ARTIGOS DIVERSOS II
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O comércio de livros espíritas
Muitos companheiros equivocadamente acham que um livro para ser espírita precisa ser psicografado.
Esclarecemos que inicialmente um livro para ser espírita precisa ter o conteúdo baseado nos princípios espíritas, além disso, é igualmente importante esclarecer que a psicografia e qualquer outra forma de comunicação com os Espíritos não é uma exclusividade da Doutrina Espírita.
Conforme exposto acima, um livro para ser espírita precisa estar de acordo com os princípios doutrinários do Espiritismo contidos nas obras básicas de Allan Kardec, em especial “O Livro dos Espíritos” lançado em abril de 1857, em Paris, na França.
Esta obra, por exemplo, não é psicografia, é um livro escrito com base nos ensinamentos dos Espíritos que foram transmitidos por meio de reuniões mediúnicas.
No caso dos livros que não são psicografias, o autor da obra é um encarnado que pesquisou e estudou para escrever o livro, seja ele um romance ou um livro de estudos.
Toda a obra foi fruto exclusivamente de seu trabalho humano, sem auxílio directo de Espíritos.
Com relação a obras psicografadas, quando quem escreve é um Espírito e o médium é um instrumento, que naturalmente pode ou não colocar suas próprias ideias na história.
Também há obras que são inspiradas, quando o Espírito inspira um tema e o médium escreve a história e a desenvolve de acordo com a sua concepção e suas próprias ideias e pesquisas, ou seja, não é o Espírito quem escreve, ele apenas sugere, quem escreve é o encarnado com auxílio secundário do Espírito.
Apresentamos para vocês algumas das possibilidades pelas quais um livro espírita pode vir a lume, em todas as possibilidades, o médium é considerado, por lei, autor da obra e tem todo o direito de receber pelos os direitos autorais, podendo ficar com o dinheiro para si, investir em algum projecto social ou até mesmo doar.
Cabe a sua consciência o que fazer com o dinheiro, sendo que caso opte por ficar com o dinheiro não é algo ilícito, está previsto em lei e não cabe a nós julgarmos se é certo ou errado a sua atitude, pois não sabemos os reais objectivos que estão no coração das pessoas.
É interessante ressaltar que um livro, - inclusive o espírita -, para ser editado e sair no mercado, tem um custo muito elevado.
Além da grande quantidade de profissionais envolvidos nesse processo enorme, desde o projecto inicial com esboço do livro até venda final nas livrarias, há um custo muito elevado com a compra de matéria-prima, custos de redacção e correcção de textos, impressão, encadernação, lançamento e divulgação da obra, tanto pelas editoras, quanto pelas livrarias, para todos os cantos do país, e muitas vezes do mundo!
Portanto, é preciso algum retorno monetário para que tudo isso possa acontecer.
É um trabalho conjunto de desencarnados e encarnados em que é preciso separar a questão religiosa/espiritual da questão humana/comercial envolvida nesse amplo e complexo processo de divulgação espírita por meio dos livros.
§.§.§- Ave sem Ninho
Esclarecemos que inicialmente um livro para ser espírita precisa ter o conteúdo baseado nos princípios espíritas, além disso, é igualmente importante esclarecer que a psicografia e qualquer outra forma de comunicação com os Espíritos não é uma exclusividade da Doutrina Espírita.
Conforme exposto acima, um livro para ser espírita precisa estar de acordo com os princípios doutrinários do Espiritismo contidos nas obras básicas de Allan Kardec, em especial “O Livro dos Espíritos” lançado em abril de 1857, em Paris, na França.
Esta obra, por exemplo, não é psicografia, é um livro escrito com base nos ensinamentos dos Espíritos que foram transmitidos por meio de reuniões mediúnicas.
No caso dos livros que não são psicografias, o autor da obra é um encarnado que pesquisou e estudou para escrever o livro, seja ele um romance ou um livro de estudos.
Toda a obra foi fruto exclusivamente de seu trabalho humano, sem auxílio directo de Espíritos.
Com relação a obras psicografadas, quando quem escreve é um Espírito e o médium é um instrumento, que naturalmente pode ou não colocar suas próprias ideias na história.
Também há obras que são inspiradas, quando o Espírito inspira um tema e o médium escreve a história e a desenvolve de acordo com a sua concepção e suas próprias ideias e pesquisas, ou seja, não é o Espírito quem escreve, ele apenas sugere, quem escreve é o encarnado com auxílio secundário do Espírito.
Apresentamos para vocês algumas das possibilidades pelas quais um livro espírita pode vir a lume, em todas as possibilidades, o médium é considerado, por lei, autor da obra e tem todo o direito de receber pelos os direitos autorais, podendo ficar com o dinheiro para si, investir em algum projecto social ou até mesmo doar.
Cabe a sua consciência o que fazer com o dinheiro, sendo que caso opte por ficar com o dinheiro não é algo ilícito, está previsto em lei e não cabe a nós julgarmos se é certo ou errado a sua atitude, pois não sabemos os reais objectivos que estão no coração das pessoas.
É interessante ressaltar que um livro, - inclusive o espírita -, para ser editado e sair no mercado, tem um custo muito elevado.
Além da grande quantidade de profissionais envolvidos nesse processo enorme, desde o projecto inicial com esboço do livro até venda final nas livrarias, há um custo muito elevado com a compra de matéria-prima, custos de redacção e correcção de textos, impressão, encadernação, lançamento e divulgação da obra, tanto pelas editoras, quanto pelas livrarias, para todos os cantos do país, e muitas vezes do mundo!
Portanto, é preciso algum retorno monetário para que tudo isso possa acontecer.
É um trabalho conjunto de desencarnados e encarnados em que é preciso separar a questão religiosa/espiritual da questão humana/comercial envolvida nesse amplo e complexo processo de divulgação espírita por meio dos livros.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Dimensões Espirituais do Centro Espírita
Suely Caldas Schubert
Introdução:
Costumamos frequentar o Centro Espírita durante anos sem atentarmos para aspectos mais profundos da sua importância, pois o vemos apenas como o local onde vamos buscar ajuda, consolo, amparo e esclarecimento, e onde se tem um bom ambiente espiritual, apropriado para as reuniões espíritas.
Não nos damos conta de toda a complexa estrutura espiritual que mantém uma sede de actividades espíritas, no âmbito dos encarnados, para que ela possa actuar nos dois planos da vida.
Entretanto, há alguns anos, estamos sendo conscientizados, principalmente através de mensagens dos Instrutores Espirituais, do que é, na realidade, o Centro Espírita e a premente necessidade que temos de adequá-lo e preservá-lo de acordo com as directrizes da Codificação, bem como dos cuidados com que a Espiritualidade Maior cerca e dispensa, ao longo do tempo, aos núcleos espíritas que estão incluídos entre os que são merecedores dessas providências, pelo trabalho sério, nobre e edificante que realizam.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda relata no capítulo 21 do livro Tramas do Destino, como são os planeamentos espirituais de um Centro Espírita, inclusive relatando os compromissos assumidos pela equipe espiritual que trabalharia directamente com os encarnados, junto àquele que seria o seu patrono, no caso o Espírito Francisco Xavier, que foi abnegado trabalhador do Cristianismo no século XVI.
Iremos enfocar aqui alguns desses planeamentos do plano extra-físico, e como são efectuados na prática pelos Benfeitores Espirituais, fazendo uma reflexão em torno da participação dos encarnados, enquanto tarefeiros da seara espírita.
Alicerces espirituais
O Centro Espírita é muito mais do que a casa física que lhe serve de sede.
Transcende às paredes, aos muros que o circundam e ao tecto que o cobre.
Em verdade, o Centro Espírita é um complexo espiritual em que se labora nos dois planos da vida, a física e a extra-física, e com as duas humanidades, a dos encarnados e a dos Espíritos desencarnados.
Em razão disso, as providências e cuidados da Espiritualidade Maior são imensos quanto ao planeamento e a organização de uma instituição espírita.
Já há muito sabemos que as planificações espirituais antecedem as dos encarnados, por isso se diz, comummente, quando se pensa e projecta uma obra espírita, que esta já estava edificada na Espiritualidade.
O que é real e verdadeiro.
Os alicerces espirituais, portanto, são “levantados” bem antes, servindo de modelo para a obra que se pretende edificar no plano terreno.
O Centro Espírita não é a casa onde ele se abriga, mas, sim, o labor que ali se desenvolve, o ambiente que se cultiva e preserva, a organização intemporal que o orienta e assessora, os objectivos e finalidades que o norteiam, o ideal e o sentimento com que o conduzem.
Por isso prescinde a obra espírita do luxo e do supérfluo para atender à simplicidade e ao conforto que a tornem acolhedora.
As suas bases, os seus alicerces espirituais assim argamassados farão com que a obra se erga firme na Terra e permaneça de pé vencendo as tormentas e vicissitudes humanas.
É “a casa edificada sobre a rocha”, de que nos fala Jesus, capaz de resistir através dos tempos.
Mas que só se materializará se a equipe encarnada colocar dia a dia os tijolos do amor e o cimento da perseverança; se os labores ali efectuados levarem o sinete da caridade e do desinteresse pessoal, transformando-se assim em templo e lar, hospital e escola.
Reafirmamos: para isto não há necessidade de que a obra seja luxuosa ou grandiosa; ela poderá ser uma casinha simples, despojada, de acordo com a realidade local, e ter uma atmosfera espiritual resplandecente, resultante do trabalho que ali se realiza, pois no dizer de Léon Denis “no mais miserável tugúrio há frestas para Deus e para o Infinito”.
Introdução:
Costumamos frequentar o Centro Espírita durante anos sem atentarmos para aspectos mais profundos da sua importância, pois o vemos apenas como o local onde vamos buscar ajuda, consolo, amparo e esclarecimento, e onde se tem um bom ambiente espiritual, apropriado para as reuniões espíritas.
Não nos damos conta de toda a complexa estrutura espiritual que mantém uma sede de actividades espíritas, no âmbito dos encarnados, para que ela possa actuar nos dois planos da vida.
Entretanto, há alguns anos, estamos sendo conscientizados, principalmente através de mensagens dos Instrutores Espirituais, do que é, na realidade, o Centro Espírita e a premente necessidade que temos de adequá-lo e preservá-lo de acordo com as directrizes da Codificação, bem como dos cuidados com que a Espiritualidade Maior cerca e dispensa, ao longo do tempo, aos núcleos espíritas que estão incluídos entre os que são merecedores dessas providências, pelo trabalho sério, nobre e edificante que realizam.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda relata no capítulo 21 do livro Tramas do Destino, como são os planeamentos espirituais de um Centro Espírita, inclusive relatando os compromissos assumidos pela equipe espiritual que trabalharia directamente com os encarnados, junto àquele que seria o seu patrono, no caso o Espírito Francisco Xavier, que foi abnegado trabalhador do Cristianismo no século XVI.
Iremos enfocar aqui alguns desses planeamentos do plano extra-físico, e como são efectuados na prática pelos Benfeitores Espirituais, fazendo uma reflexão em torno da participação dos encarnados, enquanto tarefeiros da seara espírita.
Alicerces espirituais
O Centro Espírita é muito mais do que a casa física que lhe serve de sede.
Transcende às paredes, aos muros que o circundam e ao tecto que o cobre.
Em verdade, o Centro Espírita é um complexo espiritual em que se labora nos dois planos da vida, a física e a extra-física, e com as duas humanidades, a dos encarnados e a dos Espíritos desencarnados.
Em razão disso, as providências e cuidados da Espiritualidade Maior são imensos quanto ao planeamento e a organização de uma instituição espírita.
Já há muito sabemos que as planificações espirituais antecedem as dos encarnados, por isso se diz, comummente, quando se pensa e projecta uma obra espírita, que esta já estava edificada na Espiritualidade.
O que é real e verdadeiro.
Os alicerces espirituais, portanto, são “levantados” bem antes, servindo de modelo para a obra que se pretende edificar no plano terreno.
O Centro Espírita não é a casa onde ele se abriga, mas, sim, o labor que ali se desenvolve, o ambiente que se cultiva e preserva, a organização intemporal que o orienta e assessora, os objectivos e finalidades que o norteiam, o ideal e o sentimento com que o conduzem.
Por isso prescinde a obra espírita do luxo e do supérfluo para atender à simplicidade e ao conforto que a tornem acolhedora.
As suas bases, os seus alicerces espirituais assim argamassados farão com que a obra se erga firme na Terra e permaneça de pé vencendo as tormentas e vicissitudes humanas.
É “a casa edificada sobre a rocha”, de que nos fala Jesus, capaz de resistir através dos tempos.
Mas que só se materializará se a equipe encarnada colocar dia a dia os tijolos do amor e o cimento da perseverança; se os labores ali efectuados levarem o sinete da caridade e do desinteresse pessoal, transformando-se assim em templo e lar, hospital e escola.
Reafirmamos: para isto não há necessidade de que a obra seja luxuosa ou grandiosa; ela poderá ser uma casinha simples, despojada, de acordo com a realidade local, e ter uma atmosfera espiritual resplandecente, resultante do trabalho que ali se realiza, pois no dizer de Léon Denis “no mais miserável tugúrio há frestas para Deus e para o Infinito”.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A direcção espiritual
Os planos iniciais para a fundação de um Centro Espírita ocorrem na Espiritualidade com antecedência de muitos anos, quando a equipe espiritual assume a responsabilidade de orientar e assessorar as futuras actividades que ali serão desenvolvidas.
Isto é feito em sintonia com aqueles que irão reencarnar com tais programações.
Para chegar-se a estabelecer esses compromissos são estudadas as fichas cármicas daqueles que estarão à frente da obra no plano material, convites são feitos, planos são delineados e projectados para o futuro.
Não podemos nos esquecer de que aqueles que se reúnem para um labor dessa ordem não o fazem por casualidade.
Existem planificações da Espiritualidade que antecedem, portanto, à reencarnação dos que irão laborar no plano físico.
O projecto visa essencialmente a atender aos encarnados, pois através desse labor são concedidas oportunidades de crescimento espiritual, ensejos de resgate e redenção; reencontros de almas afins, de companheiros do passado ou, quem sabe, desafectos no caminho da tolerância e do perdão que a directriz clarificadora do Espiritismo e a atmosfera balsâmica do Centro propiciarão.
Para que isto seja alcançado, a Casa Espírita apresenta um leque de opções variadas de aprendizado e trabalho, onde se favorece a transformação moral, que deve ser o apanágio do verdadeiro espírita, através do exercício da caridade legítima a encarnados e desencarnados, da tolerância e da fraternidade no convívio com os companheiros – o que, em última análise, é a vivência espírita, que traz nos seus fundamentos a mensagem legada por Jesus.
Todavia, muitos desses ensejos de reconciliação, de harmonia, de progresso espiritual; muitas das esperanças e expectativas dos Benfeitores Espirituais são desdenhadas por nós, os encarnados, que esquecidos dos compromissos assumidos deixamo-nos envolver pelo personalismo, pela vaidade, pela disputa de cargos e deferências, pelo ciúme e inveja, por nos acreditarmos melhor que os outros, que somente nós sabemos e somos espíritas de verdade, que temos missão especial, quando não enveredamos por esse novo prisma de considerarmos a Casa Espírita como uma empresa, que deve ser dirigida friamente e dar constantes lucros, não importando que a Causa seja postergada e colocada em segundo plano para que tais resultados sejam alcançados, enfim, todos esses desvios de curso, todas essas idiossincrasias que abrem campo às dissidências e à sintonia com espíritos interessados em retardar a marcha do bem quanto à de nós próprios.
Quando, porém, sentimos e vivemos as directrizes espíritas, é mais fácil compreender o nosso companheiro difícil e com ele conviver, aprendendo a estimá-lo realmente.
Porque é mais fácil amar aquele que vem pedir socorro e que nos estende a mão do que o companheiro ao nosso lado, investido, muita vez, da posição de “fiscal” de nossas atitudes.
Os Amigos Espirituais muito esperam de nós nesse campo da rearmonização com o nosso passado, porque, talvez, pela primeira vez já sabemos quanto às implicações do passado e responsabilidades no presente.
Por isto é essencial que nos esforcemos para viver as directrizes espíritas, a fim de que honremos o Espiritismo não somente “com os lábios”, mas essencialmente com o coração, com o melhor de nós mesmos.
Os recursos magnéticos de defesa
Vejamos como Manoel Philomeno de Miranda explica quais as providências adoptadas com relação à fundação do Centro Espírita Francisco Xavier:
“(...) antes mesmo que se definissem os planos da edificação material da Casa, foram tomadas medidas no que dizia respeito aos contingentes magnéticos no local e outras providências especiais.
Ergueu-se, posteriormente, o Núcleo, em cuja construção se observaram os cuidados de zelar pela aeração, conforto sem excesso, preservando- se a simplicidade e a total ausência de objectos e enfeites que não os mínimos indispensáveis móveis e utensílios para o seu funcionamento...
Todavia, nos respectivos departamentos reservados à câmara de passes, recinto mediúnico e sala de exposições doutrinárias, foram providenciadas aparelhagens complexas e com finalidades específicas, para cada mister apropriadas, no plano espiritual.”
Esses recursos magnéticos que constituem as defesas espirituais de um Centro Espírita fiel aos princípios da Codificação Kardequiana, conforme as circunstâncias o exigem, podem ser intensificados tal como é relatado no notável livro da querida médium Yvonne Pereira, Memórias de um Suicida, quando é mencionada a instituição na qual seriam realizadas algumas sessões mediúnicas especiais para atendimento de um grupo de suicidas.
Os planos iniciais para a fundação de um Centro Espírita ocorrem na Espiritualidade com antecedência de muitos anos, quando a equipe espiritual assume a responsabilidade de orientar e assessorar as futuras actividades que ali serão desenvolvidas.
Isto é feito em sintonia com aqueles que irão reencarnar com tais programações.
Para chegar-se a estabelecer esses compromissos são estudadas as fichas cármicas daqueles que estarão à frente da obra no plano material, convites são feitos, planos são delineados e projectados para o futuro.
Não podemos nos esquecer de que aqueles que se reúnem para um labor dessa ordem não o fazem por casualidade.
Existem planificações da Espiritualidade que antecedem, portanto, à reencarnação dos que irão laborar no plano físico.
O projecto visa essencialmente a atender aos encarnados, pois através desse labor são concedidas oportunidades de crescimento espiritual, ensejos de resgate e redenção; reencontros de almas afins, de companheiros do passado ou, quem sabe, desafectos no caminho da tolerância e do perdão que a directriz clarificadora do Espiritismo e a atmosfera balsâmica do Centro propiciarão.
Para que isto seja alcançado, a Casa Espírita apresenta um leque de opções variadas de aprendizado e trabalho, onde se favorece a transformação moral, que deve ser o apanágio do verdadeiro espírita, através do exercício da caridade legítima a encarnados e desencarnados, da tolerância e da fraternidade no convívio com os companheiros – o que, em última análise, é a vivência espírita, que traz nos seus fundamentos a mensagem legada por Jesus.
Todavia, muitos desses ensejos de reconciliação, de harmonia, de progresso espiritual; muitas das esperanças e expectativas dos Benfeitores Espirituais são desdenhadas por nós, os encarnados, que esquecidos dos compromissos assumidos deixamo-nos envolver pelo personalismo, pela vaidade, pela disputa de cargos e deferências, pelo ciúme e inveja, por nos acreditarmos melhor que os outros, que somente nós sabemos e somos espíritas de verdade, que temos missão especial, quando não enveredamos por esse novo prisma de considerarmos a Casa Espírita como uma empresa, que deve ser dirigida friamente e dar constantes lucros, não importando que a Causa seja postergada e colocada em segundo plano para que tais resultados sejam alcançados, enfim, todos esses desvios de curso, todas essas idiossincrasias que abrem campo às dissidências e à sintonia com espíritos interessados em retardar a marcha do bem quanto à de nós próprios.
Quando, porém, sentimos e vivemos as directrizes espíritas, é mais fácil compreender o nosso companheiro difícil e com ele conviver, aprendendo a estimá-lo realmente.
Porque é mais fácil amar aquele que vem pedir socorro e que nos estende a mão do que o companheiro ao nosso lado, investido, muita vez, da posição de “fiscal” de nossas atitudes.
Os Amigos Espirituais muito esperam de nós nesse campo da rearmonização com o nosso passado, porque, talvez, pela primeira vez já sabemos quanto às implicações do passado e responsabilidades no presente.
Por isto é essencial que nos esforcemos para viver as directrizes espíritas, a fim de que honremos o Espiritismo não somente “com os lábios”, mas essencialmente com o coração, com o melhor de nós mesmos.
Os recursos magnéticos de defesa
Vejamos como Manoel Philomeno de Miranda explica quais as providências adoptadas com relação à fundação do Centro Espírita Francisco Xavier:
“(...) antes mesmo que se definissem os planos da edificação material da Casa, foram tomadas medidas no que dizia respeito aos contingentes magnéticos no local e outras providências especiais.
Ergueu-se, posteriormente, o Núcleo, em cuja construção se observaram os cuidados de zelar pela aeração, conforto sem excesso, preservando- se a simplicidade e a total ausência de objectos e enfeites que não os mínimos indispensáveis móveis e utensílios para o seu funcionamento...
Todavia, nos respectivos departamentos reservados à câmara de passes, recinto mediúnico e sala de exposições doutrinárias, foram providenciadas aparelhagens complexas e com finalidades específicas, para cada mister apropriadas, no plano espiritual.”
Esses recursos magnéticos que constituem as defesas espirituais de um Centro Espírita fiel aos princípios da Codificação Kardequiana, conforme as circunstâncias o exigem, podem ser intensificados tal como é relatado no notável livro da querida médium Yvonne Pereira, Memórias de um Suicida, quando é mencionada a instituição na qual seriam realizadas algumas sessões mediúnicas especiais para atendimento de um grupo de suicidas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A sala de exposição doutrinária
Toda Casa Espírita tem o seu espaço destinado à realização de reuniões públicas, de portas abertas, onde os expositores abordam estudos e palestras doutrinárias, especialmente das obras que constituem a Codificação Kardequiana.
Este recinto recebe da Espiritualidade o cuidado compatível com a importância das tarefas ali desenvolvidas.
Espíritos especializados magnetizam o ambiente e o preservam e renovam constantemente, propiciando uma psicosfera salutar, consoante informa Manoel Philomeno de Miranda.
São instaladas defesas magnéticas que impedem a entrada de entidades desencarnadas hostis e malfeitoras, assim, só entram aqueles que obtêm permissão.
Tais cuidados são imprescindíveis em razão da natureza do trabalho que os Centros realizam.
Sendo um local para onde convergem pessoas portadoras de mediunidade em fase inicial ou em desequilíbrio ou, ainda, obsidiados de todos os matizes, é fácil concluir que se não houvesse tais cautelas do Plano Espiritual, principalmente, graves problemas poderiam surgir decorrentes do ambiente espiritual e da presença de sensitivos não equilibrados.
Imaginemos, por um instante, a ambiência desta sala, relativamente aos encarnados presentes.
A grande maioria dos que comparecem ao Centro o faz impelida pelos problemas e sofrimentos que os aguilhoam.
Quando chegam estão aflitos, cansados, desesperados e, não raro, com ideias de suicídio ou outros tipos de pensamentos extremamente negativos.
Recorrem ao Espiritismo na condição de náufragos de tormentas morais que se agarrassem a uma tábua salvadora.
Trazem o pensamento enrodilhado no drama em que vivem e que é como um cliché estampado na própria aura.
Vibrando em harmonia a quase totalidade dessas criaturas estão imantadas a desafectos do passado ou a entidades outras, igualmente em desequilíbrio, que por sua vez, as envolvem em fluidos perniciosos.
Várias são portadoras de monodeísmo, isto é, trazem o pensamento fixo em determinada ideia negativa, como por exemplo, no suicídio, no remorso de ato cometido etc.
Diversas estão magoadas, sofridas, ulceradas interiormente e com as forças deperecidas.
Outras estão perdidas em si mesmas, sem saber qual o sentido da vida e que rumo tomar.
Muitas esperam milagres que as libertem de imediato de seus problemas e umas poucas chegam por curiosidade ou desejosas de conhecer melhor o que é o Espiritismo.
Mas todas essas pessoas têm um denominador comum: a esperança.
Esse conjunto de vibrações desarmónicas e a malta de desencarnados que gravitam ao seu redor – todos interessados em obstar tudo aquilo que pode significar libertação para suas vítimas, no caso a palavra esclarecedora da Doutrina – por certo afectariam os médiuns presentes ainda não equilibrados, não fossem os cuidados e vigilância dos Benfeitores Espirituais.
Há ainda outro ponto a considerar:
é que sendo um local de tratamento das almas enfermas, que somos quase todos nós, é imprescindível que os recursos do “laboratório do mundo invisível” sejam mobilizados e accionados para o atendimento espiritual.
Os Espíritos especializados fazem, portanto, a triagem dos desencarnados que irão entrar, sempre visando os que estão em condições de ser beneficiados, mas outros são momentaneamente afastados de suas vítimas enquanto estas permanecem no Centro.
Em decorrência, grande é o número de entidades que ficam postadas do lado de fora da Casa, como que aguardando permissão para entrar ou interessados em achar alguma brecha nas defesas magnéticas com o intuito de causarem perturbações.
Mesmo estes não ficam sem a ajuda do Alto, pois aparelhagem especial transmite a palavra dos expositores amplificando-lhes a voz.
No transcurso da exposição doutrinária grande amparo é prestado ao público.
Equipes especializadas atendem aos que apresentarem condições espirituais-mentais favoráveis, receptivas, medicando- os e, até mesmo, realizando cirurgias espirituais.
Toda Casa Espírita tem o seu espaço destinado à realização de reuniões públicas, de portas abertas, onde os expositores abordam estudos e palestras doutrinárias, especialmente das obras que constituem a Codificação Kardequiana.
Este recinto recebe da Espiritualidade o cuidado compatível com a importância das tarefas ali desenvolvidas.
Espíritos especializados magnetizam o ambiente e o preservam e renovam constantemente, propiciando uma psicosfera salutar, consoante informa Manoel Philomeno de Miranda.
São instaladas defesas magnéticas que impedem a entrada de entidades desencarnadas hostis e malfeitoras, assim, só entram aqueles que obtêm permissão.
Tais cuidados são imprescindíveis em razão da natureza do trabalho que os Centros realizam.
Sendo um local para onde convergem pessoas portadoras de mediunidade em fase inicial ou em desequilíbrio ou, ainda, obsidiados de todos os matizes, é fácil concluir que se não houvesse tais cautelas do Plano Espiritual, principalmente, graves problemas poderiam surgir decorrentes do ambiente espiritual e da presença de sensitivos não equilibrados.
Imaginemos, por um instante, a ambiência desta sala, relativamente aos encarnados presentes.
A grande maioria dos que comparecem ao Centro o faz impelida pelos problemas e sofrimentos que os aguilhoam.
Quando chegam estão aflitos, cansados, desesperados e, não raro, com ideias de suicídio ou outros tipos de pensamentos extremamente negativos.
Recorrem ao Espiritismo na condição de náufragos de tormentas morais que se agarrassem a uma tábua salvadora.
Trazem o pensamento enrodilhado no drama em que vivem e que é como um cliché estampado na própria aura.
Vibrando em harmonia a quase totalidade dessas criaturas estão imantadas a desafectos do passado ou a entidades outras, igualmente em desequilíbrio, que por sua vez, as envolvem em fluidos perniciosos.
Várias são portadoras de monodeísmo, isto é, trazem o pensamento fixo em determinada ideia negativa, como por exemplo, no suicídio, no remorso de ato cometido etc.
Diversas estão magoadas, sofridas, ulceradas interiormente e com as forças deperecidas.
Outras estão perdidas em si mesmas, sem saber qual o sentido da vida e que rumo tomar.
Muitas esperam milagres que as libertem de imediato de seus problemas e umas poucas chegam por curiosidade ou desejosas de conhecer melhor o que é o Espiritismo.
Mas todas essas pessoas têm um denominador comum: a esperança.
Esse conjunto de vibrações desarmónicas e a malta de desencarnados que gravitam ao seu redor – todos interessados em obstar tudo aquilo que pode significar libertação para suas vítimas, no caso a palavra esclarecedora da Doutrina – por certo afectariam os médiuns presentes ainda não equilibrados, não fossem os cuidados e vigilância dos Benfeitores Espirituais.
Há ainda outro ponto a considerar:
é que sendo um local de tratamento das almas enfermas, que somos quase todos nós, é imprescindível que os recursos do “laboratório do mundo invisível” sejam mobilizados e accionados para o atendimento espiritual.
Os Espíritos especializados fazem, portanto, a triagem dos desencarnados que irão entrar, sempre visando os que estão em condições de ser beneficiados, mas outros são momentaneamente afastados de suas vítimas enquanto estas permanecem no Centro.
Em decorrência, grande é o número de entidades que ficam postadas do lado de fora da Casa, como que aguardando permissão para entrar ou interessados em achar alguma brecha nas defesas magnéticas com o intuito de causarem perturbações.
Mesmo estes não ficam sem a ajuda do Alto, pois aparelhagem especial transmite a palavra dos expositores amplificando-lhes a voz.
No transcurso da exposição doutrinária grande amparo é prestado ao público.
Equipes especializadas atendem aos que apresentarem condições espirituais-mentais favoráveis, receptivas, medicando- os e, até mesmo, realizando cirurgias espirituais.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Por outro lado, a aproximação de entidades benfeitoras junto aos encarnados torna-se mais fácil pela natureza do ambiente e por estarem estes com o pensamento voltado para os ensinos clarificadores da Doutrina, o que lhes modifica, temporariamente, os panoramas mentais, favorecendo o optimismo e a renovação interior.
Concomitantemente, os “espíritos arquitectos”, muitas vezes, utilizam dos recursos dos painéis fluídicos que “dão vida” aos comentários do expositor, favorecendo o entendimento dos desencarnados presentes. Isto, aliás, acontece em palestras sempre que o ambiente favoreça.
Toda essa programação, todavia, só se realizará se o Centro Espírita tiver o seu ambiente preservado de quaisquer frivolidades e mercantilismo; de intrigas e personalismo; se ali se cultivar a conversação sadia e edificante; se naquele local se praticar a verdadeira caridade e o estudo sério, e onde as principais metas sejam esclarecer, aliviar e consolar as almas que por ali aportarem, colocando-se assim à altura da protecção dos Espíritos Superiores.
O ambiente espiritual da reunião mediúnica
Os cuidados dos Espíritos que se dedicam à preservação do ambiente espiritual da sala onde são realizados os trabalhos mediúnicos são constantes e intensos, pois nada pode ser negligenciado, sob pena de comprometer-se o êxito da reunião.
O local destinado à sessão mediúnica tem, por assim dizer, uma fiscalização permanente, pois, principalmente no caso do recinto consagrado às sessões de desobsessão, muitos Espíritos necessitados e sofredores ficam aí alojados, em regime de tratamento para seu refazimento e reequilíbrio.
No dia da reunião o recinto passa por rigorosa assepsia a fim de livrá-lo e preservá-lo de larvas psíquicas (que são criadas por mentes viciosas de encarnados ou desencarnados); de ideoplastias perniciosas (formas-pensamento, clichés mentais); de vibrações deprimentes, constituindo tudo isso os “invasores microbicidas das regiões inferiores”, conforme esclarece João Cleofas.
Importante ressaltar que tais “invasores microbicidas” contaminam o homem invigilante que apresente, por sua vez, pensamentos doentios, descontrolados, que são verdadeiras brechas ao assédio inferior, resultando daí a parasitose mental, ou vampirismo.
João Cleofas elucida que a sala mediúnica é o “ambiente cirúrgico para realizações de longo curso no cerne do perispírito dos encarnados como dos desencarnados”,como também local onde “se anulam fixações mentais que produzem danos profundos nas tecelagens sensíveis do espírito.”
Além disso, há necessidade de se isolar e defender o recinto das investidas de Espíritos inferiores, o que leva os Benfeitores Espirituais a cercá-lo por meio de faixas fluídicas visando impedir a entrada de tais entidades.
Assim, só entrarão no ambiente aqueles que tiverem permissão dos dirigentes espirituais.
A sala mediúnica, conquanto seja limitada no seu espaço físico, no outro plano apresenta-se a dimensional, já que se amplia de acordo com a necessidade, permitindo abrigar um número muito grande de desencarnados que são trazidos para tratamento, para esclarecimento, para aprendizagem etc.
Tem ainda mobiliário próprio e aparelhagens instaladas pela equipe espiritual.
Esta equipe conta com elementos especializados nesses trabalhos, inclusive aqueles denominados por Efigénio Vítor de “arquitectos espirituais” 4, que têm a seu encargo a tarefa complexa de criar os quadros fluídicos indispensáveis ao tratamento ou esclarecimento das entidades comunicantes.
Esses quadros fluídicos não são criados ao sabor do acaso, mas obedecem a uma programação e à pesquisa sobre o passado dos que precisem desse recurso.
Tais painéis fluídicos são tão perfeitos que possuem “vida” momentânea, com movimentos, cor, como se fossem uma tela cinematográfica na qual as personagens são pessoas ligadas ao manifestante, ou ele mesmo se vê vivendo cenas importantes em sua existência de Espírito imortal.
Tudo isso nos dá uma pálida ideia do grandioso trabalho do mundo espiritual; é “o laboratório do mundo invisível”, citado por Kardec, que esclarece:
“(...) Os objetos que o Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta.
Concomitantemente, os “espíritos arquitectos”, muitas vezes, utilizam dos recursos dos painéis fluídicos que “dão vida” aos comentários do expositor, favorecendo o entendimento dos desencarnados presentes. Isto, aliás, acontece em palestras sempre que o ambiente favoreça.
Toda essa programação, todavia, só se realizará se o Centro Espírita tiver o seu ambiente preservado de quaisquer frivolidades e mercantilismo; de intrigas e personalismo; se ali se cultivar a conversação sadia e edificante; se naquele local se praticar a verdadeira caridade e o estudo sério, e onde as principais metas sejam esclarecer, aliviar e consolar as almas que por ali aportarem, colocando-se assim à altura da protecção dos Espíritos Superiores.
O ambiente espiritual da reunião mediúnica
Os cuidados dos Espíritos que se dedicam à preservação do ambiente espiritual da sala onde são realizados os trabalhos mediúnicos são constantes e intensos, pois nada pode ser negligenciado, sob pena de comprometer-se o êxito da reunião.
O local destinado à sessão mediúnica tem, por assim dizer, uma fiscalização permanente, pois, principalmente no caso do recinto consagrado às sessões de desobsessão, muitos Espíritos necessitados e sofredores ficam aí alojados, em regime de tratamento para seu refazimento e reequilíbrio.
No dia da reunião o recinto passa por rigorosa assepsia a fim de livrá-lo e preservá-lo de larvas psíquicas (que são criadas por mentes viciosas de encarnados ou desencarnados); de ideoplastias perniciosas (formas-pensamento, clichés mentais); de vibrações deprimentes, constituindo tudo isso os “invasores microbicidas das regiões inferiores”, conforme esclarece João Cleofas.
Importante ressaltar que tais “invasores microbicidas” contaminam o homem invigilante que apresente, por sua vez, pensamentos doentios, descontrolados, que são verdadeiras brechas ao assédio inferior, resultando daí a parasitose mental, ou vampirismo.
João Cleofas elucida que a sala mediúnica é o “ambiente cirúrgico para realizações de longo curso no cerne do perispírito dos encarnados como dos desencarnados”,como também local onde “se anulam fixações mentais que produzem danos profundos nas tecelagens sensíveis do espírito.”
Além disso, há necessidade de se isolar e defender o recinto das investidas de Espíritos inferiores, o que leva os Benfeitores Espirituais a cercá-lo por meio de faixas fluídicas visando impedir a entrada de tais entidades.
Assim, só entrarão no ambiente aqueles que tiverem permissão dos dirigentes espirituais.
A sala mediúnica, conquanto seja limitada no seu espaço físico, no outro plano apresenta-se a dimensional, já que se amplia de acordo com a necessidade, permitindo abrigar um número muito grande de desencarnados que são trazidos para tratamento, para esclarecimento, para aprendizagem etc.
Tem ainda mobiliário próprio e aparelhagens instaladas pela equipe espiritual.
Esta equipe conta com elementos especializados nesses trabalhos, inclusive aqueles denominados por Efigénio Vítor de “arquitectos espirituais” 4, que têm a seu encargo a tarefa complexa de criar os quadros fluídicos indispensáveis ao tratamento ou esclarecimento das entidades comunicantes.
Esses quadros fluídicos não são criados ao sabor do acaso, mas obedecem a uma programação e à pesquisa sobre o passado dos que precisem desse recurso.
Tais painéis fluídicos são tão perfeitos que possuem “vida” momentânea, com movimentos, cor, como se fossem uma tela cinematográfica na qual as personagens são pessoas ligadas ao manifestante, ou ele mesmo se vê vivendo cenas importantes em sua existência de Espírito imortal.
Tudo isso nos dá uma pálida ideia do grandioso trabalho do mundo espiritual; é “o laboratório do mundo invisível”, citado por Kardec, que esclarece:
“(...) Os objetos que o Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Pode fazê-los e desfazê-los livremente.”
E dizer que com a nossa invigilância podemos prejudicar num relance toda essa estrutura!
Isto acontece quando comparecemos despreparados para a reunião, trazendo vibrações negativas, desequilibrantes; quando trazemos o pensamento viciado e contaminamos o recinto cuidadosamente preparado.
Nesta hora, os tarefeiros da Espiritualidade usam recursos de emergência, isolando o faltoso, para que a maioria não seja prejudicada.
Em caso mais grave, porém, poderá ocorrer um desequilíbrio nos circuitos vibratórios que defendem a sessão, o que possibilitará a entrada de Espíritos perturbadores e consequente prejuízo para os trabalhos e os participantes.
Como vemos, integrar uma equipe mediúnica é um encargo de grande responsabilidade.
Importa considerar que somente as reuniões mediúnicas sérias merecerão dos Benfeitores Espirituais todo esse cuidadoso preparo mencionado.
Se os encarnados corresponderem, o grupo mediúnico crescerá em produtividade sob a chancela de Espíritos bondosos.
Em caso oposto, a reunião nada produzirá de positivo, tornando-se presa fácil paras Espíritos inferiores.
A opção é nossa, dos encarnados.
Os Amigos Espirituais estão sempre dispostos a secundar os nossos melhores esforços.
São eles que traçam as directrizes dos trabalhos mediúnicos; que na realidade dirigem as actividades, mas ficam na dependência de nossa cooperação, pois uma sessão para a prática da mediunidade somente existe com o concurso dos dois planos da vida.
Se estivermos receptivos às orientações e apresentarmos por nosso lado um esforço de iniciativas identificadas com os seus propósitos, as duas equipas – a espiritual e a dos encarnados – tornar-se-ão homogéneas e o grupo vibrando no mesmo diapasão de Amor atenderá com sucesso aos irmãos que ainda jazem na ignorância e no mal.
A sala de passes
O recinto destinado aos passes apresenta características próprias, em virtude do trabalho ali realizado.
Sendo local de atendimento ao público é natural que este interfira na ambiência.
Entretanto, como se pode deduzir, a grande maioria das pessoas que buscam o socorro do passe o fazem imbuídas dos melhores sentimentos, é o que informa Áulus, instrutor espiritual de André Luiz.
Referindo-se à sala de passes, esclarece estarem ali reunidas “(...) sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança”.
Estas vibrações permanecem no ambiente e se acumulam, a tal ponto que, no dizer de Áulus, criam uma atmosfera especial formada “(...) pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos”.
Esse conjunto vibratório surpreendeu André Luiz, quando este observou uma sala de passes, pelo “ambiente balsâmico e luminoso” que apresentava.
Tal como acontece com a sala mediúnica, o recinto destinado a essa actividade recebe dos Espíritos especializados a assepsia e as defesas magnéticas imprescindíveis à manutenção e preservação do ambiente.
Quanto ao atendimento aos enfermos, o autor espiritual explica que há um “quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da Esfera Superior”, enfatizando que para o bom êxito do labor de passes há que se observar:
experiência, horário, segurança e responsabilidade daquele que serve.
No momento dos passes é possível a alguns médiuns videntes divisarem a intensa movimentação dos Benfeitores, que se utilizam de aparelhagens especiais adequadas aos enfermos presentes.
A organização do Mundo Espiritual é, pois, exemplar.
Não obstante, nós, os encarnados, deixamos muito a desejar com as nossas falhas costumeiras, que vão desde a invigilância em nosso quotidiano até a frequência irregular, o que por certo prejudica os trabalhos.
E dizer que com a nossa invigilância podemos prejudicar num relance toda essa estrutura!
Isto acontece quando comparecemos despreparados para a reunião, trazendo vibrações negativas, desequilibrantes; quando trazemos o pensamento viciado e contaminamos o recinto cuidadosamente preparado.
Nesta hora, os tarefeiros da Espiritualidade usam recursos de emergência, isolando o faltoso, para que a maioria não seja prejudicada.
Em caso mais grave, porém, poderá ocorrer um desequilíbrio nos circuitos vibratórios que defendem a sessão, o que possibilitará a entrada de Espíritos perturbadores e consequente prejuízo para os trabalhos e os participantes.
Como vemos, integrar uma equipe mediúnica é um encargo de grande responsabilidade.
Importa considerar que somente as reuniões mediúnicas sérias merecerão dos Benfeitores Espirituais todo esse cuidadoso preparo mencionado.
Se os encarnados corresponderem, o grupo mediúnico crescerá em produtividade sob a chancela de Espíritos bondosos.
Em caso oposto, a reunião nada produzirá de positivo, tornando-se presa fácil paras Espíritos inferiores.
A opção é nossa, dos encarnados.
Os Amigos Espirituais estão sempre dispostos a secundar os nossos melhores esforços.
São eles que traçam as directrizes dos trabalhos mediúnicos; que na realidade dirigem as actividades, mas ficam na dependência de nossa cooperação, pois uma sessão para a prática da mediunidade somente existe com o concurso dos dois planos da vida.
Se estivermos receptivos às orientações e apresentarmos por nosso lado um esforço de iniciativas identificadas com os seus propósitos, as duas equipas – a espiritual e a dos encarnados – tornar-se-ão homogéneas e o grupo vibrando no mesmo diapasão de Amor atenderá com sucesso aos irmãos que ainda jazem na ignorância e no mal.
A sala de passes
O recinto destinado aos passes apresenta características próprias, em virtude do trabalho ali realizado.
Sendo local de atendimento ao público é natural que este interfira na ambiência.
Entretanto, como se pode deduzir, a grande maioria das pessoas que buscam o socorro do passe o fazem imbuídas dos melhores sentimentos, é o que informa Áulus, instrutor espiritual de André Luiz.
Referindo-se à sala de passes, esclarece estarem ali reunidas “(...) sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança”.
Estas vibrações permanecem no ambiente e se acumulam, a tal ponto que, no dizer de Áulus, criam uma atmosfera especial formada “(...) pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos”.
Esse conjunto vibratório surpreendeu André Luiz, quando este observou uma sala de passes, pelo “ambiente balsâmico e luminoso” que apresentava.
Tal como acontece com a sala mediúnica, o recinto destinado a essa actividade recebe dos Espíritos especializados a assepsia e as defesas magnéticas imprescindíveis à manutenção e preservação do ambiente.
Quanto ao atendimento aos enfermos, o autor espiritual explica que há um “quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da Esfera Superior”, enfatizando que para o bom êxito do labor de passes há que se observar:
experiência, horário, segurança e responsabilidade daquele que serve.
No momento dos passes é possível a alguns médiuns videntes divisarem a intensa movimentação dos Benfeitores, que se utilizam de aparelhagens especiais adequadas aos enfermos presentes.
A organização do Mundo Espiritual é, pois, exemplar.
Não obstante, nós, os encarnados, deixamos muito a desejar com as nossas falhas costumeiras, que vão desde a invigilância em nosso quotidiano até a frequência irregular, o que por certo prejudica os trabalhos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
É fundamental, portanto, que haja uma conscientização, de nossa parte, da grandeza e complexidade dos labores espirituais, a fim de participarmos de modo mais eficiente e produtivo.
Que isso não seja, porém, um factor que leve ao misticismo (mas sim à responsabilidade) e que venha a influir ou modificar a nossa conduta no instante do passe ou no ministério mediúnico.
Embora o trabalho que se desenvolve “do outro lado” seja complexo, a nossa participação deve ser a mais simples possível, permeada, contudo, do mais acendrado sentimento de amor ao próximo.
Que nos lembremos sempre que para exercermos tais actividades a nossa preparação é toda, principalmente, interior.
É no nosso mundo íntimo que devemos laborar.
É a nossa transformação para melhor a cada momento.
Assim, não é a cor do vestuário nosso ou do paciente, a nossa gesticulação ou a sala ser azul ou branca que irão influir na qualidade da transmissão energética no instante dos passes, mas sim, a nossa mente impulsionando e direccionando essas energias fluídicas, o nosso desejo de servir, a nossa capacidade de ser solidário com aquele que ali está e de amá-lo como a um irmão.
Por isso, a simplicidade deve ser a tónica no momento do passe, já que este é, essencialmente, um acto de amor.
E o amor é simples, desataviado e puro, tal como exemplificou Jesus.
Conclusão
Registamos, para nossa reflexão, a palavra de Emmanuel que enaltece a magna finalidade da Doutrina dos Espíritos:
“Ao Espiritismo cristão cabe, actualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.
Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciências e corações.”
É fundamental estarmos cônscios da imensa responsabilidade que assumimos quando da fundação de uma instituição espírita; não podemos esquecer que responderemos por tudo o que fizermos perante Jesus e a Espiritualidade Maior e, sobretudo, diante de nossa consciência.
Jesus vem e nos convida, novamente.
Quais os frutos que podemos oferecer?
Nossos celeiros ainda estão vazios?
Para encerrar, nada melhor do que o notável texto de Bezerra de Menezes, que reúne todas as directrizes e, em simultâneo, também as advertências, imprescindíveis, a fim de que se preserve e mantenha a ambiência espiritual do Centro Espírita, fazendo jus, assim, aos cuidados e empenho dos Benfeitores Espirituais que o edificaram no plano extra-físico, para que ali sejam efectuadas as curas das almas, esclarecendo e confortando os corações e, sobretudo, libertando consciências:
“As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação.
Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito subtis e sensíveis, hão de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades.
Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do carácter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
Que isso não seja, porém, um factor que leve ao misticismo (mas sim à responsabilidade) e que venha a influir ou modificar a nossa conduta no instante do passe ou no ministério mediúnico.
Embora o trabalho que se desenvolve “do outro lado” seja complexo, a nossa participação deve ser a mais simples possível, permeada, contudo, do mais acendrado sentimento de amor ao próximo.
Que nos lembremos sempre que para exercermos tais actividades a nossa preparação é toda, principalmente, interior.
É no nosso mundo íntimo que devemos laborar.
É a nossa transformação para melhor a cada momento.
Assim, não é a cor do vestuário nosso ou do paciente, a nossa gesticulação ou a sala ser azul ou branca que irão influir na qualidade da transmissão energética no instante dos passes, mas sim, a nossa mente impulsionando e direccionando essas energias fluídicas, o nosso desejo de servir, a nossa capacidade de ser solidário com aquele que ali está e de amá-lo como a um irmão.
Por isso, a simplicidade deve ser a tónica no momento do passe, já que este é, essencialmente, um acto de amor.
E o amor é simples, desataviado e puro, tal como exemplificou Jesus.
Conclusão
Registamos, para nossa reflexão, a palavra de Emmanuel que enaltece a magna finalidade da Doutrina dos Espíritos:
“Ao Espiritismo cristão cabe, actualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.
Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciências e corações.”
É fundamental estarmos cônscios da imensa responsabilidade que assumimos quando da fundação de uma instituição espírita; não podemos esquecer que responderemos por tudo o que fizermos perante Jesus e a Espiritualidade Maior e, sobretudo, diante de nossa consciência.
Jesus vem e nos convida, novamente.
Quais os frutos que podemos oferecer?
Nossos celeiros ainda estão vazios?
Para encerrar, nada melhor do que o notável texto de Bezerra de Menezes, que reúne todas as directrizes e, em simultâneo, também as advertências, imprescindíveis, a fim de que se preserve e mantenha a ambiência espiritual do Centro Espírita, fazendo jus, assim, aos cuidados e empenho dos Benfeitores Espirituais que o edificaram no plano extra-físico, para que ali sejam efectuadas as curas das almas, esclarecendo e confortando os corações e, sobretudo, libertando consciências:
“As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação.
Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito subtis e sensíveis, hão de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades.
Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do carácter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimónias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida.
Somente esses, portanto, serão registados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.”
Referências Bibliográficas:
1 - FRANCO, Divaldo P. Tramas do Destino, pelo Espírito Manoel P. de Miranda. 7. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2000, cap. 21, p. 196.
2 - Idem, ibidem, p. 200.
3 - FRANCO, Divaldo P. Depoimentos Vivos. Diversos Autores Espirituais, João Cleofas.
4 - XAVIER, Francisco C. Instruções Psicofônicas, pelo Espírito Efigênio Vítor. 7. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1995, cap. 44.
5 - KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 70. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. VIII, item 129.
6 - XAVIER, Francisco C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 29. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. 17, p. 161-162.
7 _____. Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz. 36. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001, “Ante os tempos novos”, p. 8.
8 - PEREIRA, Yvonne A. Dramas da Obsessão, pelo Espírito Bezerra de Menezes. 9. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001, Conclusão, item III, p. 145, 146 e 147.
Fonte:
Revista Reformador - Fevereiro 2004 (p. 36 a 39) e março de 2004 (p. 28 a 30)
§.§.§- Ave sem Ninho
Somente esses, portanto, serão registados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.”
Referências Bibliográficas:
1 - FRANCO, Divaldo P. Tramas do Destino, pelo Espírito Manoel P. de Miranda. 7. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2000, cap. 21, p. 196.
2 - Idem, ibidem, p. 200.
3 - FRANCO, Divaldo P. Depoimentos Vivos. Diversos Autores Espirituais, João Cleofas.
4 - XAVIER, Francisco C. Instruções Psicofônicas, pelo Espírito Efigênio Vítor. 7. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1995, cap. 44.
5 - KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 70. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. VIII, item 129.
6 - XAVIER, Francisco C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 29. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. 17, p. 161-162.
7 _____. Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz. 36. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001, “Ante os tempos novos”, p. 8.
8 - PEREIRA, Yvonne A. Dramas da Obsessão, pelo Espírito Bezerra de Menezes. 9. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001, Conclusão, item III, p. 145, 146 e 147.
Fonte:
Revista Reformador - Fevereiro 2004 (p. 36 a 39) e março de 2004 (p. 28 a 30)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Endereços de Paz (Parte 9 e final)
Concluímos hoje o estudo sequencial do livro Endereços de Paz, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1982.
Questões preliminares
A. Que significação tem o trabalho no bem, para nós que nos catalogamos como cristãos?
Uma significação especial.
A cada semana dispomos de uma soma considerável de horas, que podem ser perfeitamente aplicadas no serviço em prol da fraternidade e da disseminação da luz.
A esse respeito, André Luiz fez a seguinte observação:
“Enorme saldo de tempo exige avultado serviço extra” e disso certamente prestaremos contas.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
B. Que devemos fazer se o nosso coração vive pesaroso e sem luz?
André Luiz assim respondeu a essa pergunta:
- Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
Dê seu concurso às boas obras sem desfalecer e claridades novas brilharão no céu de seus pensamentos.
(Endereços de Paz – Solução.)
C. Na defesa contra o mal, vigiar e orar é realmente importante?
Evidentemente. Foi por isso que Jesus nos aconselhou a vigilância, quando nos exortou a orar e vigiar para não cairmos em tentação.
Se houvesse outro meio, o Mestre certamente o indicaria.
(Endereços de Paz – Vigilância.)
Texto para leitura
185. Saldos extras – O homem comum.
Em todas as latitudes da Terra, guarda, habitualmente, o mesmo padrão de actividade normal.
Alimenta-se. Veste-se. Descansa. Dorme. Pensa. Fala. Grita. Procria. Indaga. Pede. Reclama. Agita-se.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
186. Em suma, consome e, muitas vezes, usurpa a vitalidade dos rei-nos que se lhe revelam inferiores.
É o serviço da evolução.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
187. Para isso, concede-lhe o Senhor grande cota de tempo.
Cada semana de serviço útil, considerada em seis dias activos, é constituída de 144 horas, das quais as criaturas mais excepcionalmente consagradas à responsabilidade gastam 48 em trabalho regular.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
188. Nessa curiosa balança, a mente encarnada recebe um saldo de 96 horas, em seis dias, relativamente ao qual raríssimas pessoas guardam noção de consciência.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
189. Por semelhante motivo, a sementeira, gratuita da fraternidade e da luz se reveste de especial significação para o servidor do Cristo.
Enorme saldo de tempo exige avultado serviço extra.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
190. Em razão disso, às portas da Vida Eterna, quando a alma do aprendiz, no exame de aproveitamento além da morte, alega cansaço e se reporta aos trabalhos triviais que desenvolveu no mundo, a palavra do Senhor sempre interrogará, inquebrantável e firme:
“Que fizeste de mais?”
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
Questões preliminares
A. Que significação tem o trabalho no bem, para nós que nos catalogamos como cristãos?
Uma significação especial.
A cada semana dispomos de uma soma considerável de horas, que podem ser perfeitamente aplicadas no serviço em prol da fraternidade e da disseminação da luz.
A esse respeito, André Luiz fez a seguinte observação:
“Enorme saldo de tempo exige avultado serviço extra” e disso certamente prestaremos contas.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
B. Que devemos fazer se o nosso coração vive pesaroso e sem luz?
André Luiz assim respondeu a essa pergunta:
- Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
Dê seu concurso às boas obras sem desfalecer e claridades novas brilharão no céu de seus pensamentos.
(Endereços de Paz – Solução.)
C. Na defesa contra o mal, vigiar e orar é realmente importante?
Evidentemente. Foi por isso que Jesus nos aconselhou a vigilância, quando nos exortou a orar e vigiar para não cairmos em tentação.
Se houvesse outro meio, o Mestre certamente o indicaria.
(Endereços de Paz – Vigilância.)
Texto para leitura
185. Saldos extras – O homem comum.
Em todas as latitudes da Terra, guarda, habitualmente, o mesmo padrão de actividade normal.
Alimenta-se. Veste-se. Descansa. Dorme. Pensa. Fala. Grita. Procria. Indaga. Pede. Reclama. Agita-se.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
186. Em suma, consome e, muitas vezes, usurpa a vitalidade dos rei-nos que se lhe revelam inferiores.
É o serviço da evolução.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
187. Para isso, concede-lhe o Senhor grande cota de tempo.
Cada semana de serviço útil, considerada em seis dias activos, é constituída de 144 horas, das quais as criaturas mais excepcionalmente consagradas à responsabilidade gastam 48 em trabalho regular.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
188. Nessa curiosa balança, a mente encarnada recebe um saldo de 96 horas, em seis dias, relativamente ao qual raríssimas pessoas guardam noção de consciência.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
189. Por semelhante motivo, a sementeira, gratuita da fraternidade e da luz se reveste de especial significação para o servidor do Cristo.
Enorme saldo de tempo exige avultado serviço extra.
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
190. Em razão disso, às portas da Vida Eterna, quando a alma do aprendiz, no exame de aproveitamento além da morte, alega cansaço e se reporta aos trabalhos triviais que desenvolveu no mundo, a palavra do Senhor sempre interrogará, inquebrantável e firme:
“Que fizeste de mais?”
(Endereços de Paz – Saldos extras.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
191. Solução – Se você procura solução adequada ao seu problema, não olvide o grande remédio do trabalho, doador de infinitos recursos, em favor do progresso do Homem e da Humanidade.
(Endereços de Paz – Solução.)
192. Ofensas e injúrias?
Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.
(Endereços de Paz – Solução.)
193. Seu cérebro vive cheio de perguntas?
Trabalhe e o serviço conferir-lhe-á respostas exactas.
(Endereços de Paz – Solução.)
194. Suas mãos permanecem paralisadas pelo desânimo?
Insista no trabalho e o movimento voltará.
(Endereços de Paz – Solução.)
195. Seus braços jazem fatigados?
Confie-se ao esforço novamente e a acção simbolizará para eles o lubrificante preciso.
(Endereços de Paz – Solução.)
196. Seu coração vive pesaroso e sem luz?
Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
(Endereços de Paz – Solução.)
197. Seus ideais encontraram sombra e gelo no grande caminho da vida?
Dê seu concurso às boas obras sem desfalecer e claridades novas brilharão no céu de seus pensamentos.
(Endereços de Paz – Solução.)
198. A parada que não significa descanso construtivo para recomeçar as actividades úteis é alguma cousa semelhante à morte.
(Endereços de Paz – Solução.)
199. Todos os males da retaguarda podem surpreender aquele que não avança.
Mas se você acredita no poder do trabalho, aceitando o serviço aos semelhantes, por norma de viver em paz, na obediência a Deus, o seu espírito terá penetrado real-mente o verdadeiro caminho da salvação.
(Endereços de Paz – Solução.)
200. Toda tarefa é importante – Vermes da Terra pediram ao Sol do entardecer lhes desse luz para de-terminadas evoluções durante a noite e o Sol rogou ao pirilampo lhe tomasse o lugar.
(Endereços de Paz – Toda tarefa é importante.)
201. O rio observou que uma criança desmaiava de sede, não longe da corrente, mas sem poder desviar-se do próprio curso, solicitou à pequena concha da margem lhe levasse algumas gotas d’água.
(Endereços de Paz – Toda tarefa é importante.)
202. Vigilância – O amigo dizia para outro amigo:
- Não, não creio na necessidade de qualquer defesa contra o mal. Onde a providência de Deus, se formos obrigados a fazer isso?
Entretanto – disse o interlocutor, - Jesus nos aconselhou vigilância, quando nos exortou a orar e vigiar para não cairmos em tentação...
A vigilância da palavra do Cristo era amor, simplesmente amor...
Devemos unicamente amar, entregando a Deus qualquer problema de defensiva...
(Endereços de Paz – Vigilância.)
203. Longo silêncio se fez entre ambos.
Alcançando farmácia vizinha, o companheiro que recusava a prudência, em matéria de auto-preservação, solicitou vacina contra varíola que passava em distrito próximo.
(Endereços de Paz – Vigilância.)
204. Depois de sofrer a respectiva picada, o outro observou com largo sorriso:
- Amigo, se você não aprova a vigilância contra o mal, como consegue admitir o poder da vacina?
(Endereços de Paz – Vigilância.)
Fim
§.§.§- Ave sem Ninho
(Endereços de Paz – Solução.)
192. Ofensas e injúrias?
Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.
(Endereços de Paz – Solução.)
193. Seu cérebro vive cheio de perguntas?
Trabalhe e o serviço conferir-lhe-á respostas exactas.
(Endereços de Paz – Solução.)
194. Suas mãos permanecem paralisadas pelo desânimo?
Insista no trabalho e o movimento voltará.
(Endereços de Paz – Solução.)
195. Seus braços jazem fatigados?
Confie-se ao esforço novamente e a acção simbolizará para eles o lubrificante preciso.
(Endereços de Paz – Solução.)
196. Seu coração vive pesaroso e sem luz?
Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
(Endereços de Paz – Solução.)
197. Seus ideais encontraram sombra e gelo no grande caminho da vida?
Dê seu concurso às boas obras sem desfalecer e claridades novas brilharão no céu de seus pensamentos.
(Endereços de Paz – Solução.)
198. A parada que não significa descanso construtivo para recomeçar as actividades úteis é alguma cousa semelhante à morte.
(Endereços de Paz – Solução.)
199. Todos os males da retaguarda podem surpreender aquele que não avança.
Mas se você acredita no poder do trabalho, aceitando o serviço aos semelhantes, por norma de viver em paz, na obediência a Deus, o seu espírito terá penetrado real-mente o verdadeiro caminho da salvação.
(Endereços de Paz – Solução.)
200. Toda tarefa é importante – Vermes da Terra pediram ao Sol do entardecer lhes desse luz para de-terminadas evoluções durante a noite e o Sol rogou ao pirilampo lhe tomasse o lugar.
(Endereços de Paz – Toda tarefa é importante.)
201. O rio observou que uma criança desmaiava de sede, não longe da corrente, mas sem poder desviar-se do próprio curso, solicitou à pequena concha da margem lhe levasse algumas gotas d’água.
(Endereços de Paz – Toda tarefa é importante.)
202. Vigilância – O amigo dizia para outro amigo:
- Não, não creio na necessidade de qualquer defesa contra o mal. Onde a providência de Deus, se formos obrigados a fazer isso?
Entretanto – disse o interlocutor, - Jesus nos aconselhou vigilância, quando nos exortou a orar e vigiar para não cairmos em tentação...
A vigilância da palavra do Cristo era amor, simplesmente amor...
Devemos unicamente amar, entregando a Deus qualquer problema de defensiva...
(Endereços de Paz – Vigilância.)
203. Longo silêncio se fez entre ambos.
Alcançando farmácia vizinha, o companheiro que recusava a prudência, em matéria de auto-preservação, solicitou vacina contra varíola que passava em distrito próximo.
(Endereços de Paz – Vigilância.)
204. Depois de sofrer a respectiva picada, o outro observou com largo sorriso:
- Amigo, se você não aprova a vigilância contra o mal, como consegue admitir o poder da vacina?
(Endereços de Paz – Vigilância.)
Fim
§.§.§- Ave sem Ninho
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Comunicações mediúnicas entre vivos (Parte 27 e final)
Ernesto Bozzano
Concluímos hoje o estudo do livro Comunicações mediúnicas entre vivos, de autoria de Ernesto Bozzano, traduzido para o idioma português por J. Herculano Pires.
Questões preliminares
A. Qual é, segundo Bozzano, a principal característica das comunicações mediúnicas entre vivos, isto é, entre indivíduos reencarnados?
A principal característica desse fenómeno consiste no fato de que o agente e o percipiente desenvolvem comummente longos diálogos, que demonstram que já não se trata de fenómeno de transmissão telepática do pensamento e sim de uma verdadeira e própria conversa entre duas personalidades integrais, ou espirituais, com as consequências teóricas que daí decorrem. (Conclusões)
B. Que dedução pode ser ex-traída dessa ordem de fenómenos?
As circunstâncias em que tais manifestações se dão concorrem para fornecer as provas da independência que existe entre o espírito humano e o organismo corpóreo.
E, como consequência disso, a demonstração de que o espírito humano pode agir sem se valer do organismo corpóreo em suas relações espirituais com outras pessoas desencarnadas. (Conclusões)
C. Podemos dizer, assim, que tais manifestações servem para fortalecer a convicção de que é possível comunicar-nos mediunicamente com os chamados mortos?
Sim. Pela lei da analogia, elas servem para desembaraçar o caminho de qualquer obstáculo teórico em relação à possibilidade de comunicar-se mediunicamente com espíritos de mortos, pois que, uma vez conseguida a certeza científica da realidade das comunicações mediúnicas entre vivos, então as comunicações análogas com entidade de mortos tornam-se o complemento natural das primeiras, salvo sempre a cláusula de que o morto comunicante demonstre a sua identidade pessoal, fornecendo a seu próprio respeito informes suficientes, do mesmo modo que os espíritos dos vivos os fornecem. (Conclusões)
Texto para leitura
377. Dissemos que os fenómenos das “manifestações mediúnicas entre vivos” se dividem em duas grandes categorias.
Quanto à segunda das categorias indicadas, observou-se que ela é composta de manifestações que se diferenciam notavelmente entre si, de modo que pareceu indispensável dividi-las em seis subgrupos, nos quais foram consideradas, sucessivamente, as mensagens transmitidas inconscientemente ao médium por pessoas imersas em sono e por pessoas em estado de vigília; depois as mensagens obtidas por expressa vontade do médium; outras transmitidas ao médium por vontade expressa de pessoas distantes; depois, os casos de transmissão em que o vivo comunicante estava moribundo e finalmente as mensagens mediúnicas entre vivos transmitidas com o auxílio de uma entidade espiritual. (Conclusões)
378. Já no primeiro subgrupo, em que foram examinadas as mensagens inconscientemente transmitidas ao médium por pessoas imersas no sono, tivemos oportunidade de salientar uma das maiores aquisições teóricas trazidas à luz pela presente classificação, ou seja, que a característica das comunicações mediúnicas entre vivos consiste no facto de que o agente e o percipiente desenvolvem comummente longos diálogos, os quais demonstram que já não se trata de fenómeno de transmissão telepática do pensamento e sim de uma verdadeira e própria conversa entre duas personalidades integrais, ou espirituais, com as consequências teóricas que daí decorrem. (Conclusões)
Concluímos hoje o estudo do livro Comunicações mediúnicas entre vivos, de autoria de Ernesto Bozzano, traduzido para o idioma português por J. Herculano Pires.
Questões preliminares
A. Qual é, segundo Bozzano, a principal característica das comunicações mediúnicas entre vivos, isto é, entre indivíduos reencarnados?
A principal característica desse fenómeno consiste no fato de que o agente e o percipiente desenvolvem comummente longos diálogos, que demonstram que já não se trata de fenómeno de transmissão telepática do pensamento e sim de uma verdadeira e própria conversa entre duas personalidades integrais, ou espirituais, com as consequências teóricas que daí decorrem. (Conclusões)
B. Que dedução pode ser ex-traída dessa ordem de fenómenos?
As circunstâncias em que tais manifestações se dão concorrem para fornecer as provas da independência que existe entre o espírito humano e o organismo corpóreo.
E, como consequência disso, a demonstração de que o espírito humano pode agir sem se valer do organismo corpóreo em suas relações espirituais com outras pessoas desencarnadas. (Conclusões)
C. Podemos dizer, assim, que tais manifestações servem para fortalecer a convicção de que é possível comunicar-nos mediunicamente com os chamados mortos?
Sim. Pela lei da analogia, elas servem para desembaraçar o caminho de qualquer obstáculo teórico em relação à possibilidade de comunicar-se mediunicamente com espíritos de mortos, pois que, uma vez conseguida a certeza científica da realidade das comunicações mediúnicas entre vivos, então as comunicações análogas com entidade de mortos tornam-se o complemento natural das primeiras, salvo sempre a cláusula de que o morto comunicante demonstre a sua identidade pessoal, fornecendo a seu próprio respeito informes suficientes, do mesmo modo que os espíritos dos vivos os fornecem. (Conclusões)
Texto para leitura
377. Dissemos que os fenómenos das “manifestações mediúnicas entre vivos” se dividem em duas grandes categorias.
Quanto à segunda das categorias indicadas, observou-se que ela é composta de manifestações que se diferenciam notavelmente entre si, de modo que pareceu indispensável dividi-las em seis subgrupos, nos quais foram consideradas, sucessivamente, as mensagens transmitidas inconscientemente ao médium por pessoas imersas em sono e por pessoas em estado de vigília; depois as mensagens obtidas por expressa vontade do médium; outras transmitidas ao médium por vontade expressa de pessoas distantes; depois, os casos de transmissão em que o vivo comunicante estava moribundo e finalmente as mensagens mediúnicas entre vivos transmitidas com o auxílio de uma entidade espiritual. (Conclusões)
378. Já no primeiro subgrupo, em que foram examinadas as mensagens inconscientemente transmitidas ao médium por pessoas imersas no sono, tivemos oportunidade de salientar uma das maiores aquisições teóricas trazidas à luz pela presente classificação, ou seja, que a característica das comunicações mediúnicas entre vivos consiste no facto de que o agente e o percipiente desenvolvem comummente longos diálogos, os quais demonstram que já não se trata de fenómeno de transmissão telepática do pensamento e sim de uma verdadeira e própria conversa entre duas personalidades integrais, ou espirituais, com as consequências teóricas que daí decorrem. (Conclusões)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
379. Os casos pertencentes ao segundo subgrupo, no qual foram consideradas as mensagens inconscientemente transmitidas ao médium por pessoas em estado de vigília, oferecem-nos ocasião de demonstrar a inexistência presumível de tal forma de comunicações, porquanto não se conhecem exemplos precisos e definidos que sirvam para demonstrar que uma pessoa em estado de vigília chegue, involuntariamente, a entrar em comunicação mediúnica com um sensitivo a distância, sem pensar nele.
Como resultado do facto, dever-se-ia dizer, ao contrário, que para atingir tal fim é necessário pelo menos que a pessoa em estado de vigília e afastada pense no mesmo instante e mais ou menos intensamente no sensitivo. (Conclusões)
380. Os casos do terceiro subgrupo, nos quais são consideradas as mensagens obtidas por vontade expressa do médium, revestem grande valor teórico.
O modo de interpretá-los reflecte sua influência sobre o modo de interpretar uma importante classe de casos de identificação espírita:
a identificação fundada sobre os informes fornecidos pelos mortos a respeito de sua vida terrena. (Conclusões)
381. Seu valor teórico emerge da circunstância de que as comunicações entre vivos, quando determinadas por expressa vontade do médium, confirmam, na aparência, a hipótese pela qual os informes pessoais verídicos fornecidos pelos supostos espíritos, de mortos comunicantes por meio dos médiuns, são, ao contrário, retirados pelos médiuns nas subconsciências dos vivos que conheceram o morto que se afirma presente (telemnesia). (Conclusões)
382. Contudo, ao contrário disso, surge a confirmação incontestável de que as comunicações mediúnicas entre vivos não consistem, absolutamente, em um processo telepático, de selecção inquiridora nas subconsciências alheias por parte dos médiuns, mas consistem, sim, em uma conversação entre duas personalidades integrais ou espirituais subconscientes, o que muda completamente os termos da questão, tornando-se insustentável a hipótese adversa.
Abstenho-me de resumir as conclusões a que se chega a tal propósito, pois que a sua importância exorbita dos limites de uma síntese conclusiva e reclama ser desenvolvida à parte, o que faremos em breve. (Conclusões)
383. Os casos do quarto subgrupo, que se referem às mensagens transmitidas ao médium por expressa vontade de uma pessoa afastada, realizam-se muito raramente, enquanto que tal espécie de mensagens, com carácter espontâneo, é, ao contrário, bem frequente nos casos de sono notório ou disfarçado do agente e estes últimos são muito mais importantes do que o primeiro. (Conclusões)
384. No caso de mensagem transmitida ao médium por vontade ex-pressa de uma pessoa que se acha a distância, trata-se, limitadamente, de um fenómeno de transmissão telepático-mediúnica e, portanto, de mensagem pura e simples, que não assume nunca o desenvolvimento de um diálogo. (Conclusões)
385. No caso de uma pessoa em sono notório ou disfarçado, as manifestações tomam muitas vezes proporções de diálogos e, quando assumem tal carácter, isto significa que já não se trata de um fenómeno de transmissão telepático-mediúnica do pensamento, mas sim de uma conversação verdadeira e própria entre duas personalidades espirituais subconscientes, a menos que se trate de mensagem de vivo transmitida com o auxílio de uma entidade espiritual. (Conclusões)
386. De qualquer modo, o significado dos casos pertencentes ao subgrupo em apreço não deixa, por sua vez, de confirmar a hipótese espírita, porque, se a vontade consciente de um espírito de vivo pode agir a distância sobre a mão de um médium psicógrafo de modo a ditar o seu próprio pensamento, nada impede que a vontade consciente de um espírito de morto consiga agir de maneira semelhante. (Conclusões)
387. Do mesmo modo, se, com base nas comunicações mediúnicas entre vivos, em que é possível certificar-se da autenticidade do fenómeno, interrogando as pessoas colocadas nos dois extremos do fio, fica positivamente demonstrado que a mensagem mediúnica provinha de um espírito de vivo afastado, que se dizia presente no momento, então quando no outro extremo do fio se encontre uma entidade mediúnica que afirme ser um espírito de morto e o prove fornecendo dados ignorados dos presentes, torna-se teoricamente legítimo inferir daí que, no outro extremo do fio, deve achar-se efectivamente a entidade do morto que se afirma presente. (Conclusões)
Como resultado do facto, dever-se-ia dizer, ao contrário, que para atingir tal fim é necessário pelo menos que a pessoa em estado de vigília e afastada pense no mesmo instante e mais ou menos intensamente no sensitivo. (Conclusões)
380. Os casos do terceiro subgrupo, nos quais são consideradas as mensagens obtidas por vontade expressa do médium, revestem grande valor teórico.
O modo de interpretá-los reflecte sua influência sobre o modo de interpretar uma importante classe de casos de identificação espírita:
a identificação fundada sobre os informes fornecidos pelos mortos a respeito de sua vida terrena. (Conclusões)
381. Seu valor teórico emerge da circunstância de que as comunicações entre vivos, quando determinadas por expressa vontade do médium, confirmam, na aparência, a hipótese pela qual os informes pessoais verídicos fornecidos pelos supostos espíritos, de mortos comunicantes por meio dos médiuns, são, ao contrário, retirados pelos médiuns nas subconsciências dos vivos que conheceram o morto que se afirma presente (telemnesia). (Conclusões)
382. Contudo, ao contrário disso, surge a confirmação incontestável de que as comunicações mediúnicas entre vivos não consistem, absolutamente, em um processo telepático, de selecção inquiridora nas subconsciências alheias por parte dos médiuns, mas consistem, sim, em uma conversação entre duas personalidades integrais ou espirituais subconscientes, o que muda completamente os termos da questão, tornando-se insustentável a hipótese adversa.
Abstenho-me de resumir as conclusões a que se chega a tal propósito, pois que a sua importância exorbita dos limites de uma síntese conclusiva e reclama ser desenvolvida à parte, o que faremos em breve. (Conclusões)
383. Os casos do quarto subgrupo, que se referem às mensagens transmitidas ao médium por expressa vontade de uma pessoa afastada, realizam-se muito raramente, enquanto que tal espécie de mensagens, com carácter espontâneo, é, ao contrário, bem frequente nos casos de sono notório ou disfarçado do agente e estes últimos são muito mais importantes do que o primeiro. (Conclusões)
384. No caso de mensagem transmitida ao médium por vontade ex-pressa de uma pessoa que se acha a distância, trata-se, limitadamente, de um fenómeno de transmissão telepático-mediúnica e, portanto, de mensagem pura e simples, que não assume nunca o desenvolvimento de um diálogo. (Conclusões)
385. No caso de uma pessoa em sono notório ou disfarçado, as manifestações tomam muitas vezes proporções de diálogos e, quando assumem tal carácter, isto significa que já não se trata de um fenómeno de transmissão telepático-mediúnica do pensamento, mas sim de uma conversação verdadeira e própria entre duas personalidades espirituais subconscientes, a menos que se trate de mensagem de vivo transmitida com o auxílio de uma entidade espiritual. (Conclusões)
386. De qualquer modo, o significado dos casos pertencentes ao subgrupo em apreço não deixa, por sua vez, de confirmar a hipótese espírita, porque, se a vontade consciente de um espírito de vivo pode agir a distância sobre a mão de um médium psicógrafo de modo a ditar o seu próprio pensamento, nada impede que a vontade consciente de um espírito de morto consiga agir de maneira semelhante. (Conclusões)
387. Do mesmo modo, se, com base nas comunicações mediúnicas entre vivos, em que é possível certificar-se da autenticidade do fenómeno, interrogando as pessoas colocadas nos dois extremos do fio, fica positivamente demonstrado que a mensagem mediúnica provinha de um espírito de vivo afastado, que se dizia presente no momento, então quando no outro extremo do fio se encontre uma entidade mediúnica que afirme ser um espírito de morto e o prove fornecendo dados ignorados dos presentes, torna-se teoricamente legítimo inferir daí que, no outro extremo do fio, deve achar-se efectivamente a entidade do morto que se afirma presente. (Conclusões)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
388. Em outras palavras, para ambas as categorias indicadas deve-se excluir a hipótese das “personificações subconscientes” da qual tanto se tem abusado actualmente.
Nada, portanto, de personificações efémeras de ordem onírico-sonambúlica em relação com as comunicações entre vivos e, em consequência disto, nada de semelhança com respeito às comunicações com a entidade do morto, que fornecem a prova precisa de identificação pessoal. (Conclusões)
389. No quinto subgrupo foram considerados os casos, por sua vez muito raros, em que a pessoa que se comunica mediunicamente morreu naquele momento ou se encontra moribunda.
Esses casos representam a via de transição entre os fenómenos anímicos e espíritas, e isto porque, tratando-se de vivos no leito de morte, fica claro que a telepatia entre vivos por manifestação mediúnica aparece em semelhante circunstância como o último grau de uma longa escala de manifestações anímicas pela qual se chega ao limiar da grande fronteira, além da qual não pode haver senão manifestações telepáticas de mortos, demonstrando-se mais uma vez que não há solução de continuidade entre as modalidades pelas quais se dão as comunicações mediúnicas entre vivos e as dos mortos.
Em outras palavras, mais uma vez somos levados a reconhecer que o Animismo prova o Espiritismo. (Conclusões)
390. Finalmente, no sexto subgrupo, no qual são examinadas as mensagens mediúnicas entre vivos, transmitidas com o auxílio de uma entidade espiritual, entra-se de velas soltas no grande oceano das manifestações transcendentais e pode-se demonstrar, a propósito, que a existência de semelhantes formas de comunicações mediúnicas entre vivos não pode ser contestada, porque se conhece uma longa série de experiências que não podem ser explicadas, absolutamente, nem pela telepatia nem pela clarividência telepática. (Conclusões)
391. Baseados no complexo inteiro das manifestações analisadas, observo que as comunicações mediúnicas entre vivos constitui uma das questões mais interessantes e sugestivas que surgem no campo das pesquisas metapsíquicas, porque por ele é possível chegar-se à certeza científica sobre o facto muito importante da possibilidade do eu integral subconsciente ou, em outros termos, para o espírito humano, de entrar em relação com outros espíritos de vivos, seja mediúnica, seja telepaticamente, ora separando-se temporariamente de seu próprio corpo somático (bilocação), ora comunicando-se ou conversando telepaticamente a distância, depois de ser estabelecida a “relação psíquica”.(Conclusões)
392. Todas essas circunstâncias concorrem para fornecer as provas da independência que existe entre o espírito humano e o organismo corpóreo.
E, em consequência disto, a demonstração de que o espírito humano pode passar sem o organismo corpóreo nas suas relações espirituais com outras pessoas desencarnadas, depois da crise da morte.
(Conclusões)
393. Além disto, pela lei da analogia, servem para desembaraçar o caminho de qualquer obstáculo teórico em relação à possibilidade de comunicar-se mediunicamente com espíritos de mortos, pois que, uma vez conseguida a certeza científica da realidade das comunicações mediúnicas entre vivos, então as comunicações análogas com entidade de mortos tornam-se o complemento natural das primeiras, salvo sempre a cláusula de que o morto comunicante demonstre a sua identidade pessoal, fornecendo a seu próprio respeito informes suficientes, do mesmo modo que os espíritos dos vivos os fornecem. (Conclusões)
394. Seja dito tudo isto em tese geral, mas, para conferir toda eficácia às conclusões expostas, é necessário investigar posteriormente a questão dos limites em que se pode desenvolver a acção telepático-mediúnica entre pessoas vivas, a fim de determiná-los, eliminando qualquer perplexidade que porventura se possa suscitar a propósito da autenticidade espírita das comunicações análogas com as entidades de mortos. (Conclusões)
395. Em nota, a Editora que publicou esta obra no idioma português lembra que as comunicações mediúnicas de pessoas vivas foram objecto de longa e minuciosa pesquisa de Allan Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris.
As comunicações obtidas foram publicadas na íntegra, pois sempre eram psicografadas, na secção Palestras Familiares de Além-túmulo, da Revue Spirite.
Foram essas as primeiras pesquisas e as primeiras demonstrações históricas da independência do espírito em relação ao corpo.
Toda a colecção da Revista Espírita, referente à fase dirigida por Kardec, num total da doze volumes, foi publicada pela Edicel na colecção das Obras Completas de Allan Kardec.
Essas pesquisas, cuja natureza científica se evidencia nas publicações referidas, feitas pela Revista, receberam a sanção posterior de outros investigadores, como Bozzano, que foi um dos que mais compreenderam a importância científica e procuraram aprofundar a sua significação no campo do conhecimento. (Nota da Editora)
Fim
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Nada, portanto, de personificações efémeras de ordem onírico-sonambúlica em relação com as comunicações entre vivos e, em consequência disto, nada de semelhança com respeito às comunicações com a entidade do morto, que fornecem a prova precisa de identificação pessoal. (Conclusões)
389. No quinto subgrupo foram considerados os casos, por sua vez muito raros, em que a pessoa que se comunica mediunicamente morreu naquele momento ou se encontra moribunda.
Esses casos representam a via de transição entre os fenómenos anímicos e espíritas, e isto porque, tratando-se de vivos no leito de morte, fica claro que a telepatia entre vivos por manifestação mediúnica aparece em semelhante circunstância como o último grau de uma longa escala de manifestações anímicas pela qual se chega ao limiar da grande fronteira, além da qual não pode haver senão manifestações telepáticas de mortos, demonstrando-se mais uma vez que não há solução de continuidade entre as modalidades pelas quais se dão as comunicações mediúnicas entre vivos e as dos mortos.
Em outras palavras, mais uma vez somos levados a reconhecer que o Animismo prova o Espiritismo. (Conclusões)
390. Finalmente, no sexto subgrupo, no qual são examinadas as mensagens mediúnicas entre vivos, transmitidas com o auxílio de uma entidade espiritual, entra-se de velas soltas no grande oceano das manifestações transcendentais e pode-se demonstrar, a propósito, que a existência de semelhantes formas de comunicações mediúnicas entre vivos não pode ser contestada, porque se conhece uma longa série de experiências que não podem ser explicadas, absolutamente, nem pela telepatia nem pela clarividência telepática. (Conclusões)
391. Baseados no complexo inteiro das manifestações analisadas, observo que as comunicações mediúnicas entre vivos constitui uma das questões mais interessantes e sugestivas que surgem no campo das pesquisas metapsíquicas, porque por ele é possível chegar-se à certeza científica sobre o facto muito importante da possibilidade do eu integral subconsciente ou, em outros termos, para o espírito humano, de entrar em relação com outros espíritos de vivos, seja mediúnica, seja telepaticamente, ora separando-se temporariamente de seu próprio corpo somático (bilocação), ora comunicando-se ou conversando telepaticamente a distância, depois de ser estabelecida a “relação psíquica”.(Conclusões)
392. Todas essas circunstâncias concorrem para fornecer as provas da independência que existe entre o espírito humano e o organismo corpóreo.
E, em consequência disto, a demonstração de que o espírito humano pode passar sem o organismo corpóreo nas suas relações espirituais com outras pessoas desencarnadas, depois da crise da morte.
(Conclusões)
393. Além disto, pela lei da analogia, servem para desembaraçar o caminho de qualquer obstáculo teórico em relação à possibilidade de comunicar-se mediunicamente com espíritos de mortos, pois que, uma vez conseguida a certeza científica da realidade das comunicações mediúnicas entre vivos, então as comunicações análogas com entidade de mortos tornam-se o complemento natural das primeiras, salvo sempre a cláusula de que o morto comunicante demonstre a sua identidade pessoal, fornecendo a seu próprio respeito informes suficientes, do mesmo modo que os espíritos dos vivos os fornecem. (Conclusões)
394. Seja dito tudo isto em tese geral, mas, para conferir toda eficácia às conclusões expostas, é necessário investigar posteriormente a questão dos limites em que se pode desenvolver a acção telepático-mediúnica entre pessoas vivas, a fim de determiná-los, eliminando qualquer perplexidade que porventura se possa suscitar a propósito da autenticidade espírita das comunicações análogas com as entidades de mortos. (Conclusões)
395. Em nota, a Editora que publicou esta obra no idioma português lembra que as comunicações mediúnicas de pessoas vivas foram objecto de longa e minuciosa pesquisa de Allan Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris.
As comunicações obtidas foram publicadas na íntegra, pois sempre eram psicografadas, na secção Palestras Familiares de Além-túmulo, da Revue Spirite.
Foram essas as primeiras pesquisas e as primeiras demonstrações históricas da independência do espírito em relação ao corpo.
Toda a colecção da Revista Espírita, referente à fase dirigida por Kardec, num total da doze volumes, foi publicada pela Edicel na colecção das Obras Completas de Allan Kardec.
Essas pesquisas, cuja natureza científica se evidencia nas publicações referidas, feitas pela Revista, receberam a sanção posterior de outros investigadores, como Bozzano, que foi um dos que mais compreenderam a importância científica e procuraram aprofundar a sua significação no campo do conhecimento. (Nota da Editora)
Fim
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Telhado de vidro
Faz alguns dias, tornei a assistir ao filme “A Menina que Roubava Livros” - obra baseada no livro de mesmo nome, do escritor australiano, Markus Zusak.
De profunda beleza, a história conta sobre a vida de Liesel - uma menina corajosa, órfã e destemida, que é adoptada por uma família alemã, um ano antes da segunda grande guerra.
Liesel não sabia ler, porém sentia enorme atracção por livros e letras, vindo a se tornar uma escritora famosa, na fase adulta.
Sua mãe biológica, por ser comunista, foi perseguida pelos nazistas e jamais voltou para buscá-la.
Porém, a garota seguiu sua jornada, tornando-se cada vez mais forte, apesar dos grandes impactos de uma dura realidade.
Entretanto, a história nos remete a algo ainda mais profundo, para além da pequena menina de cabelos loiros e pele de algodão:
no pano de fundo reconhecemos uma Alemanha nazis-ta, endurecida, cheia de aspirações, mas com inúmeras famílias sofredoras, nem sempre adeptas do regime imposto, sofrendo as agruras de um país repleto de dificuldades.
E é neste cenário que percebemos o famoso “outro lado da moeda”.
Convencionou-se julgar todos os alemães como assassinos sanguinários de judeus, mas não foi bem assim.
Muitos deles arriscaram suas vidas, tentando ajudar, não apenas judeus, mas todos os que foram perseguidos pelos membros da SS.
E, assim como neste filme, outras histórias trazem esta reflexão.
O Caçador de Pipas é um exemplo.
Conta-nos sobre os afegãos com muita delicadeza, fazendo com que nos identifiquemos com as famílias daquele país.
Obras que nos fazem pensar para além do que é vendido nos jornais e revistas…
A questão aqui exposta trata de um ponto capital, problema milenar do ego humano, que tende a analisar factos e pessoas de forma rasa, maniqueísta e tendenciosa.
Se é de esquerda, é ingénuo; se é de direita, é alienado; se é da favela, é bandido; se é rico, é snobe.
Se matou alguém, é do mal, se ajudou os pobres, é do bem.
Entretanto, todos os humanos possuem, ainda, mais lados a serem observados, mais fragilidades que bênçãos, porque ainda desconhecem a verdadeira essência sagrada e se identificam demais com a materialidade da existência.
Ademais, as causas de muitas acções podem estar em percepções antigas, aprendizagens de infância ou mesmo de outras vidas, que acontecem através de outras pessoas e lugares.
Faz muito tempo que estudiosos da psique afirmam que somos o produto de vivências sociais, amplas, sendo profundamente influenciados pelos paradigmas impostos.
Embora o livre-arbítrio seja uma premissa básica para o Espiritismo, não é menos real que as relações nos afectam, sobremaneira, fazendo-nos tender para esta ou aquela direcção, de acordo com o percebido/aprendido no meio.
Todos estamos ainda em processo de evolução, portanto somos influenciados, quando as virtudes não foram devidamente aprendidas.
Além disso, cabe-nos observar que aquilo que parece absurdo para uns, passa por normal para outros, de outra cultura.
Aliás, mesmo na mesma cultura pode-se entender algo como sendo bom, normal, quando em verdade trata-se de normose (uma patologia da normalidade).
Um exemplo simples é o consumismo como meta de vida, ou mesmo o Darwinismo social, com competições acirradas nas empresas, ou ainda os padrões de estética da actualidade, com seus apelos que passam longe de uma vida mais saudável, porque cheia de dietas rígidas e cirurgias reparadoras em corpos absolutamente saudáveis.
O que se mostra nestes casos é que nenhum julgamento costuma ser fruto de uma percepção 100% acertada, com todas as múltiplas variáveis (causas) sendo consideradas.
Já se sabe que questões transgeracionais fazem com que julguemos as coisas a partir de determinadas lentes, quase sempre embaçadas, tendenciosas.
De profunda beleza, a história conta sobre a vida de Liesel - uma menina corajosa, órfã e destemida, que é adoptada por uma família alemã, um ano antes da segunda grande guerra.
Liesel não sabia ler, porém sentia enorme atracção por livros e letras, vindo a se tornar uma escritora famosa, na fase adulta.
Sua mãe biológica, por ser comunista, foi perseguida pelos nazistas e jamais voltou para buscá-la.
Porém, a garota seguiu sua jornada, tornando-se cada vez mais forte, apesar dos grandes impactos de uma dura realidade.
Entretanto, a história nos remete a algo ainda mais profundo, para além da pequena menina de cabelos loiros e pele de algodão:
no pano de fundo reconhecemos uma Alemanha nazis-ta, endurecida, cheia de aspirações, mas com inúmeras famílias sofredoras, nem sempre adeptas do regime imposto, sofrendo as agruras de um país repleto de dificuldades.
E é neste cenário que percebemos o famoso “outro lado da moeda”.
Convencionou-se julgar todos os alemães como assassinos sanguinários de judeus, mas não foi bem assim.
Muitos deles arriscaram suas vidas, tentando ajudar, não apenas judeus, mas todos os que foram perseguidos pelos membros da SS.
E, assim como neste filme, outras histórias trazem esta reflexão.
O Caçador de Pipas é um exemplo.
Conta-nos sobre os afegãos com muita delicadeza, fazendo com que nos identifiquemos com as famílias daquele país.
Obras que nos fazem pensar para além do que é vendido nos jornais e revistas…
A questão aqui exposta trata de um ponto capital, problema milenar do ego humano, que tende a analisar factos e pessoas de forma rasa, maniqueísta e tendenciosa.
Se é de esquerda, é ingénuo; se é de direita, é alienado; se é da favela, é bandido; se é rico, é snobe.
Se matou alguém, é do mal, se ajudou os pobres, é do bem.
Entretanto, todos os humanos possuem, ainda, mais lados a serem observados, mais fragilidades que bênçãos, porque ainda desconhecem a verdadeira essência sagrada e se identificam demais com a materialidade da existência.
Ademais, as causas de muitas acções podem estar em percepções antigas, aprendizagens de infância ou mesmo de outras vidas, que acontecem através de outras pessoas e lugares.
Faz muito tempo que estudiosos da psique afirmam que somos o produto de vivências sociais, amplas, sendo profundamente influenciados pelos paradigmas impostos.
Embora o livre-arbítrio seja uma premissa básica para o Espiritismo, não é menos real que as relações nos afectam, sobremaneira, fazendo-nos tender para esta ou aquela direcção, de acordo com o percebido/aprendido no meio.
Todos estamos ainda em processo de evolução, portanto somos influenciados, quando as virtudes não foram devidamente aprendidas.
Além disso, cabe-nos observar que aquilo que parece absurdo para uns, passa por normal para outros, de outra cultura.
Aliás, mesmo na mesma cultura pode-se entender algo como sendo bom, normal, quando em verdade trata-se de normose (uma patologia da normalidade).
Um exemplo simples é o consumismo como meta de vida, ou mesmo o Darwinismo social, com competições acirradas nas empresas, ou ainda os padrões de estética da actualidade, com seus apelos que passam longe de uma vida mais saudável, porque cheia de dietas rígidas e cirurgias reparadoras em corpos absolutamente saudáveis.
O que se mostra nestes casos é que nenhum julgamento costuma ser fruto de uma percepção 100% acertada, com todas as múltiplas variáveis (causas) sendo consideradas.
Já se sabe que questões transgeracionais fazem com que julguemos as coisas a partir de determinadas lentes, quase sempre embaçadas, tendenciosas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Mas não é apenas isto.
Existem motivações inconscientes para as pedras que atiramos contra outras pessoas.
Freud comentou sobre a projecção - um mecanismo de defesa do ego, que faz com que materiais que estão na personalidade da pessoa e que são aversivos, sejam lançados para fora, contra outros.
É assim que pessoas que sentem vontade de trair tornam-se ciumentas, capazes de perseguir o (a) parceiro(a) diuturnamente, por acreditarem-se sendo enganadas.
Ou mesmo aqueles que não conseguem mudar o modo de vida, embora desejem isto, então atacam aqueles que têm a coragem de romper com padrões ultrapassados.
Sob este aspecto, percebemos que a fofoca traz muito do fofoqueiro.
Não foi por outro motivo que Freud disse que quando o Pedro fala sobre Paulo, aprendemos muito mais de Pedro que de Paulo…
Desta maneira, podemos perceber que quando Jesus foi interpelado pelos Fariseus enfurecidos, que traziam pelo braço aquela que foi julgada como adúltera, sua abordagem foi na mosca:
"Que atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”, disse ele.
Nesta frase o Mestre não apenas inclui os pecados realizados, os factos consumados, mas também os desejos obscuros, uma vez que também destacou, em outra oportunidade, a questão do adultério por pensamento.
E sob esta óptica, qual pessoa poderia estar isenta de problemas?
Quem poderia julgar com a autoridade do anjo perfeito?
No antigo testamento (também conhecido como Bíblia ou Torá, para os judeus), listamos 18 casos em que se deve apedrejar pessoas até a morte.
Casos simples, como os filhos malcriados, já seriam caso para apedrejamento.
Aliás, para nós Espíritas ligados ao trabalho mediúnico, dá-se o mesmo.
Em Levítico, (Lv 20:27) está escrito que “qual-quer homem ou mulher que evocar os Espíritos ou fizer adivinhações, será morto.
Serão apedrejados, e levarão sua culpa”.
Está claro que os julgamentos mudam conforme as épocas e o entendimento de um povo, em determinada cultura.
Aquilo que antes era tomado por bom, hoje pode ser considerado uma aberração.
A escravidão dos negros, o holocausto dos judeus, a violência contra as mulheres engrossam o caldo dos absurdos humanos, que antes eram tidos como actos normais.
Oxalá chegue logo o dia em que escravizar e matar animais também seja considerado um erro grave!
Quanto mais maduros, mais prontos para determinadas mudanças.
Porém, mesmo quando passamos a trilhar caminhos mais virtuosos, as armadilhas do ego podem nos fazer apontar o dedo para as pessoas que ainda não pensam como nós.
Muitas vezes queremos nos destacar do próprio grupo humano, considerando-nos melhores que outros, mas desconsiderando as próprias sombras que carregamos em nosso psiquismo infantil.
Atirar pedras verbais ou por pensamentos só denota nossa pequenez emocional.
Pois, quando desejamos ardentemente melhorar as coisas, vamos em busca de soluções e não de culpados.
Descartamos julgamentos, incluímos novos planos de acerto.
A verdade é que, na maior parte das vezes, destacamos no outro aquilo que carregamos em nós.
Falamos das sombras a partir das nossas próprias sombras. Falamos das luzes, a partir das nossas próprias luzes.
Se realmente desejamos ajudar o mundo, busquemos o melhor que existe na situação e nas pessoas.
Sim, não se trata de termos um modo de viver “Poliana”, mas não nos prendermos ao pior, e sim ao que pode nos elevar.
Quando pergunto às pessoas, invariavelmente me respondem que desejam sentir paz, amor e alegrias.
Espanta-me perceber que, paradoxalmente, remam para outra direcção.
O que acontece é que sinto amor, quando amo.
E amar é escolher a melhor porção do outro, amparando-o, para que ele se desenvolva e tome contacto com sua essência sagrada, que é o verdadeiro Eu.
Sinto paz, quando me pacifico.
E pacificar-se também implica em observar as pessoas e os factos com equilíbrio, não se inflamando com o que não concorda.
Sinto alegria quando ajudo, quando sou útil e bom.
Destacar o mal e fazer fofocas não ajuda ninguém, ao contrário, só se cristaliza o mal.
Ken Wilber, o pai da psicologia transpessoal, em seu livro Éden - queda ou ascensão, escreveu que "A essência se um Ser não é determinada pelo mais baixo no qual pode submergir - animal, id, macaco -, mas pelo mais elevado a que pode aspirar - Brahman, Buda, Deus".
É isso! Em essência somos todos deuses.
E se o somos, pedras e paus não são instrumentos de despertar para esta realidade maravilhosa, mas sim o amor, por ser ele o catalizador, o sentimento excelso que reverbera e atinge as profundezas do nosso mundo sagrado - o Reino em nós.
§.§.§- Ave sem Ninho
Existem motivações inconscientes para as pedras que atiramos contra outras pessoas.
Freud comentou sobre a projecção - um mecanismo de defesa do ego, que faz com que materiais que estão na personalidade da pessoa e que são aversivos, sejam lançados para fora, contra outros.
É assim que pessoas que sentem vontade de trair tornam-se ciumentas, capazes de perseguir o (a) parceiro(a) diuturnamente, por acreditarem-se sendo enganadas.
Ou mesmo aqueles que não conseguem mudar o modo de vida, embora desejem isto, então atacam aqueles que têm a coragem de romper com padrões ultrapassados.
Sob este aspecto, percebemos que a fofoca traz muito do fofoqueiro.
Não foi por outro motivo que Freud disse que quando o Pedro fala sobre Paulo, aprendemos muito mais de Pedro que de Paulo…
Desta maneira, podemos perceber que quando Jesus foi interpelado pelos Fariseus enfurecidos, que traziam pelo braço aquela que foi julgada como adúltera, sua abordagem foi na mosca:
"Que atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”, disse ele.
Nesta frase o Mestre não apenas inclui os pecados realizados, os factos consumados, mas também os desejos obscuros, uma vez que também destacou, em outra oportunidade, a questão do adultério por pensamento.
E sob esta óptica, qual pessoa poderia estar isenta de problemas?
Quem poderia julgar com a autoridade do anjo perfeito?
No antigo testamento (também conhecido como Bíblia ou Torá, para os judeus), listamos 18 casos em que se deve apedrejar pessoas até a morte.
Casos simples, como os filhos malcriados, já seriam caso para apedrejamento.
Aliás, para nós Espíritas ligados ao trabalho mediúnico, dá-se o mesmo.
Em Levítico, (Lv 20:27) está escrito que “qual-quer homem ou mulher que evocar os Espíritos ou fizer adivinhações, será morto.
Serão apedrejados, e levarão sua culpa”.
Está claro que os julgamentos mudam conforme as épocas e o entendimento de um povo, em determinada cultura.
Aquilo que antes era tomado por bom, hoje pode ser considerado uma aberração.
A escravidão dos negros, o holocausto dos judeus, a violência contra as mulheres engrossam o caldo dos absurdos humanos, que antes eram tidos como actos normais.
Oxalá chegue logo o dia em que escravizar e matar animais também seja considerado um erro grave!
Quanto mais maduros, mais prontos para determinadas mudanças.
Porém, mesmo quando passamos a trilhar caminhos mais virtuosos, as armadilhas do ego podem nos fazer apontar o dedo para as pessoas que ainda não pensam como nós.
Muitas vezes queremos nos destacar do próprio grupo humano, considerando-nos melhores que outros, mas desconsiderando as próprias sombras que carregamos em nosso psiquismo infantil.
Atirar pedras verbais ou por pensamentos só denota nossa pequenez emocional.
Pois, quando desejamos ardentemente melhorar as coisas, vamos em busca de soluções e não de culpados.
Descartamos julgamentos, incluímos novos planos de acerto.
A verdade é que, na maior parte das vezes, destacamos no outro aquilo que carregamos em nós.
Falamos das sombras a partir das nossas próprias sombras. Falamos das luzes, a partir das nossas próprias luzes.
Se realmente desejamos ajudar o mundo, busquemos o melhor que existe na situação e nas pessoas.
Sim, não se trata de termos um modo de viver “Poliana”, mas não nos prendermos ao pior, e sim ao que pode nos elevar.
Quando pergunto às pessoas, invariavelmente me respondem que desejam sentir paz, amor e alegrias.
Espanta-me perceber que, paradoxalmente, remam para outra direcção.
O que acontece é que sinto amor, quando amo.
E amar é escolher a melhor porção do outro, amparando-o, para que ele se desenvolva e tome contacto com sua essência sagrada, que é o verdadeiro Eu.
Sinto paz, quando me pacifico.
E pacificar-se também implica em observar as pessoas e os factos com equilíbrio, não se inflamando com o que não concorda.
Sinto alegria quando ajudo, quando sou útil e bom.
Destacar o mal e fazer fofocas não ajuda ninguém, ao contrário, só se cristaliza o mal.
Ken Wilber, o pai da psicologia transpessoal, em seu livro Éden - queda ou ascensão, escreveu que "A essência se um Ser não é determinada pelo mais baixo no qual pode submergir - animal, id, macaco -, mas pelo mais elevado a que pode aspirar - Brahman, Buda, Deus".
É isso! Em essência somos todos deuses.
E se o somos, pedras e paus não são instrumentos de despertar para esta realidade maravilhosa, mas sim o amor, por ser ele o catalizador, o sentimento excelso que reverbera e atinge as profundezas do nosso mundo sagrado - o Reino em nós.
§.§.§- Ave sem Ninho
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“UM HOMEM MAU NO CÉU”
Um anjo estava recebendo as almas que acabavam de morrer.
Uma fila foi formada e aos poucos foram separando aqueles que iriam para os planos elevados e aqueles que iriam as zonas inferiores.
Um homem, que estava na fila reservada aqueles que deveriam descer as zonas inferiores ficou revoltado e gritou: INJUSTIÇA!
Todos ouviram o grito e prestaram atenção ao homem.
O anjo também olhou para ele.
O homem prosseguiu:
– Isso nada mais é do que uma grande injustiça!
Porque apenas os “escolhidos” podem ir a zonas celestes, e nós, os marginalizados, vamos para zonas inferiores?
Somente por causa dos nossos erros na Terra Deus deixou de nos amar?
Desafio os anjos de Deus a darem um tratamento igual a todos os seus filhos, aqueles que fizeram o bem e também aqueles que fizeram o mal!
Onde está o perdão divino?
O anjo foi na direcção do homem e disse:
– Meu filho, já que você está questionando isso, permitirei então que você vá aos planos celestes, você quer?
– Sim, respondeu o homem.
O anjo então deu a mão ao homem e o conduziu a um plano elevado do cosmos infinito, para onde vão as almas bondosas, caridosas, compassivas e humildes.
Assim que chegou lá, o anjo desapareceu.
O homem pensou:
“Puxa, consegui vir a um local melhor, sem que eu precise ficar sofrendo, que bom!”
Começou a caminhar pelo local.
Sentiu uma energia muito calma, tranquila, pacífica.
Ele estava acostumado com agitações, barulho, confusões, etc, e por isso começou a sentir um pouco de saudade dos bares, das boates e casas nocturnas onde frequentava.
Continuou caminhando, e viu um homem tocando uma melodia belíssima, bem calma.
Começou a ouvir um pouco da música, mas rapidamente achou aquela melodia muito chata e monótona.
Saiu de lá e continuou caminhando.
Logo depois, viu um senhor ensinando filosofia a um grupo de almas.
Parou para ouvir os ensinamentos:
o mestre falava de amor, caridade, meditação, paz, e outros princípios sagrados da vida.
O homem ficou muito entediado com aquela conversa, não concordava com quase nada do que era dito, sentiu uma certa ansiedade e saiu de lá rapidamente.
Continuou caminhando, mas dessa vez estava sentindo-se mal com toda aquela atmosfera benéfica.
Viu a sua volta que se irradiavam pelo espaço correntes de luz branca, e todas as almas que passavam por lá eram transpassadas por aquela vibração divina.
Assim que teve contacto com essas correntes de pura bondade e harmonia, sentiu-se ainda pior do que antes.
Não estava acostumado com energias boas, elevadas, pacíficas.
Começou a sentir-se muito angustiado com tudo aquilo.
Chegou num ponto em que não estava mais aguentando aquelas vibrações luminosas, aquela paz e bondade.
Chegou ao seu limite e resolveu então clamar pelo anjo dizendo:
“Ser angélico, por favor, estou me sentindo péssimo aqui.
Suplico-te, leve-me para outro lugar!”
O anjo apareceu e o conduziu a uma zona inferior.
Mostrou ao homem que lá havia sexualidade desregrada, prazeres, barulho, energias densas, pessoas tomando as coisas das outras, confusão, agitação, etc.
O homem olhou para o anjo e disse:
– Obrigado!
O anjo disse:
– O local onde vivemos e nos sentimos atraídos, tanto na vida física quanto na vida espiritual, tem total relação com nossos desejos, afinidades e nosso modo de ser.
As almas vão para onde seus desejos, crenças e afinidades as guiem.
Cada qual está no lugar que tem que estar, de acordo com a lei das afinidades e vibrações.
Não há qualquer discriminação nem injustiça na perfeição do plano divino.
Autor: Hugo Lapa
Fonte: Blog Vinhas de Luz
§.§.§- Ave sem Ninho
Uma fila foi formada e aos poucos foram separando aqueles que iriam para os planos elevados e aqueles que iriam as zonas inferiores.
Um homem, que estava na fila reservada aqueles que deveriam descer as zonas inferiores ficou revoltado e gritou: INJUSTIÇA!
Todos ouviram o grito e prestaram atenção ao homem.
O anjo também olhou para ele.
O homem prosseguiu:
– Isso nada mais é do que uma grande injustiça!
Porque apenas os “escolhidos” podem ir a zonas celestes, e nós, os marginalizados, vamos para zonas inferiores?
Somente por causa dos nossos erros na Terra Deus deixou de nos amar?
Desafio os anjos de Deus a darem um tratamento igual a todos os seus filhos, aqueles que fizeram o bem e também aqueles que fizeram o mal!
Onde está o perdão divino?
O anjo foi na direcção do homem e disse:
– Meu filho, já que você está questionando isso, permitirei então que você vá aos planos celestes, você quer?
– Sim, respondeu o homem.
O anjo então deu a mão ao homem e o conduziu a um plano elevado do cosmos infinito, para onde vão as almas bondosas, caridosas, compassivas e humildes.
Assim que chegou lá, o anjo desapareceu.
O homem pensou:
“Puxa, consegui vir a um local melhor, sem que eu precise ficar sofrendo, que bom!”
Começou a caminhar pelo local.
Sentiu uma energia muito calma, tranquila, pacífica.
Ele estava acostumado com agitações, barulho, confusões, etc, e por isso começou a sentir um pouco de saudade dos bares, das boates e casas nocturnas onde frequentava.
Continuou caminhando, e viu um homem tocando uma melodia belíssima, bem calma.
Começou a ouvir um pouco da música, mas rapidamente achou aquela melodia muito chata e monótona.
Saiu de lá e continuou caminhando.
Logo depois, viu um senhor ensinando filosofia a um grupo de almas.
Parou para ouvir os ensinamentos:
o mestre falava de amor, caridade, meditação, paz, e outros princípios sagrados da vida.
O homem ficou muito entediado com aquela conversa, não concordava com quase nada do que era dito, sentiu uma certa ansiedade e saiu de lá rapidamente.
Continuou caminhando, mas dessa vez estava sentindo-se mal com toda aquela atmosfera benéfica.
Viu a sua volta que se irradiavam pelo espaço correntes de luz branca, e todas as almas que passavam por lá eram transpassadas por aquela vibração divina.
Assim que teve contacto com essas correntes de pura bondade e harmonia, sentiu-se ainda pior do que antes.
Não estava acostumado com energias boas, elevadas, pacíficas.
Começou a sentir-se muito angustiado com tudo aquilo.
Chegou num ponto em que não estava mais aguentando aquelas vibrações luminosas, aquela paz e bondade.
Chegou ao seu limite e resolveu então clamar pelo anjo dizendo:
“Ser angélico, por favor, estou me sentindo péssimo aqui.
Suplico-te, leve-me para outro lugar!”
O anjo apareceu e o conduziu a uma zona inferior.
Mostrou ao homem que lá havia sexualidade desregrada, prazeres, barulho, energias densas, pessoas tomando as coisas das outras, confusão, agitação, etc.
O homem olhou para o anjo e disse:
– Obrigado!
O anjo disse:
– O local onde vivemos e nos sentimos atraídos, tanto na vida física quanto na vida espiritual, tem total relação com nossos desejos, afinidades e nosso modo de ser.
As almas vão para onde seus desejos, crenças e afinidades as guiem.
Cada qual está no lugar que tem que estar, de acordo com a lei das afinidades e vibrações.
Não há qualquer discriminação nem injustiça na perfeição do plano divino.
Autor: Hugo Lapa
Fonte: Blog Vinhas de Luz
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A Revue Spirite de 1859 - Parte 7
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo espiritual?
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
D. Há algum fundamento na mitologia?
Texto para leitura
148. Outro sinal da presença dos maus Espíritos é a obsessão:
os bons Espíritos jamais obsidiam; os maus se impõem em todos os momentos. (P. 258)
149. Passando as comunicações espíritas pelo controle das considerações precedentes, reconheceremos facilmente a sua origem e pode-remos destruir a malícia dos Espíritos enganadores, que só se dirigem àqueles que se deixam enganar. (P. 258)
150. Acrescente-se a tudo isso que a prece é poderoso auxílio:
por ela atraímos a assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a nossa própria força.
"Ajuda-te e o céu te ajudará", disse Jesus. (P. 259)
151. Um correspondente de Boulogne envia uma comunicação de Voltaire extraída de uma obra do juiz Edmonds, publicada nos Estados Unidos.
Na comunicação, Voltaire conversa com Wolsey, célebre cardeal inglês do tempo de Henrique VIII.
Dois médiuns serviram para o diálogo. (P. 262)
152. Confirmando que, por ignorância, atacara a religião cristã, Voltaire lamenta não ter conhecido em sua época o Espiritismo e o muito que poderia então ter feito. (P. 263)
153. Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse estabelecer relações, foi assim que ele, Voltaire, entrou no mundo espírita. (P. 264)
154. A princípio, conduzido longe das habitações espirituais, percorreu o espaço imenso.
A seguir, foi-lhe permitido ver as construções maravilhosas habitadas pelos Espíritos, até que sua alma ficasse deslumbrada e esmagada ante o poder que controlava tais maravilhas. (P. 264)
155. Com o coração sentindo a necessidade de expandir-se, caído no cansaço e na humilhação, foi aí que ele pôde reunir-se a alguns habitantes e contemplar a posição em que se havia colocado na Terra e o que disso resultava no mundo espírita. (PP. 264 e 265)
156. Uma revolução completa ocorreu em todo o seu ser, e, de mestre que era, tornou-se o mais ardente dos discípulos.
Via então quão grandes tinham sido os seus erros e quão maior devia ser a reparação, para expiar tudo quanto tinha feito ou dito para seduzir e enganar a Humanidade. (P. 265)
157. Lamentei profundamente – diz ele – as opiniões que expendi e que desviaram muita gente; mas, ao mesmo tempo, é penetrado de gratidão ao Criador, o infinitamente sábio, que sentia ter sido um instrumento para auxiliar os Espíritos dos homens a voltar-se para o exame e o progresso. (P. 265)
158. No fim da batalha de Solferino desabou uma violenta tempestade, que fez com que muitos soldados austríacos se salvassem.
Um militar da Itália, que presenciou o fenómeno, evocado por Kardec, diz que a tempestade foi provocada por vontade de Deus, exactamente com esse objectivo. (P. 268)
159. Os Espíritos não levam em conta as distinções terrenas, que nada valem entre eles, mas há entre eles uma hierarquia e uma subordinação, baseadas nas qualidades adquiridas. (P. 269)
160. O Espírito do General Hoche informa que irá reencarnar em Mercúrio, um mundo moralmente inferior à Terra, em que os habitantes são mais materializados do que os que vivem em nosso planeta. (P. 270)
161. O mesmo General conta que, a partir do momento em que desencarnou, visitou a Terra inteiramente, aprendendo as leis que Deus emprega para conduzir todos os fenómenos que contribuem para a vida terrena.
Em seguida, fez o mesmo em outros mundos. (P. 270)
162. A Revue traz uma comunicação dada pelo Espírito do Sr. J..., negociante no departamento de La Sarthe, morto em 1859, o qual, além de ter feito um estudo sério do Espiritismo, era um homem de bem e de uma caridade sem limites.
Seu momento de despertar nada teve de penoso.
"Eu me sentia alegre e disposto, como se tivesse respirado um ar puro ao sair de uma sala cheia de fumaça", informou o Sr. J... (PP. 272 e 273)
163. A Mitologia – diz Kardec – está inteiramente fundada sobre as ideias espíritas; encontramos nela todas as propriedades dos Espíritos, com a diferença de que os antigos os haviam transformado em deuses. (P. 277)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo espiritual?
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
D. Há algum fundamento na mitologia?
Texto para leitura
148. Outro sinal da presença dos maus Espíritos é a obsessão:
os bons Espíritos jamais obsidiam; os maus se impõem em todos os momentos. (P. 258)
149. Passando as comunicações espíritas pelo controle das considerações precedentes, reconheceremos facilmente a sua origem e pode-remos destruir a malícia dos Espíritos enganadores, que só se dirigem àqueles que se deixam enganar. (P. 258)
150. Acrescente-se a tudo isso que a prece é poderoso auxílio:
por ela atraímos a assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a nossa própria força.
"Ajuda-te e o céu te ajudará", disse Jesus. (P. 259)
151. Um correspondente de Boulogne envia uma comunicação de Voltaire extraída de uma obra do juiz Edmonds, publicada nos Estados Unidos.
Na comunicação, Voltaire conversa com Wolsey, célebre cardeal inglês do tempo de Henrique VIII.
Dois médiuns serviram para o diálogo. (P. 262)
152. Confirmando que, por ignorância, atacara a religião cristã, Voltaire lamenta não ter conhecido em sua época o Espiritismo e o muito que poderia então ter feito. (P. 263)
153. Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse estabelecer relações, foi assim que ele, Voltaire, entrou no mundo espírita. (P. 264)
154. A princípio, conduzido longe das habitações espirituais, percorreu o espaço imenso.
A seguir, foi-lhe permitido ver as construções maravilhosas habitadas pelos Espíritos, até que sua alma ficasse deslumbrada e esmagada ante o poder que controlava tais maravilhas. (P. 264)
155. Com o coração sentindo a necessidade de expandir-se, caído no cansaço e na humilhação, foi aí que ele pôde reunir-se a alguns habitantes e contemplar a posição em que se havia colocado na Terra e o que disso resultava no mundo espírita. (PP. 264 e 265)
156. Uma revolução completa ocorreu em todo o seu ser, e, de mestre que era, tornou-se o mais ardente dos discípulos.
Via então quão grandes tinham sido os seus erros e quão maior devia ser a reparação, para expiar tudo quanto tinha feito ou dito para seduzir e enganar a Humanidade. (P. 265)
157. Lamentei profundamente – diz ele – as opiniões que expendi e que desviaram muita gente; mas, ao mesmo tempo, é penetrado de gratidão ao Criador, o infinitamente sábio, que sentia ter sido um instrumento para auxiliar os Espíritos dos homens a voltar-se para o exame e o progresso. (P. 265)
158. No fim da batalha de Solferino desabou uma violenta tempestade, que fez com que muitos soldados austríacos se salvassem.
Um militar da Itália, que presenciou o fenómeno, evocado por Kardec, diz que a tempestade foi provocada por vontade de Deus, exactamente com esse objectivo. (P. 268)
159. Os Espíritos não levam em conta as distinções terrenas, que nada valem entre eles, mas há entre eles uma hierarquia e uma subordinação, baseadas nas qualidades adquiridas. (P. 269)
160. O Espírito do General Hoche informa que irá reencarnar em Mercúrio, um mundo moralmente inferior à Terra, em que os habitantes são mais materializados do que os que vivem em nosso planeta. (P. 270)
161. O mesmo General conta que, a partir do momento em que desencarnou, visitou a Terra inteiramente, aprendendo as leis que Deus emprega para conduzir todos os fenómenos que contribuem para a vida terrena.
Em seguida, fez o mesmo em outros mundos. (P. 270)
162. A Revue traz uma comunicação dada pelo Espírito do Sr. J..., negociante no departamento de La Sarthe, morto em 1859, o qual, além de ter feito um estudo sério do Espiritismo, era um homem de bem e de uma caridade sem limites.
Seu momento de despertar nada teve de penoso.
"Eu me sentia alegre e disposto, como se tivesse respirado um ar puro ao sair de uma sala cheia de fumaça", informou o Sr. J... (PP. 272 e 273)
163. A Mitologia – diz Kardec – está inteiramente fundada sobre as ideias espíritas; encontramos nela todas as propriedades dos Espíritos, com a diferença de que os antigos os haviam transformado em deuses. (P. 277)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
164. Kardec fala do lar da Sra. G..., viúva, com 4 filhos, dos quais o mais velho conta 17 anos e a caçula, 6.
Reunidos pela crença espírita, a família continuou unida mesmo com a morte do pai que, pressentindo seu fim próximo, reuniu os filhos e lhes deu um comovente conselho, cujo final termina assim:
"Que a paz, a concórdia e a união reinem entre vós; que jamais o interesse vos separe, porque o interesse material é a maior barreira entre a Terra e o Céu". (PP. 278 e 279)
165. Alimentadas nas ideias espíritas, essas crianças não se consideram separadas do pai, e uma noite por semana, e às vezes mais, é consagrada a conversar com ele. (P. 279)
166. Kardec critica o título dado pelo Sr. Mathieu, antigo farmacêutico do Exército, a uma obra em que trata de factos de escrita directa.
Mathieu chamou-a de "Um Milagre".
Ora, diz Kardec, o milagre é uma derrogação das leis da Natureza, o que não se pode dizer da escrita directa. (P. 281)
167. Prosseguindo seu artigo, Kardec fala sobre levitação – a suspensão etérea de corpos sólidos –, um facto demonstrado e explicado pelo Espiritismo e do qual foi ele testemunha ocular. (P. 283)
168. Outro fenómeno por ele citado, que se enquadra também na ordem das coisas naturais, é o da aparição, bastante frequente e perfeitamente explicado pela Ciência Espírita. (P. 283)
169. A Revue publica sentença do Tribunal Correccional de Douai, de 27/8/1859, em que os toques e os passes magnéticos foram reconhecidos pela Corte.
Kardec critica, porém, os peritos por sua ignorância a respeito do magnetismo e do sonambulismo natural. (PP. 287 e 288)
Respostas às questões
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
Analisando as comunicações espíritas e submetendo-as ao controle recomendado pela Doutrina Espírita, reconheceremos facilmente a sua origem e poderemos destruir a malícia dos Espíritos enganadores, os quais só se dirigem àqueles que se deixam enganar.
É bom lembrar também que, em casos assim, a prece constitui poderoso auxílio, uma vez que por ela atraímos a assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a nossa própria força.
(Revue Spirite, pp. 258 e 259.)
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo espiritual?
Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse estabelecer relações, foi assim que Voltaire entrou no mundo espiritual.
A princípio, conduzido longe das habitações espirituais, percorreu o espaço imenso.
Foi-lhe permitido depois ver as construções maravilhosas habitadas pelos Espíritos, até que sua alma ficasse deslumbrada e esmagada ante o poder que controlava tais maravilhas.
Com o coração sentindo a necessidade de expandir-se, caído no cansaço e na humilhação, foi aí que ele pôde reunir-se a alguns habitantes e contemplar a posição em que se havia colocado na Terra e o que disso resultava no mundo em que agora estava.
(Obra citada, pp. 264 e 265.)
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
Sim. Há entre eles uma hierarquia e uma subordinação baseadas nas qualidades adquiridas e que nada têm que ver com as distinções terrenas.
(Obra citada, pág. 269.)
D. Há algum fundamento na mitologia?
Sim. A mitologia está inteiramente fundada sobre as ideias espíritas.
Encontramos nela, disse Kardec, todas as propriedades dos Espíritos, com a diferença de que os antigos os haviam transformado em deuses.
(Obra citada, pág. 277.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Reunidos pela crença espírita, a família continuou unida mesmo com a morte do pai que, pressentindo seu fim próximo, reuniu os filhos e lhes deu um comovente conselho, cujo final termina assim:
"Que a paz, a concórdia e a união reinem entre vós; que jamais o interesse vos separe, porque o interesse material é a maior barreira entre a Terra e o Céu". (PP. 278 e 279)
165. Alimentadas nas ideias espíritas, essas crianças não se consideram separadas do pai, e uma noite por semana, e às vezes mais, é consagrada a conversar com ele. (P. 279)
166. Kardec critica o título dado pelo Sr. Mathieu, antigo farmacêutico do Exército, a uma obra em que trata de factos de escrita directa.
Mathieu chamou-a de "Um Milagre".
Ora, diz Kardec, o milagre é uma derrogação das leis da Natureza, o que não se pode dizer da escrita directa. (P. 281)
167. Prosseguindo seu artigo, Kardec fala sobre levitação – a suspensão etérea de corpos sólidos –, um facto demonstrado e explicado pelo Espiritismo e do qual foi ele testemunha ocular. (P. 283)
168. Outro fenómeno por ele citado, que se enquadra também na ordem das coisas naturais, é o da aparição, bastante frequente e perfeitamente explicado pela Ciência Espírita. (P. 283)
169. A Revue publica sentença do Tribunal Correccional de Douai, de 27/8/1859, em que os toques e os passes magnéticos foram reconhecidos pela Corte.
Kardec critica, porém, os peritos por sua ignorância a respeito do magnetismo e do sonambulismo natural. (PP. 287 e 288)
Respostas às questões
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
Analisando as comunicações espíritas e submetendo-as ao controle recomendado pela Doutrina Espírita, reconheceremos facilmente a sua origem e poderemos destruir a malícia dos Espíritos enganadores, os quais só se dirigem àqueles que se deixam enganar.
É bom lembrar também que, em casos assim, a prece constitui poderoso auxílio, uma vez que por ela atraímos a assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a nossa própria força.
(Revue Spirite, pp. 258 e 259.)
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo espiritual?
Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse estabelecer relações, foi assim que Voltaire entrou no mundo espiritual.
A princípio, conduzido longe das habitações espirituais, percorreu o espaço imenso.
Foi-lhe permitido depois ver as construções maravilhosas habitadas pelos Espíritos, até que sua alma ficasse deslumbrada e esmagada ante o poder que controlava tais maravilhas.
Com o coração sentindo a necessidade de expandir-se, caído no cansaço e na humilhação, foi aí que ele pôde reunir-se a alguns habitantes e contemplar a posição em que se havia colocado na Terra e o que disso resultava no mundo em que agora estava.
(Obra citada, pp. 264 e 265.)
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
Sim. Há entre eles uma hierarquia e uma subordinação baseadas nas qualidades adquiridas e que nada têm que ver com as distinções terrenas.
(Obra citada, pág. 269.)
D. Há algum fundamento na mitologia?
Sim. A mitologia está inteiramente fundada sobre as ideias espíritas.
Encontramos nela, disse Kardec, todas as propriedades dos Espíritos, com a diferença de que os antigos os haviam transformado em deuses.
(Obra citada, pág. 277.)
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Fecharam a porta do céu?
Antes de entrarmos propriamente a cogitar sobre a pergunta do artigo, vamos fazer algumas considerações.
Creio que, senão todos, a maioria dos leitores já viu um tigre em zoológico.
É um animal solitário, talvez mal-humorado.
O macho só se aproxima da fêmea na época reprodutiva.
Alguém teria coragem de entrar na jaula de um animal desses que tivesse ficado trinta dias sem comer nada?
Da mesma forma acreditamos que todos já viram um leão e uma leoa enjaulados.
Alguém teria coragem de entrar nessa prisão se esses animais estivessem um mês sem comer?
Vamos agora para o exemplo do urso.
Quando fica em posição de ataque, atinge cerca de três metros de altura.
De largura não sei, mas deve ser uma medida para mais de metro.
Alguém teria coragem de ficar na frente dele se o animal estivesse em jejum prolongado?
Pois é. Agora vamos à pergunta acima:
será que fecharam a porta do céu?
Sim, porque já não se vê mais um cego ser curado, um surdo voltar a ouvir ou um mudo a falar, um leproso a quem tenha-se devolvido a saúde sem o uso da medicação adequada.
Isso só para citar enfermidades conhecidas na época em que Jesus esteve em um corpo físico entre os homens.
E então? Por que hoje em dia, após mais de dois mil anos de Cristianismo, não se vê esses acontecimentos que deixavam boquiabertos os homens daquela época?
É só lembrarmos que os cristãos entravam na arena onde os animais acima citados estavam famintos à espera deles para encontrarmos a resposta.
Isso sem falar nas fogueiras, decapitações, caldeirões com óleo fervendo, esquartejamento e tudo o mais que a maldade humana é capaz de criar para supliciar o seu semelhante.
Sim! Hoje não temos mais a fé dos primeiros trezentos anos da era cristã!
As portas do céu não se fecharam, foi nossa fé que ainda não atingiu o grão de mostarda, não produzindo a força de atracção necessária ao socorro que existiu naquele tempo e que continua existindo.
Leiamos Emmanuel no livro Vinha de Luz, na lição intitulada Em que perseveras:
“Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo?
Onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anónimos?
Onde os sinais públicos das vozes celestiais?
onde os leprosos limpos e os cegos curados?
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
A atitude dos cristãos, na actualidade, porém, é muito diferente.
Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços de fé viva.
A Bondade do Senhor é constante e imperecível.
Reparemos, pois, em que direcção somos perseverantes”.
Podemos concluir, portanto, que a porta do céu não se fechou.
Continua aberta como sempre.
Mas os braços que se elevam em direcção a ela são braços ausentes do serviço na obra do bem ao próximo.
As vozes que se elevam para suplicar permanecem mudas diante daquele necessitado de uma palavra de bom ânimo.
Os olhos que buscam o Alto são cegos diante da necessidade alheia.
O coração que busca socorro é frio e indiferente para com a dor do outro.
A fé que enfrentava os tipos de sofrimentos terríveis daquela época, em que os cristãos eram caçados para iluminar o circo romano, dorme na indiferença do egoísmo.
Não somos capazes de entrar na jaula do animal faminto nos dias de hoje como não somos capazes de entrar na casa onde a dor fez morada.
Não enfrentamos as fogueiras de outrora, mas incendiamos a vida alheia alimentando as maledicências.
Não padecemos pregados a uma cruz, mas crucificamos o próximo na cruz de nossas exigências.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações.” – (Actos, 2:42)
Em que perseveramos nós para que a porta do Céu não conceda os prodígios de outros tempos?
§.§.§- Ave sem Ninho
Creio que, senão todos, a maioria dos leitores já viu um tigre em zoológico.
É um animal solitário, talvez mal-humorado.
O macho só se aproxima da fêmea na época reprodutiva.
Alguém teria coragem de entrar na jaula de um animal desses que tivesse ficado trinta dias sem comer nada?
Da mesma forma acreditamos que todos já viram um leão e uma leoa enjaulados.
Alguém teria coragem de entrar nessa prisão se esses animais estivessem um mês sem comer?
Vamos agora para o exemplo do urso.
Quando fica em posição de ataque, atinge cerca de três metros de altura.
De largura não sei, mas deve ser uma medida para mais de metro.
Alguém teria coragem de ficar na frente dele se o animal estivesse em jejum prolongado?
Pois é. Agora vamos à pergunta acima:
será que fecharam a porta do céu?
Sim, porque já não se vê mais um cego ser curado, um surdo voltar a ouvir ou um mudo a falar, um leproso a quem tenha-se devolvido a saúde sem o uso da medicação adequada.
Isso só para citar enfermidades conhecidas na época em que Jesus esteve em um corpo físico entre os homens.
E então? Por que hoje em dia, após mais de dois mil anos de Cristianismo, não se vê esses acontecimentos que deixavam boquiabertos os homens daquela época?
É só lembrarmos que os cristãos entravam na arena onde os animais acima citados estavam famintos à espera deles para encontrarmos a resposta.
Isso sem falar nas fogueiras, decapitações, caldeirões com óleo fervendo, esquartejamento e tudo o mais que a maldade humana é capaz de criar para supliciar o seu semelhante.
Sim! Hoje não temos mais a fé dos primeiros trezentos anos da era cristã!
As portas do céu não se fecharam, foi nossa fé que ainda não atingiu o grão de mostarda, não produzindo a força de atracção necessária ao socorro que existiu naquele tempo e que continua existindo.
Leiamos Emmanuel no livro Vinha de Luz, na lição intitulada Em que perseveras:
“Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo?
Onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anónimos?
Onde os sinais públicos das vozes celestiais?
onde os leprosos limpos e os cegos curados?
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
A atitude dos cristãos, na actualidade, porém, é muito diferente.
Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços de fé viva.
A Bondade do Senhor é constante e imperecível.
Reparemos, pois, em que direcção somos perseverantes”.
Podemos concluir, portanto, que a porta do céu não se fechou.
Continua aberta como sempre.
Mas os braços que se elevam em direcção a ela são braços ausentes do serviço na obra do bem ao próximo.
As vozes que se elevam para suplicar permanecem mudas diante daquele necessitado de uma palavra de bom ânimo.
Os olhos que buscam o Alto são cegos diante da necessidade alheia.
O coração que busca socorro é frio e indiferente para com a dor do outro.
A fé que enfrentava os tipos de sofrimentos terríveis daquela época, em que os cristãos eram caçados para iluminar o circo romano, dorme na indiferença do egoísmo.
Não somos capazes de entrar na jaula do animal faminto nos dias de hoje como não somos capazes de entrar na casa onde a dor fez morada.
Não enfrentamos as fogueiras de outrora, mas incendiamos a vida alheia alimentando as maledicências.
Não padecemos pregados a uma cruz, mas crucificamos o próximo na cruz de nossas exigências.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações.” – (Actos, 2:42)
Em que perseveramos nós para que a porta do Céu não conceda os prodígios de outros tempos?
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O hábito da canonização psíquica
Na idolatria encontra-se o mecanismo defensivo da mente, pelo qual é projectado no outro aquilo que gostaríamos de ser.
“Desde os mais recuados tempos, até o presente, a idolatria continua a oferecer – fartamente – as ‘muletas psicológicas’ às criaturas de fé simples e quase ingénua.” - François C. Liran
Nada menos que 392 personalidades de antanho estão na “alça de mira” da alta hierarquia da Igreja Católica para a investidura da canonização.
Tal proliferação de candidatos a santo está causando desconforto até mesmo entre os partidários dessa grei.
Vem de longa data a idolatria!...
Antes do advento do Cristo todos os povos, excepto os hebreus, eram idólatras e politeístas.
Na Idade Média, Lutero lhe deu ferrenho combate, mas não teve sucesso com relação à “idolatria da letra”, pois se seus seguidores não mais adoravam as imagens, os fetiches, por outro lado, enroscaram-se na “letra que mata” distanciando-se do “espírito que vivifica”.
E os ídolos de pés de barro continuam em seus pedestais sustentados pela ignorância humana e pela sagacidade dos “atravessadores da fé”, dos ecônomos infiéis de todos os tempos e em especial dos tempos hodiernos.
Os judeus há muito abandonaram a idolatria, mas a substituíram pelos cerimoniais dos cultos exteriores, sendo nisso – hodiernamente - imitados pelos cristãos das mais variadas vertentes.
Como desde Lutero as rentáveis vendas das indulgências se apresentam como um mercado em baixa, descobriu-se que os “santuários” podem ser formidáveis sucedâneos daquele ancestral comércio, uma vez que não faltarão fiéis de fé simples e ingénua para frequentá-los religiosamente, fomentando, dessa forma, um enorme mercado paralelo para os sectores de turismo e para a indústria e comércio de quinquilharias, com farto aporte monetário, em que pese o pagamento de gorda fatia aos cofres do Vaticano.
Engana-se, porém, quem pensa que só existe idolatria no seio das vetustas religiões.
Ela também – infelizmente – existe no meio espírita!
Analisando a triste questão da idolatria no meio espírita, Ermance Dufaux afirma(1):
“(...) idolatria é o excessivo entusiasmo e admiração por uma pessoa com a qual partilhamos ou não a convivência...
São oradores, médiuns e trabalhadores que costumam destacar-se pelas virtudes ou pelas experiências, e que são tomados à conta de ícones, com os quais delineamos a noção pessoal de "limite máximo" ou "modelo" para os novos passos assumidos na caminhada espiritual.
Sem considerar os naturais sentimentos de admiração e entusiasmo dirigidos a quem fez por merecê-los, quase sempre nas causas dessa idolatria encontra-se o mecanismo defensivo da mente, pelo qual é projectado no outro aquilo que gostaríamos de ser.
Dois graves problemas, entre os muitos, decorrem dessa relação idólatra:
as exageradas expectativas e a prisão dos estereótipos.
As expectativas transferidas ao ícone carreiam desejos e anseios que se tornam âncoras de segurança para os problemas individuais.
Caso a criatura se habitue ao conforto de "escorar-se" psicologicamente no outro e fugir do seu esforço auto-educativo, passará ao terreno das ilusões, sentindo-se e acreditando-se tão virtuosa ou capaz quanto ele.
Ocorre então uma absorção da "identidade alheia" como se fosse sua...
É como "ser alguém" através dos valores do outro.
Quanto aos estereótipos, vamos verificar outra questão que tem trazido muitos desajustes:
o hábito do dogmatismo, uma velha tendência humana de ouvir a palavra dos "homens santificados" pela hierarquia religiosa.
Pessoas que se tornam carismáticas pela sua natural forma de ser ou pelo valoroso desempenho doutrinário são, comummente, colocadas como "astros" ou "missionários" de grande envergadura.
Quaisquer dessas vivências, expectativas elevadas ou criação de modelos podem nos trazer muita decepção e revolta.
Somos todos aprendizes, uns com mais, outros com menos experiência; todos, no entanto, sem excepção, como aprendizes do progresso e gestores do bem.
“Desde os mais recuados tempos, até o presente, a idolatria continua a oferecer – fartamente – as ‘muletas psicológicas’ às criaturas de fé simples e quase ingénua.” - François C. Liran
Nada menos que 392 personalidades de antanho estão na “alça de mira” da alta hierarquia da Igreja Católica para a investidura da canonização.
Tal proliferação de candidatos a santo está causando desconforto até mesmo entre os partidários dessa grei.
Vem de longa data a idolatria!...
Antes do advento do Cristo todos os povos, excepto os hebreus, eram idólatras e politeístas.
Na Idade Média, Lutero lhe deu ferrenho combate, mas não teve sucesso com relação à “idolatria da letra”, pois se seus seguidores não mais adoravam as imagens, os fetiches, por outro lado, enroscaram-se na “letra que mata” distanciando-se do “espírito que vivifica”.
E os ídolos de pés de barro continuam em seus pedestais sustentados pela ignorância humana e pela sagacidade dos “atravessadores da fé”, dos ecônomos infiéis de todos os tempos e em especial dos tempos hodiernos.
Os judeus há muito abandonaram a idolatria, mas a substituíram pelos cerimoniais dos cultos exteriores, sendo nisso – hodiernamente - imitados pelos cristãos das mais variadas vertentes.
Como desde Lutero as rentáveis vendas das indulgências se apresentam como um mercado em baixa, descobriu-se que os “santuários” podem ser formidáveis sucedâneos daquele ancestral comércio, uma vez que não faltarão fiéis de fé simples e ingénua para frequentá-los religiosamente, fomentando, dessa forma, um enorme mercado paralelo para os sectores de turismo e para a indústria e comércio de quinquilharias, com farto aporte monetário, em que pese o pagamento de gorda fatia aos cofres do Vaticano.
Engana-se, porém, quem pensa que só existe idolatria no seio das vetustas religiões.
Ela também – infelizmente – existe no meio espírita!
Analisando a triste questão da idolatria no meio espírita, Ermance Dufaux afirma(1):
“(...) idolatria é o excessivo entusiasmo e admiração por uma pessoa com a qual partilhamos ou não a convivência...
São oradores, médiuns e trabalhadores que costumam destacar-se pelas virtudes ou pelas experiências, e que são tomados à conta de ícones, com os quais delineamos a noção pessoal de "limite máximo" ou "modelo" para os novos passos assumidos na caminhada espiritual.
Sem considerar os naturais sentimentos de admiração e entusiasmo dirigidos a quem fez por merecê-los, quase sempre nas causas dessa idolatria encontra-se o mecanismo defensivo da mente, pelo qual é projectado no outro aquilo que gostaríamos de ser.
Dois graves problemas, entre os muitos, decorrem dessa relação idólatra:
as exageradas expectativas e a prisão dos estereótipos.
As expectativas transferidas ao ícone carreiam desejos e anseios que se tornam âncoras de segurança para os problemas individuais.
Caso a criatura se habitue ao conforto de "escorar-se" psicologicamente no outro e fugir do seu esforço auto-educativo, passará ao terreno das ilusões, sentindo-se e acreditando-se tão virtuosa ou capaz quanto ele.
Ocorre então uma absorção da "identidade alheia" como se fosse sua...
É como "ser alguém" através dos valores do outro.
Quanto aos estereótipos, vamos verificar outra questão que tem trazido muitos desajustes:
o hábito do dogmatismo, uma velha tendência humana de ouvir a palavra dos "homens santificados" pela hierarquia religiosa.
Pessoas que se tornam carismáticas pela sua natural forma de ser ou pelo valoroso desempenho doutrinário são, comummente, colocadas como "astros" ou "missionários" de grande envergadura.
Quaisquer dessas vivências, expectativas elevadas ou criação de modelos podem nos trazer muita decepção e revolta.
Somos todos aprendizes, uns com mais, outros com menos experiência; todos, no entanto, sem excepção, como aprendizes do progresso e gestores do bem.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Podemos sempre aprender algo com alguém, desde que tenhamos visão e predisposição à alteridade.
O que hoje entendemos como sendo excepcional em alguém, amanhã poderá não ser tão útil para nossa percepção mutável e ascensional.
Por mais bem-sucedida a reencarnação na melhoria espiritual, isso será apenas o primeiro passo de uma longa jornada.
Então, por que glórias fictícias com ídolos com pés de barro?
Missionários e virtuosos?
São muito raros na Terra!
Para conhecê-los é muito fácil, nenhum deles aceita uma relação de idolatria, enquanto se verifica outro género de conduta com muitos que se julgam ou são julgados como tais.
Quando reflectimos sobre esta questão é no intuito de chamar a atenção de todos nós para os prejuízos de continuarmos cultivando semelhantes expressões de infantilidade emocional.
Existe, de facto, uma velha tendência que nos acompanha, a qual podemos declinar como "hábito da canonização psíquica".
Muitos ídolos adoram as bajulações e burburinhos em torno de seu nome.
São folgas que não deveríamos buscar para nossa vida, quando deveriam educar-se e educar os outros para assumirem a condição de condutores, aqueles que lideram promovendo, libertando, e não fazendo "colecção de admiradores" para alimentar seu personalismo.
Como bons espíritas, apenas começamos os serviços de transformar a auto-imagem de orgulho, profundamente cristalizada nos recessos da mente.
Quando nos adornamos com qualidade e virtudes que imaginamos possuir, perdemos a oportunidade de sermos nós mesmos, de eleger a autenticidade como nossa conduta, de construir quanto antes a “nova identidade" que almejamos.
Inspiremo-nos em nossas referências, todavia não façamos deles ídolos.
Ouçamo-los, tiremos proveito de suas conquistas, mas façamos tudo isso com equilíbrio, nem mais nem menos!
(1) OLIVEIRA, W. Soares. Reforma íntima sem martírio. B. Hte: INEDE, 2003, cap. 24, p. 146-148.
§.§.§- Ave sem Ninho
O que hoje entendemos como sendo excepcional em alguém, amanhã poderá não ser tão útil para nossa percepção mutável e ascensional.
Por mais bem-sucedida a reencarnação na melhoria espiritual, isso será apenas o primeiro passo de uma longa jornada.
Então, por que glórias fictícias com ídolos com pés de barro?
Missionários e virtuosos?
São muito raros na Terra!
Para conhecê-los é muito fácil, nenhum deles aceita uma relação de idolatria, enquanto se verifica outro género de conduta com muitos que se julgam ou são julgados como tais.
Quando reflectimos sobre esta questão é no intuito de chamar a atenção de todos nós para os prejuízos de continuarmos cultivando semelhantes expressões de infantilidade emocional.
Existe, de facto, uma velha tendência que nos acompanha, a qual podemos declinar como "hábito da canonização psíquica".
Muitos ídolos adoram as bajulações e burburinhos em torno de seu nome.
São folgas que não deveríamos buscar para nossa vida, quando deveriam educar-se e educar os outros para assumirem a condição de condutores, aqueles que lideram promovendo, libertando, e não fazendo "colecção de admiradores" para alimentar seu personalismo.
Como bons espíritas, apenas começamos os serviços de transformar a auto-imagem de orgulho, profundamente cristalizada nos recessos da mente.
Quando nos adornamos com qualidade e virtudes que imaginamos possuir, perdemos a oportunidade de sermos nós mesmos, de eleger a autenticidade como nossa conduta, de construir quanto antes a “nova identidade" que almejamos.
Inspiremo-nos em nossas referências, todavia não façamos deles ídolos.
Ouçamo-los, tiremos proveito de suas conquistas, mas façamos tudo isso com equilíbrio, nem mais nem menos!
(1) OLIVEIRA, W. Soares. Reforma íntima sem martírio. B. Hte: INEDE, 2003, cap. 24, p. 146-148.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Quantas reencarnações eu tive?
Esta é uma pergunta que surge naturalmente a todo espírita.
A curiosidade é geral.
Temos interesse em saber quantas vidas tivemos, em que regiões, que línguas falamos, profissões que tivemos, habilidades, competências, nossos gostos e preferências, nossas amizades e amores, coisas boas vividas, felicidades.
Entretanto, existe também o outro lado.
Quanto sofremos, o que demoramos ou até não conseguimos aprender, as pessoas que magoamos, as tristezas que tivemos, os acessos de ódio e loucura, o que fizemos de errado, o que deixamos de fazer, as experiências que nos marcaram e ainda hoje influenciam nosso modo de ser.
A vida é um processo dentro do determinismo divino de evoluir e conquistar gradativamente novos níveis de entendimento, capacidade e felicidade.
A reencarnação é um instrumento dessa evolução que ocorre em todos os aspectos e direcções, sintetizadas pelas expressões intelectuais e emocionais.
Nossa origem é a dimensão espiritual.
O Espírito aprende e evolui em qualquer lugar que esteja.
As encarnações são como uma escola que passamos algum tempo para aprender algumas lições, mas não todas, pois temos muita coisa a aprender e precisamos de escolas diferentes.
Para a maioria dos Espíritos que já se decidiram a serem bons, melhorarem e se tornarem cada vez mais úteis, a chamada erraticidade, o mundo espiritual, é onde aprendemos bastante, principalmente nos aspectos intelectuais.
Temos mais oportunidades de receber orientação de Espíritos mais adiantados, de frequentar escolas e, principalmente, de utilizar mais intensamente os nossos recursos de inteligência sem a intermediação de cérebro, nervos e percepções acanhadas amortecidas pela matéria.
Na linha de evolução podemos supor que, inicialmente, os Espíritos tendem a precisar mais da encarnação, para no final, ou mais adiante dessa linha, não ter tanta necessidade.
Existem Espíritos desequilibrados que permanecem sem encarnar por séculos, assim como ficam muitos Espíritos superiores.
Segundo a ciência, os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) surgiram na África há cerca de 200 mil anos, adquirindo há cerca de 50 mil o comportamento próximo ao homem de hoje.
Com cérebros menores e comportamentos mais primitivos, como a Ramapithecus, a sua origem remonta a 13 milhões de anos.
Estima-se que as civilizações mais antigas surgiram há oito mil anos.
Nesse estudo vamos presumir que o Espírito tenha tido oportunidade de encarnar em ambiente mais civilizado desde dez mil anos.
Isso representa 100 séculos.
Para efeito de especulação estatística podemos assumir que temos a chance de encarnar, em média a cada cem anos.
Isso considerando que o ser humano tenha vivido menos anos nas existências dos séculos anteriores e que devemos passar pelo menos o mesmo tempo de encarnado na erraticidade.
A partir dessas premissas chegamos ao número máximo de encarnações nos últimos 10 mil anos do mundo civilizado: 100 vidas.
Uma outra informação revelada pelos Espíritos diz que existem mais Espíritos desencarnados do que encarnados.
Talvez 3 ou 4 vezes mais.
Bom, isso não é tudo.
Teremos de dividir esse potencial de encarnações por 4, para dar oportunidade a todos.
Assim, reduzimos nossas possibilidades de encarnações a 25 nesse período.
Estamos nos referindo a uma média potencial, cada caso é um caso.
Tem outra variável que dificulta ainda mais nossa estatística.
Temos de considerar também a possível migração de Espíritos entre os mundos existentes nessa imensidão que é o Universo.
Como esse cálculo tem de considerar as entradas e saídas de Espíritos no planeta, proponho considerar que as quantidades sejam semelhantes e, assim, podemos manter a nossa projecção numérica, apenas como exercício para o estudo das quantidades de encarnações possíveis.
A curiosidade é geral.
Temos interesse em saber quantas vidas tivemos, em que regiões, que línguas falamos, profissões que tivemos, habilidades, competências, nossos gostos e preferências, nossas amizades e amores, coisas boas vividas, felicidades.
Entretanto, existe também o outro lado.
Quanto sofremos, o que demoramos ou até não conseguimos aprender, as pessoas que magoamos, as tristezas que tivemos, os acessos de ódio e loucura, o que fizemos de errado, o que deixamos de fazer, as experiências que nos marcaram e ainda hoje influenciam nosso modo de ser.
A vida é um processo dentro do determinismo divino de evoluir e conquistar gradativamente novos níveis de entendimento, capacidade e felicidade.
A reencarnação é um instrumento dessa evolução que ocorre em todos os aspectos e direcções, sintetizadas pelas expressões intelectuais e emocionais.
Nossa origem é a dimensão espiritual.
O Espírito aprende e evolui em qualquer lugar que esteja.
As encarnações são como uma escola que passamos algum tempo para aprender algumas lições, mas não todas, pois temos muita coisa a aprender e precisamos de escolas diferentes.
Para a maioria dos Espíritos que já se decidiram a serem bons, melhorarem e se tornarem cada vez mais úteis, a chamada erraticidade, o mundo espiritual, é onde aprendemos bastante, principalmente nos aspectos intelectuais.
Temos mais oportunidades de receber orientação de Espíritos mais adiantados, de frequentar escolas e, principalmente, de utilizar mais intensamente os nossos recursos de inteligência sem a intermediação de cérebro, nervos e percepções acanhadas amortecidas pela matéria.
Na linha de evolução podemos supor que, inicialmente, os Espíritos tendem a precisar mais da encarnação, para no final, ou mais adiante dessa linha, não ter tanta necessidade.
Existem Espíritos desequilibrados que permanecem sem encarnar por séculos, assim como ficam muitos Espíritos superiores.
Segundo a ciência, os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) surgiram na África há cerca de 200 mil anos, adquirindo há cerca de 50 mil o comportamento próximo ao homem de hoje.
Com cérebros menores e comportamentos mais primitivos, como a Ramapithecus, a sua origem remonta a 13 milhões de anos.
Estima-se que as civilizações mais antigas surgiram há oito mil anos.
Nesse estudo vamos presumir que o Espírito tenha tido oportunidade de encarnar em ambiente mais civilizado desde dez mil anos.
Isso representa 100 séculos.
Para efeito de especulação estatística podemos assumir que temos a chance de encarnar, em média a cada cem anos.
Isso considerando que o ser humano tenha vivido menos anos nas existências dos séculos anteriores e que devemos passar pelo menos o mesmo tempo de encarnado na erraticidade.
A partir dessas premissas chegamos ao número máximo de encarnações nos últimos 10 mil anos do mundo civilizado: 100 vidas.
Uma outra informação revelada pelos Espíritos diz que existem mais Espíritos desencarnados do que encarnados.
Talvez 3 ou 4 vezes mais.
Bom, isso não é tudo.
Teremos de dividir esse potencial de encarnações por 4, para dar oportunidade a todos.
Assim, reduzimos nossas possibilidades de encarnações a 25 nesse período.
Estamos nos referindo a uma média potencial, cada caso é um caso.
Tem outra variável que dificulta ainda mais nossa estatística.
Temos de considerar também a possível migração de Espíritos entre os mundos existentes nessa imensidão que é o Universo.
Como esse cálculo tem de considerar as entradas e saídas de Espíritos no planeta, proponho considerar que as quantidades sejam semelhantes e, assim, podemos manter a nossa projecção numérica, apenas como exercício para o estudo das quantidades de encarnações possíveis.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Então temos a média de 25 encarnações nos últimos 10 mil anos.
Alguns puderam ter um pouco mais e outros um pouco menos.
Caso forem verdadeiras as informações sobre as vidas de Chico Xavier desde 1490 A.C., chegaremos a 12 encarnações, ou uma encarnação a cada 292 anos.
Mantido esse intervalo de anos e estendendo ao período de 10 mil anos, o Chico teria tido cerca de 34 vidas na Terra, número maior que a nossa média de 25.
Certamente há muitas outras variáveis que afectam a decisão ou a possibilidade de encarnar.
O assunto realmente é muito complexo.
Não encarnamos sozinhos.
E as nossas relações com os outros Espíritos que devem ser aproveitadas nas encarnações?
Como conciliar tantos interesses e necessidades em um mesmo período de tempo e espaço?
Após todo esse esforço mental, talvez passe pela sua mente, caro leitor, que a encarnação é algo muito próximo da fantasia, distante da realidade! Será?
Então pense nas recentes descobertas da ciência:
curvatura do tempo, teoria das cordas, big bang, multi-verso ou multi-universo, matéria escura, buraco negro, antimatéria, dualidade onda-corpúsculo e muitas outras descobertas e estudos que intrigam nossos cientistas.
A vida material e espiritual oferece infinitas possibilidades voltadas para nossa evolução, criadas por uma mente infinitamente boa e superior.
A possibilidade de reencarnar é uma oportunidade imensa de acelerar o aprendizado.
Muito disputada, e que temos de buscar o aproveitamento máximo.
Blog pessoal: http://franzolim.blogspot.com.br/
§.§.§- Ave sem Ninho
Alguns puderam ter um pouco mais e outros um pouco menos.
Caso forem verdadeiras as informações sobre as vidas de Chico Xavier desde 1490 A.C., chegaremos a 12 encarnações, ou uma encarnação a cada 292 anos.
Mantido esse intervalo de anos e estendendo ao período de 10 mil anos, o Chico teria tido cerca de 34 vidas na Terra, número maior que a nossa média de 25.
Certamente há muitas outras variáveis que afectam a decisão ou a possibilidade de encarnar.
O assunto realmente é muito complexo.
Não encarnamos sozinhos.
E as nossas relações com os outros Espíritos que devem ser aproveitadas nas encarnações?
Como conciliar tantos interesses e necessidades em um mesmo período de tempo e espaço?
Após todo esse esforço mental, talvez passe pela sua mente, caro leitor, que a encarnação é algo muito próximo da fantasia, distante da realidade! Será?
Então pense nas recentes descobertas da ciência:
curvatura do tempo, teoria das cordas, big bang, multi-verso ou multi-universo, matéria escura, buraco negro, antimatéria, dualidade onda-corpúsculo e muitas outras descobertas e estudos que intrigam nossos cientistas.
A vida material e espiritual oferece infinitas possibilidades voltadas para nossa evolução, criadas por uma mente infinitamente boa e superior.
A possibilidade de reencarnar é uma oportunidade imensa de acelerar o aprendizado.
Muito disputada, e que temos de buscar o aproveitamento máximo.
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Sexo e Obsessão (Parte 38)
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. Em que sentido um médium encarnado pode auxiliar Espíritos aturdidos, enfermos ou em situação de grande sofrimento?
Segundo explicação dada pelo médium Ricardo, muitos Espíritos, em face do aturdimento que demonstram e de sua fixação nos despojos materiais, não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da acção mental.
É aí, então, que entra a acção dos médiuns encarnados, cujo perispírito funciona para eles como decodificador de suas necessidades e manifestações internas.
Vê-se, pois, que para os médiuns que se devotam ao Bem há, sempre, labor a executar em ambos os planos da vida.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
B. Como era feita a doutrinação dos desencarnados antes do advento do Espiritismo na Terra?
Essa tarefa era feita directamente pelos Benfeitores Espirituais, da mesma forma como hoje é realizada nos Núcleos cristãos restaurados.
Dia virá, porém, em que labores desse género se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida impõe.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
C. Com a libertação do marquês de Sade, quem passaria a governar a cidade perversa?
O marquês de Sade nunca foi o governante da cidade perversa, que é, em verdade, comandada por célebre imperador romano, que se entregou a excessos de toda natureza, enquanto deambulou pelo corpo.
Renascendo em situações deploráveis, que lhe eram impostas pela necessidade da evolução, manteve-se ele acumpliciado com alguns algozes da Humanidade, sendo ele próprio, um impenitente tirano, sempre insaciável de sangue, que se permitia toda sorte de hediondez, inclusive nos desvarios sexuais.
Foi, nesse período, que a sociedade do Império declinou, em razão do abastardamento dos valores éticos, abrindo espaço para a decadência e a desagregação dos costumes.
Através dos séculos ergueu com outros infelizes perturbadores da paz da sociedade os alicerces da infeliz cidade que ora governava, tornando-a núcleo de punição para aqueles que lhes caem na sedução ou reduto de prolongadas bacanais.
(Sexo e Obsessão, capítulo 20: A ruidosa debandada.)
Texto para leitura
186. Função do médium no atendimento a Espíritos sofredores – Atendendo a uma pergunta feita por Manoel Philomeno, o médium Ricardo disse que a intermediação por ele feita no caso do marquês de Sade fora a primeira no tocante ao atendimento a desencarnados vítimas de obsessões do sexo.
Todavia, ele participava com relativa frequência de incursões a regiões de amargura e de sofrimento, onde também funcionava como médium psicofônico, tanto dos Mentores como dos mais aflitos, que não conseguem comunicar-se directamente, tal o estado de intoxicação fluídica em que se encontram encharcados.
Devido ao aturdimento e à fixação nos despojos materiais, tais Espíritos não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da acção mental.
Assim, o perispírito do médium funciona para eles como decodificador das suas necessidades e manifestações internas.
Esclareceu ainda o medianeiro:
"Como constatamos, para os médiuns que se devotam ao Bem, sempre há labor a executar em ambos os planos da vida.
Questões preliminares
A. Em que sentido um médium encarnado pode auxiliar Espíritos aturdidos, enfermos ou em situação de grande sofrimento?
Segundo explicação dada pelo médium Ricardo, muitos Espíritos, em face do aturdimento que demonstram e de sua fixação nos despojos materiais, não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da acção mental.
É aí, então, que entra a acção dos médiuns encarnados, cujo perispírito funciona para eles como decodificador de suas necessidades e manifestações internas.
Vê-se, pois, que para os médiuns que se devotam ao Bem há, sempre, labor a executar em ambos os planos da vida.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
B. Como era feita a doutrinação dos desencarnados antes do advento do Espiritismo na Terra?
Essa tarefa era feita directamente pelos Benfeitores Espirituais, da mesma forma como hoje é realizada nos Núcleos cristãos restaurados.
Dia virá, porém, em que labores desse género se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida impõe.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
C. Com a libertação do marquês de Sade, quem passaria a governar a cidade perversa?
O marquês de Sade nunca foi o governante da cidade perversa, que é, em verdade, comandada por célebre imperador romano, que se entregou a excessos de toda natureza, enquanto deambulou pelo corpo.
Renascendo em situações deploráveis, que lhe eram impostas pela necessidade da evolução, manteve-se ele acumpliciado com alguns algozes da Humanidade, sendo ele próprio, um impenitente tirano, sempre insaciável de sangue, que se permitia toda sorte de hediondez, inclusive nos desvarios sexuais.
Foi, nesse período, que a sociedade do Império declinou, em razão do abastardamento dos valores éticos, abrindo espaço para a decadência e a desagregação dos costumes.
Através dos séculos ergueu com outros infelizes perturbadores da paz da sociedade os alicerces da infeliz cidade que ora governava, tornando-a núcleo de punição para aqueles que lhes caem na sedução ou reduto de prolongadas bacanais.
(Sexo e Obsessão, capítulo 20: A ruidosa debandada.)
Texto para leitura
186. Função do médium no atendimento a Espíritos sofredores – Atendendo a uma pergunta feita por Manoel Philomeno, o médium Ricardo disse que a intermediação por ele feita no caso do marquês de Sade fora a primeira no tocante ao atendimento a desencarnados vítimas de obsessões do sexo.
Todavia, ele participava com relativa frequência de incursões a regiões de amargura e de sofrimento, onde também funcionava como médium psicofônico, tanto dos Mentores como dos mais aflitos, que não conseguem comunicar-se directamente, tal o estado de intoxicação fluídica em que se encontram encharcados.
Devido ao aturdimento e à fixação nos despojos materiais, tais Espíritos não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da acção mental.
Assim, o perispírito do médium funciona para eles como decodificador das suas necessidades e manifestações internas.
Esclareceu ainda o medianeiro:
"Como constatamos, para os médiuns que se devotam ao Bem, sempre há labor a executar em ambos os planos da vida.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Se considerarmos que a claridade da Doutrina Espírita chegou à Terra há pouco menos de um século e meio, não podemos negar que todo o labor de socorro desobsessivo aos transeuntes do corpo somático era feito no mundo espiritual, quando os Construtores do progresso se utilizavam dos médiuns encarnados e desencarnados para o mister de esclarecimento e de libertação das injunções penosas, lamentáveis”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
187. Doutrinação de desencarnados feita no plano espiritual – Segundo o médium Ricardo, graças a essas ocorrências, não foram poucos os santos, os místicos, os profetas, que assinalavam haver estado no Purgatório e no Inferno, onde mantiveram contactos dolorosos com personagens que viveram na Terra, ou conheceram os lugares que os aguardavam quando não se conduziam com a correcção que deles se esperava.
Concluindo os esclarecimentos, Ricardo acrescentou:
“Eram reminiscências de suas visitas aos sítios de amargura e de recuperação em que se demoravam alguns desencarnados, ou actividades mediúnicas de socorro aos mesmos, assim como aos reencarnados em rudes provações.
Quantos denominados exorcismos, que se iniciavam com as célebres palavras sacramentais e gestos, alguns burlescos e circenses, tinham continuidade técnica fora da indumentária física, resultando positivos!
Tratava-se de processos de doutrinação dos desencarnados perversos pelos Benfeitores da Humanidade, conforme hoje se realizam nos Núcleos cristãos restaurados.
Dia virá, e já se aproxima, em que labores desse género se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida impõe”.
Dito isso, Manoel Philomeno agradeceu-lhe as informações e, como os demais companheiros, aguardou a continuidade do ministério socorrista.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
188. Sublimes sortilégios do amor... – Enquanto diligentes cooperadores socorriam os Espíritos que anelavam pela própria renovação e os Benfeitores tomavam outras providências, o grupo socorrista e Philomeno ouviram, de repente, uma atroada, em gritaria infrene e ruidosa movimentação, enquanto clarins e fanfarras emitiam ruídos estranhos, produzindo verdadeiro pandemónio na parte externa da Instituição.
Percebendo-lhes a surpresa, o irmão Anacleto aproximou-se, e, com a sua habitual gentileza, informou, tranquilo e feliz:
“Trata-se do retorno daqueles que não tiveram ensejo de participar das nossas actividades, assim como daqueloutros que se recusaram a auto-libertação.
Desorientados, sem o comando a que se acostumaram, volvem, aturdidos uns e amedrontados outros, temendo-nos e acreditando que somos representantes da Divina Justiça e os ameaçamos com sortilégios e mágicas, para impedir-lhes o prosseguimento nos prazeres animalizantes a que se entregam.
De certo modo, têm razão.
Embora não nos consideremos como embaixadores da Corte Celeste, estamos a serviço do Bem, utilizando-nos dos sublimes sortilégios do amor para libertar aqueles que ainda se encontram escravizados às paixões dissolventes.
Já havíamos previsto esse efeito, perfeitamente natural, em se considerando o estado de profunda ignorância e primitivismo no qual estacionam alguns dos nossos irmãos que, embora infelizes, ainda não se dão conta da própria realidade.
Inspiram-nos, por isso mesmo, mais compaixão e solidariedade, aguardando o momento próprio, quando lhes luzirá a ocasião para o recomeço e a busca de Deus”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 20: A ruidosa debandada.)
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
187. Doutrinação de desencarnados feita no plano espiritual – Segundo o médium Ricardo, graças a essas ocorrências, não foram poucos os santos, os místicos, os profetas, que assinalavam haver estado no Purgatório e no Inferno, onde mantiveram contactos dolorosos com personagens que viveram na Terra, ou conheceram os lugares que os aguardavam quando não se conduziam com a correcção que deles se esperava.
Concluindo os esclarecimentos, Ricardo acrescentou:
“Eram reminiscências de suas visitas aos sítios de amargura e de recuperação em que se demoravam alguns desencarnados, ou actividades mediúnicas de socorro aos mesmos, assim como aos reencarnados em rudes provações.
Quantos denominados exorcismos, que se iniciavam com as célebres palavras sacramentais e gestos, alguns burlescos e circenses, tinham continuidade técnica fora da indumentária física, resultando positivos!
Tratava-se de processos de doutrinação dos desencarnados perversos pelos Benfeitores da Humanidade, conforme hoje se realizam nos Núcleos cristãos restaurados.
Dia virá, e já se aproxima, em que labores desse género se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida impõe”.
Dito isso, Manoel Philomeno agradeceu-lhe as informações e, como os demais companheiros, aguardou a continuidade do ministério socorrista.
(Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
188. Sublimes sortilégios do amor... – Enquanto diligentes cooperadores socorriam os Espíritos que anelavam pela própria renovação e os Benfeitores tomavam outras providências, o grupo socorrista e Philomeno ouviram, de repente, uma atroada, em gritaria infrene e ruidosa movimentação, enquanto clarins e fanfarras emitiam ruídos estranhos, produzindo verdadeiro pandemónio na parte externa da Instituição.
Percebendo-lhes a surpresa, o irmão Anacleto aproximou-se, e, com a sua habitual gentileza, informou, tranquilo e feliz:
“Trata-se do retorno daqueles que não tiveram ensejo de participar das nossas actividades, assim como daqueloutros que se recusaram a auto-libertação.
Desorientados, sem o comando a que se acostumaram, volvem, aturdidos uns e amedrontados outros, temendo-nos e acreditando que somos representantes da Divina Justiça e os ameaçamos com sortilégios e mágicas, para impedir-lhes o prosseguimento nos prazeres animalizantes a que se entregam.
De certo modo, têm razão.
Embora não nos consideremos como embaixadores da Corte Celeste, estamos a serviço do Bem, utilizando-nos dos sublimes sortilégios do amor para libertar aqueles que ainda se encontram escravizados às paixões dissolventes.
Já havíamos previsto esse efeito, perfeitamente natural, em se considerando o estado de profunda ignorância e primitivismo no qual estacionam alguns dos nossos irmãos que, embora infelizes, ainda não se dão conta da própria realidade.
Inspiram-nos, por isso mesmo, mais compaixão e solidariedade, aguardando o momento próprio, quando lhes luzirá a ocasião para o recomeço e a busca de Deus”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 20: A ruidosa debandada.)
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