LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 15, 2018 9:10 pm

Contudo, não transformemos o ensino-aprendizagem doutrinário em um acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.
Estudar Espiritismo requer atenção contínua, observação profunda e, sobretudo, como, aliás, todas as ciências humanas, a continuidade e a perseverança.
Necessitamos de anos para fazer um médico medíocre e três quartas partes da vida para fazer um sábio, mas muitos querem obter, em algumas horas, a Ciência do infinito!
Que ninguém, portanto, se iluda:
“O estudo do Espiritismo é imenso; liga-se a todas as questões metafísicas e de ordem social; é todo um mundo que se abre diante de nós.
Será de espantar que exija tempo, e muito tempo, para a sua realização?” (5)
Os Centros, normalmente, adoptam cursos ditos “básicos”, com dois anos ou três de duração.
Na esmagadora maioria deles, a carga horária média semanal é de uma hora e meia, perfazendo seis horas por mês.
Levando-se em conta que metade dos meses de dezembro e fevereiro, e os meses inteiros de janeiro e julho são destinados às férias, temos nove meses de efectivo curso, o que equivale a 54 horas por ano.
“Mas os que desejam conhecer completamente uma ciência devem ler, necessariamente, tudo o que foi escrito a respeito, ou pelo menos o principal, não se limitando a um único autor.
Devem mesmo ler os prós e os contras, as críticas e as apologias, iniciar-se nos diferentes sistemas a fim de poder julgar pela comparação.
Neste particular, não indicamos nem criticamos nenhuma obra, pois não queremos influir em nada na opinião que se possa formar.” (6)
Há aqueles que crêem, unicamente, no trabalho de assistência social para ser considerado um respeitável espírita e um bom médium.
Porém, vale reflectir o seguinte trecho da obra “Paulo e Estêvão”:
Há dois mil anos Paulo diz:
“É justo não esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e aos necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação.
Existem, porém, outros sectores de actividade, outros horizontes essenciais.
Poderemos atender a muitos pobres, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados, na Terra.
Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do Espírito deve estar em primeiro lugar.
Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado”. (7)
Os Benfeitores reenfatizam o impositivo do estudo, a fim de que a luz do entendimento nos ensine a caminhar com segurança e a viver proveitosamente.
Eles estabelecem o confronto entre a fome e a ignorância – dois dos grandes flagelos da Humanidade.
Qualquer pessoa pode atender à fome.
Raras criaturas, porém, conseguem socorrer a ignorância.
Para sanar a fome, basta estender o pão.
Para extinguir a ignorância é indispensável fazer luz.

Referências bibliográficas:
(1) Francisco Cândido Xavier. Lições de Sabedoria. São Paulo: Editora Jornalística Fé, 1997, p. 140.
(2) Kardec, Allan. Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, p. 342.
(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. VIII – Perseverança e seriedade.
(4) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999, cap. VI – O Cristo Consolador, Espírito de Verdade.
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. XIII – As divergências de linguagem.
(6) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1996, 1ª parte, cap. III – Método, item 35.
(7) Xavier, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1978, pág. 326.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Entre os Dois Mundos (Parte 10)

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 16, 2018 10:00 am

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco no ano de 2004.

Questões preliminares

A. Em face da internação hospitalar do Dr. Marco Aurélio, que fez o inimigo desencarnado que o obsidiava?[i]
O inimigo especial do Dr. Marco Aurélio seguiu com ele à UTI, em razão dos profundos vínculos que os uniam e do seu persistente desejo de vingança.
Frustrado, por não o haver levado ao crime, agravan­do-lhe a situação espiritual, comprazia-se, por outro lado, por tê-lo agora sob domínio quase total, em razão do destrambelhamento da usina cerebral.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

B. [i]A terapia vigorosa utilizada no caso Marco Aurélio impressionou o autor desta obra.
Factos assim ocorrem com frequência?

A essa pergunta, o Mentor espiritual disse que o mundo es­piritual, na sua causalidade, é sempre o agente de todas as ocorrências que têm lugar no orbe terrestre.
E explicou: “Directa ou indirectamente, as acções que daqui procedem reflectem-se na esfera física, seja mediante a interferência dos espíritos desencarnados em aflição ou em estado de elevação, como também por consequência dos compromissos anteriormen­te assumidos.
Assim sendo, podemos asseverar que a esfera física é o resultado da ressonância dos labores daqui procedentes”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

C. Em casos semelhantes ao de Marco Aurélio, os benfeitores espirituais podem conduzir o paciente rebelde a uma desencarnação antecipada?
Sim. Não são poucas as existências humanas que, para serem impedidas as sequências de disparates, têm o seu curso interrompido, assim beneficiando os espíritos rebeldes, teimosos e insanos.
O mesmo ocorre em relação a alguns missionários do bem, que empolgados pelas realizações executadas, desviam-se um pouco do ministério, passando a direccionar o trabalho para os impositivos dominantes na Terra.
Objectivando-lhes a felicidade, são con­vocados ao retorno, mediante enfermidades breves, acidentes orgânicos ou não, de forma que não prejudiquem a obra realizada, impondo-lhe características pessoais.
Muitos abne­gados trabalhadores da verdade, para a sua própria ventura, têm sido chamados de volta, antes do prazo estabelecido para a desencarnação.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

Texto para leitura

99. As emoções experimentadas por D. Lucinda haviam sido muitas, redundando no agravamento do seu quadro, porque, logo depois, ela teve nova ruptura de capilares cerebrais.
A médica encarregada de dar-lhe assistência, e que fora chamada, desde o momento em que o esposo foi removido, concluiu pela necessidade de conduzi-la também para a mesma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em que ele se encontrava inconsciente.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

100. Outros familiares acorreram à residência agora em tumulto decorrente das aflições que tomaram conta de todos.
Os filhos, que despertaram mais lúcidos, foram acometidos de surpresa e dirigiram-se ao hospital, onde tiveram notícias da situação muito grave em que se encontravam os progenitores.
Sacudidos pelo choque, puseram-se a repassar os acontecimentos da sua atribulada existência, reflexionando, talvez, pela primeira vez, sobre a família, os laços de respeito, de amor e de consideração pelos pais, laços esses que eles haviam rompido...
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 16, 2018 10:00 am

101. Antes, porém, da transferência de dona Lucinda para o hospital, o Benfeitor providenciou uma limpeza psíquica na residência infestada pelas presenças espirituais perniciosas, expulsando os insensatos e perversos desencarnados, com a ajuda da equipe socorrista, que vibrava intensamente amor e disciplina, orando em silêncio, de forma que pudessem criar protecção especial para eles mesmos.
Não foi difícil realizar o serviço, embora os espíritos mais recalcitrantes e perversos, experimentando os choques que lhes eram dirigidos, se afastassem blasfemando e ameaçando.
O inimigo especial do Dr. Marco Aurélio seguiu com ele à UTI, em razão dos profundos vínculos que os uniam e do seu persistente desejo de vingança.
Frustrado, por não o haver levado ao crime, agravando-lhe a situação espiritual, comprazia-se, por outro lado, por tê-lo agora sob domínio quase total, em razão do destrambelhamento da usina cerebral.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

102. Num momento, que lhe pareceu próprio, Manoel Philomeno interrogou o prestimoso Mentor:
“Ainda não me houvera ocorrido que procedesse do mundo espiritual uma terapia tão vigorosa, quanto a que fora aplicada no aturdido advogado.
Isso acontece com frequência?”
Sempre afável, ele respondeu:
“Miranda, não devemos esquecer que o mundo espiritual, na sua causalidade, sempre é o agente de todas as ocorrências que têm lugar no orbe terrestre.
Directa ou indirectamente, as acções que daqui procedem reflectem-se na esfera física, seja mediante a interferência dos espíritos desencarnados em aflição ou em estado de elevação, como também por consequência dos compromissos anteriormen­te assumidos.
Assim sendo, podemos asseverar que a esfera física é o resultado da ressonância dos labores daqui procedentes”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

103. Feita ligeira pausa, o Mentor concluiu:
“No caso em tela, como ocorre com outros de corres­pondente conteúdo, o amor de Deus adopta a terapia da compaixão, dificultando a prática de actos ignóbeis por meio de distúrbios orgânicos naquele que marcha para um destino inditoso.
Todos são beneficiados com impedimentos à prática do mal, nada obstante, têm a liberdade de realizá-la ou não oportunamente, não sendo impedidos na sua decisão.
O nosso amigo tem sido vítima de si mesmo, em razão dos deslizes do passado, como dos prejuízos morais do presente.
No entanto, induzido pelos agentes do mal, que deveria ter conquistado para a renovação e a paz, permitiu­-se conduzir pelas suas insinuações, infelizmente compatíveis com os resíduos da própria conduta, avançando no rumo de desastres imprevisíveis...
Como a Lei Divina é de Amor, embora também de Justiça, mas nunca de vingança ou de impiedosa cobrança dos erros praticados, sempre interfere mediante recursos inesperados.
Para os transeuntes do corpo, essas terapias salvadoras parecem desgraças, por somente verem o lado material da existência, enquanto que, em realidade, são salvadoras”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 16, 2018 10:01 am

104. Dentro desse raciocínio, podem os benfeitores espirituais conduzir os pacientes rebeldes a uma desencarnação antecipada?
Em resposta, o Mentor informou:
“Sem qualquer dúvida! Não são poucas as existências humanas que, para serem impedidas as sequências de disparates, têm o seu curso interrompido, assim beneficiando esses espíritos rebeldes, teimosos e insanos.
O mesmo ocorre em relação a alguns missionários do bem, que empolgados pelas realizações executadas, desviam-se um pouco do ministério, passando a direccionar o trabalho para os impositivos dominantes na Terra.
Objectivando-lhes a felicidade, são con­vocados ao retorno, mediante enfermidades breves, acidentes orgânicos ou não, de forma que não prejudiquem a obra realizada, impondo-lhe características pessoais.
Muitos abne­gados trabalhadores da verdade, para a sua própria ventura, têm sido chamados de volta, antes do prazo estabelecido para a desencarnação...”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

105. Surpreendido com a resposta do Mentor, Manoel Philomeno perguntou:
“E o restante do tempo?
Como ficará?”
Com afabilidade, o amigo espiritual explicou:
“Recordemo-nos da Parábola dos trabalhadores da última hora, narrada por Jesus.
Os últimos chamados rece­beram o mesmo salário oferecido àqueles que foram convocados antes e se dedicaram ao trabalho por mais tempo.
A questão não se reduz ao período largo ou breve da realização edificante, já que não existe uma fatalidade a respeito da hora para a desencarnação das criaturas, mas um momento relativamente determinado.
O importante é o que se realiza em profundidade e não o tempo aplicado na sua execução.
Se o lidador do dever produziu aquilo que lhe fora programado, quando, ao invés de aprimorar o trabalho ameaça-o com a própria interferência, merece ter interrompida a acção, por amor e respeito ao seu ministério.
É, portanto, um ato de caridade para com ele.
O restante do tempo que deveria propiciar-lhe mais ensejo de realizações fica transferido para outra oportunidade, quando então dará prosseguimento ao compromisso que sempre deve ser melhorado”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

106. Estimulado pela indagação, Germano tam­bém interrogou:
“O Dr. Marco Aurélio possui méritos para ser detido, já que se vem entregando, cada dia mais, às potências das trevas?”
Eis a resposta:
“Sim, não me refiro a méritos recém-adquiridos, mas àqueles que resultam das disposições iniciais para a iluminação, do esforço envidado nos primeiros tempos, nas boas realizações conseguidas no começo...
Nada fica olvidado na Contabilidade Divina.
O bem que se faz é semente de luz atirada na direcção do futuro.
Mesmo que o semeador se envolva com sombras, se prossegue a caminhada, defrontará a claridade que atirou no rumo do amanhã.
Recordemo-nos que foram insistentes os seus esforços iluminativos na juventude, diversas as práticas edificantes e muitas pessoas que se tocaram pelas suas palavras dando direcção correcta à existência.
Não obstante havendo fracassado no prosseguimento do dever, não desapare­cem os bons resultados da obra realizada até aquele ins­tante”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 16, 2018 10:01 am

107. Segundo o Mentor, providências dessa natureza permitem ao espírito reflexionar e arrepender-se das atitudes incorrectas, já que o distúrbio é somente do corpo pelo qual se movimenta, mantendo-se, porém, lúcido, de modo que pode recompor a paisagem mental, recuperando-se ou não do transtorno fisiológico.
Seja, porém, como for, sempre retornará à esfera espiritual menos comprometido, com melhor disposição para os futuros compromissos e vacinado contra si mesmo, sua inferioridade, suas paixões amesquinhantes...
“Não somente a caridade se expressa quando resolve dificuldades nossas, senão, também, quando nos convoca a mais acuradas e profundas reflexões propiciadas pelo sofrimento” – acrescentou o amigo espiritual.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

108. Da casa de Lucinda, a equipe socorrista dirigiu-se à UTI do hospital, a fim de prestar assistência a dona Lucinda.
Quando ali chegou, a movimentação de encarna­dos e de desencarnados era muito grande.
Predominavam as actividades dos espíritos, especialmente os sofredores, os perturbadores, os vingativos...
Mesclando-se com suas torpes programações, igualmente destacavam-se nobres entidades interessadas no auxílio aos seus pupilos, aos seus acompanhantes, dedicadas ao bem geral e inspiradoras de médicos, enfermeiros, servidores outros que trabalhavam naquele nosocómio, de familiares aflitos.
O grupo dirigiu-se imediatamente à Unidade de Emergência, que se encontrava lotada por habitantes do plano espiritual, e acercou-se do leito da paciente, que houvera piorado gravemente.
A respiração entrecortada não era suficiente para irrigá-la do oxigénio necessário, embora o auxílio de aparelho apropriado.
Os batimentos cardíacos permaneciam irregulares, conforme apresentava o monitor acima da cabeceira da cama, o mesmo ocorrendo com os ciclos cerebrais.
Havia todo um descontrole orgânico quase generalizado.
Apesar de assistida por dedicada profissional que lhe examinava a pressão arterial, aplicando medicamento específico para equilibrá-la, podia-se constatar que as suas resistências com­balidas não venceriam a noite.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

109. O Benfeitor examinou-a detidamente e elucidou:
“O choque experimentado foi superior à sua capaci­dade de resistência emocional e orgânica.
Embora ela estivesse programada para retornar um pouco mais tarde, será recambiada, logo mais, para o nosso plano”.
Nesse momento, a sogra espiritual também chegou, e anunciou, jovialmente:
“Lucinda já sorveu a sua taça de amargura.
Não tem mais dívidas, por enquanto, a resgatar e, por isso mesmo, recebê-la-emos entre nós, dentro de alguns minutos”.
Dito isso, aproximou-se da enferma, que lhe pareceu identificar a presença, em razão do estremecimento que lhe percorreu todo o corpo dominado pela paralisia e respirou um pouco mais aliviada, enquanto a veneranda Entidade lhe acariciava o chacra coronário, beneficiando-a suavemente.
Logo depois, voltou-se para o Dr. Arquimedes e falou, tomada de justa alegria:
“Pode dar início ao seu processo de desligamento do corpo físico, querido amigo”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 8: As actividades prosseguem.)

(Continua no próximo número.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Quanto custa um abraço?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 16, 2018 7:56 pm

Um dia desses, ao ouvir uma música cantada pela banda mineira Jota Quest, que dizia:
o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço, passei a me questionar quanto custa um abraço.
Nos anos 1970, o ilustre cantor e compositor Gilberto Gil, em tributo à cidade maravilhosa, mencionava, dentre outros, o velho guerreiro Chacrinha, a população do Realengo, a torcida do Flamengo e todo o povo brasileiro, cantando aquele abraço.
O inesquecível velho guerreiro, em seus programas de TV, chamava pela Terezinha, mandando-lhe aquele abraço.
Pensando bem, são vários os tipos de abraços no quotidiano.
Os abraços das despedidas e os abraços das chegadas.
Os abraços das vitórias e os abraços das derrotas.
Os abraços entre lágrimas e os abraços entre risos.
Os abraços de incentivo plantando e fazendo brotar as esperanças.
Há, também, os abraços EAD, que são os abraços a distância, quando enviados através de um telefonema ou de uma carta, modalidades estas que estão seguindo a galope para os mundos dos desusos.
Existe, inclusive, o abraço terceirizado, já que estamos em época de terceirização.
É aquele abraço quando alguém diz para o outro:
mande o meu abraço para o fulano, ou para o sicrano ou beltrano.
Ocorrem, também, os abraços de compromissos abnegados, quando alguém diz:
estou abraçando a causa de...
Interessante que os abraços vão com os que seguem e ficam com os que não foram.
Então, amigo leitor, eis a questão:
quanto custa um abraço?
Um abraço não custa apenas um abraço.
Através de um abraço ocorre o calor das trocas de energias positivas, dos bons sentimentos, do restabelecimento da amizade e de tantos outros compromissos.
Através de um abraço, ressurgem os encontros de reparação e os encantos dos amores sinceros.
Através de um abraço de um pai e/ou de uma mãe, é repassada aos filhos a confiança da protecção e do amparo para a vida.
De abraços e abraços a humanidade precisa para a busca da felicidade, do entendimento recíproco e da compreensão do verdadeiro sentido da vida, a fim de preparar a terra (= a intimidade de cada um) para receber e fazer brotar a semente da esperança, que se movimenta em paz para o mundo de fraternidade.

Afinal, quanto custa um abraço?

Yé Gonçalves é nome artístico de Hyerohydes Gonçalves dos Santos

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Campos de dificuldade afectiva

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 17, 2018 10:21 am

Assim como o homem pensa e age, edificará a sua existência
"No mundo tereis aflições..."
- Jesus. (Jo., 16:33)

Com superlativo senso de oportunidade, Fénelon (Espírito) observou[1]:
"(...) malgrado às vicissitudes que formam o cortejo natural e inevitável da vida terrena, a humanidade poderia gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes; isto é, nos gozos materiais em vez de procurar nos gozos da Alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis.
Ao invés de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, o homem se mostra ávido de tudo o que o agitará e turbará, e, coisa singular (!):
como que de intento, cria para si tormentos, o que está nas suas mãos evitar”.
Dentre o farto cardápio de equívocos e inconsequências, onde - entre inúmeros ingredientes - encontramos a dipsomania, o tabagismo, a toxicomania, alteia-se como fonte de infortúnio, a sexualidade em desgoverno.
São poucas as criaturas que atentam acuradamente para o grave postulado Messiânico registado por Mateus (16:27):
"a cada um será dado de acordo com as suas obras”.
Segundo Manoel Philomeno de Miranda[2], "(...) a sexolatria gera distonias emocionais por conduzir o indivíduo ao reduto das sensações primitivas, retendo-o nas áreas do gozo insaciável, que leva à exaustão, a terríveis frustrações na terceira idade (se a alcança), e a depressões sem conto, pelo descalabro que desorganiza o corpo e perturba a mente...
Porém, a consequência mais danosa dos desregramentos e leviandades na área sexual é a criação de campos de dificuldade afectiva, de responsabilidade emocional com os parceiros utilizados, estabelecendo compromissos desditosos para o futuro.
(...) Nunca será demasiado repetir-se que, assim como o homem pensa e age, edificará a sua existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento eleito”.
André Luiz dá notícias de que a maior parte dos loucos existentes no mundo tiveram seus desequilíbrios iniciais na escorregadia rampa do destrambelhamento sexual.
Aí se encontra - também - o fulcro gerador das uniões desgraçadas e infelizes, onde criaturas que, no passado aviltaram as fontes genésicas, hoje retornam aos proscênios da correcção sob o guante da dor, jungidos a penosos e frustrantes relacionamentos a fim de esvurmar a chaga purulenta.
Porém, até que se esvazie a taça vinagrosa dos despautérios há que se mergulhar em muitos e muitos sofrimentos que uma conduta recta evitaria.
Quantas dores seriam evitadas e quantas uniões infelizes jamais existiriam se o equilíbrio e o bom senso pautassem sempre os actos das criaturas!...
HOJE LABORIOSO & DIVINO AMANHÃ - O nobre guia espiritual de Chico Xavier alerta-nos:
"(...) não nos esqueçamos de que nossos pensamentos, palavras, atitudes e acções constituem moldes mentais.
Recebemos conforme atraímos, e colheremos segundo plantamos.
Por isso é imprescindível fornecer o melhor de nós, a fim de que os outros nos proporcionem o melhor de si mesmos.
(...) Nossa vida, em qualquer sector de luta, é uma grande oficina de moldagem...
Escravizar-nos-emos ao cativeiro da sombra ou libertar-nos-emos para a glória da luz, de conformidade com os moldes vivos que nossas directrizes e acções estabelecem.
Façamos, pois, do próprio caminho, um abençoado manancial de trabalho e fraternidade, auxílio e esperança, a fim de que o nosso Hoje Laborioso se converta para nós em Divino Amanhã”.

[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. V, item 23.
[2] - FRANCO, Divaldo. Temas da vida e da morte. 3. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1991, p. 48-49.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Responsabilidade e amizade

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 17, 2018 8:15 pm

Juquinha voltava da escola com a mochila dependurada nas costas e uma bola nas mãos.
Brincando, ele chutou a bola e quebrou a vidraça da janela de uma residência pela qual estava passando.
Temeroso pelo que fizera, ele saiu correndo e dobrou a esquina, rápido.
Zezé, seu colega, que vinha um pouco atrás, preocupado com uma prova que faria no dia seguinte, nem notou o que tinha acontecido.
Ao passar diante da casa, deparou-se com um homem muito zangado, que, agarrando-o pelo braço, gritou:
— Peguei você, moleque safado!
Assustado, sem entender o que estava acontecendo, Zezé se defendeu:
— Eu não fiz nada!
Não sei do que a senhor me acusa.
— Como não sabe?
Você acaba de quebrar a vidraça da janela de minha casa e não sabe?...
— Não sei não, senhor.
Não fui eu! Não fui eu!
— Ah, não? E essa bola aqui, de quem é?
Zezé havia reconhecido a bola, nova e bonita, que pertencia ao seu amigo Juquinha.
Porém ele não era dedo-duro e não entregaria o colega.
Então, apenas respondeu:
— Não é minha, senhor, eu juro!
— Se você estiver mentindo para mim, vai-se arrepender.
Vamos! Vou levá-lo até sua casa e falar com seus pais.
— Por favor, senhor, solte-me!
Meus pais estão trabalhando e não tem ninguém em casa.
Zezé chorava e suplicava tanto, que o homem cedeu.
Largou o braço dele e pediu-lhe o endereço, que o garoto deu.
Depois, voltando aos poucos à normalidade, ele informou:
— Amanhã irei à escola falar com sua professora.
Como é seu nome?
— José Luiz Barbosa, mas todos me chamam de Zezé.
— Muito bem, Zezé. Pode ir agora.
Zezé continuou seu caminho, aliviado.
No dia seguinte tudo se esclareceria, tinha certeza.
Certamente Juquinha não deixaria que ele fosse acusado injustamente.
De manhã Zezé levantou-se, confiante, e foi para a escola.
Eram dez horas quando o homem apareceu na porta da sala de aula.
A professora Dorinha o recebeu e perguntou o que desejava.
Ele entrou e explicou o que tinha acontecido diante de toda a classe.
Juquinha encolheu-se na carteira.
Diante da acusação daquele homem, Zezé esperou que Juquinha assumisse a culpa, não deixando que ele fosse acusado injustamente.
Como Juquinha continuasse calado, Zezé baixou a cabeça triste e desiludido.
A professora Dorinha, vendo a situação criada, saiu em defesa do aluno.
— O senhor tem toda razão de reclamar e até de desejar uma reparação, porém não pode vir aqui e acusar um aluno meu sem ter certeza da culpa dele.
Além disso, esta bola não é do Zezé, posso-lhe afirmar.
— Mas alguém quebrou minha janela com esta bola e quero saber quem foi.
Ele olhava para toda a classe, fitando um por um.
Todavia, ninguém se manifestou.
Irritado, ele disse:
— Muito bem. Vocês estão se protegendo, mas eu vou descobrir quem foi e, aí, tomarei providências.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 17, 2018 8:15 pm

Deixarei a bola aqui na mesa.
Que o dono a pegue depois, se tiver coragem. Passem bem.
O homem retirou-se pisando duro.
Após a saída dele, Dorinha olhou para sua classe, triste, e considerou:
— Estou bastante decepcionada com vocês.
Não importa o que tenhamos feito, temos a obrigação moral de assumir nossos erros.
Mentir é muito feio e omitir nossa responsabilidade, deixando que alguém seja acusado em nosso lugar, é pior ainda.
Zezé, com a cabeça entre as mãos, chorava baixinho.
Nesse momento, Juquinha levantou-se, tímido e envergonhado:
— Professora, fui eu que quebrei a vidraça.
Mas não fiz por querer!
Foi um acidente!
Depois, virando-se para o amigo que chorava, disse:
— Zezé, me desculpe!
Não quis criar um problema para você, apenas fiquei com medo da reacção de meus pais ao ficarem sabendo.
Porém, você sabia que eu era culpado e não me entregou, e isso me deixou com vergonha de mim mesmo.
Será que você pode me perdoar?
Zezé levantou a cabeça, limpou as lágrimas e sorriu:
— Claro, Juquinha.
Sabia que você não deixaria que eu fosse acusado injustamente.
Afinal, somos bons amigos!
Juquinha caminhou até Zezé e abraçaram-se, contentes por terem resolvido bem a situação.
Depois, Juquinha, também emocionado, prometeu:
— Professora, eu prometo que ao sair daqui irei à casa daquele senhor, contarei a verdade e me responsabilizarei pelos danos que causei.
— Óptimo, Juquinha.
Você decidiu muito bem — concordou Dorinha.
E Zezé, ao lado dele, afirmou:
— Eu acompanho você, Juquinha.
A professora abraçou a ambos, depois, olhando para os demais alunos, informou:
— Neste dia tivemos uma lição ao vivo.
Uma situação difícil se resolveu de forma pacífica, e todos amadureceram um pouco mais.
Juquinha aprendeu que a mentira só prejudica, e pôde comprovar a grandeza de Zezé que não entregou o amigo, mesmo sabendo-o culpado.
Ela parou de falar por alguns momentos, depois prosseguiu comovida:
— Juquinha ainda vai enfrentar dificuldades com o homem a quem prejudicou, e também com seus pais, mas tudo ficará mais fácil diante da sua resolução de dizer a verdade.
Que todos possamos ter aprendido a lição.
Ao terminar a aula, Zezé acompanhou Juquinha, que explicou ao homem o que tinha acontecido, desculpando-se e prometendo pagar os danos causados, usando sua mesada para comprar-lhe uma vidraça nova.
Contaria a seus pais o que tinha acontecido, e tinha certeza de que o problema seria resolvido com tranquilidade.
O mais difícil fora admitir a culpa.
Tudo o mais não tinha importância.
Sereno e confiante, Juquinha retornou para casa, certo de que, dali por diante, não haveria problema que não conseguisse resolver.
Aprendera, também, que uma amizade sincera, como a de Zezé, não tinha preço e precisava ser valorizada.
E desse dia em diante, tornaram-se ainda mais amigos.

TIA CÉLIA

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty 12 factos sobre a influência dos espíritos em nós

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 18, 2018 11:54 am

Muitas pessoas nos perguntam, com frequência, sobre como funciona a influência dos espíritos em nossas vidas, incluindo as obsessões.
Pensando nisso, trazemos abaixo 12 perguntas e respostas retiradas de O Livro dos Espíritos, obra referência para estudo da doutrina espírita.

Confira:
1. Vêem os Espíritos tudo o que fazemos?
“Podem ver, pois que constantemente vos rodeiam.
Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção. Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”

2. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos?
“Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos.
Nem actos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.”

a) - Assim, mais fácil nos seria ocultar de uma pessoa viva qualquer coisa, do que a esconder dessa mesma pessoa depois de morta?
“Certamente. Quando vos julgais muito ocultos, é comum terdes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos observam.”

3. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal?
“Para que sofrais como eles sofrem.”
a) - E isso lhes diminui os sofrimentos?
“Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes.”
b) - De que natureza é o sofrimento que procuram infligir aos outros?
“Os que resultam de ser de ordem inferior a criatura e de estar afastada de Deus.”

4. Que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam?
“Depende. Os levianos riem das pequenas partidas que vos pregam e zombam das vossas impaciências.
Os Espíritos sérios se condoem dos vossos reveses e procuram ajudar-vos.
Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e actos.

5. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos actos?
“Muito mais do que imaginais.
Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

6. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos?
“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério.”

7. A prece é meio eficiente para a cura da obsessão?
“A prece é em tudo um poderoso auxílio.
Mas, crede que não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja.
Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir.
É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atracção dos maus Espíritos.”

8. Que se deve pensar da expulsão dos demónios, mencionada no Evangelho?
“Depende da interpretação que se lhe dê.
Se chamais demónio ao mau Espírito que subjugue um indivíduo, desde que se lhe destrua a influência, ele terá sido verdadeiramente expulso.
Se ao demónio atribuírdes a causa de uma enfermidade, quando a houverdes curado direis com acerto que expulsastes o demónio.
Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa, conforme o sentido que empresteis às palavras.
As maiores verdades estão sujeitas a parecer absurdos, uma vez que se atenda apenas à forma, ou que se considere como realidade a alegoria.
Compreendei bem isto e não o esqueçais nunca, pois que se presta a uma aplicação geral.”
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 18, 2018 11:54 am

9. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?
“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós.
Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más.
Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco.
Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer:
“Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”

10. Há Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo?
“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom génio.”

11. Que se deve entender por anjo de guarda ou anjo guardião?
“O Espírito protector, pertencente a uma ordem elevada.”

12. Qual a missão do Espírito protector?
“A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.”

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Os "encostos" à luz da Doutrina Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 18, 2018 8:46 pm

É muito comum se falar em "encostos".
Algumas igrejas até possuem um dia específico para a "retirada de encostos".
É sobre esse assunto místico que hoje nos propomos falar, na tentativa de retirar o carácter misterioso e mágico sobre o tema.
Desde épocas remotas se fala em possessão demoníaca (os demónios, diziam, têm o poder de entrar no corpo do indivíduo e possuí-lo, governando-o).
Allan Kardec, ao pesquisar os fenómenos espíritas, questionou os Espíritos Superiores sobre o tema, obtendo explicações com as quais ele desenvolveu a ideia da Obsessão.
Obsessão é o império, o comando de um espírito sobre um indivíduo.
A obsessão existe, basicamente, segundo Kardec em "O Livro dos Médiuns", em três espécies:
Obsessão simples: o espírito obsessor se acopla psiquicamente na pessoa e lhe transmite seus pensamentos, seus sentimentos, seus desejos, etc. É a mais comum.
Fascinação: o espírito obsessor como que hipnotiza o obsediado, os pensamentos negativos do espírito obsessor exercem um domínio tão potente que é capaz de fazer a pessoa perder a noção do que é certo e do que é errado, perder a noção de quem ela é, de quais suas prioridades.
Subjugação: é a possessão, o espírito obsessor domina completamente a mente do obsediado, que tem movimentos involuntários, o espírito o comanda, como uma marionete.
Em todos os casos, importante ressaltar, o espírito obsessor JAMAIS entra no corpo da pessoa obsediada.
O comando é feito de espírito para espírito, ou seja, é o espírito obsessor que se liga energeticamente ao espírito do encarnado e assim exerce seu domínio.
A grande questão é entendermos como essa ligação energética surge, de modo que possamos evitá-la.
Em tal ligação, é como se nós criássemos uma tomada e o obsessor o plug, se ligando ao nosso psiquismo.
Essa "tomada" é por nós criada por meio de pensamentos e sentimentos ruins, de pessimismo, de ódio, de rancor, de medo, e similares.
Levando-se em conta o nosso actual estado de espíritos imperfeitos, espíritos com um passado tortuoso (em outras reencarnações), onde fizemos muitos inimigos por conta dos nossos actos egoístas, fica claro o quanto estamos vulneráveis a recebermos influências de espíritos menos dignos.
Jesus já advertia: "Vigiai e orai", exortando-nos a vigiar os pensamentos, pois que são os pensamentos ruins que atraem a companhia espiritual correspondente.
E a oração, dentre outros benefícios, higieniza nossos pensamentos, nos coloca em ligação com o Mais Alto.
Nossos pensamentos nada mais são que manifestações do que sentimos, dos nossos sentimentos, uma pessoa de sentimentos nobres, terá pensamentos nobres, e o inverso também é verdadeiro.
Daí a caridade - como meio de mudança íntima, de melhorar a nós mesmos do ponto de vista moral -, ser o mais eficaz remédio e também vacina contra a obsessão.
A verdade é que podemos considerar como obsessão o império constante de um espírito ruim sobre uma pessoa, o que é algo não tão comum.
No entanto, na Terra, ninguém está isento de receber, vez ou outra, as influências negativas de mentes desercarnadas que, por nossa invigilância - e também pelo nosso natural atraso moral, característica comum do ser humano terrestre -, encontram a brecha necessária para a perturbação, que eles operam por vingança (por conta de fatos ocorridos em vidas passadas), por inveja, por quererem se prender aos vícios materiais, por ignorância, etc.
Pensamento é energia que se propaga.
Somos influenciados por pensamentos dos desencarnados e também dos encarnados, numa constância que o vulgo nem imagina.
Se oferecemos campo correlato - ou seja, se pensamos mais ou menos naquele nível e com aquelas espécies de pensamentos -, tal energia que a nós se achega, nos impregnará, causando alguns transtornos emocionais e até físicos.
Isso, a nosso ver, seria o famoso "olho gordo".
Em suma, devemos temer mais o que nós sentimos e consequentemente pensamos, vez que um coração nobre proporciona pensamentos sadios, fazendo com que a criatura fique imune as todas essas influências espirituais negativas e, ao contrário, se ligue aos bons espíritos e a Deus.
Importante salientar, por fim, que em todos os casos qualquer espécie de amuleto, simpatia ou algum outro acto exterior parecido de nada valem, apenas a oração e a mudança de atitude mental por meio da reforma íntima - que se opera de maneira mais eficaz através da prática do bem e da caridade -, são capazes de verdadeiramente nos livrar dessas influências negativas

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 19, 2018 10:10 am

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
Eu não vos dou como o mundo a dá.Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize.
” (João, 14:27.)
Jesus, nos momentos derradeiros do Calvário, ao enunciar essa máxima divina para os que o acompanhavam, sabia dos percalços que seus discípulos encontrariam na trajectória das lutas redentoras, que empreenderiam em seu nome.
Segui-lo significava engrandecer-se pelas possibilidades da cooperação espiritual junto às actividades terrenas, enfrentando, no entanto, combates aguerridos do coração para a implantação do Cristianismo no orbe ao sofrerem infindáveis revezes em forma de provas e testemunhos, que haveriam de suportar sem esmorecimentos.
Ainda hoje sentimos as agruras desse esforço, pois a obra de divulgação da Boa Nova, solidificada pelo Espiritismo, exige trabalhadores persistentes e valorosos,que não desanimem diante das incompreensões do mundo,no longo caminho a percorrer para a meta a ser alcançada, mormente de transformação moral da humanidade.
Os tempos actuais, contudo, apesar dos ensinamentos recebidos para que mantenhamos a serenidade em prol da edificação das actividades espíritas a desenvolver, nos deixam apreensivos ao verificar que distúrbios sociais, ocorridos em determinadas nações, resultam em excessos de todo tipo por meio de actos extremamente violentos e cruéis, comprometendo o equilíbrio do corpo e do Espírito.
Inserido nesse contexto, mas diferenciando-se de alguns países, que exageram nas barbáries cometidas para resolução de suas contendas, não podemos deixar de destacar o Brasil, que tem sido palco de agitações urbanas, a investirem de forma destrutiva contra o bem público e privado, criando empecilhos para os cidadãos.
Mesmo sendo conhecedores das condições utilizadas pela divina Providência no processo evolutivo dos indivíduos e das colectividades, seja qual for o sistema geopolítico, social e económico a vigorar em seus territórios, causa-nos tristeza verificar que, após tantas experiências de guerras fratricidas e avassaladoras vividas pelos homens na Terra, de modo algum esta triste realidade os influenciou para que avaliassem a insensatez das acções dessa natureza, prejudicando-lhes o atendimento de suas necessidades de melhoria espiritual.
Essas questões preocupantes precisam de reflexões mais acuradas, sobretudo por aqueles que sabem da importância da missão espiritual do Brasil como “coração do mundo e pátria do Evangelho” e recomendam a harmonia entre os indivíduos com vistas à união fraterna dos corações.
Os espíritas encontram na Doutrina esclarecimentos e iluminação e compreendem os intrincados problemas da vida na matéria, sempre com o intuito de preservar a paz na vivência da tolerância esclarecida.
A eminente mentora Joanna de Ângelis, em estudos sobre o tema, destaca:
Os milénios de cultura e civilização parecem que em nada contribuíram a benefício do homem, que intoxicado pela violência generalizada, adoptou filosofias esdrúxulas, em tormentosa busca de afirmação, mediante o vandalismo e a obscenidade, em fugas espectaculares para as “origens”.
Assim, não obstante os ensinamentos da filosofia clássica encontrados em Platão (427-347 a.C.), na clara definição sobre como deve ser o “estado de concórdia” entre as pessoas:
“[...] a paz com o outro só pode resultar da paz interna, isto é, da ausência de impulsos violentos, de tendências agressivas,num indivíduo ou numa nação [...]”,2 a história universal regista, desde as mais longínquas eras, a preocupação dos homens em guerrearem entre si, na procura desordenada de pseudo-soluções para sua estada na Terra.
Todos aspiram à paz, por considerá-la indispensável à adaptação entre os seres, mas singular é o facto de que teimam em conquistá-la pela agressão, defendendo os seus direitos de maneira hostil e brutal, sob a equivocada certeza de que as injustiças sociais, e suas consequências, só serão corrigidas por uma ordem social diferente, e que deve ser obtida pela força, suprimindo os valores espirituais que, porventura, possam engrandecer o homem na sua trajectória imortal.
Ao espírita, cabe indagar:
devemos aceitar essa falsa noção de paz, quando possuímos grande responsabilidade no facto de reconhecermos a multiplicidade das existências, além da morte, e dos efeitos que advirão das nossas escolhas?
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 19, 2018 10:11 am

A Doutrina consoladora traz indicações seguras para a explicação desse enigma:
A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real, sólida, efectiva, senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares, que mudam com os tempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, porquanto, anatematizando-se uns aos outros, alimentam o antagonismo, mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará:
Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres.
Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e se estenderão as mãos uns aos outros.
Essa a fé que o Espiritismo faculta e que doravante será o eixo em torno do qual girará o género humano, quaisquer sejam os cultos e as crenças particulares.3
Antes de buscar, pois, os modelos mais confiáveis para a organização das sociedades, a Doutrina Espírita prioriza o homem, o Espírito em marcha evolutiva, centrando suas preocupações no seu aperfeiçoamento, que se dará mediante a obra de auto-educação a ser incentivada em prol da conquista do progresso espiritual de cada indivíduo.
Só se vence o mal ao extirpar suas causas geradoras!
De posse dessas verdades, e com o intuito de neutralizar a acção do mal em todas as suas dimensões, o principal cuidado do espírita deve ser o de buscar, invariavelmente, condições de respeitar os semelhantes, tornando-se solidário e obtendo equilíbrio interior, fruto da alegria de amar desinteressadamente as criaturas.
Deve também não se deixar influenciar pelos acontecimentos presentes, a turbar as almas de sinceros seareiros, mas sem a necessária vigilância para a preservação da paz legítima, que só será adquirida com acendrado esforço, como conquista inalienável de cada um de nós.
Uma das maneiras de obtermos paz é nos refugiarmos na oração, a fim de nela repousarmos “a mente e o coração na prece”, conforme conselho valioso do Espírito Emmanuel:
[...] meu amigo, se adoptaste efectivamente o aprendizado com o divino Mestre [...] cultiva os interesses de tua alma.[...] penetra o santuário, dentro de ti mesmo.[...]
Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.
Só alcançaremos, porém, esse estado de alma, se permanecermos tranquilos e confiantes na Providência divina, pois somente assim conseguiremos beneficiar os que nos rodeiam e que se deixam angustiar pelos conflitos ruidosos das ruas.
É imprescindível não esquecer que o Espiritismo alerta-nos para o facto de que o mundo dos Espíritos, mundo que nos rodeia, experimenta as perturbações que ocorram na matéria, interessado pelos movimentos que se operam entre os homens:
[...] Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o mundo invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós.
Indizível efervescência entra a reinar na colectividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo e que aguardam o momento de a ele volver.
Essa realidade resulta do movimento que entre si trocam os seres encarnados e desencarnados, exercendo, uns sobre os outros, maior ou menor influência, conforme a atracção e a afinidade que possuam.
Desse modo, é possível captar, pelos esforços que empreendermos em favor da paz, as vibrações de forças espirituais superiores, permitindo que elas possam transmitir irradiações benévolas e pacíficas, sobretudo nos momentos de transtornos, divergências e entre-choques de origem social em nossas colectividades.
Nunca haverá paz genuína no mundo sem as luzes do Evangelho!
E ninguém pode lançar outros fundamentos de justiça e amor, além daqueles que foram assinalados pelo Mestre Jesus!

Referências:
1FRANCO, Divaldo P. Após a tempestade.Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador:Leal, 1974. cap. Delinquência, perversidade e violência, p. 40 a 47.
2JULIA, Didier. Dicionários do homem do século XX. Dicionário da filosofia. Trad. José Américo da Motta Pessanha. Rio de Janeiro: Editora Larousse do Brasil, 1969.p. 246 e 247.
3KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2013. cap. 18, it. 17.
4XAVIER, Francisco C. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 6. imp. Brasília: FEB,2013. cap. 147.
5KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2013. cap. 18, it. 9.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty A SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 19, 2018 9:36 pm

Segundo a doutrina espírita, reencarnar com a Síndrome de Down é uma oportunidade abençoada de evolução, inclusive para os pais que assumem esta sublime missão.
O nascimento de um bebé, sem dúvida, é um momento mágico dentro de uma família.
É a manifestação da essência divina através de uma nova vida de corpo frágil e pequenino que necessita de cuidados especiais para poder crescer e se desenvolver.
Mas quando essa gravidez foge dos padrões planeados e os pais recebem o diagnóstico da chegada de um filho portador da Síndrome de Down, assim como qualquer outro tipo de deficiência, surge uma sensação de medo e angústia em lidar com a situação inesperada.
Mesmo diante do turbilhão de dificuldades, um novo caminho pode ser trilhado quando se descobre que, apesar das limitações e de necessidades especiais, existe um potencial a ser desenvolvido e que deve ser estimulado por meio de uma educação que permita o aprendizado, além do amor, que é factor fundamental no desenvolvimento de qualquer criança(.....)
Embora as causas que ocasionam a Síndrome de Down não sejam conhecidas ainda pela Ciência, quando os questionamentos abrangem os aspectos espirituais, as explicações ganham outra dimensão muito além das pesquisas humanas.
Do ponto de vista espiritual, tudo tem uma razão de ser.
É a lei de acção e reacção (karma) que deve ser compreendida com a visão reencarnacionista.
Diversas obras espíritas relatam o processo desde o momento da fecundação do feto ao seu nascimento, prova de que existe um planeamento muito grande no momento da reencarnação.
O livro Missionários da Luz, o terceiro livro ditado pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier, descreve o Ministério da Reencarnação e o empenho dos espíritos encarregados desta função.(.....)
Dentre milhões de espermatozóides e óvulos existentes, apenas um é escolhido para ser fecundado e essa escolha ocorre de acordo com as provas necessárias do espírito.
A necessidade de evolução do espírito possibilita a união do perispírito (o corpo astral e os corpos mais subtis) com o corpo físico, união esta capaz de gerar os órgãos que servirão como instrumento necessário de aprendizado.
Segundo o capítulo XI do livro A Génese, de Allan Kardec, é o próprio espírito quem fabrica seu envoltório de acordo com suas necessidades.
“Ele o aperfeiçoa, o desenvolve e completa o organismo à medida que sente a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, ele o talha conforme sua inteligência...
Assim se explica igualmente o cunho especial que o carácter do espírito imprime aos traços da fisionomia, e às linhas do corpo”(.....)
A compreensão dos paradigmas que vão além da visão física dão um novo significado às dores da alma e ajuda na compreensão da importância do convívio social, tanto para o crescimento dos portadores, quanto da sociedade no exercício da compreensão e da fraternidade.
Somente assim os muros do preconceito poderão ser substituídos pela pedagogia do amor, que sem dúvida, representa a mais eficaz das ferramentas renovadoras.
E lembrando que, crianças especiais merecem pais especiais, pois, apenas aqueles que podem dar amor, um grande amor e carinho tem o dom de serem pais de alguém especial.

*Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 43.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Clara Nunes e a imortalidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 20, 2018 10:24 am

A famosa e alegre cantora Clara Nunes morreu em abril de 1983, com apenas 39 anos de idade, deixando um legado musical de expressão.
Considerada uma das maiores e melhores intérpretes do país, era pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore e viajou para muitos países representando a cultura do país.
Conhecedora das músicas, danças e das tradições afro-brasileira, converteu-se à Umbanda e levou a cultura africana para suas canções e vestimentas.
Foi uma das cantoras que mais gravou canções dos compositores da Portela, sua escola do coração.
Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.
Um ano e cinco meses depois da morte brindou os familiares e amigos com mensagem de pleno equilíbrio pelas mãos do médium Chico Xavier, dando notícias de como foi recebida na vida imortal.
Destaco trechos parciais da mensagem, constante do AE 1997, edição IDE:
“(...) Aquela anestesia suave que me fazia sorrir se transformou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir.
Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância.
(...). Acordei num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos, hinos em que o amor por Iemanjá era a tónica de todas as palavras.
(...) os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que a guarneciam.
Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me conduziu a pisar na terra firme.
Ali estavam o meu pai Manoel e a nossa mãezinha Amélia. (...)”.
A mensagem é longa e fica inviável transcrevê-la integralmente.
O leitor poderá encontrá-la na íntegra na net, bastando pesquisar nessa direcção.
O facto expressivo que desejamos destacar, todavia, é a grandeza da imortalidade da alma.
Diante da lembrança humana dos chamados mortos – que permanecem vivos sem os condicionamentos impostos pela carcaça óssea e limitadora de nossa liberdade e visão dos verdadeiros padrões de nossa natureza imortal –, a narração de Clara Nunes convida à reflexão sobre essa palpável realidade.
Desde que respeitemos a vida – sem antecipar ou buscar calculadamente com precipitação o facto biológico da morte –, aguarda-nos a felicidade.
As paisagens que encontraremos ou ambientes que nos recepcionarão são aqueles que construímos durante a vida, nas vinculações morais e sintonias que estabeleçamos.
Notem os detalhes dos barcos e flores, músicas típicas e o próprio mar, são da convicção e hábitos da personagem, que surgem esplêndidos no momento de chegada... e que depois se ajustam à realidade que nos aguardam.
É que a bondade daqueles que nos protegem e amam respeitam nossas crenças e sentimentos, não interferindo nas construções que edificamos.
A imortalidade da alma é palpável, real, vibrante, confortadora.
Sugiro ao leitor estudar e pesquisar sobre o assunto para vencermos ilusões e informações descabidas e construídas pela nossa falta de conhecimento ao longo da história humana, repleta de criatividade deformante ou de ameaças descabidas, esquecidos que estivemos por muito tempo esquecidos da Bondade de Deus!
Paternidade que não esquece os filhos e tudo faz pela paz e harmonia de suas criaturas, imensamente amadas.
Cabe-nos entender mais o assunto, para vencermos medos, traumas ou dores que podem ser evitadas.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Quem ama insiste

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 20, 2018 9:06 pm

O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por eles passa indiferente.
Mario Quintana

A obesidade é uma doença que vem crescendo entre as crianças no mundo inteiro.
A América Latina, infelizmente, é uma das regiões onde mais se expande a obesidade infantil.
Se a desnutrição mata cerca de três milhões de crianças a cada ano no planeta, o impacto da obesidade é crónico, porque fomenta doenças como a diabetes, hipertensão, alguns tipos de câncer, que após décadas aparecem.
Pesquisas e estudos diversos mostram que a prevenção é uma atitude assertiva e, por isso, já na infância, a dieta da criança deve ser equilibrada, dando destaque para frutas, legumes e verduras.
Além dos alimentos naturais, ensinar a criança a apreciar a água, educando-a livre de refrigerantes e sucos industrializados.
A alimentação dos pais influencia muito o modo como os filhos comem – se os pais apreciam alimentos saudáveis, certamente as crianças se sentem estimuladas a comê-los também.
As famílias não podem desprezar o bom costume de preparar sua própria alimentação, ensinando a criança a importância de escolher alimentos, de checar os rótulos para identificar o que irão consumir no dia a dia, valorizando, na cozinha, os alimentos frescos.
É responsabilidade dos pais (e nunca da criança) fazer escolhas saudáveis.
Com isso, é tarefa do adulto organizar o cardápio familiar, evitando frituras, permitindo um doce ou dois por semana e uma refeição mais livre aos finais de semana, por exemplo.
Além disso, e de maneira regular, a criança necessita brincar livre e fazer actividade física.
Por fim, se a família come mal, todos necessitam aprender a comer bem, e isso a independer de problema de peso.
Abraços, uma alegre semana.

Notinha
O número de crianças e adolescentes obesos passou de cerca de 11 milhões, em 1975, para 124 milhões em 2016, segundo alerta recente da OMS.
No Brasil, cerca de 50% das crianças estão acima do peso.
Há quarenta anos havia uma criança obesa para cada cem, e hoje há seis para cada cem no caso de meninas, e oito para cada cem no caso de meninos.
Os principais motivos apontados são a falta de exercício e a má alimentação, que é estimulada por comerciais de produtos com muito açúcar e pelos elevados preços de alimentos saudáveis.
Crianças obesas necessitam de atenção dos pais, além de supervisão médica.
Contudo, apenas o envolvimento familiar pode ajudar a criança a mudar hábitos alimentares e perseverar nas actividades físicas.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty As grandes tribulações planetárias

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 21, 2018 10:51 am

“Hoje quem causa os cataclismos somos nós e não a natureza, estamos vivendo a maior crise ambiental da história da humanidade.”
André Trigueiro

Com a partida de Jesus da Terra, acelera-se a decadência do Império Romano, começando longo período de guerras, de perseguições e morte dos discípulos, porque muitos algozes acreditavam prestar inestimável serviço ao Império apontando supostos hereges e matando os portadores da Boa Nova.
Estes instantes dolorosos assinalariam a renovação planetária. As calamidades que adviriam, provocadas pela maldade dos homens, são tantas, que se não houver a intervenção da Providência Divina, nada mais será respeitado na Terra.
Porém a Providência é vigilante e no momento oportuno colocará um fim à loucura dos homens.
Antes de chegar esse momento de transição, a violência, a sensualidade, os escândalos e a corrupção atingirão níveis jamais pensados, enquanto as enfermidades degenerativas, os vícios, os desvarios sexuais clamarão por paz, pelo retorno da moral.
Os flagelos como inundações, epidemias, secas levam à dor e ao sofrimento grande parte das populações, porque o egoísmo, traduzido no privilégio das minorias, impede que recursos avançados da ciência sejam aplicados de forma a eliminar ou diminuir seus danosos e dolorosos efeitos.
Entretanto, à medida que a ciência vai progredindo, o homem os vai dominando, isto é, pela pesquisa das causas, pode prevenir-se.
No entanto, há flagelos como temperaturas altíssimas ou muito baixas que o homem ainda não pode controlar, mas, por sua negligência, poderá agravá-los.
Observamos que as guerras fraticidas sucedem-se em todos os tempos, semeando a orfandade e a viuvez, a dor e a desolação, tudo atentado contra o preceito cristão devido ao egoísmo, à posse, à vaidade, à ganância dos homens, ocasionando pestes, fome, terremotos em diversos lugares, porém, para que a humanidade progrida, não são necessárias as guerras, pois a evolução se processa sem provocar abalos e sem produzir ruínas.
Entretanto, como os homens não querem obedecer à Lei de Progresso, acabam se apegando demais às instituições e às ideias do passado, produzindo atritos, degenerando-se em conflitos de onde advém o carácter penoso das transições.
Vemos nações armando-se de todos os meios possíveis e inimagináveis, gerando engenhos mortíferos e terríveis e dificilmente pode-se prever as consequências de uma guerra nuclear que abalará o mundo, conforme prognosticado no Apocalipse, capítulo oito, versículos sete a doze, segundo o apóstolo João, ocasionando a destruição de apreciável parcela da humanidade.
Às vezes, é necessário que o mal chegue ao excesso para se tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas.
A civilização organizada para a guerra e vivendo para a guerra há de cair inevitavelmente, mas o futuro nascerá dos seus escombros para um novo ciclo da humanidade, sem os extremismos anti-racionais.
O Livro dos Espíritos nas questões 735 e 743 afirma claramente que “Entre os flagelos produzidos exclusivamente pelo homem sobreleva a guerra e esta desaparecerá da face da Terra quando a humanidade compreender a justiça e praticar a Lei de Deus, podendo entender que, quando a destruição excede os limites da necessidade, se torna uma violação da Lei Divina”.
Gandhi também nos lembra que “A Terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens”.
E Dalai Lama judiciosamente elucida que “A destruição da natureza resulta da ignorância, da cobiça e ausência de respeito para com os seres vivos do planeta.
Muitos habitantes da Terra:
animais, plantas, insectos e até mesmo micro-organismos que já são raros ou estão em perigo podem tornar-se desconhecidos das futuras gerações.
Temos a capacidade, a responsabilidade e precisamos agir antes que seja tarde”.
O Mestre afirmou que ocorreria a multiplicação da iniquidade a tal ponto que enfraqueceria a fé de muitos.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 21, 2018 10:52 am

Na realidade, a violência e a iniquidade reinaram e reinam em todas as épocas da humanidade.
Para o Espiritismo tudo isto está relacionado com as vidas sucessivas, explicado na Lei da Reencarnação.
Segundo Mateus, é apenas o começo (Mateus,13:40-43.)
Vemos fenómenos sísmicos aterradores sacudirem o orbe com frequência, despertando a solidariedade de outras nações.
Enquanto armas ditas inteligentes ceifam milhares de vidas a serviço da guerra, em revoluções intermináveis, outras tantas buscam a paz, ajudando as vítimas dos desvarios humanos.
São esses paradoxos da vida em sociedade que a grande transição tem lugar no planeta, para que haja a transformação.
Percebemos que as tragédias naturais como tsunamis e terremotos têm como objectivo acelerar a evolução da humanidade; constatamos que é preciso que tudo seja destruído a fim de que possa renovar-se, ou seja, não é Lei de Destruição, mas sim de transformação.
Quando a humanidade estiver madura para subir um degrau, pode-se dizer que são chegados os tempos marcados por Deus, como pode-se dizer também que eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita.
Vivemos actualmente uma época de transformação denominada Período de Transição, que nos apresenta aceleradas transformações na estrutura geológica e atmosférica do planeta, assim como convulsões sociais e morais, e acelerado desenvolvimento tecnológico e científico.
As tempestades passarão e o céu reaparecerá em sua limpidez.
A obra divina se expandirá em um novo surto.
A fé renascerá nas almas e novamente se irradiará, mais fulgurante sobre o mundo regenerado, o pensamento de Jesus.
Não nos restam dúvidas de que são condições portadoras de inquietude.
Todavia, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração.
A actual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
O Evangelho do Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas.
A má-fé, a ignorância, o império da força conspirarão contra o Evangelho, mas o tempo virá em que sua ascendência será reconhecida.
Nos dias de flagelo e de provações colectivas, é para a sua luz eterna que a humanidade se voltará tomada de esperança.
Então, novamente, se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes, dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade e a vida.

Mahatma Gandhi afirmou:
O Sermão da Montanha é o resumo do Cristianismo”, destacando: “sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo”.

Bibliografia:
KARDEC, Allan – A Génese – 28ª edição – Rio de Janeiro – RJ – Editora FEB – 1985 – capítulos: 17, itens 10, 15 e 47; capítulo 18, itens 1, 8, 9, 10, 20, 27 e 28.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Um minuto com Chico Xavier

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 21, 2018 8:28 pm

por Regina Stella

Spagnuol conseguiu três meses de licença para o filho no armazém de José Felizardo Sobrinho, Chico se despediu dos companheiros do Centro Luiz Gonzaga e embarcou com o desconhecido em direcção a uma chácara a três quilómetros do bairro da Gameleira, em Belo Horizonte.
O autor do Parnaso de Além-Túmulo, mulato, malvestido, com expressão atordoada, virou atração na casa.
Intelectuais mineiros se reuniam em torno dele e comentavam, diante de seus olhos arregalados, os estudos de Coorkes e Richet sobre a mediunidade, os pastiches de Paul Reboux, os poemas de Baudelaire, Musset, Bilac, Augusto dos Anjos.
O matuto acompanhava tudo em silêncio.
Uma vez ou outra, respondia com monossílabos a perguntas sobre os poemas ditados do outro mundo.
Tinha medo de cometer disparates.
No meio da noite, sozinho no quarto, respirava aliviado diante das visões do guia e da mãe.
As aparições repetiam conselhos sobre a prudência e o respeito aos outros e Emmanuel ainda aproveitava para tirar dúvidas literárias do protegido.
Explicava, por exemplo, que Paul Reboux era mestre em imitar o estilo de outros poetas.
Enquanto esperava o serviço prometido, Chico acompanhava, a distância, entre as árvores da chácara, a construção de um sanatório em terreno vizinho.
Estava triste, tenso.
O hospital, no terreno vizinho, crescia a cada dia e o emprego não saía.
Os três meses se esgotaram. (Continua.)

Do livro As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Simplesmente Chico...

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 22, 2018 9:53 am

Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, uma cidade encravada no interior de Minas Gerais, em 2 de abril de 1910.
Desencarnou em 30 de junho de 2002, dia em que a selecção brasileira de futebol foi penta campeã mundial.
Mais de 90 anos, portanto, de existência física que, diga-se, muito bem vivida.
Não tive o prazer de conhecer pessoalmente Chico Xavier, meu contacto com o médium mineiro deu-se, sempre, pela sua literatura.
Mas, apesar de nunca ter recebido um abraço de Chico, sentia-me e ainda me sinto seu amigo.
Penso que é assim com a maioria das pessoas.
Chico extrapolou as barreiras da religião e tornou-se um amigo do mundo.
Aliás, almas como Chico Xavier desconhecem barreiras, muros, impedimentos, porquanto constroem pontes para que as pessoas venham até elas, ou melhor, almas como Chico vão até as pessoas, principalmente as que sofrem.
Eis sua maior alegria: reviver o evangelho e consolar os que choram.
O Chico cidadão e o Chico cristão - Chico Xavier tornou-se cidadão do mundo porque foi adoptado pelos milhares de pessoas beneficiadas por seus exemplos de desprendimento e amor.
Seu nome possuía (e ainda possui) uma credibilidade fantástica conquistada pelas suas atitudes autenticamente cristãs, por isso extrapolou as barreiras da religião e ganhou admiradores nos mais diversos credos.
Certa vez assisti a uma entrevista que o padre Fábio de Melo concedeu à entrevistadora Marília Gabriela, em seu programa no SBT (Sistema Brasileiro de Televisão).
Entre os inúmeros assuntos abordados, o padre narrou um pitoresco facto envolvendo uma fiel que o procurou para falar acerca de um problema grave.
A beata estava preocupada com a repercussão do centenário de nascimento do médium Chico Xavier.
Filmes, reportagens e matérias pertinentes à vida do mineiro de Pedro Leopoldo, na opinião da senhora, exercem perniciosa influência na sociedade.
Portanto, defensora da moral e dos bons costumes, buscou o sacerdote para que ele, quem sabe, aceitasse comandar uma iniciativa dos padres contra a avalanche Chico Xavier.
O padre Fábio de Melo tranquilizou-a, afirmando:
- Por que levantarmos vozes contra Chico Xavier, uma figura que exemplificou o amor, sensível, e que dedicou toda sua vida ao semelhante?
Não há razão para isso.
Embora eu não seja reencarnacionista, admiro o cidadão Chico Xavier, sua sensibilidade…
O padre Fábio de Melo é apenas um dentre os inúmeros admiradores de Chico...
No entanto, para divulgar a vida do mineiro do século é preciso andar com muito cuidado para não limitar a obra de Chico Xavier. Imperioso admitir a impossibilidade de retratar sua história riquíssima nesta pequena matéria.
Obras e obras foram escritas e filmes produzidos sobre sua jornada no mundo e, indubitavelmente, nenhuma delas conseguiu esgotar o assunto Chico Xavier, tamanha a magnitude de suas lições.
E, diante da multiplicidade de adjectivos e mensagens deixadas pelo médium mineiro, vale a pena destacar, como disse acima o padre, o Chico cidadão e o cristão.
Apenas duas facetas das inúmeras que possui esse homem notável.
O Chico cidadão foi aquele que ao longo da existência demonstrou a importância de acreditar no Brasil e não perder a fé no ser humano.
O Chico cidadão visitou presídios, famílias em dificuldade financeira, multiplicou o Bem, restituiu esperança e distribuiu o progresso material e espiritual.
O Chico cristão soube respeitar as diferenças, amar os críticos e seguir fielmente as lições evangélicas no que concerne ao “Dai de graça o que de graça recebestes”.
Psicografou mais de 400 livros e doou todos os direitos autorais.
Poderia ser milionário, mas eticamente não se apoderou de um património, o qual, segundo ele mesmo, era obra dos Espíritos.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 22, 2018 9:53 am

Chico e o lenitivo aos que sofrem a dor da saudade - Chico foi o consciente intermediário das inteligências invisíveis e, claro, o lenço de Deus a enxugar as grossas lágrimas de familiares e mães desesperadas pela partida de seus afectos.
Dessas mensagens de alento aos desvairados corações surgiram livros que reflectem com fidelidade a continuação da vida.
São inúmeros, mas destacamos:
“Estamos Vivos”, publicado pelo Instituto de Difusão Espírita – IDE –, obra esta portadora da história de jovens que tiveram o desencarne brutal em acidente automobilístico, chocando, naturalmente, toda a família e a população de Frutal (MG), cidade onde residiam, isto no ano de 1985.
O livro mostra que a vida rompe os corredores escuros de uma morte que nos foi ensinada como um arcabouço sombrio e torturante.
Além de confortar a família dos jovens pelas cartas escritas contando particularidades conhecedoras apenas dos familiares, a obra instrui e ensina, comprovando a imortalidade da alma.
Coloco-me a pensar na dor e dificuldade dos familiares em encarar o desencarne de seus amores; são momentos de angústia, aflição, desalento e impotência, porquanto a morte, quando não analisada sob o prisma da continuação da vida, traz consigo o sentimento de impotência, fazendo-se soberana onde o servo ou o senhor, o obtuso ou o inteligente, o são ou o doente são obrigados a aceitar inapelavelmente seus insondáveis desígnios.
O Espiritismo nesse mister desempenha nobre e esclarecedor papel:
o papel de consolar e mostrar o carácter temporário da separação.
Sim, para nós espíritas a ideia do reencontro com os amores que nos precederam na grande viagem é comum, todavia nem todos têm esse conhecimento.
Não que para ter conhecimento da continuação da vida seja necessário abraçar a causa kardequiana, porquanto a realidade da vida que rasga o véu da morte é uma verdade e, como verdade, cedo ou tarde manifestar-se-á nas consciências e corações de todos, sem que seja preciso estar nesta ou naquela religião.
Porém, forçoso admitir que o Espiritismo traz em seus princípios o papel de consolar; porquanto consolar significa encorajar a prosseguir, enxugando lágrimas e alegrando a jornada daqueles que estão em situação de desânimo, de modo a tornar menos penosa a partida e menos aguda a saudade dos amores colhidos pela ventania da morte do corpo físico.
E Chico cumpriu com maestria a missão de consolar.
A obra citada acima é apenas uma dentre tantas do médium mineiro.
Por tudo isso, em qualquer local ou situação em que estivermos, acariciemos em pensamento Chico Xavier, mandando-lhe boas vibrações, pois ele fez muito pelo ser humano...
E como gosta de falar nosso querido Richard Simonetti fazendo alusão a uma famosa frase de Einstein sobre Mahatma Gandhi:
- As gerações futuras, diz Richard, terão dificuldade em conceber que um homem como Chico Xavier passou por nós...
Que Deus ilumine os caminhos do médium mineiro... e o nosso também...

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Os Espíritas devem avançar!

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 22, 2018 8:59 pm

A evolução na Terra caminha a passos largos.
Novos avanços surgem com criatividade e inovação constantes.
Diante da evolução espiritual que se faz em duas vertentes básicas, a intelectual e a moral, podemos imaginar que muitos Espíritos que estão reencarnando apresentam aspectos evolutivos avançados, tanto intelectual quanto moral.
Não é por menos que estamos observando nascerem crianças com ampla sede pelo saber em todas as áreas do conhecimento, assim como, com preocupações sublimes para o bem comum.
Crianças com apenas alguns anos conseguem dominar uma pequena ferramenta num computador ou celular, mesmo em joguinhos complexos para muitos adultos.
Outras não deixam a curiosidade oculta e não cansam de fazer perguntas difíceis de serem respondidas ou mesmo que exigem raciocínio cuidadoso.
Por que a gente tem que morrer?
Como podemos ajudar a não destruir a natureza?
Por que os países são tão diferentes?
E aí vão as inúmeras perguntas de iniciantes sobreviventes no planeta Terra, mas que de iniciantes não têm nada, pois trazem bagagem evolutiva de longos tempos.
Ao atingirem a fase adulta que nem mesmo sabemos definir quando, sentem vontade inata de contribuir para o avanço da humanidade.
Embora a luta pela vida force todos a buscarem um espaço na grande competitividade social de uma região, nação ou mundial, sempre haverá um espaço vazio em seu ser que deve ser preenchido directamente a favor do bem comum.
Não importa quanto tempo demore, um dia esse espaço se abre no coração daqueles que sonham por uma vida melhor em comunidade.
Pessoas evoluídas têm sede em actuar em várias áreas da vida em sociedade: a justiça clamando pela responsabilidade e deveres eliminando a corrupção devastadora e vantagens indevidas; a preservação do meio ambiente, a liberdade de pensamentos e acções dentro do limite do respeito ao próximo; o combate à desigualdade social; a rectidão na honestidade; a dedicação à área da saúde e à vida saudável; em áreas como a segurança, economia, política, educação, ciência, enfim, em tudo o que uma sociedade precisa para viver da melhor maneira possível.
A religiosidade sempre esteve presente na vida em sociedade.
O oculto mistério da morte, o porquê da vida e o medo do desconhecido após a morte levam grupos a se unirem em busca do conforto da consciência.
Na ânsia de novos conhecimentos sobre a vida, o Espiritismo trouxe um caminho mais seguro com as instruções daqueles que não estão mais vivendo na Terra sob as bênçãos de Deus.
Somos nós mesmos do outro lado da vida. Somos os seres integrados no espaço e tempo.
Somos seres individuais em forma de uma energia indestrutível; passando do imaterial ao material, de lugar em lugar, em aperfeiçoamento constante e vivendo sempre em comunidade espiritual.
Em cada local, somos aclamados a nos aperfeiçoarmos em avanço intelectual e moral, seguindo por caminhos dos mais diversos possíveis.
Cada um tem seu papel em cada tempo de vivência social.
Todos devemos caminhar em benefício da construção universal rumo ao equilíbrio e harmonia da felicidade eterna.
Com o avançar dos tempos e a cada nova missão somos chamados a contribuir mais do que poderíamos necessitar.
São tempos de construção de projectos de preservação do meio evolutivo.
Com Espíritos inferiores a Terra não seria capaz de suportar os desmandos e desrespeitos gerados pelos sentimentos imorais desses habitantes.
Num mundo inferior, guerras e conflitos extremamente fortes e potentes podem levar o planeta a ter condições inabitáveis a seres humanos.
A conscientização de responsabilidades eleva o patamar de actuação da vida comum.
Desenvolver novos desafios é uma actividade nobre que só o Espírito pode sentir com a verdadeira satisfação pessoal e felicidade sublime de um dever bem cumprido.
O Espiritismo dá ao homem essa nova visão da vida responsável diante de cada um e do universo em continuidade constante.
Ele promove a reflexão constante e incentiva a todos a seguir no caminho do bem, tendo, em vista, se tratar de uma vida temporária na Terra.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 22, 2018 8:59 pm

O futuro será sempre melhor que o presente, conforme o mérito pessoal conquistado.
Ensina que o homem deve preservar a vida e buscar evoluir o máximo possível dentro do tempo que ele tem disponível.
No início do desbravamento espírita, a sociedade despreparada para a boa nova, foi extremamente rude e infiel para com ele.
Os espíritas foram perseguidos e explorados em suas liberdades de pensamentos.
Manter a comunicabilidade com os Espíritos era e é algo inaceitável para os intolerantes e os guardiões da verdade divina.
Só o tempo é capaz de curar a insanidade e transformar o que deve ser reposicionado em seu devido lugar.
Actualmente reconhecemos que muita coisa avançou.
O Espírita no Brasil ainda pode ser discriminado e taxado como um ser ludibriado pelo demónio.
No mundo é muito pior ainda.
E o que isso importa para quem de fato sente a evolução infinita?
Ao encontrar mentes evoluídas no rumo da bondade e sabedoria, o Espiritismo se ampara em terreno fértil e, juntamente com água e temperatura adequadas, a semente germina e frutifica, multiplicando-se e espalhando-se sempre.
Os espíritas devem avançar mais!
Assumir o verdadeiro papel do exemplo de vida em todas as partes da sociedade para a melhoria do bem comum.
Por exemplo, actuar com dedicação e responsabilidade na política.
Ninguém pode questionar a nobreza de um trabalho junto à política edificante.
A política implica no trabalho da organização social em benefício de todos.
Mas, como tudo na vida, há que se reflectir seriamente antes do uso impróprio com a má conduta, como ocorre com os políticos desonestos e corruptos.
A oportunidade perdida em causa própria irá custar longo tempo de reparos em reencarnações dolorosas.
Há que se reparar cada prejuízo causado a todos os envolvidos directa e indirectamente.
Por outro lado, todo o mérito também ocorrerá de cada benefício que o bom trabalho na política proporcionar.
Dessa forma perguntamos:
Qual o problema de termos espíritas declarados seguindo a carreira política ou a de magistrados, etc.?
Historicamente temos poucos exemplos de espíritas políticos.
Um deles é o dedicado médico dos pobres, Dr. Bezerra de Menezes, que deixou seu grande legado de vida exercendo a nobre política no Ceará.
Um verdadeiro espírita, ao estudar e avaliar leis que modificam tanto a vida em sociedade, deverá pensar e trabalhar para o bem comum e nunca em jogo pessoal e momentâneo.
Assim, avançaremos muito mais em todo o mundo.
A gente não ouve falar em grupos ou mesmo bancada espírita em Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas Estaduais ou no Congresso ou mesmo em partidos políticos. Será que não temos?
Devemos sim viver numa sociedade heterogénea com divergências em opiniões, pois isso eleva a percepção do melhor caminho a seguir.
Outrossim, a união em torno de princípios nobres fortalece uma boa causa em definir acções pertinentes a serem implantadas.
Qual o problema de eu querer votar e confiar num espírita que queira trabalhar em prol de uma sociedade mais humana?
O espírita deve viver numa sociedade de trabalho em base de solidariedade e fraternidade, mesmo em ambiente competitivo.
Qual o problema em incentivar os princípios da caridade e trabalhar para o desenvolvimento social, independentemente de credo religioso, mas assumir a simpatia e afinidades espíritas?
O caminho abrirá espaço para intrusos e oportunistas do poder, entretanto, a responsabilidade é de cada um e sempre haveremos de lutar, extinguindo a erva daninha para florescer a boa colheita.
Os espíritas devem ser respeitados como qualquer outra pessoa.
Devem avançar sempre e enfrentar todas as dificuldades sob a bandeira dos princípios da continuidade da vida após a morte, a solidariedade e fraternidade universais e a evolução espiritual eterna, ou seja, sob a bandeira espírita.

Afinal, sou ou não espírita?

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 23, 2018 11:54 am

por Astolfo O. de Oliveira Filho

O leitor Antonio Kavaliunas Neto, de Porto Alegre (RS), em mensagem publicada na secção de Cartas desta mesma edição, escreveu-nos:
Por favor, tenho uma dúvida:
Quanto à natureza espiritual de Jesus Cristo, trata-se de um Espírito Superior (de segunda ordem) ou Espírito Puro (de primeira ordem)?
Há dados concretos na Codificação Espírita?
Poderiam, por gentileza, expor?
A respeito de Jesus, a primeira informação que apareceu nas obras fundamentais do Espiritismo foi a resposta dada pelos instrutores espirituais à pergunta n. 625 d' O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:
- Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo?
“Vede Jesus."
Comentando a resposta, Allan Kardec escreveu:
"Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na Terra.
Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu sobre a Terra".
Acerca do carácter divino de sua missão, o codificador da doutrina espírita foi ainda mais explícito em um texto publicado no cap. 1, item 4, do seu livro O Evangelho segundo o Espiritismo, no qual diz que o papel de Jesus "não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra".
"Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina."
Em outra oportunidade, no livro Obras Póstumas, págs. 136 e seguintes, Kardec retomou o tema:
"Jesus era um messias divino pelo duplo motivo de que de Deus é que tinha a sua missão e de que suas perfeições o punham em relação directa com Deus", pensamento que ele confirmaria em sua derradeira obra, A Génese, cap. 15, em que diz que, pelos imensos resultados que produziu, "a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros directos confia, para cumprimento de seus desígnios".
Note-se que em nenhum momento Kardec disse em que posição da Escala Espírita Jesus se enquadraria, mas os termos que ele utilizou na referência ao Mestre e à sua missão deixam claro que, como “mensageiro directo” de Deus, Jesus já havia, sem dúvida, alcançado a condição de Espírito Puro, tal como é descrita nos itens 112 e 113 d´O Livro dos Espíritos, que informam que os Espíritos Puros não sofrem nenhuma influência da matéria e revelam superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos Espíritos das outras ordens.
E mais:
“São os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia universal.
Dirigem a todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e determinam as suas missões.
Assistir os homens nas suas angústias, incitá-los ao bem ou a expiação de faltas que os distanciam da felicidade suprema, é para eles uma ocupação agradável”.
(O Livro dos Espíritos, item 113.)
Além de Kardec, três autores respeitados no meio espírita aludiram à qualidade excepcional de Jesus.
Referimo-nos a Léon Denis, J. Herculano Pires e Emmanuel.
Léon Denis, falando sobre o Mestre, diz que Jesus "ascendeu à eminência final da evolução" e o conceitua como "governador espiritual deste planeta" (Cristianismo e Espiritismo, pág. 79), bem antes de Emmanuel descrever-lhe o papel como cocriador e orientador do orbe em que vivemos.
Para J. Herculano Pires, numa referência às chamadas três revelações da Lei de Deus, a Bíblia é a codificação da primeira revelação, o Espiritismo, a codificação da terceira revelação, e o Evangelho representa a segunda, "a que brilha no centro da tríade dessas revelações", tendo na figura do Cristo o sol que ilumina as duas outras, uma como que "intervenção directa do Alto para a reorientação do pensamento terreno".
(Introdução ao Livro dos Espíritos, LAKE, 3ª edição, abril de 1966, págs. 11 e 12.)
Emmanuel, além de confirmar tudo o que acima se disse, trouxe ao conhecimento dos espíritas um dado a mais que nos permite entender quem, de facto, é Jesus:
“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direcção de todos os fenómenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas directoras da vida de todas as colectividades planetárias.
Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direcção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milénios conhecidos.
A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogónico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidiu a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção”.
(A Caminho da Luz, obra psicografada pelo médium Chico Xavier, cap. 1.)

Esperamos que os esclarecimentos acima satisfaçam à expectativa do prezado leitor e de todos que se interessam pelo assunto.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 30 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

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