LUZ ESPÍRITA
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Artigos sobre a Mediunidade

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 21, 2011 9:57 pm

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Necessário:
conhecimento doutrinário, familiaridade com as propostas renovadoras de Jesus, autoridade moral - fé, certeza, amor, paciência, sensibilidade, tacto, energia, vigilância, humildade, destemor, previdência, etc., etc., etc..

A direcção terrena cabe aos encarnados e os desencarnados não interferem, desejam apenas que se assumam responsabilidades e que se mantenha clima de harmonização.

O dirigente do trabalho será alguém que se mantém lúcido o tempo todo sem transe de espécie alguma.

b) Os médiuns - por não serem pessoas privilegiadas sujeitos tanto quanto qualquer um, à influenciações que podem se apresentar até de forma mais intensa pela facilidade de sintonia já estudada, espera-se, como dos demais componentes a vigilância, a renovação pessoal, usando a vida nesse trabalho contínuo consigo.

A assiduidade funciona em carácter de compromisso.
Para cada Espírito trazido são necessários fluidos semelhantes.
Um Espírito pode ser novamente trazido.

Não encontrando os fluidos que lhe são afins porque o médium para tal providência faltou fará com que os amigos espirituais alterem programação, improvisem recursos ou mesmo adiem providências que esperavam cumprir naquela oportunidade.

O mesmo pode acontecer com a programação da noite que por eles montada sendo o qualificação das energias que contam dispor.

Faltar portanto, só em condições justificáveis, de preferência avisando antes, assim como os períodos de viagem ou férias onde se justifica o afastamento e o tempo do retorno. antes mesmo de parecer excesso de rigorismo, é significação de entendimento, responsabilidade, educação.

c) Doutrinador no seu significado próprio - pessoa que ensina, instrui, orienta, conversa conforme o pensamento doutrinário, no caso a Doutrina Espírita.

É o que atende, dialoga com os desencarnados.
Lembrar que os Espíritos trazidos não estão em condições de receber aulas doutrinárias.
Não estão dispostos a ouvir pregações nem aprender como estudante paciente.

Sabe ou não que é Espírito, tem problema da mais variada característica, portanto, não se trata aí de um confronto de inteligências, mas do atendimento a esse problema apresentado, onde o sentimento precisa ser atingido, no zelo, no cuidado, na palavra fraterna firme, na providência enfim, que a situação requeira.

O conhecimento doutrinário torna-se para esse atendente em importante base de sustentação que lhe propicia certeza de que a Doutrina Espírita dispõe de todos os informes que necessita para cuidar das manifestações que chegam precisando de quem os socorra, ouça com paciência, tolerância, respeito, informando o que precisa, intercalando ora aqui, ora ali uma reflexão evangélica se houver possibilidade.

Moral do doutrinador - imprescindível, não no sentido de se apresentar como alguém que não erra, não se engana, mas como alguém em luta, que tem como legítima, a intenção do bem, que se esforça.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 22, 2011 9:16 pm

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Essa busca dá, por melhorias pessoais dignidade e valor ao homem.
Os Espíritos respeitarão tal combate que procura na renovação preparar-se mais para ajudar melhor.

Necessidade ainda de que o atendente não monopolize o médium;
acabada a entrevista, dá lugar para que outro também trabalhe oferecendo mais ostensivamente sua preparação de amor.

6) Pode haver no grupo companheiros que não ofereçam condições mediúnicas e nem de doutrinadores/atendentes?

Pode; desde que contribuam para o clima de segurança e harmonia, mantendo-se em atitude dinâmica, constructiva, dispostos à cooperação.

Esses companheiros em atitude de prece onde meditem sobre a passagem evangélica estudada, ou por exemplo, sobre um ensinamento de Jesus, uma atitude, uma parábola, formam quadros que são usados em tratamento de Espíritos que às vezes nem conseguem ainda ouvir a voz humana.

Tal atitude é bem diversa, daquele que dorme ou se imiscui mentalmente nas comunicações que estão acontecendo e nesse caso cria clima de conflito, divergente às vezes da orientação que está se desenvolvendo.

Detalhes, situações aparentemente insignificantes mas que no conjunto, somam-se, personalizando um grupo que moralmente se renova para o bem infinito.

Serve elevando-se, aprende a conquistar novos horizontes, aprende que amar é engrandecer-se.
"Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes génios da imortalidade gloriosa."

Bibliografia:

* Miranda, H. C. - Diálogo com as sombras
* Miranda, H. C. - Alquimia da Mente
* Emmanuel - Roteiro


VI - O trabalho mediúnico I

1 - Conversa com o desencarnado

Por caracterizar-se como ponto alto, razão de ser de cada sessão mediúnica, é de importância recordar que os Amigos Espirituais, de inúmeras formas, tentaram auxiliar, sem conseguir alterar o mundo mental, fazer-se visível ou ouvido, por companheiros centrados, fechados na dor e no desespero.

Será através do contacto com fluidos materiais, próprios ao médium, que experimentarão sensações.

Como se tivessem novamente um corpo físico, "acordam", oferecendo pelo choque, alguma abertura que, por menor que seja, possibilitarão a que outras providências prossigam, depois nos tratamentos que se fizerem necessários.

Assim os Espíritos trazidos chegam com dores, problemas dos mais variados:
fome, frio, ódios, doentes em fase terminal, nas situações de agonia;

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 22, 2011 9:17 pm

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desconhecem outros que desencarnaram, não encontram familiares ou sentem-se abandonados por estes, suicidas, homicidas, enfim, todo um complexo de aflições, onde simplesmente convidar a orar ou fazer pregação doutrinária, além de ineficaz, distancia, revolta e afasta.


Essa forma ainda resulta como improdutiva e cansativa.

Lida-se com individualidades onde as repercussões das dores são específicas, personalizadas. de um modo geral o Espírito começa dominar a organização somática e psíquica do médium entra o atendente:
Jesus seja louvado!
Venha na paz do Senhor, mas venha calmo, com disciplina!
Você não precisa tremer.

Você não sente frio! Não sente fome... isto está na sua cabeça.
Seu corpo já morreu! Você é um Espírito!
Concentre-se e mentalmente acompanhe minha prece ao Senhor da Vida...
e vai por ai...

Esse modo de atender não corrige, não é fraterno, não conduz a paz, tranquilidade, segurança, reconforto, esperança, solidariedade, respeito, compreensão, detalhes imprescindíveis em momentos tão difíceis.

Daí a necessidade de ouvir antes de começar a conversar.

Ligar-se atentamente ao que está sendo dito;
procurar "ler" nos gestos, trejeitos, tom de voz;
unir-se aos amigos Espirituais com toda atenção centralizada para sentir onde o Espírito está detido, em que ponto e sob que dor parou.

Quando acontecer o momento propício, ir conversando em cima das colocações feitas pelo Espírito.
Tratar essa realidade com afecto, bom ânimo, com respeito ao seu livre-arbítrio.


Sem esses cuidados básicos corre-se o risco de impor, sugestionar, condicionando-o a aceitar cominhos indicados que aumentar-lhe-ão o conflito, leva-lo-á a decepções maiores ou a enganar, dizendo-se bem, que aceita, concorda, apenas para ver-se livre da avalanche verbal com que se vê bombardeado.

Ao ouvir, ter presente alguns itens necessários e de direito à qualquer um:

* respeito pelas ideias aventadas, não teimando, impondo, criticando, ameaçando ou insistindo para que largue tudo, abra mão do que pensa e mude como num passe de mágica.

* atenção - aplicação cuidadosa da educação; delicadeza, cortesia, na firmeza serena de quem confia.

* compreensão, entendimento, capacidade de perceber o conflito.
Imaginar-se na situação do outro, entendendo sem críticas o porque daquelas atitudes.

* afeição - sentir realmente amizade, desejo de ajudar, de que aquele Espírito sinta que não está sozinho, de que há possibilidade de mudar, entender, buscar soluções que esclareçam e apaziguem esse mundo íntimo em chamas.


O clima estabelecido abre espaço para o diálogo, mesmo em campos opostos do pensar.
O Espírito fala das suas decepções, desejos.
Sai da retaguarda ostensiva, prevenido porque sentiu que não vai ser julgado, preso ou forçado a tomar atitudes, que no momento, não quer.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 22, 2011 9:17 pm

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Para isso, não aconselhá-lo a agir desta ou daquela forma, mas levá-lo a pensar, por exemplo - dentro dessa situação vivida pelo senhor(a) por que se decidiu por tal atitude?
o que sentia no momento?
o que lhe trouxe de bom? e de ruim?
será que o senhor(a) conhece todos os detalhes do facto acontecido?
etc., etc., etc.

Podemos, nessa conversa amiga, inverter os papeis, perguntando-lhe o que seria mais lógico em termos de providências, levá-lo a achar respostas, a reflectir sobre opções.

Outras vezes, faz-se raciocínios paralelos com desfecho melhor para todos, avaliando com ele as providências tomadas, os resultados alcançados.

Enfim, se tivermos nos preparado, ligados aos dirigentes do trabalho, ideias surgirão, com tal riqueza e certeza, que mais tarde nos surpreendemos na condução dada ao caso, justamente porque encadeou-se na mente tal lógica, que sabemos, sozinhos, não teríamos condição para tal.

Não perder de vista que o diálogo estabelecido leva o ideal de despertar para uma atitude, levando-o a formar sua própria opinião, decidir no caso de sua vontade.

Ainda, nada acontece de repente - ele precisa de tempo para absorver, trabalhar todo um bloco de sentimento ou raciocínios, novos para ele.

Até que se decida, muitos altos e baixos acontecerão. Portanto, não ter pressa, não exigir ou ficar aflito por resultados, pedir a palavra ao Espírito de que fará isto ou aquilo, no compromisso de que dali para a frente estará totalmente mudado, etc., etc.

Tal como o semeador da parábola de Jesus, a bênção do trabalho oferece ao trabalhador oportunidade para que semeie a melhor semente, não dando porém, direito à colheita, e, a ver ou exigir resultados.

É um trabalho sobretudo, de amor, de doação onde o importante é esse oferecimento do melhor.

Em "Espiritismo e Exercício Mediúnico", o Espírito Marina Fidelis dita página altamente oportuna.

Diz ela:
"O médium de um modo geral e o esclarecedor em especial devem ter:
* (...) consciência crítica da alta responsabilidade de orientar o próximo sem tirar-lhe a liberdade,
* de educar sem constranger

* de falar de amor exemplificando
* de ajudar e agenciar a caridade sem humilhar
* de ensinar com responsabilidade

* de aconselhar sem anular o livre-arbítrio
* de ser útil sem se sentir indispensável
* de participar dos padrões materiais sem descurar dos princípios espirituais

* de ser humilde sem servilismo
* de acreditar sem imaginar que é dono da verdade
* de crer em Deus, no Evangelho do Cristo e na Doutrina dos Espíritos sem perder o raciocínio crítico."

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 22, 2011 9:17 pm

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2 - No trabalho mediúnico de socorro aos desencarnados: psicofonia ou psicografia?

O objectivo destes trabalhos, quer seja de pronto-socorro ou desobsessão, é o socorro, a ajuda que chegará através dos encaminhamentos ou ponderações havidas das conclusões, pensamentos que suscitem no Espírito do aceitar, desejar ou não mudanças, como direito que lhe cabe como entidade livre e responsável.

Nestes casos, a mediunidade que melhor se presta a essas finalidades, é a psicofonia.

O diálogo estabelecido no clima e nas condições estudadas constitui-se na essência da tarefa.

Dificilmente essa palavra directa, viva, envolvente, contagiante, pelo teor vibratório do qual está impregnada, poderá ser substituída sem perda considerável para a eficácia do processo.

Mesmo quando são trazidos Espíritos que não conseguem se expressar (pelos motivos mais variados) a palavra tranquilizadora, o ambiente balsâmico acalma-o.

Ele sente, ouve o atendente tranquilo falar da ajuda que já o envolve, do tratamento que está sendo ministrado, da confiança que pode ter onde ninguém irá maltratá-lo, que está entre pessoas que irão cuidar dele, etc., etc.

Se em casos extremíssimos se usasse a psicografia o atendente falaria e o Espírito escreveria, responderia por escrito, experiência lenta, cansativa, fria, reforçando que neste tipo de trabalho nada substitui a palavra falada.

É através dela sobremodo, que passamos e sentimos as reacções que se processam onde o manifestante deixa perceber sua personalidade, seus cacoetes, seu estado de irritação ou serenidade, ironias, vacilações, sinceridade, emoções enfim.

3 - Relacionamento médium-doutrinador

Como vimos no estudo anterior os cuidados de inter-relacionamento do grupo na harmonia do ideal comum de amar e servir, é requisito comum a todos os componentes.

O relacionamento entre médium e doutrinador não foge a isso.
Pela natureza íntima, pela proximidade de ambos num trabalho coloquial diríamos assim, há que haver sintonia impecável, correcta.

Devem estimar-se, respeitar-se sem servilismo, fanatismo ou preferências, sem temores, prevenções ou reservas íntimas.

Faltando tal clima, o campo se instabiliza, provocando abalos, prevenções no Espírito comunicante, que usará do instrumental psíquico com as reservas que encontra no médium.

Se as relações forem de restrição, desconfiança, hostilidade, a tarefa será dificultada, com limitações para todos.

No caso contrário, em clima de afecto e respeito, o ímpeto às vezes violento ou agressivo daquele que está sendo trazido, se atenua ou se vê contido pelo campo próprio, fraterno que, pelo simples facto de existir, abre espaço que lhe arrefece os impulsos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 22, 2011 9:18 pm

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Afora isso, o médium terá cuidado de falar em tom audível, não tão baixo que force o atendente aproximar-se muito pela dificuldade em ouvir.

Manter-se distâncias convenientes indicadas pela boa educação.

Quanto ao doutrinador, caso o Espírito chegue violento, agressivo e o médium se exceda na exteriorização, cabe-lhe, educada e firmemente convidá-lo a que fale mais baixo, etc., etc., etc.

4 - Mal-estar antes do trabalho
- é possível que tal se dê, que o médium ou demais participantes se envolvam em sintomas que leva ao deixar de ir ao trabalho.

Atenção na análise dessas situações - quase sempre está havendo a projecção das vibrações de Espíritos coléricos, angustiados que alcançam o médium (às vezes invigilante) com suas vibrações depressivas.

Outras vezes, a chegada de um amigo, o choro de uma criança, a chuva, o frio, o carinho de alguém provocando dó de sair, incidentes que visam afastar o trabalhador.

Instantes após o início do trabalho no Centro, tudo se asserena - o amigo rapidamente vai embora, a criança se distrai, a chuva diminui porém, naquele dia/noite um obreiro a menos nos aprendizados do amor.

5 - Quando o Espírito diz que fará isto ou aquilo em relação a familiares, ao próprio médium - ou outras situações, não se envolver em temores infundados.
Sofremos apenas naquilo que faz parte das nossas necessidade espirituais ou que provocamos e não em decorrência do trabalho de desobsessão.

A todos os trabalhadores lembrar que o trabalho se desdobra nos dois planos da vida, vinte e quatro horas e não apenas naquela hora e meia.

Desde a noite anterior ao deitar, ligar-se mentalmente ao grupo, dispor-se a ser preparado pelos Amigos Espirituais, estudar, aprender, conhecer os casos.

Acordar bem, trabalhar, fazer do dia com suas ocupações também um preparo, para oferecendo o melhor de si, produzir mais, auxiliar, doar-se para que o outro fique melhor.

Livros consultados:

* Miranda, H. Correia - Diálogo com as Sombras
* Fideles, Maria - Esp. - SBEE - Espiritismo e Exercício Mediúnico - Cap. XI - 61


VII - O trabalho mediúnico II

1 - Encaminhamento para o encerramento

Assim como as sessões têm hora para começar naqueles cuidados normais de:

* chegar antes
* manter-se em estudo
* fechar a porta alguns instantes antes do início não permitindo a presença de estranhos


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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 23, 2011 9:53 pm

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Também há o momento próprio para encerrar, bem como alguns cuidados, voltados a um trabalho que na realidade, não se encerra na marcação dos ponteiros, mas prossegue diuturno dos tratamentos sempre a requerer providências, cuidados, energias, fluidos, boa vontade, amor sem barreiras.

Para isso, mais ou menos, cinco minutos antes da hora convencionada para o final, pode-se delicadamente, tocar os médiuns e eles entenderão esse sinal, como indicativo para que desconcentrem ou então, mais prático seria ligar música suave que também funcionará como aviso, fechando assim o campo psíquico antes receptivo.

Nesse processo, entra todo o grupo em ritmo vibratório para os encaminhamentos que se seguirão.

Há necessidade imperiosa de respeito ao horário, que sem ser rígido, a ponto de se interromper comunicações que estão acontecendo, numa variante onde minutos a mais, podem ser perfeitamente aceitos.

Por que tais cuidados?

Todo trabalho mediúnico, nesse sentido que estamos estudando é assistido pela equipe do lado de lá.
Esgotado o prazo combinado eles (assim como os encarnados) têm que se retirar.
Outros compromissos, tarefas inadiáveis os aguardam em outros locais frente a outras situações.

Tal ausência significa que o ambiente espiritual fica desguarnecido, enfraquecido nos seus mecanismos de segurança.
Espíritos turbulentos, conhecedores dessa mecânica procuram infiltrar-se, aproveitando para provocar distúrbios ou levar alguma aflição ao grupo.

Não é entretanto só por essa possível acção que se deve manter horários.

Sobretudo é também respeito a um trabalho de equipe, que envolve dois planos, onde encarnados e desencarnados tem compromissos e responsabilidades outras.

Desse modo, no tempo aprazado, verificando-se que todos estão bem com as vibrações e a prece, encerra-se a parte ostensiva da reunião propriamente dita.

É hora agora da Avaliação, que é feita após cada trabalho e precisa ser útil a todos.

Daí a necessidade de ser trazida às reflexões, pontos que realmente enriqueçam, esclareçam pelas lições implícitas, pelos ensinamentos contidos.

É o momento de se analisar como o trabalho se desenvolveu - por exemplo - quem conversa com o Espírito, sentiu não ter conseguido encaminhar a melhor reflexão ou percebido algum detalhe.

O médium, pode ter sentido que o atendente deixou passar esta ou aquela situação que seria o ponto alto para atender à necessidade do companheiro e que o teria conseguido, se dirigisse a conversa nesta ou naquela direcção.

O tempo da Avaliação é para esse esclarecimento que significa fortalecimento e aprendizado para todos.
O clima há que ser mantido em serenidade, interesse e contar com a participação de todos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 23, 2011 9:53 pm

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Ressalte-se que não se dedica esse espaço para comentar o enredo dos dramas atendidos - reciprocamente está se procurando uma melhor forma de trabalhar, analisando desempenhos para aprendizado do todo.

E se houver algum caso muito interessante, não poderá de modo algum ser analisado no grupo?

Sem dúvida haverá situações onde se apresentam lições inusitadas.

Necessitam ser colocados ao grupo para que se perceba outras reacções contidas em acções aparentemente normais, com desfechos e consequências que fogem ao corriqueiro.

Esse é o momento dos comentários, que entretanto não se configuram como usuais, não acontecem todos os dias.

Seria de bom tom, que o atendente, ao se defrontar com um caso destes, antes de despedir-se do Espírito atendido, peça-lhe licença para torná-lo público ao grupo o seu caso, explicando-lhe o porque, o estudo que será feito, as lições passíveis naquela experiência o quanto poderá servir para todos.

Porquê isso?

Basta que nos coloquemos no lugar do Espírito e teremos a resposta:
será que gostaríamos de ver nossos problemas confiados a alguém, no auge do desespero e dor, ser comentado sem nosso assentimento sem entender porquê?

Não esquecer ainda que ao contar esses casos, os Espíritos atendidos ainda ali permanecem ou estão sendo retirados do recinto.
Seria desastroso presenciarem, ouvirem seus dramas expostos sem entender o objectivo.

Repercutiria nele como leviandade, abuso de uma confiança, aproveitamento de uma situação que para ele foi significativa e que agora o confunde.

Sente revolta, dissonância entre as palavras de incentivo, compreensão e amor fraterno que antes lhe foram oferecidas e a situação de comentário que agora não entende.

Em qualquer dos casos, porém, a Avaliação visa crescimento, é rápida, não polemiza ou se prolonga avançando no tempo.

2 - A sala mediúnica, o retorno ao lar - o trabalho que prossegue

O ideal seria ter-se local só para ser usado para as reuniões mediúnicas.
Dado ao clima que aí é mantido, Espíritos permanecem em tratamento ou repouso.

Dificilmente encontraremos essa disponibilidade de local específico.

Daí porque nas salas do Centro onde habitualmente se realizam as sessões tem-se o cuidado de evitar reuniões sociais, conversas descuidadas, mantendo-se ou usando esses locais para atividades nobres, estudos, leituras, etc., nessa preocupação de manter elevado o teor vibratório do ambiente, preservando-o em favor dos desencarnados que aí permanecem, não interferindo na protecção magnética mantida pelos Amigos Espirituais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 23, 2011 9:54 pm

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Terminado o trabalho, rápida e silenciosamente todos colaboram para as providências usuais do restabelecimento da ordem (cadeiras no lugar - janelas fechadas - luzes apagadas - copinhos no lixo - mesa limpa - chão sem papeis enfim, tudo preparado como se imediatamente outra actividade fosse começar).

Há entre os companheiros felicidade, alegria por mais uma oportunidade no Bem, no grupo que se estima, na atmosfera reconfortante em que se envolvem, entretanto, as vozes são discretas, pela consciência que se tem, de que várias e desconhecidas providências ali continuam se desenvolvendo.

Ao sair, sem a formação de grupinhos na porta do Centro, retorna-se rapidamente ao lar.

O trabalho, na parte espiritual prossegue e se estivermos interessados, nos dispusermos, durante o sono físico, o Espírito emancipado pode juntar-se à equipe espiritual para continuação dos trabalhos ou preparo de futuras tarefas.

No novo dia que surge, no tempo que intermedia até o próximo trabalho, vive-se nesse clima de tranqüilo cuidado.

Inúmeros Espíritos em tratamento ou em processos pessoais investigativos contam que acompanham os participantes dos trabalhos mediúnicos para testar, verificar a boa vontade, a sinceridade daqueles que o atenderam, que com ele conversaram, se praticam o que dizem.

É possível que outros enfurecidos, pelo que classificam como intromissão procurem envolver, caso sejam oferecidas brechas causadas pelos impulsos da cólera, maledicência, impaciências, etc., etc.

Atenção para perceber quando algum desses sinais cruzem o mundo mental desestabilizando-o.

É momento de parar, pensar, orar, mudar o padrão, a onda, a ligação.

Certamente no próximo encontro cobrarão providências percebidas ou não, situação essa talvez mais significativa para eles próprios que confiando, sentem-se atraídos para o espírito de renovação e luta sentidos naquele que um dia se dispôs oferecer-lhe atenção.

Tal consciência não visa tornar o trabalhador da sessão mediúnica em alienado do contexto da vida, ser a parte em incómodas manias ou o desagradável "perfeito" incapaz de errar.

Não, significa estar alerta para recompor tão logo se permita, entre ou se perceba em faixas de desequilíbrio

"Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar a fenomenologia, mas sejamos fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o coração inflamado na fé viva".

Bibliografia

* Emmanuel, Vinha de Luz - lição 24


VIII - Perguntas I

1 - Como entender a expressão "desenvolver Mediunidade?

O termo "desenvolver" significa:

* aumentar
* ampliar
* fazer progredir

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 23, 2011 9:55 pm

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* crescer, sentido que no desempenho mediúnico referencia edificar, construir, usar, torna a Mediunidade digna, elevada constituindo-se em trabalho que necessita aliar-se ao estudo, ao conhecimento, à perseverança no espaço e no tempo a fim de que a faculdade se amplie em perfeita harmonia.[/i]

Desenvolvimento mediúnico na realidade é educação;
educação mediúnica, onde o médium aprende a controlar, seleccionar, dirigir suas relações espirituais;
ampliar, dinamizar seu potencial transformando-se no bom médium, que não precisa ser pessoa extraordinária mas apenas proceder na vida como o "homem de bem" para "domar suas más inclinações".


2 - Mediunidade depende da moral?

Não.
Em si, como faculdade, mediunidade não depende do fator moral.
Pessoas dignas, indignas a possuem.

É faculdade orgânica como por exemplo, a vista, a eloquência que a possuem malfeitores ou não, e que podem usá-las para o bem ou mal.

Sob o ponto de vista espiritual no sentido que até então temos estudado, moral é indispensável uma vez que os campos mentais elevados serão atraídos ou oferecer-se-á sintonia a mentes boas ou melhores através das características do homem moralizado.

Na busca dos factores morais da abnegação, desinteresse, humildade, seriedade, paciência, perseverança, bondade, estudo, trabalho, etc., etc. estabelece-se essa ligação com esses Irmãos Maiores.

Ainda, o homem moralizado subtiliza, por essa busca constante, seu pensamento no melhor e assim aguça as percepções mediúnicas, levando-o a maior demonstração de serviço de acordo com suas disposições individuais.

3 - Como entender a expressão "bom médium"?

Bom médium é aquele que agrega em si características essenciais a se reflectirem sob várias formas.

Assim: materiais - há que ser pessoa estudiosa - uma vez que o processo mediúnico acontece de pensamento a pensamento, mente a mente;
quanto mais aquisições mentais em termos de vida actual (consciente) e passada (inconsciente) tiver, mais apto se coloca para compreender a ideia do Espírito, que de preferência, desses médiuns se serve, uma vez que a comunicação se torna mais fácil, do que através de um médium preguiçoso, limitado e sem conhecimento.

Há que ser sério não querendo significar triste e sim o contrário de leviano.

Servir-se-á da sua faculdade só para fins verdadeiramente úteis.
Jamais a utilizará para futilidades, satisfazer curiosos, indiferentes ou provar o que quer que seja.

Há que ser modesto, isto é, não se atribuirá mérito pelas comunicações que receba ou efeitos que cause.
Não se julga a salva de mistificações e procura, pede, aceita avaliação nesse sentido em relação ao seu trabalho.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 23, 2011 9:55 pm

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É devotado, perseverante, sabe que tem um compromisso e assim prepara-se constantemente não falta ao trabalho, é responsável.
Abre mão com prazer, de alguns hábitos visando o bem do outro.
É seguro embora humilde, tem certeza da natureza dos Espíritos que o assistem e assim entrega-se confiante ao trabalho.

Sabe que o maior inimigo do médium está nele mesmo, assim evita o personalismo, a ambição, a rebeldia pois sabe que esses aspectos abrem ou levam a campos improdutivos.

Ainda desfrutará de condições físicas livres de enfermidades ou desequilíbrio orgânico.

Além desses cuidados pessoais, há que ter virtudes, isso é buscar a prática do bem, uma vez que os bons Espíritos precisam desses pontos com os quais sintonizam com o médium.

Assim as qualidades propiciadoras desse campo atractivo seriam a bondade, benevolência, simplicidade de coração, amor ao próximo, desprendimento das causas materiais, etc., etc.

Os defeitos que os afastariam, abrindo pelo mesmo processo campo às entidades das sombras seriam:
o orgulho, egoísmo, inveja, ciúme, ódio, cupidez, sensualidade e demais sentimentos que escravizam o homem à matéria.

4 - Por que a recomendação de que as sessões mediúnicas não podem ser de portas abertas?

Seria lícito fazer funcionar um laboratório de Química diante de pessoas irresponsáveis como desconhecedoras da reacções das substâncias que estão nas provetas e retortas?

Seria lícito o atendimento de pessoas problematizadas diante do olhar curioso da massa?

Justificar-se-ia conduzir o leigo e desinformado a uma tarefa de profundidade sem ministra-lhe o mínimo de esclarecimento?


A sessão mediúnica é actividade de grande envergadura que exige de seus membros recolhimento e concentração.

Ter as portas abertas para o público em geral, segundo os postulados kardecistas é agir com leviandade e desconsideração pela qualidade do trabalho, transformando o cometimento de alta envergadura no espectáculo curioso das pessoas frívolas, porque se há de compreender que aqueles que vêm a uma sessão espírita pela primeira vez, ou sem o espírito do trabalho em si, não o fazem com unção e respeito porque nem sabem do que se trata, buscam antes o espetáculo, o miraculoso, o sobrenatural, o recado, o imediato.

Daí a necessidade do conhecer, do aprender, do entender o significado e a magnitude da experiência que vão viver, para que saibam preparar-se e conduzir-se durante seu desenvolvimento.

Antes da Codificação, quando as reuniões eram frívolas e as entidades vinham para divertimento das reuniões que se faziam com carácter social, portas eram abertas e todos participavam no ambiente de irresponsabilidade e frivolidade e até diversão.

Desde que a Doutrina foi apresentada e "O Livro dos Médiuns" publicado, surgiram as técnicas e a ética de como lidar com o fenómeno.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 24, 2011 9:50 pm

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No capítulo XXIII consta que "(...) um dos maiores escolhos à prática do Espiritismo é a mediunidade por causa das obsessões", chamando atenção para as actividades com os desencarnados realizadas em ambientes frívolos com pessoas irresponsáveis ou desconhecedoras e que caminham para consequências obsessivas geradoras de dependências no desrespeito a essas mesmas entidades e actividades, já que não se pode pedir a pessoas que desconhecem um comportamento compatível com a grandeza da tarefa que se desenvolve.

5 - O que dizer do pensamento de alguns espíritas que acreditam que as reuniões mediúnicas devem servir para atrair pessoas ao Espiritismo?

Voltamos ao engodo.

Sessão mediúnica é uma terapêutica, sua finalidade é a iluminação, não a satisfação da curiosidade ou divertimento, mesmo porque o frívolo jamais será atraído pela seriedade do cometimento, exigindo sempre mais.

Pudesse a sessão mediúnica atrair pessoas ao Espiritismo, todos aqueles que investigaram médiuns, ter-se-iam tornado espíritas, o que não se deu.

Charles Richet prémio Nobel de Fisiologia, uma das notáveis culturas do século IXX, estudou quarenta anos os médiuns e desencarnou sem acreditar na comunicação dos Espíritos.

Encontrou sempre mecanismos de evasão para justificar o fenómeno, negando-o inclusive.
Na sua grande obra "Metapsíquica humana", em nenhuma vez cita a palavra Espírito.

Criou inclusive hipóteses absurdas como por exemplo em que nos fenómenos da materialização, os médiuns ingeriam antes metros de tule e depois por regurgitação eliminavam para fazer com que esses véus flutuassem no ar.

Um cientista do talhe de Richet - esquecido dos sucos gástricos e que se esses tecidos viessem do estômago teriam que vir húmidos e com odores característicos das substâncias encarregadas da digestão.

Os médiuns eram examinados em todos os seus orifícios naturais.
Aplicavam-se-lhes purgativos e vomitórios para provar que eles nada traziam no organismo e nem assim Richet se tornou espírita.

A sessão mediúnica não pode ser usada para atrair público.

É necessário critério nas realizações de natureza mediúnica para que não se exponha a mediunidade como espectáculo.
Preparemos as pessoas para que elas possam fazer uma análise cultural, científica do fenómeno.
Aquele que persegue o fenómeno raramente se torna espírita - o fenómeno pelo fenómeno cada vez exige mais - amanhã quer um acontecimento mais evidente, depois mais impactante e por fim que o absurdo porque a novidade de hoje será a monotonia de amanhã e o facto deslumbrante de agora o cansaço de mais tarde.

Lembrar ainda que a mediunidade não é objeto da Doutrina Espírita - a meta desta é criar um nova mentalidade, promover o homem, torná-lo responsável, cidadão nobre, justo, que luta contra suas imperfeições no sentido de renovando-se, desenvolver seu potencial perfectível.

6 - Como entender os grupos mediúnicos que não analisam nem avaliam os resultados dos seus trabalhos?

Que os trabalhos e os resultados estão sempre sob suspeição, porque se não houver intercâmbio honesto entre os dirigentes e os médiuns, os doutrinadores e os médiuns enfim, um diálogo franco, uma análise honesta das comunicações e da actuação dos participantes, o trabalho perde sua estrutura comportamental, os médiuns se envolvem em melindres, os doutrinadores em susceptibilidades não aprendendo a trabalhar com lealdade e sobretudo com espírito de cooperação.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 24, 2011 9:51 pm

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Todas as tarefas necessitam comentários, avaliação inclusive na área do intercâmbio mediúnico onde o médium precisa ter a honestidade de em terminando o trabalho, colocar:
— Naquela comunicação o companheiro não percebeu bem a necessidade do Espírito uma vez que ele queria dizer tal coisa e não aquilo que você supôs.

O doutrinador por sua vez, também precisa desse clima aberto para dizer ao médium:
Naquela determinada comunicação houve desequilíbrio de sua parte ou na forma de falar / ou nos gestos violentos / ou no barulho feito etc., etc.

E em qualquer comentário feito não se ofender uma vez que todos procuram melhor forma para trabalhar, servir de modo mais eficiente onde o amor encontre campo livre e aberto para expandir-se levando esperanças, certeza, possibilidade.

A realidade dosada com amor só pode ajudar.
É necessário se faça avaliação das actividades mediúnicas e que não fiquemos inimigos dos companheiros.

Seja o comentário procedente ou não, é pelo diálogo que se esclarecem as situações ficando sempre a advertência à vigilância, para que não fiquemos vaidosos, nem presunçosos, nem nos achemos donos da verdade.

Bibliografia consultada para a série:

* Kardec, A. - O Livro dos Espíritos
* O Livro dos Médiuns
* A Génese
* Obras Póstumas


* Franco, Divaldo P. - Colecção de fitas K7 - Entrevista - O Centro Espírita
* Pires, J. Herculano - O Centro Espírita / Mediunidade
* VERDADE E LUZ - Estudando Kardec
- janeiro a agosto/1998 (bibliografia constante)

* Emmanuel - Pensamento e Vida - 2 - 26
* Pão Nosso - 44 - 110
* Religião dos Espíritos - 59
* Caminho, Verdade e Vida - 153
* Consolador - 98 -99

* Luiz, André - F. C. Xavier - Mecanismos da Mediunidade
* Nos Domínios da Mediunidade


* Miranda, H. C. - Diversidade dos Carismas - Vol. 1 e 2
* Denis, Léon - No Invisível
* Delanne, Gabriel - O Fenómeno Espírita

* Autores Diversos
- Projecto Manoel Philomeno de Miranda - Vol. 1 - 2 e 3

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)


IX - Perguntas II

7 - Deve-se fazer estudo da mediunidade nas sessões mediúnicas?

A finalidade da sessão mediúnica é a prática da mediunidade no intercâmbio do Amor com os companheiros desencarnados.

As reuniões de estudo normais não só de Mediunidade como de Doutrina de um modo geral teriam seu dia determinado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 24, 2011 9:52 pm

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Como antecipação da sessão mediúnica leituras evangélicas leves, que predisponham aqueles que irão participar do trabalho mediúnico ao relax que atenua o cansaço do dia e plasma na mente dos participantes e no ambiente de trabalho, as vibrações, o perfume consolador do Evangelho de Jesus.

Essa seria uma situação ideal - um dia para estudar Mediunidade, outro dia para o trabalho mediúnico.
Pela impossibilidade porém, de reunir o grupo em dois dias diferentes é preferível que antes da sessão em si, se reserve um tempo para o estudo da mediunidade e após a leitura do texto evangélico, e o doar-se no trabalho de amor aos companheiros ali trazidos.
(vide estudo V)

8 - O que pensar dos médiuns que se repetem ao longo do tempo em suas comunicações de natureza improdutiva?
Como diferenciar o processo anímico do mediúnico e qual a correlação entre os dois?


Os médiuns que se repetem ao longo do tempo em suas comunicações de natureza improdutiva muitas vezes estão envolvidos com fenómenos animistas ou viciações da própria Mediunidade.

No exercício deste, aplicar todo o bom senso e cuidados possíveis.
Em "O Livro dos Médiuns" Allan Kardec esclarece que "(...) todos somos Médiuns", não querendo isto dizer que todos temos tarefas específicas nesse campo.

Na área da Mediunidade há as várias funções, desde as tarefas específicas às auxiliares.

Há aqueles em que a Mediunidade pode aflorar em épocas mais avançadas, para, por assim dizer, completar suas aquisições de conhecimento, aformosear sua vida espiritual, uma vez que a Mediunidade nos faculta uma ponte com o mundo transcendente e chega num momento em que abre, facilita espaço para o embelezamento dos nossos valores ético-espirituais ensejando-nos uma visão mais dilatada da vida.

O médium que durante um período se observa e vê que não realiza maiores progressos, as manifestações mais ou menos sempre as mesmas, controle essas exteriorizações e passe a colaborar com a mediunidade da caridade, com a mediunidade do socorro pela prece, com participação na área da ajuda dos que estão exercendo a vivência do amor em outras áreas.

A sessão propriamente dita é resultado do grupo de indivíduos activos e passivos.
Manter-se constante atenção, investigação, na vigilância que possibilita perceber se os sintomas estão se exacerbando ou permanecem estáveis.

Há casos em que durante vinte anos o "médium" permanece sentado à mesa sem nada receber ou só evidenciam suspiros, soluços, gemidos.

Colocadas ali afoitamente pelo dirigente da casa ou do trabalho, recusam-se a afastar-se, colaborando de outros modos, impedindo-se de perceber, abrir-se para outros ângulos de um mesmo trabalho.

Aqueles que se encontrem nessa característica, deixem a mesa e se coloquem a serviço do conjunto.
Que na análise honesta, se aprofundem, se esforcem para o efeito mediúnico ou liberem-se dele.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 24, 2011 9:53 pm

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Por outro lado, há na literatura espírita o caso de um médium polonês, que aos setenta e oito anos, de repente, começou a exercer a mediunidade e até os oitenta e dois anos escreveu trinta maravilhosos livros mediúnicos.

A Mediunidade tem dessas coisas, por isso é necessário bom senso.
Atenção sempre, cuidado para não entrar em faixas radicais, extremas, mas ligado, analisar o que está se encandeando, acontecendo ou sucedendo.

Quanto ao Animismo, palavra criada pelo sábio russo Alexandre Aksakof, quer ela significar:
fenómenos que procedem do próprio indivíduo.

Explica em seus livros (Animismo e Espiritismo vol. 1 e 2) ser difícil estabelecer a fronteira onde termina o animismo e começa o fenómeno mediúnico ou vice-versa.
Entretanto o médium, se estiver atento, interessado e vigilante, poderá ele próprio aquilatar numa avaliação íntima o que passou de si, de seu mundo pessoal, de seus dramas e aflições.

Da mesma forma, o atendente, se também se mantiver alerta, conhecer e conviver com o médium.
Lembrar que todos temos fixações, vícios de linguagem, exteriorizamos características que nos identificam.

Quando no fenômeno mediúnico esses aspectos se fizerem ostensivos, repetitivos, exaustivos, o fenómeno é mais anímico que mediúnico.

Quando os estertores, as pancadas, a forma barulhenta ou grosseira, se repetir em grande proporção o fenómeno pode ser mais anímico que mediúnico, decorrente da falta de conhecimento ou educação mediúnica do médium.

Quando no fenómeno ocorrerem ideias que não são comuns ao médium, encadeadas sem a contribuição do raciocínio, chegando as idéias prontas é mediúnico, porque não foi resultado de uma elucubração, de um trabalho da personalidade do sensitivo.

Essa é a regra, a teoria onde só o equilíbrio de cada um, a convivência do grupo ligado aos ideais maiores do servir com Jesus, o trabalho atento dos doutrinadores, do coordenador do grupo, a honestidade reinante entre todos é que irá, nas avaliações constantes que são feitas, dimensionar quando o fenómeno é anímico, quando o fenómeno é mediúnico.

9 - Como entender e lidar com o animismo?

Animismo, já vimos que é o conjunto de fenómenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente do médium em acção.

Podem ocorrer em relação aos efeitos físicos ou efeitos intelectuais onde a própria Inteligência encarnada comanda manifestações ou delas participa, numa demonstração de que o perispírito pode desdobrar-se e actuar com seus recursos e implementos característicos, fora do corpo físico.

Seres em desenvolvimento para vida eterna, encarnados e desencarnados guardam consigo, quer no plano físico ou extra-físico as faculdades adquiridas, tem todos os meios de que já se muniu para continuar seu trabalho de aperfeiçoamento.

Recordado isso fica mais fácil entender que as criaturas na Terra partilham, até certo ponto, dos sentidos que caracterizam, a criatura desencarnada e consegue muitas vezes, desenfaixar-se do corpo denso e proceder como a Inteligência desprendida do corpo físico ou ainda obedecer aos ditames dos Espíritos desencarnados como agente mais ou menos fiel de seus desejos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 24, 2011 9:53 pm

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É possível portanto cair a mente nos estados anormais de sentido inferior dominado por forças do passado que a imobilizam, temporariamente em atitudes estranhas ou indesejáveis levando a certos tipos de recordação segundo os compromissos cármicos a que se acham presas.

Frequentemente companheiros nessa modalidade de provação regeneradora são encontráveis nas sessões mediúnicas, mergulhados em complexos estados emotivos, dando até impressão que personificam outras entidades, quando na realidade exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência o campo mental em que viveram noutras épocas, sob o fascínio dos desencarnados que as subjugam.

Nessas ocorrências não poderá faltar a paciência e o carinho.

As vítimas desse processo não podem ser rotuladas de mistificadores inconscientes, pois representam de facto, agentes desencarnados a eles jungidos por teias fluídicas de significativa expressão.

São estes Espíritos encarnados sofredores ou conturbados idênticos aos desencarnados que se manifestam a requerer esclarecimento e socorro, amparo espontâneo e auxílio fraterno onde reajustarão as ondas mentais, cuidados estes que se estenderão aos companheiros do pretérito operando reconstituição de novos caminhos.

Nesse entendimento, nas reflexões, ponderações em torno da oportunidade de tais situações, acolher os companheiros ainda hipnotizados por forças que, a distância, ainda os comandam, como reflexos condicionados que, com a ajuda devida abrem-se a total capacidade de superação.

A tarefa espírita, que para o encarnado como para o desencarnado é contribuir para aperfeiçoamento e renovação dos impulsos mentais, onde através da educação e do amor aconteça o entendimento, o amparo, a superação, recuperando-se o companheiro à atividade livre para a sementeira de luz.

Bibliografia constante no estudo VIII.

Acresça-se:

* Missionários da Luz - André Luiz, cap. II
* Animismo e Espiritismo, vol. 1 e 2. A. Aksakof
* Mecanismos da Mediunidade - André Luiz - XXIII


X - Perguntas III

10 - O que dizer do comportamento dos dirigentes que levam pessoas obsediadas diretamente às reuniões mediúnicas para tratamento?

É comportamento leviano de grande desrespeito pelo doente.

Há em nosso Movimento um aspecto que, mesmo desagradando é necessário que se aborde.

É que diante de qualquer patologia o aventureiro do Espiritismo vê logo uma Mediunidade para desenvolver ou uma obsessão em curso.

A incidência de tal dogmatismo é chocante e generaliza-se a prejuízo do bom nome do Espiritismo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 25, 2011 9:25 pm

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Alguém, digamos vê seu marido/esposa/mãe ou filho desencarnar, às vezes através de um acidente, de uma tragédia.

É natural acontecer aí um trauma e a pessoa pode perfeitamente entrar num estado depressivo, num abalo nervoso, na saudade intensa, no desejo de consumir-se, de morrer, de apagar-se e que pode por sua intensidade caminhar para quadro patológico.

Só quem passou pode avaliar a crueza do drama.
O apressado olha é diz:
— É uma obsessão!

Como, com que instrumento poder-se-ia penetrar os arcanos da vida espiritual para diagnosticar com tal facilidade?

E isso continua - encontra na rua, no ponto de ónibus olha e logo diz:
— Unh! você está carregado!
Estou sentindo;
estou todo arrepiado!
e dizemos isso inadvertidamente sem nos preocuparmos com as impressões e medos que despertamos no outro, no avaliado, por nossa "sabedoria", que se caracteriza como fraude consciente que precisamos analisar.

A lembrança sobre a delicadeza da faculdade da vidência.
Será que é o que estou vendo?
Não será a imaginação?
Meus conflitos aí se misturam?


Nossa mente é dotada de tal poder que não podemos desconsiderar enganos.
O Espiritismo é mais profundo no seu aspecto prático vivencial do que o intercâmbio com os desencarnados.

É possível sim que Espíritos de desencarnados se desdobrem, que pensamentos enviados sejam captados porque a Mediunidade é uma antena aberta.
Mas os problemas começam a surgir quando começam os diagnósticos quase sempre negativos onde em todos e em todo lugar se vê obsessão.

Divulga-se, fala-se do número de obsessores que estão acompanhando ou gerando os problemas disseminando com essa inquietação terrível nas almas que já vivem apavoradas na época do medo onde se tem medo de ter medo do medo.

Aí chega alguém e põe na nossa cabeça que estamos obsedados.
Imagine-se agora levar uma pessoa portadora de uma alienação, que especificamente não sabemos o que é.

Achamos que é Mediunidade - e se não for?
Achamos que é obsessão - e se não for?
E se for uma auto-obsessão?


Vamos supor que levemos a pessoa a uma sessão e que a problemática seja autêntico fenómeno de obsessão.

O médium entra em transe;
o obsessor incorpora e diz verdades para as quais nenhum de nós está preparado para ouvir.

O doente que está fragilizado, receptivo, assimila, sai dali mais apavorado e fixa seu pensamento naqueles que o obsessor quer.
Reforçados por essa ideia de que estão obsediados, pessoas podem chegar ao suicídio, exigindo imensa luta para lhes tirar a ideia dos quadros que lhe foram inadvertidamente passados.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 25, 2011 9:25 pm

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Aos "videntes" reais ou não, recomendar-se-ia que só vejam coisas boas.
Mesmo que se tivesse certeza da obsessão.

Você já está bem melhor!
Você já esteve pior
(e é verdade porque todos nós já estivemos pior um dia).

Acenemos a esperança e tenhamos cuidado com a cabeça dos outros.
Departamento mental é campo muito delicado.

Pessoas fixam às vezes uma palavra, uma frase e desencadeiam daí paranóia terrível.
Desse modo é de bom alvitre, é prudente, é melhor que não se leve o paciente.
Se temos muita certeza de que a pessoa está enferma deixemo-la em sua casa - os mentores é que fazem a conexão.

André Luiz em "Missionários da Luz" cap. II, ao estudar a epífise ou pineal e a importância dessa glândula na Mediunidade enfatiza, quando da frequência ou presença de pessoas perturbadas a um acto tão delicado e importante, os danos que podem ocorrer a personalidade psíquica, ao campo cerebral do ser e as dificuldades para os médiuns.

O trabalho é de amor - envolvamos o paciente, deixando-o em casa, vibremos, peçamos aos Espíritos responsáveis pelos trabalhos para que tomem as providências necessárias, inclusive se for caso e se eles acharem que assim deve ser, que tragam os obsessores para o atendimento fraterno, para a conversa amiga.
Disponhamo-nos a servir e aguardemos até o dia em que, como pessoa lúcida, em convalescença, ele também trabalhe na recuperação da própria saúde.

Sobretudo, a precaução, nessas conversas com o encarnado será de despertá-lo para moralização, meio seguro para que se liberte da obsessão.

Recordar, estudar com ele, mostrar-lhe a importância da vida moral, do pensamento ou da mudança do pensamento - por exemplo - uma pessoa que vive atormentada pelo sexo - só pensa, busca, procura, lê, conversa, assiste e pratica sexo - como ficará bom da obsessão se é já uma fixação mental?
Onde entra o obsessor?


Como inimigos hábeis, não nos atacam eles nas nossas fortalezas, mas sim nas fraquezas de carácter;
no caso, estimulam, sugerem aquilo que o indivíduo gosta.
Recordar-se aqui, a literatura grega com o calcanhar de Aquiles, o notável conquistador de Tróia, o guerreiro tão bem vestido que não oferecia condições a que alguma arma o atingisse até que, alguém observou que ao dar o passo, fazia-se espaço mínimo entre a armadura e seu calçado expondo o calcanhar.

Dirigindo para esse ponto, a flecha certeira mata Aquiles.

O paralelo se faz, no sentido de lembrar que todos temos "um calcanhar de Aquiles" e os companheiros espirituais que não gostam de nós, estimulam justamente aí, nesse ponto vulnerável.

Daí que a primeira preocupação do Centro Espírita, a primeira terapia para cura da obsessão é a transformação moral.

Poder-se-á dizer — mas não é fácil.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 25, 2011 9:26 pm

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Realmente não o é;
se fosse fácil não haveria obsediados.

Qualquer terapia na área das doenças mentais é muito complexa e requer muito cuidado, trabalhando-se com o doente para que ele se melhore não esquecendo, que mesmo que se apresente comportalmente alucinados, ele ouve, ele absorve, assimila o modo, a forma a que se falou com ele, o modo como foi tratado.

Ao recobrarem a lucidez recordam o que foi feito com ele porque rarissimamente há bloqueio da consciência (quase que só nos casos autistas).

Na maioria das vezes, o eu consciente está vigilante, só que não tem forças para controlar-se equilibradamente.

11 - Como entender a comunicação com Espíritos de outros planetas encarnados e desencarnados?

Allan Kardec recebeu mensagens de Espíritos que diziam habitar Marte, Júpiter, etc. descrevendo-lhes a forma de vida.
Aceita-se sim em Doutrina Espírita o intercâmbio interplanetário de entidades com alto poder psíquico.

O que generaliza no meio espírita é a crença de que Espíritos de outras galáxias estão vindo à Terra em corpo físico com os quais se apresentam e mantém contacto.

Reflictamos que essa área exige opiniões científicas, reservando-se à Ciência que opine a respeito como ensina a própria Codificação - "à Ciência cabe a tarefa de equacionar aquilo que não podemos explicar e quando a Ciência se posicionar, o Espiritismo aceitará."

Reflitamos por ora que se a informação procede de seres do Sistema Solar é possível aceitar-se Seres de outras galáxias se materializarem e realizarem fenômenos ditos interplanetários, difícil entender ou aceitar.

Considerando-se o termo Galáxia - a Via Láctea com duzentos biliões de sóis, portanto, de sistemas planetários onde avaliando-se dificuldades, problemas, etc., etc., etc., nenhum contacto ostensivo se fez como buscar outras galáxias?

O astrofísico inglês sir James Jeans faz reflexões seguintes:
considerando nossa galáxia como a roda de uma carruagem onde hipoteticamente tivéssemos colocado o sol - se partimos do ponto central com a velocidade da luz num bólido espacial chegaríamos a orla da Via Láctea daí a 25 séculos.

Ainda, se considerarmos nossa Via Láctea como a dimensão de espaço físico que medeia do extremo norte da América do Norte ao extremo sul da América do Sul a Terra seria, neste espaço, a ponta de um alfinete;
o sol a cabeça desse alfinete e o sistema solar teria a dimensão de pequena moeda.

O homem está começando a ensaiar passos para sair agora da cabeça do alfinete para girar em torno da moedinha.

Partindo do princípio, que haja sistemas muito mais velhos que o nosso (que tem apenas 2 biliões de anos fomentando a vida) é provável que em nossa galáxia outros seres já desenvolveram tecnologia mais avançada que a nossa e venham visitar-nos.

A hipótese, porém relativa a outras galáxias contradiz-se pelo absurdo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 25, 2011 9:26 pm

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Quando o telepata, portanto, projecta o símbolo maçã - o receptor capta o projectado e exprimir-se-á no seu vocabulário, na sua língua.

Os seres de outras galáxias possuem símbolos que nós não temos, desconhecemos, não possuímos os símbolos usados por eles impedindo parapsicologicamente a comunicação (para que haja comunicação é necessário haver o entendimento do que é falado/apresentado).

Seria o mesmo que irmos a uma tribo e tentarmos projectar na mente do índio, técnicas de cibernética ou computação que ele não tem a menor ideia para entender, assimilar ou explicar.

É impossível então?
Não podemos afirmar ser impossível - nossa simplicidade é que ainda nos limita.

Dizer estarem aí as naves espaciais em cujo bojo a nave-mãe traz 600 naves e os radares nada captam, a avançada ciência da astrofísica nada regista, dão origem às pseudo-ciências onde as afirmações de que são de outra galáxia e que médiuns mantém contacto, medram se expandem sem convencer.

Quanto a serem do nosso sistema ou ao redor de nós, apesar das dificuldades todas, com ressalvas, com cuidado e muito bom senso, até poderia se aceitar como possível.

Bibliografia constante no estudo VIII.

Acresça-se:

* Missionários da Luz - André Luiz, cap. II
* Animismo e Espiritismo, vol. 1 e 2. A. Aksakof
* Mecanismos da Mediunidade - André Luiz - XXIII


XI - Perguntas IV

12 - É possível encontrar contradições entre os Espíritos?
- Sim uma vez que eles não pensam da mesma forma.

Cada um tem uma bagagem, está num degrau evolutivo, de um modo que a apreciação sobre um mesmo ponto será variável.

Admitir todos pensando igual, seria imaginá-los em mesmo nível o que é impossível, uma vez que os Espíritos nada mais são do que a Humanidade desencarnada.

As comunicações terão o cunho da ignorância ou saber que lhes seja peculiar no momento;
o da superioridade ou inferioridade moral que os caracterize.

Necessário conhecer, saber a "Escala Espírita", uma vez que como os homens há entre os Espíritos inteligências com todas as nuances e diferenças.

Cuidado portanto quando sem análise, cegamente seguimos o Espírito, simplesmente porque ele falou, disse etc.
(LM 229)

Para que serve então o ensino dos Espíritos se não oferecem eles mais certeza que o ensino humano?
(LM 300, 2.°)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 25, 2011 9:27 pm

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Ao homem compete, como lembramos acima, analisar, distinguir.
Assim como não aceitamos com igual confiança o ensino de todos os homens, igualmente devemos proceder com os Espíritos.

Os superiores jamais se contradizem e a linguagem é sempre a mesma - mudará a forma da expressão para adequá-la ao entendimento de quem ouve mas a idéia fundamental é a mesma.

Em síntese, parte das contradições que se dizem encontrar nas comunicações espíritas derivam de:

* Ignorância de certos Espíritos.
* Embuste dos Espíritos inferiores que por maldade ou malícia usam o nome de outro Espírito e dizem justamente o contrário do que ele havia dito em outro lugar ou outro dia.

* Da vontade do próprio Espírito que fala segundo o tempo, o lugar e as pessoas e que pode julgar conveniente não dizer tudo a toda gente.

* Insuficiência da linguagem humana para exprimir ou explicar as coisas do mundo espiritual.

* Da deficiência ou insuficiência dos médiuns que nem sempre permitem ao Espírito expressar plenamente seu pensamento, enfim, que cada um interpreta o que ouve, lê ou o que o outro fala segundo suas ideias, preconceitos ou pontos de vista que tem sobre o assunto.

Assim só o estudo, a observação a experiência e a isenção de todo o sentimento de amor próprio pode ensinar a distinguir esses diversos aspectos.

13 - Quem trabalha com Mediunidade, a que outra ocorrência precisa estar atento?

É necessário estar atento com as mistificações, isto é, com enganos, ilusões, burlas, abuso de credulidade proveniente de encarnados e desencarnados, que requerem em qualquer dos casos cautela e firmeza para não se deixar iludir.

14 - Haveria um meio de nos preservarmos dela?

O médium ou aquele que estuda, certamente terá muito mais facilidade de perceber engodos quando desperto para o fim essencial do Espiritismo, que é o crescimento do homem no seus aspecto moral, espiritual e consequente melhoramento da Humanidade, ouvir, analisar e perceber nas instruções dos Espíritos conteúdos que envolvam estes aspectos.

As mensagens dos Espíritos que não enganam ou mistificam consiste em emitir raciocínios visando tudo quanto possa ser útil ao Espírito imortal.

Quando porém, procurarmos os Espíritos ou nos Espíritos indicações para uso pessoal, honras, riquezas, paixões ou quaisquer assuntos fúteis ou materiais, sem dúvida, conviveremos com Espíritos enganadores.

Quando vemos portanto os Espíritos como substitutos dos adivinhos e feiticeiros - com segurança - seremos enganados, uma vez que estaremos lidando com Espíritos tão materializados e inferiores quanto nós mesmos, incapazes de perceberem o conjunto, detidos ainda nas particularidades, nos detalhes, nos imediatismos.

Conclui-se que só é mistificado quem merece.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 26, 2011 8:26 pm

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15 - Como explicar - há pessoas que nada perguntam e que são enganadas pelos Espíritos que vêm espontaneamente sem serem chamados?

Realmente essas pessoas nada perguntam, entretanto se comprazem em ouvir, o que dá na mesma.

Se fossem vigilantes, se acolhessem com prudência, análise e reserva tudo quanto se afasta do objectivo essencial do Espiritismo, esses Espíritos levianos não as tomaria por joguete.

16 - Por que Deus permite que pessoas sinceras que aceitam o Espiritismo de boa fé sejam mistificadas?

Precisamos recordar que os Espíritos mistificadores usam de astúcia para nós difícil de imaginar.

Dispõem, arquitectam, planejam com arte, combinam meios de persuadir, que realmente podem resultar em problemas para os que não se achem em guarda.

Ora pode ser o recado particular, com época determinada, indicações precisas, detalhadas e relativas aos interesses materiais.
Ora, testam através da cobiça na revelação de tesouros ocultos, anúncios de heranças ou outras fontes de riquezas.

Outras vezes ainda com nomes importantes, teorias pessoais, sistemas científicos ousados, enfim tudo quanto se afaste do objectivo moral das comunicações.

Um encarnado experiente pode ser mistificado?

Colhemos na Revista Espírita Mensal - Informação n.° 68 - a seguinte entrevista com Francisco Cândido Xavier, a qual transcrevemos:

1 - Foi você vítima de mistificação algumas vezes?
FCX - Muitas.

E até hoje isso acontece ou pode acontecer?
FCX - Sim.

2 - Por que sucede isso a você, que já psicografou tantos livros?
FCX - Decerto que o mundo espiritual permite que eu passe por essas provações para mostrar-me que receber livros dos Instrutores Espirituais não me cria privilégio algum, que estou apenas cumprindo um dever e que sou um médium tão falível quanto qualquer outro, com necessidade constante de vigilância, oração, trabalho e boa vontade.

Outro exemplo, encontramos em Paulo quando da sua estada em Filipes.
Havia ali célebre pitonisa, cujas palavras eram interpretadas como oráculo infalível.
Na primeira pregação estava ela presente.

Terminada a exposição do Apóstolo a moça em altos brados se põe a exclamar:
Recebei os enviados do Deus Altíssimo! (…) Eles anunciam a salvação! (…).

Paulo e Silas ficaram um tanto perplexos, mas nada disseram.
No dia seguinte, porém, repetiu-se o facto atirando-lhes a jovem elogios e títulos pomposos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 26, 2011 8:26 pm

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Paulo atento espera e tão logo termina a pregação na praça, ao começar a moça a gritar:
"— Recebei os mensageiros da redenção!
Não são homens, são anjos do Altíssimo,
o convertido de Damasco desceu da tribuna a passos firmes e, aproximando-se da locutora dominada por estranha influência, intimou a entidade manifestante em tom imperativo:

— Espírito perverso, não somos anjos, somos trabalhadores do Evangelho;
em nome de Jesus Cristo, ordeno-te que te retires para sempre!

Proíbo-te em nome do Senhor, estabeleceres confusão entre as criaturas, incentivando interesses mesquinhos do mundo em detrimento dos sagrados interesses de Deus.


O facto provocou enorme admiração popular.

O próprio Silas, que de algum modo se comprazia ao ouvir os elogios da pitonisa e os interpretava como conforto espiritual estava boquiaberto, e tão logo se vê a sós com Paulo pergunta-lhe:
Acaso não falava ela em nome de Deus?
Sua propaganda não seria para nós valioso auxílio?


Paulo sorriu e sentenciou:
Porventura Silas, poder-se-á na Terra julgar qualquer trabalho antes de concluído?
Aquele Espírito poderia falar em Deus mas não vinha de Deus.

Que fizemos para receber elogios?
Dia e noite, estamos lutando contra as imperfeições de nossa alma.
Jesus mandou que ensinássemos, a fim de aprendermos duramente.

Não ignoras como vivo em trabalho com o espírito dos desejos inferiores.
Então? Seria justo aceitarmos títulos imerecidos quando o Mestre rejeitou o qualificativo de "bom"?

Claro que se aquele Espírito viesse de Jesus, outras seriam as suas palavras.
Estimularia nosso esforço, compreendendo nossas fraquezas".


Essas duas passagens mostram ser comum a aproximação de entidades mistificadoras porém isto de forma alguma quer dizer que o médium ou um grupo está obsediado.

Servirão sim, para o alerta de que tudo deve ser submetido ao "crivo da razão".
Como lembra Erasto "(…) Melhor repelir dez verdades do que admitir uma só falsidade.
Caso seja a verdade, que neste momento estamos recusando, justamente porque é a verdade dia mais ou dia menos ela se imporá".


É melhor ser cuidadoso do que se comprometer.

Lembrar que o mistificador é um Espírito necessitado e que os Amigos Espirituais permitem que venham a um grupo, para que recebam ajuda.
Ele só se imporá a este caso ache brechas que lhe propiciem a acção.

Caso o médium e o grupo esteja atento, recebê-lo, levá-lo a entender com firmeza mas educadamente que não está enganando ninguém, mas sempre a si mesmo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 26, 2011 8:27 pm

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Na mistificação portanto há mentira, engodo, engano que os desencarnados tentam passar para os encarnados.

Não confundir com Animismo (já estudado VERDADE E LUZ n.° 164) onde o desajuste psíquico do médium tenta passar consciente ou inconscientemente seu mundo mental.

Acrescer na Bibliografia original:

* Revista Espírita Informação n.° 68
* Paulo e Estevão - Emmanuel, cap. VI


XII - Perguntas V

17 - O que dizer dos Centros Espíritas que só seguem a orientação dos mentores sem examinar conteúdo à luz da Doutrina Espírita?

Constituem-se como núcleos onde proliferam fanatismo, intolerância e preconceito.

Porque o mentor da casa deve necessariamente ser mais sábio do que as entidades que se comunicam em toda Terra?

O princípio básico de comportamento doutrinário é a universalidade do ensino.
Faz-se necessário que prevaleça a opinião da Doutrina.
Sob esse enfoque deve a mensagem, a comunicação, a orientação, ser avaliada.

Se realmente proceder, o conteúdo, jamais será individualizado, particular, detalhando providências e passos, mas na generalidade, cada um entenderá o significado como pessoal (tipo - o que foi dito ou o que consta aí foi para mim - é o que preciso).

Entretanto, a ninguém especificamente é destinada e nessa "impessoalidade" visa, serve ao crescimento do grupo como um todo.

18 - O que dizer do Centro Espírita que têm mentores preto velho, índios, caboclos ou outros Espíritos que assim se apresentem?

Ama-se indistintamente todos os Espíritos.
Na escala cultural de valores, estes, estagiam nas faixas de fixação da personalidade.

Somos Espíritos ainda em processos primários da evolução onde o preto velho de hoje, pode ter sido o intelectual de ontem mas o índio de hoje, encarnado como Espírito em estágios primitivos da evolução, não há de ter sido o homem sábio do passado uma vez que o fenómeno sociológico antropológico é evolutivo onde a Lei não se exerce em retrocesso.

O homem culto que exerceu mal seu saber pode vir na área do analfabetismo para despertar e desenvolver outros sentimentos, mas não se lhe faz necessário, que no seu processo evolutivo se fixe naquela faixa na qual esteve imerso numa das vezes de sua caminhada no processo da Vida.

Note-se que esse atavismo é cultural brasileiro.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o fenómeno ocorre com os índios peles-vermelhas, atavismo da sociedade americana.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 26, 2011 8:27 pm

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Por aqui não se comunicam Espíritos com aquela conotação.
No nosso caso entra o factor animista africanista da cultura brasileira.

Não é questão do preto velho não ter cultura - se ele tem conhecimento não é necessário tomar aquela postura que lhe foi uma necessidade temporária.

Se ele vem por exemplo - falando nagô - é perda de tempo - não vamos entendê-lo.
Se ele vem falando português errado é um prejuízo que vai deformar a nossa cultura.

Se formos um pouco exigentes e prestarmos bem atenção na comunicação veremos que o fenómeno é atávico, não é autêntico - a pessoa usa um certo linguajar que atribui ser do escravo e que na verdade não era porque se essa entidade é esclarecida no além há de ter adquirido a arte de bem falar.

Recorde-se também que o Espírito não fala pela boca do médium mas projecta a ideia no perispírito do médium que transforma em palavras e fala.

Por ignorância do que é ou como se processa o fenómeno mediúnico, o médium se sente "incorporado", como água na garrafa e toma o trejeito do preto velho.

Há nisso tudo um certo pieguismo onde se adora o preto velho porque ele dá conselhos, fala que a gente vai casar, arranja emprego, fala dos problemas triviais - o preto velho tá lá viu - na briga de zi fiu eu tava lá, viu...

E a gente gosta de ter um escravo no além como teve aqui na Terra e toma o Espírito que deve continuar porque era preto e velho.

Por que não chamamos o Dr. Bezerra de branco velho?
Por que o preto tem que continuar preto velho?
Por que não o chamamos de o amigo, o irmão Antônio, José, Teco ou seja lá o que for?

No fundo, ainda somos preconceituosos.
Temos inclusive que levar em conta que nem todo preto e velho foi bom.

Muitos foram rebeldes, assassinos cruéis e continuam, são como também muito branco é de uma impunidade sem limites.

A involução e a evolução estão em todas as áreas.

As entidades a que nos referimos mantém as lembranças por afinidade e como directores de uma casa espírita, pela vinculação afro-brasileira, impregna sua directriz mais voltada para o culto africanista que Espírita, uma vez que altamente ligados às práticas animistas e exteriores necessitam, orientam, pedem o incenso, a rosa e a roupa branca, a vela acesa e outras dependências que depõem contra o comportamento espírita uma vez que este independe de qualquer aparência exterior.

Não tenhamos portanto, nenhum preconceito contra eles mas não os escravizemos às nossas paixões.

No começo de minha mediunidade várias entidades me apareceram e se comunicaram por mim.
Uma delas se dizia preto velho, tornou-se grande amigo, ajudou-me muito e ajuda-me.

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