Artigos sobre a Mediunidade
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Artigos sobre a Mediunidade
Posições Mediúnicas
Jorge Andreia dos Santos
Quando a energética espiritual alcança a faixa hominal, portanto, participando do processo de conscientização, muitos factores de importância despontam, salientando-se, entre os mesmos, como o de maior interesse da vida social humana, a responsabilidade.
Este factor estará sempre condicionado ao grau de evolução do homem. Quanto mais evoluído, maior a sua responsabilidade em face do processamento da vida; quanto menos evoluído, menor a responsabilidade pela ausência de conhecimentos e reduzido campo de experienciações.
Quando a energética espiritual abandona a faixa fragmentária do psiquismo, característica do sector animal, tende a um processo de totalidade a reflectir-se em percepção psíquica do conjunto, onde os mecanismos do raciocínio, mais bem arregimentados, são acompanhados pela intelecção e campos emocionais mais ajustados.
Nesta fase, os fenómenos paranormais, já existentes desde o psiquismo fragmentário, mais bem se expressam pelo campo enriquecido da consciência.
Se observarmos o processo evolutivo do psiquismo em face aos fenómenos mediúnicos e naturalmente relacionando-os com uma maior sensibilidade do ser, teríamos, como degrau inicial, o chamado mediunismo;
pelo exercício e adequado desenvolvimento caminharíamos para mais uma expressiva posição e que poderemos denominar, com Kardec, de mediunato.
No mediunismo teríamos uma faixa fenoménica bastante ampla, alcançando os parâmetros da escala animal.
O animal não tem mediunidade, mas pode perceber inúmeros fenómenos paranormais inclusos na categoria do mediunismo;
pode participar da vidência, audiência, etc., mas será incapaz de ser medianeiro de uma ideia, pelo seu psiquismo ainda fragmentário que não oferece condições intelecto-emocionais.
Assim, a faixa fenoménica mais evoluída dos factos paranormais, caminhando em estrutura psíquica mais adequada e quando exercitada nas trilhas de uma ética bem desenvolvida, estarão enquadradas nas vivências harmónicas da mediunidade, ou seja do mediunato.
Diga-se, também que, na espécie humana, onde o psiquismo já apresenta condições de entendimento pela intelecção, muitos fenómenos mediúnicos, desordenados e sem alcance ético, devem ser enquadrados em simples mediunismo;
isto é, o fenómeno se dá, porém com características ainda rústicas e sem comportamento ajustado, por não existir uma real compreensão dos seu alcance e finalidade.
Em tudo isso entra em jogo um factor de muita importância que é a compreensão, pelo médium, das finalidades e razões do fenómeno mediúnico.
Foi aí que a Doutrina Espírita teve capital influência quando muito bem situou toda a fenomenologia do psiquismo que se tem revelado em variadas angulações, às nossas percepções.
Assim, podemos falar em comportamento do médium onde múltiplos elementos poderão ser anotados:
a educação, o carácter, o tipo psicológico, o meio ambiente de trabalho, o orientador e o de maior importância que vem a ser da Doutrina Espírita.
Continua...
Jorge Andreia dos Santos
Quando a energética espiritual alcança a faixa hominal, portanto, participando do processo de conscientização, muitos factores de importância despontam, salientando-se, entre os mesmos, como o de maior interesse da vida social humana, a responsabilidade.
Este factor estará sempre condicionado ao grau de evolução do homem. Quanto mais evoluído, maior a sua responsabilidade em face do processamento da vida; quanto menos evoluído, menor a responsabilidade pela ausência de conhecimentos e reduzido campo de experienciações.
Quando a energética espiritual abandona a faixa fragmentária do psiquismo, característica do sector animal, tende a um processo de totalidade a reflectir-se em percepção psíquica do conjunto, onde os mecanismos do raciocínio, mais bem arregimentados, são acompanhados pela intelecção e campos emocionais mais ajustados.
Nesta fase, os fenómenos paranormais, já existentes desde o psiquismo fragmentário, mais bem se expressam pelo campo enriquecido da consciência.
Se observarmos o processo evolutivo do psiquismo em face aos fenómenos mediúnicos e naturalmente relacionando-os com uma maior sensibilidade do ser, teríamos, como degrau inicial, o chamado mediunismo;
pelo exercício e adequado desenvolvimento caminharíamos para mais uma expressiva posição e que poderemos denominar, com Kardec, de mediunato.
No mediunismo teríamos uma faixa fenoménica bastante ampla, alcançando os parâmetros da escala animal.
O animal não tem mediunidade, mas pode perceber inúmeros fenómenos paranormais inclusos na categoria do mediunismo;
pode participar da vidência, audiência, etc., mas será incapaz de ser medianeiro de uma ideia, pelo seu psiquismo ainda fragmentário que não oferece condições intelecto-emocionais.
Assim, a faixa fenoménica mais evoluída dos factos paranormais, caminhando em estrutura psíquica mais adequada e quando exercitada nas trilhas de uma ética bem desenvolvida, estarão enquadradas nas vivências harmónicas da mediunidade, ou seja do mediunato.
Diga-se, também que, na espécie humana, onde o psiquismo já apresenta condições de entendimento pela intelecção, muitos fenómenos mediúnicos, desordenados e sem alcance ético, devem ser enquadrados em simples mediunismo;
isto é, o fenómeno se dá, porém com características ainda rústicas e sem comportamento ajustado, por não existir uma real compreensão dos seu alcance e finalidade.
Em tudo isso entra em jogo um factor de muita importância que é a compreensão, pelo médium, das finalidades e razões do fenómeno mediúnico.
Foi aí que a Doutrina Espírita teve capital influência quando muito bem situou toda a fenomenologia do psiquismo que se tem revelado em variadas angulações, às nossas percepções.
Assim, podemos falar em comportamento do médium onde múltiplos elementos poderão ser anotados:
a educação, o carácter, o tipo psicológico, o meio ambiente de trabalho, o orientador e o de maior importância que vem a ser da Doutrina Espírita.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Posições Mediúnicas
Continua...
Diante desses factos, com inúmeros parâmetros, podemos aquilatar a influência sobre a desenvoltura do fenómeno mediúnico que, quando ajustado, apresentará positividade em qualquer das trilhas seguidas.
Quem já traz consigo a sensibilidade mediúnica, com variações e nuances de acordo com o biótipo psicológico e ampliadas nos exercícios calcados em bases morais condizentes com a ordem e a harmonia, é claro que irá apresentando, no dia-a-dia, uma autêntica conquista construtiva.
De um simples vagido de mediunismo na espécie humana, pode-se alcançar, pelo ajustado trabalho, o mediunato;
mediunato que traduz felicidade pelo dever cumprido.
Em toda estrutura do processo mediúnico a ética de uma moral sadia assegura os alicerces de aquisições para o Espírito, representando, também, proposições liberatórias em todas as latitudes e, principalmente, nos casos de mediunidade de prova.
Sem sombra de dúvida conclui-se que a fenomenologia mediúnica, com sua característica de espontaneidade, reflecte-se sempre pelo seu próprio impulso;
isto é, a mediunidade existe desde o início, em graus bem específicos a cada ser.
Cabe ao médium melhorar com exercícios adequados, educação, elastecimento de fraternidade e tantos outros factores positivos da vida, a estruturação do mecanismo.
É como se a mediunidade para desenvolver-se em condignas posições, necessitasse do bem como combustível ideal.
Toda a estruturação do fenómeno mediúnico, em tese, se faz na zona perispiritual, zona em que a mensagem do Espírito comunicante encontra conotações vibratórias com o receptor - o médium.
Este, após processo elaborativo nas desconhecidas paragens do inconsciente (ou zona espiritual) transfere, sem conhecimento do mecanismo em apreço, para a zona consciente, o teor da comunicação ou mensagem, que será revelada de acordo com suas próprias condições psicológicas.
Podemos dizer que, por mais segura e ajustada seja uma mensagem, existirá sempre o "colorido" do médium.
A máquina mediúnica, mesmo sem modificar o teor da mensagem, mostra a "impressão" metabolizada em seu arcabouço psicológico.
Daí, a predilecção por este ou aquele médium que melhor possa traduzir o componente intelectivo-emocional dos variados comunicantes.
Qualquer que seja a variedade de mediunidade que o sensível revele terá de ser sempre estruturada no trabalho fraterno e no ajustamento de propósitos, evolutivos, a fim de que uma rota possa ser percorrida com objectivação e finalidade.
Ninguém poderá alcançar os degraus maiores e ideais da vida sem passar e vivenciar os degraus inferiores que lhe serviram de lastro e alicerce.
É no trabalho condigno do dia-a-dia reservado a cada ser, que conseguiremos iluminar os nossos caminhos e melhor perceber os horizontes excelsos que nos aguardam.
Revista "Presença Espírita"
§.§.§- O-canto-da-ave
Diante desses factos, com inúmeros parâmetros, podemos aquilatar a influência sobre a desenvoltura do fenómeno mediúnico que, quando ajustado, apresentará positividade em qualquer das trilhas seguidas.
Quem já traz consigo a sensibilidade mediúnica, com variações e nuances de acordo com o biótipo psicológico e ampliadas nos exercícios calcados em bases morais condizentes com a ordem e a harmonia, é claro que irá apresentando, no dia-a-dia, uma autêntica conquista construtiva.
De um simples vagido de mediunismo na espécie humana, pode-se alcançar, pelo ajustado trabalho, o mediunato;
mediunato que traduz felicidade pelo dever cumprido.
Em toda estrutura do processo mediúnico a ética de uma moral sadia assegura os alicerces de aquisições para o Espírito, representando, também, proposições liberatórias em todas as latitudes e, principalmente, nos casos de mediunidade de prova.
Sem sombra de dúvida conclui-se que a fenomenologia mediúnica, com sua característica de espontaneidade, reflecte-se sempre pelo seu próprio impulso;
isto é, a mediunidade existe desde o início, em graus bem específicos a cada ser.
Cabe ao médium melhorar com exercícios adequados, educação, elastecimento de fraternidade e tantos outros factores positivos da vida, a estruturação do mecanismo.
É como se a mediunidade para desenvolver-se em condignas posições, necessitasse do bem como combustível ideal.
Toda a estruturação do fenómeno mediúnico, em tese, se faz na zona perispiritual, zona em que a mensagem do Espírito comunicante encontra conotações vibratórias com o receptor - o médium.
Este, após processo elaborativo nas desconhecidas paragens do inconsciente (ou zona espiritual) transfere, sem conhecimento do mecanismo em apreço, para a zona consciente, o teor da comunicação ou mensagem, que será revelada de acordo com suas próprias condições psicológicas.
Podemos dizer que, por mais segura e ajustada seja uma mensagem, existirá sempre o "colorido" do médium.
A máquina mediúnica, mesmo sem modificar o teor da mensagem, mostra a "impressão" metabolizada em seu arcabouço psicológico.
Daí, a predilecção por este ou aquele médium que melhor possa traduzir o componente intelectivo-emocional dos variados comunicantes.
Qualquer que seja a variedade de mediunidade que o sensível revele terá de ser sempre estruturada no trabalho fraterno e no ajustamento de propósitos, evolutivos, a fim de que uma rota possa ser percorrida com objectivação e finalidade.
Ninguém poderá alcançar os degraus maiores e ideais da vida sem passar e vivenciar os degraus inferiores que lhe serviram de lastro e alicerce.
É no trabalho condigno do dia-a-dia reservado a cada ser, que conseguiremos iluminar os nossos caminhos e melhor perceber os horizontes excelsos que nos aguardam.
Revista "Presença Espírita"
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Prática Mediúnica
Prática Mediúnica
Rodrigues Ferreira
Com a excelência das técnicas modernas de comunicação, os noticiários espíritas conseguem penetrar nos mais recônditos ambientes, impressionando tanto pela lógica do arrazoado como pela comprovação através dos factos espontâneos.
Sendo muito espalhada a mediunidade entre as criaturas, evidencia-se logo a necessidade de um tratamento adequado para com os médiuns.
Muitas pessoas gostam de lidar com os problemas fenoménicos, mas não se abalançam para ombrear com os confrades nos mourejamentos diuturnos dos Centros Espíritas.
Talvez porque existam muitos distúrbios directivos;
talvez porque muitos líderes se julguem e ajam como se fossem os donos da Instituição;
talvez porque lá existam problemas de ciúmes e despeitos a se extravasarem claros e dominantes;
talvez porque a opinião pública faça mau juízo dos frequentadores dos núcleos oficiais;
talvez porque a própria família possa não entender muito bem uma prática declarada;
talvez, ainda, porque fosse muito elegante lidar com os factos, apenas, sem um compromisso mais profundo...
O certo, é, que há um grande contingente de simpatizantes do Espiritismo, que não frequenta os Centros, ainda que sintam tal necessidade.
E como não podem deixar de actuar, aliviando a própria situação, elaboram seus próprios trabalhos práticos em casa.
É sobre estes que versa a nossa análise de hoje.
Em primeiro lugar está a própria irrelevância motivante da não frequência aos Centros o que justifica dizer-se que não se deve fazer sessão mediúnica em casa.
Os Centros são obras assistenciais do mais subido valor.
A Doutrina Espírita aplicada constitui um dos maiores benefícios que se possa fazer a alguém e é nos Centros que ela se concentra para arremessar-se às multidões.
O simples apoio ao Centro já é, portanto, uma utilidade que se presta, e, consequentemente, o não apoio passa a ser um mal, por ausência de bem.
As sessões mediúnicas em casa trazem uma série de inconvenientes que importa considerar:
1. O desconforto material ofertado aos presentes, constantemente mal acomodados, em locais improvisados e de trânsito difícil.
2. A falta de adequação geográfica determina uma conveniência de encerramento rápido dos trabalhos, impedindo estudos competentes.
3. Além disso, as pessoas mais conhecedoras da D.E. nunca estão presentes, ocupadas que se acham em trabalhos doutrinários nos Centros que as reclamam e jamais dispensam. Assim, as sessões caseiras não estão, em regra, orientadas por pessoas informadas.
Continua...
Rodrigues Ferreira
Com a excelência das técnicas modernas de comunicação, os noticiários espíritas conseguem penetrar nos mais recônditos ambientes, impressionando tanto pela lógica do arrazoado como pela comprovação através dos factos espontâneos.
Sendo muito espalhada a mediunidade entre as criaturas, evidencia-se logo a necessidade de um tratamento adequado para com os médiuns.
Muitas pessoas gostam de lidar com os problemas fenoménicos, mas não se abalançam para ombrear com os confrades nos mourejamentos diuturnos dos Centros Espíritas.
Talvez porque existam muitos distúrbios directivos;
talvez porque muitos líderes se julguem e ajam como se fossem os donos da Instituição;
talvez porque lá existam problemas de ciúmes e despeitos a se extravasarem claros e dominantes;
talvez porque a opinião pública faça mau juízo dos frequentadores dos núcleos oficiais;
talvez porque a própria família possa não entender muito bem uma prática declarada;
talvez, ainda, porque fosse muito elegante lidar com os factos, apenas, sem um compromisso mais profundo...
O certo, é, que há um grande contingente de simpatizantes do Espiritismo, que não frequenta os Centros, ainda que sintam tal necessidade.
E como não podem deixar de actuar, aliviando a própria situação, elaboram seus próprios trabalhos práticos em casa.
É sobre estes que versa a nossa análise de hoje.
Em primeiro lugar está a própria irrelevância motivante da não frequência aos Centros o que justifica dizer-se que não se deve fazer sessão mediúnica em casa.
Os Centros são obras assistenciais do mais subido valor.
A Doutrina Espírita aplicada constitui um dos maiores benefícios que se possa fazer a alguém e é nos Centros que ela se concentra para arremessar-se às multidões.
O simples apoio ao Centro já é, portanto, uma utilidade que se presta, e, consequentemente, o não apoio passa a ser um mal, por ausência de bem.
As sessões mediúnicas em casa trazem uma série de inconvenientes que importa considerar:
1. O desconforto material ofertado aos presentes, constantemente mal acomodados, em locais improvisados e de trânsito difícil.
2. A falta de adequação geográfica determina uma conveniência de encerramento rápido dos trabalhos, impedindo estudos competentes.
3. Além disso, as pessoas mais conhecedoras da D.E. nunca estão presentes, ocupadas que se acham em trabalhos doutrinários nos Centros que as reclamam e jamais dispensam. Assim, as sessões caseiras não estão, em regra, orientadas por pessoas informadas.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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4. A execução do trabalho traz para o lar um conjunto de Espíritos infelizes, enfermos e perturbados à procura de uma solução para os seus males.
Estas soluções, mesmo que existam, nunca são tão rápidas, levando-os, portanto, a permanecerem no local, à espera.
Já se vê a inconveniência de transformar-se o lar, constantemente com crianças, em ponto de estacionamento para Espíritos sofredores e, não raro, perversos.
Por mais que compareçam Espíritos bons, que se proponham a ajudar, as leis de tratamento nunca são feitas em base de violência e choque de opiniões.
Impera o merecimento e o desmerecimento.
Se a sessão já começara com um motivo inglório, não conseguirá benefícios de excepção para desfazer as consequências negativas filhas da invigilância.
5. As emanações mentais enfermiças dos Espíritos infelizes podem impregnar os locais de residência, incidindo sobre pessoas, muitas vezes despreparadas, com prejuízos não previstos.
6. A oferta da residência para visitas constantes de Espíritos desordeiros e malfeitores pode tornar-se um hábito perigoso e esses Espíritos sempre comparecem em trabalhos mediúnicos não pautados pelos moldes ilibados de moral e produtividade.
E quem de nós pode jactar-se de conviver numa atmosfera de alta moralidade?
7. A exemplificação negativa que as sessões caseiras trazem, já não encaminhando os iniciantes aos Centros para os testemunhos mais sérios, já competindo com as próprias células legais, enquanto deixam de ministrar ensino correcto da Doutrina Espírita.
8. O prejuízo ao Movimento Espírita local é incalculável, quando existem muitas residências que fazem as sessões próprias.
Faltando força ao Movimento não haverá promoções doutrinárias de valor, tais como semanas espíritas, concentrações de juventude, campanhas de livros espíritas e muitas outras, que divulgam os benefícios da crença ao mesmo tempo que motivam e encorajam a procura e interesse pela Doutrina.
9. A afirmação do menor esforço é um outro ponto negativo.
É claro que vai surgir o vício de procurar-se um atalho para quaisquer soluções desejáveis.
10. A rudimentaridade dos conceitos e práticas actuando como factor de estacionamento na fase inicial do conhecimento, já seria um bom motivo para preferir-se não frequentar e não se apoiar em tais sessões.
11. A situação de residência familiar já não seria um empecilho para as Entidades benfeitoras promoverem a presença de aparelhagens e técnicas muito conhecidas dos frequentadores das sessões práticas nos Centros Espíritas?
12. Um último aspecto a citar-se, diz respeito ao ambiente psíquico da sala.
Segundo alguns autores, entre eles Torres Pastorino, em seu livro "Técnica da Mediunidade", a Espiritualidade Maior prepara o local previsto para trabalhos práticos com grande antecedência, aplicando técnicas espirituais convenientes, para evitar-se um carregamento eléctrico prejudicial ao melhor aproveitamento da reunião.
Coadjuvando estes cuidados os encarnados não deveriam entrar nas salas de trabalhos, pelo menos umas três horas antes do seu inicio, para não provocar ionizações indesejáveis através do próprio movimento de corpos no ar.
Agora perguntamos:
seria possível isolar completamente um local, em uma casa residencial?
Com tantos aspectos falhos as sessões caseiras não poderão ofertar soluções aceitáveis para os problemas psíquicos mais comuns.
Revista "Presença Espírita".
§.§.§- O-canto-da-ave
4. A execução do trabalho traz para o lar um conjunto de Espíritos infelizes, enfermos e perturbados à procura de uma solução para os seus males.
Estas soluções, mesmo que existam, nunca são tão rápidas, levando-os, portanto, a permanecerem no local, à espera.
Já se vê a inconveniência de transformar-se o lar, constantemente com crianças, em ponto de estacionamento para Espíritos sofredores e, não raro, perversos.
Por mais que compareçam Espíritos bons, que se proponham a ajudar, as leis de tratamento nunca são feitas em base de violência e choque de opiniões.
Impera o merecimento e o desmerecimento.
Se a sessão já começara com um motivo inglório, não conseguirá benefícios de excepção para desfazer as consequências negativas filhas da invigilância.
5. As emanações mentais enfermiças dos Espíritos infelizes podem impregnar os locais de residência, incidindo sobre pessoas, muitas vezes despreparadas, com prejuízos não previstos.
6. A oferta da residência para visitas constantes de Espíritos desordeiros e malfeitores pode tornar-se um hábito perigoso e esses Espíritos sempre comparecem em trabalhos mediúnicos não pautados pelos moldes ilibados de moral e produtividade.
E quem de nós pode jactar-se de conviver numa atmosfera de alta moralidade?
7. A exemplificação negativa que as sessões caseiras trazem, já não encaminhando os iniciantes aos Centros para os testemunhos mais sérios, já competindo com as próprias células legais, enquanto deixam de ministrar ensino correcto da Doutrina Espírita.
8. O prejuízo ao Movimento Espírita local é incalculável, quando existem muitas residências que fazem as sessões próprias.
Faltando força ao Movimento não haverá promoções doutrinárias de valor, tais como semanas espíritas, concentrações de juventude, campanhas de livros espíritas e muitas outras, que divulgam os benefícios da crença ao mesmo tempo que motivam e encorajam a procura e interesse pela Doutrina.
9. A afirmação do menor esforço é um outro ponto negativo.
É claro que vai surgir o vício de procurar-se um atalho para quaisquer soluções desejáveis.
10. A rudimentaridade dos conceitos e práticas actuando como factor de estacionamento na fase inicial do conhecimento, já seria um bom motivo para preferir-se não frequentar e não se apoiar em tais sessões.
11. A situação de residência familiar já não seria um empecilho para as Entidades benfeitoras promoverem a presença de aparelhagens e técnicas muito conhecidas dos frequentadores das sessões práticas nos Centros Espíritas?
12. Um último aspecto a citar-se, diz respeito ao ambiente psíquico da sala.
Segundo alguns autores, entre eles Torres Pastorino, em seu livro "Técnica da Mediunidade", a Espiritualidade Maior prepara o local previsto para trabalhos práticos com grande antecedência, aplicando técnicas espirituais convenientes, para evitar-se um carregamento eléctrico prejudicial ao melhor aproveitamento da reunião.
Coadjuvando estes cuidados os encarnados não deveriam entrar nas salas de trabalhos, pelo menos umas três horas antes do seu inicio, para não provocar ionizações indesejáveis através do próprio movimento de corpos no ar.
Agora perguntamos:
seria possível isolar completamente um local, em uma casa residencial?
Com tantos aspectos falhos as sessões caseiras não poderão ofertar soluções aceitáveis para os problemas psíquicos mais comuns.
Revista "Presença Espírita".
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Psicometria
Psicometria [1]
Martins Peralva
Segundo a definição do Assistente Àulus, a palavra «psicometria» designa a faculdade que têm algumas pessoas de lerem «impressões e recordações ao contacto de objectos comuns».
Psicometria é, também, faculdade mediúnica.
Faculdade pela qual o sensitivo, tocando em determinados objectos, entra em relação com pessoas e factos aos mesmos ligados.
Essa percepção se verifica em vista de tais objectos se acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
Toda pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua personalidade, dos seus sentimentos, das suas virtudes, dos seus defeitos.
A psicometria não é, entretanto, faculdade comum em nossos círculos de actividade, uma vez que só a possuem pessoas dotadas de «aguçada sensibilidade psíquica».
E a nossa actual condição espiritual, ainda deficitária, não permite esses admiráveis recursos perceptivos.
Quando tocamos num objecto, imantamo-lo com o fluido que nos é peculiar.
E se, além do simples toque ou uso, convertermos inadvertidamente esse objecto, seja um livro, uma caneta, uma jóia ou, em ponto maior, uma casa ou um automóvel em motivo de obsessiva adoração, ampliando, excessivamente, as noções de posse ou propriedade, o volume de energias fluídicas que sobre o mesmo projectamos é de tal maneira acentuado que a nossa própria mente ali ficará impressa.
Em qualquer tempo e lugar, a nossa vida, com méritos e deméritos, desfilará em todas as suas minúcias ante o «radar» do psicómetra.
Há um belo estudo de Ernesto Bozzano intitulado «Enigmas da Psicometria», através de cuja leitura nos defrontamos com impressionantes narrativas, algumas delas abrangendo fases remotas da organização planetária terrestre.
O processo pelo qual é possível, ao psicómetra, entrar em relação com os factos remotos ou próximos, pode ser explicado de duas maneiras principais, a saber:
1. Uma parte dos factos e impressões é retirada da própria aura do objecto;
2. Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor mediante relação telepática que o objecto psicometrado estabelece com o médium.
Não tem importância que o possuidor esteja encarnado ou desencarnado.
O psicómetra recolherá do seu subconsciente, esteja ele onde estiver, as impressões e sentimentos com que gravou, no objecto, a própria vida.
Bozzano demonstra que não são, apenas, as pessoas os únicos seres psicometráveis.
Continua...
Martins Peralva
Segundo a definição do Assistente Àulus, a palavra «psicometria» designa a faculdade que têm algumas pessoas de lerem «impressões e recordações ao contacto de objectos comuns».
Psicometria é, também, faculdade mediúnica.
Faculdade pela qual o sensitivo, tocando em determinados objectos, entra em relação com pessoas e factos aos mesmos ligados.
Essa percepção se verifica em vista de tais objectos se acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
Toda pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua personalidade, dos seus sentimentos, das suas virtudes, dos seus defeitos.
A psicometria não é, entretanto, faculdade comum em nossos círculos de actividade, uma vez que só a possuem pessoas dotadas de «aguçada sensibilidade psíquica».
E a nossa actual condição espiritual, ainda deficitária, não permite esses admiráveis recursos perceptivos.
Quando tocamos num objecto, imantamo-lo com o fluido que nos é peculiar.
E se, além do simples toque ou uso, convertermos inadvertidamente esse objecto, seja um livro, uma caneta, uma jóia ou, em ponto maior, uma casa ou um automóvel em motivo de obsessiva adoração, ampliando, excessivamente, as noções de posse ou propriedade, o volume de energias fluídicas que sobre o mesmo projectamos é de tal maneira acentuado que a nossa própria mente ali ficará impressa.
Em qualquer tempo e lugar, a nossa vida, com méritos e deméritos, desfilará em todas as suas minúcias ante o «radar» do psicómetra.
Há um belo estudo de Ernesto Bozzano intitulado «Enigmas da Psicometria», através de cuja leitura nos defrontamos com impressionantes narrativas, algumas delas abrangendo fases remotas da organização planetária terrestre.
O processo pelo qual é possível, ao psicómetra, entrar em relação com os factos remotos ou próximos, pode ser explicado de duas maneiras principais, a saber:
1. Uma parte dos factos e impressões é retirada da própria aura do objecto;
2. Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor mediante relação telepática que o objecto psicometrado estabelece com o médium.
Não tem importância que o possuidor esteja encarnado ou desencarnado.
O psicómetra recolherá do seu subconsciente, esteja ele onde estiver, as impressões e sentimentos com que gravou, no objecto, a própria vida.
Bozzano demonstra que não são, apenas, as pessoas os únicos seres psicometráveis.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Além do elemento humano, temos:
1. Os animais,
2. Os vegetais,
3. Objectos inanimados, metais, etc., etc.
O filósofo italiano menciona, na obra citada, extraordinários fenómenos de psicometria por meio do contacto com a pena de um pombo, o galho de uma árvore, um pedaço de carvão ou de barro.
Poder-se-á indagar:
E se o objecto psicometrado teve, no curso dos anos, diversos possuidores?
Com a vida de qual deles o médium entrará em relação?
Explica Bozzano, com irresistível lógica, que o médium entrará em relação com os factos ligados àquele (possuidor) cujo fluido se evidenciar mais activo em relação com o sensitivo.
A esse aspecto do fenómeno psicométrico, Bozzano denominou de «afinidade electiva».
Pela psicometria o médium revela o passado, conhece o presente, desvenda o futuro.
No tocante à relação com o passado e o presente, qualquer explicação é desnecessária, uma vez que a alínea «a» nos dá satisfatória resposta:
o objecto, móvel ou imóvel, impregnado da influência pessoal do seu dono, conserva-a durante longo tempo e possibilita o recolhimento das impressões.
E quanto ao futuro?
Devemos esperar essa pergunta.
Aos que a formularem, recomendamos a leitura da alínea «b».
Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor, mediante a relação telepática que o objecto psicometrado estabelece com o médium.
Essa resposta pede, todavia, um complemento explicativo.
Ei-lo:
Toda criatura humana tem o seu Carma, palavra com que designamos a lei de Causa e Efeito, em face do qual, ao reingressarmos [i]«nas correntes da vida física», para novas experiências, trazemos impresso no perispírito - molde do corpo somático - um quadro de inelutáveis provações.
A nossa mente espiritual conhece tais provações e permite que o psicómetra estabeleça relação com essas vicissitudes, prevê-las, anunciá-las e, inclusive, fixar a época em que se verificarão.
Como vemos, não há nisso nenhum mistério.
É como se o sensitivo lesse, na mente do possuidor do objecto, o que lá já está escrito com vistas ao futuro.
Tudo muito simples, claro e lógico.
Nenhum atentado ao bom-senso.
Apesar de os diversos temas mediúnicos nos terem levado, algumas vezes, a certas explicações de natureza por assim dizer «técnica», elucidativas do mecanismo dos fenómenos, não é este, todavia, o objecto fundamental do livro que procuramos escrever, mais com o coração do que com o cérebro.
Continua...
Além do elemento humano, temos:
1. Os animais,
2. Os vegetais,
3. Objectos inanimados, metais, etc., etc.
O filósofo italiano menciona, na obra citada, extraordinários fenómenos de psicometria por meio do contacto com a pena de um pombo, o galho de uma árvore, um pedaço de carvão ou de barro.
Poder-se-á indagar:
E se o objecto psicometrado teve, no curso dos anos, diversos possuidores?
Com a vida de qual deles o médium entrará em relação?
Explica Bozzano, com irresistível lógica, que o médium entrará em relação com os factos ligados àquele (possuidor) cujo fluido se evidenciar mais activo em relação com o sensitivo.
A esse aspecto do fenómeno psicométrico, Bozzano denominou de «afinidade electiva».
Pela psicometria o médium revela o passado, conhece o presente, desvenda o futuro.
No tocante à relação com o passado e o presente, qualquer explicação é desnecessária, uma vez que a alínea «a» nos dá satisfatória resposta:
o objecto, móvel ou imóvel, impregnado da influência pessoal do seu dono, conserva-a durante longo tempo e possibilita o recolhimento das impressões.
E quanto ao futuro?
Devemos esperar essa pergunta.
Aos que a formularem, recomendamos a leitura da alínea «b».
Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor, mediante a relação telepática que o objecto psicometrado estabelece com o médium.
Essa resposta pede, todavia, um complemento explicativo.
Ei-lo:
Toda criatura humana tem o seu Carma, palavra com que designamos a lei de Causa e Efeito, em face do qual, ao reingressarmos [i]«nas correntes da vida física», para novas experiências, trazemos impresso no perispírito - molde do corpo somático - um quadro de inelutáveis provações.
A nossa mente espiritual conhece tais provações e permite que o psicómetra estabeleça relação com essas vicissitudes, prevê-las, anunciá-las e, inclusive, fixar a época em que se verificarão.
Como vemos, não há nisso nenhum mistério.
É como se o sensitivo lesse, na mente do possuidor do objecto, o que lá já está escrito com vistas ao futuro.
Tudo muito simples, claro e lógico.
Nenhum atentado ao bom-senso.
Apesar de os diversos temas mediúnicos nos terem levado, algumas vezes, a certas explicações de natureza por assim dizer «técnica», elucidativas do mecanismo dos fenómenos, não é este, todavia, o objecto fundamental do livro que procuramos escrever, mais com o coração do que com o cérebro.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Desejamos dar aos assuntos mediúnicos feição e finalidade evangélicas.
A nossa intenção é de que este trabalho chegue aos núcleos assistenciais do Espiritismo Cristão por mensagem de cooperação fraterna, de bom ânimo para os desiludidos, de esperança para os que sofrem, de reabilitação para os que rangem os dentes «nas trevas exteriores»...
Assim sendo, compete-nos extrair, das considerações expedidas em torno de tão belo quão admirável tema - Psicometria -, conclusões de ordem moral que fortaleçam o nosso coração para as decisivas e sublimes realizações na direcção do Mais Alto.
O conhecimento da psicometria faz-nos pensar, consequentemente, nos seguintes imperativos:
1. Não nos apegarmos, em demasia, aos bens materiais;
2. Combatermos o egoísmo que assinala a nossa vida, com a consequente diminuição das exigências impostas a familiares, amigos e conhecidos.
Em capítulo precedente tivemos ensejo de relacionar o facto daquela senhora que, desencarnada havia muito, «não tinha força» para afastar-se do próprio domicílio, ao qual se sentia presa pelas recordações dos familiares e dos objectos caseiros.
Em «Nos Domínios da Mediunidade», no estudo da psicometria, temos o episódio de uma jovem que, há cerca de 300 anos, acompanha um espelho a ela ofertado por um rapaz em 1700.
Vamos trazer para as nossas páginas parte do relato de André Luiz, a fim de colocarmos o leitor em relação com a ocorrência.
A narrativa é de André Luiz, quando em visita a um museu:
«Avançamos mais além.
Ao lado de extensa galeria, dois cavalheiros e três damas admiravam singular espelho, junto do qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.
Uma das senhoras teve palavras elogiosas para a beleza da moldura, e a moça, na feição de sentinela irritada, aproximou-se tacteando-lhe os ombros.»
Acrescenta André Luiz que, à medida que os visitantes encarnados se retiravam para outra dependência do museu, a moça, que não percebia a presença dos três desencarnados, mostrou-se «contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha fascinação».
Com a mente cristalizada naquele objecto, nele polarizou todos os seus sonhos de moça, esperando, tristemente, que da França regressasse o jovem que se foi...
Gravou no espelho a própria vida...
E enquanto pensar no espelho, como síntese de suas esperanças, junto a ele permanecerá.
Exemplo típico de fixação mental.
Relativamente a pessoas, o fenómeno é o mesmo.
Apegando-nos, egoística e desvairadamente, aos que nos são caros ao coração, comemos o risco de a eles nos imantarmos e sobre eles exercermos cruel escravização, consoante vimos no capítulo «Estranha obsessão».
Continua...
Desejamos dar aos assuntos mediúnicos feição e finalidade evangélicas.
A nossa intenção é de que este trabalho chegue aos núcleos assistenciais do Espiritismo Cristão por mensagem de cooperação fraterna, de bom ânimo para os desiludidos, de esperança para os que sofrem, de reabilitação para os que rangem os dentes «nas trevas exteriores»...
Assim sendo, compete-nos extrair, das considerações expedidas em torno de tão belo quão admirável tema - Psicometria -, conclusões de ordem moral que fortaleçam o nosso coração para as decisivas e sublimes realizações na direcção do Mais Alto.
O conhecimento da psicometria faz-nos pensar, consequentemente, nos seguintes imperativos:
1. Não nos apegarmos, em demasia, aos bens materiais;
2. Combatermos o egoísmo que assinala a nossa vida, com a consequente diminuição das exigências impostas a familiares, amigos e conhecidos.
Em capítulo precedente tivemos ensejo de relacionar o facto daquela senhora que, desencarnada havia muito, «não tinha força» para afastar-se do próprio domicílio, ao qual se sentia presa pelas recordações dos familiares e dos objectos caseiros.
Em «Nos Domínios da Mediunidade», no estudo da psicometria, temos o episódio de uma jovem que, há cerca de 300 anos, acompanha um espelho a ela ofertado por um rapaz em 1700.
Vamos trazer para as nossas páginas parte do relato de André Luiz, a fim de colocarmos o leitor em relação com a ocorrência.
A narrativa é de André Luiz, quando em visita a um museu:
«Avançamos mais além.
Ao lado de extensa galeria, dois cavalheiros e três damas admiravam singular espelho, junto do qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.
Uma das senhoras teve palavras elogiosas para a beleza da moldura, e a moça, na feição de sentinela irritada, aproximou-se tacteando-lhe os ombros.»
Acrescenta André Luiz que, à medida que os visitantes encarnados se retiravam para outra dependência do museu, a moça, que não percebia a presença dos três desencarnados, mostrou-se «contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha fascinação».
Com a mente cristalizada naquele objecto, nele polarizou todos os seus sonhos de moça, esperando, tristemente, que da França regressasse o jovem que se foi...
Gravou no espelho a própria vida...
E enquanto pensar no espelho, como síntese de suas esperanças, junto a ele permanecerá.
Exemplo típico de fixação mental.
Relativamente a pessoas, o fenómeno é o mesmo.
Apegando-nos, egoística e desvairadamente, aos que nos são caros ao coração, comemos o risco de a eles nos imantarmos e sobre eles exercermos cruel escravização, consoante vimos no capítulo «Estranha obsessão».
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Enquanto os nossos sentimentos afectivos não assinalarem o altruísmo, a elevação, a pureza e o espírito de renúncia peculiares ao discípulo sincero do Evangelho, o nosso caminho será pontilhado das mais desagradáveis surpresas, estejamos na libré da carne ou no Mundo dos Espíritos.
Amar sem ideia de recompensa;
ajudar sem esperar retribuição;
pensar nos próprios deveres com esquecimento de pretensos direitos;
servir e passar - EIS O ELEVADO PROGRAMA que, realizado na medida das possibilidades de cada um, constituirá penhor de alegria e paz, felicidade e progresso, neste e no plano espiritual.
Reconhecendo, com toda a sinceridade, a nossa incapacidade de, por agora, executar tal programa, forte demais para a nossa fraqueza, podemos, contudo, esforçar-nos no sentido do gradativo afeiçoamento a ele, considerando a oportuna advertência de Emmanuel:
- «Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as claridades sem vacilar.»
Ainda Emmanuel recorda que «as afeições familiares, os laços consanguíneos e as simpatias naturais podem ser manifestações muito santas da alma, quando a criatura se eleva no altar do sentimento superior;
contudo, é razoável que o Espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias».
«O equilíbrio é a posição ideal.»
«A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.»
Colocando Jesus Cristo no vértice das nossas aspirações, aprenderemos, com o Bem-aventurado Aflito da Crucificação, a amar sem exigências, a servir com alegria, a conservar a liberdade da nossa mente e a paz do nosso coração.
Aceitando-o, efectivamente, como Sol Espiritual que aquece, com o seu Amor, desde o Princípio, a Terra inteira, a ninguém escravizaremos.
E a única escravização a que nos submeteremos será à do dever bem cumprido...
Retirado de Estudando a Mediunidade - FEB
§.§.§- O-canto-da-ave
Enquanto os nossos sentimentos afectivos não assinalarem o altruísmo, a elevação, a pureza e o espírito de renúncia peculiares ao discípulo sincero do Evangelho, o nosso caminho será pontilhado das mais desagradáveis surpresas, estejamos na libré da carne ou no Mundo dos Espíritos.
Amar sem ideia de recompensa;
ajudar sem esperar retribuição;
pensar nos próprios deveres com esquecimento de pretensos direitos;
servir e passar - EIS O ELEVADO PROGRAMA que, realizado na medida das possibilidades de cada um, constituirá penhor de alegria e paz, felicidade e progresso, neste e no plano espiritual.
Reconhecendo, com toda a sinceridade, a nossa incapacidade de, por agora, executar tal programa, forte demais para a nossa fraqueza, podemos, contudo, esforçar-nos no sentido do gradativo afeiçoamento a ele, considerando a oportuna advertência de Emmanuel:
- «Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as claridades sem vacilar.»
Ainda Emmanuel recorda que «as afeições familiares, os laços consanguíneos e as simpatias naturais podem ser manifestações muito santas da alma, quando a criatura se eleva no altar do sentimento superior;
contudo, é razoável que o Espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias».
«O equilíbrio é a posição ideal.»
«A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.»
Colocando Jesus Cristo no vértice das nossas aspirações, aprenderemos, com o Bem-aventurado Aflito da Crucificação, a amar sem exigências, a servir com alegria, a conservar a liberdade da nossa mente e a paz do nosso coração.
Aceitando-o, efectivamente, como Sol Espiritual que aquece, com o seu Amor, desde o Princípio, a Terra inteira, a ninguém escravizaremos.
E a única escravização a que nos submeteremos será à do dever bem cumprido...
Retirado de Estudando a Mediunidade - FEB
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Psicometria [2]
Psicometria [2]
André Luiz (espírito)
MECANISMO DA PSICOMETRIA
- Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto de objectos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionómica e as marcas digitais.
Destacaremos, assim, que, em certos indivíduos, a onda mental a expandir-se, quando em regime de «circuito fechado», na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do corpo físico, no estado natural de vigília.
O fluido nervoso ou força psíquica, a desarticular-se dos centros vitais, incorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dileção da vontade, conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais.
Ainda aqui, o fenómeno pode ser apreendido, guardando-se por base de observação as experiências do hipnotismo comum, nas quais o sensitivo muitas vezes pessoa em que a força nervosa está mais fracamente aderida ao carro fisiológico deixa escapar com facilidade essa mesma força, que passa, de pronto, ao impacto espiritual do magnetizador.
O hipnotizado, na profundez da hipnose, pode, então, libertar a sensibilidade e a motricidade, transpondo ao limitações conhecidas no cosmo físico.
Nestas ocorrências, sob a sugestão do magnetizador, o «sujet», com a energia mental de que dispõe, desassocia o fluido nervoso de certas regiões do veículo carnal, passando a registar sensações fora do corpo denso, em local sugerido pelo hipnotizador, ou impede que a mesma força circule em certo membro - um dos braços por exemplo -, que se faz praticamente insensível enquanto perdure a experiência, até que, ao toque positivo da vontade do magnetizador, ele mesmo reconduza o próprio pensamento revitalizante para o braço inerte, restituindo-lhe a energia psíquica temporariamente subtraída.
PSICOMETRIA E REFLEXO CONDICIONADO
- Nas pessoas dotadas de forte sensibilidade, basta o reflexo condicionado, por intermédio da oração ou da centralização de energia mental, para que, por si mesmas, desloquem mecanicamente a força nervosa correspondente a esse ou àquele centro vital do organismo fisiopsicossomático, entrando em relação com outros impérios vibratórios, dos quais extraem o material de suas observações psicométricas.
Aliás, é imperioso ponderar que semelhantes faculdades, plenamente evidenciadas nos portadores de sensibilidade mais extensamente extroversível, esboçam-se, de modo potencial, em todas as criaturas, através das sensações instintivas de simpatia ou antipatia com que se acolhem ou se repelem umas às outras, na permuta incessante de radiações.
Pela reflexão, cada Inteligência pressente, diante de outra, se está sendo defrontada por alguém favorável ou não à direcção nobre ou deprimente que escolheu para a própria vida.
Continua...
André Luiz (espírito)
MECANISMO DA PSICOMETRIA
- Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto de objectos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionómica e as marcas digitais.
Destacaremos, assim, que, em certos indivíduos, a onda mental a expandir-se, quando em regime de «circuito fechado», na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do corpo físico, no estado natural de vigília.
O fluido nervoso ou força psíquica, a desarticular-se dos centros vitais, incorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dileção da vontade, conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais.
Ainda aqui, o fenómeno pode ser apreendido, guardando-se por base de observação as experiências do hipnotismo comum, nas quais o sensitivo muitas vezes pessoa em que a força nervosa está mais fracamente aderida ao carro fisiológico deixa escapar com facilidade essa mesma força, que passa, de pronto, ao impacto espiritual do magnetizador.
O hipnotizado, na profundez da hipnose, pode, então, libertar a sensibilidade e a motricidade, transpondo ao limitações conhecidas no cosmo físico.
Nestas ocorrências, sob a sugestão do magnetizador, o «sujet», com a energia mental de que dispõe, desassocia o fluido nervoso de certas regiões do veículo carnal, passando a registar sensações fora do corpo denso, em local sugerido pelo hipnotizador, ou impede que a mesma força circule em certo membro - um dos braços por exemplo -, que se faz praticamente insensível enquanto perdure a experiência, até que, ao toque positivo da vontade do magnetizador, ele mesmo reconduza o próprio pensamento revitalizante para o braço inerte, restituindo-lhe a energia psíquica temporariamente subtraída.
PSICOMETRIA E REFLEXO CONDICIONADO
- Nas pessoas dotadas de forte sensibilidade, basta o reflexo condicionado, por intermédio da oração ou da centralização de energia mental, para que, por si mesmas, desloquem mecanicamente a força nervosa correspondente a esse ou àquele centro vital do organismo fisiopsicossomático, entrando em relação com outros impérios vibratórios, dos quais extraem o material de suas observações psicométricas.
Aliás, é imperioso ponderar que semelhantes faculdades, plenamente evidenciadas nos portadores de sensibilidade mais extensamente extroversível, esboçam-se, de modo potencial, em todas as criaturas, através das sensações instintivas de simpatia ou antipatia com que se acolhem ou se repelem umas às outras, na permuta incessante de radiações.
Pela reflexão, cada Inteligência pressente, diante de outra, se está sendo defrontada por alguém favorável ou não à direcção nobre ou deprimente que escolheu para a própria vida.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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FUNÇÃO DO PSICÓMETRA
- Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.
Efectuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por auto-decisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às acções no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.
INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM
- Como em qualquer actividade colectiva entre os homens, é forçoso convir que médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.
Igualmente, ai, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da acção.
E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencontrados ou encarnados da operação a realizar não guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes, invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.
Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objecto deliberadamente psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.
Quem apresenta ao psicómetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com isso, quando não tenha atraído para o objecto o interesse afectivo, no Plano Espiritual, terá desenhado mentalmente os seus traços ou quadros alusivos as reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para que ao percepções ultra-sensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.
CASO DE DESAPARECIMENTO
- Noutro aspecto, imaginemos que determinado objecto seja conduzido ao sensitivo para ser psicometrado, com vistas a certos objectivos.
Para clarear a asserção, suponhamos que uma pessoa acaba de desaparecer do quadro doméstico, sem deixar vestígio.
Buscas minuciosas são empreendidas sem resultado.
Lembra-se alguém de tomar-lhe um doa pertences de uso pessoal.
Um lenço por exemplo.
A recordação é submetida a exame de um médium que reside a longa distância, sem que informe algum lhe seja prestado.
O médium recolhe-se e, a breve tempo, voltando da profunda introspecção a que se entregou, descreve, com minúcias, a fisionomia e o carácter do proprietário, reporta-se ao desaparecimento dele, explora sobre pequeninos incidentes em torno do caso em lide, esclarece que o dono desencarnou, de repente, e informa o local em que o cadáver permanece.
Continua...
FUNÇÃO DO PSICÓMETRA
- Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.
Efectuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por auto-decisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às acções no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.
INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM
- Como em qualquer actividade colectiva entre os homens, é forçoso convir que médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.
Igualmente, ai, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da acção.
E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencontrados ou encarnados da operação a realizar não guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes, invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.
Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objecto deliberadamente psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.
Quem apresenta ao psicómetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com isso, quando não tenha atraído para o objecto o interesse afectivo, no Plano Espiritual, terá desenhado mentalmente os seus traços ou quadros alusivos as reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para que ao percepções ultra-sensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.
CASO DE DESAPARECIMENTO
- Noutro aspecto, imaginemos que determinado objecto seja conduzido ao sensitivo para ser psicometrado, com vistas a certos objectivos.
Para clarear a asserção, suponhamos que uma pessoa acaba de desaparecer do quadro doméstico, sem deixar vestígio.
Buscas minuciosas são empreendidas sem resultado.
Lembra-se alguém de tomar-lhe um doa pertences de uso pessoal.
Um lenço por exemplo.
A recordação é submetida a exame de um médium que reside a longa distância, sem que informe algum lhe seja prestado.
O médium recolhe-se e, a breve tempo, voltando da profunda introspecção a que se entregou, descreve, com minúcias, a fisionomia e o carácter do proprietário, reporta-se ao desaparecimento dele, explora sobre pequeninos incidentes em torno do caso em lide, esclarece que o dono desencarnou, de repente, e informa o local em que o cadáver permanece.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Verifica-se a exactidão de todas as notas e, comummente, atribui-se ao psicómetra a autoria integral da descoberta.
Entretanto, analisado o episódio do Plano Espiritual, outras facetas ele revela à visão do observador.
Desencarnado o amigo a que aludimos, afeições que ele possua na esfera extra física interessam-se em ajuda-lo, auxilio esse que os estende, naturalmente, à sua equipe doméstica.
Pensamentos agoniados daqueles que ficaram e pensamentos ansiosos dos que residem na vanguarda do Espírito entrecruzam-se na procura movimentada.
Alguém sugere a remessa do lenço para investigações psicométricas e a solução aparece coroada de êxito.
Os encarnados vêem habitualmente apenas o sensitivo que entrou em função, mas se esquecem, não raro, dar Inteligências desencarnadas que se lhe incorporam à onda mental, fornecendo-lhe todos os avisos e instruções, atinentes ao feito.
AGENTES INDUZIDOS
- Todos os objectos e ambientes psicometrados são, quase sempre, francos mediadores entre a esfera física e a esfera extra-física, à maneira de agentes fortemente induzidos, estabelecendo factores de telementação entre os dois planos.
Nada difícil, portanto, entender que, ainda aí prevalece o problema do merecimento e da companhia.
Se o consulente e o experimentador não se revestem de qualidades morais respeitáveis para o encontro do melhor a obter, podem carrear à presença do sensitivo elementos desencarnados menos afins com a tarefa superior a que se propõem, e, se o intermediário humano não está espiritualmente seguro, a consulta ou a experiência resulta em fracasso perfeitamente compreensível.
Nossas anotações, demonstrando o extenso campo da influenciação dos desencarnados, em todas as ocorrências da psicometria, não excluem, como é natural, o reconhecimento de que a matéria assinala sistemas de vibrações, criados pelos contactos com os homens e com os seres inferiores da Natureza, possibilitando as observações inabituais das pessoas dotadas de poderes sensoriais mais profundos, como por exemplo na visão, através de corpos Opacos, na clarividência e na clariaudiência telementadas, na apreensão críptica da sensibilidade e nos diversos recursos radiestésicos que se filiam notadamente aos chamados fenómenos de telestesia.
(do livro Mecanismos da Mediunidade - F C Xavier / André Luiz – FEB)
§.§.§- O-canto-da-ave
Verifica-se a exactidão de todas as notas e, comummente, atribui-se ao psicómetra a autoria integral da descoberta.
Entretanto, analisado o episódio do Plano Espiritual, outras facetas ele revela à visão do observador.
Desencarnado o amigo a que aludimos, afeições que ele possua na esfera extra física interessam-se em ajuda-lo, auxilio esse que os estende, naturalmente, à sua equipe doméstica.
Pensamentos agoniados daqueles que ficaram e pensamentos ansiosos dos que residem na vanguarda do Espírito entrecruzam-se na procura movimentada.
Alguém sugere a remessa do lenço para investigações psicométricas e a solução aparece coroada de êxito.
Os encarnados vêem habitualmente apenas o sensitivo que entrou em função, mas se esquecem, não raro, dar Inteligências desencarnadas que se lhe incorporam à onda mental, fornecendo-lhe todos os avisos e instruções, atinentes ao feito.
AGENTES INDUZIDOS
- Todos os objectos e ambientes psicometrados são, quase sempre, francos mediadores entre a esfera física e a esfera extra-física, à maneira de agentes fortemente induzidos, estabelecendo factores de telementação entre os dois planos.
Nada difícil, portanto, entender que, ainda aí prevalece o problema do merecimento e da companhia.
Se o consulente e o experimentador não se revestem de qualidades morais respeitáveis para o encontro do melhor a obter, podem carrear à presença do sensitivo elementos desencarnados menos afins com a tarefa superior a que se propõem, e, se o intermediário humano não está espiritualmente seguro, a consulta ou a experiência resulta em fracasso perfeitamente compreensível.
Nossas anotações, demonstrando o extenso campo da influenciação dos desencarnados, em todas as ocorrências da psicometria, não excluem, como é natural, o reconhecimento de que a matéria assinala sistemas de vibrações, criados pelos contactos com os homens e com os seres inferiores da Natureza, possibilitando as observações inabituais das pessoas dotadas de poderes sensoriais mais profundos, como por exemplo na visão, através de corpos Opacos, na clarividência e na clariaudiência telementadas, na apreensão críptica da sensibilidade e nos diversos recursos radiestésicos que se filiam notadamente aos chamados fenómenos de telestesia.
(do livro Mecanismos da Mediunidade - F C Xavier / André Luiz – FEB)
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Todo médium é anímico?
Todo médium é anímico?
Luiz Gonzaga Pinheiro
"Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium ou se é outro Espírito?
- Pela natureza das comunicações.
Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. "
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec (Cap. XIX, questão 223. § 3)
Em se definindo animismo como a narrativa de factos actuais ou passados que repontam do inconsciente do médium para o consciente, podemos dizer que, a princípio, quando não educados, os candidatos ao exercício da mediunidade são anímicos, em sua grande maioria.
Como somos Espíritos imortais em longa excursão pelos cenários terrestres, alternando a vestimenta carnal entre o feminino e o masculino, assimilando diversos hábitos regionais e linguísticos, vivendo tempos de paz e de discórdia, é natural que muitos eventos nos marquem emocionalmente, registando-se de maneira férrea nos arquivos do inconsciente.
Sob a influência de um indutor, um estímulo que se assemelha ao que foi gravado, gera-se uma ponte inconsciente/consciente, podendo, através dessa evocação, ser externado com aparência de realidade actual, aquilo que foi vivido mas não esquecido ou superado.
Conheci um médium que, havendo praticado o suicídio por duas encarnações seguidas, passou anos na mesa mediúnica a transmitir psicofonicamente as comunicações de dezenas de suicidas.
– Apenas animismo - diziam-nos em segredo os mentores espirituais.
O companheiro praticava a catarse dos longos sofrimentos que lhe cristalizaram na mente os esgares, a sufocação, o fogo na pele, a dor superlativa dos dois géneros de suicídios pelos quais passara.
A doutrinação era exercida como se realmente ali estivéssemos em contacto com um comunicante desencarnado trazido para o atendimento fraterno.
No entanto, sabíamos estar falando directamente ao Espírito do médium, que, portando cristalizações de difícil neutralização, sofria, através das reminiscências afloradas, o drama a que estava vinculado.
Esse período de animismo varia de aprendiz para aprendiz, conforme sejam as marcas emocionais que transporta.
O género não influi muito.
Um estigma é sempre um estigma.
Doloroso ou terno, depende do indutor que o faça aflorar, sendo justo que os sofrimentos, pela ulceração que imprimem na alma, sejam evocados com frequência, pelo carácter peculiar do mundo de provas e expiações em que vivemos, onde a dor é o inquilino pontual e assíduo na convivência com os terrícolas.
Acontecimentos ditosos, mas que deixaram saudade, nostalgia, ansiedade, misto de ternura e tristeza, também são arrancados do inconsciente pela ideia indutora que estabeleça uma sintonia com o que foi vivenciado.
Até mesmo uma emoção mais fome cultivada na actual encarnação, tal como a admiração profunda por santos e heróis a traduzir-se em fanatismo, pode gerar ideias obsidentes ou cristalizações duradouras, que, nesta ou em outras encarnações, retornam à cena via catarse, para que o médium possa produzir favoravelmente, desobstruindo o canal mediúnico para mensagens dos Espíritos e não de suas mensagens próprias ou espirituais ainda mescladas de personalismo.
Saliente-se que, se o médium, ao receber a mensagem do comunicante, a traduz em linguajar mais culto ou menos intelectual, sem prejuízo da sua essência, não é anímico.
Há-de se analisar o nível cultural, o estudo, a fluência, o grau de evolução enfim, de cada indivíduo, encarnado ou desencarnado.
Concluímos afirmando que nem todos os médiuns são anímicos.
Alguns o são por ideias e emoções cristalizadas no passado, enquanto outros o serão por ideias e emoções cristalizadas no presente.
Será assim, enquanto o amor não constar como regra de convivência e remédio salutar para os dramas do mundo.
Retirado de "Mediunidade. Tire suas dúvidas" – Editora EME
§.§.§- O-canto-da-ave
Luiz Gonzaga Pinheiro
"Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium ou se é outro Espírito?
- Pela natureza das comunicações.
Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. "
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec (Cap. XIX, questão 223. § 3)
Em se definindo animismo como a narrativa de factos actuais ou passados que repontam do inconsciente do médium para o consciente, podemos dizer que, a princípio, quando não educados, os candidatos ao exercício da mediunidade são anímicos, em sua grande maioria.
Como somos Espíritos imortais em longa excursão pelos cenários terrestres, alternando a vestimenta carnal entre o feminino e o masculino, assimilando diversos hábitos regionais e linguísticos, vivendo tempos de paz e de discórdia, é natural que muitos eventos nos marquem emocionalmente, registando-se de maneira férrea nos arquivos do inconsciente.
Sob a influência de um indutor, um estímulo que se assemelha ao que foi gravado, gera-se uma ponte inconsciente/consciente, podendo, através dessa evocação, ser externado com aparência de realidade actual, aquilo que foi vivido mas não esquecido ou superado.
Conheci um médium que, havendo praticado o suicídio por duas encarnações seguidas, passou anos na mesa mediúnica a transmitir psicofonicamente as comunicações de dezenas de suicidas.
– Apenas animismo - diziam-nos em segredo os mentores espirituais.
O companheiro praticava a catarse dos longos sofrimentos que lhe cristalizaram na mente os esgares, a sufocação, o fogo na pele, a dor superlativa dos dois géneros de suicídios pelos quais passara.
A doutrinação era exercida como se realmente ali estivéssemos em contacto com um comunicante desencarnado trazido para o atendimento fraterno.
No entanto, sabíamos estar falando directamente ao Espírito do médium, que, portando cristalizações de difícil neutralização, sofria, através das reminiscências afloradas, o drama a que estava vinculado.
Esse período de animismo varia de aprendiz para aprendiz, conforme sejam as marcas emocionais que transporta.
O género não influi muito.
Um estigma é sempre um estigma.
Doloroso ou terno, depende do indutor que o faça aflorar, sendo justo que os sofrimentos, pela ulceração que imprimem na alma, sejam evocados com frequência, pelo carácter peculiar do mundo de provas e expiações em que vivemos, onde a dor é o inquilino pontual e assíduo na convivência com os terrícolas.
Acontecimentos ditosos, mas que deixaram saudade, nostalgia, ansiedade, misto de ternura e tristeza, também são arrancados do inconsciente pela ideia indutora que estabeleça uma sintonia com o que foi vivenciado.
Até mesmo uma emoção mais fome cultivada na actual encarnação, tal como a admiração profunda por santos e heróis a traduzir-se em fanatismo, pode gerar ideias obsidentes ou cristalizações duradouras, que, nesta ou em outras encarnações, retornam à cena via catarse, para que o médium possa produzir favoravelmente, desobstruindo o canal mediúnico para mensagens dos Espíritos e não de suas mensagens próprias ou espirituais ainda mescladas de personalismo.
Saliente-se que, se o médium, ao receber a mensagem do comunicante, a traduz em linguajar mais culto ou menos intelectual, sem prejuízo da sua essência, não é anímico.
Há-de se analisar o nível cultural, o estudo, a fluência, o grau de evolução enfim, de cada indivíduo, encarnado ou desencarnado.
Concluímos afirmando que nem todos os médiuns são anímicos.
Alguns o são por ideias e emoções cristalizadas no passado, enquanto outros o serão por ideias e emoções cristalizadas no presente.
Será assim, enquanto o amor não constar como regra de convivência e remédio salutar para os dramas do mundo.
Retirado de "Mediunidade. Tire suas dúvidas" – Editora EME
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Videntes, profetas e médiuns
Videntes, profetas e médiuns
Lino Teles
Há na Bíblia muitos episódios de alto interesse para o estudo do Espiritismo e que nos passam despercebidos.
Vamos lembrar, aqui, um tópico que nos revela muitas coisas sobre a Mediunidade e o mau uso que faziam dela, como ainda fazem, (ou pelo menos tentam fazer) as pessoas ignorantes de hoje.
Trata-se do 9º. o capítulo do Primeiro Livro de Samuel, livro que, entre os católicos, se denomina (erradamente) Primeiro Livro de Reis.
Havia um fazendeiro chamado Kish, que tinha um filho jovem, belo, de alta estatura, de nome Saul.
Das pastagens do fazendeiro sumiram desapareceram umas jumentas e o pai determinou ao filho que tomasse consigo um servo para acompanhá-lo e fossem procurar, pelas vizinhanças, as jumentas sumidas.
Em vão procuraram por toda a parte, sem obterem noticias.
Já desanimados de tanto vagar inutilmente pelas serras, pensaram em regressar à fazenda, para não causarem preocupações ao fazendeiro pela sua longa ausência;
mas, o servo de Saul sabia que, perto dali, na cidade de Suph, havia um famoso vidente chamado Samuel, que talvez lhes pudesse dar informações sobre o paradeiro dos animais.
Era a tentativa de empregar para finalidades materiais egoísticas, como certas pessoas ainda tentam fazer hoje.
Combinaram ir ter com Samuel, mas não tinham nada para levar ao vidente.
Era costume gratificar com alguma coisa, os médiuns como ainda tentam fazer hoje, embora isto seja severamente proibido.
Mas, o criado tinha uma moeda de prata e se prontificou a doá-la a Samuel.
No versículo 9º. vem esta definição muito interessante:
...aquele que hoje se chama profeta se chamava antes vidente.
Foram visitar Samuel, que os recebeu muito bem, deu-lhes hospedagem em sua casa, tranquilizou-os quanto ao reaparecimento das jumentas, que àquelas horas já tinham sido reencontradas na fazenda e lhes revelou que Saul seria o primeiro rei de Israel.
No dia anterior Samuel havia recebido do Alto a comunicação sobre a vinda de Saul e a missão que lhe estava destinada, de ser o primeiro rei de Israel, que, por esse tempo ainda não era reino.
O reinado de Saul está todo repleto de factos espíritas:
ele se desviou de sua missão, caiu em poder de um espírito obsessor, fez a celebre visita a médium de Endor, que se acha relatada no mesmo livro, capítulo 28, vers.8 a 19.
Mas tudo isso já é outra história.
Por agora só nos interessa lembrar que:
1. A mediunidade era muito conhecida entre os antigos judeus.
2. Chamavam os médiuns de videntes.
3. Consultavam os médiuns sobre os mais diferentes assuntos.
4. Davam presentes aos médiuns.
5. Recebiam dos médiuns instruções religiosas e informações materiais.
6. Tentavam rebaixar a mediunidade à categoria de agências de informações sobre seus interesses imediatos.
7. Os médiuns superiores tratavam de assuntos elevados e da alta administração do estado.
8. O mundo espiritual deferia missões especiais e, nem sempre, o missionário cumpria, fielmente, sua tarefa.
9. Os desvios da missão ocasionavam a perda do missionário, que era substituído por outro (Saul foi substituído por David).
10. O povo acreditava nas mensagens dos videntes, para o bem e para o mal.
Pouco progredimos em 3.500 anos porque, ainda hoje, muita gente procede como os antigos judeus do tempo de Samuel, ou seja, deturpando o verdadeiro objectivo da mediunidade.
Publicado em O Reformador.
§.§.§- O-canto-da-ave
Lino Teles
Há na Bíblia muitos episódios de alto interesse para o estudo do Espiritismo e que nos passam despercebidos.
Vamos lembrar, aqui, um tópico que nos revela muitas coisas sobre a Mediunidade e o mau uso que faziam dela, como ainda fazem, (ou pelo menos tentam fazer) as pessoas ignorantes de hoje.
Trata-se do 9º. o capítulo do Primeiro Livro de Samuel, livro que, entre os católicos, se denomina (erradamente) Primeiro Livro de Reis.
Havia um fazendeiro chamado Kish, que tinha um filho jovem, belo, de alta estatura, de nome Saul.
Das pastagens do fazendeiro sumiram desapareceram umas jumentas e o pai determinou ao filho que tomasse consigo um servo para acompanhá-lo e fossem procurar, pelas vizinhanças, as jumentas sumidas.
Em vão procuraram por toda a parte, sem obterem noticias.
Já desanimados de tanto vagar inutilmente pelas serras, pensaram em regressar à fazenda, para não causarem preocupações ao fazendeiro pela sua longa ausência;
mas, o servo de Saul sabia que, perto dali, na cidade de Suph, havia um famoso vidente chamado Samuel, que talvez lhes pudesse dar informações sobre o paradeiro dos animais.
Era a tentativa de empregar para finalidades materiais egoísticas, como certas pessoas ainda tentam fazer hoje.
Combinaram ir ter com Samuel, mas não tinham nada para levar ao vidente.
Era costume gratificar com alguma coisa, os médiuns como ainda tentam fazer hoje, embora isto seja severamente proibido.
Mas, o criado tinha uma moeda de prata e se prontificou a doá-la a Samuel.
No versículo 9º. vem esta definição muito interessante:
...aquele que hoje se chama profeta se chamava antes vidente.
Foram visitar Samuel, que os recebeu muito bem, deu-lhes hospedagem em sua casa, tranquilizou-os quanto ao reaparecimento das jumentas, que àquelas horas já tinham sido reencontradas na fazenda e lhes revelou que Saul seria o primeiro rei de Israel.
No dia anterior Samuel havia recebido do Alto a comunicação sobre a vinda de Saul e a missão que lhe estava destinada, de ser o primeiro rei de Israel, que, por esse tempo ainda não era reino.
O reinado de Saul está todo repleto de factos espíritas:
ele se desviou de sua missão, caiu em poder de um espírito obsessor, fez a celebre visita a médium de Endor, que se acha relatada no mesmo livro, capítulo 28, vers.8 a 19.
Mas tudo isso já é outra história.
Por agora só nos interessa lembrar que:
1. A mediunidade era muito conhecida entre os antigos judeus.
2. Chamavam os médiuns de videntes.
3. Consultavam os médiuns sobre os mais diferentes assuntos.
4. Davam presentes aos médiuns.
5. Recebiam dos médiuns instruções religiosas e informações materiais.
6. Tentavam rebaixar a mediunidade à categoria de agências de informações sobre seus interesses imediatos.
7. Os médiuns superiores tratavam de assuntos elevados e da alta administração do estado.
8. O mundo espiritual deferia missões especiais e, nem sempre, o missionário cumpria, fielmente, sua tarefa.
9. Os desvios da missão ocasionavam a perda do missionário, que era substituído por outro (Saul foi substituído por David).
10. O povo acreditava nas mensagens dos videntes, para o bem e para o mal.
Pouco progredimos em 3.500 anos porque, ainda hoje, muita gente procede como os antigos judeus do tempo de Samuel, ou seja, deturpando o verdadeiro objectivo da mediunidade.
Publicado em O Reformador.
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Comunicação com os mortos na Bíblia
Comunicação com os mortos na Bíblia
Paulo da Silva Neto Sobrinho
A maior ignorância é a que não sabe e crê saber, pois dá origem a todos os erros que cometemos com nossa inteligência.
(SÓCRATES).
Tão surpreendente quanto a naturalidade das pessoas em emitirem juízo sobre algo que pouco sabem, é seu desinteresse em melhor informarem-se.
(LOEFFLER).
Se não se convencem pelos factos, menos o fariam pelo raciocínio.
(KARDEC).
Introdução
Dentre vários outros, a comunicação com os chamados mortos é um dos princípios básicos do Espiritismo, inclusive podemos dizer que é um dos fundamentais, pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço doutrinário.
Na conclusão de O Livro dos Espíritos, Kardec argumenta que:
“Esses fenómenos... não são mais sobrenaturais que todos os fenómenos aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos numa outra época.
Todos os fenómenos espíritas, sem excepção, são a consequência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza, poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas”.
(p. 401).
Essa abordagem de Kardec é necessária, pois apesar de muitos considerarem tais fenómenos como sobrenaturais, enquanto que inúmeros outros os quererem como fenómenos de ordem religiosa, as duas teses são incorrectas.
A origem deles é espontânea e natural e ocorrem conforme as leis Naturais que regem não só o contacto entre o mundo material e o espiritual, mas toda a complexa interacção que mantém o equilíbrio universal.
Por isso não precisaríamos relacioná-los, nem mesmo buscar comprovação de sua realidade, entre as narrativas bíblicas.
A Bíblia, apesar de merecer de todos nós o devido respeito, por ser um livro considerado sagrado por várias correntes religiosas, não é, nunca foi e jamais será um livro que contém todas as leis que regem o Universo, nem tão pouco o que acontece em função das leis naturais, portanto, divinas, já desvendadas pelo homem.
A Ciência vem, ao longo dos tempos, demonstrando a impossibilidade de serem verdadeiros certos factos narrados pelos autores da Bíblia, como também, trazendo outros que nem supunham existir.
A Terra como o centro do Universo, Adão e Eva como o primeiro casal humano, entre inúmeros outros pontos da Bíblia, que não poderão ser mais considerados como verdades, uma vez que a Ciência provou o contrário.
A fertilização in vitro, a ida do homem ao espaço, a clonagem, o transplante de órgãos, esse computador com o qual estamos escrevendo, como milhares de outras maravilhas descobertas pela Ciência não se encontram profetizadas, em uma linha sequer, nas Escrituras Sagradas.
Continua...
Paulo da Silva Neto Sobrinho
A maior ignorância é a que não sabe e crê saber, pois dá origem a todos os erros que cometemos com nossa inteligência.
(SÓCRATES).
Tão surpreendente quanto a naturalidade das pessoas em emitirem juízo sobre algo que pouco sabem, é seu desinteresse em melhor informarem-se.
(LOEFFLER).
Se não se convencem pelos factos, menos o fariam pelo raciocínio.
(KARDEC).
Introdução
Dentre vários outros, a comunicação com os chamados mortos é um dos princípios básicos do Espiritismo, inclusive podemos dizer que é um dos fundamentais, pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço doutrinário.
Na conclusão de O Livro dos Espíritos, Kardec argumenta que:
“Esses fenómenos... não são mais sobrenaturais que todos os fenómenos aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos numa outra época.
Todos os fenómenos espíritas, sem excepção, são a consequência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza, poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas”.
(p. 401).
Essa abordagem de Kardec é necessária, pois apesar de muitos considerarem tais fenómenos como sobrenaturais, enquanto que inúmeros outros os quererem como fenómenos de ordem religiosa, as duas teses são incorrectas.
A origem deles é espontânea e natural e ocorrem conforme as leis Naturais que regem não só o contacto entre o mundo material e o espiritual, mas toda a complexa interacção que mantém o equilíbrio universal.
Por isso não precisaríamos relacioná-los, nem mesmo buscar comprovação de sua realidade, entre as narrativas bíblicas.
A Bíblia, apesar de merecer de todos nós o devido respeito, por ser um livro considerado sagrado por várias correntes religiosas, não é, nunca foi e jamais será um livro que contém todas as leis que regem o Universo, nem tão pouco o que acontece em função das leis naturais, portanto, divinas, já desvendadas pelo homem.
A Ciência vem, ao longo dos tempos, demonstrando a impossibilidade de serem verdadeiros certos factos narrados pelos autores da Bíblia, como também, trazendo outros que nem supunham existir.
A Terra como o centro do Universo, Adão e Eva como o primeiro casal humano, entre inúmeros outros pontos da Bíblia, que não poderão ser mais considerados como verdades, uma vez que a Ciência provou o contrário.
A fertilização in vitro, a ida do homem ao espaço, a clonagem, o transplante de órgãos, esse computador com o qual estamos escrevendo, como milhares de outras maravilhas descobertas pela Ciência não se encontram profetizadas, em uma linha sequer, nas Escrituras Sagradas.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Apesar disso tudo, estaremos desenvolvendo esse estudo com a finalidade de constatar que a comunicação dos mortos está na Bíblia, não por nós, mas por aqueles que insistem em relacionar esses fenómenos como de cunho religioso e que, para serem verdadeiros, teriam que constar na Bíblia.
Passagens bíblicas para comprovação
A primeira coisa que teremos que buscar para apoio é algo que venha nos dar uma certeza da sobrevivência do espírito, pois ela é a peça fundamental nas comunicações.
Leiamos:
* Quanto a você [Abraão], irá reunir-se em paz com seus antepassados e será sepultado após uma velhice feliz.
(Gn 15,15).
* Quando Jacó acabou de dar instruções aos filhos, recolheu os pés na cama, expirou e se reuniu com seus antepassados.
(Gn 49,33).
* Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó.
(Mt 8,11).
* E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês:
“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”?
Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
(Mt 22,31-32).
Podemos concluir dessas passagens que há no homem algo que sobrevive à morte física.
Não haveria sentido algum dizer que uma pessoa, após a morte, irá se reunir com seus antepassados, se não se acreditasse na sobrevivência do espírito.
Além disso, para que ocorra a possibilidade de alguém poder “sentar à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó” teria que ser porque esses patriarcas estão tão vivos quanto nós.
A não ser que Jesus tenha nos enganado quando disse, em se referindo a esses três personagens, que Deus é Deus de vivos.
Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos eram factos corriqueiros na vida dos hebreus.
Por outro lado, quase todos os povos, com quem mantiveram contacto, tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia.
O Dicionário Bíblico Universal nos dá a seguinte explicação sobre ela:
- Meio de adivinhação interrogando um morto.
Babilónios, egípcios, gregos a praticavam.
Heliodoro, autor grego do III ou do século IV d.C., relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm
(Etíope 6,14).
O Deuteronómio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos”
(18,11).
Continua...
Apesar disso tudo, estaremos desenvolvendo esse estudo com a finalidade de constatar que a comunicação dos mortos está na Bíblia, não por nós, mas por aqueles que insistem em relacionar esses fenómenos como de cunho religioso e que, para serem verdadeiros, teriam que constar na Bíblia.
Passagens bíblicas para comprovação
A primeira coisa que teremos que buscar para apoio é algo que venha nos dar uma certeza da sobrevivência do espírito, pois ela é a peça fundamental nas comunicações.
Leiamos:
* Quanto a você [Abraão], irá reunir-se em paz com seus antepassados e será sepultado após uma velhice feliz.
(Gn 15,15).
* Quando Jacó acabou de dar instruções aos filhos, recolheu os pés na cama, expirou e se reuniu com seus antepassados.
(Gn 49,33).
* Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó.
(Mt 8,11).
* E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês:
“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”?
Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
(Mt 22,31-32).
Podemos concluir dessas passagens que há no homem algo que sobrevive à morte física.
Não haveria sentido algum dizer que uma pessoa, após a morte, irá se reunir com seus antepassados, se não se acreditasse na sobrevivência do espírito.
Além disso, para que ocorra a possibilidade de alguém poder “sentar à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó” teria que ser porque esses patriarcas estão tão vivos quanto nós.
A não ser que Jesus tenha nos enganado quando disse, em se referindo a esses três personagens, que Deus é Deus de vivos.
Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos eram factos corriqueiros na vida dos hebreus.
Por outro lado, quase todos os povos, com quem mantiveram contacto, tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia.
O Dicionário Bíblico Universal nos dá a seguinte explicação sobre ela:
- Meio de adivinhação interrogando um morto.
Babilónios, egípcios, gregos a praticavam.
Heliodoro, autor grego do III ou do século IV d.C., relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm
(Etíope 6,14).
O Deuteronómio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos”
(18,11).
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul
(1Sm 28,3B).
Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel
(28, 7-25):
patético, o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia.
Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida
(Is 8,19):
parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra”
(29,4).
Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma
(2Rs 23,24).
Então o Deuteronómio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efectuada pelo Senhor em favor de Israel
(18,12).
O Levítico considera a necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento
(19,31; 20,27). (Pág. 556).
Iremos ver, no decorrer desse estudo, algumas dessas passagens, mas, por hora, apenas destacaremos:
* Não se dirijam aos necromantes, nem consultem adivinhos, porque eles tornariam vocês impuros. Eu sou Javé, o Deus de vocês.
(Lv 19,31).
* Quem recorrer aos necromantes e adivinhos, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra esse homem e o eliminarei do seu povo.
(Lv 20,6).
* Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.
Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos;
pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor;
e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti.
Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.
Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores;
porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa.
(Dt 18,9-14).
As três passagens acima dizem respeito à adivinhação e à necromancia – que é um tipo de adivinhação, conforme explicação, já citada, do dicionário –, devemos observar que elas se encontram entre as proibições.
Continua...
Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul
(1Sm 28,3B).
Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel
(28, 7-25):
patético, o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia.
Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida
(Is 8,19):
parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra”
(29,4).
Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma
(2Rs 23,24).
Então o Deuteronómio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efectuada pelo Senhor em favor de Israel
(18,12).
O Levítico considera a necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento
(19,31; 20,27). (Pág. 556).
Iremos ver, no decorrer desse estudo, algumas dessas passagens, mas, por hora, apenas destacaremos:
* Não se dirijam aos necromantes, nem consultem adivinhos, porque eles tornariam vocês impuros. Eu sou Javé, o Deus de vocês.
(Lv 19,31).
* Quem recorrer aos necromantes e adivinhos, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra esse homem e o eliminarei do seu povo.
(Lv 20,6).
* Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.
Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos;
pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor;
e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti.
Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.
Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores;
porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa.
(Dt 18,9-14).
As três passagens acima dizem respeito à adivinhação e à necromancia – que é um tipo de adivinhação, conforme explicação, já citada, do dicionário –, devemos observar que elas se encontram entre as proibições.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, .... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.
Por outro lado, a grande questão a ser levantada é:
os mortos atendiam às evocações ou não?
Se não, porquê da proibição?
Seria ilógico proibir algo que não acontece.
Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição.
Duas podemos destacar.
A primeira é que consideravam deuses os espíritos dos mortos, mais à frente iremos ver sobre isso, quando falarmos de 1Sm 28.
Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a ideia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina.
As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras.
A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar-se aos mortos.
Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul que iremos ver logo à frente, ou para situações até ridículas, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente, para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.
A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tinha poderes para fazer consultas a Deus, ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo.
Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus, por meio dos profetas, é que Moisés disse que:
“Javé seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês ouvirão”.
(Dt 18,15).
Elucidamos essa questão com o seguinte passo:
“Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer:
'Vamos ao vidente'.
Porque, em lugar de 'profeta', como se diz hoje, dizia-se 'vidente'”.
(1Sm 9,9).
O que é vidente senão quem tem a faculdade de ver os espíritos?
Poderá, em alguns casos, ver inclusive o futuro, daí a ideia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta.
Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, pela explicação dada à passagem Dt 18,9-22:
“Contrapõem-se nitidamente duas formas de profetismo ou de mediação entre os homens e Deus.
Continua...
A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, .... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.
Por outro lado, a grande questão a ser levantada é:
os mortos atendiam às evocações ou não?
Se não, porquê da proibição?
Seria ilógico proibir algo que não acontece.
Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição.
Duas podemos destacar.
A primeira é que consideravam deuses os espíritos dos mortos, mais à frente iremos ver sobre isso, quando falarmos de 1Sm 28.
Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a ideia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina.
As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras.
A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar-se aos mortos.
Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul que iremos ver logo à frente, ou para situações até ridículas, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente, para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.
A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tinha poderes para fazer consultas a Deus, ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo.
Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus, por meio dos profetas, é que Moisés disse que:
“Javé seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês ouvirão”.
(Dt 18,15).
Elucidamos essa questão com o seguinte passo:
“Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer:
'Vamos ao vidente'.
Porque, em lugar de 'profeta', como se diz hoje, dizia-se 'vidente'”.
(1Sm 9,9).
O que é vidente senão quem tem a faculdade de ver os espíritos?
Poderá, em alguns casos, ver inclusive o futuro, daí a ideia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta.
Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, pela explicação dada à passagem Dt 18,9-22:
“Contrapõem-se nitidamente duas formas de profetismo ou de mediação entre os homens e Deus.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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O profetismo de tipo cananeu, com suas práticas para conhecer o futuro, ou vontade dos deuses (v.9-14), visava controlar a divindade, tornando-a favorável ao homem.
Contra isso o Dt estabelece a mediação do ‘profeta como Moisés’ (v.15-22; cf. Ex 20,18-21), a cuja palavra, pronunciada em nome de Deus, o israelita deve obedecer”.
(Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 217).
É interessante que, neste momento, venhamos a dizer alguma coisa sobre profeta.
Buscaremos as informações com Dr. Severino Celestino, que nos diz:
A palavra profeta, em hebraico, significa “Navi”, no plural, “Neviim”.
Apresenta ainda outros significados como “roê” (videntes).
Veja I Samuel 9:9:
“antigamente em Israel, todos os que iam consultar IAHVÉH assim diziam:
vinde vamos ter com o vidente (roê);
porque aquele que hoje se chama profeta (navi), se chamava outrora vidente (roê)”.
A palavra vidente, em hebraico, também significa (chozê), pois, consultando o texto original, encontramos citações que usam o termo (roê) sendo que outras citam (chozê), como veremos adiante.
O vidente era, portanto, o homem a ser interrogado quando se queria consultar a Deus ou a um espírito e sua resposta era considerada resposta de Deus.
O termo profeta chegou ao português, derivado do grego (???) “prophétes” que significa “alguém que fala diante dos outros”.
No hebraico, o significado é bem mais amplo, possui uma raiz acádica que significa “chamar”, “falar em voz alta”, e interpretam-no como “orador, anunciador”.
(Analisando as Traduções Bíblicas, pp. 259-260).
(Grifos do original).
Dito isso, podemos agora concluir que Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade.
Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:
Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh.
Em seguida reuniu setenta anciãos dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda.
Iahweh desceu na Nuvem.
Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciãos.
Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram;
porém, nunca mais o fizeram.
Dois homens haviam permanecido no acampamento:
um deles se chamava Eldad e o outro Medad.
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O profetismo de tipo cananeu, com suas práticas para conhecer o futuro, ou vontade dos deuses (v.9-14), visava controlar a divindade, tornando-a favorável ao homem.
Contra isso o Dt estabelece a mediação do ‘profeta como Moisés’ (v.15-22; cf. Ex 20,18-21), a cuja palavra, pronunciada em nome de Deus, o israelita deve obedecer”.
(Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 217).
É interessante que, neste momento, venhamos a dizer alguma coisa sobre profeta.
Buscaremos as informações com Dr. Severino Celestino, que nos diz:
A palavra profeta, em hebraico, significa “Navi”, no plural, “Neviim”.
Apresenta ainda outros significados como “roê” (videntes).
Veja I Samuel 9:9:
“antigamente em Israel, todos os que iam consultar IAHVÉH assim diziam:
vinde vamos ter com o vidente (roê);
porque aquele que hoje se chama profeta (navi), se chamava outrora vidente (roê)”.
A palavra vidente, em hebraico, também significa (chozê), pois, consultando o texto original, encontramos citações que usam o termo (roê) sendo que outras citam (chozê), como veremos adiante.
O vidente era, portanto, o homem a ser interrogado quando se queria consultar a Deus ou a um espírito e sua resposta era considerada resposta de Deus.
O termo profeta chegou ao português, derivado do grego (???) “prophétes” que significa “alguém que fala diante dos outros”.
No hebraico, o significado é bem mais amplo, possui uma raiz acádica que significa “chamar”, “falar em voz alta”, e interpretam-no como “orador, anunciador”.
(Analisando as Traduções Bíblicas, pp. 259-260).
(Grifos do original).
Dito isso, podemos agora concluir que Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade.
Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:
Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh.
Em seguida reuniu setenta anciãos dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda.
Iahweh desceu na Nuvem.
Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciãos.
Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram;
porém, nunca mais o fizeram.
Dois homens haviam permanecido no acampamento:
um deles se chamava Eldad e o outro Medad.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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O Espírito repousou sobre eles;
ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos.
Puseram-se a profetizar no acampamento.
Um jovem correu e foi anunciar a Moisés:
“Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”.
Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse:
“Moisés, meu senhor, proíbe-os!”
Respondeu-lhe Moisés:
“Estás ciumento por minha causa?
Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!”
A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciãos de Israel.
Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.
Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra Espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia.
Mas afinal o que é Espírito?
Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico, pelo fenómeno da morte.
Assim, podemos perfeitamente aceitar que fora às vezes que atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.
Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje.
Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles, para sabermos suas verdadeiras intenções.
Citamos:
“Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...”
(1 Jo 4, 1).
Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contacto com os espíritos.
De facto, já que podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14).
Nela ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.
Ao lado dos espíritos, também vemos inúmeras manifestações do demónio.
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O Espírito repousou sobre eles;
ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos.
Puseram-se a profetizar no acampamento.
Um jovem correu e foi anunciar a Moisés:
“Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”.
Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse:
“Moisés, meu senhor, proíbe-os!”
Respondeu-lhe Moisés:
“Estás ciumento por minha causa?
Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!”
A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciãos de Israel.
Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.
Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra Espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia.
Mas afinal o que é Espírito?
Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico, pelo fenómeno da morte.
Assim, podemos perfeitamente aceitar que fora às vezes que atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.
Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje.
Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles, para sabermos suas verdadeiras intenções.
Citamos:
“Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...”
(1 Jo 4, 1).
Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contacto com os espíritos.
De facto, já que podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14).
Nela ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.
Ao lado dos espíritos, também vemos inúmeras manifestações do demónio.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Sobre ele, encontramos a seguinte informação, citada pela Dra. Edith Fiore, sobre o pensamento do historiador hebreu Flávio Josefo:
“Os demónios são os espíritos dos homens perversos”
(Possessão Espiritual, p. 29).
Com isso as manifestações espirituais se ampliam, pois agora se nos apresentam os demónios como espíritos de seres humanos desencarnados, ficando, portanto, provado que a Bíblia está repleta de fenómenos mediúnicos.
Onde há mediunidade haverá, consequentemente, manifestação espiritual, pouco importa a denominação que venha se dar aos que se apresentam aos encarnados, por essa via.
Vejamos, então, um caso específico relatado sobre uma consulta aos mortos.
Chamamos a sua atenção para o motivo da consulta, que não poderá passar despercebido, visto o termos citado como uma das causas da proibição de Moisés.
Leiamos:
Samuel tinha morrido.
Todo o Israel participara dos funerais, e o enterraram em Ramá, sua cidade.
De outro lado, Saul tinha expulsado do país os necromantes e adivinhos.
Os filisteus se concentraram e acamparam em Sunam.
Saul reuniu todo o Israel e acamparam em Gelboé.
Quando viu o acampamento dos filisteus, Saul teve medo e começou a tremer.
Consultou a Javé, porém Javé não lhe respondeu, nem por sonhos, nem pela sorte, nem pelos profetas.
Então Saul disse a seus servos:
- "Procurem uma necromante, para que eu faça uma consulta".
Os servos responderam:
- "Há uma necromante em Endor".
Saul se disfarçou, vestiu roupa de outro, e à noite, acompanhado de dois homens, foi encontrar-se com a mulher.
Saul disse a ela:
- "Quero que você me adivinhe o futuro, evocando os mortos.
Faça aparecer a pessoa que eu lhe disser".
A mulher, porém, respondeu:
- "Você sabe o que fez Saul, expulsando do país os necromantes e adivinhos.
Por que está armando uma cilada, para eu ser morta?"
Então Saul jurou por Javé:
- "Pela vida de Javé, nenhum mal vai lhe acontecer por causa disso".
A mulher perguntou:
- "Quem você quer que eu chame?"
Saul respondeu:
- "Chame Samuel".
Continua...
Sobre ele, encontramos a seguinte informação, citada pela Dra. Edith Fiore, sobre o pensamento do historiador hebreu Flávio Josefo:
“Os demónios são os espíritos dos homens perversos”
(Possessão Espiritual, p. 29).
Com isso as manifestações espirituais se ampliam, pois agora se nos apresentam os demónios como espíritos de seres humanos desencarnados, ficando, portanto, provado que a Bíblia está repleta de fenómenos mediúnicos.
Onde há mediunidade haverá, consequentemente, manifestação espiritual, pouco importa a denominação que venha se dar aos que se apresentam aos encarnados, por essa via.
Vejamos, então, um caso específico relatado sobre uma consulta aos mortos.
Chamamos a sua atenção para o motivo da consulta, que não poderá passar despercebido, visto o termos citado como uma das causas da proibição de Moisés.
Leiamos:
Samuel tinha morrido.
Todo o Israel participara dos funerais, e o enterraram em Ramá, sua cidade.
De outro lado, Saul tinha expulsado do país os necromantes e adivinhos.
Os filisteus se concentraram e acamparam em Sunam.
Saul reuniu todo o Israel e acamparam em Gelboé.
Quando viu o acampamento dos filisteus, Saul teve medo e começou a tremer.
Consultou a Javé, porém Javé não lhe respondeu, nem por sonhos, nem pela sorte, nem pelos profetas.
Então Saul disse a seus servos:
- "Procurem uma necromante, para que eu faça uma consulta".
Os servos responderam:
- "Há uma necromante em Endor".
Saul se disfarçou, vestiu roupa de outro, e à noite, acompanhado de dois homens, foi encontrar-se com a mulher.
Saul disse a ela:
- "Quero que você me adivinhe o futuro, evocando os mortos.
Faça aparecer a pessoa que eu lhe disser".
A mulher, porém, respondeu:
- "Você sabe o que fez Saul, expulsando do país os necromantes e adivinhos.
Por que está armando uma cilada, para eu ser morta?"
Então Saul jurou por Javé:
- "Pela vida de Javé, nenhum mal vai lhe acontecer por causa disso".
A mulher perguntou:
- "Quem você quer que eu chame?"
Saul respondeu:
- "Chame Samuel".
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Quando a mulher viu Samuel aparecer, deu um grito e falou para Saul:
- "Por que você me enganou? Você é Saul!"
O rei a tranquilizou:
- "Não tenha medo. O que você está vendo?"
A mulher respondeu:
- "Vejo um espírito subindo da terra".
Saul perguntou:
- "Qual é a aparência dele?"
A mulher respondeu:
- "É a de um ancião que sobe, vestido com um manto".
Então Saul compreendeu que era Samuel, e se prostrou com o rosto por terra.
Samuel perguntou a Saul:
- "Por que você me chamou, perturbando o meu descanso?"
Saul respondeu:
- "É que estou em situação desesperadora:
os filisteus estão guerreando contra mim.
Deus se afastou de mim e não me responde mais, nem pelos profetas, nem por sonhos.
Por isso, eu vim chamar você, para que me diga o que devo fazer".
Samuel respondeu:
- "Por que você veio me consultar, se Javé se afastou de você e se tornou seu inimigo?
Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim:
tirou de você a realeza e a entregou para Davi.
Porque você não obedeceu a Javé e não executou o ardor da ira dele contra Amalec.
É por isso que Javé hoje trata você desse modo.
E Javé vai entregar aos filisteus tanto você, como seu povo Israel.
Amanhã mesmo, você e seus filhos estarão comigo, e o acampamento de Israel também:
Javé o entregará nas mãos dos filisteus".
(1Sm 28,3-19)
Inicialmente, se diz que Saul consultou a Javé, como não obteve resposta, resolveu então procurar uma necromante para que, pessoalmente, pudesse consultar-se com um espírito.
Isso foi o que dissemos sobre uma das razões da proibição de Moisés.
Saul diante da necromante foi taxativo:
quero que adivinhe o futuro evocando um morto.
Aqui é o próprio rei que vai consultar-se com um morto, pelo motivo de querer saber o futuro.
Se os mortos nunca tivessem revelado o futuro, estaria o rei numa situação ridícula dessa?
Mas Saul não desejava consultar-se com qualquer um espírito, queria especificamente a presença de Samuel.
Após a evocação da mulher, o relato confirma que a necromante viu Samuel-espírito aparecer.
Sem margem a nenhuma dúvida.
Continua...
Quando a mulher viu Samuel aparecer, deu um grito e falou para Saul:
- "Por que você me enganou? Você é Saul!"
O rei a tranquilizou:
- "Não tenha medo. O que você está vendo?"
A mulher respondeu:
- "Vejo um espírito subindo da terra".
Saul perguntou:
- "Qual é a aparência dele?"
A mulher respondeu:
- "É a de um ancião que sobe, vestido com um manto".
Então Saul compreendeu que era Samuel, e se prostrou com o rosto por terra.
Samuel perguntou a Saul:
- "Por que você me chamou, perturbando o meu descanso?"
Saul respondeu:
- "É que estou em situação desesperadora:
os filisteus estão guerreando contra mim.
Deus se afastou de mim e não me responde mais, nem pelos profetas, nem por sonhos.
Por isso, eu vim chamar você, para que me diga o que devo fazer".
Samuel respondeu:
- "Por que você veio me consultar, se Javé se afastou de você e se tornou seu inimigo?
Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim:
tirou de você a realeza e a entregou para Davi.
Porque você não obedeceu a Javé e não executou o ardor da ira dele contra Amalec.
É por isso que Javé hoje trata você desse modo.
E Javé vai entregar aos filisteus tanto você, como seu povo Israel.
Amanhã mesmo, você e seus filhos estarão comigo, e o acampamento de Israel também:
Javé o entregará nas mãos dos filisteus".
(1Sm 28,3-19)
Inicialmente, se diz que Saul consultou a Javé, como não obteve resposta, resolveu então procurar uma necromante para que, pessoalmente, pudesse consultar-se com um espírito.
Isso foi o que dissemos sobre uma das razões da proibição de Moisés.
Saul diante da necromante foi taxativo:
quero que adivinhe o futuro evocando um morto.
Aqui é o próprio rei que vai consultar-se com um morto, pelo motivo de querer saber o futuro.
Se os mortos nunca tivessem revelado o futuro, estaria o rei numa situação ridícula dessa?
Mas Saul não desejava consultar-se com qualquer um espírito, queria especificamente a presença de Samuel.
Após a evocação da mulher, o relato confirma que a necromante viu Samuel-espírito aparecer.
Sem margem a nenhuma dúvida.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Quando descreve o que vê o próprio Saul reconhece ser o profeta Samuel que estava ali.
Facto confirmado, pela indubitável afirmativa de que foi o próprio Samuel quem fez uma pergunta a Saul.
Após a resposta de Saul, novamente, Samuel responde ao que veio o rei saber.
Algumas Bíblias ao invés de “vejo um espírito subindo da terra” traduzem por “vejo um deus subindo da Terra”.
A frase dessa maneira nos é explicada:
“A palavra hebraica para significar Deus, também designa os seres supra-humanos e, como neste caso, o espírito dos mortos.
Havia a convicção de que os espíritos dos mortos estavam encerrados no sheol, e este se situaria algures por baixo da terra”
(Bíblia Sagrada, Ed. Santuário, pág. 392).
Com isso, fica fácil entender por que Saul, após certificar-se de que Samuel-espírito estava ali, se prostra diante dele (v. 14).
Atitude própria de quem endeusava os espíritos e, conforme já o dissemos anteriormente, esse foi um dos motivos pelo qual Moisés proibiu a comunicação com os mortos.
A frase “Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim” tem a seguinte tradução em outras Bíblias:
“O Senhor fez como tinha anunciado pela minha boca”, do que podemos concluir que naquele momento não estava falando pela sua boca, usava a boca da mulher, pela qual confirmou o que tinha falado a Saul quando vivo, não deixando então nenhuma dúvida que era mesmo Samuel-espírito quem estava ali.
Estamos dizendo isso, porque com algumas interpretações distorcidas, bem à moda da casa, querem insinuar que quem se manifestou foi o demónio.
A isso, poderemos, além do que já dissemos, colocar para corroborar nosso pensamento uma explicação dada a 28,15-19:
O narrador, embora não aprove o proceder de Saul e da mulher (v. 15), acredita que Samuel de facto apareceu e falou com Saul:
isso Deus podia permitir.
Logo, não é preciso pensar em manobra fraudulenta da mulher ou em intervenção diabólica....
(Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 330).
Por outro lado, ninguém conseguirá provar que em algum lugar da Bíblia está dizendo que os demónios aparecem no lugar dos espíritos evocados.
Assim, de modo claro e inequívoco, temos essa questão de que não são os demónios como definitivamente resolvida.
Não bastasse isso, a própria Bíblia confirma o ocorrido quando falando a respeito de Samuel está dito:
“Mesmo depois de sua morte, ele profetizou, predizendo ao rei o seu fim.
Mesmo do sepulcro, ele levantou a voz, numa profecia, para apagar a injustiça do povo”.
(Eclo 46,20).
Sabemos que os protestantes não possuem esse livro, mas como os católicos também afirmam que sua Bíblia não contém erros, pegamos a deles para a confirmação dessa ocorrência.
Continua...
Quando descreve o que vê o próprio Saul reconhece ser o profeta Samuel que estava ali.
Facto confirmado, pela indubitável afirmativa de que foi o próprio Samuel quem fez uma pergunta a Saul.
Após a resposta de Saul, novamente, Samuel responde ao que veio o rei saber.
Algumas Bíblias ao invés de “vejo um espírito subindo da terra” traduzem por “vejo um deus subindo da Terra”.
A frase dessa maneira nos é explicada:
“A palavra hebraica para significar Deus, também designa os seres supra-humanos e, como neste caso, o espírito dos mortos.
Havia a convicção de que os espíritos dos mortos estavam encerrados no sheol, e este se situaria algures por baixo da terra”
(Bíblia Sagrada, Ed. Santuário, pág. 392).
Com isso, fica fácil entender por que Saul, após certificar-se de que Samuel-espírito estava ali, se prostra diante dele (v. 14).
Atitude própria de quem endeusava os espíritos e, conforme já o dissemos anteriormente, esse foi um dos motivos pelo qual Moisés proibiu a comunicação com os mortos.
A frase “Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim” tem a seguinte tradução em outras Bíblias:
“O Senhor fez como tinha anunciado pela minha boca”, do que podemos concluir que naquele momento não estava falando pela sua boca, usava a boca da mulher, pela qual confirmou o que tinha falado a Saul quando vivo, não deixando então nenhuma dúvida que era mesmo Samuel-espírito quem estava ali.
Estamos dizendo isso, porque com algumas interpretações distorcidas, bem à moda da casa, querem insinuar que quem se manifestou foi o demónio.
A isso, poderemos, além do que já dissemos, colocar para corroborar nosso pensamento uma explicação dada a 28,15-19:
O narrador, embora não aprove o proceder de Saul e da mulher (v. 15), acredita que Samuel de facto apareceu e falou com Saul:
isso Deus podia permitir.
Logo, não é preciso pensar em manobra fraudulenta da mulher ou em intervenção diabólica....
(Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 330).
Por outro lado, ninguém conseguirá provar que em algum lugar da Bíblia está dizendo que os demónios aparecem no lugar dos espíritos evocados.
Assim, de modo claro e inequívoco, temos essa questão de que não são os demónios como definitivamente resolvida.
Não bastasse isso, a própria Bíblia confirma o ocorrido quando falando a respeito de Samuel está dito:
“Mesmo depois de sua morte, ele profetizou, predizendo ao rei o seu fim.
Mesmo do sepulcro, ele levantou a voz, numa profecia, para apagar a injustiça do povo”.
(Eclo 46,20).
Sabemos que os protestantes não possuem esse livro, mas como os católicos também afirmam que sua Bíblia não contém erros, pegamos a deles para a confirmação dessa ocorrência.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Ao que parece, a consulta aos mortos era facto tão corriqueiro, que, às vezes, era esperada, conforme podemos ver em Isaías:
“Quando disserem a vocês:
‘Consultem os espíritos e adivinhos, que sussurram e murmuram fórmulas;
por acaso, um povo não deve consultar seus deuses e consultar os mortos em favor dos vivos?’, comparem com a instrução e o atestado:
se o que disserem não estiver de acordo com o que aí está, então não haverá aurora para eles”.
(Is 8,19-20).
Isaías até sabia o que iriam dizer, realidade da época, com certeza.
Quanto à expressão seus deuses, explicam-nos que equivale a os espíritos dos antepassados
(Bíblia Sagrada, Ed. Ave Maria, pág. 950).
O que vem reforçar a justificativa para a proibição de Moisés, que buscava fazer o povo hebreu aceitar o Deus único.
Interessante que essa passagem irá nos remeter a uma outra, que fala exactamente dos antepassados, como uma explicação que nos ajudará a entendê-la.
Vejamo-la:
“Consulte as gerações passadas e observe a experiência de nossos antepassados.
Nós nascemos ontem e não sabemos nada.
Nossos dias são como sombra no chão.
Os nossos antepassados, no entanto, vão instruí-lo e falar a você com palavras tiradas da experiência deles”.
(Jó 8,8-10).
Considerando que à época não se tinha muita coisa escrita, e se tivesse talvez pouco adiantaria, pois poucos sabiam ler, só poderemos entender essa passagem como sendo uma consulta directa às gerações passadas.
O que em bom Português significa que isso ocorria através da consulta aos seus deuses, em outras palavras, aos espíritos dos antepassados, que pessoalmente viam transmitir suas experiências.
É notável que exactamente isso que está ocorrendo nos dias de hoje com os Espíritos, que, mesmo sem que tenham sido evocados para serem consultados, vêm livremente, com a permissão de Deus, é claro, nos passar as suas experiências pessoais, para que possamos aprender com elas, de modo que podemos evitar erros já cometidos por ignorância das leis divinas.
Uma coisa nós podemos considerar.
Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje?
Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece, nada mais nada mesmos do que, com o próprio Cristo.
Leiamos:
- Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha.
Continua...
Ao que parece, a consulta aos mortos era facto tão corriqueiro, que, às vezes, era esperada, conforme podemos ver em Isaías:
“Quando disserem a vocês:
‘Consultem os espíritos e adivinhos, que sussurram e murmuram fórmulas;
por acaso, um povo não deve consultar seus deuses e consultar os mortos em favor dos vivos?’, comparem com a instrução e o atestado:
se o que disserem não estiver de acordo com o que aí está, então não haverá aurora para eles”.
(Is 8,19-20).
Isaías até sabia o que iriam dizer, realidade da época, com certeza.
Quanto à expressão seus deuses, explicam-nos que equivale a os espíritos dos antepassados
(Bíblia Sagrada, Ed. Ave Maria, pág. 950).
O que vem reforçar a justificativa para a proibição de Moisés, que buscava fazer o povo hebreu aceitar o Deus único.
Interessante que essa passagem irá nos remeter a uma outra, que fala exactamente dos antepassados, como uma explicação que nos ajudará a entendê-la.
Vejamo-la:
“Consulte as gerações passadas e observe a experiência de nossos antepassados.
Nós nascemos ontem e não sabemos nada.
Nossos dias são como sombra no chão.
Os nossos antepassados, no entanto, vão instruí-lo e falar a você com palavras tiradas da experiência deles”.
(Jó 8,8-10).
Considerando que à época não se tinha muita coisa escrita, e se tivesse talvez pouco adiantaria, pois poucos sabiam ler, só poderemos entender essa passagem como sendo uma consulta directa às gerações passadas.
O que em bom Português significa que isso ocorria através da consulta aos seus deuses, em outras palavras, aos espíritos dos antepassados, que pessoalmente viam transmitir suas experiências.
É notável que exactamente isso que está ocorrendo nos dias de hoje com os Espíritos, que, mesmo sem que tenham sido evocados para serem consultados, vêm livremente, com a permissão de Deus, é claro, nos passar as suas experiências pessoais, para que possamos aprender com elas, de modo que podemos evitar erros já cometidos por ignorância das leis divinas.
Uma coisa nós podemos considerar.
Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje?
Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece, nada mais nada mesmos do que, com o próprio Cristo.
Leiamos:
- Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha.
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Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Artigos sobre a Mediunidade
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E se transfigurou diante deles:
o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz.
Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus:
"Senhor, é bom ficarmos aqui.
Se quiseres, vou fazer aqui três tendas:
uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias."
Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia:
"Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.
Escutem o que ele diz."
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra.
Jesus se aproximou, tocou neles e disse:
"Levantem-se, e não tenham medo."
Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus.
Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes:
- Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos".
(Mt 17,1-9).
Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias conversam pessoalmente com Jesus.
E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés-espírito não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina.
Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época.
Os partidários do demónio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o demónio quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus foi enganado pelo “pai da mentira”.
Podemos ainda ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação com os mortos, só disse aos discípulos para não contassem a ninguém sobre aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua ressurreição.
E se ele mesmo disse:
- “tudo que eu fiz vós podeis fazer e até mais” (Jo 14,12) os que se comunicam com os mortos estão seguindo o exemplo de Jesus.
Os cegos até poderão ficar contra, mas os de mente aberta não verão nenhum mal nisso.
Já encontramos pessoas que, querendo fugir do inevitável, afirmaram que Moisés e Elias não morreram, foram arrebatados.
A coisa é tão séria, que, no afã de se justificarem, desvirtuam a realidade mudando até mesmo narrativas bíblicas, pois, até onde sabemos, existe a passagem falando da morte e sepultura de Moisés, o que poderá ser comprovado em Dt 34,5-8.
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E se transfigurou diante deles:
o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz.
Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus:
"Senhor, é bom ficarmos aqui.
Se quiseres, vou fazer aqui três tendas:
uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias."
Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia:
"Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.
Escutem o que ele diz."
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra.
Jesus se aproximou, tocou neles e disse:
"Levantem-se, e não tenham medo."
Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus.
Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes:
- Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos".
(Mt 17,1-9).
Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias conversam pessoalmente com Jesus.
E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés-espírito não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina.
Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época.
Os partidários do demónio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o demónio quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus foi enganado pelo “pai da mentira”.
Podemos ainda ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação com os mortos, só disse aos discípulos para não contassem a ninguém sobre aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua ressurreição.
E se ele mesmo disse:
- “tudo que eu fiz vós podeis fazer e até mais” (Jo 14,12) os que se comunicam com os mortos estão seguindo o exemplo de Jesus.
Os cegos até poderão ficar contra, mas os de mente aberta não verão nenhum mal nisso.
Já encontramos pessoas que, querendo fugir do inevitável, afirmaram que Moisés e Elias não morreram, foram arrebatados.
A coisa é tão séria, que, no afã de se justificarem, desvirtuam a realidade mudando até mesmo narrativas bíblicas, pois, até onde sabemos, existe a passagem falando da morte e sepultura de Moisés, o que poderá ser comprovado em Dt 34,5-8.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Quanto a Elias é que se diz ter sido arrebatado.
Acredite quem quiser.
Mas o que faremos com o corpo físico na dimensão espiritual?
“O espírito é que dá vida a carne de nada serve”(Jo 6,63), “a carne e o sangue não podem herdar o reino do céu” (1Cor 15,50).
São passagens que contradizem peremptoriamente um suposto arrebatamento de Elias de corpo e alma.
Por várias vezes, Jesus apresentou a seus discípulos ensinamentos por meio de parábolas.
Há uma que poderemos citar, pois nela encontramos algo que irá nos auxiliar no entendimento daquilo que propomos.
Vejamos:
- Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias.
E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico.
Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico.
E ainda vinham os cachorros lamber-lhe as feridas.
Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão.
Morreu também o rico, e foi enterrado.
No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado.
Então o rico gritou:
- 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta'.
Mas Abraão respondeu:
- 'Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males.
Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado.
Além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós'.
O rico insistiu:
- 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos.
Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento'.
Mas Abraão respondeu:
- 'Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!'
O rico insistiu:
- 'Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter'.
Mas Abraão lhe disse:
- 'Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos'.
(Lc 16,19-31).
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Quanto a Elias é que se diz ter sido arrebatado.
Acredite quem quiser.
Mas o que faremos com o corpo físico na dimensão espiritual?
“O espírito é que dá vida a carne de nada serve”(Jo 6,63), “a carne e o sangue não podem herdar o reino do céu” (1Cor 15,50).
São passagens que contradizem peremptoriamente um suposto arrebatamento de Elias de corpo e alma.
Por várias vezes, Jesus apresentou a seus discípulos ensinamentos por meio de parábolas.
Há uma que poderemos citar, pois nela encontramos algo que irá nos auxiliar no entendimento daquilo que propomos.
Vejamos:
- Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias.
E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico.
Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico.
E ainda vinham os cachorros lamber-lhe as feridas.
Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão.
Morreu também o rico, e foi enterrado.
No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado.
Então o rico gritou:
- 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta'.
Mas Abraão respondeu:
- 'Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males.
Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado.
Além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós'.
O rico insistiu:
- 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos.
Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento'.
Mas Abraão respondeu:
- 'Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!'
O rico insistiu:
- 'Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter'.
Mas Abraão lhe disse:
- 'Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos'.
(Lc 16,19-31).
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