ARTIGOS DIVERSOS II
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
5 – O indivíduo possuído, o chamado autómato, abandona o corpo durante a possessão?
As provas parecem indicar que ele cai inicialmente no estado de êxtase, durante o qual “seu espírito abandona o corpo”, ao menos em parte. Ele entra, então, num estado no qual o mundo espiritual se abre, mais ou menos, à sua percepção e, ao abandonar o organismo físico, favorece a invasão deste por outro Espírito que dele se serve, mais ou menos da mesma forma que o próprio Espírito do sujeito.
(Fredrich Myers em A Personalidade Humana, cap. IX.)
6 - No fenómeno da possessão, o que se observa no paciente?
Primeiro, ele fica incapaz de qualquer domínio sobre si mesmo.
No caso de Pedro (o obsidiado), citado no livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, o instrutor Aulus informou:
"Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica.
Os centros motores estão desorganizados.
Todo o cerebelo está empastado de fluidos deletérios.
As vias do equilíbrio aparecem completamente perturbadas".
(Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9, págs. 79 a 81.)
7 - A oração pode ajudar de algum modo em casos assim?
Sim. E foi isso que a médium Celina, percebendo a dificuldade para atingir o obsessor com a palavra falada, buscou, com o auxílio de Aulus.
Formulou, então, vibrante prece, implorando a Compaixão Divina para os infortunados companheiros que ali se digladiavam inutilmente.
As palavras da médium libertaram jactos de força luminescente a lhe saltarem das mãos e a envolverem em sensações de alívio os participantes do conflito.
O perseguidor, qual se houvesse aspirado alguma substância anestesiante, se desprendeu automaticamente da vítima, que repousou, enfim, num sono profundo e reparador.
O obsessor foi, então, conduzido, semi-adormecido, a um local de emergência e Dona Celina ofereceu um pouco d'água fluidificada à chorosa e assustadiça progenitora do enfermo.
(Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9, págs. 81 e 82.)
§.§.§- Ave sem Ninho
As provas parecem indicar que ele cai inicialmente no estado de êxtase, durante o qual “seu espírito abandona o corpo”, ao menos em parte. Ele entra, então, num estado no qual o mundo espiritual se abre, mais ou menos, à sua percepção e, ao abandonar o organismo físico, favorece a invasão deste por outro Espírito que dele se serve, mais ou menos da mesma forma que o próprio Espírito do sujeito.
(Fredrich Myers em A Personalidade Humana, cap. IX.)
6 - No fenómeno da possessão, o que se observa no paciente?
Primeiro, ele fica incapaz de qualquer domínio sobre si mesmo.
No caso de Pedro (o obsidiado), citado no livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, o instrutor Aulus informou:
"Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica.
Os centros motores estão desorganizados.
Todo o cerebelo está empastado de fluidos deletérios.
As vias do equilíbrio aparecem completamente perturbadas".
(Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9, págs. 79 a 81.)
7 - A oração pode ajudar de algum modo em casos assim?
Sim. E foi isso que a médium Celina, percebendo a dificuldade para atingir o obsessor com a palavra falada, buscou, com o auxílio de Aulus.
Formulou, então, vibrante prece, implorando a Compaixão Divina para os infortunados companheiros que ali se digladiavam inutilmente.
As palavras da médium libertaram jactos de força luminescente a lhe saltarem das mãos e a envolverem em sensações de alívio os participantes do conflito.
O perseguidor, qual se houvesse aspirado alguma substância anestesiante, se desprendeu automaticamente da vítima, que repousou, enfim, num sono profundo e reparador.
O obsessor foi, então, conduzido, semi-adormecido, a um local de emergência e Dona Celina ofereceu um pouco d'água fluidificada à chorosa e assustadiça progenitora do enfermo.
(Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9, págs. 81 e 82.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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A devoção do Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum
Reportando-nos ao termo devoto, entendemos um indivíduo totalmente introspecto e recolhido ao mais completo colóquio com sua divindade...
Não é este tipo de devoção que desejamos abordar.
Emmanuel nos assevera que “um trabalhador poderá demonstrar altas características de inteligência e habilidade, mas, se não possui devoção para com o serviço, será sempre um aparelho consciente de repetição1”.
A seguir, o Benfeitor irá se concentrar no exemplo do Mestre crucificado:
só Ele marcou o madeiro da cruz como sinal de abnegação, luz e redenção.
Antes dele, homens e mulheres de Jerusalém e de toda a Palestina foram sentenciados a cruzes, mas, movido pela devoção à Sua causa, somente a Dele, a do Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus – INRI), ficou conhecida como símbolo de Salvação; o grande farol luminoso a influenciar, salvaguardar e direccionar a humanidade; ou o Império indestrutível, em contraponto a todos os terrenos que tiveram início, apogeu e ruína.
Convém explicarmos que, doutrinariamente, esse Rei abnegado indicou-nos, em todos os tempos, o ‘rumo’ da salvação.
Salvamo-nos individualmente ‘com’ a vontade de perseguir esse sagrado rumo.
O Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, exorta as comunidades de Éfeso – e a todos nós – que precisamos “renovar sem cessar o sentimento da nossa alma2”.
Ou que não basta sermos inspirados diuturnamente, mas que precisamos elevar tal inspiração à categoria de zelo, cuidado, amor e serviço.
Será importar-nos e, dessa forma, alçarmos nossa sensibilidade ao expoente máximo.
E isso é devoção; embora que muito aquém daquela evidenciada nos feitos de nosso Rei.
Renovarmos sem cessar o sentimento da nossa alma significa o uso e o abuso das decisões do nosso coração em detrimento da razão:
paradoxalmente – pois estudamos, vivemos e respiramos uma doutrina baseada em pensamentos claros e fé raciocinada –, tal renovação significa o nosso coração tomar atitudes que surpreendam nossa própria razão.
É o que sucede todas as vezes que analisamos a “necessidade da caridade, segundo São Paulo”, aquela que, com muita dificuldade desejamos colocar em prática, e que verificamos não ser “temerária, nem precipitada; que não é desdenhosa e não suspeita mal3”.
É possível que o caminho de nossa devoção, embora um arremedo à de Nosso Senhor Jesus Cristo, passe, necessariamente, pelo ‘exagero’ do sentimento com prejuízo da razão.
Haverá situações, as bem compreendidas pelo apóstolo Paulo e acima citadas, que ficaremos sem saída, pois somente o coração nos iluminará e salvará!...
Bibliografia:
1. Xavier, Francisco Cândido, Fonte viva, ditado por Emmanuel, em seu Cap. 67, Modo de sentir; 1ª edição da FEB;
2. Efésios, 4:23; e
3. I Coríntios, 13, 1 a 7.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não é este tipo de devoção que desejamos abordar.
Emmanuel nos assevera que “um trabalhador poderá demonstrar altas características de inteligência e habilidade, mas, se não possui devoção para com o serviço, será sempre um aparelho consciente de repetição1”.
A seguir, o Benfeitor irá se concentrar no exemplo do Mestre crucificado:
só Ele marcou o madeiro da cruz como sinal de abnegação, luz e redenção.
Antes dele, homens e mulheres de Jerusalém e de toda a Palestina foram sentenciados a cruzes, mas, movido pela devoção à Sua causa, somente a Dele, a do Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus – INRI), ficou conhecida como símbolo de Salvação; o grande farol luminoso a influenciar, salvaguardar e direccionar a humanidade; ou o Império indestrutível, em contraponto a todos os terrenos que tiveram início, apogeu e ruína.
Convém explicarmos que, doutrinariamente, esse Rei abnegado indicou-nos, em todos os tempos, o ‘rumo’ da salvação.
Salvamo-nos individualmente ‘com’ a vontade de perseguir esse sagrado rumo.
O Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, exorta as comunidades de Éfeso – e a todos nós – que precisamos “renovar sem cessar o sentimento da nossa alma2”.
Ou que não basta sermos inspirados diuturnamente, mas que precisamos elevar tal inspiração à categoria de zelo, cuidado, amor e serviço.
Será importar-nos e, dessa forma, alçarmos nossa sensibilidade ao expoente máximo.
E isso é devoção; embora que muito aquém daquela evidenciada nos feitos de nosso Rei.
Renovarmos sem cessar o sentimento da nossa alma significa o uso e o abuso das decisões do nosso coração em detrimento da razão:
paradoxalmente – pois estudamos, vivemos e respiramos uma doutrina baseada em pensamentos claros e fé raciocinada –, tal renovação significa o nosso coração tomar atitudes que surpreendam nossa própria razão.
É o que sucede todas as vezes que analisamos a “necessidade da caridade, segundo São Paulo”, aquela que, com muita dificuldade desejamos colocar em prática, e que verificamos não ser “temerária, nem precipitada; que não é desdenhosa e não suspeita mal3”.
É possível que o caminho de nossa devoção, embora um arremedo à de Nosso Senhor Jesus Cristo, passe, necessariamente, pelo ‘exagero’ do sentimento com prejuízo da razão.
Haverá situações, as bem compreendidas pelo apóstolo Paulo e acima citadas, que ficaremos sem saída, pois somente o coração nos iluminará e salvará!...
Bibliografia:
1. Xavier, Francisco Cândido, Fonte viva, ditado por Emmanuel, em seu Cap. 67, Modo de sentir; 1ª edição da FEB;
2. Efésios, 4:23; e
3. I Coríntios, 13, 1 a 7.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Pai, afasta de mim este cálice – uma análise
Três evangelistas se referem a estas palavras de Jesus: Mateus, Marcos e Lucas.
Em Mateus:
“Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou:
Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice!
Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres". São Mateus, 26- 39.
Em Lucas:
Dizendo:
Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas. 22-43
Em Marcos:
E disse:
Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. Marcos, 14-36.
Se analisarmos apenas literalmente, os textos sugerem que Jesus, prevendo ou sabendo de antemão o que lhe aconteceria a seguir, pediu a Deus que aquilo tudo fosse tirado dele.
Há, contudo, fortes razões para que não acreditemos nesta hipótese:
1 – Jesus, dada a sua superioridade espiritual, não sofreria as dores físicas se assim desejasse.
Hoje, os estudiosos da neuro-ciência nos indicam meios de vencermos a dor, pela anulação dos seus efeitos a partir de uma vontade determinante do Espírito.
2 – Estava dito anteriormente pelos Profetas que o antecederam que aquele momento aconteceria.
Vejamos:
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas.
Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Mateus 26:56
O pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
Mateus 26-31.
Então Jesus lhes disse:
Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei.
3 – Quando Pedro fere a orelha de Malco, eis o que disse Jesus:
Então Jesus disse-lhe:
Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Mateus 26:52,53.
Conclui-se, portanto, que Jesus tinha pleno conhecimento do acto e não interferiu nele, daí que não se pode dizer que o “Afasta de mim este cálice” seria uma expressão de fraqueza ou medo.
Mostra, antes, a divina obediência de Jesus aos desígnios de Deus.
Mas, então, por que ele o teria dito como acima exposto pelos evangelistas?
Ora, Jesus detém o conhecimento profundo do homem e seus movimentos evolutivos.
Com a anunciação do Reino de Deus dentro e fora de cada um, presume-se que o homem encaminhe sua evolução de forma diferente, buscando o amor e a sabedoria como referências, caso contrário sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com a glória de Deus em si mesmo.
Jesus deseja o crescimento rápido do homem.
Além de ser o organizador e mantedor do Planeta é também o símbolo do cristo interno que há em cada um de nós.
A sua crucificação no calvário representa simbolicamente a crucificação que fazemos do cristo interno, impedindo nossos crescimentos em direcção a Deus.
Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.
Em Mateus:
“Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou:
Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice!
Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres". São Mateus, 26- 39.
Em Lucas:
Dizendo:
Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas. 22-43
Em Marcos:
E disse:
Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. Marcos, 14-36.
Se analisarmos apenas literalmente, os textos sugerem que Jesus, prevendo ou sabendo de antemão o que lhe aconteceria a seguir, pediu a Deus que aquilo tudo fosse tirado dele.
Há, contudo, fortes razões para que não acreditemos nesta hipótese:
1 – Jesus, dada a sua superioridade espiritual, não sofreria as dores físicas se assim desejasse.
Hoje, os estudiosos da neuro-ciência nos indicam meios de vencermos a dor, pela anulação dos seus efeitos a partir de uma vontade determinante do Espírito.
2 – Estava dito anteriormente pelos Profetas que o antecederam que aquele momento aconteceria.
Vejamos:
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas.
Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Mateus 26:56
O pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
Mateus 26-31.
Então Jesus lhes disse:
Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei.
3 – Quando Pedro fere a orelha de Malco, eis o que disse Jesus:
Então Jesus disse-lhe:
Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Mateus 26:52,53.
Conclui-se, portanto, que Jesus tinha pleno conhecimento do acto e não interferiu nele, daí que não se pode dizer que o “Afasta de mim este cálice” seria uma expressão de fraqueza ou medo.
Mostra, antes, a divina obediência de Jesus aos desígnios de Deus.
Mas, então, por que ele o teria dito como acima exposto pelos evangelistas?
Ora, Jesus detém o conhecimento profundo do homem e seus movimentos evolutivos.
Com a anunciação do Reino de Deus dentro e fora de cada um, presume-se que o homem encaminhe sua evolução de forma diferente, buscando o amor e a sabedoria como referências, caso contrário sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com a glória de Deus em si mesmo.
Jesus deseja o crescimento rápido do homem.
Além de ser o organizador e mantedor do Planeta é também o símbolo do cristo interno que há em cada um de nós.
A sua crucificação no calvário representa simbolicamente a crucificação que fazemos do cristo interno, impedindo nossos crescimentos em direcção a Deus.
Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Há, portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.
Observa-se ainda que desde o início Jesus já possui o plano de libertar o homem dos seus atrasos espirituais.
Utilizou para isso os Profetas que anunciaram esta mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós, momentos antes da sua crucificação como a nos dizer:
Parem de continuar crucificando o seu cristo interno!
Não era Jesus quem pedia o afastamento do cálice.
Ele, apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como nossos cristos internos bradam constantemente a nosso favor.
Pois, como ele disse que bastaria um pedido dele ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali.
Mas era necessária a lição daquele momento para o homem.
Ele, o cordeiro de Deus, imolando-se para que o homem aprenda e se liberte para o Pai, assim como Ele, liberto, fazia cumprir a vontade do mesmo Pai.
Esta é uma análise que deve se juntar a outras tantas que não coloquem Jesus como um Espírito fraco que foge do perigo e sim como um Ser extremamente superior que não teme o perigo para ajudar ao Pai a fazer seus filhos inferiores encontrarem o caminho das suas redenções espirituais.
Belíssima e profundíssima esta passagem no Monte das Oliveiras.
Que a entendamos, enfim.
§.§.§- Ave sem Ninho
Observa-se ainda que desde o início Jesus já possui o plano de libertar o homem dos seus atrasos espirituais.
Utilizou para isso os Profetas que anunciaram esta mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós, momentos antes da sua crucificação como a nos dizer:
Parem de continuar crucificando o seu cristo interno!
Não era Jesus quem pedia o afastamento do cálice.
Ele, apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como nossos cristos internos bradam constantemente a nosso favor.
Pois, como ele disse que bastaria um pedido dele ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali.
Mas era necessária a lição daquele momento para o homem.
Ele, o cordeiro de Deus, imolando-se para que o homem aprenda e se liberte para o Pai, assim como Ele, liberto, fazia cumprir a vontade do mesmo Pai.
Esta é uma análise que deve se juntar a outras tantas que não coloquem Jesus como um Espírito fraco que foge do perigo e sim como um Ser extremamente superior que não teme o perigo para ajudar ao Pai a fazer seus filhos inferiores encontrarem o caminho das suas redenções espirituais.
Belíssima e profundíssima esta passagem no Monte das Oliveiras.
Que a entendamos, enfim.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Deus na Natureza (Parte 4)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Crescia desmesuradamente na Europa o número de estudiosos embaídos pelas ideias materialistas.
Que disse Flammarion a respeito desse facto?
Ele cita nesta obra esse fato, mas afirma – com toda a sua autoridade de homem de ciência respeitado em sua época – que, mestres ou discípulos, quantos se apoiam em testemunhos da ciência experimental para concluir que Deus não existe cometem a mais grave inconsequência.
E acrescenta:
“Acusando-os dessa erronia, haveremos de justificar-nos, ainda que os incriminados possam, sob outro prisma, ser considerados homens eminentes e respeitáveis.
De resto, é mesmo em nome da ciência experimental que vimos combatê-los”.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
B. A ideia que nossos antepassados tinham de Deus tem variado ao longo do tempo?
Sim. Segundo Flammarion, a concepção humana acerca de Deus, em todas as épocas, sempre esteve de acordo com o grau de ciência sucessivamente adquirido pela Humanidade.
Ora, tal como o saber humano, essa ideia é variável e deve, necessariamente, progredir, pois, seja como for, cada uma das noções que constituem o património da inteligência deve seguir a par com o progresso geral, sob pena de ficar distanciada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
C. A matéria existe de toda a eternidade?
Segundo os materialistas contemporâneos de Flammarion, sim, a matéria existiria de toda a eternidade, revestida de umas tantas propriedades, de certos atributos, e essas propriedades qualificativas da matéria bastariam para explicar a existência, estado e conservação do mundo.
Flammarion contesta, evidentemente, essa concepção.
Os materialistas, ao pensarem assim, substituem um Deus-espírito por um Deus-matéria.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
Texto para leitura
69. O problema da existência de Deus é primacial a todos.
Nem por outro motivo é que, contra ele, se assestam as principais, as mais possantes baterias do Materialismo que nos propomos combater.
Pretende-se provar, com a ciência positiva, a inexistência de Deus e que uma tal hipótese não passa de aberração da inteligência humana.
Um grande número de homens sérios, convencidos do valor desses pretensos raciocínios científicos, enfileiraram-se ao redor desses inovadores recidivos, engrossando desmesuradamente as hostes materialistas, primeiro na Alemanha e depois na França, na Inglaterra, na Suíça e na própria Itália.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
70. Ora, nós não tememos dizer que, mestres ou discípulos, quantos se apoiam em testemunhos da ciência experimental para concluir que Deus não existe, cometem a mais grave inconsequência.
Acusando-os dessa erronia, haveremos de justificar-nos, ainda que os incriminados possam, sob outro prisma, ser considerados homens eminentes e respeitáveis.
De resto, é mesmo em nome da ciência experimental que vimos combatê-los.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
71. Em vão se nos objectará não podermos afirmar a existência de uma entidade que não conhecemos.
Precatemo-nos de presunções que tais.
Certo, não conhecemos Deus, mas, sem embargo, sabemos que existe.
Também não conhecemos a luz e sabemos que ela irradia das alturas celestes.
Tampouco, conhecemos a vida e sabemos que ela se desdobra em esplendores na superfície da Terra.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Crescia desmesuradamente na Europa o número de estudiosos embaídos pelas ideias materialistas.
Que disse Flammarion a respeito desse facto?
Ele cita nesta obra esse fato, mas afirma – com toda a sua autoridade de homem de ciência respeitado em sua época – que, mestres ou discípulos, quantos se apoiam em testemunhos da ciência experimental para concluir que Deus não existe cometem a mais grave inconsequência.
E acrescenta:
“Acusando-os dessa erronia, haveremos de justificar-nos, ainda que os incriminados possam, sob outro prisma, ser considerados homens eminentes e respeitáveis.
De resto, é mesmo em nome da ciência experimental que vimos combatê-los”.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
B. A ideia que nossos antepassados tinham de Deus tem variado ao longo do tempo?
Sim. Segundo Flammarion, a concepção humana acerca de Deus, em todas as épocas, sempre esteve de acordo com o grau de ciência sucessivamente adquirido pela Humanidade.
Ora, tal como o saber humano, essa ideia é variável e deve, necessariamente, progredir, pois, seja como for, cada uma das noções que constituem o património da inteligência deve seguir a par com o progresso geral, sob pena de ficar distanciada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
C. A matéria existe de toda a eternidade?
Segundo os materialistas contemporâneos de Flammarion, sim, a matéria existiria de toda a eternidade, revestida de umas tantas propriedades, de certos atributos, e essas propriedades qualificativas da matéria bastariam para explicar a existência, estado e conservação do mundo.
Flammarion contesta, evidentemente, essa concepção.
Os materialistas, ao pensarem assim, substituem um Deus-espírito por um Deus-matéria.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
Texto para leitura
69. O problema da existência de Deus é primacial a todos.
Nem por outro motivo é que, contra ele, se assestam as principais, as mais possantes baterias do Materialismo que nos propomos combater.
Pretende-se provar, com a ciência positiva, a inexistência de Deus e que uma tal hipótese não passa de aberração da inteligência humana.
Um grande número de homens sérios, convencidos do valor desses pretensos raciocínios científicos, enfileiraram-se ao redor desses inovadores recidivos, engrossando desmesuradamente as hostes materialistas, primeiro na Alemanha e depois na França, na Inglaterra, na Suíça e na própria Itália.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
70. Ora, nós não tememos dizer que, mestres ou discípulos, quantos se apoiam em testemunhos da ciência experimental para concluir que Deus não existe, cometem a mais grave inconsequência.
Acusando-os dessa erronia, haveremos de justificar-nos, ainda que os incriminados possam, sob outro prisma, ser considerados homens eminentes e respeitáveis.
De resto, é mesmo em nome da ciência experimental que vimos combatê-los.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
71. Em vão se nos objectará não podermos afirmar a existência de uma entidade que não conhecemos.
Precatemo-nos de presunções que tais.
Certo, não conhecemos Deus, mas, sem embargo, sabemos que existe.
Também não conhecemos a luz e sabemos que ela irradia das alturas celestes.
Tampouco, conhecemos a vida e sabemos que ela se desdobra em esplendores na superfície da Terra.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
72. “Longe estou de crer – dizia Goethe a Eckermann – que tenha uma exacta noção do Ser supremo.
Minhas opiniões, faladas ou escritas, resumem-se nisto:
Deus é incompreensível e o homem não tem a seu respeito mais que uma noção vaga e aproximativa.
De resto, toda a Natureza, e nós com ela, somos de tal modo penetrados pela Divindade que dela nos sustentamos, nela vivemos, respiramos, existimos.
Sofremos ou gozamos em conformidade de leis eternas, perante as quais representamos um papel activo e passivo ao mesmo tempo, quer o reconheçamos, quer não.
A criança regala-se com o bolo, sem cogitar de quem o fez, o pássaro belisca a cereja, sem imaginar como a mesma se formou.
Que sabemos de Deus?
E que significa, em suma, essa íntima intuição que temos de um Ser supremo?
Ainda mesmo que, a exemplo dos turcos, eu lhe desse cem nomes, ficaria infinitamente abaixo da verdade, tantos são os seus inumeráveis atributos...
Como o Ente supremo, a que chamamos Deus, manifesta-se não só no homem como no âmbito de uma Natureza rica e potente quanto nos grandes acontecimentos mundiais, a ideia que dele se faz é, evidentemente, exígua.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
73. A ideia que os antepassados formavam de Deus, em todas as épocas, sempre esteve de acordo com o grau de ciência sucessivamente adquirido pela Humanidade.
Tal como o saber humano, essa ideia é variável e deve, necessariamente, progredir, pois, seja como for, cada uma das noções que constituem o patrimônio da inteligência deve seguir a par com o progresso geral, sob pena de ficar distanciada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
74. Digamo-lo francamente:
em ciência experimental, Deus não pode ser admitido a priori e muito menos a destinação, ou finalidade, que presumimos apreender nas obras da Natureza.
As doutrinas apriorísticas caducaram, já se não admitem.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
75. Confessemo-nos com os materialistas e perguntemos se os que tomaram Deus e não a Natureza como ponto de partida explicaram, algum dia, as propriedades da matéria ou as leis que governam o mundo.
Puderam eles dizer-nos da mobilidade ou imobilidade do Sol?
– se a Terra era plana ou esférica?
– quais os desígnios de Deus, etc.? Absolutamente.
Mesmo porque, seria impossível.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
76. Partir de Deus para investigação e exame da Criação é processo baldo de nexo e de sentido.
Esse precário método para estudar a Natureza e inferir consequências filosóficas, no pressuposto de poder, com uma simples teoria, construir o Universo e fixar as verdades naturais, desacreditou-se, felizmente, há muito tempo.
Mas, pelo facto de havermos substituído a hipótese precedente pelos resultados do exame a posteriori, segue-se que devamos fechar os olhos e negar a inteligência, a sabedoria, a harmonia reveladas pela própria observação?
Haverá motivo para repudiar toda e qualquer conclusão filosófica e ficar a meio caminho, temerosos de atingir o fim?
E deveremos, por isso, rendermo-nos aos cépticos contemporâneos que, sem embargo de evidência, rejeitam toda luz e toda conclusão?
Pensamos que não. Muito ao contrário, pelo método que preconizam, constatamos as suas recusas e inconsequências.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
Minhas opiniões, faladas ou escritas, resumem-se nisto:
Deus é incompreensível e o homem não tem a seu respeito mais que uma noção vaga e aproximativa.
De resto, toda a Natureza, e nós com ela, somos de tal modo penetrados pela Divindade que dela nos sustentamos, nela vivemos, respiramos, existimos.
Sofremos ou gozamos em conformidade de leis eternas, perante as quais representamos um papel activo e passivo ao mesmo tempo, quer o reconheçamos, quer não.
A criança regala-se com o bolo, sem cogitar de quem o fez, o pássaro belisca a cereja, sem imaginar como a mesma se formou.
Que sabemos de Deus?
E que significa, em suma, essa íntima intuição que temos de um Ser supremo?
Ainda mesmo que, a exemplo dos turcos, eu lhe desse cem nomes, ficaria infinitamente abaixo da verdade, tantos são os seus inumeráveis atributos...
Como o Ente supremo, a que chamamos Deus, manifesta-se não só no homem como no âmbito de uma Natureza rica e potente quanto nos grandes acontecimentos mundiais, a ideia que dele se faz é, evidentemente, exígua.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
73. A ideia que os antepassados formavam de Deus, em todas as épocas, sempre esteve de acordo com o grau de ciência sucessivamente adquirido pela Humanidade.
Tal como o saber humano, essa ideia é variável e deve, necessariamente, progredir, pois, seja como for, cada uma das noções que constituem o patrimônio da inteligência deve seguir a par com o progresso geral, sob pena de ficar distanciada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
74. Digamo-lo francamente:
em ciência experimental, Deus não pode ser admitido a priori e muito menos a destinação, ou finalidade, que presumimos apreender nas obras da Natureza.
As doutrinas apriorísticas caducaram, já se não admitem.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
75. Confessemo-nos com os materialistas e perguntemos se os que tomaram Deus e não a Natureza como ponto de partida explicaram, algum dia, as propriedades da matéria ou as leis que governam o mundo.
Puderam eles dizer-nos da mobilidade ou imobilidade do Sol?
– se a Terra era plana ou esférica?
– quais os desígnios de Deus, etc.? Absolutamente.
Mesmo porque, seria impossível.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
76. Partir de Deus para investigação e exame da Criação é processo baldo de nexo e de sentido.
Esse precário método para estudar a Natureza e inferir consequências filosóficas, no pressuposto de poder, com uma simples teoria, construir o Universo e fixar as verdades naturais, desacreditou-se, felizmente, há muito tempo.
Mas, pelo facto de havermos substituído a hipótese precedente pelos resultados do exame a posteriori, segue-se que devamos fechar os olhos e negar a inteligência, a sabedoria, a harmonia reveladas pela própria observação?
Haverá motivo para repudiar toda e qualquer conclusão filosófica e ficar a meio caminho, temerosos de atingir o fim?
E deveremos, por isso, rendermo-nos aos cépticos contemporâneos que, sem embargo de evidência, rejeitam toda luz e toda conclusão?
Pensamos que não. Muito ao contrário, pelo método que preconizam, constatamos as suas recusas e inconsequências.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
77. Antes de qualquer controvérsia, importa determinar as posições recíprocas, por evitar mal-entendidos, esperando nós que as declarações precedentes bastem para esclarecer categoricamente a nossa atitude.
Combateremos francamente o materialismo, não com as armas da fé religiosa, não com os argumentos da fraseologia escolástica, não com as autoridades tradicionais, mas pelos raciocínios que a contemplação científica do Universo inspira e fecunda.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
78. Examinemos preliminarmente, num lanço-de-olhos, de conjunto, o processo geral do ateísmo hodierno.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
79. Esse processo assemelha-se sensivelmente ao de que se utilizou o barão de Holbach, nos fins do século 18, para fundamentar o seu famoso Sistema da Natureza, obra de um materialismo vulgar, para a qual achava Goethe não haver suficiente desprezo e costumava averbar de – “legítima quintessência da senectude, inepta e insulsa”.
O novo processo, mais exclusivamente científico, todavia, consiste principalmente em declarar que as forças que dirigem, não dirigem o mundo, isto é:
que em vez de governarem a matéria, antes se lhe escravizam e que é a matéria (inerte, cega, desprovida de inteligência) que, movendo-se de si mesma, se governa mediante leis, cujo alcance ela não pode, todavia, apreciar.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
80. Pretendem os nossos materialistas actuais que a matéria existe de toda a eternidade, revestida de umas tantas propriedades, de certos atributos e que essas propriedades qualificativas da matéria bastam para explicar a existência, estado e conservação do mundo.
Dessarte, substituem um Deus-espírito por um Deus-matéria.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
81. Ensinam que a matéria governa o mundo e que as forças químicas, físicas, mecânicas, não passam de qualidades.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
82. Para refutar um tal sistema, há que tomar, por conseguinte, o partido contrário e demonstrar um Deus-espírito, antes que um Deus-matéria, incompreensível, a reger a matéria; estabelecer que a substância é escrava antes que proprietária da força; provar que a direcção do mundo não cabe às moléculas cegas que o constituem, mas a forças sob cuja acção transparecem as leis supremas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
83. Fundamentalmente, o problema se resume nesta demonstração e nós esperamos que ela ressaltará brilhante dos estudos objectivados neste nosso trabalho.
E uma vez que os adversários se apoiam em legítimos factos científicos para estabelecer o erro, cumpre-nos contrabatê-los com esses mesmos factos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
84. A bem dizer, ainda que se demonstrasse que o Universo não é mais que um mecanismo material, cujas forças não se conjugam a um motor, mas remontam a matéria, subindo e descendo incessantes num sistema de motilidade perpétua, nem por isso a causa divina estaria perdida.
Contudo, desde os primórdios da Filosofia, a partir de Heráclito e Demócrito, o sistema mecânico do mundo constituiu-se o refúgio e o argumento dos ateus, enquanto o sistema dinâmico albergava e escorava os espiritualistas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
85. Nós, por princípio, filiamo-nos à concepção dinâmica e combatemos o sistema incompleto de um mecanismo sem construtor.
Muito judiciosamente, diz Caro(1):
- Por um lado o mecanismo tudo explica, mediante combinações e agrupamentos de átomos eternos.
Todas as variedades de fenómenos, o nascimento, a vida, a morte, mais não são que o resultado mecânico de composições e decomposições, a manifestação de sistemas atómicos que se reúnem e se separam.
O dinamismo, ao contrário, subordina todos os fenómenos e todos os seres à ideia de força.
O mundo é a expressão, seja de forças opostas e harmoniosas entre si, seja de uma força única, cuja metamorfose perpétua engendra a universalidade dos seres.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
Combateremos francamente o materialismo, não com as armas da fé religiosa, não com os argumentos da fraseologia escolástica, não com as autoridades tradicionais, mas pelos raciocínios que a contemplação científica do Universo inspira e fecunda.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
78. Examinemos preliminarmente, num lanço-de-olhos, de conjunto, o processo geral do ateísmo hodierno.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
79. Esse processo assemelha-se sensivelmente ao de que se utilizou o barão de Holbach, nos fins do século 18, para fundamentar o seu famoso Sistema da Natureza, obra de um materialismo vulgar, para a qual achava Goethe não haver suficiente desprezo e costumava averbar de – “legítima quintessência da senectude, inepta e insulsa”.
O novo processo, mais exclusivamente científico, todavia, consiste principalmente em declarar que as forças que dirigem, não dirigem o mundo, isto é:
que em vez de governarem a matéria, antes se lhe escravizam e que é a matéria (inerte, cega, desprovida de inteligência) que, movendo-se de si mesma, se governa mediante leis, cujo alcance ela não pode, todavia, apreciar.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
80. Pretendem os nossos materialistas actuais que a matéria existe de toda a eternidade, revestida de umas tantas propriedades, de certos atributos e que essas propriedades qualificativas da matéria bastam para explicar a existência, estado e conservação do mundo.
Dessarte, substituem um Deus-espírito por um Deus-matéria.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
81. Ensinam que a matéria governa o mundo e que as forças químicas, físicas, mecânicas, não passam de qualidades.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
82. Para refutar um tal sistema, há que tomar, por conseguinte, o partido contrário e demonstrar um Deus-espírito, antes que um Deus-matéria, incompreensível, a reger a matéria; estabelecer que a substância é escrava antes que proprietária da força; provar que a direcção do mundo não cabe às moléculas cegas que o constituem, mas a forças sob cuja acção transparecem as leis supremas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
83. Fundamentalmente, o problema se resume nesta demonstração e nós esperamos que ela ressaltará brilhante dos estudos objectivados neste nosso trabalho.
E uma vez que os adversários se apoiam em legítimos factos científicos para estabelecer o erro, cumpre-nos contrabatê-los com esses mesmos factos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
84. A bem dizer, ainda que se demonstrasse que o Universo não é mais que um mecanismo material, cujas forças não se conjugam a um motor, mas remontam a matéria, subindo e descendo incessantes num sistema de motilidade perpétua, nem por isso a causa divina estaria perdida.
Contudo, desde os primórdios da Filosofia, a partir de Heráclito e Demócrito, o sistema mecânico do mundo constituiu-se o refúgio e o argumento dos ateus, enquanto o sistema dinâmico albergava e escorava os espiritualistas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
85. Nós, por princípio, filiamo-nos à concepção dinâmica e combatemos o sistema incompleto de um mecanismo sem construtor.
Muito judiciosamente, diz Caro(1):
- Por um lado o mecanismo tudo explica, mediante combinações e agrupamentos de átomos eternos.
Todas as variedades de fenómenos, o nascimento, a vida, a morte, mais não são que o resultado mecânico de composições e decomposições, a manifestação de sistemas atómicos que se reúnem e se separam.
O dinamismo, ao contrário, subordina todos os fenómenos e todos os seres à ideia de força.
O mundo é a expressão, seja de forças opostas e harmoniosas entre si, seja de uma força única, cuja metamorfose perpétua engendra a universalidade dos seres.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
86. Pode-se constatar que, não obstante ser a explicação secundária das coisas, até certo ponto, independente da primária, ou metafísica, a História atesta o facto constante de uma afinidade natural:
de um lado, entre a explicação mecânica e a hipótese supressiva de Deus; e de outro lado, entre a teoria dinâmica e a hipótese que diviniza o mundo em seu princípio.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
87. A teoria mecânica, estabelecendo a pura necessidade matemática nas acções e reacções que formam a vida do mundo, é incompleta, por isso que suprime a causa e dissipa em névoa o mundo moral.
A teoria de uma força única, universal, sempre actual e formando a variedade dos seres pelas suas metamorfoses, ajusta essa misteriosa universalidade a uma força primordial.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
88. Poder-se-ia, portanto, acusar simplesmente o processo geral dos nossos contraditores de um erro gramatical, atribuindo à matéria um poder só cabível à força e pretendendo não passar esta de mero adjectivo qualificativo, quando lhe cabem os mesmos direitos daquela, na classe dos substantivos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
(Continua no próximo número.)
(1) La Philosophie de Goethe, capítulo 6º.
§.§.§- Ave sem Ninho
de um lado, entre a explicação mecânica e a hipótese supressiva de Deus; e de outro lado, entre a teoria dinâmica e a hipótese que diviniza o mundo em seu princípio.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
87. A teoria mecânica, estabelecendo a pura necessidade matemática nas acções e reacções que formam a vida do mundo, é incompleta, por isso que suprime a causa e dissipa em névoa o mundo moral.
A teoria de uma força única, universal, sempre actual e formando a variedade dos seres pelas suas metamorfoses, ajusta essa misteriosa universalidade a uma força primordial.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
88. Poder-se-ia, portanto, acusar simplesmente o processo geral dos nossos contraditores de um erro gramatical, atribuindo à matéria um poder só cabível à força e pretendendo não passar esta de mero adjectivo qualificativo, quando lhe cabem os mesmos direitos daquela, na classe dos substantivos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Força e a Matéria.)
(Continua no próximo número.)
(1) La Philosophie de Goethe, capítulo 6º.
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ESPÍRITOS PRESOS À TERRA APÓS A MORTE
Um ponto muito importante e que as pessoas precisam conhecer é sobre os espíritos presos a Terra.
É importante dizer que ninguém deve ficar prendendo mentalmente, de forma consciente ou inconsciente, um espírito junto delas, pois nesse caso, ela pode se tornar um “espírito preso a Terra” e gerar muito mal aos encarnados e a si próprio.
É muito comum que uma alma recém desencarnada fique presa a nós por conta de nosso apego.
Quando isso ocorre, ela pode sugar nossas energias, assim como nos transmitir toda a sua tristeza, confusão e até fazer com que fiquemos doentes e deprimidos.
Liberar o espírito é uma atitude mental e emocional de desapego.
Todos devem saber que os espíritos precisam ir ao plano espiritual e jamais devem ficar aqui na Terra presos a nós e a vida que viveram.
Se o espírito fica preso a vida que teve na Terra, ele não poderá ascender ao plano espiritual e consequentemente ficará estagnado em sua evolução.
Vamos dar um exemplo para que isso fique mais claro.
Prender um espírito seria algo semelhante ao pai ficar prendendo seu filho em casa, não aceitando sua independência, após os 20, 25, 30, 35 anos ou até mais de 40 anos.
É uma situação indesejável, pois o natural de se ocorrer é o filho sair de casa logo após os 20 anos de idade, até os 25 anos.
A independência de um filho deve ser desejada pelo pai, ao invés de sua prisão.
Mas sabemos que alguns pais não aceitam essa autonomia dos filhos, e por isso fazem o que podem para ficar prendendo eles em casa.
O mesmo ocorre com as pessoas que desencarnaram.
O encarnado pode entrar em crise, por conta do apego e desejar a todo custo prender o espírito ao plano material.
Mas essa vida que o espírito viveu antes de desencarnar já se foi, não é mais para ele, sua missão já se findou e agora ele precisa ir a outro plano, viver numa outra realidade, para aprender e se preparar para uma nova vida no futuro.
Aqueles que ficam prendendo o espírito à matéria, junto deles mesmos, sofrem e podem assimilar toda sorte de energias negativas do espírito, que também pode estar apegado e deprimido com sua partida.
O encarnado fica alimentando a tristeza do desencarnado e vice versa, e assim, ambos sofrem e afundam conjuntamente.
É necessário permitir que a alma ascenda ao plano espiritual e não fique aprisionada na matéria.
Portanto, uma forma de diminuir nossa dor é permitir a partida do espírito que pode ter ficado preso a Terra.
Fonte: Site Espirit Book
§.§.§- Ave sem Ninho
É importante dizer que ninguém deve ficar prendendo mentalmente, de forma consciente ou inconsciente, um espírito junto delas, pois nesse caso, ela pode se tornar um “espírito preso a Terra” e gerar muito mal aos encarnados e a si próprio.
É muito comum que uma alma recém desencarnada fique presa a nós por conta de nosso apego.
Quando isso ocorre, ela pode sugar nossas energias, assim como nos transmitir toda a sua tristeza, confusão e até fazer com que fiquemos doentes e deprimidos.
Liberar o espírito é uma atitude mental e emocional de desapego.
Todos devem saber que os espíritos precisam ir ao plano espiritual e jamais devem ficar aqui na Terra presos a nós e a vida que viveram.
Se o espírito fica preso a vida que teve na Terra, ele não poderá ascender ao plano espiritual e consequentemente ficará estagnado em sua evolução.
Vamos dar um exemplo para que isso fique mais claro.
Prender um espírito seria algo semelhante ao pai ficar prendendo seu filho em casa, não aceitando sua independência, após os 20, 25, 30, 35 anos ou até mais de 40 anos.
É uma situação indesejável, pois o natural de se ocorrer é o filho sair de casa logo após os 20 anos de idade, até os 25 anos.
A independência de um filho deve ser desejada pelo pai, ao invés de sua prisão.
Mas sabemos que alguns pais não aceitam essa autonomia dos filhos, e por isso fazem o que podem para ficar prendendo eles em casa.
O mesmo ocorre com as pessoas que desencarnaram.
O encarnado pode entrar em crise, por conta do apego e desejar a todo custo prender o espírito ao plano material.
Mas essa vida que o espírito viveu antes de desencarnar já se foi, não é mais para ele, sua missão já se findou e agora ele precisa ir a outro plano, viver numa outra realidade, para aprender e se preparar para uma nova vida no futuro.
Aqueles que ficam prendendo o espírito à matéria, junto deles mesmos, sofrem e podem assimilar toda sorte de energias negativas do espírito, que também pode estar apegado e deprimido com sua partida.
O encarnado fica alimentando a tristeza do desencarnado e vice versa, e assim, ambos sofrem e afundam conjuntamente.
É necessário permitir que a alma ascenda ao plano espiritual e não fique aprisionada na matéria.
Portanto, uma forma de diminuir nossa dor é permitir a partida do espírito que pode ter ficado preso a Terra.
Fonte: Site Espirit Book
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A ave e o hipopótamo
Uma avezinha que estava sempre a se beneficiar de um grande hipopótamo, alimentando-se dos insectos que pousavam sobre sua grossa pele, certo dia estranhou vê-lo deitado no meio do mato, sem se mover.
Aproximou-se mais, batendo as asinhas no ar e pensando:
— O que terá acontecido com esse hipopótamo?
Ele deve estar muito mal, pois nem os insectos estão pousando em sua pele!...
Preocupada, a avezinha ali permaneceu, cuidando do enorme animal que não se mexia e nem abria os olhos, mantendo-os fechados.
Então, a avezinha ficou por perto, observando o hipopótamo.
Nem uma vez ele se mexeu!
Cheia de piedade daquele que por tanto tempo lhe servira de meio de alimentação, e que agora parecia morto, a avezinha, vendo-lhe a boca aberta, teve uma ideia: resolveu alimentá-lo.
Como sempre se beneficiara dele, agora queria ajudá-lo.
Assim, ela procurou no meio do mato resto de alimentos que pudessem lhe servir e começou a trazer com grande dificuldade pelo peso que tinham, mas que ela sabia seria bom para o grande animal, seu amigo.
Assim, ela trazia o que achava, colocava na boca do animal que, ao sentir a comida, punha-se a mastigá-la e, desse modo, ia-se fortalecendo aos poucos.
Satisfeita, a avezinha voltava para a floresta em busca de mais alimentos para seu amigo hipopótamo.
No final do dia ela estava exausta, mas contente por ter conseguido ajudar aquele que sempre fora sua maior fonte de insectos e, também, sabendo que ele precisava de água, mergulhava num riacho e depois, chegando perto dele, ela batia as asinhas e jogava-lhe as gotas de água na boca, que se refrescava com a água, fortalecendo-se.
Desse modo, logo o hipopótamo estava se recuperando.
Abrindo os olhos, pôde ver quem o auxiliava.
Então, ele perguntou:
— Avezinha, porque está me ajudando?
Agradeço-lhe, mas sou grande e pesado.
Todos fogem de mim, mas não você!...
Não tem medo?
Então, batendo as asinhas, ela disse:
— É que eu preciso de você, pois me alimento dos insectos que ficam em sua pele.
Sem eles, eu morreria!...
E o hipopótamo, olhando a bela avezinha, murmurou:
— Pois você salvou minha vida, avezinha!
Sou muito grato a você que tanto me ajudou. Obrigado!
Desse modo, nos ajudamos mutuamente!
Quero ser seu amigo para sempre.
E a avezinha piou dizendo:
— Eu também, meu amigo hipopótamo. Amigos então?
— Sim! E nos ajudaremos mutuamente, não é?
— Sim, meu grande amigo.
Gosto muito de você e nos fortaleceremos.
Assim, a avezinha pousou na grossa pele do hipopótamo, fazendo-lhe um agrado nas costas, e ele, chegando o imenso nariz no bico da avezinha, disse:
— Então, vamos ser amigos para sempre?
— Sim! Ambos nos ajudaremos e nossa amizade só crescerá!
A avezinha deu um beijo no hipopótamo que respondeu encostando a imensa boca nas penas dela.
A partir desse dia, todos os animais que passavam por eles estranhavam ver uma linda ave passeando no lombo do enorme hipopótamo, enquanto conversava com ele.
MEIMEI
(Página psicografada por Célia Xavier de Camargo, em 22/05/2017.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Aproximou-se mais, batendo as asinhas no ar e pensando:
— O que terá acontecido com esse hipopótamo?
Ele deve estar muito mal, pois nem os insectos estão pousando em sua pele!...
Preocupada, a avezinha ali permaneceu, cuidando do enorme animal que não se mexia e nem abria os olhos, mantendo-os fechados.
Então, a avezinha ficou por perto, observando o hipopótamo.
Nem uma vez ele se mexeu!
Cheia de piedade daquele que por tanto tempo lhe servira de meio de alimentação, e que agora parecia morto, a avezinha, vendo-lhe a boca aberta, teve uma ideia: resolveu alimentá-lo.
Como sempre se beneficiara dele, agora queria ajudá-lo.
Assim, ela procurou no meio do mato resto de alimentos que pudessem lhe servir e começou a trazer com grande dificuldade pelo peso que tinham, mas que ela sabia seria bom para o grande animal, seu amigo.
Assim, ela trazia o que achava, colocava na boca do animal que, ao sentir a comida, punha-se a mastigá-la e, desse modo, ia-se fortalecendo aos poucos.
Satisfeita, a avezinha voltava para a floresta em busca de mais alimentos para seu amigo hipopótamo.
No final do dia ela estava exausta, mas contente por ter conseguido ajudar aquele que sempre fora sua maior fonte de insectos e, também, sabendo que ele precisava de água, mergulhava num riacho e depois, chegando perto dele, ela batia as asinhas e jogava-lhe as gotas de água na boca, que se refrescava com a água, fortalecendo-se.
Desse modo, logo o hipopótamo estava se recuperando.
Abrindo os olhos, pôde ver quem o auxiliava.
Então, ele perguntou:
— Avezinha, porque está me ajudando?
Agradeço-lhe, mas sou grande e pesado.
Todos fogem de mim, mas não você!...
Não tem medo?
Então, batendo as asinhas, ela disse:
— É que eu preciso de você, pois me alimento dos insectos que ficam em sua pele.
Sem eles, eu morreria!...
E o hipopótamo, olhando a bela avezinha, murmurou:
— Pois você salvou minha vida, avezinha!
Sou muito grato a você que tanto me ajudou. Obrigado!
Desse modo, nos ajudamos mutuamente!
Quero ser seu amigo para sempre.
E a avezinha piou dizendo:
— Eu também, meu amigo hipopótamo. Amigos então?
— Sim! E nos ajudaremos mutuamente, não é?
— Sim, meu grande amigo.
Gosto muito de você e nos fortaleceremos.
Assim, a avezinha pousou na grossa pele do hipopótamo, fazendo-lhe um agrado nas costas, e ele, chegando o imenso nariz no bico da avezinha, disse:
— Então, vamos ser amigos para sempre?
— Sim! Ambos nos ajudaremos e nossa amizade só crescerá!
A avezinha deu um beijo no hipopótamo que respondeu encostando a imensa boca nas penas dela.
A partir desse dia, todos os animais que passavam por eles estranhavam ver uma linda ave passeando no lombo do enorme hipopótamo, enquanto conversava com ele.
MEIMEI
(Página psicografada por Célia Xavier de Camargo, em 22/05/2017.)
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Honra à Liberdade
“Para o acesso à verdade, cada um tem seu dia.”
Como título “Em Honra da Liberdade”, Emmanuel nos convida, no livro Palavras de Vida Eterna, lição 58, a reflectir, junto com ele, sobre uma mensagem que o Apóstolo Paulo envia ao povo de Colossos.
Encontramo-la em Colossenses, capítulo 2, versículo 8, que diz o seguinte:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo o Cristo”.
Paulo nada mais fez do que confirmar nessa epístola o que Jesus já havia ensinado quando enfatizou:
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João, 8:32.)
O que isso verdadeiramente significa para nós?
Significa que todas as vezes que nos inclinarmos a violentar o pensamento alheio com nossas “verdades” e “certezas eternas” seria bom nos lembrarmos dessas palavras do Mestre.
A Bondade Suprema, a bondade de Deus, que é infinitamente invariável, deixa os homens livres para adquirirem conhecimentos.
A partir daí, no nosso entendimento, dois caminhos se apresentam para nossa reflexão:
quem ensina e o que ensina e quem aprende e o que aprende.
No primeiro caso, Emmanuel nos adverte da presença, em nosso caminho evolutivo, de criaturas a nos convidarem à indisciplina e à estagnação.
E por essa razão é importante que fiquemos alertas a esses chamamentos, sobretudo se já alcançamos alguma luz e se já possuímos algum conhecimento, por menor que seja, dos ensinamentos do Cristo.
Invigilantes que somos, quase sempre em relação às nossas condutas do dia a dia, poderemos ser surpreendidos por pessoas que procuram nos constranger a ler a cartilha da realidade pelos seus olhos – e não pelos nossos – e a interpretar os ensinamentos do quotidiano pelas suas cabeças, e não pelas nossas.
Desfiguram os preceitos da verdade, fantasiando fatos, armando ciladas para nosso orgulho e nosso egoísmo – ainda tão presentes em nossa existência planetária –levando-nos à rebelião, ao pessimismo, à viciação e à inutilidade.
Somos, parece-nos, alvos fáceis porque ainda não despertamos para a verdade do Cristo, que nos convida, constante e incansavelmente, à modificação de nossas disposições íntimas para o crescimento e a evolução espiritual.
Somos renitentes porque insistimos em saber mais do que Ele, de imaginar que conhecemos mais nossas necessidades do que Ele, de que temos muito tempo ainda pela frente e é preciso “aproveitar a vida”.
Convém, pois, que nos acautelemos para não sermos limitados na nossa liberdade de agir, pensar e sentir.
Jesus nos converte em filhos emancipados da Criação e não em escravos de sistemas fantasiosos, no dizer de Emmanuel.
O segundo caminho, para nossa reflexão, diz respeito a nós próprios, ou seja, quem aprende e o que aprende.
Mais uma vez, o autor espiritual nos alerta para a renovação interior, para a modificação dos nossos sentimentos – principalmente da vontade de sermos os agentes desse processo –, buscando o esclarecimento para a solução dos problemas fundamentais da vida, quais sejam os problemas do ser (quem sou), do destino (de onde vim e para onde vou) e da dor (por que estou na Terra passando por tantas aflições).
Convida-nos, assim, a ficar vigilantes em relação ao que o Cristo nos ensinou sem deturpações, sem ilusões vãs, sentindo verdadeiramente a necessidade de encontrar essa ampliação em amor e sabedoria, através do trabalho no bem, do conhecimento da verdade que liberta e da iniciativa de procurar o melhor caminho para nos tornarmos bons.
Quando Jesus disse:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, o “Mestre não designou lugar, não traçou condições, não estatuiu roteiros, nem especificou tempo.
Prometeu simplesmente ‘conhecereis a verdade’, e, para o acesso à verdade, cada um tem seu dia”.
Bibliografia:
Xavier, F. C. – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 20ª ed., Edição CEC – Uberaba/MG – lição 130.
§.§.§- Ave sem Ninho
Como título “Em Honra da Liberdade”, Emmanuel nos convida, no livro Palavras de Vida Eterna, lição 58, a reflectir, junto com ele, sobre uma mensagem que o Apóstolo Paulo envia ao povo de Colossos.
Encontramo-la em Colossenses, capítulo 2, versículo 8, que diz o seguinte:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo o Cristo”.
Paulo nada mais fez do que confirmar nessa epístola o que Jesus já havia ensinado quando enfatizou:
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João, 8:32.)
O que isso verdadeiramente significa para nós?
Significa que todas as vezes que nos inclinarmos a violentar o pensamento alheio com nossas “verdades” e “certezas eternas” seria bom nos lembrarmos dessas palavras do Mestre.
A Bondade Suprema, a bondade de Deus, que é infinitamente invariável, deixa os homens livres para adquirirem conhecimentos.
A partir daí, no nosso entendimento, dois caminhos se apresentam para nossa reflexão:
quem ensina e o que ensina e quem aprende e o que aprende.
No primeiro caso, Emmanuel nos adverte da presença, em nosso caminho evolutivo, de criaturas a nos convidarem à indisciplina e à estagnação.
E por essa razão é importante que fiquemos alertas a esses chamamentos, sobretudo se já alcançamos alguma luz e se já possuímos algum conhecimento, por menor que seja, dos ensinamentos do Cristo.
Invigilantes que somos, quase sempre em relação às nossas condutas do dia a dia, poderemos ser surpreendidos por pessoas que procuram nos constranger a ler a cartilha da realidade pelos seus olhos – e não pelos nossos – e a interpretar os ensinamentos do quotidiano pelas suas cabeças, e não pelas nossas.
Desfiguram os preceitos da verdade, fantasiando fatos, armando ciladas para nosso orgulho e nosso egoísmo – ainda tão presentes em nossa existência planetária –levando-nos à rebelião, ao pessimismo, à viciação e à inutilidade.
Somos, parece-nos, alvos fáceis porque ainda não despertamos para a verdade do Cristo, que nos convida, constante e incansavelmente, à modificação de nossas disposições íntimas para o crescimento e a evolução espiritual.
Somos renitentes porque insistimos em saber mais do que Ele, de imaginar que conhecemos mais nossas necessidades do que Ele, de que temos muito tempo ainda pela frente e é preciso “aproveitar a vida”.
Convém, pois, que nos acautelemos para não sermos limitados na nossa liberdade de agir, pensar e sentir.
Jesus nos converte em filhos emancipados da Criação e não em escravos de sistemas fantasiosos, no dizer de Emmanuel.
O segundo caminho, para nossa reflexão, diz respeito a nós próprios, ou seja, quem aprende e o que aprende.
Mais uma vez, o autor espiritual nos alerta para a renovação interior, para a modificação dos nossos sentimentos – principalmente da vontade de sermos os agentes desse processo –, buscando o esclarecimento para a solução dos problemas fundamentais da vida, quais sejam os problemas do ser (quem sou), do destino (de onde vim e para onde vou) e da dor (por que estou na Terra passando por tantas aflições).
Convida-nos, assim, a ficar vigilantes em relação ao que o Cristo nos ensinou sem deturpações, sem ilusões vãs, sentindo verdadeiramente a necessidade de encontrar essa ampliação em amor e sabedoria, através do trabalho no bem, do conhecimento da verdade que liberta e da iniciativa de procurar o melhor caminho para nos tornarmos bons.
Quando Jesus disse:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, o “Mestre não designou lugar, não traçou condições, não estatuiu roteiros, nem especificou tempo.
Prometeu simplesmente ‘conhecereis a verdade’, e, para o acesso à verdade, cada um tem seu dia”.
Bibliografia:
Xavier, F. C. – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 20ª ed., Edição CEC – Uberaba/MG – lição 130.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1860 - Parte 1
Iniciamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo foi baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Que importância tem Deus para o Espiritismo?
B. O perispírito pode tomar a forma desejada pelo Espírito?
C. Os desencarnados possuem vestimentas?
D. Que qualidades dos médiuns mais atraem os bons Espíritos?
Texto para leitura
1. O ano de 1860 foi, para o Espiritismo, um ano fecundo e foi nele que Allan Kardec iniciou suas viagens de propaganda e orientação do movimento espírita francês, começando por Lyon. (Prefácio)
2. É uma perda de tempo discutir com gente que desconhece o abc daquilo de que fala.
"Estudai primeiro, e veremos depois", propõe Kardec. (P. 1)
3. Com a certeza do futuro, tudo muda de aspecto: o presente é coisa efémera; vemo-lo escoar-se sem tristeza; o homem é menos dado aos gozos terrenos, porque estes não lhe trazem senão uma sensação fugidia. (P. 3)
4. O Espiritismo é forte, porque se apoia nas bases da religião:
Deus, a alma, as penas e recompensas futuras, baseadas naquilo que fazemos. (P. 4)
5. Em 16/12/1859 o jornal "Siècle" informou que o Magnetismo animal, conduzido à Academia pelo dr. Paul Broca e experimentado por diversos médicos, era a grande novidade do dia.
A esses factos em 7/7/1852, sete anos antes, o médico escocês dr. Braid chamou de hipnotismo. (P. 8)
6. Kardec alude aos métodos usados pelo Abade Faria e pelo dr. Paul Broca para hipnotizar as pessoas. (PP. 8 e 9)
7. Eis os fenómenos atribuídos ao hipnotismo pelo dr. Braid:
a) exaltação da sensibilidade;
b) sentimentos sugeridos;
c) ideias provocadas;
d) acréscimo de força muscular.
Um paciente hipnotizado pelo dr. Braid conseguiu levantar com o polegar um peso de 14 quilos e girá-lo em torno de sua cabeça, certo de que o peso era leve como uma pluma. (PP. 10 e 11)
8. O Conde R..., quando dormia, foi evocado por Kardec e disse que seu corpo dormia, isto é, estava mais ou menos inerte, diferentemente dos sonâmbulos, que não dormem. (P. 13)
9. No dia seguinte, o Conde R... contou que tinha sonhado que se achava na Sociedade, entre Kardec e o médium. (P. 15)
10. Evocado de novo na semana seguinte, o Conde R... informou que ele poderia ir a outros planetas situados no mesmo grau da Terra. (P. 18)
11. Aconselha um Espírito familiar que, quando experimentarmos qualquer pesar, devemos resistir e fazer todo esforço para não nos abandonarmos à tristeza, lembrando que nada se obtém sem trabalho. (P. 21)
12. O mesmo Espírito, falando sobre a eternidade, diz que esta é feita de dois períodos: o da prova, que poderia chamar-se de incubação, e o da eclosão, ou entrada na vida verdadeira, a da felicidade dos eleitos. (P. 22)
13. É grave erro imaginar que um imbecil, um ignorante, se torna um génio, um sábio, desde que deixou seu invólucro material. (P. 26)
14. Jobard critica os que ocultam seus nomes na veiculação dos factos espíritas.
Diz Jobard: "Hoje que, enfim, as academias admitem o magnetismo e o sonambulismo, primos-irmãos do Espiritismo, é necessário que seus partidários se disponham a assinar com todas as letras.
O medo do que dirão é um sentimento covarde e mau". Kardec o apoia com restrições. (P. 28)
Este estudo foi baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Que importância tem Deus para o Espiritismo?
B. O perispírito pode tomar a forma desejada pelo Espírito?
C. Os desencarnados possuem vestimentas?
D. Que qualidades dos médiuns mais atraem os bons Espíritos?
Texto para leitura
1. O ano de 1860 foi, para o Espiritismo, um ano fecundo e foi nele que Allan Kardec iniciou suas viagens de propaganda e orientação do movimento espírita francês, começando por Lyon. (Prefácio)
2. É uma perda de tempo discutir com gente que desconhece o abc daquilo de que fala.
"Estudai primeiro, e veremos depois", propõe Kardec. (P. 1)
3. Com a certeza do futuro, tudo muda de aspecto: o presente é coisa efémera; vemo-lo escoar-se sem tristeza; o homem é menos dado aos gozos terrenos, porque estes não lhe trazem senão uma sensação fugidia. (P. 3)
4. O Espiritismo é forte, porque se apoia nas bases da religião:
Deus, a alma, as penas e recompensas futuras, baseadas naquilo que fazemos. (P. 4)
5. Em 16/12/1859 o jornal "Siècle" informou que o Magnetismo animal, conduzido à Academia pelo dr. Paul Broca e experimentado por diversos médicos, era a grande novidade do dia.
A esses factos em 7/7/1852, sete anos antes, o médico escocês dr. Braid chamou de hipnotismo. (P. 8)
6. Kardec alude aos métodos usados pelo Abade Faria e pelo dr. Paul Broca para hipnotizar as pessoas. (PP. 8 e 9)
7. Eis os fenómenos atribuídos ao hipnotismo pelo dr. Braid:
a) exaltação da sensibilidade;
b) sentimentos sugeridos;
c) ideias provocadas;
d) acréscimo de força muscular.
Um paciente hipnotizado pelo dr. Braid conseguiu levantar com o polegar um peso de 14 quilos e girá-lo em torno de sua cabeça, certo de que o peso era leve como uma pluma. (PP. 10 e 11)
8. O Conde R..., quando dormia, foi evocado por Kardec e disse que seu corpo dormia, isto é, estava mais ou menos inerte, diferentemente dos sonâmbulos, que não dormem. (P. 13)
9. No dia seguinte, o Conde R... contou que tinha sonhado que se achava na Sociedade, entre Kardec e o médium. (P. 15)
10. Evocado de novo na semana seguinte, o Conde R... informou que ele poderia ir a outros planetas situados no mesmo grau da Terra. (P. 18)
11. Aconselha um Espírito familiar que, quando experimentarmos qualquer pesar, devemos resistir e fazer todo esforço para não nos abandonarmos à tristeza, lembrando que nada se obtém sem trabalho. (P. 21)
12. O mesmo Espírito, falando sobre a eternidade, diz que esta é feita de dois períodos: o da prova, que poderia chamar-se de incubação, e o da eclosão, ou entrada na vida verdadeira, a da felicidade dos eleitos. (P. 22)
13. É grave erro imaginar que um imbecil, um ignorante, se torna um génio, um sábio, desde que deixou seu invólucro material. (P. 26)
14. Jobard critica os que ocultam seus nomes na veiculação dos factos espíritas.
Diz Jobard: "Hoje que, enfim, as academias admitem o magnetismo e o sonambulismo, primos-irmãos do Espiritismo, é necessário que seus partidários se disponham a assinar com todas as letras.
O medo do que dirão é um sentimento covarde e mau". Kardec o apoia com restrições. (P. 28)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
15. Kardec diz que certos Espíritos revêem com prazer os lugares onde viveram e sentem o encanto da saudade. (P. 29)
16. O Sr. Thiry observa que muitos Espíritos sofredores pedem o auxílio da prece, para lhes abrandar as penas; mas, como podem ser perdidos de vista, propõe que em cada sessão o Presidente lhes lembre os nomes. (P. 30)
17. O Espírito pode dar ao perispírito a forma que deseje, como ocorreu com o rei de Kanala, que apareceu de cabeça branca e mãos negras. (P. 31)
18. Uma mensagem recebida em Lyon diz que a reforma da Humanidade se prepara pela encarnação na Terra de Espíritos melhores e pelo exílio dos homens votados ao mal, que reencarnarão em um mundo inferior à Terra. (P. 40)
19. Após debater o assunto, a Sociedade concluiu que o Espírito pode decair como posição, mas não quanto às aptidões adquiridas. (P. 41)
20. Kardec diz que as aparições espontâneas são bastante frequentes, mas acidentais e quase sempre motivadas por uma circunstância especial. (P. 41)
21. Os Espíritos podem ser vistos sob vários aspectos, dos quais o mais frequente é a forma humana. (P. 42)
22. Suas vestes geralmente se compõem de um paneamento, terminando em longa túnica flutuante.
Isso quanto aos Espíritos superiores, mas os Espíritos vulgares quase sempre têm a roupa usada nos últimos tempos. (P. 42)
23. Os Espíritos superiores têm sempre um rosto belo, nobre e sereno; ao contrário, os inferiores apresentam uma fisionomia vulgar. (P. 43)
24. Entre as faculdades do Sr. Home, uma permitia fazer aparecerem mãos tangíveis que podiam ser apalpadas e pegar objetos. (P. 43)
25. Recomenda Kardec: quando um efeito não for inteligente por si mesmo, e independente da inteligência dos homens, devemos olhá-lo duas vezes antes de atribuí-lo aos Espíritos. (P. 45)
26. A natureza das comunicações é sempre relativa à natureza do Espírito e traz o cunho de sua elevação ou inferioridade, do seu saber ou ignorância. (P. 45)
27. Para que uma comunicação seja boa, é preciso que venha de um Espírito bom, e é necessário, para isso, um bom instrumento. (P. 47)
28. Os Espíritos devotados ao bem procuram em seus intérpretes, além da aptidão fisiológica, certas qualidades morais, entre as quais figuram em primeira linha o devotamento e o desinteresse. (P. 47) (Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Que importância tem Deus para o Espiritismo?
O conceito de Deus é tão importante na Doutrina Espírita que Kardec chegou a afirmar que o Espiritismo é forte porque se apoia nas bases da religião:
Deus, a alma, as penas e recompensas futuras, baseadas estas naquilo que fazemos. (Revue Spirite de 1860, p. 4.)
B. O perispírito pode tomar a forma desejada pelo Espírito?
Sim. O Espírito pode dar ao perispírito a forma que deseja, como ocorreu com o rei de Kanala, que apareceu na reunião de cabeça branca e mãos negras. (Obra citada, p. 31.)
C. Os desencarnados possuem vestimentas?
Os Espíritos podem ser vistos sob vários aspectos, dos quais o mais frequente é a forma humana, e suas vestes se compõem, geralmente, de um paneamento, terminando em longa túnica flutuante.
Isso quanto aos Espíritos superiores, pois os Espíritos vulgares quase sempre têm a roupa semelhante à usada nos últimos tempos. (Obra citada, p. 42.)
D. Que qualidades dos médiuns mais atraem os bons Espíritos?
Os Espíritos devotados ao bem procuram em seus intérpretes, além da aptidão fisiológica, certas qualidades morais, entre as quais figuram em primeira linha o devotamento e o desinteresse. (Obra citada, p. 47.)
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16. O Sr. Thiry observa que muitos Espíritos sofredores pedem o auxílio da prece, para lhes abrandar as penas; mas, como podem ser perdidos de vista, propõe que em cada sessão o Presidente lhes lembre os nomes. (P. 30)
17. O Espírito pode dar ao perispírito a forma que deseje, como ocorreu com o rei de Kanala, que apareceu de cabeça branca e mãos negras. (P. 31)
18. Uma mensagem recebida em Lyon diz que a reforma da Humanidade se prepara pela encarnação na Terra de Espíritos melhores e pelo exílio dos homens votados ao mal, que reencarnarão em um mundo inferior à Terra. (P. 40)
19. Após debater o assunto, a Sociedade concluiu que o Espírito pode decair como posição, mas não quanto às aptidões adquiridas. (P. 41)
20. Kardec diz que as aparições espontâneas são bastante frequentes, mas acidentais e quase sempre motivadas por uma circunstância especial. (P. 41)
21. Os Espíritos podem ser vistos sob vários aspectos, dos quais o mais frequente é a forma humana. (P. 42)
22. Suas vestes geralmente se compõem de um paneamento, terminando em longa túnica flutuante.
Isso quanto aos Espíritos superiores, mas os Espíritos vulgares quase sempre têm a roupa usada nos últimos tempos. (P. 42)
23. Os Espíritos superiores têm sempre um rosto belo, nobre e sereno; ao contrário, os inferiores apresentam uma fisionomia vulgar. (P. 43)
24. Entre as faculdades do Sr. Home, uma permitia fazer aparecerem mãos tangíveis que podiam ser apalpadas e pegar objetos. (P. 43)
25. Recomenda Kardec: quando um efeito não for inteligente por si mesmo, e independente da inteligência dos homens, devemos olhá-lo duas vezes antes de atribuí-lo aos Espíritos. (P. 45)
26. A natureza das comunicações é sempre relativa à natureza do Espírito e traz o cunho de sua elevação ou inferioridade, do seu saber ou ignorância. (P. 45)
27. Para que uma comunicação seja boa, é preciso que venha de um Espírito bom, e é necessário, para isso, um bom instrumento. (P. 47)
28. Os Espíritos devotados ao bem procuram em seus intérpretes, além da aptidão fisiológica, certas qualidades morais, entre as quais figuram em primeira linha o devotamento e o desinteresse. (P. 47) (Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Que importância tem Deus para o Espiritismo?
O conceito de Deus é tão importante na Doutrina Espírita que Kardec chegou a afirmar que o Espiritismo é forte porque se apoia nas bases da religião:
Deus, a alma, as penas e recompensas futuras, baseadas estas naquilo que fazemos. (Revue Spirite de 1860, p. 4.)
B. O perispírito pode tomar a forma desejada pelo Espírito?
Sim. O Espírito pode dar ao perispírito a forma que deseja, como ocorreu com o rei de Kanala, que apareceu na reunião de cabeça branca e mãos negras. (Obra citada, p. 31.)
C. Os desencarnados possuem vestimentas?
Os Espíritos podem ser vistos sob vários aspectos, dos quais o mais frequente é a forma humana, e suas vestes se compõem, geralmente, de um paneamento, terminando em longa túnica flutuante.
Isso quanto aos Espíritos superiores, pois os Espíritos vulgares quase sempre têm a roupa semelhante à usada nos últimos tempos. (Obra citada, p. 42.)
D. Que qualidades dos médiuns mais atraem os bons Espíritos?
Os Espíritos devotados ao bem procuram em seus intérpretes, além da aptidão fisiológica, certas qualidades morais, entre as quais figuram em primeira linha o devotamento e o desinteresse. (Obra citada, p. 47.)
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Nobilitação necessária
Cair é acidente próprio dos que caminham
"(...) progredir sempre: tal é a Lei." - Allan Kardec.
Descoroçoamos - vezes sem conto - pelos ásperos caminhos da longa jornada evolutiva que há milénios empreendemos...
Quando mais esclarecidos, é com muita tristeza que observamos a superlativa defasagem entre o que somos e o que já deveríamos ser; e, desalentados, repetimos para nós mesmos, intimamente:
- Constato que não sirvo para nada...
- Não consigo melhorar-me...
- Como trabalhar para Jesus se não sou santo?
- Acoroçoo maus pensamentos. Não posso orar!
- Não tem jeito comigo!...
- Sou um poço de iniquidades...
- Minhas fraquezas e erros impedem a ascensão.
- Sinto-me um verme etc...
Vergados sob o peso de tais ideias, fugimos, envergonhados, dos arraiais de trabalho onde lograríamos a elevação espiritual e continuamos a nos auto-flagelar com as farpas ferintes das nossas omnipresentes limitações.
Emendar, corrigir, restaurar, refazer...
Tais são os verbos que podemos e devemos conjugar em todos os tempos e modos nessa situação.
Observemos que todos esses verbos exprimem acção; e, no caso, estão a indicar-nos os processos aos quais nos devemos vincular para revertermos o quadro de impossibilidades e frustrações.
Aprendamos a reagir ao desalento e ao "homem-velho" que teimam em ditar as normas de nossa conduta, lembrando-nos de que se todos fôssemos espiritualmente sadios, não seria necessária a vinda de Jesus ao nosso Orbe para nortear-nos.
Analisando o assunto e reconhecendo nossos impedimentos e limitações, recomenda Emmanuel[1]:
“paciência incessante em todas as dores e em todas as circunstâncias, a fim de que venhamos a transpor com segurança as dificuldades que vigem por fora, mas também cultivar a paciência connosco.
Sim! Paciência connosco, para construirmos a nobilitação que nos é necessária.
Com isso não queremos dizer que devamos acalentar as nossas fraquezas ou aplaudir as próprias faltas, mas sim, que não nos cabe interromper a edificação, no mundo íntimo, quando surjam falhas em nós, no serviço do bem que nos toca fazer.
(...) Cair é acidente próprio dos que caminham”.
Quem recorre ao refrão popular: "pau que nasce torto, morre torto e não tem jeito" esquece-se de que existem milhares de troncos, tortos na configuração externa, guardando seiva robusta e sadia, na produção dos frutos com que alimentam as criaturas.
“Na paciência possuireis as vossas almas", dizia Jesus.
Isso significa que precisamos de paciência, não só para angariar a simpatia e a colaboração das almas alheias, mas também para educar-nos.
[1] - XAVIER, F. Cândido. Caminho espírita. 12. ed. Araras: IDE, 2010, cap. 67.
§.§.§- Ave sem Ninho
"(...) progredir sempre: tal é a Lei." - Allan Kardec.
Descoroçoamos - vezes sem conto - pelos ásperos caminhos da longa jornada evolutiva que há milénios empreendemos...
Quando mais esclarecidos, é com muita tristeza que observamos a superlativa defasagem entre o que somos e o que já deveríamos ser; e, desalentados, repetimos para nós mesmos, intimamente:
- Constato que não sirvo para nada...
- Não consigo melhorar-me...
- Como trabalhar para Jesus se não sou santo?
- Acoroçoo maus pensamentos. Não posso orar!
- Não tem jeito comigo!...
- Sou um poço de iniquidades...
- Minhas fraquezas e erros impedem a ascensão.
- Sinto-me um verme etc...
Vergados sob o peso de tais ideias, fugimos, envergonhados, dos arraiais de trabalho onde lograríamos a elevação espiritual e continuamos a nos auto-flagelar com as farpas ferintes das nossas omnipresentes limitações.
Emendar, corrigir, restaurar, refazer...
Tais são os verbos que podemos e devemos conjugar em todos os tempos e modos nessa situação.
Observemos que todos esses verbos exprimem acção; e, no caso, estão a indicar-nos os processos aos quais nos devemos vincular para revertermos o quadro de impossibilidades e frustrações.
Aprendamos a reagir ao desalento e ao "homem-velho" que teimam em ditar as normas de nossa conduta, lembrando-nos de que se todos fôssemos espiritualmente sadios, não seria necessária a vinda de Jesus ao nosso Orbe para nortear-nos.
Analisando o assunto e reconhecendo nossos impedimentos e limitações, recomenda Emmanuel[1]:
“paciência incessante em todas as dores e em todas as circunstâncias, a fim de que venhamos a transpor com segurança as dificuldades que vigem por fora, mas também cultivar a paciência connosco.
Sim! Paciência connosco, para construirmos a nobilitação que nos é necessária.
Com isso não queremos dizer que devamos acalentar as nossas fraquezas ou aplaudir as próprias faltas, mas sim, que não nos cabe interromper a edificação, no mundo íntimo, quando surjam falhas em nós, no serviço do bem que nos toca fazer.
(...) Cair é acidente próprio dos que caminham”.
Quem recorre ao refrão popular: "pau que nasce torto, morre torto e não tem jeito" esquece-se de que existem milhares de troncos, tortos na configuração externa, guardando seiva robusta e sadia, na produção dos frutos com que alimentam as criaturas.
“Na paciência possuireis as vossas almas", dizia Jesus.
Isso significa que precisamos de paciência, não só para angariar a simpatia e a colaboração das almas alheias, mas também para educar-nos.
[1] - XAVIER, F. Cândido. Caminho espírita. 12. ed. Araras: IDE, 2010, cap. 67.
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Nos passos do Mestre
Os ensinamentos do Mestre ajustam-se de maneira perfeita à nossa situação de encarnados, sendo lastimável que não nos vigiemos, e acabemos tornando-nos agentes nas quedas constantes que sofremos, através do caminho, ou instrumentos de tentação levando companheiros a desvio de conduta.
De acordo com os desígnios evangélicos, devemos esclarecer nossos semelhantes com amor fraternal em todas as circunstâncias, mas se o instinto animalizado prevalece, convém deixá-los, depois dos nossos esforços no trabalho de purificação, até que possam experimentar a serenidade mental para se beneficiarem com as manifestações afectuosas do amor e da verdade.
Fraternalmente, escutemos o que nos falam e observemos o que vemos, sem escandalizar quem nos ouve ou ferir os companheiros, opondo-lhes censuras ou acusações que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas.
Aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, porque nem tudo nos convém, como lembra o apóstolo Paulo de Tarso.
Estejamos alertas, orando e abençoando, servindo e desculpando, esquecendo o mal e restaurando o bem.
O espírita evangelizado sabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo de si mesmo, na significação da vida, sabendo igualmente levantar-se para a defesa da sua tarefa de amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento oportuno.
Cólera, amarguras, violência são sentimentos com que precisamos lutar para que nunca nos assaltem, por mais graves e injuriosos sejam os motivos que poderiam nos levar a isso.
Caso contrário, não estaremos seguindo os passos do Mestre Jesus, que é o modelo supremo.
Existem no mundo as pedradas da ignorância e da má-fé partidas de sentimentos inferiores e convém que nós, os cristãos, estejamos preparados e serenos de modo a não recebê-las com sensibilidade doentia, mas com o propósito de trabalho e esforço próprio, conhecendo que as mesmas fazem parte do plano de vida temporária onde viemos para nos educar.
Não sejamos um daqueles que se negam a agir de acordo com os conhecimentos adquiridos, procurando passar pela “porta larga” dos prazeres ilusórios e das facilidades terrenas, ao invés de nos esforçarmos por atravessar a “porta estreita” das dificuldades, da renúncia e da abnegação, do amor e do perdão, que são os únicos caminhos que nos aproximam de Deus.
Se suportarmos tudo com paciência e fé, estaremos preparando para nós mesmos dias melhores e um amanhã radioso de luz e paz.
Amemos os nossos irmãos de caminhada sem julgar ou condenar.
Soergamos aqueles que tenham tombado no erro, socorramos aqueles que se encontrem em desespero ou aflições, amparemos os desanimados e desiludidos, incentivando-os a lutar para vencer.
Façamos de nossa vida um manancial perene de amor, a fim de que consigamos amar até mesmo aqueles que nos perseguem e caluniam, conforme o convite de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O entendimento e a aplicação do “amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra.
O amor a que se refere o Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria na execução da vontade do Pai, onde estivermos e a quem necessitar.
O esclarecimento íntimo é inalienável tesouro dos discípulos sinceros do Cristo.
Assim, se cultivarmos o amor puro e sem egoísmo, estaremos espalhando um pouco do perfume desse amor sem limites que emana do Pai, através de Jesus.
Sejamos todos de um mesmo sentimento compassivo, amando os irmãos; misericordiosos e afáveis, não tomando mal por mal, injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fomos chamados para que, por herança, alcancemos a bênção.
Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a língua do mal e que os nossos lábios não falem enganos.
Apartamo-nos do mal e façamos o bem, buscando a paz e prosseguindo, conforme nos ensina Pedro, na sua primeira carta, capítulo 3, versículos 8 a 12.
Referências bibliográficas:
XAVIER, Francisco Cândido – pelo Espírito Emmanuel. O Consolador - 29ª edição, Brasília, Ed. FEB, 2013. Pág. 131, 171, 207, 227.
COMINATTO, Lúcia – pelo Espírito Irmã Maria do Rosário. Na sublimação da alma - 1ª edição, Capivari - São Paulo, Ed. EME, 2010. Pág. 95, 104, 140, 197.
§.§.§- Ave sem Ninho
De acordo com os desígnios evangélicos, devemos esclarecer nossos semelhantes com amor fraternal em todas as circunstâncias, mas se o instinto animalizado prevalece, convém deixá-los, depois dos nossos esforços no trabalho de purificação, até que possam experimentar a serenidade mental para se beneficiarem com as manifestações afectuosas do amor e da verdade.
Fraternalmente, escutemos o que nos falam e observemos o que vemos, sem escandalizar quem nos ouve ou ferir os companheiros, opondo-lhes censuras ou acusações que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas.
Aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, porque nem tudo nos convém, como lembra o apóstolo Paulo de Tarso.
Estejamos alertas, orando e abençoando, servindo e desculpando, esquecendo o mal e restaurando o bem.
O espírita evangelizado sabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo de si mesmo, na significação da vida, sabendo igualmente levantar-se para a defesa da sua tarefa de amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento oportuno.
Cólera, amarguras, violência são sentimentos com que precisamos lutar para que nunca nos assaltem, por mais graves e injuriosos sejam os motivos que poderiam nos levar a isso.
Caso contrário, não estaremos seguindo os passos do Mestre Jesus, que é o modelo supremo.
Existem no mundo as pedradas da ignorância e da má-fé partidas de sentimentos inferiores e convém que nós, os cristãos, estejamos preparados e serenos de modo a não recebê-las com sensibilidade doentia, mas com o propósito de trabalho e esforço próprio, conhecendo que as mesmas fazem parte do plano de vida temporária onde viemos para nos educar.
Não sejamos um daqueles que se negam a agir de acordo com os conhecimentos adquiridos, procurando passar pela “porta larga” dos prazeres ilusórios e das facilidades terrenas, ao invés de nos esforçarmos por atravessar a “porta estreita” das dificuldades, da renúncia e da abnegação, do amor e do perdão, que são os únicos caminhos que nos aproximam de Deus.
Se suportarmos tudo com paciência e fé, estaremos preparando para nós mesmos dias melhores e um amanhã radioso de luz e paz.
Amemos os nossos irmãos de caminhada sem julgar ou condenar.
Soergamos aqueles que tenham tombado no erro, socorramos aqueles que se encontrem em desespero ou aflições, amparemos os desanimados e desiludidos, incentivando-os a lutar para vencer.
Façamos de nossa vida um manancial perene de amor, a fim de que consigamos amar até mesmo aqueles que nos perseguem e caluniam, conforme o convite de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O entendimento e a aplicação do “amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra.
O amor a que se refere o Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria na execução da vontade do Pai, onde estivermos e a quem necessitar.
O esclarecimento íntimo é inalienável tesouro dos discípulos sinceros do Cristo.
Assim, se cultivarmos o amor puro e sem egoísmo, estaremos espalhando um pouco do perfume desse amor sem limites que emana do Pai, através de Jesus.
Sejamos todos de um mesmo sentimento compassivo, amando os irmãos; misericordiosos e afáveis, não tomando mal por mal, injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fomos chamados para que, por herança, alcancemos a bênção.
Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a língua do mal e que os nossos lábios não falem enganos.
Apartamo-nos do mal e façamos o bem, buscando a paz e prosseguindo, conforme nos ensina Pedro, na sua primeira carta, capítulo 3, versículos 8 a 12.
Referências bibliográficas:
XAVIER, Francisco Cândido – pelo Espírito Emmanuel. O Consolador - 29ª edição, Brasília, Ed. FEB, 2013. Pág. 131, 171, 207, 227.
COMINATTO, Lúcia – pelo Espírito Irmã Maria do Rosário. Na sublimação da alma - 1ª edição, Capivari - São Paulo, Ed. EME, 2010. Pág. 95, 104, 140, 197.
§.§.§- Ave sem Ninho
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MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES
EXTRAÍDA NO LIVRO “HERDEIROS DO NOVO MUNDO” DITADO PELO ESPÍRITO LUCIUS.
– Filhos, agora vocês entenderão o porquê das lágrimas da Mãezinha querida.
Se as providências da Misericórdia já estão sendo atendidas com o afastamento dos Espíritos mais endurecidos do ambiente terreno, não imaginem que a Lua seja o porto definitivo, o destino final de tais entidades.
Trata-se de medida preparatória de adestramento pela dor cuja finalidade é aparar o que precisa ser transferido para o alvo final.
Observem ao longe, aquele ponto bem à nossa frente.
Apontou Bezerra na direcção de peculiar corpo celeste que, de imensas dimensões, devorava distâncias na velocidade vertiginosa dos astros massivos, em obediência à órbitas desconhecidas dos mapas solares.
– Não é prudente que nos acerquemos muito mais porquanto já daqui de onde estamos, recebemos o impacto desagradável de suas emanações primitivas, carregadas de um magnetismo inferior.
Os dois companheiros de Bezerra estavam em mutismo insofreável.
– Trata-se de mundo conhecido das lendas antigas como o portador da destruição, causador de traumas geológicos e mudanças bruscas na estrutura magnética e eléctrica da terra, isso sem falar no caos civilizatório que, em todas as suas aproximações, sua influência provocou.
Apesar disso, a sua aproximação é vista como um grande benefício para o aceleramento das mudanças.
Ainda que nesta distância da órbita terrena, suas magistrais dimensões e a grandeza de seu campo magnético-psíquico já se fazem sentir ao longo de sua trajectória, chegando aos homens bem antes de sua massa se faça visível aos olhares aterrados.
Sua presença energética desperta nos que lhe são afins as emoções grotescas, as práticas mais vis pelos vícios que alimenta, das baixezas morais que estimula porque, primitivo, como disse, tal orbe emite esses sinais que se conectam com os que se lhe assemelhem em vibrações e desejos, alimentando-os com seu psiquismo, fortalecendo-os nos desejos e nas práticas inferiores.
Precedendo-lhe a influência magnética e gravitacional que se avoluma, observa, há décadas, a piora dos padrões emocionais do planeta, o avolumar das crises sociais, dos crimes hediondos, das leviandades nos costumes, agora acrescidos das modificações climáticas, da surpreendente e inesperada variação do magnetismo planetário com modificação da posição dos pólos da Terra.
Fenómenos inusitados confundem a mente dos homens de ciência, cheios de teorias e cegos para a verdade.
Várias instituições científicas estão informadas da aproximação desse corpo massivo, mas, por prudência ou por receio de se ridicularizarem, não se dispuseram ainda a reconhecer a emergência que se abate sobre toda a humanidade, preferindo adoptar condutas contemporizadas ou, até mesmo, procurando preparar as pessoas empregando recursos subliminares como filmes, reportagens, documentários de desastres, tratando do assunto de maneira ficcional.
Gradualmente, porém, a influência gravitacional desse corpo planetário vai apertar seus laços sobre os demais planetas do sistema solar, demarcando a sua trajectória com as naturais consequências de sua presença intrusa e gigantesca, aproximando-se do nosso Sol.
Este é o corpo celeste que, como um imã poderoso, separará a limalha de ferro pelo poder que já exerce, e exercerá, ainda mais, sobre tudo o que se sintonize com a sua vibração.
Homens e Espíritos no mesmo padrão serão por ele reclamados como um património que lhe pertence, liberando a Terra para novas etapas de crescimento e evolução.
Talvez venha a ser confundido por muitos com um cometa, com um astro que se chocará com nosso planeta, com um mensageiro do mal pelo medo e aflição que provocará.
Outros se valerão dele para atormentar seus irmãos de humanidade, tentando arrancar-lhes os últimos bens materiais que possuam.
Mal intencionados se valerão de tal presença no Céu para apregoar o fim do mundo, levando o caos aos mais ingénuos e despreparados.
Marcada por eventos cataclísmicos datados de milénios, a humanidade sentirá a aproximação do novo ajuste de contas e cada qual saberá dizer se, no fundo de si mesmo, fez o que deveria ter feito para modificação de suas vibrações.
– Filhos, agora vocês entenderão o porquê das lágrimas da Mãezinha querida.
Se as providências da Misericórdia já estão sendo atendidas com o afastamento dos Espíritos mais endurecidos do ambiente terreno, não imaginem que a Lua seja o porto definitivo, o destino final de tais entidades.
Trata-se de medida preparatória de adestramento pela dor cuja finalidade é aparar o que precisa ser transferido para o alvo final.
Observem ao longe, aquele ponto bem à nossa frente.
Apontou Bezerra na direcção de peculiar corpo celeste que, de imensas dimensões, devorava distâncias na velocidade vertiginosa dos astros massivos, em obediência à órbitas desconhecidas dos mapas solares.
– Não é prudente que nos acerquemos muito mais porquanto já daqui de onde estamos, recebemos o impacto desagradável de suas emanações primitivas, carregadas de um magnetismo inferior.
Os dois companheiros de Bezerra estavam em mutismo insofreável.
– Trata-se de mundo conhecido das lendas antigas como o portador da destruição, causador de traumas geológicos e mudanças bruscas na estrutura magnética e eléctrica da terra, isso sem falar no caos civilizatório que, em todas as suas aproximações, sua influência provocou.
Apesar disso, a sua aproximação é vista como um grande benefício para o aceleramento das mudanças.
Ainda que nesta distância da órbita terrena, suas magistrais dimensões e a grandeza de seu campo magnético-psíquico já se fazem sentir ao longo de sua trajectória, chegando aos homens bem antes de sua massa se faça visível aos olhares aterrados.
Sua presença energética desperta nos que lhe são afins as emoções grotescas, as práticas mais vis pelos vícios que alimenta, das baixezas morais que estimula porque, primitivo, como disse, tal orbe emite esses sinais que se conectam com os que se lhe assemelhem em vibrações e desejos, alimentando-os com seu psiquismo, fortalecendo-os nos desejos e nas práticas inferiores.
Precedendo-lhe a influência magnética e gravitacional que se avoluma, observa, há décadas, a piora dos padrões emocionais do planeta, o avolumar das crises sociais, dos crimes hediondos, das leviandades nos costumes, agora acrescidos das modificações climáticas, da surpreendente e inesperada variação do magnetismo planetário com modificação da posição dos pólos da Terra.
Fenómenos inusitados confundem a mente dos homens de ciência, cheios de teorias e cegos para a verdade.
Várias instituições científicas estão informadas da aproximação desse corpo massivo, mas, por prudência ou por receio de se ridicularizarem, não se dispuseram ainda a reconhecer a emergência que se abate sobre toda a humanidade, preferindo adoptar condutas contemporizadas ou, até mesmo, procurando preparar as pessoas empregando recursos subliminares como filmes, reportagens, documentários de desastres, tratando do assunto de maneira ficcional.
Gradualmente, porém, a influência gravitacional desse corpo planetário vai apertar seus laços sobre os demais planetas do sistema solar, demarcando a sua trajectória com as naturais consequências de sua presença intrusa e gigantesca, aproximando-se do nosso Sol.
Este é o corpo celeste que, como um imã poderoso, separará a limalha de ferro pelo poder que já exerce, e exercerá, ainda mais, sobre tudo o que se sintonize com a sua vibração.
Homens e Espíritos no mesmo padrão serão por ele reclamados como um património que lhe pertence, liberando a Terra para novas etapas de crescimento e evolução.
Talvez venha a ser confundido por muitos com um cometa, com um astro que se chocará com nosso planeta, com um mensageiro do mal pelo medo e aflição que provocará.
Outros se valerão dele para atormentar seus irmãos de humanidade, tentando arrancar-lhes os últimos bens materiais que possuam.
Mal intencionados se valerão de tal presença no Céu para apregoar o fim do mundo, levando o caos aos mais ingénuos e despreparados.
Marcada por eventos cataclísmicos datados de milénios, a humanidade sentirá a aproximação do novo ajuste de contas e cada qual saberá dizer se, no fundo de si mesmo, fez o que deveria ter feito para modificação de suas vibrações.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Por fim, a aproximação maior provocará as alterações geológicas, climáticas e energéticas que promoverão a depuração das almas.
Para ele serão levadas aquelas que já se encontram estagiando na superfície do satélite lunar.
Baptizado desde a antiguidade com diferentes nomes, tais como Nibiru, Marduk, Hercólubus, pela ciência chamado de planeta X, também apelidado de Astro Higienizador ou Chupão pelos espiritualistas de diversas vertentes, este é o Mundo Novo, mundo em formação dotado de uma humanidade primitiva que precisa de irmãos mais capacitados, treinados no aprendizado terreno que a ajudará, acelerando a sua evolução.
E enquanto fazem isso, desbastam as próprias arestas ao conviver com as asperezas de um planeta primitivo e rústico que lhes fornecerá as oportunidades para lições novas de disciplina e transformação.
É por isso que Maria chorava como viram.
Se o sofrimento da Lua é apenas expansão da maldade dos que nela foram congregados, nenhum deles imagina o que os espera em um mundo novo como esse, sofrimento que compunge o sentimento dessas Almas Superiores, que tudo fizeram para adiar o trágico encontro dos maus com seus próprios destinos.
É da lei que a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória.
Os dois ouvintes estavam atónitos.
Ao longe divisavam um grande corpo celeste avermelhado pelos gases que o envolviam, com um tamanho imenso para os padrões terrenos e que, como Bezerra afirmava, era dotado de uma atmosfera fluídica primitiva, que já se podia sentir mesmo estando a milhões de quilómetros de distância.
Como haveria de ser árdua a vida naquele corpo celeste! – pensavam em silêncio.
Interessado em maiores informações, Adelino perguntou:
– Poderíamos visitar a superfície desse orbe?
Sem perda de tempo, Bezerra respondeu:
– Os cuidados que precisaríamos adoptar na realização de tal empreendimento exigiriam um esforço e um tempo de que não dispomos neste momento, sobretudo porque não é interessante perturbar nossos irmãos de humanidade com descrições deprimentes e chocantes acerca das condições evolutivas embrionárias que marcam a superfície de tal orbe primitivo.
É suficiente para os nossos objectivos que nos conduzem informarmos aos nossos irmãos de humanidade de que esta é a hora definidora de suas vidas.
Que a aproveitem da melhor forma para que não acabem mudando de casa.
Que não percam tempo na transformação decisiva de suas tendências mais profundas porque, pelo tamanho do planeta que estão observando, não faltará espaço para boa parte dos trinta biliões de espíritos que, encarnados ou desencarnados, estagiam na Terra ou em seus níveis vibratórios.
No entanto, poderíamos nos aproximar, assimilando as energias densas que visam à plasmagem perispiritual indispensável, caso nos interessasse um aprofundamento na apreciação de suas peculiaridades para a descrição futura.
§.§.§- Ave sem Ninho
Para ele serão levadas aquelas que já se encontram estagiando na superfície do satélite lunar.
Baptizado desde a antiguidade com diferentes nomes, tais como Nibiru, Marduk, Hercólubus, pela ciência chamado de planeta X, também apelidado de Astro Higienizador ou Chupão pelos espiritualistas de diversas vertentes, este é o Mundo Novo, mundo em formação dotado de uma humanidade primitiva que precisa de irmãos mais capacitados, treinados no aprendizado terreno que a ajudará, acelerando a sua evolução.
E enquanto fazem isso, desbastam as próprias arestas ao conviver com as asperezas de um planeta primitivo e rústico que lhes fornecerá as oportunidades para lições novas de disciplina e transformação.
É por isso que Maria chorava como viram.
Se o sofrimento da Lua é apenas expansão da maldade dos que nela foram congregados, nenhum deles imagina o que os espera em um mundo novo como esse, sofrimento que compunge o sentimento dessas Almas Superiores, que tudo fizeram para adiar o trágico encontro dos maus com seus próprios destinos.
É da lei que a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória.
Os dois ouvintes estavam atónitos.
Ao longe divisavam um grande corpo celeste avermelhado pelos gases que o envolviam, com um tamanho imenso para os padrões terrenos e que, como Bezerra afirmava, era dotado de uma atmosfera fluídica primitiva, que já se podia sentir mesmo estando a milhões de quilómetros de distância.
Como haveria de ser árdua a vida naquele corpo celeste! – pensavam em silêncio.
Interessado em maiores informações, Adelino perguntou:
– Poderíamos visitar a superfície desse orbe?
Sem perda de tempo, Bezerra respondeu:
– Os cuidados que precisaríamos adoptar na realização de tal empreendimento exigiriam um esforço e um tempo de que não dispomos neste momento, sobretudo porque não é interessante perturbar nossos irmãos de humanidade com descrições deprimentes e chocantes acerca das condições evolutivas embrionárias que marcam a superfície de tal orbe primitivo.
É suficiente para os nossos objectivos que nos conduzem informarmos aos nossos irmãos de humanidade de que esta é a hora definidora de suas vidas.
Que a aproveitem da melhor forma para que não acabem mudando de casa.
Que não percam tempo na transformação decisiva de suas tendências mais profundas porque, pelo tamanho do planeta que estão observando, não faltará espaço para boa parte dos trinta biliões de espíritos que, encarnados ou desencarnados, estagiam na Terra ou em seus níveis vibratórios.
No entanto, poderíamos nos aproximar, assimilando as energias densas que visam à plasmagem perispiritual indispensável, caso nos interessasse um aprofundamento na apreciação de suas peculiaridades para a descrição futura.
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Suicídio, uma visão médica e espírita
Só existe um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio.
Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder a questão fundamental da filosofia.”
Albert Camus (1913-1960)
A afirmativa acima é do Prémio Nobel de Literatura de 1957 e se encontra no livro O Mito de Sísifo, cujo tema central é o suicídio.1
Se essa proposição parece exagerada, em sua essência guarda verdades, que devem ser reflectidas de forma séria e profunda.
Não se pode negar que, se não é o único “problema filosófico verdadeiramente sério”, é um dos maiores, levando-nos a pensar em questões fundamentais como o sentido da vida humana e a continuação do existir.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou em setembro de 2014 um suplemento intitulado Preventing Suicide – a Global Imperative2 (em tradução livre, Prevenindo o Suicídio – um Imperativo Global).
São as estatísticas mais recentes sobre o tema, referentes ao ano de 2012, as quais revelam a magnitude do problema.
Naquele ano, 804 mil pessoas tiraram a própria vida, número que excede as vidas perdidas por homicídio e guerras juntos e equivale a uma morte a cada 40 segundos.
Nesse número, obviamente, não são contabilizadas as tentativas, mas somente as mortes consumadas.
Em termos de tentativas, tem-se uma a cada dois segundos.
Em números absolutos, o ranking dos países é liderado pela Índia, totalizando número superior a 258 mil mortes.
O Brasil ocupa a preocupante oitava posição com quase 12 mil suicídios por ano, média de 24 mortes por dia.
Outros dados importantes trazidos pela OMS indicam que se trata da segunda causa de morte entre pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos, ou seja, jovens em idade produtiva.
Os dados também revelam que 75% de todos os suicídios de 2012 ocorreram em países pobres ou em desenvolvimento.
Os números, assim, são imperativos em comprovar a importância do tema e de que se vive um verdadeiro problema filosófico e de saúde pública.
Mas afinal, por que tantas mortes?
Porque as pessoas cometem suicídio?
Os suicidólogos, especialistas no assunto, atestam que mais de 90% das pessoas que cometem suicídio são portadoras de algum transtorno mental, o qual seria possível ser diagnosticado e tratado.
Na lista têm-se, em especial, os transtornos do humor (depressão e transtorno afectivo bipolar), abuso de substâncias ilícitas (álcool e drogas), transtornos de personalidade e esquizofrenia.
Transtornos dessa natureza aumentam os índices de suicídio, sobretudo quando não há tratamento adequado.
No entanto, não se deve esquecer uma das maiores chagas da Humanidade: o materialismo.
Os Espíritos Luminares, que sob a bandeira do Espírito de Verdade colaboraram na elaboração da Doutrina Espírita, indicam que a luta contra o materialismo é um dever e uma necessidade para a transformação moral da Humanidade.
Allan Kardec, na Introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, diz “que o materialismo, com o proclamar para depois da morte o nada, anula toda responsabilidade moral ulterior”.3
Despertar o ser para sua verdadeira essência, indicando sua natureza espiritual sujeita às Leis de Causa e Efeito e à Lei da Reencarnação, é tarefa das mais relevantes e que descortina um Novo Mundo e situa o Homem como sujeito do seu destino na construção da felicidade.
“A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio […]”.4
O Espiritismo, como Doutrina Consoladora, transforma a crença em saber, dizima as dúvidas e vence o materialismo, dando a conhecer as leis que regem o universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo.
A partir daí, foi e é possível conhecer as graves consequências de pôr fim à própria vida.
O capítulo V, intitulado Suicidas, da segunda parte do livro O Céu e o Inferno,5 guarda importante material de estudo e desvenda o importante sofrimento post mortem.
Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder a questão fundamental da filosofia.”
Albert Camus (1913-1960)
A afirmativa acima é do Prémio Nobel de Literatura de 1957 e se encontra no livro O Mito de Sísifo, cujo tema central é o suicídio.1
Se essa proposição parece exagerada, em sua essência guarda verdades, que devem ser reflectidas de forma séria e profunda.
Não se pode negar que, se não é o único “problema filosófico verdadeiramente sério”, é um dos maiores, levando-nos a pensar em questões fundamentais como o sentido da vida humana e a continuação do existir.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou em setembro de 2014 um suplemento intitulado Preventing Suicide – a Global Imperative2 (em tradução livre, Prevenindo o Suicídio – um Imperativo Global).
São as estatísticas mais recentes sobre o tema, referentes ao ano de 2012, as quais revelam a magnitude do problema.
Naquele ano, 804 mil pessoas tiraram a própria vida, número que excede as vidas perdidas por homicídio e guerras juntos e equivale a uma morte a cada 40 segundos.
Nesse número, obviamente, não são contabilizadas as tentativas, mas somente as mortes consumadas.
Em termos de tentativas, tem-se uma a cada dois segundos.
Em números absolutos, o ranking dos países é liderado pela Índia, totalizando número superior a 258 mil mortes.
O Brasil ocupa a preocupante oitava posição com quase 12 mil suicídios por ano, média de 24 mortes por dia.
Outros dados importantes trazidos pela OMS indicam que se trata da segunda causa de morte entre pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos, ou seja, jovens em idade produtiva.
Os dados também revelam que 75% de todos os suicídios de 2012 ocorreram em países pobres ou em desenvolvimento.
Os números, assim, são imperativos em comprovar a importância do tema e de que se vive um verdadeiro problema filosófico e de saúde pública.
Mas afinal, por que tantas mortes?
Porque as pessoas cometem suicídio?
Os suicidólogos, especialistas no assunto, atestam que mais de 90% das pessoas que cometem suicídio são portadoras de algum transtorno mental, o qual seria possível ser diagnosticado e tratado.
Na lista têm-se, em especial, os transtornos do humor (depressão e transtorno afectivo bipolar), abuso de substâncias ilícitas (álcool e drogas), transtornos de personalidade e esquizofrenia.
Transtornos dessa natureza aumentam os índices de suicídio, sobretudo quando não há tratamento adequado.
No entanto, não se deve esquecer uma das maiores chagas da Humanidade: o materialismo.
Os Espíritos Luminares, que sob a bandeira do Espírito de Verdade colaboraram na elaboração da Doutrina Espírita, indicam que a luta contra o materialismo é um dever e uma necessidade para a transformação moral da Humanidade.
Allan Kardec, na Introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, diz “que o materialismo, com o proclamar para depois da morte o nada, anula toda responsabilidade moral ulterior”.3
Despertar o ser para sua verdadeira essência, indicando sua natureza espiritual sujeita às Leis de Causa e Efeito e à Lei da Reencarnação, é tarefa das mais relevantes e que descortina um Novo Mundo e situa o Homem como sujeito do seu destino na construção da felicidade.
“A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio […]”.4
O Espiritismo, como Doutrina Consoladora, transforma a crença em saber, dizima as dúvidas e vence o materialismo, dando a conhecer as leis que regem o universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo.
A partir daí, foi e é possível conhecer as graves consequências de pôr fim à própria vida.
O capítulo V, intitulado Suicidas, da segunda parte do livro O Céu e o Inferno,5 guarda importante material de estudo e desvenda o importante sofrimento post mortem.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
O sofrimento vivenciado não é fruto de castigo divino, pois não existe esse artigo nas Leis Universais.
É natural que o Espírito, ao se deparar com a realidade pós-túmulo e entender que a vida ainda “pulsa”, mergulhe nos abismos da própria consciência onde se encontram escritas as Leis de Deus.6
Transgredir as Leis de Deus é transgredir a própria natureza, causando assim profundo sofrimento moral.
O Espírito percebe que a morte compreendida como extinção da vida não corresponde à verdade.
A rigor, a morte está inserida nela e é a porta para o retorno à Pátria da qual saiu, voltou e sairá ainda na necessidade de evoluir sempre.
Além disso, existem as consequências biológicas da complexa relação espírito-corpo, o qual, enquanto encarnado, se satura de fluido vital.
Para que o desligamento ocorra por completo, o Espírito deve extinguir totalmente o fluido vital a fim de que possa dar continuidade à sua jornada como Espírito desencarnado.
Em Memórias de um Suicida, psicografia de Yvonne A. Pereira, há o seguinte esclarecimento:
[…] Será preciso que se desagreguem dele [do suicida], as poderosas camadas de fluidos vitais que lhe revestiam a organização física, adaptadas por afinidades especiais da grande mãe natureza à organização astral, ou seja, ao perispírito, as quais nele se aglomeram em reservas suficientes para o compromisso da existência completa […].7
Daí as profundas e graves impressões sofridas pelo Espírito vinculado ainda ao corpo [1]físico por ter atentado contra a própria vida de forma violenta.
São repercussões de ordem magnética que impactam o envoltório subtil do Espírito ou corpo espiritual, ou seja, o perispírito.
Dado que tal envoltório corresponde à matriz biológica formadora do corpo físico, pode haver implicações futuras.
Dificuldades no intercurso existencial e em encarnações posteriores, gerando limitações físicas e psíquicas não são incomuns.
Entram em acção as Leis de Causa e Efeito na necessidade de reparar equívocos através da dor, maior aliada do processo evolutivo.
Eis o que afirma Léon Denis:
“Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação” e, assinala ainda, “necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condições do progresso”.[2]
Porém, em nenhum momento, o Espírito em sofrimento é abandonado à própria sorte.
As Leis de Deus agem sempre a favor do Espírito imortal, acolhendo-o e aliviando suas dores para que possa progredir com confiança e fé em si mesmo e no Pai de infinita misericórdia. Assevera Jesus:
“Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
[…] pois que é deles o Reino dos Céus”.
(Mateus, 5:4, 6 e 10.)
A espiritualidade e a religiosidade são as ferramentas mais eficazes de prevenção ao suicídio e também as mais consoladoras.
A Ciência caminha nessa direção e são inúmeras as pesquisas indicativas de menores taxas e atitudes mais negativas em relação a esse acto.[1]
A data de 10 de setembro, indicada pela OMS, corresponde ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Seja ela um momento de reflexão para todos e, igualmente, de alçar uma prece em favor desses Espíritos em sofrimento, buscando a figura meiga do Nazareno…
[…] Desci, mas desci muito aos reinos inferiores…
Despertando no túmulo, escutei
Os gritos da aflição de alguém que muito amei E que muito amo ainda… […] um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai…
Antes de me altear à Celeste Alegria, Ao sol do mesmo amor a Deus, em que te enlevas, Vali-me, após a cruz, das grandes horas mudas,
E desci para as trevas, A fim de aliviar a imensa dor de Judas.
É natural que o Espírito, ao se deparar com a realidade pós-túmulo e entender que a vida ainda “pulsa”, mergulhe nos abismos da própria consciência onde se encontram escritas as Leis de Deus.6
Transgredir as Leis de Deus é transgredir a própria natureza, causando assim profundo sofrimento moral.
O Espírito percebe que a morte compreendida como extinção da vida não corresponde à verdade.
A rigor, a morte está inserida nela e é a porta para o retorno à Pátria da qual saiu, voltou e sairá ainda na necessidade de evoluir sempre.
Além disso, existem as consequências biológicas da complexa relação espírito-corpo, o qual, enquanto encarnado, se satura de fluido vital.
Para que o desligamento ocorra por completo, o Espírito deve extinguir totalmente o fluido vital a fim de que possa dar continuidade à sua jornada como Espírito desencarnado.
Em Memórias de um Suicida, psicografia de Yvonne A. Pereira, há o seguinte esclarecimento:
[…] Será preciso que se desagreguem dele [do suicida], as poderosas camadas de fluidos vitais que lhe revestiam a organização física, adaptadas por afinidades especiais da grande mãe natureza à organização astral, ou seja, ao perispírito, as quais nele se aglomeram em reservas suficientes para o compromisso da existência completa […].7
Daí as profundas e graves impressões sofridas pelo Espírito vinculado ainda ao corpo [1]físico por ter atentado contra a própria vida de forma violenta.
São repercussões de ordem magnética que impactam o envoltório subtil do Espírito ou corpo espiritual, ou seja, o perispírito.
Dado que tal envoltório corresponde à matriz biológica formadora do corpo físico, pode haver implicações futuras.
Dificuldades no intercurso existencial e em encarnações posteriores, gerando limitações físicas e psíquicas não são incomuns.
Entram em acção as Leis de Causa e Efeito na necessidade de reparar equívocos através da dor, maior aliada do processo evolutivo.
Eis o que afirma Léon Denis:
“Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação” e, assinala ainda, “necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condições do progresso”.[2]
Porém, em nenhum momento, o Espírito em sofrimento é abandonado à própria sorte.
As Leis de Deus agem sempre a favor do Espírito imortal, acolhendo-o e aliviando suas dores para que possa progredir com confiança e fé em si mesmo e no Pai de infinita misericórdia. Assevera Jesus:
“Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
[…] pois que é deles o Reino dos Céus”.
(Mateus, 5:4, 6 e 10.)
A espiritualidade e a religiosidade são as ferramentas mais eficazes de prevenção ao suicídio e também as mais consoladoras.
A Ciência caminha nessa direção e são inúmeras as pesquisas indicativas de menores taxas e atitudes mais negativas em relação a esse acto.[1]
A data de 10 de setembro, indicada pela OMS, corresponde ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Seja ela um momento de reflexão para todos e, igualmente, de alçar uma prece em favor desses Espíritos em sofrimento, buscando a figura meiga do Nazareno…
[…] Desci, mas desci muito aos reinos inferiores…
Despertando no túmulo, escutei
Os gritos da aflição de alguém que muito amei E que muito amo ainda… […] um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai…
Antes de me altear à Celeste Alegria, Ao sol do mesmo amor a Deus, em que te enlevas, Vali-me, após a cruz, das grandes horas mudas,
E desci para as trevas, A fim de aliviar a imensa dor de Judas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
O trecho acima do poema Amor e perdão, de Maria Dolores, psicografia de Francisco Cândido Xavier, descreve o diálogo do Mestre de Nazaré e Maria Madalena após o histórico dia do Calvário.[2]
O Cristo, nos três dias que antecederam a “ressurreição”, buscou Judas, seu amigo amado, após o ato impensado do suicídio…
Jesus nunca nos esquece!
REFERÊNCIAS:
[1]PIMENTA, Danilo. A postura camusiana perante o suicídio físico. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 22, n. 3, p. 281-288, jul./set. 2012.
[2]Preventing suicide: a global imperative. 2014
[3]KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. ed. 6. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. Introdução, it. IV, Resumo da doutrina de Sócrates e Platão, subit. 9.
[4]____. Cap. 5, it. 16.
[5]O céu e o inferno. Trad. Guillon Ribeiro. 61. ed. 2. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. pt. 2, cap. 5.
[6]KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 2. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2016. Q. 621.
[7] PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um suicida. Pelo Espírito Camilo Cândido Botelho. 27. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2016. Cap. Vale dos suicidas, p. 27.
[8] DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 32. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2015. Cap. 26, p. 347-348.
[9] KOENIG, Harold. Espiritualidade no cuidado com o paciente. São Paulo: FE Ed., 2005. Cap. 1, p. 21.
[10] XAVIER, Francisco C. Coração e vida. Pelo Espírito Maria Dolores. São Paulo: Ideal, 1994. Cap. 14.
§.§.§- Ave sem Ninho
O Cristo, nos três dias que antecederam a “ressurreição”, buscou Judas, seu amigo amado, após o ato impensado do suicídio…
Jesus nunca nos esquece!
REFERÊNCIAS:
[1]PIMENTA, Danilo. A postura camusiana perante o suicídio físico. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 22, n. 3, p. 281-288, jul./set. 2012.
[2]Preventing suicide: a global imperative. 2014
[3]KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. ed. 6. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. Introdução, it. IV, Resumo da doutrina de Sócrates e Platão, subit. 9.
[4]____. Cap. 5, it. 16.
[5]O céu e o inferno. Trad. Guillon Ribeiro. 61. ed. 2. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. pt. 2, cap. 5.
[6]KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 2. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2016. Q. 621.
[7] PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um suicida. Pelo Espírito Camilo Cândido Botelho. 27. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2016. Cap. Vale dos suicidas, p. 27.
[8] DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 32. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2015. Cap. 26, p. 347-348.
[9] KOENIG, Harold. Espiritualidade no cuidado com o paciente. São Paulo: FE Ed., 2005. Cap. 1, p. 21.
[10] XAVIER, Francisco C. Coração e vida. Pelo Espírito Maria Dolores. São Paulo: Ideal, 1994. Cap. 14.
§.§.§- Ave sem Ninho
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É possível ser feliz neste mundo?
Neste início de um novo ano vale a pena reflectir acerca de uma antiga questão:
Por que encontramos na Terra tanto sofrimento?
Tal indagação é mais comum do que se pensa e, também, muito frequente na história da Humanidade.
Assim é que vemos no livro de Jó (3:20 e 23) o grande varão da terra de Hus a perguntar ao Senhor:
"Porque foi concedida luz ao miserável, e vida aos que estão em amargura de ânimo?”.
Actualizando a preocupação daquele que é considerado o símbolo da paciência, pergunta-se com frequência por que morrem pessoas no vigor da vida, enquanto enfermos idosos se debatem anos a fio num leito de hospital.
As aflições humanas e suas causas mereceram de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, um capítulo inteiro – o capítulo V d´O Evangelho segundo o Espiritismo – no qual ele nos fala sobre as causas actuais e anteriores dos dissabores que acometem a criatura humana.
Eis, de forma resumida, a lição que Kardec nos apresenta:
Causas actuais:
consequências da conduta e do carácter, imprevidência, orgulho, ambição, falta de ordem e perseverança, mau comportamento, cálculo de interesse e de vaidade, negligência na educação dos filhos etc.
Muitas pessoas, se examinassem o que têm feito na actual existência, concluiriam sem dificuldade que suas aflições são o resultado de suas ações e poderiam deixar de existir se outra tivesse sido sua conduta.
Causas anteriores: as que não apresentam relação alguma com os atos da existência actual e radicam-se, portanto, em existências passadas.
Com efeito, como justificar à luz do comportamento actual de uma pessoa a perda de entes queridos, os acidentes que nada pôde evitar, os reveses da fortuna, os flagelos naturais, as doenças de nascença e a idiotia?
Os estudos publicados por Kardec em 1864, quando deu a lume o livro referido, receberam inúmeras comprovações já no ano seguinte com a edição de seu livro O Céu e o Inferno, que nos apresenta uma colecção extraordinária de casos, muitos dos quais directamente relacionados com o passado espiritual de seus personagens.
O tempo passou e décadas depois a mesma tese foi reafirmada nas obras de autoria de André Luiz, sobretudo as constantes da chamada Série Nosso Lar.
E nesse meio tempo, entre o período da codificação e o advento de André Luiz, surgiu no cenário editorial um dos clássicos da mediunidade – Memórias do Padre Germano, de Amalia Domingo Soler –, que nos apresenta, em sua parte final, a comovente história do conde Henoch e sua linda mulher Margarida, que envenenou o próprio esposo para, dois anos depois, casar-se com seu cúmplice.
O Espírito do Padre Germano mostra, no livro, a vida de Margarida no plano espiritual, onde durante vinte e cinco anos sofreu muito, e sua reencarnação como Fera, nome pelo qual era conhecida a mulher andrajosa que, embora jovem, fazia rir quem lhe contemplasse o rosto monstruoso.
O homem, obviamente, gostaria de ser feliz e ver-se, desse modo, livre de quaisquer aflições.
Ocorre que o problema da felicidade humana, que constitui uma aspiração válida e natural da humanidade, não pode ser examinado sem se levar em conta a Lei divina que determina que cada um deve colher no mundo o resultado de sua própria semeadura.
Uma existência na Terra é uma passagem muito curta.
O homem geralmente se esquece de que, animando um corpo perecível, existe uma alma imortal.
E por desconhecer ou desprezar esse fato é que temos situado a felicidade em valores equivocados ou em situações em que jamais nos encontramos.
O assunto é examinado na Doutrina Espírita em três questões sucessivas d'O Livro dos Espíritos, a saber:
920. Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”
921. Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?
“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Por que encontramos na Terra tanto sofrimento?
Tal indagação é mais comum do que se pensa e, também, muito frequente na história da Humanidade.
Assim é que vemos no livro de Jó (3:20 e 23) o grande varão da terra de Hus a perguntar ao Senhor:
"Porque foi concedida luz ao miserável, e vida aos que estão em amargura de ânimo?”.
Actualizando a preocupação daquele que é considerado o símbolo da paciência, pergunta-se com frequência por que morrem pessoas no vigor da vida, enquanto enfermos idosos se debatem anos a fio num leito de hospital.
As aflições humanas e suas causas mereceram de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, um capítulo inteiro – o capítulo V d´O Evangelho segundo o Espiritismo – no qual ele nos fala sobre as causas actuais e anteriores dos dissabores que acometem a criatura humana.
Eis, de forma resumida, a lição que Kardec nos apresenta:
Causas actuais:
consequências da conduta e do carácter, imprevidência, orgulho, ambição, falta de ordem e perseverança, mau comportamento, cálculo de interesse e de vaidade, negligência na educação dos filhos etc.
Muitas pessoas, se examinassem o que têm feito na actual existência, concluiriam sem dificuldade que suas aflições são o resultado de suas ações e poderiam deixar de existir se outra tivesse sido sua conduta.
Causas anteriores: as que não apresentam relação alguma com os atos da existência actual e radicam-se, portanto, em existências passadas.
Com efeito, como justificar à luz do comportamento actual de uma pessoa a perda de entes queridos, os acidentes que nada pôde evitar, os reveses da fortuna, os flagelos naturais, as doenças de nascença e a idiotia?
Os estudos publicados por Kardec em 1864, quando deu a lume o livro referido, receberam inúmeras comprovações já no ano seguinte com a edição de seu livro O Céu e o Inferno, que nos apresenta uma colecção extraordinária de casos, muitos dos quais directamente relacionados com o passado espiritual de seus personagens.
O tempo passou e décadas depois a mesma tese foi reafirmada nas obras de autoria de André Luiz, sobretudo as constantes da chamada Série Nosso Lar.
E nesse meio tempo, entre o período da codificação e o advento de André Luiz, surgiu no cenário editorial um dos clássicos da mediunidade – Memórias do Padre Germano, de Amalia Domingo Soler –, que nos apresenta, em sua parte final, a comovente história do conde Henoch e sua linda mulher Margarida, que envenenou o próprio esposo para, dois anos depois, casar-se com seu cúmplice.
O Espírito do Padre Germano mostra, no livro, a vida de Margarida no plano espiritual, onde durante vinte e cinco anos sofreu muito, e sua reencarnação como Fera, nome pelo qual era conhecida a mulher andrajosa que, embora jovem, fazia rir quem lhe contemplasse o rosto monstruoso.
O homem, obviamente, gostaria de ser feliz e ver-se, desse modo, livre de quaisquer aflições.
Ocorre que o problema da felicidade humana, que constitui uma aspiração válida e natural da humanidade, não pode ser examinado sem se levar em conta a Lei divina que determina que cada um deve colher no mundo o resultado de sua própria semeadura.
Uma existência na Terra é uma passagem muito curta.
O homem geralmente se esquece de que, animando um corpo perecível, existe uma alma imortal.
E por desconhecer ou desprezar esse fato é que temos situado a felicidade em valores equivocados ou em situações em que jamais nos encontramos.
O assunto é examinado na Doutrina Espírita em três questões sucessivas d'O Livro dos Espíritos, a saber:
920. Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”
921. Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?
“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência grosseira.”
922. A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?
“Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”
O caso Ismália-Alfredo, narrado no cap. 17 do livro Os Mensageiros, de André Luiz, comprova e ilustra o ensinamento contido nas questões mencionadas.
Alfredo, um homem bem casado e socialmente bem posto na vida, pôs de repente tudo a perder, em face de uma decisão precipitada de que depois iria arrepender-se amargamente.
A mensagem espírita é, por isso, bastante clara:
Não podemos perseverar nos erros e nos fracassos do passado.
Emmanuel, a esse respeito, adverte:
"O tempo não para, e, se agora encontras o teu ontem, não olvides que o teu hoje será a luz ou a treva do teu amanhã".
(Prefácio que abre o livro "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz.)
Somos, ensina o Espiritismo, construtores do nosso próprio destino.
Tudo seria para nós bem mais proveitoso se lembrássemos que, conforme Jesus dizia, a semeadura é livre mas a colheita é compulsória e que, praticando a lei de Deus, a muitos males nos forraremos, proporcionando a nós mesmos uma felicidade tão grande quanto seja possível na presente encarnação,consoante ensina a questão 921, acima transcrita.
§.§.§- Ave sem Ninho
922. A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?
“Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”
O caso Ismália-Alfredo, narrado no cap. 17 do livro Os Mensageiros, de André Luiz, comprova e ilustra o ensinamento contido nas questões mencionadas.
Alfredo, um homem bem casado e socialmente bem posto na vida, pôs de repente tudo a perder, em face de uma decisão precipitada de que depois iria arrepender-se amargamente.
A mensagem espírita é, por isso, bastante clara:
Não podemos perseverar nos erros e nos fracassos do passado.
Emmanuel, a esse respeito, adverte:
"O tempo não para, e, se agora encontras o teu ontem, não olvides que o teu hoje será a luz ou a treva do teu amanhã".
(Prefácio que abre o livro "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz.)
Somos, ensina o Espiritismo, construtores do nosso próprio destino.
Tudo seria para nós bem mais proveitoso se lembrássemos que, conforme Jesus dizia, a semeadura é livre mas a colheita é compulsória e que, praticando a lei de Deus, a muitos males nos forraremos, proporcionando a nós mesmos uma felicidade tão grande quanto seja possível na presente encarnação,consoante ensina a questão 921, acima transcrita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Compaixão: a fixadora do auxílio divino
A Bondade de Deus, cada manhã, retira a alvorada vitoriosa das trevas da meia-noite
“A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo.”
Isabel de França[1]
Por iniciativa de alguns detentos evangélicos, foi criado um movimento intitulado: “Igreja nas Grades”.
Trata-se de uma assembleia religiosa criada pelos/e para os prisioneiros que se enviscaram nas malhas do crime.
Mesmo que tal iniciativa se circunscreva à propagação da “letra que mata”, já é um ponto de luz que emerge do lodaçal da marginalidade, e praza aos Céus que empreendimentos similares se alastrem pelos presídios do mundo inteiro!...
Em belíssima e esclarecedora mensagem vinda a lume em 1862, no Havre, Isabel de França conclamou1:
“(...) deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra Sua Lei.
Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como O conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.
Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis.
Ignorais que há muitas acções que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?
A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis.
Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós.
A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo.
Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor.
(...) Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamentos.
Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos:
todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces, pois isso é a verdadeira caridade.
Não vos cabe dizer de um criminoso:
“é um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem”.
Não, não é assim que vos compete falar.
Observai o vosso modelo: Jesus.
Que diria Ele, se visse junto de Si um desses desgraçados?
Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão.
Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra.
Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé.
É tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele”.
Em uníssono com Isabel de França, aduz Emmanuel[2]:
“(...) contempla os sofredores que te procuram, por mais desarvorados, na categoria de irmãos que trazem na própria dor o sinal da altura a que não puderam chegar.
Diante de todos aqueles que o mundo reprova, pensa no supremo esforço que fizeram para serem bons, sem que pudessem atingir o ideal a que se propunham.
“A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo.”
Isabel de França[1]
Por iniciativa de alguns detentos evangélicos, foi criado um movimento intitulado: “Igreja nas Grades”.
Trata-se de uma assembleia religiosa criada pelos/e para os prisioneiros que se enviscaram nas malhas do crime.
Mesmo que tal iniciativa se circunscreva à propagação da “letra que mata”, já é um ponto de luz que emerge do lodaçal da marginalidade, e praza aos Céus que empreendimentos similares se alastrem pelos presídios do mundo inteiro!...
Em belíssima e esclarecedora mensagem vinda a lume em 1862, no Havre, Isabel de França conclamou1:
“(...) deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra Sua Lei.
Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como O conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.
Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis.
Ignorais que há muitas acções que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?
A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis.
Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós.
A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo.
Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor.
(...) Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamentos.
Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos:
todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces, pois isso é a verdadeira caridade.
Não vos cabe dizer de um criminoso:
“é um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem”.
Não, não é assim que vos compete falar.
Observai o vosso modelo: Jesus.
Que diria Ele, se visse junto de Si um desses desgraçados?
Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão.
Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra.
Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé.
É tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele”.
Em uníssono com Isabel de França, aduz Emmanuel[2]:
“(...) contempla os sofredores que te procuram, por mais desarvorados, na categoria de irmãos que trazem na própria dor o sinal da altura a que não puderam chegar.
Diante de todos aqueles que o mundo reprova, pensa no supremo esforço que fizeram para serem bons, sem que pudessem atingir o ideal a que se propunham.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
À frente dos companheiros incursos em faltas graves, medita na extrema luta que sustentaram consigo mesmos, antes que se arrojassem à delinquência.
Perante os que se mergulharam na corrente do vício, imagina-te à beira das armadilhas em que caíram sem perceber.
Encontrando a mulher que te parece desprezível, reflecte nas longas noites de aflição que atravessou, padecendo na resistência moral para não cair no infortúnio, e, surpreendendo o celerado que se te afigura cruel, mentaliza o seio maternal que o acalentou, entre preces e lágrimas, supondo amamentar a boca de um anjo.
Se os problemas do próximo surgem obscuros e inconfessáveis, pede à simpatia te ajude a resolvê-los, porque, em verdade, não lhes conheces o início e nem sabes que forças da sombra se ocultam por trás dos que tombam, chagados de sofrimento.
Seja qual for o necessitado, compadece-te; e, se esse mesmo necessitado te fere e injuria, compadece-te ainda mais.
Não julgueis ninguém tão excessivamente culpado que não careça de apoio e entendimento, recordando que a Bondade de Deus, cada manhã, retira a alvorada vitoriosa das trevas da meia-noite”.
Ensina ainda Emmanuel[3]:
“(...) todas as criaturas que resvalam na estrada, decerto pedem palavras que as esclareçam e braços que as levantem, pois tanto quanto nós, na travessia das trevas interiores, reclamam compaixão e socorro em vez de espancamento e censura...
A compaixão e o socorro não devem significar aplauso e conivência para com as ilusões de que devemos desenvencilhar-nos.
Em verdade, exortou-nos Jesus a deixar conjugados, o trigo e o joio, na gleba da experiência, vez que a Divina sabedoria separará um do outro, no dia da ceifa, mas não nos recomendou sustentar reunidos a planta útil e a praga que a destrói.
À vista disso, a compaixão e o socorro expressam-se no cultivador, através da bondade vigilante, com que libertará o vegetal proveitoso da larva que o carcome.
O papel da compaixão é compreender; a função do socorro é restaurar...
Entanto, se a compaixão acalenta o mal reconhecido, a título de ternura, converte-se em anestesia da consciência, e se o socorro suprime o remédio necessário ao doente, a pretexto de resguardar-lhe o conforto, transforma-se na irresponsabilidade fantasiada de carinho, apressando-lhe a morte.
Portanto, silencia, compadece, mas ampara sempre, estendendo – incansável e perseverantemente – os braços para a obra do auxílio.
Assim como existem pessoas, aparentemente sadias, carregando enfermidades que apenas no futuro se farão evidentes para a intervenção necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos edificantes.
Muitos daqueles que tombaram na indisciplina e na violência, acabando segregados nas casas de tratamento moral, guardam consigo os braseiros de angústia que lhes foram impostos, em dolorosos processos obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários desencarnados de outras existências...
E quase todos os que esmoreceram no caminho das próprias obrigações, rendendo-se ao assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo enorme, na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão da resistência às forças do mal, sucumbindo, muitas vezes, à míngua de compreensão e amor.
Para todos os nossos irmãos caídos em delinquência, volvamos o pensamento e acção tocados de simpatia, a exemplo de Jesus que não cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos, e, certos de que também nós, pela extensão das próprias fraquezas, não logramos, em verdade, saber em que obstáculos do caminho os nossos pés tropeçarão.
Reconhecendo, pois, que todos somos susceptíveis de queda, saibamos estender incessantemente compaixão e socorro, onde estivermos, sem escárnio para com as nossas feridas e sem louvor para com as nossas fraquezas, agindo por irmãos afectuosos e compassivos, mas sinceros e leais uns dos outros, a fim de continuarmos, todos juntos, na construção do Bem Eterno, trabalhando e servindo, cada qual de nós, em seu próprio lugar”.
ROGÉRIO COELHO
[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. XI, item 14.
[2] - XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos médiuns. 11. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1998, p. 211-212.
[3] - XAVIER, Francisco Cândido. Livro da esperança. 20. ed. Uberaba: CEC, 2008, capítulos 32 e 33.
§.§.§- Ave sem Ninho
Perante os que se mergulharam na corrente do vício, imagina-te à beira das armadilhas em que caíram sem perceber.
Encontrando a mulher que te parece desprezível, reflecte nas longas noites de aflição que atravessou, padecendo na resistência moral para não cair no infortúnio, e, surpreendendo o celerado que se te afigura cruel, mentaliza o seio maternal que o acalentou, entre preces e lágrimas, supondo amamentar a boca de um anjo.
Se os problemas do próximo surgem obscuros e inconfessáveis, pede à simpatia te ajude a resolvê-los, porque, em verdade, não lhes conheces o início e nem sabes que forças da sombra se ocultam por trás dos que tombam, chagados de sofrimento.
Seja qual for o necessitado, compadece-te; e, se esse mesmo necessitado te fere e injuria, compadece-te ainda mais.
Não julgueis ninguém tão excessivamente culpado que não careça de apoio e entendimento, recordando que a Bondade de Deus, cada manhã, retira a alvorada vitoriosa das trevas da meia-noite”.
Ensina ainda Emmanuel[3]:
“(...) todas as criaturas que resvalam na estrada, decerto pedem palavras que as esclareçam e braços que as levantem, pois tanto quanto nós, na travessia das trevas interiores, reclamam compaixão e socorro em vez de espancamento e censura...
A compaixão e o socorro não devem significar aplauso e conivência para com as ilusões de que devemos desenvencilhar-nos.
Em verdade, exortou-nos Jesus a deixar conjugados, o trigo e o joio, na gleba da experiência, vez que a Divina sabedoria separará um do outro, no dia da ceifa, mas não nos recomendou sustentar reunidos a planta útil e a praga que a destrói.
À vista disso, a compaixão e o socorro expressam-se no cultivador, através da bondade vigilante, com que libertará o vegetal proveitoso da larva que o carcome.
O papel da compaixão é compreender; a função do socorro é restaurar...
Entanto, se a compaixão acalenta o mal reconhecido, a título de ternura, converte-se em anestesia da consciência, e se o socorro suprime o remédio necessário ao doente, a pretexto de resguardar-lhe o conforto, transforma-se na irresponsabilidade fantasiada de carinho, apressando-lhe a morte.
Portanto, silencia, compadece, mas ampara sempre, estendendo – incansável e perseverantemente – os braços para a obra do auxílio.
Assim como existem pessoas, aparentemente sadias, carregando enfermidades que apenas no futuro se farão evidentes para a intervenção necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos edificantes.
Muitos daqueles que tombaram na indisciplina e na violência, acabando segregados nas casas de tratamento moral, guardam consigo os braseiros de angústia que lhes foram impostos, em dolorosos processos obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários desencarnados de outras existências...
E quase todos os que esmoreceram no caminho das próprias obrigações, rendendo-se ao assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo enorme, na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão da resistência às forças do mal, sucumbindo, muitas vezes, à míngua de compreensão e amor.
Para todos os nossos irmãos caídos em delinquência, volvamos o pensamento e acção tocados de simpatia, a exemplo de Jesus que não cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos, e, certos de que também nós, pela extensão das próprias fraquezas, não logramos, em verdade, saber em que obstáculos do caminho os nossos pés tropeçarão.
Reconhecendo, pois, que todos somos susceptíveis de queda, saibamos estender incessantemente compaixão e socorro, onde estivermos, sem escárnio para com as nossas feridas e sem louvor para com as nossas fraquezas, agindo por irmãos afectuosos e compassivos, mas sinceros e leais uns dos outros, a fim de continuarmos, todos juntos, na construção do Bem Eterno, trabalhando e servindo, cada qual de nós, em seu próprio lugar”.
ROGÉRIO COELHO
[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. XI, item 14.
[2] - XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos médiuns. 11. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1998, p. 211-212.
[3] - XAVIER, Francisco Cândido. Livro da esperança. 20. ed. Uberaba: CEC, 2008, capítulos 32 e 33.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A esperança é o que nos dá força na vida
Jorge Hessen discorre sobre a eficácia da prece em experimentos hospitalares leigos e nos ambientes religiosos, na matéria especial desta edição, intitulada “Fé e oração como aberturas terapêuticas dos nosocómios contemporâneos”.
“Pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, têm aplicado um tratamento nominado de ‘terapia da esperança’.
O processo consiste em ajudar os pacientes a construírem e a manterem a esperança diante da doença, consoante a máxima de que é preciso dar força ao espírito para que o corpo se recupere.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
A esperança é responsável pela protecção e sustentáculo da mente e do coração humanos.
Das três virtudes teologais – fé, esperança e caridade – é a esperança que sustenta o homem no combate da luta espiritual com nossos impulsos inferiores.
Paulo fala-nos sobre o capacete da esperança, que mereceu de Emmanuel o seguinte comentário:
“Capacete [...] é indumentária de luta, esforço, defensiva.
E o discípulo de Jesus é um combatente efectivo contra o mal, que não dispõe de muito tempo para cogitar de si mesmo, nem pode exigir demasiado repouso, quando sabe que o próprio Mestre permanece em trabalho activo e edificante. Resguardemos, pois, o nosso pensamento com o capacete da esperança fiel e prossigamos para a vitória suprema do bem.” (Fonte viva, cap. 94.)
“Na medida em que o paciente faz uma introspecção para potencializar a fé, possibilita-se o reconhecimento de sua identidade e a reconstrução de sua auto-estima, que o leva a recuperar a esperança e a confiança em seus próprios recursos adaptativos.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
Potencializar a fé através da introspecção!
Sim, visto que a fonte da fé está toda na centelha divina que há em cada um de nós, e que acessamos através do mergulho em nosso ser, conhecendo a nós mesmos, possibilitando, assim, a promoção da auto-estima, desenvolvendo a confiança em nós e em Deus e descobrindo a fonte da esperança.
“O Espiritismo explica que é através de um processo de desenvolvimento pessoal que o doente ganha forças para neutralizar a doença.
O Espiritismo busca persuadir o enfermo a reorientar seu comportamento mental pela fé inteligente, raciocinada, sugerindo uma ética de caridade, da qual deve resultar um modo particular de motivação para uma vida engrandecida e de se sobrepor aos apelos do mundo físico.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
A fé encontra na esperança seu produto imediato e característico.
Mas, como sabemos, não nos bastam a fé e a esperança.
A luta contra as adversidades e contra o mal, dentro e fora do homem, deve revestir-se de uma virtude activa – a caridade, embora a fé seja também uma virtude activa, conquanto introspectiva.
“No Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia, ‘foi possível comprovar que os pacientes que receberam preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos’.
Para nós, espíritas, ela se reveste de características especiais, pois ‘a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da acção fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece’.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
Não podemos prescindir dos recursos da medicina.
Mesmo num tratamento com a terapia dos passes, em que se evidenciam melhoras significativas, Allan Kardec afirma que uma só terapia não é eficaz em certos casos, como, por exemplo, no tratamento dos processos obsessivos, nos quais é preciso conjugar os recursos terapêuticos dos passes com os medicamentos da medicina.
Já foi o tempo em que se acreditava que toda doença era exclusivamente de ordem espiritual e que se poderia abandonar os recursos médicos, o que, lamentavelmente, é ideia corrente entre muitos espíritas.
Claro que, em última instância, toda doença é de origem espiritual, porque oriunda de um desequilíbrio da alma, seja com ou sem influência de um terceiro.
Mas a somatização faz com que a doença se torne também um fenómeno material, para o qual a medicina humana é, obviamente, necessária.
Nesse sentido, é útil recordar a lição firmada por Allan Kardec, ao se reportar ao tratamento da obsessão:
“A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo.
Destruída a causa, resta combater os efeitos.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 84, “Observação”.)
§.§.§- Ave sem Ninho
“Pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, têm aplicado um tratamento nominado de ‘terapia da esperança’.
O processo consiste em ajudar os pacientes a construírem e a manterem a esperança diante da doença, consoante a máxima de que é preciso dar força ao espírito para que o corpo se recupere.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
A esperança é responsável pela protecção e sustentáculo da mente e do coração humanos.
Das três virtudes teologais – fé, esperança e caridade – é a esperança que sustenta o homem no combate da luta espiritual com nossos impulsos inferiores.
Paulo fala-nos sobre o capacete da esperança, que mereceu de Emmanuel o seguinte comentário:
“Capacete [...] é indumentária de luta, esforço, defensiva.
E o discípulo de Jesus é um combatente efectivo contra o mal, que não dispõe de muito tempo para cogitar de si mesmo, nem pode exigir demasiado repouso, quando sabe que o próprio Mestre permanece em trabalho activo e edificante. Resguardemos, pois, o nosso pensamento com o capacete da esperança fiel e prossigamos para a vitória suprema do bem.” (Fonte viva, cap. 94.)
“Na medida em que o paciente faz uma introspecção para potencializar a fé, possibilita-se o reconhecimento de sua identidade e a reconstrução de sua auto-estima, que o leva a recuperar a esperança e a confiança em seus próprios recursos adaptativos.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
Potencializar a fé através da introspecção!
Sim, visto que a fonte da fé está toda na centelha divina que há em cada um de nós, e que acessamos através do mergulho em nosso ser, conhecendo a nós mesmos, possibilitando, assim, a promoção da auto-estima, desenvolvendo a confiança em nós e em Deus e descobrindo a fonte da esperança.
“O Espiritismo explica que é através de um processo de desenvolvimento pessoal que o doente ganha forças para neutralizar a doença.
O Espiritismo busca persuadir o enfermo a reorientar seu comportamento mental pela fé inteligente, raciocinada, sugerindo uma ética de caridade, da qual deve resultar um modo particular de motivação para uma vida engrandecida e de se sobrepor aos apelos do mundo físico.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
A fé encontra na esperança seu produto imediato e característico.
Mas, como sabemos, não nos bastam a fé e a esperança.
A luta contra as adversidades e contra o mal, dentro e fora do homem, deve revestir-se de uma virtude activa – a caridade, embora a fé seja também uma virtude activa, conquanto introspectiva.
“No Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia, ‘foi possível comprovar que os pacientes que receberam preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos’.
Para nós, espíritas, ela se reveste de características especiais, pois ‘a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da acção fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece’.” (Jorge Hessen, no artigo citado.)
Não podemos prescindir dos recursos da medicina.
Mesmo num tratamento com a terapia dos passes, em que se evidenciam melhoras significativas, Allan Kardec afirma que uma só terapia não é eficaz em certos casos, como, por exemplo, no tratamento dos processos obsessivos, nos quais é preciso conjugar os recursos terapêuticos dos passes com os medicamentos da medicina.
Já foi o tempo em que se acreditava que toda doença era exclusivamente de ordem espiritual e que se poderia abandonar os recursos médicos, o que, lamentavelmente, é ideia corrente entre muitos espíritas.
Claro que, em última instância, toda doença é de origem espiritual, porque oriunda de um desequilíbrio da alma, seja com ou sem influência de um terceiro.
Mas a somatização faz com que a doença se torne também um fenómeno material, para o qual a medicina humana é, obviamente, necessária.
Nesse sentido, é útil recordar a lição firmada por Allan Kardec, ao se reportar ao tratamento da obsessão:
“A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo.
Destruída a causa, resta combater os efeitos.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 84, “Observação”.)
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