ARTIGOS DIVERSOS II
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Deus na Natureza (Parte 19)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Conforme as descobertas da Química, quais são os quatro elementos químicos presentes em todas as substâncias orgânicas?
São o carbono, o oxigénio, o hidrogénio e o azoto ou nitrogénio.
As pesquisas levaram os químicos à conclusão de que esses quatro corpos são os princípios básicos elementares de todas as substâncias orgânicas e se encontram, muitas vezes, combinados com alguns outros corpos simples e diversos sais minerais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
B. É verdade que os quatro elementos químicos citados podem ser encontrados na atmosfera da Terra?
Sim. Segundo Flammarion, os quatro elementos existem inteiramente formados na atmosfera.
O ar é um composto de oxigénio e azoto, associados a pequena porção de ácido carbónico, ou seja de carbono combinado com o oxigénio.
Mas a atmosfera tem também, em suspensão, o vapor d'água e ninguém ignora que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
C. Pode-se dizer que um dos objectivos da presença do homem na Terra é conhecer a Natureza e senhorear a matéria?
Sim. Pelo menos é o que diz Flammarion.
O homem está na Terra para conhecer a Natureza e senhorear a matéria.
O conhece-te a ti mesmo dos antigos se traduz em nossos dias pelo estudo do mundo exterior e é por esse estudo fecundo que verdadeiramente aprenderemos a conhecer-nos a nós mesmos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Texto para leitura
382. É interessante deter-nos, por um instante, nas decisivas manipulações de nossos ilustres químicos.
A partir dos fins do último século (séc. 18), como adverte Alfredo Maury[ i ], tem-se reconhecido que as matérias que se desenvolvem nos vegetais e nos animais, recolhidas dos seus restos, encerram quase exclusivamente carbono, oxigénio, hidrogénio e azoto(1).
Daí se concluiu serem estes quatro corpos os princípios básicos elementares de todas as substâncias orgânicas e que se encontram muitas vezes combinados com alguns outros corpos simples e diversos sais minerais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
383. Este primeiro resultado nos ensinou que, se vegetação e vida são forças à parte, insusceptíveis de se confundirem com o simples movimento, com a afinidade e a coesão, elas de si nada criam e apenas apropriam o material do reino mineral que as rodeia. De facto, os quatro elementos orgânicos existem inteiramente formados na atmosfera.
O ar é um composto de oxigénio e azoto, associados a pequena porção de ácido carbónico, ou seja de carbono combinado com o oxigénio.
A atmosfera tem, ao demais, em suspensão, o vapor d'água e ninguém ignora que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio.
Portanto, as matérias orgânicas tiram dessa massa fluídica e inorgânica que as envolve e compenetra o nosso globo os elementos de sua composição.
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Conforme as descobertas da Química, quais são os quatro elementos químicos presentes em todas as substâncias orgânicas?
São o carbono, o oxigénio, o hidrogénio e o azoto ou nitrogénio.
As pesquisas levaram os químicos à conclusão de que esses quatro corpos são os princípios básicos elementares de todas as substâncias orgânicas e se encontram, muitas vezes, combinados com alguns outros corpos simples e diversos sais minerais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
B. É verdade que os quatro elementos químicos citados podem ser encontrados na atmosfera da Terra?
Sim. Segundo Flammarion, os quatro elementos existem inteiramente formados na atmosfera.
O ar é um composto de oxigénio e azoto, associados a pequena porção de ácido carbónico, ou seja de carbono combinado com o oxigénio.
Mas a atmosfera tem também, em suspensão, o vapor d'água e ninguém ignora que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
C. Pode-se dizer que um dos objectivos da presença do homem na Terra é conhecer a Natureza e senhorear a matéria?
Sim. Pelo menos é o que diz Flammarion.
O homem está na Terra para conhecer a Natureza e senhorear a matéria.
O conhece-te a ti mesmo dos antigos se traduz em nossos dias pelo estudo do mundo exterior e é por esse estudo fecundo que verdadeiramente aprenderemos a conhecer-nos a nós mesmos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Texto para leitura
382. É interessante deter-nos, por um instante, nas decisivas manipulações de nossos ilustres químicos.
A partir dos fins do último século (séc. 18), como adverte Alfredo Maury[ i ], tem-se reconhecido que as matérias que se desenvolvem nos vegetais e nos animais, recolhidas dos seus restos, encerram quase exclusivamente carbono, oxigénio, hidrogénio e azoto(1).
Daí se concluiu serem estes quatro corpos os princípios básicos elementares de todas as substâncias orgânicas e que se encontram muitas vezes combinados com alguns outros corpos simples e diversos sais minerais.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
383. Este primeiro resultado nos ensinou que, se vegetação e vida são forças à parte, insusceptíveis de se confundirem com o simples movimento, com a afinidade e a coesão, elas de si nada criam e apenas apropriam o material do reino mineral que as rodeia. De facto, os quatro elementos orgânicos existem inteiramente formados na atmosfera.
O ar é um composto de oxigénio e azoto, associados a pequena porção de ácido carbónico, ou seja de carbono combinado com o oxigénio.
A atmosfera tem, ao demais, em suspensão, o vapor d'água e ninguém ignora que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio.
Portanto, as matérias orgânicas tiram dessa massa fluídica e inorgânica que as envolve e compenetra o nosso globo os elementos de sua composição.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Quanto às outras substâncias encontradas, por assim dizer, acidentalmente, em sua trama, são apropriadas do solo.
As plantas os sugam e os animais, nutrindo-se das plantas, os assimilam.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
384. A Química pode criar imediatamente esses elementos orgânicos e foi o Sr. Büchner o primeiro a proclamá-lo, com entusiasmo.
Os químicos fizeram o açúcar de uva bem como vários ácidos orgânicos.
Criaram, dizem, diferentes bases orgânicas e entre elas a ureia, substância orgânica por excelência, em desmentido aos médicos que os arguiam de incapazes de obter produtos do organismo.
Dia a dia vemos aumentarem as experiências químicas no sentido de criar combinações.
O Sr. Berthelot conseguiu engendrar, de corpos inorgânicos, os derivados das combinações de carbono e hidrogênio e esta descoberta, mau grado ao seu desacordo com a natureza orgânica, forneceu um ponto de partida para a composição artificial dos corpos orgânicos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
385. Hoje se fabricam o álcool e perfumes preciosos do carvão vegetal; da ardósia extraem-se velas; o ácido prússico, a ureia, a taurina e quantidade de corpos outros, havidos outrora por só criados de substâncias vegetais ou animais, tornam-se obteníveis de simples elementos da Natureza inorgânica.
Assim, apagou-se, graças a essas manipulações, a clássica distinção entre a Natureza orgânica e inorgânica.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
386. Em 1828, produzindo ureia artificial, Woehler derrubou a velha teoria que sustentava só possíveis as combinações orgânicas engendradas por corpos orgânicos.
Em 1856, Berthelot criou o ácido fórmico com substâncias inorgânicas, isto é, óxido carbónico e água, aquecendo estas matérias com a potassa cáustica e sem cooperação de planta ou animal qualquer.
Logo após, conseguiram directamente desses elementos a síntese do álcool.
Chegaram mesmo a produzir a gordura artificial do ácido oleico e da glicerina, duas substâncias que se podem obter por processos exclusivamente químicos, e aí temos um dos resultados mais extraordinários até hoje conseguidos na Química sintética.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
387. Desses dados, o autor de Força e Matéria concluiu que importa banir da vida e da Ciência a ideia de uma força orgânica, produtora dos fenômenos da vida, por maneira arbitrária e independente das leis da Natureza.
Tal como ele, também repelimos o arbitrário, mas guardamos a força.
Ele nos garante que a pretendida distinção rigorosa entre o orgânico e o inorgânico é meramente arbitrária.
Mas, nisso, tem contra si os representantes da vida terrena, em sua totalidade.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
388. Sem embargo, Carl Vogt acrescenta que “alegar a força vital não passa de circunlóquio para mascarar ignorância, espécie de alçapões de que a Ciência está cheia e pelos quais se salvam sempre os espíritos superficiais, que recuam ante o exame de uma dificuldade, para somente se contentarem com milagres imaginários”.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
389. Neste caso, a doutrina da força vital representaria hoje uma causa perdida.
Nem os esforços dos naturalistas místicos, no intuito de reanimar essa sombra; nem os lamentos dos metafísicos esconjurando as pretensões e a irrupção iminente do materialismo fisiológico e contestando-lhe o contingente filosófico; nem as vozes isoladas que assinalam fatos da Fisiologia ainda obscuros; nada disso pode salvar a força vital de próxima e completa ruína.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
As plantas os sugam e os animais, nutrindo-se das plantas, os assimilam.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
384. A Química pode criar imediatamente esses elementos orgânicos e foi o Sr. Büchner o primeiro a proclamá-lo, com entusiasmo.
Os químicos fizeram o açúcar de uva bem como vários ácidos orgânicos.
Criaram, dizem, diferentes bases orgânicas e entre elas a ureia, substância orgânica por excelência, em desmentido aos médicos que os arguiam de incapazes de obter produtos do organismo.
Dia a dia vemos aumentarem as experiências químicas no sentido de criar combinações.
O Sr. Berthelot conseguiu engendrar, de corpos inorgânicos, os derivados das combinações de carbono e hidrogênio e esta descoberta, mau grado ao seu desacordo com a natureza orgânica, forneceu um ponto de partida para a composição artificial dos corpos orgânicos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
385. Hoje se fabricam o álcool e perfumes preciosos do carvão vegetal; da ardósia extraem-se velas; o ácido prússico, a ureia, a taurina e quantidade de corpos outros, havidos outrora por só criados de substâncias vegetais ou animais, tornam-se obteníveis de simples elementos da Natureza inorgânica.
Assim, apagou-se, graças a essas manipulações, a clássica distinção entre a Natureza orgânica e inorgânica.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
386. Em 1828, produzindo ureia artificial, Woehler derrubou a velha teoria que sustentava só possíveis as combinações orgânicas engendradas por corpos orgânicos.
Em 1856, Berthelot criou o ácido fórmico com substâncias inorgânicas, isto é, óxido carbónico e água, aquecendo estas matérias com a potassa cáustica e sem cooperação de planta ou animal qualquer.
Logo após, conseguiram directamente desses elementos a síntese do álcool.
Chegaram mesmo a produzir a gordura artificial do ácido oleico e da glicerina, duas substâncias que se podem obter por processos exclusivamente químicos, e aí temos um dos resultados mais extraordinários até hoje conseguidos na Química sintética.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
387. Desses dados, o autor de Força e Matéria concluiu que importa banir da vida e da Ciência a ideia de uma força orgânica, produtora dos fenômenos da vida, por maneira arbitrária e independente das leis da Natureza.
Tal como ele, também repelimos o arbitrário, mas guardamos a força.
Ele nos garante que a pretendida distinção rigorosa entre o orgânico e o inorgânico é meramente arbitrária.
Mas, nisso, tem contra si os representantes da vida terrena, em sua totalidade.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
388. Sem embargo, Carl Vogt acrescenta que “alegar a força vital não passa de circunlóquio para mascarar ignorância, espécie de alçapões de que a Ciência está cheia e pelos quais se salvam sempre os espíritos superficiais, que recuam ante o exame de uma dificuldade, para somente se contentarem com milagres imaginários”.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
389. Neste caso, a doutrina da força vital representaria hoje uma causa perdida.
Nem os esforços dos naturalistas místicos, no intuito de reanimar essa sombra; nem os lamentos dos metafísicos esconjurando as pretensões e a irrupção iminente do materialismo fisiológico e contestando-lhe o contingente filosófico; nem as vozes isoladas que assinalam fatos da Fisiologia ainda obscuros; nada disso pode salvar a força vital de próxima e completa ruína.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
390. Há alguns anos, Bunsen e Playfer mostraram – diz o autor de A Circulação da Vida, e Rieken confirmou logo após – que é possível obter cianogênio (combinação de azoto e hidrogênio) à custa de substância inorgânica.
Por outro lado, sabemos que o hidrogênio, no momento em que se separa das suas combinações, pode unir-se ao azoto para formar o amoníaco.
De resto, pode-se ir do cianogênio ao amoníaco.
Basta expor ao ar o cianogênio dissolvido em água, para que se vejam flocos pardacentos desagregando-se do líquido, sinais de decomposição, em seguida à qual encontramos o ácido carbônico, o prússico, amoníaco, oxalato de amoníaco e ureia, dissolvidos no líquido.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
391. “Assim, ficamos agora conhecendo três substâncias – exclama Moleschott –: uma base orgânica – o amoníaco; um princípio acidulante orgânico – o cianogênio, e um ácido orgânico – o oxálico, que podemos fabricar com corpos simples.
Não há muitos anos, acreditava-se possível preparar um e outro mediante decomposição de combinações orgânicas as mais complexas, mas ninguém imaginaria obtê-las de elementos simples.
No amoníaco temos uma combinação de azoto e hidrogênio, sem partilha de corpos orgânicos.
Este enigma, que a esfinge da força vital nos antepunha como espantalho, para impedir o nosso avanço na preparação artificial das combinações orgânicas, foi resolvido por Berthelot.
Ele derrubou a esfinge e seus adoradores, substituindo-os por uma plêiade de investigadores, a cujas mãos passou os fios que lhes deverão servir para levar avante a trama das descobertas, a fim de reproduzirem todas as peças do mundo orgânico.”
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
392. Acrescentamos que se obtém hoje o ácido acético, fazendo passar por três estados um combinado de cloro e carbono, que são:
percloreto de carbono, ácido cloracético e cloreto de carbono, bem como que a combinação directa de carbono e hidrogénio dá a síntese do acetileno[ii].
Mais fácil ainda é preparar o ácido fórmico com o só auxílio de corpos simples, qual o conseguiu o professor do Colégio de França, operando com a potassa úmida sobre o gás óxido-carbónico, num globo de vidro à prova de fogo e por espaço de setenta e duas horas, à temperatura de 100 graus[iii].
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
393. De resto, a Natureza extrai as substâncias orgânicas da mesma fonte a que recorrem os químicos em seus experimentos de laboratórios.
Certamente, palmeamos a duas mãos (mesmo porque com uma só fora impossível) essas admiráveis tentativas da Ciência e não é a nós que poderiam reprochar embargos ao gênio criador do homem.
Ele, o homem, está na Terra para conhecer a Natureza e senhorear a matéria.
O conhece-te a ti mesmo dos antigos se traduz em nossos dias pelo estudo do mundo exterior e é por esse estudo fecundo que verdadeiramente aprenderemos a conhecer-nos a nós mesmos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
394. Acreditamos, com o Sr. Maury, que o alcance de tantas descobertas compensa de sobejo o esforço para as compreender.
Que ciência nos poderá mais cativar do que a que nos revela a matéria de que nos constituímos e nos alimentamos; as substâncias com as quais estamos em contacto, os efeitos físicos que se operam dentro e fora de nós, onde transitam e como rejeitamos as partículas incessantemente assimiladas?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
395. Não são assuntos de somenos, estes, particularistas e momentâneos:
antes são problemas que abrangem a humanidade física em sua totalidade, é o mundo dos seres a que pertencemos que está em jogo.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
396. Despendendo amiúde muito trabalho e inteligência para penetrar no dédalo de mesquinhas controvérsias e factos insignificantes, como descurarmos o que mais interessa, ou seja, esta maravilhosa Natureza no seio da qual nascemos, vivemos e morremos; que nos precede e nos sobrevive, fornecendo a todas as gerações os princípios essenciais de sua própria existência?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
Por outro lado, sabemos que o hidrogênio, no momento em que se separa das suas combinações, pode unir-se ao azoto para formar o amoníaco.
De resto, pode-se ir do cianogênio ao amoníaco.
Basta expor ao ar o cianogênio dissolvido em água, para que se vejam flocos pardacentos desagregando-se do líquido, sinais de decomposição, em seguida à qual encontramos o ácido carbônico, o prússico, amoníaco, oxalato de amoníaco e ureia, dissolvidos no líquido.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
391. “Assim, ficamos agora conhecendo três substâncias – exclama Moleschott –: uma base orgânica – o amoníaco; um princípio acidulante orgânico – o cianogênio, e um ácido orgânico – o oxálico, que podemos fabricar com corpos simples.
Não há muitos anos, acreditava-se possível preparar um e outro mediante decomposição de combinações orgânicas as mais complexas, mas ninguém imaginaria obtê-las de elementos simples.
No amoníaco temos uma combinação de azoto e hidrogênio, sem partilha de corpos orgânicos.
Este enigma, que a esfinge da força vital nos antepunha como espantalho, para impedir o nosso avanço na preparação artificial das combinações orgânicas, foi resolvido por Berthelot.
Ele derrubou a esfinge e seus adoradores, substituindo-os por uma plêiade de investigadores, a cujas mãos passou os fios que lhes deverão servir para levar avante a trama das descobertas, a fim de reproduzirem todas as peças do mundo orgânico.”
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
392. Acrescentamos que se obtém hoje o ácido acético, fazendo passar por três estados um combinado de cloro e carbono, que são:
percloreto de carbono, ácido cloracético e cloreto de carbono, bem como que a combinação directa de carbono e hidrogénio dá a síntese do acetileno[ii].
Mais fácil ainda é preparar o ácido fórmico com o só auxílio de corpos simples, qual o conseguiu o professor do Colégio de França, operando com a potassa úmida sobre o gás óxido-carbónico, num globo de vidro à prova de fogo e por espaço de setenta e duas horas, à temperatura de 100 graus[iii].
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
393. De resto, a Natureza extrai as substâncias orgânicas da mesma fonte a que recorrem os químicos em seus experimentos de laboratórios.
Certamente, palmeamos a duas mãos (mesmo porque com uma só fora impossível) essas admiráveis tentativas da Ciência e não é a nós que poderiam reprochar embargos ao gênio criador do homem.
Ele, o homem, está na Terra para conhecer a Natureza e senhorear a matéria.
O conhece-te a ti mesmo dos antigos se traduz em nossos dias pelo estudo do mundo exterior e é por esse estudo fecundo que verdadeiramente aprenderemos a conhecer-nos a nós mesmos.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
394. Acreditamos, com o Sr. Maury, que o alcance de tantas descobertas compensa de sobejo o esforço para as compreender.
Que ciência nos poderá mais cativar do que a que nos revela a matéria de que nos constituímos e nos alimentamos; as substâncias com as quais estamos em contacto, os efeitos físicos que se operam dentro e fora de nós, onde transitam e como rejeitamos as partículas incessantemente assimiladas?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
395. Não são assuntos de somenos, estes, particularistas e momentâneos:
antes são problemas que abrangem a humanidade física em sua totalidade, é o mundo dos seres a que pertencemos que está em jogo.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
396. Despendendo amiúde muito trabalho e inteligência para penetrar no dédalo de mesquinhas controvérsias e factos insignificantes, como descurarmos o que mais interessa, ou seja, esta maravilhosa Natureza no seio da qual nascemos, vivemos e morremos; que nos precede e nos sobrevive, fornecendo a todas as gerações os princípios essenciais de sua própria existência?
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
397. Contudo... Nem por isso nos associamos às pretensas consequências que os senhores materialistas deduzem, consequências que os senhores Berthelot, Pasteur e os químicos práticos são os primeiros a repudiar.
Os materialistas presumem ter a chave mais difícil do enigma, uma vez que podem produzir gás artificial com os corpos simples.
Misturando-se cianato de potassa e sulfato de amoníaco, a potassa combina-se com o ácido sulfúrico e o ácido ciânico com o amoníaco.
Esta última combinação não é cianeto de amoníaco e sim ureia.
Admirai agora a ilação:
“É graças a esta brilhante descoberta que Liebig e Woehler abriram dilatadas perspectivas nessa via e conquistaram um eterno galardão, dando, um tanto involuntária e despreconcebidamente, a prova de que, doravante, a flama da vida se resolve em forças físicas e químicas”.
Que honra para Liebig e Woehler o serem assim arrastados para as nascentes do Aqueronte.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
398. Nossos adversários gostam desse rio e das suas margens sombrias.
“Certo – acrescentam –, o químico isento de preconceitos, que não fala a serviço do trono e do altar, contando tranquilamente com a vitória certa, pode sorrir do pobre filósofo, cujo saber não ultrapassa o conhecimento da ureia e que acredita impor limites ao poder do fisiologista.”
Que altar e que trono nomeariam ministros uns tais lógicos?
A própria Ciência vive retraída em seu santuário e os deixa rondar o tempo, a repicar o sino e fazer evoluções.
Que conclusão definitiva tira a escola materialista dessas manipulações?
A de que a Química e a Física nos oferecem provas evidentes de que as forças conhecidas, das substâncias inorgânicas, exercem a sua acção, tanto em a Natureza viva como na morta.
Pela mesma razão que os obrigou a divinizar a matéria, em substituição a Deus, vemo-los animar, sem cerimónias, a matéria para destronar a vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
(1) Actualmente, no lugar de azoto, utiliza-se o termo nitrogénio.
Na época de Kardec e de Flammarion, azoto era o vocábulo utilizado para designar o elemento químico de número atómico 7.
Gramaticalmente falando, trata-se de vocábulos sinónimos.
[ i ] Revue des Deux Mondes – 1º de Setembro de 1865.
[ii] Berthelot – Chimie Organique Fondée sur la Synthèse.
[iii] Sobre os recentes progressos da Química orgânica, convém consultar os interessantes relatos das sessões da Academia, principalmente nestes últimos tempos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os materialistas presumem ter a chave mais difícil do enigma, uma vez que podem produzir gás artificial com os corpos simples.
Misturando-se cianato de potassa e sulfato de amoníaco, a potassa combina-se com o ácido sulfúrico e o ácido ciânico com o amoníaco.
Esta última combinação não é cianeto de amoníaco e sim ureia.
Admirai agora a ilação:
“É graças a esta brilhante descoberta que Liebig e Woehler abriram dilatadas perspectivas nessa via e conquistaram um eterno galardão, dando, um tanto involuntária e despreconcebidamente, a prova de que, doravante, a flama da vida se resolve em forças físicas e químicas”.
Que honra para Liebig e Woehler o serem assim arrastados para as nascentes do Aqueronte.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
398. Nossos adversários gostam desse rio e das suas margens sombrias.
“Certo – acrescentam –, o químico isento de preconceitos, que não fala a serviço do trono e do altar, contando tranquilamente com a vitória certa, pode sorrir do pobre filósofo, cujo saber não ultrapassa o conhecimento da ureia e que acredita impor limites ao poder do fisiologista.”
Que altar e que trono nomeariam ministros uns tais lógicos?
A própria Ciência vive retraída em seu santuário e os deixa rondar o tempo, a repicar o sino e fazer evoluções.
Que conclusão definitiva tira a escola materialista dessas manipulações?
A de que a Química e a Física nos oferecem provas evidentes de que as forças conhecidas, das substâncias inorgânicas, exercem a sua acção, tanto em a Natureza viva como na morta.
Pela mesma razão que os obrigou a divinizar a matéria, em substituição a Deus, vemo-los animar, sem cerimónias, a matéria para destronar a vida.
(Deus na Natureza – Segunda Parte. A Vida.)
(1) Actualmente, no lugar de azoto, utiliza-se o termo nitrogénio.
Na época de Kardec e de Flammarion, azoto era o vocábulo utilizado para designar o elemento químico de número atómico 7.
Gramaticalmente falando, trata-se de vocábulos sinónimos.
[ i ] Revue des Deux Mondes – 1º de Setembro de 1865.
[ii] Berthelot – Chimie Organique Fondée sur la Synthèse.
[iii] Sobre os recentes progressos da Química orgânica, convém consultar os interessantes relatos das sessões da Academia, principalmente nestes últimos tempos.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O Espiritismo responde
por Astolfo O. de Oliveira Filho
O leitor Carlos Miguel M. Torres, em mensagem publicada nesta mesma edição, escreveu-nos o seguinte:
Li em um site sobre assuntos espíritas o texto seguinte:
“De acordo com pesquisadores, os bichinhos – sejam eles cães, gatos ou formigas, pássaros e peixes – são, sim, espíritos, assim como os humanos.
No entanto, um dos espíritos orientadores da SER Espírita, Antonio Grimm, criou um termo mais apropriado para diferenciar os espíritos dos animais e dos humanos: o proto-espírito”.
O termo “proto-espírito” está usado corretamente?
O texto mencionado pelo leitor intitula-se “Animais são espíritos?”, de autoria de Flavia Zanforlim, Jaqueline Silva e Mara Andrich, publicado originalmente na SER Espírita impressa n.13
O termo “proto-espírito” – que é estranho à obra de Allan Kardec – não se encontra registado no VOLP e nos dicionários da língua portuguesa mais conhecidos.
Também não é mencionado no excelente Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo”, de João Teixeira de Paula.
Trata-se, portanto, de um neologismo formado com o vocábulo “proto”, que nos veio do grego, um elemento de composição que significa “primeiro” e aparece em palavras como protótipo, proto-história e proto-estrela.
Sendo um neologismo, o termo proto-espírito é raramente utilizado no meio espírita para indicar o estado da alma em seu início, visto que, segundo aprendemos no Espiritismo, a alma tem de passar, em seu processo evolutivo, pelos reinos inferiores da criação, até reunir as condições de ser considerada “Espírito” e ingressar no chamado reino hominal, um assunto tratado nesta revista em inúmeras oportunidades.
Apresentado por Kardec inicialmente como simples hipótese, esse processo foi confirmado posteriormente por diversos autores, como Galileu (Espírito), Gabriel Delanne e André Luiz, respectivamente nas obras A Génese, cap. VI, itens 14, 15 e 19, A Evolução Anímica, pp. 70 e 71, e Evolução em Dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pp. 56 e 57.
Em A Génese, última obra publicada em vida por Kardec, Galileu é taxativo:
o Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização.
Um termo construído com o mesmo elemento (proto) é o vocábulo proto-forma, mencionado no Vocabulário Espírita disponível em nosso site, o qual designa o instrumento perispirítico do selvagem, extremamente condensado pela sua integração com a matéria mais densa.
No homem primitivo a vida moral está começando a aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso.
Não vemos, portanto, nenhum inconveniente em utilizar o termo proto-espírito para designar a alma nos primórdios de sua caminhada evolutiva, ressaltando, porém, que não se trata de uma palavra utilizada com frequência pelos autores espíritas encarnados e desencarnados.
§.§.§- Ave sem Ninho
O leitor Carlos Miguel M. Torres, em mensagem publicada nesta mesma edição, escreveu-nos o seguinte:
Li em um site sobre assuntos espíritas o texto seguinte:
“De acordo com pesquisadores, os bichinhos – sejam eles cães, gatos ou formigas, pássaros e peixes – são, sim, espíritos, assim como os humanos.
No entanto, um dos espíritos orientadores da SER Espírita, Antonio Grimm, criou um termo mais apropriado para diferenciar os espíritos dos animais e dos humanos: o proto-espírito”.
O termo “proto-espírito” está usado corretamente?
O texto mencionado pelo leitor intitula-se “Animais são espíritos?”, de autoria de Flavia Zanforlim, Jaqueline Silva e Mara Andrich, publicado originalmente na SER Espírita impressa n.13
O termo “proto-espírito” – que é estranho à obra de Allan Kardec – não se encontra registado no VOLP e nos dicionários da língua portuguesa mais conhecidos.
Também não é mencionado no excelente Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo”, de João Teixeira de Paula.
Trata-se, portanto, de um neologismo formado com o vocábulo “proto”, que nos veio do grego, um elemento de composição que significa “primeiro” e aparece em palavras como protótipo, proto-história e proto-estrela.
Sendo um neologismo, o termo proto-espírito é raramente utilizado no meio espírita para indicar o estado da alma em seu início, visto que, segundo aprendemos no Espiritismo, a alma tem de passar, em seu processo evolutivo, pelos reinos inferiores da criação, até reunir as condições de ser considerada “Espírito” e ingressar no chamado reino hominal, um assunto tratado nesta revista em inúmeras oportunidades.
Apresentado por Kardec inicialmente como simples hipótese, esse processo foi confirmado posteriormente por diversos autores, como Galileu (Espírito), Gabriel Delanne e André Luiz, respectivamente nas obras A Génese, cap. VI, itens 14, 15 e 19, A Evolução Anímica, pp. 70 e 71, e Evolução em Dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pp. 56 e 57.
Em A Génese, última obra publicada em vida por Kardec, Galileu é taxativo:
o Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização.
Um termo construído com o mesmo elemento (proto) é o vocábulo proto-forma, mencionado no Vocabulário Espírita disponível em nosso site, o qual designa o instrumento perispirítico do selvagem, extremamente condensado pela sua integração com a matéria mais densa.
No homem primitivo a vida moral está começando a aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso.
Não vemos, portanto, nenhum inconveniente em utilizar o termo proto-espírito para designar a alma nos primórdios de sua caminhada evolutiva, ressaltando, porém, que não se trata de uma palavra utilizada com frequência pelos autores espíritas encarnados e desencarnados.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A outra face
Alguns ensinos de Jesus soam estranhos aos nossos ouvidos.
Um exemplo:
“Se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra” ¹.
Aquele que já recebeu um golpe no rosto deve aceitar com naturalidade um novo insulto?
Jesus se valia das circunstâncias da vida social para tirar lições que pudessem chegar ao espírito dos que o ouviam.
Evidente que esse pensamento, como todos os outros que emitiu, tem um fundo exclusivamente moral.
Qual é a essência desse ensinamento?
Conforme análise de Allan Kardec n’O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XII, aquele que for agredido, usurpado nos seus direitos, material ou moralmente, não deve revidar, “dar o troco”, vingar-se.
Sugerindo uma atitude pacífica, Jesus não proibiu o direito de defesa a quem se sinta ofendido, o que seria um despropósito.
Teríamos então um comportamento masoquista se o indivíduo lesado uma vez se permitisse continuar a sê-lo.
O princípio de auto-defesa, além de ser um direito, é um recurso sustentado pelo instinto natural de conservação, através do qual zelamos pela nossa integridade física e moral contra qualquer tipo de agressão.
Por outro lado, esse princípio de autodefesa não dá motivo ao prejudicado de impor ao outro o mesmo prejuízo, de violar os seus direitos, de “fazer justiça com as próprias mãos”.
Mas há aqueles que ainda pensam como os homens do tempo de Moisés (3.500 anos atrás), em que o “olho por olho, dente por dente” era lei.
São os orgulhosos, de exagerado personalismo, cheios de preconceito, que acham que “levar desaforo pra casa” é desonra, aceitar a sugestão evangélica é ser covarde.
Eles estão longe de compreender que é melhor suportar um insulto do que revidá-lo.
Quando se suporta o insulto, a injustiça, a perseguição sem revide ou vingança, se está fortalecendo o coração com o exercício da humildade, numa visão pacífica de situações adversas que muitas vezes não se tem como modificar ou alterar. Há nessa atitude aparentemente passiva de não revidar a essência da caridade e uma grande coragem moral.
Do ponto de vista espiritual, não revidar já é uma defesa.
A vingança alimenta o ódio, nos igualando ao agressor, nos enredando a ele, fazendo arrastar um conflito, uma desavença por muito tempo, nessa vida ou “fora dela”.
“Jesus não proibiu a defesa, mas condenou a vingança”, reflecte Allan Kardec.
“Oferecer a outra face”, por extensão, significa não retribuir o mal com o mal, e que é preferível ser ofendido, injustiçado, perseguido, arruinado, que ser a causa do infortúnio de alguém.
¹ Mateus, V: 38-42.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um exemplo:
“Se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra” ¹.
Aquele que já recebeu um golpe no rosto deve aceitar com naturalidade um novo insulto?
Jesus se valia das circunstâncias da vida social para tirar lições que pudessem chegar ao espírito dos que o ouviam.
Evidente que esse pensamento, como todos os outros que emitiu, tem um fundo exclusivamente moral.
Qual é a essência desse ensinamento?
Conforme análise de Allan Kardec n’O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XII, aquele que for agredido, usurpado nos seus direitos, material ou moralmente, não deve revidar, “dar o troco”, vingar-se.
Sugerindo uma atitude pacífica, Jesus não proibiu o direito de defesa a quem se sinta ofendido, o que seria um despropósito.
Teríamos então um comportamento masoquista se o indivíduo lesado uma vez se permitisse continuar a sê-lo.
O princípio de auto-defesa, além de ser um direito, é um recurso sustentado pelo instinto natural de conservação, através do qual zelamos pela nossa integridade física e moral contra qualquer tipo de agressão.
Por outro lado, esse princípio de autodefesa não dá motivo ao prejudicado de impor ao outro o mesmo prejuízo, de violar os seus direitos, de “fazer justiça com as próprias mãos”.
Mas há aqueles que ainda pensam como os homens do tempo de Moisés (3.500 anos atrás), em que o “olho por olho, dente por dente” era lei.
São os orgulhosos, de exagerado personalismo, cheios de preconceito, que acham que “levar desaforo pra casa” é desonra, aceitar a sugestão evangélica é ser covarde.
Eles estão longe de compreender que é melhor suportar um insulto do que revidá-lo.
Quando se suporta o insulto, a injustiça, a perseguição sem revide ou vingança, se está fortalecendo o coração com o exercício da humildade, numa visão pacífica de situações adversas que muitas vezes não se tem como modificar ou alterar. Há nessa atitude aparentemente passiva de não revidar a essência da caridade e uma grande coragem moral.
Do ponto de vista espiritual, não revidar já é uma defesa.
A vingança alimenta o ódio, nos igualando ao agressor, nos enredando a ele, fazendo arrastar um conflito, uma desavença por muito tempo, nessa vida ou “fora dela”.
“Jesus não proibiu a defesa, mas condenou a vingança”, reflecte Allan Kardec.
“Oferecer a outra face”, por extensão, significa não retribuir o mal com o mal, e que é preferível ser ofendido, injustiçado, perseguido, arruinado, que ser a causa do infortúnio de alguém.
¹ Mateus, V: 38-42.
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O tempo do Senhor
No lar dos apóstolos em Jerusalém, era Tiago, filho de Alfeu, o mais intransigente cultor dos princípios de Moisés, entre os seguidores da Boa Nova.
Passo a passo, referia-se à alegação do Cristo:
"eu não vim destruir a Lei..." e encastelava-se em severa defesa do mosaísmo, embora sustentasse fervorosa lealdade à prática do Evangelho.
Não vacilava em estender braços generosos aos irmãos infelizes que lhe recorressem aos préstimos; contudo, reclamava estrita obediência à pureza dos alimentos, às posturas do hábito, às festas tradicionais e à circuncisão.
Mas, de todos os preceitos, detinha-se particularmente na consagração do chamado "Dia do Senhor".
Para isso, compelia todos os companheiros ao estudo e à meditação, à prece e ao silêncio, cada vez que o sábado nascesse, conquanto fossem adiados importantes serviços de assistência e socorro aos necessitados e enfermos que lhes batiam à porta.
Dominado de zelo, o apóstolo notara a ausência de Zorobatan ben Assef das orações do culto, com manifesto pesar.
Zorobatan, o vendedor de lentilhas, fora-lhe colega de infância na Galileia, no entanto, desde muito vivia nos arredores da grande cidade, viúvo e sem filhos, prestando desinteressado auxílio ao movimento apostólico.
Amanhava pequeno campo e negociava os produtos colhidos, depondo a maior parte dos lucros na bolsa de Simão Pedro, para as garantias da casa; entretanto, se vinha à instituição; suarento e cansado nas horas de trabalho exaustivo; era ele, nos instantes da prece, o faltoso renitente.
Varias vezes Tiago mandara portadores adverti-lo, mas porque a situação se mostrasse inalterada por mais de seis meses, o deliberou próprio repreendê-lo, em pessoa, no ambiente rural.
Sobraçando grande rolo com apontamentos do Pentateuco, junto de André, o fiel defensor da Lei, na ensolarada manhã de um sábado de estio, varava trilhas secas e poeirentas, em animada conversação.
A certo trecho, falou-lhe o companheiro, sensato:
- Consideras, então, que um crente sincero, qual Zorobatan, seja passível de reprimenda simplesmente porque não nos partilhe as assembleias?
- Não tanto por isso - volveu Tiago, dando ênfase aos conceitos.
Ele não apenas nos esquece o refúgio, mas também foge de respeitar o terceiro mandamento.
Empregados e vizinhos do seu campo avisam-lhe, cada semana, que ele passa os sábados inteiros em actividade intensiva, recebendo auxiliares adventícios, que lhe revolvem os celeiros e as terras.
E o diálogo continuou:
- Não se trata, porém, de abnegado amigo das boas obras?
- Sem dúvida. E creio igualmente que a fé sem obras é morta em si mesma; contudo, a Lei determina que seja santificado o tempo do Senhor.
- E o próprio Jesus?
Não curou nos dias de sábado?
- Não podemos discutir os desígnios do Mestre, de vez que a nós cabe reverenciá-los tão somente...
Se ele mesmo lia os Sagrados Escritos nas sinagogas, nos dias de repouso, ensinando-nos a orar, não vejo como desmerecer as veneráveis prescrições.
André solicitou alguns instantes e voltou a observar:
- Se uma de nossas crianças caísse no poço, em dia de sábado, não deveríamos salvá-la?
- Sim - concordou Tiago - mas nos sábados subsequentes, ser-nos-ia obrigação prender todas as crianças em recinto adequado, para que a impropriedade não se repetisse.
- E se fosse um animal de trabalho, um burro prestimoso, por exemplo, que viesse a tombar em cisterna profunda?
Seria lícito deixá-lo morrer à míngua de todo amparo, porque o desastre ocorresse num dia determinado para o descanso?
Passo a passo, referia-se à alegação do Cristo:
"eu não vim destruir a Lei..." e encastelava-se em severa defesa do mosaísmo, embora sustentasse fervorosa lealdade à prática do Evangelho.
Não vacilava em estender braços generosos aos irmãos infelizes que lhe recorressem aos préstimos; contudo, reclamava estrita obediência à pureza dos alimentos, às posturas do hábito, às festas tradicionais e à circuncisão.
Mas, de todos os preceitos, detinha-se particularmente na consagração do chamado "Dia do Senhor".
Para isso, compelia todos os companheiros ao estudo e à meditação, à prece e ao silêncio, cada vez que o sábado nascesse, conquanto fossem adiados importantes serviços de assistência e socorro aos necessitados e enfermos que lhes batiam à porta.
Dominado de zelo, o apóstolo notara a ausência de Zorobatan ben Assef das orações do culto, com manifesto pesar.
Zorobatan, o vendedor de lentilhas, fora-lhe colega de infância na Galileia, no entanto, desde muito vivia nos arredores da grande cidade, viúvo e sem filhos, prestando desinteressado auxílio ao movimento apostólico.
Amanhava pequeno campo e negociava os produtos colhidos, depondo a maior parte dos lucros na bolsa de Simão Pedro, para as garantias da casa; entretanto, se vinha à instituição; suarento e cansado nas horas de trabalho exaustivo; era ele, nos instantes da prece, o faltoso renitente.
Varias vezes Tiago mandara portadores adverti-lo, mas porque a situação se mostrasse inalterada por mais de seis meses, o deliberou próprio repreendê-lo, em pessoa, no ambiente rural.
Sobraçando grande rolo com apontamentos do Pentateuco, junto de André, o fiel defensor da Lei, na ensolarada manhã de um sábado de estio, varava trilhas secas e poeirentas, em animada conversação.
A certo trecho, falou-lhe o companheiro, sensato:
- Consideras, então, que um crente sincero, qual Zorobatan, seja passível de reprimenda simplesmente porque não nos partilhe as assembleias?
- Não tanto por isso - volveu Tiago, dando ênfase aos conceitos.
Ele não apenas nos esquece o refúgio, mas também foge de respeitar o terceiro mandamento.
Empregados e vizinhos do seu campo avisam-lhe, cada semana, que ele passa os sábados inteiros em actividade intensiva, recebendo auxiliares adventícios, que lhe revolvem os celeiros e as terras.
E o diálogo continuou:
- Não se trata, porém, de abnegado amigo das boas obras?
- Sem dúvida. E creio igualmente que a fé sem obras é morta em si mesma; contudo, a Lei determina que seja santificado o tempo do Senhor.
- E o próprio Jesus?
Não curou nos dias de sábado?
- Não podemos discutir os desígnios do Mestre, de vez que a nós cabe reverenciá-los tão somente...
Se ele mesmo lia os Sagrados Escritos nas sinagogas, nos dias de repouso, ensinando-nos a orar, não vejo como desmerecer as veneráveis prescrições.
André solicitou alguns instantes e voltou a observar:
- Se uma de nossas crianças caísse no poço, em dia de sábado, não deveríamos salvá-la?
- Sim - concordou Tiago - mas nos sábados subsequentes, ser-nos-ia obrigação prender todas as crianças em recinto adequado, para que a impropriedade não se repetisse.
- E se fosse um animal de trabalho, um burro prestimoso, por exemplo, que viesse a tombar em cisterna profunda?
Seria lícito deixá-lo morrer à míngua de todo amparo, porque o desastre ocorresse num dia determinado para o descanso?
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
- Não hesitaria em socorrer o burro - disse o interlocutor, solene - mas vendê-lo-ia, de imediato, para que não voltasse a ocasionar transtorno semelhante.
Nesse ponto do entendimento, a pequena casa de Zorobatan surgiu à vista.
No átrio limpo e singelo, erguia-se mesa tosca e, junto à mesa, magras mulheres lavavam pratos de madeira.
Velhos doentes arrastavam-se em torno, enquanto meninos esquálidos traziam frutos, do depósito de provisões.
Apesar da pobreza em redor, todos os semblantes irradiavam alegria.
A curta distância, Tiago viu Zorobatan que vinha do interior, carregando enorme vasilha fumegante.
Surpreendido, escutou-lhe a palavra, chamando os presentes para a sopa que oferecia gratuita, ao mesmo tempo em que tornava à cozinha para buscar nova remessa.
Sentaram-se todos os circunstantes, nos quais o apóstolo anotou a presença de aleijados e enfermos, viúvas e órfãos, que ele próprio já conhecia desde muito.
Aproximou-se, no entanto, da porta e esperava que o amigo regressasse ao pátio, de modo a exprimir-lhe a desaprovação que lhe rugia nalma, quando viu Zorobatan sair da intimidade doméstica, arfando de fadiga, ao peso de recipiente maior.
Desta vez, porém, um homem de olhar brando vinha, junto dele, apoiando-lhe as mãos calosas, para que o precioso conteúdo não se perdesse.
O visitante, irritado, dispunha-se a levantar a voz, quando reconheceu no ajudante desconhecido o próprio Cristo que ele, só ele Tiago, conseguiu ver...
- Mestre!... - exclamou entre perplexo e constrangido.
- Sim, Tiago - respondeu Jesus sem se alterar -, agradeço as preces com que me honram, mas devo estar pessoalmente com todos aqueles que auxiliam os nossos irmãos por amor de meu nome...
Com grande assombro para André, o velho apóstolo, em pranto mudo, largou o rolo da Lei sobre um montão de calhaus superpostos, segurou também a panela e começou a servir.
Do livro Senda para Deus, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Nesse ponto do entendimento, a pequena casa de Zorobatan surgiu à vista.
No átrio limpo e singelo, erguia-se mesa tosca e, junto à mesa, magras mulheres lavavam pratos de madeira.
Velhos doentes arrastavam-se em torno, enquanto meninos esquálidos traziam frutos, do depósito de provisões.
Apesar da pobreza em redor, todos os semblantes irradiavam alegria.
A curta distância, Tiago viu Zorobatan que vinha do interior, carregando enorme vasilha fumegante.
Surpreendido, escutou-lhe a palavra, chamando os presentes para a sopa que oferecia gratuita, ao mesmo tempo em que tornava à cozinha para buscar nova remessa.
Sentaram-se todos os circunstantes, nos quais o apóstolo anotou a presença de aleijados e enfermos, viúvas e órfãos, que ele próprio já conhecia desde muito.
Aproximou-se, no entanto, da porta e esperava que o amigo regressasse ao pátio, de modo a exprimir-lhe a desaprovação que lhe rugia nalma, quando viu Zorobatan sair da intimidade doméstica, arfando de fadiga, ao peso de recipiente maior.
Desta vez, porém, um homem de olhar brando vinha, junto dele, apoiando-lhe as mãos calosas, para que o precioso conteúdo não se perdesse.
O visitante, irritado, dispunha-se a levantar a voz, quando reconheceu no ajudante desconhecido o próprio Cristo que ele, só ele Tiago, conseguiu ver...
- Mestre!... - exclamou entre perplexo e constrangido.
- Sim, Tiago - respondeu Jesus sem se alterar -, agradeço as preces com que me honram, mas devo estar pessoalmente com todos aqueles que auxiliam os nossos irmãos por amor de meu nome...
Com grande assombro para André, o velho apóstolo, em pranto mudo, largou o rolo da Lei sobre um montão de calhaus superpostos, segurou também a panela e começou a servir.
Do livro Senda para Deus, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Vencendo obstáculos
O sábio Léon Denis, que gostamos de citar, no que se refere à dor, no seu livro que é motivo de nossos profundos estudos, em nossa casa espírita, referência em muitos assuntos, “O Problema do Ser do Destino e da Dor”, diz que é necessário sofrer, para adquirir e conquistar e que os actos de sacrifício aumentam as radiações psíquicas.
Comenta que há como que uma esteira luminosa que segue, no espaço, os espíritos dos heróis e dos mártires.
Vemos, em O Evangelho segundo o Espiritismo, no item A Paciência, um espírito amigo dizendo que a dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos e que não devemos nos afligir quando sofrermos, ao contrário, devemos bendizer a Deus todo poderoso que nos marcou pela dor neste mundo, para a glória no céu.
Todos nesse mundo sofrem, nós o sabemos, mas sofrer com resignação é bem sofrer.
Tentar ultrapassar obstáculos nos sofrimentos, revela extrema coragem e força de vontade do espírito que assim age.
O mundo está repleto de espíritos encarnados, que anónimos ou não, são exemplos para aqueles que os rodeiam.
Deus permite que esses espíritos passem no mundo para ensinarem aos seus irmãos do caminho.
E que belos ensinamentos!
Há cerca de dois meses, conversávamos com uma jovem advogada, e falávamos desses heróis silenciosos, desses que passam, deixando um rastro de luz.
Ela então, nos falou sobre a sua mãe, uma senhora de cinquenta e sete anos.
Sua mãe é enfermeira aposentada.
Seu sonho era quando terminasse de criar os seus filhos e se aposentasse, fazer medicina.
Trabalhou até que se aposentou.
Seus filhos, formados, casados.
Aí, pensou que era hora de realizar seu sonho, fazer medicina.
Um obstáculo surgiu no caminho. Adoeceu.
Começou a ter dificuldades para andar.
Em linguagem leiga, formigamento, dormência e perda de forças nas pernas.
Por mais que tratasse, com todos os cuidados, o quadro foi se agravando.
O diagnóstico médico foi Esclerose Múltipla.
O tratamento médico convencional para o caso, não a estava melhorando, ao contrário, piorava cada vez mais.
Foi para a cadeira de rodas, não conseguia mais andar e a memória começou a falhar.
Não conseguia se lembrar dos factos.
Tentando ajudá-la, a família buscou um especialista, que lhe ministrou vitamina D, num tratamento alternativo.
Ela começou a melhorar.
Saiu da cadeira de rodas, voltou a andar, recuperou a memória.
Ainda tem Esclerose Múltipla, mas essa está controlada.
Fez vestibular, passou em medicina e, actualmente, está cursando o terceiro ano.
Quando ouvimos essa história pensamos connosco que essa mulher é um exemplo de coragem e de esforço.
Poderia ter se acomodado, mas está realizando seu sonho, está sendo um modelo para a sua família e todos os que a conhecem.
Não aparece na mídia, não é famosa no mundo, mas por certo é aclamada na espiritualidade superior, como alguém que, encarnada, está semeando uma lavoura generosa, uma boa luta no mundo.
Lembramos o apóstolo Paulo, quando ele nos diz, em Coríntios:
“vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sê-de fortes.”
O momento é de sermos vigilantes, sim, de sermos fortes e firmes na fé.
A situação de muitos encarnados é de grandes sofrimentos, mas lembremos que Deus não deixa seus filhos ao abandono.
Todos estamos amparados e vidas como essa que nós citamos nos enchem de admiração.
É o rasto de luz dos heróis.
Nesse caso, uma heroína anónima.
Não sabemos o seu nome.
Talvez não vejamos mais essa jovem advogada com quem conversamos, mas a história de sua mãe permanece connosco, como um modelo vivo de coragem e de fé.
Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Fonte Viva, nos orienta que permaneçamos firmes na fé, ante a tempestade.
Diz ele na página Varonilmente:
“Portai-vos varonilmente, em todos os lances difíceis.
Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.”
O mestre Jesus é o modelo de todos nós.
Guardemos suas lições de amor e paciência, serenidade e paz, com fortaleza até o fim.
Permaneçamos firmes.
Perseveremos no bem.
As dores são todas temporárias e o bem há de vencer na Terra.
§.§.§- Ave sem Ninho
Comenta que há como que uma esteira luminosa que segue, no espaço, os espíritos dos heróis e dos mártires.
Vemos, em O Evangelho segundo o Espiritismo, no item A Paciência, um espírito amigo dizendo que a dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos e que não devemos nos afligir quando sofrermos, ao contrário, devemos bendizer a Deus todo poderoso que nos marcou pela dor neste mundo, para a glória no céu.
Todos nesse mundo sofrem, nós o sabemos, mas sofrer com resignação é bem sofrer.
Tentar ultrapassar obstáculos nos sofrimentos, revela extrema coragem e força de vontade do espírito que assim age.
O mundo está repleto de espíritos encarnados, que anónimos ou não, são exemplos para aqueles que os rodeiam.
Deus permite que esses espíritos passem no mundo para ensinarem aos seus irmãos do caminho.
E que belos ensinamentos!
Há cerca de dois meses, conversávamos com uma jovem advogada, e falávamos desses heróis silenciosos, desses que passam, deixando um rastro de luz.
Ela então, nos falou sobre a sua mãe, uma senhora de cinquenta e sete anos.
Sua mãe é enfermeira aposentada.
Seu sonho era quando terminasse de criar os seus filhos e se aposentasse, fazer medicina.
Trabalhou até que se aposentou.
Seus filhos, formados, casados.
Aí, pensou que era hora de realizar seu sonho, fazer medicina.
Um obstáculo surgiu no caminho. Adoeceu.
Começou a ter dificuldades para andar.
Em linguagem leiga, formigamento, dormência e perda de forças nas pernas.
Por mais que tratasse, com todos os cuidados, o quadro foi se agravando.
O diagnóstico médico foi Esclerose Múltipla.
O tratamento médico convencional para o caso, não a estava melhorando, ao contrário, piorava cada vez mais.
Foi para a cadeira de rodas, não conseguia mais andar e a memória começou a falhar.
Não conseguia se lembrar dos factos.
Tentando ajudá-la, a família buscou um especialista, que lhe ministrou vitamina D, num tratamento alternativo.
Ela começou a melhorar.
Saiu da cadeira de rodas, voltou a andar, recuperou a memória.
Ainda tem Esclerose Múltipla, mas essa está controlada.
Fez vestibular, passou em medicina e, actualmente, está cursando o terceiro ano.
Quando ouvimos essa história pensamos connosco que essa mulher é um exemplo de coragem e de esforço.
Poderia ter se acomodado, mas está realizando seu sonho, está sendo um modelo para a sua família e todos os que a conhecem.
Não aparece na mídia, não é famosa no mundo, mas por certo é aclamada na espiritualidade superior, como alguém que, encarnada, está semeando uma lavoura generosa, uma boa luta no mundo.
Lembramos o apóstolo Paulo, quando ele nos diz, em Coríntios:
“vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sê-de fortes.”
O momento é de sermos vigilantes, sim, de sermos fortes e firmes na fé.
A situação de muitos encarnados é de grandes sofrimentos, mas lembremos que Deus não deixa seus filhos ao abandono.
Todos estamos amparados e vidas como essa que nós citamos nos enchem de admiração.
É o rasto de luz dos heróis.
Nesse caso, uma heroína anónima.
Não sabemos o seu nome.
Talvez não vejamos mais essa jovem advogada com quem conversamos, mas a história de sua mãe permanece connosco, como um modelo vivo de coragem e de fé.
Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Fonte Viva, nos orienta que permaneçamos firmes na fé, ante a tempestade.
Diz ele na página Varonilmente:
“Portai-vos varonilmente, em todos os lances difíceis.
Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.”
O mestre Jesus é o modelo de todos nós.
Guardemos suas lições de amor e paciência, serenidade e paz, com fortaleza até o fim.
Permaneçamos firmes.
Perseveremos no bem.
As dores são todas temporárias e o bem há de vencer na Terra.
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SÃO CHEGADOS OS TEMPOS?
São chegados os tempos?
Para os que em nada crêem, essas palavras não têm qualquer legitimidade e não lhes toca a consciência.
Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de sobrenatural, prenunciadoras da subversão das leis da Natureza.
Para Kardec, as duas posições são erróneas:
"a primeira, porque envolve uma negação da Providência; a segunda, porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o cumprimento dessas leis."(1)
Inteligentemente consignado no Jornal O Imortal por Astolfo Olegário "O futuro a Deus pertence e nem mesmo Jesus se atreveu a precisá-lo.
(...) "O advento do mundo de regeneração não se dá nem se completa em pouco tempo.
Que a transição de planeta de provas e expiações para regeneração já começou, não padece dúvida.
Na Revista Espírita há inúmeras informações que o atestam.
O equívoco é datar, é precisar, é fixar uma época em que tal processo estará concluído." (2)
A rigor, todas as leis da Natureza são obras eternas do Criador, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável.
"Quando a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus."(3)
A Terceira Revelação não inventa a renovação social; "a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade.
Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento."(4)
A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles.
Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados como:
Mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito; Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos; Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos ainda têm o que expiar; Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal e os Mundos celestes ou divinos, onde exclusivamente reina o bem.
Na condição de expiação e provas, a Terra viveu "Época de lutas amargas, desde os primeiros anos deste século,(*) a guerra se aninhou com carácter permanente em quase todas as regiões do planeta.
A Liga das Nações, o Tratado de Versalhes, bem como todos os pactos de segurança da paz, não têm sido senão fenómenos da própria guerra, que somente terminarão com o apogeu dessas lutas fratricidas, no processo de selecção final das expressões espirituais da vida terrestre."(5).
O Século XX, recentemente findo, foi, sem dúvida, o século mais sangrento de todos.
Após a Segunda Guerra Mundial, já tivemos 160 conflitos bélicos e 40 milhões de mortos.
Se contabilizarmos desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e 187 milhões de mortos, aproximadamente.
Apesar de terroristas agirem em toda parte, tropas se confrontarem em muitas regiões, a economia se descontrolar, sistemas e valores entrarem em colapso, instituições tradicionais como a Igreja e a Família serem violentamente abaladas, teóricos pregarem o fim da História, não faltam as vozes optimistas que apregoam um porvir renovado sob a luz de uma nova era.
Não há como se desconhecer a violência que assola a Humanidade terrestre.
Ela está presente no trânsito, destruindo vidas e mutilando corpos; na prostituição infanto-juvenil, sob o assédio dos malfeitores; na polícia, subvertendo suas obrigações patrióticas de proteger e auxiliar o povo, por interesses pessoais e mesquinhos; nas drogas, levando os jovens à dependência dessas substâncias alucinogénas; nas religiões, onde fanáticos insanos lutam e se aniquilam, disputando qual o "deus" mais forte e mais poderoso; no lar, pela intolerância dos pais para com os filhos e vice-versa, dispensando o diálogo fraterno, que, se houvesse, faria de suas vidas uma tranquila experiência de coabitar com amor.
Para os que em nada crêem, essas palavras não têm qualquer legitimidade e não lhes toca a consciência.
Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de sobrenatural, prenunciadoras da subversão das leis da Natureza.
Para Kardec, as duas posições são erróneas:
"a primeira, porque envolve uma negação da Providência; a segunda, porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o cumprimento dessas leis."(1)
Inteligentemente consignado no Jornal O Imortal por Astolfo Olegário "O futuro a Deus pertence e nem mesmo Jesus se atreveu a precisá-lo.
(...) "O advento do mundo de regeneração não se dá nem se completa em pouco tempo.
Que a transição de planeta de provas e expiações para regeneração já começou, não padece dúvida.
Na Revista Espírita há inúmeras informações que o atestam.
O equívoco é datar, é precisar, é fixar uma época em que tal processo estará concluído." (2)
A rigor, todas as leis da Natureza são obras eternas do Criador, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável.
"Quando a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus."(3)
A Terceira Revelação não inventa a renovação social; "a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade.
Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento."(4)
A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles.
Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados como:
Mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito; Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos; Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos ainda têm o que expiar; Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal e os Mundos celestes ou divinos, onde exclusivamente reina o bem.
Na condição de expiação e provas, a Terra viveu "Época de lutas amargas, desde os primeiros anos deste século,(*) a guerra se aninhou com carácter permanente em quase todas as regiões do planeta.
A Liga das Nações, o Tratado de Versalhes, bem como todos os pactos de segurança da paz, não têm sido senão fenómenos da própria guerra, que somente terminarão com o apogeu dessas lutas fratricidas, no processo de selecção final das expressões espirituais da vida terrestre."(5).
O Século XX, recentemente findo, foi, sem dúvida, o século mais sangrento de todos.
Após a Segunda Guerra Mundial, já tivemos 160 conflitos bélicos e 40 milhões de mortos.
Se contabilizarmos desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e 187 milhões de mortos, aproximadamente.
Apesar de terroristas agirem em toda parte, tropas se confrontarem em muitas regiões, a economia se descontrolar, sistemas e valores entrarem em colapso, instituições tradicionais como a Igreja e a Família serem violentamente abaladas, teóricos pregarem o fim da História, não faltam as vozes optimistas que apregoam um porvir renovado sob a luz de uma nova era.
Não há como se desconhecer a violência que assola a Humanidade terrestre.
Ela está presente no trânsito, destruindo vidas e mutilando corpos; na prostituição infanto-juvenil, sob o assédio dos malfeitores; na polícia, subvertendo suas obrigações patrióticas de proteger e auxiliar o povo, por interesses pessoais e mesquinhos; nas drogas, levando os jovens à dependência dessas substâncias alucinogénas; nas religiões, onde fanáticos insanos lutam e se aniquilam, disputando qual o "deus" mais forte e mais poderoso; no lar, pela intolerância dos pais para com os filhos e vice-versa, dispensando o diálogo fraterno, que, se houvesse, faria de suas vidas uma tranquila experiência de coabitar com amor.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Percebemos que há um grande número de pessoas aderindo às sugestões do mal, por simples ignorância.
Estas, serão renovadas no desdobramento de suas experiências, particularmente com a magna dor, em reencarnações regeneradoras.
O problema maior está com aqueles em que o mal predomina nas entranhas de seus corações, o que constitui uma minoria.
Estes, pela lei da selecção natural dos valores morais, serão expurgados do nosso convívio, assim que houver chegado a hora.
Temos a impressão de que os actos violentos, praticados por mentes insanas, banalizam-se no curso do tempo, mas, apesar de essa violência sufocar, confundir, assustar e cercear o homem na sua liberdade de ir e vir, nunca se assistiu, em todos os tempos, tantas pessoas boas e pacíficas, mobilizarem-se em prol de programas assistenciais aos irmãos menos afortunados, trabalhando voluntariamente por um mundo melhor e mais justo e com total desprendimento e espírito cristão.
É claro que não podemos desconsiderar os perigos reais que nos cercam:
desastres nucleares; o buraco na camada de ozónio; o desmatamento desordenado de nossas florestas; a poluição das nossas límpidas águas, etc., mas se olharmos o momento em que vivemos sob a óptica da revelação espírita, teremos motivos suficientes para crer que o desespero e desesperança, consequentes do pessimismo que prevalece actualmente entre os homens, precisam ser substituídos pela acção eficaz.
A Terra está entrando em uma fase de transição para Mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais de evolução.
Mensagens da espiritualidade que nos vêm sendo transmitidas no movimento espírita, desde o final do Século XX, têm confirmado tal facto, e o homem não há como vetar os Decretos de Deus.
Percebe-se que, actualmente, tudo está se transformando muito rapidamente, trazendo mais conforto e melhor qualidade de vida ao habitante da Terra.
A dor física está, relativamente, sob controle; a longevidade ampliada; a automação da vida material está cada vez maior, em face da tecnologia fascinante, especialmente na área da comunicação e informática.
Quando poderíamos imaginar, por exemplo, há 50 anos, o potencial da Internet?
Já no Século XIX, Kardec asseverava que:
"A Humanidade tem realizado, até o presente, incontestáveis progressos.
Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material."(6)
Neste Século XXI, o Planeta passa por um processo acelerado de transformação.
É com muito optimismo que percebemos, no tecido social contemporâneo, a gestação de vários investimentos, envolvendo cientistas, filósofos, religiosos e educadores que se inclinam para a formulação de um mundo renovado.
Busca-se um novo conceito do homem e um novo ideal de sociedade, alicerçados em paradigmas revolucionários da Nova Física.
Se atentarmos apenas para a Informática e para a Medicina, enquanto factores de progresso humanos a benefício de toda a Humanidade, perceberemos que Deus autorizou aos Espíritos Protectores fazerem aportar, na Terra, os admiráveis avanços científicos que alcançamos.
"O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.
No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era."(7)
A transição de uma categoria de mundo, para outra, não se processa sem abalos, pois toda mudança gera conflitos.
Há um momento em que o antigo e o novo se confrontam, estabelecendo a desordem e uma aparência de caos.
Estas, serão renovadas no desdobramento de suas experiências, particularmente com a magna dor, em reencarnações regeneradoras.
O problema maior está com aqueles em que o mal predomina nas entranhas de seus corações, o que constitui uma minoria.
Estes, pela lei da selecção natural dos valores morais, serão expurgados do nosso convívio, assim que houver chegado a hora.
Temos a impressão de que os actos violentos, praticados por mentes insanas, banalizam-se no curso do tempo, mas, apesar de essa violência sufocar, confundir, assustar e cercear o homem na sua liberdade de ir e vir, nunca se assistiu, em todos os tempos, tantas pessoas boas e pacíficas, mobilizarem-se em prol de programas assistenciais aos irmãos menos afortunados, trabalhando voluntariamente por um mundo melhor e mais justo e com total desprendimento e espírito cristão.
É claro que não podemos desconsiderar os perigos reais que nos cercam:
desastres nucleares; o buraco na camada de ozónio; o desmatamento desordenado de nossas florestas; a poluição das nossas límpidas águas, etc., mas se olharmos o momento em que vivemos sob a óptica da revelação espírita, teremos motivos suficientes para crer que o desespero e desesperança, consequentes do pessimismo que prevalece actualmente entre os homens, precisam ser substituídos pela acção eficaz.
A Terra está entrando em uma fase de transição para Mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais de evolução.
Mensagens da espiritualidade que nos vêm sendo transmitidas no movimento espírita, desde o final do Século XX, têm confirmado tal facto, e o homem não há como vetar os Decretos de Deus.
Percebe-se que, actualmente, tudo está se transformando muito rapidamente, trazendo mais conforto e melhor qualidade de vida ao habitante da Terra.
A dor física está, relativamente, sob controle; a longevidade ampliada; a automação da vida material está cada vez maior, em face da tecnologia fascinante, especialmente na área da comunicação e informática.
Quando poderíamos imaginar, por exemplo, há 50 anos, o potencial da Internet?
Já no Século XIX, Kardec asseverava que:
"A Humanidade tem realizado, até o presente, incontestáveis progressos.
Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material."(6)
Neste Século XXI, o Planeta passa por um processo acelerado de transformação.
É com muito optimismo que percebemos, no tecido social contemporâneo, a gestação de vários investimentos, envolvendo cientistas, filósofos, religiosos e educadores que se inclinam para a formulação de um mundo renovado.
Busca-se um novo conceito do homem e um novo ideal de sociedade, alicerçados em paradigmas revolucionários da Nova Física.
Se atentarmos apenas para a Informática e para a Medicina, enquanto factores de progresso humanos a benefício de toda a Humanidade, perceberemos que Deus autorizou aos Espíritos Protectores fazerem aportar, na Terra, os admiráveis avanços científicos que alcançamos.
"O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.
No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era."(7)
A transição de uma categoria de mundo, para outra, não se processa sem abalos, pois toda mudança gera conflitos.
Há um momento em que o antigo e o novo se confrontam, estabelecendo a desordem e uma aparência de caos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
"(...) a vulgarização universal do Espiritismo dará em resultado, necessariamente, uma elevação sensível do nível moral da actualidade."(8)
Fugindo-se da paranóia de datação do advento do Mundo de Regeneração, se quisermos actuar verdadeiramente, auxiliando o advento de um mundo melhor, tratemos de trabalhar incansavelmente pela divulgação das ideias espíritas, corrigindo as distorções (facilmente observadas) no rumo do movimento que abraçamos, a fim de que os condicionamentos adquiridos em outros arraiais religiosos não venham a contaminar nossa acção, pela também intromissão de atitudes dogmáticas e intolerantes.
"Não é possível esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados.
Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar a esse mundo pelas portas da reencarnação.
Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável - se os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa - deveremos agir agora, sem perda de tempo."(9)
Para habitarmos um mundo regenerado, mister se faz que o mereçamos.
Para tanto, urge que pratiquemos a caridade, não restrita apenas à esmola, mas que abranja todas as relações com os nossos semelhantes.
Assim, perceberemos que a caridade é um ato de relação (doação total) para com os nossos semelhantes.
Desta forma, estaremos atendendo ao chamamento do Cristo, quando disse:
"Amarás o senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este é o maior e o primeiro mandamento.
E aqui tendes o segundo, semelhante a esse:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos."(10)
Jorge Hessen
(*) Emmanuel faz referência ao Século XX
FONTES
(1) Kardec, Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)
(2) Cf. Jornal o Imortal publicado em outubro de 2006
(3) ______ Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)
(4) Idem
(5) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987
(6) Kardec, Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, cap XVII, item 5
(7) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987
(8) Kardec, Allan. Obras Póstumas, 26ª Ed RJ, FEB 1978. As Aristocracias
(9) Matéria publicada no Boletim SEI - Serviço Espírita de Informações 30/04/05
(10) Cf. Mateus, 22, 34-40
§.§.§- Ave sem Ninho
Fugindo-se da paranóia de datação do advento do Mundo de Regeneração, se quisermos actuar verdadeiramente, auxiliando o advento de um mundo melhor, tratemos de trabalhar incansavelmente pela divulgação das ideias espíritas, corrigindo as distorções (facilmente observadas) no rumo do movimento que abraçamos, a fim de que os condicionamentos adquiridos em outros arraiais religiosos não venham a contaminar nossa acção, pela também intromissão de atitudes dogmáticas e intolerantes.
"Não é possível esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados.
Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar a esse mundo pelas portas da reencarnação.
Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável - se os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa - deveremos agir agora, sem perda de tempo."(9)
Para habitarmos um mundo regenerado, mister se faz que o mereçamos.
Para tanto, urge que pratiquemos a caridade, não restrita apenas à esmola, mas que abranja todas as relações com os nossos semelhantes.
Assim, perceberemos que a caridade é um ato de relação (doação total) para com os nossos semelhantes.
Desta forma, estaremos atendendo ao chamamento do Cristo, quando disse:
"Amarás o senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este é o maior e o primeiro mandamento.
E aqui tendes o segundo, semelhante a esse:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos."(10)
Jorge Hessen
(*) Emmanuel faz referência ao Século XX
FONTES
(1) Kardec, Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)
(2) Cf. Jornal o Imortal publicado em outubro de 2006
(3) ______ Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, Sinais dos Tempos - 4ª pte.(itens 21 a 26) (Estudo 131 e 132)
(4) Idem
(5) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987
(6) Kardec, Allan. A Génese, RJ: Ed FEB, 2004, cap XVII, item 5
(7) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, RJ: Ed FEB 1987
(8) Kardec, Allan. Obras Póstumas, 26ª Ed RJ, FEB 1978. As Aristocracias
(9) Matéria publicada no Boletim SEI - Serviço Espírita de Informações 30/04/05
(10) Cf. Mateus, 22, 34-40
§.§.§- Ave sem Ninho
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MAL DE ALZHEIMER E PARKINSON
“Chama-me a atenção, porém, na actualidade, a alta estatística de portadores do mal de Alzheimer, padecendo de lamentável degeneração neuronal, em processo expiatório aflitivo para eles mesmos e para os familiares, nem sempre preparados para essa injuncção dolorosa.
Incompreendido o processo degenerativo, a irritação e a revolta tomam conta da família que maltrata o enfermo, quando este necessita de mais carinho, em face do processo irreversível.
A segurança dos diagnósticos já contribui para que, no início, se possa atenuar e retardar os efeitos progressivos dessa demência assustadora.
Sem dúvida, trata-se de um veículo expiatório para o paciente e o seu grupo familiar.
Embora a gravidade de que se reveste essa degenerescência, adversários desencarnados pioram o quadro, afligindo a vítima em tormentosos processos de agressão Espírito a Espírito, em razão do paciente encontrar-se em parcial desdobramento, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro, então alucinando-o pelo medo que alcança as vascas do terror...”
Página 110
“… os pacientes têm afectada inicialmente a memória, sofrem distúrbios cognitivos, especialmente aqueles que respondem pela fala, pela capacidade de concentração, ampliando-se o desequilíbrio no raciocínio, na perda da orientação espacial, da habilidade para calcular, enfim, dos processos normais de lógica e de comportamento...”
“... Ainda hoje continua sem grande esperança de cura, em face dos danos graves produzidos ao cérebro, que se atrofia expressivamente, mas que, detectada precocemente, pode ter diminuídos os efeitos desastrosos...
Então constato que, em se tratando de uma expiação, num processo terminal, não tem como ser estacionada, e menos, recuperada.
O curioso, nesse quadro, é a hereditariedade, que exerce um papel fundamental na sua manifestação, comprovando que esses pacientes são Espíritos incursos em delitos idênticos e praticados juntos, não lhe parece?
Pesquisadores atenciosos identificaram uma base hereditária através da descoberta de um marcador genético no cromossoma 21 em determinado grupo familiar, enquanto que, noutro, a evidência induz à acção do cromossoma 19...”
“- Exatamente – conclui, Petitinga – Graças a essa ocorrência infeliz, os Espíritos acumpliciados retornam no mesmo grupo biológico, a fim de encontrarem os factores predisponentes e preponderantes para a acção do perispírito na elaboração do corpo que propiciará o aparecimento da enfermidade moralizadora do indivíduo.
Aquele, porém, que não consegue a dádiva da reencarnação, permanece na erraticidade em aflição, vinculando-se ao antagonista quando as circunstâncias se fazem propiciatórias.”
Página 111
“- Em face dessas degenerações, o parkinsonismo, cujas raízes profundas estão no Espírito endividado, ao manifestar-se, enseja também a vinculação morbígena com os adversários vigilantes que lhe pioram o quadro, ensejando, desse modo, a recuperação moral do enfermo...
Eis, portanto, como se inicia o tormento obsessivo que nem sempre culmina com a desencarnação do paciente.”
“... - Conforme dados estatísticos confiáveis, a população de portadores da doença de Parkinson na Terra, alcança na actualidade 1% das pessoas de mais de 50 anos, o que não deixa de ser quase alarmante.
Surgem os primeiros sinais em forma de leves tremores que se tornam mais graves, aumentando progressivamente e consumindo a vítima.
Graças à identificação dos neuropeptídeos, a dopamina especialmente, produzida na região denominada substantia nigra, no cérebro, que é encarregada de conduzir as correntes nervosas por todo o corpo, responde por essa cruel problemática da área da saúde.
A sua ausência causa o desequilíbrio neurotransmissor, afectando os movimentos e dando lugar a outros distúrbios orgânicos sempre graves, porque irreversíveis.”
“Como se encaixa aí a vinculação obsessiva”?
Petitinga reflectiu calmamente, e respondeu:
- Algumas vezes, desde o berço, os litigantes permanecem mais ou menos vinculados psiquicamente.
Aquele que reencarnou sofre a presença doentia do inimigo que o aflige, levando-a a uma infância atormentada, hiperativa ou molesta.
Através dos anos, o sitiante aguarda que ocorra algum factor orgânico que lhe proporcione o desforço, instalando o seu pensamento nos delicados tecidos mentais, passando a desestabilizar as sinapses e a gerar perturbações nos diferentes sistemas nervoso simpático e autônomo...
Lentamente tem início os distúrbios em relação á vida vegetativa, à pressão arterial, aos fenómenos respiratórios, facultando a instalação de doenças orgânicas.”
“Nos processos degenerativos parkinsonianos, esse procedimento vibratório mais inibe a produção de dopamina e afecta igualmente as musculaturas vinculadas ao sistema nervoso autônomo, dando lugar à perda de equilíbrio.
Compreendemos, porém, que nem todos os casos tenham influenciação obsessiva, porque há muitos Espíritos em recuperação dos seus delitos, mas portadores de outros valores que os resguardam da interferência malsã dos inimigos desencarnados.”
“Quando os investigadores científicos puderem dedicar maior atenção às pesquisas parapsíquicas, especialmente aquelas de natureza mediúnica – pois que, na base da ocorrência, sempre se está diante de um fenómeno mediúnico de longo porte – serão encontradas respostas para muitas incógnitas defrontadas nas terapêuticas aplicadas às enfermidades.”
POR MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
Livro: TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E OBSESSIVOS - DIVALDO P. FRANDO,
Fonte: JORNAL ESPÍRITA GARIMPEIROS DE LUZ
§.§.§- Ave sem Ninho
Incompreendido o processo degenerativo, a irritação e a revolta tomam conta da família que maltrata o enfermo, quando este necessita de mais carinho, em face do processo irreversível.
A segurança dos diagnósticos já contribui para que, no início, se possa atenuar e retardar os efeitos progressivos dessa demência assustadora.
Sem dúvida, trata-se de um veículo expiatório para o paciente e o seu grupo familiar.
Embora a gravidade de que se reveste essa degenerescência, adversários desencarnados pioram o quadro, afligindo a vítima em tormentosos processos de agressão Espírito a Espírito, em razão do paciente encontrar-se em parcial desdobramento, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro, então alucinando-o pelo medo que alcança as vascas do terror...”
Página 110
“… os pacientes têm afectada inicialmente a memória, sofrem distúrbios cognitivos, especialmente aqueles que respondem pela fala, pela capacidade de concentração, ampliando-se o desequilíbrio no raciocínio, na perda da orientação espacial, da habilidade para calcular, enfim, dos processos normais de lógica e de comportamento...”
“... Ainda hoje continua sem grande esperança de cura, em face dos danos graves produzidos ao cérebro, que se atrofia expressivamente, mas que, detectada precocemente, pode ter diminuídos os efeitos desastrosos...
Então constato que, em se tratando de uma expiação, num processo terminal, não tem como ser estacionada, e menos, recuperada.
O curioso, nesse quadro, é a hereditariedade, que exerce um papel fundamental na sua manifestação, comprovando que esses pacientes são Espíritos incursos em delitos idênticos e praticados juntos, não lhe parece?
Pesquisadores atenciosos identificaram uma base hereditária através da descoberta de um marcador genético no cromossoma 21 em determinado grupo familiar, enquanto que, noutro, a evidência induz à acção do cromossoma 19...”
“- Exatamente – conclui, Petitinga – Graças a essa ocorrência infeliz, os Espíritos acumpliciados retornam no mesmo grupo biológico, a fim de encontrarem os factores predisponentes e preponderantes para a acção do perispírito na elaboração do corpo que propiciará o aparecimento da enfermidade moralizadora do indivíduo.
Aquele, porém, que não consegue a dádiva da reencarnação, permanece na erraticidade em aflição, vinculando-se ao antagonista quando as circunstâncias se fazem propiciatórias.”
Página 111
“- Em face dessas degenerações, o parkinsonismo, cujas raízes profundas estão no Espírito endividado, ao manifestar-se, enseja também a vinculação morbígena com os adversários vigilantes que lhe pioram o quadro, ensejando, desse modo, a recuperação moral do enfermo...
Eis, portanto, como se inicia o tormento obsessivo que nem sempre culmina com a desencarnação do paciente.”
“... - Conforme dados estatísticos confiáveis, a população de portadores da doença de Parkinson na Terra, alcança na actualidade 1% das pessoas de mais de 50 anos, o que não deixa de ser quase alarmante.
Surgem os primeiros sinais em forma de leves tremores que se tornam mais graves, aumentando progressivamente e consumindo a vítima.
Graças à identificação dos neuropeptídeos, a dopamina especialmente, produzida na região denominada substantia nigra, no cérebro, que é encarregada de conduzir as correntes nervosas por todo o corpo, responde por essa cruel problemática da área da saúde.
A sua ausência causa o desequilíbrio neurotransmissor, afectando os movimentos e dando lugar a outros distúrbios orgânicos sempre graves, porque irreversíveis.”
“Como se encaixa aí a vinculação obsessiva”?
Petitinga reflectiu calmamente, e respondeu:
- Algumas vezes, desde o berço, os litigantes permanecem mais ou menos vinculados psiquicamente.
Aquele que reencarnou sofre a presença doentia do inimigo que o aflige, levando-a a uma infância atormentada, hiperativa ou molesta.
Através dos anos, o sitiante aguarda que ocorra algum factor orgânico que lhe proporcione o desforço, instalando o seu pensamento nos delicados tecidos mentais, passando a desestabilizar as sinapses e a gerar perturbações nos diferentes sistemas nervoso simpático e autônomo...
Lentamente tem início os distúrbios em relação á vida vegetativa, à pressão arterial, aos fenómenos respiratórios, facultando a instalação de doenças orgânicas.”
“Nos processos degenerativos parkinsonianos, esse procedimento vibratório mais inibe a produção de dopamina e afecta igualmente as musculaturas vinculadas ao sistema nervoso autônomo, dando lugar à perda de equilíbrio.
Compreendemos, porém, que nem todos os casos tenham influenciação obsessiva, porque há muitos Espíritos em recuperação dos seus delitos, mas portadores de outros valores que os resguardam da interferência malsã dos inimigos desencarnados.”
“Quando os investigadores científicos puderem dedicar maior atenção às pesquisas parapsíquicas, especialmente aquelas de natureza mediúnica – pois que, na base da ocorrência, sempre se está diante de um fenómeno mediúnico de longo porte – serão encontradas respostas para muitas incógnitas defrontadas nas terapêuticas aplicadas às enfermidades.”
POR MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
Livro: TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E OBSESSIVOS - DIVALDO P. FRANDO,
Fonte: JORNAL ESPÍRITA GARIMPEIROS DE LUZ
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A mão de Deus
É muito comum quando conhecemos alguma escola religiosa ficarmos encantados com seus ensinamentos, sem que eles nos modifiquem de imediato.
Somos Espíritos imortais, criados simples e ignorantes, como nos esclarece a questão 115 de O Livro dos Espíritos.
Portanto, somos nós mesmos que construímos nossa personalidade através de nossas muitas reencarnações.
Ler uma receita de bolo não nos torna mestre na arte da culinária.
É necessário esforço.
Um dos erros muito comuns é nos acharmos no direito de modificar alguém, seja através de palavras rudes ou atitudes constrangedoras.
Por não conseguirmos ainda enxergar que somos tão necessitados de melhora moral como qualquer outro habitante desta morada escola.
Algumas vezes ouvimos por aí:
"mas não somos todos instrumentos de Deus para melhorar alguém?"
Muitos distorcem os ensinamentos, fugindo da lógica cristã, que é a caridade, tendo a pretensão de ser "a mão de Deus sobre Terra".
É importante lembrar das palavras de Jesus:
"Os escândalos são necessários, mas ai daqueles através dos quais os escândalos venham".
Ninguém está isento de sofrer as consequências de suas atitudes.
Aliás, a questão 470 de O Livro dos Espíritos, que transcreveremos integralmente a seguir, deixa isso bem claro:
"Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal, e que assim colocam à prova nossa firmeza no bem, receberam a missão de o fazer?
E se é uma missão que cumprem, onde estará a responsabilidade".
Resposta:
"Nunca o Espírito recebe a missão de fazer o mal.
Quando ele o faz é por sua própria conta, e, por conseguinte, suportará as consequências.
Deus pode deixá-lo fazer para vos experimentar, mas não lhe ordena e cabe a vós repeli-lo".
A confusão é tão grande que já se afirmou por aí que Judas cumpria uma missão e que a Jesus não seria possível ter sucesso na sua sem isso.
A questão acima derruba esta tese, assim como a poesia de Maria Dolores, recebida por Chico Xavier, no livro Coração e Vida, onde somos informados do imenso sofrimento de Judas no umbral, devido ao remorso do seu ato.
O nosso dever para quem erra é agir com eles como gostaríamos que agissem connosco em situação semelhante.
Somos nós infalíveis e não precisamos constantemente de paciência para connosco?
Não conivência com o erro, mas caridade extrema para poder efectivamente auxiliar.
Vamos ainda mais longe, num exemplo ainda mais forte que O Livro dos Espíritos nos traz na questão 764, mostrando como geralmente usamos mal as palavras do mestre.
Pergunta:
"Jesus disse que quem matou pela espada perecerá pela espada.
Essas palavras não são a consagração da pena de Talião?
A pena infringida ao homicida não é a aplicação desta pena?”
Resposta: "Tomai cuidado!
Tende-vos enganado a respeito dessa palavra como em muitas outras.
A pena de Talião é a justiça de Deus e é Ele quem a aplica.
Todos vós suportais a cada instante essa pena, porque sois punidos pelo que pecastes nesta vida ou em outra.
Aquele que fez sofrer seus semelhantes estará numa posição que sofrerá ele mesmo o surgimento que causou.
É o sentido das palavras de Jesus.
Mas vos disse também:
Perdoai vossos inimigos e vos ensinou a pedir a Deus que vos perdoe na mesma proporção que tiverdes perdoados.
Compreendei bem”.
Não nos preocupemos, pois, com a justiça que não falha jamais e cuja nossa visão limitada não pode abarcar no seu conjunto.
Mas façamos o que nos cabe e que nos eleva, que é amar assim como queremos ser amados.
§.§.§- Ave sem Ninho
Somos Espíritos imortais, criados simples e ignorantes, como nos esclarece a questão 115 de O Livro dos Espíritos.
Portanto, somos nós mesmos que construímos nossa personalidade através de nossas muitas reencarnações.
Ler uma receita de bolo não nos torna mestre na arte da culinária.
É necessário esforço.
Um dos erros muito comuns é nos acharmos no direito de modificar alguém, seja através de palavras rudes ou atitudes constrangedoras.
Por não conseguirmos ainda enxergar que somos tão necessitados de melhora moral como qualquer outro habitante desta morada escola.
Algumas vezes ouvimos por aí:
"mas não somos todos instrumentos de Deus para melhorar alguém?"
Muitos distorcem os ensinamentos, fugindo da lógica cristã, que é a caridade, tendo a pretensão de ser "a mão de Deus sobre Terra".
É importante lembrar das palavras de Jesus:
"Os escândalos são necessários, mas ai daqueles através dos quais os escândalos venham".
Ninguém está isento de sofrer as consequências de suas atitudes.
Aliás, a questão 470 de O Livro dos Espíritos, que transcreveremos integralmente a seguir, deixa isso bem claro:
"Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal, e que assim colocam à prova nossa firmeza no bem, receberam a missão de o fazer?
E se é uma missão que cumprem, onde estará a responsabilidade".
Resposta:
"Nunca o Espírito recebe a missão de fazer o mal.
Quando ele o faz é por sua própria conta, e, por conseguinte, suportará as consequências.
Deus pode deixá-lo fazer para vos experimentar, mas não lhe ordena e cabe a vós repeli-lo".
A confusão é tão grande que já se afirmou por aí que Judas cumpria uma missão e que a Jesus não seria possível ter sucesso na sua sem isso.
A questão acima derruba esta tese, assim como a poesia de Maria Dolores, recebida por Chico Xavier, no livro Coração e Vida, onde somos informados do imenso sofrimento de Judas no umbral, devido ao remorso do seu ato.
O nosso dever para quem erra é agir com eles como gostaríamos que agissem connosco em situação semelhante.
Somos nós infalíveis e não precisamos constantemente de paciência para connosco?
Não conivência com o erro, mas caridade extrema para poder efectivamente auxiliar.
Vamos ainda mais longe, num exemplo ainda mais forte que O Livro dos Espíritos nos traz na questão 764, mostrando como geralmente usamos mal as palavras do mestre.
Pergunta:
"Jesus disse que quem matou pela espada perecerá pela espada.
Essas palavras não são a consagração da pena de Talião?
A pena infringida ao homicida não é a aplicação desta pena?”
Resposta: "Tomai cuidado!
Tende-vos enganado a respeito dessa palavra como em muitas outras.
A pena de Talião é a justiça de Deus e é Ele quem a aplica.
Todos vós suportais a cada instante essa pena, porque sois punidos pelo que pecastes nesta vida ou em outra.
Aquele que fez sofrer seus semelhantes estará numa posição que sofrerá ele mesmo o surgimento que causou.
É o sentido das palavras de Jesus.
Mas vos disse também:
Perdoai vossos inimigos e vos ensinou a pedir a Deus que vos perdoe na mesma proporção que tiverdes perdoados.
Compreendei bem”.
Não nos preocupemos, pois, com a justiça que não falha jamais e cuja nossa visão limitada não pode abarcar no seu conjunto.
Mas façamos o que nos cabe e que nos eleva, que é amar assim como queremos ser amados.
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Deus em nós
A Doutrina Espírita, actualmente, no campo religioso da Humanidade, funciona por mecanismo providencial de alertamento, induzindo-nos ao concurso natural e espontâneo na edificação do bem de todos.
Restaurando a mensagem do Cristianismo, veio estabelecer a fraternidade entre os homens.
Através da regra áurea, exige a plena observância da forma positiva em que se expressa:
é preciso fazer aos outros tudo aquilo que desejamos nos seja feito.
Isso é de lei, ou seja, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, conforme encontramos em Mateus, capítulo 22, versículo 39.
A sublimidade da religião cristã está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.
À medida que solucionamos as grandes questões de interesse colectivo, mais impelidos nos reconhecemos a observar o direito dos outros, porque as nossas conveniências estão sujeitas à tranquilidade dos vizinhos.
As leis de Deus, em especial, a lei de causa e efeito, revelam que todas as nossas acções são causas que irão gerar consequência no mundo em que vivemos.
Assim, nos princípios de causa e efeito, achamo-nos, incessantemente, sob a orientação dela, em todos os momentos de nossa vida. Dessa forma, se desejamos receber amor e paciência nas manifestações do próximo, saibamos distribuí-los com todos aqueles que nos partilham a marcha, porque bondade forma bondade; abnegação gera abnegação; com amor estimulamos o amor; com humildade geraremos humildade; com a nossa paciência edificaremos a paciência alheia; com a paz em nós, ajudaremos a construir a paz dos outros; com a caridade em nossos passos, semearemos a caridade nos passos do próximo; com a nossa fé, garantiremos a fé ao redor de nós mesmos.
Lembrando o apóstolo Paulo em Gálatas, capítulo 6, versículo 7, “tudo que o homem semear, isto também ceifará”.
Cada criatura se responsabiliza pelos seus erros e acertos, tomando consciência de que seus actos carregam a responsabilidade de suas acções.
Então, uma vez feita a escolha, pelo exercício de seu livre-arbítrio, o homem se algema às suas opções feitas.
Portanto, fazer o bem ou o mal será factor determinante na caminhada existencial de cada indivíduo em trânsito pelo planeta Terra.
Empecilhos e provações serão, talvez, marcas profundas a nos assinalarem a jornada evolutiva.
O parente complicado que julgamos carregar, hoje, é a mesma criatura que, em outra época, lançamos ao desespero e à perturbação.
Calúnias que defrontamos nada mais são que o retorno das injúrias que atribuímos, noutras eras, contra irmãos indefesos.
Através do processo reencarnatório, compreendemos que as falhas do passado procuram o nosso espírito responsável, em qualquer lugar e tempo, seja no corpo ou na alma, na família, na sociedade ou na profissão, pedindo que nos reajustemos às leis divinas.
Bendizendo, pois, a reencarnação, as oportunidades que nos são oferecidas, empenhemo-nos a trabalhar e aprender de novo, com atenção e sinceridade, para que venhamos a construir e acertar em definitivo.
É imprescindível, portanto, que auxiliemos quanto, como, onde e sempre nos seja possível, para o erguimento do bem comum, no amparo aos semelhantes para a construção da nossa própria felicidade, porque tudo aquilo que damos à vida, na pessoa do próximo, é, justamente, aquilo que a vida nos restitui.
Isto significa que nunca prejudicaremos alguém sem prejudicar a nós próprios.
“Jamais beneficiaremos, essa ou aquela pessoa, sem beneficiar a nós próprios.
Traçamos o nosso caminho pelas nossas acções sobre os outros.
Os companheiros de nossa estrada são aqueles que se nos constituirão o próprio futuro, segundo afirmação do benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Pronto Socorro, pela psicografia de Chico Xavier.
Por isso, é indispensável accionar as possibilidades de nossa cooperação fraterna, os recursos de que dispomos, ainda que reduzidos, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas em benefício daqueles que a sabedoria divina situou em nossa estrada, para testemunharmos o nosso amor a Deus e ao próximo.
Bibliografia:
KARDEC, Allan – O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo XI – 131ª edição – 2013 – FEB – Brasília, DF.
XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Palavras de Vida Eterna – lições 107-40 – 33ª edição – 2005 – Comunhão Espírita Cristã – Uberaba, MG.
XAVIER, Francisco Cândido – Pelo Espírito Emmanuel e André Luiz – Estude e Viva – 10ª edição – 2005 – FEB – Rio de Janeiro, RJ.
§.§.§- Ave sem Ninho
Restaurando a mensagem do Cristianismo, veio estabelecer a fraternidade entre os homens.
Através da regra áurea, exige a plena observância da forma positiva em que se expressa:
é preciso fazer aos outros tudo aquilo que desejamos nos seja feito.
Isso é de lei, ou seja, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, conforme encontramos em Mateus, capítulo 22, versículo 39.
A sublimidade da religião cristã está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.
À medida que solucionamos as grandes questões de interesse colectivo, mais impelidos nos reconhecemos a observar o direito dos outros, porque as nossas conveniências estão sujeitas à tranquilidade dos vizinhos.
As leis de Deus, em especial, a lei de causa e efeito, revelam que todas as nossas acções são causas que irão gerar consequência no mundo em que vivemos.
Assim, nos princípios de causa e efeito, achamo-nos, incessantemente, sob a orientação dela, em todos os momentos de nossa vida. Dessa forma, se desejamos receber amor e paciência nas manifestações do próximo, saibamos distribuí-los com todos aqueles que nos partilham a marcha, porque bondade forma bondade; abnegação gera abnegação; com amor estimulamos o amor; com humildade geraremos humildade; com a nossa paciência edificaremos a paciência alheia; com a paz em nós, ajudaremos a construir a paz dos outros; com a caridade em nossos passos, semearemos a caridade nos passos do próximo; com a nossa fé, garantiremos a fé ao redor de nós mesmos.
Lembrando o apóstolo Paulo em Gálatas, capítulo 6, versículo 7, “tudo que o homem semear, isto também ceifará”.
Cada criatura se responsabiliza pelos seus erros e acertos, tomando consciência de que seus actos carregam a responsabilidade de suas acções.
Então, uma vez feita a escolha, pelo exercício de seu livre-arbítrio, o homem se algema às suas opções feitas.
Portanto, fazer o bem ou o mal será factor determinante na caminhada existencial de cada indivíduo em trânsito pelo planeta Terra.
Empecilhos e provações serão, talvez, marcas profundas a nos assinalarem a jornada evolutiva.
O parente complicado que julgamos carregar, hoje, é a mesma criatura que, em outra época, lançamos ao desespero e à perturbação.
Calúnias que defrontamos nada mais são que o retorno das injúrias que atribuímos, noutras eras, contra irmãos indefesos.
Através do processo reencarnatório, compreendemos que as falhas do passado procuram o nosso espírito responsável, em qualquer lugar e tempo, seja no corpo ou na alma, na família, na sociedade ou na profissão, pedindo que nos reajustemos às leis divinas.
Bendizendo, pois, a reencarnação, as oportunidades que nos são oferecidas, empenhemo-nos a trabalhar e aprender de novo, com atenção e sinceridade, para que venhamos a construir e acertar em definitivo.
É imprescindível, portanto, que auxiliemos quanto, como, onde e sempre nos seja possível, para o erguimento do bem comum, no amparo aos semelhantes para a construção da nossa própria felicidade, porque tudo aquilo que damos à vida, na pessoa do próximo, é, justamente, aquilo que a vida nos restitui.
Isto significa que nunca prejudicaremos alguém sem prejudicar a nós próprios.
“Jamais beneficiaremos, essa ou aquela pessoa, sem beneficiar a nós próprios.
Traçamos o nosso caminho pelas nossas acções sobre os outros.
Os companheiros de nossa estrada são aqueles que se nos constituirão o próprio futuro, segundo afirmação do benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Pronto Socorro, pela psicografia de Chico Xavier.
Por isso, é indispensável accionar as possibilidades de nossa cooperação fraterna, os recursos de que dispomos, ainda que reduzidos, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas em benefício daqueles que a sabedoria divina situou em nossa estrada, para testemunharmos o nosso amor a Deus e ao próximo.
Bibliografia:
KARDEC, Allan – O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo XI – 131ª edição – 2013 – FEB – Brasília, DF.
XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Palavras de Vida Eterna – lições 107-40 – 33ª edição – 2005 – Comunhão Espírita Cristã – Uberaba, MG.
XAVIER, Francisco Cândido – Pelo Espírito Emmanuel e André Luiz – Estude e Viva – 10ª edição – 2005 – FEB – Rio de Janeiro, RJ.
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Resistência dos médiuns
Qualquer condutor de electricidade, por melhor que seja, opõe uma resistência (faz uma oposição) à passagem da corrente.
Essa resistência é medida em “ohms”, e há leis estabelecidas para medi-la:
o comprimento do fio, sua grossura, a temperatura e o material de que é construído.
Assim, a resistência será maior:
a) se o fio for mais comprido;
b) se o fio for mais fino;
c) se a temperatura for mais elevada, e vice-versa.
Quanto ao material, um exemplo:
o ferro opõe 6 vezes mais resistência que o cobre.
Na corrente alternada, a resistência da bobina tem um nome especial, é a impedância.
O fio se opõe muito mais à corrente alternada que à corrente directa.
Isto porque, na corrente directa os electrons simplesmente atravessam o fio de um lado para outro, então a resistência é uma constante.
Já na corrente alternada, os próprios eléctrons do fio são agitados, num campo magnético que “varia” continuamente; e essa variação do campo magnético “sufoca” e diminui a corrente, em sua intensidade.
Resistência dos médiuns
No facto mediúnico observamos com frequência tanto a “resistência” quanto a “impedância” dos médiuns.
A resistência é oposta às comunicações telepáticas que lhes chegam.
Sentado a uma mesa de “trabalhos”, com a “bateria” boa, o médium sente os sinais eléctricos que lhe chegam à mente, e “resiste”, nada manifestando, por causa do temor de que esses sinais não venham de fora, mas de dentro dele mesmo.
Isto é, que não seja a comunicação de um “espírito” desencarnado, mas apenas de “seu espírito” encarnado.
Em outras palavras:
teme, que não seja uma “comunicação”, mas simplesmente um caso de “animismo”.
Numa sessão bem orientada, o que se quer é “coisa boa”, não importando a “fonte” de onde provenha.
Se a comunicação é boa, sensata, lógica, construtiva, que importa se vem de um “espírito” encarnado ou desencarnado?
Se nada vale a comunicação, deve ser rejeitada, venha ela de uma ou de outra fonte.
A “razão” é que deve ter a última palavra.
Mas além dessa resistência à corrente directa, e que geralmente é “consciente”, existe também a “impedância”, ou seja, a resistência quase sempre “inconsciente” à passagem da corrente.
O médium não faz de propósito:
ao contrário, conscientemente se coloca “à disposição”.
Mas sem querer e sem saber, não deixa que seus órgãos especializados vibrem suficientemente para permitir a electrificação do fio.
E a comunicação não se dá.
Pode ser que essa resistência (ou melhor, impedância) seja resultado de factores estranhos:
a questão do “material” que lhe constitui o corpo físico e que torna difícil a “electrificação”.
Se, por exemplo, se trata de uma pessoa frígida e indiferente, haverá muito mais dificuldade do que com uma pessoa sensível e amorosa, sobretudo se estiver “apaixonada”.
Assim o comprimento do fio:
se a comunicação é feita de longa distância, é mais dificilmente recebida.
Se a temperatura da sala é quente, a comunicabilidade é mais imperfeita.
E também a temperatura do corpo do médium influi.
Essa resistência é medida em “ohms”, e há leis estabelecidas para medi-la:
o comprimento do fio, sua grossura, a temperatura e o material de que é construído.
Assim, a resistência será maior:
a) se o fio for mais comprido;
b) se o fio for mais fino;
c) se a temperatura for mais elevada, e vice-versa.
Quanto ao material, um exemplo:
o ferro opõe 6 vezes mais resistência que o cobre.
Na corrente alternada, a resistência da bobina tem um nome especial, é a impedância.
O fio se opõe muito mais à corrente alternada que à corrente directa.
Isto porque, na corrente directa os electrons simplesmente atravessam o fio de um lado para outro, então a resistência é uma constante.
Já na corrente alternada, os próprios eléctrons do fio são agitados, num campo magnético que “varia” continuamente; e essa variação do campo magnético “sufoca” e diminui a corrente, em sua intensidade.
Resistência dos médiuns
No facto mediúnico observamos com frequência tanto a “resistência” quanto a “impedância” dos médiuns.
A resistência é oposta às comunicações telepáticas que lhes chegam.
Sentado a uma mesa de “trabalhos”, com a “bateria” boa, o médium sente os sinais eléctricos que lhe chegam à mente, e “resiste”, nada manifestando, por causa do temor de que esses sinais não venham de fora, mas de dentro dele mesmo.
Isto é, que não seja a comunicação de um “espírito” desencarnado, mas apenas de “seu espírito” encarnado.
Em outras palavras:
teme, que não seja uma “comunicação”, mas simplesmente um caso de “animismo”.
Numa sessão bem orientada, o que se quer é “coisa boa”, não importando a “fonte” de onde provenha.
Se a comunicação é boa, sensata, lógica, construtiva, que importa se vem de um “espírito” encarnado ou desencarnado?
Se nada vale a comunicação, deve ser rejeitada, venha ela de uma ou de outra fonte.
A “razão” é que deve ter a última palavra.
Mas além dessa resistência à corrente directa, e que geralmente é “consciente”, existe também a “impedância”, ou seja, a resistência quase sempre “inconsciente” à passagem da corrente.
O médium não faz de propósito:
ao contrário, conscientemente se coloca “à disposição”.
Mas sem querer e sem saber, não deixa que seus órgãos especializados vibrem suficientemente para permitir a electrificação do fio.
E a comunicação não se dá.
Pode ser que essa resistência (ou melhor, impedância) seja resultado de factores estranhos:
a questão do “material” que lhe constitui o corpo físico e que torna difícil a “electrificação”.
Se, por exemplo, se trata de uma pessoa frígida e indiferente, haverá muito mais dificuldade do que com uma pessoa sensível e amorosa, sobretudo se estiver “apaixonada”.
Assim o comprimento do fio:
se a comunicação é feita de longa distância, é mais dificilmente recebida.
Se a temperatura da sala é quente, a comunicabilidade é mais imperfeita.
E também a temperatura do corpo do médium influi.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Tanto assim que os melhores mediuns registam baixa temperatura do corpo, além de baixa pressão sanguínea:
é típica do médium a hipertensão.
Outro factor de impedância é a “variação do campo magnético”, isto é, quando a “corrente mediúnica” está fraca ou insegura:
quando seus componentes se distraem com facilidade.
Quando há elementos fracos, diminuindo a capacidade da bateria.
Um acumulador pifado inutiliza a bateria:
uma pessoa distraída “quebra” a corrente.
Conforme estamos vendo, um curso de electrónica, mesmo simples e elementar, esclarece e explica os fenómenos cientificamente, sem necessidade de recorrer a “sobrenaturalismo” para os fenómenos mediúnicos, que são NATURAIS e se efectuam em diversos planos:
no plano material (electricidade), no plano emocional (arte), no plano intelectual (mediunidade), no plano espiritual (inspiração).
a) As resistências, ligadas de seguida, se somam.
Por isso, quanto mais numerosos forem os descrentes de má vontade, numa reunião, menos possibilidade há de se obterem comunicações.
b) Ao resistir à corrente, o fio pode ficar “ao rubro” (por exemplo, no ferro de engomar).
É a razão de o médium que resiste à comunicação quase sempre sentir mal-estar, que persiste mesmo depois da reunião.
c) Quanto mais aquecido o fio, maior sua resistência à corrente.
Daí serem mais difíceis as comunicações em ambientes quentes e abafados.
d) A resistência depende do material de que o fio é construído (o ferro é seis vezes mais resistente,que o cobre).
Em vista disso é que se aconselha aos médiuns não se alimentarem excessivamente, nem ingerirem álcool, nem carne em demasia, para que oponham menor resistência às comunicações.
Carlos Torres Pastorino
Redação do Blog Espiritismo Na Rede baseado em texto do livro Técnicas da Mediunidade
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é típica do médium a hipertensão.
Outro factor de impedância é a “variação do campo magnético”, isto é, quando a “corrente mediúnica” está fraca ou insegura:
quando seus componentes se distraem com facilidade.
Quando há elementos fracos, diminuindo a capacidade da bateria.
Um acumulador pifado inutiliza a bateria:
uma pessoa distraída “quebra” a corrente.
Conforme estamos vendo, um curso de electrónica, mesmo simples e elementar, esclarece e explica os fenómenos cientificamente, sem necessidade de recorrer a “sobrenaturalismo” para os fenómenos mediúnicos, que são NATURAIS e se efectuam em diversos planos:
no plano material (electricidade), no plano emocional (arte), no plano intelectual (mediunidade), no plano espiritual (inspiração).
a) As resistências, ligadas de seguida, se somam.
Por isso, quanto mais numerosos forem os descrentes de má vontade, numa reunião, menos possibilidade há de se obterem comunicações.
b) Ao resistir à corrente, o fio pode ficar “ao rubro” (por exemplo, no ferro de engomar).
É a razão de o médium que resiste à comunicação quase sempre sentir mal-estar, que persiste mesmo depois da reunião.
c) Quanto mais aquecido o fio, maior sua resistência à corrente.
Daí serem mais difíceis as comunicações em ambientes quentes e abafados.
d) A resistência depende do material de que o fio é construído (o ferro é seis vezes mais resistente,que o cobre).
Em vista disso é que se aconselha aos médiuns não se alimentarem excessivamente, nem ingerirem álcool, nem carne em demasia, para que oponham menor resistência às comunicações.
Carlos Torres Pastorino
Redação do Blog Espiritismo Na Rede baseado em texto do livro Técnicas da Mediunidade
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Entre os Dois Mundos (Parte 8)
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco no ano de 2004.
Questões preliminares
A. Os foliões de hoje serão os tristes desencarnados de amanhã?
Sim. É exactamente assim que José Petitinga, comentando os desvarios cometidos pelos homens da actualidade, se refere ao assunto.
Segundo ele, somente a educação, em outras bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua desintegração num dia, esquecendo-se da sua eternidade.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
B. Qual o primeiro alvo do socorro prestado pela equipe de benfeitores espirituais de que Manoel Philomeno de Miranda fazia parte?
O primeiro caso narrado nesta obra refere-se ao Dr. Marco Aurélio, uma autoridade importante na cidade e político hábil de larga história, embora os breves 48 anos de existência física.
Sob forte influência obsessiva, ele decidira, naquele mesmo dia em que o grupo socorrista o visitou, envenenar a própria esposa.
Eis o pensamento que os benfeitores leram em sua mente:
“Agora, ou nunca.
Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz.
Um pouco de arsénico e tudo estará resolvido.
Com a onda festiva, não há tempo para análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos derrames cerebrais de que tem sido vítima”.
Esses pensamentos eram, porém, orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma, perispírito a perispírito.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
C. O Dr. Marco Aurélio reencarnara com alguma missão ou tarefa especial?
Sim. Depois de muitos tropeços e fracassos, ele se dispôs a contribuir em favor dos Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão fazendo outros missionários do amor e da luz.
Foi treinado em cursos de divulgação do Evangelho e do Espiritismo, advertido, porém, quanto aos riscos que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante.
Nada obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com os nobres apóstolos do bem.
Não foram poupados esforços em favor do seu recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede elaborado, para auxiliá-lo nas tarefas que deveria desempenhar.
Sua mãe de outros tempos conseguiu a cooperação de uma amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de elevação moral, orientação religiosa pelo Espiritismo, para que ele pudesse, nas fileiras do Consolador, reparar o passado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria feliz.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
Texto para leitura
81. Segundo José Petitinga, mais recentemente haviam sido encontradas outras explicações para a legalização das bacanais públicas, sob os holofotes poderosos da Mídia, como sejam as do turismo, que deixa lucros nas cidades pervertidas e cansadas de luxúria.
É certo que atraem os turistas, alguns para observar os estranhos comportamentos das massas, que têm em conta de subdesenvolvidas, de atrasadas, de primitivas, permanecendo em camarotes de luxo, como os antigos romanos contemplando as arenas festivas, nas quais os assassinatos legais misturavam-se às danças, às lutas de gladiadores e ao teatro fescenino.
Questões preliminares
A. Os foliões de hoje serão os tristes desencarnados de amanhã?
Sim. É exactamente assim que José Petitinga, comentando os desvarios cometidos pelos homens da actualidade, se refere ao assunto.
Segundo ele, somente a educação, em outras bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua desintegração num dia, esquecendo-se da sua eternidade.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
B. Qual o primeiro alvo do socorro prestado pela equipe de benfeitores espirituais de que Manoel Philomeno de Miranda fazia parte?
O primeiro caso narrado nesta obra refere-se ao Dr. Marco Aurélio, uma autoridade importante na cidade e político hábil de larga história, embora os breves 48 anos de existência física.
Sob forte influência obsessiva, ele decidira, naquele mesmo dia em que o grupo socorrista o visitou, envenenar a própria esposa.
Eis o pensamento que os benfeitores leram em sua mente:
“Agora, ou nunca.
Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz.
Um pouco de arsénico e tudo estará resolvido.
Com a onda festiva, não há tempo para análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos derrames cerebrais de que tem sido vítima”.
Esses pensamentos eram, porém, orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma, perispírito a perispírito.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
C. O Dr. Marco Aurélio reencarnara com alguma missão ou tarefa especial?
Sim. Depois de muitos tropeços e fracassos, ele se dispôs a contribuir em favor dos Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão fazendo outros missionários do amor e da luz.
Foi treinado em cursos de divulgação do Evangelho e do Espiritismo, advertido, porém, quanto aos riscos que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante.
Nada obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com os nobres apóstolos do bem.
Não foram poupados esforços em favor do seu recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede elaborado, para auxiliá-lo nas tarefas que deveria desempenhar.
Sua mãe de outros tempos conseguiu a cooperação de uma amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de elevação moral, orientação religiosa pelo Espiritismo, para que ele pudesse, nas fileiras do Consolador, reparar o passado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria feliz.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
Texto para leitura
81. Segundo José Petitinga, mais recentemente haviam sido encontradas outras explicações para a legalização das bacanais públicas, sob os holofotes poderosos da Mídia, como sejam as do turismo, que deixa lucros nas cidades pervertidas e cansadas de luxúria.
É certo que atraem os turistas, alguns para observar os estranhos comportamentos das massas, que têm em conta de subdesenvolvidas, de atrasadas, de primitivas, permanecendo em camarotes de luxo, como os antigos romanos contemplando as arenas festivas, nas quais os assassinatos legais misturavam-se às danças, às lutas de gladiadores e ao teatro fescenino.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Outros, para atenderem aos próprios tormentos, malcontidos, que podem ser liberados com total permissão durante os festejos incomuns.
E outros mais, porque necessitam de carnes novas para o comércio sexual, especialmente se está recheado de crianças vendidas por exploradores hábeis e pais infelizes.
Por outro lado, os veículos de informação de massa exaltam o corpo, fomentam as paixões sensoriais, induzindo as novas gerações e os adultos frustrados ao deboche, ao fetiche das sensações, transformando a sociedade em um grande lupanar.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
82. Complementando suas explicações, Petitinga observou que não podemos deixar de considerar que os enganados foliões de hoje serão os desencarnados tristes de amanhã, queiramos ou não, sendo de lamentar a situação na qual despertarão após a perda do veículo orgânico.
E concluiu:
“Só a educação, em outras bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua desintegração num dia, esquecendo-se da sua eternidade”.
Dito isso, o condutor do grupo se aproximou e convidou Philomeno e seus companheiros para a primeira tarefa, que se iniciaria naquela cidade mesmo, embora o som terrível e flagelador da música agressiva e da algazarra dos seus aficionados.
Disse-lhes ele:
“Sigamos à residência de um dos nossos amigos que trouxe a tarefa de restaurar o pensamento de Jesus na atualidade, e, no entanto, encontra-se experimentando grave e perigoso transe mental”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
83. A falência do Dr. Marco Aurélio – A menos de quinhentos metros de distância da avenida festiva, distendia-se elegante bairro residencial de classe média alta, no qual também existiam mansões de alto luxo.
O grupo acercou-se de uma delas, cercada por bem cuidado jardim de rosas e outras plantas, com destaque, ao fundo, para árvores frondosas que explodiam em júbilo através das frutas tropicais de que estavam carregadas.
Discretamente iluminada no exterior, parecia amor talhada em grande silêncio.
Um que outro grupo de foliões passava pela rua em relativa tranquilidade.
Philomeno notou a presença ali de inúmeros espíritos ociosos situados em discussões frívolas e agressões verbais.
Ao atravessarem a ampla entrada, depararam com uma sala ricamente ornada, em penumbra, na qual a movimentação de espíritos de baixo teor vibratório faziase grande.
Em algazarra e hilariantes, assumindo posturas ridículas e fazendo gestos servis, foram tomados de surpresa quando perceberam o grupo socorrista.
Um deles, com fácies terrível, gritou então:
“Que vêm fazer aqui os sequazes da mentira e da ilusão, em nome do Crucificado?
Não esqueçam que Marco Aurélio é nosso. Entregou-se-nos de livre e espontânea vontade.
Vocês não conseguirão nada com ele.
É tarde demais”.
Sem conceder-lhe a importância que se atribuía, o Mentor prosseguiu na direção do piso superior, pelo acesso da escada de mármore que descia graciosamente do alto à sala de entrada.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
84. A movimentação dos visitantes infelizes era expressiva.
Nem todos percebiam a equipe de Philomeno, mas alguns dispararam em correria inesperada, tomados de surpresa, ao notar os socorristas, como se os receassem.
Outros prosseguiam com suas preocupações, imersos nos pensamentos inditosos em que se enjaulavam.
E outros mais, porque necessitam de carnes novas para o comércio sexual, especialmente se está recheado de crianças vendidas por exploradores hábeis e pais infelizes.
Por outro lado, os veículos de informação de massa exaltam o corpo, fomentam as paixões sensoriais, induzindo as novas gerações e os adultos frustrados ao deboche, ao fetiche das sensações, transformando a sociedade em um grande lupanar.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
82. Complementando suas explicações, Petitinga observou que não podemos deixar de considerar que os enganados foliões de hoje serão os desencarnados tristes de amanhã, queiramos ou não, sendo de lamentar a situação na qual despertarão após a perda do veículo orgânico.
E concluiu:
“Só a educação, em outras bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua desintegração num dia, esquecendo-se da sua eternidade”.
Dito isso, o condutor do grupo se aproximou e convidou Philomeno e seus companheiros para a primeira tarefa, que se iniciaria naquela cidade mesmo, embora o som terrível e flagelador da música agressiva e da algazarra dos seus aficionados.
Disse-lhes ele:
“Sigamos à residência de um dos nossos amigos que trouxe a tarefa de restaurar o pensamento de Jesus na atualidade, e, no entanto, encontra-se experimentando grave e perigoso transe mental”.
(Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
83. A falência do Dr. Marco Aurélio – A menos de quinhentos metros de distância da avenida festiva, distendia-se elegante bairro residencial de classe média alta, no qual também existiam mansões de alto luxo.
O grupo acercou-se de uma delas, cercada por bem cuidado jardim de rosas e outras plantas, com destaque, ao fundo, para árvores frondosas que explodiam em júbilo através das frutas tropicais de que estavam carregadas.
Discretamente iluminada no exterior, parecia amor talhada em grande silêncio.
Um que outro grupo de foliões passava pela rua em relativa tranquilidade.
Philomeno notou a presença ali de inúmeros espíritos ociosos situados em discussões frívolas e agressões verbais.
Ao atravessarem a ampla entrada, depararam com uma sala ricamente ornada, em penumbra, na qual a movimentação de espíritos de baixo teor vibratório faziase grande.
Em algazarra e hilariantes, assumindo posturas ridículas e fazendo gestos servis, foram tomados de surpresa quando perceberam o grupo socorrista.
Um deles, com fácies terrível, gritou então:
“Que vêm fazer aqui os sequazes da mentira e da ilusão, em nome do Crucificado?
Não esqueçam que Marco Aurélio é nosso. Entregou-se-nos de livre e espontânea vontade.
Vocês não conseguirão nada com ele.
É tarde demais”.
Sem conceder-lhe a importância que se atribuía, o Mentor prosseguiu na direção do piso superior, pelo acesso da escada de mármore que descia graciosamente do alto à sala de entrada.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
84. A movimentação dos visitantes infelizes era expressiva.
Nem todos percebiam a equipe de Philomeno, mas alguns dispararam em correria inesperada, tomados de surpresa, ao notar os socorristas, como se os receassem.
Outros prosseguiam com suas preocupações, imersos nos pensamentos inditosos em que se enjaulavam.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A equipa chegou ao andar superior e dirigiu-se a uma sala onde se ouvia uma canção vulgar, saindo do aparelho de som, com letra de duplo sentido, servindo de estímulo a uma grotesca dança de entidades lascivas.
Na ampla janela que dava para o quintal, encontrava-se um cavalheiro recurvado sobre o peitoril, com um copo de uísque na mão direita, enquanto fumava um charuto de alto preço, agitado mentalmente e com tiques nervosos contínuos.
Vestia um robe de chambre sobre o pijama e podia-se perceber-lhe o desequilíbrio, embora estivesse de costas para o grupo.
“Trata-se do nosso irmão, Dr. Marco Aurélio” – esclareceu o dirigente do nosso grupo.
“É uma autoridade importante na cidade, político hábil de larga história, embora os breves 48 anos de existência física.
Tentemos ouvir-lhe os pensamentos atormentadores.”
Desligando-se das demais ocorrências que sucediam na sala, Philomeno e seus companheiros puderam ouvir-lhe inquietantes reflexões:
“Agora, ou nunca.
Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz.
Um pouco de arsênico e tudo estará resolvido.
Com a onda festiva, não há tempo para análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos derrames cerebrais de que tem sido vítima”.
Tais pensamentos eram orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma, perispírito a perispírito, que passara despercebido de início aos integrantes da equipe.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
85. A emissão de sua onda mental fixava-se no centro do raciocínio do encarnado, distendendo-se numa rede viscosa pelo cérebro, de forma que lhe obnubilava o raciocínio lúcido.
Teleguiado pela vontade dominadora, pensava em uma atitude reflexiva procedente do algoz, que lhe comandava o sistema nervoso central, produzindo-lhe os tiques de que se fazia instrumento.
Logo que se referiu mentalmente à enferma, o Mentor convidou seus companheiros a adentrar um dos quartos próximos onde, prostrada, sob assistência especializada, encontrava-se uma mulher de aproximadamente 40 anos, muito desfeita, com visíveis sinais de paralisia dos membros inferiores, dos braços e torções deformantes da face.
Com tubo de oxigênio e recebendo soro, demonstrava um grande sofrimento que não podia traduzir.
De quando em quando, abria os olhos cinzentos e respirava com dificuldade, asfixiada pela opressão de que se sentia vítima.
Lágrimas contínuas escorriam-lhe pela face, expressando que o raciocínio estava livre da jaula cerebral, exteriorizando-se na manifestação de angústia e de desconforto íntimo.
“Trata-se de nossa irmã Lucinda” – elucidou mentalmente o Dr. Arquimedes.
“Ela acompanhou o nosso Dr. Marco Aurélio, com a tarefa de ser-lhe esposa devotada, auxiliando-o no serviço especial que ele deveria desempenhar.
Em verdade, foi-lhe companheira abnegada, destacando-se pela ternura com que sempre o envolveu e pela maneira superior com que desempenhou os papéis que lhe foram atribuídos no lar.
Deu-lhe um casal de filhos, que hoje estão, com 20 anos o rapaz e a moça com 18 primaveras.
Cuidou de educá-los com devotamento, não tendo recebido o correspondente apoio do marido, no que resultou em desequilíbrio do moço, que se tornou usuário de drogas químicas e da moça invigilante, que já enveredou pelo crime do aborto, liberando-se de um filho não desejado.”
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
86. Embora a filha houvesse tomado a decisão a sós, a mãe percebeu-lhe a tragédia íntima e tentou ajudá-la, não havendo, porém, conseguido o intento de evitar o abortamento, nem confortar a filha rebelde.
Foi nessa ocasião, 8 meses atrás, aproximadamente, que teve o primeiro derrame cerebral.
Na ampla janela que dava para o quintal, encontrava-se um cavalheiro recurvado sobre o peitoril, com um copo de uísque na mão direita, enquanto fumava um charuto de alto preço, agitado mentalmente e com tiques nervosos contínuos.
Vestia um robe de chambre sobre o pijama e podia-se perceber-lhe o desequilíbrio, embora estivesse de costas para o grupo.
“Trata-se do nosso irmão, Dr. Marco Aurélio” – esclareceu o dirigente do nosso grupo.
“É uma autoridade importante na cidade, político hábil de larga história, embora os breves 48 anos de existência física.
Tentemos ouvir-lhe os pensamentos atormentadores.”
Desligando-se das demais ocorrências que sucediam na sala, Philomeno e seus companheiros puderam ouvir-lhe inquietantes reflexões:
“Agora, ou nunca.
Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz.
Um pouco de arsênico e tudo estará resolvido.
Com a onda festiva, não há tempo para análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos derrames cerebrais de que tem sido vítima”.
Tais pensamentos eram orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma, perispírito a perispírito, que passara despercebido de início aos integrantes da equipe.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
85. A emissão de sua onda mental fixava-se no centro do raciocínio do encarnado, distendendo-se numa rede viscosa pelo cérebro, de forma que lhe obnubilava o raciocínio lúcido.
Teleguiado pela vontade dominadora, pensava em uma atitude reflexiva procedente do algoz, que lhe comandava o sistema nervoso central, produzindo-lhe os tiques de que se fazia instrumento.
Logo que se referiu mentalmente à enferma, o Mentor convidou seus companheiros a adentrar um dos quartos próximos onde, prostrada, sob assistência especializada, encontrava-se uma mulher de aproximadamente 40 anos, muito desfeita, com visíveis sinais de paralisia dos membros inferiores, dos braços e torções deformantes da face.
Com tubo de oxigênio e recebendo soro, demonstrava um grande sofrimento que não podia traduzir.
De quando em quando, abria os olhos cinzentos e respirava com dificuldade, asfixiada pela opressão de que se sentia vítima.
Lágrimas contínuas escorriam-lhe pela face, expressando que o raciocínio estava livre da jaula cerebral, exteriorizando-se na manifestação de angústia e de desconforto íntimo.
“Trata-se de nossa irmã Lucinda” – elucidou mentalmente o Dr. Arquimedes.
“Ela acompanhou o nosso Dr. Marco Aurélio, com a tarefa de ser-lhe esposa devotada, auxiliando-o no serviço especial que ele deveria desempenhar.
Em verdade, foi-lhe companheira abnegada, destacando-se pela ternura com que sempre o envolveu e pela maneira superior com que desempenhou os papéis que lhe foram atribuídos no lar.
Deu-lhe um casal de filhos, que hoje estão, com 20 anos o rapaz e a moça com 18 primaveras.
Cuidou de educá-los com devotamento, não tendo recebido o correspondente apoio do marido, no que resultou em desequilíbrio do moço, que se tornou usuário de drogas químicas e da moça invigilante, que já enveredou pelo crime do aborto, liberando-se de um filho não desejado.”
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
86. Embora a filha houvesse tomado a decisão a sós, a mãe percebeu-lhe a tragédia íntima e tentou ajudá-la, não havendo, porém, conseguido o intento de evitar o abortamento, nem confortar a filha rebelde.
Foi nessa ocasião, 8 meses atrás, aproximadamente, que teve o primeiro derrame cerebral.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Mais tarde, em razão de uma crise do filho, intoxicado por alta dose de substância alucinante, que a agrediu fisicamente, padeceu uma parada cardíaca, sendo ressuscitada, mas foi acometida de novo problema cerebral.
As relações com o marido já se vinham deteriorando há mais de um decênio, em razão do comportamento leviano e desastroso dele.
De nada valeram os seus apelos assinalados pelo amor não correspondido e pelo devotamento à sua vida.
Propositalmente foi relegada a plano secundário no lar, e agora, quando se encontrava relativamente próxima da desencarnação, o esposo, inspirado pelo comparsa invisível que o odeia, planejava envenená-la com arsênico, certo de que o crime passaria despercebido.
Fazendo uma pausa muito oportuna, o Mentor concluiu:
“Ele encontra-se preparado para executar o delito hediondo esta noite.
Por esta razão aqui estamos, iniciando o nosso ministério”.
Em face do silêncio natural, enquanto a equipe contemplava o quadro comovedor, Ângelo interrogou o Orientador:
“O nosso irmão Dr. Marco Aurélio não recebeu ajuda antes deste momento, chegando a esta situação reprochável?”
O Mentor respondeu:
“Sem dúvida! Marco Aurélio vem de nossa esfera com tarefa bem definida para ser executada na Terra.
Renasceu sob a custódia de abnegada benfeitora espiritual, que lhe fora mãe cuidadosa, mais de uma vez, e que o retirara do abismo em ocasião própria, quando ali se arrojara por imprudência e perversidade.
Fracassado, nas lides cristãs, quando envergara roupagens clericais da Igreja Romana, utilizou-se do Cristo para espoliar pessoas incautas, dissimular conduta vergonhosa, submeter viúvas inexperientes aos seus caprichos e perversões, brandindo o Evangelho no púlpito como arma para atemorizar as vítimas e os naturais adversários.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
87. Marco Aurélio desencarnou e reencarnou, mais de uma vez, comprometido com o clero venal, atirando-se pela própria incúria nas regiões infelizes da erraticidade inferior.
A progenitora abnegada empenhou os seus melhores títulos de enobrecimento para arrancá-lo do domínio das trevas e o conseguiu.
Ele passou alguns decênios em tratamento cuidadoso na esfera espiritual, no departamento de recuperação e reeducação.
Quando se recompôs um pouco, voltou ao proscênio terrestre, em expiação pungente, de modo a liberar-se de maior carga de intoxicações destrutivas que acumulara e para fugir à sanha dos adversários que granjeara...
Voltando ao Grande Lar, dispôs-se a contribuir em favor dos Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão fazendo outros missionários do amor e da luz.
Foi treinado em cursos de divulgação do Evangelho e do Espiritismo, que vem iluminando o mundo, advertido quanto aos riscos que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante.
Nada obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com os nobres apóstolos do bem.
Não foram poupados esforços em favor do seu recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede elaborado, para auxiliá-lo nas tarefas que deveria desempenhar.
A progenitora conseguiu a cooperação de uma grande amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de elevação moral, orientação religiosa pelo Espiritismo, a fim de que ele pudesse, nas fileiras do Consolador, reparar o passado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria feliz.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
As relações com o marido já se vinham deteriorando há mais de um decênio, em razão do comportamento leviano e desastroso dele.
De nada valeram os seus apelos assinalados pelo amor não correspondido e pelo devotamento à sua vida.
Propositalmente foi relegada a plano secundário no lar, e agora, quando se encontrava relativamente próxima da desencarnação, o esposo, inspirado pelo comparsa invisível que o odeia, planejava envenená-la com arsênico, certo de que o crime passaria despercebido.
Fazendo uma pausa muito oportuna, o Mentor concluiu:
“Ele encontra-se preparado para executar o delito hediondo esta noite.
Por esta razão aqui estamos, iniciando o nosso ministério”.
Em face do silêncio natural, enquanto a equipe contemplava o quadro comovedor, Ângelo interrogou o Orientador:
“O nosso irmão Dr. Marco Aurélio não recebeu ajuda antes deste momento, chegando a esta situação reprochável?”
O Mentor respondeu:
“Sem dúvida! Marco Aurélio vem de nossa esfera com tarefa bem definida para ser executada na Terra.
Renasceu sob a custódia de abnegada benfeitora espiritual, que lhe fora mãe cuidadosa, mais de uma vez, e que o retirara do abismo em ocasião própria, quando ali se arrojara por imprudência e perversidade.
Fracassado, nas lides cristãs, quando envergara roupagens clericais da Igreja Romana, utilizou-se do Cristo para espoliar pessoas incautas, dissimular conduta vergonhosa, submeter viúvas inexperientes aos seus caprichos e perversões, brandindo o Evangelho no púlpito como arma para atemorizar as vítimas e os naturais adversários.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
87. Marco Aurélio desencarnou e reencarnou, mais de uma vez, comprometido com o clero venal, atirando-se pela própria incúria nas regiões infelizes da erraticidade inferior.
A progenitora abnegada empenhou os seus melhores títulos de enobrecimento para arrancá-lo do domínio das trevas e o conseguiu.
Ele passou alguns decênios em tratamento cuidadoso na esfera espiritual, no departamento de recuperação e reeducação.
Quando se recompôs um pouco, voltou ao proscênio terrestre, em expiação pungente, de modo a liberar-se de maior carga de intoxicações destrutivas que acumulara e para fugir à sanha dos adversários que granjeara...
Voltando ao Grande Lar, dispôs-se a contribuir em favor dos Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão fazendo outros missionários do amor e da luz.
Foi treinado em cursos de divulgação do Evangelho e do Espiritismo, que vem iluminando o mundo, advertido quanto aos riscos que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante.
Nada obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com os nobres apóstolos do bem.
Não foram poupados esforços em favor do seu recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede elaborado, para auxiliá-lo nas tarefas que deveria desempenhar.
A progenitora conseguiu a cooperação de uma grande amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de elevação moral, orientação religiosa pelo Espiritismo, a fim de que ele pudesse, nas fileiras do Consolador, reparar o passado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria feliz.
(Entre os dois mundos. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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O selo do acolhimento espírita
Rosana liga para Adriana e diz:
- “Colega, você precisa ir ao Centro Espírita Samuel de Jesus, que ando frequentando no bairro da Cachoeirinha.
Lá é massa!” – “É mesmo, amiga?” – pergunta a interlocutora.
– “Mas, por quê?
O que tem de bom lá? É a vibração?”.
Rosana, meio que hesitante, diz:
- “Não sei, me sinto bem lá...”
Insistiu Adriana:
- “Já sei. Lá tem boas palestras?
O ambiente é confortável?
É bonitão, pomposo?
O passe é poderoso?”
Com a voz miúda, Rosana fala:
- “Não, Adriana, é que lá me senti acolhida”.
Esse fictício, mas possível diálogo, reflecte algo que não vai bem.
Uma percepção apenas...
As casas espíritas deveriam ter um selo de qualidade.
Um selo vinculado à sua capacidade de acolhimento.
Algo que identificasse e estimulasse as casas espíritas a desenvolverem o envolvimento fraterno na relação com os seus frequentadores.
Por óbvio que boas palestras, instalações adequadas, oferta de serviços, como evangelização e passe, são todos itens relevantes, mas precisamos de casas espíritas reconhecidas pela sua amorosidade.
Principalmente em casas maiores, nas quais o apego às normas, o malfadado burocratismo, tudo isso gera um ambiente coercitivo, de vigilância, pouco fraterno e com excesso de formalismo.
Vê-se, nesse sentido, pessoas na recepção amargas, enchendo os que chegam de questionamentos, exaltando regras de roupas e de silêncio, lembrando o ambiente da caserna, à feição de uma sentinela.
Da mesma forma, pessoas que chegam com suas questões mediúnicas se vêem julgadas e interrogadas, de forma que o atendimento fraterno se converte em um confessionário, com desconfianças mil.
Lidar com o público que chega e que já está, cada um com a sua visão daquela organização, com seus graus de comprometimento, limitações e demandas, é uma arte.
Mas essa dificuldade não pode nos fazer perder a amorosidade, na lembrança de como os discípulos de Jesus serão reconhecidos.
Ordem... disciplina... regras... conceitos que não são absolutos e que devem ser sopesados diante da necessidade de receber bem quem chega e dialogar com quem fica, para que a casa de estudo e aprendizado também seja uma casa de amor e compreensão.
Desse modo, proponho um selo de certificação das casas espíritas, aposto de forma visível na entrada, para que a pessoa que ali chegue saiba que será tratada realmente como um irmão. Um alerta para que não sejamos engolidos por coisas ensimesmadas e esqueçamos que a casa espírita existe para os Espíritos, de cá e de lá.
§.§.§- Ave sem Ninho
- “Colega, você precisa ir ao Centro Espírita Samuel de Jesus, que ando frequentando no bairro da Cachoeirinha.
Lá é massa!” – “É mesmo, amiga?” – pergunta a interlocutora.
– “Mas, por quê?
O que tem de bom lá? É a vibração?”.
Rosana, meio que hesitante, diz:
- “Não sei, me sinto bem lá...”
Insistiu Adriana:
- “Já sei. Lá tem boas palestras?
O ambiente é confortável?
É bonitão, pomposo?
O passe é poderoso?”
Com a voz miúda, Rosana fala:
- “Não, Adriana, é que lá me senti acolhida”.
Esse fictício, mas possível diálogo, reflecte algo que não vai bem.
Uma percepção apenas...
As casas espíritas deveriam ter um selo de qualidade.
Um selo vinculado à sua capacidade de acolhimento.
Algo que identificasse e estimulasse as casas espíritas a desenvolverem o envolvimento fraterno na relação com os seus frequentadores.
Por óbvio que boas palestras, instalações adequadas, oferta de serviços, como evangelização e passe, são todos itens relevantes, mas precisamos de casas espíritas reconhecidas pela sua amorosidade.
Principalmente em casas maiores, nas quais o apego às normas, o malfadado burocratismo, tudo isso gera um ambiente coercitivo, de vigilância, pouco fraterno e com excesso de formalismo.
Vê-se, nesse sentido, pessoas na recepção amargas, enchendo os que chegam de questionamentos, exaltando regras de roupas e de silêncio, lembrando o ambiente da caserna, à feição de uma sentinela.
Da mesma forma, pessoas que chegam com suas questões mediúnicas se vêem julgadas e interrogadas, de forma que o atendimento fraterno se converte em um confessionário, com desconfianças mil.
Lidar com o público que chega e que já está, cada um com a sua visão daquela organização, com seus graus de comprometimento, limitações e demandas, é uma arte.
Mas essa dificuldade não pode nos fazer perder a amorosidade, na lembrança de como os discípulos de Jesus serão reconhecidos.
Ordem... disciplina... regras... conceitos que não são absolutos e que devem ser sopesados diante da necessidade de receber bem quem chega e dialogar com quem fica, para que a casa de estudo e aprendizado também seja uma casa de amor e compreensão.
Desse modo, proponho um selo de certificação das casas espíritas, aposto de forma visível na entrada, para que a pessoa que ali chegue saiba que será tratada realmente como um irmão. Um alerta para que não sejamos engolidos por coisas ensimesmadas e esqueçamos que a casa espírita existe para os Espíritos, de cá e de lá.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Deixe a criança entediar-se, por favor!
Cresci brincando no chão, entre formigas.
De uma infância livre e sem comparamentos.
Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
(Manoel de Barros)
Experimentar o tédio é fundamental na infância.
Os pais não necessitam preencher toda a agenda do filho com actividades extra-curriculares.
Pelo contrário, impedir que uma criança viva a cada dia momentos sem nada para fazer, prejudica o desenvolvimento da sua personalidade, da sua emocionalidade.
Grande aliado da imaginação, o tédio impulsiona a criança a ser para si mesma uma companhia agradável.
E toda criança, sentindo-se entediada, se abre à curiosidade, pondo-se a inventar algo para brincar…
Experimente deixar seu filho realmente sem fazer nada.
Leve-o para fora de casa, se possível – quintal, pátio, pracinha do bairro.
Depois de um tempo, observe-o:
ele começará a procurar pedrinhas, mexerá nas plantinhas, investigará vasos, árvores e coisas que o sensibilize de alguma forma e, na sequência, brincará animado e concentrado.
Ao contrário do que muita gente pensa, momentos ociosos embasam o brincar livre, possibilitando que a criança explore o mundo, desenvolva habilidades físicas, coordenação motora, habilidades sociais (empatia, por exemplo), instigando a coragem para lidar com os pequenos desafios, para avaliar os riscos que emergem de situações nascidas da própria rotina.
No parquinho do edifício, por exemplo, uma meninazinha poderá reflectir consigo mesma:
“será que hoje eu consigo balançar mais alto?”
Quando pensamos na interacção dos pais com a criança, não estamos dizendo os pais brincando com o filho ou a filha o tempo todo.
Na realidade, a criança precisa de tempo de solidão, quando ela é deixada sozinha com seus brinquedos – carrinhos, blocos, bonecas –, papel, lápis de cor, tinta…
Basta dizer a ela:
“nada de TV agora, nada de tablet.
Vai brincar com seus brinquedos.
Vai inventar, vai desenhar…”
E sempre que puder, leve seu filho para correr e brincar ao ar livre.
Se cair e se machucar, ele vai perceber que aquela dor aguda, do momento, passará, e esse aprendizado será benéfico para o tempo da adolescência.
Porque a dor de ser super-protegido, impedido de crescer, é absolutamente (mais) difícil de ser sanada:
e que dias duros serão aqueles, quando a vida exigir avanços – e que nunca se dão envoltos em papel de seda.
Um abraço, feliz semana!
Notinha
Existem muitas definições de tédio.
Transcrevo aqui uma que faz sentido:
“é uma experiência aversiva de querer, mas não conseguir, se engajar em uma actividade satisfatória”
(John Eastwood, pesquisador canadense).
O tédio aparece quando não temos estímulos, e piora quanto mais obcecados estivermos com eles.
Sei, por experiência, que não devemos temer o tédio, mas aceitá-lo e aproveitá-lo.
Com isso, somos impelidos a explorar novas ideias e escolhas, ou seja, abrimo-nos a possibilidades criativas.
E, no caso das crianças, permitir sim que elas experimentem o tédio, que fiquem momentos do dia ociosas, porque isso dará oportunidade a um fiel aliado do próprio tédio: a imaginação.
É um facto:
sem a capacidade de se entediar, o ser humano dificilmente teria feito conquistas artísticas e tecnológicas.
§.§.§- Ave sem Ninho
De uma infância livre e sem comparamentos.
Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
(Manoel de Barros)
Experimentar o tédio é fundamental na infância.
Os pais não necessitam preencher toda a agenda do filho com actividades extra-curriculares.
Pelo contrário, impedir que uma criança viva a cada dia momentos sem nada para fazer, prejudica o desenvolvimento da sua personalidade, da sua emocionalidade.
Grande aliado da imaginação, o tédio impulsiona a criança a ser para si mesma uma companhia agradável.
E toda criança, sentindo-se entediada, se abre à curiosidade, pondo-se a inventar algo para brincar…
Experimente deixar seu filho realmente sem fazer nada.
Leve-o para fora de casa, se possível – quintal, pátio, pracinha do bairro.
Depois de um tempo, observe-o:
ele começará a procurar pedrinhas, mexerá nas plantinhas, investigará vasos, árvores e coisas que o sensibilize de alguma forma e, na sequência, brincará animado e concentrado.
Ao contrário do que muita gente pensa, momentos ociosos embasam o brincar livre, possibilitando que a criança explore o mundo, desenvolva habilidades físicas, coordenação motora, habilidades sociais (empatia, por exemplo), instigando a coragem para lidar com os pequenos desafios, para avaliar os riscos que emergem de situações nascidas da própria rotina.
No parquinho do edifício, por exemplo, uma meninazinha poderá reflectir consigo mesma:
“será que hoje eu consigo balançar mais alto?”
Quando pensamos na interacção dos pais com a criança, não estamos dizendo os pais brincando com o filho ou a filha o tempo todo.
Na realidade, a criança precisa de tempo de solidão, quando ela é deixada sozinha com seus brinquedos – carrinhos, blocos, bonecas –, papel, lápis de cor, tinta…
Basta dizer a ela:
“nada de TV agora, nada de tablet.
Vai brincar com seus brinquedos.
Vai inventar, vai desenhar…”
E sempre que puder, leve seu filho para correr e brincar ao ar livre.
Se cair e se machucar, ele vai perceber que aquela dor aguda, do momento, passará, e esse aprendizado será benéfico para o tempo da adolescência.
Porque a dor de ser super-protegido, impedido de crescer, é absolutamente (mais) difícil de ser sanada:
e que dias duros serão aqueles, quando a vida exigir avanços – e que nunca se dão envoltos em papel de seda.
Um abraço, feliz semana!
Notinha
Existem muitas definições de tédio.
Transcrevo aqui uma que faz sentido:
“é uma experiência aversiva de querer, mas não conseguir, se engajar em uma actividade satisfatória”
(John Eastwood, pesquisador canadense).
O tédio aparece quando não temos estímulos, e piora quanto mais obcecados estivermos com eles.
Sei, por experiência, que não devemos temer o tédio, mas aceitá-lo e aproveitá-lo.
Com isso, somos impelidos a explorar novas ideias e escolhas, ou seja, abrimo-nos a possibilidades criativas.
E, no caso das crianças, permitir sim que elas experimentem o tédio, que fiquem momentos do dia ociosas, porque isso dará oportunidade a um fiel aliado do próprio tédio: a imaginação.
É um facto:
sem a capacidade de se entediar, o ser humano dificilmente teria feito conquistas artísticas e tecnológicas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Cuidado com o meio ambiente
No estudo dos fenómenos psíquicos é necessário um clima de serenidade, de recolhimento e de pensamentos nobres.
Somente desta forma funcionará a lei de afinidade psíquica, que atrairá os Espíritos nobres. (1, 2)
No livro “O Espírito da Verdade”, diz Bezerra de Menezes:
o mundo está repleto de ouro, mas o ouro não resolve o problema da miséria; repleto de espaço, mas o espaço não resolve o problema da cobiça; de cultura, mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo; de teorias, mas as teorias não resolvem o problema do desespero; de organizações, mas as organizações não resolvem o problema do crime.
Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; anular o verme do desespero, que promove a loucura, e remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.
Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita pela emoção e pela ideia, directriz e conduta, palavra e exemplo.
O coração esclarecido deve cooperar na transformação, para o bem, do meio ambiente em que renasceu.
Devemos trabalhar para melhorar e elevar as condições materiais e morais de todos os que vivem na zona de nossa influência.
Assim, surgiu a necessidade de elaborarmos leis de protecção ambiental. (3)
Vamos fazer chegar ao cidadão os Princípios de Protecção do Meio Ambiente.
Eles são o sustentáculo do Direito Ambiental e elementos vitais do próprio Direito.
A Constituição da República instituiu como princípio da ordem económica a defesa do meio ambiente.
Um meio ambiente ecologicamente equilibrado nos impõe a utilização não predatória dos recursos ambientais, o que nos coloca diante do Princípio do Desenvolvimento Sustentável.
Quando o Estado tem a responsabilidade de assegurar que as actividades sob sua jurisdição não causem danos ao meio ambiente, estamos com o Princípio da Cooperação Internacional.
Existem outros princípios, como o do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado, que impõe ao Poder Público e à colectividade o dever de defender o meio ambiente e de preservá-lo.
Por suas características de irreversibilidade e irreparabilidade o dano ambiental fez nascer o Princípio da Prevenção.
A necessidade da preservação da diversidade biológica nos conduziu ao da Protecção da Biodiversidade.
A vida é direito fundamental no ordenamento jurídico pátrio.
Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é fundamental para saúde, assim temos o Princípio da Sadia Qualidade de Vida, que aponta para a necessidade de meio rural e cidades saudáveis.
Dois outros Princípios são:
os do Poluidor Pagador e o da Participação Popular.
Com o primeiro, poderemos nos defrontar com o político que comprará cotas de poluição pela certeza da impunidade.
Mas diante do segundo, com a participação popular, surge o Princípio da Educação Ambiental, aquela actividade que oferecerá melhores administradores, políticos e eleitores.
Sem um sério investimento na educação da inteligência espiritual, que leva em conta os valores éticos, continuaremos a eleger administradores que desvalorizam os Princípios acima enumerados. (4)
Essa transformação não se operará da noite para o dia, como podemos observar na resposta da questão 800 d’O Livro dos Espíritos.
Pergunta Kardec:
não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a indiferença dos homens e o seu apego às coisas materiais?
Resposta - As ideias se modificam pouco a pouco e são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos.
Somente desta forma funcionará a lei de afinidade psíquica, que atrairá os Espíritos nobres. (1, 2)
No livro “O Espírito da Verdade”, diz Bezerra de Menezes:
o mundo está repleto de ouro, mas o ouro não resolve o problema da miséria; repleto de espaço, mas o espaço não resolve o problema da cobiça; de cultura, mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo; de teorias, mas as teorias não resolvem o problema do desespero; de organizações, mas as organizações não resolvem o problema do crime.
Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; anular o verme do desespero, que promove a loucura, e remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.
Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita pela emoção e pela ideia, directriz e conduta, palavra e exemplo.
O coração esclarecido deve cooperar na transformação, para o bem, do meio ambiente em que renasceu.
Devemos trabalhar para melhorar e elevar as condições materiais e morais de todos os que vivem na zona de nossa influência.
Assim, surgiu a necessidade de elaborarmos leis de protecção ambiental. (3)
Vamos fazer chegar ao cidadão os Princípios de Protecção do Meio Ambiente.
Eles são o sustentáculo do Direito Ambiental e elementos vitais do próprio Direito.
A Constituição da República instituiu como princípio da ordem económica a defesa do meio ambiente.
Um meio ambiente ecologicamente equilibrado nos impõe a utilização não predatória dos recursos ambientais, o que nos coloca diante do Princípio do Desenvolvimento Sustentável.
Quando o Estado tem a responsabilidade de assegurar que as actividades sob sua jurisdição não causem danos ao meio ambiente, estamos com o Princípio da Cooperação Internacional.
Existem outros princípios, como o do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado, que impõe ao Poder Público e à colectividade o dever de defender o meio ambiente e de preservá-lo.
Por suas características de irreversibilidade e irreparabilidade o dano ambiental fez nascer o Princípio da Prevenção.
A necessidade da preservação da diversidade biológica nos conduziu ao da Protecção da Biodiversidade.
A vida é direito fundamental no ordenamento jurídico pátrio.
Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é fundamental para saúde, assim temos o Princípio da Sadia Qualidade de Vida, que aponta para a necessidade de meio rural e cidades saudáveis.
Dois outros Princípios são:
os do Poluidor Pagador e o da Participação Popular.
Com o primeiro, poderemos nos defrontar com o político que comprará cotas de poluição pela certeza da impunidade.
Mas diante do segundo, com a participação popular, surge o Princípio da Educação Ambiental, aquela actividade que oferecerá melhores administradores, políticos e eleitores.
Sem um sério investimento na educação da inteligência espiritual, que leva em conta os valores éticos, continuaremos a eleger administradores que desvalorizam os Princípios acima enumerados. (4)
Essa transformação não se operará da noite para o dia, como podemos observar na resposta da questão 800 d’O Livro dos Espíritos.
Pergunta Kardec:
não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a indiferença dos homens e o seu apego às coisas materiais?
Resposta - As ideias se modificam pouco a pouco e são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Mas, com o Princípio da Participação Popular, a esperança ganha força.
N’O Livro dos Médiuns, J.J. Rousseau nos desperta para o cuidado com o meio ambiente interior:
“A preocupação com as questões morais está sendo despertada por toda parte.
Discute-se a política que desperta o interesse geral; discutem-se os interesses particulares; despertam paixões o ataque ou a defesa de personalidades; mas as verdades morais, que são o alimento da alma, o pão da vida, permanecem na poeira acumulada pelos séculos”.
Se o Espiritismo ressuscitar o Espiritualismo, dará à sociedade o impulso que despertará em uns a dignidade interior, em outros a resignação e em todas as pessoas a necessidade de elevar-se para o Ser Supremo.
Mesmo em se tratando de ambiente exterior, o Princípio da Educação Ambiental ainda é negligenciado.
Ele é imperativo constitucional e uma obrigação individual, porque não é apenas o Poder Público que deve promover a informação ambiental.
O meio ambiente é um bem de toda a colectividade.
Sua integridade é base para que o homem possa perseguir e sonhar com o seu bem-estar físico, psíquico e social.
Com a necessidade de preservar o meio ambiente, investe-se na educação para despertar a consciência ecológica humana.
Dessa forma, o homem passará a questionar o seu sonho de progresso e desenvolvimento, a todo custo.
A transformação interior, a busca do auto-conhecimento, é também promovida pelo processo educativo.
Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo. (Gandhi.)
Com Jesus ficou demonstrado que somos seres de natureza espiritual.
Daí a importância do cuidado com o universo interior, com o estudo da Ecologia da alma.
O auto-conhecimento acelera a evolução individual.
Mais evoluídos responderemos de forma mais satisfatória, quando expostos a situações stressantes.
Com duas semanas de conhecimento cristão, já sabemos o que fazer.
Assim, é muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a nossa cooperação no paraíso.
No momento, o nosso lugar de servir e aprender, ajudar e amar é na Terra, mesmo.
À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, nos tornamos semeadores. (5)
Com a educação das inteligências, emocional e espiritual, investimos na Ecologia da alma.
Referências:
1. link 1
2. link 2
3. o rebate
4. a era
5. o rebate-2
§.§.§- Ave sem Ninho
N’O Livro dos Médiuns, J.J. Rousseau nos desperta para o cuidado com o meio ambiente interior:
“A preocupação com as questões morais está sendo despertada por toda parte.
Discute-se a política que desperta o interesse geral; discutem-se os interesses particulares; despertam paixões o ataque ou a defesa de personalidades; mas as verdades morais, que são o alimento da alma, o pão da vida, permanecem na poeira acumulada pelos séculos”.
Se o Espiritismo ressuscitar o Espiritualismo, dará à sociedade o impulso que despertará em uns a dignidade interior, em outros a resignação e em todas as pessoas a necessidade de elevar-se para o Ser Supremo.
Mesmo em se tratando de ambiente exterior, o Princípio da Educação Ambiental ainda é negligenciado.
Ele é imperativo constitucional e uma obrigação individual, porque não é apenas o Poder Público que deve promover a informação ambiental.
O meio ambiente é um bem de toda a colectividade.
Sua integridade é base para que o homem possa perseguir e sonhar com o seu bem-estar físico, psíquico e social.
Com a necessidade de preservar o meio ambiente, investe-se na educação para despertar a consciência ecológica humana.
Dessa forma, o homem passará a questionar o seu sonho de progresso e desenvolvimento, a todo custo.
A transformação interior, a busca do auto-conhecimento, é também promovida pelo processo educativo.
Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo. (Gandhi.)
Com Jesus ficou demonstrado que somos seres de natureza espiritual.
Daí a importância do cuidado com o universo interior, com o estudo da Ecologia da alma.
O auto-conhecimento acelera a evolução individual.
Mais evoluídos responderemos de forma mais satisfatória, quando expostos a situações stressantes.
Com duas semanas de conhecimento cristão, já sabemos o que fazer.
Assim, é muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a nossa cooperação no paraíso.
No momento, o nosso lugar de servir e aprender, ajudar e amar é na Terra, mesmo.
À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, nos tornamos semeadores. (5)
Com a educação das inteligências, emocional e espiritual, investimos na Ecologia da alma.
Referências:
1. link 1
2. link 2
3. o rebate
4. a era
5. o rebate-2
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126669
Data de inscrição : 07/11/2010
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