ARTIGOS DIVERSOS II
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Nosso compromisso com Deus implica o cuidado com o próximo
“É preciso convir que toda tarefa na Terra, no campo das profissões, é convite do Pai para que o homem penetre os templos divinos do trabalho.”
(Clarêncio, no livro Nosso Lar, mencionado por Marcus de Mario no artigo “Ter diploma e ser um bom profissional”, um dos destaques desta edição.)
Existem profissões e existe trabalho.
Uma profissão é tão somente uma actividade em potencial, que pode ser uma habilidade aprendida nas escolas, ou na transmissão do mestre ao aprendiz.
O templo divino do trabalho só pode ser alcançado pelo exercício ético e piedoso (no sentido de dedicação a Deus).
O trabalho tem sempre origem divina, que convida a todos os homens a exercer esse ministério.
“Sabemos que o trabalho, segundo o ensino espírita, é uma lei divina, o que nos leva a entender que exercer uma profissão é atender um convite de Deus e não simplesmente garantir um emprego seguro e um bom salário.”
(Marcus De Mario, no artigo citado.)
“Meus irmãos perderam-se na vida à custa de aventuras”
(Renato Teixeira, em Romaria).
Poucos aceitam receber pouco; geralmente buscamos os melhores salários e sacrificamos o que nos é necessário espiritualmente em busca de ilusões.
O convite de Deus lega ao homem a oportunidade de assumir um discipulado, um verdadeiro ministério.
Isso temos de aprender com boa parte dos evangélicos.
Sua dedicação ao trabalho, sua ética profissional.
Meu pai sempre dizia que estaremos em boas mãos quando contratamos um evangélico.
É claro que há excepções, o que não invalida a regra.
“Quando compreendermos que o trabalho, e qualquer ocupação útil recebe essa classificação por parte dos Espíritos Superiores em O Livro dos Espíritos (questão 675), é oportunidade constante de aprendizado e não de demonstrar conhecimento e exercer autoridade sobre os outros, e que servir a Deus na construção do bem comum é estar de acordo com a lei divina, então, quando tivermos essa compreensão, a responsabilidade profissional, a conduta ética e o comprometimento com a vida farão do diploma uma ficha de serviço abençoada pela luz do amor.”
(Marcus De Mario, no artigo citado.)
Qualquer ocupação útil é trabalho.
Estudar, então, é trabalho.
Quem nunca ouviu dizer a respeito de um pequenino que, ao ir para a escola, dizia ao pai e à mãe que ia trabalhar?
É por isso que, no Espiritismo, as actividades envolvidas de caridade são trabalho; e que “trabalhar” é sinónimo de actividade elevada.
“Servir ao próximo com o lema ‘amai-vos uns aos outros’, ensinado e exemplificado pelo Mestre Jesus, deve ser a nossa distinção no exercício profissional.” (Marcus De Mario.)
Amar, o impulso de todo cristão, e de boa parte dos religiosos do mundo.
Porque quase todas as religiões consideram o amor o ápice da sublimação.
E como diz Paulo, o apóstolo:
“Todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, seja qual for o culto a que pertençam”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV).
“Justo reflectirmos com profundidade sobre o que fazemos com nossos títulos académicos, pois, repetindo o escritor Pedro de Camargo (Vinícius), ‘não é de conhecimento que precisam os homens da actualidade, responsáveis pela situação aflitiva dos dias que correm: é de sentimento’.” (Marcus De Mario.)
Nosso compromisso primeiro é com Deus.
O segundo é com o próximo.
Mas o compromisso com Deus já implica o cuidado com o próximo, com nossa família, com nossos irmãos em Humanidade, o que Jesus nos recomendou expressamente.
§.§.§- Ave sem Ninho
(Clarêncio, no livro Nosso Lar, mencionado por Marcus de Mario no artigo “Ter diploma e ser um bom profissional”, um dos destaques desta edição.)
Existem profissões e existe trabalho.
Uma profissão é tão somente uma actividade em potencial, que pode ser uma habilidade aprendida nas escolas, ou na transmissão do mestre ao aprendiz.
O templo divino do trabalho só pode ser alcançado pelo exercício ético e piedoso (no sentido de dedicação a Deus).
O trabalho tem sempre origem divina, que convida a todos os homens a exercer esse ministério.
“Sabemos que o trabalho, segundo o ensino espírita, é uma lei divina, o que nos leva a entender que exercer uma profissão é atender um convite de Deus e não simplesmente garantir um emprego seguro e um bom salário.”
(Marcus De Mario, no artigo citado.)
“Meus irmãos perderam-se na vida à custa de aventuras”
(Renato Teixeira, em Romaria).
Poucos aceitam receber pouco; geralmente buscamos os melhores salários e sacrificamos o que nos é necessário espiritualmente em busca de ilusões.
O convite de Deus lega ao homem a oportunidade de assumir um discipulado, um verdadeiro ministério.
Isso temos de aprender com boa parte dos evangélicos.
Sua dedicação ao trabalho, sua ética profissional.
Meu pai sempre dizia que estaremos em boas mãos quando contratamos um evangélico.
É claro que há excepções, o que não invalida a regra.
“Quando compreendermos que o trabalho, e qualquer ocupação útil recebe essa classificação por parte dos Espíritos Superiores em O Livro dos Espíritos (questão 675), é oportunidade constante de aprendizado e não de demonstrar conhecimento e exercer autoridade sobre os outros, e que servir a Deus na construção do bem comum é estar de acordo com a lei divina, então, quando tivermos essa compreensão, a responsabilidade profissional, a conduta ética e o comprometimento com a vida farão do diploma uma ficha de serviço abençoada pela luz do amor.”
(Marcus De Mario, no artigo citado.)
Qualquer ocupação útil é trabalho.
Estudar, então, é trabalho.
Quem nunca ouviu dizer a respeito de um pequenino que, ao ir para a escola, dizia ao pai e à mãe que ia trabalhar?
É por isso que, no Espiritismo, as actividades envolvidas de caridade são trabalho; e que “trabalhar” é sinónimo de actividade elevada.
“Servir ao próximo com o lema ‘amai-vos uns aos outros’, ensinado e exemplificado pelo Mestre Jesus, deve ser a nossa distinção no exercício profissional.” (Marcus De Mario.)
Amar, o impulso de todo cristão, e de boa parte dos religiosos do mundo.
Porque quase todas as religiões consideram o amor o ápice da sublimação.
E como diz Paulo, o apóstolo:
“Todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, seja qual for o culto a que pertençam”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV).
“Justo reflectirmos com profundidade sobre o que fazemos com nossos títulos académicos, pois, repetindo o escritor Pedro de Camargo (Vinícius), ‘não é de conhecimento que precisam os homens da actualidade, responsáveis pela situação aflitiva dos dias que correm: é de sentimento’.” (Marcus De Mario.)
Nosso compromisso primeiro é com Deus.
O segundo é com o próximo.
Mas o compromisso com Deus já implica o cuidado com o próximo, com nossa família, com nossos irmãos em Humanidade, o que Jesus nos recomendou expressamente.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1860 - Parte 6
Continuamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Texto para leitura
123. Em nova carta, dr. Morhéry relata as curas obtidas pela srta. Désirée Godu:
"A srta. Godu não é sonâmbula.
Jamais consulta à distância, nem mesmo em meu domicílio, senão sob minha direcção e meu controle".
"Quando estamos de acordo, o que acontece quase sempre, começamos o tratamento."
A médium faz então os curativos e age como uma enfermeira, com um zelo sem precedentes, na modesta casa de saúde improvisada. (P. 190)
124. Na maioria dos casos, a srta. Godu aplica um tópico extractivo, composto de uma ou duas matérias, encontradas por toda parte, na cabana como no castelo.
Outras vezes, vale-se de um unguento tão simples, mas que produz efeitos seguros e variadíssimos. (P. 191)
125. A loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões, em cujo número figuram, ao menos em três quartos dos casos, a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida. (P. 192)
126. Dar ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença é atenuar a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
Ora, a Doutrina Espírita lhe dá essa força. (P. 192)
127. Um dos efeitos do Espiritismo é dar à alma a força que lhe falta em muitas circunstâncias, e é nisto que ele pode reduzir as causas da loucura e do suicídio. (P. 193)
128. Kardec transcreve do livro "Três Anos na Judeia" um curioso facto ocorrido com o profeta Esdras que, guiado por um anjo, escreveu de forma ininterrupta o texto que compõe a Torá ou Pentateuco mosaico. (PP. 194 e 195)
129. Um erro de ortografia cometido pelo Espírito de Channing numa mensagem obtida por escrita directa suscitou o protesto do Sr. Mathieu e o seguinte comentário de Kardec:
Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la; cabe ao homem esse cuidado.
E só devemos conservá-la intacta, quando o facto pode servir de ensinamento.
Não era esse o caso. (P. 196)
130. A vaidade, diz Georges, mancha todos os pensamentos; penetra o coração e o cérebro.
Planta má, abafa a bondade em seu germe, e todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.
Para lutar contra ela, é preciso usar a prece, porque só esta nos dá humildade e força. (P. 197)
131. Só os Espíritos superiores, diz Alfred de Musset, podem comunicar-se indistintamente por todos os médiuns e manter com todos a mesma linguagem.
Quando nos comunicamos por um médium, a emanação de sua natureza se reflecte mais ou menos sobre nós. (P. 200)
132. As comunicações elevadas não dependem da cultura do médium, porque só a essência de sua alma se reflecte sobre os Espíritos. (P. 200)
133. A Revue informa que se publica em Génova o periódico "L'Amore del Vero", dirigido pelo dr. Pietro Gatti, director do Instituto Homeopático de Génova e adepto esclarecido do Espiritismo. (PP. 200 e 201)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Texto para leitura
123. Em nova carta, dr. Morhéry relata as curas obtidas pela srta. Désirée Godu:
"A srta. Godu não é sonâmbula.
Jamais consulta à distância, nem mesmo em meu domicílio, senão sob minha direcção e meu controle".
"Quando estamos de acordo, o que acontece quase sempre, começamos o tratamento."
A médium faz então os curativos e age como uma enfermeira, com um zelo sem precedentes, na modesta casa de saúde improvisada. (P. 190)
124. Na maioria dos casos, a srta. Godu aplica um tópico extractivo, composto de uma ou duas matérias, encontradas por toda parte, na cabana como no castelo.
Outras vezes, vale-se de um unguento tão simples, mas que produz efeitos seguros e variadíssimos. (P. 191)
125. A loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões, em cujo número figuram, ao menos em três quartos dos casos, a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida. (P. 192)
126. Dar ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença é atenuar a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
Ora, a Doutrina Espírita lhe dá essa força. (P. 192)
127. Um dos efeitos do Espiritismo é dar à alma a força que lhe falta em muitas circunstâncias, e é nisto que ele pode reduzir as causas da loucura e do suicídio. (P. 193)
128. Kardec transcreve do livro "Três Anos na Judeia" um curioso facto ocorrido com o profeta Esdras que, guiado por um anjo, escreveu de forma ininterrupta o texto que compõe a Torá ou Pentateuco mosaico. (PP. 194 e 195)
129. Um erro de ortografia cometido pelo Espírito de Channing numa mensagem obtida por escrita directa suscitou o protesto do Sr. Mathieu e o seguinte comentário de Kardec:
Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la; cabe ao homem esse cuidado.
E só devemos conservá-la intacta, quando o facto pode servir de ensinamento.
Não era esse o caso. (P. 196)
130. A vaidade, diz Georges, mancha todos os pensamentos; penetra o coração e o cérebro.
Planta má, abafa a bondade em seu germe, e todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.
Para lutar contra ela, é preciso usar a prece, porque só esta nos dá humildade e força. (P. 197)
131. Só os Espíritos superiores, diz Alfred de Musset, podem comunicar-se indistintamente por todos os médiuns e manter com todos a mesma linguagem.
Quando nos comunicamos por um médium, a emanação de sua natureza se reflecte mais ou menos sobre nós. (P. 200)
132. As comunicações elevadas não dependem da cultura do médium, porque só a essência de sua alma se reflecte sobre os Espíritos. (P. 200)
133. A Revue informa que se publica em Génova o periódico "L'Amore del Vero", dirigido pelo dr. Pietro Gatti, director do Instituto Homeopático de Génova e adepto esclarecido do Espiritismo. (PP. 200 e 201)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
134. Na Sociedade Espírita de Paris lê-se uma carta que diz que em certas localidades o clero se ocupa seriamente com o estudo do Espiritismo e que membros esclarecidos da Igreja falam dele como de uma coisa chamada a exercer grande influência nas relações sociais. (P. 206)
135. Kardec diz que há muita tendência a ver no Espiritismo um meio de adivinhação, o que é contrário ao seu objectivo. (P. 207)
136. Reportando-se ao caso de um rapaz de 13 anos que oferecia um curioso assunto para estudo, por sua originalidade, São Luís aconselha que tais fenómenos não sejam provocados e sugere à Sociedade continuar ocupando-se, como fez até então, em aprofundar as questões importantes; do contrário, ocorreria o afastamento dos Espíritos sérios. (P. 208)
137. Kardec fala sobre a frenologia, a ciência que trata das funções atribuídas a cada parte do cérebro, fundada pelo dr. Gall, e critica o materialismo dos que pensam que os órgãos cerebrais são a própria fonte das faculdades humanas. (P. 209)
138. No louco, se o órgão que servia às manifestações do pensamento está desarranjado por uma causa qualquer, o pensamento não pode manifestar-se de maneira regular.
Ora, o cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão.
Se o instrumento está deteriorado, não se dá a manifestação, exactamente como quem perde os olhos não mais pode ver. (P. 210)
139. No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
Isolando o Espírito da matéria, prova-se que os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos. (P. 211)
140. No conceito materialista, que é um idiota? Nada; apenas um ser humano.
Mas ele é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas. (P. 211)
141. A fisiognomonia é baseada no princípio incontestável de que é o pensamento que põe os órgãos em jogo, que imprime certos movimentos aos músculos. (P. 211)
142. Os instintos animais do homem devem-se à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado e que, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais. (P. 213)
143. Um Espírito, ao reencarnar, não traz qualquer semelhança com o corpo habitado anteriormente, pois é raro que o Espírito não venha em nova existência com disposições sensivelmente modificadas.
Assim, dos sinais fisiognomônicos não é possível tirar qualquer indício das existências anteriores. (PP. 213 e 214)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
Após explicar que a loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões como a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida, Kardec diz que a Doutrina Espírita dá ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença e, desse modo, atenua a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
(Revue Spirite, pp. 192 e 193.)
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
Sim. Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la.
Essa a opinião de Kardec, que diz que cabe aos homens esse cuidado.
A mensagem somente deve ser conservada intacta quando o fato puder servir de ensinamento.
(Obra citada, p. 196.)
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
O idiota é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas.
(Obra citada, pp. 210 e 211.)
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Isso se deve à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado, o qual, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais.
(Obra citada, p. 213.)
§.§.§- Ave sem Ninho
135. Kardec diz que há muita tendência a ver no Espiritismo um meio de adivinhação, o que é contrário ao seu objectivo. (P. 207)
136. Reportando-se ao caso de um rapaz de 13 anos que oferecia um curioso assunto para estudo, por sua originalidade, São Luís aconselha que tais fenómenos não sejam provocados e sugere à Sociedade continuar ocupando-se, como fez até então, em aprofundar as questões importantes; do contrário, ocorreria o afastamento dos Espíritos sérios. (P. 208)
137. Kardec fala sobre a frenologia, a ciência que trata das funções atribuídas a cada parte do cérebro, fundada pelo dr. Gall, e critica o materialismo dos que pensam que os órgãos cerebrais são a própria fonte das faculdades humanas. (P. 209)
138. No louco, se o órgão que servia às manifestações do pensamento está desarranjado por uma causa qualquer, o pensamento não pode manifestar-se de maneira regular.
Ora, o cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão.
Se o instrumento está deteriorado, não se dá a manifestação, exactamente como quem perde os olhos não mais pode ver. (P. 210)
139. No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
Isolando o Espírito da matéria, prova-se que os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos. (P. 211)
140. No conceito materialista, que é um idiota? Nada; apenas um ser humano.
Mas ele é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas. (P. 211)
141. A fisiognomonia é baseada no princípio incontestável de que é o pensamento que põe os órgãos em jogo, que imprime certos movimentos aos músculos. (P. 211)
142. Os instintos animais do homem devem-se à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado e que, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais. (P. 213)
143. Um Espírito, ao reencarnar, não traz qualquer semelhança com o corpo habitado anteriormente, pois é raro que o Espírito não venha em nova existência com disposições sensivelmente modificadas.
Assim, dos sinais fisiognomônicos não é possível tirar qualquer indício das existências anteriores. (PP. 213 e 214)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
Após explicar que a loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões como a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida, Kardec diz que a Doutrina Espírita dá ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença e, desse modo, atenua a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
(Revue Spirite, pp. 192 e 193.)
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
Sim. Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la.
Essa a opinião de Kardec, que diz que cabe aos homens esse cuidado.
A mensagem somente deve ser conservada intacta quando o fato puder servir de ensinamento.
(Obra citada, p. 196.)
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
O idiota é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas.
(Obra citada, pp. 210 e 211.)
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Isso se deve à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado, o qual, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais.
(Obra citada, p. 213.)
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Deus na Natureza (Parte 9)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. É verdade que um dos motivos de crítica dos que negam a existência de Deus é a vastidão do espaço universal?
Por incrível que pareça, sim.
Para eles não existe lógica em que o espaço universal seja tão vasto.
Pelo menos é o que diz Büchner:
“se houvéramos de atribuir a uma força criadora individual a origem dos mundos para habitação de homens e animais, importaria saber para que serve esse espaço imenso, deserto, vazio, inútil, no qual flutuam planetas e sóis?
Por que os outros planetas do sistema não se tornaram habitáveis para o homem?”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
B. Que tolice dizem eles a respeito da Lua e da velocidade da luz?
No tocante a esses assuntos, percebe-se que os negadores do Criador não raro resvalam no plano raso das puerilidades.
Um dentre eles adverte que a luz caminha com a velocidade de 75.000 léguas por segundo, achando que é pouco e que é ridículo para um Criador o não poder acelerá-la.
Outro acha que a Lua também não gira suficientemente célere.
“A Lua – diz o americano Hudson Tuttle – não gira senão uma vez sobre si mesma, enquanto completa a sua revolução em torno da Terra, de sorte que lhe apresenta sempre a mesma face.
Assiste-nos legítimo direito de perguntar por quê, pois se houvesse nisso um intuito qualquer, a sua execução deveria ser assinalada.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
C. O acaso tem guarida no mecanismo dos astros?
Claro que não.
O acaso não entra nas cogitações do verdadeiro cientista, como Képler, que viveu adorando a harmonia do mundo e só como extravagância admitia dúvidas a respeito.
Os fundadores da Astronomia – Copérnico, Galileu, Tieha-Brahé, Newton, todos se acordam no mesmo culto de Képler.
Não são, portanto, os astrónomos que increpam o céu de falta de harmonia.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Texto para leitura
185. Que seria preciso para satisfazer aos senhores criticistas de Deus?
Vamos dizê-lo: primeiro, que não houvesse espaço ou que esse espaço fosse menos vasto, visto haver, decididamente, muito espaço no infinito.
Pelo menos é o que diz Büchner:
“se houvéramos de atribuir a uma força criadora individual a origem dos mundos para habitação de homens e animais, importaria saber para que serve esse espaço imenso, deserto, vazio, inútil, no qual flutuam planetas e sóis?
Por que os outros planetas do sistema não se tornaram habitáveis para o homem?”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
186. Aí está como esses senhores se dão à fantasia de declarar inútil o espaço, a querer que todos os globos se comuniquem entre si.
O caricaturista Granville já tivera a mesma ideia, quando representou num dos seus encantadores desenhos os jupiterianos em excursão a Saturno, atravessando uma ponte, de charuto à boca.
E o anel de Saturno lá está como um grande alpendre, onde os saturninos vão à noite refrescar-se.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. É verdade que um dos motivos de crítica dos que negam a existência de Deus é a vastidão do espaço universal?
Por incrível que pareça, sim.
Para eles não existe lógica em que o espaço universal seja tão vasto.
Pelo menos é o que diz Büchner:
“se houvéramos de atribuir a uma força criadora individual a origem dos mundos para habitação de homens e animais, importaria saber para que serve esse espaço imenso, deserto, vazio, inútil, no qual flutuam planetas e sóis?
Por que os outros planetas do sistema não se tornaram habitáveis para o homem?”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
B. Que tolice dizem eles a respeito da Lua e da velocidade da luz?
No tocante a esses assuntos, percebe-se que os negadores do Criador não raro resvalam no plano raso das puerilidades.
Um dentre eles adverte que a luz caminha com a velocidade de 75.000 léguas por segundo, achando que é pouco e que é ridículo para um Criador o não poder acelerá-la.
Outro acha que a Lua também não gira suficientemente célere.
“A Lua – diz o americano Hudson Tuttle – não gira senão uma vez sobre si mesma, enquanto completa a sua revolução em torno da Terra, de sorte que lhe apresenta sempre a mesma face.
Assiste-nos legítimo direito de perguntar por quê, pois se houvesse nisso um intuito qualquer, a sua execução deveria ser assinalada.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
C. O acaso tem guarida no mecanismo dos astros?
Claro que não.
O acaso não entra nas cogitações do verdadeiro cientista, como Képler, que viveu adorando a harmonia do mundo e só como extravagância admitia dúvidas a respeito.
Os fundadores da Astronomia – Copérnico, Galileu, Tieha-Brahé, Newton, todos se acordam no mesmo culto de Képler.
Não são, portanto, os astrónomos que increpam o céu de falta de harmonia.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Texto para leitura
185. Que seria preciso para satisfazer aos senhores criticistas de Deus?
Vamos dizê-lo: primeiro, que não houvesse espaço ou que esse espaço fosse menos vasto, visto haver, decididamente, muito espaço no infinito.
Pelo menos é o que diz Büchner:
“se houvéramos de atribuir a uma força criadora individual a origem dos mundos para habitação de homens e animais, importaria saber para que serve esse espaço imenso, deserto, vazio, inútil, no qual flutuam planetas e sóis?
Por que os outros planetas do sistema não se tornaram habitáveis para o homem?”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
186. Aí está como esses senhores se dão à fantasia de declarar inútil o espaço, a querer que todos os globos se comuniquem entre si.
O caricaturista Granville já tivera a mesma ideia, quando representou num dos seus encantadores desenhos os jupiterianos em excursão a Saturno, atravessando uma ponte, de charuto à boca.
E o anel de Saturno lá está como um grande alpendre, onde os saturninos vão à noite refrescar-se.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
187. Se esse é o desejado universo, cujo primeiro resultado seria imobilizar o sistema planetário, mais avisados andariam os inventores dirigindo-se seriamente à Escola de Pontes e Calçadas, antes que à Filosofia.
Que esta, na verdade, nada tem com isso.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
188. Se houvesse um Deus – ajuntam –, para que serviriam as irregularidades e desproporções enormes de volume e distância entre os planetas e o nosso sistema solar?
Por que essa completa ausência de ordem, de simetria, de beleza?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
189. Havemos de convir que é preciso ser um tanto pretensioso para admirar cenografias de bastidores teatrais e recusar ao mesmo tempo a beleza e a simetria às obras da Natureza.
Parece-nos mesmo que é a primeira increpação que se faz neste sentido.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
190. De resto, esses senhores não nos oferecem senão negações.
Negação de Deus, da alma, do raciocínio e seus poderes, sempre, e em tudo, negação. Isso é o que propriamente lhes concerne, e nada mais.
Sua pretensa consciência científica é simples burla.
Nossos espirituosos adversários não raro resvalam no plano raso das puerilidades.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
191. Um dentre eles adverte que a luz caminha com a velocidade de 75.000 léguas por segundo, achando que é pouco e que é ridículo para um Criador o não poder acelerá-la.
Outro acha que a Lua também não gira suficientemente célere.
“A Lua – diz o americano Hudson Tuttle – não gira senão uma vez sobre si mesma, enquanto completa a sua revolução em torno da Terra, de sorte que lhe apresenta sempre a mesma face.
Assiste-nos legítimo direito de perguntar por quê, pois se houvesse nisso um intuito qualquer, a sua execução deveria ser assinalada.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
192. Na verdade, o Criador foi assaz negligente deixando de admitir esses senhores na intimidade da sua técnica.
Já se viu uma coisa assim?
Deixá-los em completa ignorância dos fins que se propôs ao fazer rodar tão lerdamente a nossa amável Luazinha!
Mas, de facto: será que Deus não poderia ter tido melhor conduta a benefício de nossa instrução pessoal?
Nós! “Por que, perguntamo-nos ainda[ii], a força criadora não gravou em linhas de fogo (certo em alemão) o seu nome no céu?
Por que não deu aos sistemas siderais uma ordem que nos desse a conhecer, de maneira evidente, sua intenção e desígnios?”
Que estúpida divindade!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
193. Com efeito, senhores, sois admiráveis e a vossa maneira de raciocinar iguala à vossa ciência, o que aliás não é pouco.
Que pena não terdes vós mesmos construído o Universo!
Sim, porque então teríeis prevenido todos estes inconvenientes...
Mas, dizei-me: estais bem certos de conhecer integralmente a matéria para afirmar que ela substitui Deus, com vantagem?
Será que ela vos explica completamente o estado do Universo?
Ó Ciência! senão estes os frutos da tua árvore?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Que esta, na verdade, nada tem com isso.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
188. Se houvesse um Deus – ajuntam –, para que serviriam as irregularidades e desproporções enormes de volume e distância entre os planetas e o nosso sistema solar?
Por que essa completa ausência de ordem, de simetria, de beleza?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
189. Havemos de convir que é preciso ser um tanto pretensioso para admirar cenografias de bastidores teatrais e recusar ao mesmo tempo a beleza e a simetria às obras da Natureza.
Parece-nos mesmo que é a primeira increpação que se faz neste sentido.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
190. De resto, esses senhores não nos oferecem senão negações.
Negação de Deus, da alma, do raciocínio e seus poderes, sempre, e em tudo, negação. Isso é o que propriamente lhes concerne, e nada mais.
Sua pretensa consciência científica é simples burla.
Nossos espirituosos adversários não raro resvalam no plano raso das puerilidades.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
191. Um dentre eles adverte que a luz caminha com a velocidade de 75.000 léguas por segundo, achando que é pouco e que é ridículo para um Criador o não poder acelerá-la.
Outro acha que a Lua também não gira suficientemente célere.
“A Lua – diz o americano Hudson Tuttle – não gira senão uma vez sobre si mesma, enquanto completa a sua revolução em torno da Terra, de sorte que lhe apresenta sempre a mesma face.
Assiste-nos legítimo direito de perguntar por quê, pois se houvesse nisso um intuito qualquer, a sua execução deveria ser assinalada.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
192. Na verdade, o Criador foi assaz negligente deixando de admitir esses senhores na intimidade da sua técnica.
Já se viu uma coisa assim?
Deixá-los em completa ignorância dos fins que se propôs ao fazer rodar tão lerdamente a nossa amável Luazinha!
Mas, de facto: será que Deus não poderia ter tido melhor conduta a benefício de nossa instrução pessoal?
Nós! “Por que, perguntamo-nos ainda[ii], a força criadora não gravou em linhas de fogo (certo em alemão) o seu nome no céu?
Por que não deu aos sistemas siderais uma ordem que nos desse a conhecer, de maneira evidente, sua intenção e desígnios?”
Que estúpida divindade!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
193. Com efeito, senhores, sois admiráveis e a vossa maneira de raciocinar iguala à vossa ciência, o que aliás não é pouco.
Que pena não terdes vós mesmos construído o Universo!
Sim, porque então teríeis prevenido todos estes inconvenientes...
Mas, dizei-me: estais bem certos de conhecer integralmente a matéria para afirmar que ela substitui Deus, com vantagem?
Será que ela vos explica completamente o estado do Universo?
Ó Ciência! senão estes os frutos da tua árvore?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
194. Aqui, é bem o caso de confessar, com o próprio Büchner, que a comummente invocada profundeza do espírito alemão é antes perturbação que profundeza de espírito.
“O que os alemães chamam filosofia – acrescenta o mesmo escritor – não é mais que mania de jogar com ideias e palavras, e com o que se atribuem o direito de olhar outros povos por cima dos ombros.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
195. Não há sabedoria, inteligência, ordem, harmonia no Universo – eis o que eles afirmam.
Semelhante acusação será mesmo feita a sério?
Por nós, temos que é lícito duvidar.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
196. Em outubro de 1604, magnífica estrela surgiu de improviso na constelação da Serpente.
Os astrónomos ficaram assaz surpresos, por isso que uma tal aparição parecia contrária à harmonia dos céus.
As estrelas variáveis ainda não eram conhecidas.
Como, pois, nascera aquela? Fortuitamente?
Engendrada ao acaso?
Estas as interrogações de Képler, quando sobreveio um pequeno acidente...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
197. “Ontem – disse-o ele –, no curso das minhas elucubrações, fui chamado para o jantar.
Minha mulher trouxe à mesa uma salada.
– Pensas, disse-lhe eu, que, se desde os primórdios da Criação flutuassem no ar, sem ordem nem direcção, pratos de estanho, folhas de alface, grãos de sal, azeite e vinagre e pedaços de ovo cozido, o acaso os juntaria hoje para fazer uma salada?
– Não tão boa como esta, seguramente – respondeu-me a bela esposa.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
198. Ninguém ousou considerar a nova estrela como produto do acaso e hoje sabemos que o acaso não tem guarida no mecanismo dos astros.
Képler viveu adorando a harmonia do mundo e só como extravagância admitia dúvidas a respeito.
Os fundadores da Astronomia – Copérnico, Galileu, Tycho Brahe, Newton, todos se acordam no mesmo culto de Képler.[iii]
Não são, portanto, os astrónomos que increpam o céu de falta de harmonia.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
199. Ó mundos esplendorosos! sóis do infinito, e vós, terras habitadas que gravitais em torno desses focos brilhantes, cessai o vosso movimento harmonioso, sustai vosso curso.
A vida vos irradia da fronte, a inteligência mora em vossas tendas e os vossos campos recebem, dos multifários sóis que os iluminam, a seiva fecunda das existências.
Sois levados, no infinito, pela mesma soberana mão que sustenta o nosso globo, mercê da suprema lei que inclina o génio à adoração da grande causa.
Daqui, seguimos os vossos movimentos, mau grado às inomináveis distâncias que nos separam, e observamos que esses movimentos são regulados, qual os nossos, pelas três regras que a genialidade de Képler vingou formular.
Do fundo abismal dos céus, vós nos ensinais que uma ordem soberana e universal rege os mundos.
Vós nos contais a glória de Deus em termos que deixam a perder de vista os com que a proclamava o rei-profeta, escreveis no céu o nome desse ente desconhecido, que nenhuma criatura pode sequer pressentir.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
200. Astros de movimentação maravilhosa, gigantescos focos da vida universal, esplendores do céu! – vós nos fazeis genufletir, como crianças, à vontade divina e os vossos berços balançam confiantes na imensidade, sob o olhar do Omnipotente.
Percorreis humildemente a rota a cada qual traçada, ó viajores celestes!
E desde os mais remotos séculos, desde as idades inacessíveis em que saístes do primitivo caos, eis-vos manifestando a previdente sabedoria da lei que vos conduz...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
“O que os alemães chamam filosofia – acrescenta o mesmo escritor – não é mais que mania de jogar com ideias e palavras, e com o que se atribuem o direito de olhar outros povos por cima dos ombros.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
195. Não há sabedoria, inteligência, ordem, harmonia no Universo – eis o que eles afirmam.
Semelhante acusação será mesmo feita a sério?
Por nós, temos que é lícito duvidar.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
196. Em outubro de 1604, magnífica estrela surgiu de improviso na constelação da Serpente.
Os astrónomos ficaram assaz surpresos, por isso que uma tal aparição parecia contrária à harmonia dos céus.
As estrelas variáveis ainda não eram conhecidas.
Como, pois, nascera aquela? Fortuitamente?
Engendrada ao acaso?
Estas as interrogações de Képler, quando sobreveio um pequeno acidente...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
197. “Ontem – disse-o ele –, no curso das minhas elucubrações, fui chamado para o jantar.
Minha mulher trouxe à mesa uma salada.
– Pensas, disse-lhe eu, que, se desde os primórdios da Criação flutuassem no ar, sem ordem nem direcção, pratos de estanho, folhas de alface, grãos de sal, azeite e vinagre e pedaços de ovo cozido, o acaso os juntaria hoje para fazer uma salada?
– Não tão boa como esta, seguramente – respondeu-me a bela esposa.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
198. Ninguém ousou considerar a nova estrela como produto do acaso e hoje sabemos que o acaso não tem guarida no mecanismo dos astros.
Képler viveu adorando a harmonia do mundo e só como extravagância admitia dúvidas a respeito.
Os fundadores da Astronomia – Copérnico, Galileu, Tycho Brahe, Newton, todos se acordam no mesmo culto de Képler.[iii]
Não são, portanto, os astrónomos que increpam o céu de falta de harmonia.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
199. Ó mundos esplendorosos! sóis do infinito, e vós, terras habitadas que gravitais em torno desses focos brilhantes, cessai o vosso movimento harmonioso, sustai vosso curso.
A vida vos irradia da fronte, a inteligência mora em vossas tendas e os vossos campos recebem, dos multifários sóis que os iluminam, a seiva fecunda das existências.
Sois levados, no infinito, pela mesma soberana mão que sustenta o nosso globo, mercê da suprema lei que inclina o génio à adoração da grande causa.
Daqui, seguimos os vossos movimentos, mau grado às inomináveis distâncias que nos separam, e observamos que esses movimentos são regulados, qual os nossos, pelas três regras que a genialidade de Képler vingou formular.
Do fundo abismal dos céus, vós nos ensinais que uma ordem soberana e universal rege os mundos.
Vós nos contais a glória de Deus em termos que deixam a perder de vista os com que a proclamava o rei-profeta, escreveis no céu o nome desse ente desconhecido, que nenhuma criatura pode sequer pressentir.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
200. Astros de movimentação maravilhosa, gigantescos focos da vida universal, esplendores do céu! – vós nos fazeis genufletir, como crianças, à vontade divina e os vossos berços balançam confiantes na imensidade, sob o olhar do Omnipotente.
Percorreis humildemente a rota a cada qual traçada, ó viajores celestes!
E desde os mais remotos séculos, desde as idades inacessíveis em que saístes do primitivo caos, eis-vos manifestando a previdente sabedoria da lei que vos conduz...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
201. Insensatos! massas inertes, globos cegos, brutos notívagos, que fazeis?
Parai, cessai com esse eterno testemunho...
Detende o turbilhão colossal dos vossos cursos múltiplos.
Protestai contra a força que vos avassala.
Que significa essa obediência servil?
Então, filhos da matéria, não será ela a soberana do espaço?
Dar-se-á que haja leis inteligentes? Forças directoras?
Nunca, jamais. Laborais num erro insigne, ó estrelas do infinito! sois vítimas do mais ridículo ilusionismo...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
202. Escutai, pois: no fundo dos vastos desertos siderais, dormita obscuro um pequenino globo desconhecido.
Não tendes acaso percebido, uma que outra vez, entre as miríades de estrelas que branqueiam a Via-Láctea, uma estrelinha de ínfima grandeza?
Pois bem, essa estrelinha, como vós, é também um sol e em torno dele rolam algumas miniaturas de mundos tão pequeninos que rolariam quais grãos de areia, na superfície de um de vós.
Ora, sobre um dos mais microscópicos planos desses microscópicos mundículos, há uma raça de racionalistas e, no seio da raça, um núcleo de filósofos que acabam de declarar positivamente, ó magnificências! – que o vosso Deus não existe.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
203. Soberbos pigmeus levantaram-se na ponta dos pés, pensando ver-vos assim de mais perto.
Eles vos acenaram para que vos detivésseis e proclamaram, em seguida, que os ouvísseis e que toda a Natureza estava com eles.
Em alto e bom som, proclamam-se os intérpretes únicos dessa Natureza imensa.
A lhes darmos crédito, pertence-lhes, doravante, o ceptro da razão e o futuro do pensamento humano está em suas mãos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
204. Firmemente convencidos estão eles, não só da verdade, mas, sobretudo, da utilidade de sua descoberta e da benéfica influência resultante para o progresso desta pequena humanidade.
Ao demais fizeram constar que todos quantos lhes não compartilhassem a opinião estavam em contradita com a ciência natural e que a melhor qualificação cabível a esses dissidentes retardatários é de ignorantes obcecados.
Não vos exponhais, portanto, a serdes tão desfavoravelmente julgadas por esses senhores, ó portentosas estrelas!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
205. Procedei de maneira a distinguir o nosso imperceptível sol, o nosso átomo terrestre, a nossa vermínea racionalidade e, aderindo a esta declaração capital, paralisai o mecanismo do Universo e com ele a dimensão e harmonia; substituí o movimento pelo repouso, a luz pela treva, a vida pela morte e, depois, quando toda a capacidade intelectual for aniquilada, todo o idealismo banido da Natureza, suprimida toda a lei, atrofiada toda a força, o Universo se pulverizará, vós vos dispersareis em pó no bojo da noite infinita, e se o átomo terrestre ainda subsistir, os senhores filósofos, últimos viventes, estarão satisfeitos.
Não mais se poderá dizer que haja inteligência na Natureza.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
(Continua no próximo número.)
[ i ] Quanto mais profunda o homem os segredos da Natureza, mais se lhe desvenda a universalidade do plano eternal.
“Si stelles, fixae – diz Newton (Phil. nat Principia math, Scholgen) –, sint centra similium systematum, hoec omnia simili consilio constructa suberunt uniuns dominio”. – Cf. também Képler, Harmonices Mundi.
[ii] Kraft und Steft; 8º.
[iii] Quanto mais profunda o homem os segredos da Natureza, mais se lhe desvenda a universalidade do plano eternal.
“Si stelles, fixae – diz Newton (Phil. nat Principia math, Scholgen) –, sint centra similium systematum, hoec omnia simili consilio constructa suberunt uniuns dominio”. – Cf. também Képler, Harmonices Mundi.
§.§.§- Ave sem Ninho
Parai, cessai com esse eterno testemunho...
Detende o turbilhão colossal dos vossos cursos múltiplos.
Protestai contra a força que vos avassala.
Que significa essa obediência servil?
Então, filhos da matéria, não será ela a soberana do espaço?
Dar-se-á que haja leis inteligentes? Forças directoras?
Nunca, jamais. Laborais num erro insigne, ó estrelas do infinito! sois vítimas do mais ridículo ilusionismo...
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
202. Escutai, pois: no fundo dos vastos desertos siderais, dormita obscuro um pequenino globo desconhecido.
Não tendes acaso percebido, uma que outra vez, entre as miríades de estrelas que branqueiam a Via-Láctea, uma estrelinha de ínfima grandeza?
Pois bem, essa estrelinha, como vós, é também um sol e em torno dele rolam algumas miniaturas de mundos tão pequeninos que rolariam quais grãos de areia, na superfície de um de vós.
Ora, sobre um dos mais microscópicos planos desses microscópicos mundículos, há uma raça de racionalistas e, no seio da raça, um núcleo de filósofos que acabam de declarar positivamente, ó magnificências! – que o vosso Deus não existe.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
203. Soberbos pigmeus levantaram-se na ponta dos pés, pensando ver-vos assim de mais perto.
Eles vos acenaram para que vos detivésseis e proclamaram, em seguida, que os ouvísseis e que toda a Natureza estava com eles.
Em alto e bom som, proclamam-se os intérpretes únicos dessa Natureza imensa.
A lhes darmos crédito, pertence-lhes, doravante, o ceptro da razão e o futuro do pensamento humano está em suas mãos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
204. Firmemente convencidos estão eles, não só da verdade, mas, sobretudo, da utilidade de sua descoberta e da benéfica influência resultante para o progresso desta pequena humanidade.
Ao demais fizeram constar que todos quantos lhes não compartilhassem a opinião estavam em contradita com a ciência natural e que a melhor qualificação cabível a esses dissidentes retardatários é de ignorantes obcecados.
Não vos exponhais, portanto, a serdes tão desfavoravelmente julgadas por esses senhores, ó portentosas estrelas!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
205. Procedei de maneira a distinguir o nosso imperceptível sol, o nosso átomo terrestre, a nossa vermínea racionalidade e, aderindo a esta declaração capital, paralisai o mecanismo do Universo e com ele a dimensão e harmonia; substituí o movimento pelo repouso, a luz pela treva, a vida pela morte e, depois, quando toda a capacidade intelectual for aniquilada, todo o idealismo banido da Natureza, suprimida toda a lei, atrofiada toda a força, o Universo se pulverizará, vós vos dispersareis em pó no bojo da noite infinita, e se o átomo terrestre ainda subsistir, os senhores filósofos, últimos viventes, estarão satisfeitos.
Não mais se poderá dizer que haja inteligência na Natureza.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
(Continua no próximo número.)
[ i ] Quanto mais profunda o homem os segredos da Natureza, mais se lhe desvenda a universalidade do plano eternal.
“Si stelles, fixae – diz Newton (Phil. nat Principia math, Scholgen) –, sint centra similium systematum, hoec omnia simili consilio constructa suberunt uniuns dominio”. – Cf. também Képler, Harmonices Mundi.
[ii] Kraft und Steft; 8º.
[iii] Quanto mais profunda o homem os segredos da Natureza, mais se lhe desvenda a universalidade do plano eternal.
“Si stelles, fixae – diz Newton (Phil. nat Principia math, Scholgen) –, sint centra similium systematum, hoec omnia simili consilio constructa suberunt uniuns dominio”. – Cf. também Képler, Harmonices Mundi.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O Espiritismo responde
por Astolfo O. de Oliveira Filho
Um dilecto amigo radicado em São Paulo (SP) pergunta-nos se é verdade que o passe magnético, ainda que ministrado no recinto da Casa Espírita, pode ser maléfico.
Sim, é verdade.
Recorremos, quanto ao assunto, à lição contida no texto intitulado "Resultados do passe", constante da 12ª Sessão de Exercício Prático do COEM - Centro de Orientação e Educação Mediúnica, obra de autoria dos confrades Alexandre Sech, Célio Trujillo Costa e Ney de Meira Albach, ligados, à época, ao Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba.
De acordo com essa lição, os resultados do passe, dependendo das condições do trabalho e do passista, podem ser benéficos, maléficos ou nulos:
Benéficos: quando o passista apresenta estado de saúde equilibrado e equilíbrio espiritual e o paciente apresenta receptividade ao recurso espiritual, bem como disposição de melhora efectiva.
Maléficos: quando o passista está com estado de saúde precário, com o organismo intoxicado por excesso de alimentação ou vícios (como fumo, álcool, drogas) ou quando esteja em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, raiva, orgulho etc.) e, nesses casos, o paciente esteja com suas defesas nulas.
Nulos: quando, na hipótese anteriormente descrita, o paciente possui defesas positivas diante da torrente de energias negativas transmitidas pelo passista, o que se dá nos casos de merecimento individual ou por acção dos protectores desencarnados; e quando, apesar de receber um recurso favorável, o paciente mantém posição refractária com relação ao passe (descrença, aversão, sarcasmo).
Com respeito aos passes maléficos, conhecemos alguns casos ocorridos em nossa cidade em que o paciente saiu da Casa Espírita em condições piores das que apresentava ao chegar à instituição.
Em um desses casos, os sintomas apresentados depois do passe eram semelhantes aos que o passista imprevidente, mesmo não se encontrando em condições saudáveis, havia relatado à equipe de passistas.
Consta, embora não tenhamos a confirmação da fonte, que o grande magnetizador Charles Lafontaine, em certa ocasião, depois de haver bebido vinho à refeição, ministrou passes em um paciente que, momentos depois, teve de ser internado em estado de coma alcoólico.
Da obra de André Luiz é conhecido o caso de Margarida, relatado no livro Libertação, cap. IX.
Vítima de processo obsessivo grave, a jovem estava praticamente às portas da morte corpórea quando Gúbio e seus amigos diligenciaram no sentido de libertá-la.
Conforme o relato feito por André Luiz, quando o grupo socorrista viu Margarida pela primeira vez, ela estava no seu leito, mostrando extrema palidez em sua face, enquanto que, a seu lado, dois desencarnados, de horrível aspecto, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética voltada para o mal, o que mostra que a motivação e o preparo espiritual dos chamados passistas são factores essenciais para a excelência do passe magnético.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um dilecto amigo radicado em São Paulo (SP) pergunta-nos se é verdade que o passe magnético, ainda que ministrado no recinto da Casa Espírita, pode ser maléfico.
Sim, é verdade.
Recorremos, quanto ao assunto, à lição contida no texto intitulado "Resultados do passe", constante da 12ª Sessão de Exercício Prático do COEM - Centro de Orientação e Educação Mediúnica, obra de autoria dos confrades Alexandre Sech, Célio Trujillo Costa e Ney de Meira Albach, ligados, à época, ao Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba.
De acordo com essa lição, os resultados do passe, dependendo das condições do trabalho e do passista, podem ser benéficos, maléficos ou nulos:
Benéficos: quando o passista apresenta estado de saúde equilibrado e equilíbrio espiritual e o paciente apresenta receptividade ao recurso espiritual, bem como disposição de melhora efectiva.
Maléficos: quando o passista está com estado de saúde precário, com o organismo intoxicado por excesso de alimentação ou vícios (como fumo, álcool, drogas) ou quando esteja em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, raiva, orgulho etc.) e, nesses casos, o paciente esteja com suas defesas nulas.
Nulos: quando, na hipótese anteriormente descrita, o paciente possui defesas positivas diante da torrente de energias negativas transmitidas pelo passista, o que se dá nos casos de merecimento individual ou por acção dos protectores desencarnados; e quando, apesar de receber um recurso favorável, o paciente mantém posição refractária com relação ao passe (descrença, aversão, sarcasmo).
Com respeito aos passes maléficos, conhecemos alguns casos ocorridos em nossa cidade em que o paciente saiu da Casa Espírita em condições piores das que apresentava ao chegar à instituição.
Em um desses casos, os sintomas apresentados depois do passe eram semelhantes aos que o passista imprevidente, mesmo não se encontrando em condições saudáveis, havia relatado à equipe de passistas.
Consta, embora não tenhamos a confirmação da fonte, que o grande magnetizador Charles Lafontaine, em certa ocasião, depois de haver bebido vinho à refeição, ministrou passes em um paciente que, momentos depois, teve de ser internado em estado de coma alcoólico.
Da obra de André Luiz é conhecido o caso de Margarida, relatado no livro Libertação, cap. IX.
Vítima de processo obsessivo grave, a jovem estava praticamente às portas da morte corpórea quando Gúbio e seus amigos diligenciaram no sentido de libertá-la.
Conforme o relato feito por André Luiz, quando o grupo socorrista viu Margarida pela primeira vez, ela estava no seu leito, mostrando extrema palidez em sua face, enquanto que, a seu lado, dois desencarnados, de horrível aspecto, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética voltada para o mal, o que mostra que a motivação e o preparo espiritual dos chamados passistas são factores essenciais para a excelência do passe magnético.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Combatendo a má vontade
Uma pessoa muito querida e já idosa das minhas relações recentemente me confessou as suas agruras para tomar uma condução.
Ela relatou a infelicidade de não ser atendida pelos motoristas de colectivos - não foram poucas vezes, aliás -, pelo simples facto de estar sozinha no ponto de ónibus.
Na sua interpretação, alguns desses “profissionais” não têm paciência para lidar com as pessoas da terceira idade e as suas dificuldades físicas.
Desse modo, não hesitam em deixá-la na mão nas circunstâncias descritas.
Conforme ela bem lembrou, “não se dão conta de que também envelhecerão e também terão os seus problemas...”
A questão envolve fundamentalmente a má vontade humana e, como tal, suscita outras considerações a respeito de como lidamos com as necessidades daqueles que procuram pelo nosso apoio e assistência.
Inicialmente, é adequado recordar que não vivemos totalmente isolados, salvo raríssimas excepções.
Consequentemente, é normal interagirmos com outras pessoas no nosso dia a dia ou até mesmo com os animais.
Nesse sentido, a boa vontade pode facilitar as nossas relações, a nossa jornada e, enfim, o nosso progresso espiritual.
Em contrapartida, a nossa eventual má vontade prejudicará não apenas os outros que necessitam da nossa intervenção, mas sobretudo a nós mesmos.
E ao assim procedermos estamos estabelecendo conexões negativas, afastando a possibilidade de recebermos boas inspirações, criando desafectos sem a menor necessidade, atraindo vibrações inamistosas, entre outras coisas.
Por essa razão, o recado do Apóstolo Paulo é altamente pertinente:
“Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas” (Efésios, 5: 11).
Afinal de contas, o interesse precípuo das entidades infelizes é a manutenção do atraso humano, o distanciamento dos ideais divinos e a perpetuação do mal na Terra.
A nossa conduta determina o tipo de entidades que nos acompanham pela vida.
Um cidadão que destila ácido na fala e no comportamento certamente não atrairá entidades benevolentes ou sábias para o seu lado.
Analisando esse triste e omnipresente aspecto da conduta humana, o Espírito Emmanuel observou o seguinte na obra Pão Nosso (psicografia de Francisco Cândido Xavier):
“Má vontade gera sombra”.
Segue daí a conclusão de que uma parte considerável do mal que grassa no planeta na actualidade advém da má vontade dos indivíduos em praticar o bem, a solidariedade, a fraternidade e assim por diante.
Ou seja, falta simplesmente boa vontade para combater as imperfeições humanas observáveis em toda parte.
Com efeito, continua-se gerando sofrimentos colossais neste mundo devido à crônica indisposição dos indivíduos em dissipar as sombras por via de condutas benéficas.
Não é por outra razão que Emmanuel assim resume:
“A sombra favorece a estagnação”.
Portanto, a partir da má vontade se cria um ciclo perverso no qual as iniciativas e decisões sensatas são obstadas no nascedouro.
Daí alerta Emmanuel para os perigos subjacentes:
“Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas”.
Desse modo, a análise constante do teor emocional das nossas atitudes e das disposições que brotam da nossa alma pode nos dar evidências concretas a respeito da vontade que nos impulsiona.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela relatou a infelicidade de não ser atendida pelos motoristas de colectivos - não foram poucas vezes, aliás -, pelo simples facto de estar sozinha no ponto de ónibus.
Na sua interpretação, alguns desses “profissionais” não têm paciência para lidar com as pessoas da terceira idade e as suas dificuldades físicas.
Desse modo, não hesitam em deixá-la na mão nas circunstâncias descritas.
Conforme ela bem lembrou, “não se dão conta de que também envelhecerão e também terão os seus problemas...”
A questão envolve fundamentalmente a má vontade humana e, como tal, suscita outras considerações a respeito de como lidamos com as necessidades daqueles que procuram pelo nosso apoio e assistência.
Inicialmente, é adequado recordar que não vivemos totalmente isolados, salvo raríssimas excepções.
Consequentemente, é normal interagirmos com outras pessoas no nosso dia a dia ou até mesmo com os animais.
Nesse sentido, a boa vontade pode facilitar as nossas relações, a nossa jornada e, enfim, o nosso progresso espiritual.
Em contrapartida, a nossa eventual má vontade prejudicará não apenas os outros que necessitam da nossa intervenção, mas sobretudo a nós mesmos.
E ao assim procedermos estamos estabelecendo conexões negativas, afastando a possibilidade de recebermos boas inspirações, criando desafectos sem a menor necessidade, atraindo vibrações inamistosas, entre outras coisas.
Por essa razão, o recado do Apóstolo Paulo é altamente pertinente:
“Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas” (Efésios, 5: 11).
Afinal de contas, o interesse precípuo das entidades infelizes é a manutenção do atraso humano, o distanciamento dos ideais divinos e a perpetuação do mal na Terra.
A nossa conduta determina o tipo de entidades que nos acompanham pela vida.
Um cidadão que destila ácido na fala e no comportamento certamente não atrairá entidades benevolentes ou sábias para o seu lado.
Analisando esse triste e omnipresente aspecto da conduta humana, o Espírito Emmanuel observou o seguinte na obra Pão Nosso (psicografia de Francisco Cândido Xavier):
“Má vontade gera sombra”.
Segue daí a conclusão de que uma parte considerável do mal que grassa no planeta na actualidade advém da má vontade dos indivíduos em praticar o bem, a solidariedade, a fraternidade e assim por diante.
Ou seja, falta simplesmente boa vontade para combater as imperfeições humanas observáveis em toda parte.
Com efeito, continua-se gerando sofrimentos colossais neste mundo devido à crônica indisposição dos indivíduos em dissipar as sombras por via de condutas benéficas.
Não é por outra razão que Emmanuel assim resume:
“A sombra favorece a estagnação”.
Portanto, a partir da má vontade se cria um ciclo perverso no qual as iniciativas e decisões sensatas são obstadas no nascedouro.
Daí alerta Emmanuel para os perigos subjacentes:
“Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas”.
Desse modo, a análise constante do teor emocional das nossas atitudes e das disposições que brotam da nossa alma pode nos dar evidências concretas a respeito da vontade que nos impulsiona.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Fé
Martim Gouveia, moço ainda, afeiçoara-se a pilhar residências incautas, subtraindo o que pudesse, sem nunca ter caído nas mãos das autoridades.
Naquela noite namorara atentamente uma casa fechada qual se ninguém residisse ali.
Pé-ante-pé galgou o muro do quintal e forçou a porta dos fundos.
Abriu-a com habilidade, penetrando na moradia.
Passou pela cozinha e ganhou o interior.
Procurou um dos quartos onde esperava encontrar valores maiores e empurrou de leve a porta.
Nisso, contudo, ouviu respiração estertorosa.
Julgando ser alguém que dormia ressonando, avançou mais ainda.
Admirado, vê então um vulto que se esparrama num leito.
O intruso leva a mão ao punhal.
Mas ouve a voz fraca e entre-cortada de um homem deitado que o vislumbra no lusco-fusco.
O desconhecido alonga os braços e fala sob forte emoção.
- Oh! Graças a Deus!
Você escutou os meus gemidos, meu filho?
Foram os Espíritos!
Você é um enviado dos Mensageiros Divinos!...
Martim Gouveia, surpreso, abandona a ideia da arma.
Adianta-se para o velhinho que pode agora distinguir sob a luz mortiça do luar através da vidraça.
O ancião repete maravilhado:
- Oh! Graças a Deus!
Meu filho, preciso muito de você...
Sou paralítico e sem ninguém...
Não tenho forças para gritar...
Há muito tempo não recebo visitas. Você me ouviu!...
Depois de pequena pausa continuou...
- Busque um remédio...
Sinto muita falta de ar...
Leia algo que me conforte...
Para não morrer sozinho...
Você é um enviado dos Espíritos...
E porque o enfermo lhe estendesse um livro, Martim Gouveia, condoído, acendeu a luz e dispôs-se a ler, emocionado...
Era um exemplar de O Evangelho segundo o Espiritismo, ensebado de suor e de lágrimas.
O hóspede imprevisto leu e releu, até alta madrugada e, desde aquele instante, desistiu de assaltos e de furtos, cuidando do velhinho, administrando-lhe remédios, prestando-lhe assistência e lendo com ele os Livros Espíritas da sua predilecção.
Após cinco meses, o doente desencarnou em clima de paz, deixando-lhe como herança a casa e os bens e sua alma renovada pelo exemplo de fé nos Bons Espíritos.
Do livro Ideal Espírita, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Naquela noite namorara atentamente uma casa fechada qual se ninguém residisse ali.
Pé-ante-pé galgou o muro do quintal e forçou a porta dos fundos.
Abriu-a com habilidade, penetrando na moradia.
Passou pela cozinha e ganhou o interior.
Procurou um dos quartos onde esperava encontrar valores maiores e empurrou de leve a porta.
Nisso, contudo, ouviu respiração estertorosa.
Julgando ser alguém que dormia ressonando, avançou mais ainda.
Admirado, vê então um vulto que se esparrama num leito.
O intruso leva a mão ao punhal.
Mas ouve a voz fraca e entre-cortada de um homem deitado que o vislumbra no lusco-fusco.
O desconhecido alonga os braços e fala sob forte emoção.
- Oh! Graças a Deus!
Você escutou os meus gemidos, meu filho?
Foram os Espíritos!
Você é um enviado dos Mensageiros Divinos!...
Martim Gouveia, surpreso, abandona a ideia da arma.
Adianta-se para o velhinho que pode agora distinguir sob a luz mortiça do luar através da vidraça.
O ancião repete maravilhado:
- Oh! Graças a Deus!
Meu filho, preciso muito de você...
Sou paralítico e sem ninguém...
Não tenho forças para gritar...
Há muito tempo não recebo visitas. Você me ouviu!...
Depois de pequena pausa continuou...
- Busque um remédio...
Sinto muita falta de ar...
Leia algo que me conforte...
Para não morrer sozinho...
Você é um enviado dos Espíritos...
E porque o enfermo lhe estendesse um livro, Martim Gouveia, condoído, acendeu a luz e dispôs-se a ler, emocionado...
Era um exemplar de O Evangelho segundo o Espiritismo, ensebado de suor e de lágrimas.
O hóspede imprevisto leu e releu, até alta madrugada e, desde aquele instante, desistiu de assaltos e de furtos, cuidando do velhinho, administrando-lhe remédios, prestando-lhe assistência e lendo com ele os Livros Espíritas da sua predilecção.
Após cinco meses, o doente desencarnou em clima de paz, deixando-lhe como herança a casa e os bens e sua alma renovada pelo exemplo de fé nos Bons Espíritos.
Do livro Ideal Espírita, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Dinheiro é preciso, mas não é tudo
Se existiu alguém que nasceu sem dinheiro e morreu sem dinheiro, esse foi o jovem de Nazaré.
O berço, uma manjedoura; o túmulo, um lugar emprestado por José de Arimateia.
Para pagar um pedágio (sim, existia naquela época pagamento de imposto), teve que pescar um peixe e da sua boca retirar uma moeda de quatro dracmas (Mateus 17:27).
Dizem que o dinheiro não é tudo e, muitas vezes, não é nem mesmo suficiente:
“Se o dinheiro fala, o meu sempre diz adeus”, diz um velho ditado.
Fui administrador num banco e vi que administrar dinheiro é fácil.
Difícil é administrar a falta dele.
Por outro lado, na prática do bem, o dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado.
O filósofo grego Sócrates tinha grande estima pelos jovens e pelos amigos e dizia:
“O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele”.
É conhecida a página (sem identificação de autor) que compara o dinheiro com o que se pode comprar; vejamos:
“Com dinheiro pode-se comprar uma casa, mas não um lar.
Com dinheiro pode-se comprar uma cama, mas não o sono.
Com dinheiro pode-se comprar um relógio, mas não o tempo.
Com dinheiro pode-se comprar um livro, mas não o conhecimento.
Com dinheiro pode-se comprar comida, mas não o apetite.
Com dinheiro pode-se comprar posição, mas não respeito.
Com dinheiro pode-se comprar sangue, mas não a vida.
Com dinheiro pode-se comprar remédios, mas não a saúde.
Com dinheiro pode-se comprar sexo, mas não o amor.
Com dinheiro pode-se comprar pessoas, mas não amigos”.
Portanto... dinheiro não é tudo.
E mesmo sem ser tudo, muita gente sofre por causa do dinheiro.
Buda faz bela comparação da vida, do tempo e do dinheiro quando diz:
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.
Vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido”.
(As raízes do budismo se encontram no pensamento religioso da Índia antiga, na segunda metade do primeiro milénio antes de Cristo.)
Uma questão recorrente no mundo moderno é o funcionamento do capitalismo, em que os que emprestam só o fazem em vista do ganho que terão com isso.
Vejamos o que disse Jesus:
“E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução?
Até os pecadores emprestam a pecadores, esperando receber devolução integral” (Lucas 6:34).
Vincent Van Gogh, que retornou jovem para a vida espiritual (faleceu aos 47 anos), um pintor pós-impressionista holandês, parecia não se perturbar pela questão do dinheiro.
Ele escreveu:
“Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco.
Se perdeu a honra, perdeu muito.
Se perdeu a coragem, perdeu tudo”.
O poeta português Fernando Pessoa, que ficou órfão de pai aos cinco anos, e desencarnou muito cedo, também aos 47 anos de idade, sabiamente fala da necessidade de não ter necessidade de dinheiro e de ser fraterno na vida:
“Digo-vos: praticai o bem. Por quê?
O que ganhais com isso?
Nada, não ganhais nada.
Nem dinheiro, nem amor, nem respeito, nem talvez paz de espírito.
Talvez não ganheis nada disso.
Então, por que vos digo:
Praticai o bem? Porque não ganhais nada com isso.
Vale a pena praticá-lo por isto mesmo”.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e especialista em dependência química pela USP-SP-GREA.
§.§.§- Ave sem Ninho
O berço, uma manjedoura; o túmulo, um lugar emprestado por José de Arimateia.
Para pagar um pedágio (sim, existia naquela época pagamento de imposto), teve que pescar um peixe e da sua boca retirar uma moeda de quatro dracmas (Mateus 17:27).
Dizem que o dinheiro não é tudo e, muitas vezes, não é nem mesmo suficiente:
“Se o dinheiro fala, o meu sempre diz adeus”, diz um velho ditado.
Fui administrador num banco e vi que administrar dinheiro é fácil.
Difícil é administrar a falta dele.
Por outro lado, na prática do bem, o dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado.
O filósofo grego Sócrates tinha grande estima pelos jovens e pelos amigos e dizia:
“O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele”.
É conhecida a página (sem identificação de autor) que compara o dinheiro com o que se pode comprar; vejamos:
“Com dinheiro pode-se comprar uma casa, mas não um lar.
Com dinheiro pode-se comprar uma cama, mas não o sono.
Com dinheiro pode-se comprar um relógio, mas não o tempo.
Com dinheiro pode-se comprar um livro, mas não o conhecimento.
Com dinheiro pode-se comprar comida, mas não o apetite.
Com dinheiro pode-se comprar posição, mas não respeito.
Com dinheiro pode-se comprar sangue, mas não a vida.
Com dinheiro pode-se comprar remédios, mas não a saúde.
Com dinheiro pode-se comprar sexo, mas não o amor.
Com dinheiro pode-se comprar pessoas, mas não amigos”.
Portanto... dinheiro não é tudo.
E mesmo sem ser tudo, muita gente sofre por causa do dinheiro.
Buda faz bela comparação da vida, do tempo e do dinheiro quando diz:
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.
Vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido”.
(As raízes do budismo se encontram no pensamento religioso da Índia antiga, na segunda metade do primeiro milénio antes de Cristo.)
Uma questão recorrente no mundo moderno é o funcionamento do capitalismo, em que os que emprestam só o fazem em vista do ganho que terão com isso.
Vejamos o que disse Jesus:
“E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução?
Até os pecadores emprestam a pecadores, esperando receber devolução integral” (Lucas 6:34).
Vincent Van Gogh, que retornou jovem para a vida espiritual (faleceu aos 47 anos), um pintor pós-impressionista holandês, parecia não se perturbar pela questão do dinheiro.
Ele escreveu:
“Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco.
Se perdeu a honra, perdeu muito.
Se perdeu a coragem, perdeu tudo”.
O poeta português Fernando Pessoa, que ficou órfão de pai aos cinco anos, e desencarnou muito cedo, também aos 47 anos de idade, sabiamente fala da necessidade de não ter necessidade de dinheiro e de ser fraterno na vida:
“Digo-vos: praticai o bem. Por quê?
O que ganhais com isso?
Nada, não ganhais nada.
Nem dinheiro, nem amor, nem respeito, nem talvez paz de espírito.
Talvez não ganheis nada disso.
Então, por que vos digo:
Praticai o bem? Porque não ganhais nada com isso.
Vale a pena praticá-lo por isto mesmo”.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e especialista em dependência química pela USP-SP-GREA.
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Opinião Espírita (Parte 1)
Iniciamos nesta edição o estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Questões preliminares
A. Tornar-se progressivamente melhor é um dos nossos deveres?
Sim. É útil, pois, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima, porque espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
B. É realmente importante que examinemos o que temos feito de nossa existência?
Claro. Segundo André Luiz, é preciso sopesar, avaliar, nossa existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que não nos vejamos na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
C. Por que semelhante exame é imprescindível ao êxito de nossa presente existência?
Diz André Luiz que interrogar a consciência quanto à utilidade que temos dado ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutamos, enquanto nos valemos do corpo físico, possibilita-nos reconsiderar directrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passarmos para o lado de lá, já será mais difícil...
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
Texto para leitura
1. Espiritismo nas opiniões – Quanto mais se agiganta a evolução na Terra, mais amplos se fazem os órgãos informativos.
Em todos os lugares, autoridades pesquisam, confrontam, observam, conjecturam, e, no fundo, é sempre o esclarecimento que surge, através da síntese, auxiliando o homem a escolher caminhos e seleccionar atitudes.
(Opinião Espírita, Introdução.)
2. Serviços, ajustes, descobertas, fenómenos e técnicas, nos mais remotos sectores do Planeta, pela força do livro e da escola, da imprensa e do rádio, da televisão e do cinema, entram nas interpretações da propaganda, sugerindo preceitos ou traçando soluções.
(Opinião Espírita, Introdução.)
3. Justa, dessa forma, a iniciativa de trazer a Doutrina Espírita à concorrência honesta das normas que as religiões e as filosofias apresentam às criaturas, no sentido de lhes facilitar a existência.
(Opinião Espírita, Introdução.)
4. Os espíritas, em todos os quadrantes da actividade terrestre, podem esculpir, sobretudo, nas próprias acções, o conceito espírita que lhes dirige as convicções.
(Opinião Espírita, Introdução.)
5. Certo, não temos receitas de felicidade ilusória para dar e nem sabemos rebaixar o céu ao nível do chão, mas dispomos dos recursos precisos à construção da felicidade e do céu, no reino interior pelo trabalho e pelo estudo, no auto-aperfeiçoamento.
(Opinião Espírita, Introdução.)
6. Aos que se mostrem decididos à realização espírita pelos testemunhos, convidamos à meditação no ensinamento libertador de Allan Kardec, sob a inspiração do Cristo, a fim de que possamos edificar a influência espírita, nos mecanismos do progresso e da cultura, não só para que o Espiritismo palpite, vibrante, no parque de opiniões da vida moderna, mas também para que as opiniões do Espiritismo sejam lidas em nós.
(Opinião Espírita, Introdução.)
Questões preliminares
A. Tornar-se progressivamente melhor é um dos nossos deveres?
Sim. É útil, pois, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima, porque espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
B. É realmente importante que examinemos o que temos feito de nossa existência?
Claro. Segundo André Luiz, é preciso sopesar, avaliar, nossa existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que não nos vejamos na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
C. Por que semelhante exame é imprescindível ao êxito de nossa presente existência?
Diz André Luiz que interrogar a consciência quanto à utilidade que temos dado ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutamos, enquanto nos valemos do corpo físico, possibilita-nos reconsiderar directrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passarmos para o lado de lá, já será mais difícil...
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
Texto para leitura
1. Espiritismo nas opiniões – Quanto mais se agiganta a evolução na Terra, mais amplos se fazem os órgãos informativos.
Em todos os lugares, autoridades pesquisam, confrontam, observam, conjecturam, e, no fundo, é sempre o esclarecimento que surge, através da síntese, auxiliando o homem a escolher caminhos e seleccionar atitudes.
(Opinião Espírita, Introdução.)
2. Serviços, ajustes, descobertas, fenómenos e técnicas, nos mais remotos sectores do Planeta, pela força do livro e da escola, da imprensa e do rádio, da televisão e do cinema, entram nas interpretações da propaganda, sugerindo preceitos ou traçando soluções.
(Opinião Espírita, Introdução.)
3. Justa, dessa forma, a iniciativa de trazer a Doutrina Espírita à concorrência honesta das normas que as religiões e as filosofias apresentam às criaturas, no sentido de lhes facilitar a existência.
(Opinião Espírita, Introdução.)
4. Os espíritas, em todos os quadrantes da actividade terrestre, podem esculpir, sobretudo, nas próprias acções, o conceito espírita que lhes dirige as convicções.
(Opinião Espírita, Introdução.)
5. Certo, não temos receitas de felicidade ilusória para dar e nem sabemos rebaixar o céu ao nível do chão, mas dispomos dos recursos precisos à construção da felicidade e do céu, no reino interior pelo trabalho e pelo estudo, no auto-aperfeiçoamento.
(Opinião Espírita, Introdução.)
6. Aos que se mostrem decididos à realização espírita pelos testemunhos, convidamos à meditação no ensinamento libertador de Allan Kardec, sob a inspiração do Cristo, a fim de que possamos edificar a influência espírita, nos mecanismos do progresso e da cultura, não só para que o Espiritismo palpite, vibrante, no parque de opiniões da vida moderna, mas também para que as opiniões do Espiritismo sejam lidas em nós.
(Opinião Espírita, Introdução.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
7. Examinemos a nós mesmos – O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
8. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
9. Testa a paciência própria:
- Estás mais calmo, afável e compreensivo?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
10. Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
11. Investiga as actividades que te competem no templo doutrinário:
- Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
12. Observa-te nas manifestações perante os amigos:
- Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
13. Reflecte em tua capacidade de sacrifício:
- Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
14. Pesquisa o próprio desapego:
- Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
15. Usas mais intensamente os pronomes "nós", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
16. Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
17. Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
18. Dissipaste antigos desafectos e aversões?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
19. Superaste os lapsos crónicos de desatenção e negligência?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
20. Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
21. Entendes melhor a função da dor?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
22. Ainda cultivas alguma discreta desavença?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
23. Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
24. Tens orado realmente?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
25. Teus ideais evoluíram?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
26. Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
27. Tens o verbo mais indulgente, os braços mais activos e as mãos mais abençoadoras?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
8. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
9. Testa a paciência própria:
- Estás mais calmo, afável e compreensivo?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
10. Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
11. Investiga as actividades que te competem no templo doutrinário:
- Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
12. Observa-te nas manifestações perante os amigos:
- Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
13. Reflecte em tua capacidade de sacrifício:
- Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
14. Pesquisa o próprio desapego:
- Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
15. Usas mais intensamente os pronomes "nós", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
16. Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
17. Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
18. Dissipaste antigos desafectos e aversões?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
19. Superaste os lapsos crónicos de desatenção e negligência?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
20. Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
21. Entendes melhor a função da dor?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
22. Ainda cultivas alguma discreta desavença?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
23. Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
24. Tens orado realmente?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
25. Teus ideais evoluíram?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
26. Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
27. Tens o verbo mais indulgente, os braços mais activos e as mãos mais abençoadoras?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
28. Evangelho é alegria no coração:
- Estás, de facto, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
29. Tudo caminha! Tudo evolui!
Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
30. Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
31. Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
32. Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
33. Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar directrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
- Estás, de facto, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
29. Tudo caminha! Tudo evolui!
Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
30. Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
31. Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
32. Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
33. Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar directrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...
(Opinião Espírita, cap. 1: Examinemos a nós mesmos.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Fé e obras
“Porque, assim como o corpo sem espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”
(Epístola do Apóstolo Tiago, 2:26.)
A Doutrina Espírita assenta toda a sua filosofia religiosa no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso mesmo, exalça a fé enquanto faz a apologia da obra, enfatizando o binómio:
Fé com obras ou Obras com fé.
A vida de Jesus é o exemplo de actividade operosa na fé inabalável.
Ainda criança, ensaiou os primeiros passos no trabalho de doutrinação quando, no Templo em Jerusalém, maravilhou os próprios rabinos com a firmeza de argumentos e profundo conhecimento da lei divina.
Jovem, dedicou-se ao árduo serviço de carpinteiro junto ao seu pai, mostrando-nos que é com o trabalho digno que se constrói uma vida honrada.
Adulto, dedicou-se à tarefa de divulgar o Reino de Deus ao tempo em que curava os enfermos, expulsava os Espíritos obsessores, dava visão aos cegos, fazia ouvir e falar os surdos-mudos, levantava os caídos.
Asseverou-nos Jesus que, se tivéssemos fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, seríamos capazes de deslocar montanhas; mas também foi muito claro ao dizer-nos que a cada um seria dado conforme suas obras.
Atentemos ainda para o que escreveu o Apóstolo Tiago nos versículos 14, 22 e 24 da epístola epigrafada:
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver obras? Porventura a fé poderá salvá-lo?
“Bem vês que a fé cooperou com as obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
“Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé”.
Razões de sobra, portanto, têm os espíritas de dar prioridade às actividades sociais e assistenciais paralelamente ao trabalho de evangelização, comprovadamente eficazes por serem orientadas pela fé cristã isenta de misticismo e de ostentação.
§.§.§- Ave sem Ninho
(Epístola do Apóstolo Tiago, 2:26.)
A Doutrina Espírita assenta toda a sua filosofia religiosa no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso mesmo, exalça a fé enquanto faz a apologia da obra, enfatizando o binómio:
Fé com obras ou Obras com fé.
A vida de Jesus é o exemplo de actividade operosa na fé inabalável.
Ainda criança, ensaiou os primeiros passos no trabalho de doutrinação quando, no Templo em Jerusalém, maravilhou os próprios rabinos com a firmeza de argumentos e profundo conhecimento da lei divina.
Jovem, dedicou-se ao árduo serviço de carpinteiro junto ao seu pai, mostrando-nos que é com o trabalho digno que se constrói uma vida honrada.
Adulto, dedicou-se à tarefa de divulgar o Reino de Deus ao tempo em que curava os enfermos, expulsava os Espíritos obsessores, dava visão aos cegos, fazia ouvir e falar os surdos-mudos, levantava os caídos.
Asseverou-nos Jesus que, se tivéssemos fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, seríamos capazes de deslocar montanhas; mas também foi muito claro ao dizer-nos que a cada um seria dado conforme suas obras.
Atentemos ainda para o que escreveu o Apóstolo Tiago nos versículos 14, 22 e 24 da epístola epigrafada:
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver obras? Porventura a fé poderá salvá-lo?
“Bem vês que a fé cooperou com as obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
“Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé”.
Razões de sobra, portanto, têm os espíritas de dar prioridade às actividades sociais e assistenciais paralelamente ao trabalho de evangelização, comprovadamente eficazes por serem orientadas pela fé cristã isenta de misticismo e de ostentação.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Respeito mútuo
O senhor Manoel era um homem muito bom e compassivo.
Vivia do amanho da terra e suas tarefas eram executadas sempre com amor e devotamento.
Ele tinha um filho que, não obstante a educação que lhe dava, era indisciplinado e agia sempre sem se preocupar com os outros, jamais cogitando se prejudicava alguém ou não.
O pai carinhoso tentava orientá-lo para o bem, afirmando-lhe que sempre devemos amar o próximo e respeitá-lo, como Jesus nos ensinou.
– E os animais? - perguntava Toninho, impaciente.
– Os animais também, meu filho.
São nossos irmãos menores, credores de toda a nossa consideração e respeito, necessitando da nossa ajuda, tanto quanto nós não prescindimos do concurso deles para nossas tarefas do dia a dia.
Como estavam no campo, o pai fez uma pausa e exemplificou, apontando um animal atrelado ao arado.
– Veja o Gentil, por exemplo.
É dócil e manso, nunca desdenhando o trabalho árduo do campo, e nestes anos todos em que trabalhamos juntos nunca o vi rebelde e indisciplinado.
Jamais agrediu alguém!
– O Gentil ainda concordo, pois ele o ajuda, papai.
Mas os outros!... – retrucou Toninho com desprezo.
– Os outros animais também ajudam, meu filho.
Cada qual tem uma tarefa diferente, mas não menos importante.
A Mimosa, nossa vaquinha, fornece o leite tão gostoso que bebemos toda manhã; as galinhas fornecem os ovos para a nossa alimentação e o nosso cão trabalha sem descanso, cuidando da defesa da nossa casa.
Portanto, todos merecem nosso carinho e gratidão.
Mas Toninho ainda não estava convencido.
No dia seguinte, o senhor Manoel convidou Toninho para ir à cidade fazer umas compras.
Toninho, eufórico com o passeio, aboletou-se na pequena carroça, feliz da vida.
Ao chegarem à cidade, enquanto seu pai entrou no armazém para fazer compras, Toninho ficou vendo o movimento da rua.
O tempo foi passando e seu pai não voltava.
O menino foi ficando impaciente.
Olhou para Gentil, que permanecia parado, de olhos baixos, humilde, sem dar demonstrações de impaciência.
Teve vontade de agredir o animal para ver sua reacção.
– Vou dar uma volta.
Veremos se ele é realmente obediente.
Toninho olhou ao redor e viu um pedaço de tábua, longo e fino, numa construção ali perto.
Pegou a ripa e, sem titubear, subiu na carroça e ordenou a Gentil que andasse.
O animal, não reconhecendo a voz do dono a que estava habituado, não saiu do lugar.
Toninho, tomando da ripa, desceu com ela sobre o lombo do cavalo.
Este relinchou de dor e, levantando as patas dianteiras, empinou perigosamente a frágil carroça, jogando Toninho ao chão.
Ao ouvir os gritos na rua, o Sr. Manoel acudiu bem rápido, encontrando o filho no solo, aos berros.
Ao saber do que acontecera, através de pessoas que assistiram ao facto, Manoel ficou indignado.
– Mas, papai, o senhor disse que o Gentil era manso e ele me derrubou! – gritava o garoto, surpreso.
E o pai, pegando o filho e levando-o até junto do animal, disse-lhe:
– E acha que ele poderia agir diferente?
Veja o que você fez com o pobre animal!
Do lombo do cavalo escorria um filete de sangue.
Toninho não percebera que na ponta da ripa existia um prego e tinha sido a dor do ferimento que fizera Gentil reagir.
Aproveitando a oportunidade que se lhe oferecia, Manoel completou:
– Gentil é manso como um cordeiro.
Apenas se defendeu de uma agressão, instintivamente.
Todos nós, meu filho, recebemos de acordo com o que tivermos feito.
Se você lhe tivesse dado carinho e amor, teria recebido a retribuição correspondente.
Como você agrediu, foi agredido. Entendeu?
Muito envergonhado, Toninho balançou a cabeça em sinal de assentimento e prometeu a si mesmo que nunca mais cometeria o mesmo erro.
TIA CÉLIA
§.§.§- Ave sem Ninho
Vivia do amanho da terra e suas tarefas eram executadas sempre com amor e devotamento.
Ele tinha um filho que, não obstante a educação que lhe dava, era indisciplinado e agia sempre sem se preocupar com os outros, jamais cogitando se prejudicava alguém ou não.
O pai carinhoso tentava orientá-lo para o bem, afirmando-lhe que sempre devemos amar o próximo e respeitá-lo, como Jesus nos ensinou.
– E os animais? - perguntava Toninho, impaciente.
– Os animais também, meu filho.
São nossos irmãos menores, credores de toda a nossa consideração e respeito, necessitando da nossa ajuda, tanto quanto nós não prescindimos do concurso deles para nossas tarefas do dia a dia.
Como estavam no campo, o pai fez uma pausa e exemplificou, apontando um animal atrelado ao arado.
– Veja o Gentil, por exemplo.
É dócil e manso, nunca desdenhando o trabalho árduo do campo, e nestes anos todos em que trabalhamos juntos nunca o vi rebelde e indisciplinado.
Jamais agrediu alguém!
– O Gentil ainda concordo, pois ele o ajuda, papai.
Mas os outros!... – retrucou Toninho com desprezo.
– Os outros animais também ajudam, meu filho.
Cada qual tem uma tarefa diferente, mas não menos importante.
A Mimosa, nossa vaquinha, fornece o leite tão gostoso que bebemos toda manhã; as galinhas fornecem os ovos para a nossa alimentação e o nosso cão trabalha sem descanso, cuidando da defesa da nossa casa.
Portanto, todos merecem nosso carinho e gratidão.
Mas Toninho ainda não estava convencido.
No dia seguinte, o senhor Manoel convidou Toninho para ir à cidade fazer umas compras.
Toninho, eufórico com o passeio, aboletou-se na pequena carroça, feliz da vida.
Ao chegarem à cidade, enquanto seu pai entrou no armazém para fazer compras, Toninho ficou vendo o movimento da rua.
O tempo foi passando e seu pai não voltava.
O menino foi ficando impaciente.
Olhou para Gentil, que permanecia parado, de olhos baixos, humilde, sem dar demonstrações de impaciência.
Teve vontade de agredir o animal para ver sua reacção.
– Vou dar uma volta.
Veremos se ele é realmente obediente.
Toninho olhou ao redor e viu um pedaço de tábua, longo e fino, numa construção ali perto.
Pegou a ripa e, sem titubear, subiu na carroça e ordenou a Gentil que andasse.
O animal, não reconhecendo a voz do dono a que estava habituado, não saiu do lugar.
Toninho, tomando da ripa, desceu com ela sobre o lombo do cavalo.
Este relinchou de dor e, levantando as patas dianteiras, empinou perigosamente a frágil carroça, jogando Toninho ao chão.
Ao ouvir os gritos na rua, o Sr. Manoel acudiu bem rápido, encontrando o filho no solo, aos berros.
Ao saber do que acontecera, através de pessoas que assistiram ao facto, Manoel ficou indignado.
– Mas, papai, o senhor disse que o Gentil era manso e ele me derrubou! – gritava o garoto, surpreso.
E o pai, pegando o filho e levando-o até junto do animal, disse-lhe:
– E acha que ele poderia agir diferente?
Veja o que você fez com o pobre animal!
Do lombo do cavalo escorria um filete de sangue.
Toninho não percebera que na ponta da ripa existia um prego e tinha sido a dor do ferimento que fizera Gentil reagir.
Aproveitando a oportunidade que se lhe oferecia, Manoel completou:
– Gentil é manso como um cordeiro.
Apenas se defendeu de uma agressão, instintivamente.
Todos nós, meu filho, recebemos de acordo com o que tivermos feito.
Se você lhe tivesse dado carinho e amor, teria recebido a retribuição correspondente.
Como você agrediu, foi agredido. Entendeu?
Muito envergonhado, Toninho balançou a cabeça em sinal de assentimento e prometeu a si mesmo que nunca mais cometeria o mesmo erro.
TIA CÉLIA
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Espíritas iniciantes
Observemos em cada companheiro de luta a oportunidade de atender ao programa divino, usando a misericórdia que Jesus usou um dia connosco, dando-nos nova oportunidade de aprender.
Assim, tudo o que fizermos para o outro, nós mesmos seremos beneficiados.
A vida é uma ciranda e cada um tem sua hora de entrar, a sua hora de participar e de descobrir quais são as suas verdadeiras tarefas.
Por essa razão, a existência nos pede o desempenho de nossas obrigações, ajudando aos nossos companheiros com paciência e entendimento, porque o erro dos outros pode ser o nosso também.
Como cada um possui o seu caminho para o burilamento da própria alma, aparando medos, inseguranças que fazem parte da nova jornada, as raízes sombrias e angustiantes que trazemos, muitas vezes, desafiam a nossa fé.
Todos nós sofremos, lutamos, erramos e os companheiros no início das tarefas espíritas, neófitos, como são chamados, buscam apoio e amparo em nós, tarefeiros mais experientes.
Somos uma grande família, nos consolando em tempos difíceis e nos equilibrando em instantes alegres.
O trabalho é em grupo, onde os objectivos andam juntos nos moldes da disciplina e da ordem, do trabalho correto e do respeito à consciência.
O grupo espírita é a escora em tempos difíceis; é a mensagem de estímulo; a palavra de bênção na travessia dos obstáculos; é o refúgio de paz; é o apoio fraterno; a observação compreensiva e a amizade real.
Assim é porque é uma equipe de coração aos quais nos unimos para servir.
É um grupo de afectos e desafectos ligados, quem sabe, até em outras encarnações, e é nesse grupo íntimo que encontramos grandes burilamentos morais e desafios, ressarcindo erros e aprimorando qualidades positivas que nos facilitam o acesso ao caminho da redenção.
Na casa espírita, todo trabalho é a acção do conjunto e cada companheiro é indicado a determinada tarefa, assumindo, cada qual, seu lugar na engrenagem do serviço, sem cuja cooperação os mecanismos do bem não funcionam em harmonia.
Assim, somos complementos naturais uns dos outros.
Por tudo isso, a casa espírita é uma escola em que as leis divinas são estudadas para que sejam pensadas e colocadas em prática, promovendo a reforma íntima dos indivíduos que ali frequentam.
Fornece informações dos conhecimentos que veicula e trabalha em favor dos necessitados que ali buscam auxílio.
Socorre os doentes e valoriza os benefícios da oração.
É um lar de solidariedade humana em que os irmãos mais fortes são apoio aos mais fracos e em que os mais felizes são apoio aos mais carentes de amparo.
O estimado benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Educandário de Luz, ressalta:
“Espíritas, reflictamos!
Estudemos, sentindo, compreendendo, construindo e ajudando sempre.
Auxiliemos o próximo, sustentando, ainda, todos aqueles que procuram auxiliar”.
Bibliografia consultada:
XAVIER, F. C. - Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel – cap. 39, 14ª ed. – FEB – BRASILIA/ DF – 2013.
XAVIER, F. C. – Caminho, Verdade e Vida – ditado pelo Espírito Emmanuel – cap. 20 – 1ª ed. – FEB – BRASILIA/DF – 2012.
XAVIER, F. C. e VIEIRA, Waldo – O Espírito da Verdade – diversos Espíritos – cap. 104 – 18ª ed. – FEB – BRASILIA/DF – 2013.
§.§.§- Ave sem Ninho
Assim, tudo o que fizermos para o outro, nós mesmos seremos beneficiados.
A vida é uma ciranda e cada um tem sua hora de entrar, a sua hora de participar e de descobrir quais são as suas verdadeiras tarefas.
Por essa razão, a existência nos pede o desempenho de nossas obrigações, ajudando aos nossos companheiros com paciência e entendimento, porque o erro dos outros pode ser o nosso também.
Como cada um possui o seu caminho para o burilamento da própria alma, aparando medos, inseguranças que fazem parte da nova jornada, as raízes sombrias e angustiantes que trazemos, muitas vezes, desafiam a nossa fé.
Todos nós sofremos, lutamos, erramos e os companheiros no início das tarefas espíritas, neófitos, como são chamados, buscam apoio e amparo em nós, tarefeiros mais experientes.
Somos uma grande família, nos consolando em tempos difíceis e nos equilibrando em instantes alegres.
O trabalho é em grupo, onde os objectivos andam juntos nos moldes da disciplina e da ordem, do trabalho correto e do respeito à consciência.
O grupo espírita é a escora em tempos difíceis; é a mensagem de estímulo; a palavra de bênção na travessia dos obstáculos; é o refúgio de paz; é o apoio fraterno; a observação compreensiva e a amizade real.
Assim é porque é uma equipe de coração aos quais nos unimos para servir.
É um grupo de afectos e desafectos ligados, quem sabe, até em outras encarnações, e é nesse grupo íntimo que encontramos grandes burilamentos morais e desafios, ressarcindo erros e aprimorando qualidades positivas que nos facilitam o acesso ao caminho da redenção.
Na casa espírita, todo trabalho é a acção do conjunto e cada companheiro é indicado a determinada tarefa, assumindo, cada qual, seu lugar na engrenagem do serviço, sem cuja cooperação os mecanismos do bem não funcionam em harmonia.
Assim, somos complementos naturais uns dos outros.
Por tudo isso, a casa espírita é uma escola em que as leis divinas são estudadas para que sejam pensadas e colocadas em prática, promovendo a reforma íntima dos indivíduos que ali frequentam.
Fornece informações dos conhecimentos que veicula e trabalha em favor dos necessitados que ali buscam auxílio.
Socorre os doentes e valoriza os benefícios da oração.
É um lar de solidariedade humana em que os irmãos mais fortes são apoio aos mais fracos e em que os mais felizes são apoio aos mais carentes de amparo.
O estimado benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Educandário de Luz, ressalta:
“Espíritas, reflictamos!
Estudemos, sentindo, compreendendo, construindo e ajudando sempre.
Auxiliemos o próximo, sustentando, ainda, todos aqueles que procuram auxiliar”.
Bibliografia consultada:
XAVIER, F. C. - Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel – cap. 39, 14ª ed. – FEB – BRASILIA/ DF – 2013.
XAVIER, F. C. – Caminho, Verdade e Vida – ditado pelo Espírito Emmanuel – cap. 20 – 1ª ed. – FEB – BRASILIA/DF – 2012.
XAVIER, F. C. e VIEIRA, Waldo – O Espírito da Verdade – diversos Espíritos – cap. 104 – 18ª ed. – FEB – BRASILIA/DF – 2013.
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Relações conflitivas entre pais e filhos
Relações conflitivas entre pais e filhos
Para melhor se compreender as relações conflitivas entre pais e filhos, deve-se levar em conta, também, a pluralidade das existências.
Vivemos actualmente uma educação libertadora, onde muitos pais usam o diálogo amoroso e negociam com seus filhos, comportamentos éticos mínimos necessários para viverem em sociedade como cidadãos íntegros e conscientes da finalidade da vida.
No entanto, muitos se confundem, sendo partidários da liberdade absoluta, chegando ao anarquismo, deixando aos filhos a decisão e consecução dos seus mais estranhos desejos, favorecendo a geração de conflitos inimagináveis entre eles, tais como o parricídio e filicídio.
É lamentável que tal aconteça entre almas que saíram do torvelinho da escuridão espiritual pelo retorno à matéria, com a promessa de se perdoarem e iniciarem a jornada ascensional em direcção à luz.
Foi o Codificador quem melhor esclareceu, do ponto de vista da reencarnação, as causas anteriores dos conflitos familiares.
Escreveu ele:
“Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio!
Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de respeito e a sua ingratidão.” 1
Permita-me o leitor relembrar que tendência é uma energia que incita alguém a seguir um determinado caminho ou agir de certa forma.
É uma predisposição natural, inclinação, vocação.
Pode ser boa ou má.
Não é instinto, pois não se origina de uma necessidade biológica, não devendo ser com ela confundido.
O Espiritismo define a tendência como uma força espiritual que adormece no Inconsciente Profundo de todos nós e que se debate para despertar no Consciente e se manifestar nos actos, palavras, sentimentos e pensamentos.
São elas manifestações do Espírito velho reencarnado, que as crianças já demonstram a partir dos primeiros meses de vida material, as quais devem ser levadas em alta conta pelos pais. Lembra André Luiz:
“Se o Espírito reencarnado estima as tendências inferiores, desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las dentro do novo quadro da experiência humana, perdendo um tempo precioso e menosprezando o sublime ensejo de elevação” 2.
Daí a necessidade de levar em consideração o poder da influência do meio e dos exemplos dados pelos pais aos seus filhos.
Nem sempre os pais admitem a manifestação das inclinações inferiores em seus filhos, já que alimentam a ideia de que são inocentes e que tudo não passa de infantilidade, sem observar que nem todas as crianças sentem prazer em destruir brinquedos e outros objectos, maltratar animais domésticos, agredir colegas da creche e da escola de forma sistemática.
Crianças que chutam, xingam e gritam violentamente, não respeitando os pais nem aqueles que são responsáveis por elas, merecem atenção especial, para se buscar as razões de tais procedimentos, que não são unicamente do estado de infância.
Joanna de Ângelis ensina que “Essas inclinações más ou tendências para atitudes primitivas, rebeldes, perturbadoras do equilíbrio emocional e moral, são heranças e atavismo insculpidos no Self, em razão da larga trajectória evolutiva, em cujo curso experienciou o primarismo das formas ancestrais [...] 3.
Sem dúvida, não é somente a mãe a responsável pela formação moral do filho.
O pai também responde pelas suas negligências ou fracasso da missão que recebeu para cooperar com a esposa nesse mister.
No entanto é universalmente comprovada a força influenciadora da mãe sobre seus filhos, que lhes exerce um efeito psíquico alimentador.
Para melhor se compreender as relações conflitivas entre pais e filhos, deve-se levar em conta, também, a pluralidade das existências.
Vivemos actualmente uma educação libertadora, onde muitos pais usam o diálogo amoroso e negociam com seus filhos, comportamentos éticos mínimos necessários para viverem em sociedade como cidadãos íntegros e conscientes da finalidade da vida.
No entanto, muitos se confundem, sendo partidários da liberdade absoluta, chegando ao anarquismo, deixando aos filhos a decisão e consecução dos seus mais estranhos desejos, favorecendo a geração de conflitos inimagináveis entre eles, tais como o parricídio e filicídio.
É lamentável que tal aconteça entre almas que saíram do torvelinho da escuridão espiritual pelo retorno à matéria, com a promessa de se perdoarem e iniciarem a jornada ascensional em direcção à luz.
Foi o Codificador quem melhor esclareceu, do ponto de vista da reencarnação, as causas anteriores dos conflitos familiares.
Escreveu ele:
“Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio!
Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de respeito e a sua ingratidão.” 1
Permita-me o leitor relembrar que tendência é uma energia que incita alguém a seguir um determinado caminho ou agir de certa forma.
É uma predisposição natural, inclinação, vocação.
Pode ser boa ou má.
Não é instinto, pois não se origina de uma necessidade biológica, não devendo ser com ela confundido.
O Espiritismo define a tendência como uma força espiritual que adormece no Inconsciente Profundo de todos nós e que se debate para despertar no Consciente e se manifestar nos actos, palavras, sentimentos e pensamentos.
São elas manifestações do Espírito velho reencarnado, que as crianças já demonstram a partir dos primeiros meses de vida material, as quais devem ser levadas em alta conta pelos pais. Lembra André Luiz:
“Se o Espírito reencarnado estima as tendências inferiores, desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las dentro do novo quadro da experiência humana, perdendo um tempo precioso e menosprezando o sublime ensejo de elevação” 2.
Daí a necessidade de levar em consideração o poder da influência do meio e dos exemplos dados pelos pais aos seus filhos.
Nem sempre os pais admitem a manifestação das inclinações inferiores em seus filhos, já que alimentam a ideia de que são inocentes e que tudo não passa de infantilidade, sem observar que nem todas as crianças sentem prazer em destruir brinquedos e outros objectos, maltratar animais domésticos, agredir colegas da creche e da escola de forma sistemática.
Crianças que chutam, xingam e gritam violentamente, não respeitando os pais nem aqueles que são responsáveis por elas, merecem atenção especial, para se buscar as razões de tais procedimentos, que não são unicamente do estado de infância.
Joanna de Ângelis ensina que “Essas inclinações más ou tendências para atitudes primitivas, rebeldes, perturbadoras do equilíbrio emocional e moral, são heranças e atavismo insculpidos no Self, em razão da larga trajectória evolutiva, em cujo curso experienciou o primarismo das formas ancestrais [...] 3.
Sem dúvida, não é somente a mãe a responsável pela formação moral do filho.
O pai também responde pelas suas negligências ou fracasso da missão que recebeu para cooperar com a esposa nesse mister.
No entanto é universalmente comprovada a força influenciadora da mãe sobre seus filhos, que lhes exerce um efeito psíquico alimentador.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
E é por essa razão que o Mentor Emmanuel ensina que “A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.” 4
Mas nem sempre os filhos contam com o amor sublimado da verdadeira mãe, tão decantado pelos poetas.
Consideremos a opinião de BADINTER5, estudiosa francesa que realizou uma respeitável pesquisa sobre o tema.
A sua tese é a de que o amor materno não é um sentimento inato; que ele não faz parte intrínseca da natureza feminina:
é um sentimento que se desenvolve ao sabor das variações sócio-económicas da história, e pode existir, ou não, dependendo da época e das circunstâncias materiais em que vivem as mães.
E nós acrescentaríamos:
das relações que mantiveram os Espíritos da mãe e do filho em vidas pretéritas.
A autora constata, ainda, a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe, concluindo que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e, como tal, incerto, frágil e imperfeito.
Quando o Codificador perguntou aos Espíritos (LE - questão 890) se o amor materno era uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais, eles responderam que seria “uma e outra coisa”.
Seria virtude, que não é uma graça obtida, mas um hábito adquirido; e seria instinto, que no animal se limita a prover as necessidades primárias das crias.
Sabendo o professor Rivail que nem todas as mães possuem esse sentimento tão nobre de que falam as entidades do Além-túmulo, redarguiu:
- “como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?”
E a resposta foi a de que, em muitos casos, pode ser uma prova ou expiação que o filho escolheu para enfrentar uma mãe má.
Fica, portanto, implícito que o Espírito ao reencarnar na condição de mãe nem sempre terá o amor pelo futuro filho. (LE - questão 891)
Não obstante encontrarmos valiosos esclarecimentos para as relações conflitivas entre pais e filhos; na verdade da reencarnação e na Lei de causa e efeito, não devemos ser reducionistas na apreciação dessa modalidade de conflito.
“Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo podem se rebelar contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em cenas de pugilato e vergonha.” 6
Em verdade, quase todos nascemos despreparados para sermos pais, amar e educar os filhos na forma ideal, conforme os estudiosos do assunto e os Espíritos Superiores.
Diante disso, teremos que buscar ajuda nas ciências que tratam do relacionamento interpessoal, com enfoque na família.
Não há dúvida que as técnicas psicológicas e a metodologia da educação favorecem profundamente o êxito desse empreendimento.
O diálogo aberto e sincero, a solidariedade, a indulgência, a energia moral e o amor dilatado em todos os sentidos são instrumentos de que os pais podem adoptar para merecerem o respeito e a confiança dos filhos.
Imprescindível acompanhar o desenvolvimento bio-psico-social deles, na tentativa de compreender-lhes o comportamento, levando em conta a idade, capacidade intelectual, estágio espiritual e o contexto social em que estão inseridos.
Aos pais lhes é dada pelo Criador a árdua e compensadora missão de conduzir os filhos, preparando o adolescente e o homem do futuro; moldando-os com cinzel das admoestações amorosas; alimentando suas mentes com as conversações dignificantes; oferecendo-lhes exemplos de carácter saudável, carinho e amizade.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.” 4
Mas nem sempre os filhos contam com o amor sublimado da verdadeira mãe, tão decantado pelos poetas.
Consideremos a opinião de BADINTER5, estudiosa francesa que realizou uma respeitável pesquisa sobre o tema.
A sua tese é a de que o amor materno não é um sentimento inato; que ele não faz parte intrínseca da natureza feminina:
é um sentimento que se desenvolve ao sabor das variações sócio-económicas da história, e pode existir, ou não, dependendo da época e das circunstâncias materiais em que vivem as mães.
E nós acrescentaríamos:
das relações que mantiveram os Espíritos da mãe e do filho em vidas pretéritas.
A autora constata, ainda, a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe, concluindo que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e, como tal, incerto, frágil e imperfeito.
Quando o Codificador perguntou aos Espíritos (LE - questão 890) se o amor materno era uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais, eles responderam que seria “uma e outra coisa”.
Seria virtude, que não é uma graça obtida, mas um hábito adquirido; e seria instinto, que no animal se limita a prover as necessidades primárias das crias.
Sabendo o professor Rivail que nem todas as mães possuem esse sentimento tão nobre de que falam as entidades do Além-túmulo, redarguiu:
- “como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?”
E a resposta foi a de que, em muitos casos, pode ser uma prova ou expiação que o filho escolheu para enfrentar uma mãe má.
Fica, portanto, implícito que o Espírito ao reencarnar na condição de mãe nem sempre terá o amor pelo futuro filho. (LE - questão 891)
Não obstante encontrarmos valiosos esclarecimentos para as relações conflitivas entre pais e filhos; na verdade da reencarnação e na Lei de causa e efeito, não devemos ser reducionistas na apreciação dessa modalidade de conflito.
“Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo podem se rebelar contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em cenas de pugilato e vergonha.” 6
Em verdade, quase todos nascemos despreparados para sermos pais, amar e educar os filhos na forma ideal, conforme os estudiosos do assunto e os Espíritos Superiores.
Diante disso, teremos que buscar ajuda nas ciências que tratam do relacionamento interpessoal, com enfoque na família.
Não há dúvida que as técnicas psicológicas e a metodologia da educação favorecem profundamente o êxito desse empreendimento.
O diálogo aberto e sincero, a solidariedade, a indulgência, a energia moral e o amor dilatado em todos os sentidos são instrumentos de que os pais podem adoptar para merecerem o respeito e a confiança dos filhos.
Imprescindível acompanhar o desenvolvimento bio-psico-social deles, na tentativa de compreender-lhes o comportamento, levando em conta a idade, capacidade intelectual, estágio espiritual e o contexto social em que estão inseridos.
Aos pais lhes é dada pelo Criador a árdua e compensadora missão de conduzir os filhos, preparando o adolescente e o homem do futuro; moldando-os com cinzel das admoestações amorosas; alimentando suas mentes com as conversações dignificantes; oferecendo-lhes exemplos de carácter saudável, carinho e amizade.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Esses procedimentos promovem a desintegração dos quistos conflitantes na família, com etiologia em vidas pregressas, evitando que novos desajustes se iniciem na vida actual.
A família de cada um de nós é estruturada com base na lei da causa e efeito; pais e filhos se reencontram porque necessitam uns dos outros, almejando a reconciliação.
Vital é que a tolerância, a indulgência e o perdão se façam presentes nos momentos difíceis, para que o recomeço, bênção divina, se transforme em ventura espiritual.
Waldehir Bezerra de Almeida
1- KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro-RJ: FEB, 2008. Cap. V, item 4, p. 112.
2- XAVIER, Francisco Cândido. Missionário da luz. Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 202.
3- FRANCO, Divaldo Pereira. Triunfo pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: Leal, 2002. p. 84.
4- XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, RJ: FEB, questão 189.
5- BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 5. ed. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
6- TEXEIRA, J. Raul. Desafios da educação. Pelo Espírito Camilo. Niterói-RJ: FRÁTER, p. 35
§.§.§- Ave sem Ninho
A família de cada um de nós é estruturada com base na lei da causa e efeito; pais e filhos se reencontram porque necessitam uns dos outros, almejando a reconciliação.
Vital é que a tolerância, a indulgência e o perdão se façam presentes nos momentos difíceis, para que o recomeço, bênção divina, se transforme em ventura espiritual.
Waldehir Bezerra de Almeida
1- KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro-RJ: FEB, 2008. Cap. V, item 4, p. 112.
2- XAVIER, Francisco Cândido. Missionário da luz. Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 202.
3- FRANCO, Divaldo Pereira. Triunfo pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: Leal, 2002. p. 84.
4- XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, RJ: FEB, questão 189.
5- BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 5. ed. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
6- TEXEIRA, J. Raul. Desafios da educação. Pelo Espírito Camilo. Niterói-RJ: FRÁTER, p. 35
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A Revue Spirite de 1860 - Parte 6
Continuamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Texto para leitura
123. Em nova carta, dr. Morhéry relata as curas obtidas pela srta. Désirée Godu:
"A srta. Godu não é sonâmbula.
Jamais consulta à distância, nem mesmo em meu domicílio, senão sob minha direção e meu controle".
"Quando estamos de acordo, o que acontece quase sempre, começamos o tratamento."
A médium faz então os curativos e age como uma enfermeira, com um zelo sem precedentes, na modesta casa de saúde improvisada. (P. 190)
124. Na maioria dos casos, a srta. Godu aplica um tópico extractivo, composto de uma ou duas matérias, encontradas por toda parte, na cabana como no castelo.
Outras vezes, vale-se de um unguento tão simples, mas que produz efeitos seguros e variadíssimos. (P. 191)
125. A loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões, em cujo número figuram, ao menos em três quartos dos casos, a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida. (P. 192)
126. Dar ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença é atenuar a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
Ora, a Doutrina Espírita lhe dá essa força. (P. 192)
127. Um dos efeitos do Espiritismo é dar à alma a força que lhe falta em muitas circunstâncias, e é nisto que ele pode reduzir as causas da loucura e do suicídio. (P. 193)
128. Kardec transcreve do livro "Três Anos na Judeia" um curioso fato ocorrido com o profeta Esdras que, guiado por um anjo, escreveu de forma ininterrupta o texto que compõe a Torá ou Pentateuco mosaico. (PP. 194 e 195)
129. Um erro de ortografia cometido pelo Espírito de Channing numa mensagem obtida por escrita directa suscitou o protesto do Sr. Mathieu e o seguinte comentário de Kardec:
Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la; cabe ao homem esse cuidado.
E só devemos conservá-la intacta, quando o facto pode servir de ensinamento.
Não era esse o caso. (P. 196)
130. A vaidade, diz Georges, mancha todos os pensamentos; penetra o coração e o cérebro.
Planta má, abafa a bondade em seu germe, e todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.
Para lutar contra ela, é preciso usar a prece, porque só esta nos dá humildade e força. (P. 197)
131. Só os Espíritos superiores, diz Alfred de Musset, podem comunicar-se indistintamente por todos os médiuns e manter com todos a mesma linguagem.
Quando nos comunicamos por um médium, a emanação de sua natureza se reflecte mais ou menos sobre nós. (P. 200)
132. As comunicações elevadas não dependem da cultura do médium, porque só a essência de sua alma se reflecte sobre os Espíritos. (P. 200)
133. A Revue informa que se publica em Gênova o periódico "L'Amore del Vero", dirigido pelo dr. Pietro Gatti, diretor do Instituto Homeopático de Gênova e adepto esclarecido do Espiritismo. (PP. 200 e 201)
134. Na Sociedade Espírita de Paris lê-se uma carta que diz que em certas localidades o clero se ocupa seriamente com o estudo do Espiritismo e que membros esclarecidos da Igreja falam dele como de uma coisa chamada a exercer grande influência nas relações sociais. (P. 206)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Texto para leitura
123. Em nova carta, dr. Morhéry relata as curas obtidas pela srta. Désirée Godu:
"A srta. Godu não é sonâmbula.
Jamais consulta à distância, nem mesmo em meu domicílio, senão sob minha direção e meu controle".
"Quando estamos de acordo, o que acontece quase sempre, começamos o tratamento."
A médium faz então os curativos e age como uma enfermeira, com um zelo sem precedentes, na modesta casa de saúde improvisada. (P. 190)
124. Na maioria dos casos, a srta. Godu aplica um tópico extractivo, composto de uma ou duas matérias, encontradas por toda parte, na cabana como no castelo.
Outras vezes, vale-se de um unguento tão simples, mas que produz efeitos seguros e variadíssimos. (P. 191)
125. A loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões, em cujo número figuram, ao menos em três quartos dos casos, a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida. (P. 192)
126. Dar ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença é atenuar a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
Ora, a Doutrina Espírita lhe dá essa força. (P. 192)
127. Um dos efeitos do Espiritismo é dar à alma a força que lhe falta em muitas circunstâncias, e é nisto que ele pode reduzir as causas da loucura e do suicídio. (P. 193)
128. Kardec transcreve do livro "Três Anos na Judeia" um curioso fato ocorrido com o profeta Esdras que, guiado por um anjo, escreveu de forma ininterrupta o texto que compõe a Torá ou Pentateuco mosaico. (PP. 194 e 195)
129. Um erro de ortografia cometido pelo Espírito de Channing numa mensagem obtida por escrita directa suscitou o protesto do Sr. Mathieu e o seguinte comentário de Kardec:
Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la; cabe ao homem esse cuidado.
E só devemos conservá-la intacta, quando o facto pode servir de ensinamento.
Não era esse o caso. (P. 196)
130. A vaidade, diz Georges, mancha todos os pensamentos; penetra o coração e o cérebro.
Planta má, abafa a bondade em seu germe, e todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.
Para lutar contra ela, é preciso usar a prece, porque só esta nos dá humildade e força. (P. 197)
131. Só os Espíritos superiores, diz Alfred de Musset, podem comunicar-se indistintamente por todos os médiuns e manter com todos a mesma linguagem.
Quando nos comunicamos por um médium, a emanação de sua natureza se reflecte mais ou menos sobre nós. (P. 200)
132. As comunicações elevadas não dependem da cultura do médium, porque só a essência de sua alma se reflecte sobre os Espíritos. (P. 200)
133. A Revue informa que se publica em Gênova o periódico "L'Amore del Vero", dirigido pelo dr. Pietro Gatti, diretor do Instituto Homeopático de Gênova e adepto esclarecido do Espiritismo. (PP. 200 e 201)
134. Na Sociedade Espírita de Paris lê-se uma carta que diz que em certas localidades o clero se ocupa seriamente com o estudo do Espiritismo e que membros esclarecidos da Igreja falam dele como de uma coisa chamada a exercer grande influência nas relações sociais. (P. 206)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
135. Kardec diz que há muita tendência a ver no Espiritismo um meio de adivinhação, o que é contrário ao seu objectivo. (P. 207)
136. Reportando-se ao caso de um rapaz de 13 anos que oferecia um curioso assunto para estudo, por sua originalidade, São Luís aconselha que tais fenómenos não sejam provocados e sugere à Sociedade continuar ocupando-se, como fez até então, em aprofundar as questões importantes; do contrário, ocorreria o afastamento dos Espíritos sérios. (P. 208)
137. Kardec fala sobre a frenologia, a ciência que trata das funções atribuídas a cada parte do cérebro, fundada pelo dr. Gall, e critica o materialismo dos que pensam que os órgãos cerebrais são a própria fonte das faculdades humanas. (P. 209)
138. No louco, se o órgão que servia às manifestações do pensamento está desarranjado por uma causa qualquer, o pensamento não pode manifestar-se de maneira regular.
Ora, o cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão.
Se o instrumento está deteriorado, não se dá a manifestação, exactamente como quem perde os olhos não mais pode ver. (P. 210)
139. No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
Isolando o Espírito da matéria, prova-se que os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos. (P. 211)
140. No conceito materialista, que é um idiota?
Nada; apenas um ser humano. Mas ele é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas. (P. 211)
141. A fisiognomonia é baseada no princípio incontestável de que é o pensamento que põe os órgãos em jogo, que imprime certos movimentos aos músculos. (P. 211)
142. Os instintos animais do homem devem-se à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado e que, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais. (P. 213)
143. Um Espírito, ao reencarnar, não traz qualquer semelhança com o corpo habitado anteriormente, pois é raro que o Espírito não venha em nova existência com disposições sensivelmente modificadas.
Assim, dos sinais fisiognomónicos não é possível tirar qualquer indício das existências anteriores. (PP. 213 e 214)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
Após explicar que a loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões como a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida, Kardec diz que a Doutrina Espírita dá ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença e, desse modo, atenua a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
(Revue Spirite, pp. 192 e 193.)
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
Sim. Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la.
Essa a opinião de Kardec, que diz que cabe aos homens esse cuidado.
A mensagem somente deve ser conservada intacta quando o facto puder servir de ensinamento.
(Obra citada, p. 196.)
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
O idiota é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas.
(Obra citada, pp. 210 e 211.)
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Isso se deve à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado, o qual, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais.
(Obra citada, p. 213.)
§.§.§- Ave sem Ninho
136. Reportando-se ao caso de um rapaz de 13 anos que oferecia um curioso assunto para estudo, por sua originalidade, São Luís aconselha que tais fenómenos não sejam provocados e sugere à Sociedade continuar ocupando-se, como fez até então, em aprofundar as questões importantes; do contrário, ocorreria o afastamento dos Espíritos sérios. (P. 208)
137. Kardec fala sobre a frenologia, a ciência que trata das funções atribuídas a cada parte do cérebro, fundada pelo dr. Gall, e critica o materialismo dos que pensam que os órgãos cerebrais são a própria fonte das faculdades humanas. (P. 209)
138. No louco, se o órgão que servia às manifestações do pensamento está desarranjado por uma causa qualquer, o pensamento não pode manifestar-se de maneira regular.
Ora, o cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão.
Se o instrumento está deteriorado, não se dá a manifestação, exactamente como quem perde os olhos não mais pode ver. (P. 210)
139. No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
Isolando o Espírito da matéria, prova-se que os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos. (P. 211)
140. No conceito materialista, que é um idiota?
Nada; apenas um ser humano. Mas ele é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas. (P. 211)
141. A fisiognomonia é baseada no princípio incontestável de que é o pensamento que põe os órgãos em jogo, que imprime certos movimentos aos músculos. (P. 211)
142. Os instintos animais do homem devem-se à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado e que, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais. (P. 213)
143. Um Espírito, ao reencarnar, não traz qualquer semelhança com o corpo habitado anteriormente, pois é raro que o Espírito não venha em nova existência com disposições sensivelmente modificadas.
Assim, dos sinais fisiognomónicos não é possível tirar qualquer indício das existências anteriores. (PP. 213 e 214)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. Por que Kardec diz que as ideias espíritas podem reduzir as causas da loucura e do suicídio?
Após explicar que a loucura decorre de uma predisposição natural e tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral, que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões como a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida, Kardec diz que a Doutrina Espírita dá ao homem a força necessária para ver essas coisas com indiferença e, desse modo, atenua a causa mais frequente que o leva à loucura e ao suicídio.
(Revue Spirite, pp. 192 e 193.)
B. Devemos corrigir os erros ortográficos contidos nas comunicações espíritas?
Sim. Se a forma da mensagem contiver erro, devemos corrigi-la.
Essa a opinião de Kardec, que diz que cabe aos homens esse cuidado.
A mensagem somente deve ser conservada intacta quando o facto puder servir de ensinamento.
(Obra citada, p. 196.)
C. Que ocorre ao Espírito nos casos de idiotia?
No caso da idiotia, o Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito.
O idiota é um ser dotado de razão, como todo mundo, apenas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros o são nas pernas.
(Obra citada, pp. 210 e 211.)
D. A que devemos a prevalência dos instintos animais no homem?
Isso se deve à imperfeição do seu Espírito, ainda não depurado, o qual, sob a influência da matéria, dá preponderância às necessidades físicas sobre as morais.
(Obra citada, p. 213.)
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Espírito superior, mas não perfeito
Considerando a descrição de Allan Kardec a respeito dos Espíritos superiores, a muitos acode a ideia destes Espíritos se encontrarem todos bem próximos de Jesus em evolução, este, o único Espírito perfeito a se ter notícia de já haver reencarnado na Terra, sendo os atributos daqueles um verdadeiro desafio a todos nós conquistá-los, senão vejamos:1
Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES.
— Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade.
Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime.
Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exactas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber.
Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la.
Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por excepção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.
O Mestre de Lyon destaca alguns nomes de representantes desta classe de Espíritos participantes na elaboração das obras espíritas, a começar em O Livro dos Espíritos, nos Prolegómenos, quando informa:
“Este livro é o repositório de seus ensinos.
Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema.
Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado”. (Op.cit.)
Ora, como esta parte do livro foi assinada por:
“São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg”, entre outros, podemos concluir serem todos estes exemplos de Espíritos superiores, excepto O Espírito de Verdade, o qual, apesar de algumas poucas opiniões contrárias, segundo nosso entendimento, não se enquadra mais na ordem dos superiores, pois já é Espírito puro, o degrau acima da classe dos superiores, a primeira classe, e todos, indistintamente, inclusive Allan Kardec, estiveram sob Seu comando e directrizes ao participarem na elaboração de todas as obras fundamentais e subsequentes.
O Codificador também aponta directamente pelo menos outro superior:
Erasto2, quando este escreveu sobre o papel dos médiuns, e ao observarmos outros textos ou mensagens ditadas por este Espírito, mais admiração nos provocam.
Entretanto, é interessante notar, o próprio Codificador registou textos sobre este grupo de Espíritos nos fazendo ponderar sobre a distância ainda existente entre o estágio evolutivo deles e a perfeição3:
402. [...] Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.
Por isso é que os Espíritos superiores assentem, sem grande repugnância, em encarnar entre vós.
Quis Deus que, tendo de estar em contacto com o vício, pudessem eles ir retemperar-se na fonte do bem, a fim de igualmente não falirem, quando se propõem a instruir os outros.
Se o livro foi ditado e revisado por Espíritos superiores, eles estão aqui a falar deles mesmos.
E mais, como se denota deste texto, na parte destacada da resposta, conclui-se terem ainda alguma repugnância em entrar em contacto connosco quando reencarnados, pois, serão obrigados a viver de novo sujeitos a todas as necessidades materiais impostas pelo corpo físico, tendo-as, a grande parte deles, já superado plenamente.
O convívio com Espíritos ainda viciosos e maldosos deve igualmente provocar certo desconforto entre estes luminares.
Além disso, os Espíritos superiores ainda possuem certas fraquezas, seus possíveis calcanhares de Aquiles, pois, se não os tivessem, Allan Kardec não teria escrito sobre a possibilidade de eles falirem em contacto com o vício, caso não pudessem se fortalecer através da emancipação durante o período de sono.
Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES.
— Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade.
Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime.
Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exactas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber.
Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la.
Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por excepção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.
O Mestre de Lyon destaca alguns nomes de representantes desta classe de Espíritos participantes na elaboração das obras espíritas, a começar em O Livro dos Espíritos, nos Prolegómenos, quando informa:
“Este livro é o repositório de seus ensinos.
Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema.
Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado”. (Op.cit.)
Ora, como esta parte do livro foi assinada por:
“São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg”, entre outros, podemos concluir serem todos estes exemplos de Espíritos superiores, excepto O Espírito de Verdade, o qual, apesar de algumas poucas opiniões contrárias, segundo nosso entendimento, não se enquadra mais na ordem dos superiores, pois já é Espírito puro, o degrau acima da classe dos superiores, a primeira classe, e todos, indistintamente, inclusive Allan Kardec, estiveram sob Seu comando e directrizes ao participarem na elaboração de todas as obras fundamentais e subsequentes.
O Codificador também aponta directamente pelo menos outro superior:
Erasto2, quando este escreveu sobre o papel dos médiuns, e ao observarmos outros textos ou mensagens ditadas por este Espírito, mais admiração nos provocam.
Entretanto, é interessante notar, o próprio Codificador registou textos sobre este grupo de Espíritos nos fazendo ponderar sobre a distância ainda existente entre o estágio evolutivo deles e a perfeição3:
402. [...] Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.
Por isso é que os Espíritos superiores assentem, sem grande repugnância, em encarnar entre vós.
Quis Deus que, tendo de estar em contacto com o vício, pudessem eles ir retemperar-se na fonte do bem, a fim de igualmente não falirem, quando se propõem a instruir os outros.
Se o livro foi ditado e revisado por Espíritos superiores, eles estão aqui a falar deles mesmos.
E mais, como se denota deste texto, na parte destacada da resposta, conclui-se terem ainda alguma repugnância em entrar em contacto connosco quando reencarnados, pois, serão obrigados a viver de novo sujeitos a todas as necessidades materiais impostas pelo corpo físico, tendo-as, a grande parte deles, já superado plenamente.
O convívio com Espíritos ainda viciosos e maldosos deve igualmente provocar certo desconforto entre estes luminares.
Além disso, os Espíritos superiores ainda possuem certas fraquezas, seus possíveis calcanhares de Aquiles, pois, se não os tivessem, Allan Kardec não teria escrito sobre a possibilidade de eles falirem em contacto com o vício, caso não pudessem se fortalecer através da emancipação durante o período de sono.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A questão da repugnância é confirmada ao menos em outra ocasião4:
226- 7ª. Por que permitem os Espíritos superiores que pessoas dotadas de grande poder, como médiuns, e que muito de bom poderiam fazer, sejam instrumentos do erro?
"Os Espíritos de que falas procuram influenciá-las; mas, quando essas pessoas consentem em ser arrastadas para mau caminho, eles as deixam ir.
Daí o servirem-se delas com repugnância, visto que a verdade não pode ser interpretada pela mentira".
Agora trata-se de outra modalidade de repugnância, entre outras causas possíveis, vinda do facto destes Espíritos terem de se aproximar “perispiritualmente” de encarnados, os médiuns, quando estes últimos ainda apresentam seus perispíritos irradiando vibrações e energias densas, impregnadas de toda sorte de fluidos materiais, certamente provocando certa indisposição em Espíritos que já deixaram para trás os vícios materiais ainda hoje cultuados.
Deve ser de facto muito desagradável, por exemplo, um Espírito superior receber via perispírito, fluidos impregnados de:
fumo, álcool, condimentos variados de nossa grosseira alimentação, sem falar das vibrações destoantes geradas pelas nossas mentes pouco acostumadas ao cultivo e vivência das muitas virtudes.
Diante desta relevante informação, veja-se a responsabilidade dos médiuns no preparo de si mesmos para, eventualmente, receberem mensagens e orientações destes abnegados trabalhadores da segunda classe dos Espíritos.
Entretanto, há outra questão na primeira obra fundamental, podendo nos levar a dúvidas em relação a algumas das informações citadas anteriormente:
578. Poderá o Espírito, por própria culpa, falir na sua missão?
“Sim, se não for um Espírito superior.”5
Aparentemente esta questão conduz a uma contradição:
Allan Kardec havia registado que os Espíritos superiores ainda são passíveis de falir em suas missões quando em contacto com o vício, contudo, agora informa sobre a possibilidade de uma missão deixar de ser cumprida, caso o Espírito missionário não seja superior!
Como conciliar?
Conforme destacamos acima, caso os Espíritos superiores não pudessem se fortificar via contactos nos planos espirituais quando estão adormecidos, poderiam falhar em suas missões; como existe este revigoramento, não falham.
Cabe igualmente destacar que a classificação dos Espíritos elaborada por Allan Kardec não representa uma divisão estanque e definitiva, sem largas fronteiras entre classes.
Deve-se considerar a existência de Espíritos na segunda classe ocupando diversas posições evolutivas, ou seja, não são todos plenamente cientistas, sábios e bondosos, possuem estas características em graus heterogéneos, muitos assim estão na fronteira entre a terceira e segunda classes.
A Escala Espírita apresentada pelo Mestre de Lyon é didáctica, não enveredemos pelo entendimento de que um Espírito poderia ganhar um galardão definitivo ou um diploma ao adentrar na segunda classe, significando desta maneira serem perfeitos, pois ainda não o são.
Esta talvez seja a razão de se ter dito serem os nossos guias espirituais Espíritos superiores6, facto que causa alguma estranheza imaginar que nós Espíritos medianos possamos ter como anjo guardião:
Erasto, São Francisco ou Santo Agostinho, entre outros; na realidade temos Espíritos superiores como guias, mas acreditamos não sejam aqueles bem próximos de serem classificados como puros.
Mesmo assim, nossos guias são entidades de grande evolução, capazes de nos orientar com segurança por toda a nossa existência.
Pelo visto, podemos vislumbrar o quanto ainda nos falta para sermos chamados de superiores, contudo, se iniciarmos uma mudança imediata, poderemos rapidamente adentrar a segunda ordem, aquela a abrigar todos os que já deixaram para trás os muitos chamamentos do mundo e já caminham céleres rumo à perfeição.
Referências:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Item 111.
2 _____._____. O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 54ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Dissertação de um Espírito sobre o papel dos médiuns - item 225.
3 _____._____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Q. 402.
4 _____._____. O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 54ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Da influência moral do médium - item 226 – 7ª.
5 _____._____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Q. 578.
6 _____._____. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Albertina Escudeiro Sêco. 1ª edição de bolso. Rio de Janeiro: CELD, 2001. II - Preces por si mesmo - item 11.
§.§.§- Ave sem Ninho
226- 7ª. Por que permitem os Espíritos superiores que pessoas dotadas de grande poder, como médiuns, e que muito de bom poderiam fazer, sejam instrumentos do erro?
"Os Espíritos de que falas procuram influenciá-las; mas, quando essas pessoas consentem em ser arrastadas para mau caminho, eles as deixam ir.
Daí o servirem-se delas com repugnância, visto que a verdade não pode ser interpretada pela mentira".
Agora trata-se de outra modalidade de repugnância, entre outras causas possíveis, vinda do facto destes Espíritos terem de se aproximar “perispiritualmente” de encarnados, os médiuns, quando estes últimos ainda apresentam seus perispíritos irradiando vibrações e energias densas, impregnadas de toda sorte de fluidos materiais, certamente provocando certa indisposição em Espíritos que já deixaram para trás os vícios materiais ainda hoje cultuados.
Deve ser de facto muito desagradável, por exemplo, um Espírito superior receber via perispírito, fluidos impregnados de:
fumo, álcool, condimentos variados de nossa grosseira alimentação, sem falar das vibrações destoantes geradas pelas nossas mentes pouco acostumadas ao cultivo e vivência das muitas virtudes.
Diante desta relevante informação, veja-se a responsabilidade dos médiuns no preparo de si mesmos para, eventualmente, receberem mensagens e orientações destes abnegados trabalhadores da segunda classe dos Espíritos.
Entretanto, há outra questão na primeira obra fundamental, podendo nos levar a dúvidas em relação a algumas das informações citadas anteriormente:
578. Poderá o Espírito, por própria culpa, falir na sua missão?
“Sim, se não for um Espírito superior.”5
Aparentemente esta questão conduz a uma contradição:
Allan Kardec havia registado que os Espíritos superiores ainda são passíveis de falir em suas missões quando em contacto com o vício, contudo, agora informa sobre a possibilidade de uma missão deixar de ser cumprida, caso o Espírito missionário não seja superior!
Como conciliar?
Conforme destacamos acima, caso os Espíritos superiores não pudessem se fortificar via contactos nos planos espirituais quando estão adormecidos, poderiam falhar em suas missões; como existe este revigoramento, não falham.
Cabe igualmente destacar que a classificação dos Espíritos elaborada por Allan Kardec não representa uma divisão estanque e definitiva, sem largas fronteiras entre classes.
Deve-se considerar a existência de Espíritos na segunda classe ocupando diversas posições evolutivas, ou seja, não são todos plenamente cientistas, sábios e bondosos, possuem estas características em graus heterogéneos, muitos assim estão na fronteira entre a terceira e segunda classes.
A Escala Espírita apresentada pelo Mestre de Lyon é didáctica, não enveredemos pelo entendimento de que um Espírito poderia ganhar um galardão definitivo ou um diploma ao adentrar na segunda classe, significando desta maneira serem perfeitos, pois ainda não o são.
Esta talvez seja a razão de se ter dito serem os nossos guias espirituais Espíritos superiores6, facto que causa alguma estranheza imaginar que nós Espíritos medianos possamos ter como anjo guardião:
Erasto, São Francisco ou Santo Agostinho, entre outros; na realidade temos Espíritos superiores como guias, mas acreditamos não sejam aqueles bem próximos de serem classificados como puros.
Mesmo assim, nossos guias são entidades de grande evolução, capazes de nos orientar com segurança por toda a nossa existência.
Pelo visto, podemos vislumbrar o quanto ainda nos falta para sermos chamados de superiores, contudo, se iniciarmos uma mudança imediata, poderemos rapidamente adentrar a segunda ordem, aquela a abrigar todos os que já deixaram para trás os muitos chamamentos do mundo e já caminham céleres rumo à perfeição.
Referências:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Item 111.
2 _____._____. O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 54ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Dissertação de um Espírito sobre o papel dos médiuns - item 225.
3 _____._____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Q. 402.
4 _____._____. O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 54ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Da influência moral do médium - item 226 – 7ª.
5 _____._____. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 69ª ed. Brasília: FEB, 1987. Q. 578.
6 _____._____. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Albertina Escudeiro Sêco. 1ª edição de bolso. Rio de Janeiro: CELD, 2001. II - Preces por si mesmo - item 11.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Cuidado com sua língua... e com o teclado também...
Vivemos actualmente tempos de julgamentos dos mais severos.
Dirão alguns que já fomos piores, já julgamos mais e com mais severidade, o que quer dizer: estamos melhorando.
Penso, todavia, que a ideia de que já fomos piores faz-nos marcar passo na senda evolutiva porque é um convite à acomodação.
Ora, se estamos melhores hoje, não há razão para preocupações ou esforço para melhorar ainda mais.
Estamos melhores e isto é o que importa.
Contudo, não é bem assim...
Mas, vamos em frente...
Com o avanço da tecnologia e a chegada das redes sociais na vida do cidadão, as opiniões sobre os mais diversos assuntos deixaram o local restrito dos churrascos em família para ganharem o mundo.
Hoje todo mundo sabe de tudo.
Se o Juca do Brasil gosta de azul, o Ronaldovski da Rússia sabe disto.
Se o príncipe do Castelo Rintintim almoçou caviar, o Josué da Albânia está sabendo.
Actualmente poucos são os homens discretos neste mundo que conseguem não opinar sobre tudo, ou, então, não postar uma selfie quando está no restaurante com a família.
E, naturalmente, além das opiniões, os julgamentos também são proferidos na mesma velocidade e intensidade.
Hoje todos colocaram a toga a julgar o comportamento alheio sem qualquer constrangimento.
A pretexto de liberdade de expressão, sentenças são dadas e reputações execradas.
Interessante notar: a maioria dos que se arvoram a juízes denomina-se cristãos.
Esquecem, provavelmente, a máxima expressada por Jesus há dois mil anos e anotada por Mateus:
“Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós”. (Mateus, VII: 1-2)
Allan Kardec vai no mesmo tom de Jesus ao estabelecer a escala espírita e informar que apenas os Espíritos prudentes, isto já na terceira classe, é que podem fornecer um julgamento mais preciso dos homens e das coisas.
Quando estudamos o tema – Escala Espírita - compreendemos que ainda somos Espíritos que pertencem à categoria de imperfeitos.
Logo, nossos julgamentos não têm base sólida, porquanto ainda estamos muito apegados aos preconceitos da Terra e, além disto, falta-nos capacidade intelectual e distanciamento emocional para julgar os homens e as coisas.
Vale a reflexão:
Quantas vezes nos equivocamos em relação às pessoas?
Quantas vezes já nos pegamos tendo de reconhecer nossa precipitação ao afirmar que fulano é assim ou assado?
As lições de Jesus sobre o julgamento e o trabalho de Kardec na escala espírita são importantes para darem um norte de nossa real condição e, assim, não nos comprometermos pela língua ou o teclado.
Aliás, se antes o homem tinha de tomar cuidado com sua língua, hoje também deve fazer o mesmo com seu teclado.
Coisas da evolução, coisas da evolução...
§.§.§- Ave sem Ninho
Dirão alguns que já fomos piores, já julgamos mais e com mais severidade, o que quer dizer: estamos melhorando.
Penso, todavia, que a ideia de que já fomos piores faz-nos marcar passo na senda evolutiva porque é um convite à acomodação.
Ora, se estamos melhores hoje, não há razão para preocupações ou esforço para melhorar ainda mais.
Estamos melhores e isto é o que importa.
Contudo, não é bem assim...
Mas, vamos em frente...
Com o avanço da tecnologia e a chegada das redes sociais na vida do cidadão, as opiniões sobre os mais diversos assuntos deixaram o local restrito dos churrascos em família para ganharem o mundo.
Hoje todo mundo sabe de tudo.
Se o Juca do Brasil gosta de azul, o Ronaldovski da Rússia sabe disto.
Se o príncipe do Castelo Rintintim almoçou caviar, o Josué da Albânia está sabendo.
Actualmente poucos são os homens discretos neste mundo que conseguem não opinar sobre tudo, ou, então, não postar uma selfie quando está no restaurante com a família.
E, naturalmente, além das opiniões, os julgamentos também são proferidos na mesma velocidade e intensidade.
Hoje todos colocaram a toga a julgar o comportamento alheio sem qualquer constrangimento.
A pretexto de liberdade de expressão, sentenças são dadas e reputações execradas.
Interessante notar: a maioria dos que se arvoram a juízes denomina-se cristãos.
Esquecem, provavelmente, a máxima expressada por Jesus há dois mil anos e anotada por Mateus:
“Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós”. (Mateus, VII: 1-2)
Allan Kardec vai no mesmo tom de Jesus ao estabelecer a escala espírita e informar que apenas os Espíritos prudentes, isto já na terceira classe, é que podem fornecer um julgamento mais preciso dos homens e das coisas.
Quando estudamos o tema – Escala Espírita - compreendemos que ainda somos Espíritos que pertencem à categoria de imperfeitos.
Logo, nossos julgamentos não têm base sólida, porquanto ainda estamos muito apegados aos preconceitos da Terra e, além disto, falta-nos capacidade intelectual e distanciamento emocional para julgar os homens e as coisas.
Vale a reflexão:
Quantas vezes nos equivocamos em relação às pessoas?
Quantas vezes já nos pegamos tendo de reconhecer nossa precipitação ao afirmar que fulano é assim ou assado?
As lições de Jesus sobre o julgamento e o trabalho de Kardec na escala espírita são importantes para darem um norte de nossa real condição e, assim, não nos comprometermos pela língua ou o teclado.
Aliás, se antes o homem tinha de tomar cuidado com sua língua, hoje também deve fazer o mesmo com seu teclado.
Coisas da evolução, coisas da evolução...
§.§.§- Ave sem Ninho
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