ARTIGOS DIVERSOS II
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A depressão e o suicídio
É tratada na questão 920 do Livro dos Espíritos, a temática da felicidade enquanto encarnados, demonstrando-nos os espíritos que não é possível que nós, homens, gozemos de uma felicidade completa na Terra, “visto que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Mas depende dele (o homem) amenizar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser sobre a Terra”.
Mais adiante, Kardec questiona no Livro dos Espíritos:
Questão 924 – Há males que são independentes da maneira de agir e que atingem o homem mais justo; não há algum meio de se preservar deles?
Nesse caso, ele deve se resignar e suportá-los sem murmurar, se quer progredir.
Mas ele possui sempre uma consolação na sua consciência, que lhe dá a esperança de um futuro melhor, se faz o que é preciso para obtê-lo.
Ocorre que nem todas as pessoas possuem em sua consciência a crença de um futuro melhor, não entendendo que aqui não há felicidade plena, mais sim a possibilidade de uma vida de crescimento, amor, trabalho e caridade, que nos proporcionará tal sentimento no retorno à Pátria Espiritual.
E então, hoje é comum lermos e ouvirmos nos mais variados meios de comunicação, que a depressão é a doença do nosso século.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2015, 322 milhões de pessoas sofriam com o diagnóstico de depressão.
Especificamente no Brasil, a OMS afirma que trata-se do pais com maior prevalência da doença na América Latina, totalizando 11, 5 milhões de pessoas que sofrem com tal enfermidade.
Mas, o que é depressão? É o termo utilizado na psiquiatria para designar um transtorno de humor, uma síndrome em que a principal queixa apresentada pelos pacientes é o humor depressivo e às vezes irritável durante a maior parte do dia. Também estão presentes pensamentos negativos constantes, sentimento de culpa, sensação de inutilidade, diminuição do prazer e do ânimo para actividades quotidianas e de lazer, além da perda da capacidade de planear o futuro.
Nessa definição, nós espíritas podemos enxergar de forma muito clara uma gigante porta aberta para a influência de espíritos de vibração inferior, que são atraídos pelos maus pensamentos daqueles que se encontram acometidos pela doença. É possível cessar essa interferência?
Quem nos responde é a questão 467 do Livro dos Espíritos, onde Kardec questiona:
pode-se libertar da influência dos espíritos que nos solicitam ao mal?, ao que os espíritos respondem:
Sim, porque eles não se ligam senão aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.
Infelizmente, nem todos encontram dentro de si a força necessária para elevar sua vibração e se livrar de influências ruins, e ainda, nem todos crêem nessa influência.
E então, a depressão pode levar ao ato extremo do suicídio.
Diversos são os factores que podem levar uma pessoa a cometer suicídio, dentre eles a falta de fé, a descrença na vida após a morte, a ilusão de que com a morte o sofrimento acabará, o orgulho ferido, o sentimento de tédio diante da própria vida, que julga não ter objectivos, planeamento, bem como a falta de forças para enfrentar as adversidades da vida e o medo inerente de fracassar.
O suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade, mas precisa passar a ser visto e discutido de forma diferente, haja vista sua crescente incidência em solo brasileiro.
A título de ilustração da afirmativa, só no ano de 2014, 2898 jovens de 15 a 29 anos tiraram a própria vida.
E o que nos dizem os espíritos sobre tal tema?
Questão 946, O Livro dos Espíritos – Que pensar do suicídio que tem por objectivo escapar às misérias e às decepções deste mundo?
- Pobres espíritos que não têm a coragem de suportar as misérias da existência!
Deus ajuda àqueles que sofrem, e não àqueles que não têm nem força, nem coragem.
As tribulações da vida são provas e expiações; felizes aqueles que as suportam sem murmurar, porque serão recompensados!
Infelizes, ao contrário, os que esperam sua salvação do que, em sua impiedade, chamam de acaso ou fortuna!
O acaso ou a fortuna, para me servir de sua linguagem, podem, com efeito, lhes favorecer um instante, mas é para os fazer sentir mais tarde e mais cruelmente o vazio dessas palavras.
Mas depende dele (o homem) amenizar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser sobre a Terra”.
Mais adiante, Kardec questiona no Livro dos Espíritos:
Questão 924 – Há males que são independentes da maneira de agir e que atingem o homem mais justo; não há algum meio de se preservar deles?
Nesse caso, ele deve se resignar e suportá-los sem murmurar, se quer progredir.
Mas ele possui sempre uma consolação na sua consciência, que lhe dá a esperança de um futuro melhor, se faz o que é preciso para obtê-lo.
Ocorre que nem todas as pessoas possuem em sua consciência a crença de um futuro melhor, não entendendo que aqui não há felicidade plena, mais sim a possibilidade de uma vida de crescimento, amor, trabalho e caridade, que nos proporcionará tal sentimento no retorno à Pátria Espiritual.
E então, hoje é comum lermos e ouvirmos nos mais variados meios de comunicação, que a depressão é a doença do nosso século.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2015, 322 milhões de pessoas sofriam com o diagnóstico de depressão.
Especificamente no Brasil, a OMS afirma que trata-se do pais com maior prevalência da doença na América Latina, totalizando 11, 5 milhões de pessoas que sofrem com tal enfermidade.
Mas, o que é depressão? É o termo utilizado na psiquiatria para designar um transtorno de humor, uma síndrome em que a principal queixa apresentada pelos pacientes é o humor depressivo e às vezes irritável durante a maior parte do dia. Também estão presentes pensamentos negativos constantes, sentimento de culpa, sensação de inutilidade, diminuição do prazer e do ânimo para actividades quotidianas e de lazer, além da perda da capacidade de planear o futuro.
Nessa definição, nós espíritas podemos enxergar de forma muito clara uma gigante porta aberta para a influência de espíritos de vibração inferior, que são atraídos pelos maus pensamentos daqueles que se encontram acometidos pela doença. É possível cessar essa interferência?
Quem nos responde é a questão 467 do Livro dos Espíritos, onde Kardec questiona:
pode-se libertar da influência dos espíritos que nos solicitam ao mal?, ao que os espíritos respondem:
Sim, porque eles não se ligam senão aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.
Infelizmente, nem todos encontram dentro de si a força necessária para elevar sua vibração e se livrar de influências ruins, e ainda, nem todos crêem nessa influência.
E então, a depressão pode levar ao ato extremo do suicídio.
Diversos são os factores que podem levar uma pessoa a cometer suicídio, dentre eles a falta de fé, a descrença na vida após a morte, a ilusão de que com a morte o sofrimento acabará, o orgulho ferido, o sentimento de tédio diante da própria vida, que julga não ter objectivos, planeamento, bem como a falta de forças para enfrentar as adversidades da vida e o medo inerente de fracassar.
O suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade, mas precisa passar a ser visto e discutido de forma diferente, haja vista sua crescente incidência em solo brasileiro.
A título de ilustração da afirmativa, só no ano de 2014, 2898 jovens de 15 a 29 anos tiraram a própria vida.
E o que nos dizem os espíritos sobre tal tema?
Questão 946, O Livro dos Espíritos – Que pensar do suicídio que tem por objectivo escapar às misérias e às decepções deste mundo?
- Pobres espíritos que não têm a coragem de suportar as misérias da existência!
Deus ajuda àqueles que sofrem, e não àqueles que não têm nem força, nem coragem.
As tribulações da vida são provas e expiações; felizes aqueles que as suportam sem murmurar, porque serão recompensados!
Infelizes, ao contrário, os que esperam sua salvação do que, em sua impiedade, chamam de acaso ou fortuna!
O acaso ou a fortuna, para me servir de sua linguagem, podem, com efeito, lhes favorecer um instante, mas é para os fazer sentir mais tarde e mais cruelmente o vazio dessas palavras.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
SIM! Pois somente Deus tem o direito de dispor da vida (questão 944, O Livro dos Espíritos).
Além disso, é de conhecimento daqueles que frequentam centros espíritas, os sofrimentos experimentados pelos suicidas, o que começa no momento de sua consumação e estará ligado ao tipo de morte que este escolheu para si.
Se o suicídio se der por meio de veneno, haverá uma sensação lancinante de queimaduras no esófago, estômago e intestinos.
Se por arma de fogo na região da cabeça, haverá dor constante, impedindo o raciocínio e o sangue jorrará de forma contínua.
Quando se der por afogamento, existirá sempre a sensação de falta de ar e o desespero para conseguir respirar.
Por fim, se por enforcamento, o espírito reviverá no plano espiritual, os mesmos sintomas do afogamento. Em todas, o espírito ficará revivendo o momento de sua morte de forma repetida.
Longe de querer tratar de forma técnica acerca dos dois assuntos abordados, esse artigo tem como intenção principal a conscientização.
Primeiro, a conscientização daqueles que não sofrem com a depressão e pensamentos suicidas e, principalmente, a nós espíritas, que sabemos do dever e do poder de fazer o bem.
A caridade é a benevolência para com todos, indulgencia para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas (Questão 866, O Livro dos Espíritos), e por isso, nossa tarefa não é julgar ou ter pena, e sim, ajudar, amparar e ouvir àqueles que precisam e chegam até nós em busca de conforto, e também àqueles que não buscam auxílio, mas nos quais identificamos a necessidade.
E claro, isso de forma absolutamente desinteressada, sem esperar intimamente qualquer retribuição.
Importante que tenhamos atenção aos sintomas que podem preceder um suicídio, como a depressão, ansiedade, insônia, pessimismo, a falta de perspectiva de vida, atentar a mudanças bruscas que tenham ocorrido na vida da pessoa em questão, como a perda de alguém querido, por exemplo, as tentativas anteriores de suicídio, que aumentam o risco de repetição desta, anúncios espontâneos da vontade de tirar a própria vida, entre outros.
Caso identifique esses sinais, ofereça ajuda médica, e se for o caso, leve-o de forma compulsória, tenha atenção em manter fora de seu alcance quaisquer remédios, armas ou objectos cortantes, converse, não o deixe sozinho, o que o fará sentir-se amado e trate do tema com clareza e sem ressalvas, ou seja, não tenha preconceito.
Segundo, a conscientização daqueles que sofrem; conscientização de que, se você está lendo este artigo, tem depressão e se vê às voltas com pensamentos suicidas, você não está sozinho.
Procure ajuda profissional, converse com familiares ou amigos em que você tenha confiança, procure centros espíritas que você conheça e dê o seu grito de socorro.
A vida é nosso bem maior, a estrada pela qual devemos caminhar para crescer, evoluir, aprender e chegar à felicidade verdadeira.
Nós escolhemos nossas provas neste mundo, e são elas, por mais dolorosas e difíceis que sejam, que nos permitirão chegar a planos mais perfeitos e reconfortantes.
O suicídio não o fará alcançar mais cedo uma vida melhor, e tampouco será o fim de tudo.
Ele apenas virá a retardar sua felicidade e adicionará mais débitos em sua caminhada evolutiva (Questão 950, O Livro dos Espíritos).
Tenha fé, acredite e confie nos desígnios de Deus... Tudo aqui é passageiro,
e isso também vai passar.
“Guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre” (Chico Xavier).
Que a paz de Deus esteja com todos nós.
Referências:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina.ghtml
https://www.significados.com.br/depressao/
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39672513
Palestrante Maércio Abreu – Associação Espírita Alves de Abreu, Marília / SP
§.§.§- Ave sem Ninho
Além disso, é de conhecimento daqueles que frequentam centros espíritas, os sofrimentos experimentados pelos suicidas, o que começa no momento de sua consumação e estará ligado ao tipo de morte que este escolheu para si.
Se o suicídio se der por meio de veneno, haverá uma sensação lancinante de queimaduras no esófago, estômago e intestinos.
Se por arma de fogo na região da cabeça, haverá dor constante, impedindo o raciocínio e o sangue jorrará de forma contínua.
Quando se der por afogamento, existirá sempre a sensação de falta de ar e o desespero para conseguir respirar.
Por fim, se por enforcamento, o espírito reviverá no plano espiritual, os mesmos sintomas do afogamento. Em todas, o espírito ficará revivendo o momento de sua morte de forma repetida.
Longe de querer tratar de forma técnica acerca dos dois assuntos abordados, esse artigo tem como intenção principal a conscientização.
Primeiro, a conscientização daqueles que não sofrem com a depressão e pensamentos suicidas e, principalmente, a nós espíritas, que sabemos do dever e do poder de fazer o bem.
A caridade é a benevolência para com todos, indulgencia para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas (Questão 866, O Livro dos Espíritos), e por isso, nossa tarefa não é julgar ou ter pena, e sim, ajudar, amparar e ouvir àqueles que precisam e chegam até nós em busca de conforto, e também àqueles que não buscam auxílio, mas nos quais identificamos a necessidade.
E claro, isso de forma absolutamente desinteressada, sem esperar intimamente qualquer retribuição.
Importante que tenhamos atenção aos sintomas que podem preceder um suicídio, como a depressão, ansiedade, insônia, pessimismo, a falta de perspectiva de vida, atentar a mudanças bruscas que tenham ocorrido na vida da pessoa em questão, como a perda de alguém querido, por exemplo, as tentativas anteriores de suicídio, que aumentam o risco de repetição desta, anúncios espontâneos da vontade de tirar a própria vida, entre outros.
Caso identifique esses sinais, ofereça ajuda médica, e se for o caso, leve-o de forma compulsória, tenha atenção em manter fora de seu alcance quaisquer remédios, armas ou objectos cortantes, converse, não o deixe sozinho, o que o fará sentir-se amado e trate do tema com clareza e sem ressalvas, ou seja, não tenha preconceito.
Segundo, a conscientização daqueles que sofrem; conscientização de que, se você está lendo este artigo, tem depressão e se vê às voltas com pensamentos suicidas, você não está sozinho.
Procure ajuda profissional, converse com familiares ou amigos em que você tenha confiança, procure centros espíritas que você conheça e dê o seu grito de socorro.
A vida é nosso bem maior, a estrada pela qual devemos caminhar para crescer, evoluir, aprender e chegar à felicidade verdadeira.
Nós escolhemos nossas provas neste mundo, e são elas, por mais dolorosas e difíceis que sejam, que nos permitirão chegar a planos mais perfeitos e reconfortantes.
O suicídio não o fará alcançar mais cedo uma vida melhor, e tampouco será o fim de tudo.
Ele apenas virá a retardar sua felicidade e adicionará mais débitos em sua caminhada evolutiva (Questão 950, O Livro dos Espíritos).
Tenha fé, acredite e confie nos desígnios de Deus... Tudo aqui é passageiro,
e isso também vai passar.
“Guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre” (Chico Xavier).
Que a paz de Deus esteja com todos nós.
Referências:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina.ghtml
https://www.significados.com.br/depressao/
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39672513
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A Deus o que é de Deus
A palavra de Jesus “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Marcos, 12,17) passou a ser considerada como fundamento do respeito dos cristãos ao Estado, mas também da separação entre os domínios político e religioso.
É sabido que algumas autoridades do império romano utilizaram essa frase do Cristo até na tentativa para amenização das iras daqueles que recomendavam perseguições aos primitivos cristãos.
Por outro lado, os cristãos sentiam-se à vontade porque se consideravam súbditos respeitosos.
Paulo fez colocações nessa linha em suas Epístolas.
Interessante o comentário de Emmanuel:
“Se pretendes viver rectamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba.
Ajuda-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele e nós somos filhos do mesmo Deus.”1
Nos alvores do cristianismo, no âmbito da administração central do império romano não ocorriam apenas perseguições, o que levou Emmanuel, a partir de versículo de epístola de Paulo:
“Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César” (Filipenses, 4, 22), fazer o seguinte comentário:
“Muito comum ouvirmos observações descabidas de determinados irmãos na crença, relativamente aos companheiros chamados a tarefas mais difíceis, entre as possibilidades do dinheiro ou do poder.
[...] Paulo de Tarso, humilhado e perseguido em Roma, teve ocasião de conhecer numerosas almas nessas condições, e o que é mais de admirar – conviveu com diversos discípulos de semelhante posição, relacionados com a habitação palaciana de César.
Deles recebeu atenções e favores, assistência e carinho.”2,3
De um lado o Estado romano e, de outro, havia também momentos complicados nas relações com o Sinédrio e seus representantes.
Saulo de Tarso optou em deixar a tradicional e pioneira ecclesia de Jerusalém, ao verificar que surgiam propostas judaizantes por parte de alguns discípulos do Cristo, iniciando sua grande tarefa de divulgador do Evangelho.
Na sua missionária trajectória, o apóstolo Paulo sempre lutou pela independência dos grupos cristãos com relação a autoridades políticas e do judaísmo.
Ao comentar a vida e obra de Paulo, o filósofo espírita Herculano Pires destaca a posição clara e marcante do Apóstolo:
"Ele libertava a religião da política e do negócio.
Para ele, a religião tinha que ser vivida em si mesma e vivida com toda a independência moral".
A propósito de trecho de Actos dos Apóstolos sobre “muitos milagres e prodígios entre o povo pelas mãos dos apóstolos” o autor aponta que ali se encontra "uma das mais belas confirmações evangélicas da realidade e da verdade do Espiritismo e das suas práticas como continuação do cristianismo em espírito e verdade aqui na terra."4
A mescla de benesses estatais para com o cristianismo se firmou no século IV com o imperador Constantino.
Em nossos tempos, é oportuna a recordação desses factos históricos para inspirarem a preservação da independência administrativa e financeira das instituições espíritas e a manutenção das condições doutrinárias de fidelidade a Jesus e a Kardec.
Esses objectivos sempre balizaram as ações de Chico Xavier no transcorrer de sua longa existência.
Entre muitos episódios nobilitantes, destacamos a opção do médium missionário em deixar uma grande instituição da qual foi um dos fundadores, e dar início a um novo posto de trabalho e de referência, bem simples, o Grupo Espírita da Prece, de Uberaba.5
Referências:
1) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão Nosso. 27.ed. Cap. 102. FEB. 2006.
2) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. 16.ed. Cap. 75. Brasília: FEB. 2012.
3) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Epístolas de Paulo à luz do espiritismo. 1.ed. Cap.12 e 15. Matão: O Clarim. 2016.
4) Pires, José Herculano. Org. Arribas, Célia. O evangelho de Jesus em espírito e verdade. 1.ed. Cap. 15. São Paulo: Editora Paidéia. 2016.
5) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Centro espírita. Prática espírita e cristã. Cap.1.1, 7.2, 7.3. Matão: O Clarim. 2016.
(Ex-presidente da USE-SP e da FEB).
§.§.§- Ave sem Ninho
É sabido que algumas autoridades do império romano utilizaram essa frase do Cristo até na tentativa para amenização das iras daqueles que recomendavam perseguições aos primitivos cristãos.
Por outro lado, os cristãos sentiam-se à vontade porque se consideravam súbditos respeitosos.
Paulo fez colocações nessa linha em suas Epístolas.
Interessante o comentário de Emmanuel:
“Se pretendes viver rectamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba.
Ajuda-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele e nós somos filhos do mesmo Deus.”1
Nos alvores do cristianismo, no âmbito da administração central do império romano não ocorriam apenas perseguições, o que levou Emmanuel, a partir de versículo de epístola de Paulo:
“Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César” (Filipenses, 4, 22), fazer o seguinte comentário:
“Muito comum ouvirmos observações descabidas de determinados irmãos na crença, relativamente aos companheiros chamados a tarefas mais difíceis, entre as possibilidades do dinheiro ou do poder.
[...] Paulo de Tarso, humilhado e perseguido em Roma, teve ocasião de conhecer numerosas almas nessas condições, e o que é mais de admirar – conviveu com diversos discípulos de semelhante posição, relacionados com a habitação palaciana de César.
Deles recebeu atenções e favores, assistência e carinho.”2,3
De um lado o Estado romano e, de outro, havia também momentos complicados nas relações com o Sinédrio e seus representantes.
Saulo de Tarso optou em deixar a tradicional e pioneira ecclesia de Jerusalém, ao verificar que surgiam propostas judaizantes por parte de alguns discípulos do Cristo, iniciando sua grande tarefa de divulgador do Evangelho.
Na sua missionária trajectória, o apóstolo Paulo sempre lutou pela independência dos grupos cristãos com relação a autoridades políticas e do judaísmo.
Ao comentar a vida e obra de Paulo, o filósofo espírita Herculano Pires destaca a posição clara e marcante do Apóstolo:
"Ele libertava a religião da política e do negócio.
Para ele, a religião tinha que ser vivida em si mesma e vivida com toda a independência moral".
A propósito de trecho de Actos dos Apóstolos sobre “muitos milagres e prodígios entre o povo pelas mãos dos apóstolos” o autor aponta que ali se encontra "uma das mais belas confirmações evangélicas da realidade e da verdade do Espiritismo e das suas práticas como continuação do cristianismo em espírito e verdade aqui na terra."4
A mescla de benesses estatais para com o cristianismo se firmou no século IV com o imperador Constantino.
Em nossos tempos, é oportuna a recordação desses factos históricos para inspirarem a preservação da independência administrativa e financeira das instituições espíritas e a manutenção das condições doutrinárias de fidelidade a Jesus e a Kardec.
Esses objectivos sempre balizaram as ações de Chico Xavier no transcorrer de sua longa existência.
Entre muitos episódios nobilitantes, destacamos a opção do médium missionário em deixar uma grande instituição da qual foi um dos fundadores, e dar início a um novo posto de trabalho e de referência, bem simples, o Grupo Espírita da Prece, de Uberaba.5
Referências:
1) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão Nosso. 27.ed. Cap. 102. FEB. 2006.
2) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. 16.ed. Cap. 75. Brasília: FEB. 2012.
3) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Epístolas de Paulo à luz do espiritismo. 1.ed. Cap.12 e 15. Matão: O Clarim. 2016.
4) Pires, José Herculano. Org. Arribas, Célia. O evangelho de Jesus em espírito e verdade. 1.ed. Cap. 15. São Paulo: Editora Paidéia. 2016.
5) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Centro espírita. Prática espírita e cristã. Cap.1.1, 7.2, 7.3. Matão: O Clarim. 2016.
(Ex-presidente da USE-SP e da FEB).
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Entendendo o Tríplice Aspecto do Espiritismo
O Espiritismo apresenta suas bases totalmente científicas, através da análise do facto natural, ou seja, do fenómeno inerente à natureza.
O facto, no caso, é, basicamente, o fenómeno mediúnico, o qual demonstra, inequivocamente, a existência e independência da alma em relação ao corpo e, principalmente, sua sobrevivência à morte do organismo físico.
A partir das avaliações qualitativo-quantitativas dos fenómenos mediúnicos em geral, e de outros fenómenos relacionados, tais como o magnetismo e a emancipação da alma, um profundo estudo passa a ser desenvolvido a respeito das condições a vida espiritual dos chamados “mortos”, que demonstram, continuamente, estarem “vivos”, em uma outra realidade, conservando suas características de carácter e personalidade da última vida física.
Essas entidades, conhecidas por muitos como “as almas dos homens que viveram no mundo” (além de eventuais almas que podem não ter tido reencarnações na Terra, mas que, ainda assim, podem visitar espiritualmente nosso planeta), demonstram, através das comunicações mediúnicas, que a vida física constitui apenas pequeno estágio do Espírito imortal em seu processo de aperfeiçoamento intelecto-moral.
Em outras palavras, o “morto” vive um determinado tempo no mundo espiritual, mas, se não houver atingido um nível de perfeição relativa, deverá, mais cedo ou mais tarde, desenvolver outras experiências reencarnatórias.
Os Espíritos comunicantes também fornecem inumeráveis e contundentes evidências de que seus respectivos estados de felicidade relativa ou de seus níveis de sofrimento pessoal dependem directamente do tipo de vida que tiveram na Terra, envolvendo suas escolhas, trabalhos, trajetórias, falhas morais e realizações espirituais.
O Espiritismo não é sincrético – Além disso, as tarefas desenvolvidas no mundo espiritual, abrangendo os novos aprendizados e projectos são dependentes dos pré-requisitos intelecto-morais adquiridos pelo Espírito em questão.
No supracitado contexto, a realidade semi-material do perispírito e suas propriedades e a variedade de implicações associadas aos diferentes níveis de materialidade do perispírito não deixam de ser concretadas constatações da realidade objectiva do mundo espiritual e, concomitantemente, da existência e da imortalidade da alma.
A vivência pessoal de todos os “mortos” que se comunicam com os “vivos” por meio dos médiuns demonstra a existência de Princípios Universais, tais como a “Lei de Progresso” e a “Necessidade da Reencarnação”, nesse processo ininterrupto de aperfeiçoamento do Espírito Imortal.
Por conseguinte, um profundo corpo filosófico advém das bases científicas, fazendo com que o Espiritismo seja uma “Filosofia Científica”.
Assim sendo, o corpo filosófico do Espiritismo é intrinsicamente relacionado e consequente com suas bases científicas.
O Espiritismo, consequentemente, não é sincrético, muito pelo contrário, pois constitui um conjunto conceitual uniforme, cujos princípios fundamentais reforçam-se mutuamente.
Isso implica que quem aceita aleatoriamente alguns princípios doutrinários do Espiritismo, mas ainda não compreende as bases científicas que forneceram os evidências da existência real de tais princípios e nem a correlação mútua de apoio entre eles, ainda apresenta uma mentalidade mais espiritualista do que propriamente espírita.
Ademais, o corpo científico-filosófico do Espiritismo, quanto mais estudado e compreendido, deve repercutir em consequências morais da mais alta religiosidade/espiritualidade para cada adepto.
O Espiritismo apresenta três aspectos – Isso faz com que os espíritas tenham condições de estudar com profundidade a essência das reflexões e paradigmas éticos dos maiores moralizadores, filósofos e religiosos de toda a história da humanidade, abrangendo, com especial destaque, a essência do pensamento do homem, que foi identificado pelos próprios Espíritos, como o mais evoluído que já encarnou na Terra, e que foi Jesus de Nazaré (questão 625 de “O Livro dos Espíritos”).
Essa construção tríplice do corpo doutrinário do Espiritismo constitui, portanto, um bloco científico-filosófico-religioso, denotando, entre outras coisas, que o Espiritismo estuda o Evangelho, mas não se submete ao suposto carácter de “infalibilidade” dos textos ditos “sagrados”, que é atitude irracional, e, portanto, temerária, uma vez que não respeitando critérios científicos de avaliação da Verdade, podem conduzir a visões dogmáticas equivocadas a respeito da realidade.
(vide o capítulo “Moral Estranha” de “O Evangelho segundo o Espiritismo”).
O facto, no caso, é, basicamente, o fenómeno mediúnico, o qual demonstra, inequivocamente, a existência e independência da alma em relação ao corpo e, principalmente, sua sobrevivência à morte do organismo físico.
A partir das avaliações qualitativo-quantitativas dos fenómenos mediúnicos em geral, e de outros fenómenos relacionados, tais como o magnetismo e a emancipação da alma, um profundo estudo passa a ser desenvolvido a respeito das condições a vida espiritual dos chamados “mortos”, que demonstram, continuamente, estarem “vivos”, em uma outra realidade, conservando suas características de carácter e personalidade da última vida física.
Essas entidades, conhecidas por muitos como “as almas dos homens que viveram no mundo” (além de eventuais almas que podem não ter tido reencarnações na Terra, mas que, ainda assim, podem visitar espiritualmente nosso planeta), demonstram, através das comunicações mediúnicas, que a vida física constitui apenas pequeno estágio do Espírito imortal em seu processo de aperfeiçoamento intelecto-moral.
Em outras palavras, o “morto” vive um determinado tempo no mundo espiritual, mas, se não houver atingido um nível de perfeição relativa, deverá, mais cedo ou mais tarde, desenvolver outras experiências reencarnatórias.
Os Espíritos comunicantes também fornecem inumeráveis e contundentes evidências de que seus respectivos estados de felicidade relativa ou de seus níveis de sofrimento pessoal dependem directamente do tipo de vida que tiveram na Terra, envolvendo suas escolhas, trabalhos, trajetórias, falhas morais e realizações espirituais.
O Espiritismo não é sincrético – Além disso, as tarefas desenvolvidas no mundo espiritual, abrangendo os novos aprendizados e projectos são dependentes dos pré-requisitos intelecto-morais adquiridos pelo Espírito em questão.
No supracitado contexto, a realidade semi-material do perispírito e suas propriedades e a variedade de implicações associadas aos diferentes níveis de materialidade do perispírito não deixam de ser concretadas constatações da realidade objectiva do mundo espiritual e, concomitantemente, da existência e da imortalidade da alma.
A vivência pessoal de todos os “mortos” que se comunicam com os “vivos” por meio dos médiuns demonstra a existência de Princípios Universais, tais como a “Lei de Progresso” e a “Necessidade da Reencarnação”, nesse processo ininterrupto de aperfeiçoamento do Espírito Imortal.
Por conseguinte, um profundo corpo filosófico advém das bases científicas, fazendo com que o Espiritismo seja uma “Filosofia Científica”.
Assim sendo, o corpo filosófico do Espiritismo é intrinsicamente relacionado e consequente com suas bases científicas.
O Espiritismo, consequentemente, não é sincrético, muito pelo contrário, pois constitui um conjunto conceitual uniforme, cujos princípios fundamentais reforçam-se mutuamente.
Isso implica que quem aceita aleatoriamente alguns princípios doutrinários do Espiritismo, mas ainda não compreende as bases científicas que forneceram os evidências da existência real de tais princípios e nem a correlação mútua de apoio entre eles, ainda apresenta uma mentalidade mais espiritualista do que propriamente espírita.
Ademais, o corpo científico-filosófico do Espiritismo, quanto mais estudado e compreendido, deve repercutir em consequências morais da mais alta religiosidade/espiritualidade para cada adepto.
O Espiritismo apresenta três aspectos – Isso faz com que os espíritas tenham condições de estudar com profundidade a essência das reflexões e paradigmas éticos dos maiores moralizadores, filósofos e religiosos de toda a história da humanidade, abrangendo, com especial destaque, a essência do pensamento do homem, que foi identificado pelos próprios Espíritos, como o mais evoluído que já encarnou na Terra, e que foi Jesus de Nazaré (questão 625 de “O Livro dos Espíritos”).
Essa construção tríplice do corpo doutrinário do Espiritismo constitui, portanto, um bloco científico-filosófico-religioso, denotando, entre outras coisas, que o Espiritismo estuda o Evangelho, mas não se submete ao suposto carácter de “infalibilidade” dos textos ditos “sagrados”, que é atitude irracional, e, portanto, temerária, uma vez que não respeitando critérios científicos de avaliação da Verdade, podem conduzir a visões dogmáticas equivocadas a respeito da realidade.
(vide o capítulo “Moral Estranha” de “O Evangelho segundo o Espiritismo”).
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Entendendo, com bases lógicas, a realidade, reflexionamos sobre a vida e sobre nós mesmos profunda espiritualidade e objectividade, podendo estudar textos antigos de Jesus e de outros Espíritos iluminados à luz da Doutrina Espírita em busca de um amadurecimento espiritual constante.
Todavia, nem sempre a lógica do pensamento espírita, constituída a partir dessa construção inovadora, isto é, partindo-se do bloco sequencial científico-filosófico-religioso, tem sido respeitada.
É importante notar que o Espiritismo apresenta três aspectos, que são constituídos em uma sequência específica (e não de forma independente ou aleatória), ou seja, das bases científicas surge o corpo filosófico com todas as profundas consequências de profunda religiosidade que a Doutrina Espírita proporciona.
Nem todo espiritualista é espírita – A título de ilustração do facto de que esse bloco sequencial científico-filosófico-religioso não tem sido respeitado, podemos citar a predisposição e, em muitos casos, a “convicção” do entendimento de “todos” os versículos do Evangelho e, em alguns casos de toda a Bíblia, como revelações espirituais, o que não deixa de ser atitude de ignorância do processo pelo qual os referidos textos surgiram.
Ademais, denotam uma tendência “místico-mágica” de que o texto seja perfeito em todos os sentidos porque teria sido originado directamente de Deus, sem nenhuma interferência dos homens.
Ora, admitindo essa ideia de cunho mítico, os versículos não poderiam cair mutuamente em contradição, o que acontece sistematicamente em toda a Bíblia, fazendo com que, a cada ano, novas denominações religiosas baseadas no mesmo texto surjam em nosso planeta.
Isso ocorre porque cada líder religioso, proponente de uma nova religião, valoriza alguns versículos em detrimento de outros que o contradizem e aí temos uma nova doutrina.
O comportamento supracitado está relacionado, indirectamente, a atitudes de profundo fanatismo, no qual o comportamento de líderes religiosos primários, que tentam distorcer o sentido do texto bíblico para “fazê-lo ensinar” o que a sua orientação doutrinária ou pessoal prefere, e não a essência do ensinamento.
Um outro exemplo do desrespeito ao bloco sequencial científico-filosófico-religioso é admitir que qualquer filósofo espiritualista, que seja reencarnacionista e aceite o fenómeno mediúnico, é espírita.
Já vimos isso acontecer na história do movimento espírita em várias ocasiões.
Umbanda é Espiritismo?
De facto, Leymarie, após a morte de Allan Kardec, publicava artigos de teosofia na “Revue Spirite”, criada pelo Codificador; o então presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Wantuil de Freitas, contribuiu com um séria confusão histórica ao defender que “Umbanda é Espiritismo”; umbaldistas, a partir de uma pretensiosa proposta de Pietro Ubaldi de que o Movimento Espírita aceitasse seus livros para que o “Espiritismo não ficasse estagnado”, insistem em impor ao movimento as obras do escritor católico Pietro Ubaldi.
Lamentavelmente, o movimento espírita não esteve e não está livre desse tipo de comportamento.
As causas são muito variadas e, frequentemente, coexistem em determinados adeptos e instituições espíritas.
Alguns apresentam essa atitude, pois acham que o Espiritismo pode abraçar a várias tendências espiritualistas diversas, e, com frequência, mutuamente excludentes.
A Doutrina Espírita não representa um sincretismo religioso.
Como diria José Raul Teixeira (USEERJ-1994), “o Espiritismo não é um balaio de gastos”, no qual “tudo o que fala em Deus é bom”.
Aqueles que tem essa tendência não compreenderam como surgiu a Doutrina Espírita e o que ela representa em termos de “Aliança entre a Ciência e a Religião” (vide “O Evangelho Segundo o Espiritismo”).
Aqueles que têm essa tendência talvez estivessem mais bem ambientados e coerentes com as respectivas propostas em outros movimentos, que não apresentam bases doutrinárias tão sólidas como ocorre com o Espiritismo.
Todavia, nem sempre a lógica do pensamento espírita, constituída a partir dessa construção inovadora, isto é, partindo-se do bloco sequencial científico-filosófico-religioso, tem sido respeitada.
É importante notar que o Espiritismo apresenta três aspectos, que são constituídos em uma sequência específica (e não de forma independente ou aleatória), ou seja, das bases científicas surge o corpo filosófico com todas as profundas consequências de profunda religiosidade que a Doutrina Espírita proporciona.
Nem todo espiritualista é espírita – A título de ilustração do facto de que esse bloco sequencial científico-filosófico-religioso não tem sido respeitado, podemos citar a predisposição e, em muitos casos, a “convicção” do entendimento de “todos” os versículos do Evangelho e, em alguns casos de toda a Bíblia, como revelações espirituais, o que não deixa de ser atitude de ignorância do processo pelo qual os referidos textos surgiram.
Ademais, denotam uma tendência “místico-mágica” de que o texto seja perfeito em todos os sentidos porque teria sido originado directamente de Deus, sem nenhuma interferência dos homens.
Ora, admitindo essa ideia de cunho mítico, os versículos não poderiam cair mutuamente em contradição, o que acontece sistematicamente em toda a Bíblia, fazendo com que, a cada ano, novas denominações religiosas baseadas no mesmo texto surjam em nosso planeta.
Isso ocorre porque cada líder religioso, proponente de uma nova religião, valoriza alguns versículos em detrimento de outros que o contradizem e aí temos uma nova doutrina.
O comportamento supracitado está relacionado, indirectamente, a atitudes de profundo fanatismo, no qual o comportamento de líderes religiosos primários, que tentam distorcer o sentido do texto bíblico para “fazê-lo ensinar” o que a sua orientação doutrinária ou pessoal prefere, e não a essência do ensinamento.
Um outro exemplo do desrespeito ao bloco sequencial científico-filosófico-religioso é admitir que qualquer filósofo espiritualista, que seja reencarnacionista e aceite o fenómeno mediúnico, é espírita.
Já vimos isso acontecer na história do movimento espírita em várias ocasiões.
Umbanda é Espiritismo?
De facto, Leymarie, após a morte de Allan Kardec, publicava artigos de teosofia na “Revue Spirite”, criada pelo Codificador; o então presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Wantuil de Freitas, contribuiu com um séria confusão histórica ao defender que “Umbanda é Espiritismo”; umbaldistas, a partir de uma pretensiosa proposta de Pietro Ubaldi de que o Movimento Espírita aceitasse seus livros para que o “Espiritismo não ficasse estagnado”, insistem em impor ao movimento as obras do escritor católico Pietro Ubaldi.
Lamentavelmente, o movimento espírita não esteve e não está livre desse tipo de comportamento.
As causas são muito variadas e, frequentemente, coexistem em determinados adeptos e instituições espíritas.
Alguns apresentam essa atitude, pois acham que o Espiritismo pode abraçar a várias tendências espiritualistas diversas, e, com frequência, mutuamente excludentes.
A Doutrina Espírita não representa um sincretismo religioso.
Como diria José Raul Teixeira (USEERJ-1994), “o Espiritismo não é um balaio de gastos”, no qual “tudo o que fala em Deus é bom”.
Aqueles que tem essa tendência não compreenderam como surgiu a Doutrina Espírita e o que ela representa em termos de “Aliança entre a Ciência e a Religião” (vide “O Evangelho Segundo o Espiritismo”).
Aqueles que têm essa tendência talvez estivessem mais bem ambientados e coerentes com as respectivas propostas em outros movimentos, que não apresentam bases doutrinárias tão sólidas como ocorre com o Espiritismo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Todavia, paradoxalmente, indivíduos espiritualistas (mas nem sempre espíritas) com fortes tendências católicas, africanistas, sincréticas, ecuménicas, entre outras, sentem-se, frequentemente, muito à vontade, em nossos arraiais espiritistas, aproveitando-se do discurso da tolerância religiosas e da caridade assim como do baixo nível de estudo doutrinário que, em alguns casos, ocorre no Movimento Espírita.
A célebre recomendação de Erasto segue esquecida – Tal cenário tende a minimizar a análise crítica do conteúdo da mensagem espírita e a responsabilidade da sua divulgação com elevada qualidade, o que foi muito enfatizado por Allan Kardec, Emmanuel, Divaldo Franco, entre outros.
Ademais, o desejo de dirigentes baterem recordes de frequência em suas casas espíritas (mesmo em detrimento da qualidade doutrinária veiculada), além da produção e venda de um número gigantesco de obras fracas doutrinariamente tem gerado uma permissividade perigosa nas casas espíritas.
Alguns autores, escudando-se na doação de direitos autorais para obras de assistência social (além de outros que nem isso fazem), sentem-se no direito de publicar obras meramente espiritualistas como sendo obras espíritas, mesmo defendendo ideias em oposição aos princípios básicos do Espiritismo.
O facto de doar os direitos autores de uma obra não torna necessariamente essa obra algo de qualidade, e muito menos de qualidade espírita.
Afinal, alguns autores católicos e protestantes também doam direitos autores para obras assistenciais e nem por isso seus conteúdos tornam-se espíritas.
Sem respeitar as bases científicas da Doutrina e os métodos de controle da Universalidade do Ensino dos Espíritos, além do escrúpulo kardequiano que assevera que “na dúvida, abstém-te”, os autores arriscam-se, conscientemente ou não, a difundir ideias completamente equivocadas.
Importante frisar que a responsabilidade não é somente dos autores, mas das editoras espíritas, dos directores de livrarias espíritas, dos expositores e dos dirigentes de centros espíritas que vendem e/ou divulgam tais textos.
A recomendação de Erasto, em “O Livro dos Médiuns”, de que “é preferível rejeitar dez verdades do que aceitar uma única mentira, uma única teoria falsa” segue sendo esquecida por muitos escritores, expositores e dirigentes que actuam no movimento espírita.
A Doutrina Espírita prefere um avanço conceitual mais lento, gradual e seguro do que arroubos sem nenhum respaldo na “evidência do facto”, ou seja, sem bases científicas.
Sobre “as utopias, nós esperaremos que elas se concretizem nos factos naturais”, como é ensinado no texto da Codificação Kardequiana.
§.§.§- Ave sem Ninho
A célebre recomendação de Erasto segue esquecida – Tal cenário tende a minimizar a análise crítica do conteúdo da mensagem espírita e a responsabilidade da sua divulgação com elevada qualidade, o que foi muito enfatizado por Allan Kardec, Emmanuel, Divaldo Franco, entre outros.
Ademais, o desejo de dirigentes baterem recordes de frequência em suas casas espíritas (mesmo em detrimento da qualidade doutrinária veiculada), além da produção e venda de um número gigantesco de obras fracas doutrinariamente tem gerado uma permissividade perigosa nas casas espíritas.
Alguns autores, escudando-se na doação de direitos autorais para obras de assistência social (além de outros que nem isso fazem), sentem-se no direito de publicar obras meramente espiritualistas como sendo obras espíritas, mesmo defendendo ideias em oposição aos princípios básicos do Espiritismo.
O facto de doar os direitos autores de uma obra não torna necessariamente essa obra algo de qualidade, e muito menos de qualidade espírita.
Afinal, alguns autores católicos e protestantes também doam direitos autores para obras assistenciais e nem por isso seus conteúdos tornam-se espíritas.
Sem respeitar as bases científicas da Doutrina e os métodos de controle da Universalidade do Ensino dos Espíritos, além do escrúpulo kardequiano que assevera que “na dúvida, abstém-te”, os autores arriscam-se, conscientemente ou não, a difundir ideias completamente equivocadas.
Importante frisar que a responsabilidade não é somente dos autores, mas das editoras espíritas, dos directores de livrarias espíritas, dos expositores e dos dirigentes de centros espíritas que vendem e/ou divulgam tais textos.
A recomendação de Erasto, em “O Livro dos Médiuns”, de que “é preferível rejeitar dez verdades do que aceitar uma única mentira, uma única teoria falsa” segue sendo esquecida por muitos escritores, expositores e dirigentes que actuam no movimento espírita.
A Doutrina Espírita prefere um avanço conceitual mais lento, gradual e seguro do que arroubos sem nenhum respaldo na “evidência do facto”, ou seja, sem bases científicas.
Sobre “as utopias, nós esperaremos que elas se concretizem nos factos naturais”, como é ensinado no texto da Codificação Kardequiana.
§.§.§- Ave sem Ninho
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É preferível rejeitar dez verdades...
Leonardo Marmo Moreira discorre sobre o tríplice aspecto do Espiritismo – ciência, filosofia e religião – no artigo Entendendo o Tríplice Aspecto do Espiritismo, em que analisa mais detidamente o aspecto científico e suas consequências filosóficas.
Dele destacamos alguns excertos, adiante comentados.
“Os Espíritos comunicantes também fornecem inumeráveis e contundentes evidências de que seus respectivos estados de felicidade relativa ou de seus níveis de sofrimento pessoal dependem directamente do tipo de vida que tiveram na Terra, envolvendo suas escolhas, trabalhos, trajectórias, falhas morais e realizações espirituais.” (Leonardo Marmo Moreira, no artigo citado.)
Kardec nos diz que as comunicações de Espíritos vulgares ou comuns – sem elevação moral e de capacidade intelectual mediana ou até obtusa – são de uma riqueza de informação notável, porque mostram, por assim dizer, a vida comum, os quefazeres do mundo espiritual, além de “ilustrar” a lei de acção e reacção.
“A vivência pessoal de todos os ‘mortos’ que se comunicam com os ‘vivos’ por meio dos médiuns demonstra a existência de Princípios Universais, tais como a ‘Lei de Progresso’ e a ‘Necessidade da Reencarnação’, nesse processo ininterrupto de aperfeiçoamento do Espírito Imortal.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
Acompanhando o desenrolar do fenómeno medianímico, numa comunicação particular, o diálogo revela as consequências dos actos transactos e nos dá a informação particular de leis universais.
É mais uma riqueza de informações que uma observação atenta pode apreender, como diz Kardec.
“Ademais, o corpo científico-filosófico do Espiritismo, quanto mais estudado e compreendido, deve repercutir em consequências morais da mais alta religiosidade/espiritualidade para cada adepto.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
Para compreender o aspecto moral-religioso é fundamental a reflexão sobre o carácter científico e filosófico do Espiritismo.
Somente com base esclarecida e meditada, base essa robusta e bem orientada, reconhecem-se as consequências religiosas e morais da doutrina codificada por Kardec.
“Entendendo, com bases lógicas, a realidade, reflexionamos sobre a vida e sobre nós mesmos profunda espiritualidade e objectividade, podendo estudar textos antigos de Jesus e de outros Espíritos iluminados à luz da Doutrina Espírita em busca de um amadurecimento espiritual constante.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
O Espiritismo, diz Kardec, é a chave que nos faculta a compreensão da doutrina de Jesus.
Se ilumina o entendimento da doutrina do Cristo, igualmente clareia diversas manifestações da espiritualidade e, por conseguinte, da religiosidade.
“A recomendação de Erasto, em ‘O Livro dos Médiuns’, de que ‘é preferível rejeitar dez verdades do que aceitar uma única mentira, uma única teoria falsa’ segue sendo esquecida por muitos escritores, expositores e dirigentes que actuam no movimento espírita.
A Doutrina Espírita prefere um avanço conceitual mais lento, gradual e seguro do que arroubos sem nenhum respaldo na ‘evidência do fato’, ou seja, sem bases científicas.
Sobre ‘as utopias, nós esperaremos que elas se concretizem nos factos naturais’, como é ensinado no texto da Codificação Kardequiana.” (Leonardo Marmo Moreira.)
Causa-nos estupefacção presenciar o fenómeno da acolhida irreflectida de teóricos improvisados que trazem novidades sem base alguma no conhecimento adquirido e bem fundamentado.
Incluem-se aí, especialmente, os romances ditos mediúnicos cheios de novidades que o leitor incauto toma como verdade, mesmo quando singulares, assim como as teorias absurdas sobre quem foi quem, as predições detalhadas sobre o futuro do nosso orbe, o advento do mundo de regeneração e quejandos.
Santa inocência ou ignorância?
Em verdade não podemos afirmar, mas, seguramente, ausência de base doutrinária.
§.§.§- Ave sem Ninho
Dele destacamos alguns excertos, adiante comentados.
“Os Espíritos comunicantes também fornecem inumeráveis e contundentes evidências de que seus respectivos estados de felicidade relativa ou de seus níveis de sofrimento pessoal dependem directamente do tipo de vida que tiveram na Terra, envolvendo suas escolhas, trabalhos, trajectórias, falhas morais e realizações espirituais.” (Leonardo Marmo Moreira, no artigo citado.)
Kardec nos diz que as comunicações de Espíritos vulgares ou comuns – sem elevação moral e de capacidade intelectual mediana ou até obtusa – são de uma riqueza de informação notável, porque mostram, por assim dizer, a vida comum, os quefazeres do mundo espiritual, além de “ilustrar” a lei de acção e reacção.
“A vivência pessoal de todos os ‘mortos’ que se comunicam com os ‘vivos’ por meio dos médiuns demonstra a existência de Princípios Universais, tais como a ‘Lei de Progresso’ e a ‘Necessidade da Reencarnação’, nesse processo ininterrupto de aperfeiçoamento do Espírito Imortal.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
Acompanhando o desenrolar do fenómeno medianímico, numa comunicação particular, o diálogo revela as consequências dos actos transactos e nos dá a informação particular de leis universais.
É mais uma riqueza de informações que uma observação atenta pode apreender, como diz Kardec.
“Ademais, o corpo científico-filosófico do Espiritismo, quanto mais estudado e compreendido, deve repercutir em consequências morais da mais alta religiosidade/espiritualidade para cada adepto.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
Para compreender o aspecto moral-religioso é fundamental a reflexão sobre o carácter científico e filosófico do Espiritismo.
Somente com base esclarecida e meditada, base essa robusta e bem orientada, reconhecem-se as consequências religiosas e morais da doutrina codificada por Kardec.
“Entendendo, com bases lógicas, a realidade, reflexionamos sobre a vida e sobre nós mesmos profunda espiritualidade e objectividade, podendo estudar textos antigos de Jesus e de outros Espíritos iluminados à luz da Doutrina Espírita em busca de um amadurecimento espiritual constante.”
(Leonardo Marmo Moreira.)
O Espiritismo, diz Kardec, é a chave que nos faculta a compreensão da doutrina de Jesus.
Se ilumina o entendimento da doutrina do Cristo, igualmente clareia diversas manifestações da espiritualidade e, por conseguinte, da religiosidade.
“A recomendação de Erasto, em ‘O Livro dos Médiuns’, de que ‘é preferível rejeitar dez verdades do que aceitar uma única mentira, uma única teoria falsa’ segue sendo esquecida por muitos escritores, expositores e dirigentes que actuam no movimento espírita.
A Doutrina Espírita prefere um avanço conceitual mais lento, gradual e seguro do que arroubos sem nenhum respaldo na ‘evidência do fato’, ou seja, sem bases científicas.
Sobre ‘as utopias, nós esperaremos que elas se concretizem nos factos naturais’, como é ensinado no texto da Codificação Kardequiana.” (Leonardo Marmo Moreira.)
Causa-nos estupefacção presenciar o fenómeno da acolhida irreflectida de teóricos improvisados que trazem novidades sem base alguma no conhecimento adquirido e bem fundamentado.
Incluem-se aí, especialmente, os romances ditos mediúnicos cheios de novidades que o leitor incauto toma como verdade, mesmo quando singulares, assim como as teorias absurdas sobre quem foi quem, as predições detalhadas sobre o futuro do nosso orbe, o advento do mundo de regeneração e quejandos.
Santa inocência ou ignorância?
Em verdade não podemos afirmar, mas, seguramente, ausência de base doutrinária.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1860 (Parte 7)
Continuamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Que virtude deve ser sempre o nosso guia?
B. Devemos ser rigorosos na análise das comunicações mediúnicas?
C. Os Espíritos, quando na erraticidade, fazem também pesquisas?
D. Que erro apontava Channing nos estudos espíritas?
Texto para leitura
144. Dissertando sobre os fantasmas, Kardec diz que os Espíritos podem mostrar-se em qualquer lugar, a qualquer hora, de dia como de noite, e o fazem com a aparência que tinham em vida. (P. 215)
145. Se o morrer pertence à natureza humana, nenhum anjo da guarda tem o poder de opor-se ao curso das leis da Natureza. Estando o momento e o género de morte no destino de cada um, é preciso que se cumpra o destino. (P. 218)
146. Charlet (Espírito) diz que existe progresso moral nos animais e também progresso de condição.
Mais tarde, esclarece que o progresso dos animais se realiza pela educação que recebem do homem. (PP. 220, 221 e 228)
147. Pitágoras lembrava-se de sua antiga existência e reconheceu o escudo que usava no cerco de Troia. (P. 221)
148. Os animais, diz Charlet, têm, quase todos, o mesmo grau de inteligência; há neles variedade de formas; no homem, há variedade de Espíritos. (P. 222)
149. Diz Charlet que o Espírito se eleva pela submissão, pela humildade.
O que o perde é a razão orgulhosa, que o impele a desprezar todo subalterno e invejar todo superior.
A inveja é a mais viva expressão do orgulho. (P. 223)
150. Charlet assevera que a caridade, esta virtude das almas verdadeiramente francas e nobres, deve ser sempre o nosso guia, pois ela é o sinal da verdadeira superioridade. (P. 224)
151. Charlet informa que os animais de Júpiter têm uma linguagem mais precisa e positiva do que a dos nossos animais. (P. 226)
152. Kardec diz que existe uma evidente lacuna entre o animal mais inteligente e o homem.
São Luís o corrige dizendo que essa lacuna dos seres é apenas aparente, pois vem das raças desaparecidas. (PP. 226 e 227)
153. A alma do animal, diz Charlet, não se reconhece após a morte; mas em certos animais, mesmo em muitos, ela é individualizada. (P. 227)
154. Charlet, questionado por Kardec, recua na sua tese a respeito da ferocidade dos animais, que são ferozes por necessidade, por constituição, e nada têm a ver com a queda moral do homem. (P. 229)
155. Aludindo à análise das comunicações recebidas dos Espíritos, Kardec relaciona seis princípios indispensáveis a essa análise e conclui que, fora das questões morais, só se deve acolher com reservas o que vem dos Espíritos, e jamais sem exame. (PP. 233 e 234)
156. São Luís, esclarecendo uma dúvida suscitada na sessão anterior da Sociedade, adverte:
"É preciso que aquele que quer progredir na vida do bem saiba aceitar os conselhos e avisos que se lhes dão, ainda quando lhes firam o amor-próprio.
A prova de seu adiantamento consiste na maneira suave e humilde por que os recebe". (P. 236)
157. São Luís sugere que François Arago seja evocado com o concurso de outro médium e esclarece:
"Um Espírito vem de preferência a uma pessoa cujas ideias simpatizam com as que tinha em vida". (P. 238)
158. Falando sobre a Sociedade Espírita de Paris, Kardec diz que a Sociedade é uma família, cujos membros, animados de recíproca benevolência, devem ser movidos pelo único desejo de instruir-se e banir todo sentimento de personalismo e de rivalidade, desde que compreendam a doutrina como verdadeiros espíritas. (P. 240)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Que virtude deve ser sempre o nosso guia?
B. Devemos ser rigorosos na análise das comunicações mediúnicas?
C. Os Espíritos, quando na erraticidade, fazem também pesquisas?
D. Que erro apontava Channing nos estudos espíritas?
Texto para leitura
144. Dissertando sobre os fantasmas, Kardec diz que os Espíritos podem mostrar-se em qualquer lugar, a qualquer hora, de dia como de noite, e o fazem com a aparência que tinham em vida. (P. 215)
145. Se o morrer pertence à natureza humana, nenhum anjo da guarda tem o poder de opor-se ao curso das leis da Natureza. Estando o momento e o género de morte no destino de cada um, é preciso que se cumpra o destino. (P. 218)
146. Charlet (Espírito) diz que existe progresso moral nos animais e também progresso de condição.
Mais tarde, esclarece que o progresso dos animais se realiza pela educação que recebem do homem. (PP. 220, 221 e 228)
147. Pitágoras lembrava-se de sua antiga existência e reconheceu o escudo que usava no cerco de Troia. (P. 221)
148. Os animais, diz Charlet, têm, quase todos, o mesmo grau de inteligência; há neles variedade de formas; no homem, há variedade de Espíritos. (P. 222)
149. Diz Charlet que o Espírito se eleva pela submissão, pela humildade.
O que o perde é a razão orgulhosa, que o impele a desprezar todo subalterno e invejar todo superior.
A inveja é a mais viva expressão do orgulho. (P. 223)
150. Charlet assevera que a caridade, esta virtude das almas verdadeiramente francas e nobres, deve ser sempre o nosso guia, pois ela é o sinal da verdadeira superioridade. (P. 224)
151. Charlet informa que os animais de Júpiter têm uma linguagem mais precisa e positiva do que a dos nossos animais. (P. 226)
152. Kardec diz que existe uma evidente lacuna entre o animal mais inteligente e o homem.
São Luís o corrige dizendo que essa lacuna dos seres é apenas aparente, pois vem das raças desaparecidas. (PP. 226 e 227)
153. A alma do animal, diz Charlet, não se reconhece após a morte; mas em certos animais, mesmo em muitos, ela é individualizada. (P. 227)
154. Charlet, questionado por Kardec, recua na sua tese a respeito da ferocidade dos animais, que são ferozes por necessidade, por constituição, e nada têm a ver com a queda moral do homem. (P. 229)
155. Aludindo à análise das comunicações recebidas dos Espíritos, Kardec relaciona seis princípios indispensáveis a essa análise e conclui que, fora das questões morais, só se deve acolher com reservas o que vem dos Espíritos, e jamais sem exame. (PP. 233 e 234)
156. São Luís, esclarecendo uma dúvida suscitada na sessão anterior da Sociedade, adverte:
"É preciso que aquele que quer progredir na vida do bem saiba aceitar os conselhos e avisos que se lhes dão, ainda quando lhes firam o amor-próprio.
A prova de seu adiantamento consiste na maneira suave e humilde por que os recebe". (P. 236)
157. São Luís sugere que François Arago seja evocado com o concurso de outro médium e esclarece:
"Um Espírito vem de preferência a uma pessoa cujas ideias simpatizam com as que tinha em vida". (P. 238)
158. Falando sobre a Sociedade Espírita de Paris, Kardec diz que a Sociedade é uma família, cujos membros, animados de recíproca benevolência, devem ser movidos pelo único desejo de instruir-se e banir todo sentimento de personalismo e de rivalidade, desde que compreendam a doutrina como verdadeiros espíritas. (P. 240)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
159. Finda a sessão de 20-7-1860, Kardec perguntou a São Luís se tinha ficado satisfeito.
Eis a resposta: "Sim e não.
Errastes, permitindo cochichos contínuos de certos sócios, quando os Espíritos são interrogados".
Após tecer outras observações, São Luís pede a Kardec para lê-las na próxima sessão:
"Dizei-lhes que esta não é uma sala para conversa". (P. 242)
160. A Revue publica carta do dr. De Grand-Boulogne, doutor em Medicina, antigo vice-cônsul da França, que enumera os pontos comuns dos ensinamentos cristãos e espíritas, que ele diz adoptar sinceramente, e afirma que a maior virtude é a caridade. (PP. 242 a 244)
161. A caridade, diz ele, é o atributo especial da alma que, em suas ardentes aspirações para o bem, se esquece de si mesma e se consome em esforços pela felicidade do próximo.
O saber é uma qualidade; a caridade, uma virtude. (P. 244)
162. Após relatar os fenómenos da Rua des Noyers, cuja veracidade foi atestada por São Luís, Kardec diz que entre os moradores da casa havia um médium (a criada) que possibilitou se dessem as manifestações. (PP. 246 e 247)
163. O Espírito de Thilorier, o físico, diz que os Espíritos também fazem pesquisas e descobertas no estado errante, e são eles que, uma vez autorizados, inspiram os homens de Ciência envolvidos na mesma busca. (P. 256)
164. São Luís examina o assunto e informa que para a comunicação das descobertas que transformam o aspecto exterior das coisas Deus deixa a ideia amadurecer, como as espigas cujo desenvolvimento o inverno retarda. (P. 257)
165. Evocando o homem que se suicidou para livrar o filho da guerra da Itália, Kardec ensina que a intenção atenua o mal e merece indulgência, mas não evita que aquilo que é mal seja assim considerado. (P. 259)
166. Channing (Espírito) diz que no estudo do Espiritismo há um grave erro que cada dia mais se propaga: é o de julgarem os Espíritos infalíveis nas respostas.
E pede que não lhes perguntem o que eles não podem nem devem dizer. (P. 264)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Que virtude deve ser sempre o nosso guia?
Segundo Charlet (Espírito), a caridade, esta virtude das almas verdadeiramente francas e nobres, deve ser sempre o nosso guia, pois ela é o sinal da verdadeira superioridade.
O Espírito – disse Charlet – se eleva pela submissão, pela humildade.
E o que o perde é a razão orgulhosa, que o impele a desprezar todo subalterno e invejar todo superior, pois a inveja é a mais viva expressão do orgulho.
(Revue Spirite, pp. 223 e 224.)
B. Devemos ser rigorosos na análise das comunicações mediúnicas?
Sim. Ao relacionar seis princípios indispensáveis a essa análise, Kardec disse que, fora das questões morais, só se deve acolher com reservas o que vem dos Espíritos, e jamais sem exame.
(Obra citada, pp. 233 e 234.)
C. Os Espíritos, quando na erraticidade, fazem também pesquisas?
Evidentemente. O Espírito de Thilorier, o físico, diz que os Espíritos também fazem pesquisas e descobertas no estado errante e são eles que, uma vez autorizados, inspiram os homens de Ciência envolvidos na mesma busca.
(Obra citada, p. 256.)
D. Que erro apontava Channing nos estudos espíritas?
Channing (Espírito) dizia que no estudo do Espiritismo havia um grave erro que cada dia mais se propagava:
o de julgarem os Espíritos infalíveis nas respostas.
E deu a respeito um conselho objectivo:
não devemos perguntar-lhes o que eles não podem nem devem dizer.
(Obra citada, p. 264.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Eis a resposta: "Sim e não.
Errastes, permitindo cochichos contínuos de certos sócios, quando os Espíritos são interrogados".
Após tecer outras observações, São Luís pede a Kardec para lê-las na próxima sessão:
"Dizei-lhes que esta não é uma sala para conversa". (P. 242)
160. A Revue publica carta do dr. De Grand-Boulogne, doutor em Medicina, antigo vice-cônsul da França, que enumera os pontos comuns dos ensinamentos cristãos e espíritas, que ele diz adoptar sinceramente, e afirma que a maior virtude é a caridade. (PP. 242 a 244)
161. A caridade, diz ele, é o atributo especial da alma que, em suas ardentes aspirações para o bem, se esquece de si mesma e se consome em esforços pela felicidade do próximo.
O saber é uma qualidade; a caridade, uma virtude. (P. 244)
162. Após relatar os fenómenos da Rua des Noyers, cuja veracidade foi atestada por São Luís, Kardec diz que entre os moradores da casa havia um médium (a criada) que possibilitou se dessem as manifestações. (PP. 246 e 247)
163. O Espírito de Thilorier, o físico, diz que os Espíritos também fazem pesquisas e descobertas no estado errante, e são eles que, uma vez autorizados, inspiram os homens de Ciência envolvidos na mesma busca. (P. 256)
164. São Luís examina o assunto e informa que para a comunicação das descobertas que transformam o aspecto exterior das coisas Deus deixa a ideia amadurecer, como as espigas cujo desenvolvimento o inverno retarda. (P. 257)
165. Evocando o homem que se suicidou para livrar o filho da guerra da Itália, Kardec ensina que a intenção atenua o mal e merece indulgência, mas não evita que aquilo que é mal seja assim considerado. (P. 259)
166. Channing (Espírito) diz que no estudo do Espiritismo há um grave erro que cada dia mais se propaga: é o de julgarem os Espíritos infalíveis nas respostas.
E pede que não lhes perguntem o que eles não podem nem devem dizer. (P. 264)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Que virtude deve ser sempre o nosso guia?
Segundo Charlet (Espírito), a caridade, esta virtude das almas verdadeiramente francas e nobres, deve ser sempre o nosso guia, pois ela é o sinal da verdadeira superioridade.
O Espírito – disse Charlet – se eleva pela submissão, pela humildade.
E o que o perde é a razão orgulhosa, que o impele a desprezar todo subalterno e invejar todo superior, pois a inveja é a mais viva expressão do orgulho.
(Revue Spirite, pp. 223 e 224.)
B. Devemos ser rigorosos na análise das comunicações mediúnicas?
Sim. Ao relacionar seis princípios indispensáveis a essa análise, Kardec disse que, fora das questões morais, só se deve acolher com reservas o que vem dos Espíritos, e jamais sem exame.
(Obra citada, pp. 233 e 234.)
C. Os Espíritos, quando na erraticidade, fazem também pesquisas?
Evidentemente. O Espírito de Thilorier, o físico, diz que os Espíritos também fazem pesquisas e descobertas no estado errante e são eles que, uma vez autorizados, inspiram os homens de Ciência envolvidos na mesma busca.
(Obra citada, p. 256.)
D. Que erro apontava Channing nos estudos espíritas?
Channing (Espírito) dizia que no estudo do Espiritismo havia um grave erro que cada dia mais se propagava:
o de julgarem os Espíritos infalíveis nas respostas.
E deu a respeito um conselho objectivo:
não devemos perguntar-lhes o que eles não podem nem devem dizer.
(Obra citada, p. 264.)
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ILUSÕES DO ORGULHO
Melindre é o orgulho na mágoa.
Cultivemos a coragem de ser criticados.
Pretensão é o orgulho nas aspirações.
Aprendamos a contentar com a alegria de trabalhar, sem expectativas pessoais.
Presunção é o orgulho no saber.
Tomemos por divisa que toda opinião deve ser escutada com o desejo de aprender.
Preconceito é o orgulho nas concepções.
Habituemos a manter análises imparciais e flexíveis.
Indiferença é o orgulho na sensibilidade.
Adoptemos a aceitação e respeito em todas ocasiões de êxitos e insucessos alheios.
Desprezo é o orgulho no entendimento.
Acostumemos a pensar que para Deus tudo tem valor, mesmo que por agora não o compreendamos.
Personalismo é o orgulho centrado no eu.
Eduquemos a abnegação nas atitudes.
Vaidade é o orgulho do que se imagina ser.
Procuremos conhecer a nós mesmos e ter coragem para aceitarmo-nos tais quais somos, fazendo o melhor que pudermos na melhoria pessoal.
Inveja é o orgulho perante as vitórias alheias.
Admitamos que temos esse sentimento e o enfrentemos com dignidade e humildade.
A falsa modéstia é orgulho da “humildade artificial”.
Esforcemos pela simplicidade que vem da alma sem querer impressionar.
A prepotência é o orgulho de poder.
Aprendamos o poder interior connosco mesmos transformando a prepotência em autoridade.
Dissimulação é o orgulho nas aparências.
Esforcemos por ser quem somos, sem receios, amando-nos como somos.
A reeducação moral através das reencarnações nos levará a renovar esse quadro de penúria espiritual da Terra, sob a escravização das sombrias manifestações orgulhosas.
Estamos todos, encarnados e desencarnados, nessa busca de superação e enfrentamento com as nossas imperfeições milenares, e não será num salto que venceremos a grande e demorada luta.
Apliquemo-nos nas preciosas e universais lições de Jesus, iluminadas pelos raios da lógica espírita, e esforcemo-nos sem desistir da longa caminhada na conquista da humildade...
Precisaremos de muita coragem para ser humildes, ser o que somos...
Ser humilde é tirar as capas que colocamos com o orgulho ao longo dessa caminhada...
Blog Espiritismo Na Rede baseado em texto do livro: Mereça Ser Feliz Pelo Espírito Ermance Dufaux
§.§.§- Ave sem Ninho
Cultivemos a coragem de ser criticados.
Pretensão é o orgulho nas aspirações.
Aprendamos a contentar com a alegria de trabalhar, sem expectativas pessoais.
Presunção é o orgulho no saber.
Tomemos por divisa que toda opinião deve ser escutada com o desejo de aprender.
Preconceito é o orgulho nas concepções.
Habituemos a manter análises imparciais e flexíveis.
Indiferença é o orgulho na sensibilidade.
Adoptemos a aceitação e respeito em todas ocasiões de êxitos e insucessos alheios.
Desprezo é o orgulho no entendimento.
Acostumemos a pensar que para Deus tudo tem valor, mesmo que por agora não o compreendamos.
Personalismo é o orgulho centrado no eu.
Eduquemos a abnegação nas atitudes.
Vaidade é o orgulho do que se imagina ser.
Procuremos conhecer a nós mesmos e ter coragem para aceitarmo-nos tais quais somos, fazendo o melhor que pudermos na melhoria pessoal.
Inveja é o orgulho perante as vitórias alheias.
Admitamos que temos esse sentimento e o enfrentemos com dignidade e humildade.
A falsa modéstia é orgulho da “humildade artificial”.
Esforcemos pela simplicidade que vem da alma sem querer impressionar.
A prepotência é o orgulho de poder.
Aprendamos o poder interior connosco mesmos transformando a prepotência em autoridade.
Dissimulação é o orgulho nas aparências.
Esforcemos por ser quem somos, sem receios, amando-nos como somos.
A reeducação moral através das reencarnações nos levará a renovar esse quadro de penúria espiritual da Terra, sob a escravização das sombrias manifestações orgulhosas.
Estamos todos, encarnados e desencarnados, nessa busca de superação e enfrentamento com as nossas imperfeições milenares, e não será num salto que venceremos a grande e demorada luta.
Apliquemo-nos nas preciosas e universais lições de Jesus, iluminadas pelos raios da lógica espírita, e esforcemo-nos sem desistir da longa caminhada na conquista da humildade...
Precisaremos de muita coragem para ser humildes, ser o que somos...
Ser humilde é tirar as capas que colocamos com o orgulho ao longo dessa caminhada...
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Amar os Pais: Uma fonte de Riqueza
Lá pelos meus dez ou onze anos, sempre que tinha algum comportamento inadequado, que entristecesse ou contrariasse meus pais, meu pai me dizia:
– Dê as flores em vida…
Eu detestava quando ele dizia isso, sentia desconforto.
Aquela frase me fazia lembrar que a vida é passageira e eu não gostava nenhum pouco de pensar nisso.
Mas os anos foram me transformando e à medida que eu crescia, compreendia melhor essa frase de meu pai.
E comecei a distribuir as flores.
GRATIDÃO, um presente que não tem preço
Pensando em nossos pais, queremos oferecer a eles o melhor que temos.
Compramos presentes nas datas comemorativas, como dia dos pais e dia das mães, no aniversário deles; pensamos na saúde, nas necessidades que eles têm na dimensão emocional e física.
Queremos o melhor para ofertar àqueles que cuidaram de nós, que nos protegeram, nos orientaram e nos ensinaram a dar os primeiros passos em nossa nova reencarnação.
No capítulo XIV do livro Evangelho Segundo o Espiritismo, aprendemos sobre a amplitude do que é honrar pai e mãe:
gratidão, cuidado e respeito, sobretudo com os mais idosos.
A gratidão é um sentimento profundo, e nutri-la em relação aos nossos pais é fazer um exercício de voltar no tempo e relembrar cada gesto, cada cuidado, cada necessidade suprida que nossos pais nos proporcionaram.
Quando fazemos esse exercício no silêncio interior, com total sinceridade, observamos em nossa memória quantas coisas boas nossos pais fizeram por nós.
E esse sentimento intenso de gratidão nos faz sentir quase uma reverência pela dedicação deles.
Conseguimos, então, valorizá-los adequadamente, brotando um profundo respeito pelo que eles já realizaram.
Mas, surge uma pergunta:
e quando os pais descuidaram de seus deveres para com os seus filhos?
PERDÃO, a chave para deixar o amor fluir
Temos o livre arbítrio e podemos escolher o que vamos valorizar na relação com nossos pais.
Sabemos que a reencarnação em determinada família, tendo os pais que temos, não é uma coincidência, e sim uma providência.
Em cada nova encarnação, como parte de nosso processo de aprendizagem para o crescimento espiritual, Deus nos dá o que precisamos, e nossas experiências serão sempre o resultado daquilo que semeamos.
Compreendendo essa verdade universal de causa e efeito, podemos perdoar nossos pais pelas falhas que cometeram.
Quando escolhemos perdoar, nos libertamos dos traumas que eventualmente nossos pais nos causaram e os libertamos também, pelas falhas que eles cometeram.
Quando aprendemos a perdoar, podemos deixar o amor fluir através de nós de forma mais limpa, verdadeira e intensa.
E o amor nos cura, cura as relações, e prepara um futuro melhor para todos os envolvidos.
Somos seres imperfeitos, com limitações e inúmeras questões a serem resolvidas.
Por isso estamos na Terra.
Se quisermos dar o melhor para nossos pais, oferecendo flores em vida, precisamos honestamente, com todo o nosso coração, perdoar nossos pais.
Expressando o RESPEITO
Quando a gratidão nos preenche e exercitamos o perdão, o respeito por nossos pais surge naturalmente.
E vamos buscando modos de expressar esses sentimentos, de honrá-los.
Não é raro depararmos com a teimosia deles, mesmo quando queremos ajuda-los.
Então chega o momento de exercitar a paciência, tal qual eles fizeram por nós.
– Dê as flores em vida…
Eu detestava quando ele dizia isso, sentia desconforto.
Aquela frase me fazia lembrar que a vida é passageira e eu não gostava nenhum pouco de pensar nisso.
Mas os anos foram me transformando e à medida que eu crescia, compreendia melhor essa frase de meu pai.
E comecei a distribuir as flores.
GRATIDÃO, um presente que não tem preço
Pensando em nossos pais, queremos oferecer a eles o melhor que temos.
Compramos presentes nas datas comemorativas, como dia dos pais e dia das mães, no aniversário deles; pensamos na saúde, nas necessidades que eles têm na dimensão emocional e física.
Queremos o melhor para ofertar àqueles que cuidaram de nós, que nos protegeram, nos orientaram e nos ensinaram a dar os primeiros passos em nossa nova reencarnação.
No capítulo XIV do livro Evangelho Segundo o Espiritismo, aprendemos sobre a amplitude do que é honrar pai e mãe:
gratidão, cuidado e respeito, sobretudo com os mais idosos.
A gratidão é um sentimento profundo, e nutri-la em relação aos nossos pais é fazer um exercício de voltar no tempo e relembrar cada gesto, cada cuidado, cada necessidade suprida que nossos pais nos proporcionaram.
Quando fazemos esse exercício no silêncio interior, com total sinceridade, observamos em nossa memória quantas coisas boas nossos pais fizeram por nós.
E esse sentimento intenso de gratidão nos faz sentir quase uma reverência pela dedicação deles.
Conseguimos, então, valorizá-los adequadamente, brotando um profundo respeito pelo que eles já realizaram.
Mas, surge uma pergunta:
e quando os pais descuidaram de seus deveres para com os seus filhos?
PERDÃO, a chave para deixar o amor fluir
Temos o livre arbítrio e podemos escolher o que vamos valorizar na relação com nossos pais.
Sabemos que a reencarnação em determinada família, tendo os pais que temos, não é uma coincidência, e sim uma providência.
Em cada nova encarnação, como parte de nosso processo de aprendizagem para o crescimento espiritual, Deus nos dá o que precisamos, e nossas experiências serão sempre o resultado daquilo que semeamos.
Compreendendo essa verdade universal de causa e efeito, podemos perdoar nossos pais pelas falhas que cometeram.
Quando escolhemos perdoar, nos libertamos dos traumas que eventualmente nossos pais nos causaram e os libertamos também, pelas falhas que eles cometeram.
Quando aprendemos a perdoar, podemos deixar o amor fluir através de nós de forma mais limpa, verdadeira e intensa.
E o amor nos cura, cura as relações, e prepara um futuro melhor para todos os envolvidos.
Somos seres imperfeitos, com limitações e inúmeras questões a serem resolvidas.
Por isso estamos na Terra.
Se quisermos dar o melhor para nossos pais, oferecendo flores em vida, precisamos honestamente, com todo o nosso coração, perdoar nossos pais.
Expressando o RESPEITO
Quando a gratidão nos preenche e exercitamos o perdão, o respeito por nossos pais surge naturalmente.
E vamos buscando modos de expressar esses sentimentos, de honrá-los.
Não é raro depararmos com a teimosia deles, mesmo quando queremos ajuda-los.
Então chega o momento de exercitar a paciência, tal qual eles fizeram por nós.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
E encontramos modos impensáveis de apoia-los, afinal, o que importa é vê-los felizes, saudáveis e em paz.
Ressaltamos a seguir alguns aspectos que podem contribuir para que seus pais tenham uma vida mais feliz e completa.
Bem-estar físico e emocional
A cura pela natureza é não somente remédio para doenças instaladas, como prevenção para outras. Desse modo o uso da homeopatia, de florais e de fitoterapia pode ser de grande apoio.
Os medos estão por traz de grande parte da ansiedade e angustia que todos nós sentimos.
Com a idade avançada, muitas vezes o medo da morte se torna mais presente.
Uma maneira eficaz de lidarmos com os medos, especialmente o da morte, é nos concentrarmos em viver o momento presente, viver o agora, estar fortemente conectado com o presente.
Na verdade, o agora é o único momento que realmente existe pois sabemos que o passado já foi e o futuro está sendo criado agora.
Não raro escutamos as pessoas mais velhas dizerem: “na minha época, acontecia isso e isso” “na minha época o namoro era assim e assado.”
Mas, qual é a época de nossa avó?
Se ela estiver viva, esta época também é a época dela, só que vivida na fase da idade mais avançada.
Nossa época é hoje, agora, de todos nós.
Estamos encarnados neste planeta, fazemos parte dele e de tudo o que importa nele agora.
Cuidados com o espírito imortal
Muitos dizem que temos um espírito, mas o espiritismo nos ensina que somos espíritos em um corpo material, denso.
Nosso espírito é o nosso verdadeiro eu, nossa essência, que existia antes de encarnarmos e continuará existindo depois de nossa morte.
Cuidar de nosso espírito é cuidar verdadeiramente de nós.
Já que estamos na Terra para aprender, buscar viver novas experiências é fundamental para que nos sintamos vivos.
À medida que envelhecemos, torna-se ainda mais importante cultivar esse apreço pelo novo, já que nossa tendência é nos apegarmos a tudo o que já conhecemos, e isso vai nos enrijecendo, nos cristalizando.
E se nossa mente fica rígida, nosso corpo seguirá pelo mesmo caminho já que o espírito é quem comanda a matéria e não o inverso.
Leituras edificantes são sempre uma óptima fonte de alimento para o espírito, em especial os livros espíritas, que trazem perfectivas positivas para o futuro, alimentando a esperança, o optimismo, conferindo mais paz e alegria.
Livros que proporcionem ampliação da consciência, alegria e experiências elevadas.
Conheça a história de perdão entre um pai e um filho no livro CINZAS DO PASSADO.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ressaltamos a seguir alguns aspectos que podem contribuir para que seus pais tenham uma vida mais feliz e completa.
Bem-estar físico e emocional
A cura pela natureza é não somente remédio para doenças instaladas, como prevenção para outras. Desse modo o uso da homeopatia, de florais e de fitoterapia pode ser de grande apoio.
Os medos estão por traz de grande parte da ansiedade e angustia que todos nós sentimos.
Com a idade avançada, muitas vezes o medo da morte se torna mais presente.
Uma maneira eficaz de lidarmos com os medos, especialmente o da morte, é nos concentrarmos em viver o momento presente, viver o agora, estar fortemente conectado com o presente.
Na verdade, o agora é o único momento que realmente existe pois sabemos que o passado já foi e o futuro está sendo criado agora.
Não raro escutamos as pessoas mais velhas dizerem: “na minha época, acontecia isso e isso” “na minha época o namoro era assim e assado.”
Mas, qual é a época de nossa avó?
Se ela estiver viva, esta época também é a época dela, só que vivida na fase da idade mais avançada.
Nossa época é hoje, agora, de todos nós.
Estamos encarnados neste planeta, fazemos parte dele e de tudo o que importa nele agora.
Cuidados com o espírito imortal
Muitos dizem que temos um espírito, mas o espiritismo nos ensina que somos espíritos em um corpo material, denso.
Nosso espírito é o nosso verdadeiro eu, nossa essência, que existia antes de encarnarmos e continuará existindo depois de nossa morte.
Cuidar de nosso espírito é cuidar verdadeiramente de nós.
Já que estamos na Terra para aprender, buscar viver novas experiências é fundamental para que nos sintamos vivos.
À medida que envelhecemos, torna-se ainda mais importante cultivar esse apreço pelo novo, já que nossa tendência é nos apegarmos a tudo o que já conhecemos, e isso vai nos enrijecendo, nos cristalizando.
E se nossa mente fica rígida, nosso corpo seguirá pelo mesmo caminho já que o espírito é quem comanda a matéria e não o inverso.
Leituras edificantes são sempre uma óptima fonte de alimento para o espírito, em especial os livros espíritas, que trazem perfectivas positivas para o futuro, alimentando a esperança, o optimismo, conferindo mais paz e alegria.
Livros que proporcionem ampliação da consciência, alegria e experiências elevadas.
Conheça a história de perdão entre um pai e um filho no livro CINZAS DO PASSADO.
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Opinião Espírita (Parte 2)
Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Questões preliminares
A. O espírita deve viver de modo diferente dos outros?
Não deve, nem pode.
Na visão de André Luiz, o espírita não viverá de modo diferente das demais pessoas; mas deve, convidado pela consciência, imprimir o traço de sua convicção espírita em cada atitude que tome.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
B. André Luiz nos dá algum exemplo da recomendação acima citada?
Sim. Ele nos oferece vários exemplos.
Com relação aos que escrevem ao público, o espírita de verdade não redigirá para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o incenso a si mesmos.
Ele escreve enobrecendo.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
C. Como definir a expressão economia espírita, utilizada por André Luiz?
Conforme o pensamento de André Luiz, a economia espírita, seja no lar ou na casa de assistência colectiva, no campo ou no vilarejo, nas grandes cidades ou nas metrópoles, é a economia da fraternidade, que usa os dons da vida sem abuso e que auxilia espontaneamente sem ideias de recolher agradecimentos ou paga de qualquer espécie, por reconhecer que os outros necessitam de nós como necessitamos deles, uma vez que todos somos irmãos.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
Texto para leitura
34. Traço espírita – O companheiro contado na estatística da Nova Revelação não pode viver de modo diferente dos outros, no entanto é convidado pela consciência a imprimir o traço de sua convicção espírita em cada atitude.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
35. Trabalha - não ao jeito de pião consciente enrolado ao cordel da ambição desregrada, aniquilando-se sem qualquer proveito.
Age construindo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
36. Ganha - não para reter o dinheiro ou os recursos da vida na geladeira da usura.
Possui auxiliando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
37. Estuda - não para converter a personalidade num cabide de condecorações académicas sem valor para a humanidade.
Aprende servindo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
38. Prega - não para premiar-se em torneios de oratória e eloquência, transfigurando a tribuna em altar de suposto endeusamento.
Fala edificando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
39. Administra - não para ostentar-se nas galerias do poder, sem aderir à responsabilidade que lhe pesa nos ombros.
Dirige obedecendo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
40. Instrui - não para transformar os aprendizes em carneiros destinados à tosquia constante, na garantia de propinas sociais e económicas.
Ensina exemplificando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
41. Redige - não para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o incenso a si mesmos.
Escreve enobrecendo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
Questões preliminares
A. O espírita deve viver de modo diferente dos outros?
Não deve, nem pode.
Na visão de André Luiz, o espírita não viverá de modo diferente das demais pessoas; mas deve, convidado pela consciência, imprimir o traço de sua convicção espírita em cada atitude que tome.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
B. André Luiz nos dá algum exemplo da recomendação acima citada?
Sim. Ele nos oferece vários exemplos.
Com relação aos que escrevem ao público, o espírita de verdade não redigirá para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o incenso a si mesmos.
Ele escreve enobrecendo.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
C. Como definir a expressão economia espírita, utilizada por André Luiz?
Conforme o pensamento de André Luiz, a economia espírita, seja no lar ou na casa de assistência colectiva, no campo ou no vilarejo, nas grandes cidades ou nas metrópoles, é a economia da fraternidade, que usa os dons da vida sem abuso e que auxilia espontaneamente sem ideias de recolher agradecimentos ou paga de qualquer espécie, por reconhecer que os outros necessitam de nós como necessitamos deles, uma vez que todos somos irmãos.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
Texto para leitura
34. Traço espírita – O companheiro contado na estatística da Nova Revelação não pode viver de modo diferente dos outros, no entanto é convidado pela consciência a imprimir o traço de sua convicção espírita em cada atitude.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
35. Trabalha - não ao jeito de pião consciente enrolado ao cordel da ambição desregrada, aniquilando-se sem qualquer proveito.
Age construindo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
36. Ganha - não para reter o dinheiro ou os recursos da vida na geladeira da usura.
Possui auxiliando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
37. Estuda - não para converter a personalidade num cabide de condecorações académicas sem valor para a humanidade.
Aprende servindo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
38. Prega - não para premiar-se em torneios de oratória e eloquência, transfigurando a tribuna em altar de suposto endeusamento.
Fala edificando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
39. Administra - não para ostentar-se nas galerias do poder, sem aderir à responsabilidade que lhe pesa nos ombros.
Dirige obedecendo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
40. Instrui - não para transformar os aprendizes em carneiros destinados à tosquia constante, na garantia de propinas sociais e económicas.
Ensina exemplificando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
41. Redige - não para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o incenso a si mesmos.
Escreve enobrecendo. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
42. Cultiva a fé - não com o intento pretensioso de escalar o céu teológico pelo êxtase inoperante, na falsa ideia de caprichos e privilégios.
Crê realizando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
43. O espírita vive como vivem os outros, mas em todas as manifestações da existência é chamado a servir aos outros, através da atitude.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
44. Economia espírita – O Espiritismo abrange com a sua influência regenerativa e edificante não apenas a individualidade, mas também todos os círculos de actividade em que a pessoa respire.
É assim que o Espiritismo na economia valoriza os mínimos recursos, conferindo-lhes especial significação.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
45. Vejamos o comportamento do espírita, diante dos valores considerados de pouca monta:
Livro respeitável - Não o entregará à fome do cupim.
Diligenciará transferi-lo a companheiros que lhe aproveitem a leitura.
Jornal espírita lido - Não alimentará com ele o monte de lixo.
Respeitar-lhe-á o valor fazendo-o circular, notadamente entre os irmãos entregues à fauna rural ou núcleos distantes ou ainda entre reclusos em hospitais e penitenciárias, sem maiores facilidades para o acesso ao conhecimento doutrinário.
Publicações de qualquer natureza - Não fará com elas fogueiras sem propósito.
Saberá empacotá-las, entregando-as aos necessitados que muitas vezes conquistam o pão catando papéis velhos.
Objectivos disponíveis - Não fará dos pertences sem uso, elogio à inutilidade.
Encontrará meios de movimentá-los, sem exibição de virtude, em auxílio dos irmãos a que possam prestar serviço.
Móvel desnecessário - Não guardará os trastes caseiros em locais de despejo.
Saberá encaminhá-lo em bases de fraternidade para recintos domésticos menos favorecidos, melhorando as condições do conforto geral.
Roupa fora de serventia - Não cultivará pastagem para as traças.
Achará meios de situar com gentileza todos os apetrechos de vestuário, cobertura e agasalho, em benefício de companheiros menos aquinhoados por vantagens materiais.
Sapatos aposentados - Não fará deles ninhos de insectos.
Providenciar-lhes-á reforma e limpeza, passando-os, cordialmente, àqueles que não conseguem o suficiente para se calçarem.
Medicamento usado mas útil - Não lançará fora o remédio de que não mais careça e que ainda apresenta utilidade.
Cedê-lo-á aos enfermos a que se façam indicados.
Selos utilizados - Não rasgará sem considerações os selos postais já carimbados.
Compreenderá que eles são valiosos ainda e ofertá-los-á a instituições beneficentes que os transformarão em socorro aos semelhantes.
Recipientes, garrafas e vidros vazios - Não levantará montes de cacos onde resida.
Empregará todos os invólucros e frascos sem aplicação imediata na benemerência para com o próximo em luta pela própria sustentação.
Géneros, frutos, brinquedos e enfeites sem proveito no lar - Não exaltará em casa o egoísmo ou o desperdício.
Lembrar-se-á de outros redutos domésticos, onde pais doentes e fatigados, entre crianças enfraquecidas e tristes receber-lhe-ão por bênçãos de alegria as pequenas dádivas de amor, em nome de solidariedade, que é para nós todos simples obrigação.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
46. A economia espírita não recomenda desapreço à propriedade alheia e nem endossa o esbanjamento.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
47. Seja no lar ou na casa de assistência colectiva, no campo ou no vilarejo, nas grandes cidades ou nas metrópoles, é a economia da fraternidade, que usa os dons da vida sem abuso e que auxilia espontaneamente sem ideias de recolher agradecimentos ou paga de qualquer espécie, por reconhecer, diante do Cristo e dos princípios espíritas, que os outros necessitam de nós como necessitamos deles, uma vez que todos somos irmãos.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Crê realizando. (Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
43. O espírita vive como vivem os outros, mas em todas as manifestações da existência é chamado a servir aos outros, através da atitude.
(Opinião Espírita, cap. 3: Traço espírita.)
44. Economia espírita – O Espiritismo abrange com a sua influência regenerativa e edificante não apenas a individualidade, mas também todos os círculos de actividade em que a pessoa respire.
É assim que o Espiritismo na economia valoriza os mínimos recursos, conferindo-lhes especial significação.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
45. Vejamos o comportamento do espírita, diante dos valores considerados de pouca monta:
Livro respeitável - Não o entregará à fome do cupim.
Diligenciará transferi-lo a companheiros que lhe aproveitem a leitura.
Jornal espírita lido - Não alimentará com ele o monte de lixo.
Respeitar-lhe-á o valor fazendo-o circular, notadamente entre os irmãos entregues à fauna rural ou núcleos distantes ou ainda entre reclusos em hospitais e penitenciárias, sem maiores facilidades para o acesso ao conhecimento doutrinário.
Publicações de qualquer natureza - Não fará com elas fogueiras sem propósito.
Saberá empacotá-las, entregando-as aos necessitados que muitas vezes conquistam o pão catando papéis velhos.
Objectivos disponíveis - Não fará dos pertences sem uso, elogio à inutilidade.
Encontrará meios de movimentá-los, sem exibição de virtude, em auxílio dos irmãos a que possam prestar serviço.
Móvel desnecessário - Não guardará os trastes caseiros em locais de despejo.
Saberá encaminhá-lo em bases de fraternidade para recintos domésticos menos favorecidos, melhorando as condições do conforto geral.
Roupa fora de serventia - Não cultivará pastagem para as traças.
Achará meios de situar com gentileza todos os apetrechos de vestuário, cobertura e agasalho, em benefício de companheiros menos aquinhoados por vantagens materiais.
Sapatos aposentados - Não fará deles ninhos de insectos.
Providenciar-lhes-á reforma e limpeza, passando-os, cordialmente, àqueles que não conseguem o suficiente para se calçarem.
Medicamento usado mas útil - Não lançará fora o remédio de que não mais careça e que ainda apresenta utilidade.
Cedê-lo-á aos enfermos a que se façam indicados.
Selos utilizados - Não rasgará sem considerações os selos postais já carimbados.
Compreenderá que eles são valiosos ainda e ofertá-los-á a instituições beneficentes que os transformarão em socorro aos semelhantes.
Recipientes, garrafas e vidros vazios - Não levantará montes de cacos onde resida.
Empregará todos os invólucros e frascos sem aplicação imediata na benemerência para com o próximo em luta pela própria sustentação.
Géneros, frutos, brinquedos e enfeites sem proveito no lar - Não exaltará em casa o egoísmo ou o desperdício.
Lembrar-se-á de outros redutos domésticos, onde pais doentes e fatigados, entre crianças enfraquecidas e tristes receber-lhe-ão por bênçãos de alegria as pequenas dádivas de amor, em nome de solidariedade, que é para nós todos simples obrigação.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
46. A economia espírita não recomenda desapreço à propriedade alheia e nem endossa o esbanjamento.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
47. Seja no lar ou na casa de assistência colectiva, no campo ou no vilarejo, nas grandes cidades ou nas metrópoles, é a economia da fraternidade, que usa os dons da vida sem abuso e que auxilia espontaneamente sem ideias de recolher agradecimentos ou paga de qualquer espécie, por reconhecer, diante do Cristo e dos princípios espíritas, que os outros necessitam de nós como necessitamos deles, uma vez que todos somos irmãos.
(Opinião Espírita, cap. 5: Economia espírita.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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A nobre transmissão do Espiritismo no interior do centro espírita
Após a desencarnação de Allan Kardec o Movimento Espírita francês e mundial sucumbiu, devido à imaturidade doutrinária de Pierre G. Leymarie.
A ele foi incumbida a administração do espólio da família de Kardec e teve a obrigação de sustentar a propagação do Espiritismo, mas, ao invés disso, mistificou a propaganda doutrinária, e para descrédito do Espiritismo, teve que amargar uma cadeira por comprovadas fraudes veiculadas na Revista Espírita.
Leymarie era um apaixonado praticante da Teosofia de Blavatsky e defendia as ridículas obras de J. B. Roustaing e, para variar, era deslumbrado pela maçonaria, ora, com tal “curriculum vitae”, as suas atuações suscitaram o desfalecimento do Movimento Espírita mundial.
Cinco décadas após a desencarnação de Kardec, nos primórdios do século XX, houve um surto de renascimento do Movimento Espírita francês e mundial até os meados da década de 1920, graças às lideranças de Léon Denis, Gabriel Delanne, Gustave Geley e Camille Flammarion, desaparecendo, porém, rapidamente, quando esses quatro baluartes desencarnam.
Logo após, durante a Segunda Guerra Mundial, ocorreu desmontagem e quase o total aniquilamento do Movimento Espírita nas plagas de Kardec.
Sobre esse cenário, André Luiz indagou ao Espírito Gabriel Delanne:
“qual a opinião acerca do Espiritismo, na França?”.
Delanne respondeu:
“Não nos é lícito dizer haja alcançado o nível ideal (...), mas, complementando que legiões de companheiros da obra de Allan Kardec reencarnaram, não só na França, porém igualmente em outros países, notadamente no Brasil, para a sustentação do edifício kardequiano”.[1]
Sobre o translado do “Espiritismo” para o Brasil, estamos convencidos de que a transposição da respectiva “direcção” do Movimento Espírita mundial, da França para o Brasil, sobreveio após a desencarnação dos quatro baluartes supramencionados, no período entre o final da década de 1920 e o início da década de 1930, aliás, coincidindo com o início da missão mediúnica de Francisco Cândido Xavier.
Antes desse período, o Espiritismo que era praticado no Brasil seguia o modelito Leymareano, portanto, obrigatoriamente inspirado pela teosofia e pelo roustanguismo, introduzido e apoiado por Luiz Olímpio Teles de Menezes, em seguida liderado pela entidade (edificada a partir do Grupo “Confúcio”), que decidiu auto-proclamar-se “mãe” das instituições espíritas do Brasil.
Retornemos à França.
O Movimento Espírita francês voltou a se recuperar com certa debilidade por volta dos anos de 1950 e 1960 em razão do regresso ao país de alguns espíritas que residiam no Norte da África (Argélia, Marrocos) e começaram a retornar para a terra de Kardec, arriscando remontar o Movimento Espírita.
Nesse sentido, sob a batuta de Roger Perez houve uma breve “oxigenação” do Movimento Espírita francês, porém, a bem da verdade, nunca se recuperou, pelo menos em Paris.
Hoje há diferentes núcleos espíritas no interior da França, mas sem as características daquelas propostas por Allan Kardec.
Sobre isso, recebi de notícias de Charles Kempf, um líder espírita francês, residindo na França e participando do Movimento Francês desde os anos 1990, afiançando-me que as dificuldades continuam as mesmas até hoje, por causa do personalismo exagerado de alguns dirigentes, e desinteresse pessoal na actuação no movimento.
Tudo isso por falta de estudo das obras básicas da codificação.
Do exposto, pois, indagamos:
quais os desafios para o progresso do Espiritismo? Segundo Gabriel Delanne (Espírito), a divulgação e o progresso do Espiritismo na Terra terão de efetuar-se de pessoa a pessoa, de consciência a consciência.
A verdade a ninguém atinge através da coação. A verdade para a alma é semelhante à alfabetização para o cérebro.
Um sábio por mais sábio não consegue aprender a ler por nós.
Talvez esse “progresso” do processo de propaganda espírita seja moroso demais para a Humanidade, mas, ainda, segundo Delanne (Espírito), uma obra-prima de arte exige, por vezes, existências e existências para o artista que persegue a condição do génio.
A ele foi incumbida a administração do espólio da família de Kardec e teve a obrigação de sustentar a propagação do Espiritismo, mas, ao invés disso, mistificou a propaganda doutrinária, e para descrédito do Espiritismo, teve que amargar uma cadeira por comprovadas fraudes veiculadas na Revista Espírita.
Leymarie era um apaixonado praticante da Teosofia de Blavatsky e defendia as ridículas obras de J. B. Roustaing e, para variar, era deslumbrado pela maçonaria, ora, com tal “curriculum vitae”, as suas atuações suscitaram o desfalecimento do Movimento Espírita mundial.
Cinco décadas após a desencarnação de Kardec, nos primórdios do século XX, houve um surto de renascimento do Movimento Espírita francês e mundial até os meados da década de 1920, graças às lideranças de Léon Denis, Gabriel Delanne, Gustave Geley e Camille Flammarion, desaparecendo, porém, rapidamente, quando esses quatro baluartes desencarnam.
Logo após, durante a Segunda Guerra Mundial, ocorreu desmontagem e quase o total aniquilamento do Movimento Espírita nas plagas de Kardec.
Sobre esse cenário, André Luiz indagou ao Espírito Gabriel Delanne:
“qual a opinião acerca do Espiritismo, na França?”.
Delanne respondeu:
“Não nos é lícito dizer haja alcançado o nível ideal (...), mas, complementando que legiões de companheiros da obra de Allan Kardec reencarnaram, não só na França, porém igualmente em outros países, notadamente no Brasil, para a sustentação do edifício kardequiano”.[1]
Sobre o translado do “Espiritismo” para o Brasil, estamos convencidos de que a transposição da respectiva “direcção” do Movimento Espírita mundial, da França para o Brasil, sobreveio após a desencarnação dos quatro baluartes supramencionados, no período entre o final da década de 1920 e o início da década de 1930, aliás, coincidindo com o início da missão mediúnica de Francisco Cândido Xavier.
Antes desse período, o Espiritismo que era praticado no Brasil seguia o modelito Leymareano, portanto, obrigatoriamente inspirado pela teosofia e pelo roustanguismo, introduzido e apoiado por Luiz Olímpio Teles de Menezes, em seguida liderado pela entidade (edificada a partir do Grupo “Confúcio”), que decidiu auto-proclamar-se “mãe” das instituições espíritas do Brasil.
Retornemos à França.
O Movimento Espírita francês voltou a se recuperar com certa debilidade por volta dos anos de 1950 e 1960 em razão do regresso ao país de alguns espíritas que residiam no Norte da África (Argélia, Marrocos) e começaram a retornar para a terra de Kardec, arriscando remontar o Movimento Espírita.
Nesse sentido, sob a batuta de Roger Perez houve uma breve “oxigenação” do Movimento Espírita francês, porém, a bem da verdade, nunca se recuperou, pelo menos em Paris.
Hoje há diferentes núcleos espíritas no interior da França, mas sem as características daquelas propostas por Allan Kardec.
Sobre isso, recebi de notícias de Charles Kempf, um líder espírita francês, residindo na França e participando do Movimento Francês desde os anos 1990, afiançando-me que as dificuldades continuam as mesmas até hoje, por causa do personalismo exagerado de alguns dirigentes, e desinteresse pessoal na actuação no movimento.
Tudo isso por falta de estudo das obras básicas da codificação.
Do exposto, pois, indagamos:
quais os desafios para o progresso do Espiritismo? Segundo Gabriel Delanne (Espírito), a divulgação e o progresso do Espiritismo na Terra terão de efetuar-se de pessoa a pessoa, de consciência a consciência.
A verdade a ninguém atinge através da coação. A verdade para a alma é semelhante à alfabetização para o cérebro.
Um sábio por mais sábio não consegue aprender a ler por nós.
Talvez esse “progresso” do processo de propaganda espírita seja moroso demais para a Humanidade, mas, ainda, segundo Delanne (Espírito), uma obra-prima de arte exige, por vezes, existências e existências para o artista que persegue a condição do génio.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Como acreditar que o esclarecimento ou o aprimoramento do espírito imortal se faça tão só por afirmações labiais de alguns dias? [2]
César Perri, ex-presidente da FEB, no Brasil, lembra-nos que muitos espíritas e diversos dirigentes jamais leram obras psicográficas de Chico Xavier (não consultam as fontes primárias – os livros), pois estão presos anos seguidos a estudo de “apostilas”.
A liderança “oficial” do movimento espírita brasileiro não acompanha a expansão da base, ou seja, dos centros espíritas.
Há muito a ser realizado para a compreensão da união entre os espíritas – como laço moral, solidário e espiritual.
O respeito à diversidade das situações e condições dos centros espíritas e o conhecimento dessas realidades para o melhor atendimento e apoio às reais demandas das diversificadas instituições.
O trabalho de união deve ser constantemente adequado às bases do movimento, ou seja, os centros espíritas. [3]
Em suma, cremos que o progresso da Doutrina dos Espíritos não advirá por meio de lideranças “oficiais”, com insuficientes lastros morais, hierarquizadas, emblemáticas e mercantilistas.
Aliás, para quem conhece as opiniões de Leopoldo Cirne, após sua saída voluntária da FEB, identificará muitos pontos convergentes que esteamos cá no artigo.
Nossa proposta, e eis aí o grande desafio, será a propagação do Espiritismo no interior do centro espírita através do intercâmbio fraterno do “boca a boca”, “pessoa a pessoa”, “consciência a consciência”, “ombro a ombro”, sem total necessidade das algemas burocráticas impostas pelas “autoridades” e lideranças “oficiais”, quase sempre sem os lastros de amor e humildade.
Comandos “oficiais” que nada mais fazem do que digladiarem entre si na busca de poderes, de mandos, desmandos e apropriação indébita da coordenadoria do Movimento doutrinário, que deve ser livre, categoricamente distante dos ranços ultramontanistas do núcleo centralizador dos espíritas.
Inspirado em Herculano Pires reafirmamos que o Espiritismo no Brasil não terá salvação se permanecer sob o tacão das diretrizes oriundas de sofisticados colégios cardinalícios e das hierarquias impostas pelos ditos órgãos “oficiais”.
Razão pelo qual o Espiritismo necessita retornar às suas origens primordiais (pré-desencarnação de Kardec) que é a SIMPLICIDADE!
Ou seja: sem absoluta necessidade de concessionárias “oficiais”[4].
Referências bibliográficas:
[1] XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA Waldo. Entre irmãos de outras terras, Entrevista realizada pelo Espírito de André Luiz com o Espírito de Gabriel Delanne, RJ: Ed. FEB, 1970.
[2] idem.
[4] que não tem nada a ver com a presumida Comissão Organizadora do Espiritismo, segundo Allan Kardec.
§.§.§- Ave sem Ninho
César Perri, ex-presidente da FEB, no Brasil, lembra-nos que muitos espíritas e diversos dirigentes jamais leram obras psicográficas de Chico Xavier (não consultam as fontes primárias – os livros), pois estão presos anos seguidos a estudo de “apostilas”.
A liderança “oficial” do movimento espírita brasileiro não acompanha a expansão da base, ou seja, dos centros espíritas.
Há muito a ser realizado para a compreensão da união entre os espíritas – como laço moral, solidário e espiritual.
O respeito à diversidade das situações e condições dos centros espíritas e o conhecimento dessas realidades para o melhor atendimento e apoio às reais demandas das diversificadas instituições.
O trabalho de união deve ser constantemente adequado às bases do movimento, ou seja, os centros espíritas. [3]
Em suma, cremos que o progresso da Doutrina dos Espíritos não advirá por meio de lideranças “oficiais”, com insuficientes lastros morais, hierarquizadas, emblemáticas e mercantilistas.
Aliás, para quem conhece as opiniões de Leopoldo Cirne, após sua saída voluntária da FEB, identificará muitos pontos convergentes que esteamos cá no artigo.
Nossa proposta, e eis aí o grande desafio, será a propagação do Espiritismo no interior do centro espírita através do intercâmbio fraterno do “boca a boca”, “pessoa a pessoa”, “consciência a consciência”, “ombro a ombro”, sem total necessidade das algemas burocráticas impostas pelas “autoridades” e lideranças “oficiais”, quase sempre sem os lastros de amor e humildade.
Comandos “oficiais” que nada mais fazem do que digladiarem entre si na busca de poderes, de mandos, desmandos e apropriação indébita da coordenadoria do Movimento doutrinário, que deve ser livre, categoricamente distante dos ranços ultramontanistas do núcleo centralizador dos espíritas.
Inspirado em Herculano Pires reafirmamos que o Espiritismo no Brasil não terá salvação se permanecer sob o tacão das diretrizes oriundas de sofisticados colégios cardinalícios e das hierarquias impostas pelos ditos órgãos “oficiais”.
Razão pelo qual o Espiritismo necessita retornar às suas origens primordiais (pré-desencarnação de Kardec) que é a SIMPLICIDADE!
Ou seja: sem absoluta necessidade de concessionárias “oficiais”[4].
Referências bibliográficas:
[1] XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA Waldo. Entre irmãos de outras terras, Entrevista realizada pelo Espírito de André Luiz com o Espírito de Gabriel Delanne, RJ: Ed. FEB, 1970.
[2] idem.
[4] que não tem nada a ver com a presumida Comissão Organizadora do Espiritismo, segundo Allan Kardec.
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Porta de luz
Coloque suas possibilidades a benefício dos sofredores e granjeie créditos de bênçãos
“(...) O trabalho na mediunidade socorrista é uma porta fascinante, ao alcance de todos os que tenham um pouco de disciplina e abnegação.” Manoel Philomeno de Miranda
Depois de sua função Escola, Educandários das Almas que são, uma das actividades mais abençoadas das Casas Espíritas, sem dúvida alguma, é a mediunidade socorrista, desdobrada nas reuniões mediúnicas...
Irmãos de ambos os planos da existência encontram nessa actividade a porta de luz através da qual logram acesso à paz e à harmonia, livrando-se de perturbações de variegados matizes, tanto de ordem física quanto de ordem espiritual.
Através do socorro oferecido por equipes de companheiros encarnados interagindo com as equipes dos Benfeitores Espirituais, inúmeras criaturas têm conquistado o equilíbrio de que necessitam para transitar pelas veredas evolutivas.
Não fosse a mediunidade socorrista, seria necessário recorrer à construção de ilimitado número de hospitais, penitenciárias e hospícios para atender à superlativa demanda dos magotes de criaturas enviscadas em processos obsessivos.
Sem embargo, em que pese a brilhante actuação das Casas Espíritas na tarefa socorrista, espalham-se por todo o Orbe, os dolorosos e aflitivos quadros obsessivos que se multiplicam em progressão geométrica nestes tempos de transição, o que exige, por outro lado, a criação de mais e mais equipes socorristas para contrabalançar a situação.
Quando não for possível a completa erradicação do mal, pelo menos há que se minimizar o efeito da actuação dos infelizes inimigos da luz, emboscados nos dois planos da vida.
Existe uma incalculável população de Espíritos sofredores nos dédalos de sombras das regiões umbralinas.
Imaginemo-nos vivendo em um desses sítios tenebrosos, nesses labirintos trevosos em regime de inenarrável angústia e aflição, sob as garras de Entidades maléficas, longe de qualquer amparo e esperança...
Podemos assim avaliar o significado de uma porta libertadora que subitamente se abrisse, convidativa, banhada que fosse de fraca, mas significativa luz, que, uma vez ultrapassada, ofereceria aconchego e lenitivo para todas as nossas dores e desesperos...
Naturalmente bendiríamos mil vezes esse portal de acesso aos páramos celestiais!...
Pois, como muito bem explicou Manoel Philomeno de Miranda[1], “(...) tal porta fascinante é a mediunidade socorrista de que você se encontra investido na tessitura física, ao alcance de um pouco de disciplina e abnegação”.
Examinando quanto você gostaria de receber auxílio se estivesse domiciliado nas inóspitas regiões de dor, pense nos que lá estão e não demore mais em discussões inócuas ou em desculpismo injustificável.
Corra ao encontro deles, os nossos companheiros na dor, iludidos em si mesmos, e abra-lhes a porta de luz da oportunidade consoladora.
Mergulhe o pensamento nas vibrações do amor do Cristo e, mesmo sofrendo, atenda aos que sofrem ainda mais...
Não lhe perguntarão quem você é, donde vem, como se apresenta, pois não lhes importa; antes sim, desejarão saber o que você tem em nome de Jesus para lhes dar.
Compreenderão mais tarde a excelência da sua fé, o valor do seu devotamento, a expressão da sua bondade, a extensão das suas necessidades e também estenderão braços na direcção do seu Espírito.
Agora, necessitam de paz e libertação, e Jesus precisa de você para tal tarefa.
Não lhes atrase o socorro, nem demore sua doação.
Possivelmente você já esteve ali antes, talvez seja necessário estagiar por lá mais tarde, quem sabe?!
Se você conceber que o seu esforço é muito, para ajudá-los, imagine Jesus transferindo-Se dos Cimos da Vida para demorar-se no vale de sombras por vários anos e prosseguir até agora connosco...
O Espiritismo que lhe corrige a mediunidade em nome do Cristo – Espiritismo que lhe consola e esclarece – ensina-lhe que a felicidade é moeda cujo sonido somente produz festa íntima quando retorna daquele a quem se oferece e vem na direcção do doador.
Doando-se, em silêncio, longe dos que aplaudem faculdades mediúnicas, coloque suas possibilidades a benefício dos sofredores, nas sessões especializadas, e granjeará um crédito de bênçãos que lhe ensejará, também, liberdade e iluminação, à semelhança d`Aquele que, Médium do Pai, se fez o Doce Irmão de todos nós, milénios afora...”
[1] - FRANCO, Divaldo Pereira. Nos bastidores da obsessão. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1976, p. 43-44.
§.§.§- Ave sem Ninho
“(...) O trabalho na mediunidade socorrista é uma porta fascinante, ao alcance de todos os que tenham um pouco de disciplina e abnegação.” Manoel Philomeno de Miranda
Depois de sua função Escola, Educandários das Almas que são, uma das actividades mais abençoadas das Casas Espíritas, sem dúvida alguma, é a mediunidade socorrista, desdobrada nas reuniões mediúnicas...
Irmãos de ambos os planos da existência encontram nessa actividade a porta de luz através da qual logram acesso à paz e à harmonia, livrando-se de perturbações de variegados matizes, tanto de ordem física quanto de ordem espiritual.
Através do socorro oferecido por equipes de companheiros encarnados interagindo com as equipes dos Benfeitores Espirituais, inúmeras criaturas têm conquistado o equilíbrio de que necessitam para transitar pelas veredas evolutivas.
Não fosse a mediunidade socorrista, seria necessário recorrer à construção de ilimitado número de hospitais, penitenciárias e hospícios para atender à superlativa demanda dos magotes de criaturas enviscadas em processos obsessivos.
Sem embargo, em que pese a brilhante actuação das Casas Espíritas na tarefa socorrista, espalham-se por todo o Orbe, os dolorosos e aflitivos quadros obsessivos que se multiplicam em progressão geométrica nestes tempos de transição, o que exige, por outro lado, a criação de mais e mais equipes socorristas para contrabalançar a situação.
Quando não for possível a completa erradicação do mal, pelo menos há que se minimizar o efeito da actuação dos infelizes inimigos da luz, emboscados nos dois planos da vida.
Existe uma incalculável população de Espíritos sofredores nos dédalos de sombras das regiões umbralinas.
Imaginemo-nos vivendo em um desses sítios tenebrosos, nesses labirintos trevosos em regime de inenarrável angústia e aflição, sob as garras de Entidades maléficas, longe de qualquer amparo e esperança...
Podemos assim avaliar o significado de uma porta libertadora que subitamente se abrisse, convidativa, banhada que fosse de fraca, mas significativa luz, que, uma vez ultrapassada, ofereceria aconchego e lenitivo para todas as nossas dores e desesperos...
Naturalmente bendiríamos mil vezes esse portal de acesso aos páramos celestiais!...
Pois, como muito bem explicou Manoel Philomeno de Miranda[1], “(...) tal porta fascinante é a mediunidade socorrista de que você se encontra investido na tessitura física, ao alcance de um pouco de disciplina e abnegação”.
Examinando quanto você gostaria de receber auxílio se estivesse domiciliado nas inóspitas regiões de dor, pense nos que lá estão e não demore mais em discussões inócuas ou em desculpismo injustificável.
Corra ao encontro deles, os nossos companheiros na dor, iludidos em si mesmos, e abra-lhes a porta de luz da oportunidade consoladora.
Mergulhe o pensamento nas vibrações do amor do Cristo e, mesmo sofrendo, atenda aos que sofrem ainda mais...
Não lhe perguntarão quem você é, donde vem, como se apresenta, pois não lhes importa; antes sim, desejarão saber o que você tem em nome de Jesus para lhes dar.
Compreenderão mais tarde a excelência da sua fé, o valor do seu devotamento, a expressão da sua bondade, a extensão das suas necessidades e também estenderão braços na direcção do seu Espírito.
Agora, necessitam de paz e libertação, e Jesus precisa de você para tal tarefa.
Não lhes atrase o socorro, nem demore sua doação.
Possivelmente você já esteve ali antes, talvez seja necessário estagiar por lá mais tarde, quem sabe?!
Se você conceber que o seu esforço é muito, para ajudá-los, imagine Jesus transferindo-Se dos Cimos da Vida para demorar-se no vale de sombras por vários anos e prosseguir até agora connosco...
O Espiritismo que lhe corrige a mediunidade em nome do Cristo – Espiritismo que lhe consola e esclarece – ensina-lhe que a felicidade é moeda cujo sonido somente produz festa íntima quando retorna daquele a quem se oferece e vem na direcção do doador.
Doando-se, em silêncio, longe dos que aplaudem faculdades mediúnicas, coloque suas possibilidades a benefício dos sofredores, nas sessões especializadas, e granjeará um crédito de bênçãos que lhe ensejará, também, liberdade e iluminação, à semelhança d`Aquele que, Médium do Pai, se fez o Doce Irmão de todos nós, milénios afora...”
[1] - FRANCO, Divaldo Pereira. Nos bastidores da obsessão. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1976, p. 43-44.
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Deus na Natureza (Parte 10)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. É a mesma a força que rege os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais?
Sim. Os mesmos argumentos que tiramos do panorama do universo sideral e da inteligência da mecânica celeste, por demonstrar o ascendente da força sobre a matéria, podem-se colher no exame dos corpos terrestres.
Lá, era o hino do infinitamente grande; aqui, a minudência do infinitamente pequeno.
A força rege identicamente os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais.
Ela muda de objecto, muda de nome na classificação dos homens, mas não deixa de ser sempre a mesma força, isto é: a atracção universal.
Chamam-lhe coesão, quando grupa os átomos que constituem as moléculas, e gravitação, quando impulsa os astros em torno do centro comum de sua gravidade.
O nome humano não altera, porém, o fato físico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
B. Pode-se afirmar que existe uma precisão matemática na formação das moléculas e dos corpos?
Claro. As moléculas, de constituição substancial, são formadas por uma reunião geométrica de átomos tomados entre os corpos em Química chamados simples.
Cada molécula é um modelo de simetria e representa um tipo geométrico.
Os corpos simples, para formar os compostos, não se podem combinar senão em números proporcionais, determinados e invariáveis.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
C. É realmente verdade a máxima de que na Natureza nada se cria e nada se perde?
Evidentemente. As leis da Natureza regem o movimento dos átomos nos seres vivos, como nos inorgânicos:
a mesma molécula passa sucessivamente do mineral ao vegetal e ao animal, neles incorporando-se segundo as leis que organizam todas as coisas.
A molécula de ácido carbónico, a exalar-se do peito opresso do moribundo em seu leito de dor, vai incorporar-se à flor do jardim, à relva do prado, ao tronco da floresta.
A molécula de oxigénio que se desprende dos últimos ramos do anoso carvalho vai incorporar-se ao cabelinho louro do recém-nascido, no seu berço de sonhos.
Nada podemos mudar na composição dos corpos.
Nada nasce, nada morre.
Só a forma é perecível, mas a substância é imortal.
Constituímo-nos da poeira dos antepassados, os mesmíssimos átomos e moléculas.
Nada se cria, nada se perde.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
Texto para leitura
206. A Terra – Os mesmos argumentos que tiramos do panorama do universo sideral e da inteligência da mecânica celeste, por demonstrar o ascendente da força sobre a matéria, podem-se colher no exame dos corpos terrestres.
Lá, era o hino do infinitamente grande; aqui, a minudência do infinitamente pequeno.
A força rege identicamente os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. É a mesma a força que rege os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais?
Sim. Os mesmos argumentos que tiramos do panorama do universo sideral e da inteligência da mecânica celeste, por demonstrar o ascendente da força sobre a matéria, podem-se colher no exame dos corpos terrestres.
Lá, era o hino do infinitamente grande; aqui, a minudência do infinitamente pequeno.
A força rege identicamente os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais.
Ela muda de objecto, muda de nome na classificação dos homens, mas não deixa de ser sempre a mesma força, isto é: a atracção universal.
Chamam-lhe coesão, quando grupa os átomos que constituem as moléculas, e gravitação, quando impulsa os astros em torno do centro comum de sua gravidade.
O nome humano não altera, porém, o fato físico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
B. Pode-se afirmar que existe uma precisão matemática na formação das moléculas e dos corpos?
Claro. As moléculas, de constituição substancial, são formadas por uma reunião geométrica de átomos tomados entre os corpos em Química chamados simples.
Cada molécula é um modelo de simetria e representa um tipo geométrico.
Os corpos simples, para formar os compostos, não se podem combinar senão em números proporcionais, determinados e invariáveis.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
C. É realmente verdade a máxima de que na Natureza nada se cria e nada se perde?
Evidentemente. As leis da Natureza regem o movimento dos átomos nos seres vivos, como nos inorgânicos:
a mesma molécula passa sucessivamente do mineral ao vegetal e ao animal, neles incorporando-se segundo as leis que organizam todas as coisas.
A molécula de ácido carbónico, a exalar-se do peito opresso do moribundo em seu leito de dor, vai incorporar-se à flor do jardim, à relva do prado, ao tronco da floresta.
A molécula de oxigénio que se desprende dos últimos ramos do anoso carvalho vai incorporar-se ao cabelinho louro do recém-nascido, no seu berço de sonhos.
Nada podemos mudar na composição dos corpos.
Nada nasce, nada morre.
Só a forma é perecível, mas a substância é imortal.
Constituímo-nos da poeira dos antepassados, os mesmíssimos átomos e moléculas.
Nada se cria, nada se perde.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
Texto para leitura
206. A Terra – Os mesmos argumentos que tiramos do panorama do universo sideral e da inteligência da mecânica celeste, por demonstrar o ascendente da força sobre a matéria, podem-se colher no exame dos corpos terrestres.
Lá, era o hino do infinitamente grande; aqui, a minudência do infinitamente pequeno.
A força rege identicamente os movimentos atómicos e as órbitas imensas das esferas siderais.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
207. Muda de objecto, muda de nome na classificação dos homens, mas não deixa de ser sempre a mesma força, isto é: a atracção universal.
Chamam-lhe coesão, quando agrupa os átomos que constituem as moléculas, e gravitação, quando impulsa os astros em torno do centro comum de sua gravidade.
O nome humano não altera, porém, o fato físico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
208. As moléculas, de constituição substancial, são formadas por uma reunião geométrica de átomos tomados entre os corpos em Química chamados simples.
Cada molécula é um modelo de simetria e representa um tipo geométrico.
Assim, por exemplo, a molécula de ácido sulfúrico mono-hidratado é um sólido geométrico, regular, um heptaedro de base quadrada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
209. Os corpos simples, para formar os compostos, não se podem combinar senão em números proporcionais, determinados e invariáveis.
Sabemos que se designam sob o nome de equivalentes os números que exprimem quantidades ponderáveis dos diversos corpos susceptíveis de entrarem, elas ou seus múltiplos, nas combinações químicas e aí se substituírem mutuamente, para formar compostos quimicamente análogos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
210. Em uma proporção definida, o oxigénio combina-se com o hidrogénio, para formar a água.
Esta será sempre composta na mesma proporção e ninguém poderá, absolutamente, juntar à combinação da molécula de água uma partícula a mais de qualquer dos componentes, porque aí então não teremos mais a água, que é, identicamente, a mesma das fontes e dos rios.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
211. A tais regras a matéria é forçada a obedecer, porque a Natureza tem horror ao acaso, tanto quanto ao vácuo, como se dizia outrora.
Ademais, todas essas combinações obedecem a regras geométricas e a cristalização dos corpos pode sempre ser levada a um dos seis tipos fundamentais:
– o cubo, os dois prismas rectos, o romboide e os dois prismas oblíquos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
212. Para explicar não apenas as combinações, mas também todos os movimentos múltiplos que se operam nas transformações incessantes da matéria, nos fenómenos de contracção e dilatação, na manifestação das diversas propriedades dos corpos, admite-se que os átomos não se tocam, ainda nos corpos mais densos e mais sólidos, que estão isolados entre si e que, em razão de sua pequenez, os intervalos que os permeiam guardam a relatividade, proporcionalmente exacta, com os dos corpos celestes.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
213. Finalmente, assim como os corpos celestes se movem em torno uns dos outros, sem por isso deixarem de estar unidos num elo solidário, assim também os átomos oscilam em torno de sua respectiva posição, sem se afastarem dos limites regulados pela coesão ou pela afinidade molecular.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
214. Entre o mundo das estrelas e dos átomos não há, pois, diferença essencial.
Além disso, as medidas expressivas do infinitamente grande, ou pequeno, estão em nós e não na Natureza, de vez que tudo referimos a nós, como a um ponto de comparação.
As noções de grandeza são puramente relativas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
215. A Natureza não tem essas maneiras de ver.
Os fenómenos do calor, da luz, do som, do magnetismo, explicam-se por esta concepção dos movimentos atómicos.
Sob a influência dessas forças exteriores, as moléculas se retraem ou se dilatam e modificam seus movimentos, tal com fazem os mundos, precipitando o curso no perifélio e retardando-o nas longínquas regiões do afélio.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
Chamam-lhe coesão, quando agrupa os átomos que constituem as moléculas, e gravitação, quando impulsa os astros em torno do centro comum de sua gravidade.
O nome humano não altera, porém, o fato físico.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
208. As moléculas, de constituição substancial, são formadas por uma reunião geométrica de átomos tomados entre os corpos em Química chamados simples.
Cada molécula é um modelo de simetria e representa um tipo geométrico.
Assim, por exemplo, a molécula de ácido sulfúrico mono-hidratado é um sólido geométrico, regular, um heptaedro de base quadrada.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
209. Os corpos simples, para formar os compostos, não se podem combinar senão em números proporcionais, determinados e invariáveis.
Sabemos que se designam sob o nome de equivalentes os números que exprimem quantidades ponderáveis dos diversos corpos susceptíveis de entrarem, elas ou seus múltiplos, nas combinações químicas e aí se substituírem mutuamente, para formar compostos quimicamente análogos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
210. Em uma proporção definida, o oxigénio combina-se com o hidrogénio, para formar a água.
Esta será sempre composta na mesma proporção e ninguém poderá, absolutamente, juntar à combinação da molécula de água uma partícula a mais de qualquer dos componentes, porque aí então não teremos mais a água, que é, identicamente, a mesma das fontes e dos rios.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
211. A tais regras a matéria é forçada a obedecer, porque a Natureza tem horror ao acaso, tanto quanto ao vácuo, como se dizia outrora.
Ademais, todas essas combinações obedecem a regras geométricas e a cristalização dos corpos pode sempre ser levada a um dos seis tipos fundamentais:
– o cubo, os dois prismas rectos, o romboide e os dois prismas oblíquos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
212. Para explicar não apenas as combinações, mas também todos os movimentos múltiplos que se operam nas transformações incessantes da matéria, nos fenómenos de contracção e dilatação, na manifestação das diversas propriedades dos corpos, admite-se que os átomos não se tocam, ainda nos corpos mais densos e mais sólidos, que estão isolados entre si e que, em razão de sua pequenez, os intervalos que os permeiam guardam a relatividade, proporcionalmente exacta, com os dos corpos celestes.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
213. Finalmente, assim como os corpos celestes se movem em torno uns dos outros, sem por isso deixarem de estar unidos num elo solidário, assim também os átomos oscilam em torno de sua respectiva posição, sem se afastarem dos limites regulados pela coesão ou pela afinidade molecular.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
214. Entre o mundo das estrelas e dos átomos não há, pois, diferença essencial.
Além disso, as medidas expressivas do infinitamente grande, ou pequeno, estão em nós e não na Natureza, de vez que tudo referimos a nós, como a um ponto de comparação.
As noções de grandeza são puramente relativas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
215. A Natureza não tem essas maneiras de ver.
Os fenómenos do calor, da luz, do som, do magnetismo, explicam-se por esta concepção dos movimentos atómicos.
Sob a influência dessas forças exteriores, as moléculas se retraem ou se dilatam e modificam seus movimentos, tal com fazem os mundos, precipitando o curso no perifélio e retardando-o nas longínquas regiões do afélio.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
216. Quando, por um choque, produzimos vibrações num corpo sonoro, suas moléculas agitam-se em cadência, seguindo o ritmo de sua harmonia.
Ora, esses átomos são de uma pequenez inexprimível.
Calculou-se que o número de átomos encerrados num minúsculo cubo de matéria orgânica do tamanho de uma cabeça de alfinete, deveria atingir a cifra inconcebível de oito sextiliões, isto é, 8 seguido de 21 zeros.
Suposto quiséssemos proceder à contagem, na proporção de 1.000 por segundo, haveríamos de viver duzentos e cinquenta mil anos para completá-la!
Não o vingaríamos, portanto.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
217. Mas, seja como for, a substância dos corpos é um pequeno mundo, um mundo analítico, no seio do qual o infinitamente pequeno é regulado por leis tão rigorosas quanto as do infinitamente grande, o sideral.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
218. Quando sabemos que uma polegada cúbica de trípole contém quarenta mil milhões de gálios fósseis; quando imaginamos que na classe dos infusórios o microscópio nos faculta distinguir vibriões cujo diâmetro não excede um milésimo de milímetro e que esses minúsculos seres se movem na água, ágeis, providos de aparelhos de locomoção, de músculos e de nervos; que se alimentam e possuem vasos de nutrição; que procuram, perseguem, combatem a presa nos abismos da gota d'água, com velocidade e força comparáveis à de um cavalo a galope; quando consideramos, enfim, que esses pequeninos seres são providos de órgãos sensitivos, já nos não custa crer que as moléculas de gelatina e albumina, que os constituem, são de uma tenuidade inimaginável e que os átomos componentes se integram sem metáfora em nossa ideia do infinitamente pequeno.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
219. Ora, esses átomos não se alteram, são invariáveis e imutáveis; as moléculas dos corpos compostos em formação, das quais se encontram eles geometricamente associados, não mudam mais, ainda que passando de um ser para outro.
Pela troca perpétua, operante em todos os seres da Natureza e que a todos os encadeia sob o império de uma comunhão substancial, pela comunicação permanente das coisas entre si, da atmosfera com as plantas e todos os seres que respiram, das plantas com os animais, da água com todas as substâncias organizadas, pela nutrição e assimilação que perpetuam a cadeia das existências, as moléculas entram nos corpos e deles saem, mudam de proprietário a cada instante, mas conservam essencialmente a sua natureza intrínseca.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
220. Reconhecemos, com os nossos adversários, que a molécula de ferro não varia, quer quando, incorporada ao meteorito, percorre o Universo, quer quando retine no trilho ou na roda do vagão, ou ainda quando, em glóbulo sanguíneo, reponta à fronte do poeta.
Qualquer que seja, pois, o habitáculo transitório das moléculas, elas conservam a sua natureza e propriedades essenciais.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
221. Os átomos são os infinitamente pequenos, sempre separados entre si e, todavia, encadeados por essa mesma força invisível que retém as esferas nas suas órbitas.
Toda matéria, orgânica ou inorgânica (visto ser idêntica) obedece primacialmente a essa força.
Suas mínimas partículas são como astros no espaço, atraem-se e repelem-se por seus respectivos movimentos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
222. Sob o véu dessa matéria, que se nos figura pesada e densa, devemos, portanto, lobrigar a “força”, que a avassala e rege o mineral, pesa os elementos, ordena as combinações, traça regras absolutas e, governando discricionariamente, faz dela uma escrava imbele, maleável e submissa às leis primígenas que consagram a estabilidade do mundo.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
Ora, esses átomos são de uma pequenez inexprimível.
Calculou-se que o número de átomos encerrados num minúsculo cubo de matéria orgânica do tamanho de uma cabeça de alfinete, deveria atingir a cifra inconcebível de oito sextiliões, isto é, 8 seguido de 21 zeros.
Suposto quiséssemos proceder à contagem, na proporção de 1.000 por segundo, haveríamos de viver duzentos e cinquenta mil anos para completá-la!
Não o vingaríamos, portanto.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
217. Mas, seja como for, a substância dos corpos é um pequeno mundo, um mundo analítico, no seio do qual o infinitamente pequeno é regulado por leis tão rigorosas quanto as do infinitamente grande, o sideral.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
218. Quando sabemos que uma polegada cúbica de trípole contém quarenta mil milhões de gálios fósseis; quando imaginamos que na classe dos infusórios o microscópio nos faculta distinguir vibriões cujo diâmetro não excede um milésimo de milímetro e que esses minúsculos seres se movem na água, ágeis, providos de aparelhos de locomoção, de músculos e de nervos; que se alimentam e possuem vasos de nutrição; que procuram, perseguem, combatem a presa nos abismos da gota d'água, com velocidade e força comparáveis à de um cavalo a galope; quando consideramos, enfim, que esses pequeninos seres são providos de órgãos sensitivos, já nos não custa crer que as moléculas de gelatina e albumina, que os constituem, são de uma tenuidade inimaginável e que os átomos componentes se integram sem metáfora em nossa ideia do infinitamente pequeno.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
219. Ora, esses átomos não se alteram, são invariáveis e imutáveis; as moléculas dos corpos compostos em formação, das quais se encontram eles geometricamente associados, não mudam mais, ainda que passando de um ser para outro.
Pela troca perpétua, operante em todos os seres da Natureza e que a todos os encadeia sob o império de uma comunhão substancial, pela comunicação permanente das coisas entre si, da atmosfera com as plantas e todos os seres que respiram, das plantas com os animais, da água com todas as substâncias organizadas, pela nutrição e assimilação que perpetuam a cadeia das existências, as moléculas entram nos corpos e deles saem, mudam de proprietário a cada instante, mas conservam essencialmente a sua natureza intrínseca.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
220. Reconhecemos, com os nossos adversários, que a molécula de ferro não varia, quer quando, incorporada ao meteorito, percorre o Universo, quer quando retine no trilho ou na roda do vagão, ou ainda quando, em glóbulo sanguíneo, reponta à fronte do poeta.
Qualquer que seja, pois, o habitáculo transitório das moléculas, elas conservam a sua natureza e propriedades essenciais.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
221. Os átomos são os infinitamente pequenos, sempre separados entre si e, todavia, encadeados por essa mesma força invisível que retém as esferas nas suas órbitas.
Toda matéria, orgânica ou inorgânica (visto ser idêntica) obedece primacialmente a essa força.
Suas mínimas partículas são como astros no espaço, atraem-se e repelem-se por seus respectivos movimentos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
222. Sob o véu dessa matéria, que se nos figura pesada e densa, devemos, portanto, lobrigar a “força”, que a avassala e rege o mineral, pesa os elementos, ordena as combinações, traça regras absolutas e, governando discricionariamente, faz dela uma escrava imbele, maleável e submissa às leis primígenas que consagram a estabilidade do mundo.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
223. É indubitável, pois, que os estados da matéria são regulados por leis.
Já admirastes, alguma vez, os processos característicos da cristalização?
Nunca examinastes ao microscópio a formação das estrelas de neve e das moléculas cristalinas de gelo?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
224. Nesse mundo invisível, como no universo visível, cada movimento, cada associação se efectua sob a direcção de uma lei.
É sempre o mesmo ângulo, as mesmas linhas e sucessões. Jamais as leis humanas lograram obediência tão absolutamente passiva.
Nunca geómetra algum construiu figura tão perfeita qual a que naturalmente reveste a mais insignificante molécula.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
225. As leis da Natureza regem o movimento dos átomos nos seres vivos, como nos inorgânicos:
a mesma molécula passa sucessivamente do mineral ao vegetal e ao animal, neles incorporando-se segundo as leis que organizam todas as coisas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
226. A molécula de ácido carbónico, a exalar-se do peito opresso do moribundo em seu leito de dor, vai incorporar-se à flor do jardim, à relva do prado, ao tronco da floresta.
A molécula de oxigénio que se desprende dos últimos ramos do anoso carvalho vai incorporar-se ao cabelinho louro do recém-nascido, no seu berço de sonhos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
227. Nada podemos mudar na composição dos corpos.
Nada nasce, nada morre.
Só a forma é perecível.
Só a substância é imortal.
Constituímo-nos da poeira dos antepassados, os mesmíssimos átomos e moléculas.
Nada se cria, nada se perde.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
228. Uma vela que ardeu completamente deixa de existir para os olhos vulgares e nem por isso deixará de existir integralmente.
Se lhe recolhêssemos as substâncias consumidas, reconstituí-la-íamos com o seu peso anterior.
Os átomos viajam de um a outro ser, guiados pelas forças naturais. O acaso não colhe nessas combinações e casamentos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
229. E se nessa permuta perpétua dos elementos constitutivos de todos os corpos a Natura, bela e radiante, subsiste em sua grandeza, esta potência peculiar à Terra é unicamente devida à previdência e rigor das leis que organizam essas transmigrações e etapas atómicas, de guarnição em guarnição.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
230. Se a organização militar da França se atribui a um concelho inteligente, parece-nos que a organização química dos seres, aliás muito superior àquela, atesta um plano inteligente e um pensamento director.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Já admirastes, alguma vez, os processos característicos da cristalização?
Nunca examinastes ao microscópio a formação das estrelas de neve e das moléculas cristalinas de gelo?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
224. Nesse mundo invisível, como no universo visível, cada movimento, cada associação se efectua sob a direcção de uma lei.
É sempre o mesmo ângulo, as mesmas linhas e sucessões. Jamais as leis humanas lograram obediência tão absolutamente passiva.
Nunca geómetra algum construiu figura tão perfeita qual a que naturalmente reveste a mais insignificante molécula.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
225. As leis da Natureza regem o movimento dos átomos nos seres vivos, como nos inorgânicos:
a mesma molécula passa sucessivamente do mineral ao vegetal e ao animal, neles incorporando-se segundo as leis que organizam todas as coisas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
226. A molécula de ácido carbónico, a exalar-se do peito opresso do moribundo em seu leito de dor, vai incorporar-se à flor do jardim, à relva do prado, ao tronco da floresta.
A molécula de oxigénio que se desprende dos últimos ramos do anoso carvalho vai incorporar-se ao cabelinho louro do recém-nascido, no seu berço de sonhos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
227. Nada podemos mudar na composição dos corpos.
Nada nasce, nada morre.
Só a forma é perecível.
Só a substância é imortal.
Constituímo-nos da poeira dos antepassados, os mesmíssimos átomos e moléculas.
Nada se cria, nada se perde.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
228. Uma vela que ardeu completamente deixa de existir para os olhos vulgares e nem por isso deixará de existir integralmente.
Se lhe recolhêssemos as substâncias consumidas, reconstituí-la-íamos com o seu peso anterior.
Os átomos viajam de um a outro ser, guiados pelas forças naturais. O acaso não colhe nessas combinações e casamentos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
229. E se nessa permuta perpétua dos elementos constitutivos de todos os corpos a Natura, bela e radiante, subsiste em sua grandeza, esta potência peculiar à Terra é unicamente devida à previdência e rigor das leis que organizam essas transmigrações e etapas atómicas, de guarnição em guarnição.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
230. Se a organização militar da França se atribui a um concelho inteligente, parece-nos que a organização química dos seres, aliás muito superior àquela, atesta um plano inteligente e um pensamento director.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. A Terra.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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A ponte Marie e O Livro dos Espíritos
A sublime Doutrina Espírita tem sido um farol a iluminar caminhos de todos quantos dela se aproximam em busca de explicações para os “problemas do ser, do destino e da dor”, bem como tem servido de lenitivo para os que buscam os seus ensinamentos nos instantes de sofrimentos físicos, das contrariedades, ou nos aflitivos momentos de perdas de entes queridos que nos precedem no retorno ao Mundo Maior.
Devemo-la à curiosidade do professor lionês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), quando se interessou pelo Magnetismo e posteriormente constituiu-se observador dos fenómenos das “mesas girantes” ocorridos em reuniões familiares e atribuídos a manifestações de almas de pessoas falecidas.
A ele, pois, devemos a construção desse magistral edifício científico-filosófico, no gigantesco trabalho da codificação do que viria a se chamar Doutrina Espírita ou Espiritismo, constituído das cinco extraordinárias obras literárias conhecidas como o Pentateuco Espírita.
Não sendo objectivo deste modesto artigo a pretensão de contar a história do Espiritismo nem tampouco escrever a biografia do Codificador, detemo-nos aqui somente num significativo episódio ocorrido durante o longo e espinhoso caminho trilhado por Allan Kardec na produção da Codificação Espírita, quando enfrentou e venceu os mais diversos obstáculos.
Leiamos, a seguir, o que extraímos da obra O Livro dos Espíritos de Estudo (Edição Pedagógica Cárita Editora Espírita), com questões e comentários para o aprendizado espírita, produzidos pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo.
PONTE MARIE
O Livro dos Espíritos é uma ponte entre o visível e o invisível, entre o Céu e a Terra, entre o homem e os anjos.
A Humanidade, mais cedo ou mais tarde, encontrará essa ponte; ponte a unificar os continentes separados, as saudades intransponíveis dos que partiram, a dilaceração entre o amar e a distância do objecto do amor.
Enfim, no episódio da Ponte Marie podemos encontrar, em metáfora, a definição humanizada da Ciência e da Filosofia contidas na obra O Livro dos Espíritos, nas questões mais pungentes e dolorosas que, através de 1019 perguntas, são respondidas.
Ponte Marie significa a ode dramática do homem diante de suas contingências...
A luz se fez!... Faça-se a luz!
Depoimento do Espírito Hilário Silva, da obra O Espírito da Verdade, psicografia de Francisco Cândido Xavier:
“Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.
Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
A pressão aumentava...
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
O professor abriu o embrulho encontrando uma carta singela.
E leu:
‘Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta Capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou a minha companheira ideal.
Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antonieta partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Devemo-la à curiosidade do professor lionês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), quando se interessou pelo Magnetismo e posteriormente constituiu-se observador dos fenómenos das “mesas girantes” ocorridos em reuniões familiares e atribuídos a manifestações de almas de pessoas falecidas.
A ele, pois, devemos a construção desse magistral edifício científico-filosófico, no gigantesco trabalho da codificação do que viria a se chamar Doutrina Espírita ou Espiritismo, constituído das cinco extraordinárias obras literárias conhecidas como o Pentateuco Espírita.
Não sendo objectivo deste modesto artigo a pretensão de contar a história do Espiritismo nem tampouco escrever a biografia do Codificador, detemo-nos aqui somente num significativo episódio ocorrido durante o longo e espinhoso caminho trilhado por Allan Kardec na produção da Codificação Espírita, quando enfrentou e venceu os mais diversos obstáculos.
Leiamos, a seguir, o que extraímos da obra O Livro dos Espíritos de Estudo (Edição Pedagógica Cárita Editora Espírita), com questões e comentários para o aprendizado espírita, produzidos pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo.
PONTE MARIE
O Livro dos Espíritos é uma ponte entre o visível e o invisível, entre o Céu e a Terra, entre o homem e os anjos.
A Humanidade, mais cedo ou mais tarde, encontrará essa ponte; ponte a unificar os continentes separados, as saudades intransponíveis dos que partiram, a dilaceração entre o amar e a distância do objecto do amor.
Enfim, no episódio da Ponte Marie podemos encontrar, em metáfora, a definição humanizada da Ciência e da Filosofia contidas na obra O Livro dos Espíritos, nas questões mais pungentes e dolorosas que, através de 1019 perguntas, são respondidas.
Ponte Marie significa a ode dramática do homem diante de suas contingências...
A luz se fez!... Faça-se a luz!
Depoimento do Espírito Hilário Silva, da obra O Espírito da Verdade, psicografia de Francisco Cândido Xavier:
“Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.
Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
A pressão aumentava...
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
O professor abriu o embrulho encontrando uma carta singela.
E leu:
‘Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta Capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou a minha companheira ideal.
Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antonieta partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de um trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, recto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio.
‘Seria fácil, não sei nadar’ – pensava.
Sucediam-se noites de insónia e dias de angústia.
Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.
Olhei em torno, contemplando a corrente...
E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objecto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-se aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho humedecera.
Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
‘Esta obra salvou-me a vida.
Leia-a com atenção e tenha bom proveito.
A. Laurent’.
Estupefacto, li a obra – O Livro dos Espíritos –, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver’.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O Livro dos Espíritos ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudónimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
‘Salvou-me, também.
Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação.
Joseph Perrier’.
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu Espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”.
Essa ponte, metáfora de uma outra mais sensível, tecida de conhecimentos, desvela-se aos nossos olhos, O Livro dos Espíritos.
Salvou-nos e continuará sua obra de regeneração enquanto houver dor e o grito humano a cortar os espaços da Criação.
Poderia o Cristo seguir indiferente?
Certa vez, ao referir-se ao O Livro dos Espíritos, José Herculano Pires assim se manifestou:
“Este livro é, portanto, o resultado de um trabalho colectivo e conjugado entre o Céu e a Terra.
O Prof. Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava activamente para a missão espírita.
O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador.
Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente”.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos de Estudo – Allan Kardec – edição com questões e comentários para a aprendizagem espírita pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo – Cárita Editora Espírita – 2012 – 3ª edição.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de um trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, recto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio.
‘Seria fácil, não sei nadar’ – pensava.
Sucediam-se noites de insónia e dias de angústia.
Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.
Olhei em torno, contemplando a corrente...
E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objecto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-se aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho humedecera.
Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
‘Esta obra salvou-me a vida.
Leia-a com atenção e tenha bom proveito.
A. Laurent’.
Estupefacto, li a obra – O Livro dos Espíritos –, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver’.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O Livro dos Espíritos ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudónimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
‘Salvou-me, também.
Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação.
Joseph Perrier’.
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu Espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”.
Essa ponte, metáfora de uma outra mais sensível, tecida de conhecimentos, desvela-se aos nossos olhos, O Livro dos Espíritos.
Salvou-nos e continuará sua obra de regeneração enquanto houver dor e o grito humano a cortar os espaços da Criação.
Poderia o Cristo seguir indiferente?
Certa vez, ao referir-se ao O Livro dos Espíritos, José Herculano Pires assim se manifestou:
“Este livro é, portanto, o resultado de um trabalho colectivo e conjugado entre o Céu e a Terra.
O Prof. Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava activamente para a missão espírita.
O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador.
Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente”.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos de Estudo – Allan Kardec – edição com questões e comentários para a aprendizagem espírita pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo – Cárita Editora Espírita – 2012 – 3ª edição.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Reforma íntima
Somente o amor nos poderá permitir a libertação dos defeitos, vícios e imperfeições que nos acompanham de priscas eras.
O amor, sim, mas o amor em movimento: a caridade.
Somente o amor em acção nos poderá abrir a porta da salvação.
Através da caridade, a pouco e pouco, iremos vencendo o nosso egoísmo e o nosso orgulho, causas dos nossos insucessos e fracassos e mantedores de nossa permanência nas trevas e descaminhos da vida.
Entretanto, se começarmos a exercitar o amor, timidamente que seja, devagar, iremos trabalhando a nossa reforma interior.
Temos muito que aprender, muito a corrigir e muito que realizar para podermos iniciar a nossa redenção.
O nosso passado grita dentro de nós, clamando por corrceção.
Nossas tendências, no entanto, ainda nos prendem a esse passado, trazendo-o para o presente, nessa repetição intérmina de erros e desacertos.
Se, por alguns instantes, surge em nós a ideia de renovação, no tempo maior, nosso orgulho sufoca novamente, eliminando-a e alimentando os pendores antigos; por isso mesmo a necessidade da vigilância e da prece.
Vigiemo-nos e oremos.
Supliquemos ao Pai das bênçãos a bênção da humildade.
Sem ela, não teremos condições de nos conhecer, e sem nos conhecermos, jamais nos modificaremos.
Humildes, começaremos a conhecer os nossos defeitos.
Conhecendo-os, certamente que iniciaremos a nossa modificação, mesmo que o façamos timidamente a princípio.
Bem sabemos que somos nós próprios a causa do nosso insucesso na retomada de um novo rumo.
Se ainda não vencemos, foi porque não nos sentimos suficientemente esclarecidos e fortes o bastante para começarmos a grande luta de nossa vida: a da nossa redenção.
Nossa vida tem sido um pervagar pelos caminhos da sombra.
Ainda somos das sombras, por isso a luz nos aborrece.
Entretanto, fomos criados luz para vivermos na luz e nos fazemos trevas para vivermos nas trevas.
“Amaram mais as trevas...”.
A luta será grande, se quisermos realmente nos transformar em novas criaturas.
E precisamos fazê-lo. A batalha será renhida.
Não podemos adiá-la mais.
Precisamos iniciá-la agora.
Analisemo-nos muito e detidamente.
Comecemos a reforma ou substituição dos defeitos menores, deixando os mais sérios por último.
Defeitos menores serão certamente aqueles que somente a nós prejudiquem.
Por último, aqueles que nos levam a prejudicar mais os outros.
Expliquemos:
Somos ainda muito fracos para combatermos os mais sérios.
Se, no entanto, superar os menores, do menor ao maior, em pouco tempo esses defeitos serão vencidos e, enquanto estivermos entretidos em superar os defeitos menores, não teremos tempo para prejudicar a ninguém, pois estaremos absorvidos na eliminação de nossas deficiências.
Quando nos vitoriarmos sobre essas deficiências, teremos condições de começar a luta maior de nossa vida, qual seja a de eliminarmos de vez as nossas más tendências, nossos pendores ruins, as nossas paixões malévolas, porque a nossa atenção não será mais distraída por defeitos menores.
Ademais, se não tivermos a força para a superação do menor, como suplantaremos o mais sério?
Necessitamos começar já a nossa batalha.
O tempo urge, é verdade!
Mas é igualmente verdade que ainda temos tempo suficiente para a nossa transformação interior.
Hoje nos encontramos no que vulgarmente se chama a “encruzilhada do destino”.
É o momento de decisão. E decisão exige acção.
Ninguém será capaz de permanecer inerte e inerme na hora presente.
Nessa “encruzilhada do destino”, teremos que escolher o caminho a seguir.
O amor, sim, mas o amor em movimento: a caridade.
Somente o amor em acção nos poderá abrir a porta da salvação.
Através da caridade, a pouco e pouco, iremos vencendo o nosso egoísmo e o nosso orgulho, causas dos nossos insucessos e fracassos e mantedores de nossa permanência nas trevas e descaminhos da vida.
Entretanto, se começarmos a exercitar o amor, timidamente que seja, devagar, iremos trabalhando a nossa reforma interior.
Temos muito que aprender, muito a corrigir e muito que realizar para podermos iniciar a nossa redenção.
O nosso passado grita dentro de nós, clamando por corrceção.
Nossas tendências, no entanto, ainda nos prendem a esse passado, trazendo-o para o presente, nessa repetição intérmina de erros e desacertos.
Se, por alguns instantes, surge em nós a ideia de renovação, no tempo maior, nosso orgulho sufoca novamente, eliminando-a e alimentando os pendores antigos; por isso mesmo a necessidade da vigilância e da prece.
Vigiemo-nos e oremos.
Supliquemos ao Pai das bênçãos a bênção da humildade.
Sem ela, não teremos condições de nos conhecer, e sem nos conhecermos, jamais nos modificaremos.
Humildes, começaremos a conhecer os nossos defeitos.
Conhecendo-os, certamente que iniciaremos a nossa modificação, mesmo que o façamos timidamente a princípio.
Bem sabemos que somos nós próprios a causa do nosso insucesso na retomada de um novo rumo.
Se ainda não vencemos, foi porque não nos sentimos suficientemente esclarecidos e fortes o bastante para começarmos a grande luta de nossa vida: a da nossa redenção.
Nossa vida tem sido um pervagar pelos caminhos da sombra.
Ainda somos das sombras, por isso a luz nos aborrece.
Entretanto, fomos criados luz para vivermos na luz e nos fazemos trevas para vivermos nas trevas.
“Amaram mais as trevas...”.
A luta será grande, se quisermos realmente nos transformar em novas criaturas.
E precisamos fazê-lo. A batalha será renhida.
Não podemos adiá-la mais.
Precisamos iniciá-la agora.
Analisemo-nos muito e detidamente.
Comecemos a reforma ou substituição dos defeitos menores, deixando os mais sérios por último.
Defeitos menores serão certamente aqueles que somente a nós prejudiquem.
Por último, aqueles que nos levam a prejudicar mais os outros.
Expliquemos:
Somos ainda muito fracos para combatermos os mais sérios.
Se, no entanto, superar os menores, do menor ao maior, em pouco tempo esses defeitos serão vencidos e, enquanto estivermos entretidos em superar os defeitos menores, não teremos tempo para prejudicar a ninguém, pois estaremos absorvidos na eliminação de nossas deficiências.
Quando nos vitoriarmos sobre essas deficiências, teremos condições de começar a luta maior de nossa vida, qual seja a de eliminarmos de vez as nossas más tendências, nossos pendores ruins, as nossas paixões malévolas, porque a nossa atenção não será mais distraída por defeitos menores.
Ademais, se não tivermos a força para a superação do menor, como suplantaremos o mais sério?
Necessitamos começar já a nossa batalha.
O tempo urge, é verdade!
Mas é igualmente verdade que ainda temos tempo suficiente para a nossa transformação interior.
Hoje nos encontramos no que vulgarmente se chama a “encruzilhada do destino”.
É o momento de decisão. E decisão exige acção.
Ninguém será capaz de permanecer inerte e inerme na hora presente.
Nessa “encruzilhada do destino”, teremos que escolher o caminho a seguir.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Sabemos que, até hoje, seguimos sempre o caminho das nossas tendências.
Agora, também será assim.
Daí a necessidade da substituição de valores, a fim de substituirmos os pendores, transformando-os de maus em bons.
Se não nos modificarmos, seguiremos o caminho que as tendências indicarem, mas não ficaremos parados.
Aceitemos este facto:
Vivemos momentos decisivos na história da Terra e de sua humanidade.
Logo, nossas decisões terão de ser rápidas e sábias, para sermos capazes de tomar a decisão certa.
A nossa missão, no entanto, nos exige uma tomada de posição bem diferente da maioria do género humano, em face do nosso grande endividamento.
Embora defeituosos como somos, teremos de nos corrigir em serviço, porque para nós já não haverá tempo para, sozinhos, nos preocuparmos tão somente connosco.
Teremos de nos preocupar primeiramente com os outros, os que estão sofrendo ao nosso lado e que, quase sempre, fazem parte do grande contingente humano de vítimas de nossa maldade.
Assim, a nossa missão, hoje, será a de nos preocuparmos primeiro e exclusivamente com os outros, para, nos momentos de descanso, nos preocuparmos connosco.
Dessa forma, não apenas refaremos o que erramos, como ainda deixaremos de pensar em nós, vencendo, a pouco e pouco, o egoísmo e a presunção de nos julgarmos os melhores.
Bem ao contrário do passado:
Primeiro nós, depois os outros.
O tempo do sofrimento maior chegou.
A Terra toda sofre; sofrerá mais.
E o Brasil não ficará fora.
A desarrumação é geral, para que, em seguida, as nações se organizem em melhores condições, suficientemente preparadas para participarem do surgimento do novo mundo, da nova Terra.
“Haverá novos Céus e uma nova Terra”.
Aproveitemos o momento que passa para nos prepararmos para essa grande luta de nossa libertação.
Seremos convidados.
Estamos sendo convidados a participar de estudos e de actividades socorristas.
Através dessas actividades assistenciais espirituais, realizaremos a nossa libertação, na justa medida em que participarmos da libertação de nosso semelhante.
Na maioria das vezes, o nosso assistido de hoje foi, no passado o nosso grande prejudicado.
Muitas vezes, ajudando o semelhante, estaremos tão somente nos reajustando com ele.
Em pouquíssimas ocasiões ajudamos a quem não prejudicamos.
Aproveitemos a hora e transformemo-nos em novas criaturas, porque o momento é hoje, a hora é agora.
Que o Pai das Bênçãos nos abençoe, ilumine os nossos caminhos e nos conduza à libertação.
Assim seja.
Mensagem psicografada pelo médium Expedito Luiz Leão, saudoso companheiro ora na espiritualidade.
§.§.§- Ave sem Ninho
Agora, também será assim.
Daí a necessidade da substituição de valores, a fim de substituirmos os pendores, transformando-os de maus em bons.
Se não nos modificarmos, seguiremos o caminho que as tendências indicarem, mas não ficaremos parados.
Aceitemos este facto:
Vivemos momentos decisivos na história da Terra e de sua humanidade.
Logo, nossas decisões terão de ser rápidas e sábias, para sermos capazes de tomar a decisão certa.
A nossa missão, no entanto, nos exige uma tomada de posição bem diferente da maioria do género humano, em face do nosso grande endividamento.
Embora defeituosos como somos, teremos de nos corrigir em serviço, porque para nós já não haverá tempo para, sozinhos, nos preocuparmos tão somente connosco.
Teremos de nos preocupar primeiramente com os outros, os que estão sofrendo ao nosso lado e que, quase sempre, fazem parte do grande contingente humano de vítimas de nossa maldade.
Assim, a nossa missão, hoje, será a de nos preocuparmos primeiro e exclusivamente com os outros, para, nos momentos de descanso, nos preocuparmos connosco.
Dessa forma, não apenas refaremos o que erramos, como ainda deixaremos de pensar em nós, vencendo, a pouco e pouco, o egoísmo e a presunção de nos julgarmos os melhores.
Bem ao contrário do passado:
Primeiro nós, depois os outros.
O tempo do sofrimento maior chegou.
A Terra toda sofre; sofrerá mais.
E o Brasil não ficará fora.
A desarrumação é geral, para que, em seguida, as nações se organizem em melhores condições, suficientemente preparadas para participarem do surgimento do novo mundo, da nova Terra.
“Haverá novos Céus e uma nova Terra”.
Aproveitemos o momento que passa para nos prepararmos para essa grande luta de nossa libertação.
Seremos convidados.
Estamos sendo convidados a participar de estudos e de actividades socorristas.
Através dessas actividades assistenciais espirituais, realizaremos a nossa libertação, na justa medida em que participarmos da libertação de nosso semelhante.
Na maioria das vezes, o nosso assistido de hoje foi, no passado o nosso grande prejudicado.
Muitas vezes, ajudando o semelhante, estaremos tão somente nos reajustando com ele.
Em pouquíssimas ocasiões ajudamos a quem não prejudicamos.
Aproveitemos a hora e transformemo-nos em novas criaturas, porque o momento é hoje, a hora é agora.
Que o Pai das Bênçãos nos abençoe, ilumine os nossos caminhos e nos conduza à libertação.
Assim seja.
Mensagem psicografada pelo médium Expedito Luiz Leão, saudoso companheiro ora na espiritualidade.
§.§.§- Ave sem Ninho
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