ARTIGOS DIVERSOS II
Página 14 de 41
Página 14 de 41 • 1 ... 8 ... 13, 14, 15 ... 27 ... 41
A oncinha pintada
Certo dia, ao voltar da escola, caminhando por uma rua deserta, Flávio viu um pequeno filhote de onça pintada.
— Meu Deus! — pensou — De onde veio esta oncinha tão simpática?
E pôs-se a observá-la.
Manteve certa distância com medo de que ela o atacasse, porém a oncinha inclinou a cabeça, miando como um gatinho, e Flávio sentiu pena daquele bichinho que devia estar com fome, pois procurava no chão algo que pudesse comer.
Então, Flávio lembrou-se de que não havia comido todo o seu lanche no recreio, pois estava sem fome.
Abriu a bolsa e retirou o pedaço de sanduíche que restara, colocando-o na grama, e a oncinha, sentindo cheiro de comida, veio buscá-lo.
Cheirou-o, depois o devorou num instante.
Satisfeito, Flávio agachou-se e ficou a observar o animalzinho; depois, achando que ele deveria estar com sede, pegou seu copinho e foi até uma torneira enchendo-o de água.
Colocou o copinho cheio no chão e se afastou dois passos, sentando-se nas raízes de uma árvore, para que a oncinha não tivesse medo de vir beber a água.
A oncinha, satisfeita, lambeu-se e ficou quietinha olhando seu amigo Flávio.
Vendo-a tão serena, o garoto lhe fez um sinal, como se a estivesse chamando e ela veio acomodar-se perto dele.
Flávio, já sem medo, tocou-lhe o lindo pelo, fazendo um agrado.
Logo, a oncinha estava sentada no seu colo, como se fosse um animalzinho qualquer.
Feliz, Flávio abraçou-a e resolveu levá-la para sua casa.
Afinal, ela era tão boazinha!...
Chegando a casa, mostrou à sua mãe o bichinho que trouxera.
A mãe ficou apavorada!
— Mas é um filhote de onça, meu filho!...
E certamente tem um dono que deve estar a procurá-la!...
— Mamãe, mas ela é tão boazinha!
Tão amorosa! Tão simpática!... — desconsolado, Flávio começou a chorar.
— Mas esse animal não é seu, Flávio!...
Deve ser de algum circo!
Você sabe se há algum circo na cidade?
Vá até o centro e veja se chegou algum circo.
Flávio, com os olhos cheios de lágrimas, saiu para se informar, como a mãe pedira.
Procurou e encontrou.
Era um belo circo todo colorido, com muitos animais e ele voltou para contar à mãe a descoberta que fizera.
— Então, meu filho, viu como esse bichinho tem dono?
Com certeza é do circo!...
Agora, vá devolvê-lo! É seu dever!...
Com o coração apertado, Flávio pegou a oncinha e voltou ao circo, procurando o dono e entregando-lhe a oncinha.
O homem agradeceu com belo sorriso, afirmando que a mãe da oncinha estava muito triste e disse:
— Quer conhecê-la? Venha comigo!
E levou Flávio para ver a grande onça pintada, mãe da oncinha, que estava muito triste por perder sua cria.
— Viu como ela estava triste?
Veja a alegria dela agora que a sua filha voltou!
— É verdade!... — concordou Flávio, vendo a onça se levantar para agarrar a oncinha que voltara para perto dela, lambendo-a satisfeita.
O dono do circo o abraçou, contente, e convidou-o para vir assistir ao espectáculo que teriam mais à noite, afirmando que poderia trazer sua família toda.
Flávio aceitou, cheio de alegria, e voltou contente para casa.
Mais à noite, ele e sua família foram assistir à função do circo, e foram recebidos com alegria pelo dono do circo, Gedeão.
— Meu Deus! — pensou — De onde veio esta oncinha tão simpática?
E pôs-se a observá-la.
Manteve certa distância com medo de que ela o atacasse, porém a oncinha inclinou a cabeça, miando como um gatinho, e Flávio sentiu pena daquele bichinho que devia estar com fome, pois procurava no chão algo que pudesse comer.
Então, Flávio lembrou-se de que não havia comido todo o seu lanche no recreio, pois estava sem fome.
Abriu a bolsa e retirou o pedaço de sanduíche que restara, colocando-o na grama, e a oncinha, sentindo cheiro de comida, veio buscá-lo.
Cheirou-o, depois o devorou num instante.
Satisfeito, Flávio agachou-se e ficou a observar o animalzinho; depois, achando que ele deveria estar com sede, pegou seu copinho e foi até uma torneira enchendo-o de água.
Colocou o copinho cheio no chão e se afastou dois passos, sentando-se nas raízes de uma árvore, para que a oncinha não tivesse medo de vir beber a água.
A oncinha, satisfeita, lambeu-se e ficou quietinha olhando seu amigo Flávio.
Vendo-a tão serena, o garoto lhe fez um sinal, como se a estivesse chamando e ela veio acomodar-se perto dele.
Flávio, já sem medo, tocou-lhe o lindo pelo, fazendo um agrado.
Logo, a oncinha estava sentada no seu colo, como se fosse um animalzinho qualquer.
Feliz, Flávio abraçou-a e resolveu levá-la para sua casa.
Afinal, ela era tão boazinha!...
Chegando a casa, mostrou à sua mãe o bichinho que trouxera.
A mãe ficou apavorada!
— Mas é um filhote de onça, meu filho!...
E certamente tem um dono que deve estar a procurá-la!...
— Mamãe, mas ela é tão boazinha!
Tão amorosa! Tão simpática!... — desconsolado, Flávio começou a chorar.
— Mas esse animal não é seu, Flávio!...
Deve ser de algum circo!
Você sabe se há algum circo na cidade?
Vá até o centro e veja se chegou algum circo.
Flávio, com os olhos cheios de lágrimas, saiu para se informar, como a mãe pedira.
Procurou e encontrou.
Era um belo circo todo colorido, com muitos animais e ele voltou para contar à mãe a descoberta que fizera.
— Então, meu filho, viu como esse bichinho tem dono?
Com certeza é do circo!...
Agora, vá devolvê-lo! É seu dever!...
Com o coração apertado, Flávio pegou a oncinha e voltou ao circo, procurando o dono e entregando-lhe a oncinha.
O homem agradeceu com belo sorriso, afirmando que a mãe da oncinha estava muito triste e disse:
— Quer conhecê-la? Venha comigo!
E levou Flávio para ver a grande onça pintada, mãe da oncinha, que estava muito triste por perder sua cria.
— Viu como ela estava triste?
Veja a alegria dela agora que a sua filha voltou!
— É verdade!... — concordou Flávio, vendo a onça se levantar para agarrar a oncinha que voltara para perto dela, lambendo-a satisfeita.
O dono do circo o abraçou, contente, e convidou-o para vir assistir ao espectáculo que teriam mais à noite, afirmando que poderia trazer sua família toda.
Flávio aceitou, cheio de alegria, e voltou contente para casa.
Mais à noite, ele e sua família foram assistir à função do circo, e foram recebidos com alegria pelo dono do circo, Gedeão.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Acomodaram-se e esperaram o início da função.
Tudo para eles era novidade!
O grande circo armado estava todo cheio e não havia mais lugares vagos.
Quando começou o espectáculo, Gedeão, vestido com roupas especiais, apresentou seus artistas, seus animais e, depois, contou a história da Oncinha Pintada:
— A Oncinha Pintada, que fugira do circo e fora encontrada por Flávio, um garoto que voltava da escola, estava ali no colo dele, e agradecia ao Flávio por ter cuidado dela e por devolvê-la ao Circo.
Gedeão chamou Flávio, que foi para o meio do picadeiro, sendo apresentado a todos que ali estavam e depois, abraçou-o com afecto, agradecendo-lhe por ter-lhe devolvido a sua Oncinha Pintada.
Todos os presentes bateram palmas de pé!...
E naquela noite, após a função do circo, Flávio e sua família voltaram para casa muito felizes.
Ao chegarem a casa, após o trajecto em que só comentaram sobre a apresentação dos artistas e dos animais, Flávio disse:
— Mamãe, agradeço-lhe por ter-me feito levar a Oncinha Pintada de volta ao circo.
Agora vejo como é importante fazermos o que é correcto.
Obrigado, mamãe!
Nunca mais pensarei em ficar com nada que seja de outras pessoas.
E eles se abraçaram, felizes e realizados.
Alguns dias depois, Flávio foi despedir-se da sua amiga, a Oncinha Pintada, que pulou feliz, no colo dele, lambendo seu rosto.
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 19/06/2017.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Tudo para eles era novidade!
O grande circo armado estava todo cheio e não havia mais lugares vagos.
Quando começou o espectáculo, Gedeão, vestido com roupas especiais, apresentou seus artistas, seus animais e, depois, contou a história da Oncinha Pintada:
— A Oncinha Pintada, que fugira do circo e fora encontrada por Flávio, um garoto que voltava da escola, estava ali no colo dele, e agradecia ao Flávio por ter cuidado dela e por devolvê-la ao Circo.
Gedeão chamou Flávio, que foi para o meio do picadeiro, sendo apresentado a todos que ali estavam e depois, abraçou-o com afecto, agradecendo-lhe por ter-lhe devolvido a sua Oncinha Pintada.
Todos os presentes bateram palmas de pé!...
E naquela noite, após a função do circo, Flávio e sua família voltaram para casa muito felizes.
Ao chegarem a casa, após o trajecto em que só comentaram sobre a apresentação dos artistas e dos animais, Flávio disse:
— Mamãe, agradeço-lhe por ter-me feito levar a Oncinha Pintada de volta ao circo.
Agora vejo como é importante fazermos o que é correcto.
Obrigado, mamãe!
Nunca mais pensarei em ficar com nada que seja de outras pessoas.
E eles se abraçaram, felizes e realizados.
Alguns dias depois, Flávio foi despedir-se da sua amiga, a Oncinha Pintada, que pulou feliz, no colo dele, lambendo seu rosto.
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 19/06/2017.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Aborto é uma delinquência inaudita
Há uma citação adjudicada à Madre Tereza de Calcutá, pronunciada na Conferência da ONU, quando a líder religiosa teria dito que “o maior destruidor da paz no Mundo, hoje, é o aborto.
Ninguém tem o direito de tirar a vida; nem a mãe, nem o pai, nem a conferência, ou o Governo.
Sempre houve leis severas contra a prática do aborto na humanidade.
No século XVIII a.C., o Código de Hamurabi destacava aspectos da reparação devida a mulheres livres em casos de abortos provocados, exigindo o pagamento de 10 siclos pelo feto morto.
Na Grécia antiga, as leis de Licurgo e de Sólon e a legislação de Tebas e Mileto tipificavam o aborto como crime.
Hipócrates, uma das figuras mais importantes da história da saúde, frequentemente considerado "pai da medicina", negava o direito ao aborto e exigia, dos médicos, jurar não dar às mulheres bebidas fatais para a criança no ventre.
Na Idade Média, a Lex Romana Visigothorum editava penas severas contra o aborto.
O Código Penal francês de 1791, em plena Revolução Francesa, determinava que todos os cúmplices de aborto fossem flagelados e condenados a 20 anos de prisão.
O Código Penal francês de 1810, promulgado por Napoleão Bonaparte, previa a pena de morte para o aborto.
Posteriormente, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua.
Além disso, os médicos, farmacêuticos e cirurgiões eram condenados a trabalhos forçados.
Se os ditos tribunais humanos condenam a prática do aborto, “as Leis Divinas, por seu turno, actuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam.
Fixam essas leis, no tribunal da própria consciência culpada, tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde”.(1)
O primeiro país da era pós-moderna a legalizar o aborto foi a União Soviética, em 8 de novembro de 1920.
Os hospitais soviéticos instalaram unidades especiais denominadas abortórios, concebidas para realizar as operações em ritmo de produção em massa.
A segunda nação a legalizar o abortamento foi a Alemanha Nazista, em junho de 1935, mediante uma reforma da Lei para a Prevenção das Doenças Hereditárias para a Posteridade, que permitiu a interrupção da gravidez de mulheres consideradas de "má hereditariedade" ("não arianas" ou portadoras de deficiência física ou mental).
Entre 1996 e 2009, “ao menos 47 dos 192 países da ONU aprovaram leis com artigos mais liberalizantes”.(2)
Em todos os países da Europa, excepto Malta, o aborto não é penalizado em situações controladas.
Os países ibéricos são exemplos de liberalização.
Em 2007, Portugal legalizou o aborto sem restrições até a 10ª semana de gestação e, depois desse período, em casos de má-formação fetal, de estupro ou de perigos à vida ou à saúde da mãe.
Na Espanha, lei com termos semelhantes começou a vigorar em 2010.
Cuba é o único país hispânico em que o aborto é legal sem restrições.
Na Colombia, a Corte Constitucional determinou em 2006 que o aborto é legítimo em casos de estupro, má-formação fetal ou de riscos para a vida da mãe.
Até então, a prática era proibida no país.
Há países em que o aborto era totalmente ilegal, mas passou a ser aceite nos últimos anos se a mãe correr riscos ou se houver má-formação fetal (no Irão) ou no caso de estupro (no Togo).
Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassinato do bebé no ventre materno é uma medicina criminosa.
Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus.
No Brasil a taxa de interrupção de gravidez supera a taxa de nascimento.
Essa situação fez surgir no país grupos dispostos a legalizar o aborto, torná-lo fácil, acessível, higiénico, juridicamente “correcto”.
Contudo, ainda que isso viesse a ocorrer, JAMAIS esqueçamos que o aborto ilegal ou legalizado SEMPRE será um CRIME perante às Leis Divinas!
Os abortistas evocam as péssimas condições em que são realizados os procedimentos clandestinos.
Ninguém tem o direito de tirar a vida; nem a mãe, nem o pai, nem a conferência, ou o Governo.
Sempre houve leis severas contra a prática do aborto na humanidade.
No século XVIII a.C., o Código de Hamurabi destacava aspectos da reparação devida a mulheres livres em casos de abortos provocados, exigindo o pagamento de 10 siclos pelo feto morto.
Na Grécia antiga, as leis de Licurgo e de Sólon e a legislação de Tebas e Mileto tipificavam o aborto como crime.
Hipócrates, uma das figuras mais importantes da história da saúde, frequentemente considerado "pai da medicina", negava o direito ao aborto e exigia, dos médicos, jurar não dar às mulheres bebidas fatais para a criança no ventre.
Na Idade Média, a Lex Romana Visigothorum editava penas severas contra o aborto.
O Código Penal francês de 1791, em plena Revolução Francesa, determinava que todos os cúmplices de aborto fossem flagelados e condenados a 20 anos de prisão.
O Código Penal francês de 1810, promulgado por Napoleão Bonaparte, previa a pena de morte para o aborto.
Posteriormente, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua.
Além disso, os médicos, farmacêuticos e cirurgiões eram condenados a trabalhos forçados.
Se os ditos tribunais humanos condenam a prática do aborto, “as Leis Divinas, por seu turno, actuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam.
Fixam essas leis, no tribunal da própria consciência culpada, tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde”.(1)
O primeiro país da era pós-moderna a legalizar o aborto foi a União Soviética, em 8 de novembro de 1920.
Os hospitais soviéticos instalaram unidades especiais denominadas abortórios, concebidas para realizar as operações em ritmo de produção em massa.
A segunda nação a legalizar o abortamento foi a Alemanha Nazista, em junho de 1935, mediante uma reforma da Lei para a Prevenção das Doenças Hereditárias para a Posteridade, que permitiu a interrupção da gravidez de mulheres consideradas de "má hereditariedade" ("não arianas" ou portadoras de deficiência física ou mental).
Entre 1996 e 2009, “ao menos 47 dos 192 países da ONU aprovaram leis com artigos mais liberalizantes”.(2)
Em todos os países da Europa, excepto Malta, o aborto não é penalizado em situações controladas.
Os países ibéricos são exemplos de liberalização.
Em 2007, Portugal legalizou o aborto sem restrições até a 10ª semana de gestação e, depois desse período, em casos de má-formação fetal, de estupro ou de perigos à vida ou à saúde da mãe.
Na Espanha, lei com termos semelhantes começou a vigorar em 2010.
Cuba é o único país hispânico em que o aborto é legal sem restrições.
Na Colombia, a Corte Constitucional determinou em 2006 que o aborto é legítimo em casos de estupro, má-formação fetal ou de riscos para a vida da mãe.
Até então, a prática era proibida no país.
Há países em que o aborto era totalmente ilegal, mas passou a ser aceite nos últimos anos se a mãe correr riscos ou se houver má-formação fetal (no Irão) ou no caso de estupro (no Togo).
Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassinato do bebé no ventre materno é uma medicina criminosa.
Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus.
No Brasil a taxa de interrupção de gravidez supera a taxa de nascimento.
Essa situação fez surgir no país grupos dispostos a legalizar o aborto, torná-lo fácil, acessível, higiénico, juridicamente “correcto”.
Contudo, ainda que isso viesse a ocorrer, JAMAIS esqueçamos que o aborto ilegal ou legalizado SEMPRE será um CRIME perante às Leis Divinas!
Os abortistas evocam as péssimas condições em que são realizados os procedimentos clandestinos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Porém, em que pese a sua veracidade, não nos enganemos, imaginando que o aborto oficial irá resolver a questão do assassinato das crianças no útero; ao contrário, o aumentará bastante!
E o pior, continuará a ser praticado por meio secreto e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações.
Alerte-se que se não há legislação humana que identifique de imediato o ignóbil infanticídio, nos redutos familiares ou na bruma da clandestinidade, e aos que mergulham na torpeza do aborto, “os olhos divinos de Nosso Pai contemplam do Céu, chamando, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetram”.(3)
Chico Xavier disse que “se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não teria tido a minha actual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza e a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos que, qual você, como todos aqui, nos ouve e me auxilia tanto”.(4)
Até mesmo diante de gravidez resultante da violência sexual, “o Espiritismo, considerando o lado transcendente das situações humanas, estimula a mãe a levar adiante a gravidez e até mesmo a criação daquele filho, superando o trauma do estupro, porque aquele Espírito reencarnante terá, possivelmente, um compromisso passado com a progenitora”.(5)
Lembrando também que “o governo deveria ter departamentos especializados de amparo material e psicológico a todas as gestantes, em especial, às que carregam a pesada prova do estupro”.
É absolutamente indefensável, é imoral a prática do aborto “terapêutico”.
Por que interromper o processo reparador que a vida impõe ao Espírito que se reencarna com deficiência?
Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante?
Se o aborto, em tempos idos, era usado a pretexto de terapia, devia-se à falta de conhecimentos médicos.
Evocamos no contexto uma aula inaugural do Dr. João Baptista de Oliveira e Costa Júnior aos alunos de Direito da USP em 1965 (intitulada “Porque ainda o aborto terapêutico?”).
João Baptista explicou que o aborto em questão “não é o único meio, ao contrário, é o pior meio, ou melhor, não é meio algum para se salvar a vida da gestante”.(6)
Não impomos anátemas àqueles que estão sob o impacto de consciência febricitante em face do acto já consumado, até para que não caiam na vala profunda do desalento.
Para quem já se equivocou, convém lembrar o seguinte:
errar é aprender, contudo, ao invés de se fixarem no remorso, precisam aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento no amanhã.
Libertar-se da culpa é, sem sombra de dúvidas, colocar-se diante das consequências dos actos com a disposição de resolvê-las, corajosamente.
A adopção de criança abandonada é excelente prática de soerguimento moral.
Pode-se, também, fazer opção por uma actividade, onde se esteja em contacto directo, corpo a corpo, com crianças carentes de carinho, de amparo, de colo, de cuidados pessoais em creches, em escolas, em hospitais, em orfanatos etc..
Meditemos sobre isso!
Referências bibliográficas:
(1) Peralva, Martins. O Pensamento de Emmanuel. Cap. I - Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978.
(2) Conforme o World Population Policies 2009, da ONU, que registra o estudo realizado pela ONU e pelo Instituto Guttmacher.
(3) Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos, ditado pelo Espírito Emmanuel. 14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001.
(4) Disponível em clique aqui, acessado em 15 de março de 2017.
(5) Cf. Manifesto Espírita sobre o Aborto - Federação Espírita Brasileira - Manifesto aprovado na reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 1998.
(6) O jornal Folha Espírita, edição de janeiro de 2005.
§.§.§- Ave sem Ninho
E o pior, continuará a ser praticado por meio secreto e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações.
Alerte-se que se não há legislação humana que identifique de imediato o ignóbil infanticídio, nos redutos familiares ou na bruma da clandestinidade, e aos que mergulham na torpeza do aborto, “os olhos divinos de Nosso Pai contemplam do Céu, chamando, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetram”.(3)
Chico Xavier disse que “se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não teria tido a minha actual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza e a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos que, qual você, como todos aqui, nos ouve e me auxilia tanto”.(4)
Até mesmo diante de gravidez resultante da violência sexual, “o Espiritismo, considerando o lado transcendente das situações humanas, estimula a mãe a levar adiante a gravidez e até mesmo a criação daquele filho, superando o trauma do estupro, porque aquele Espírito reencarnante terá, possivelmente, um compromisso passado com a progenitora”.(5)
Lembrando também que “o governo deveria ter departamentos especializados de amparo material e psicológico a todas as gestantes, em especial, às que carregam a pesada prova do estupro”.
É absolutamente indefensável, é imoral a prática do aborto “terapêutico”.
Por que interromper o processo reparador que a vida impõe ao Espírito que se reencarna com deficiência?
Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante?
Se o aborto, em tempos idos, era usado a pretexto de terapia, devia-se à falta de conhecimentos médicos.
Evocamos no contexto uma aula inaugural do Dr. João Baptista de Oliveira e Costa Júnior aos alunos de Direito da USP em 1965 (intitulada “Porque ainda o aborto terapêutico?”).
João Baptista explicou que o aborto em questão “não é o único meio, ao contrário, é o pior meio, ou melhor, não é meio algum para se salvar a vida da gestante”.(6)
Não impomos anátemas àqueles que estão sob o impacto de consciência febricitante em face do acto já consumado, até para que não caiam na vala profunda do desalento.
Para quem já se equivocou, convém lembrar o seguinte:
errar é aprender, contudo, ao invés de se fixarem no remorso, precisam aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento no amanhã.
Libertar-se da culpa é, sem sombra de dúvidas, colocar-se diante das consequências dos actos com a disposição de resolvê-las, corajosamente.
A adopção de criança abandonada é excelente prática de soerguimento moral.
Pode-se, também, fazer opção por uma actividade, onde se esteja em contacto directo, corpo a corpo, com crianças carentes de carinho, de amparo, de colo, de cuidados pessoais em creches, em escolas, em hospitais, em orfanatos etc..
Meditemos sobre isso!
Referências bibliográficas:
(1) Peralva, Martins. O Pensamento de Emmanuel. Cap. I - Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978.
(2) Conforme o World Population Policies 2009, da ONU, que registra o estudo realizado pela ONU e pelo Instituto Guttmacher.
(3) Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos, ditado pelo Espírito Emmanuel. 14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001.
(4) Disponível em clique aqui, acessado em 15 de março de 2017.
(5) Cf. Manifesto Espírita sobre o Aborto - Federação Espírita Brasileira - Manifesto aprovado na reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 1998.
(6) O jornal Folha Espírita, edição de janeiro de 2005.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Divaldo Franco responde: Ciúmes é uma doença?
Ciúme é motivo de separação, de divórcio e de muita briga entre os casais.
Isso é normal ou é uma doença?
Divaldo Franco:
Somente através do amor, curamos o ciúme.
As pessoas costumam dizer:
“Em todo amor, sempre há um pouco de ciúme!”
É lindo, mas não é verdadeiro.
Ciúme é um fenómeno psicológico de insegurança.
Quando falta auto-estima, a pessoa não acredita que alguém seja capaz de amá-la.
Quando alguém a ama, ela duvida.
E fica sempre com medo de perder, porque acha que não merece.
A insegurança emocional gera o ciúme. Se estiver com uma pessoa mais bonita do que ela, se der mais atenção a outrem, logo pensa que a vai perder, porque não está em condições de ser amada por quem está ao seu lado.
É um conflito de insegurança psicológica.
Quando alguém dispuser-se a amar, creia no amor, entregue-se-lhe.
Se aparecer outro, que gere traição, o problema não é seu.
Se ele – o outro indivíduo, homem ou mulher – o abandonar, pior para ele e não para você, porque aquele que abandona é que se faz infeliz, não o abandonado.
Assim mesmo, continue amando.
As pessoas de natureza instável, amadas ou não, assim continuarão, porque são doentes, portadoras de comportamentos mórbidos.
Não são dignas de ser amadas, apesar disso, cumpre-nos amá-las.
Viver com ciúme, vigiar, estar com os olhos para lá e para cá, torna-se um infortúnio, porque é sempre uma inquietação, aguardando alguns momentos de prazer.
O amor legítimo confia.
Quando não há essa tranquilidade, não é amor, mas desejo de posse, tormento.
É um desvio de comportamento afectivo.
Toda vez que confiamos no outro, recebemos resposta equivalente, com as excepções compreensíveis.
Toda vez que vigiamos o ser amado, na primeira brecha que lhe surge, quase sempre tomba no desvio...
Isto porque ninguém pode amar vigiado, escravizado, perseguido, controlado.
O amor é uma bênção, não um castigo, não uma forma de manipulação do outro.
Há um caso, um pouco engraçado, mas que ilustra essa situação.
O homem, quando chegava ao escritório, telefonava para a esposa:
"Bem, já cheguei..."
Momentos após, novamente:
"Meu bem, estou saindo para o lanche..."
Mais tarde, outra vez:
"Meu bem, estou voltando do lanche..."
Por fim: "Agora estou voltando para casa".
A esposa, que era muito ciumenta, retribuía:
"Estou de saída para as compras...
Eu voltei das compras..."
Esse era um casal profundamente infeliz. Mas ele morreu.
No velório entraram uma senhora e uma criança, que se debruçaram sobre o caixão e choraram demoradamente.
A viúva, sensibilizada, perguntou a razão do seu pranto, sendo esclarecida que a criança era filha do desencarnado, que mantinha um romance com ela...
Surpreendida demasiadamente, perguntou com angústia:
? Quando ele a visitava?!
E a resposta foi imediata: "Na hora do lanche".
Ninguém vigia os sentimentos dos outros.
Os sentimentos devem ser honrados com a confiança.
Isso é normal ou é uma doença?
Divaldo Franco:
Somente através do amor, curamos o ciúme.
As pessoas costumam dizer:
“Em todo amor, sempre há um pouco de ciúme!”
É lindo, mas não é verdadeiro.
Ciúme é um fenómeno psicológico de insegurança.
Quando falta auto-estima, a pessoa não acredita que alguém seja capaz de amá-la.
Quando alguém a ama, ela duvida.
E fica sempre com medo de perder, porque acha que não merece.
A insegurança emocional gera o ciúme. Se estiver com uma pessoa mais bonita do que ela, se der mais atenção a outrem, logo pensa que a vai perder, porque não está em condições de ser amada por quem está ao seu lado.
É um conflito de insegurança psicológica.
Quando alguém dispuser-se a amar, creia no amor, entregue-se-lhe.
Se aparecer outro, que gere traição, o problema não é seu.
Se ele – o outro indivíduo, homem ou mulher – o abandonar, pior para ele e não para você, porque aquele que abandona é que se faz infeliz, não o abandonado.
Assim mesmo, continue amando.
As pessoas de natureza instável, amadas ou não, assim continuarão, porque são doentes, portadoras de comportamentos mórbidos.
Não são dignas de ser amadas, apesar disso, cumpre-nos amá-las.
Viver com ciúme, vigiar, estar com os olhos para lá e para cá, torna-se um infortúnio, porque é sempre uma inquietação, aguardando alguns momentos de prazer.
O amor legítimo confia.
Quando não há essa tranquilidade, não é amor, mas desejo de posse, tormento.
É um desvio de comportamento afectivo.
Toda vez que confiamos no outro, recebemos resposta equivalente, com as excepções compreensíveis.
Toda vez que vigiamos o ser amado, na primeira brecha que lhe surge, quase sempre tomba no desvio...
Isto porque ninguém pode amar vigiado, escravizado, perseguido, controlado.
O amor é uma bênção, não um castigo, não uma forma de manipulação do outro.
Há um caso, um pouco engraçado, mas que ilustra essa situação.
O homem, quando chegava ao escritório, telefonava para a esposa:
"Bem, já cheguei..."
Momentos após, novamente:
"Meu bem, estou saindo para o lanche..."
Mais tarde, outra vez:
"Meu bem, estou voltando do lanche..."
Por fim: "Agora estou voltando para casa".
A esposa, que era muito ciumenta, retribuía:
"Estou de saída para as compras...
Eu voltei das compras..."
Esse era um casal profundamente infeliz. Mas ele morreu.
No velório entraram uma senhora e uma criança, que se debruçaram sobre o caixão e choraram demoradamente.
A viúva, sensibilizada, perguntou a razão do seu pranto, sendo esclarecida que a criança era filha do desencarnado, que mantinha um romance com ela...
Surpreendida demasiadamente, perguntou com angústia:
? Quando ele a visitava?!
E a resposta foi imediata: "Na hora do lanche".
Ninguém vigia os sentimentos dos outros.
Os sentimentos devem ser honrados com a confiança.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Se o outro a deslustra, torna-se-lhe um problema.
Daí, o ciúme ser insegurança.
Pratique sua auto-estima quando for amado por alguém.
Todos nós temos conflitos e inseguranças, posto que ainda somos humanos.
Quando algum confrade chega até mim e diz-me, por exemplo:
“Eu estava doente e fiquei bom, mas não mereço”.
Eu respondo: “Merece, sem dúvida”.
Se a pessoa insiste em afirmar que não é credora desse merecimento em aparente humildade, sou constrangido a informar:
"Se você recebeu essa concessão do Senhor e não a merece, Ele está sendo injusto em relação aos demais enfermos!".
Nessa recuperação Deus está-lhe proporcionando uma chance, está lhe concedendo misericórdia.
Eu, quando experimento qualquer bênção, sempre digo:
"Graças a Deus! Eu já mereço a compaixão dos Céus".
E esforço-me para corresponder com o possível ao meu alcance.
Devemos ter senso para medir nossos valores.
Eu não espero que uma pessoa me diga que eu estou bem para ficar bem.
Eu estou bem porque me sinto em harmonia.
Algumas pessoas são capazes de fazer observações negativas que nos podem influenciar.
Nesses casos, a atitude só pode ser a mesma:
buscar a auto-estima.
Se alguém me diz:
"Estou achando-o muito mal", eu respondo com delicadeza:
"É, você está achando, mas não estou assim.
Encontro-me muito bem!”.
Não nos deixemos conduzir com as opiniões diversificadas das demais pessoas.
É indispensável alcançar a autoconsciência.
Então, mantenhamos a auto-estima.
Esse comportamento é salutar, agradável.
Por outro lado, evite aceitar a falsa compaixão, quando alguém lhe disser: "Coitado!".
Desperte sempre amor, e não compaixão.
Para o ciúme, portanto, o melhor medicamento é amar mais e sempre.
Desde já, mudemos a nossa paisagem interna da mesquinhez para adquirirmos esse estado de plenitude chamado confiança.
Fonte: Texto do livro Divaldo Franco Reponde Vol. 2.
§.§.§- Ave sem Ninho
Daí, o ciúme ser insegurança.
Pratique sua auto-estima quando for amado por alguém.
Todos nós temos conflitos e inseguranças, posto que ainda somos humanos.
Quando algum confrade chega até mim e diz-me, por exemplo:
“Eu estava doente e fiquei bom, mas não mereço”.
Eu respondo: “Merece, sem dúvida”.
Se a pessoa insiste em afirmar que não é credora desse merecimento em aparente humildade, sou constrangido a informar:
"Se você recebeu essa concessão do Senhor e não a merece, Ele está sendo injusto em relação aos demais enfermos!".
Nessa recuperação Deus está-lhe proporcionando uma chance, está lhe concedendo misericórdia.
Eu, quando experimento qualquer bênção, sempre digo:
"Graças a Deus! Eu já mereço a compaixão dos Céus".
E esforço-me para corresponder com o possível ao meu alcance.
Devemos ter senso para medir nossos valores.
Eu não espero que uma pessoa me diga que eu estou bem para ficar bem.
Eu estou bem porque me sinto em harmonia.
Algumas pessoas são capazes de fazer observações negativas que nos podem influenciar.
Nesses casos, a atitude só pode ser a mesma:
buscar a auto-estima.
Se alguém me diz:
"Estou achando-o muito mal", eu respondo com delicadeza:
"É, você está achando, mas não estou assim.
Encontro-me muito bem!”.
Não nos deixemos conduzir com as opiniões diversificadas das demais pessoas.
É indispensável alcançar a autoconsciência.
Então, mantenhamos a auto-estima.
Esse comportamento é salutar, agradável.
Por outro lado, evite aceitar a falsa compaixão, quando alguém lhe disser: "Coitado!".
Desperte sempre amor, e não compaixão.
Para o ciúme, portanto, o melhor medicamento é amar mais e sempre.
Desde já, mudemos a nossa paisagem interna da mesquinhez para adquirirmos esse estado de plenitude chamado confiança.
Fonte: Texto do livro Divaldo Franco Reponde Vol. 2.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A Revue Spirite de 1860 (Parte 5)
Continuamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1860, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. É verdade que Kardec também enfrentou um caso de mistificação?
B. Ao conversar com a alma de um jovem idiota ainda encarnado, que lições extraiu Kardec?
C. Todos os médiuns estão sujeitos a serem enganados pelos Espíritos?
D. Que defeitos do médium mais acesso dão aos maus Espíritos?
Texto para leitura
101. São Luís diz:
Sê-de muito prudentes no que respeita a teorias científicas, pois é aí sobretudo que deveis temer os Espíritos impostores e os pseudo-sábios.
Tratai, sobretudo, de vossa melhora. É o essencial. (P. 171)
102. Kardec pede a São Luís que explique por que na semana anterior ele deixou que um Espírito impostor falasse em seu nome, embora estivesse presente.
A resposta faz-nos pensar e merece ser meditada. (PP. 172 e 173)
103. São Luís lhe diz:
"Tu te admiras do que se passou.
Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação?
Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?"
E adverte:
"É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem". (P. 173)
104. Kardec diz que o Espiritismo encontrou desde o princípio grande oposição na Inglaterra, e atribui o facto à influência das ideias religiosas de certas seitas, aferradas mais à letra que ao espírito de seus dogmas.
A Doutrina Espírita pareceu-lhes contrária às suas crenças. (PP. 175 e 176)
105. Passado algum tempo, vendo que as ideias espíritas têm sua fonte nas ideias cristãs, nada mais se opôs ao progresso das ideias novas, que se propagam naquele país com rapidez admirável, o que deu surgimento ao periódico mensal "The Spiritual Magazine", lançado em maio de 1860. (P. 176)
106. Em seguida, Kardec transcreve do citado jornal inglês um curioso artigo assinado por S.C. Hall relatando factos espíritas ocorridos em 1820, no litoral francês, muito parecidos com os das irmãs Fox. (PP. 176 e 177)
107. Uma noite, quando as batidas se fizeram, como era comum naquela casa, alguém teve a ideia de perguntar:
"Se és um Espírito, bate seis pancadas" e imediatamente os seis golpes foram ouvidos. (P. 178)
108. Um dia, além das batidas, todos ouviram uma voz humana:
era o Espírito que cantava quando eles, encarnados, também cantavam.
Depois, a voz passou a falar-lhes em francês e o Espírito disse chamar-se Gaspard. (P. 178)
109. De Marselha chegou a Kardec a notícia de um rapaz falecido há oito meses que, evocado pela família, costuma comunicar-se com o auxílio de uma cesta.
Cada vez que ele aparece, um cãozinho, de que ele gostava muito, salta sobre a mesa e se põe a cheirar a cesta, soltando ganidos. (PP. 179 e 180)
110. Charlet explica que o cão é dotado de uma organização muito particular.
Ele compreende o homem, sente-o e segue-o em todas as suas ações com a curiosidade de uma criança. (P. 180)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. É verdade que Kardec também enfrentou um caso de mistificação?
B. Ao conversar com a alma de um jovem idiota ainda encarnado, que lições extraiu Kardec?
C. Todos os médiuns estão sujeitos a serem enganados pelos Espíritos?
D. Que defeitos do médium mais acesso dão aos maus Espíritos?
Texto para leitura
101. São Luís diz:
Sê-de muito prudentes no que respeita a teorias científicas, pois é aí sobretudo que deveis temer os Espíritos impostores e os pseudo-sábios.
Tratai, sobretudo, de vossa melhora. É o essencial. (P. 171)
102. Kardec pede a São Luís que explique por que na semana anterior ele deixou que um Espírito impostor falasse em seu nome, embora estivesse presente.
A resposta faz-nos pensar e merece ser meditada. (PP. 172 e 173)
103. São Luís lhe diz:
"Tu te admiras do que se passou.
Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação?
Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?"
E adverte:
"É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem". (P. 173)
104. Kardec diz que o Espiritismo encontrou desde o princípio grande oposição na Inglaterra, e atribui o facto à influência das ideias religiosas de certas seitas, aferradas mais à letra que ao espírito de seus dogmas.
A Doutrina Espírita pareceu-lhes contrária às suas crenças. (PP. 175 e 176)
105. Passado algum tempo, vendo que as ideias espíritas têm sua fonte nas ideias cristãs, nada mais se opôs ao progresso das ideias novas, que se propagam naquele país com rapidez admirável, o que deu surgimento ao periódico mensal "The Spiritual Magazine", lançado em maio de 1860. (P. 176)
106. Em seguida, Kardec transcreve do citado jornal inglês um curioso artigo assinado por S.C. Hall relatando factos espíritas ocorridos em 1820, no litoral francês, muito parecidos com os das irmãs Fox. (PP. 176 e 177)
107. Uma noite, quando as batidas se fizeram, como era comum naquela casa, alguém teve a ideia de perguntar:
"Se és um Espírito, bate seis pancadas" e imediatamente os seis golpes foram ouvidos. (P. 178)
108. Um dia, além das batidas, todos ouviram uma voz humana:
era o Espírito que cantava quando eles, encarnados, também cantavam.
Depois, a voz passou a falar-lhes em francês e o Espírito disse chamar-se Gaspard. (P. 178)
109. De Marselha chegou a Kardec a notícia de um rapaz falecido há oito meses que, evocado pela família, costuma comunicar-se com o auxílio de uma cesta.
Cada vez que ele aparece, um cãozinho, de que ele gostava muito, salta sobre a mesa e se põe a cheirar a cesta, soltando ganidos. (PP. 179 e 180)
110. Charlet explica que o cão é dotado de uma organização muito particular.
Ele compreende o homem, sente-o e segue-o em todas as suas ações com a curiosidade de uma criança. (P. 180)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
111. O Espírito de Georges informa que, por suas fibras nervosas, o cão é posto em relação directa com os Espíritos, quase tanto quanto com os homens.
O cão percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas terrenas, e lhes tem muito medo. (P. 181)
112. Kardec evoca Charles de Saint-G..., um jovem idiota, de 13 anos, ainda encarnado, cujas faculdades intelectuais são de uma tal nulidade que nem conhece os pais. (P. 181)
113. Charles tem consciência do seu estado e sabe por que nasceu assim.
"Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé", definiu ele.
Kardec, comentando o caso, diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades; não as aniquila. (PP. 182 e 183)
114. A médium sra. Duret, desencarnada em maio, evocada por Kardec, diz-lhe que fora muitas vezes enganada pelos Espíritos e que há poucos médiuns que não o são mais ou menos. (P. 183)
115. Tal facto, diz ela, depende muito do médium e daquele que interroga, quer dizer, é sempre possível preservar-se dos maus Espíritos.
E a primeira condição para isso é não os atrair pela fraqueza ou pelos defeitos. (P. 184)
116. Falando sobre obsessão, a sra. Duret diz que a morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos, que continuam a persegui-lo. (P. 185)
117. As comunicações espíritas são tanto mais seguras quanto mais sérias as qualidades do médium.
Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja.
Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca caridade há mais chances de ser enganado. (PP. 186 e 187)
118. Kardec é peremptório:
Todo conselho ditado ou todo sentimento inspirado que reflicta o menor pensamento mau é, por isso mesmo, de origem suspeita, sejam quais forem as qualidades do estilo. (P. 187)
119. A sra. Duret disse que também os médiuns videntes podem ser enganados pelos Espíritos, quando não inspirados por Deus. (P. 187)
120. A médium, falando de sua desencarnação, disse que a partir da agonia perdera a consciência de si mesma, facto que perdurou por cerca de 15 a 18 horas e varia de pessoa a pessoa. (P. 188)
121. Os Espíritos que ela evocara em vida foram revê-la, o que a tocou muito.
A sra. Duret exclamou então:
"Se soubésseis como é agradável reencontrar os amigos neste mundo!" (P. 189)
122. O mundo dos Espíritos lhe pareceu, então, uma coisa nova, facto que, apesar de surpreendente, é muito comum e Kardec explica. (P. 189)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. É verdade que Kardec também enfrentou um caso de mistificação?
Sim. Em plena reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, presidida por Kardec, um Espírito impostor falou como se fosse São Luís.
O Codificador percebeu o facto e pediu explicação para tal ocorrência.
São Luís, na sessão seguinte, explicou o ocorrido.
"Tu te admiras do que se passou”, disse-lhe São Luís.
“Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação?
Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?"
E advertiu:
"É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem".
O facto mostra como a prudência e a seriedade são essenciais à eficácia das sessões mediúnicas.
(Revue Spirite de 1860, pp. 172 e 173.)
O cão percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas terrenas, e lhes tem muito medo. (P. 181)
112. Kardec evoca Charles de Saint-G..., um jovem idiota, de 13 anos, ainda encarnado, cujas faculdades intelectuais são de uma tal nulidade que nem conhece os pais. (P. 181)
113. Charles tem consciência do seu estado e sabe por que nasceu assim.
"Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé", definiu ele.
Kardec, comentando o caso, diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades; não as aniquila. (PP. 182 e 183)
114. A médium sra. Duret, desencarnada em maio, evocada por Kardec, diz-lhe que fora muitas vezes enganada pelos Espíritos e que há poucos médiuns que não o são mais ou menos. (P. 183)
115. Tal facto, diz ela, depende muito do médium e daquele que interroga, quer dizer, é sempre possível preservar-se dos maus Espíritos.
E a primeira condição para isso é não os atrair pela fraqueza ou pelos defeitos. (P. 184)
116. Falando sobre obsessão, a sra. Duret diz que a morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos, que continuam a persegui-lo. (P. 185)
117. As comunicações espíritas são tanto mais seguras quanto mais sérias as qualidades do médium.
Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja.
Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca caridade há mais chances de ser enganado. (PP. 186 e 187)
118. Kardec é peremptório:
Todo conselho ditado ou todo sentimento inspirado que reflicta o menor pensamento mau é, por isso mesmo, de origem suspeita, sejam quais forem as qualidades do estilo. (P. 187)
119. A sra. Duret disse que também os médiuns videntes podem ser enganados pelos Espíritos, quando não inspirados por Deus. (P. 187)
120. A médium, falando de sua desencarnação, disse que a partir da agonia perdera a consciência de si mesma, facto que perdurou por cerca de 15 a 18 horas e varia de pessoa a pessoa. (P. 188)
121. Os Espíritos que ela evocara em vida foram revê-la, o que a tocou muito.
A sra. Duret exclamou então:
"Se soubésseis como é agradável reencontrar os amigos neste mundo!" (P. 189)
122. O mundo dos Espíritos lhe pareceu, então, uma coisa nova, facto que, apesar de surpreendente, é muito comum e Kardec explica. (P. 189)
(Continua no próximo número.)
Respostas às questões
A. É verdade que Kardec também enfrentou um caso de mistificação?
Sim. Em plena reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, presidida por Kardec, um Espírito impostor falou como se fosse São Luís.
O Codificador percebeu o facto e pediu explicação para tal ocorrência.
São Luís, na sessão seguinte, explicou o ocorrido.
"Tu te admiras do que se passou”, disse-lhe São Luís.
“Mas examinaste bem o rosto dos que te escutam, quando fazes essa invocação?
Mais de uma vez não viste o sorriso de sarcasmo em certos lábios?"
E advertiu:
"É por isso que vos digo que não recebais o primeiro que vier; evitai os curiosos e os que não vêm para se instruírem".
O facto mostra como a prudência e a seriedade são essenciais à eficácia das sessões mediúnicas.
(Revue Spirite de 1860, pp. 172 e 173.)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
B. Ao conversar com a alma de um jovem idiota ainda encarnado, que lições extraiu Kardec?
O jovem se chamava Charles de Saint-G..., contava 13 anos de idade e suas faculdades intelectuais eram de uma tal nulidade que nem conhecia os pais.
Na conversa com Kardec ele mostrou, porém, que tinha consciência do seu estado e sabia por que nascera assim.
"Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé."
Comentando o caso, Kardec diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades, mas não as aniquila, o que mostra que as crianças que chamamos de excepcionais ou especiais, embora muitas vezes não possam manifestar-se, têm ciência do que ocorre ao seu lado.
(Obra citada, pp. 181 a 183.)
C. Todos os médiuns estão sujeitos a serem enganados pelos Espíritos?
Segundo a médium Sra. Duret, são poucos os médiuns que não o são.
Ela mesma reconheceu, depois de desencarnar, que havia sido enganada mais de uma vez, o que Francisco Cândido Xavier também admitiu haver enfrentado.
Esse facto, diz a Sra. Duret, depende muito do médium e daquele que interroga, e a primeira condição para isso é não atrair os maus Espíritos por sua fraqueza ou por seus defeitos.
(Obra citada, pp. 183 e 184.)
D. Que defeitos do médium mais acesso dão aos maus Espíritos?
Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja.
Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca caridade há mais chances de ser enganado.
(Obra citada, pp. 186 e 187.)
§.§.§- Ave sem Ninho
O jovem se chamava Charles de Saint-G..., contava 13 anos de idade e suas faculdades intelectuais eram de uma tal nulidade que nem conhecia os pais.
Na conversa com Kardec ele mostrou, porém, que tinha consciência do seu estado e sabia por que nascera assim.
"Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé."
Comentando o caso, Kardec diz que a imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades, mas não as aniquila, o que mostra que as crianças que chamamos de excepcionais ou especiais, embora muitas vezes não possam manifestar-se, têm ciência do que ocorre ao seu lado.
(Obra citada, pp. 181 a 183.)
C. Todos os médiuns estão sujeitos a serem enganados pelos Espíritos?
Segundo a médium Sra. Duret, são poucos os médiuns que não o são.
Ela mesma reconheceu, depois de desencarnar, que havia sido enganada mais de uma vez, o que Francisco Cândido Xavier também admitiu haver enfrentado.
Esse facto, diz a Sra. Duret, depende muito do médium e daquele que interroga, e a primeira condição para isso é não atrair os maus Espíritos por sua fraqueza ou por seus defeitos.
(Obra citada, pp. 183 e 184.)
D. Que defeitos do médium mais acesso dão aos maus Espíritos?
Os defeitos que dão mais acesso aos maus Espíritos são o orgulho e a inveja.
Num médium em que haja orgulho, inveja e pouca caridade há mais chances de ser enganado.
(Obra citada, pp. 186 e 187.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Receitas de Vida Eterna
A história do bom samaritano leva-nos a reconhecer na caridade o caminho aberto por Jesus à união e à paz entre todos e não antes Dele.
Implantando um mundo novo no campo emotivo da humanidade com base na assistência a qualquer irmão, sem preconceitos de raça, de cor, de sexo, de religião ou de política.
Assim fizeram Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco, Chico Xavier e tantos outros, usando de misericórdia para com aqueles que sofriam, sem se interessarem em saber se o pobre, o doente, o faminto e o aflito eram católicos ou não, espíritas ou não, se eram brancos ou não.
Portanto, está certa a Doutrina Espírita quando tomou por lema:
“Fora da caridade não há salvação”.
Assim, o divino Mestre esclarece-nos que para guardarmos os dons da imortalidade é necessário ter na compaixão a receita de luz para a ascensão da alma ao Reino de Deus.
Desta forma, observamos que o sacerdote e o levita, homens de fé e mentores religiosos, estavam mergulhados na obsessão do egoísmo e necessitados de compaixão.
Em vista disso, deparamo-nos em Tiago, capítulo dois, versículo dezassete, a seguinte afirmativa:
“Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”, elucidando-nos que um irmão dotado de fé, se for procurado por alguém que está nu e com fome, e não socorrê-lo, a sua atitude perante este irmão anula a sua fé.
É imprescindível socorrer o outro através do bem efectivo e incessante, situando-nos no lugar daqueles que necessitam de amparo, doando-lhes o melhor de nós, pois com certeza, amanhã, serão eles os socorridos de agora, os nossos benfeitores.
E à frente de quantos encontrarmos na estrada caídos em sofrimentos, interrompamos nossa caminhada para compreender e servir, recordando o samaritano que se deteve na marcha dos próprios interesses e auxiliou espontaneamente sem nada perguntar.
Assim, diante da lição do Mestre, façamos o mesmo.
O bom samaritano foi o socorro para um irmão caído na estrada; mas o irmão tombado no caminho foi para o samaritano o ponto de apoio para mais um degrau de avanço ao encontro com o Pai.
Através do ensinamento de Jesus, todos somos chamados pelas leis de Deus à sustentação possível daqueles que estejam caídos em provação e, sempre que nos encontrarmos à frente de quaisquer obras dedicadas à compreensão e ao amor, recordemos que nos achamos perante a irradiação da luz divina, ou seja, frente à caridade e a Jesus.
Assevera-nos o apóstolo Paulo em Colossenses, capítulo três, versículo dezassete:
”e tudo o que fizerdes, seja uma palavra, seja uma acção, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”.
Não basta, portanto, declarar a nossa condição de aprendizes do Mestre, é indispensável estarmos realmente com Ele, para colaborarmos na construção de uma vida melhor.
Como a lei Divina nos recomenda: ”Amemos ao próximo como a nós mesmos”.
É preciso nos prepararmos para ajudar, infinitamente, colocando em prática o bem viver com os nossos semelhantes e com a própria consciência.
Com base profunda no Evangelho, a Doutrina Espírita sustenta que todo serviço de amparo social desinteressado é um reforço Divino na obra da fraternidade e da iluminação interior da humanidade. Sobre isso, esclarece-nos o Espírito Emmanuel, no livro Quando Jesus teria sido Maior?:
“As obras de caridade material somente alcançam a sua feição Divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque reformada a criatura humana em Jesus Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem”.
É pela consciência que nossa fé em Deus é manifesta.
É pela obra que o nosso amor a Deus é revelado.
“E assim, tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles” (Mateus, 7;12).
Bibliografia:
XAVIER, F.C – Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel - 14ª edição – FEB - Brasília – DF – 2013 – lição 23.
RIBEIRO, Saulo. C – O Evangelho por Emmanuel, segundo Lucas - 1ª edição – FEB - Brasília – DF – 2015 – Páginas: 139, 140, 145, 147.
XAVIER, F.C – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel - 35ª edição – Comunhão Espírita Cristã – Uberaba – MG - 2010 – Páginas: 58, 274, 275.
GODOY, Paulo A – Quando Jesus teria sido maior? – 2ª edição – FEESP - São Paulo – SP - 1990 - Páginas: 43, 44.
§.§.§- Ave sem Ninho
Implantando um mundo novo no campo emotivo da humanidade com base na assistência a qualquer irmão, sem preconceitos de raça, de cor, de sexo, de religião ou de política.
Assim fizeram Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco, Chico Xavier e tantos outros, usando de misericórdia para com aqueles que sofriam, sem se interessarem em saber se o pobre, o doente, o faminto e o aflito eram católicos ou não, espíritas ou não, se eram brancos ou não.
Portanto, está certa a Doutrina Espírita quando tomou por lema:
“Fora da caridade não há salvação”.
Assim, o divino Mestre esclarece-nos que para guardarmos os dons da imortalidade é necessário ter na compaixão a receita de luz para a ascensão da alma ao Reino de Deus.
Desta forma, observamos que o sacerdote e o levita, homens de fé e mentores religiosos, estavam mergulhados na obsessão do egoísmo e necessitados de compaixão.
Em vista disso, deparamo-nos em Tiago, capítulo dois, versículo dezassete, a seguinte afirmativa:
“Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”, elucidando-nos que um irmão dotado de fé, se for procurado por alguém que está nu e com fome, e não socorrê-lo, a sua atitude perante este irmão anula a sua fé.
É imprescindível socorrer o outro através do bem efectivo e incessante, situando-nos no lugar daqueles que necessitam de amparo, doando-lhes o melhor de nós, pois com certeza, amanhã, serão eles os socorridos de agora, os nossos benfeitores.
E à frente de quantos encontrarmos na estrada caídos em sofrimentos, interrompamos nossa caminhada para compreender e servir, recordando o samaritano que se deteve na marcha dos próprios interesses e auxiliou espontaneamente sem nada perguntar.
Assim, diante da lição do Mestre, façamos o mesmo.
O bom samaritano foi o socorro para um irmão caído na estrada; mas o irmão tombado no caminho foi para o samaritano o ponto de apoio para mais um degrau de avanço ao encontro com o Pai.
Através do ensinamento de Jesus, todos somos chamados pelas leis de Deus à sustentação possível daqueles que estejam caídos em provação e, sempre que nos encontrarmos à frente de quaisquer obras dedicadas à compreensão e ao amor, recordemos que nos achamos perante a irradiação da luz divina, ou seja, frente à caridade e a Jesus.
Assevera-nos o apóstolo Paulo em Colossenses, capítulo três, versículo dezassete:
”e tudo o que fizerdes, seja uma palavra, seja uma acção, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”.
Não basta, portanto, declarar a nossa condição de aprendizes do Mestre, é indispensável estarmos realmente com Ele, para colaborarmos na construção de uma vida melhor.
Como a lei Divina nos recomenda: ”Amemos ao próximo como a nós mesmos”.
É preciso nos prepararmos para ajudar, infinitamente, colocando em prática o bem viver com os nossos semelhantes e com a própria consciência.
Com base profunda no Evangelho, a Doutrina Espírita sustenta que todo serviço de amparo social desinteressado é um reforço Divino na obra da fraternidade e da iluminação interior da humanidade. Sobre isso, esclarece-nos o Espírito Emmanuel, no livro Quando Jesus teria sido Maior?:
“As obras de caridade material somente alcançam a sua feição Divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque reformada a criatura humana em Jesus Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem”.
É pela consciência que nossa fé em Deus é manifesta.
É pela obra que o nosso amor a Deus é revelado.
“E assim, tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles” (Mateus, 7;12).
Bibliografia:
XAVIER, F.C – Encontro Marcado – ditado pelo Espírito Emmanuel - 14ª edição – FEB - Brasília – DF – 2013 – lição 23.
RIBEIRO, Saulo. C – O Evangelho por Emmanuel, segundo Lucas - 1ª edição – FEB - Brasília – DF – 2015 – Páginas: 139, 140, 145, 147.
XAVIER, F.C – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel - 35ª edição – Comunhão Espírita Cristã – Uberaba – MG - 2010 – Páginas: 58, 274, 275.
GODOY, Paulo A – Quando Jesus teria sido maior? – 2ª edição – FEESP - São Paulo – SP - 1990 - Páginas: 43, 44.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Aversões renascentes
Não é raro constatar lares em desequilíbrio.
As desavenças existentes, bem sabemos, são todas provenientes dos fluidos incompatíveis, os quais, se não forem convenientemente compreendidos e equilibrados, o ambiente em que se expressam se tornará um verdadeiro inferno.
Por ocasião da reencarnação, todos nós trazemos connosco deveres e obrigações junto das pessoas que deveremos atravessar o curso da existência, seja na condição de esposo, esposa, filhos ou pais.
E a grande lei a que se vinculam esses graves problemas conduz cada indivíduo ao retorno à vida física, trazendo consigo esses sagrados compromissos que vão sendo revividos ao longo dos anos.
Essa é uma das razões que nos levam a conhecer os mecanismos que controlam a hereditariedade e a convivência com as pessoas em sociedade, e que por isso mesmo acabam por constituir-se no grande teatro de operações na área da coexistência, que constatamos neste extenso campo de provas e expiações em que nos encontramos.
É Emmanuel quem nos orienta a respeito das desavenças familiares, através da psicografia enviada a Chico Xavier, com o nome de 'Aversões renascentes':
"Problema difícil na experiência humana, que unicamente o amor consegue resolver:
a incompatibilidade, quando surge entre os que foram chamados a viver sob o mesmo tecto ou na mesma equipe familiar.
Vemo-los comummente nos filhos que se voltam contra os pais ou nos que se rebelam; nos irmãos que combatem os próprios irmãos; nos cônjuges que inesperadamente se afirmam uns contra os outros; ou nos parentes que não suportam os companheiros de consanguinidade.
Quando te vejas em semelhantes ocorrências de rejeição espiritual, pensa nos conflitos que voltam das existências passadas à maneira de sombras do ontem que se projectam no hoje, e dispõe-te à rearmonização, a fim de extinguir os focos de vibrações desequilibradas, capazes de gerar perigosos processos enfermiços.
A convivência induzida pelas tarefas em comum ou pelas obrigações do parentesco é a escola de reajustamento em cujo currículo de lições solicitaste a própria internação, antes do berço terrestre.
No lar ou no grupo de serviço, cada um de nós, ao tempo da encarnação, recolhe os laços mais nobres de afinidade e aqueles outros menos agradáveis, junto dos quais somos constantemente convidados a reaprender ensinamentos de compreensão e de amor.
Diante daqueles que te amam sem que ainda os ames, ou à frente daqueles outros aos quais amas sem que ainda te consigam amar, auxilia-os, procurando envolvê-los no silêncio da bondade e da simpatia.
Planta o bem que puderes, em benefício deles, e ajuda-os a se realizarem no melhor que desejem, sem escravizá-los aos teus pontos de vista.
Entrega-os a Deus, com sinceridade, porque Deus dissolverá toda maldição em socorro e transformará toda discórdia em união, abençoando e amparando a todos eles, tanto quanto abençoa e ampara a todos nós".
§.§.§- Ave sem Ninho
As desavenças existentes, bem sabemos, são todas provenientes dos fluidos incompatíveis, os quais, se não forem convenientemente compreendidos e equilibrados, o ambiente em que se expressam se tornará um verdadeiro inferno.
Por ocasião da reencarnação, todos nós trazemos connosco deveres e obrigações junto das pessoas que deveremos atravessar o curso da existência, seja na condição de esposo, esposa, filhos ou pais.
E a grande lei a que se vinculam esses graves problemas conduz cada indivíduo ao retorno à vida física, trazendo consigo esses sagrados compromissos que vão sendo revividos ao longo dos anos.
Essa é uma das razões que nos levam a conhecer os mecanismos que controlam a hereditariedade e a convivência com as pessoas em sociedade, e que por isso mesmo acabam por constituir-se no grande teatro de operações na área da coexistência, que constatamos neste extenso campo de provas e expiações em que nos encontramos.
É Emmanuel quem nos orienta a respeito das desavenças familiares, através da psicografia enviada a Chico Xavier, com o nome de 'Aversões renascentes':
"Problema difícil na experiência humana, que unicamente o amor consegue resolver:
a incompatibilidade, quando surge entre os que foram chamados a viver sob o mesmo tecto ou na mesma equipe familiar.
Vemo-los comummente nos filhos que se voltam contra os pais ou nos que se rebelam; nos irmãos que combatem os próprios irmãos; nos cônjuges que inesperadamente se afirmam uns contra os outros; ou nos parentes que não suportam os companheiros de consanguinidade.
Quando te vejas em semelhantes ocorrências de rejeição espiritual, pensa nos conflitos que voltam das existências passadas à maneira de sombras do ontem que se projectam no hoje, e dispõe-te à rearmonização, a fim de extinguir os focos de vibrações desequilibradas, capazes de gerar perigosos processos enfermiços.
A convivência induzida pelas tarefas em comum ou pelas obrigações do parentesco é a escola de reajustamento em cujo currículo de lições solicitaste a própria internação, antes do berço terrestre.
No lar ou no grupo de serviço, cada um de nós, ao tempo da encarnação, recolhe os laços mais nobres de afinidade e aqueles outros menos agradáveis, junto dos quais somos constantemente convidados a reaprender ensinamentos de compreensão e de amor.
Diante daqueles que te amam sem que ainda os ames, ou à frente daqueles outros aos quais amas sem que ainda te consigam amar, auxilia-os, procurando envolvê-los no silêncio da bondade e da simpatia.
Planta o bem que puderes, em benefício deles, e ajuda-os a se realizarem no melhor que desejem, sem escravizá-los aos teus pontos de vista.
Entrega-os a Deus, com sinceridade, porque Deus dissolverá toda maldição em socorro e transformará toda discórdia em união, abençoando e amparando a todos eles, tanto quanto abençoa e ampara a todos nós".
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A audácia de Kardec e a atrofia dos nossos tempos
A consciência que tarda é a lacuna que permite e convida à permanência do velho.
A teimosia, ao lado de outros factores como a preguiça intelectual e o orgulho prepotente, marca as acções de muitas lideranças do Espiritismo brasileiro.
A mudança está no cerne do progresso do homem, e, onde não há a presença da mudança, há ausência de progresso.
Mudar, já diziam os gregos, é o que justifica a permanência.
No Espiritismo aprende-se que a vida se constitui de mutabilidade e de imutabilidade, assim como compreendia, também, Saussure no campo da linguística.
As leis naturais são imutáveis, mas a natureza e tudo o mais são mutáveis, com o homem no centro das acções a impulsionar o progresso.
A considerar os tempos de Kardec, este terá sido de uma coragem imensa ao assumir a condução de um processo fadado a atrair forças contrárias de grande poder, e ao mesmo tempo a derrubar barreiras tão grandes quanto nos átrios das igrejas e nos depósitos do saber.
No entanto, a comparar a apatia que assola nossos tempos e as lideranças espíritas de forma geral, Kardec terá sido audacioso quando resolveu adoptar uma nova nomenclatura para a doutrina em gestação.
Escolheu o termo Espiritismo, que, ao que se sabe, já estava presente em pelo menos um dicionário inglês, mas não tinha emprego corrente e não sofria da polissemia que costuma assolar as palavras depois de muito utilizadas, sob a lógica do próprio sentido daquilo que tinha em mãos.
Para novas coisas, novos termos, diria.
Entendia Kardec, como entendem os homens dotados de saber, que as descobertas, as invenções, as tecnologias, as doutrinas, os conhecimentos, quando amadurecidos pelos estudos e as pesquisas, carecem de palavras específicas para se apresentarem, cujo sentido seja o mais claro possível e, por consequência, de menor polissemia para que a consciência sobre e deles não pese senão na sua medida exacta.
Kardec fugiu do termo espiritualismo exactamente pela imensa quantidade de significados que compreendia e dotou sua doutrina do termo Espiritismo, ao adepto denominou espírita, ao corpo espiritual chamou de perispírito e por essa trilha seguiu até o fim.
Ninguém de bom senso poderia exigir que a sociedade humana tomasse o Espiritismo por sua doutrina, mas, efectivamente, ninguém que ouve o termo que identifica essa doutrina o confunde com outra, senão quando preso nas redes da ignorância ou quando atado à corrente da desonestidade.
A providência de Kardec na adopção dos novos termos o levaria a esperar que o mesmo procedimento fosse adoptado por seus pósteros enquanto líderes dessa doutrina?
Sem dúvida, essa é a lógica do pensamento fundador e está explicitada na ideia básica do progresso.
Entretanto, mesmo que o fundador não se expressasse a respeito, a força interna dos novos conhecimentos conduz por si mesma à busca de palavras, novas ou de menor uso, para dar sentido às ideias que são colocadas e evitar as confusões prejudiciais dos significados diversos, especialmente no âmbito do senso comum.
O ser humano, vale repisar, vive da e na linguagem, ou seja, existe na linguagem e não sobrevive fora dela.
Toda comunicação se faz pela linguagem e, embora não se possa alcançar uma comunicação com absoluta precisão, pode-se comunicar com alto grau de precisão, especialmente quando se cuida de cercar a mensagem de clareza, de modo a evitar a multiplicidade de sentidos.
A doutrina, por seus inúmeros pilares, toca mais ou menos em grande parte dos conhecimentos humanos, e, por o fazer, conduz a mudanças continuamente, mudanças no viés da compreensão, ou seja, da consciência sobre a coisa, e mudanças nas formas de expressão para identificar tais coisas e sua relação com as novas ideias sobre elas mesmas.
Assim, a adopção ou manutenção de velhas formas de expressão para designar as novas ideias não só facilita a confusão dos sentidos como impede que o processo de mudança se dê na velocidade necessária.
Sem dizer que é terrível estultice manter antigas palavras de sentidos variados para designar as novas ideias, que alteram todos aqueles sentidos acumulados.
O mesmo se pode dizer das palavras dominadas por um determinado sentido construído historicamente, de tal forma que absolutamente não conseguem designar outra, senão a ideia que a domina.
A teimosia, ao lado de outros factores como a preguiça intelectual e o orgulho prepotente, marca as acções de muitas lideranças do Espiritismo brasileiro.
A mudança está no cerne do progresso do homem, e, onde não há a presença da mudança, há ausência de progresso.
Mudar, já diziam os gregos, é o que justifica a permanência.
No Espiritismo aprende-se que a vida se constitui de mutabilidade e de imutabilidade, assim como compreendia, também, Saussure no campo da linguística.
As leis naturais são imutáveis, mas a natureza e tudo o mais são mutáveis, com o homem no centro das acções a impulsionar o progresso.
A considerar os tempos de Kardec, este terá sido de uma coragem imensa ao assumir a condução de um processo fadado a atrair forças contrárias de grande poder, e ao mesmo tempo a derrubar barreiras tão grandes quanto nos átrios das igrejas e nos depósitos do saber.
No entanto, a comparar a apatia que assola nossos tempos e as lideranças espíritas de forma geral, Kardec terá sido audacioso quando resolveu adoptar uma nova nomenclatura para a doutrina em gestação.
Escolheu o termo Espiritismo, que, ao que se sabe, já estava presente em pelo menos um dicionário inglês, mas não tinha emprego corrente e não sofria da polissemia que costuma assolar as palavras depois de muito utilizadas, sob a lógica do próprio sentido daquilo que tinha em mãos.
Para novas coisas, novos termos, diria.
Entendia Kardec, como entendem os homens dotados de saber, que as descobertas, as invenções, as tecnologias, as doutrinas, os conhecimentos, quando amadurecidos pelos estudos e as pesquisas, carecem de palavras específicas para se apresentarem, cujo sentido seja o mais claro possível e, por consequência, de menor polissemia para que a consciência sobre e deles não pese senão na sua medida exacta.
Kardec fugiu do termo espiritualismo exactamente pela imensa quantidade de significados que compreendia e dotou sua doutrina do termo Espiritismo, ao adepto denominou espírita, ao corpo espiritual chamou de perispírito e por essa trilha seguiu até o fim.
Ninguém de bom senso poderia exigir que a sociedade humana tomasse o Espiritismo por sua doutrina, mas, efectivamente, ninguém que ouve o termo que identifica essa doutrina o confunde com outra, senão quando preso nas redes da ignorância ou quando atado à corrente da desonestidade.
A providência de Kardec na adopção dos novos termos o levaria a esperar que o mesmo procedimento fosse adoptado por seus pósteros enquanto líderes dessa doutrina?
Sem dúvida, essa é a lógica do pensamento fundador e está explicitada na ideia básica do progresso.
Entretanto, mesmo que o fundador não se expressasse a respeito, a força interna dos novos conhecimentos conduz por si mesma à busca de palavras, novas ou de menor uso, para dar sentido às ideias que são colocadas e evitar as confusões prejudiciais dos significados diversos, especialmente no âmbito do senso comum.
O ser humano, vale repisar, vive da e na linguagem, ou seja, existe na linguagem e não sobrevive fora dela.
Toda comunicação se faz pela linguagem e, embora não se possa alcançar uma comunicação com absoluta precisão, pode-se comunicar com alto grau de precisão, especialmente quando se cuida de cercar a mensagem de clareza, de modo a evitar a multiplicidade de sentidos.
A doutrina, por seus inúmeros pilares, toca mais ou menos em grande parte dos conhecimentos humanos, e, por o fazer, conduz a mudanças continuamente, mudanças no viés da compreensão, ou seja, da consciência sobre a coisa, e mudanças nas formas de expressão para identificar tais coisas e sua relação com as novas ideias sobre elas mesmas.
Assim, a adopção ou manutenção de velhas formas de expressão para designar as novas ideias não só facilita a confusão dos sentidos como impede que o processo de mudança se dê na velocidade necessária.
Sem dizer que é terrível estultice manter antigas palavras de sentidos variados para designar as novas ideias, que alteram todos aqueles sentidos acumulados.
O mesmo se pode dizer das palavras dominadas por um determinado sentido construído historicamente, de tal forma que absolutamente não conseguem designar outra, senão a ideia que a domina.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Grande parte das lideranças espíritas é preguiçosa, ou demasiado orgulhosa, quando se trata de mudar para melhorar.
E se essas lideranças agem dessa forma, o que não esperar daqueles que são por elas conduzidos?
Por razões como essa, proliferam e reproduzem-se termos carcomidos pelo tempo, com significado dominante não raro, e por isso mesmo impróprios para as novas ideias, expressões como:
evangelizar, doutrinar, culto, templo, céu e tantas outras.
Aqui se faz o “culto do evangelho no lar”, ali a “doutrinação de Espíritos”, acolá a “evangelização infantil” e assim por diante.
Na esteira dessas adopções inapropriadas, surgem termos que acabam vendo suas ideias originais naufragar no mar dos significados das palavras que vieram substituir, como ocorre com “umbral”, empregado para substituir “inferno” quando seu significado é portador de ideia completamente inversa.
O mesmo ocorre com “Nosso Lar”, quando utilizado como sinonimo de “céu”, “água fluídica” em lugar de “água benta”, numa lista imensa de inconsequências linguísticas.
Se o verbo doutrinar em seu significado semântico indica o acto ou acção de instruir sobre determinada doutrina, é certo que também na polissemia dos sentidos em que se insere revela o acto de impor ideias em detrimento de outras, numa acção que se aproxima da tão combatida ideia kardequiana de condenação do proselitismo.
Dirigentes malformados não apenas se conduzem autoritariamente nos momentos de contacto afectivo com os Espíritos em situação de atraso ou desespero, como lhes nega o direito do diálogo ao estabelecer exigências impossíveis de serem atendidas por eles.
E agem como detentores prepotentes da verdade, numa acção “doutrinadora” inoportuna e ineficiente.
Já o verbo evangelizar possui no seu sentido o significado de converter para sua crença utilizando os Evangelhos, o que não só pode se constituir em proselitismo, como, ainda e pior, assumir uma inversão de valores de tal ordem que “O Evangelho segundo o Espiritismo” passa a ser o “Espiritismo segundo o Evangelho”, eliminando-se, assim, o conteúdo espírita que pretende dar conta do ensino moral de Jesus.
Sem este conteúdo, o Evangelho volta a ser letra morta em sua generalidade. Empregado por largos séculos e escala pela Igreja, em sua acção catequizadora, o ato de evangelizar mantém-se, predominantemente, no seu significado menos interessante para as novas ideias que o Espiritismo apresenta.
O substantivo culto indica claramente o ato de adoração ritualística da divindade, ideia desde sempre combatida pelo Espiritismo, por seus argumentos e a lógica interna deles, de modo que o seu emprego na denominação de actividades, seja nos estudos particulares, seja em reuniões em centros espíritas, é não apenas sinal de mau gosto, mas de total despreparo para a acção de comunicar o Espiritismo.
O “imenso esforço de igrejificar o Espiritismo”, tão alertado por Herculano Pires, tem merecido o desprezo de muitas lideranças, exactamente pelo facto de ser mais fácil manter o velho e roto tecido religioso do passado que trabalhar para que a doutrina se insira, realmente, na sociedade como um corpo capaz de contribuir para uma mudança cultural sem precedentes no mundo.
WILSON GARCIA
§.§.§- Ave sem Ninho
E se essas lideranças agem dessa forma, o que não esperar daqueles que são por elas conduzidos?
Por razões como essa, proliferam e reproduzem-se termos carcomidos pelo tempo, com significado dominante não raro, e por isso mesmo impróprios para as novas ideias, expressões como:
evangelizar, doutrinar, culto, templo, céu e tantas outras.
Aqui se faz o “culto do evangelho no lar”, ali a “doutrinação de Espíritos”, acolá a “evangelização infantil” e assim por diante.
Na esteira dessas adopções inapropriadas, surgem termos que acabam vendo suas ideias originais naufragar no mar dos significados das palavras que vieram substituir, como ocorre com “umbral”, empregado para substituir “inferno” quando seu significado é portador de ideia completamente inversa.
O mesmo ocorre com “Nosso Lar”, quando utilizado como sinonimo de “céu”, “água fluídica” em lugar de “água benta”, numa lista imensa de inconsequências linguísticas.
Se o verbo doutrinar em seu significado semântico indica o acto ou acção de instruir sobre determinada doutrina, é certo que também na polissemia dos sentidos em que se insere revela o acto de impor ideias em detrimento de outras, numa acção que se aproxima da tão combatida ideia kardequiana de condenação do proselitismo.
Dirigentes malformados não apenas se conduzem autoritariamente nos momentos de contacto afectivo com os Espíritos em situação de atraso ou desespero, como lhes nega o direito do diálogo ao estabelecer exigências impossíveis de serem atendidas por eles.
E agem como detentores prepotentes da verdade, numa acção “doutrinadora” inoportuna e ineficiente.
Já o verbo evangelizar possui no seu sentido o significado de converter para sua crença utilizando os Evangelhos, o que não só pode se constituir em proselitismo, como, ainda e pior, assumir uma inversão de valores de tal ordem que “O Evangelho segundo o Espiritismo” passa a ser o “Espiritismo segundo o Evangelho”, eliminando-se, assim, o conteúdo espírita que pretende dar conta do ensino moral de Jesus.
Sem este conteúdo, o Evangelho volta a ser letra morta em sua generalidade. Empregado por largos séculos e escala pela Igreja, em sua acção catequizadora, o ato de evangelizar mantém-se, predominantemente, no seu significado menos interessante para as novas ideias que o Espiritismo apresenta.
O substantivo culto indica claramente o ato de adoração ritualística da divindade, ideia desde sempre combatida pelo Espiritismo, por seus argumentos e a lógica interna deles, de modo que o seu emprego na denominação de actividades, seja nos estudos particulares, seja em reuniões em centros espíritas, é não apenas sinal de mau gosto, mas de total despreparo para a acção de comunicar o Espiritismo.
O “imenso esforço de igrejificar o Espiritismo”, tão alertado por Herculano Pires, tem merecido o desprezo de muitas lideranças, exactamente pelo facto de ser mais fácil manter o velho e roto tecido religioso do passado que trabalhar para que a doutrina se insira, realmente, na sociedade como um corpo capaz de contribuir para uma mudança cultural sem precedentes no mundo.
WILSON GARCIA
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
ESTÍMULOS E REACÇÕES
“(…) é a lei da vida e de saúde, e não mera plataforma poética, o mandamento divino do “amai-vos uns aos outros”.”
Sabem os cultores da Doutrina Espírita que o pensamento é radiação electromagnética poderosíssima, que activa e conduz fótons anti-materiais magnetizados, portadores das mais diversas propriedades de indução mental e física, carregados de estímulos salutares ou depressivos, de ordem espiritual e de natureza superior ou inferior, susceptíveis de causar ou agravar estados emocionais positivos ou negativos, bons ou maus.
Sabem também os espiritistas que é com base nesse princípio que se aplicam em nossos núcleos os conhecidos passes, com objectivos curativos ou calmantes, sem ignorar que na vida comum das pessoas e esses passes são usuais e frequentíssimos, normais e comuns, dados e trocados natural e espontaneamente, sem fórmulas ou ritos, pela generalidade dos seres humanos, na maioria das vezes de modo absolutamente instintivo, embora totalmente consciente e responsável no que tange aos sentimentos e desejos que os inspiram.
Em verdade, pensar em alguém é vibrar em sua direcção; e vibrar o pensamento em direcção de alguém é sempre endereçar-lhe potentes induções de força electromagnética, carregada com o sumo de nossos sentimentos bons ou maus, alegres ou tristes, alentadores ou letais.
Ocorre que o pensamento jamais erra o alvo a que se dirige, porque vai directamente ao espírito da pessoa visada, alcançando-a onde quer que ela esteja.
Depende dela, da pessoa alvejada, o modo pelo qual recebe essas cargas vibratórias e como a esse respeito se comporta.
Tudo isso já é tranquilamente conhecido em nosso meio e não constitui nenhuma novidade.
Eis, porém, que o progresso da Ciência humana comum, ou oficial, começa a fornecer a respeito informações de interesse.
Vejamos, por exemplo, o noticiário divulgado na edição de 11 de julho de 1987 do “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro, página 7 do seu primeiro caderno:
“Washington – Os cientistas estão começando a compreender como as células do corpo recebem informações sobre seu meio ambiente e como essas informações modificam o comportamento das células.
(...) – Tem havido uma explosão de informações em anos recentes a respeito desses sinais bioquímicos e de como eles agem dentro e fora das células - explicou o Dr. Michael Gottesman, chefe da secção de genética molecular do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos.
Ele explica que as células que formam nossos corpos recebem informações através de uma variedade de substâncias que incluem hormônios, neurotransmissores, luz e cheiros.
Embora muitos tipos diferentes de células sejam expostas à mesma carga de sinais do exterior, cada tipo de célula é activada apenas por um tipo específico de sinal.
Por exemplo, as células da retina respondem a estímulos luminosos e não olfactivos.
As células diferenciam esses estímulos através de um tipo de moléculas receptoras existentes em suas membranas externas.
Cada tipo de célula possui seu conjunto específico de receptores para captar os sinais adequados e apenas alguns tipos de estímulos penetram directamente no interior da célula.
Segundo Allen Spiegel, chefe da secção de fisiopatologia molecular do Instituto Nacional do Câncer, as moléculas receptoras geralmente pegam o sinal e o transferem para uma outra família de moléculas proteicas conhecidas, como proteínas G, que, devido ao seu maior número, são capazes de amplificar o sinal original 10 mil vezes, acelerando a reacção celular ante estímulos muito fracos.
As proteínas G transmitem a informação a outras moléculas da membrana, que lançam mensageiros moleculares secundários para o interior da célula, fazendo com que ela responda bioquimicamente à informação recebida.
Gottesman acrescenta que a tecnologia da engenharia genética já permitiu aos cientistas confirmar que as células cancerosas têm um defeito na transferência de informação, ignorando os sinais do mundo exterior ou respondendo a uma programação interna própria.
Às vezes, mudanças nos genes humanos normais os transformam em genes cancerosos(dos quais os cientistas já identificaram 40), que alteram o fluxo e o processamento de informações para as células.
Elas começam a agir como se estivessem recebendo mensagens constantes para se dividirem. (...)
Revista “Reformador” - setembro 1987-Editorial
§.§.§- Ave sem Ninho
Sabem os cultores da Doutrina Espírita que o pensamento é radiação electromagnética poderosíssima, que activa e conduz fótons anti-materiais magnetizados, portadores das mais diversas propriedades de indução mental e física, carregados de estímulos salutares ou depressivos, de ordem espiritual e de natureza superior ou inferior, susceptíveis de causar ou agravar estados emocionais positivos ou negativos, bons ou maus.
Sabem também os espiritistas que é com base nesse princípio que se aplicam em nossos núcleos os conhecidos passes, com objectivos curativos ou calmantes, sem ignorar que na vida comum das pessoas e esses passes são usuais e frequentíssimos, normais e comuns, dados e trocados natural e espontaneamente, sem fórmulas ou ritos, pela generalidade dos seres humanos, na maioria das vezes de modo absolutamente instintivo, embora totalmente consciente e responsável no que tange aos sentimentos e desejos que os inspiram.
Em verdade, pensar em alguém é vibrar em sua direcção; e vibrar o pensamento em direcção de alguém é sempre endereçar-lhe potentes induções de força electromagnética, carregada com o sumo de nossos sentimentos bons ou maus, alegres ou tristes, alentadores ou letais.
Ocorre que o pensamento jamais erra o alvo a que se dirige, porque vai directamente ao espírito da pessoa visada, alcançando-a onde quer que ela esteja.
Depende dela, da pessoa alvejada, o modo pelo qual recebe essas cargas vibratórias e como a esse respeito se comporta.
Tudo isso já é tranquilamente conhecido em nosso meio e não constitui nenhuma novidade.
Eis, porém, que o progresso da Ciência humana comum, ou oficial, começa a fornecer a respeito informações de interesse.
Vejamos, por exemplo, o noticiário divulgado na edição de 11 de julho de 1987 do “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro, página 7 do seu primeiro caderno:
“Washington – Os cientistas estão começando a compreender como as células do corpo recebem informações sobre seu meio ambiente e como essas informações modificam o comportamento das células.
(...) – Tem havido uma explosão de informações em anos recentes a respeito desses sinais bioquímicos e de como eles agem dentro e fora das células - explicou o Dr. Michael Gottesman, chefe da secção de genética molecular do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos.
Ele explica que as células que formam nossos corpos recebem informações através de uma variedade de substâncias que incluem hormônios, neurotransmissores, luz e cheiros.
Embora muitos tipos diferentes de células sejam expostas à mesma carga de sinais do exterior, cada tipo de célula é activada apenas por um tipo específico de sinal.
Por exemplo, as células da retina respondem a estímulos luminosos e não olfactivos.
As células diferenciam esses estímulos através de um tipo de moléculas receptoras existentes em suas membranas externas.
Cada tipo de célula possui seu conjunto específico de receptores para captar os sinais adequados e apenas alguns tipos de estímulos penetram directamente no interior da célula.
Segundo Allen Spiegel, chefe da secção de fisiopatologia molecular do Instituto Nacional do Câncer, as moléculas receptoras geralmente pegam o sinal e o transferem para uma outra família de moléculas proteicas conhecidas, como proteínas G, que, devido ao seu maior número, são capazes de amplificar o sinal original 10 mil vezes, acelerando a reacção celular ante estímulos muito fracos.
As proteínas G transmitem a informação a outras moléculas da membrana, que lançam mensageiros moleculares secundários para o interior da célula, fazendo com que ela responda bioquimicamente à informação recebida.
Gottesman acrescenta que a tecnologia da engenharia genética já permitiu aos cientistas confirmar que as células cancerosas têm um defeito na transferência de informação, ignorando os sinais do mundo exterior ou respondendo a uma programação interna própria.
Às vezes, mudanças nos genes humanos normais os transformam em genes cancerosos(dos quais os cientistas já identificaram 40), que alteram o fluxo e o processamento de informações para as células.
Elas começam a agir como se estivessem recebendo mensagens constantes para se dividirem. (...)
Revista “Reformador” - setembro 1987-Editorial
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Autoridade x Responsabilidade
Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?
Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.
Contudo, quando assumem postos de comando se esquecem dos objectivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.
Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.
Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas.
Seria um grande homem, agora. Importante.
Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.
Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim.
A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.
Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?
Paciente, o alfaiate explicou:
A informação é preciosa.
É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada.
Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.
Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência.
Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direcção e o que precisa ser feito em seguida.
Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.
Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem se falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços.
É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa.
Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente.
O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.
Cargos e funções são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela Divindade para nosso progresso.
Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.
Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de Suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo:
Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada.
De facto isso veio a acontecer.
Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do Procurador da Judeia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade.
Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.
Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.
A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.
No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.
Blog Espiritismo Na rede, com base em artigo publicado na Revista Brasil Rotário, edição nº 913 – julho/1998.
§.§.§- Ave sem Ninho
Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.
Contudo, quando assumem postos de comando se esquecem dos objectivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.
Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.
Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas.
Seria um grande homem, agora. Importante.
Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.
Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim.
A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.
Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?
Paciente, o alfaiate explicou:
A informação é preciosa.
É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada.
Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.
Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência.
Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direcção e o que precisa ser feito em seguida.
Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.
Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem se falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços.
É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa.
Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente.
O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.
Cargos e funções são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela Divindade para nosso progresso.
Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.
Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de Suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo:
Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada.
De facto isso veio a acontecer.
Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do Procurador da Judeia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade.
Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.
Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.
A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.
No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.
Blog Espiritismo Na rede, com base em artigo publicado na Revista Brasil Rotário, edição nº 913 – julho/1998.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Magnetismo
Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa técnica de cura está presente em toda a história do homem.
"Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença.
Pesquisas destacam que os dinossauros eram afectados por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".
"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas.
A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas acções quotidianas da fricção que acalmava a dor.
As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes.
O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as acções, com o poder das mãos".
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá:
"pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".
Na Caldeia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono.
No Egipto, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar.
O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas.
Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas.
Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono.
Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...
Baixos-relevos descobertos na Caldeia e no Egipto, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas.
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais".
Depreendemos, a partir desses breves registos, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em acção:
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo:
Quero, fica limpo!
E imediatamente ele ficou limpo da lepra.
"Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galileia são ainda uma incógnita.
O talita kume! ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração.
A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".
Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria.
Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
"No século XVIII, Mesmer, após estudar a cura mineral magnética do astrónomo jesuíta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magnética de J.J. Gassner, divulgou uma série de técnicas relativas à utilização do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposição das mãos.
Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princípios jamais se afastou.
"Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença.
Pesquisas destacam que os dinossauros eram afectados por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".
"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas.
A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas acções quotidianas da fricção que acalmava a dor.
As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes.
O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as acções, com o poder das mãos".
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá:
"pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".
Na Caldeia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono.
No Egipto, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar.
O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas.
Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas.
Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono.
Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...
Baixos-relevos descobertos na Caldeia e no Egipto, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas.
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais".
Depreendemos, a partir desses breves registos, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em acção:
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo:
Quero, fica limpo!
E imediatamente ele ficou limpo da lepra.
"Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galileia são ainda uma incógnita.
O talita kume! ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração.
A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".
Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria.
Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
"No século XVIII, Mesmer, após estudar a cura mineral magnética do astrónomo jesuíta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magnética de J.J. Gassner, divulgou uma série de técnicas relativas à utilização do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposição das mãos.
Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princípios jamais se afastou.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Mais tarde, assumiram destaque as experiências do Barão de Reichenbach e do Coronel Alberto de Rochas".
Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da actuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã.
Esse fluido, sob controlo, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições:
A memória 50bre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discussões e estudos.
"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os factos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer médico declarar-se partidário do Magnetismo Animal, sob pena de ser excluído do quadro dos doutores da época", um movimento favorável às ideias de Mesmer levava à formação das Sociedades Magnéticas, sob a denominação de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das moléstias.
Em França, por toda a parte, curava-se pelo novo método.
"Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinária ofereceu ao público o exemplo de tantas garantias", em face dos relatórios confirmando as curas, que eram impressos e distribuídos em grande quantidade para esclarecimento do povo.
Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios.
Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenómenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica.
Em 1837, porém, retracta-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.
Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adoptada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina:
explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonambúlicos, teatralizando a série de fenómenos que ocorriam durante as sessões, e as encenações ruidosas, que ficaram conhecidas como a Câmara das Crises ou O Inferno das Convulsões, tendo como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de água, vidro moído e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor.
Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatório, formando a corrente magnética.
Todo esse aparato, porém, não era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposições e dos passes.
Ipso facto, as Comissões se inclinaram pela condenação do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiança e descrédito.
Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.
"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles La Fontaine".
No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado cataléptico, usando fórmulas e rituais, admitindo a influência espiritual.
Em 1841, um médico inglês, o Dr. James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador La Fontaine, assistindo uma de suas sessões públicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.
Braid, em seus trabalhos e escritos científicos, procurou explicar o estado psíquico especial, que era comum nos fenómenos ditos magnéticos, sonambúlicos e sugestivos. Em seus
derradeiros trabalhos passou a admitir a hipótese de dois fenómenos de efeitos semelhantes:
um hipnótico, normal, devido a causas conhecidas e um magnético, paranormal, a exemplo da visão a distância e a previsão do futuro.
Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da actuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã.
Esse fluido, sob controlo, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições:
A memória 50bre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discussões e estudos.
"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os factos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer médico declarar-se partidário do Magnetismo Animal, sob pena de ser excluído do quadro dos doutores da época", um movimento favorável às ideias de Mesmer levava à formação das Sociedades Magnéticas, sob a denominação de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das moléstias.
Em França, por toda a parte, curava-se pelo novo método.
"Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinária ofereceu ao público o exemplo de tantas garantias", em face dos relatórios confirmando as curas, que eram impressos e distribuídos em grande quantidade para esclarecimento do povo.
Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios.
Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenómenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica.
Em 1837, porém, retracta-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.
Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adoptada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina:
explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonambúlicos, teatralizando a série de fenómenos que ocorriam durante as sessões, e as encenações ruidosas, que ficaram conhecidas como a Câmara das Crises ou O Inferno das Convulsões, tendo como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de água, vidro moído e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor.
Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatório, formando a corrente magnética.
Todo esse aparato, porém, não era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposições e dos passes.
Ipso facto, as Comissões se inclinaram pela condenação do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiança e descrédito.
Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.
"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles La Fontaine".
No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado cataléptico, usando fórmulas e rituais, admitindo a influência espiritual.
Em 1841, um médico inglês, o Dr. James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador La Fontaine, assistindo uma de suas sessões públicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.
Braid, em seus trabalhos e escritos científicos, procurou explicar o estado psíquico especial, que era comum nos fenómenos ditos magnéticos, sonambúlicos e sugestivos. Em seus
derradeiros trabalhos passou a admitir a hipótese de dois fenómenos de efeitos semelhantes:
um hipnótico, normal, devido a causas conhecidas e um magnético, paranormal, a exemplo da visão a distância e a previsão do futuro.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Outros pesquisadores seguiram-no:
Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.
Em 1875, Charles Richet, então ainda estudante, busca provar a autenticidade científica do estado hipnótico, que segundo ele, mais não era que um estado fisiológico normal, no qual a inteligência se encontrava, apenas, exaltada".
Antes, porém, em Paris, o Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua célebre obra O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magnétisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana.
À página 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail frequentava, até 1850, sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.
Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas, relatando a sua iniciação no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informações que lhe são transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz:
"parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se à vontade nesse diálogo com o então pedagogista Rivail.
São dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questões do seu íntimo e imediato interesse.
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria:
" O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...).
Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas(...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro".
E conclui, no seu artigo:
"Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária
É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Génese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da acção fluídica", destacando que todas as curas desse género são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da acção.
O princípio é sempre o mesmo:
é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.
Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica.
Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na actualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.
Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a acção terapêutica da Psicoterapia moderna.
BIBLIOGRAFIA
1 - O Túnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro
2 - A Génese, Allan Kardec
3 - Obras Póstumas, Allan Kardec
4 - As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil
5 - O Espiritismo Perante a Ciência, Gabriel Delanne
6 - Parapsicologia Didáctica, Raul Marinuzzi
7 - Curas Espirituais, George W. Meek
8 - Magnetismo Curativo, Alphonse Bué
9 - Boletim Médico Espírita, AME/SP - 1985
10 - O Passe, Jacob Melo
11 - Do Sistema Nervoso à Mediunidade, Ary Lex
12 - Directrizes de Segurança, Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira
13 - À Luz do Espiritismo, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco.
14 - Entre a Matéria e O Espírito, A. César Perri de Carvalho e Osvaldo Magno Filho
§.§.§- Ave sem Ninho
Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.
Em 1875, Charles Richet, então ainda estudante, busca provar a autenticidade científica do estado hipnótico, que segundo ele, mais não era que um estado fisiológico normal, no qual a inteligência se encontrava, apenas, exaltada".
Antes, porém, em Paris, o Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua célebre obra O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magnétisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana.
À página 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail frequentava, até 1850, sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.
Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas, relatando a sua iniciação no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informações que lhe são transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz:
"parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se à vontade nesse diálogo com o então pedagogista Rivail.
São dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questões do seu íntimo e imediato interesse.
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria:
" O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...).
Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas(...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro".
E conclui, no seu artigo:
"Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária
É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Génese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da acção fluídica", destacando que todas as curas desse género são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da acção.
O princípio é sempre o mesmo:
é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.
Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica.
Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na actualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.
Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a acção terapêutica da Psicoterapia moderna.
BIBLIOGRAFIA
1 - O Túnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro
2 - A Génese, Allan Kardec
3 - Obras Póstumas, Allan Kardec
4 - As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil
5 - O Espiritismo Perante a Ciência, Gabriel Delanne
6 - Parapsicologia Didáctica, Raul Marinuzzi
7 - Curas Espirituais, George W. Meek
8 - Magnetismo Curativo, Alphonse Bué
9 - Boletim Médico Espírita, AME/SP - 1985
10 - O Passe, Jacob Melo
11 - Do Sistema Nervoso à Mediunidade, Ary Lex
12 - Directrizes de Segurança, Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira
13 - À Luz do Espiritismo, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco.
14 - Entre a Matéria e O Espírito, A. César Perri de Carvalho e Osvaldo Magno Filho
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
É possível ser feliz neste mundo?
Neste início de um novo ano vale a pena reflectir acerca de uma antiga questão: Por que encontramos na Terra tanto sofrimento?
Tal indagação é mais comum do que se pensa e, também, muito frequente na história da Humanidade.
Assim é que vemos no livro de Jó (3:20 e 23) o grande varão da terra de Hus a perguntar ao Senhor:
"Por que foi concedida luz ao miserável, e vida aos que estão em amargura de ânimo?”.
Actualizando a preocupação daquele que é considerado o símbolo da paciência, pergunta-se com frequência por que morrem pessoas no vigor da vida, enquanto enfermos idosos se debatem anos a fio num leito de hospital.
As aflições humanas e suas causas mereceram de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, um capítulo inteiro – o capítulo V d´O Evangelho segundo o Espiritismo – no qual ele nos fala sobre as causas actuais e anteriores dos dissabores que acometem a criatura humana.
Eis, de forma resumida, a lição que Kardec nos apresenta:
Causas actuais: consequências da conduta e do carácter, imprevidência, orgulho, ambição, falta de ordem e perseverança, mau comportamento, cálculo de interesse e de vaidade, negligência na educação dos filhos etc.
Muitas pessoas, se examinassem o que têm feito na actual existência, concluiriam sem dificuldade que suas aflições são o resultado de suas acções e poderiam deixar de existir se outra tivesse sido sua conduta.
Causas anteriores: as que não apresentam relação alguma com os actos da existência actual e radicam-se, portanto, em existências passadas.
Com efeito, como justificar à luz do comportamento actual de uma pessoa a perda de entes queridos, os acidentes que nada pôde evitar, os reveses da fortuna, os flagelos naturais, as doenças de nascença e a idiotia?
Os estudos publicados por Kardec em 1864, quando deu a lume o livro referido, receberam inúmeras comprovações já no ano seguinte com a edição de seu livro O Céu e o Inferno, que nos apresenta uma colecção extraordinária de casos, muitos dos quais directamente relacionados com o passado espiritual de seus personagens.
O tempo passou e décadas depois a mesma tese foi reafirmada nas obras de autoria de André Luiz, sobretudo as constantes da chamada Série Nosso Lar.
E nesse meio tempo, entre o período da codificação e o advento de André Luiz, surgiu no cenário editorial um dos clássicos da mediunidade – Memórias do Padre Germano, de Amalia Domingo Soler –, que nos apresenta, em sua parte final, a comovente história do conde Henoch e sua linda mulher Margarida, que envenenou o próprio esposo para, dois anos depois, casar-se com seu cúmplice.
O Espírito do Padre Germano mostra, no livro, a vida de Margarida no plano espiritual, onde durante vinte e cinco anos sofreu muito, e sua reencarnação como Fera, nome pelo qual era conhecida a mulher andrajosa que, embora jovem, fazia rir quem lhe contemplasse o rosto monstruoso.
O homem, obviamente, gostaria de ser feliz e ver-se, desse modo, livre de quaisquer aflições.
Ocorre que o problema da felicidade humana, que constitui uma aspiração válida e natural da humanidade, não pode ser examinado sem se levar em conta a Lei divina que determina que cada um deve colher no mundo o resultado de sua própria semeadura.
Uma existência na Terra é uma passagem muito curta.
O homem geralmente se esquece de que, animando um corpo perecível, existe uma alma imortal.
E por desconhecer ou desprezar esse fato é que temos situado a felicidade em valores equivocados ou em situações em que jamais nos encontramos.
O assunto é examinado na Doutrina Espírita em três questões sucessivas d' O Livro dos Espíritos, a saber:
920. Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”
921. Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?
“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência grosseira.”
Tal indagação é mais comum do que se pensa e, também, muito frequente na história da Humanidade.
Assim é que vemos no livro de Jó (3:20 e 23) o grande varão da terra de Hus a perguntar ao Senhor:
"Por que foi concedida luz ao miserável, e vida aos que estão em amargura de ânimo?”.
Actualizando a preocupação daquele que é considerado o símbolo da paciência, pergunta-se com frequência por que morrem pessoas no vigor da vida, enquanto enfermos idosos se debatem anos a fio num leito de hospital.
As aflições humanas e suas causas mereceram de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, um capítulo inteiro – o capítulo V d´O Evangelho segundo o Espiritismo – no qual ele nos fala sobre as causas actuais e anteriores dos dissabores que acometem a criatura humana.
Eis, de forma resumida, a lição que Kardec nos apresenta:
Causas actuais: consequências da conduta e do carácter, imprevidência, orgulho, ambição, falta de ordem e perseverança, mau comportamento, cálculo de interesse e de vaidade, negligência na educação dos filhos etc.
Muitas pessoas, se examinassem o que têm feito na actual existência, concluiriam sem dificuldade que suas aflições são o resultado de suas acções e poderiam deixar de existir se outra tivesse sido sua conduta.
Causas anteriores: as que não apresentam relação alguma com os actos da existência actual e radicam-se, portanto, em existências passadas.
Com efeito, como justificar à luz do comportamento actual de uma pessoa a perda de entes queridos, os acidentes que nada pôde evitar, os reveses da fortuna, os flagelos naturais, as doenças de nascença e a idiotia?
Os estudos publicados por Kardec em 1864, quando deu a lume o livro referido, receberam inúmeras comprovações já no ano seguinte com a edição de seu livro O Céu e o Inferno, que nos apresenta uma colecção extraordinária de casos, muitos dos quais directamente relacionados com o passado espiritual de seus personagens.
O tempo passou e décadas depois a mesma tese foi reafirmada nas obras de autoria de André Luiz, sobretudo as constantes da chamada Série Nosso Lar.
E nesse meio tempo, entre o período da codificação e o advento de André Luiz, surgiu no cenário editorial um dos clássicos da mediunidade – Memórias do Padre Germano, de Amalia Domingo Soler –, que nos apresenta, em sua parte final, a comovente história do conde Henoch e sua linda mulher Margarida, que envenenou o próprio esposo para, dois anos depois, casar-se com seu cúmplice.
O Espírito do Padre Germano mostra, no livro, a vida de Margarida no plano espiritual, onde durante vinte e cinco anos sofreu muito, e sua reencarnação como Fera, nome pelo qual era conhecida a mulher andrajosa que, embora jovem, fazia rir quem lhe contemplasse o rosto monstruoso.
O homem, obviamente, gostaria de ser feliz e ver-se, desse modo, livre de quaisquer aflições.
Ocorre que o problema da felicidade humana, que constitui uma aspiração válida e natural da humanidade, não pode ser examinado sem se levar em conta a Lei divina que determina que cada um deve colher no mundo o resultado de sua própria semeadura.
Uma existência na Terra é uma passagem muito curta.
O homem geralmente se esquece de que, animando um corpo perecível, existe uma alma imortal.
E por desconhecer ou desprezar esse fato é que temos situado a felicidade em valores equivocados ou em situações em que jamais nos encontramos.
O assunto é examinado na Doutrina Espírita em três questões sucessivas d' O Livro dos Espíritos, a saber:
920. Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”
921. Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?
“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência grosseira.”
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
922. A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?
“Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”
O caso Ismália-Alfredo, narrado no cap. 17 do livro Os Mensageiros, de André Luiz, comprova e ilustra o ensinamento contido nas questões mencionadas.
Alfredo, um homem bem casado e socialmente bem posto na vida, pôs de repente tudo a perder, em face de uma decisão precipitada de que depois iria arrepender-se amargamente.
A mensagem espírita é, por isso, bastante clara:
Não podemos perseverar nos erros e nos fracassos do passado.
Emmanuel, a esse respeito, adverte:
"O tempo não para, e, se agora encontras o teu ontem, não olvides que o teu hoje será a luz ou a treva do teu amanhã".
(Prefácio que abre o livro "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz.)
Somos, ensina o Espiritismo, construtores do nosso próprio destino.
Tudo seria para nós bem mais proveitoso se lembrássemos que, conforme Jesus dizia, a semeadura é livre mas a colheita é compulsória e que, praticando a lei de Deus, a muitos males nos forraremos, proporcionando a nós mesmos uma felicidade tão grande quanto seja possível na presente encarnação,consoante ensina a questão 921, acima transcrita.
§.§.§- Ave sem Ninho
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?
“Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”
O caso Ismália-Alfredo, narrado no cap. 17 do livro Os Mensageiros, de André Luiz, comprova e ilustra o ensinamento contido nas questões mencionadas.
Alfredo, um homem bem casado e socialmente bem posto na vida, pôs de repente tudo a perder, em face de uma decisão precipitada de que depois iria arrepender-se amargamente.
A mensagem espírita é, por isso, bastante clara:
Não podemos perseverar nos erros e nos fracassos do passado.
Emmanuel, a esse respeito, adverte:
"O tempo não para, e, se agora encontras o teu ontem, não olvides que o teu hoje será a luz ou a treva do teu amanhã".
(Prefácio que abre o livro "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz.)
Somos, ensina o Espiritismo, construtores do nosso próprio destino.
Tudo seria para nós bem mais proveitoso se lembrássemos que, conforme Jesus dizia, a semeadura é livre mas a colheita é compulsória e que, praticando a lei de Deus, a muitos males nos forraremos, proporcionando a nós mesmos uma felicidade tão grande quanto seja possível na presente encarnação,consoante ensina a questão 921, acima transcrita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A lei de Deus está escrita na consciência
“Onde está escrita a lei de Deus?
– Na consciência.”
(Questão 621 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)
Diante da quantidade de informações que temos na actualidade e da facilidade em se obter esclarecimentos, ninguém terá dificuldades em saber o que é correto e o que não é devido.
A humanidade atingiu um estágio de evolução que permite a cada criatura, fazendo a devida análise, saber como direccionar a sua vida pelos caminhos ideais na existência.
Existe sim, e isso é de fácil verificação que um abismo se abre entre o que sabemos daquilo que realmente praticamos.
Temos absoluta certeza de que perdoar aqueles que nos ofendem é decisão acertada, que somente benefícios nos proporciona, no entanto, exercitar o perdão no quotidiano não é tarefa que realizamos sempre.
Ninguém ignora que a alimentação em excesso é tão prejudicial ao organismo quanto a falta dela, mas comer com disciplina e real aproveitamento não é tão simples como parece.
Sabemos, perfeitamente, que para galgarmos posições de destaque no meio social em que mourejamos, agindo com hombridade, não podemos dispensar o esforço, a perseverança e a determinação, mas fazer uso de tais virtudes não é comum no âmbito em que vivemos.
Conhecemos, com detalhes, a lei de causa e efeito, de acção e reacção, onde cada um colhe o fruto da semente que plantou, que a vida nos devolve o que a ela damos, no entanto, ainda continuamos fazendo o mal, sabendo que os reflexos dele respingarão em nós, trazendo consigo toda a gama de prejuízos e dores que são próprias.
É do entendimento geral que o bem praticado, seja onde e como for, será sempre o nosso advogado de defesa em todas as circunstâncias da vida, mas ainda relutamos em praticá-lo diariamente.
Em verdade, não desconhecemos a lei de Deus, pois que ela está escrita em nossa consciência, apenas ainda não estamos dispostos a vivenciá-la, e, então, cultivando a indiferença, a omissão e o descaso, seguimos o nosso roteiro de infelicidades e traumas.
É preciso que tomemos muito cuidado, pois que a desculpa de que não sabemos não valerá quanto estivermos frente a frente com os reflexos das acções infelizes que, por ventura, desencadeamos.
Fazendo o uso do bom senso e da racionalidade, ninguém terá dúvidas de quais direcções tomar.
E não precisaremos ser dotados de profunda intelectualidade para deliberarmos com acerto e equilíbrio, mas, sim, de reflectirmos, maduramente, sobre o que é bom e o que não é, pois Paulo, num determinado momento sentenciou:
“tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. (I Coríntios, 6:12.)
Estamos errando muito por rebeldia e por indisciplina, preferindo jogar a culpa pelos nossos equívocos sobre os ombros alheios, pensando que assim agindo enganaremos a providência divina, que, ludibriada pelas nossas acções disfarçadas, nos socorrerá, evitando a safra de infortúnios e dissabores que plantamos.
Com coragem podemos identificar a nossa má vontade e trabalhar pela sua superação.
O que não podemos mais é afirmar que não sabemos...
Sabemos sim, pela nossa consciência...
Talvez não estejamos com vontade de fazer as coisas certas...
Mas sabemos.
Reflictamos...
§.§.§- Ave sem Ninho
– Na consciência.”
(Questão 621 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)
Diante da quantidade de informações que temos na actualidade e da facilidade em se obter esclarecimentos, ninguém terá dificuldades em saber o que é correto e o que não é devido.
A humanidade atingiu um estágio de evolução que permite a cada criatura, fazendo a devida análise, saber como direccionar a sua vida pelos caminhos ideais na existência.
Existe sim, e isso é de fácil verificação que um abismo se abre entre o que sabemos daquilo que realmente praticamos.
Temos absoluta certeza de que perdoar aqueles que nos ofendem é decisão acertada, que somente benefícios nos proporciona, no entanto, exercitar o perdão no quotidiano não é tarefa que realizamos sempre.
Ninguém ignora que a alimentação em excesso é tão prejudicial ao organismo quanto a falta dela, mas comer com disciplina e real aproveitamento não é tão simples como parece.
Sabemos, perfeitamente, que para galgarmos posições de destaque no meio social em que mourejamos, agindo com hombridade, não podemos dispensar o esforço, a perseverança e a determinação, mas fazer uso de tais virtudes não é comum no âmbito em que vivemos.
Conhecemos, com detalhes, a lei de causa e efeito, de acção e reacção, onde cada um colhe o fruto da semente que plantou, que a vida nos devolve o que a ela damos, no entanto, ainda continuamos fazendo o mal, sabendo que os reflexos dele respingarão em nós, trazendo consigo toda a gama de prejuízos e dores que são próprias.
É do entendimento geral que o bem praticado, seja onde e como for, será sempre o nosso advogado de defesa em todas as circunstâncias da vida, mas ainda relutamos em praticá-lo diariamente.
Em verdade, não desconhecemos a lei de Deus, pois que ela está escrita em nossa consciência, apenas ainda não estamos dispostos a vivenciá-la, e, então, cultivando a indiferença, a omissão e o descaso, seguimos o nosso roteiro de infelicidades e traumas.
É preciso que tomemos muito cuidado, pois que a desculpa de que não sabemos não valerá quanto estivermos frente a frente com os reflexos das acções infelizes que, por ventura, desencadeamos.
Fazendo o uso do bom senso e da racionalidade, ninguém terá dúvidas de quais direcções tomar.
E não precisaremos ser dotados de profunda intelectualidade para deliberarmos com acerto e equilíbrio, mas, sim, de reflectirmos, maduramente, sobre o que é bom e o que não é, pois Paulo, num determinado momento sentenciou:
“tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. (I Coríntios, 6:12.)
Estamos errando muito por rebeldia e por indisciplina, preferindo jogar a culpa pelos nossos equívocos sobre os ombros alheios, pensando que assim agindo enganaremos a providência divina, que, ludibriada pelas nossas acções disfarçadas, nos socorrerá, evitando a safra de infortúnios e dissabores que plantamos.
Com coragem podemos identificar a nossa má vontade e trabalhar pela sua superação.
O que não podemos mais é afirmar que não sabemos...
Sabemos sim, pela nossa consciência...
Talvez não estejamos com vontade de fazer as coisas certas...
Mas sabemos.
Reflictamos...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Desesperada esperança
Dra. Elizabeth Kübler-Ross realizou um trabalho belíssimo com pacientes terminais.
Seu livro “Sobre a morte e o morrer”, já foi traduzido para dezenas de idiomas e recebeu inúmeros prémios.
Em certo trecho da obra nos fala da esperança de seus pacientes e familiares:
“Ouvindo nossos pacientes em fase terminal, o que sempre nos impressionou foi que até mesmo os mais conformados, os mais realistas, deixavam sempre aberta a possibilidade de alguma cura; de que fosse descoberto um novo produto, ou de que tivesse ‘êxito um projecto recente de pesquisa’.
O que os sustenta através dos dias, das semanas ou dos meses de sofrimento é este tipo de esperança.
É a sensação de que tudo deve ter algum sentido, que pode compensar, caso suportem por mais algum tempo.
Não importa que nome tenha, descobrimos que todos os nossos pacientes conservaram essa sensação que serviu de conforto em ocasiões especialmente difíceis.
Vimos que os conflitos relacionados à esperança provinham de duas fontes principais.
A primeira, e mais dolorosa, era a substituição da esperança pela desesperança, tanto por parte da equipe hospitalar, quanto por parte da família, quando a esperança ainda era fundamental para o paciente.
A segunda fonte de angústia provinha da incapacidade da família para aceitar o estágio final de um paciente.
Agarravam-se à esperança com unhas e dentes, quando o próprio paciente já se preparava para morrer, mas sentia que a família não era capaz de aceitar este fato.”
Os pontos levantados pela estudiosa são fundamentais para o bom entendimento da esperança, e da compreensão do fenómeno da morte.
Esta sensação de que “tudo deve ter algum sentido” não é vã.
É, com certeza, o Espírito tendo acesso, mesmo que inconscientemente, aos planos maiores para sua existência, e à necessidade que carrega de passar por tal provação.
“Todo sofrimento tem uma causa.” – eis a proposição budista.
“Toda causa que não se encontra nesta vida, certamente estará numa existência anterior.” – eis a proposta espírita.
Todo sofrer tem carácter educativo, sendo de causa actual ou pretérita.
Por isso, o entendimento de que a dor sempre terá algum sentido, e de que o bem-passar por ela nos trará recompensa futura, faz-se indispensável para que não deixemos que a desesperança encontre guarida em nosso íntimo.
O “reino dos céus” prometido aos aflitos, na certeza feliz do Cristo, está na harmonia interior, nos aprendizados alcançados.
Na fé, na paciência, na resignação aprendidos através da tutela temporária da dor.
Tal consciência deve ser alcançada também pelos que ficam, pois esses são convidados a desenvolver o desapego, o altruísmo, e igualmente a fé.
Pensar no bem do outro, antes de pensar na dor da falta, da saudade, é lição clara proclamada pela desencarnação.
A morte é professora brilhante.
Ensina quem vai, ensina quem fica.
A esperança é bálsamo doce, que aromatiza e prepara a alma dos que estão nos portões de partida.
Dos que partem já, e dos que partirão mais tarde.
Blog Espiritismo Na Rede baseado no cap. VIII do livro Sobre a morte e o morrer, de Elizabeth Kübler-Ross, ed. Martins Fontes
§.§.§- Ave sem Ninho
Seu livro “Sobre a morte e o morrer”, já foi traduzido para dezenas de idiomas e recebeu inúmeros prémios.
Em certo trecho da obra nos fala da esperança de seus pacientes e familiares:
“Ouvindo nossos pacientes em fase terminal, o que sempre nos impressionou foi que até mesmo os mais conformados, os mais realistas, deixavam sempre aberta a possibilidade de alguma cura; de que fosse descoberto um novo produto, ou de que tivesse ‘êxito um projecto recente de pesquisa’.
O que os sustenta através dos dias, das semanas ou dos meses de sofrimento é este tipo de esperança.
É a sensação de que tudo deve ter algum sentido, que pode compensar, caso suportem por mais algum tempo.
Não importa que nome tenha, descobrimos que todos os nossos pacientes conservaram essa sensação que serviu de conforto em ocasiões especialmente difíceis.
Vimos que os conflitos relacionados à esperança provinham de duas fontes principais.
A primeira, e mais dolorosa, era a substituição da esperança pela desesperança, tanto por parte da equipe hospitalar, quanto por parte da família, quando a esperança ainda era fundamental para o paciente.
A segunda fonte de angústia provinha da incapacidade da família para aceitar o estágio final de um paciente.
Agarravam-se à esperança com unhas e dentes, quando o próprio paciente já se preparava para morrer, mas sentia que a família não era capaz de aceitar este fato.”
Os pontos levantados pela estudiosa são fundamentais para o bom entendimento da esperança, e da compreensão do fenómeno da morte.
Esta sensação de que “tudo deve ter algum sentido” não é vã.
É, com certeza, o Espírito tendo acesso, mesmo que inconscientemente, aos planos maiores para sua existência, e à necessidade que carrega de passar por tal provação.
“Todo sofrimento tem uma causa.” – eis a proposição budista.
“Toda causa que não se encontra nesta vida, certamente estará numa existência anterior.” – eis a proposta espírita.
Todo sofrer tem carácter educativo, sendo de causa actual ou pretérita.
Por isso, o entendimento de que a dor sempre terá algum sentido, e de que o bem-passar por ela nos trará recompensa futura, faz-se indispensável para que não deixemos que a desesperança encontre guarida em nosso íntimo.
O “reino dos céus” prometido aos aflitos, na certeza feliz do Cristo, está na harmonia interior, nos aprendizados alcançados.
Na fé, na paciência, na resignação aprendidos através da tutela temporária da dor.
Tal consciência deve ser alcançada também pelos que ficam, pois esses são convidados a desenvolver o desapego, o altruísmo, e igualmente a fé.
Pensar no bem do outro, antes de pensar na dor da falta, da saudade, é lição clara proclamada pela desencarnação.
A morte é professora brilhante.
Ensina quem vai, ensina quem fica.
A esperança é bálsamo doce, que aromatiza e prepara a alma dos que estão nos portões de partida.
Dos que partem já, e dos que partirão mais tarde.
Blog Espiritismo Na Rede baseado no cap. VIII do livro Sobre a morte e o morrer, de Elizabeth Kübler-Ross, ed. Martins Fontes
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Rituais e rotinas
A Doutrina Espírita prescinde de rituais de qualquer espécie por entender que a transformação íntima para o bem é que nos conduz a Deus e não qualquer fórmula exterior.
Entretanto, observamos que com o objectivo de preservar esse despojamento próprio da filosofia Espírita, alguns grupos consideram as rotinas de culto, ou sistematizações, como rituais.
A ordem com que se conduz um culto não é pré-determinada para as Casas Espíritas de uma forma geral.
Cada unidade, em particular, tende a estabelecer rotinas que facilitem o trabalho comunitário e que permitam um melhor preparo vibratório para cada uma das diversas actividades desenvolvidas em sua estrutura.
Um ritual, segundo a wikipédia, é um conjunto de gestos, palavras e formalidades, várias vezes atribuídas de um valor simbólico, cuja performance das quais é usualmente prescrita por uma religião ou pelas tradições da comunidade.
Essa organização, sem dúvida, influi na qualidade dos trabalhos.
Entretanto, qualquer sistematização redunda em repetições de padrões, o que ao longo do tempo pode se transformar, inadvertidamente, em rituais ao incorporarem equivocadamente significados irreais.
Se o grupo não mantiver uma rotina de estudo e, principalmente, de reavaliações críticas periódicas, essas posturas confusas podem tomar proporções exageradas.
Isso aconteceu em todos os grupos religiosos que hoje são reconhecidos e influentes.
Eles ao crescerem e se hierarquizarem, passaram a absorver interesses outros que não apenas os puros ideais de fraternidade presentes nas origens desses movimentos.
Por isso, entendemos as preocupações de diversos lideres Espíritas, mas consideramos, por exemplo, o banimento da oração dominical nas sessões espíritas públicas, ou atitudes semelhantes, como exageros, por sua vez também equivocados.
A prece deve sempre ser sentida e não apenas repetida.
Uma prece conhecida por todos, pode sim, ser recitada de forma uníssona, como um meio para que um grupo tenha sua vibração harmonizada, o que provavelmente potencializará exponencialmente sua eficácia.
Os dirigentes terão que ter o cuidado de sempre conclamar a assembleia de ouvintes para que tenham consciência de que aquela repetição não pode ser automática.
Para isso, o estudo minucioso do sentido da oração escolhida deve ser refeito incansavelmente.
Além disso, não podemos deixar de reconhecer que ao repetirmos uma antiga oração estamos, também, reverenciando os grandes avatares do progresso humano, como o Mestre Jesus.
Eles misericordiosamente nos legaram as mais profundas, belas e significativas poesias em forma de prece, colaborando, assim, para nos aproximarem do Criador, pelo menos nos breves momentos em que nos dedicamos àquela prece em particular.
Ao repetirmos os sublimes ensinamentos dos mestres iluminados os introjetamos, lentamente, em nossa consciência carente de luz.
Esse exercício, ao longo do tempo, terá certamente uma repercussão positiva que nos tornará capazes de contactar as esferas espirituais superiores através de atitudes mentais individuais e únicas.
Possivelmente transmitiremos aos nossos descendentes essas experiências na forma de preces inéditas, que serão proferidas em honra do Criador nas assembleias de jovens livres dos preconceitos e amarras que ainda nos prendem às formas e fórmulas.
Giselle Fachetti
§.§.§- Ave sem Ninho
Entretanto, observamos que com o objectivo de preservar esse despojamento próprio da filosofia Espírita, alguns grupos consideram as rotinas de culto, ou sistematizações, como rituais.
A ordem com que se conduz um culto não é pré-determinada para as Casas Espíritas de uma forma geral.
Cada unidade, em particular, tende a estabelecer rotinas que facilitem o trabalho comunitário e que permitam um melhor preparo vibratório para cada uma das diversas actividades desenvolvidas em sua estrutura.
Um ritual, segundo a wikipédia, é um conjunto de gestos, palavras e formalidades, várias vezes atribuídas de um valor simbólico, cuja performance das quais é usualmente prescrita por uma religião ou pelas tradições da comunidade.
Essa organização, sem dúvida, influi na qualidade dos trabalhos.
Entretanto, qualquer sistematização redunda em repetições de padrões, o que ao longo do tempo pode se transformar, inadvertidamente, em rituais ao incorporarem equivocadamente significados irreais.
Se o grupo não mantiver uma rotina de estudo e, principalmente, de reavaliações críticas periódicas, essas posturas confusas podem tomar proporções exageradas.
Isso aconteceu em todos os grupos religiosos que hoje são reconhecidos e influentes.
Eles ao crescerem e se hierarquizarem, passaram a absorver interesses outros que não apenas os puros ideais de fraternidade presentes nas origens desses movimentos.
Por isso, entendemos as preocupações de diversos lideres Espíritas, mas consideramos, por exemplo, o banimento da oração dominical nas sessões espíritas públicas, ou atitudes semelhantes, como exageros, por sua vez também equivocados.
A prece deve sempre ser sentida e não apenas repetida.
Uma prece conhecida por todos, pode sim, ser recitada de forma uníssona, como um meio para que um grupo tenha sua vibração harmonizada, o que provavelmente potencializará exponencialmente sua eficácia.
Os dirigentes terão que ter o cuidado de sempre conclamar a assembleia de ouvintes para que tenham consciência de que aquela repetição não pode ser automática.
Para isso, o estudo minucioso do sentido da oração escolhida deve ser refeito incansavelmente.
Além disso, não podemos deixar de reconhecer que ao repetirmos uma antiga oração estamos, também, reverenciando os grandes avatares do progresso humano, como o Mestre Jesus.
Eles misericordiosamente nos legaram as mais profundas, belas e significativas poesias em forma de prece, colaborando, assim, para nos aproximarem do Criador, pelo menos nos breves momentos em que nos dedicamos àquela prece em particular.
Ao repetirmos os sublimes ensinamentos dos mestres iluminados os introjetamos, lentamente, em nossa consciência carente de luz.
Esse exercício, ao longo do tempo, terá certamente uma repercussão positiva que nos tornará capazes de contactar as esferas espirituais superiores através de atitudes mentais individuais e únicas.
Possivelmente transmitiremos aos nossos descendentes essas experiências na forma de preces inéditas, que serão proferidas em honra do Criador nas assembleias de jovens livres dos preconceitos e amarras que ainda nos prendem às formas e fórmulas.
Giselle Fachetti
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Reflexões sobre a culpa
A culpa é grave transtorno emocional de consciência que grassa velada ou claramente e aflige a sociedade contemporânea.
Insidiosa, pode ser considerada como planta parasita que se nutre da seiva do vegetal no qual se hospeda e termina por matá-lo.
Sob outro aspecto, apresenta-se como negra ave agourenta que abre suas asas sombrias e asfixia perversamente o indivíduo que a agasalha.
Quase todos os reencarnados carregam no inconsciente alguma forma desse conflito inditoso que se manifesta de variadas formas e trabalha em favor do seu sofrimento moral e emocional.
Herança macabra dos actos infelizes, procede dos comportamentos omissos ou prejudiciais durante a presente existência ou as procedentes de outras passadas.
Ninguém consegue evadir-se da sua penosa injunção, por decorrência do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida.
Sorrateiramente explicita-se como complexo de inferioridade ou disfarça-se de narcisismo e empurra aquele que lhe padece a compressão no rumo dos pântanos da angústia declarada ou transformada em fuga da realidade.
Normalmente o eu consciente procura escamoteá-la, para evitar o enfrentamento directo, que constitui o eficiente recurso de diluir-lhe a presença punitiva até erradicá-la completamente...
De alguma forma expressa o cumprimento da Divina Justiça que alcança o infractor que se permitiu ludibriá-la.
Quando se instala, faz-se mordaz, porque diminui o ser a ínfima condição, torna-o inferior espiritualmente ou subestima-o, nivelando-o por baixo na escala de valores morais.
Nessa fase, torna a sua vítima arredia ou prepotente, cínica ou cruel, complexada ou reaccionária.
Quando lhe faltam os instrumentos edificantes de carácter ético e moral, transforma-se na sombra enfermiça que impede as realizações nobilitantes e a aquisição dos valiosos tesouros que contribuem para o auto-perdão e a reabilitação.
Tem raízes no mal que se fez, mas igualmente no bem que se deixou de praticar.
Praticar o mal é um mau comportamento, porém, não executar o bem que está ao alcance de todos é um grande mal.
A existência humana está desenhada para a conquista do progresso moral tendo como foco a ser conseguido o estado de plenitude ou Reino dos Céus.
Qualquer desvio da pauta comportamental estabelecida pelos Celestes Cânones, e o Espírito, ao dar-se conta de que posterga a responsabilidade ou tenta sepultá-la no inconsciente, constitui-lhe gravame no processo evolutivo que exige correcção.
Nada obstante, ocasião surge em que ressuma por necessidade de iluminação da consciência ultrajada e obscurecida pelo erro.
Ao deparar-te com esse parasita que se te apresenta, assume responsabilidade para logo providenciares a reparação e, por fim, a sua remissão.
Quase sempre o motivo gerador da culpa permanece ignorado na área da razão, pois que se apresenta conflitiva na conduta, excepção quando se opera o imediato despertamento que pode dar lugar ao choque pós-traumático imobilizador.
O Evangelho de Jesus, nas suas profundas considerações sobre a vida e sua finalidade na Terra, receita providencialmente a psicoterapia a ser utilizada, que deve ser iniciada mediante o esforço da autoconsciência, isto é, pelo exame da causa desencadeadora.
Se não se consegue identificá-la de imediato, é necessário que se utilizem os instrumentos oferecidos pelo amor a fim de dar-se conta que o equivocar-se é normal no processo evolutivo, porém, manter-se no erro é resultado da falta de discernimento, da imaturidade psicológica, da presunção ou da soberba.
Identificada a fragilidade pessoal, cabe seja produzida a reparação do delito através dos serviços de engrandecimento interior, com imediata modificação da conduta íntima sempre para melhor do auxílio ao próximo e da contribuição em favor da harmonia da Natureza que serve de mãe generosa e, dessa forma, acalmando a ansiedade.
Apoia-te na meditação e renova-te na prece, torna-te útil e sai da concha calcária e escura do eu para o serviço geral em favor do progresso da humanidade.
Insidiosa, pode ser considerada como planta parasita que se nutre da seiva do vegetal no qual se hospeda e termina por matá-lo.
Sob outro aspecto, apresenta-se como negra ave agourenta que abre suas asas sombrias e asfixia perversamente o indivíduo que a agasalha.
Quase todos os reencarnados carregam no inconsciente alguma forma desse conflito inditoso que se manifesta de variadas formas e trabalha em favor do seu sofrimento moral e emocional.
Herança macabra dos actos infelizes, procede dos comportamentos omissos ou prejudiciais durante a presente existência ou as procedentes de outras passadas.
Ninguém consegue evadir-se da sua penosa injunção, por decorrência do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida.
Sorrateiramente explicita-se como complexo de inferioridade ou disfarça-se de narcisismo e empurra aquele que lhe padece a compressão no rumo dos pântanos da angústia declarada ou transformada em fuga da realidade.
Normalmente o eu consciente procura escamoteá-la, para evitar o enfrentamento directo, que constitui o eficiente recurso de diluir-lhe a presença punitiva até erradicá-la completamente...
De alguma forma expressa o cumprimento da Divina Justiça que alcança o infractor que se permitiu ludibriá-la.
Quando se instala, faz-se mordaz, porque diminui o ser a ínfima condição, torna-o inferior espiritualmente ou subestima-o, nivelando-o por baixo na escala de valores morais.
Nessa fase, torna a sua vítima arredia ou prepotente, cínica ou cruel, complexada ou reaccionária.
Quando lhe faltam os instrumentos edificantes de carácter ético e moral, transforma-se na sombra enfermiça que impede as realizações nobilitantes e a aquisição dos valiosos tesouros que contribuem para o auto-perdão e a reabilitação.
Tem raízes no mal que se fez, mas igualmente no bem que se deixou de praticar.
Praticar o mal é um mau comportamento, porém, não executar o bem que está ao alcance de todos é um grande mal.
A existência humana está desenhada para a conquista do progresso moral tendo como foco a ser conseguido o estado de plenitude ou Reino dos Céus.
Qualquer desvio da pauta comportamental estabelecida pelos Celestes Cânones, e o Espírito, ao dar-se conta de que posterga a responsabilidade ou tenta sepultá-la no inconsciente, constitui-lhe gravame no processo evolutivo que exige correcção.
Nada obstante, ocasião surge em que ressuma por necessidade de iluminação da consciência ultrajada e obscurecida pelo erro.
Ao deparar-te com esse parasita que se te apresenta, assume responsabilidade para logo providenciares a reparação e, por fim, a sua remissão.
Quase sempre o motivo gerador da culpa permanece ignorado na área da razão, pois que se apresenta conflitiva na conduta, excepção quando se opera o imediato despertamento que pode dar lugar ao choque pós-traumático imobilizador.
O Evangelho de Jesus, nas suas profundas considerações sobre a vida e sua finalidade na Terra, receita providencialmente a psicoterapia a ser utilizada, que deve ser iniciada mediante o esforço da autoconsciência, isto é, pelo exame da causa desencadeadora.
Se não se consegue identificá-la de imediato, é necessário que se utilizem os instrumentos oferecidos pelo amor a fim de dar-se conta que o equivocar-se é normal no processo evolutivo, porém, manter-se no erro é resultado da falta de discernimento, da imaturidade psicológica, da presunção ou da soberba.
Identificada a fragilidade pessoal, cabe seja produzida a reparação do delito através dos serviços de engrandecimento interior, com imediata modificação da conduta íntima sempre para melhor do auxílio ao próximo e da contribuição em favor da harmonia da Natureza que serve de mãe generosa e, dessa forma, acalmando a ansiedade.
Apoia-te na meditação e renova-te na prece, torna-te útil e sai da concha calcária e escura do eu para o serviço geral em favor do progresso da humanidade.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
De imediato sentirás as bênçãos da remissão, isto é, da liberdade e da consciência de paz.
Nunca deixes de usar o amor em qualquer circunstância que se te apresente.
Melhor será que peques por ajudar, do que ser omisso por conveniência pessoal, covardia ou para estares bem no torpe comportamento social vigente.
A culpa é, também, o anjo bondoso que contribui poderosamente para o auto-encontro.
A viagem carnal é compromisso de legitimidade com a evolução espiritual do ser, por cuja experiência a terna presença de Deus no íntimo se expanda e domine-o durante toda a sua trajectória.
Enfrenta as tuas culpas sem temores, não adies a oportunidade libertadora, nem te justifiques por meio de sofismas egoísticos e lenitivos equivocados.
A consciência, por mais se encontre entorpecida pelo erro, sempre desperta para a realidade que é a luz condutora da paz.
Allan Kardec, o vaso escolhido para apresentar o Consoladora que Jesus se reportou, esclarece que ante a culpa existente, fazem-se necessários o arrependimento, a expiação e a reparação. (*)
Sabiamente a proposta do eminente mestre lionês concorda com a compreensão do erro e sua correspondente análise que dão lugar ao sofrimento, portanto, ao arrependimento e à expiação para, em definitivo, conseguir-se a reparação, mediante todo e qualquer contributo que dignifique e anule o delito praticado.
Não se torna indispensável que a reparação ocorra em relação àquele que foi prejudicado em decorrência de inúmeros factores.
O essencial é a tranquilidade da consciência ultrajada pela culpa ante a actividade reabilitadora.
Nunca te permitas, desse modo, a permanência na culpa inscrita nos teus painéis mentais e nas tuas emoções, cuja presença pode levar-te a transtornos graves.
Ama e serve sempre sem outra qualquer preocupação, excepto o Bem.
Esse é o caminho do Gólgota, mas é também a véspera da gloriosa manhã da Ressurreição.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 20 de janeiro de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 5.2.2014
§.§.§- Ave sem Ninho
Nunca deixes de usar o amor em qualquer circunstância que se te apresente.
Melhor será que peques por ajudar, do que ser omisso por conveniência pessoal, covardia ou para estares bem no torpe comportamento social vigente.
A culpa é, também, o anjo bondoso que contribui poderosamente para o auto-encontro.
A viagem carnal é compromisso de legitimidade com a evolução espiritual do ser, por cuja experiência a terna presença de Deus no íntimo se expanda e domine-o durante toda a sua trajectória.
Enfrenta as tuas culpas sem temores, não adies a oportunidade libertadora, nem te justifiques por meio de sofismas egoísticos e lenitivos equivocados.
A consciência, por mais se encontre entorpecida pelo erro, sempre desperta para a realidade que é a luz condutora da paz.
Allan Kardec, o vaso escolhido para apresentar o Consoladora que Jesus se reportou, esclarece que ante a culpa existente, fazem-se necessários o arrependimento, a expiação e a reparação. (*)
Sabiamente a proposta do eminente mestre lionês concorda com a compreensão do erro e sua correspondente análise que dão lugar ao sofrimento, portanto, ao arrependimento e à expiação para, em definitivo, conseguir-se a reparação, mediante todo e qualquer contributo que dignifique e anule o delito praticado.
Não se torna indispensável que a reparação ocorra em relação àquele que foi prejudicado em decorrência de inúmeros factores.
O essencial é a tranquilidade da consciência ultrajada pela culpa ante a actividade reabilitadora.
Nunca te permitas, desse modo, a permanência na culpa inscrita nos teus painéis mentais e nas tuas emoções, cuja presença pode levar-te a transtornos graves.
Ama e serve sempre sem outra qualquer preocupação, excepto o Bem.
Esse é o caminho do Gólgota, mas é também a véspera da gloriosa manhã da Ressurreição.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 20 de janeiro de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 5.2.2014
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 14 de 41 • 1 ... 8 ... 13, 14, 15 ... 27 ... 41
Tópicos semelhantes
» ARTIGOS DIVERSOS III
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
Página 14 de 41
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos