ou mãe, na verdade muitas vezes durante o dia você precisa tomar essas decisões.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 10:26 am

E você tem que cooptar muitas pessoas para ajudá-la.
Nós cooptamos nossas famílias para nos ajudar.
Planeamos nossas vidas meticulosamente para que possamos ser pais decentes.
Mas se você perguntar às nossas filhas, não tenho certeza de que elas vão dizer que eu fui uma boa mãe.
Não tenho certeza.
E eu tento todos os tipos de mecanismos de enfrentamento”.
Note que há um inegável desconforto na fala da ilustre executiva.
Apesar do sucesso obtido na sua carreira profissional, há dúvida e inquietação em seu corajoso depoimento.
Aparentemente, há a sensação de que algo crucial está faltando ou não foi cumprido no âmbito da família.
Na verdade, o que ela externa está absolutamente alinhado com vários estudos focados especificamente em pessoas do género feminino que desfrutam o mesmo status profissional.
Em alguns casos, vale ressaltar, as entrevistadas afirmam sentir ciúmes das babás dos seus filhos, visto que, em razão das suas decisões em priorizar as carreiras, acabam, na prática, abdicando, de certo modo, do posto de mães.
É inquestionável que elas pagam as contas total ou parcialmente, já que conseguiram conquistar a emancipação financeira, mas não vivenciam o sabor e a riqueza experiencial das mães plenas.
O mundo moderno, conforme comentei acima, não impede absolutamente nada às mulheres.
Mas toda decisão tem um custo.
Afinal de contas, não se pode obter tudo...
Nooyi acrescenta que:
“Minha observação... é que o relógio biológico e o relógio da carreira estão em conflito total um com o outro. Total, conflito completo.
Quando você tem que ter filhos, você precisa construir sua carreira.
Assim como você está subindo para a gestão intermediária, seus filhos precisam de você porque eles são adolescentes, eles precisam de você para a adolescência”.
O conflito aí explicitado decorre sobretudo do facto de que há papéis diferentes a ser executados tanto pelos Espíritos encarnados na condição feminina como pelos que estão na masculina.
Do contrário, não haveria mudanças físicas tão pronunciadas estabelecidas pelo Criador.
Nesse sentido, lembremos, aliás, que Allan Kardec debruçou-se sobre o assunto n’O Livro dos Espíritos, conforme a questão abaixo:

201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.

202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
Isso pouco lhe importa.
O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.
Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo.
Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência.
Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.

Kardec foi mais além ao indagar aos Espíritos em outra questão:
821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto às deferidas ao homem?
Sim, maior até.
É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida”.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 10:27 am

Portanto, para desempenhar tal função – vital, por sinal – é preciso dedicação e denodo, ainda mais nos tempos em que vivemos onde as crianças, adolescentes e jovens demonstram estar claramente desorientados, além de revelar significativa falta de sabedoria e maturidade.
E para que não pairasse qualquer dúvida a respeito da distinção dos papéis, Kardec perguntou-lhes na questão 822-a da citada obra:

822-a. Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?
Dos direitos, sim; das funções, não.
Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete.
Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. [...]
Baseado em tais esclarecimentos podemos inferir que o feminismo está empurrando a mulher a assumir uma posição de confronto com sérios prejuízos, inclusive para a harmonia da família humana.
Ademais, ao analisar a influência do feminismo, o Espírito Emmanuel observou, na questão nº 67 da obra O Consolador (psicografia de Francisco Cândido Xavier):
“A ideologia feminista dos tempos modernos, porém, com as diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.
Se existe um feminismo legítimo, esse deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma acção contraproducente fora dele.
É que os problemas femininos não poderão ser solucionados pelos códigos do homem, mas somente à luz generosa e divina do Evangelho”.
Vislumbrando a relevância da mulher em outra seara, Emmanuel esclarece também (ver questão nº 109 da mesma obra):
“O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.
Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo.
Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica.
Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o carácter e a estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas.
Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o carácter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu património nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a Luz interior dos sagrados princípios educativos”.
Na obra Dicionário da Alma (psicografia de Francisco Cândido Xavier), o Espírito Emmanuel pondera também:
“O programa do feminismo não é o da exclusão da dependência da mulher:
deve ser o da compreensão dos seus grandes deveres.
Dentro da natureza, as linhas determinadas pelos desígnios insondáveis de Deus não se mudam, sob a influência do ilimitado arbítrio humano; e a mulher não pode transformar o complexo estrutural de seu organismo”.
Ainda no citado livro, o Espírito Eugénia Braga analisa que “O feminismo – esse que integra a mulher no conhecimento próprio – é o movimento de Jesus, em favor do lar, para o lar, e dentro do lar”.
Desse modo, logo se vê que o movimento feminista moderno está completamente desatrelado dos aspectos espirituais que emancipam a alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 10:27 am

A sua bandeira não é a favor do lar ou da união da família, mas essencialmente do poder fugidio.
A mulher contemporânea tem o legítimo direito de fazer as suas escolhas.
No entanto, ao priorizar exclusivamente a carreira, de minha parte vislumbro que as dificuldades serão sempre expressivas, já que o número de empregos no planeta não são suficientes para absorver a todos – e nem me parece que haja tal objectivo, pelo menos enquanto o amor e a compaixão não permear as decisões humanas.
Por outro lado, ao optar pela família, a mulher dá prova de inestimável amor e renúncia.
Considerando que o amor é a mais alta conquista espiritual de todo o universo, o desenvolvimento dessa virtude será, por extensão, considerável aos olhos da espiritualidade.
Reiterando esse entendimento, o Espírito Anália Franco, na obra Salomé (ditado pelo Espírito Lucius e psicografia de Sandra Carneiro), explica o seguinte:
“É principalmente no lar, na família, que a mulher é convidada a exercitar essa suavidade, esse amor que agrega e fortalece os que estão ao seu redor.
É aí que a nova sociedade reclama urgência na acção feminina.
Compete à mulher, em particular, trabalhar pela harmonia doméstica e familiar.
Sua dedicação – que em muitos casos pode mesmo chegar ao sacrifício – abençoará todos os membros da família.
De olhos fixos no alto, agirá como ferramenta de Deus na Terra, junto àqueles que o Pai lhe confiou, elevando as vibrações em torno de sua casa, edificando o bem, exemplificando a paciência, o perdão e o amor.
Tal papel, meus amigos, cabe acima de tudo à mulher”.
Além disso, nada mais esclarecedor do que recorrer à sabedoria de Jesus Cristo, registada no capítulo 22, intitulado “A Mulher e a Ressurreição”, do livro Boa Nova, ditado pelo Espírito Humberto de Campos (psicografia de Francisco Cândido Xavier).
O revelador diálogo traz relevantes aspectos sobre o tema em apreço:
- Que tens tu, Simão? - perguntou o Mestre, com o seu olhar penetrante e amigo.
Surpreendido com a palavra do Senhor, o velho Cefas deu a perceber, por um gesto, os seus receios e as suas apreensões, como se encontrasse dificuldade em esquecer totalmente a lei antiga, para penetrar os umbrais da ideia nova, no seu caminho largo de amor, de luz e de esperança.
- Mestre - respondeu com timidez -, a lei que nos rege manda lapidar a mulher que perverteu a sua existência.
Conhecendo, por antecipação, o pensamento do pescador e observando os seus escrúpulos em lhe atirar uma leve advertência Jesus lhe respondeu com brandura:
- Quase sempre, Simão, não é a mulher que se perverte a si mesma: é o homem que lhe destrói a vida. [...].
O velho pescador recebia a exortação com um brilho novo nos olhos, como se fora tocado nas fibras mais íntimas do seu espírito.[...]
- Mestre - retrucou, altamente surpreendido —, vossa palavra é a da revelação divina.
Quereis dizer, então, que a mulher é superior ao homem, na sua missão terrestre?
- Uma e outro são iguais perante Deus - esclareceu o Cristo, amorosamente - e as tarefas de ambos se equilibram no caminho da vida, completando-se perfeitamente, para que haja, em todas as ocasiões, o mais santo respeito mútuo. Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida.
Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia.
Em todas as realizações humanas, há sempre o traço da ternura feminina, levantando obras imperecíveis na edificação dos espíritos.
Na história dos homens, ficam somente os nomes dos políticos, dos filósofos e dos generais; todos eles são filhos da grande heroína que passa, no silêncio, desconhecida de todos, muita vez dilacerada nos seus sentimentos mais íntimos ou exterminada nos sacrifícios mais pungentes.
Mas, também Deus, Simão, passa ignorado em todas as realizações do progresso humano e nós sabemos que o ruído é próprio dos homens, enquanto que o silêncio é de Deus, síntese de toda a verdade e de todo o amor.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 10:28 am

Por isso, as mulheres mais desventuradas ainda possuem no coração o gérmen divino, para a redenção da humanidade inteira.
Seu sentimento de ternura e humildade será, em todos os tempos, o grande roteiro para a iluminação do mundo, porque, sem o tesouro do sentimento, todas as obras da razão humana podem parecer como um castelo de falsos esplendores.
Simão Pedro ouvia o Mestre, tomado de profundo enlevo e santificado fervor admirativo”.
Concluindo, os Espíritos encarnados na vestimenta feminina têm diante de si uma valiosa oportunidade de progresso desde que se disponham a doar o autêntico amor aos seus semelhantes, assim como fizeram outras grandes mulheres do passado.
Certamente também haverão de responder – mesmo que parcialmente - pelo que vier a acontecer àqueles que estão sob sua tutela.
De facto, a família humana actual necessita de mães realmente comprometidas e engajadas no bem-estar espiritual dos seus.
E tal missão exige dedicação extrema.
Para que isso ocorra, elas podem, por exemplo, estabelecer objectivos mais modestos de carreira e trabalho para ficarem mais disponíveis, próximas e participantes no encaminhamento dos seus filhos, assim como provê-los com bons exemplos éticos e morais.
Ao executarem tão importante papel, Deus sempre lhes reservará oportunidades de desenvolvimento e alegrias infinitas.

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty O Sermão do Monte, precioso documento, é roteiro de felicidade real

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 8:40 pm

por Orson Peter Carrara

Mário Frigéri (foto) é espírita desde os 15 anos, quando adoptou os princípios espíritas após leitura de O Livro dos Espíritos.
Nasceu em Nuporanga e reside em Campinas, ambas cidades do Estado de São Paulo.
Poeta, escritor, articulista, pesquisador, com vários livros publicados e operador do Direito, concedeu-nos entrevista sobre o tema do Anuário Espírita 2018.

Que podemos dizer a respeito do Sermão da Montanha?
O Sermão da Montanha é a plataforma estabelecida por Jesus para a redenção da Humanidade.
Antes da presença de nosso Mestre neste mundo, o homem não tinha a quem recorrer para resolver suas angústias existenciais, excepto ao Senhor dos Exércitos, para os judeus, e a alguns líderes religiosos, como Buda e Confúcio, para seus respectivos prosélitos.
Jesus revelou o Senhor do Universo como um Pai presente, amoroso e justo, que abençoa seus filhos e os ampara em suas dificuldades.
Não há comparação entre o antes e o depois.
Jesus dividiu a história, correu a cortina que separava os homens dos espíritos e inaugurou uma Nova Era para o mundo.

Considerando sua resposta anterior, o que se destaca de essencial no conteúdo dos documentos anotados pelos evangelistas?
Jesus subverteu tudo o que se conhecia até então, pondo embaixo o que estava em cima e em cima o que estava embaixo.
Até ali, os poderosos do mundo eram os conquistadores como Alexandre Magno, Aníbal de Cartago e Júlio César.
A partir dali, passaram a ser os conquistados, principalmente os humildes, os que choram e os perseguidos.
Os grandes na Terra são os pequenos no Céu e os pequenos na Terra são os grandes no Céu.
A essência de sua mensagem é que o amor e não o ódio, a doação e não a retenção, a paz e não a guerra é que têm o condão de arrebatar o homem às culminâncias de si mesmo.

A simples leitura das bem-aventuranças causa estranheza em muita gente, por não compreender a afirmação de felicidade futura em contraste com os desafios da evolução.
O que se pode dizer das esperanças e desafios propostos por Jesus?

Pergunta Jeremias, 12:5:
“Se te fatigas correndo com os que vão a pé, como competirás com os que vão a cavalo?”.
Esse é o desafio.
Se fosse fácil ser Vencedor com o Cristo, ele não teria feito da cruz o símbolo da redenção humana.
Todos se redimirão um dia, uns nesta existência e outros em milénios futuros.
A alavanca da vontade é o encurtador de prazos.
O homem está afogado na carne por sua livre e espontânea vontade.
A esperança – que é o plenilúnio dos que sofrem, segundo Joanna de Ângelis – e a felicidade são luzes que o Senhor acendeu à frente para iluminar a vereda de cada um.
Mas seguem em seu encalço só os que quiserem.

De que maneira prática as bem-aventuranças podem ser utilizadas já na presente existência visando ao equilíbrio actual e à construção do futuro que nos aguarda?
Como tornar isso prático perante as dificuldades morais que ainda trazemos interiormente?

Quando o lavrador vê a lavoura tomada pelo mato, ele, se quiser salvá-la, só tem uma alternativa, composta por dois elementos:
enxada com trabalho duro.
A dificuldade em praticar o Evangelho é directamente proporcional à propagação do carrapicho.
O Evangelho é a enxada, nossos bons sentimentos são a planta, e os sentimentos maus são a praga.
Façamos das bem-aventuranças nossa ferramenta de carpa e em pouco tempo a plantação estará limpa e florescente.
Mas quem não quiser capinar, tem todo o direito de cruzar os braços.
É o que diz o Apocalipse, 22:11:
“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 8:40 pm

No seu entender de estudioso dos Evangelhos, o que está inserido essencialmente na proposta de Jesus com o Sermão da Montanha para uso do espírito humano em suas lutas?
Vamos recapitular.
Há milhões de mundos felizes no Universo e há alguns planetas, como a Terra, onde vigem a dor, o sofrimento e mil outros aparentes embaraços à evolução do ser.
Por quê? Porque somos devedores à Lei, em vista de nossos débitos contraídos em múltiplas existências.
No Sermão do Monte Jesus fornece a saída desse tremedal, ao criar o paradigma do homem quite com a Lei e pleno de sabedoria e amor.
Antecipa o nosso amanhã para hoje, ao dizer que somos o sal da terra e a luz do mundo, e que se buscarmos primeiro o reino de Deus e a sua justiça, tudo o mais nos será acrescentado.
Essa é a essência de sua proposta:
fazer de nós espíritos de luz.
Ele acredita em nós.
Nós acreditamos nele?
Seu livro O esplendor das bem-aventuranças – que estuda essa temática e tem inclusões valiosas que enriquecem as reflexões do próprio leitor, inclusive com belíssimos poemas – traduz seu entusiasmo e gratidão para com o precioso sermão do Novo Testamento.

Que critério norteou a pesquisa que deu origem ao livro?
Sempre admirei a reflexão de Gandhi:
e tudo se perdesse, excepto o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.
Medito desde a mocidade nessa página imortal.
Li os mais abalizados comentadores das sentenças de Jesus.
E busquei apresentar meus estudos e reflexões de forma compacta, simplificada e leve, a fim de proporcionar ao leitor o indispensável para a compreensão da proposta crística.
Quis unificar a alma de muitos livros na alma de um livro só, acrescentando às luzes de meus pares a visão do Cristo acalentada dentro de mim.
Mas não parei aí:
avancei para a interpretação das bem-aventuranças do Apocalipse – esse oceano encapelado onde há raros navegantes.

E por que, como seres humanos ainda em luta com as próprias conquistas e imperfeições, temos tanta dificuldade em assimilar aquela proposta?
Por causa de nossa gritante inferioridade moral e espiritual.
O homem se compraz nos prazeres embriagantes da matéria.
Enquanto seus deuses forem poder sem limite e sexo sem compromisso, e todo o varejo de imperfeições daí decorrente, a mensagem do Cristo exorbitará de seu campo visual.
Para enxergar seu objectivo cósmico, o homem tem que subjugar o jugo da carne e desmaterializar sua mente excessivamente materializada.
Enxovalhar o corpo é mais fácil que purificar o enxoval da alma.

Há algum meio prático de se executar a purificação da alma?
Sim. Fazer da educação do Cristo a nossa educação integral.
Diz um antigo pajé que há dois cães dentro de nós:
um feroz e um pacífico.
Ambos estão em luta permanente para ver quem domina o canil.
Qual deles vencerá?
E o pajé responde com muita sabedoria:
Aquele que você alimentar.
O Evangelho é o alimento da paz.
Se você nega ração ao cão feroz e dá Evangelho ao pacífico, não é de surpreender que logo mais seu santuário interior comece a brilhar.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 39 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 05, 2018 8:41 pm

Como incorporar as virtudes da pacificação e da mansidão ao nosso comportamento?
O homem, por falta de oração e vigilância, desceu muito baixo na escala da evolução.
Por isso, não haverá milagres para a sua regeneração.
Devemos recordar o prato constituído de sangue, suor e lágrimas que Churchill ofereceu a seu povo, e que o levou à vitória, quando a Alemanha, na II Guerra Mundial, colocou em xeque a própria existência da Inglaterra.
E aqui não há espaço para masoquismo.
Quando entendemos o sofrimento com a visão do Buda em suas Quatro Nobres Verdades, passamos a ver esse instrumento saneador de almas como mestre e não carrasco.
Ou seja: que ninguém sofre sem dever, nenhuma dor é gratuita, e aquilo que nos magoa é também o que nos cura.
A hora em que domesticarmos a dor e a aceitarmos como bênção, nossa alma se pacifica e as virtudes cristãs começam a florescer em nosso coração.

E sobre a misericórdia, como vivenciá-la diante de tantos destemperos morais em andamento no planeta?
Misericórdia significa “coração compadecido”.
Isto nos faz lembrar Emmanuel e sua página imortal “O olhar de Jesus”.
Em Bartimeu, o cego de Jericó, Jesus não vê o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver.
Em Madalena não enxerga a mulher atormentada por vários demónios, mas a irmã sofredora que, mais tarde, poderia proclamar a mensagem de sua ressurreição.
Em Zaqueu não identifica o expoente da usura, mas o missionário do progresso, enganado pelos desvarios da posse... e assim por diante.
E o nobre Mentor conclui exortando-nos a buscar algo do olhar de Jesus para os nossos olhos, a fim de atingirmos o Grande Entendimento, que nos fará discernir em cada ser do caminho um irmão nosso, necessitado, acima de tudo, de nosso auxílio e de nossa compaixão. Isso é viver a misericórdia.

De suas lembranças com os textos do Sermão do Monte, o que é marcante e por quê?
O Sermão da Montanha é a coroa da vida que um dia será depositada em nossas cabeças, quando nos tornarmos Vencedores com Jesus, tal como ensinou o Apóstolo Paulo.
Cada conceito seu é uma gema engastada nessa coroa.
Por isso, a importância de tais ensinamentos jamais será devidamente equacionada.
A parte que mais me emociona, porém, é aquela em que Jesus fala da ansiosa solicitude pela vida.
Por que essa ansiedade com o que havemos de comer, beber e vestir, que tanto atormenta a Humanidade?
Deus não veste os lírios do campo e não alimenta os pardais?
E quanto valemos nós mais que eles?
Para mim, essa é uma das mais profundas doutrinações sobre a fé que existem na Bíblia Sagrada.
Os lírios e os pardais permanecerão lindos e saudáveis porque, em sua inconsciência natural, estão sempre vivendo a Lei de Deus com pureza e simplicidade.
Já o homem, em sua voluntária consciência de sono, sofre tantas carências porque se afastou da Lei e colocou Deus no limbo.
Deus não está pobre de recursos.
O homem é que está rico de misérias.
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