LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Apostilas da Vida (Parte 5)

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 15, 2017 7:22 pm

Continuamos o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986.

Questões preliminares

A. O que faz a vida florir e frutificar?
O trabalho infatigável; a confiança que nunca se abate; a fonte do entendimento que não seca; a bondade que nunca descrê da Providência Divina e, sobretudo, o amor incessante – eis o que faz a vida florir e frutificar, em toda parte, em pensamentos, palavras, atitudes e actos de renovação com o Senhor, nosso guia e modelo.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)

B. Que é preciso para subirmos e convivermos com a luz?
Se é isso que almejamos, faz-se necessário abandonar o vale das sombras em que o nosso coração vem palpitando há tanto tempo.
Melhoremos tudo, para que tudo melhore ao redor de nossos passos.
É imprescindível a nossa renovação, para acompanharmos, tanto quanto possível, o voo deslumbrante dos espíritos que nos renovam e evoluem.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)

C. É correcto dizer que todos somos dínamos pensantes?
Sim. Pelo menos, é isso que afirma André Luiz.
Todos somos dínamos pensantes. Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los, constantemente. Em face disso, nossas atitudes e deliberações, costumes e emoções criam cargas eléctricas de variadas expressões.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)

Texto para leitura

80. No grupo da fraternidade – No grupo da fraternidade, o coração está sempre disposto a servir.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
81. Em seu santuário a alma do irmão não indaga; não desconfia, não fere; não perturba, não humilha; não se exonera do dever de auxiliar a todos.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
82. Não se afasta dos infelizes, para que o esquema de Cristo se cumpra, nos mais necessitados.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
83. Não reclama; não desanima; não se revolta; não chora perdendo tempo; não asila pensamentos envenenados; não destrói as horas em palestras inúteis; não exibe braços inertes; não mostra o rosto sombrio; não cultiva o espinheiro do ciúme; não cava o abismo da discórdia.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
84. Não dá pasto à vaidade; não se julga superior; não se adorna com as inutilidades do orgulho; não se avilta com a maledicência; não se ensoberbece não foge à paciência e à esperança para confiar-se às trevas da indisciplina e da perturbação, porque o companheiro da fraternidade, em si mesmo, é perdão vivo e constante.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
85. O trabalho infatigável; a confiança que nunca se abate; a fonte do entendimento que não seca; a bondade que nunca descrê da Providência Divina e, sobretudo, o amor incessante – tudo faz a vida florir e frutificar, em toda parte, em pensamentos, palavras, atitudes e actos de renovação com o Senhor que, aceitando a Manjedoura, nos ensinou a simplicidade na grandeza e, imolando-se na Cruz, exemplificou o sacrifício supremo, pela felicidade de todos, até o fim da permanência entre os homens.
(Apostilas da Vida – No grupo da fraternidade.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 15, 2017 7:22 pm

86. Reuniões de materializações – Se você pretende cooperar no apostolado da revelação, materializando os benfeitores do Céu no caminho dos homens, desmaterialize a própria vida, para que as suas forças se aperfeiçoem auxiliando com eficiência na obra renovadora do Céu, em benefício da Humanidade.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
87. Reajuste os seus hábitos e eduque as suas manifestações de sentimento e pensamento, adaptando-se, quando possível, ao padrão de vida mais alta que o ministério dessa natureza reclama, em qualquer parte.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
88. Em assembleias dessa ordem, cada visitante ou assistente irradia as ondas vitais em cuja intimidade se coloca.
O frasco de perfume esparge o aroma sublime de que se paz portador.
O vaso de detritos fornece as emanações desagradáveis que lhe correspondem.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
89. Outra não é situação de cada companheiro na reunião que se disponha a receber as demonstrações do Plano Espiritual.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
90. Se você aspira à subida para conviver com a luz, não se negue ao esforço de abandonar o vale das sombras em que o nosso coração vem palpitando há tanto tempo.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
91. Melhore tudo, dentro de você, para que tudo melhore ao redor de seus passos.
Lembre-se de que as dificuldades impostas ao nosso roteiro pelos que não nos compreendem, não devem ser a norma de vida para nós.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
92. É imprescindível a nossa renovação, para acompanharmos, tanto quanto possível, o voo deslumbrante dos espíritos que nos renovam e evoluem.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
93. Há pequeninos prazeres que, à maneira dos micróbios violentos ou perseverantes que nos desintegram o envoltório físico, nos intoxicam a alma e nos destroem as melhores esperanças.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
94. Todos somos dínamos pensantes, nos mais remotos ângulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a Imortalidade por meta sublime. Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los, constantemente.
Nossas atitudes e deliberações, costumes e emoções criam cargas eléctricas de variadas expressões.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
95. Reflictamos nisso e estaremos habilitados a colaborar com as manifestações dos nossos amigos e mentores da Espiritualidade.
(Apostilas da Vida – Reuniões de materializações.)
96. Despertamento – Busquemos ouvir a palavra daqueles que nos antecederam na ascensão à Vida Superior, mas, antes disso, comuniquemo-nos com os “mortos da Terra”, adensando a assembleia de ouvintes, à frente da mensagem da vida imortal.
(Apostilas da Vida – Despertamento.)
97. Acordemos, com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que adormeceram na jornada e guardam o coração rígido ou indiferente.
(Apostilas da Vida – Despertamento.)
98. Levantemos aqueles que transformaram a existência em cemitério de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo; os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo esterilizante; os que converteram os bens do mundo em adornos frios e inúteis; os que transformaram o jardim em que respiram num túmulo florido e os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando o alheio infortúnio, porque há mais morte no caminho humano que no próprio sepulcro, para onde vos dirigis, procurando a revelação da verdade.
(Apostilas da Vida – Despertamento.)
99. Estendamos braços vivos e corações ardentes aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade ou no altar efémero de fantasiosas prerrogativas.
A Terra espera por nós.
Trabalhemos, acordando os nossos irmãos do quotidiano, na renovação substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem, porque a própria natureza é luz triunfante e todos somos herdeiros da Vida Universal.
(Apostilas da Vida – Despertamento.)

(Continua na próxima edição.)

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 16, 2017 10:17 am

Astolfo O. de Oliveira Filho

O leitor Luiz L. Marins, em mensagem publicada na secção de Cartas desta mesma edição, escreveu-nos o seguinte:
Gostaria de saber se um epiléptico, após o desencarne, continuaria ou não a ter convulsões.
Haveria literaturas sobre isso?
Como é o tratamento espiritual de epiléptico recém-chegado na colónia espiritual?

Já li várias obras espíritas, mas nenhuma tem esta resposta.
Há enfermidades que, como sabemos, se prolongam na vida de além-túmulo, caso suas verdadeiras causas não se encontrem erradicadas.
Assim, a resposta mais adequada à questão inicial é: Depende.
Há casos em que a cura da epilepsia se encerra durante o processo reencarnatório e há outros em que, mantidas as causas que determinaram o processo, a problemática prossegue na vida de além-túmulo.
Claro que não vamos encontrar explicação específica nas obras fundamentais da doutrina espírita, mas apenas em obras mediúnicas mais recentes, da lavra dos médiuns Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco.
O caso Marcelo, relatado por André Luiz em seu livro No Mundo Maior, pode ajudar o leitor na elucidação das dúvidas apresentadas.
Eis um resumo de sua história, conforme informações prestadas pelo instrutor Calderaro:
1. Marcelo possuía, como quase todos nós, um pretérito intensamente vivido nas paixões e excessos da autoridade.
Senhor de vigorosa inteligência, planou em altos níveis intelectuais, de onde nem sempre desceu para confortar ou socorrer.
Portador de vários títulos honoríficos, muitas vezes os esqueceu, precipitando-se na vala comum dos caprichos criminosos.
Chegada a época da colheita, experimentou sofrimentos atrozes.
Inúmeras vítimas o esperavam além do sepulcro, e arremeteram contra ele, retendo-o longo tempo nas regiões inferiores, onde saciaram velhos propósitos de vingança, seviciando-lhe a organização perispiritual.
2. Em plena sombra de consciência, Marcelo rogou, chorou e penitenciou-se por vastos anos.
Por mais que suplicasse e por muito que insistissem os elementos intercessórios, a ansiada libertação demorou muitíssimo, porque o remorso é sempre o ponto de sintonia entre o devedor e o credor, e ele trazia a consciência fustigada de remorsos cruéis.
Os desequilíbrios perispiríticos flagelaram-no, assim, logo que atravessou o pórtico do túmulo, obstinando-se anos a fio.
3. Reportando-se ao caso Marcelo e, especificamente, à epilepsia, Calderaro explicou que o fenómeno epileptoide raramente ocorre por meras alterações no encéfalo, pois, geralmente, é enfermidade da alma, independente do corpo físico, que apenas regista, nesse caso, as acções reflexas.
Céu e inferno, em essência, são estados conscienciais; se alguém agiu contra a Lei, ver-se-á dentro de si mesmo em processo rcetificador, tanto tempo quanto seja necessário.
Assim como há inúmeras enfermidades para as desarmonias do corpo, há outras inúmeras para os desvios da alma.
4. Depois de muitos padecimentos, Marcelo viu clarearem-se seus horizontes internos, tendo afinal logrado entender-se com prestimoso orientador espiritual, a quem se ligara no passado remoto.
Ele o socorreu e amparou e contou-lhe que seus familiares mais queridos já se encontravam de novo encarnados, em testemunhos e labores dignificantes.
Foi assim que retornou à esfera carnal e reiniciou o aprendizado.
Preocupava-se agora, sinceramente, em reajustar as preciosas qualidades morais, caracterizando-se, desde menino, pela bondade e obediência, docilidade e ternura naturais.
5. Passara a infância tranquilo, embora espreitado continuamente por antigos perseguidores invisíveis.
Contudo, logo que ultrapassou os catorze anos de idade, Marcelo passou a rememorar os fenômenos vividos, e surgiram as chamadas convulsões epilépticas com certa intensidade.


Última edição por Ave sem Ninho em Seg Out 16, 2017 10:20 am, editado 1 vez(es)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 16, 2017 10:18 am

O rapaz, todavia, encontrou imediatamente os antídotos necessários, refugiando-se na "residência dos princípios nobres", ou seja, na região mais alta da personalidade, pelo hábito da oração, pelo entendimento fraterno, pela prática do bem e pela espiritualidade superior.
Limitou, assim, a desarmonia neuropsíquica e reduziu a disfunção celular, reconquistando o próprio equilíbrio, dia a dia.
6. Esforçando-se e atendendo às sugestões daqueles que o beneficiavam, Marcelo vinha sendo o médico de si mesmo, única fórmula em que o enfermo pode encontrar a própria cura.
Dispensava com isso a terapêutica dos hipnóticos e dos choques, a qual, provocando estados anormais no organismo perispirítico, quase sempre nada consegue senão deslocar os males, sem os combater nas origens.
7. Certo dia, Marcelo recolheu-se ao seu quarto e, em breves minutos, afastou-se do corpo denso e foi ter com Calderaro, a quem saudou com especial carinho.
Ele mostrava profunda lucidez e estava feliz. Daí a pouco, porém, dois vultos sombrios cautelosamente se aproximaram do grupo.
Pareciam dois transeuntes desencarnados.
Marcelo empalideceu, levou a destra ao peito e arregalou os olhos desmesuradamente.
Suas ideias pareciam embaralhar-se no cérebro e foi nesse estado que, desprendendo-se, célere, da companhia de Calderaro, correu desabalado, retornando ao corpo físico.
O Instrutor explicou que a simples reaproximação de inimigos do passado alterava-lhe as condições mentais.
Receoso e aflito, temia o regresso à situação dolorosa em que se viu, há muitos anos, nas esferas inferiores, e buscava, assim, o corpo físico, à maneira de alguém que se escondia em casa, em face de uma tempestade iminente.
8. Depois que André Luiz o abraçou como a um filho querido, a crise amainou.
Ficara, porém, a dúvida: por que tal distúrbio, se ali no quarto só estavam Marcelo, André Luiz e Calderaro?
André passou, então, a observar o cérebro de Marcelo.
A luz habitual dos centros endócrinos empalidecera; somente a epífise emitia raios anormais.
No encéfalo o desequilíbrio era completo.
Os vários centros motores, inclusive os da memória e da fala, jaziam desorganizados, inânimes.
Marcelo-espírito contorcia-se de angústia, justaposto ao Marcelo-forma, encarcerado na inconsciência orgânica, presa de convulsões que confrangiam André.
Calderaro aplicou-lhe passes; Marcelo aquietou-se; refez-se a actividade cerebral; as células nervosas retomaram sua tarefa.
O rapaz caiu então em profundo sono, pois o Instrutor entendeu conveniente proporcionar-lhe maior repouso.
9. Calderaro fitou André Luiz e perguntou se ele se lembrava dos reflexos condicionados de Pavlov.
O caso de Marcelo verificava-se em consonância com os mesmos princípios.
No passado, ele errou de muitos modos e o remorso guardou-lhe a consciência, entregando-o aos seus inimigos nos planos inferiores e conduzindo-o à colheita dos espinhos que semeara.
Em face desses desvios, perambulou desequilibrado, de alma doente, exposto à dominação das antigas vítimas, desarranjando os centros perispirituais e enfermando-os para muito tempo.
Eis a explicação da crise epiléptica.
10. Na verdade, Marcelo tinha registada no perispírito a lembrança fiel dos atritos experimentados fora do veículo denso.
"As zonas motoras de Marcelo, em razão disso – salientou o atencioso orientador –, simbolizando a moradia das forças conscientes, em sua actualidade de trabalho, constituem uma região perispiritual em convalescença, quais as sensíveis cicatrizes do corpo físico.
Ao se reaproximar de velhos desafectos, o rapaz, que ainda não consolidou o equilíbrio integral, sujeita-se aos violentos choques psíquicos, com o que as emoções se lhe desvairam, afastando-se da necessária harmonia."
A mente desorientada abandona o leme da organização perispirítica e dos elementos fisiológicos, assume condições excêntricas, dispersa as energias, em movimentos desordenados.


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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 16, 2017 10:19 am

Essas energias passam, então, a atritar-se e a emitir radiações de baixa frequência, aproximadamente igual à da que lhe incidia do pensamento alucinado de suas vítimas.
Daí às convulsões, era um passo.
11. O caso de Marcelo mostrava ser impossível pretender a cura dos alienados mentais e dos chamados loucos à força de processos exclusivamente objectivos.
É indispensável penetrar a alma, devassar o cerne da personalidade, melhorar os efeitos socorrendo as causas; por conseguinte, não se restauram corpos doentes sem os recursos do Médico Divino das almas, que é Jesus Cristo.
Os fisiologistas farão muito, tentando rectificar a disfunção das células; no entanto, é mister intervir nas origens das perturbações.
O caso em pauta era tão somente um dos múltiplos aspectos do fenómeno epileptoide, mas esse desequilíbrio perispiritual assinala-se por gradação demasiado complexa.
A confirmação da teoria dos reflexos condicionados não se aplica exclusivamente a ele.
Há milhões de pessoas irascíveis que, pelo hábito de se encolerizarem facilmente, viciam os centros nervosos fundamentais pelos excessos da mente sem disciplina, convertendo-se em portadores do "pequeno mal", em dementes precoces, em neurastênicos de tipos diversos ou em doentes de franjas epilépticas, que andam por aí, submetidos à hipoglicemia insulínica ou ao metrazol, quando a educação mental, para a correcção das próprias atitudes internas no ramerrão da vida, lhes seria tratamento mais eficiente e adequado, pois regenerativo e substancial.
12. Isso não significa que todos os doentes, sem excepção, possam dispensar o concurso dos choques renovadores.
O que se deseja salientar é que o homem, pela sua conduta, pode vigorar a própria alma, ou lesá-la.
"O carácter altruísta, que aprendeu a sacrificar-se para o bem de todos, estará engrandecendo os celeiros de si mesmo, em plena eternidade; o homicida, esparzindo a morte e a sombra em sua cercania, estabelece o império do sofrimento e da treva no próprio íntimo", acrescentou Calderaro.
(Cf. cap. 8 do livro No Mundo Maior, de André Luiz, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.)
Outra obra importante que focaliza situações semelhantes que se reflectem na vida dos enfermos da alma no além-túmulo é Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo Franco e publicada em 2001.
Essa obra apresenta-nos a narração de várias vidas e suas histórias reais.
As experiências nela relatadas foram vivenciadas no Hospital Esperança, situado na esfera espiritual, no qual se encontram internados inúmeros irmãos falidos e comprometidos com o próximo, em lamentáveis estados de perturbação, após haverem abandonado os compromissos nobres que substituíram pela alucinação e pelo transtorno moral que se permitiram.
Nesse Nosocômio Espiritual encontram-se recolhidos especialmente pacientes que foram espiritistas fracassados, os quais são ali tratados graças à magnanimidade do benfeitor Eurípedes Barsanulfo, que o ergueu.
Aprendemos com as lições contidas nas duas obras mediúnicas que mencionamos que qualquer tipo de enfermidade tem no Espírito a sua origem, em face da conduta mental, emocional e moral que ele se permite, produzindo transtorno vibratório que se reflectirá na área correspondente do corpo perispiritual, e mais tarde no físico.
“Somente agindo-se no mesmo nível e campo, propondo-se simultaneamente a mudança de atitude psíquica e comportamental do paciente, se pode aguardar resultados satisfatórios na correspondente manifestação da saúde.”
(Cf. Tormentos da Obsessão, cap. 2 – O Sanatório Esperança.)

Ainda sobre o tema epilepsia sugerimos ao leitor e demais interessados que leiam, quando for possível, os seguintes textos publicados nesta revista:
a) Estudo do livro No Mundo Maior, de André Luiz, parte 11
b) “Nas fronteiras da epilepsia”, artigo de autoria do Dr. Nubor Orlando Facure

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty O caminho do entendimento

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 16, 2017 7:45 pm

“Como vocês demoram a entender e a crer em tudo o que os profetas disseram...”
(Jesus)

Caminhando pela estrada de Emaús, os discípulos conversavam com o Mestre; mesmo assim, tiveram dificuldade em identificá-lo com a razão, mas era como se o coração se lhes queimasse no peito quando Jesus lhes explicava as passagens das Escrituras Sagradas que Dele falavam.
Caminhamos rumo a um entendimento maior da vontade de Deus, mas muitas coisas que ouvimos falar, embora falem fundo em nosso coração, são difíceis de serem aceitas de imediato, ainda que, se o fossem, se transformariam em um bálsamo para o nosso íntimo.
Achamos que a morte é uma coisa irremediável e por isso sofremos quando nos deparamos com ela, a entendemos como se fosse uma porta que se fechasse à nossa frente, fazendo uma barreira intransponível entre nós e o nosso ente que se foi, tornando irremediável a separação.
Mais do que a ausência, a sensação de que talvez não mais o encontremos faz com que a saudade e a dor aumentem.
Entretanto, ouçamos o Mestre:
"Porque vocês demoram a crer?"
Em outras palavras:
"Se Eu tivesse efectivamente sido morto na forma que crêem, como poderia estar aqui falando com vocês?"
Definitivamente, devemos acreditar na nossa eternidade.
Somos seres indestrutíveis em evolução permanente, rumo à Sabedoria e ao Amor universais.
À nossa frente se descerra, não a morte e a separação, mas a Luz e a união permanente com os nossos e com todos os demais seres que compõem a Criação Divina.
Sabendo-nos eternos e que evoluímos para a perfeição, fácil nos será compreender a responsabilidade para connosco mesmos e para com os outros e ao mesmo tempo avaliar o teor de nossas acções, se elas são orientadas para o amor e se geram harmonia.
A consciência nos indicará quando estivermos falhando e nos pedirá que passemos pela mesma situação, a fim de ficarmos em paz connosco mesmos.
Ao abrirmos a mente a estas verdades, passamos a valorizar mais os ensinamentos de Jesus que, mostrando a eternidade da vida, o valor do perdão e do amor, permitem-nos corrigir a nossa conduta.
Ao entendermos a inexistência da separação, ficamos alegres por sabermos que os que connosco conviveram continuam ao nosso lado e nos tornamos cautelosos em fazer inimizades, pois, pela mesma razão, também compreendemos que os inimigos não se separam de nós.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Jesus e actualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 17, 2017 9:48 am

Hoje, sabe a Física que a luz é uma forma de energia e que todas as coisas criadas são composições energéticas, vibrando em ondas características.

Disse o Cristo: «Brilhe vossa luz».
Começa a magnetologia a provar cientificamente a reencarnação.
Elucidou o Senhor:
«Necessário vos é nascer de novo».
Conclui a medicina que o homem precisa desembaraçar-se de tudo o que lhe possa constituir motivo à cólera ou tensão, em favor do próprio equilíbrio.
Ensinou Jesus, por fórmula de paz e protecção terapêutica:
«Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos façam mal e orai pelos que vos perseguem e caluniam».
Afirma a psicanálise que todo desejo reprimido marca a personalidade à feição de recalque.
Aclarou o Divino Mestre:
«Não é o que entra na boca do homem o que lhe torna a vida impura, mas o que lhe sai do coração».
A penologia transforma os antigos cárceres de tortura em escolas de educação e de reajuste.
Proclamou o Eterno Amgo:
«Misericórdia quero e não sacrifício, porque os sãos não necessitam de médico».
A sociologia preceitua o trabalho para cada um, na comunidade, como simples dever.
Informou Jesus:
«Quem dentre vós deseje a posição de maior seja o servo de todos».
A política de ordem superior exige absoluta independência entre o Estado e as crenças do povo.
Falou o Cristo:
«Dai a César o que a César compete, e a Deus o que a Deus pertence».
A astronáutica examina o campo físico da Lua e dirige a atenção para a vida material em outros planetas.
Anunciou o Mestre dos mestres:
«Na casa de meu Pai há muitas moradas».
A unidade religiosa caminha gradativamente para o culto da assistência social e da oração, acima dos templos de pedra.
Asseverou o Emissário Sublime:
«Nossos antepassados reverenciavam a Deus no alto dos montes, e dizeis agora que Jerusalém é o lugar adequado a isso, mas tempos virão em que os verdadeiros religiosos adorarão a Deus em espírito, porque o Pai procura os que assim o procuram».
A navegação rápida e a aviação, o telefone e o rádio, o cinema e a televisão, apesar das faixas de sombra espiritual que por enquanto lhes obscurecem os serviços, indicam a todos os povos um só caminho — a fraternidade.
Recomendou o Senhor:
«Amai-vos uns aos outros como eu vos amei».

Eis por que a Doutrina Espírita nos reconduz ao Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o Sol Moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã.

Do livro Religião dos Espíritos, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty O paradigma espiritual

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 17, 2017 8:22 pm

Recentemente o renomado académico americano Jeffrey Pfeffer, professor da Universidade de Stanford, externou um pensamento instigante acerca dos dilemas que a humanidade vem enfrentando na actualidade.
Segundo ele, se desejamos criar ou construir um mundo pautado por valores humanísticos - em contraste com o pensamento reinante baseado em valores de natureza económica e materialista - nós precisamos entender melhor a razão do dinheiro representar um papel tão preponderante em nosso mundo, assim como identificar que tipos de intervenções poderiam mudar a visão predominante de sucesso e status.
Com efeito, a preocupação de Pfeffer é, além de altamente pertinente, urgente tendo-se em vista o bem geral da humanidade.
Embora a nossa civilização já tenha atingido um nível expressivo de progresso tecnológico e material, especialmente nos últimos 150 anos, ainda não conseguimos desenvolver mecanismos eficientes para a diminuição das desigualdades e injustiças.
Assim sendo, é absolutamente claro que o desejo insaciável de ter e acumular tem sido a geratriz de graves distorções sociais e espirituais.
Há Espíritos presentemente encarnados com alto grau de inteligência e inesgotáveis capacidades de empreender, inovar e, por extensão, gerar riquezas, mas sem a mínima noção, por exemplo, de compartilhamento.
Essa minoria demonstra possuir um egoísmo – raiz de todos os males – incomensurável.
Para ilustrar o raciocínio, a OXFAM do Brasil assevera que apenas 8 bilionários detêm a mesma riqueza que as 3,6 biliões de pessoas mais pobres no mundo.
É também deveras preocupante observar que um em cada cinco jovens está desempregado na América Latina, conforme informa a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Dadas as contínuas divulgações de dados negativos nessa área, é possível vislumbrar a enorme dificuldade que esse grupo terá para sobreviver.
Não bastasse isto, a crítica área do trabalho passa por profundas transformações decorrentes da automação de processos e do avanço, de modo geral, da tecnologia da informação e cujas consequências são imprevisíveis.
Vale salientar ainda a relação primitiva do homem com o meio ambiente.
Nesse sentido, o jornalista André Trigueiro denunciou num artigo na Folha de São Paulo que no exíguo período de 16 anos (2000-2016) o Brasil perdeu aproximadamente 190 mil quilómetros quadrados de áreas verdes.
Tal cifra significa simplesmente quatro vezes a extensão do Estado do Rio de Janeiro.
Aparentemente, não há argumento que possa tocar no coração ou consciência dos agricultores e demais exploradores da terra.
Ademais, as preocupantes mudanças climáticas não lhes inspiram clemência a favor da mãe natureza ou mesmo em relação ao futuro da sua prole.
Em resumo, a humanidade caminha a passos largos para a configuração de um quadro geral de desestabilização e desarmonia em razão do predomínio do paradigma material.
Em outras palavras, as questões económico-financeiras assumiram um papel assombroso em nosso mundo.
Elas deixaram de ser um meio para se tornar um fim.
Por essa razão, “Selvageria, abastardamento do carácter e da inteligência, neuroses e psicoses atestam, em incontrolável desdobramento, a via calamitosa por onde segue o homem...”, conforme pondera o Espírito Joanna de Ângelis, na obra Dimensões da Verdade (psicografia de Divaldo P. Franco)
Posto isto, torna-se imperativo reflectir sobre as decisões que temos tomado e mudar enquanto há tempo.
Se há uma infinidade de mazelas próprias dos tempos transitórios em que vivemos, também há caminhos alternativos que nos remetem ao reencontro com a nossa essência divina.
Portanto, é chegado o momento de recordarmos lições esquecidas que nos oferecem uma solução duradoura e sensata.
Como apropriadamente lembra Joanna de Ângelis, há mais de dois mil anos Jesus, “o Educador por Excelência” prescreveu-nos a necessidade de nos amarmos uns aos outros, mas “como os homens olvidaram a fórmula eficaz para se manterem dignos...” criamos os lamentáveis problemas do presente que batem à nossa porta insistentemente.
Desse modo, é hora da alma humana assimilar os valores universais para ascender à glória de Deus.
É hora de externarmos virtudes tais como a compaixão, misericórdia, solidariedade, fraternidade, respeito, empatia, amizade, alteridade e, sobretudo, o amor.
É hora de iniciar a mudança interior tão apregoada pelos emissários divinos.
É hora, enfim, de ter a coragem de viver sob as directrizes do paradigma espiritual que Jesus tão bem nos ensinou:
“Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem”
(Lucas, 9:26).

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Deus na Natureza (Parte 5)

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2017 9:11 am

Camille Flammarion

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.

Questões preliminares

A. Flammarion enumera nesta obra os três grandes erros de que abusavam em sua época os materialistas.
Qual o primeiro deles?

O primeiro erro geral dos materialistas é imaginar que, pelo facto de existir Deus, importa atribuir-lhe uma vontade caprichosa e não constante e imutável, em sua perfeição.
A imutabilidade das leis de Deus seria, portanto, para eles um equívoco e não um atributo, uma qualidade.
Flammarion assim se referiu a tal pensamento:
“É um raciocínio extravagante que cai pela base.
A nós nos parece, pelo contrário, que a inteligência notória nas leis da Natureza demonstra, no mínimo, a inteligência da causa a que se devem essas leis, que são, elas mesmas, precisamente a expressão imutável dessa inteligência eterna.
E não será algo ridículo pretender que essa causa deixe de existir, pelo motivo do íntimo acordo com essas mesmas leis?”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)

B. Qual o segundo erro dos defensores do materialismo mencionado nesta obra?
O segundo erro geral, não menos funesto que o precedente, é acreditar que, para existir Deus, importa colocá-lo fora do mundo.
Flammarion contesta essa ideia.
Eis suas palavras:
“Não vemos pretexto algum racional que possa justificar uma tal necessidade”.
“Não fosse temer a pecha de panteísta e ajuntaríamos que Deus é a alma do mundo.
O Universo vive por Deus, assim como o corpo obedece à alma.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)

C. Conforme o pensamento de Flammarion, qual era o terceiro erro cometido pelos materialistas?
Erro considerado capital e imperdoável, sobretudo da parte dos que se dizem cientistas, é afirmar algo sem provas.
Coisas sobre as quais a verdadeira Ciência silencia, eles afirmam, de modo categórico, como se houvessem assistido aos concelhos da Criação, ou como se fossem os próprios autores dela.
Neste livro Flammarion transcreve várias das afirmativas enunciadas sem nenhum suporte na experiência, como exige o método científico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)

Texto para leitura

89. Examinemos agora, nesta mesma visada de conjunto, quais os grandes erros que marcham de paralelo e sustentam essa conduta.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
90. O primeiro erro geral de que abusam os materialistas é imaginarem que, pelo facto de existir Deus, importa atribuir-lhe uma vontade caprichosa e não constante e imutável, em sua perfeição.
Ersted, por exemplo, sábio escrutador do mundo físico, exprimiu sensatamente as relações de Deus com a Natureza, dizendo que “o mundo é governado por uma razão eterna, cujos efeitos se manifestam nas leis da Natureza”.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2017 9:11 am

91. O Dr. Büchner opõe a esse conceito a seguinte especiosa objecção:
– “Ninguém poderia compreender como uma razão eterna, que governa, se conforme com leis imutáveis.
Ou são as leis naturais que governam, ou é a razão eterna.
Que umas ao lado de outras entrariam, a cada instante, em colisão.
Se a razão eterna governasse, supérfluas se tornariam as leis naturais e se, ao revés, governam as leis imutáveis da Natureza, elas excluem toda intervenção divina.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
92. “Se uma personalidade governa a matéria num determinado sentido – opina Moleschott – desaparece da Natureza a lei da necessidade.
Cada fenômeno se torna partilha de jogo do acaso e de uma arbitrariedade sem pelas.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
93. Havemos de convir que tal objecção é singularíssima.
É um raciocínio extravagante que cai pela base.
A nós nos parece, pelo contrário, que a inteligência notória nas leis da Natureza demonstra, no mínimo, a inteligência da causa a que se devem essas leis, que são, elas mesmas, precisamente a expressão imutável dessa inteligência eterna.
E não será algo ridículo pretender que essa causa deixe de existir, pelo motivo do íntimo acordo com essas mesmas leis?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
94. Vejamos, por exemplo, um excelente harpista:
a sua virtuosidade é tão perfeita que os acordes frementes parecem-nos identificados com a poesia da sua alma!
Diremos, então, que essa alma não existe, visto que para lhe admitir existência fora preciso que ela estivesse eventual e arbitrariamente em desacordo com as leis da Harmonia!
Essa maneira de raciocinar é tão falsa que os próprios autores que a utilizam são os primeiros a reconhecê-lo implicitamente.
Assim é que Büchner, referindo-se a milagres e ao facto de haver o clero inglês solicitado a decretação de um dia de jejum e de preces para conjurar a cólera, elogia Palmaraton por haver respondido que o surto epidêmico dependia mais de factores naturais, em parte conhecidos, e poderia melhor jugular-se com providências sanitárias, antes que com preces.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
95. Muito bem! O autor, melhor ainda, acrescenta:
“Essa resposta lhe acarretou a pecha de ateísmo e o clero declarou pecado mortal não crer pudesse a Providência transgredir, a qualquer tempo, as leis da Natureza.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
96. Mas, que singular ideia faz essa gente de Deus! Um legislador supremo a deixar-se comover por preces e soluços, a subverter a ordem imutável que ele mesmo instituiu, a violar por suas próprias mãos a actividade das forças naturais! “Todo o milagre, se existisse – diz também Cotta – provaria que a Criação não merece o respeito que lhe tributamos e os místicos deveriam deduzir, da imperfeição do criado, a imperfeição do Criador.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
97. Aí temos os adversários em contradição consigo mesmos, quando, por um lado, não querem admitir uma razão eterna em concordância de leis imutáveis, e por outro pensam conosco, que a ideia de imutabilidade ou, pelo menos, a regularidade, identifica-se muito melhor com a perfeição ideal do ser desconhecido que denominamos Deus, do que a ideia de mutabilidade e arbitrariedade, que umas tantas crenças pretendem impor-lhe.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
98. Um segundo erro geral, não menos funesto que o precedente e que por igual ilude nossos contraditores, é o de acreditarem que, para existir Deus, importa colocá-lo fora do mundo.
Não vemos pretexto algum racional que possa justificar uma tal necessidade.
E antes do mais, que significa essa ideia de uma causa soberana extramundo?
Onde os limites do mundo?
Pois o mundo, isto é, o espaço no qual se movem estrelas e terras, não é infinito por sua mesma essência?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2017 9:11 am

99. Imaginais um limite a esse mesmo espaço e supondes que ele se não renova além?
Será, então, possível traçar limites à extensão?
Onde, pois, imaginar Deus fora do mundo?
Será fora da matéria, o que se quer dizer?
Mas, que é a matéria em si? – agrupamentos de moléculas intangíveis.
Portanto, impossível determinar uma semelhante posição.
Deus não pode estar fora do mundo, mas no mesmo lugar do mundo, do qual é o sustentáculo e a vida.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
100. Não fosse temer a pecha de panteísta e ajuntaríamos que Deus é a alma do mundo.
O Universo vive por Deus, assim como o corpo obedece à alma.
Em vão pretendem os teólogos que o espaço não pode ser infinito, em vão se apegam os materialistas a um Deus fora do mundo, enquanto sustentamos que Deus, infinito, está com o mundo, em cada átomo do Universo – adoramos Deus na Natureza.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
101. Nossos adversários, no entanto, combatem insensatamente o seu fantasma.
“Não há considerar o Universo – diz Strauss – como ordenação regrada por um Espírito fora do mundo, mas, como razão imanente às forças cósmicas e às suas relações.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
102. A essa razão, chamamo-la Deus, enquanto os modernos ateístas aproveitam essa declaração para sentenciar que, em não existindo fora do mundo, é que Deus não existe.
“Tudo, – diz H. Tuttle – desde a tinha(1) que baila aos raios do Sol, à inteligência humana, que verte das massas medulosas do cérebro, está submetido a princípios fixos.
Logo, não existe Deus.”
Logo, existe – dizemos nós.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
103. “Livre é cada qual de franquear os limites do mundo visível – pondera Büchner – e de procurar fora dele uma razão que governa, uma potência absoluta, uma alma mundial, um Deus pessoal”, etc.
Mas, que é o que vos fala disso?
“Nunca, em parte alguma – diz o mesmo literato – nos mais longínquos espaços revelados pelo telescópio, pôde observar-se um facto que fizesse excepção e pudesse justificar a necessidade de uma força absoluta, operando fora das coisas.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
104. “A força não impelida por um Deus, não é uma essência das coisas isoladas do princípio material” – adverte Moleschott.
Ninguém terá visão tão limitada – afirma ele alhures – para enxergar nas ações da Natureza forças outras não ligadas a um substrato material.
Uma força que planasse livremente acima da matéria seria uma concepção absolutamente balda de sentido.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
105. Positivamente, ainda hoje existem cavaleiros errantes, à guisa dos que outrora manobravam em torno dos castelos do Reno, e de bom grado arremetem moinhos de vento.
Lídimos heróis de Cervantes, visto que, no fim de contas, qual o filósofo que hoje propugna um Deus ou forças quaisquer fora da Natureza?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
106. Vemos em Deus a essência virtual que sustenta o mundo em cada uma de suas partes microscópicas, daí resultando ser o mundo como que por ele banhado, embebido em todas as suas partes e que Deus está presente na composição mesma de cada corpo.
Dessarte, a primeira trincheira cavada pelos adversários para bloquear o Espiritualismo foi por eles mesmos entulhada; e a segunda nem sequer objetiva a cidadela, e os nossos soldados alemães não fazem mais que bater o campo.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2017 9:12 am

107. Um terceiro erro, capital e imperdoável em cientistas de certa idade, é imaginarem-se com direito de afirmar sem provas, a embalarem-se com a doce ilusão de serem os outros obrigados a acreditar sob palavra.
Coisas que a verdadeira Ciência profundamente silencia, afirmam-nas eles, categóricos.
Afirmam, como se houvessem assistido aos concelhos da Criação, ou como se fossem os próprios autores dela.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
108. Eis alguns espécimes de raciocínios, cuja infalibilidade é tão ciosamente proclamada.
Que os espíritos um tanto afeitos à prática científica se dêem ao trabalho de analisar as afirmações que se seguem.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
109. Moleschott diz que a força não é um deus que impele, não é um ser separado da substância material das coisas (quer dizer separado ou distinto?).
É a propriedade inseparável da matéria, a ela inerente de toda a eternidade.
“Uma força, não ligada à matéria, seria um absurdo.
O azoto, o carbono, o oxigénio, o enxofre e o fósforo têm propriedades que lhes são inerentes de toda a eternidade...
Logo, a matéria governa o homem.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
110. Cada uma destas afirmativas, ou negativas, é uma petição de princípios, a depender do sentido que dermos aos termos discutíveis utilizados; mas, em suma, o que elas resumem é que a força vale como propriedade da matéria.
Ora, essa é, precisamente, a questão.
Os campeões da Ciência, que pretendem representá-la e falar com e por ela, não se dignam de seguir o método científico, que é o de nada afirmar sem provas.
Nas dobras do seu estandarte, com letras douradas, estereotiparam uma legenda fulgurante, a saber:
– toda proposição não demonstrada experimentalmente só merece repúdio – e, no entanto, logo de início, esquecem a legenda.
São pregadores de uma nova espécie:
façam o que digo e não o que eu faço.
Veremos, com efeito, que, quantos afirmam que a força não impulsiona a matéria, exprimem um conceito imaginativo, nada científico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
111. Ouçamos, ainda, outras afirmativas gerais:
“A matéria – diz Dubois-Reymond – não é um veículo ao qual, à guisa de cavalos, se atrelassem ou desatrelassem alternativamente as forças.
Suas propriedades são inalienáveis, intransmissíveis de toda a eternidade.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
112. Quanto ao destino humano, eis como se exprime Moleschott:
“Quanto mais nos convencemos de trabalhar para o mais alto desenvolvimento da Humanidade, por uma judiciosa associação de ácido carbónico, de amoníaco e de outros sais, de ácido húmico e de água, mais se nobilitam a luta e o trabalho”.
E também em nosso país:
“Uma ideia – diz a Revista Médica – é uma combinação análoga à do ácido fórmico; o pensamento depende do fósforo; a virtude, o devotamento, a coragem, são correntes de electricidade orgânica”.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
113. Quem vos disse tal coisa, senhores redactores?
Olhem que os leitores hão de pensar que os vossos mestres ensinam esses gracejos, quando tal se não dá, absolutamente.
Mesmo porque, do ponto de vista científico, esses raciocínios são totalmente nulos.
De facto, não se sabe o que mais admirar em tais expoentes da Ciência:
se a singular audácia, se a ingenuidade de suas presunções.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)

(Continua no próximo número.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Perigo iminente

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 18, 2017 7:35 pm

Basílio chegara ao rancho, ao pôr do Sol.
Comeu calmamente o guisado de palmito que Emerenciana lhe dera a jantar.
Saboreou, em seguida, a pamonha bem-feita, e se dispôs a sair.
A esposa viajara na véspera, em visita a parentes. O calor abafava.
- Meren - disse à doce vovó que arranjava a cozinha -, deixe a casa aberta.
Vou até ao curral, mas já volto.
E, passo lesto, chegou ao cercado, onde a vacaria procurava descanso, mastigando o repasto.
Acariciou o bezerro da Lilinda, que nascera robusto, e melhorou a cama de palha.
Dirigiu-se, depois, ao moinho e renovou a provisão de milho para o fubá.
Ar parado. A Lua apareceu inteirinha.
Basílio visitou, não longe, a casa de Jorge, companheiro do arado, e ambos, felizes da vida, se dirigiram ao mandiocal, espantando os tatus.
Dez da noite quando voltou.
Emerenciana premia a máquina com o pé e costurava, fitando o pano com atenção pelos óculos fortes.
- Boa noite, vó - disse ele, depois de cerrar as janelas.
- Durma com Deus, meu filho.
Basílio beijou-lhe a mão encarquilhada e lhe enviou um sorriso bom.
No quarto, ouviu por alguns instantes as cigarras cantarem, perto, como se quisessem esquecer o vigor da canícula.
Não tinha sono.
Contudo, no outro dia, bem cedo, o milharal novo esperava por ele, acima do barrocão.
Sentia falta da esposa.
Ainda assim, como na noite anterior, leria, a sós, o "momento espiritual".
Acendeu o candeeiro e sentou-se renteando a cama toda branquinha.
Orou por alguns instantes e, logo após, tomou "O Evangelho segundo o Espiritismo" e abriu ao acaso.
Surgiu-lhe aos olhos, no capítulo vinte e oito, dedicado à oração, o item 34:
"Num perigo iminente”.
Tratava-se de uma prece para ocasião importante.
"Como é isso? Já orei... " - pensou.
E, fechando as páginas, descerrou-as de novo.
Queria material para reflectir.
Entretanto, o livro ofereceu-lhe a mesma passagem. Por quê?
Intrigado, voltou à consulta.
O volume, porém, como se mantido por mãos invisíveis, deu-lhe a mesma resposta.
Basílio fez-se grave.
Não poderia ser coincidência.
Algum benfeitor espiritual, que os seus olhos de carne não conseguiam ver, certamente o prevenia.
Recordou um amigo que desencarnara, semanas antes, de um colapso cardíaco.
Em rápidos segundos, considerou que a vida é património de Deus, que Deus a dá e retoma, quando lhe apraz.
Agradeceu à Divina Bondade o benefício da consciência tranquila e, baixando o olhar para a folha, repetiu, solenemente:
"Deus Todo-Poderoso e tu, meu anjo guardião, socorrei-me!
Se tenho de sucumbir, que a Vontade de Deus se cumpra.
Se devo ser salvo, que o restante da minha vida repare o mal que eu haja feito e do qual me arrependo".
Depondo o Evangelho sobre a colcha do leito, ergueu-se, pensativo, e abriu novamente a janela, buscando a visão do céu.
Debruçou-se para a noite.
Estaria, acaso, em momento crucial, que ele mesmo desconhecia?
Nisso, porém, ouve leve cicio à retaguarda.
Na luz frouxa do candeeiro projecta-se um vulto.
- Quem é? - grita ele, aprontando a defensiva.
Volta-se inquieto e estaca, lívido.
Acordada de chofre ao impacto do livro, colocado na cama, enorme cascavel emergira dos lençóis e, a fitá-lo, ameaçadora, preparava-se para desferir-lhe o golpe certeiro...

Do livro A Vida Escreve, obra mediúnica psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Vivemos num mundo emprestado de nossos netos

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2017 9:54 am

Sim, vivemos hoje com nossos filhos e vamos deixar no futuro, para nossos netos, o nosso planeta.
Vamos deixá-lo como recebemos, ou melhorado?
Pensando no futuro e naquilo que nos emprestaram os nossos antepassados e em como vamos devolver para nossos netos, vejamos o que disse o advogado que lutou pela liberdade e igualdade dos negros americanos, Martin Luther King:
“Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.
O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.
Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos”.
Outro pacifista, que libertou a Índia da opressão inglesa, também defende a sobriedade e a igualdade, Mahatma Gandhi:
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência.
Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”.
Na Bíblia, em Eclesiastes, 3:1-2, fala-se do presente e do futuro que o Criador reservou para todos nós, tanto em relação à nossa vida como também ao meio ambiente:
“Existe um tempo certo para cada coisa, momento oportuno para cada propósito debaixo do Sol:
tempo de nascer, tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de colher”.
Não podemos ficar isolados na sociedade, todos têm que dar sua contribuição para o bem-estar social e para o equilíbrio do meio ambiente, reconhecendo que somos parte integrante do ambiente em que Deus nos colocou a viver.
Este é o melhor momento de nossas vidas:
aquele em que podemos abrir a mente e pensar não apenas em nós e sim no colectivo.
Pensando assim, cinco séculos antes de Cristo, o pensador e filósofo chinês Confúcio ensinou:
“Se você tem metas para um ano, plante arroz.
Se você tem metas para dez anos, plante uma árvore.
Se você tem metas para cem anos, então eduque uma criança.
Se você tem metas para mil anos, então preserve o meio ambiente”.
O mundo capitalista nos induz a ter e consumir, enquanto a mensagem de Jesus nos fala em dar e servir.
Por sua vez, o pensador grego Aristóteles, que foi discípulo de Platão e como filósofo escreveu sobre as diversas áreas do conhecimento humano, asseverou, como se falasse para hoje:
“As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã”.
Mas voltemos ao nosso meio ambiente, ao qual a primeira semana de junho foi dedicada, sendo o dia 5 sua data comemorativa especial: dia da ecologia.
O médico indiano Deepak Chopra, radicado nos Estados Unidos, que também é escritor e professor, afirma:
“As árvores são nosso pulmão, os rios nosso sangue, o ar é nossa respiração, e a Terra, nosso corpo”.
Sobre a fonte de vida que é a natureza, o Espírito Maria Dolores, através de Chico Xavier, poetisa:
“A fonte, a deslizar singela e boa, / Passa fazendo o bem,
Dessedenta, consola, alivia, abençoa / Sem perguntar a quem...”.
Será que já praticamos uma boa acção na semana?
Aliviamos a provação de alguém, abençoamos aqueles que convivem connosco, consolamos os desamparados, ou continuamos em nossa vidinha cómoda e confortável?
A vida exige esforço e determinação, primeiro para vencer a nós mesmos, e depois para conquistar nosso mundo, como bem diz o escritor francês André Gide, que recebeu o prémio Nobel de literatura em 1947:
“O ser humano não descobre novos oceanos se não tiver a coragem de perder o litoral de vista”.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e especialista em dependência química pela USP-SP-GREA.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty As bagagens

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 19, 2017 7:18 pm

Um casal de velhinhos caminhava por uma estrada.
Ambos estavam muito trôpegos e cansados.
Andavam um pouco e já se sentiam cansados, desejando descansar.
Depois, eles voltavam a caminhar, mas o peso das mochilas que levavam era muito grande e eles se cansavam bastante.
Então, Pedro disse para a esposa:
— Joana, o que acha de nos livrarmos da nossa carga?
Está muito pesada e não estou aguentando mais!...
Joana pensou um pouco e considerou:
— Pedro, mas o que faremos sem a nossa bagagem?
São roupas, calçados e coisas de que precisamos!
Não podemos deixá-las pelo caminho!...
Então Pedro, que falara primeiro, deu uma sugestão:
— Joana, quem sabe podemos deixar nossas bagagens num tronco de árvore?
Já observei que, nessa região, existem muitas árvores com buracos no tronco! O que acha?
— É uma boa ideia, Pedro!
Vamos procurar uma árvore com buraco.
Assim, poderemos guardar nossas coisas até voltarmos.
Assim combinado, eles prosseguiram e, ao encontrar uma árvore com um oco grande, colocaram seus pertences e, mais aliviados, caminharam sem problemas.
Sem o peso, prosseguiram no caminho e logo chegaram à cidade de destino.
Tinham ido visitar um irmão que não viam há muito tempo.
Após vê-lo e saber que estava bem, eles se despediram e voltaram pelo mesmo caminho.
Ao chegarem à região onde tinham deixado suas bagagens, eles puseram-se a examinar cada árvore com cuidado.
Até que acharam a árvore onde tinham colocado seus pertences.
Enfiaram a mão no buraco, mas não encontraram nada!
— Tenho certeza que deixamos nossas coisas aqui dentro, Pedro!
— Sim! Eu também tenho certeza de que a árvore é esta, Joana! Que faremos?
Sem saber o que fazer, eles sentaram-se à beira da estrada e puseram-se a pensar.
Precisavam daquelas roupas!
Não tinham dinheiro para comprar outras! Que fazer?
Nesse momento, viram chegar um homem que parou para saber o que estava acontecendo com eles para estarem tão tristes, ao que eles responderam:
— É que, ao passarmos por aqui, estávamos muito cansados e resolvemos deixar nossos pertences no oco de uma árvore.
Mas agora não tem mais nada!
Alguém nos roubou?!...
Então, o recém-chegado sentou-se perto deles e explicou:
— Eu moro aqui perto.
Acontece que aqui passam muitos ladrões e eu vi vocês guardarem pacotes dentro da árvore.
Mas como sei que os ladrões estão sempre atentos, corri e peguei seus pertences, levando-os para minha casa.
Assim, ao vê-los retornar, vim avisá-los de que está tudo bem guardado comigo.
Vamos até minha casa e entrego-lhes as bagagens.
O casal acompanhou o senhor até a casa dele e logo estavam com as roupas em suas mãos.
O novo amigo perguntou se queriam jantar e eles, como estavam com fome, aceitaram.
Após jantarem, pegaram suas coisas e, agradecendo ao amigo que salvara suas roupas, eles abraçaram-no e despediram-se dele, satisfeitos e agradecidos.
Ao vê-los afastar-se, o homem disse:
— Não esqueçam!
Não se pode confiar em locais abertos!
Sempre existem os que desejam beneficiar-se da nossa falta de cuidado e, talvez não encontrem alguém que possa guardá-las até a volta dos donos.
— Você tem toda razão, meu amigo!
Somos muito gratos pela sua bondade, cuidando das nossas bagagens para nós.

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 22/5/2017.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Equipa mediúnica e o estudo

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2017 10:08 am

“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.” 1

Nem todos atendemos a esses apelos!
Estudamos muito pouco e, do pouco que aprendemos aplicamos menos ainda, além de nos descurarmos da melhoria íntima.
Daí erros clamorosos, nas diversas tarefas que desenvolvemos em nome da Doutrina Espírita, especialmente em Reuniões Mediúnicas.
Falhas que retardam nossa evolução espiritual, inobstante as instruções claras dos Espíritos!
Nestas reuniões são fundamentais a harmonia e o entendimento fraternal – a ausência do estudo nos impede de oferecer estes dois valores.
Devemos estudar e nos aperfeiçoarmos sempre!
É privilégio imenso participar dessas reuniões; o que implica em responsabilidade maior.
Sejamos dignos dessa nobre tarefa.
A porta hoje ali, sempre aberta para nos acolher, estará da mesma forma quando voltarmos ao plano espiritual, se não mudarmos de conduta?
A Doutrina é dos Espíritos.
Devemos seguir as orientações deles (André Luiz, entre outros – Desobsessão) e de experientes autores encarnados, tais como, Hermínio C. de Miranda – Diálogo com as Sombras; Suely C. Schubert – Obsessão/Desobsessão, sobretudo a Terceira Parte.
Para isso, cumpre-nos estudar!
O livro Desobsessão parece singelo, mas é precioso!
Sugere avaliações, ao final de cada reunião (cap. 60) e prevê reuniões de esclarecedores, para o ‘entendimento recíproco’, ‘absolutamente necessárias para que se aparem determinadas arestas’ (cap. 65).
Nesse sentido, Suely C. Schubert2 orienta:
“O dirigente pede a um por um dos presentes que em breves e sucintas palavras analise e opine sobre os trabalhos.
Este é um momento de muita importância para o aperfeiçoamento da equipa.
Cada participante tem assim o ensejo de comentar como se sentiu durante a sessão, e os médiuns videntes dirão o que presenciaram.
Essa troca de ideias e comentários coloca o grupo bem mais entrosado e à vontade, pois o próprio médium ou doutrinador tem liberdade de avaliar a própria actuação, (...).
Com o tempo, o sentido de auto-crítica se desenvolve e cada um é capaz de dizer quando e por que teve dificuldades na sua actividade.
Como também afasta todo e qualquer resquício de melindre, já que todos se colocam em posição de se auto-analisar e ser analisado.
O grupo cresce em produtividade com esta prática”.
Efigénio S. Vítor3, Espírito – quando encarnado dirigiu Reuniões Mediúnicas –, diz-nos que há nelas equipes de Espíritos – médicos, religiosos, magnetizadores, enfermeiros, guardas e padioleiros – e descreve sua distribuição pelo ambiente:
– Há três faixas magnéticas protectoras; e informa como se compõem;
– Existe rede electrónica de contenção;
– Numa delas há leitos de socorro;
– Vigilância na terceira.
“Meus amigos, para o espírita, a surpresa da desencarnação pode ser muito grande (...)
(...) o maior trabalho que nos compete efectuar é o de nosso próprio burilamento interior, para que não estejamos vagueando nas trevas das horas inúteis, (...).
(...) poucos padres aqui continuam padres, poucos pastores prosseguem pastores e raros médiuns de nossas formações doutrinárias continuam médiuns, porquanto os títulos de serviço na Terra envolvem deveres de realização dos quais quase sempre vivemos em fuga pelo vício de pretender a santificação do vizinho, antes de nossa própria melhoria (...).”
Em outra mensagem3, indica que há “(...) vasto reservatório de plasma subtilíssimo, de que se servem os trabalhadores a que nos referimos, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de formas-pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2017 10:08 am

(...) Para isso, porém, para que a nossa acção se caracterize pela eficiência, é necessário oferecer-lhes o melhor material de nossos pensamentos, palavras, atitudes e concepções”.
A doutrinação requer diálogos, mas o sentimento – importantíssimo e melhor do que palavras! – deve unir-se a eles.
É o que pode tocar o Espírito manifestante.
Mas a boa técnica é indispensável!
André Luiz4 preceitua:
“Desobsessão não se realiza sem a luz do raciocínio, mas não atinge os fins a que se propõe, sem as fontes profundas do sentimento”.
Não pára aí: envolve a conduta daquele que esclarece Espíritos e seus actos e pensamentos na vida comum, no dia a dia!
Muitas Entidades nos acompanham, para ver se vivemos o que pregamos.
Temos que nos esforçar para viver como se estivéssemos no ambiente das reuniões de que participamos, na Casa Espírita – mediúnicas, ou não.
Os médiuns devem ter lugares fixos em torno da mesa de Reuniões:
“(...) dispositivos especiais (...)” são ligados “(...) às cadeiras dos médiuns e demais assistentes (...)
Ao tomarmos as posições em torno da mesa, todos foram ligados àqueles dispositivos, sendo que a pessoa incumbida do trabalho de dialogar com os Espíritos recebeu tais conexões na cabeça, partindo os fios fluídicos na direcção do alto”.5
O trabalho é de equipa.
Médiuns videntes e audientes devem repassar ao(s) esclarecedor(es) informações do que vêem, sobretudo a presença de Espíritos sofredores, ou rebeldes, em qualquer fase da reunião.
O (a) coordenador(a), sobretudo se não possui vidência, necessita desse suporte, para que se prepare para recebê-los, ou que não encerre a reunião sem socorrê-los.6
Em André Luiz7 vemos que a doutrinação é para nosso aprendizado, daí porque os Espíritos nos permitem participar dessas Reuniões.
“Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.”
É para aprendermos!
Não alimentemos a ilusão de que nossa contribuição é extraordinária!
Ou que devamos adoptar técnicas alheias aos ensinos dos Espíritos.
A Doutrina dispensa enxertias humanas.
Devemos ser breves com Espíritos muito sofridos ou muito rebeldes, porque penalizam o(a) médium e quase sempre não nos ouvem, tal a perturbação em que se encontram!
Hermínio C. Miranda8 afirma que, no início, os Espíritos em estado de perturbação não estão em condições psicológicas adequadas à pregação doutrinária.
Necessitam, então, de primeiros socorros, de quem os ouça com paciência e tolerância.
“A doutrinação virá no momento oportuno, e, antes que o doutrinador possa dedicar-se a este aspecto específico, ele deve estar preparado para discutir o problema pessoal do Espírito, a fim de obter dele a informação de que necessita.”
André Luiz9 vai além:
“(...) o director ou o auxiliar em serviço (...) poderá pedir aos Mentores que afastem os rebeldes.
Nesse caso, usar a sonoterapia, que ele chama de ‘hipnose benéfica’.
Muitos outros Espíritos são levados pelos Mentores a rever o passado.
É quando percebemos que há diálogos entre eles e, em muitos casos, recusam-se a aceitar o que se lhes mostra.
De nossa parte, podemos também adotar essa providência, conforme sugere Hermínio C. Miranda.10
*
Este mesmo autor (Hermínio) 11, no artigo O Dr. Wickland e os seus “mortos” – Revista Reformador (FEB, edição de jan/72, p. 9), refere-se ao livro Thirty Years Among the Dead – Trinta anos entre os mortos –, de autoria desse médico.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2017 10:09 am

Livro que, lamentavelmente, não foi traduzido para nosso idioma!
Há, do mesmo autor, no livro A Reinvenção da Morte 12 (Lachâtre, 1997), artigo sob o título ‘A Mediunidade da Princesa Católica’.
Nele, refere-se ao diário dessa princesa, com o título “Minhas conversas com as pobres almas”.
(Gráfica Editora São Lourenço Ltda., sem data.)
Nesse diário ela dá notícia dos contactos com Espíritos sofredores que via e ouvia e de como os amparava, não obstante o pavor que a ela inspiravam!
Sua generosidade e compaixão aliviava-lhes as angústias.
À medida que um se transformava e não mais aparecia, outro se apresentava.
Outra edição desse diário acha-se na Internet, sob o título:
Conversando com as almas do purgatório (Diário de ‘Eugênia, princesa Von der Leyen’) – AM Edições – São Paulo – 1994.
*
Cito esses dois notáveis trabalhos para salientar que a Espiritualidade estimula o intercâmbio entre os dois planos da vida – até entre os que desconhecem nossa Doutrina –, para nos informar sobre as condições de Espíritos sofredores e que podemos e devemos colaborar para que haja para eles o amparo dos bons Espíritos!
Servindo-se apenas da compaixão, o médico e a esposa, Anna Wickland, tal como a princesa Eugénia, socorreram inúmeros Espíritos.
É nosso dever aliar conhecimento e amor nessas Reuniões, procurando compreender o quanto nos favorecem (a eles e a nós).
Há, no site www.oconsolador.com.br, de autoria de Astolfo O. de Oliveira Filho, Director de Redacção desta Revista, o livro 20 Lições sobre Mediunidade, divulgado pela Editora Virtual EVOC.
Pode-se baixá-lo no referido site. Merece ser lido e estudado!

Referências:
1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1ª. impr. Brasília: FEB, 2013. Cap. VI, it. 5 a 7 , p. 101 a 103.
2. SCHUBERT, Suely C. Obsessão/Desobsessão. Rio de Janeiro: FEB, 1981. Cap. 11, p. 170.
3. XAVIER, F. Cândido. Instruções Psicofônicas. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. 31 e 44, p. 145/149 e 203/206.
4. XAVIER, Francisco C. Desobsessão. Pelo Espírito André Luiz. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. Cap. 36, p. 140.
5. MIRANDA, H. Corrêa. Estudos e crônicas. Brasília: FEB, 2013. Cap. 4.5 (A Doutrinação: variações sobre um tema complexo), p. 148/149.
6. MIRANDA, H. Corrêa. Diálogo com as sombras. 25. ed. Brasília: FEB, 2014. Cap. 2.1, p. 65.
7. XAVIER, Francisco C. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. 21. ed. FEB: Rio de Janeiro (RJ), 1988. Cap. 17, p. 280.
8. MIRANDA, H. Corrêa. Diálogo com as sombras. 25. ed. Brasília: FEB, 2014. Cap. 2.1.2, p. 73.
9. XAVIER, Francisco C. Desobsessão. Pelo Espírito André Luiz. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. Cap. 37, p. 144.
10. MIRANDA, H. Corrêa. Diálogo com as sombras. 25. ed. Brasília: FEB, 2014. Cap. 4, item 4.5, p. 311.
11. MIRANDA, H. Corrêa. O Dr. Wickland e os seus “mortos”. Reformador, FEB, edição de jan/72, p. 9.
12. MIRANDA, Hermínio C. A Reinvenção da Morte. Niterói: Lachâtre, 1997. P. 15.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty A paz

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 20, 2017 8:09 pm

A princípio, o que seria a paz?
Como poderemos senti-la?

Entendemos que a paz é o estado de espírito que nos conforta dando-se segurança e tranquilidade em nossas vidas.
E como obter essa almejada paz?
Como proceder?

Devemos manter nossa consciência livre de questionamentos e recriminações.
Para tal, precisamos burilar nossos pensamentos e atitudes, que servirão de balizamento para atingirmos esse estado mental decorrente, também do cultivo de energias positivas e edificantes através da prática do bem.
Esse processo não deixa de ser um desafio que devemos enfrentar e vencer.
A perseverança é fundamental para alcançarmos esse desiderato.
Acolhendo e incorporando na prática diária os ensinamentos de Jesus, estaremos sedimentando esse hábito salutar em nossas vidas.
A Doutrina Espírita explica que somos influenciados pelos Espíritos em nossos pensamentos e consequentes atitudes.
Em todo lugar estão aqueles que procuram nos prejudicar e os que querem nos ajudar.
Nossa preferência será responsável pela colheita que faremos adiante da “semente” semeada...
Isto posto, existe a necessidade permanente da “vigilância”, que nos resguardará daquelas investidas nefastas para nossas vidas corpóreas e espirituais.

No livro “Qualidade na Prática Mediúnica”, Projecto Manoel Philomeno de Miranda, Cap. Sintonia, item 32, temos:
“(...) Campo descuidado, vitória do matagal.
Águas sem movimento, charco em triunfo”.

Essa realidade é inconteste no âmbito da vida material.
E por que não existiria no mundo espiritual, considerando que o Espírito é a nossa verdadeira identidade?
É importante termos a consciência de que nossas energias são direccionadas para o “infinito”, ocorrendo intensa e constante conexão com as demais que lá estão.
A percepção mais acurada do intercâmbio que temos com o mundo espiritual, além das comprovações científicas largamente difundidas, oportuniza-nos a convicção de que somos energia que se espraia no Universo com frequência vibratória compatível com o nosso grau evolutivo.
Vejamos também a citação no livro “Energia e Espírito”, de José Lacerda de Azevedo, pg.7:
“(...) Um Espírito bem evoluído tem, necessariamente, uma frequência vibratória de alto valor, o que facilita seu avanço a grandes distâncias espaciais com pequeno acréscimo de energia...”.
O corpo físico e o Espírito formam um binómio energético que interage entre si e o meio exterior.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty A missão dos Espíritos encarnados, considerando-se os tempos de crise

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 21, 2017 10:02 am

A Espiritualidade da Verdade responde ao codificador, Allan Kardec, na questão nº 573 de O Livro dos Espíritos, que a missão dos Espíritos encarnados consiste:
Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios directos e materiais.
As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes.
O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão como o que governa, ou o que instrui.
Tudo em a Natureza se encadeia.
Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência.
Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.
Diante dessa importantíssima resposta para a nossa evolução moral e espiritual, convido o amigo leitor à seguinte reflexão:
1) Quando encarnados, assumimos, de plano, o compromisso para com nós mesmos perante o grupo familiar e a comunidade onde estamos inseridos.
Logo, geramos, para cada um de nós, uma responsabilidade moral, cidadã e espiritual.
2) Com o Evangelho de Jesus, implantado nas consciências, tomaremos consciência da nossa missão enquanto encarnados e cumpriremos, naturalmente, os nossos compromissos onde nos encontramos, contribuindo com a nossa própria melhoria e promovendo o nosso grupo familiar e a nossa comunidade, colaborando, portanto, com o progresso moral e espiritual de todo o universo.
3) Da resposta esclarecedora da Espiritualidade da Verdade, podemos interpretar que em tempos de normalidade a nossa missão, enquanto encarnados, consiste em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios directos e materiais.
Esse é o tópico principal, ou seja, a ideia central.
4) Agora vem o seguinte desafio:
e em tempos de anormalidade, a exemplo dos tempos de crises diversas, qual deve ser a postura dos Espíritos encarnados?
Como sabemos e estamos testemunhando, o planeta Terra, de um modo geral, está passando por crises diversas.
Logo, estamos diante das crises.
São as crises políticas, as crises de relacionamento, as crises económicas e financeiras, as crises existenciais, as crises pela busca do poder etc. e tal.
Em síntese: tudo isso se resume e emana da crise moral por que passa a humanidade. Ou seja: na dificuldade que ainda temos de nos esforçarmos em domar as nossas más inclinações.
Mas a questão a que pretendemos chegar é a seguinte:
Em tempos de crises, a exemplo da crise política em que se encontra o nosso país, as pessoas [Espíritos encarnados] devem ter em mente que o Espírito encarnado, em tese, é um cidadão.
Exerce as suas obrigações e goza de seus direitos constitucionais.
Tem o direito de manifestar-se e de participar activamente das manifestações em conformidade com a lei, dentro do bom senso, atentando-se aos bons costumes.
O Espírito encarnado, consciente da sua missão e com conhecimento das leis divinas e das leis humanas, apresentará, em defesa e em nome dos ideais legítimos da colectividade, a sua manifestação pacífica, expondo a legalidade das suas reivindicações, sem jamais através de actos de vandalismo, sem causar prejuízo ao património público e ao particular, bem como à imagem das pessoas.
Isso é: actuará exercendo, pacificamente, o poder de convencimento.
Para isso, precisamos estudar mais o Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita e nos esforçarmos a domar as nossas más inclinações, conscientizando-nos da consistência da nossa missão, quando encarnados, em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios directos e materiais.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Sexo e Obsessão (Parte 43)

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 21, 2017 8:08 pm

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares

A. Rosa Keller e o marquês de Sade estariam também sujeitos, em sua nova existência, à investida de obsessores?
Sim. Os desatinos cometidos por ambos teriam, evidentemente, consequências, mas o processo obsessivo será, em ambos os casos, qual ferro em brasa para o cautério da alma comprometida por feridas morais graves.
Vale meditar nesta observação feita pelo Mentor Anacleto:
“Nunca nos devemos esquecer que onde se encontre o réprobo devedor aí também estará o infeliz cobrador.
Os processos da Justiça Divina seguem métodos de harmonia e de amor, de forma que ambos os contendores tenham o mesmo ensejo de reparação e de crescimento interior, de forma que se possam libertar da inferioridade e alcancem mais elevados patamares da felicidade.”
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

B. No tratamento dos processos obsessivos, os causadores da obsessão são também indirectamente beneficiados?
Sim. Esse é um ponto importante que merece destaque.
Segundo Anacleto, enquanto os adversários espirituais estiverem afligindo o marquês de Sade e Rosa Keller, em razão de se encontrarem os pacientes no Lar da Caridade sob a inspiração de Jesus e recebendo as luzes do conforto moral e da misericórdia que verterá sobre eles, serão também eles beneficiados, porque ouvirão as dissertações espiritistas, receberão as energias saudáveis que serão aplicadas nos enfermos e os atingirão, e, em consequência, vivenciarão uma psicosfera inabitual à que lhes é familiar.
O Bem tem dimensão infinita.
Quando alguém acende uma lâmpada, não apenas se ilumina como oferece claridade a toda uma ampla área.
Assim também ocorre com o brilho da Mensagem de amor que, ao acender os filamentos internos, irradia luminosidade por toda parte.
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

C. Ante a investida das Trevas sobre a instituição que actua na prática do bem e da caridade, que medidas são tomadas pelo Plano Espiritual?
Segundo Anacleto, se as Trevas se organizam para a acção do mal, o Senhor da Seara vela pela instituição e pelos seus trabalhadores.
Todos percebemos quando alguma nuvem tolda, por momentos, a claridade do dia, no entanto não nos preocupamos, porque sabemos que o Sol sempre brilhará, suplantando toda escuridão.
Aqueles que se comprometem a servir com Jesus não ignoram que as condições nem sempre serão amenas e que os testemunhos estarão sempre convocando-os à vigilância e advertindo-os dos perigos.
Se os Espíritos perversos se organizam para o trabalho de crueldade, o Bem perseverante está-lhes muito adiante, prevendo as ocorrências e apresentando soluções que, inclusive, objectivam resgatá-los da situação inditosa em que permanecem.
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

Texto para leitura

215. Como funcionam os processos da Justiça Divina – Reportando-se à próxima existência de Rosa Keller e do marquês de Sade, Manoel Philomeno perguntou ao Mentor se o marquês sofreria algum tipo de obsessão, em face dos desatinos cometidos.
Imperturbável e acessível, o Mentor elucidou:
“Razões não faltarão para que ele experimente a colheita psíquica da sementeira de monstruosidades que deixou pelo caminho.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 21, 2017 8:08 pm

Por essa razão, renascerá nos tormentos da demência, vivenciando também contínua obsessão provocada por alguns inimigos muito próximos e dos quais não poderá fugir.
Essa luta, que travará em espírito, afligi-lo-á demasiadamente, de forma que, ao libertar-se, ao concluir a prova, poderá curar-se das aberrações que se lhe encontram fixadas no ser por largo período e das suas consequências degenerativas, aprendendo rectidão e equilíbrio.
Ser-lhe-á o ferro em brasa para o cautério da alma aberta em feridas morais graves”.
Com respeito a Rosa Keller, o Mentor informou que ela, em sua condição de vítima e, mais tarde, em razão dos desatinos que se permitiu, experimentará também a presença insidiosa de dois Espíritos rudemente abortados, que a não perdoaram e aguardavam o ensejo de localizá-la, o que conseguirão através da lei de afinidades, que estabelece a identificação dos semelhantes vibratórios.
“Nunca nos devemos esquecer que onde se encontre o réprobo devedor, aí também estará o infeliz cobrador.
Os processos da Justiça Divina seguem métodos de harmonia e de amor, de forma que ambos os contendores tenham o mesmo ensejo de reparação e de crescimento interior, de forma que se possam libertar da inferioridade e alcancem mais elevados patamares da felicidade.”
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

216. A dimensão infinita do Bem – Em suas explicações, Anacleto acrescentou algo que é importante ser destacado em se tratando dos processos obsessivos, ou seja, enquanto os adversários espirituais estiverem afligindo o marquês e Rosa Keller, em razão de se encontrarem os pacientes no Lar da Caridade sob a inspiração de Jesus e recebendo as luzes do conforto moral e da misericórdia que verterá sobre eles, serão também beneficiados os seus algozes, porque ouvirão as dissertações espiritistas, receberão as energias saudáveis que serão aplicadas nos enfermos e os atingirão, e, em consequência, vivenciarão uma psicosfera inabitual à que lhes é familiar.
“O Bem tem dimensão infinita.
Quando alguém acende uma lâmpada, não apenas se ilumina como oferece claridade a toda uma ampla área.
Assim também ocorre com o brilho da Mensagem de amor que, ao acender os filamentos internos, irradia luminosidade por toda parte."
A seguir, Manoel Philomeno formulou nova questão relacionada com o caso:
“Penso nas ameaças que foram proferidas pelos Espíritos em debandada e também no atrevimento das hostes que ora sitiam esta nobre Entidade de amor e de caridade.
Quais serão as consequências para o ministério aqui desenvolvido?
Terão os companheiros reencarnados condições para enfrentar tão perigosa trama?
“Caro Miranda – respondeu o Mentor, jovial como sempre, quase sorrindo - convém não esquecermos que, se as Trevas se organizam para a acção do mal, o Senhor da Seara vela pela mesma e pelos seus trabalhadores.
Não temos dúvidas de que os companheiros que mourejam nesta Casa, responsáveis e conscientes das suas acções, perceberão a alteração que se dará na psicosfera que envolve o seu trabalho por algum tempo.
Todos percebemos quando alguma nuvem tolda, por momentos, a claridade do dia, no entanto não nos preocupamos, porque sabemos que o Sol sempre brilhará, suplantando toda escuridão.
Aqueles que se comprometem a servir com Jesus não ignoram que as condições nem sempre serão amenas e que os testemunhos estarão sempre convocando-os à vigilância e advertindo-os dos perigos.”
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

217. Os testes de aprendizagem – Comentando ainda a questão proposta por Philomeno, Anacleto acrescentou:
“Desse modo, os esforços deverão ser redobrados e as actividades mais bem cuidadas, a fraternidade exigirá maior soma de sacrifícios e o respeito nos relacionamentos se apresentará como factor de equilíbrio para evitar que os Espíritos atormentados e infelizes, que pululam na sociedade, atraiam-nos à sensualidade, à perversão, ao desvio dos deveres que lhes constituem a razão de ser da própria existência.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 21, 2017 8:09 pm

A Benfeitora madre Clara de Jesus adverti-los-á mediante mensagens de esclarecimentos oportunos através da mediunidade de Ricardo, despertando os obreiros do Senhor para maior vivência das lições da Boa Nova em pleno campo de batalha.
Posso perceber que serão visitados por enfermos da alma, da emoção e da mente, como já vem ocorrendo, agora porém, telementalizados pelos governantes da cidade perversa.
Nos atendimentos fraternos, aumentará o número dos insatisfeitos e atormentados do sexo, que vindo buscar socorro, facilmente se interessarão pelas afeições saudáveis, que tentarão envolver nas suas teias de sedução, gerando conflitos e sofrimentos, que superados, irão fazer parte das conquistas dos trabalhadores do Bem.
Em muitos lugares, em diversas Instituições voltadas para a prática do Espiritismo cristão, esses irmãos infelizes induzirão pessoas doentes, que lograrão desviar por algum tempo outras de bom carácter mas de poucas resistências morais, comprometendo-as sexualmente a desserviço da harmonia que preservavam na família, com os seus parceiros, ou na solidão que elegeram como terapia de reeducação.
Tudo, porém, são testes de aprendizagem e oportunidades de crescimento interior.
Não havendo instrumentos de avaliação, dificilmente se pode aquilatar das condições espirituais dos mesmos.
Nesses momentos, a oração repassada de unção, a caridade em toda e qualquer expressão, a leitura edificante, a conversação salutar constituirão recursos preciosos para a manutenção do equilíbrio e para auxiliar os perturbados-perturbadores no seu processo de recomposição moral".
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

218. O dia da libertação chegará para todos – Fora da instituição, a algazarra continuava, a festa da crueldade fazia-se delirante para os infelizes que estorcegavam na luxúria e no despudor, enquanto os vapores fétidos e morbosos das suas emanações empestavam o ar em volta da nobre Sociedade.
Após algumas reflexões, o Mentor amigo concluiu:
“De alguma forma, todos vivemos momentos de loucura e de perversidade, enquanto deambulando pelas faixas mais primitivas do processo da evolução, quando predominam em a nossa natureza os instintos, comprometendo-nos por largo período, até o momento que, despertando na razão, iniciamos o nosso processo auto-iluminativo.
Chegará também o dia para os nossos companheiros de luta, que se encontram na retaguarda, e não tardará muito para que tal aconteça.
Como vimos, já se iniciaram os expurgos da região infeliz.
Logo mais eles estarão na Terra, repetindo as experiências exaustivas da promiscuidade sexual até o momento quando o excesso os levará ao cansaço, ao tédio, ao sofrimento e eles despertarão para os valores reais do Espírito imortal.
O império da sombra lentamente está sendo desmantelado pela luz da verdade que anuncia Era Nova para Humanidade, que não suporta mais o peso dos sofrimentos e da falta de paz interior, abrindo-se para novas pesquisas e experiências na busca de Deus.
Alegremo-nos, sobremaneira, por fazermos parte daquelas legiões de servidores de Jesus que estão dando início ao programa que Ele elaborou para o Seu planeta.
Quanto àqueles companheiros que ficarão, por enquanto, na retaguarda, corações afectuosos que os seguem de Mais Alto virão buscá-los, como ocorreu com nossa dona Martina e Mauro, com dona Marie-Eléonore e o marquês de Sade, e a todo momento se incorporam aos grupos de socorro nas Trevas, a fim de libertarem os seres amados, que permanecem embriagados de paixões ou perdidos na noite de si mesmos.
Simultaneamente, considerando que O Consolador prometido já se encontra na Terra, o querido planeta terá como suportar a carga de responsabilidades dolorosas que lhe cumprirá viver, ajudando a todos na viagem de ascensão.
De nossa parte, façamos o melhor que esteja ao nosso alcance, certos de que virão reforços de paz e de luz para o trabalho”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 21, 2017 8:09 pm

219. Como o Bem age ante as sombras – Naquele momento chegavam as pessoas que faziam parte das actividades doutrinárias da Casa, na condição de ouvintes das palestras educativas.
Da mesma forma, os vários departamentos de assistência espiritual se encontravam funcionando, com os lidadores do atendimento fraterno, os passistas, os evangelizadores espíritas que, naquela ocasião, realizavam uma reunião para futura reciclagem de programas.
Os serviços habituais não haviam sofrido, portanto, qualquer solução de continuidade.
Observou-se, porém, que eles atravessavam a psicosfera densa como se fosse uma muralha móvel em torno das fronteiras da Instituição, e logo rompiam-na pelas entradas de acesso, já que as energias providenciais que foram trazidas pelas legiões convocadas pela Mentora conseguiram deixá-las como espaço livre e sem contaminação.
Igualmente notou-se que alguns desses Espíritos recém-chegados assessoravam alguns enfermos mediúnicos, cujos obsessores não conseguiam atravessar as defesas magnéticas colocadas nas vias de acesso.
Pessoas outras portadoras de desequilíbrios emocionais, orgânicos e alguns jovens dependentes de substâncias químicas eram amparados desde a parte externa até o amplo salão ou os sectores variados para onde se dirigiam.
Não havia, pois, qualquer dúvida de que, se os Espíritos perversos se organizam para o trabalho de crueldade, o Bem perseverante está-lhes muito adiante, prevendo as ocorrências e apresentando soluções que, inclusive, objectivam resgatá-los da situação inditosa em que permanecem.
(Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

(Continua no próximo número.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 11 Empty A ingratidão

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 22, 2017 10:44 am

“- As decepções causadas pela ingratidão não podem endurecer o coração e torná-lo insensível?
- Seria um erro pensar assim, porque o homem de coração, como dizes, será sempre feliz pelo bem que praticar...”
(Questão 938, de “O Livro dos Espíritos” - Allan Kardec.)

Equivocamo-nos, quando esperamos a compreensão alheia para os nossos actos no campo do bem, pois que a criatura humana, com raras excepções, ainda segue seus dias revestida de orgulho e de egoísmo, e essas terríveis chagas obscurecem sua visão, impossibilitando observar as intenções benéficas que circulam ao seu redor.
Em realidade, a ingratidão significa a falta de reconhecimento por alguém, de um bem, um favor, ou de qualquer gesto de atenção que lhe fora dedicado.
Isso é muito frequente no contexto social em que vivemos, ante a pequena evolução espiritual que conseguimos na Terra.
Mas o verdadeiro homem de bem, aquele que já identificou a necessidade de praticar as inquestionáveis lições do Cristo, precisa urgentemente ignorar tal comportamento social e continuar servindo, a exemplo do próprio Jesus, que em circunstância alguma esperou pela compreensão, entendimento e gratidão dos homens, uma vez que, após trazer a Boa Nova ao mundo, como recompensa ganhou uma coroa de espinhos, o sarcasmo e a morte afrontosa na cruz.
Ao discípulo compete seguir o mestre.
Assim, se somos cristãos devemos seguir o Cristo, portanto, o serviço nos aguarda e a exemplificação de uma vida digna, honesta e sublime deve ser a nossa meta, para que nos coloquemos também como servidores da causa do bem, não somente como beneficiário dela.
Importante, então, que vasculhemos nossa intimidade para localizar onde estão os nossos talentos, visando colocá-los em prática, em favor da humanidade.
De alguma forma, incontestavelmente, todos temos algo a oferecer àqueles que caminham connosco pelas entradas do mundo.
É claro que, por necessidade, muito recebemos, e por gratidão temos também que oferecer alguma coisa de nós pela implantação do reino de Deus na Terra.
Assim, podemos escrever sobre o bem, endereçando um bilhete amigo a quem estiver passando por necessidade; falar sobre a beleza da vida aos que seguem tristes; ouvir o lamento desesperado daqueles que agonizam em situações aflitivas; fazer uma prece ao doente acamado cujas dores lhe roubam a tranquilidade; estender um gesto de carinho a uma criança abandonada; servir um prato de alimento ou um copo de leite ao irmão que perambula pelas ruas, sem exigir-lhe nada; oferecer remédios aos necessitados que não podem adquiri-los; movimentar campanhas de alimentos para distribuição às famílias em penúria; aconselhar o jovem desorientado que tende a cair no abismo dos tóxicos; amparar pais inconformados que viram partir seus filhinhos para o mundo espiritual, enfim, serviço e oportunidades de fazer o bem não faltam.
Façamos a nossa parte, sem esperar nada de ninguém.
Deixemos o nosso coração ser embalado pela musicalidade do amor, da fraternidade, da sensibilidade e saiamos a servir, a cooperar e a construir o mundo dos nossos sonhos, pois, se não tomarmos iniciativas, a paz, a felicidade e o bem-estar ficarão somente nos sonhos mesmo.
Se o mundo vai ou não reconhecer o nosso serviço, isso, decididamente, não importa.
Se as pessoas serão gratas ou não, também não importa.
Realmente o que vai importar será a paz da nossa consciência... isso, sim, realmente importa.

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