LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 07, 2018 7:44 pm

Voltariam depois disto à normalidade orgânica, alcançariam o retorno à saúde completa?
Alexandre meditou alguns momentos, antes de responder, e asseverou, em seguida:
– André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado.
Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões.
Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal?
Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração.
Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria.
Na tentação de que é vitima, tem essa irmã a provação que a redime.
Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina.
Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma.
Ante a colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado.
Não se verificará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal.
Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semi-destruído.
E, ainda que seja restituído ao legítimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exactidão de outro tempo.
Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas.
Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso directo dos interessados.
– Compreendo! – exclamei.
E, em virtude da pausa mais longa que o mentor imprimiu à conversação, obtemperei:
– Convenhamos, porém, que os perseguidores se convertam, que se afastem definitivamente do mau caminho, depois de seviciarem o organismo das vítimas, durante longo tempo...
Nesse caso, não terão elas o restabelecimento imediato?
Não recuperarão o equilíbrio fisiológico integral?
Com a bondade que lhe é peculiar, Alexandre respondeu:
– Já observei acontecimentos dessa ordem e, quando se verificam, os antigos verdugos se transformam em amigos, ansiosos de reparar o mal praticado.
Por vezes, conseguem, recebendo a ajuda dos planos superiores, a restauração da harmonia orgânica naqueles que lhes suportaram a desumana influência; no entanto, na maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo.
– E permanecem de saúde incompleta até ao sepulcro? – perguntei, fortemente impressionado.
– Sim – elucidou Alexandre, tranquilamente.
Observando-me, porém, o espanto enorme, o orientador acrescentou:
– Seu assombro prende-se ainda à deficiente análise humana.
O perseguidor, reconhecido como tal, entre os companheiros encarnados, pode revelar modificações, mas talvez a suposta vítima não esteja convertida.
Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais.
O eventual afastamento do perseguidor nem sempre significa a extinção da divida.
E, em qualquer parte do Universo, André, receberemos sempre de acordo com as nossas próprias obras.
O assunto sugeria grandes e belas interrogações, mas exigências outras requisitavam-nos mais além.
Alexandre dispôs-se a partir, despedindo-se, afectuoso, dos cooperadores, e acompanhei-o, em silêncio, meditando na grandeza das mínimas disposições da Justiça Divina.

Fonte - Missionários da Luz, psicografia Chico Xavier, ditado pelo espírito André Luiz, Cap 18 "Obsessão"

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty EIS PORQUE SOU ESPÍRITA...

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2018 10:50 am

O Espiritismo é o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita:
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Génese.
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido:
conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
Os Espíritos Reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu aprimoramento.
O objectivo da reencarnação é a evolução.
A Mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da directriz doutrinária de vida que adoptem.
Mas atenção:
prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
Portanto, em hipótese alguma o médium poderá cobrar dinheiro, exigir ou aceitar qualquer forma de recompensa (presentes, dádivas, agrados, etc.) por suas actividades mediúnicas.
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação.
Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes.
Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade.
E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objectivo a ser atingido pela Humanidade.
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
Eles estudam, trabalham e desenvolvem diversas actividades no mundo espiritual.
O Espiritismo explica que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
É eterno, imutável, imaterial, único, omnipotente, soberanamente justo e bom.
O Universo é criação de Deus.
Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor.
Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
A Doutrina Espírita esclarece que no Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução:
iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Os Espíritos são as almas dos homens que já perderam o corpo físico.
A exemplo do que observamos na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é correspondente ao seu grau de adiantamento moral e intelectual.
A morte é uma passagem para a vida espiritual e não dá valores morais ou de inteligência a quem não os tem.
Os Espíritos evoluem sempre.
Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
O Espiritismo é uma doutrina que surgiu na França, em 1857.
O Candomblé (de origem africana) e a Umbanda (originária do Brasil) são doutrinas espiritualistas.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2018 10:51 am

Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado:
Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram.
Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação.
Os imperfeitos nos induzem ao erro.
Causa e Efeito é uma lei criada por Deus e que dispõe que o homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas acções.
O que fazemos de mal e de bem retornará para nós nessa mesma vida ou em existência posteriores.
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
A prece é um acto de adoração a Deus.
Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a ideia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.
É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho:
“Dai de graça o que de graça recebestes”.
O Espiritismo revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objectivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.
A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem sacerdotes e não adopta e nem usa em suas reuniões e em suas práticas:
altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinogénas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objectos, rituais ou formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe jamais os seus princípios.
Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social.
Reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty SOMOS NÓS MESMOS QUE PLANEAMOS NOSSAS EXPERIÊNCIAS ANTES DE REENCARNAR?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 08, 2018 7:11 pm

Já ouvimos várias pessoas se expressarem dessa forma:
"eu não quero nascer de novo! já sofro tanto nessa vida, por que iria querer ter outra?".
Ou então:
"Se fui eu mesmo que escolhi, você acha que teria escolhido passar pelo que estou passando?"
Quer acreditemos ou não, quer aceitemos ou não, a Reencarnação é uma Lei Natural a qual todos estamos sujeitos.
Fomos criados simples e ignorantes, como afirmaram os Espíritos, necessitando passar por várias existências no campo físico para mais rapidamente atingirmos nosso aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual.
Não haveria progresso se não tivéssemos as oportunidades das múltiplas existências.
No livro "Missionários da Luz" de autoria do Espírito André Luiz e psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos capítulos de 12 a 15, encontramos preciosas informações a respeito do planeamento de uma nova existência de um espírito que já era portador de méritos e conhecimentos, permitindo assim que ele recebesse a assistência directa de benfeitores espirituais par a o ajudarem a escolher com sabedoria, conforme suas necessidades futuras.
Além desse caso, muitos outros ensinamentos são ali encontrados a respeito desse tema, incluindo a dolorosa situação de um espírito reencarnante cuja futura mãe praticou o aborto.
Para que nosso conhecimento sobre o assunto fique melhor fundamentado, analisemos as orientações de Allan Kardec, em sua obra "O Evangelho segundo o Espíritismo", no Capítulo 5 -"As aflições da vida":
quando o espírito reencarnante já possui conhecimentos da realidade espiritual e tem méritos adquiridos, pode planear as experiências de que necessita para uma futura reencarnação.
Porém, quando o espírito apresenta um estado de inconsciência de sua situação e de suas necessidades, são os benfeitores espirituais que determinam as provas pelas quais terá que passar, de modo a se ajustar com as leis divinas.
Devemos considerar que as experiências pelas quais todos passamos aqui na Terra não representam um castigo para nosso espírito mas sim, oportunidades de que necessitamos para nos ajustarmos às leis divinas.
Não podemos considerá-las como punições, já que Deus não pune nem castiga ninguém!
Sua Misericórdia se expressa permitindo ao infractor novas oportunidades para que se ajuste, para que refaça o que fez mal feito.
Para sabermos se uma experiência pela qual passamos foi fruto de nossa própria escolha ou se nos foi imposta (não como castigo mas porque não tínhamos condições de auxiliar na escolha) basta que analisemos nosso próprio comportamento diante do sofrimento.
Se aceitamos nossas dificuldades com resignação e confiança em Deus, sabendo que aquilo, no momento, é o melhor para nós; que, se Deus é justo, aquelas dores serão igualmente justas; que estamos no meio onde encontraremos as melhores condições para evoluirmos espiritual, moral e mentalmente, então, isso significa que auxiliamos na escolha dessas provas, que as aceitamos como necessárias ao nosso progresso espiritual, que teríamos condições de suportá-las e de sairmos vitoriosos!
No entanto, quando nos revoltamos contra nossas dificuldades, quando nos colocamos na posição de vítimas, sentindo como se tudo e todos estivessem contra nós, quando nos entregamos ao desânimo profundo (que é também uma forma de revolta contra o que a vida nos oferece), então, isso significa que aquelas experiências nos foram impostas, não como um castigo para nosso espírito rebelde, mas porque, antes de reencarnar, não apresentávamos condições para compreender nossas reais necessidades espirituais.
Tanto num caso como noutro, Deus jamais permite que passemos por experiências se não tivermos condições de sairmos vitoriosos!
Ninguém reencarna pré-destinado ao mal, à derrota, à crueldade, à violência, à maldade!
Ninguém reencarna pré-destinado a cultivar o orgulho, o egoísmo, a vaidade.
Essas atitudes poderão colocar em risco o planeamento anteriormente feito, agravando nossos erros anteriores!
O que precisamos é confiar em Deus, sobretudo!
Termos confiança de que não estamos sozinhos em nossas aflições!
Que Benfeitores Espirituais dedicados estão nos acompanhando e torcendo por nossa vitória espiritual.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty OBSESSÃO PACÍFICA

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2018 12:20 pm

Quando reencontrei o meu amigo Custódio Saquarema na Vida Espiritual, depois da efusão afectiva de companheiros separados desde muito, a conversa se dirigiu naturalmente para comentários em torno da nova situação.
Sabia Custódio pertencente a família espírita e, decerto, nessa condição, teria ele retirado e o máximo de vantagens da existência que vinha de largar.
Pensando nisso, arrisquei uma pergunta, na expectativa de sabê-lo com excelente bagagem para o ingresso em estâncias superiores.
Saquarema, contudo, sorriu, de modo vago, e informou com a fina autocrítica que eu lhe conhecia no mundo:
- Ora, meu caro, você não avalia o que seja uma obsessão disfarçada, sem qualquer mostra exterior.
A Terra me devolveu para cá, na velha base do “ganhou mas não leva”.
Ajuntei muita consideração e muito dinheiro; no entanto, retorno muito mais pobre do que quando parti, no rumo da reencarnação...
Percebendo que não me disponha a interrompê-lo, continuou:
- Você não ignora que renasci num lar espírita, mas, como sucede à maioria dos reencarnados, trazia comigo, jungidos ao meu clima psíquico, alguns sócios de vícios e extravagâncias do passado, que, sem o veículo de carne, se valiam de mim para se
vincularem às sensações do plano terrestre, qual se eu fora uma vaca, habilitada a cooperar na alimentação e condução de pequena família...
Creia que, de minha parte, havia retomado
a charrua física, levando excelente programa de trabalho que, se atendido, me asseguraria precioso avanço para as vanguardas da luz.
Entretanto, meus vampirizadores, ardilosos e inteligentes, agiam à socapa, sem que eu, nem de leve, lhes pressentisse a influência...
E sabe como?
- ?...
- Através de simples considerações íntimas – prosseguiu Saquarema, desapontado.
Tão logo me vi saído da adolescência, com boa dose de raciocínios lógicos na cabeça, os instrutores amigos me exortaram, por meus pais, a cultivar o reino do espírito, referindo-se a estudo, abnegação, aprimoramento, mas, dentro de mim, as vozes de meus acompanhantes surgiam da mente, como fios d’água fluindo de minadouro, propiciando-me da falsa ideia de que eu falava comigo mesmo; “Coisas da alma, Custódio? Nada disso.
A sua hora é de juventude, alegria, sol...
Deixe a filosofia para depois...” Decorrido algum tempo, bachareleime.
As advertências do lar se fizeram mais altas, conclamando-me ao dever; entretanto, os meus seguidores, até então invisíveis para mim, revidavam também com a zombaria inarticulada:
“Agora? Não é ocasião oportuna.
De que maneira harmonizar a carreira iniciante com assuntos de religião?
Custódio, Custódio!...
Observe o critério das maiorias, não se faça de louco!...”
Casei-me e, logo após, os chamados à espiritualização recrudesceram, em torno de mim.
Meus solertes exploradores, porém, comentaram, vivazes:
“Não ceda. Custódio!
E as responsabilidades de família?
É preciso trabalhar, ganhar dinheiro, obter posição, zelar por mulher e filhos...”
A morte subtraiu-me os pais e eu, advogado e financista, já na idade madura, ainda ouvia os Bons Espíritos, por intermédio de companheiros dedicados, requisitando-me à elevação moral pela execução dos compromissos assumidos; todavia, na casa interna se empoleiravam os argumentos de meus obsessores inflexíveis:
“Custódio, você tem mais que fazeres... vida social...
Você não está preparado para seara de fé...”
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2018 12:20 pm

Em seguida, meu amigo, chegaram a velhice e a doença, essas duas enfermeiras da alma, que vivem de mãos dadas na Terra.
Passei a sofrer e desencantar-me.
Alguns raros visitantes de minha senectude, transmitindo-me os derradeiros convites da Espiritualidade Maior, insistiam comigo, esperando que eu me consagrasse às coisas sagradas da alma; no entanto, dessa vez, os gritos de meus antigos vampirizadores se altearam, mais irónicos, assoprando-me sarcasmo, qual se fora eu mesmo a ridicularizar-me:
“Você, velho Custódio?!
Que vai fazer você com Espiritismo?
É tarde demais...
Profissão de fé, mensagens de outro mundo...
Que se dirá de você, meu velho?
Seus melhores amigos falarão em loucura, senilidade...
Não tenha dúvida...
Seus próprios filhos interditarão você, como sendo um doente mental, inapto à regência de qualquer interesse económico...
Você não está mais no tempo disso...”
Saquarema endereçou-me significativo olhar e rematou:
- Os meus perseguidores não me seviciaram o corpo, nem me conturbaram a mente.
Acalentaram apenas o meu comodismo e, com isso, me impediram qualquer passo renovador.
Volto da Terra, meu caro, imitando o lavrador endividado e de mãos vazias que regressa de um campo fértil, onde poderia ter amealhado inimagináveis tesouros...
Sei que você ainda escreve para os homens, nossos irmãos.
Conte-lhes minha pobre experiência, refira-se, junto deles, à obsessão pacífica, perigosa, mascarada...
Diga-lhes alguma coisa acerca do valor do tempo, da grandeza potencial de qualquer tempo na romagem humana!...
Abracei Saquarema, de esperança voltada para tempos novos, prometendo atender-lhe a solicitação.
E aqui lhe transcrevo o ensinamento pessoal, que poderá servir a muita gente, embora guarde a certeza de que, se eu andasse agora reencarnado na Terra e recebesse de alguém semelhante lição, talvez estivesse muito pouco inclinado a aproveitá-la.

CARTAS E CRÓNICAS
(Ditadas pelo Espírito Irmão X)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Abrigar e conviver com todos

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 09, 2018 8:01 pm

O conceito de “minorias sociais” é usado de forma genérica para fazer menção a grupos sociais diferenciados por suas características étnicas, religiosas, cor de pele, país de origem, situação económica, entre outros.
Tais grupos estão associados a condições sociais mais frágeis, razão pelo qual sofrem discriminação e têm sido vítimas de extremas intolerâncias da chamada maioria “normal”.
Não obstante haver no Brasil normas jurídicas que visam punir tal intransigência, mormente advinda dos grupos religiosos, é inadmissível qualquer intolerância no reduto espírita.
A nossa Carta Magna assegura a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, a liberdade de expressão da actividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
Prevendo ainda que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião.
Apesar da lei, há grupos, e aqui destacamos os grupos religiosos, promovendo o discurso do ódio, da violência, da discriminação contra os grupos LGBT, idosos, favelados, portadores de necessidades especiais, moradores de rua (quase sempre “invisíveis” aos olhos da sociedade), negros, indígenas, imigrantes e até mesmo contra as mulheres.
A Doutrina dos Espíritos entra no debate para reconhecer que uma civilização “normal” só é completa pelo seu desenvolvimento moral.
Em face disso, os Benfeitores expuseram a Kardec:
“Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções...
Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos (...).” [1]
Portanto, à medida que a sociedade se aperfeiçoa, faz cessar alguns dos males que gerou, males que desaparecerão com o progresso moral.

Referência bibliográfica:
[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, per. 793, RJ: Ed. FEB, 2000.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Hoaxes e comunicação mediúnica

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2018 10:24 am

A internet mudou a nossa relação com a informação, e com a sua credibilidade, de forma que se multiplicaram os problemas de conteúdo e, consequentemente, diminuiu o tempo de consumi-los e criticá-los.
Nesse sentido, a cada dia, nas redes sociais, matam uma celebridade que está vivinha da silva, viralizam montagem fotográficas, e se espalham versões sem fatos, movidos por interesses por vezes claramente identificados, ou simplesmente pelo desejo de se obter cinco minutos de fama a todo custo.
O boato, ou hoaxes, é um fenómeno inevitável da internet e das suas redes sociais, sediado na natureza humana, e que pela sua expansão tem como frutos dissabores, crimes, trazendo insegurança e medo por uma gama de notícias bombásticas e catastróficas, que inibem a credibilidade desses meios de comunicação, com as verdades perdidas nesse mar de invencionices.
E os estudiosos do assunto nos prescrevem medidas simples para que, como usuários das redes sociais e também como produtores de conteúdo, não sejamos propagadores de inverdades ou que não sejamos ludibriados em nossas opiniões e decisões pela boataria infundada.
Assim, verificar o teor do que é dito à luz da razão, do bom senso, cotejando a informação com outras fontes de outros lugares e tempos, certificando-se da sua origem e base documental, é o cerne de todas as medidas preventivas nesse assunto.
Ah, mas dá um trabalhão isso, nesse mar de informações em que estamos imersos.
É verdade, e, por isso, a prudência e a paciência devem estar em nossa cabeça quando o dedo coça para apertar o botão de compartilhar.
Essa lógica de verificação do teor do que é recebido também se aplica à prática mediúnica. Harmonizado aos métodos de Allan Kardec, em especial ao Livro dos Médiuns, pode-se, em uma comparação grosseira, dizer que a internet é o plano espiritual e que os sites produtores de conteúdos são os médiuns e deles recebemos quotidianamente informações, muitas delas replicadas na internet de verdade.
E assim, como o internauta incauto, que em tudo acredita e compartilha, nós, como espíritas, por vezes recepcionamos ingenuamente tudo que vem do mais além, esquecidos da necessidade de usar a razão como guia para a verificação daqueles conceitos, servindo-nos também das múltiplas fontes preconizadas por Kardec.
Aceitam-se, assim, coisas estapafúrdias, absurdas, incoerentes com os pilares da doutrina e a boa lógica, por vezes confiando simplesmente na idoneidade dos médiuns e do suposto emissor desencarnado, sem atentar para a mensagem.
O professor Rivail, quando lançou as obras básicas, assumiu um pseudónimo e ainda, das diversas comunicações mediúnicas utilizadas, pouco se sabe da identidade dos espíritos e nada das dos médiuns.
Há um grande aprendizado nessa postura.
Quanto mais informação circulando na internet (ou no circuito mediúnico de livros, psicografias e palestras), maior o risco de se levar um gato por lebre, o que enseja cuidados ao ler, aceitar ou replicar verdades oriundas da comunicação mediúnica, independente do médium ou espírito comunicante.
Os hoaxes, boatos da internet, como fenómeno da comunicação de massa, têm muito a nos ensinar no que tange à comunicação mediúnica, não só pelos remedinhos preventivos, mas pelos prejuízos que causam à colectividade informações inverídicas.
Podemos citar vários casos, seja nos casos da internet, mas também pelas informações mediúnicas que afrontam a razão.
A solução é antiga.
Kardec já dizia... e esta que manteve até hoje a sua obra com credibilidade e sustentabilidade.
Utilizar-se da razão, de múltiplas fontes, com o bom senso que nos permite navegar não só pela rede, mas pela vida e seus mares revoltos.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty POR QUE MENTIMOS?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2018 8:05 pm

Por definição, a mentira é um engano, falsidade ou fraude.
Algo que é contrário à verdade e à caridade.
Pode ocorrer por vontade própria, por omissão ou por equívocos de interpretação de factos e comportamentos.
Em qualquer situação os resultados são sempre negativos.
Primeiro porque contraria padrões morais, éticos e religiosos (a mentira é considerada “pecado” pelas religiões cristãs tradicionais); segundo porque pode desencadear reacções imprevisíveis, com exacerbação de animosidade e conflitos entre as pessoas, estabelecimento de focos de maledicência, entre outros.
Alguns filósofos, como Platão (428/427-348/347 a.C.), admitiam aceitar algumas mentiras, desde que não produzissem maiores prejuízos, como a chamada “mentira piedosa”.
Immanuel Kant (1724- 1804), Santo Agostinho (354-430) e Aristóteles (384-322 a.C.) não aceitavam qualquer tipo de mentira, por acreditarem que o mentiroso é um Espírito moralmente fraco.
Este último filósofo, inclusive, a distinguia e classificava em dois tipos: a jactância, que consiste em exagerar a verdade, e a ironia que, ao contrário, diminui a verdade.
Não há dúvidas de que a mentira, parcial ou total, velada ou declarada, revela desarmonia espiritual de quem a pratica.
A questão que se coloca, porém, é outra:
o que fazer para evitar queda nas malhas da maledicência, fazendo opção pela verdade?
Pois nem sempre é fácil discernir entre o falso e o verdadeiro.
Pondera o Espírito São Luís, a respeito, que todo cuidado é pouco ao comentar o mal alheio, ainda que este se revele verdadeiro:
[...] Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, não haverá nenhuma utilidade em divulgá-la.
No entanto, se podem acarretar prejuízos a terceiros, deve-se preferir o interesse do maior número ao interesse de um só.
[...] Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.
No rastro histórico da mentira, vamos localizá-la como abominável técnica de persuasão, largamente utilizada por Adolf Hitler e os construtores do nazismo, a qual foi denominada Teoria da Grande Mentira.
Trata-se de uma ferramenta da propaganda ideológica frequentemente usada, no passado e no presente, para se referir à crença de que uma mentira, repetida com frequência, de forma convicente que ignora todas e quaisquer declarações que poderiam desmascará-la, irá com o tempo ser aceita pelas pessoas, adquirindo o status de verdade, desde que repetida enfaticamente e soprada nos ouvidos certos.
Estudos de psicologia comportamental indicam que a mentira pode surgir por várias razões:
receio de que a verdade produza consequências negativas, por insegurança ou baixa auto-estima, por opressão de autoridades (pais, amigos, chefes), para obtenção de vantagens ou regalias, e por motivos patológicos.
Analisa, contudo, o filósofo estadunidense David Livingstone Smith, PhD e professor da Universidade da Nova Inglaterra (USA), que a mentira está há muito tempo integrada no ser humano, iniciada, possivelmente, logo após o surgimento da linguagem.
Informa que o homem aprendeu a mentir, inicialmente, para si mesmo, como forma de aliviar tensões, mas, ao mentir para si, aprendeu a enganar o outro.
De qualquer forma, a mentira, pequena ou grande, revela imperfeição moral que pode e deve ser combatida, pois é mecanismo contrário à melhoria moral do Espírito, como enfatiza Emmanuel:
– Mentira não é ato de guardar a verdade para o momento oportuno [...].
A mentira é a acção capciosa que visa ao proveito imediato de si mesmo, em detrimento dos interesses alheios em sua feição legítima e sagrada; e essa atitude mental da criatura é das que mais humilham a personalidade humana, retardando, por todos os modos, a evolução divina do Espírito.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 10, 2018 8:06 pm

O Espírito que já possui algum esclarecimento sabe, portanto, que o ato de mentir implica aquisição de satisfações pessoais por meios escusos e que não considera o constrangimento e o sofrimento do próximo.
É um comportamento erróneo, um deslize moral, como ensina Joanna de Ângelis:
O erro é sempre um compromisso negativo, e toda lesão moral, particularmente aquela produzida no organismo social, constitui grave comprometimento, de cujos efeitos não se pode evadir o responsável.
Desse modo, todo e qualquer deslize moral é sempre uma agressão à ordem, à saúde, ao equilíbrio, que devem viger em toda parte.
É muito comum censurar-se o crime hediondo que estarrece, enquanto se praticam defecções ditas menores [...].
Aqui, é a mentira branca, disfarçando o mau hábito de escamotear a verdade [...].
Mentir é sempre um hábito doentio que encarcera o indivíduo nas suas malhas traiçoeiras.
Adiante, é a censura com ironia, ocultando a perversidade que se expande a soldo da maledicência e da leviandade. [...]
A mentira é relativamente comum na infância, daí ser importante que pais e educadores aprendam a distinguir a realidade da fantasia.
A situação se revela especialmente grave quando a criança e o adolescente mentem para se isentarem da culpa, para chamarem a atenção dos progenitores, familiares, colegas e professores.
Persistindo-se nessas bases, o processo pode evoluir para algo mais sério, doentio, sobretudo se os adultos, que servem de referência para a criança e o jovem, também têm o hábito de mentir, ou de usar de subterfúgios para justificar os seus actos incorrectos.
Para o professor David L. Smith, anteriormente citado, a questão é muito mais ampla quando se trata da educação de filhos.
[...] a maioria de nós diz que ensina os filhos a não mentir.
Embora seja verdade que as crianças ouvem que não devem mentir, aprendem mais frequentemente a mentir de uma maneira socialmente aceitável.
[...] As crianças aprendem a praticar as formas de engano que são publicamente proibidas, mas, secretamente, sancionadas.
A mentira socialmente apropriada não é meramente tolerada; é compulsória.
A criança que não consegue dominar essa habilidade paga o alto preço da desaprovação, da punição e do ostracismo social.
A mentira sistemática produz, com o tempo, deformações no carácter individual, sendo impossível, em determinados casos, discernir se a pessoa fala ou não a verdade.
A inteligência humana criou, então, instrumentos não verbais para detectar a mentira, os quais, ainda que sejam considerados controvertidos, abusivos e antiéticos por várias comunidades nacionais, são aceites em investigações policiais de alguns países.
Entre eles estão os “polígrafos”, aparelhos de detecção de mentiras que medem o stress fisiológico do entrevistado quando ele fornece declarações ou responde a perguntas.
Acredita-se que os picos do stress indicariam as mentiras.
A precisão desse método é amplamente contestada, pois o entrevistado tem condições de ludibriar os registos do aparelho.
Outro detector de mentira é o soro da verdade, que também é considerado pouco confiável.
O certo, mesmo, é fugirmos da mentira, agindo com mais sinceridade no trato com as pessoas.
Para isto é necessário exercitar actos de boa conduta, apoiando-se nesta orientação do Codificador do Espiritismo:
[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta

Fonte: Revista o Reformador

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Ser bom médium, e não mais um médium, é o que importa

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 11, 2018 10:45 am

Com a clareza e a objectividade de sempre, Claudia Gelernter examina no Especial da presente edição o tema mediunidade, médiuns e conexão mental entre os seres.
Já vimos nesta revista, em inúmeros artigos e entrevistas, a informação de que, segundo os ensinamentos espíritas, a mediunidade, antiga como a própria Humanidade terrestre, se encontra em todas as religiões, em todos os lugares e em todas as épocas.
Moisés, como ninguém ignora, foi um médium poderoso e disso a Bíblia nos oferece inúmeros exemplos.
Maomé, em sucessivos transes, psicografou as suratas que compõem o Alcorão.
Daniel, Eliseu e Estêvão marcaram sua presença no mundo por meio de fenómenos patentes que em nada ficam a dever aos médiuns de nossa época mais famosos e bem dotados.
A questão, no entanto, como bem lembrou Allan Kardec, não é ser médium, mas sim ser um medianeiro seguro e confiável, que coloque a mediunidade a serviço do bem e do progresso da Humanidade, visto que essa é a sua finalidade.
Não podemos, depois de tantos livros e estudos publicados em torno do assunto, reduzir a mediunidade a uma mera questão técnica, esquecidos do fator moral, inerente à boa prática mediúnica.
É claro que, do ponto de vista do mecanismo da comunicação, a mediunidade, em si mesma, independe da condição moral de quem a pratica; contudo, do ponto de vista da assistência espiritual dada ao medianeiro e da qualidade da comunicação mediúnica, o factor moral é e será sempre elemento preponderante.
O motivo disso é facilmente explicável.
Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos elevados.
E referimo-nos aqui ao médium que pauta sua existência como um autêntico homem de bem, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada.
Nesse sentido é o ensinamento que nos foi dado por Allan Kardec:
“Ninguém poderá tornar-se bom médium se não conseguir despojar-se dos vícios que degradam a humanidade”.
(Revista Espírita de 1863, p. 213.)
Emmanuel foi, portanto, inspirado quando escreveu, numa de suas obras, que a primeira necessidade de um médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, evitando com essa providência o perigo de esbarrar com o fantasma do personalismo e, desse modo, prejudicar o cumprimento de sua missão.
Por todo o exposto, aos que se dedicam à tarefa da mediunidade e aos que ora se iniciam nesse importante mister, nunca será demais lembrar e divulgar a seguinte advertência que Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, nos legou:
“Todo homem pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”

(Revista Espírita de 1863, p. 213.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Será que há espíritos de “crianças” nos domínios do além tumba?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 11, 2018 8:30 pm

Jorge Hessen

Um objecto de estudo instigante, cuja explicação devemos ao Espiritismo, diz respeito à situação da “criança” no além após a sua morte.
Será que há “crianças” no além?
E o “bebé” , como será a sua forma perispiritual quando desencarna?
Será que o seu períspirito retoma a forma “adulta” ou por quanto tempo permanece “bebé” e ou “criança” no Além-túmulo?
Há tantas interrogações sobre o que ocorre com as “crianças” recém-desencarnadas.
Como “ela” se adapta no Mundo dos Espíritos?
Sim, são inúmeras dúvidas.
Cremos que “crianças” no além são imediatamente recolhidas por familiares ou mentores, que lhes darão ampla assistência.
Se são Espíritos com óptima bagagem moral retomam a personalidade anterior.
Se são de mediana evolução, acreditamos que conservam a condição infantil, que será superada com o decorrer do tempo, como sucede com as “crianças” na Terra.
Podem, também, retornar à reencarnação.
Porém, pasme!
Segundo um famoso escritor espírita “não há uma única manifestação mediúnica de criança nas obras de Allan Kardec”.
Portanto, afirma que não existem “Espíritos “crianças”, pois o período de infância, adolescência, maturidade e envelhecimento, é uma condição do corpo físico, que obedece a esse processo orgânico de maturação, próprio dos nativos do planeta Terra.
Será? É urgente contar ao notório e equivocado confrade, que o Codificador publicou comunicação do Espírito de uma criança na Revista Espírita de 1859.
E ainda registou a manifestação do Espírito do menino Marcel, conforme publicado na obra “O Céu e o Inferno” cap. 8, Parte II.
Aliás, antes de Kardec, encontramos personagens históricos que mencionam os espíritos de “crianças” no além.
A exemplo de Swedenborg que descreve “crianças” sendo bem recebidas no além nas instituições onde adolescem e são cuidadas por jovens mulheres.
Há distintos precursores do Espiritismo que fazem alusões às “crianças” no além, a saber:
Louis Alphonse Cahagnet, na França e Andrew Jackson Davis, nos EUA.
André Luiz apresenta no cap. X do livro “Entre a Terra e o Céu” acurados painéis de crianças desencarnadas.
Cairbar Schutel apresenta as “crianças” no além tumba no seu livro “A Vida no Outro Mundo”, Frederico Figner (Irmão Jacob) faz menções a “crianças” no além, conforme agenda no livro “Voltei”.
Informações confirmadas por Yvonne Pereira em “Cânticos do Coração, Vol II” e George Vale owen, na obra “A vida Além do véu” , dentre outros.
Na questão 381 de O Livro dos Espíritos o Codificador questiona aos Espíritos se na morte da criança, o ser readquire, imediatamente, o seu antecedente vigor?
Os Benfeitores aclaram o tema afirmando que o Espírito não readquire a anterior lucidez, senão quando se tenha completamente separado do envoltório físico.
E nas questões 197, 198, 199, 346 e 347, da mesma obra básica é informado que o Espírito da “criança” não é infantil, e, sim, reencarnação de Espírito que teve outras existências na Terra ou em outros orbes.
Especificamente na questão “199-a” Os Espíritos inquiridos por Kardec sobre o destino espiritual da criança que morre bebezinho, anotaram que o Espírito “recomeça outra existência”.
No entanto, antes do reinício de nova existência física, tais Espíritos são recolhidos em Instituições apropriadas.
Há apresentações psicográficas citando Escolas, parques, colónias e instituições diversas consagradas ao acolhimento e amparo às “crianças” desencarnadas.
E ademais ao reencarnar o Espírito entorpece a consciência e somente finalizará o processo reencarnatório a partir dos sete anos aproximadamente, quando se remata a reencarnação.
Por isso, se a criança desencarnar no meio do processo reencarnatório , ou seja, entre os 3 anos e 4 anos o Espírito possivelmente possa retomar imediatamente a forma adulta precedente.
Também devemos considerar o seguinte: Se a “criança” desencarnada possui grande experiência no campo intelecto e moral, readquire rapidamente os valores parciais da memória, logo após a desencarnação, conseguindo, por isso, ordenar conceitos e anotações de acordo com a maturação intelectual alcançada com seus empenhos.
O mesmo não sucede com “criança” desencarnada que ainda não possui condição moral elevada.
Em tal estágio, o desenvolvimento no além-túmulo é idêntico ao que se processa no plano físico, quando o Espírito é constrangido a aprender pausadamente as lições da vida e avançar gradualmente, segundo as injunções do tempo.
Morre o corpo infantil (em qualquer faixa etária), e sobrevive o Espírito imortal e eterno, com toda uma bagagem de aquisições intelectuais e morais, advindas das múltiplas experiências reencarnatórias, e que integram a sua individualidade.
Recordemos que a almas ainda prisioneiras no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno.
Em face disso, permanecem transportados pela Natureza, à maneira de bebés no colo materno.
É por esse motivo que não se pode prescindir de períodos de recuperação, para quem desencarna na fase infantil.
Porquanto precisarão continuar aprendendo, estudando e recebendo esclarecimentos espirituais adaptados à sua idade e compreensão e serão separadas por faixas de idade e entendimento (tal como ocorre aqui na Terra).
Nas fontes que examinamos não encontramos informações de Espíritos de “crianças” nas regiões “umbralinas”. Ainda bem!

Temos muito que aprender com os Espíritos.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Qual é o seu SIGNO?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2018 10:10 am

VOCÊ É UM DOS FRÁGEIS?

O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra;

SIGNOS: VOCÊ É UM DOS FRÁGEIS?
Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.”
(Livro: O Consolador – psicografia de: Chico Xavier)

“O homem é senhor de seu próprio destino.
Por isso, profecias relacionados com a vida diária, baseados em meras especulações astrológicas, somente se concretizarão na medida em que lhes dermos o aval da aceitação.”

(Richard Simonetti)

OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA:
Nós espíritas não acreditamos em horóscopo porque sabemos que somos Espíritos onde cada qual de nós está num grau evolutivo e traz uma bagagem de vivência passada diferente uns dos outros.

Signo Astrologia na Visão Espírita
Consultado a respeito do que a Doutrina Espírita diz sobre a Astrologia, fomos à pesquisa e levantamos alguns pontos que encontramos sobre este assunto.
Os astrólogos afirmam que a posição dos astros na hora exacta do nascimento das pessoas — além dos movimentos astrais posteriores — influem no carácter e destino dos seres humanos.
No mapa astral encontra-se a eclíptica — trajectória aparente do sol, através do céu, durante o ano — com as doze casas dos signos do zodíaco:
Áries, Touro, Gémeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

O horóscopo também se divide em doze casas, relativas às 24 horas gastas pela Terra para dar uma volta completa em torno de seu eixo.
Os astrólogos fazem suas previsões interpretando a posição dos astros dentro dos signos e das casas do horóscopo.

De onde vem a expressão: [i]Signo Nascer sob uma feliz estrela?

Um acontecimento é, frequentemente, a consequência de uma coisa que fizeste por um acto de tua livre vontade, de tal sorte que se não tivesses feito essa coisa, o acontecimento não ocorreria.
Não há senão as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir sobre o moral, que são previstos por Deus, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.
Além de que essas são totalmente individuais, ao passo que a que querem dizer que os astros possuem é colectiva, pois atinge um grande número de pessoas.
Se o nosso futuro estiver determinado pela posição dos astros já não seria caso raro e excepcional, ficando, portanto em contradição com a resposta dos Espíritos.
Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pelo pensamento de que, se uma coisa deve acontecer, não ter que se ocupar dela, ou então, procuraria dificultá-la.
Há factos que, forçosamente, devam acontecer
A morte é um facto que acontecerá a todos nós, quer dizer, que todos nós conhecemos este futuro, entretanto ninguém se prepara para ele, assim confirma o que disseram os Espíritos a Kardec.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2018 10:10 am

851Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o sentido ligado a essa palavra, quer dizer, todos os acontecimentos são predeterminados?
O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra: porém, a existência planetária é sinónimo de luta.
Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.
Da resposta de Emmanuel concluímos a influência dos astros existem somente no complexo celular do homem físico, ou seja, não existe influência no carácter ou no destino do homem, mas somente no físico.

Signo O homem, por sua vontade e por seus actos
Se fizermos uma pesquisa, fatalmente, iremos comprovar que nas noites de Lua cheia, ocorre um maior número de partos nos animais, aí também incluímos o homem (animal racional).
Não poderemos afirmar com absoluta certeza, mas em algumas situações o nosso comportamento poderá sofrer certas alterações, tais como:
estado de mau humor ou de tristeza causados pelas condições ambientais, como dias nebulosos ou chuvosos.
Se isto ocorresse teríamos que forçosamente aceitar que todas as pessoas que nascem num mesmo dia e horário serão exactamente iguais em seu carácter e destino.

todavia, o estudo dessas influências requer um grande volume de considerações especializadas e, como o nosso trabalho humilde é uma apologia ao esforço de cada um, ainda aqui temos de reconhecer que cada homem recebe as influências a que fez jus, competindo a cada coração renovar seus próprios valores, em marcha para realizações cada vez mais altas, pois que o determinismo de Deus é o do bem, e todos os que se entregam realmente ao bem, triunfarão de todos os óbices do mundo.
Buscaram vários voluntários e lhes disseram que naquela sala tinha muitas garrafas de uísque e que cada um poderia tomar o quanto quisesse ou aguentasse, dito isso, saíram para deixar os voluntários mais à vontade.

O futuro pode ser revelado ao homem?
Passado algum tempo, voltaram e observaram que, por mais estranho que pareça, alguns deles estavam completamente bêbados inclusive nos testes de laboratório detectou-se a presença do álcool no sangue deles.
Assim como o acontecido nesta experiência pode ocorrer em mil e uma situações em que a “força do pensamento” provoca a ocorrência de determinado fato ou situação sugestionada pela própria ou por outra pessoa.
Mas a nossa maneira de ser, o nosso carácter e o nosso destino são frutos de nossas aquisições ou acções pretéritas, ou seja, recebemos influências de nós mesmos ou no máximo de um ser humano para outro, não dos astros.

Mas isso não nos dá o direito de perseguir ou condenar os que nela acreditam, pois é nosso dever cristão respeitar-nos uns aos outros e se hoje já encontramos a luz, todos algum dia a encontrarão.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Ética Societária: um compromisso com o dever

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2018 7:52 pm

A sociedade do século XXI enfrenta, globalmente considerada, situações que são comuns a muitos povos, em muitas nações:
produção e comercialização, praticamente indiscriminada: de armamento nuclear; terrorismo sob várias e sofisticadas formas, com objectivos diferentes e sempre destruidores; droga que se alastra e consolida numa rede de traficantes e toxicodependentes; doenças cuja cura definitiva dos pacientes e erradicação total do mal estarão longe; desemprego que atinge todos os países, com taxas preocupantes em muitos deles; discriminação sob os mais diversos processos e maquiavélicas formas, desde logo, na distribuição da riqueza, inclusive, da que não foi colocada no mundo por nenhuma pessoa física, grupo ou instituição, que são os recursos naturais; conflitos locais, regionais e internacionais, cujas consequências se reflectem mundialmente, com maiores repercussões nos povos mais desfavorecidos e indefesos; deficientes políticas para a saúde, educação, economia, trabalho e assistência social, entre outras.
Elencaram-se, apenas, algumas situações difíceis, sem objectivos pessimistas, bem pelo contrário, acreditando que o Homem, com todo o seu potencial, vai conseguir resolver grande parte dos problemas, no curto e médio prazos, porque estão em causa valores como a segurança, a sustentabilidade de alguns sistemas político-sociais, o bem-estar e felicidade da humanidade, encabeçados pela superior dignidade da pessoa humana.
A realidade actual deve ser analisada com uma perspectiva de esperança na alteração, para melhor, de muitas daquelas situações.
Seguramente que o cepticismo, a frustração, o desespero e outros sentimentos negativistas não só não contribuem para resolver os problemas como, eventualmente, podem prejudicar a busca das melhores soluções.
Uma atitude de confiança nas capacidades humanas e no desenvolvimento de boas práticas constitui algumas das estratégias possíveis para se erradicarem do indivíduo, da comunidade e do universo, diversas patologias preconceituosas, que impedem o homem de se manifestar pelo seu lado bom, que lhe será inato.
O processo que pode, em grande parte, contribuir para uma sociedade melhor, no sentido da justiça, da paz e do bem-estar colectivos, passa, também, e necessariamente, pela educação e formação éticas.
Na verdade, todo desenvolvimento, progresso, ordem e bem-estar de um povo passam por um processo de educação e formação profissionais, pelo trabalho e pela responsabilidade.
De facto, de acordo com normas constitucionais, vigentes em todos os Estados Democráticos de Direito, todo cidadão deve trabalhar, garantindo-lhe o Estado e a comunidade, em situações de normalidade constitucional, o direito à livre escolha da profissão e local para a sua realização.
Concorda-se que:
«O livre exercício da profissão cai sob o direito fundamental da livre escolha do género e lugar de trabalho.
Se se negasse à pessoa humana, de modo radical, o livre exercício de uma profissão, isto equivaleria a uma coação ao trabalho, mesmo quando a escolha da profissão se pudesse realizar livremente.
Daqui se segue como norma geral:
a) Cada qual pode estabelecer-se onde quiser, isto é, onde julgue encontrar condições apropriadas e convenientes para o exercício de sua profissão ou actividade;
(…) b) Cada qual pode exercer a profissão a seu modo» (WELTY, 1966:193-4).
Verifica-se, frequente e persistentemente, uma grande preocupação das comunidades, das organizações corporativistas, liberais, e outras, bem como por parte do indivíduo, particularmente considerado, pela reivindicação de direitos: muitos destes, legítimos, legais e justos; outros, que mais se aproximam da manutenção e/ou atribuição de novos privilégios.
Mas, ainda assim, poucos, muito poucos são aqueles que reivindicam direitos para os que:
já não fazendo parte do aparelho produtivo, do exercício de uma autoridade, que estão afastados da vida activa, por razões diversas, não têm condições para fazer valer os seus direitos, ou alguns deles, ao nível dos direitos humanitários à saúde, ao trabalho, ao conforto e à dignidade.
Nesta situação se colocam milhares de idosos, os desempregados, os sem-abrigo, os marginais, os imigrantes e crianças e jovens em risco.
Com excepção das Instituições de Solidariedade Social, Humanitárias, do Voluntariado e outras de defesa dos mais fracos e desfavorecidos, que têm demonstrado que é possível haver mais justiça e solidariedade, muito mais se poderia e deveria fazer ao nível das grandes organizações sindicais, patronais, ordens e do próprio Estado, para promoverem acções que visem acabar com tanta discriminação.
Haverá, porventura, alguma falta de sensibilidade para os valores da solidariedade, da caridade e da entreajuda; alguma ausência de ética para o dever de proteger os mais fracos e discriminados.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 12, 2018 7:53 pm

Interiorizar um conjunto de valores, no domínio da ética social, que conduzam às boas práticas da convivência humana, digna entre cidadãos, que deveriam ter todos o mesmo estatuto de cidadania, poderá ser uma outra estratégia que, apoiada em diversos recursos humanos e financeiros, eliminaria esta chaga social que alastra com o aumento da discriminação e da exclusão social, política, laboral, cívica, religiosa e outras, mais se aproximando de uma “globalização da exclusão”, porque remete milhões de cidadãos, grande parte dos quais já deram, enquanto novos, o seu melhor à sociedade que agora os exclui para os guetos da miséria, do esquecimento e do ostracismo.
Não é justo, e quem tem responsabilidades, neste medonho paradigma da exclusão, deverá responder por isso e colaborar, activamente, na construção de uma nova sociedade da inclusão de todos.
Uma ética societária, que apele para o compromisso do dever e motive para o cumprimento dos deveres sociais de solidariedade, de respeito pela dignidade de toda pessoa humana e recuperação/integração de todos quantos estão excluídos, constitui, no início deste século XXI, um imperativo universal.
Assuma-se, inclusivamente, a Ética no seu sentido pragmático, de boas práticas, porque o importante e decisivo é que todo cidadão interiorize o conceito do dever, como uma boa didáctica ao serviço daqueles que mais necessitam e já acima identificados.
Uma Ética dos valores religiosos, políticos, sociais, económicos profissionais e cívicos.
Porque a Ética é a «Arte de dirigir as acções do homem para a produção da maior quantidade possível de felicidade em benefício daqueles cujos interesses estão em jogo…» e na medida em que «O princípio de utilidade oferece os critérios pelos quais podemos aprovar ou reprovar as acções humanas.
Isto, porque o que determina a aprovação ou reprovação de um ato é a forma como ele contribui para o aumento ou diminuição da felicidade ou do sofrimento dos indivíduos considerados.
(BENTHAM, 1978, in PELUSO, 1991:32 e 34.)

A comunidade em geral e o indivíduo em particular devem preparar-se para a construção de uma Nova Ordem Internacional para a Ética e para a Justiça, que imponha a igualdade no respeito pelas diferenças, sem discriminações:
sejam privilégios, sejam exclusões negativas, num espírito de solidariedade, cada vez mais abrangente, aceitando, naturalmente, as diferenças entre indivíduos e povos, porque ela é natural e caracteriza cada parte.
A igualdade deve ser estabelecida, precisamente, no que respeita ao relacionamento interpessoal, no acesso às oportunidades e aos bens comuns, porque, no restante, é muito complexo, eventualmente injusto, tratar de forma igual aquilo que é desigual.
O conceito de Justiça, a partir do respeito pelas diferenças, pode ser um atributo das democracias modernas.
Logicamente que «As oportunidades devem se estender a todos os membros da sociedade e essa possibilidade deve ser garantida pelas instituições.
As maiores expectativas daqueles em melhor situação são justas se, e somente se, funcionam como parte de um esquema que melhore as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade.
(…). Nesta perspectiva, o princípio da diferença deve estar sempre presente porque é um princípio de justiça» (SILVA, 2002:51-52).
A sociedade entre os vários grupos, quaisquer que sejam a natureza e os fins, naquilo que favorece o todo, deve revelar-se em todo o processo social, porque se em cada etapa se atingir um bem maior para o maior número, então, no final do percurso:
«A uma solidariedade de ser-em-comum corresponderá uma solidariedade de acção-em-comum e uma solidariedade de fim-comum:
o fim do Universo ou o bem-comum do Universo» (SILVA, 1966:81).

Bibliografia:
PELUSO, L. A. (1991). A Ética Utilitarista como Ciência Social Aplicada: A Visão Engenharial de Jeremy Bentham. In Reflexão, Campinas, PUC-Pontifícia Universidade Católica, Nº 49 Jan./Abr. Pp. 27-47.
SILVA, A., S. J. (1966). Filosofia Social, Évora: Instituto de Estudos Superiores de Évora.
SILVA, K. F. (2002). As Concepções de Justiça segundo Platão e Rawls. In Phrónesis – Revista de Ética, Campinas: PUC-Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Vol. 4 (1) Jan/Jun, Pp. 37-58.
WELTY, E. (1966). Manual de Ética Social III – O Trabalho e a Propriedade. Trad. José da Silva Marques, Lisboa: Editorial Áster.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty MORTE DO CORPO SEGUNDO O ESPIRITISMO, VIDA ALÉM DA VIDA!

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:43 am

Vamos falar da visão do Espiritismo, sobre o fim da vida física, e o começo da vida espiritual, ou o retorno para o plano espiritual.
Vamos tratar passo á passo porém sem profundidade pois nem todos estão prontos, no entanto os que lerem verão meu posicionamento e o da doutrina sobre o assunto.
Retornamos a esta pauta pelo pedido de alguns irmãos, pelo número de mortos ultimamente que tem abalado alguns companheiros, sobretudo em derrames, infartos, doenças do cérebro, enquanto escrevia mais um caso chegava ao meu conhecimento.
Sobretudo a citação do tema MORTE FÍSICA, é porque pessoalmente somos preparados para tudo, menos para a morte sendo que a na vida existem duas coisas certas, o dia do vosso nascimento, e o dia da morte física, o resto, será o que você escolher fazer na construção da sua vida, ao qual melhorar depende só de você.
Antes de chegarmos a morte física vamos falar aos amigos, da forma que os Espíritos nos orientaram, desta forma para que todos entendam toda a engenharia de vida, como DEUS propôs.
Viemos de um plano elevado, somos espíritos de uma raça evoluída tendo a frente Deus, por desmandos morais e de carácter, fomos separados de nossa espécie original.
Deus então determinou aos espíritos elevados que achassem um planeta, e uma espécie em evolução, aqui, chegaram, na Terra.
Informaram a Deus, de toda a forma que seria necessária, ou seja o tipo de corpo que precisaríamos, somos espíritos leves, rápidos, porém em nosso mundo é outra DENSIDADE, precisaríamos de um corpo mais rústico, que também ajudássemos a evoluir, para poder desenvolver passo a passo a inteligência de vida.
Para mim que hoje não temo a morte, escrever sobre ela ao lado dos imortais, me é muito tranquilo, claro que a morte física em qualquer um traz a dor da saudade, mas a principal pergunta é o que estamos fazendo aqui?
De uma maneira simples entendo que acaba de ser respondido, viemos evoluir, neste corpo, por um tempo, ele findo, o espírito vai deixa-lo, e retornar a sua base de origem para acertar sua jornada, levar as informações, não somos só ALMA, e ESPÍRITO, tem o PERISPÍRITO, ETC, tudo unificamos com as informações e nosso espírito, evolui ou fica parado, ou retorna a Terra para uma nova experiência de vida.
Estivemos ao longo do tempo de vida desde que nos aceitamos conhecer, ou seja, bom lembrar que o espírito após encarnado, demora 07 anos para compreender os compromissos que assumiu, fora num outro plano espiritual, após este período mediante os pais biológicos, e a educação, ele ruma, ao seu destino final que é a morte física, a foto acima mostra de maneira mais clara o que mais tememos ao longo da vida, ou seja, o fim da vida física, ela continua ou termina?
Ao longo de sua jornada onde escreveu as obras básicas Kardec nos deu o mesmo Evangelho, que é ensinado nas igrejas, com uma diferença comentado por ele, e pelos espíritos.
O Evangelho segundo o Espiritismo que deve seguir de guia, de controle, e de suporte ao longo de nossa vida, se o fizermos, na hora final do corpo teremos mais aceitação, vos convido a te-lo sempre a cabeceira de sua cama, como um guia, um tranquilizador.
São lembretes importantes de mensagens que o Cristo nos deixou, com um comentário de uma ciência, e de uma doutrina de fé que é a doutrina espírita.
Espero que todos compreendam que assim como nascimento, é uma festa, a morte, deve ser vista com alegria, é uma jornada que chega ao fim, não existe morte certa do corpo.
Digo dia CERTO, existe uma fase, geralmente termina após os 75 anos quando a missão é leve, as mais duras vão até 90,100 anos, viver muito significa as vezes, depurar mais erros da encarnação passada e da presente, nem sempre é mérito, ajustes digamos necessários.
No entanto muitas vezes por problemas físicos, genéticos, ou outros adquiridos, os corpos param de funcionar, com AVC ou INFARTOS, ou câncer, e assim saímos antes da hora marcada.
Os pensamentos criam males em nossos corpos, lembre-se ainda não temos o corpo ideal, dentro de uns 30 anos teremos algo bem perto, já que os espíritos que cuidam do planeta estão levando modificações que ocorrem ano a ano, é só olhar na sociedade de hoje e a de 50 anos atrás.
A hora é marcada por Deus?
Não.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:44 am

A hora exacta é marcada por nós, junto com os espíritos que fizemos os tratados, antes de vir, se vamos sair da vida, no tempo que programamos, que pedimos, bem isto é outra coisa, é bom todos lembrarem que se os pensamentos forem correctos, se o corpo for cuidado, se a mente for cuidada, conseguiremos.
No meio da jornada aparecem doenças, ou mesmo acidentes provocados ou marcados, nem todo acidente é marcado, existe toda uma sequência a ser observada na morte do corpo.
Repito que é uma das crendices popular no meu entender, é dizer que Deus determinou o dia da morte física, Deus nos deu responsabilidades na vida espiritual quando aceitamos a jornada da depuração, do aprendizado que é a ENCARNAÇÃO.
A presença de Deus na morte de cada um se faz pelos espíritos responsáveis, ele pessoalmente não pega, leva ninguém, isto é fantasia religiosa, nem mesmo Jesus, todos são conduzidos.
A presença de Deus se dá pelos espíritos de luz, as vezes nem sempre, espíritos de familiares que vem se encontrar com o que parte na faixa densa da Terra.
Lembrem que assumimos compromissos quando viemos ao planeta e vamos responder a cada um deles.
É uma jornada como falo sempre, longa, E COM rota, destinos, situações boas e ruins que nós mesmos projectamos e não Deus, muito do que pedimos aqui, fizemos na encarnação passada, ou solicitamos de prova nesta, necessário dizer que primeira encarnação é muito raro.
O mecanismo é muito fácil de se entender, temos no entanto algumas ferramentas que conspiram contra nós mesmos.
A fim de evitar a loucura, esquecemos da outra vida, é passado, Deus não nos permite para nosso bem lembrar de nada nem do plano espiritual, nem de uma eventual encarnação antes desta.
Bom de um lado, terrível de outro, pois as explicações claro estão em nossas condutas anteriores, para nossos sofrimentos, e a morte física seria menos dolorida se soubéssemos o porque.
Em face nosso apego material, não estamos prontos para seguir o roteiro, EM BREVE ESTAREMOS, DIZEM OS ESPÍRITOS, MUITO BREVE, é importante entender que não nos ajudaria lembrar, antes de ir da vida passada, um dia toda a somatória será nos informada até a nível de ajustes, em alguns casos, para o bem do espírito mesmo após a morte, é mantido por um período o véu do esquecimento da encarnação anterior, pois poderia piorar a situação naquele momento.
O problema desta regra é que sendo assim esquecemos, e neste momento, duvidamos, por duvidar, não confiamos, novamente Deus manda instalar uma lei fácil para que vivamos, a do livre arbítrio.
Lembrem o plantio é livre a colheita obrigatória.
Logo viveremos com a lei do livre arbítrio nos regendo, e seremos nós os trabalhadores da última hora, nós o que devemos reconciliar com o inimigo á caminho.
Quando Jesus disse isto DEIXOU CLARO QUE ELE FALAVA DA VIDA ENCARNADA, o seu juiz é você.
PERDOE, PERMITA A OUTRA FACE, porque quando o corpo morrer, termina nossa caminhada aqui, é antes de sermos reavaliados pela nossa conduta após a morte física, é que precisamos dar AMOR E COMPREENSÃO, á tudo e á todos.
Acredito que até aqui não se exista dúvidas, mas ainda tememos a morte.
Como será?
A tranquilidade para enfrentarmos a realidade de vida, após a vida, dependerá das condutas morais, sociais, familiares, de perdão, de amor, de orgulho, de vaidade, de ego, de humildade, de sexo, de sexolatria, de vícios que formos adquirindo, tudo isto, ditará se no momento final da vida no planeta Terra teremos uma passagem saudável para o plano espiritual, e tranquila,.
O nascimento é um momento complexo para a criança, e para o espírito, as informações estão desencontradas, e somos guiados, por médicos, familiares, amor, e espíritos, para que cheguemos e tomemos posse da nossa vida na carne, A MORTE TAMBÉM, porém com mais conhecimento.
Algo que vai definir ajuda na hora da saída do corpo é a fé, um mecanismo que vem instalado em nosso cérebro, que vai ser alimentando de acordo com as nossas crenças religiosas, doutrinárias, e com o nosso livre arbítrio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:45 am

E COM O HISTÓRICO DA NOSSA VIDA NA TERRA.
Sim o texto é longo, mas necessário para que possamos ter mais aceitação não só com a nossa partida, mas de pessoas que amamos.
Em qualquer situação de morte do corpo físico o espírito é retirado, as dores que sentimos é porque estamos numa viagem, que será rápida em média 15 minutos onde não falaremos, seremos ajudados por companheiros da outra dimensão.
Existem relatos claros que a parada total do corpo, ou seja o desligamento físico, demora um pouco além de uma hora.
O estado do ambiente em que estamos partindo interfere no processo de desligamento espiritual, digo no tempo mais ou menos rápido e tranquilo.
Precisamos entender, que saímos antes e que muitas vezes não lembraremos das situações criadas, só uma explicação uma morte por acidente, o espírito deixa o corpo antes do momento físico final para que ele não sinta o processo de dor física na transferência de dimensão.
Ainda demoraremos alguns dias para entender todo o processo de morte do corpo físico, no entanto recebemos relatos, e informações que alguns espíritos são capazes não só de saberem que estão partindo, mas participarem do próprio velório, divido a sua evolução nos 07 dias que permanecerão na Terra, estes mais evoluído viveram ao lado de entes e amigos queridos, para um desligamento maior após esta semana.
Outras vezes não, como viver melhor e morrer fisicamente melhor?
Bem para isto precisamos estudar, aprender, ter fé, certos que um dia irá acontecer, não importa a causa.
E QUE JAMAIS DEVEMOS RETIRAR NOSSA VIDA, A PENA PARA ISTO É TERRÍVEL.
Quero lembrar a todos, que nestes 10, 15, 20 minutos que pertencem aos ESPÍRITOS somos auxiliados, o processo de desligamento do cérebro, do coração e o desligamento do perispírito vai se dando passo á passo, de acordo um programa eficaz.
O corpo então para, o espírito se separa a sensação é como se estivesse com muito sono, sem direcção certa, um tipo de ausência de conhecimento dos fatos, que pode demorar digamos uma variação 10 á 30 minutos nos casos dos merecedores, ou meses, ou ainda anos de acordo com crença, ou mesmo apego MATERIAL, lendo a obra de KARDEC terá as respostas completas.
Sobre os casos de pacientes de hospital que tem infecção generalizada e passam dias, ou horas, ou mesmo as vitimas de enfarto, ou derrame, que fiquem no leito, ali, a retirada do espírito é feita aos poucos o que sugere, digamos menos sofrimento, quando sentimos que estamos desencarnando como falam os espíritas, é necessário deixar, ir, soltar-se das pessoas, e sobretudo das coisas materiais, para uma passagem mais leve.
Existem casos de espíritos que morrem e que simplesmente retornam para a casa onde viveram e vivem como se nada tivesse acontecido, num estado de loucura entre a vida após a vida, e a terra.
O espírito acaba não se soltando de bens materiais, casas, suas crenças reais plantadas durante toda uma vida, e aqui ficam, serão auxiliados conforme o merecimento de cada um.
Outros irão ficar até que seus entes queridos recebam noticias ou informações e isto pode levar meses até que a primeira comunicação seja feita.
O que devemos fazer, é preces, por maior dor que seja a partida de alguém muito apego, amor, choro, pode sim afectar o espírito.
Ainda com base em relatos dos espíritos de luz informo que muitos espíritos ao desencarnar, ficam do lado do corpo sem saber o que fazer no cemitério, mas não se preocupe, existe uma equipe espiritual, que faz isto, existe o mentor, toda uma engenharia ninguém está só.
Esta equipe irá retira-los de lá, mas já no exercício pleno de explicação, se o espírita disser que não vai, ficará lá, porque? a regra é sempre a escolha é sua, livre arbítrio.
Muitos em mortes que não aceitam e contamos aqui um caso do ESPÍRITO DA ESTAÇÃO DA PAULISTA, que ficou 30 anos esperando um TREM, não aceitava sua morte física, então CALMA, tentem ser equilibrados se sentirem que estão partindo.
Importante dizer que algumas perguntas foram feitas por Kardec aos espíritos, quando do LIVRO DOS ESPÍRITOS, e eles esclareceram e os senhores leram abaixo questões que entendi serem importantes para esta visão da vida, e do fim da vida do corpo na terra.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:46 am

Escolhi as perguntas alternadamente portanto, sem uma ordem específica para que as respostas dos amigos do plano espiritual se enquadrem no nosso contexto aqui:
Na questão 286, que vem de uma sequência de informações na vida além túmulo Kardec, pergunta aos espíritos:
"A ALMA, AO DEIXAR OS DESPOJOS MORTAIS, VÊ IMEDIATAMENTE OS PARENTES E AMIGOS QUE A PRECEDERAM NO MUNDO DOS ESPÍRITOS?
A resposta foi:
"- Imediatamente, nem sempre; pois como já dissemos, lhe é necessário algum tempo para reconhecer o seu estado e sacudir o véu material."
Na questão 287, Kardec indaga aos imortais:
"COMO A ALMA É RECEBIDA , NA SUA VOLTA AO MUNDO DOS ESPÍRITOS?
E a resposta é:
"a DO JUSTO, COMO UM IRMÃO BEM-AMADO E LONGAMENTE ESPERADO; A DO MAU, COMO UM SER QUE SE DESPREZA"
Allan Kardec, era rígido, disciplinador, indagava insistentemente os Espíritos, e ponderava sobre as respostas lhe dadas, continuou o Lionês, em sua sabatina da morte do corpo, a maior questão se repete na pergunta 289 onde o Francês, indaga aos espíritos:
"Nossos parentes e nossos amigos vêm, às vezes, ao nosso encontro, quando deixamos a Terra?"
Novamente os espíritos respondem:
"SIM, VÊM AO NOSSO ENCONTRO DA ALMA QUE ESTIMAM, FELICITAM-NA COMO NO REGRESSO DE UMA VIAGEM, SE ELA ESCAPOU AOS PERIGOS DO CAMINHO, E A AJUDAM A SE DESPRENDER DOS LIAMES CORPORAIS; É UM FAVOR CONCEDIDO AOS BONS ESPÍRITOS, QUANDO OS QUE OS AMAM VÊM AO SEU ENCONTRO, ENQUANTO OS QUE ESTÃO MANCHADOS FICAM NO ISOLAMENTO OU CERCADOS SOMENTE DE ESPÍRITOS, SEMELHANTES A ELES, É UMA PUNIÇÃO.
Vejo hoje desesperados, parentes encarnados, querendo saber noticias após a morte recente, é preciso esperar dias, as vezes meses, sobretudo não temos mais médiuns do padrão Chico Xavier, existem bons médiuns no entanto a questão de noticias após a morte é complexa e precisa de uma longa explicação futura.
Apenas quero dizer que não existem comunicação, com 30 dias, 60, ou 90 dias, salvo raríssimas excepções, pode demorar pelo menos dois anos para casos serem anotados de forma correta.
Sei de centro espíritas que se aproveitam da dor do encarnado, para dizer que ele está ali, as vezes está, mas ainda sem poder falar, não podemos comparar todos com os exemplos, de Kardec e ou Bezerra de Menezes que escreveram horas após terem partido.
Um espírito pode ser evocado até 08 horas depois de sua morte total, o problema é o que isto fará a ele, se não estiver preparado, você está pronto para conviver com alguém para o resto de sua encarnação ao seu lado, as vezes levando você ao tormento mental?
Dois anos após na maioria dos casos é o ideal, tenho visto comunicações com 04 meses, 45 dias, e as vezes me pergunto se é leram bem as instruções de Kardec sobre o assunto, amigos não é fácil abrir o portal da outra dimensão.
Conheci casos que noticias só vieram depois depois de 6 anos da morte física, como do meu pai, eu nem tinha perguntado, e numa sessão espírita, veio um comunicado por um médium em Itapetininga onde estava presente, as vezes é assim, o telefone como digo sempre, toca de lá para cá.
Temos que aceitar que é muito difícil a comunicação ainda se as pessoas ESTUDASSEM veriam a importância do silêncio, da ausência de curiosidade em Casas Espíritas, ou até mesmo igrejas, onde os espíritos estão ajudando, bem como em hospitais, é preciso silêncio e reflexão.
Na questão 304, Kardec pergunta aos imortais, "O espírito se lembra da sua existência corpórea?
Ao que lhe é respondido:
"Sim, tendo vivido muitas vezes como homem ou mulher recorda-se do que foi.
E te assegure que, por vezes, ri-se de piedade de si mesmo.
Logo a seguir o amigo Francês entendeu de perguntar:
"A lembrança da existência corpórea se apresenta ao Espírito de maneira completa e inopinada, após a morte?"
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:47 am

E vem a seguinte resposta:
"NÃO, mas pouco à pouco, como alguma coisa que sai de um nevoeiro, e à medida que nela vai fixando a sua atenção"
Estamos respondendo hoje de maneira mais directa o que ficou em aberto lá atrás, para alguns companheiros que me escreveram, é simples o resumo da ópera; ninguém chega voando, não existe o paraíso no formato descrito, a vida vai continuar lá, com deveres e obrigações, trabalho, claro que não com o objectivo de remuneração em ouro ou dinheiro.
Grupos afins, equipes, as vezes novas famílias com alguns membros sem lembrança da vida física que não pertence só a Terra.
O que recebemos no plano espiritual em troca do trabalho.
Recebemos bónus, e sexo também só que de forma diferente, e somente depois de muito tempo, e com companheiras ou companheiros que se possua AFINIDADE ESPIRITUAL, esta questão do sexo atormenta alguns, abro o espaço para dizer que aqui ele é feito para a procriação e prazer, no plano espiritual quando permitido, por amizade, e trocas de energias, sem objectivos de fecundação, digamos que é prazer intenso, que dois espíritos podem tocar entre si, na Terra existem casos raros de pessoas assim, já aqui, mas isto, é outro tema.
Nem sempre a visão do espírito será a mesma daqui, é por semelhança, com base de dados do PERISPÍRITO que veremos os companheiros, e já instruídos e tratados, devemos seguir, de acordo com o que propõe os líderes espirituais, que encontraremos sempre as respostas.
Não existe poder por imposição ou riqueza sem o dinheiro, todos são iguais, o que nos difere lá serão os estudos daqui, a fé, o conhecimento de outras encarnações, e portanto uma elevação nas obras, juntos com amigos de outros planetas, que vão ter com Deus, e com a espiritualidade o mesmo acerto, e a mesma chance, um dia podemos até ir aos outros, em outras formas físicas.
Já se sabe da existência de vidas em outros planetas, é informação privilegiada de países poderosos como os Estados Unidos, Rússia, China, França, Inglaterra, que não divulgam porque em países de menos cultura, ou mesmo dentre nós criaria duvida na fé.
No Deus, em Jesus, e isto seria um pânico a lei e a ordem, então até que conseguiram dar esta informação aos demais, ficaremos na dúvida, mas antes de 2017, a vida em outros planetas serão oficializada, o atraso em mais de 70 anos disso se deve ao egoísmo do ser humano.
Após cientes que estamos mortos do plano físico, veremos JESUS?
NÃO.
Desçamos da soberba, você se acha apto após os seus erros, a sair e cair nos braços de um espírito de elevada grandeza como Jesus? menos sim.
Poderia dizer que somente os que tiveram aqui uma vida ilibada 1.000% teria a condição de imediatamente sair do plano da Terra e ir para uma estação tipo NOSSO LAR como mostra a foto acima como ilustrativa.
Agora espíritos como o de Jesus podem até chegar perto, muito dificilmente irá, Jesus está no que chamamos plano elevado.
E para nós irmos directo ou mesmo passando por uma estação demora muita evolução pessoal, sinceramente digamos que esta condição é dada apenas a espíritos elevados que encarnam no planeta Terra e já retornam ao plano superior em pouco tempo, não é o caso de 99% da população, então não morra com esta expectativa.
Até Jesus teremos trabalho, se é isto que deseja, modifique seus actos aqui, para quando do estado de morte, que é um estado de espírito, projecte em sua mente terrena, em seu períspirito a acção de ida de seu espírito a um plano tipo estação de luz, supra citada, mas, lembre, dependerá de factores, atitudes, e pureza em vosso coração.
Se não devemos ter ilusões de ver o amado mestre, lembre-se que veremos companheiros de elevada grandeza ou em jornada de cura e de ajuda, que virão fazer parte de nosso dia á dia.
Voltando ao foco do desencarne, ou seja da morte física, num processo normal quero lembrar que após o sétimo dia, o espírito retorna a sua casa, quando não logo após seu sepultamento, acompanhado, de espíritos de luz, ou mesmo de amigos ou parentes, entorpecido, não consegue entender, e é adormecido, para não entrar em alucinações e cair no plano Umbralino sem receber as devidas instruções.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 8:48 am

Após a definição deste processo, o espírito vai ao local de trabalho, dependendo do seu status de aceitação da morte, lhe são concedidas visitas á familiares, amigos, e locais que mais gostava.
No prazo do dia 30 da de sua morte, é afastado para tratamento onde adormece por dias, para retornar a última visita, antes das definições de onde cumprirá suas penalizações, ou de onde receberá seus méritos, o tempo de Umbral, será decidido sempre após o espírito ter tirado os miasmas espirituais da morte, ter recebido fluídos e energias, espirituais, ter entendido que é melhor se afastar da família, e todo este processo precisa da ajuda dos que ficaram, senão o morto ficará num vácuo entre sua antiga vida, e a nova até que aqui os "saudosos" o deixem partir de facto.
Sei que não é fácil ler, mas temos que aceitar, a saudade, não é só de quem fica, é também de quem parte.
Outras questões pertinentes neste assunto ACEITAÇÃO DA MORTE FÍSICA, VEM na questão 320, onde Kardec pergunta aos espíritos:
"Os espíritos são sensíveis à saudade dos que os amavam na Terra?
E a resposta vem directa:
"Muito mais do que podeis julgar.
Essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes, e se são infelizes, serve-lhes de alívio."
Na questão 327, Kardec pergunta aos espíritos, se aquele que acaba de morrer no plano físico assisti seu próprio funeral, ao que lhe foi dito que sim, muitas vezes, no entanto muitas vezes lá estão e não percebem o que se passa.
As questões de herança e divisão são tratadas com conhecimento do falecido, e a resposta que veio é que sim, muitas vezes ele assisti a tudo, discussões, quando existem pelo que foi seu, mal trato com suas coisas que lhe custaram, muito, porém isto é permitido para que possam avaliar quem eram as pessoas que aqui deixaram, e se desapegar a matéria.
Como prova disto, recentemente estive numa FUNERÁRIA, um amigo médium vidente estava junto, e viu pessoas, lá discutindo com o parente morto do lado, é preciso respeito aos mortos, aos seus pertences, porque são elo de ligação, eu disse respeito e não apego.
Quando voltamos ao plano espiritual precisamos de paz, o mecanismo é simples e pode ser preparado, não pensando na morte, mas como, pensaram nossos amigos que criaram o sistema, ou seja, que tenhamos aprendizado, pois quando partimos precisaremos dele.
Porque permitem ver divisões de bens, e situações difíceis financeiras?
Para que o morto fisicamente consiga aceitação que muitas vezes perdeu tempo, e para que eles os mortos recentes, possam evoluir e deixarem o apego as coisas materiais da Terra, uma mãe por exemplo quer saber quem foi sincero de seus filhos e como agiu ele na partilha, infelizmente nem sempre o espírito que partiu verá coisas boas como já sabemos aqui.

A MORTE, AMADOS É UM FASE APENAS, PARA NOSSO ESPÍRITO, NOS PREPAREMOS PARA ELA.
LUZ E PAZ AMADOS, E LEMBRE NA MORTE FÍSICA TEMOS QUE MANTER A CALMA, A FÉ E A CONFIANÇA OS QUE PARTEM, OS QUE FICAM, CERTO QUE NADA PODERÁ SER MUDADO, E QUE A VIDA NA TERRA CONTINUA, SÓ PARA OS QUE FICARAM, E QUE AO MORTO FÍSICO, ELA CONTINUA SIM, NA VIDA AGORA ESPIRITUAL.


David Chinaglia, 55, é radialista, publicitário, gestor de negócios, é espírita, médium, pesquisador e palestrante, e divulgador da doutrina Espírita de Kardec.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Bala perdida?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 13, 2018 7:49 pm

É grande a quantidade de pessoas que são atingidas por balas perdidas.
O Planeta vive em meio a guerras religiosa, terrorista e conquista de território para prática do tráfico de drogas e armas, como é o caso principalmente do Rio de Janeiro que, embora as pacificações implantadas pelo Poder Público, o resultado esperado não aconteceu, até porque na prática é diferente do que no interesse político.
A separação de nosso ente querido é para nós sempre dolorosa e, quando o passamento acontece por meio de violência, a dor é maior ainda.
Mas em certas circunstâncias da vida não temos como evitar o desfecho, e uma bala perdida é o tipo de acontecimento que não prevemos e nem lhe geramos a causa, já que nem o estampido normalmente temos tempo de ouvir.
Dizemos que temos de ter sempre um motivo para o desencarne e não sabemos, sem um aprofundamento de estudo, por que tal facto aconteceu naquele momento, mas temos certeza de que uma bala pode ser perdida usando um linguarar popular, mas sabemos que o projéctil que atinge alguém tinha endereço certo.
Quando chega o momento em que devemos retornar ao plano espiritual, a espiritualidade se aproveita de qualquer meio para concretizar esse objectivo, estando o evento ligado ao comprometimento das pessoas que são afins do atingido.
Se pudéssemos vislumbrar nossas vidas passadas, certamente constataríamos que algum momento do pretérito justificou o presente.
Se não fosse para que o desencarne se desse através de determinada bala perdida, a espiritualidade tiraria, do percurso do tiro, o atingido.
Nada acontece sem a permissão do Pai Criador, apesar de muitas pessoas pensarem diferente, e assim também é em um tiroteio entre forças do bem e do mal, sendo atingido quem tenha de ser e com as consequências que merecer.
Se ainda estamos na Terra é em razão de não ter chegado o momento de nosso desencarne, e devemos agradecer a Deus por ainda termos tempo de aqui realizar actividades, principalmente, de auxílio ao próximo, já que, ao redor de nós, a cada minuto desencarna um irmão, alguns num leito sereno e outros em meio à violência.
Quantas vezes durante o dia sofremos alguns atrasos em nossa rotina, principalmente no trânsito!
Às vezes é uma fechadura que emperra e, normalmente quando isso acontece, ficamos irritados e até esbracejamos!
É nesses momentos que a Espiritualidade está actuando.
Nosso Espírito Guardião age nos preservando - quem sabe? - de que aquela bala disparada venha a nos atingir se estivermos adiantados no tempo, já que normalmente a mão do atirador não sofre influência e, sim, a vítima é que é tirada da trajectória do projéctil.
Toda essa violência em que estamos envoltos é, infelizmente, ainda necessária para nos chamar atenção de que somos muito frágeis e que devemos parar um pouco e pensar nos objectivos que nos levaram a nascer.
Não podemos ignorar que somos vencedores, pois recebemos a permissão da Espiritualidade Maior para reencarnar, quanto existem tantos Espíritos que estão na erraticidade.

Pensemos e agradeçamos a Deus pela oportunidade, e não temamos a “bala perdida”.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Oferenda de amor

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 14, 2018 9:55 am

No fim da tarde nossa mãe aparecia nos fundos do quintal:
meus filhos o dia já envelheceu, entrem para dentro.

Manoel de Barros

Muitas pessoas me perguntam: a maternidade é uma opção?
Mulheres que escolhem a maternidade necessitam ser capazes de amor.
Pois o filho que é amado, educado, de acordo com sua subjectividade e circunstâncias, realiza com mais amor altruísta sua biografia, servindo à sociedade sem temor.
Quando nos dispomos a criar uma família, abrimo-nos ao facto de que toda criança precisa sentir-se amada, à medida que ela depende integralmente de cuidado quotidiano para crescer bem e segura.
E isso nunca é coisa automática.
Antes de ter um filho, seria importante que as mulheres reservassem um tempo para reflectirem a respeito disso.
Avaliar com realidade, espiando o profundo de si mesmas, se de facto estarão dispostas a abrigar uma criança, assumindo com benevolência tudo o que isso implica.
Porque trazer uma nova vida a este mundo é coisa séria, que gera trabalho, depende de árdua construção de vínculo, reivindica acções responsáveis …
Às vezes imaginamos que a função da mãe está associada somente à nutrição do corpo e, por isso, o gestar, o amamentar, a luta com papinhas.
Mas isso é só um aspecto primário da nutrição e, com excepção do leite materno, tudo pode (e deve) ser compartilhado com o pai.
O desenvolvimento da criança exigirá, através de diversas etapas, outros níveis de alimento: físico, emocional, mental, espiritual...
Maternidade estende-se além do vasto começo.
Engloba muitos anos, implica habilidade de suportar a mulher a própria imperfeição, sem abrir mão de educar auscultando os potenciais do filho, ajudando-o a crescer alegre, ético e tolerante.
Sem receio, às mulheres que me procuram dizendo que estão mais focadas na carreira do que no ideário materno, por exemplo, explico que não faz sentido pensar em ter um filho quando estamos movidas por objectivos que escapam à meta de criar uma família.
Não é porque nascemos mulheres que precisamos necessariamente ser mães.
Porque ser mãe é missão, compromisso que exige alterar nossa vida, nosso tempo, nossas expectativas, a fim de que o filho cresça capaz de bem e de paz com suas lutas e com o seu caminho.
Obviamente a maternidade não é para todas as mulheres.
Contudo, as mães conscientes contribuem para um mundo melhor.

Um abraço, óptima semana.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 33 Empty Disciplina é dever

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 14, 2018 8:57 pm

A disciplina (em todos os sentidos:
dieta, caminhadas, responsabilidades, compromissos, vigilância sobre o próprio comportamento etc.) normalmente é encarada como algo difícil e desagradável.
Afinal é difícil resistir a um sorvete ou a uma torta, à tentação de permanecer mais na cama, a faltar num compromisso numa noite de chuva e mesmo atender à necessidade dos cuidados com a saúde.
Isso sem falar nos que não resistem às oportunidades da desonestidade, da esperteza que prejudica outras pessoas, ao “jeitinho” brasileiro, aos deslizes morais de toda espécie.
Resistir, todavia, é grande virtude.
Não é fácil disciplinar-se.
A primeira providência é não mentirmos para nós mesmos.
De que adianta dizer que esse ou aquele compromisso é bom, agradável, quando não sentimos prazer.
Então, o oposto é dizer a verdade: não é bom, mas é necessário.
Ou, em outras palavras: preciso fazer isso.
Preciso estudar, preciso caminhar, preciso resistir, preciso disciplinar-me, mesmo adiando o prazer.
Sim, porque segurar-se em várias questões provoca adiamento do prazer que buscamos.
Adiar o prazer momentâneo, ao invés de trazer sofrimento, o potencializa.
O prazer momentâneo da indisciplina alimentar criará problemas para a saúde.
Adiar esse prazer significa mais qualidade de vida, mais saúde.
Da mesma forma um estudante que adia o prazer de passear, namorar etc., potencializa o prazer futuro de se ver aprovado no vestibular.
O prazer efémero da aventura sexual muitas vezes trará muitas “dores de cabeça” no futuro.

Por isso, pensando na disciplina que precisamos aplicar a nós mesmos, busco a inspiração do poeta Cornélio Pires no poema Assuntos de disciplina, que transcrevemos parcialmente:

Tema difícil — meu caro —
Pois disciplina é dever,
Mas isso, enquanto entre os homens,
Não é fácil de saber.

Se vivermos descuidados,
Deixando as horas em vão,
Surgem testes retardados
E lutas de revisão.

A prova que se recusa
É caminho a desamparo,
Ensinamento esquecido,
Mais à frente, custa caro.

Todo aquele que se esquece
Do que lhe cabe fazer,
Descamba no prejuízo,
Tem sempre muito a perder.

Lembre: nos quadros da Terra
Que recordamos a dois:
Onde surge a indisciplina,
Tribulação vem depois…

Discipline, caro amigo,
Seu tempo, corpo e função…
Quanto mais ordem na vida,
Mais vida de elevação.

§.§.§- Ave sem Ninho
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