ARTIGOS DIVERSOS II
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“Alzheimer” - delongado e gradual processo de desencarnação
(Jorge Hessen)
Antigamente a doença de Alzheimer que era vulgarmente conhecida como “caduquice” e tratada como um estado de demência progressiva.
Caracterizada pela perda contínua das aptidões do indivíduo, como extermínio da memória, dificuldade na linguagem e no pensamento ela afecta, progressivamente, as funções corticais do doente, ocorrendo atrofia do cérebro e, por isso mesmo, as funções cognitivas e motoras são deterioradas irreversivelmente.
Embora ainda não tenha cura, o uso de medicamentos como Rivastigmina, Galantamina ou Donepezila, junto com terapia ocupacional (estímulos), podem auxiliar no controle dos sintomas e retardar a sua progressão, melhorando a qualidade de vida do paciente.
A “Alzheimer” é mais comum em idosos.
No estágio inicial (leve), podem surgir sintomas como:
dificuldade para lembrar dos acontecimentos mais recentes , contudo a lembrança de situações antigas permanece normal, dificuldade para achar o caminho de casa , não saber o dia da semana, repetir as mesmas perguntas.
Na fase moderada o doente apresenta incapacidade de fazer a higiene pessoal, anda sujo, tem dificuldade para ler e escrever, alterações do sono, troca o dia pela noite.
Na etapa avançada o doente não consegue memorizar nenhuma informação actual e nem antiga, não reconhece os familiares, os amigos e locais conhecidos, nem as coisas do ambiente (agnosia), perdem a coordenação para os mais simples movimentos úteis, como vestir uma roupa (apraxia).
Allan Kardec não fez referência a tal enfermidade, todavia, cremos que o Espírito do enfermo permanece em estado parcial de “desdobramento”, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro que está em definhamento.
São pessoas comprometidas com graves crimes morais de existências passadas.
Certamente a rigidez de carácter (intolerância), a culpa, os processos obsessivos de subjugação, a depressão, o ódio e a mágoa realimentados a longo prazo, podem ser matrizes admissíveis para a ocorrência do mal de Alzheimer.
Naturalmente, o desempenho da família em moléstias desse tipo é de elevada importância, tanto para a melhoria da qualidade de vida do paciente, quanto do ponto de vista das demandas espirituais, pois seguramente o grupo familiar está coligado às “contas do destino criadas pelo mesmo” com o doente, por isso o imperativo da reparação.
O tratamento espiritual é de essencial importância , inclusive para a família, pois os parentes sofrem muito com o gradual alheamento do ser querido, que passa por um processo lento, espesso, dolorido de perda de intercâmbio cognitivo com os familiares e amigos.
É como um delongado e gradual “processo de desencarnação”.
As presumíveis causas espirituais, como processos obsessivos e atitudes de intransigência moral, entre outras conforme mencionamos acima, recomendam a necessidade de ininterrupta diligência de esclarecimento espiritual, com leitura diária de páginas evangélico-doutrinárias e frequência, se possível semanal, à casa espírita para tratamento com passes e águas fluidificadas.
Nessas penosas conjunturas os familiares e ou cuidadores têm a chance de desenvolver suas potencialidades espirituais como a resignação, a tolerância, a aceitação, a vigilância irrestrita ao enfermo, a renúncia, a submissão, o amor, que inequivocamente são tesouros morais adquiridos pelos que se dedicarem aos portadores da doença de Alzheimer.
§.§.§- Ave sem Ninho
Antigamente a doença de Alzheimer que era vulgarmente conhecida como “caduquice” e tratada como um estado de demência progressiva.
Caracterizada pela perda contínua das aptidões do indivíduo, como extermínio da memória, dificuldade na linguagem e no pensamento ela afecta, progressivamente, as funções corticais do doente, ocorrendo atrofia do cérebro e, por isso mesmo, as funções cognitivas e motoras são deterioradas irreversivelmente.
Embora ainda não tenha cura, o uso de medicamentos como Rivastigmina, Galantamina ou Donepezila, junto com terapia ocupacional (estímulos), podem auxiliar no controle dos sintomas e retardar a sua progressão, melhorando a qualidade de vida do paciente.
A “Alzheimer” é mais comum em idosos.
No estágio inicial (leve), podem surgir sintomas como:
dificuldade para lembrar dos acontecimentos mais recentes , contudo a lembrança de situações antigas permanece normal, dificuldade para achar o caminho de casa , não saber o dia da semana, repetir as mesmas perguntas.
Na fase moderada o doente apresenta incapacidade de fazer a higiene pessoal, anda sujo, tem dificuldade para ler e escrever, alterações do sono, troca o dia pela noite.
Na etapa avançada o doente não consegue memorizar nenhuma informação actual e nem antiga, não reconhece os familiares, os amigos e locais conhecidos, nem as coisas do ambiente (agnosia), perdem a coordenação para os mais simples movimentos úteis, como vestir uma roupa (apraxia).
Allan Kardec não fez referência a tal enfermidade, todavia, cremos que o Espírito do enfermo permanece em estado parcial de “desdobramento”, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro que está em definhamento.
São pessoas comprometidas com graves crimes morais de existências passadas.
Certamente a rigidez de carácter (intolerância), a culpa, os processos obsessivos de subjugação, a depressão, o ódio e a mágoa realimentados a longo prazo, podem ser matrizes admissíveis para a ocorrência do mal de Alzheimer.
Naturalmente, o desempenho da família em moléstias desse tipo é de elevada importância, tanto para a melhoria da qualidade de vida do paciente, quanto do ponto de vista das demandas espirituais, pois seguramente o grupo familiar está coligado às “contas do destino criadas pelo mesmo” com o doente, por isso o imperativo da reparação.
O tratamento espiritual é de essencial importância , inclusive para a família, pois os parentes sofrem muito com o gradual alheamento do ser querido, que passa por um processo lento, espesso, dolorido de perda de intercâmbio cognitivo com os familiares e amigos.
É como um delongado e gradual “processo de desencarnação”.
As presumíveis causas espirituais, como processos obsessivos e atitudes de intransigência moral, entre outras conforme mencionamos acima, recomendam a necessidade de ininterrupta diligência de esclarecimento espiritual, com leitura diária de páginas evangélico-doutrinárias e frequência, se possível semanal, à casa espírita para tratamento com passes e águas fluidificadas.
Nessas penosas conjunturas os familiares e ou cuidadores têm a chance de desenvolver suas potencialidades espirituais como a resignação, a tolerância, a aceitação, a vigilância irrestrita ao enfermo, a renúncia, a submissão, o amor, que inequivocamente são tesouros morais adquiridos pelos que se dedicarem aos portadores da doença de Alzheimer.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O suicídio
ante a cordilheira de apelos vazios na mente dos jovens
A jovem Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o acto na tarde do dia 26 de julho de 2017, na vila militar, no bairro Bosque, em Rio Branco, Acre.
O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores.
Bruna era estudante de ciências sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac) e, antes de se enforcar, também publicou mensagens no Facebook.
“Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula.
Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, escreveu.
Os pais de Bruna foram encontrados mortos na tarde do dia 26 de julho de 2017.
Os corpos do subtenente Márcio Augusto de Brito Borges, de 45 anos, e da esposa, a ex-sargento Claudineia da Silva Borges, 39, estavam na casa onde moravam, na Vila Militar, no bairro Bosque, em Rio Branco.
As informações da perícia dão conta que o casal foi encontrado no mesmo lugar em que Bruna Borges, a filha deles, cometeu suicídio dois dias antes.
Há 7 anos uma jovem de 15 anos suicidou-se com um tiro de revólver, dentro de uma escola, em Curitiba.
Não houve grito nem pedido de socorro.
Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines reservadas.
Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca.
Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo.
Dizia sentir-se triste e desmotivada.
O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra.
No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros fármacos para controlar a ansiedade que sentia.
Diante dos dilemas acima, indagamos:
Como os pais podem proteger os filhos ante os desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje?
Obviamente, precisam estar atentos.
Interpretar qualquer tentativa ou anúncio de suicídio do jovem como sinal de alerta.
O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas.
Aproximar-se, mais amiudemente, do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão.
O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.
É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho(a) é algo muito delicado e preocupante, pois, trata-se de um acto pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias actuais ou por reminiscências de existências passadas.
Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento de um filho(a) e a tudo que acontece à sua volta.
Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade, como um todo, é, igualmente, culpada.
Inobstante colocarem o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflictamos:
quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens, diariamente?
O suicídio é um acto exclusivamente humano e está presente em todas as culturas.
Suas matrizes causais são numerosas e complexas.
Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crónicos etc.
Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio.
Há os processos depressivos, onde existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, consequentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico do ser.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza.
Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida.
Entretanto, por que não se tem esse direito?
Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos?
Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infracção de uma lei moral - consideração, essa, de pouco peso para certos indivíduos - mas, também, um acto estúpido, pois que nada ganha quem o pratica.
Antes, o contrário, é o que se dá com eles, na existência espiritual, após acto tão insano.
A rigor, não existe pessoa "fraca", a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças.
O que de facto ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios.
Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver, até porque não há tormentos e problemas que durem uma eternidade.
Recordemos que Jesus nos assegurou que "O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo". [1]
Referência bibliográfica:
[1] MT 24:13.
§.§.§- Ave sem Ninho
A jovem Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o acto na tarde do dia 26 de julho de 2017, na vila militar, no bairro Bosque, em Rio Branco, Acre.
O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores.
Bruna era estudante de ciências sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac) e, antes de se enforcar, também publicou mensagens no Facebook.
“Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula.
Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, escreveu.
Os pais de Bruna foram encontrados mortos na tarde do dia 26 de julho de 2017.
Os corpos do subtenente Márcio Augusto de Brito Borges, de 45 anos, e da esposa, a ex-sargento Claudineia da Silva Borges, 39, estavam na casa onde moravam, na Vila Militar, no bairro Bosque, em Rio Branco.
As informações da perícia dão conta que o casal foi encontrado no mesmo lugar em que Bruna Borges, a filha deles, cometeu suicídio dois dias antes.
Há 7 anos uma jovem de 15 anos suicidou-se com um tiro de revólver, dentro de uma escola, em Curitiba.
Não houve grito nem pedido de socorro.
Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines reservadas.
Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca.
Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo.
Dizia sentir-se triste e desmotivada.
O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra.
No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros fármacos para controlar a ansiedade que sentia.
Diante dos dilemas acima, indagamos:
Como os pais podem proteger os filhos ante os desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje?
Obviamente, precisam estar atentos.
Interpretar qualquer tentativa ou anúncio de suicídio do jovem como sinal de alerta.
O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas.
Aproximar-se, mais amiudemente, do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão.
O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.
É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho(a) é algo muito delicado e preocupante, pois, trata-se de um acto pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias actuais ou por reminiscências de existências passadas.
Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento de um filho(a) e a tudo que acontece à sua volta.
Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade, como um todo, é, igualmente, culpada.
Inobstante colocarem o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflictamos:
quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens, diariamente?
O suicídio é um acto exclusivamente humano e está presente em todas as culturas.
Suas matrizes causais são numerosas e complexas.
Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crónicos etc.
Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio.
Há os processos depressivos, onde existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, consequentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico do ser.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza.
Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida.
Entretanto, por que não se tem esse direito?
Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos?
Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infracção de uma lei moral - consideração, essa, de pouco peso para certos indivíduos - mas, também, um acto estúpido, pois que nada ganha quem o pratica.
Antes, o contrário, é o que se dá com eles, na existência espiritual, após acto tão insano.
A rigor, não existe pessoa "fraca", a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças.
O que de facto ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios.
Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver, até porque não há tormentos e problemas que durem uma eternidade.
Recordemos que Jesus nos assegurou que "O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo". [1]
Referência bibliográfica:
[1] MT 24:13.
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Um Dia dos Pais diferente
Ao terminar a aula naquela sexta-feira, a professora lembrou a seus alunos:
— Desejo um bom final de semana para vocês, e não se esqueçam do “Dia dos Pais”, que será no próximo domingo!
Os pequenos alunos arregalaram os olhos lembrando-se do “Dia dos Pais” e o que poderiam dar a seus pais.
Cada um pensava em uma coisa diferente:
uma camisa, um par de sapatos, uma caixa de bombons, caneta e muito mais.
Carlinhos foi para casa a imaginar o que daria a seu pai de acordo com seus próprios desejos.
De repente, ele decidiu:
- Já sei! Vou fazer um passeio com meu pai!
Assim como ele faz comigo no Dia das Crianças!
Papai me dá um dia diferente que eu gosto muito.
Vou fazer o mesmo com ele!
Assim, todo animado, chegou à sua casa sorridente.
Nada disse a ninguém.
Os pais notaram que Carlinhos estava todo misterioso, porém, ao perguntarem o que estava acontecendo, ele respondia:
— Nada, mamãe! Nada, papai!
Estou pensando em algo que a professora disse.
No domingo, Carlinhos acordou bem cedo, preparou um copo de leite, fez um sanduíche, colocou em uma bandeja e foi acordar o pai, que ainda dormia.
Entrou no quarto todo feliz, abraçou o pai e deu-lhe um beijo no rosto dizendo:
— Feliz Dia dos Pais!
Papai, tome seu café e levante-se da cama!
Coloque shorts e camiseta e venha comigo!
Estou acordado faz tempo! Quero passear!
— Mas é muito cedo, meu filho! — disse-lhe o pai, esfregando os olhos.
— Não é não.
Quero passear com você, papai!
Não vendo outro jeito, o pai levantou-se da cama, fez a higiene e foi para a cozinha tomar outro café.
A mesa, para surpresa dele, estava arrumada.
Carlinhos colocou café na xícara do pai, adicionou o açúcar e pediu que ele mexesse para ver se estava a gosto.
O pai achou muito doce, mas disse que estava óptimo!
Quando o pai terminou de tomar café, Carlinhos pegou a bolsa de piquenique e disse:
— Agora nós vamos passear, papai.
Venha! Você terá um dia diferente!
O pai sorriu para ele, depois olhou para a esposa, e balançou a cabeça como se dissesse:
“Tudo bem. Vamos ver o que mais vai acontecer!”
— Mamãe, quer vir passear connosco? — indagou o garoto.
— Não, querido.
Tenho muitas coisas para fazer hoje. Vão vocês!
Pai e filho saíram de casa e caminharam até um bosque onde Carlinhos gostava de brincar e ao qual o pai o levava sempre.
Sentaram-se, colocaram os pés na água do lago, correram entre as árvores até cansar.
Depois, já com fome, o pequeno abriu a bolsa e disse:
— Papai, aqui está nosso lanche! Vamos comer?
Comeram tudo, tomaram o suco que Carlinhos fizera com tanta boa vontade, depois descansaram.
Lá pelas três horas da tarde, estavam tão cansados que resolveram voltar para casa, felizes e satisfeitos.
A mãe, ao vê-los chegar, colocou as mãos na cintura e disse:
— Nossa! Vocês demoraram bastante!
Devem estar cansados, imagino!
Querem comer alguma coisa?
— Nem pensar! — disse o pai.
Estamos satisfeitos!
Comemos demais hoje.
Então, a mãe perguntou a Carlinhos:
— Que ideia foi essa, Carlinhos, de levar seu pai para passear?
— Mamãe, é que gosto tanto quando fazem isso comigo, que resolvi dar um dia igual ao meu pai!
A mãe sorriu e o pai abraçou o filho dizendo:
— Meu filho, foi o melhor dia que eu já tive!
Nunca tive um Dia dos Pais como este! Obrigado!
Carlinhos, com lágrimas nos olhos, respondeu:
— Pois fiz isso ao lembrar-me das vezes em que você me levou para passear no Dia das Crianças!
Feliz Dia dos Pais, papai!
Os três se abraçaram sentindo muita satisfação e alegria.
Afinal, tiveram um dia diferente!...
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 24/07/2017.)
§.§.§- Ave sem Ninho
— Desejo um bom final de semana para vocês, e não se esqueçam do “Dia dos Pais”, que será no próximo domingo!
Os pequenos alunos arregalaram os olhos lembrando-se do “Dia dos Pais” e o que poderiam dar a seus pais.
Cada um pensava em uma coisa diferente:
uma camisa, um par de sapatos, uma caixa de bombons, caneta e muito mais.
Carlinhos foi para casa a imaginar o que daria a seu pai de acordo com seus próprios desejos.
De repente, ele decidiu:
- Já sei! Vou fazer um passeio com meu pai!
Assim como ele faz comigo no Dia das Crianças!
Papai me dá um dia diferente que eu gosto muito.
Vou fazer o mesmo com ele!
Assim, todo animado, chegou à sua casa sorridente.
Nada disse a ninguém.
Os pais notaram que Carlinhos estava todo misterioso, porém, ao perguntarem o que estava acontecendo, ele respondia:
— Nada, mamãe! Nada, papai!
Estou pensando em algo que a professora disse.
No domingo, Carlinhos acordou bem cedo, preparou um copo de leite, fez um sanduíche, colocou em uma bandeja e foi acordar o pai, que ainda dormia.
Entrou no quarto todo feliz, abraçou o pai e deu-lhe um beijo no rosto dizendo:
— Feliz Dia dos Pais!
Papai, tome seu café e levante-se da cama!
Coloque shorts e camiseta e venha comigo!
Estou acordado faz tempo! Quero passear!
— Mas é muito cedo, meu filho! — disse-lhe o pai, esfregando os olhos.
— Não é não.
Quero passear com você, papai!
Não vendo outro jeito, o pai levantou-se da cama, fez a higiene e foi para a cozinha tomar outro café.
A mesa, para surpresa dele, estava arrumada.
Carlinhos colocou café na xícara do pai, adicionou o açúcar e pediu que ele mexesse para ver se estava a gosto.
O pai achou muito doce, mas disse que estava óptimo!
Quando o pai terminou de tomar café, Carlinhos pegou a bolsa de piquenique e disse:
— Agora nós vamos passear, papai.
Venha! Você terá um dia diferente!
O pai sorriu para ele, depois olhou para a esposa, e balançou a cabeça como se dissesse:
“Tudo bem. Vamos ver o que mais vai acontecer!”
— Mamãe, quer vir passear connosco? — indagou o garoto.
— Não, querido.
Tenho muitas coisas para fazer hoje. Vão vocês!
Pai e filho saíram de casa e caminharam até um bosque onde Carlinhos gostava de brincar e ao qual o pai o levava sempre.
Sentaram-se, colocaram os pés na água do lago, correram entre as árvores até cansar.
Depois, já com fome, o pequeno abriu a bolsa e disse:
— Papai, aqui está nosso lanche! Vamos comer?
Comeram tudo, tomaram o suco que Carlinhos fizera com tanta boa vontade, depois descansaram.
Lá pelas três horas da tarde, estavam tão cansados que resolveram voltar para casa, felizes e satisfeitos.
A mãe, ao vê-los chegar, colocou as mãos na cintura e disse:
— Nossa! Vocês demoraram bastante!
Devem estar cansados, imagino!
Querem comer alguma coisa?
— Nem pensar! — disse o pai.
Estamos satisfeitos!
Comemos demais hoje.
Então, a mãe perguntou a Carlinhos:
— Que ideia foi essa, Carlinhos, de levar seu pai para passear?
— Mamãe, é que gosto tanto quando fazem isso comigo, que resolvi dar um dia igual ao meu pai!
A mãe sorriu e o pai abraçou o filho dizendo:
— Meu filho, foi o melhor dia que eu já tive!
Nunca tive um Dia dos Pais como este! Obrigado!
Carlinhos, com lágrimas nos olhos, respondeu:
— Pois fiz isso ao lembrar-me das vezes em que você me levou para passear no Dia das Crianças!
Feliz Dia dos Pais, papai!
Os três se abraçaram sentindo muita satisfação e alegria.
Afinal, tiveram um dia diferente!...
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 24/07/2017.)
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Reflexões espíritas: a fonte de água pura
Esta reflexão teve início durante uma conversa muito agradável com um grande amigo espírita, que participa de um grupo sério de estudo das obras de Kardec.
Em determinado momento, comentando sobre o quanto eram proveitosas aquelas reuniões, ele espontaneamente exclamou:
“Ah! Como é gostoso beber da água pura”.
Nesse momento, com liberdade para tratar com ele sobre assuntos dos mais profundos, seja na área doutrinária quanto nas questões naturais da existência, não pude deixar de me expressar dizendo que a única fonte de água pura, no sentido sublime da expressão, foi Jesus quem trouxe ao nosso mundo.
Vejamos a fundamentação para este raciocínio.
No conhecido diálogo de Jesus com a mulher de Samaria, junto ao poço de Jacó, perto da cidade de Sicar, nosso Mestre diz que de qualquer água que bebermos, teremos sede.
No entanto, afirma:
“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4,14).
É também importante recordarmos que quando o Messias nos prometeu o Consolador, deixou bem claro que ele não diria coisas que já soubesse, mas que teria aprendido.
Ouçamos o Mestre:
“Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (João 16,13).
Quanto ao Cristo, o único espírito puro que a Terra conheceu, assim se refere sobre si mesmo:
“Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11, 27).
Enfim, se a Doutrina Espírita é o consolador prometido por Jesus, que apresenta ao mundo as leis divinas a que nosso mestre se referiu tantas vezes através de ensinos e parábolas, só ele, nosso mestre, é a fonte de água pura a dessedentar aqueles que já têm seus anseios voltados para os cimos da vida.
Com Jesus como norte e com a doutrina dos espíritos a direccionar nossos passos, temos tudo que precisamos para alçar voos aos planos superiores da vida.
Nossos maiores obstáculos são nossas próprias imperfeições que tendem a nos arrastar para baixo, de volta às nossas paixões primitivas.
A luta é íntima, pessoal e intransferível.
Sigamos Jesus, agora sob a luz abençoada do Espiritismo.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em determinado momento, comentando sobre o quanto eram proveitosas aquelas reuniões, ele espontaneamente exclamou:
“Ah! Como é gostoso beber da água pura”.
Nesse momento, com liberdade para tratar com ele sobre assuntos dos mais profundos, seja na área doutrinária quanto nas questões naturais da existência, não pude deixar de me expressar dizendo que a única fonte de água pura, no sentido sublime da expressão, foi Jesus quem trouxe ao nosso mundo.
Vejamos a fundamentação para este raciocínio.
No conhecido diálogo de Jesus com a mulher de Samaria, junto ao poço de Jacó, perto da cidade de Sicar, nosso Mestre diz que de qualquer água que bebermos, teremos sede.
No entanto, afirma:
“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4,14).
É também importante recordarmos que quando o Messias nos prometeu o Consolador, deixou bem claro que ele não diria coisas que já soubesse, mas que teria aprendido.
Ouçamos o Mestre:
“Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (João 16,13).
Quanto ao Cristo, o único espírito puro que a Terra conheceu, assim se refere sobre si mesmo:
“Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11, 27).
Enfim, se a Doutrina Espírita é o consolador prometido por Jesus, que apresenta ao mundo as leis divinas a que nosso mestre se referiu tantas vezes através de ensinos e parábolas, só ele, nosso mestre, é a fonte de água pura a dessedentar aqueles que já têm seus anseios voltados para os cimos da vida.
Com Jesus como norte e com a doutrina dos espíritos a direccionar nossos passos, temos tudo que precisamos para alçar voos aos planos superiores da vida.
Nossos maiores obstáculos são nossas próprias imperfeições que tendem a nos arrastar para baixo, de volta às nossas paixões primitivas.
A luta é íntima, pessoal e intransferível.
Sigamos Jesus, agora sob a luz abençoada do Espiritismo.
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Entre os Dois Mundos (Parte 2)
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco no ano de 2004.
Questões preliminares
A. Podemos dizer que a Terra é, em verdade, uma escola e nela somos todos aprendizes?
Sim. É desse modo que o autor desta obra conceitua o orbe em que vivemos, um planeta ricamente dotado de valores inquestionáveis para a felicidade pessoal e grupal, uma escola bendita, um ninho de esperança e oficina de crescimento interior, tanto quanto hospital de almas que se encontram enfermas, necessitadas por enquanto do ferrete do sofrimento para melhor entenderem a finalidade da existência.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
B. Quais são, objectivamente falando, as causas e as finalidades das chamadas catástrofes naturais?
As catástrofes naturais – sismos, erupções vulcânicas, tornados, furacões, incêndios vorazes e chuvas torrenciais – são decorrentes, conforme o caso, umas da acomodação das placas tectónicas, outras do chamado efeito estufa, ou do aquecimento do ar ou da explosão de gases internos bem como de matéria ígnea.
Exercem tais fenómenos uma função depuradora, ao mesmo tempo em que convidam o pensamento às considerações em torno da Divina Justiça, de maneira que não se tornem necessários, para o refazimento moral das almas comprometidas, os processos comuns dos desforços humanos de uns contra outros indivíduos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
C. Por que o homem da actualidade, apesar do avanço científico e tecnológico que caracteriza a nossa época, detém-se em conceitos passadistas e utilitaristas no que diz respeito aos valores do espírito?
Manoel Philomeno de Miranda entende, no tocante ao assunto, que parece haver nos indivíduos que agem assim um latente medo da verdade, ainda que inconsciente, visto que a verdade produz inevitável alteração na conduta, modificando conceitos e paradigmas em que têm sido estruturadas as suas existências.
O atraso moral da Humanidade provavelmente decorra dessa postura.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
Texto para leitura
27. Reminiscências e reflexões – Habitualmente, quando as actividades espirituais lhe permitem e o zimbório da noite pulsa de astros estrelares, derramando abençoada luminosidade, e o brilho de Selene em suave tom de prata veste a Natureza, Manoel Philomeno deixa-se arrebatar pelas reminiscências terrenas...
Uma saudade mansa, feita de afecto, ternura e gratidão toma-lhe os sentimentos enquanto as reminiscências terrenas assomam, levando-o, às vezes, às lágrimas dulcificadoras.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
28. Ele repassa, por meio do caleidoscópio mágico da memória, as incomuns experiências que lhe tornaram a caminhada física favorecida pela alegria e pela esperança de liberdade, que buscou alcançar sem qualquer conflito ou solução de continuidade.
Diante dos desafios e ressarcimentos necessários, a confiança decorrente da fé racional, adquirida no conhecimento do Espiritismo, enrijecia-lhe o ânimo, vitalizando-o para o prosseguimento, mesmo quando sob chuva de calhaus e pisando em abrolhos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
29. Embalado pela musicalidade superior que perpassa carreada por brisas perfumadas, sempre retorna às lembranças das lutas contra as paixões perversas, que o archote do esclarecimento facultava-lhe superar, saindo dos seus dédalos escuros e enfermiços.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
Questões preliminares
A. Podemos dizer que a Terra é, em verdade, uma escola e nela somos todos aprendizes?
Sim. É desse modo que o autor desta obra conceitua o orbe em que vivemos, um planeta ricamente dotado de valores inquestionáveis para a felicidade pessoal e grupal, uma escola bendita, um ninho de esperança e oficina de crescimento interior, tanto quanto hospital de almas que se encontram enfermas, necessitadas por enquanto do ferrete do sofrimento para melhor entenderem a finalidade da existência.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
B. Quais são, objectivamente falando, as causas e as finalidades das chamadas catástrofes naturais?
As catástrofes naturais – sismos, erupções vulcânicas, tornados, furacões, incêndios vorazes e chuvas torrenciais – são decorrentes, conforme o caso, umas da acomodação das placas tectónicas, outras do chamado efeito estufa, ou do aquecimento do ar ou da explosão de gases internos bem como de matéria ígnea.
Exercem tais fenómenos uma função depuradora, ao mesmo tempo em que convidam o pensamento às considerações em torno da Divina Justiça, de maneira que não se tornem necessários, para o refazimento moral das almas comprometidas, os processos comuns dos desforços humanos de uns contra outros indivíduos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
C. Por que o homem da actualidade, apesar do avanço científico e tecnológico que caracteriza a nossa época, detém-se em conceitos passadistas e utilitaristas no que diz respeito aos valores do espírito?
Manoel Philomeno de Miranda entende, no tocante ao assunto, que parece haver nos indivíduos que agem assim um latente medo da verdade, ainda que inconsciente, visto que a verdade produz inevitável alteração na conduta, modificando conceitos e paradigmas em que têm sido estruturadas as suas existências.
O atraso moral da Humanidade provavelmente decorra dessa postura.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
Texto para leitura
27. Reminiscências e reflexões – Habitualmente, quando as actividades espirituais lhe permitem e o zimbório da noite pulsa de astros estrelares, derramando abençoada luminosidade, e o brilho de Selene em suave tom de prata veste a Natureza, Manoel Philomeno deixa-se arrebatar pelas reminiscências terrenas...
Uma saudade mansa, feita de afecto, ternura e gratidão toma-lhe os sentimentos enquanto as reminiscências terrenas assomam, levando-o, às vezes, às lágrimas dulcificadoras.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
28. Ele repassa, por meio do caleidoscópio mágico da memória, as incomuns experiências que lhe tornaram a caminhada física favorecida pela alegria e pela esperança de liberdade, que buscou alcançar sem qualquer conflito ou solução de continuidade.
Diante dos desafios e ressarcimentos necessários, a confiança decorrente da fé racional, adquirida no conhecimento do Espiritismo, enrijecia-lhe o ânimo, vitalizando-o para o prosseguimento, mesmo quando sob chuva de calhaus e pisando em abrolhos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
29. Embalado pela musicalidade superior que perpassa carreada por brisas perfumadas, sempre retorna às lembranças das lutas contra as paixões perversas, que o archote do esclarecimento facultava-lhe superar, saindo dos seus dédalos escuros e enfermiços.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
30. Quando as emoções o alcançam ao máximo, o afecto ao querido Planeta convida-o a envolvê-lo em vibrações de ternura, orando pelos seus habitantes, especialmente por aqueles que ainda não tiveram a honra nem a felicidade de inserir na mente a incomparável proposta da revelação espírita.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
31. Em face dessa ignorância, são compreensíveis as razões por que prosseguem iludidos e intoxicados pelos vapores morbíficos do desequilíbrio, distantes de quaisquer contribuições imortalistas.
É que eles ainda não despertaram para os valores indiscutíveis da sublimação dos sentimentos.
Assim, equivocados, convertem a existência numa tormentosa viagem em busca de coisa nenhuma, em ânsias inquietadoras de prazeres e gozos anestesiantes, singrando as águas agitadas da fantasia.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
32. Quando, porém, sacudidos pelas inevitáveis tormentas que sucedem na travessia do processo evolutivo, sem estrutura moral para os enfrentamentos, sem motivações seguras para prosseguirem, deixam-se escorregar na direcção do fosso profundo da revolta e da loucura. Incapazes de discernir o que lhes acontece, anulam a capacidade de raciocinar e perdem a oportunidade valiosa, complicando mais ainda suas angústias e aflições.
Desconhecendo o intercâmbio entre os seres humanos e os espirituais, tornam-se vítimas espontâneas de mentes perversas ou viciosas que os exploram em contínuo processo obsessivo.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
33. Tais indivíduos são dignos de compreensão e merecem nosso melhor carinho, aguardando o momento em que estejam receptivos ao esclarecimento espírita, a fim de começarem a viagem do auto-descobrimento.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
34. Em tais ocasiões, tomado pelas evocações espontâneas, Philomeno diz que sempre pensa na possibilidade de pedir e suplicar aos navegantes do corpo físico que amem a Terra, descobrindo suas potencialidades de inimaginável beleza, passando a amar-se mais, mediante o aprimoramento moral, de maneira que lhes seja possível amar também ao próximo, e, por consequência, a Deus, reflectido no cosmo de cada ser, tanto quanto no universal.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
35. A Terra é planeta ricamente dotado de valores inquestionáveis para a felicidade pessoal e grupal.
Escola bendita, é ninho de esperança e oficina de crescimento interior, tanto quanto hospital de almas que se encontram enfermas, necessitadas por enquanto do ferrete do sofrimento para melhor entenderem a finalidade da existência.
Construída pelo inefável Amor do Pai, faz parte das infinitas moradas espalhadas na Sua Casa e nos é concedida como colo de mãe, a fim de que possamos conhecer a vida e conquistá-la mediante o esforço pelo trabalho e pelas reflexões interiores, ao mesmo tempo auxiliando-a no crescimento e na transformação que lhe estão fadados.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
36. Seus amanheceres de sol e os seus entardeceres de sombra e luz, quando surgem as primeiras estrelas, são convites à meditação e à alegria propiciadoras de ventura e espiritualização.
As suas paisagens, portadoras de fascinante estesia, são musicadas pelas onomatopeias da Natureza sempre em festa.
O majestoso poema de vida, estuante em toda parte, é invitação permanente à meditação em torno da realidade, que não pode ficar desconhecida ou empanada pelas nuvens da ignorância.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
37. Mesmo quando as catástrofes naturais, em forma de sismos e erupções vulcânicas, tornados e furacões, incêndios vorazes e chuvas torrenciais avassalam tudo, em decorrência uns da acomodação das placas tectónicas, outros como frutos amargos do efeito estufa, do aquecimento do ar ou da explosão de gases internos bem como de matéria ígnea, são espectáculos de incomparável fascínio, que, mesmo arrebatando corpos, não conseguem ceifar a vida.
Exercem a função depuradora, convidando o pensamento às considerações em torno da Divina Justiça que encerra existências comprometidas, de maneira que não se tornem necessários para o seu refazimento moral os processos comuns dos desforços humanos de uns contra outros indivíduos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
31. Em face dessa ignorância, são compreensíveis as razões por que prosseguem iludidos e intoxicados pelos vapores morbíficos do desequilíbrio, distantes de quaisquer contribuições imortalistas.
É que eles ainda não despertaram para os valores indiscutíveis da sublimação dos sentimentos.
Assim, equivocados, convertem a existência numa tormentosa viagem em busca de coisa nenhuma, em ânsias inquietadoras de prazeres e gozos anestesiantes, singrando as águas agitadas da fantasia.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
32. Quando, porém, sacudidos pelas inevitáveis tormentas que sucedem na travessia do processo evolutivo, sem estrutura moral para os enfrentamentos, sem motivações seguras para prosseguirem, deixam-se escorregar na direcção do fosso profundo da revolta e da loucura. Incapazes de discernir o que lhes acontece, anulam a capacidade de raciocinar e perdem a oportunidade valiosa, complicando mais ainda suas angústias e aflições.
Desconhecendo o intercâmbio entre os seres humanos e os espirituais, tornam-se vítimas espontâneas de mentes perversas ou viciosas que os exploram em contínuo processo obsessivo.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
33. Tais indivíduos são dignos de compreensão e merecem nosso melhor carinho, aguardando o momento em que estejam receptivos ao esclarecimento espírita, a fim de começarem a viagem do auto-descobrimento.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
34. Em tais ocasiões, tomado pelas evocações espontâneas, Philomeno diz que sempre pensa na possibilidade de pedir e suplicar aos navegantes do corpo físico que amem a Terra, descobrindo suas potencialidades de inimaginável beleza, passando a amar-se mais, mediante o aprimoramento moral, de maneira que lhes seja possível amar também ao próximo, e, por consequência, a Deus, reflectido no cosmo de cada ser, tanto quanto no universal.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
35. A Terra é planeta ricamente dotado de valores inquestionáveis para a felicidade pessoal e grupal.
Escola bendita, é ninho de esperança e oficina de crescimento interior, tanto quanto hospital de almas que se encontram enfermas, necessitadas por enquanto do ferrete do sofrimento para melhor entenderem a finalidade da existência.
Construída pelo inefável Amor do Pai, faz parte das infinitas moradas espalhadas na Sua Casa e nos é concedida como colo de mãe, a fim de que possamos conhecer a vida e conquistá-la mediante o esforço pelo trabalho e pelas reflexões interiores, ao mesmo tempo auxiliando-a no crescimento e na transformação que lhe estão fadados.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
36. Seus amanheceres de sol e os seus entardeceres de sombra e luz, quando surgem as primeiras estrelas, são convites à meditação e à alegria propiciadoras de ventura e espiritualização.
As suas paisagens, portadoras de fascinante estesia, são musicadas pelas onomatopeias da Natureza sempre em festa.
O majestoso poema de vida, estuante em toda parte, é invitação permanente à meditação em torno da realidade, que não pode ficar desconhecida ou empanada pelas nuvens da ignorância.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
37. Mesmo quando as catástrofes naturais, em forma de sismos e erupções vulcânicas, tornados e furacões, incêndios vorazes e chuvas torrenciais avassalam tudo, em decorrência uns da acomodação das placas tectónicas, outros como frutos amargos do efeito estufa, do aquecimento do ar ou da explosão de gases internos bem como de matéria ígnea, são espectáculos de incomparável fascínio, que, mesmo arrebatando corpos, não conseguem ceifar a vida.
Exercem a função depuradora, convidando o pensamento às considerações em torno da Divina Justiça que encerra existências comprometidas, de maneira que não se tornem necessários para o seu refazimento moral os processos comuns dos desforços humanos de uns contra outros indivíduos.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
38. Adstritas à Lei natural, essas tragédias convertem-se em dádivas para a evolução humana, que não depende exclusivamente de uma existência física, mas de todo um largo investimento de experiências próprias para a iluminação íntima de cada ser.
Logo, passadas as forças tiranizantes, tudo se renova, se ajusta aos padrões da evolução, avançando, o próprio Planeta, paramundo de regeneração, quando as condições geológicas forem propícias à ventura e ao prolongamento existencial.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
39. O ser humano, embora a inteligência que o conduz a conquistas fabulosas, não se permitiu a realização interior nem o entendimento das causas que o geraram, acomodando-se ao conceito espúrio do acaso improcedente, por cujo meio evade-se das responsabilidades para consigo mesmo, o próximo e a Natureza.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
40. Sua flora, sua fauna, seus minérios extraordinários, tudo constitui na Terra um conjunto de perfeito equilíbrio e de programação superior, obedecendo a uma ordem preestabelecida, que vige soberana.
Quando perturbada, interrompida ou vilipendiada, abre campo para efeitos semelhantes que se voltam na direção de quem agiu incorrectamente.
É necessário, portanto, que haja na criatura humana o despertamento moral, a fim de que a Terra seja respeitada pelo menos, quando não amada, o que constitui um dever impostergável.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
41. Nessa grandiosa epopeia, aquele que ainda não se entregou a Deus avança triste, desalentado, sem rumo ou encharcado de excessos pelo desvario que se permite, despertando, mais tarde, no além-túmulo, arrependido e tumultuado, ansioso e desiludido.
Como, porém, o Amor de Deus é infinito, recondu-lo ao mesmo proscênio, no qual se comprometeu lamentavelmente, a fim de que recomece, reconstitua o programa iluminativo e reencontre-se, descobrindo o Criador, ínsito nele mesmo.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
42. O homem e a mulher contemporâneos alcançaram o Cosmos e hoje estudam Marte, graças aos robôs, um dos quais lhe analisa a constituição material, na tentativa de encontrar água, o que significaria nele ter havido ou existir vida, enquanto o outro se encarrega de tarefas especiais, fotografando-o e estudando-o, desde há mais de sessenta milhões de quilómetros de distância do centro de controle...
Ao mesmo tempo o telescópio Hubble envia fotografias de galáxias jamais concebidas, umas sendo devoradas pelos buracos negros e outras surgindo da poeira cósmica.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
43. Embora marchem para a desactivação por problemas técnicos ou desgaste do material de manutenção, ampliam a compreensão em torno do Universo e oferecem recursos extraordinários para o entendimento da sua origem e das possibilidades de vida em alguma parte, conforme a ainda pobre concepção humana.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
44. Simultaneamente devassaram o infinitamente pequeno, interpretando a matéria como energia condensada, o que os leva a conceituações audaciosas em torno da sua realidade como ser quântico.
No entanto, no que diz respeito aos valores do espírito, embora as incontáveis confirmações da sua realidade, obstinadamente detêm-se em conceitos passadistas e utilitaristas, evitando comprometimentos profundos e libertadores.
Há, mesmo que inconscientemente, um latente medo da verdade, que produz alteração profunda na conduta, modificando conceitos e paradigmas em que têm sido estruturadas as suas existências.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
45. É muito mais cômodo e aceitável a permanência nas convenções e conclusões estabelecidas do que a audácia de nadar contra a correnteza do que está definido e aceito pelos interesses que predominam em todos os setores de actividade.
Por isso, é necessário ser grato e generoso para com o Planeta, contribuindo para a sua finalidade superior, que transcende a imensa massa de que se constitui.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
46. Foi assim, numa dessas noites inexcedíveis de reminiscências e reflexões, que Manoel Philomeno retornou à realidade, quando dele se acercou o venerando amigo José Petitinga, amado companheiro de lide espírita na Terra, convidando-o para participar de um encontro com nobre visitante que deveria proferir uma palestra especial, dentro de alguns minutos, no Departamento de Cultura e de Realizações Espirituais, na esfera em que eles se encontravam.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
47. Felicitado pela convocação e pela presença do nobre amigo, Manoel Philomeno dirigiu-se com o amigo ao amplo auditório onde sempre eles se reuniam para os cometimentos dessa natureza.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Logo, passadas as forças tiranizantes, tudo se renova, se ajusta aos padrões da evolução, avançando, o próprio Planeta, paramundo de regeneração, quando as condições geológicas forem propícias à ventura e ao prolongamento existencial.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
39. O ser humano, embora a inteligência que o conduz a conquistas fabulosas, não se permitiu a realização interior nem o entendimento das causas que o geraram, acomodando-se ao conceito espúrio do acaso improcedente, por cujo meio evade-se das responsabilidades para consigo mesmo, o próximo e a Natureza.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
40. Sua flora, sua fauna, seus minérios extraordinários, tudo constitui na Terra um conjunto de perfeito equilíbrio e de programação superior, obedecendo a uma ordem preestabelecida, que vige soberana.
Quando perturbada, interrompida ou vilipendiada, abre campo para efeitos semelhantes que se voltam na direção de quem agiu incorrectamente.
É necessário, portanto, que haja na criatura humana o despertamento moral, a fim de que a Terra seja respeitada pelo menos, quando não amada, o que constitui um dever impostergável.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
41. Nessa grandiosa epopeia, aquele que ainda não se entregou a Deus avança triste, desalentado, sem rumo ou encharcado de excessos pelo desvario que se permite, despertando, mais tarde, no além-túmulo, arrependido e tumultuado, ansioso e desiludido.
Como, porém, o Amor de Deus é infinito, recondu-lo ao mesmo proscênio, no qual se comprometeu lamentavelmente, a fim de que recomece, reconstitua o programa iluminativo e reencontre-se, descobrindo o Criador, ínsito nele mesmo.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
42. O homem e a mulher contemporâneos alcançaram o Cosmos e hoje estudam Marte, graças aos robôs, um dos quais lhe analisa a constituição material, na tentativa de encontrar água, o que significaria nele ter havido ou existir vida, enquanto o outro se encarrega de tarefas especiais, fotografando-o e estudando-o, desde há mais de sessenta milhões de quilómetros de distância do centro de controle...
Ao mesmo tempo o telescópio Hubble envia fotografias de galáxias jamais concebidas, umas sendo devoradas pelos buracos negros e outras surgindo da poeira cósmica.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
43. Embora marchem para a desactivação por problemas técnicos ou desgaste do material de manutenção, ampliam a compreensão em torno do Universo e oferecem recursos extraordinários para o entendimento da sua origem e das possibilidades de vida em alguma parte, conforme a ainda pobre concepção humana.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
44. Simultaneamente devassaram o infinitamente pequeno, interpretando a matéria como energia condensada, o que os leva a conceituações audaciosas em torno da sua realidade como ser quântico.
No entanto, no que diz respeito aos valores do espírito, embora as incontáveis confirmações da sua realidade, obstinadamente detêm-se em conceitos passadistas e utilitaristas, evitando comprometimentos profundos e libertadores.
Há, mesmo que inconscientemente, um latente medo da verdade, que produz alteração profunda na conduta, modificando conceitos e paradigmas em que têm sido estruturadas as suas existências.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
45. É muito mais cômodo e aceitável a permanência nas convenções e conclusões estabelecidas do que a audácia de nadar contra a correnteza do que está definido e aceito pelos interesses que predominam em todos os setores de actividade.
Por isso, é necessário ser grato e generoso para com o Planeta, contribuindo para a sua finalidade superior, que transcende a imensa massa de que se constitui.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
46. Foi assim, numa dessas noites inexcedíveis de reminiscências e reflexões, que Manoel Philomeno retornou à realidade, quando dele se acercou o venerando amigo José Petitinga, amado companheiro de lide espírita na Terra, convidando-o para participar de um encontro com nobre visitante que deveria proferir uma palestra especial, dentro de alguns minutos, no Departamento de Cultura e de Realizações Espirituais, na esfera em que eles se encontravam.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
47. Felicitado pela convocação e pela presença do nobre amigo, Manoel Philomeno dirigiu-se com o amigo ao amplo auditório onde sempre eles se reuniam para os cometimentos dessa natureza.
(Entre os dois mundos. Capítulo 1: Reminiscências e reflexões.)
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Um minuto com Chico Xavier
por Regina Stella Spagnuolo
Chico Xavier em um encontro com a comunidade de Goiânia deixou-nos os seguintes esclarecimentos em entrevista concedida aos confrades da época e transmitida pelas diversas redes de comunicação locais:
Os espíritos amigos apresentam algum ponto de vista sobre o divórcio no Brasil?
Allan Kardec, no capítulo XXII de O Evangelho segundo o Espiritismo, assevera que o divórcio é uma lei humana que vem consagrar determinada situação já existente entre os cônjuges.
Do ponto de vista humano, seria crueldade fugirmos à possibilidade do divórcio em algumas situações lamentáveis da vida, quando estamos certos de que as próprias organizações bancárias do mundo nos concedem reformas e nos proporcionam determinados prazos para o resgate de certas dívidas.
Necessitamos, porém, conscientizar-nos quanto ao assunto no Brasil, de vez que somos um povo demasiado jovem e precisamos habilitar a consciência colectiva para uma conquista de tamanha expressão na vida da criatura e na vida comunitária.
Qual seria a melhor forma, qual seria a melhor atitude do cônjuge para a manutenção da harmonia do sistema da vida a dois?
Esse sistema de harmonia se baseia no amor que se transforma em crescente compreensão e respeito cada vez maior de um cônjuge para o outro, entendendo-se que, em efectuando o casamento, a pessoa não está criando uma união de anjos e sim um ajuste respeitável de criaturas humanas, pelo qual um e outro parceiro entre-mostram determinadas nuances de incompreensão, às vezes, a se traduzirem por grandes dificuldades que reclamam paciência e aceitação de uma parte para outra, no campo das relações recíprocas.
Como tratar a criança no regime habitual de educação?
Vemos que a natureza não dispensa a disciplina em momento algum.
Se quisermos um jardim ou se esperamos rendimento mais amplo de um pomar, cogitamos de geometria, irrigação, apoio e preparação; em vista disso, acreditamos que a criança não prescinde da educação através de muito amor, aliado à disciplina, reconhecendo-se que no período da infância estamos vindo ou retornando do Mundo Espiritual com as nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento.
Este é um ponto de vista do Espiritismo Cristão.
Na condição de criança, procedemos do Mais Além, com certos obstáculos de ordem espiritual.
Se não encontrarmos criaturas que nos concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova reencarnação que estejamos encetando.
Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?
Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos a afeição possessiva ou a ideia de que somos pertencentes uns aos outros.
Quando nos respeitamos profundamente, cada qual procurando trabalhar e servir, mostrando a própria habilitação e o rendimento de serviço dentro das melhores tendências com que nasceu dentro do lar, um respeitando aos outros e os outros respeitando a cada um, então, com apreço recíproco e com o amor que sublima e liberta, o problema da paz em família estará solucionado com a segurança devida.
Do livro Chico Xavier em Goiânia.
§.§.§- Ave sem Ninho
Chico Xavier em um encontro com a comunidade de Goiânia deixou-nos os seguintes esclarecimentos em entrevista concedida aos confrades da época e transmitida pelas diversas redes de comunicação locais:
Os espíritos amigos apresentam algum ponto de vista sobre o divórcio no Brasil?
Allan Kardec, no capítulo XXII de O Evangelho segundo o Espiritismo, assevera que o divórcio é uma lei humana que vem consagrar determinada situação já existente entre os cônjuges.
Do ponto de vista humano, seria crueldade fugirmos à possibilidade do divórcio em algumas situações lamentáveis da vida, quando estamos certos de que as próprias organizações bancárias do mundo nos concedem reformas e nos proporcionam determinados prazos para o resgate de certas dívidas.
Necessitamos, porém, conscientizar-nos quanto ao assunto no Brasil, de vez que somos um povo demasiado jovem e precisamos habilitar a consciência colectiva para uma conquista de tamanha expressão na vida da criatura e na vida comunitária.
Qual seria a melhor forma, qual seria a melhor atitude do cônjuge para a manutenção da harmonia do sistema da vida a dois?
Esse sistema de harmonia se baseia no amor que se transforma em crescente compreensão e respeito cada vez maior de um cônjuge para o outro, entendendo-se que, em efectuando o casamento, a pessoa não está criando uma união de anjos e sim um ajuste respeitável de criaturas humanas, pelo qual um e outro parceiro entre-mostram determinadas nuances de incompreensão, às vezes, a se traduzirem por grandes dificuldades que reclamam paciência e aceitação de uma parte para outra, no campo das relações recíprocas.
Como tratar a criança no regime habitual de educação?
Vemos que a natureza não dispensa a disciplina em momento algum.
Se quisermos um jardim ou se esperamos rendimento mais amplo de um pomar, cogitamos de geometria, irrigação, apoio e preparação; em vista disso, acreditamos que a criança não prescinde da educação através de muito amor, aliado à disciplina, reconhecendo-se que no período da infância estamos vindo ou retornando do Mundo Espiritual com as nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento.
Este é um ponto de vista do Espiritismo Cristão.
Na condição de criança, procedemos do Mais Além, com certos obstáculos de ordem espiritual.
Se não encontrarmos criaturas que nos concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova reencarnação que estejamos encetando.
Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?
Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos a afeição possessiva ou a ideia de que somos pertencentes uns aos outros.
Quando nos respeitamos profundamente, cada qual procurando trabalhar e servir, mostrando a própria habilitação e o rendimento de serviço dentro das melhores tendências com que nasceu dentro do lar, um respeitando aos outros e os outros respeitando a cada um, então, com apreço recíproco e com o amor que sublima e liberta, o problema da paz em família estará solucionado com a segurança devida.
Do livro Chico Xavier em Goiânia.
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A doença do pescador
2 de Agosto de 2017, praia da Foz do Arelho, Caldas da Rainha, Portugal, 16h45, parque de estacionamento perto do Facho, pescador atacado por vírus mortal.
Cuidado, pode ser o próximo, previna-se, cuide da sua saúde.
A tarde convidava a aproveitar os últimos raios de sol, fora do horário em que os raios ultravioletas já não oferecem perigo.
Estacionamento cheio.
Vejo um casal com uma filhota adolescente a entrarem num carrinho Skoda.
Que bom, vou arranjar lugar.
Pergunto, com um gesto, se vão sair. Dizem-me que não…
Hummm… estanho, então vêm da praia, com a tralha toda, estão a entrar no carro, decerto vão sair…
Decidi esperar um pouco, devem ter percebido mal.
Enquanto mãe e filha se acomodavam no carro, o homem ia montando uma grande cana de pesca.
Esperei, pacientemente.
De repente, aparece um condutor em velocidade excessiva, num Peugeot vermelho, dá a volta lá ao fundo.
Percebi a marosca.
Estavam à espera que o amigo viesse, para a senhora sair com o carro e o amigo estacionar.
Saí do carro e, educadamente, disse: “Eu cheguei primeiro”, ao que o senhor respondeu:
“Ele é meu amigo e vamos pescar os dois, por isso guardei o lugar”.
Contrapus: “o que o senhor está a fazer não é legal, pois a via é pública e, além disso, é imoral.
Gostaria que lhe fizessem o mesmo?
Devemos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.
Não se preocupe, vou procurar outro lugar, mas medite na sua atitude, que é imoral e anti-ética.”
Andei uns metros e, entretanto, estacionei o carro e fui um pouco até a praia.
Fiquei tranquilo, a pensar naquele pescador desportivo:
se a sua atitude foi incorrecta, o pior foi o exemplo que deu à filha adolescente.
Estou a imaginar, à noite, ao ver o telejornal, a queixar-se que o mundo está mal, que “ninguém faz nada, que é preciso mudar o estado de coisas…”
O vírus do egoísmo mata a generosidade, a gentileza, o são convívio entre as pessoas, mata o bem-estar pessoal.
Senti-me bem comigo mesmo…
Tenho vários defeitos, mas este já não tenho:
o egoísmo exacerbado e a falta de civismo.
Fiquei feliz comigo próprio (embora tenha muitos outros defeitos a superar), “que bom que já não sou assim, um dia este senhor também vai ser diferente”.
Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, um livro fabuloso que nos explica quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que estamos a fazer aqui na Terra, o porquê das dissemelhanças de oportunidades, os bons Espíritos dizem que a causa de todos os males é o egoísmo, verdadeira erva daninha que devemos tentar extirpar do íntimo o quanto antes.
O vírus do egoísmo mata!
Mata a generosidade, mata a gentileza, mata o são convívio entre as pessoas, mata o bem-estar pessoal.
No entanto, tem cura.
O remédio foi apresentado por Jesus de Nazaré há mais de 2 mil anos:
“Não fazer ao próximo o que não desejamos para nós mesmos”.
Olhei para o senhor, pele curtida pelo sol, quiçá portador de múltiplos problemas, portador do vírus do egoísmo e, não pude deixar de sorrir, feliz, por saber que ao longo das múltiplas reencarnações, passo a passo, ao ritmo de cada um, iremos largando estes apêndices dolorosos, que ainda criam tribulações nas nossas vidas e na vida de relação: os defeitos.
Tenho a certeza de que, um dia, também ele estará curado do vírus, que ainda o condiciona na sua maneira de agir… o vírus do egoísmo!!!
§.§.§- Ave sem Ninho
Cuidado, pode ser o próximo, previna-se, cuide da sua saúde.
A tarde convidava a aproveitar os últimos raios de sol, fora do horário em que os raios ultravioletas já não oferecem perigo.
Estacionamento cheio.
Vejo um casal com uma filhota adolescente a entrarem num carrinho Skoda.
Que bom, vou arranjar lugar.
Pergunto, com um gesto, se vão sair. Dizem-me que não…
Hummm… estanho, então vêm da praia, com a tralha toda, estão a entrar no carro, decerto vão sair…
Decidi esperar um pouco, devem ter percebido mal.
Enquanto mãe e filha se acomodavam no carro, o homem ia montando uma grande cana de pesca.
Esperei, pacientemente.
De repente, aparece um condutor em velocidade excessiva, num Peugeot vermelho, dá a volta lá ao fundo.
Percebi a marosca.
Estavam à espera que o amigo viesse, para a senhora sair com o carro e o amigo estacionar.
Saí do carro e, educadamente, disse: “Eu cheguei primeiro”, ao que o senhor respondeu:
“Ele é meu amigo e vamos pescar os dois, por isso guardei o lugar”.
Contrapus: “o que o senhor está a fazer não é legal, pois a via é pública e, além disso, é imoral.
Gostaria que lhe fizessem o mesmo?
Devemos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.
Não se preocupe, vou procurar outro lugar, mas medite na sua atitude, que é imoral e anti-ética.”
Andei uns metros e, entretanto, estacionei o carro e fui um pouco até a praia.
Fiquei tranquilo, a pensar naquele pescador desportivo:
se a sua atitude foi incorrecta, o pior foi o exemplo que deu à filha adolescente.
Estou a imaginar, à noite, ao ver o telejornal, a queixar-se que o mundo está mal, que “ninguém faz nada, que é preciso mudar o estado de coisas…”
O vírus do egoísmo mata a generosidade, a gentileza, o são convívio entre as pessoas, mata o bem-estar pessoal.
Senti-me bem comigo mesmo…
Tenho vários defeitos, mas este já não tenho:
o egoísmo exacerbado e a falta de civismo.
Fiquei feliz comigo próprio (embora tenha muitos outros defeitos a superar), “que bom que já não sou assim, um dia este senhor também vai ser diferente”.
Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, um livro fabuloso que nos explica quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que estamos a fazer aqui na Terra, o porquê das dissemelhanças de oportunidades, os bons Espíritos dizem que a causa de todos os males é o egoísmo, verdadeira erva daninha que devemos tentar extirpar do íntimo o quanto antes.
O vírus do egoísmo mata!
Mata a generosidade, mata a gentileza, mata o são convívio entre as pessoas, mata o bem-estar pessoal.
No entanto, tem cura.
O remédio foi apresentado por Jesus de Nazaré há mais de 2 mil anos:
“Não fazer ao próximo o que não desejamos para nós mesmos”.
Olhei para o senhor, pele curtida pelo sol, quiçá portador de múltiplos problemas, portador do vírus do egoísmo e, não pude deixar de sorrir, feliz, por saber que ao longo das múltiplas reencarnações, passo a passo, ao ritmo de cada um, iremos largando estes apêndices dolorosos, que ainda criam tribulações nas nossas vidas e na vida de relação: os defeitos.
Tenho a certeza de que, um dia, também ele estará curado do vírus, que ainda o condiciona na sua maneira de agir… o vírus do egoísmo!!!
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Cinco-marias
por Eugénia Pickina
A criança terceirizada: fenómeno do mundo contemporâneo
Certa vez, numa escola em que eu dava uma conferência fui interrompido por uma mulher que me disse: ‘mas veja só, essa escola é péssima.
Meu filho tem três anos e eles ainda não ensinaram a usar os talheres para comer’.
Veja, ela queria que a escola fizesse o que ela deveria estar fazendo.
Limites, paciência, controle, alegria, respeito pelo outro têm que ser ensinados pela família.
José Martins Filho, pediatra (trecho da entrevista concedida ao Jornal Extra Classe)
Hoje me acordei pensando na criança terceirizada.
Quem repara nela?
Eu, da minha janela, observo o menino piquinininho no fundo dessa casa intitulada berçário, vizinho do meu edifício, ele chorando por conta e risco no tanque de areia, enquanto o adulto de uniforme branco o vigia do alto, mas sem fixar os olhos nos seus olhos, o pensamento longe.
“Não chore, meninozinho!“ – queria gritar.
Mas vem o vento refrescar o dia e com isso outro adulto de uniforme branco leva o menino piquinininho correndo para dentro da casa sem grama, sem árvore, sem jardim.
Agora, meninozinho, eu não o vejo mais...
As mudanças no panorama social, as influências do capitalismo, a inserção da mulher no mercado de trabalho são fatos que certamente contribuíram para o afastamento dos pais cada vez mais cedo do lar, e, nas cidades médias e grandes, muitos desses pais encontrando os filhos apenas nos fins de semana – no sábado, há passeio no shopping; no domingo, expedição no supermercado.
Em A Criança Terceirizada, o pediatra José Martins Filho afirma que a sociedade actual, pautada no consumo, incentiva os pais a criarem metas e sonhos de grande crescimento económico, de conhecimento e de estudos, consequentemente não dispondo de tempo para viver, cuidar e se dedicar aos filhos.
E, mais preocupante, o fenómeno da criança terceirizada pode ser observado em todas as classes sociais, no quotidiano de ricos e pobres, que transferem as funções maternas e paternas para outras pessoas.
Sem querer averiguar os motivos dos pais que delegam os cuidados de uma criança a terceiros – creches, avós, babás, professores, tios... –, e sobretudo antes de a criança completar dois anos, à medida que terceirizam os filhos os pais cooperam com o empobrecimento dos vínculos parentais por falta de inter-acção e troca de estímulos, favorecendo um mundo desolador como o contemporâneo, no qual a violência, por exemplo, continua subindo, subindo...
Antes de ter um filho seria maravilhoso se as pessoas reflectissem o quanto trazer uma nova vida a este mundo é coisa séria.
Porque os pais precisam estruturar vínculos fortes junto às crianças, semeando no dia a dia amor, alegria, paz, respeito, controle, tolerância, os valores que sustentam natureza, sociedade e cidadania...
Faz todo sentido então a questão levantada pelo médico José Martins Filho:
“Alerto para um problema que está me angustiando como pediatra, avô e ser humano:
Cada vez que percebo a angústia da mãe que precisa sair de casa, todos os dias, em busca de recursos para manter o lar, para ajudar o marido ou até porque não suporta ficar em casa o dia inteiro e acha fundamental estar fora para se sentir útil, fico pensando:
será que as pessoas não se dão conta de que o tempo está passando e nunca mais vai voltar?“
Notinha
Na prática, José Martins Filho afirma que a transferência das funções maternas e paternas para outras pessoas gera inúmeras consequências negativas para a criança terceirizada:
baixa auto-estima, problemas comportamentais, quebra de vínculos afectivos, sentimento de falta de afecto, problemas com autoridades, falta de limites, desvalorização do outro etc.
A proposta do livro A Criança Terceirizada é fomentar a reflexão sobre a maternidade e a paternidade conscientes.
Não dá, por exemplo, para pensar em trabalhar tempo integral, continuar na vida de solteiro e ter um filho!
Essas coisas são muito difíceis de serem levadas a sério e com competência.
Algo não será feito adequadamente.
Cf. Martins Filho, José. A criança terceirizada: os descaminhos das relações familiares no mundo contemporâneo. 6 ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
§.§.§- Ave sem Ninho
A criança terceirizada: fenómeno do mundo contemporâneo
Certa vez, numa escola em que eu dava uma conferência fui interrompido por uma mulher que me disse: ‘mas veja só, essa escola é péssima.
Meu filho tem três anos e eles ainda não ensinaram a usar os talheres para comer’.
Veja, ela queria que a escola fizesse o que ela deveria estar fazendo.
Limites, paciência, controle, alegria, respeito pelo outro têm que ser ensinados pela família.
José Martins Filho, pediatra (trecho da entrevista concedida ao Jornal Extra Classe)
Hoje me acordei pensando na criança terceirizada.
Quem repara nela?
Eu, da minha janela, observo o menino piquinininho no fundo dessa casa intitulada berçário, vizinho do meu edifício, ele chorando por conta e risco no tanque de areia, enquanto o adulto de uniforme branco o vigia do alto, mas sem fixar os olhos nos seus olhos, o pensamento longe.
“Não chore, meninozinho!“ – queria gritar.
Mas vem o vento refrescar o dia e com isso outro adulto de uniforme branco leva o menino piquinininho correndo para dentro da casa sem grama, sem árvore, sem jardim.
Agora, meninozinho, eu não o vejo mais...
As mudanças no panorama social, as influências do capitalismo, a inserção da mulher no mercado de trabalho são fatos que certamente contribuíram para o afastamento dos pais cada vez mais cedo do lar, e, nas cidades médias e grandes, muitos desses pais encontrando os filhos apenas nos fins de semana – no sábado, há passeio no shopping; no domingo, expedição no supermercado.
Em A Criança Terceirizada, o pediatra José Martins Filho afirma que a sociedade actual, pautada no consumo, incentiva os pais a criarem metas e sonhos de grande crescimento económico, de conhecimento e de estudos, consequentemente não dispondo de tempo para viver, cuidar e se dedicar aos filhos.
E, mais preocupante, o fenómeno da criança terceirizada pode ser observado em todas as classes sociais, no quotidiano de ricos e pobres, que transferem as funções maternas e paternas para outras pessoas.
Sem querer averiguar os motivos dos pais que delegam os cuidados de uma criança a terceiros – creches, avós, babás, professores, tios... –, e sobretudo antes de a criança completar dois anos, à medida que terceirizam os filhos os pais cooperam com o empobrecimento dos vínculos parentais por falta de inter-acção e troca de estímulos, favorecendo um mundo desolador como o contemporâneo, no qual a violência, por exemplo, continua subindo, subindo...
Antes de ter um filho seria maravilhoso se as pessoas reflectissem o quanto trazer uma nova vida a este mundo é coisa séria.
Porque os pais precisam estruturar vínculos fortes junto às crianças, semeando no dia a dia amor, alegria, paz, respeito, controle, tolerância, os valores que sustentam natureza, sociedade e cidadania...
Faz todo sentido então a questão levantada pelo médico José Martins Filho:
“Alerto para um problema que está me angustiando como pediatra, avô e ser humano:
Cada vez que percebo a angústia da mãe que precisa sair de casa, todos os dias, em busca de recursos para manter o lar, para ajudar o marido ou até porque não suporta ficar em casa o dia inteiro e acha fundamental estar fora para se sentir útil, fico pensando:
será que as pessoas não se dão conta de que o tempo está passando e nunca mais vai voltar?“
Notinha
Na prática, José Martins Filho afirma que a transferência das funções maternas e paternas para outras pessoas gera inúmeras consequências negativas para a criança terceirizada:
baixa auto-estima, problemas comportamentais, quebra de vínculos afectivos, sentimento de falta de afecto, problemas com autoridades, falta de limites, desvalorização do outro etc.
A proposta do livro A Criança Terceirizada é fomentar a reflexão sobre a maternidade e a paternidade conscientes.
Não dá, por exemplo, para pensar em trabalhar tempo integral, continuar na vida de solteiro e ter um filho!
Essas coisas são muito difíceis de serem levadas a sério e com competência.
Algo não será feito adequadamente.
Cf. Martins Filho, José. A criança terceirizada: os descaminhos das relações familiares no mundo contemporâneo. 6 ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
§.§.§- Ave sem Ninho
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E nós, como estamos?
Na cidade onde moro fizeram uma tal de “queima do alho”, da qual não sei fornecer os detalhes porque todas as vezes que sacrificam animais que não querem morrer para satisfazer a gula do ser humano, mantenho-me a distância, não porque sou evoluído, mas porque dói em minha alma o sofrimento desnecessário dos animais.
Mas o que eu queria comentar, e o faço, é que um bom dinheiro arrecadado com essa tal de “queima do alho” foi roubado de um dia para o outro, o que alimentou a crítica contra a pessoa ou pessoas que tiveram a falta de humanidade para cometer tal ato, já que o dinheiro tinha finalidades beneficentes.
Aqui diziam: “Pessoas desalmadas!
Como tiveram coragem de roubar um dinheiro destinado a fazer bem aos outros?!”
Acolá criticavam: “Como podem existir pessoas sem coração ao ponto de roubar um dinheiro que tinha o destino de amparar aos necessitados?!”
Mais além a população se revoltava: “Cambada de gente sem-vergonha!
Por que não vão trabalhar ao invés de roubar um dinheiro com a finalidade de ajudar àqueles que precisam?!”
Quando aconteceu o recente aumento dos combustíveis na situação financeira em que se encontra o país, a crítica também bateu pesado:
“É assim que desejam controlar a inflação, promover empregos, melhorar a situação financeira e social do país?!
Políticos insensíveis!
Estão cansados de saber que o aumento de combustíveis é repassado nos produtos finais que chegam ao coitado do povo que já paga um dos impostos mais caros do mundo!”
De repente me deu a impressão de que vivemos em dois mundos: uma realidade onde as pessoas só cometem erros e ficam do “lado de lá”, e do outro lado seres humanos que vivem a acertar e só merecem aplausos.
Emmanuel me socorreu com a página Reclamações do livro Palavras De Vida Eterna.
Já de início o ilustre Mentor traz a citação do apóstolo Tiago, 4:17:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.”
Pronto! O negócio complicou porque estamos totalmente envolvidos nessa afirmativa do apóstolo!
Quem não sabe que deve fazer o bem? E o fazemos no limite de nossas forças?
Mas a situação piorou ainda mais com a leitura da questão 642 d’O Livro dos Espíritos, porque nela está muito claro que não bastará não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar uma boa posição no mundo espiritual, porque responderemos também pelo mal que resulte do bem que não tenhamos feito!
E isso ocorreu exactamente na última onda de frio violenta que abateu sobre o país onde uma pessoa que dormia nas ruas da cidade de São Paulo foi a óbito.
Não recebeu o bem que seria um abrigo que a livrasse das baixas temperaturas e, por essa falta de caridade, resultou o mal de se perder essa vida pelo rigor do inverno.
Vamos mergulhar de cabeça como se costuma dizer na página de Emmanuel, mesmo que de modo parcial.
“Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se acumulas inutilmente os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar inocência.”
Acusas os que desceram à criminalidade, mas, se nada realizas pela extinção da delinquência, não te cabe o direito de reprovar.
Apontas o egoísmo dos governantes; no entanto, se te afervoras no egoísmo dos dirigidos, deitas apenas conversa vã.
Entra no serviço de alma e coração, para que possas comentá-lo.
Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo.
Quem sabe o que deve fazer, e não faz, deserta dos deveres que lhe competem, caindo em omissão lamentável, e, se intenta atrapalhar quem procura fazer, certamente responderá com dobradas obrigações pelo que não fizer.”
De que lado do “bolo” estamos nós?
Não roubamos o dinheiro da “queima do alho”.
Não promovemos o aumento dos combustíveis.
Mas aquilo que sabemos nos caber realizar, como está a nossa consciência?
Fazemos o bem no limite de nossas forças, ou essas forças estão muito anémicas ainda?
Será que nenhum mal resultou do bem que deixamos de fazer?
Contemplando a mesa farta e exagerada que nos serve, não estaríamos de alguma forma esquecendo-nos da parcela que poderia ser destinada aos que não possuem sequer um pedaço de pão como refeição do dia?
Abrindo nosso guarda-roupa será que nenhuma peça poderia estar aquecendo o corpo de algum semelhante?
Considerando que temos apenas dois pés, será que nenhum par de sapatos à nossa disposição poderia estar revestindo outros pés?
Mesmo que estejamos do outro lado da “queima do alho” e do aumento de combustíveis, como será a nossa posição diante da pergunta do apóstolo Tiago:
“aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando”.
§.§.§- Ave sem Ninho
Mas o que eu queria comentar, e o faço, é que um bom dinheiro arrecadado com essa tal de “queima do alho” foi roubado de um dia para o outro, o que alimentou a crítica contra a pessoa ou pessoas que tiveram a falta de humanidade para cometer tal ato, já que o dinheiro tinha finalidades beneficentes.
Aqui diziam: “Pessoas desalmadas!
Como tiveram coragem de roubar um dinheiro destinado a fazer bem aos outros?!”
Acolá criticavam: “Como podem existir pessoas sem coração ao ponto de roubar um dinheiro que tinha o destino de amparar aos necessitados?!”
Mais além a população se revoltava: “Cambada de gente sem-vergonha!
Por que não vão trabalhar ao invés de roubar um dinheiro com a finalidade de ajudar àqueles que precisam?!”
Quando aconteceu o recente aumento dos combustíveis na situação financeira em que se encontra o país, a crítica também bateu pesado:
“É assim que desejam controlar a inflação, promover empregos, melhorar a situação financeira e social do país?!
Políticos insensíveis!
Estão cansados de saber que o aumento de combustíveis é repassado nos produtos finais que chegam ao coitado do povo que já paga um dos impostos mais caros do mundo!”
De repente me deu a impressão de que vivemos em dois mundos: uma realidade onde as pessoas só cometem erros e ficam do “lado de lá”, e do outro lado seres humanos que vivem a acertar e só merecem aplausos.
Emmanuel me socorreu com a página Reclamações do livro Palavras De Vida Eterna.
Já de início o ilustre Mentor traz a citação do apóstolo Tiago, 4:17:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.”
Pronto! O negócio complicou porque estamos totalmente envolvidos nessa afirmativa do apóstolo!
Quem não sabe que deve fazer o bem? E o fazemos no limite de nossas forças?
Mas a situação piorou ainda mais com a leitura da questão 642 d’O Livro dos Espíritos, porque nela está muito claro que não bastará não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar uma boa posição no mundo espiritual, porque responderemos também pelo mal que resulte do bem que não tenhamos feito!
E isso ocorreu exactamente na última onda de frio violenta que abateu sobre o país onde uma pessoa que dormia nas ruas da cidade de São Paulo foi a óbito.
Não recebeu o bem que seria um abrigo que a livrasse das baixas temperaturas e, por essa falta de caridade, resultou o mal de se perder essa vida pelo rigor do inverno.
Vamos mergulhar de cabeça como se costuma dizer na página de Emmanuel, mesmo que de modo parcial.
“Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se acumulas inutilmente os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar inocência.”
Acusas os que desceram à criminalidade, mas, se nada realizas pela extinção da delinquência, não te cabe o direito de reprovar.
Apontas o egoísmo dos governantes; no entanto, se te afervoras no egoísmo dos dirigidos, deitas apenas conversa vã.
Entra no serviço de alma e coração, para que possas comentá-lo.
Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo.
Quem sabe o que deve fazer, e não faz, deserta dos deveres que lhe competem, caindo em omissão lamentável, e, se intenta atrapalhar quem procura fazer, certamente responderá com dobradas obrigações pelo que não fizer.”
De que lado do “bolo” estamos nós?
Não roubamos o dinheiro da “queima do alho”.
Não promovemos o aumento dos combustíveis.
Mas aquilo que sabemos nos caber realizar, como está a nossa consciência?
Fazemos o bem no limite de nossas forças, ou essas forças estão muito anémicas ainda?
Será que nenhum mal resultou do bem que deixamos de fazer?
Contemplando a mesa farta e exagerada que nos serve, não estaríamos de alguma forma esquecendo-nos da parcela que poderia ser destinada aos que não possuem sequer um pedaço de pão como refeição do dia?
Abrindo nosso guarda-roupa será que nenhuma peça poderia estar aquecendo o corpo de algum semelhante?
Considerando que temos apenas dois pés, será que nenhum par de sapatos à nossa disposição poderia estar revestindo outros pés?
Mesmo que estejamos do outro lado da “queima do alho” e do aumento de combustíveis, como será a nossa posição diante da pergunta do apóstolo Tiago:
“aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando”.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A consciência
A mente é uma faculdade do espírito e não do cérebro, e é formada pelo pensamento, sentimento e vontade.
Herdeiros de si mesmo, das experiências passadas, evoluímos por etapas, adquirindo novos recursos, corrigindo erros anteriores, somando conquistas.
Jamais retrocedemos nesse processo, mesmo quando aparentemente reencarnamos dentro das paredes da enfermidade limitadora que bloqueiam o corpo, a mente ou a emoção, gerando sofrimentos.
A aquisição da consciência é desafio da vida, é o auto-conhecimento que merece exame, consideração, trabalho, discernimento, lucidez e livre-arbítrio.
Nós, como Espíritos, voltamos várias vezes, tomando novo corpo de carne sobre a Terra, a fim de tornar a conviver como homem na sociedade e, exactamente como este, somos levados a trocar de roupa muitas vezes.
As qualidades morais, assim como as intelectuais, dependem do Espírito, nunca do corpo.
Amor, bondade, ternura, carácter e outras qualidades têm a sua origem na organização espiritual, que iniciou simples e ignorante, mas aprendeu viajando pelos caminhos da imortalidade.
A conscientização da imperfeição humana e da brevidade da vida física nos conduz à humildade, reconhecendo a transitoriedade das condições materiais, a constante impermanência dos cargos, das classes, das posses e de tudo o mais, no que o eu adoecido se apoie para justificar-se senhor.
Joanna de Ângelis nos diz “a mudança de atitude em relação à vida e aos relacionamentos em nosso trabalho de edificação, torna-se o recurso mais produtivo que nos dá equilíbrio e nos liberta das cargas conflitivas”.
Ao nos tornarmos conscientes, podemos viver em harmonia com a nossa própria natureza.
Tomaremos conhecimento da origem dos nossos conflitos, possibilitando assim uma expansão constante de nossa consciência.
Quando nos propomos a um auto-exame honesto, encontramos uma força interior na qual residem todas as possibilidades de renovação.
À medida que o Espírito se aprimora, o corpo torna-se mais etéreo ou menos denso, demonstrando o seu grau de sintonia com a centelha Divina.
A realidade espiritual pouco a pouco se revela, conforme a evolução do próprio ser, no seu processo de lapidação de valores e despertamento das leis que, na consciência, dormem ocultos.
Devemos olhar para nossa realidade como ela é, aceitando-nos sem culpa e sem compactuar com nossa inferioridade; também devemos evitar fugir através de justificativas a respeito do nosso passado ou expectativas vazias do futuro.
É importante reconhecer que o passado está gerando frutos no presente e que o futuro aponta para novos ideais; isto deve ser feito de forma equilibrada, não nos esquecendo de que o trabalho se faz nesse instante com a realidade actual.
Somos resultado deste estado mental, no qual o pensamento, orientado pela vontade e intensidade dos nossos sentimentos, tem a força de construir ou destruir em todos os momentos da nossa vida.
Estamos sempre sintonizados e criando alguma coisa, seja para o bem ou para o mal.
Uma das atitudes essenciais para o nosso aprimoramento é a ligação mental com Deus; junto com a aceitação de nós mesmos, temos que buscar a unidade com nosso Pai para que nossas forças espirituais possam ser alimentadas e sejamos inspirados na busca do melhor.
Buscando essa ligação íntima, estamos buscando o encontro com a Fonte da Vida que nos sustenta.
Sem o devido cuidado connosco, através do amor por nós enquanto filhos do Amor Maior, não poderemos estabelecer o amor com os demais.
Amar a si é buscar o entendimento da nossa realidade, é ter a consciência de nossa condição espiritual e da capacidade da nossa mente.
Experimentemos a alegria e entreguemo-nos a Deus, cantando um hino de louvor.
Permitamos, dessa forma, que Ele nos liberte da opressão da ignorância, facultando-nos a alegria da felicidade.
Portanto, no dia em que assumirmos nossa pequenez frente à Grandeza Divina, aquele eu enganado conseguirá abrir espaço para a presença do eu interior e, então, promoveremos o processo de Cristificação, imortalizada na frase do grande Apóstolo do Cristo “Eu vivo, mas não sou mais eu: O Cristo vive em mim”.
Bibliografia:
Peralva, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9ª edição, Rio de Janeiro, 2011, ED FEB. Pág.: 141, 142, 145.
Franco, Divaldo – pelo Espírito de Joanna de Ângelis. Reflectindo a Alma. 1ª edição, Salvador, 2011, ED LEAL. Pág.: 68, 73, 76, 88, 194, 195, 206, 212, 213, 275, 276.
Franco, Divaldo. A mente pensa sem o cérebro após a morte do corpo. Carta psicografada. 18/11/97. Porto Alegre.
Franco, Divaldo – pelo Espírito Joanna de Ângelis. Momentos de alegria - A Consciência (cap. 5). 4ª edição, Salvador, 2014, ED. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Herdeiros de si mesmo, das experiências passadas, evoluímos por etapas, adquirindo novos recursos, corrigindo erros anteriores, somando conquistas.
Jamais retrocedemos nesse processo, mesmo quando aparentemente reencarnamos dentro das paredes da enfermidade limitadora que bloqueiam o corpo, a mente ou a emoção, gerando sofrimentos.
A aquisição da consciência é desafio da vida, é o auto-conhecimento que merece exame, consideração, trabalho, discernimento, lucidez e livre-arbítrio.
Nós, como Espíritos, voltamos várias vezes, tomando novo corpo de carne sobre a Terra, a fim de tornar a conviver como homem na sociedade e, exactamente como este, somos levados a trocar de roupa muitas vezes.
As qualidades morais, assim como as intelectuais, dependem do Espírito, nunca do corpo.
Amor, bondade, ternura, carácter e outras qualidades têm a sua origem na organização espiritual, que iniciou simples e ignorante, mas aprendeu viajando pelos caminhos da imortalidade.
A conscientização da imperfeição humana e da brevidade da vida física nos conduz à humildade, reconhecendo a transitoriedade das condições materiais, a constante impermanência dos cargos, das classes, das posses e de tudo o mais, no que o eu adoecido se apoie para justificar-se senhor.
Joanna de Ângelis nos diz “a mudança de atitude em relação à vida e aos relacionamentos em nosso trabalho de edificação, torna-se o recurso mais produtivo que nos dá equilíbrio e nos liberta das cargas conflitivas”.
Ao nos tornarmos conscientes, podemos viver em harmonia com a nossa própria natureza.
Tomaremos conhecimento da origem dos nossos conflitos, possibilitando assim uma expansão constante de nossa consciência.
Quando nos propomos a um auto-exame honesto, encontramos uma força interior na qual residem todas as possibilidades de renovação.
À medida que o Espírito se aprimora, o corpo torna-se mais etéreo ou menos denso, demonstrando o seu grau de sintonia com a centelha Divina.
A realidade espiritual pouco a pouco se revela, conforme a evolução do próprio ser, no seu processo de lapidação de valores e despertamento das leis que, na consciência, dormem ocultos.
Devemos olhar para nossa realidade como ela é, aceitando-nos sem culpa e sem compactuar com nossa inferioridade; também devemos evitar fugir através de justificativas a respeito do nosso passado ou expectativas vazias do futuro.
É importante reconhecer que o passado está gerando frutos no presente e que o futuro aponta para novos ideais; isto deve ser feito de forma equilibrada, não nos esquecendo de que o trabalho se faz nesse instante com a realidade actual.
Somos resultado deste estado mental, no qual o pensamento, orientado pela vontade e intensidade dos nossos sentimentos, tem a força de construir ou destruir em todos os momentos da nossa vida.
Estamos sempre sintonizados e criando alguma coisa, seja para o bem ou para o mal.
Uma das atitudes essenciais para o nosso aprimoramento é a ligação mental com Deus; junto com a aceitação de nós mesmos, temos que buscar a unidade com nosso Pai para que nossas forças espirituais possam ser alimentadas e sejamos inspirados na busca do melhor.
Buscando essa ligação íntima, estamos buscando o encontro com a Fonte da Vida que nos sustenta.
Sem o devido cuidado connosco, através do amor por nós enquanto filhos do Amor Maior, não poderemos estabelecer o amor com os demais.
Amar a si é buscar o entendimento da nossa realidade, é ter a consciência de nossa condição espiritual e da capacidade da nossa mente.
Experimentemos a alegria e entreguemo-nos a Deus, cantando um hino de louvor.
Permitamos, dessa forma, que Ele nos liberte da opressão da ignorância, facultando-nos a alegria da felicidade.
Portanto, no dia em que assumirmos nossa pequenez frente à Grandeza Divina, aquele eu enganado conseguirá abrir espaço para a presença do eu interior e, então, promoveremos o processo de Cristificação, imortalizada na frase do grande Apóstolo do Cristo “Eu vivo, mas não sou mais eu: O Cristo vive em mim”.
Bibliografia:
Peralva, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9ª edição, Rio de Janeiro, 2011, ED FEB. Pág.: 141, 142, 145.
Franco, Divaldo – pelo Espírito de Joanna de Ângelis. Reflectindo a Alma. 1ª edição, Salvador, 2011, ED LEAL. Pág.: 68, 73, 76, 88, 194, 195, 206, 212, 213, 275, 276.
Franco, Divaldo. A mente pensa sem o cérebro após a morte do corpo. Carta psicografada. 18/11/97. Porto Alegre.
Franco, Divaldo – pelo Espírito Joanna de Ângelis. Momentos de alegria - A Consciência (cap. 5). 4ª edição, Salvador, 2014, ED. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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Nossa jornada pela eternidade
Tudo o que somos, aprendemos e realizamos, todos os nossos sentimentos, aquilo, enfim, que compõem nossa individualidade, nos acompanha para sempre, mesmo depois de deixarmos o corpo físico.
Nossas experiências, que constroem nossa memória, não residem no cérebro, em nosso corpo físico, mas sim em nossa consciência, em nossa mente, em nosso ser espiritual, por isso podemos afirmar que vivemos pela eternidade.
Apesar de a ciência ainda relutar em aceitar plenamente a natureza espiritual do ser humano, muitos médicos, cientistas e pesquisadores já deixam claro sua opinião sobre a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte.
Um exemplo disso são as conclusões da pesquisa realizada pelo cardiologista holandês Pim van Lommel.
Ele compilou entrevistas com pacientes que ‘passaram para o lado de lá’ e voltaram.
A experiência foi publicada na respeitada revista médica inglesa The Lancet.
As conclusões a que o estudo chegou são consideradas, no mínimo, impressionantes.
O cardiologista entrevistou 344 pacientes de dez hospitais da Holanda que tinham sido considerados clinicamente mortos – condição estabelecida a partir de um electrocardiograma.
Para os médicos, uma pessoa é considerada clinicamente morta quando o cérebro não recebe suprimento suficiente de sangue, como resultado de falta de circulação, oxigenação ou de ambos.
Nesses casos, se não forem realizadas tentativas de ressuscitação em um prazo de cinco a dez minutos, os danos cerebrais tornam-se irreparáveis e não há como sobreviver.
Dos pacientes entrevistados, 62, ou 18%, disseram ter passado por uma experiência que os estudiosos chamam de quase-morte.
Os outros 282 não se lembravam de coisa alguma do período em que estiveram inconscientes.
Nos casos de lembrança, as pessoas relatam diversos tipos de visões.
As mais comuns são: sensações de se ver fora do corpo, a percepção de uma luz em um túnel escuro, o encontro com amigos e parentes queridos já mortos e a revisão da própria vida em flashback.
Espiritismo: certeza da imortalidade e eternidade
Allan Kardec, na questão 83 de O livro dos Espíritos, deixa explícito os ensinos dos espíritos superiores:
“o espírito não tem fim”.
E na questão 82 deixa clara a natureza dos espíritos, quando diz que “o espírito é constituído de matéria quintessenciada e tão etérea que não pode ser percebida pelos vossos sentidos”.
Aproveite e compra agora O livro dos Espíritos!
A cada dia que passa a ciência caminha para comprovar de modo inequívoco aquilo que o Espiritismo já tem como um de seus pilares: a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte, com a consciência e individualidade que nos caracteriza.
Nossas lembranças, nossas memórias, as pessoas que amamos, aquilo que somos e o que desejamos ser ou fazer, continuam fazendo parte de nós depois que deixamos a existência terrena por toda a eternidade.
A literatura espírita oferece estudos de grande seriedade sobre o tema, proporcionando ampla compreensão de nossa natureza espiritual e da vida nas diferentes dimensões.
Podemos ressaltar alguns livros espíritas de Chico Xavier, como E a vida continua, e Nosso Lar.
Neles aprendemos como lidar com a realidade de um mundo que ainda não conseguimos perceber com nossos cinco sentidos.
Nós não dizemos adeus, apenas até breve
Apesar da dor profunda, do luto natural experimentado no momento em que temos de nos separar temporariamente das pessoas que amamos, ajuda lembrar que somos imortais.
Aquele que vai também sofre a dor da separação.
Ele entra em uma nova experiência e muitas vezes é recebido por parentes que o antecederam na grande viagem, ou por outras pessoas queridas, muitas até que ele não conhece em um primeiro momento, e vai lembrar mais tarde.
Por isso aqueles que compreenderam a natureza espiritual do homem sabem que nós não dizemos adeus, apenas até breve.
Nossas experiências, que constroem nossa memória, não residem no cérebro, em nosso corpo físico, mas sim em nossa consciência, em nossa mente, em nosso ser espiritual, por isso podemos afirmar que vivemos pela eternidade.
Apesar de a ciência ainda relutar em aceitar plenamente a natureza espiritual do ser humano, muitos médicos, cientistas e pesquisadores já deixam claro sua opinião sobre a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte.
Um exemplo disso são as conclusões da pesquisa realizada pelo cardiologista holandês Pim van Lommel.
Ele compilou entrevistas com pacientes que ‘passaram para o lado de lá’ e voltaram.
A experiência foi publicada na respeitada revista médica inglesa The Lancet.
As conclusões a que o estudo chegou são consideradas, no mínimo, impressionantes.
O cardiologista entrevistou 344 pacientes de dez hospitais da Holanda que tinham sido considerados clinicamente mortos – condição estabelecida a partir de um electrocardiograma.
Para os médicos, uma pessoa é considerada clinicamente morta quando o cérebro não recebe suprimento suficiente de sangue, como resultado de falta de circulação, oxigenação ou de ambos.
Nesses casos, se não forem realizadas tentativas de ressuscitação em um prazo de cinco a dez minutos, os danos cerebrais tornam-se irreparáveis e não há como sobreviver.
Dos pacientes entrevistados, 62, ou 18%, disseram ter passado por uma experiência que os estudiosos chamam de quase-morte.
Os outros 282 não se lembravam de coisa alguma do período em que estiveram inconscientes.
Nos casos de lembrança, as pessoas relatam diversos tipos de visões.
As mais comuns são: sensações de se ver fora do corpo, a percepção de uma luz em um túnel escuro, o encontro com amigos e parentes queridos já mortos e a revisão da própria vida em flashback.
Espiritismo: certeza da imortalidade e eternidade
Allan Kardec, na questão 83 de O livro dos Espíritos, deixa explícito os ensinos dos espíritos superiores:
“o espírito não tem fim”.
E na questão 82 deixa clara a natureza dos espíritos, quando diz que “o espírito é constituído de matéria quintessenciada e tão etérea que não pode ser percebida pelos vossos sentidos”.
Aproveite e compra agora O livro dos Espíritos!
A cada dia que passa a ciência caminha para comprovar de modo inequívoco aquilo que o Espiritismo já tem como um de seus pilares: a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte, com a consciência e individualidade que nos caracteriza.
Nossas lembranças, nossas memórias, as pessoas que amamos, aquilo que somos e o que desejamos ser ou fazer, continuam fazendo parte de nós depois que deixamos a existência terrena por toda a eternidade.
A literatura espírita oferece estudos de grande seriedade sobre o tema, proporcionando ampla compreensão de nossa natureza espiritual e da vida nas diferentes dimensões.
Podemos ressaltar alguns livros espíritas de Chico Xavier, como E a vida continua, e Nosso Lar.
Neles aprendemos como lidar com a realidade de um mundo que ainda não conseguimos perceber com nossos cinco sentidos.
Nós não dizemos adeus, apenas até breve
Apesar da dor profunda, do luto natural experimentado no momento em que temos de nos separar temporariamente das pessoas que amamos, ajuda lembrar que somos imortais.
Aquele que vai também sofre a dor da separação.
Ele entra em uma nova experiência e muitas vezes é recebido por parentes que o antecederam na grande viagem, ou por outras pessoas queridas, muitas até que ele não conhece em um primeiro momento, e vai lembrar mais tarde.
Por isso aqueles que compreenderam a natureza espiritual do homem sabem que nós não dizemos adeus, apenas até breve.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Quando uma pessoa querida parte, a história dela não acabou, nem a nossa história com ela; está apenas interrompida.
Quem sabe para uma reedição, um descanso que a alma precisa, ou um novo aprendizado necessário?
Deus, a inteligência suprema que rege o universo através de suas leis perfeitas, quer sempre o bem, o melhor para todos os elementos de sua criação.
Seu amor incondicional por tudo e por todos, nos convida a reflectir que estamos conectados, ligados, mesmo entre diferentes dimensões do universo.
Amor, o maior património do espírito
Somos espíritos temporariamente em um corpo material, peregrinos na Terra – escola para o crescimento do espírito imortal.
Um dia, cedo ou tarde, retornaremos para o lar verdadeiro, o mundo dos espíritos e lá, nos prepararemos para uma futura reencarnação.
O início de uma nova etapa de aprendizado pela eternidade.
Estamos aqui para contribuir com a imensa obra do Criador.
Fazemos parte da natureza, e cada ser na Natureza tem sua utilidade.
Você é insubstituível, pois a tarefa que é sua, ninguém poderá realizar.
Cabe a cada um fazer de sua jornada um tempo de paz e equilíbrio, para que tenha o maior desenvolvimento possível, que representa em sumo, expandir o amor em si e à sua volta.
Completemos o nosso destino realizando tudo que viemos fazer na Terra e quando reencontrarmos aqueles que amamos e que esperam por nós, livres do corpo denso e torcendo pelo nosso êxito, poderemos recomeçar nossa história com eles levando nosso amor e nossas conquistas pela eternidade.
Acredite, a vida continua.
Fomos criados para ser imortais e tudo o que construímos de bom dentro de nós, através de nossas escolhas e experiências, permanecerá para sempre.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quem sabe para uma reedição, um descanso que a alma precisa, ou um novo aprendizado necessário?
Deus, a inteligência suprema que rege o universo através de suas leis perfeitas, quer sempre o bem, o melhor para todos os elementos de sua criação.
Seu amor incondicional por tudo e por todos, nos convida a reflectir que estamos conectados, ligados, mesmo entre diferentes dimensões do universo.
Amor, o maior património do espírito
Somos espíritos temporariamente em um corpo material, peregrinos na Terra – escola para o crescimento do espírito imortal.
Um dia, cedo ou tarde, retornaremos para o lar verdadeiro, o mundo dos espíritos e lá, nos prepararemos para uma futura reencarnação.
O início de uma nova etapa de aprendizado pela eternidade.
Estamos aqui para contribuir com a imensa obra do Criador.
Fazemos parte da natureza, e cada ser na Natureza tem sua utilidade.
Você é insubstituível, pois a tarefa que é sua, ninguém poderá realizar.
Cabe a cada um fazer de sua jornada um tempo de paz e equilíbrio, para que tenha o maior desenvolvimento possível, que representa em sumo, expandir o amor em si e à sua volta.
Completemos o nosso destino realizando tudo que viemos fazer na Terra e quando reencontrarmos aqueles que amamos e que esperam por nós, livres do corpo denso e torcendo pelo nosso êxito, poderemos recomeçar nossa história com eles levando nosso amor e nossas conquistas pela eternidade.
Acredite, a vida continua.
Fomos criados para ser imortais e tudo o que construímos de bom dentro de nós, através de nossas escolhas e experiências, permanecerá para sempre.
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Educação da alma: eis o segredo da cura das enfermidades
Ricardo de Souza Cavalcante, nosso entrevistado nesta edição, médico especialista em infectologia, uma das mais complexas especialidades médicas, discorre sobre doença e perispírito, mudança de sentimentos e cura.
Destacamos na entrevista os pontos abaixo, aos quais adicionamos breves comentários.
“A doutrina espírita oferece-nos imenso manancial de informações para compreendermos o fenómeno do adoecimento, visto que suas origens estão na alma, objecto principal de estudo do Espiritismo.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista citada.)
Mesmo a infecção mais corriqueira só se torna possível por uma disposição do perispírito.
Um perispírito enfermiço transmite para o corpo somático a morbidade correspondente, ou melhor, dá-lhe a disposição à doença.
Para compreender melhor como isso se dá é necessário lembrar que o perispírito está jungido ao corpo molécula a molécula, e que ele é o molde a partir do qual o corpo somático se materializa.
Obviamente, toda alteração no perispírito acarreta uma mudança no corpo físico.
Da mesma forma, o perispírito se ressente das lesões que têm origem no corpo, como quando temos um comportamento enfermiço, como o alcoolismo, ou quando temos um comportamento feliz, como o desenvolvimento de virtudes.
É bom termos em mente um ensinamento que é bem conhecido no meio espírita:
a mudança estrutural, a elevação do padrão vibratório de uma pessoa e, evidentemente, do seu veículo espiritual, decorre do conjunto de três factores: bons pensamentos, bons sentimentos e bons actos.
“[O Espiritismo] nos apresenta todos os recursos necessários para superarmos a doença, quando presente, ou evitarmos que ela aconteça, cumprindo, desta forma, seu papel de consolador prometido, como sinalizado por Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista citada.)
O sistema imunológico é reforçado pela acção benéfica dos mensageiros de Jesus resultante, entre outras coisas, da prática da oração.
Esse recurso tem sua eficácia demonstrada por vários estudos interdisciplinares.
A oração, corolário da fé, é o mais poderoso aliado na prevenção e tratamento de doenças.
“Diante das enfermidades que nos assolam o corpo físico é fundamental que utilizemos os recursos oferecidos pela medicina terrena, para que possamos obter o reajuste do veículo carnal.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, no texto citado.)
O papel da medicina na Terra é dispor, em nosso benefício, dos recursos necessários para a prevenção e tratamento.
Seria ilógico supor que todo benefício da saúde encontra-se tão somente nos recursos espirituais.
Em primeiro lugar, os instrumentos de cura e prevenção já estão no exercício da medicina terrestre; em segundo lugar, não é admissível depender, para tudo, da assistência espiritual, sobrecarregando os Espíritos com nossos peditórios, muitas vezes incompreensíveis.
“Mas não devemos esquecer que, embora a medicina tenha alcançado grande desenvolvimento, ainda lhe falta conhecer o espírito.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista mencionada.)
Conhecer a alma – o Espírito encarnado – daria à medicina um instrumental jamais entrevisto pelas especialidades que formam o arcabouço dos recursos médico-terapêuticos.
O papel dessa transição promovida pelas Associações Médico-Espíritas, que levam o conhecimento da alma imortal e de seu apanágio, o perispírito, até o meio médico-académico, tem-se propagado por diversas regiões brasileiras, que tiveram como centro irradiador a AME São Paulo, capital.
“É apenas educando a alma que podemos conquistar a verdadeira cura.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, no texto citado.)
Jesus dizia: “vai, os teus pecados estão perdoados”.
E a pessoa não necessitava que ele dissesse “levanta-te e anda!”, como no caso do paralítico, porque a cura do corpo físico seria, naturalmente, consequência da cura da alma.
Assim, quando usamos o verbo “somatizar”, estamos, em verdade, referindo-nos a um mecanismo muito além do que supõem a psicologia e a medicina, porque se trata da alma reagindo numa via de mão dupla – como agente nas mudanças do corpo físico e como paciente na acção do corpo sobre ela.
Desse modo, não é difícil compreender que o conhecimento da alma dará à medicina e à psicologia a chave que lhes falta para solucionar os mecanismos da doença e da cura real.
§.§.§- Ave sem Ninho
Destacamos na entrevista os pontos abaixo, aos quais adicionamos breves comentários.
“A doutrina espírita oferece-nos imenso manancial de informações para compreendermos o fenómeno do adoecimento, visto que suas origens estão na alma, objecto principal de estudo do Espiritismo.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista citada.)
Mesmo a infecção mais corriqueira só se torna possível por uma disposição do perispírito.
Um perispírito enfermiço transmite para o corpo somático a morbidade correspondente, ou melhor, dá-lhe a disposição à doença.
Para compreender melhor como isso se dá é necessário lembrar que o perispírito está jungido ao corpo molécula a molécula, e que ele é o molde a partir do qual o corpo somático se materializa.
Obviamente, toda alteração no perispírito acarreta uma mudança no corpo físico.
Da mesma forma, o perispírito se ressente das lesões que têm origem no corpo, como quando temos um comportamento enfermiço, como o alcoolismo, ou quando temos um comportamento feliz, como o desenvolvimento de virtudes.
É bom termos em mente um ensinamento que é bem conhecido no meio espírita:
a mudança estrutural, a elevação do padrão vibratório de uma pessoa e, evidentemente, do seu veículo espiritual, decorre do conjunto de três factores: bons pensamentos, bons sentimentos e bons actos.
“[O Espiritismo] nos apresenta todos os recursos necessários para superarmos a doença, quando presente, ou evitarmos que ela aconteça, cumprindo, desta forma, seu papel de consolador prometido, como sinalizado por Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista citada.)
O sistema imunológico é reforçado pela acção benéfica dos mensageiros de Jesus resultante, entre outras coisas, da prática da oração.
Esse recurso tem sua eficácia demonstrada por vários estudos interdisciplinares.
A oração, corolário da fé, é o mais poderoso aliado na prevenção e tratamento de doenças.
“Diante das enfermidades que nos assolam o corpo físico é fundamental que utilizemos os recursos oferecidos pela medicina terrena, para que possamos obter o reajuste do veículo carnal.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, no texto citado.)
O papel da medicina na Terra é dispor, em nosso benefício, dos recursos necessários para a prevenção e tratamento.
Seria ilógico supor que todo benefício da saúde encontra-se tão somente nos recursos espirituais.
Em primeiro lugar, os instrumentos de cura e prevenção já estão no exercício da medicina terrestre; em segundo lugar, não é admissível depender, para tudo, da assistência espiritual, sobrecarregando os Espíritos com nossos peditórios, muitas vezes incompreensíveis.
“Mas não devemos esquecer que, embora a medicina tenha alcançado grande desenvolvimento, ainda lhe falta conhecer o espírito.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, na entrevista mencionada.)
Conhecer a alma – o Espírito encarnado – daria à medicina um instrumental jamais entrevisto pelas especialidades que formam o arcabouço dos recursos médico-terapêuticos.
O papel dessa transição promovida pelas Associações Médico-Espíritas, que levam o conhecimento da alma imortal e de seu apanágio, o perispírito, até o meio médico-académico, tem-se propagado por diversas regiões brasileiras, que tiveram como centro irradiador a AME São Paulo, capital.
“É apenas educando a alma que podemos conquistar a verdadeira cura.”
(Ricardo de Souza Cavalcante, no texto citado.)
Jesus dizia: “vai, os teus pecados estão perdoados”.
E a pessoa não necessitava que ele dissesse “levanta-te e anda!”, como no caso do paralítico, porque a cura do corpo físico seria, naturalmente, consequência da cura da alma.
Assim, quando usamos o verbo “somatizar”, estamos, em verdade, referindo-nos a um mecanismo muito além do que supõem a psicologia e a medicina, porque se trata da alma reagindo numa via de mão dupla – como agente nas mudanças do corpo físico e como paciente na acção do corpo sobre ela.
Desse modo, não é difícil compreender que o conhecimento da alma dará à medicina e à psicologia a chave que lhes falta para solucionar os mecanismos da doença e da cura real.
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A Revue Spirite de 1860 - Parte 11 e final
Concluímos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo foi baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. É certo dizer, como o Sr. Louis Figuier, que as manifestações espíritas são modernas?
B. Qual a receita para nos livrarmos de um Espírito que nos atormente?
C. Que pode ocorrer, na vida espiritual, a uma pessoa que nunca ajudou a ninguém?
D. Que é preciso para adquirir as virtudes?
Texto para leitura
228. A teogonia pagã e a mitologia não passam também, segundo Kardec, de um quadro da vida espírita poetizada pela alegoria. (P. 384)
229. O Codificador diz que a arte cristã se ressente da austeridade de sua origem e inspira-se no sofrimento dos primeiros adeptos, cujas perseguições impeliram os homens ao isolamento e à reclusão. (P. 385)
230. O Espiritismo, por sua vez, abre para a arte um campo novo, imenso e ainda não explorado.
Quando o artista espírita trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, colherá nessa fonte as mais sublimes inspirações. (P. 386)
231. Kardec conclui sua análise do livro "História do Maravilhoso", do Sr. Louis Figuier, e afirma que é falso dizer, como faz Figuier, que as manifestações espíritas são inteiramente modernas. (P. 387)
232. Na sequência, o Codificador destaca o progresso incrível das ideias espíritas, às quais nenhuma imprensa prestou o seu concurso, e informa que a 2ª edição d'O Livro dos Espíritos esgotou-se em quatro meses. (PP. 387 e 388)
233. Para o Sr. Figuier, a filosofia exposta n'O Livro dos Espíritos é obsoleta e a moral, adormecedora.
Sem dúvida, diz Kardec, ele teria preferido uma moral galhofeira e viva:
"Mas que fazer?
É uma moral para uso da alma; aliás, ela teria sempre uma vantagem: a de fazer dormir.
É, para ele, uma receita em caso de insónia". (P. 395)
234. O Espírito que se identificou como Baltazar (veja o item 210) é na verdade o Sr. G... de la R..., indivíduo conhecido por suas excentricidades, sua fortuna e seus gostos gastronómicos, que confessou que seu apego à vida material "materializou" seu Espírito a tal ponto, que lhe seria preciso muito tempo para quebrar todos os laços terrenos das paixões que o prendiam à Terra. (PP. 395 e 396)
235. Kardec analisa o caso de um assinante da Revue que era atormentado por um Espírito, num processo de obsessão simples.
A pedido dele, o Codificador explicou que ele não se livraria do Espírito nem pela cólera, nem pelas ameaças, mas pela paciência, e que era ainda preciso dominá-lo pelo ascendente moral e buscar torná-lo melhor pelos bons conselhos. (P. 397)
236. Consultado, o obsessor confessou que agia assim por inveja.
Kardec comenta o caso dizendo que a inveja cega e por vezes impele o homem a atos contrários a seus interesses, seja no espaço como na Terra. (P. 399)
237. A Revue traz uma mensagem de um Espírito culpado que afirma que nossas dores terrenas jamais nos permitirão compreender as angústias de uma alma que sofre sem tréguas, sem esperança, sem arrependimento. (P. 401)
238. O Espírito de Clara, que nunca ajudara a ninguém na Terra, diz que sua desgraça crescia dia a dia, e maldizia as horas culpadas, as horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, só pensava no seu bem-estar! (P. 402)
Este estudo foi baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. É certo dizer, como o Sr. Louis Figuier, que as manifestações espíritas são modernas?
B. Qual a receita para nos livrarmos de um Espírito que nos atormente?
C. Que pode ocorrer, na vida espiritual, a uma pessoa que nunca ajudou a ninguém?
D. Que é preciso para adquirir as virtudes?
Texto para leitura
228. A teogonia pagã e a mitologia não passam também, segundo Kardec, de um quadro da vida espírita poetizada pela alegoria. (P. 384)
229. O Codificador diz que a arte cristã se ressente da austeridade de sua origem e inspira-se no sofrimento dos primeiros adeptos, cujas perseguições impeliram os homens ao isolamento e à reclusão. (P. 385)
230. O Espiritismo, por sua vez, abre para a arte um campo novo, imenso e ainda não explorado.
Quando o artista espírita trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, colherá nessa fonte as mais sublimes inspirações. (P. 386)
231. Kardec conclui sua análise do livro "História do Maravilhoso", do Sr. Louis Figuier, e afirma que é falso dizer, como faz Figuier, que as manifestações espíritas são inteiramente modernas. (P. 387)
232. Na sequência, o Codificador destaca o progresso incrível das ideias espíritas, às quais nenhuma imprensa prestou o seu concurso, e informa que a 2ª edição d'O Livro dos Espíritos esgotou-se em quatro meses. (PP. 387 e 388)
233. Para o Sr. Figuier, a filosofia exposta n'O Livro dos Espíritos é obsoleta e a moral, adormecedora.
Sem dúvida, diz Kardec, ele teria preferido uma moral galhofeira e viva:
"Mas que fazer?
É uma moral para uso da alma; aliás, ela teria sempre uma vantagem: a de fazer dormir.
É, para ele, uma receita em caso de insónia". (P. 395)
234. O Espírito que se identificou como Baltazar (veja o item 210) é na verdade o Sr. G... de la R..., indivíduo conhecido por suas excentricidades, sua fortuna e seus gostos gastronómicos, que confessou que seu apego à vida material "materializou" seu Espírito a tal ponto, que lhe seria preciso muito tempo para quebrar todos os laços terrenos das paixões que o prendiam à Terra. (PP. 395 e 396)
235. Kardec analisa o caso de um assinante da Revue que era atormentado por um Espírito, num processo de obsessão simples.
A pedido dele, o Codificador explicou que ele não se livraria do Espírito nem pela cólera, nem pelas ameaças, mas pela paciência, e que era ainda preciso dominá-lo pelo ascendente moral e buscar torná-lo melhor pelos bons conselhos. (P. 397)
236. Consultado, o obsessor confessou que agia assim por inveja.
Kardec comenta o caso dizendo que a inveja cega e por vezes impele o homem a atos contrários a seus interesses, seja no espaço como na Terra. (P. 399)
237. A Revue traz uma mensagem de um Espírito culpado que afirma que nossas dores terrenas jamais nos permitirão compreender as angústias de uma alma que sofre sem tréguas, sem esperança, sem arrependimento. (P. 401)
238. O Espírito de Clara, que nunca ajudara a ninguém na Terra, diz que sua desgraça crescia dia a dia, e maldizia as horas culpadas, as horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, só pensava no seu bem-estar! (P. 402)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
239. "Crês, então, que preces isoladas e o meu nome pronunciado bastarão para acalmar o meu sofrimento?
Não, cem vezes não.
Tenho rugido de dor; erro sem repouso, sem asilo, sem esperança, sentindo o eterno aguilhão do castigo penetrar em minh'alma revoltada", eis o desabafo feito por Clara. (P. 403)
240. O guia espiritual da médium comentou a comunicação de Clara dizendo que ela não matou, não roubou, nem cometeu crime algum aos olhos humanos.
Apenas divertia-se com aquilo a que chamamos felicidade terrena:
beleza, fortuna, prazeres, adulação, em que tudo lhe sorria e nada lhe faltava.
Mas ela foi egoísta, só amou a si mesma e agora ninguém a ama. (P. 403)
241. Alfred de Musset (Espírito) diz que os pais da Igreja, que fundaram essa religião sublime em sua origem, eram mais espíritas do que nós e pregavam a mesma doutrina ensinada pelo Espiritismo:
caridade, bondade, esquecimento, perdão e abnegação. (P. 404)
242. O Espírito de Delphine de Girardin disserta sobre a reencarnação e sua lógica e afirma que basta olhar para dentro de nós mesmos para acharmos as provas da reencarnação. (P. 407)
243. “Para adquirir a virtude, é preciso trabalhar”, diz Delphine.
A fortuna moral não se lega com a fortuna material:
"Para vos depurardes, é preciso passar por vários corpos que levam com eles, em cada despojamento, uma parte das vossas impurezas". (P. 408)
244. Falando sobre o dia de Finados, Charles Nodier (Espírito) esclarece que nessa data os Espíritos vão aos cemitérios porque os pensamentos e as preces dos seres amados ali se apresentam. (P. 408)
245. Nodier assevera:
"Conforme a maneira por que tiverdes vivido aqui embaixo, sereis recebidos perante Deus.
Que é a vida, afinal de contas?
Uma curtíssima emigração do Espírito na Terra; tempo, entretanto, em que pode amontoar um tesouro de graças ou preparar-se para cruéis tormentos". (P. 408)
246. Lamennais (Espírito) compara o mundo actual a Lázaro e exclama:
"Ó mundo! tu pareces Lázaro:
nada te pode devolver a vida; teu materialismo, tuas torpezas, teu cepticismo são outras tantas faixas que envolvem o teu cadáver, e cheiras mal, pois há muito que estás morto.
Quem te gritará como a Lázaro:
Em nome de Deus, levanta-te?
É o Cristo que obedece ao apelo do Espírito Santo.
Século, a voz de Deus se fez ouvir!
Estarás mais podre do que Lázaro?" (PP. 409 e 410)
Respostas às questões
A. É certo dizer, como o Sr. Louis Figuier, que as manifestações espíritas são modernas?
Não. Na análise que fez do livro "História do Maravilhoso", do Sr. Figuier, Kardec afirmou que é falso dizer que as manifestações espíritas são inteiramente modernas, visto que em todas as épocas há registos inúmeros de manifestações dos chamados mortos.
(Revue Spirite, p. 387.)
B. Qual a receita para nos livrarmos de um Espírito que nos atormente?
Segundo o Codificador do Espiritismo, ninguém se livra de um Espírito por meio da cólera ou de ameaças, mas pela paciência, e além disso é preciso dominá-lo pelo ascendente moral e buscar torná-lo melhor por meio de bons conselhos.
(Obra citada, p. 397.)
C. Que pode ocorrer, na vida espiritual, a uma pessoa que nunca ajudou a ninguém?
Cada caso tem, obviamente, suas particularidades.
No caso de Clara, que nunca ajudou a ninguém na Terra, a revista regista a informação de que seu sofrimento crescia dia a dia e, por isso, ela maldizia as horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, só pensara aqui no seu bem-estar!
(Obra citada, pp. 402 e 403.)
D. Que é preciso para adquirir as virtudes?
Para isso, diz Delphine de Girardin (Espírito), é preciso trabalhar, pois a fortuna moral não se lega com a fortuna material.
"Para vos depurardes, é preciso passar por vários corpos que levam com eles, em cada despojamento, uma parte das vossas impurezas", afirmou o Espírito.
(Obra citada, pp. 407 e 408.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Não, cem vezes não.
Tenho rugido de dor; erro sem repouso, sem asilo, sem esperança, sentindo o eterno aguilhão do castigo penetrar em minh'alma revoltada", eis o desabafo feito por Clara. (P. 403)
240. O guia espiritual da médium comentou a comunicação de Clara dizendo que ela não matou, não roubou, nem cometeu crime algum aos olhos humanos.
Apenas divertia-se com aquilo a que chamamos felicidade terrena:
beleza, fortuna, prazeres, adulação, em que tudo lhe sorria e nada lhe faltava.
Mas ela foi egoísta, só amou a si mesma e agora ninguém a ama. (P. 403)
241. Alfred de Musset (Espírito) diz que os pais da Igreja, que fundaram essa religião sublime em sua origem, eram mais espíritas do que nós e pregavam a mesma doutrina ensinada pelo Espiritismo:
caridade, bondade, esquecimento, perdão e abnegação. (P. 404)
242. O Espírito de Delphine de Girardin disserta sobre a reencarnação e sua lógica e afirma que basta olhar para dentro de nós mesmos para acharmos as provas da reencarnação. (P. 407)
243. “Para adquirir a virtude, é preciso trabalhar”, diz Delphine.
A fortuna moral não se lega com a fortuna material:
"Para vos depurardes, é preciso passar por vários corpos que levam com eles, em cada despojamento, uma parte das vossas impurezas". (P. 408)
244. Falando sobre o dia de Finados, Charles Nodier (Espírito) esclarece que nessa data os Espíritos vão aos cemitérios porque os pensamentos e as preces dos seres amados ali se apresentam. (P. 408)
245. Nodier assevera:
"Conforme a maneira por que tiverdes vivido aqui embaixo, sereis recebidos perante Deus.
Que é a vida, afinal de contas?
Uma curtíssima emigração do Espírito na Terra; tempo, entretanto, em que pode amontoar um tesouro de graças ou preparar-se para cruéis tormentos". (P. 408)
246. Lamennais (Espírito) compara o mundo actual a Lázaro e exclama:
"Ó mundo! tu pareces Lázaro:
nada te pode devolver a vida; teu materialismo, tuas torpezas, teu cepticismo são outras tantas faixas que envolvem o teu cadáver, e cheiras mal, pois há muito que estás morto.
Quem te gritará como a Lázaro:
Em nome de Deus, levanta-te?
É o Cristo que obedece ao apelo do Espírito Santo.
Século, a voz de Deus se fez ouvir!
Estarás mais podre do que Lázaro?" (PP. 409 e 410)
Respostas às questões
A. É certo dizer, como o Sr. Louis Figuier, que as manifestações espíritas são modernas?
Não. Na análise que fez do livro "História do Maravilhoso", do Sr. Figuier, Kardec afirmou que é falso dizer que as manifestações espíritas são inteiramente modernas, visto que em todas as épocas há registos inúmeros de manifestações dos chamados mortos.
(Revue Spirite, p. 387.)
B. Qual a receita para nos livrarmos de um Espírito que nos atormente?
Segundo o Codificador do Espiritismo, ninguém se livra de um Espírito por meio da cólera ou de ameaças, mas pela paciência, e além disso é preciso dominá-lo pelo ascendente moral e buscar torná-lo melhor por meio de bons conselhos.
(Obra citada, p. 397.)
C. Que pode ocorrer, na vida espiritual, a uma pessoa que nunca ajudou a ninguém?
Cada caso tem, obviamente, suas particularidades.
No caso de Clara, que nunca ajudou a ninguém na Terra, a revista regista a informação de que seu sofrimento crescia dia a dia e, por isso, ela maldizia as horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, só pensara aqui no seu bem-estar!
(Obra citada, pp. 402 e 403.)
D. Que é preciso para adquirir as virtudes?
Para isso, diz Delphine de Girardin (Espírito), é preciso trabalhar, pois a fortuna moral não se lega com a fortuna material.
"Para vos depurardes, é preciso passar por vários corpos que levam com eles, em cada despojamento, uma parte das vossas impurezas", afirmou o Espírito.
(Obra citada, pp. 407 e 408.)
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Deus na Natureza (Parte 14)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de1867.
Questões preliminares
A. Podemos afirmar que o observador da Natureza, onde quer que mergulhe os olhos, aí encontrará vida ou um germe pronto a recebê-la?
Sim. A vida é exuberante no planeta em que vivemos, no qual as formas orgânicas penetram a grandes profundidades, de modo que ninguém pode dizer com segurança qual o ambiente em que a vida se difundiu com maior profusão.
De facto, ela repleta os oceanos, das zonas tropicais aos gelos polares, o ar povoa-se de germes invisíveis e o solo é sulcado por miríades de espécies, quer animais, quer vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
B. Qual a importância do ar na vida dos seres viventes?
Sua importância é absoluta, visto que é por intermédio do ar que se operam essas transformações incessantes, universais, inerentes à vida, e é por esse meio que os elementos podem transitar de um corpo a outro.
Tal proposição é tão exacta, que os fisiologistas há muito repetem que todo ser vivo é produto do ar organizado.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
C. Existe analogia entre a respiração de homens e animais e as combustões?
Sim. A partir de Lavoisier, sabe-se que a respiração do homem e dos animais é ato análogo às combustões mediante as quais nos aquecemos e aclaramos.
A respiração verifica-se sob a influência da vida, enquanto a combustão, propriamente dita, se opera sob a influência de um calor intenso.
Um e outro acto têm por fim produzir calor.
É o calor desprendido da nossa respiração que entretém no corpo a temperatura a ele pertinente, necessária à mantença da vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Texto para leitura
283. Esta vida que vemos difundida, em todas as camadas atmosféricas, não é mais que pálida imagem da vida mais compacta que o microscópio nos revela.
Os ventos arrebatam, à superfície das águas em evaporação, turbilhões de animálculos invisíveis, imóveis e com todas as aparências de morte; seres que flutuam no ar, até que as orvalhadas os devolvam ao solo nutriz, que lhes dissolve o invólucro e, graças provavelmente ao oxigónio sempre contido na água, comunica-lhes aos órgãos uma nova irritabilidade.
Nuvens de microrganismos cruzam as regiões aéreas do Atlântico e carreiam a vida de um a outro continente.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
284. Podemos também acrescentar que, independentemente dessas existências, a atmosfera também contém inumeráveis germes de vida futura, óvulos de insectos e de plantas, que, sustentados por coroas de pelos ou de plumas, garram para as longas peregrinações do Outono.
O pólen fecundante que as flores masculinas semeiam nas espécies de sexo extremado, é também, ele próprio, levado pelos ventos e por insectos alados, através de continentes e mares, às plantas femininas que vivem em solidão.
Onde quer que o observador da Natureza mergulhe os olhos, aí encontrará vida, ou um germe pronto a recebê-la.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de1867.
Questões preliminares
A. Podemos afirmar que o observador da Natureza, onde quer que mergulhe os olhos, aí encontrará vida ou um germe pronto a recebê-la?
Sim. A vida é exuberante no planeta em que vivemos, no qual as formas orgânicas penetram a grandes profundidades, de modo que ninguém pode dizer com segurança qual o ambiente em que a vida se difundiu com maior profusão.
De facto, ela repleta os oceanos, das zonas tropicais aos gelos polares, o ar povoa-se de germes invisíveis e o solo é sulcado por miríades de espécies, quer animais, quer vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
B. Qual a importância do ar na vida dos seres viventes?
Sua importância é absoluta, visto que é por intermédio do ar que se operam essas transformações incessantes, universais, inerentes à vida, e é por esse meio que os elementos podem transitar de um corpo a outro.
Tal proposição é tão exacta, que os fisiologistas há muito repetem que todo ser vivo é produto do ar organizado.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
C. Existe analogia entre a respiração de homens e animais e as combustões?
Sim. A partir de Lavoisier, sabe-se que a respiração do homem e dos animais é ato análogo às combustões mediante as quais nos aquecemos e aclaramos.
A respiração verifica-se sob a influência da vida, enquanto a combustão, propriamente dita, se opera sob a influência de um calor intenso.
Um e outro acto têm por fim produzir calor.
É o calor desprendido da nossa respiração que entretém no corpo a temperatura a ele pertinente, necessária à mantença da vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Texto para leitura
283. Esta vida que vemos difundida, em todas as camadas atmosféricas, não é mais que pálida imagem da vida mais compacta que o microscópio nos revela.
Os ventos arrebatam, à superfície das águas em evaporação, turbilhões de animálculos invisíveis, imóveis e com todas as aparências de morte; seres que flutuam no ar, até que as orvalhadas os devolvam ao solo nutriz, que lhes dissolve o invólucro e, graças provavelmente ao oxigónio sempre contido na água, comunica-lhes aos órgãos uma nova irritabilidade.
Nuvens de microrganismos cruzam as regiões aéreas do Atlântico e carreiam a vida de um a outro continente.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
284. Podemos também acrescentar que, independentemente dessas existências, a atmosfera também contém inumeráveis germes de vida futura, óvulos de insectos e de plantas, que, sustentados por coroas de pelos ou de plumas, garram para as longas peregrinações do Outono.
O pólen fecundante que as flores masculinas semeiam nas espécies de sexo extremado, é também, ele próprio, levado pelos ventos e por insectos alados, através de continentes e mares, às plantas femininas que vivem em solidão.
Onde quer que o observador da Natureza mergulhe os olhos, aí encontrará vida, ou um germe pronto a recebê-la.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
285. As formas orgânicas penetram no seio da Terra a grandes profundidades, por toda a parte as águas se espalham e infiltram, seja em interstícios formados pela Natureza, ou feitos pela mão do homem, de modo que ninguém poderia dizer com segurança qual o ambiente em que a vida se difundiu com maior profusão.
De facto, ela repleta os oceanos, das zonas tropicais aos gelos polares; o ar povoa-se de germes invisíveis e o solo é sulcado por miríades de espécies, quer animais, quer vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
286. Estes incessantemente procuram dispor, mediante combinações harmoniosas, da matéria bruta do solo, como que tendo a função de preparar e misturar, por virtude de sua energia vital, as substâncias que, após inumeráveis modificações, hão de ser elevadas ao estado de fibras nervosas.
Abrangendo no mesmo olhar a camada vegetal que reveste o solo, depara-se-nos em plenitude a vida animal, nutrida e conservada pelas plantas.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
287. Por intermédio do ar é que se operam essas transformações incessantes, universais, e não por outro meio que não esse, os elementos podem transitar de um corpo a outro.
Proposição é esta, tão exacta, que os fisiologistas há muito repetem que todo ser vivo é produto do ar organizado.
Como se opera essa organização?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
288. A partir de Lavoisier, sabemos que a respiração do homem e dos animais é ato análogo às combustões mediante as quais nos aquecemos e aclaramos.
Insistamos um tanto neste ponto.
A respiração estabelece uma solidariedade universal entre os homens, animais e plantas.
Ela é resultante da união do oxigénio com o carbono e o hidrogénio dos alimentos, tanto quanto a combustão resulta da união desse mesmo oxigénio com o hidrogénio e o carbono da vela, da madeira, ou combustível qualquer.
A respiração verifica-se sob a influência da vida, enquanto a combustão, propriamente dita, se opera sob a influência de um calor intenso.
Um e outro ato têm por fim produzir calor.
É o calor desprendido da nossa respiração que entretém no corpo a temperatura de 37 graus, necessária à mantença da vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
289. Lavoisier e Lieb demonstraram, há muito tempo, que todo animal é um foco e todo alimento um combustível.
Se a respiração não se acompanha, como a combustão, de claridades incandescentes, é por ser uma combustão lenta, menos activa.
Mas, por muito lenta que seja equivale, contudo, à de uma dose assaz forte de carbono.
Um homem queima 10 a 12 gramas de carbono por hora, ou 250 por dia, mais ou menos, além de uma certa quantidade de hidrogénio.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
290. Combustão e respiração viciam o ar destruindo-lhe o elemento salutífero – o oxigénio, substituindo-o por um gás mefítico – o ácido carbónico.
Esta e outras causas espalham na atmosfera, de maneira constante, esse elemento insalubre.
Experiências feitas com o vapor d'água condensado em janelas dos teatros de Paris, patentearam uma combinação particularmente letífera, isto é, que causa morte.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
291. A raça humana retira do ar, anualmente, 160 biliões de metros cúbicos de oxigênio e os permuta por igual volume de ácido carbónico.
A respiração dos animais quadruplica o resultado.
Só a hulha que se extrai do solo fornece mais ou menos 100 biliões de metros cúbicos de ácido carbónico, ao mesmo passo que outros combustíveis aumentam consideravelmente essa cifra.
Junte-se-lhe ainda o produto das decomposições e considere-se que, a despeito, esse gás não se encontra no ar atmosférico senão na proporção diminuta de 4 a 5 litros por 100 hectolitros.
O ácido carbónico é solúvel n'água, a chuva o dissolve e carreia em suas bátegas, o transporta aos rios, leva-o enfim aos oceanos.
Aí, ele une-se à cal e temos o carbonato de cal, as pedras calcárias, mármore, alabastro, ônix, polipeiros etc.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
De facto, ela repleta os oceanos, das zonas tropicais aos gelos polares; o ar povoa-se de germes invisíveis e o solo é sulcado por miríades de espécies, quer animais, quer vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
286. Estes incessantemente procuram dispor, mediante combinações harmoniosas, da matéria bruta do solo, como que tendo a função de preparar e misturar, por virtude de sua energia vital, as substâncias que, após inumeráveis modificações, hão de ser elevadas ao estado de fibras nervosas.
Abrangendo no mesmo olhar a camada vegetal que reveste o solo, depara-se-nos em plenitude a vida animal, nutrida e conservada pelas plantas.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
287. Por intermédio do ar é que se operam essas transformações incessantes, universais, e não por outro meio que não esse, os elementos podem transitar de um corpo a outro.
Proposição é esta, tão exacta, que os fisiologistas há muito repetem que todo ser vivo é produto do ar organizado.
Como se opera essa organização?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
288. A partir de Lavoisier, sabemos que a respiração do homem e dos animais é ato análogo às combustões mediante as quais nos aquecemos e aclaramos.
Insistamos um tanto neste ponto.
A respiração estabelece uma solidariedade universal entre os homens, animais e plantas.
Ela é resultante da união do oxigénio com o carbono e o hidrogénio dos alimentos, tanto quanto a combustão resulta da união desse mesmo oxigénio com o hidrogénio e o carbono da vela, da madeira, ou combustível qualquer.
A respiração verifica-se sob a influência da vida, enquanto a combustão, propriamente dita, se opera sob a influência de um calor intenso.
Um e outro ato têm por fim produzir calor.
É o calor desprendido da nossa respiração que entretém no corpo a temperatura de 37 graus, necessária à mantença da vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
289. Lavoisier e Lieb demonstraram, há muito tempo, que todo animal é um foco e todo alimento um combustível.
Se a respiração não se acompanha, como a combustão, de claridades incandescentes, é por ser uma combustão lenta, menos activa.
Mas, por muito lenta que seja equivale, contudo, à de uma dose assaz forte de carbono.
Um homem queima 10 a 12 gramas de carbono por hora, ou 250 por dia, mais ou menos, além de uma certa quantidade de hidrogénio.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
290. Combustão e respiração viciam o ar destruindo-lhe o elemento salutífero – o oxigénio, substituindo-o por um gás mefítico – o ácido carbónico.
Esta e outras causas espalham na atmosfera, de maneira constante, esse elemento insalubre.
Experiências feitas com o vapor d'água condensado em janelas dos teatros de Paris, patentearam uma combinação particularmente letífera, isto é, que causa morte.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
291. A raça humana retira do ar, anualmente, 160 biliões de metros cúbicos de oxigênio e os permuta por igual volume de ácido carbónico.
A respiração dos animais quadruplica o resultado.
Só a hulha que se extrai do solo fornece mais ou menos 100 biliões de metros cúbicos de ácido carbónico, ao mesmo passo que outros combustíveis aumentam consideravelmente essa cifra.
Junte-se-lhe ainda o produto das decomposições e considere-se que, a despeito, esse gás não se encontra no ar atmosférico senão na proporção diminuta de 4 a 5 litros por 100 hectolitros.
O ácido carbónico é solúvel n'água, a chuva o dissolve e carreia em suas bátegas, o transporta aos rios, leva-o enfim aos oceanos.
Aí, ele une-se à cal e temos o carbonato de cal, as pedras calcárias, mármore, alabastro, ônix, polipeiros etc.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
292. Os vegetais, a seu turno, preenchem, em escala imensa, função inversa à respiração dos animais, essencialíssima à harmonia da Natureza, pois não somente fixa o hidrogénio da água e subtrai da atmosfera o ácido carbónico, como lhe restitui o oxigénio.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
293. A que transformações submetem os vegetais o carbono, o hidrogênio, o azoto, que eles absorvem do ar?
É toda uma produção multifária.
Conjugando cinco moléculas de carbono e quatro de hidrogénio, a Natureza forma, no citrão e no salgueiro, duas essências que, diversas radicalmente em odorância, provêm da mesma composição.
Frequentemente, a Natureza junta a estes dois elementos o oxigénio.
Assim é que solda doze moléculas de carbono e dez de hidrogénio e oxigénio, formando, a seu talante, seja a madeira, seja a batata.
Outras vezes, seu trabalho é mais complexo e reúne os quatro elementos:
carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto, originando os mais diferentes produtos, tais como o trigo – precioso alimento – e a estricnina – activíssimo tóxico.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
294. Como explicar, por exemplo, juntando um equivalente de água à substância característica da madeira, a celulose (C12H10O10), a Natureza nos dê o açúcar?
Sínteses maravilhosas, a Natureza as produz silenciosamente, ao influxo da vida!
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
295. O reino vegetal é uma usina imensa.
Sob a acção do calor solar, todas as roldanas entram a movimentar-se.
A exemplo do mecânico que nutre a sua máquina, a Natureza renova o combustível e os princípios do ar, e estes se transformam em madeira ou amido, em açúcar ou veneno, que constituem a polpa saborosa do fruto, o perfume subtil das flores, o rendilhado das folhas, a coriácea tessitura dos troncos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
296. Os animais nutrem-se dos vegetais, gaseificam, por assim dizer, o ar solidificado e o devolvem à atmosfera, onde ele recomeça o ciclo das transformações que, graças a ele – o ar – agente primaz da vida, elo universal, jamais se interrompem.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
297. A comparação que Liebig[ i] foi o primeiro a fazer, da combustão respiratória do animal com a dos combustíveis de uma fornalha, só é exata se fizermos uma ideia material do fogo nesse aparelho.
No animal, todo o corpo arde lentamente, o que não se dá com a fornalha, que não arde.
Na retorta humana, continente e conteúdo queimam juntos e, assim, é mais justo tomarmos a vela como elemento comparativo.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
298. O calor é o regulador da vida.
Descartes antecipara-se aos progressos da experimentação escrevendo este significativo conceito:
“Importa não conceber nas máquinas humanas outra alma vegetativa nem sensitiva, nem princípio algum de movimento e vida, além do sangue e seus espíritos, agitados pelo calor do fogo que arde continuamente no seu coração e cuja natureza é idêntica à que inflama os corpos inanimados.”
Descartes, como Platão, considerava a alma humana como retirada num santuário, no âmago de nós mesmos, numa espécie de oposição à matéria.
A vida e as funções orgânicas dependiam inteiramente do corpo e só o pensamento era atributo do espírito.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
293. A que transformações submetem os vegetais o carbono, o hidrogênio, o azoto, que eles absorvem do ar?
É toda uma produção multifária.
Conjugando cinco moléculas de carbono e quatro de hidrogénio, a Natureza forma, no citrão e no salgueiro, duas essências que, diversas radicalmente em odorância, provêm da mesma composição.
Frequentemente, a Natureza junta a estes dois elementos o oxigénio.
Assim é que solda doze moléculas de carbono e dez de hidrogénio e oxigénio, formando, a seu talante, seja a madeira, seja a batata.
Outras vezes, seu trabalho é mais complexo e reúne os quatro elementos:
carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto, originando os mais diferentes produtos, tais como o trigo – precioso alimento – e a estricnina – activíssimo tóxico.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
294. Como explicar, por exemplo, juntando um equivalente de água à substância característica da madeira, a celulose (C12H10O10), a Natureza nos dê o açúcar?
Sínteses maravilhosas, a Natureza as produz silenciosamente, ao influxo da vida!
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
295. O reino vegetal é uma usina imensa.
Sob a acção do calor solar, todas as roldanas entram a movimentar-se.
A exemplo do mecânico que nutre a sua máquina, a Natureza renova o combustível e os princípios do ar, e estes se transformam em madeira ou amido, em açúcar ou veneno, que constituem a polpa saborosa do fruto, o perfume subtil das flores, o rendilhado das folhas, a coriácea tessitura dos troncos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
296. Os animais nutrem-se dos vegetais, gaseificam, por assim dizer, o ar solidificado e o devolvem à atmosfera, onde ele recomeça o ciclo das transformações que, graças a ele – o ar – agente primaz da vida, elo universal, jamais se interrompem.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
297. A comparação que Liebig[ i] foi o primeiro a fazer, da combustão respiratória do animal com a dos combustíveis de uma fornalha, só é exata se fizermos uma ideia material do fogo nesse aparelho.
No animal, todo o corpo arde lentamente, o que não se dá com a fornalha, que não arde.
Na retorta humana, continente e conteúdo queimam juntos e, assim, é mais justo tomarmos a vela como elemento comparativo.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
298. O calor é o regulador da vida.
Descartes antecipara-se aos progressos da experimentação escrevendo este significativo conceito:
“Importa não conceber nas máquinas humanas outra alma vegetativa nem sensitiva, nem princípio algum de movimento e vida, além do sangue e seus espíritos, agitados pelo calor do fogo que arde continuamente no seu coração e cuja natureza é idêntica à que inflama os corpos inanimados.”
Descartes, como Platão, considerava a alma humana como retirada num santuário, no âmago de nós mesmos, numa espécie de oposição à matéria.
A vida e as funções orgânicas dependiam inteiramente do corpo e só o pensamento era atributo do espírito.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
299. Tal é, sumariamente, o papel do ar na Natureza.
Assim são os vegetais, habilíssimos físico-químicos, a nos prepararem ao mesmo tempo a alimentação, a respiração, a indumentária, o combustível e os elementos materiais da nossa existência terrestre.
Importa, por conseguinte, deixarmos de considerar a Natureza sob um prisma vulgar, para fazê-lo, doravante, com olhos atentos e apercebidos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
300. Quando fixarmos a ervilha tenra que reponta no jardim, não admiraremos apenas o risonho tapete de verdura e a gracilidade das flores que o esmaltam.
Elevaremos mais alto o pensamento, imaginaremos que cada um desses rebentos, que vamos pisando, é um benfeitor silencioso, pois, se de um lado contribuímos para embelezá-lo fornecendo-lhe ácido carbónico, sem o qual se estiolaria, por outro lado ele nos dá benevolamente todo o necessário à nossa vida material – e essa harmonia é de uma perfeição sublime, visto que, se umas regiões mergulham, longos meses, nos rigores do Inverno, os ventos não deixam de estabelecer entre esses países deserdados e o nosso uma permuta constante, que reconduz aos nossos bosques e prados o ácido carbónico expirado pelo lapónio e o esquimó, levando-lhes o oxigénio exalado dos milhões de bocas dos nossos vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
301. Se acompanharmos a elevação gradativa da matéria, haveremos de reconhecer com os fisiologistas em geral, e com Moleschott em particular, o seguinte processo das permutas materiais:
o amoníaco, o ácido carbónico, a água e alguns sais, eis toda a série das matérias com as quais a planta constrói o próprio corpo.
Albumina e dextrina formam-se à custa destas combinações simples, por efeito de constante dispêndio de oxigénio.
Essas duas substâncias dissolvem-se nos sucos da planta, que se tornam por isso mesmo capazes de transportar-se às mais diversas regiões, através das hastes, das folhas, ou dos frutos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
302. Mercê da albumina, engendram-se corpos outros albuminosos, quais a legumina, o glúten e a albumina vegetal coagulada.
Estas duas últimas substâncias se depositam, indissolúveis, na semente.
Albumina, açúcar e gordura são os materiais construtivos do animal, cujo sangue é um soluto de albumina, gordura, açúcar e sais.
Uma absorção mais forte de oxigénio transforma a albumina em fibrina muscular, em elementos redutíveis, cola de cartilagens e ossos, substância dérmica ou pilosa.
Estas substâncias aliadas à gordura, aos sais e à água, constituem a totalidade do organismo animal.
Tanto quanto a recomposição progressiva, a desassimilação é fenómeno de evolução gradativa.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
[i ] Liebig – Chemische Brief, 400.
§.§.§- Ave sem Ninho
Assim são os vegetais, habilíssimos físico-químicos, a nos prepararem ao mesmo tempo a alimentação, a respiração, a indumentária, o combustível e os elementos materiais da nossa existência terrestre.
Importa, por conseguinte, deixarmos de considerar a Natureza sob um prisma vulgar, para fazê-lo, doravante, com olhos atentos e apercebidos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
300. Quando fixarmos a ervilha tenra que reponta no jardim, não admiraremos apenas o risonho tapete de verdura e a gracilidade das flores que o esmaltam.
Elevaremos mais alto o pensamento, imaginaremos que cada um desses rebentos, que vamos pisando, é um benfeitor silencioso, pois, se de um lado contribuímos para embelezá-lo fornecendo-lhe ácido carbónico, sem o qual se estiolaria, por outro lado ele nos dá benevolamente todo o necessário à nossa vida material – e essa harmonia é de uma perfeição sublime, visto que, se umas regiões mergulham, longos meses, nos rigores do Inverno, os ventos não deixam de estabelecer entre esses países deserdados e o nosso uma permuta constante, que reconduz aos nossos bosques e prados o ácido carbónico expirado pelo lapónio e o esquimó, levando-lhes o oxigénio exalado dos milhões de bocas dos nossos vegetais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
301. Se acompanharmos a elevação gradativa da matéria, haveremos de reconhecer com os fisiologistas em geral, e com Moleschott em particular, o seguinte processo das permutas materiais:
o amoníaco, o ácido carbónico, a água e alguns sais, eis toda a série das matérias com as quais a planta constrói o próprio corpo.
Albumina e dextrina formam-se à custa destas combinações simples, por efeito de constante dispêndio de oxigénio.
Essas duas substâncias dissolvem-se nos sucos da planta, que se tornam por isso mesmo capazes de transportar-se às mais diversas regiões, através das hastes, das folhas, ou dos frutos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
302. Mercê da albumina, engendram-se corpos outros albuminosos, quais a legumina, o glúten e a albumina vegetal coagulada.
Estas duas últimas substâncias se depositam, indissolúveis, na semente.
Albumina, açúcar e gordura são os materiais construtivos do animal, cujo sangue é um soluto de albumina, gordura, açúcar e sais.
Uma absorção mais forte de oxigénio transforma a albumina em fibrina muscular, em elementos redutíveis, cola de cartilagens e ossos, substância dérmica ou pilosa.
Estas substâncias aliadas à gordura, aos sais e à água, constituem a totalidade do organismo animal.
Tanto quanto a recomposição progressiva, a desassimilação é fenómeno de evolução gradativa.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
[i ] Liebig – Chemische Brief, 400.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O Espiritismo responde
por Astolfo O. de Oliveira Filho
O leitor Luís Carlos P. Nascimento, em mensagem publicada nesta edição, na secção de Cartas, enviou-nos a seguinte mensagem:
Uma pessoa levantou em nosso grupo de estudos a seguinte questão:
diante das vicissitudes e aflições que podem nos atingir, que valor tem a oração, ainda que sincera e fervorosa?
Os companheiros dessa revista podem elucidar a questão proposta?
Allan Kardec examinou essa questão no capítulo XXVII de seu livro O Evangelho segundo o Espiritismo.
A dúvida formulada pelo leitor só tem sentido para aqueles que não possuem uma noção exacta da acção e dos efeitos da prece em nossa vida.
Como sabemos, e Kardec o diz claramente na obra a que nos reportamos, o homem obtém pela prece o concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e, com esse propósito, inspiram-lhe ideias sadias.
Ele adquire, então, a força moral necessária para vencer as dificuldades e regressar ao caminho recto, caso dele se tenha afastado.
Por esse meio, ele pode também desviar de si os males que atrairia por suas próprias faltas, visto que a prece lhe propicia a força de resistir às tentações.
A fim de compreendermos em profundidade o pensamento de Kardec a respeito do tema em análise, atentemos para o texto abaixo que ele escreveu e inseriu na obra acima mencionada:
Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, n. 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira.
Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infracções às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos.
Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam.
Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder?
Ora, aqui, facilmente se concebe a acção da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta.
Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, mas, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio.
Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para não nos subjugar a vontade.
O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não.
Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus actos e o mérito da escolha entre o bem e o mal.
É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras:
"Pedi e obtereis”.
Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos?
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 12.)
Acreditamos que as explicações contidas no texto acima possam dirimir todas as dúvidas a respeito do bem que a oração sincera e fervorosa propicia às pessoas que a utilizam, confiantes na bondade e na providência divinas.
§.§.§- Ave sem Ninho
O leitor Luís Carlos P. Nascimento, em mensagem publicada nesta edição, na secção de Cartas, enviou-nos a seguinte mensagem:
Uma pessoa levantou em nosso grupo de estudos a seguinte questão:
diante das vicissitudes e aflições que podem nos atingir, que valor tem a oração, ainda que sincera e fervorosa?
Os companheiros dessa revista podem elucidar a questão proposta?
Allan Kardec examinou essa questão no capítulo XXVII de seu livro O Evangelho segundo o Espiritismo.
A dúvida formulada pelo leitor só tem sentido para aqueles que não possuem uma noção exacta da acção e dos efeitos da prece em nossa vida.
Como sabemos, e Kardec o diz claramente na obra a que nos reportamos, o homem obtém pela prece o concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e, com esse propósito, inspiram-lhe ideias sadias.
Ele adquire, então, a força moral necessária para vencer as dificuldades e regressar ao caminho recto, caso dele se tenha afastado.
Por esse meio, ele pode também desviar de si os males que atrairia por suas próprias faltas, visto que a prece lhe propicia a força de resistir às tentações.
A fim de compreendermos em profundidade o pensamento de Kardec a respeito do tema em análise, atentemos para o texto abaixo que ele escreveu e inseriu na obra acima mencionada:
Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, n. 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira.
Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infracções às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos.
Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam.
Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder?
Ora, aqui, facilmente se concebe a acção da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta.
Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, mas, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio.
Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para não nos subjugar a vontade.
O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não.
Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus actos e o mérito da escolha entre o bem e o mal.
É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras:
"Pedi e obtereis”.
Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos?
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 12.)
Acreditamos que as explicações contidas no texto acima possam dirimir todas as dúvidas a respeito do bem que a oração sincera e fervorosa propicia às pessoas que a utilizam, confiantes na bondade e na providência divinas.
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O maior e o menor
"Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou." (João, 13:16)
Dizia Jesus estas palavras enquanto lavava os pés de seus discípulos, que naquele momento não puderam compreendê-lo.
Na verdade, traduzia ali, naquele instante, a mais bela lição de humildade.
Com esse gesto, reconhecia a infinita grandeza de Deus, ao mesmo tempo que servia a todos, sem deixar que a sua elevação espiritual ferisse a pequenez de quem quer que fosse.
Iniciantes que somos, na grande jornada da nossa própria evolução espiritual, muitas vezes nos colocamos na posição central de nossos interesses e irradiamos a nossa vontade em torno de nós, como se todos tivessem que nos servir. Gostamos de analisar as pessoas e os acontecimentos que nos cercam com o que temos dentro de nós mesmos e que podemos chamar de:
a nossa maneira particular de ver as coisas.
É como se tudo tivesse que estar limitado à nossa maneira de ver e entender.
O risco que este comportamento encerra é o de nos levar a criar caprichos e exigências que fazem com que passemos a querer ser servidos em vez de servir, alimentando assim o egoísmo, chaga que devemos eliminar e, não, cultivar.
Por ele, ao analisarmos a personalidade desta ou daquela pessoa, se o que analisarmos não confere com o que entendemos serem bons padrões, muitas vezes deixamos de amar e até de fazermos uso da maledicência.
A evolução não se faz com comparações com os padrões que achamos serem os certos, mas através da anulação de nosso personalismo e das nossas exigências para que possamos manter limpo o nosso íntimo, onde Deus possa se espelhar sem distorções.
Nenhuma circunstância nos coloca na posição de superioridade, nem ninguém é tão inferior que não seja digno de nossa atenção.
Para que a nossa luz brilhe mais ainda, devemos colaborar para aumentar a luz do próximo.
Só na doação crescemos e só conseguimos nos doar quando eliminamos o nosso eu pequeno, para podermos sentir Aquele que dirige os destinos.
Sabemos não ser tarefa fácil de realizar, mas nosso egoísmo só piora as coisas.
Se já temos condições de analisar, já temos condição de entender que ainda não somos tão perfeitos a ponto de nos acharmos superiores.
Temos, isto sim, condições de trabalhar mais o nosso querer para nos irmanarmos mais e mais.
Espelhemo-nos no exemplo do Mestre.
Esquecendo-se de si mesmo, reflectiu o querer do Pai, que, por ser Amor, se manifesta somente na forma de doação.
§.§.§- Ave sem Ninho
Dizia Jesus estas palavras enquanto lavava os pés de seus discípulos, que naquele momento não puderam compreendê-lo.
Na verdade, traduzia ali, naquele instante, a mais bela lição de humildade.
Com esse gesto, reconhecia a infinita grandeza de Deus, ao mesmo tempo que servia a todos, sem deixar que a sua elevação espiritual ferisse a pequenez de quem quer que fosse.
Iniciantes que somos, na grande jornada da nossa própria evolução espiritual, muitas vezes nos colocamos na posição central de nossos interesses e irradiamos a nossa vontade em torno de nós, como se todos tivessem que nos servir. Gostamos de analisar as pessoas e os acontecimentos que nos cercam com o que temos dentro de nós mesmos e que podemos chamar de:
a nossa maneira particular de ver as coisas.
É como se tudo tivesse que estar limitado à nossa maneira de ver e entender.
O risco que este comportamento encerra é o de nos levar a criar caprichos e exigências que fazem com que passemos a querer ser servidos em vez de servir, alimentando assim o egoísmo, chaga que devemos eliminar e, não, cultivar.
Por ele, ao analisarmos a personalidade desta ou daquela pessoa, se o que analisarmos não confere com o que entendemos serem bons padrões, muitas vezes deixamos de amar e até de fazermos uso da maledicência.
A evolução não se faz com comparações com os padrões que achamos serem os certos, mas através da anulação de nosso personalismo e das nossas exigências para que possamos manter limpo o nosso íntimo, onde Deus possa se espelhar sem distorções.
Nenhuma circunstância nos coloca na posição de superioridade, nem ninguém é tão inferior que não seja digno de nossa atenção.
Para que a nossa luz brilhe mais ainda, devemos colaborar para aumentar a luz do próximo.
Só na doação crescemos e só conseguimos nos doar quando eliminamos o nosso eu pequeno, para podermos sentir Aquele que dirige os destinos.
Sabemos não ser tarefa fácil de realizar, mas nosso egoísmo só piora as coisas.
Se já temos condições de analisar, já temos condição de entender que ainda não somos tão perfeitos a ponto de nos acharmos superiores.
Temos, isto sim, condições de trabalhar mais o nosso querer para nos irmanarmos mais e mais.
Espelhemo-nos no exemplo do Mestre.
Esquecendo-se de si mesmo, reflectiu o querer do Pai, que, por ser Amor, se manifesta somente na forma de doação.
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Ciência e Espiritismo
A Ciência, vencendo os tabus e os atavismos da ignorância, vem desvendando os mistérios da Natureza e desvelando as leis que engrandecem a vida.
O Espiritismo, rompendo os véus do preconceito e das superstições, penetra no âmago das questões intrincadas do existir, revelando o mundo causal e invisível de onde procede e para onde retorna a vida real.
A Ciência, colocando as suas sondas e lâminas no macro como no microcosmo, interpreta os enigmas da criação e explica os fenómenos da vida organizada da Terra.
O Espiritismo, trabalhando com as forças parafísicas do ser, desdobra para o homem a ética-moral de comportamento que o conduz à felicidade mediante a correta utilização dos recursos que lhe estão à disposição.
A Ciência prolongou a vida humana, modificou a paisagem do planeta, propiciou comodidades, facultou altos voos para a inteligência e para a imaginação.
O Espiritismo demonstrou que a longevidade física, por mais larga, é sempre breve ante a eternidade do ser espiritual, trabalhando o homem para usar as conquistas da tecnologia sem perder ou menosprezar os títulos da dignidade e do amor.
No auge das incursões da Ciência no embelezamento da vida e explicação das leis universais, Challemel-Lacour exclamou:
"Ciência e razão, eis os meus deuses", provocando, na Academia de Letras de Paris, vivos aplausos por parte dos utopistas e gozadores.
Logo depois, no mesmo recinto, Francis Chalmers, após reflexões profundas, afirmou:
"Não conheço um só exemplo que comprove o êxito da ciência enxugando as lágrimas que nascem no coração".
A Ciência, sem o suporte da fé religiosa, que se estriba no fato e na razão, perde-se em devaneios, detectando os efeitos que não bastam para explicar a realidade dos fenómenos.
Negando Deus, a Causa Fundamental, não logra preencher o vazio da emoção, nem enxugar as lágrimas do coração.
Certamente que anestesia a dor, corrige imperfeições, elucida problemas, no entanto não consola o amor que se sente frustrado ante a ingratidão, o crime, a saudade de quem se transferiu do corpo para a Vida...
Nem consegue equacionar os dramas do sentimento, da afectividade, as aptidões e tendências dos destinos humanos...
O Espiritismo é o elo de segurança entre a ciência e a religião, a fé e a razão, a virtude e a acção.
Aprofundando-se nas origens da própria vida, o Espiritismo demonstra a lógica de existir, no processo de evolução e interpreta todos os problemas que se demoram como incógnitas, sem fugir à razão nem ao bom senso, antes baseando-se nestes, erigindo o edifício do saber com os alicerces do conhecimento e a argamassa da fé.
Eis por que a Ciência, sem a Religião, frustra os altos ideais do homem e a Religião, sem a Ciência como suporte, não passa de pretexto para o fanatismo, que não se justifica e sequer suporta as experiências dolorosas da própria vida.
Do livro Reflexões Espíritas, obra mediúnica psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco.
§.§.§- Ave sem Ninho
O Espiritismo, rompendo os véus do preconceito e das superstições, penetra no âmago das questões intrincadas do existir, revelando o mundo causal e invisível de onde procede e para onde retorna a vida real.
A Ciência, colocando as suas sondas e lâminas no macro como no microcosmo, interpreta os enigmas da criação e explica os fenómenos da vida organizada da Terra.
O Espiritismo, trabalhando com as forças parafísicas do ser, desdobra para o homem a ética-moral de comportamento que o conduz à felicidade mediante a correta utilização dos recursos que lhe estão à disposição.
A Ciência prolongou a vida humana, modificou a paisagem do planeta, propiciou comodidades, facultou altos voos para a inteligência e para a imaginação.
O Espiritismo demonstrou que a longevidade física, por mais larga, é sempre breve ante a eternidade do ser espiritual, trabalhando o homem para usar as conquistas da tecnologia sem perder ou menosprezar os títulos da dignidade e do amor.
No auge das incursões da Ciência no embelezamento da vida e explicação das leis universais, Challemel-Lacour exclamou:
"Ciência e razão, eis os meus deuses", provocando, na Academia de Letras de Paris, vivos aplausos por parte dos utopistas e gozadores.
Logo depois, no mesmo recinto, Francis Chalmers, após reflexões profundas, afirmou:
"Não conheço um só exemplo que comprove o êxito da ciência enxugando as lágrimas que nascem no coração".
A Ciência, sem o suporte da fé religiosa, que se estriba no fato e na razão, perde-se em devaneios, detectando os efeitos que não bastam para explicar a realidade dos fenómenos.
Negando Deus, a Causa Fundamental, não logra preencher o vazio da emoção, nem enxugar as lágrimas do coração.
Certamente que anestesia a dor, corrige imperfeições, elucida problemas, no entanto não consola o amor que se sente frustrado ante a ingratidão, o crime, a saudade de quem se transferiu do corpo para a Vida...
Nem consegue equacionar os dramas do sentimento, da afectividade, as aptidões e tendências dos destinos humanos...
O Espiritismo é o elo de segurança entre a ciência e a religião, a fé e a razão, a virtude e a acção.
Aprofundando-se nas origens da própria vida, o Espiritismo demonstra a lógica de existir, no processo de evolução e interpreta todos os problemas que se demoram como incógnitas, sem fugir à razão nem ao bom senso, antes baseando-se nestes, erigindo o edifício do saber com os alicerces do conhecimento e a argamassa da fé.
Eis por que a Ciência, sem a Religião, frustra os altos ideais do homem e a Religião, sem a Ciência como suporte, não passa de pretexto para o fanatismo, que não se justifica e sequer suporta as experiências dolorosas da própria vida.
Do livro Reflexões Espíritas, obra mediúnica psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco.
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Xô, desconfiança! A vida ensina
Depois da Copa do Mundo no Brasil parece que aumentou ainda mais a desconfiança no país, no futebol, na economia, nos políticos e governadores e, especialmente, nas pessoas.
Uma pesquisa recente demonstra que 62% dos brasileiros têm pouca ou nenhuma confiança em outras pessoas, e isto é um gatilho para o isolamento social.
Aqui apresento alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou numa conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola.
O primeiro deles é que vivemos num mundo de oportunidades, mas também de dificuldades e problemas que precisam de solução em cada dia de nossas vidas.
A vida não é fácil, acostume-se com isso.
Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da tua posição social.
Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
Outra recomendação dele sobre o estudo e trabalho:
estudar é uma coisa, vivenciar é outra bem diferente.
Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns nerds ou babacas).
Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.
Se você acha teu professor rude, espere até ter um Chefe.
Ele não terá pena de você.
Quantos jovens que não criticam os pais, pelos seus próprios enganos, e chegam mesmo a dizer quando contrariados que não pediram para nascer, veja o que diz o empresário mais rico dos Estados Unidos:
Se você fracassar, não é culpa de seus pais.
Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
A desconfiança é um estado patológico que se manifesta na esquizofrenia e na dependência química, em especial durante os surtos que acometem seus portadores.
As duas doenças são caracterizadas por um desequilíbrio na síntese de dopamina, o que favoreceria a liberação de testosterona e, em consequência, de vasopressina.
Mas você pode buscar a confiança, e dois passos são dos mais importantes, crer em Deus e ter uma espiritualidade.
A medicina já está nos dizendo se você não quer adoecer, confie.
Veja essa recomendação do doutor Dráuzio Varella:
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Recordo aqui uma mensagem de autor desconhecido que diz:
CONFIE...
As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.
E finalizo esta crônica com estas recomendações para sua saúde física, emocional e espiritual:
SE VOCÊ NÃO QUER ADOECER
Fale de seus sentimentos
Tome decisões
Busque soluções
Não viva de aparências
Aceite-se
Não viva sempre triste
Não invente problemas ou queira sempre ter razão
Confie.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e director da Comunidade Psicossomática Nova Consciência.
§.§.§- Ave sem Ninho
Uma pesquisa recente demonstra que 62% dos brasileiros têm pouca ou nenhuma confiança em outras pessoas, e isto é um gatilho para o isolamento social.
Aqui apresento alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou numa conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola.
O primeiro deles é que vivemos num mundo de oportunidades, mas também de dificuldades e problemas que precisam de solução em cada dia de nossas vidas.
A vida não é fácil, acostume-se com isso.
Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da tua posição social.
Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
Outra recomendação dele sobre o estudo e trabalho:
estudar é uma coisa, vivenciar é outra bem diferente.
Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns nerds ou babacas).
Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.
Se você acha teu professor rude, espere até ter um Chefe.
Ele não terá pena de você.
Quantos jovens que não criticam os pais, pelos seus próprios enganos, e chegam mesmo a dizer quando contrariados que não pediram para nascer, veja o que diz o empresário mais rico dos Estados Unidos:
Se você fracassar, não é culpa de seus pais.
Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
A desconfiança é um estado patológico que se manifesta na esquizofrenia e na dependência química, em especial durante os surtos que acometem seus portadores.
As duas doenças são caracterizadas por um desequilíbrio na síntese de dopamina, o que favoreceria a liberação de testosterona e, em consequência, de vasopressina.
Mas você pode buscar a confiança, e dois passos são dos mais importantes, crer em Deus e ter uma espiritualidade.
A medicina já está nos dizendo se você não quer adoecer, confie.
Veja essa recomendação do doutor Dráuzio Varella:
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Recordo aqui uma mensagem de autor desconhecido que diz:
CONFIE...
As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.
E finalizo esta crônica com estas recomendações para sua saúde física, emocional e espiritual:
SE VOCÊ NÃO QUER ADOECER
Fale de seus sentimentos
Tome decisões
Busque soluções
Não viva de aparências
Aceite-se
Não viva sempre triste
Não invente problemas ou queira sempre ter razão
Confie.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e director da Comunidade Psicossomática Nova Consciência.
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