ARTIGOS DIVERSOS II
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Apostilas da Vida (Parte 6)
Continuamos o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986.
Questões preliminares
A. Auxiliar o próximo é virtude que devemos cultivar?
Sim. Em qualquer situação e sob qualquer pretexto, devemos auxiliar sempre a todos que estejam necessitados de auxílio, sem jamais reclamar o auxílio dos outros e servindo sem amargura e sem paga – tal é a recomendação que nesta obra nos faz André Luiz.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
B. Saber usar a língua é importante?
Sim, é muito importante.
A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
Devemos, por isso, conduzi-la muito bem, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
(Apostilas da Vida – A língua.)
C. Como André Luiz define o divórcio?
Edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor.
Segundo André Luiz, é necessário auxiliar, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
Texto para leitura
100. Erre auxiliando – Auxilie a todos para o bem. Auxilie sem condições.
Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
101. Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
102. Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
103. Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa directriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
104. Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solver-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibições.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
105. Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
106. Erre auxiliando.
Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
Questões preliminares
A. Auxiliar o próximo é virtude que devemos cultivar?
Sim. Em qualquer situação e sob qualquer pretexto, devemos auxiliar sempre a todos que estejam necessitados de auxílio, sem jamais reclamar o auxílio dos outros e servindo sem amargura e sem paga – tal é a recomendação que nesta obra nos faz André Luiz.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
B. Saber usar a língua é importante?
Sim, é muito importante.
A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
Devemos, por isso, conduzi-la muito bem, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
(Apostilas da Vida – A língua.)
C. Como André Luiz define o divórcio?
Edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor.
Segundo André Luiz, é necessário auxiliar, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
Texto para leitura
100. Erre auxiliando – Auxilie a todos para o bem. Auxilie sem condições.
Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
101. Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
102. Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
103. Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa directriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
104. Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solver-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibições.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
105. Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
106. Erre auxiliando.
Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.
(Apostilas da Vida – Erre auxiliando.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
107. A língua – Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos factores determinantes no destino das criaturas.
Ponderada – favorece o juízo.
Leviana – descortina a imprudência.
Alegre – espalha optimismo.
(Apostilas da Vida – A língua.)
108. Triste – semeia desânimo.
Generosa – abre caminho à elevação.
Maledicente – cava despenhadeiros.
Gentil – provoca o reconhecimento.
Atrevida – atrai o ressentimento.
Serena – produz calma.
Fervorosa – impõe confiança.
(Apostilas da Vida – A língua.)
109. Descrente – invoca a frieza.
Bondosa – auxilia sempre.
Descaridosa – fere sem perceber.
Sábia – ensina.
Ignorante – complica.
Nobre – cria o respeito.
Sarcástica – improvisa o desprezo.
Educada – auxilia a todos.
Inconsciente – geral desequilíbrio.
(Apostilas da Vida – A língua.)
110. Por isso mesmo, exortava Jesus:
- “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
(Apostilas da Vida – A língua.)
111. Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
(Apostilas da Vida – A língua.)
112. Casamento e divórcio – Divórcio, edificação adiada; resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges veio a esquecer que os direitos nas instituições domésticas somam deveres iguais.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
113. A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
114. Dois espíritos, sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, encontram-se ou reencontram-se no matrimónio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo o esquema de obrigações regenerativas.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
115. Reincorporados, porém, na veste física se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
116. Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.
O tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido ente deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quando mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimentos de valores substanciais em favor da vida do espírito.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
117. Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir.
E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflições e lágrimas.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
118. Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
Compreendamos aqueles que não puderam evitar o divórcio, porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimónio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
(Continua na próxima edição.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ponderada – favorece o juízo.
Leviana – descortina a imprudência.
Alegre – espalha optimismo.
(Apostilas da Vida – A língua.)
108. Triste – semeia desânimo.
Generosa – abre caminho à elevação.
Maledicente – cava despenhadeiros.
Gentil – provoca o reconhecimento.
Atrevida – atrai o ressentimento.
Serena – produz calma.
Fervorosa – impõe confiança.
(Apostilas da Vida – A língua.)
109. Descrente – invoca a frieza.
Bondosa – auxilia sempre.
Descaridosa – fere sem perceber.
Sábia – ensina.
Ignorante – complica.
Nobre – cria o respeito.
Sarcástica – improvisa o desprezo.
Educada – auxilia a todos.
Inconsciente – geral desequilíbrio.
(Apostilas da Vida – A língua.)
110. Por isso mesmo, exortava Jesus:
- “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
(Apostilas da Vida – A língua.)
111. Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
(Apostilas da Vida – A língua.)
112. Casamento e divórcio – Divórcio, edificação adiada; resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges veio a esquecer que os direitos nas instituições domésticas somam deveres iguais.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
113. A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
114. Dois espíritos, sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, encontram-se ou reencontram-se no matrimónio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo o esquema de obrigações regenerativas.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
115. Reincorporados, porém, na veste física se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
116. Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.
O tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido ente deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quando mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimentos de valores substanciais em favor da vida do espírito.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
117. Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir.
E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflições e lágrimas.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
118. Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
Compreendamos aqueles que não puderam evitar o divórcio, porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimónio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.
(Apostilas da Vida – Casamento e divórcio.)
(Continua na próxima edição.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Auxílio e Julgamento
No livro Cartas e Crónicas, do Espírito Irmão X – pseudónimo de Humberto de Campos -, psicografado por Francisco Cândido Xavier, encontramos sugestiva página sob o título “A petição de Jesus”, que é um alerta do Cristo a Pedro após retornar do atendimento a um doente, atendendo à solicitação do Mestre.
Resumidamente, o texto diz:
... E Jesus, retido por seus deveres, junto da multidão em Cafarnaum, falou a Simão:
- Vai, Pedro! Peço-te!
Vai à casa de Jeremias, o curtidor, para ajudar sua filha Sara que, prostrada no leito, tem a cabeça conturbada e o corpo abatido.
Ora ao lado dela e o Pai, a quem rogamos apoio, socorrerá a doente por tuas mãos.
Na manhã seguinte, foi o discípulo entusiasmado à casa de Jeremias, retornando ao entardecer com a fisionomia abatida, dizendo:
- Ah, Mestre! Todo esforço em vão!
- Como assim? - perguntou-lhe Jesus.
- A casa de Jeremias é um antro de perdição.
A começar por ele, que encontrei embriagando-se com jovem serva.
Seu filho mais velho, Zoar, enfurecido por ter perdido dinheiro no jogo, também não soube dizer onde estava a irmã doente.
A dona da casa só me mostrou o quarto após espancar uma criança esquelética, por supor que ela lhe havia roubado um figo.
E no caminho, passei por José, o filho caçula, que roubava jóias de um cofre.
Ah, mestre! Que desilusão!
Não duvido que se trate de uma doente, mas não parou de articular gestos indecorosos e de pronunciar frases indignas!
Não aguentei mais e fugi horrorizado.
Senhor, procurei cumprir os seus desejos.
Seria justo pronunciar o nome de Deus ali entre vícios e deboches, avareza e obscenidades?
Jesus fixou em Pedro o olhar e falou:
- Pedro, eu conheço Jeremias, sua esposa e seus filhos há muito tempo.
Quanto te pedi para ir à casa dele, apenas te pedi para auxiliar.
O homem está acostumado aos próprios problemas e aflições e acaba fechando-se em uma vida medíocre de satisfação dos sentidos físicos, não percebendo as necessidades do seu próximo, resguardando-se numa couraça de indiferença a fim de poupar-se de dores maiores.
Lutamos por títulos, dinheiro, posição social...
Depositamos a felicidade na ilusão, na adoração às coisas materiais.
E assim, vamos experimentando certa apatia em relação ao bem que podemos edificar, porque nos encarceramos no egocentrismo infeliz.
O individualismo é uma barreira que impede o desenvolvimento das potencialidades da vida, e, endurecidos pela indiferença, afastamo-nos dos que estão ao nosso redor em aflição.
“Temei conservar-vos indiferentes quando puderdes ser úteis”, nos alertam os Espíritos iluminados em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VIII, o que é corroborado pela resposta dada a Kardec na questão 657 de O Livro dos Espíritos:
“Deus lhe pedirá contas do bem que tenhais feito”.
Não nos faltam avisos convocando-nos à observância da nossa participação no mundo, alertando-nos quanto à necessidade de transcender a nós mesmos e desenvolvermos o sentimento de compaixão.
É mediante o hábito da compaixão que o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e abrir o coração.
Se o beneficiado não o valoriza, não o reconhece ou identifica, pouco importa.
O essencial é o sentimento de alegria que o benfeitor sente.
Expandir esse sentimento é dar significação à vida.
A compaixão está acima da emotividade desequilibrada e vazia.
Ela age, enquanto a outra lamenta; ela realiza o socorro, enquanto a outra sente pena.
É a virtude que mais nos aproxima dos anjos.
Resumidamente, o texto diz:
... E Jesus, retido por seus deveres, junto da multidão em Cafarnaum, falou a Simão:
- Vai, Pedro! Peço-te!
Vai à casa de Jeremias, o curtidor, para ajudar sua filha Sara que, prostrada no leito, tem a cabeça conturbada e o corpo abatido.
Ora ao lado dela e o Pai, a quem rogamos apoio, socorrerá a doente por tuas mãos.
Na manhã seguinte, foi o discípulo entusiasmado à casa de Jeremias, retornando ao entardecer com a fisionomia abatida, dizendo:
- Ah, Mestre! Todo esforço em vão!
- Como assim? - perguntou-lhe Jesus.
- A casa de Jeremias é um antro de perdição.
A começar por ele, que encontrei embriagando-se com jovem serva.
Seu filho mais velho, Zoar, enfurecido por ter perdido dinheiro no jogo, também não soube dizer onde estava a irmã doente.
A dona da casa só me mostrou o quarto após espancar uma criança esquelética, por supor que ela lhe havia roubado um figo.
E no caminho, passei por José, o filho caçula, que roubava jóias de um cofre.
Ah, mestre! Que desilusão!
Não duvido que se trate de uma doente, mas não parou de articular gestos indecorosos e de pronunciar frases indignas!
Não aguentei mais e fugi horrorizado.
Senhor, procurei cumprir os seus desejos.
Seria justo pronunciar o nome de Deus ali entre vícios e deboches, avareza e obscenidades?
Jesus fixou em Pedro o olhar e falou:
- Pedro, eu conheço Jeremias, sua esposa e seus filhos há muito tempo.
Quanto te pedi para ir à casa dele, apenas te pedi para auxiliar.
O homem está acostumado aos próprios problemas e aflições e acaba fechando-se em uma vida medíocre de satisfação dos sentidos físicos, não percebendo as necessidades do seu próximo, resguardando-se numa couraça de indiferença a fim de poupar-se de dores maiores.
Lutamos por títulos, dinheiro, posição social...
Depositamos a felicidade na ilusão, na adoração às coisas materiais.
E assim, vamos experimentando certa apatia em relação ao bem que podemos edificar, porque nos encarceramos no egocentrismo infeliz.
O individualismo é uma barreira que impede o desenvolvimento das potencialidades da vida, e, endurecidos pela indiferença, afastamo-nos dos que estão ao nosso redor em aflição.
“Temei conservar-vos indiferentes quando puderdes ser úteis”, nos alertam os Espíritos iluminados em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VIII, o que é corroborado pela resposta dada a Kardec na questão 657 de O Livro dos Espíritos:
“Deus lhe pedirá contas do bem que tenhais feito”.
Não nos faltam avisos convocando-nos à observância da nossa participação no mundo, alertando-nos quanto à necessidade de transcender a nós mesmos e desenvolvermos o sentimento de compaixão.
É mediante o hábito da compaixão que o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e abrir o coração.
Se o beneficiado não o valoriza, não o reconhece ou identifica, pouco importa.
O essencial é o sentimento de alegria que o benfeitor sente.
Expandir esse sentimento é dar significação à vida.
A compaixão está acima da emotividade desequilibrada e vazia.
Ela age, enquanto a outra lamenta; ela realiza o socorro, enquanto a outra sente pena.
É a virtude que mais nos aproxima dos anjos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
É a irmã da caridade. E bem sentida é amor.
É o sentimento mais apropriado para dominar o egoísmo, pois nos comove aos sofrimentos dos nossos irmãos, impulsionando-nos a estender-lhes a mão.
Grande, porém, é a compensação quando damos coragem e esperança a um irmão infeliz, porque estamos todos mergulhados em regime de interdependência de uns para com os outros.
E considerando que tudo está ligado a tudo e todos os seres estão conectados entre si, então o sofrimento do próximo é o nosso sofrimento, e a felicidade do próximo é a nossa própria felicidade.
Quantas são as vezes que nos preocupamos mais com o reconhecimento e com a gratidão do que com nosso acto?
E quantas são as vezes em que julgamos a quem estendemos a mão?
Jesus nos convida ao trabalho porque essa é a nossa herança na jornada evolutiva.
Se queremos um mundo melhor para nossa próxima existência, e se queremos um mundo melhor para nossos filhos e netos, o que estamos fazendo para isso?
Somente a compaixão garantirá a felicidade à Terra, fazendo finalmente reinar a concórdia, a paz e o amor.
Assim nos ensina o capítulo VIII de O Evangelho segundo o Espiritismo.
O facto é que podemos fazer muito mais do que estamos fazendo, pois não se conhece nenhuma conquista que chegue ao espírito sem estar apoiada na prática.
Excelência da compaixão é viver impregnado pelo amor do Cristo, sabendo que “amor é devotamento; devotamento é olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos necessitados é a virtude por excelência, a que Jesus praticou por toda sua vida”, conforme assevera Emmanuel no livro Encontro Marcado, lição 45.
§.§.§- Ave sem Ninho
É o sentimento mais apropriado para dominar o egoísmo, pois nos comove aos sofrimentos dos nossos irmãos, impulsionando-nos a estender-lhes a mão.
Grande, porém, é a compensação quando damos coragem e esperança a um irmão infeliz, porque estamos todos mergulhados em regime de interdependência de uns para com os outros.
E considerando que tudo está ligado a tudo e todos os seres estão conectados entre si, então o sofrimento do próximo é o nosso sofrimento, e a felicidade do próximo é a nossa própria felicidade.
Quantas são as vezes que nos preocupamos mais com o reconhecimento e com a gratidão do que com nosso acto?
E quantas são as vezes em que julgamos a quem estendemos a mão?
Jesus nos convida ao trabalho porque essa é a nossa herança na jornada evolutiva.
Se queremos um mundo melhor para nossa próxima existência, e se queremos um mundo melhor para nossos filhos e netos, o que estamos fazendo para isso?
Somente a compaixão garantirá a felicidade à Terra, fazendo finalmente reinar a concórdia, a paz e o amor.
Assim nos ensina o capítulo VIII de O Evangelho segundo o Espiritismo.
O facto é que podemos fazer muito mais do que estamos fazendo, pois não se conhece nenhuma conquista que chegue ao espírito sem estar apoiada na prática.
Excelência da compaixão é viver impregnado pelo amor do Cristo, sabendo que “amor é devotamento; devotamento é olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos necessitados é a virtude por excelência, a que Jesus praticou por toda sua vida”, conforme assevera Emmanuel no livro Encontro Marcado, lição 45.
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Resposta da vida
Beto estava brincando na calçada, defronte de sua casa, quando a bola correu para a rua e ele foi buscá-la.
Nesse momento, um carro virou a esquina e não deu tempo de frear, atropelando o garoto diante dos colegas apavorados.
Imediatamente o motorista parou o veículo e correu a socorrer o menino desacordado.
Os colegas chegaram e o motorista indagou onde morava o garoto que ele atropelara, pediu que avisassem a família, enquanto ele levaria o menino para o hospital.
Deixou nome, endereço e número de telefone, para que pudessem falar com ele, e saiu em direcção ao hospital mais próximo, onde Beto foi atendido rapidamente no pronto-socorro e depois levado para um quarto.
Não demorou muito, a mãe de Beto chegou apavorada:
— O que aconteceu com meu filho?!
Pálido, o desconhecido que velava por ele sentado numa cadeira, ergueu-se e explicou:
— Senhora, meu nome é Carlos.
Fui eu que atropelei seu filho Beto.
Ele está bem, já foi socorrido e a perna dele foi engessada, pois tinha uma fractura.
Mas ele está bem; só tomou um analgésico para dor e está descansando, mas estava muito nervoso, pensando que os pais ficariam bravos com ele.
A mãe aproximou-se do filho e beijou-o, em lágrimas:
— Coitado do Beto!
Mas como aconteceu esse acidente?
— Eu passava de carro naquela rua, quando vi um garoto que corria atrás de uma bola!
Não deu tempo de nada!
Quando vi, ele estava na rua pegando a bola!...
Foi rápido demais!
Perdoe-me, porém não deu tempo de frear.
A mulher, chorando, olhou-o com cara de poucos amigos e sugeriu:
— Com certeza o senhor estaria correndo demais, não é?
— Não, minha senhora, ao contrário, estava devagar!
Se estivesse em velocidade, não teria conseguido frear, acredite!
A mãe de Beto estava muito nervosa e sugeriu que ele poderia ir embora, pois ela tomaria conta dele.
Carlos desculpou-se mais uma vez, passou-lhe um cartão, para que pudesse falar com ele em caso de necessidade, e despediu-se.
A mãe ficou no hospital, preocupada com o estado do filho.
Mais tarde, o pai de Beto chegou e explicou que, chegando a casa para o almoço, ficou sabendo que Beto estava no hospital, e correu para lá. Depois indagou:
— Como está nosso filho, Sónia?
— Está bem, não se preocupe.
Parece que foi só uma perna quebrada. Graças a Deus!...
— Mas, e o motorista? Você o viu?
O que ele disse?
Deixou endereço caso seja necessário?
Porque podemos precisar!...
— Calma, Rodrigo!
Ele deixou os dados dele para caso de necessidade. Aqui estão!
E Sónia passou ao marido os dados do motorista, que examinou tudo cuidadosamente.
De repente, ele parou e disse:
— Sónia!... Você sabe quem é esse sujeito que atropelou nosso filho?!...
— Claro que não!
Nunca o vi na vida!...
Rodrigo olhou demoradamente para a esposa balançando a cabeça e disse:
— Ele é o pai daquele garotinho pequeno que você atropelou há alguns anos!
Nesse momento, um carro virou a esquina e não deu tempo de frear, atropelando o garoto diante dos colegas apavorados.
Imediatamente o motorista parou o veículo e correu a socorrer o menino desacordado.
Os colegas chegaram e o motorista indagou onde morava o garoto que ele atropelara, pediu que avisassem a família, enquanto ele levaria o menino para o hospital.
Deixou nome, endereço e número de telefone, para que pudessem falar com ele, e saiu em direcção ao hospital mais próximo, onde Beto foi atendido rapidamente no pronto-socorro e depois levado para um quarto.
Não demorou muito, a mãe de Beto chegou apavorada:
— O que aconteceu com meu filho?!
Pálido, o desconhecido que velava por ele sentado numa cadeira, ergueu-se e explicou:
— Senhora, meu nome é Carlos.
Fui eu que atropelei seu filho Beto.
Ele está bem, já foi socorrido e a perna dele foi engessada, pois tinha uma fractura.
Mas ele está bem; só tomou um analgésico para dor e está descansando, mas estava muito nervoso, pensando que os pais ficariam bravos com ele.
A mãe aproximou-se do filho e beijou-o, em lágrimas:
— Coitado do Beto!
Mas como aconteceu esse acidente?
— Eu passava de carro naquela rua, quando vi um garoto que corria atrás de uma bola!
Não deu tempo de nada!
Quando vi, ele estava na rua pegando a bola!...
Foi rápido demais!
Perdoe-me, porém não deu tempo de frear.
A mulher, chorando, olhou-o com cara de poucos amigos e sugeriu:
— Com certeza o senhor estaria correndo demais, não é?
— Não, minha senhora, ao contrário, estava devagar!
Se estivesse em velocidade, não teria conseguido frear, acredite!
A mãe de Beto estava muito nervosa e sugeriu que ele poderia ir embora, pois ela tomaria conta dele.
Carlos desculpou-se mais uma vez, passou-lhe um cartão, para que pudesse falar com ele em caso de necessidade, e despediu-se.
A mãe ficou no hospital, preocupada com o estado do filho.
Mais tarde, o pai de Beto chegou e explicou que, chegando a casa para o almoço, ficou sabendo que Beto estava no hospital, e correu para lá. Depois indagou:
— Como está nosso filho, Sónia?
— Está bem, não se preocupe.
Parece que foi só uma perna quebrada. Graças a Deus!...
— Mas, e o motorista? Você o viu?
O que ele disse?
Deixou endereço caso seja necessário?
Porque podemos precisar!...
— Calma, Rodrigo!
Ele deixou os dados dele para caso de necessidade. Aqui estão!
E Sónia passou ao marido os dados do motorista, que examinou tudo cuidadosamente.
De repente, ele parou e disse:
— Sónia!... Você sabe quem é esse sujeito que atropelou nosso filho?!...
— Claro que não!
Nunca o vi na vida!...
Rodrigo olhou demoradamente para a esposa balançando a cabeça e disse:
— Ele é o pai daquele garotinho pequeno que você atropelou há alguns anos!
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
— Não pode ser, Rodrigo!
Esse homem é bem mais velho que o pai daquele garotinho!...
— Pois é ele mesmo. Tenho certeza absoluta.
Precisamos falar com ele, conversar.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Beto estava bem e foi para casa.
Após chegar a casa, deixaram-no com a irmã mais velha e foram até a casa de Carlos.
Sabiam onde ele morava.
Tocaram a campainha e logo a esposa dele veio abrir
Ao vê-los, recebeu-os muito bem e chamou o marido, que terminava de tomar banho.
Quando Carlos chegou, cumprimentou as visitas e sentou-se ao lado da esposa.
Sónia, a mãe do menino, não sabia como desculpar-se do acontecido:
— Carlos, perdoe-me!
Eu estava tão transtornada que não o reconheci!...
— Não tem importância.
Como está o garoto? Está bem?
— Sim, já está até em casa.
Mas lamento tudo que lhe disse hoje, Carlos!
Eu estava tão nervosa que não imaginava que fosse você!
Logo você, que perdeu um filho por minha causa!
Ele sorriu tristemente e respondeu, sereno:
— Não se preocupe, Sónia.
O que aconteceu no passado iria acontecer de qualquer maneira.
Acredito que nosso pequeno Artur iria ficar pouco tempo na Terra.
Hoje, nós somos espíritas e acreditamos que tudo que acontece está debaixo de Leis Divinas sábias e perfeitas.
Assim, não se preocupe.
Estamos bem, nosso filho Artur está bem e vive no Mundo Espiritual.
Sónia e Rodrigo ouviram as palavras de Carlos e trocaram um olhar, sem entender direito o que ele quis dizer com aquilo.
— Quer dizer que “seu filho Artur” está vivo em algum lugar?!...
— Sim, com certeza!
E é esse pensamento que nos faz viver com alegria e serenidade.
Se quiserem conhecer qual a razão de estarmos serenos e vivendo bem, é só aceitarem nos acompanhar a um Centro Espírita, onde encontrarão todas as respostas às suas perguntas. Aceitam?
Sónia e Rodrigo trocaram um olhar e aceitaram o convite, animados.
Depois, os casais se abraçaram e Sónia desculpou-se com Carlos pela maneira como o tinha tratado naquela tarde.
E assim, após esse acidente, eles se tornaram grandes amigos e frequentadores de uma Casa Espírita, com o amparo dos Amigos Espirituais e do pequeno Arthur, que está muito feliz!...
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia, 01/8/2016.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Esse homem é bem mais velho que o pai daquele garotinho!...
— Pois é ele mesmo. Tenho certeza absoluta.
Precisamos falar com ele, conversar.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Beto estava bem e foi para casa.
Após chegar a casa, deixaram-no com a irmã mais velha e foram até a casa de Carlos.
Sabiam onde ele morava.
Tocaram a campainha e logo a esposa dele veio abrir
Ao vê-los, recebeu-os muito bem e chamou o marido, que terminava de tomar banho.
Quando Carlos chegou, cumprimentou as visitas e sentou-se ao lado da esposa.
Sónia, a mãe do menino, não sabia como desculpar-se do acontecido:
— Carlos, perdoe-me!
Eu estava tão transtornada que não o reconheci!...
— Não tem importância.
Como está o garoto? Está bem?
— Sim, já está até em casa.
Mas lamento tudo que lhe disse hoje, Carlos!
Eu estava tão nervosa que não imaginava que fosse você!
Logo você, que perdeu um filho por minha causa!
Ele sorriu tristemente e respondeu, sereno:
— Não se preocupe, Sónia.
O que aconteceu no passado iria acontecer de qualquer maneira.
Acredito que nosso pequeno Artur iria ficar pouco tempo na Terra.
Hoje, nós somos espíritas e acreditamos que tudo que acontece está debaixo de Leis Divinas sábias e perfeitas.
Assim, não se preocupe.
Estamos bem, nosso filho Artur está bem e vive no Mundo Espiritual.
Sónia e Rodrigo ouviram as palavras de Carlos e trocaram um olhar, sem entender direito o que ele quis dizer com aquilo.
— Quer dizer que “seu filho Artur” está vivo em algum lugar?!...
— Sim, com certeza!
E é esse pensamento que nos faz viver com alegria e serenidade.
Se quiserem conhecer qual a razão de estarmos serenos e vivendo bem, é só aceitarem nos acompanhar a um Centro Espírita, onde encontrarão todas as respostas às suas perguntas. Aceitam?
Sónia e Rodrigo trocaram um olhar e aceitaram o convite, animados.
Depois, os casais se abraçaram e Sónia desculpou-se com Carlos pela maneira como o tinha tratado naquela tarde.
E assim, após esse acidente, eles se tornaram grandes amigos e frequentadores de uma Casa Espírita, com o amparo dos Amigos Espirituais e do pequeno Arthur, que está muito feliz!...
MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia, 01/8/2016.)
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O carácter actual da simbologia da candeia
“Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma vasilha, ou a põe debaixo da cama; põe-na, sim, sobre um candeeiro, para que vejam a luz os que entram.
Porque não há coisa encoberta que não haja de saber-se e fazer-se pública.” ¹
Parece estranho ouvir Jesus dizer para não se colocar a candeia debaixo do alqueire ou da cama, segundo Lucas, e ao mesmo tempo falar por parábolas.
Incoerência de Jesus?
Contradição nos ensinamentos? Jamais!
É necessário entender que essa afirmação é uma orientação para as nossas atitudes, em relação aos conhecimentos que possuímos, sejam eles quais forem.
O Mestre convida-nos a não escondermos a luz da verdade, mas, sim, deixá-la visível para que outras pessoas possam se orientar por ela.
O ensinamento evangélico é mais uma parábola, como muitas que Jesus usava para tornar compreensíveis as verdades que desejava transmitir.
Mas, o que é uma parábola?
Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa.
Nesse caso, não temos uma narrativa propriamente, mas uma comparação.
As verdades nela contidas são de cunho moral.
As comparações com a vida quotidiana e os interesses materiais foram utilizadas com maestria por Ele, para que seus ensinos pudessem ser compreendidos.
As que fazem parte dos Evangelhos, portanto, contêm preceitos morais.
Podemos dizer, então, (...) “que Parábola Evangélica é uma instrução alegórica, exposta sempre com um fim moral, como um meio fácil de fazer compreender uma lição espiritual”.²
Entretanto, aqueles que não buscam a ideia espiritual – a essência moral – desses preceitos, mas tão somente sua forma, desprezando o fundo, não encontram a doutrina do Cristo e, por essa razão, ela se conserva oculta até hoje.
Assim, quando os discípulos perguntaram a Jesus por que falava por parábolas, Ele lhes disse:
“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não, pois não estão em condições de compreenderem certas coisas; veem, olham, escutam e não entendem.
Dizer-lhes tudo, agora, seria inútil”. ³
Jesus tratava o povo como se trata uma criança, cujas ideias ainda não estão desenvolvidas.
Aguardava que a inteligência crescesse para compreender tudo que seria revelado, gradualmente.
Isto é, “todo ensinamento deve ser proporcional à inteligência de quem o recebe, e porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer. 4
Assim como acontece a cada indivíduo, a Humanidade também passa por períodos da infância, da juventude e da madureza.
Cada coisa deve vir a seu tempo, pois tudo que é plantado fora da estação não produz.
Mas, aquilo que é guardado por prudência, cedo ou tarde, será revelado, quando o homem, com a inteligência desenvolvida, procurar, por si só, descobrir.
Pela inteligência o homem compreende, se guia e racionaliza sua fé.
É por isso que Jesus falava para não pôr a luz debaixo da cama, pois sem a luz da razão, a fé enfraquece.
Todavia, existem aqueles que colocam a luz da verdade escondida.
São aqueles que querem dominar esses conhecimentos, essas descobertas.
São as religiões que sempre tiveram seus mistérios e cujo exame ainda proíbem; são as pesquisas na área da saúde que por razões comerciais não são trazidas à luz.
Jesus estava certo.
Não existe mistério absoluto, pois tudo aquilo que estiver oculto será descoberto.
Ele só deixou oculto o entendimento das questões abstractas da sua doutrina.
Tendo feito da humildade e da caridade a condição expressa da salvação, tudo que disse e fez, a respeito, é claro, explícito, e não deixa dúvida.
Ele veio nos trazer regras de conduta que precisavam estar claras para que pudessem ser seguidas, e isto era o essencial para aquelas pessoas, ainda ignorantes das coisas do Espírito e tão essencial para nós que, mesmo após vinte séculos, ainda não as compreendemos, porque vêm de encontro aos nossos caprichos, desejos e interesses pessoais.
Aos discípulos que já estavam mais adiantados moral e intelectualmente, podia iniciá-los nos princípios mais abstractos.
Por isso disse:
“ao que já tem ainda mais se dará e terá em abundância”.
Mas, mesmo para eles, algumas coisas não foram reveladas.
Somente mais tarde, a ciência e o Espiritismo vieram desvendar alguns pontos obscuros da doutrina do Cristo.
E, ainda hoje, muita coisa está sendo revelada, com prudência, pelos Espíritos encarregados dessa tarefa.
Pretensão fantasiosa, ousadia ou ignorância de alguns imaginarem que a Doutrina dos Espíritos será superada e que nada mais tem para nos desvendar.
Bibliografia:
1 – Mateus, 13:10-15.
2 – SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus – 14ª edição – Casa Editora O Clarim, Matão/ SP – 1ª parte, As parábolas e sua interpretação.
3 – Lucas, 18:16-17.
4 – KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. 23, item 1 a 7 e cap. 18, item 15.
§.§.§- Ave sem Ninho
Porque não há coisa encoberta que não haja de saber-se e fazer-se pública.” ¹
Parece estranho ouvir Jesus dizer para não se colocar a candeia debaixo do alqueire ou da cama, segundo Lucas, e ao mesmo tempo falar por parábolas.
Incoerência de Jesus?
Contradição nos ensinamentos? Jamais!
É necessário entender que essa afirmação é uma orientação para as nossas atitudes, em relação aos conhecimentos que possuímos, sejam eles quais forem.
O Mestre convida-nos a não escondermos a luz da verdade, mas, sim, deixá-la visível para que outras pessoas possam se orientar por ela.
O ensinamento evangélico é mais uma parábola, como muitas que Jesus usava para tornar compreensíveis as verdades que desejava transmitir.
Mas, o que é uma parábola?
Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa.
Nesse caso, não temos uma narrativa propriamente, mas uma comparação.
As verdades nela contidas são de cunho moral.
As comparações com a vida quotidiana e os interesses materiais foram utilizadas com maestria por Ele, para que seus ensinos pudessem ser compreendidos.
As que fazem parte dos Evangelhos, portanto, contêm preceitos morais.
Podemos dizer, então, (...) “que Parábola Evangélica é uma instrução alegórica, exposta sempre com um fim moral, como um meio fácil de fazer compreender uma lição espiritual”.²
Entretanto, aqueles que não buscam a ideia espiritual – a essência moral – desses preceitos, mas tão somente sua forma, desprezando o fundo, não encontram a doutrina do Cristo e, por essa razão, ela se conserva oculta até hoje.
Assim, quando os discípulos perguntaram a Jesus por que falava por parábolas, Ele lhes disse:
“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não, pois não estão em condições de compreenderem certas coisas; veem, olham, escutam e não entendem.
Dizer-lhes tudo, agora, seria inútil”. ³
Jesus tratava o povo como se trata uma criança, cujas ideias ainda não estão desenvolvidas.
Aguardava que a inteligência crescesse para compreender tudo que seria revelado, gradualmente.
Isto é, “todo ensinamento deve ser proporcional à inteligência de quem o recebe, e porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer. 4
Assim como acontece a cada indivíduo, a Humanidade também passa por períodos da infância, da juventude e da madureza.
Cada coisa deve vir a seu tempo, pois tudo que é plantado fora da estação não produz.
Mas, aquilo que é guardado por prudência, cedo ou tarde, será revelado, quando o homem, com a inteligência desenvolvida, procurar, por si só, descobrir.
Pela inteligência o homem compreende, se guia e racionaliza sua fé.
É por isso que Jesus falava para não pôr a luz debaixo da cama, pois sem a luz da razão, a fé enfraquece.
Todavia, existem aqueles que colocam a luz da verdade escondida.
São aqueles que querem dominar esses conhecimentos, essas descobertas.
São as religiões que sempre tiveram seus mistérios e cujo exame ainda proíbem; são as pesquisas na área da saúde que por razões comerciais não são trazidas à luz.
Jesus estava certo.
Não existe mistério absoluto, pois tudo aquilo que estiver oculto será descoberto.
Ele só deixou oculto o entendimento das questões abstractas da sua doutrina.
Tendo feito da humildade e da caridade a condição expressa da salvação, tudo que disse e fez, a respeito, é claro, explícito, e não deixa dúvida.
Ele veio nos trazer regras de conduta que precisavam estar claras para que pudessem ser seguidas, e isto era o essencial para aquelas pessoas, ainda ignorantes das coisas do Espírito e tão essencial para nós que, mesmo após vinte séculos, ainda não as compreendemos, porque vêm de encontro aos nossos caprichos, desejos e interesses pessoais.
Aos discípulos que já estavam mais adiantados moral e intelectualmente, podia iniciá-los nos princípios mais abstractos.
Por isso disse:
“ao que já tem ainda mais se dará e terá em abundância”.
Mas, mesmo para eles, algumas coisas não foram reveladas.
Somente mais tarde, a ciência e o Espiritismo vieram desvendar alguns pontos obscuros da doutrina do Cristo.
E, ainda hoje, muita coisa está sendo revelada, com prudência, pelos Espíritos encarregados dessa tarefa.
Pretensão fantasiosa, ousadia ou ignorância de alguns imaginarem que a Doutrina dos Espíritos será superada e que nada mais tem para nos desvendar.
Bibliografia:
1 – Mateus, 13:10-15.
2 – SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus – 14ª edição – Casa Editora O Clarim, Matão/ SP – 1ª parte, As parábolas e sua interpretação.
3 – Lucas, 18:16-17.
4 – KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. 23, item 1 a 7 e cap. 18, item 15.
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CASAMENTO - SEPARAR RESOLVE?
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo tecto, desde logo terão chances de iniciarem a sua reforma íntima.
E tudo começa com a luta contra o egoísmo, pois tudo o que era “meu”, passa a ser “nosso”!
Em verdade, o que mantém o matrimónio não é apenas a beleza do parceiro ou o prazer sexual, ambos importantíssimos, mas por si sós insuficientes, pois também a amizade, o respeito, o desprendimento, o carinho, etc., alimentam os laços matrimoniais.
O casal, ainda no plano espiritual, combina o reencontro no matrimónio, convencidos de que a união de ambos é um bom programa de obrigações reeducativas. Reencarnam e se casam.
Com o passar dos dias, os dois vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser.
Ele passa a noite roncando; ela fala dormindo a noite toda; ele quer dormir e ela assistir TV no quarto; ele tem o péssimo hábito de deixar a tampa do assento sanitário aberta e ela insiste em deixá-la fechada!
Ele deixa o tubo dental sempre aberto e ela deixa pedaços de fio dental espalhados pela pia!
Ah! Que diferença do que ocorria antes...
Sempre que se encontravam – antes do casamento - estavam arrumados, penteados, cheirosos, maravilhosos!
Mas agora, ao acordar e olhar de lado, às vezes têm até um leve susto! Surgem os conflitos...
Hora de separar?
Será que a separação resolve?
Na balança da indecisão, começa a pesar mais o prato das imperfeições...
Ela se pergunta: como pode aquela pessoa maravilhosa, transformar-se em alguém com tantos defeitos?
E o outro, seguramente, se faz os mesmos questionamentos a respeito do parceiro.
É hora de tentar equilibrar os pratos, colocando na balança, os momentos de alegria...
As pequenas coisas que os faziam rir antes; os cabelos brancos adquiridos juntos; os quilinhos a mais ou exageradamente a menos; as rugas...
É hora de aceitar o estrago feito pelo mestre tempo nos corpos de ambos e a inexorável força da gravidade que sai derrubando tudo...
Se o parceiro não é bem o que idealizaram, com certeza foi o melhor que Deus pôde oferecer – e o que mereciam - para que cresçam juntos.
O esposo, tirano doméstico que pede à mulher total dedicação, provavelmente é o mesmo homem de outras existências, de cuja dedicação ela zombou, tornando-o agressivo.
A companheira extremamente exigente, que envolve o marido em constantes crises de ciúme, é a mesma jovem que outrora foi desencaminhada por ele, com falsas promessas de amor, levando-a à degradação moral.
Assim, a ambos cabe se tolerarem e se reeducarem!
Declarar que o divórcio é sempre errado é tão incorrecto quanto assegurar que está sempre certo.
Todo casamento dissolvido representa fracasso, pois a separação não faz parte da programação de ambos, é simplesmente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável.
A Doutrina Espírita não faz apologia do divórcio, mas aceita e explica racionalmente a sua necessidade em casos específicos, uma vez que há uniões em que o divórcio é compreensível e até razoável, para evitar um mal maior.
O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, limita-se tão-só a reconhecer uma separação já existente.
É o mal menor, oferecendo aos divorciados, a oportunidade de tentarem reconstruir suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Não é lícito o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à manutenção de um matrimónio que pode terminar em tragédia?
Não será mais conveniente uma separação, desde que a reconciliação se tornou impossível?
Não têm direito, ambos, a uma nova tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não entendem?
A resposta é sim.
Quem se casa e promete conviver bem com seu parceiro, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à deriva, à própria sorte.
Isso será, fatalmente, plantação amarga num futuro próximo ou distante, cuja colheita será obrigatória.
Não basta casar-se.
É importante saber para quê.
Muitos dirão que a resposta é óbvia, que as pessoas casam-se por amor.
Pode ser e deveria ser...
O amor, porém, reclama adubação constante, pois a felicidade na comunhão afectiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
Acredito piamente que no casamento, amar é, acima de tudo, olhar ambos na mesma direcção, sonhar os mesmos sonhos e construir em conjunto.
§.§.§- Ave sem Ninho
E tudo começa com a luta contra o egoísmo, pois tudo o que era “meu”, passa a ser “nosso”!
Em verdade, o que mantém o matrimónio não é apenas a beleza do parceiro ou o prazer sexual, ambos importantíssimos, mas por si sós insuficientes, pois também a amizade, o respeito, o desprendimento, o carinho, etc., alimentam os laços matrimoniais.
O casal, ainda no plano espiritual, combina o reencontro no matrimónio, convencidos de que a união de ambos é um bom programa de obrigações reeducativas. Reencarnam e se casam.
Com o passar dos dias, os dois vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser.
Ele passa a noite roncando; ela fala dormindo a noite toda; ele quer dormir e ela assistir TV no quarto; ele tem o péssimo hábito de deixar a tampa do assento sanitário aberta e ela insiste em deixá-la fechada!
Ele deixa o tubo dental sempre aberto e ela deixa pedaços de fio dental espalhados pela pia!
Ah! Que diferença do que ocorria antes...
Sempre que se encontravam – antes do casamento - estavam arrumados, penteados, cheirosos, maravilhosos!
Mas agora, ao acordar e olhar de lado, às vezes têm até um leve susto! Surgem os conflitos...
Hora de separar?
Será que a separação resolve?
Na balança da indecisão, começa a pesar mais o prato das imperfeições...
Ela se pergunta: como pode aquela pessoa maravilhosa, transformar-se em alguém com tantos defeitos?
E o outro, seguramente, se faz os mesmos questionamentos a respeito do parceiro.
É hora de tentar equilibrar os pratos, colocando na balança, os momentos de alegria...
As pequenas coisas que os faziam rir antes; os cabelos brancos adquiridos juntos; os quilinhos a mais ou exageradamente a menos; as rugas...
É hora de aceitar o estrago feito pelo mestre tempo nos corpos de ambos e a inexorável força da gravidade que sai derrubando tudo...
Se o parceiro não é bem o que idealizaram, com certeza foi o melhor que Deus pôde oferecer – e o que mereciam - para que cresçam juntos.
O esposo, tirano doméstico que pede à mulher total dedicação, provavelmente é o mesmo homem de outras existências, de cuja dedicação ela zombou, tornando-o agressivo.
A companheira extremamente exigente, que envolve o marido em constantes crises de ciúme, é a mesma jovem que outrora foi desencaminhada por ele, com falsas promessas de amor, levando-a à degradação moral.
Assim, a ambos cabe se tolerarem e se reeducarem!
Declarar que o divórcio é sempre errado é tão incorrecto quanto assegurar que está sempre certo.
Todo casamento dissolvido representa fracasso, pois a separação não faz parte da programação de ambos, é simplesmente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável.
A Doutrina Espírita não faz apologia do divórcio, mas aceita e explica racionalmente a sua necessidade em casos específicos, uma vez que há uniões em que o divórcio é compreensível e até razoável, para evitar um mal maior.
O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, limita-se tão-só a reconhecer uma separação já existente.
É o mal menor, oferecendo aos divorciados, a oportunidade de tentarem reconstruir suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Não é lícito o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à manutenção de um matrimónio que pode terminar em tragédia?
Não será mais conveniente uma separação, desde que a reconciliação se tornou impossível?
Não têm direito, ambos, a uma nova tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não entendem?
A resposta é sim.
Quem se casa e promete conviver bem com seu parceiro, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à deriva, à própria sorte.
Isso será, fatalmente, plantação amarga num futuro próximo ou distante, cuja colheita será obrigatória.
Não basta casar-se.
É importante saber para quê.
Muitos dirão que a resposta é óbvia, que as pessoas casam-se por amor.
Pode ser e deveria ser...
O amor, porém, reclama adubação constante, pois a felicidade na comunhão afectiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
Acredito piamente que no casamento, amar é, acima de tudo, olhar ambos na mesma direcção, sonhar os mesmos sonhos e construir em conjunto.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
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Idade : 68
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Magnetismo
Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa técnica de cura está presente em toda a história do homem.
"Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença.
Pesquisas destacam que os dinossauros eram afectados por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".
"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas.
A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas acções quotidianas da fricção que acalmava a dor.
As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes.
O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as acções, com o poder das mãos".
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá:
"pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".
Na Caldeia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono.
No Egipto, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar.
O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas.
Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas.
Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono.
Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...
Baixos relevos descobertos na Caldeia e no Egipto, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas.
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais".
Depreendemos, a partir desses breves registos, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em acção:
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo:
Quero, fica limpo!
E imediatamente ele ficou limpo da lepra.
"Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia são ainda uma incógnita.
O talita kume! ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração.
A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".
Todos esses factos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria.
Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
"No século XVIII, Mesmer, após estudar a cura mineral magnética do astrónomo jesuíta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magnética de J.J. Gassner, divulgou uma série de técnicas relativas à utilização do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposição das mãos.
Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princípios jamais se afastou.
"Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença.
Pesquisas destacam que os dinossauros eram afectados por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".
"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas.
A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas acções quotidianas da fricção que acalmava a dor.
As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes.
O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as acções, com o poder das mãos".
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá:
"pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".
Na Caldeia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono.
No Egipto, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar.
O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas.
Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas.
Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono.
Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...
Baixos relevos descobertos na Caldeia e no Egipto, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas.
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais".
Depreendemos, a partir desses breves registos, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em acção:
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo:
Quero, fica limpo!
E imediatamente ele ficou limpo da lepra.
"Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia são ainda uma incógnita.
O talita kume! ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração.
A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".
Todos esses factos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria.
Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
"No século XVIII, Mesmer, após estudar a cura mineral magnética do astrónomo jesuíta Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura magnética de J.J. Gassner, divulgou uma série de técnicas relativas à utilização do magnetismo humano, instrumentalizado pela imposição das mãos.
Tais estudos levaram-no a elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princípios jamais se afastou.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Mais tarde, assumiram destaque as experiências do Barão de Reichenbach e do Coronel Alberto de Rochas".
Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da actuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã.
Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições:
A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discussões e estudos.
"Em breve, formaram-se dois campos:
os que negavam obstinadamente todos os factos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer médico declarar-se partidário do Magnetismo Animal, sob pena de ser excluído do quadro dos doutores da época", um movimento favorável às ideias de Mesmer levava à formação das Sociedades Magnéticas, sob a denominação de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das moléstias.
Em França, por toda a parte, curava-se pelo novo método.
"Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinária ofereceu ao público o exemplo de tantas garantias", em face dos relatórios confirmando as curas, que eram impressos e distribuídos em grande quantidade para esclarecimento do povo.
Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios.
Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenómenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica.
Em 1837, porém, retrata-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.
Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adoptada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina:
explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonambúlicos, teatralizando a série de fenómenos que ocorriam durante as sessões, e as encenações ruidosas, que ficaram conhecidas como a Câmara das Crises ou O Inferno das Convulsões, tendo
como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de água, vidro moído e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor.
Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatório, formando a corrente magnética.
Todo esse aparato, porém, não era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposições e dos passes.
Ipso facto, as Comissões se inclinaram pela condenação do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiança e descrédito.
Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.
"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".
No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado cataléptico, usando fórmulas e rituais, admitindo a influência espiritual.
Em 1841, um médico inglês, o Dr.James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo uma de suas sessões públicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.
Braid, em seus trabalhos e escritos científicos, procurou explicar o estado psíquico especial, que era comum nos fenómenos ditos magnéticos, sonambúlicos e sugestivos.
Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da actuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã.
Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições:
A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em tema de discussões e estudos.
"Em breve, formaram-se dois campos:
os que negavam obstinadamente todos os factos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer médico declarar-se partidário do Magnetismo Animal, sob pena de ser excluído do quadro dos doutores da época", um movimento favorável às ideias de Mesmer levava à formação das Sociedades Magnéticas, sob a denominação de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das moléstias.
Em França, por toda a parte, curava-se pelo novo método.
"Nunca, diria Du Potet, a medicina ordinária ofereceu ao público o exemplo de tantas garantias", em face dos relatórios confirmando as curas, que eram impressos e distribuídos em grande quantidade para esclarecimento do povo.
Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios.
Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenómenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica.
Em 1837, porém, retrata-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.
Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adoptada pelos magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina:
explorando o que se chamou A Magia do Magnetismo, utilizando pacientes sonambúlicos, teatralizando a série de fenómenos que ocorriam durante as sessões, e as encenações ruidosas, que ficaram conhecidas como a Câmara das Crises ou O Inferno das Convulsões, tendo
como destaque central a Tina de Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de água, vidro moído e limalha de ferro, em torno da qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor.
Todos eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatório, formando a corrente magnética.
Todo esse aparato, porém, não era apropriado para convencer os observadores do efeito eficaz e positivo das imposições e dos passes.
Ipso facto, as Comissões se inclinaram pela condenação do Magnetismo, considerando que as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam desconfiança e descrédito.
Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.
"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados; o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".
No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado cataléptico, usando fórmulas e rituais, admitindo a influência espiritual.
Em 1841, um médico inglês, o Dr.James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo uma de suas sessões públicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e segurando-lhes os polegares.
Braid, em seus trabalhos e escritos científicos, procurou explicar o estado psíquico especial, que era comum nos fenómenos ditos magnéticos, sonambúlicos e sugestivos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Em seus derradeiros trabalhos passou a admitir a hipótese de dois fenómenos de efeitos semelhantes:
um hipnótico, normal, devido a causas conhecidas e um magnético, paranormal, a exemplo da visão a distância e a previsão do futuro.
Outros pesquisadores seguiram-no:
Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.
Em 1875, Charles Richet, então ainda estudante, busca provar a autenticidade científica do estado hipnótico, que segundo ele, mais não era que um estado fisiológico normal, no qual a inteligência se encontrava, apenas, exaltada".
Antes, porém, em Paris, o Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua célebre obra O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magnétisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana.
À página 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail freqüentava, até 1850, sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.
Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações intimas, constantes de Obras Póstumas, relatando a sua iniciação no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informações que lhe são transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz:
"parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se à vontade nesse diálogo com o então pedagogista Rivail.
São dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questões do seu íntimo e imediato interesse.
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria:
"O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...).
Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas(...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro".
E conclui, no seu artigo:
"Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária
É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da acção fluídica", destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da acção.
O princípio é sempre o mesmo:
é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.
Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica.
Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.
um hipnótico, normal, devido a causas conhecidas e um magnético, paranormal, a exemplo da visão a distância e a previsão do futuro.
Outros pesquisadores seguiram-no:
Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.
Em 1875, Charles Richet, então ainda estudante, busca provar a autenticidade científica do estado hipnótico, que segundo ele, mais não era que um estado fisiológico normal, no qual a inteligência se encontrava, apenas, exaltada".
Antes, porém, em Paris, o Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua célebre obra O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor do Journal du Magnétisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana.
À página 139 dessa elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail freqüentava, até 1850, sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador.
Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações intimas, constantes de Obras Póstumas, relatando a sua iniciação no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informações que lhe são transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz:
"parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se à vontade nesse diálogo com o então pedagogista Rivail.
São dois magnetizadores, ou passistas, que se encontram e abordam questões do seu íntimo e imediato interesse.
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria:
"O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo(...).
Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas(...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro".
E conclui, no seu artigo:
"Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária
É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da acção fluídica", destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da acção.
O princípio é sempre o mesmo:
é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.
Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica.
Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a acção terapêutica da Psicoterapia moderna.
BIBLIOGRAFIA
1 - O Túnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro
2 - A Gênese, Allan Kardec
3 - Obras Póstumas, Allan Kardec
4 - As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil
5 - O Espiritismo Perante a Ciência, Gabriel Delanne
6 - Parapsicologia Didática, Raul Marinuzzi
7 - Curas Espirituais, George W. Meek
8 - Magnetismo Curativo, Alphonse Bué
9 - Boletim Médico Espírita, AME/SP - 1985
10 - O Passe, Jacob Melo
11 - Do Sistema Nervoso à Mediunidade, Ary Lex
12 - Diretrizes de Segurança, Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira
13 - À Luz do Espiritismo, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco.
14 - Entre a Matéria e O Espirito, A. César Perri de Carvalho e Osvaldo Magno Filho
§.§.§- Ave sem Ninho
BIBLIOGRAFIA
1 - O Túnel e a Luz, Carlos Bernardo Loureiro
2 - A Gênese, Allan Kardec
3 - Obras Póstumas, Allan Kardec
4 - As Mesas Girantes e o Espiritismo, Zeus Wantuil
5 - O Espiritismo Perante a Ciência, Gabriel Delanne
6 - Parapsicologia Didática, Raul Marinuzzi
7 - Curas Espirituais, George W. Meek
8 - Magnetismo Curativo, Alphonse Bué
9 - Boletim Médico Espírita, AME/SP - 1985
10 - O Passe, Jacob Melo
11 - Do Sistema Nervoso à Mediunidade, Ary Lex
12 - Diretrizes de Segurança, Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira
13 - À Luz do Espiritismo, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco.
14 - Entre a Matéria e O Espirito, A. César Perri de Carvalho e Osvaldo Magno Filho
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O Espírita no velório
cerimónia do “até já”,“até logo”, “nos veremos em breve” (Jorge Hessen)
Certa vez, um confrade segredou-me que não permitirá velórios no sepultamento de seus familiares mais próximos, porque é totalmente contra tal tradição mortuária.
Não vê lógica doutrinária nesse tipo de cerimonial.
Crê que após constatada a desencarnação, em no máximo algumas poucas horas, deveriam ser feitos os preparativos para o sepultamento, sem rituais religiosos.
Busquei esclarecê-lo de que velório ou “velação” não é necessariamente um ritual religioso”, portanto não está associado a religiões, até porque seu início dá-se quando a pessoa está doente e precisa de ser velada, cuidada, vigiada.
Pois é! A origem da palavra velar que dá origem a velório vem do latim "vigilare", que dá significado de vigilância.
E mais: o termo velar não se refere às "velas", flores, missas, cultos, mas (repito) ao verbo "velar" (de cuidar, zelar).
O dicionarista define o verbo velar como "ficar acordado ao lado de (alguém)", "ficar acordado durante (um tempo)" e ainda "manter-se de guarda, vigia" dentre outras definições.
O termo tem uma conotação exacta se de facto as pessoas que vão "velar" o falecido, realmente o fazem com atitude de zelo, vigília, respeito e de despedida do corpo que serviu ao espírito durante a experiência que se encerra.
É evidente que velar o defunto é atitude respeitável.
No velório devemos orar respeitosamente ao amigo que se despoja do corpo físico, dirigindo-lhe por exemplo (como sugestão) a prece indicada por Allan Kardec contida no cap. XXVIII, item 59 do Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado “Pelos recém-falecidos”. [1]
Protocolarmente ou não, no velório nos solidarizamos com os parentes e amigos do “morto”, auxiliando no que for preciso, seja ofertando um abraço fraterno ou apenas a presença serena, numa empatia repleta de misericórdia, na base da paciência e do estímulo, da consolação e do amor, como nos instrui Emmanuel. [2]
Em contrapartida, em muitos casos essa celebração se desviou, e muito, do sentido ético, pois acima das emoções justificáveis por parte dos parentes e amigos, ostenta-se um funeral por despesas excessivas com coroas de flores, santinhos, escapulários, velas que podem ser usados em doações a instituições assistenciais, conforme instrui André Luiz.
Ouçamo-lo: Os espíritas devem dispensar, nos funerais, as honrarias materiais exageradas e as encenações, pois considerando que "nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo", importa, porém, que lhe enviemos cargas mentais favoráveis de bênçãos e de paz, através da oração sincera, principalmente nos últimos momentos que antecedem ao enterramento ou à cremação.
Oferenda de coroas e flores deve transformar-se "em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário". [3]
Social, moral e espiritualmente, quando comparecemos a um velório exercemos abençoado dever de solidariedade, proporcionando consolação à família.
Infelizmente, tendemos a fazê-lo por desencargo de consciência formal, com a presença física, ignorando o decoro espiritual, a exprimir-se no respeito pelo recinto e no esforço de auxiliar o desencarnado com pensamentos elevados.
Ora, o desencarnado precisa de vibrações de harmonia, que só se formam através da prece sincera e de ondas mentais positivas.
Em o livro Conduta Espírita, o Espírito André Luiz mais uma vez adverte-nos para "procedermos correctamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.
O recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.
“É importante expulsar de nós quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecermos".
Até porque a "solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana". [4]
Deploravelmente, poucos se dão ao cuidado de conversar baixinho, principalmente no momento da remoção do cadáver do recinto para a “catacumba”, quando se amontoam maior número de pessoas.
Temos motivos de sobra para a moderação, cultivemos o silêncio, conversando, se necessário, em voz baixa, de forma edificante.
Podemos fazer referências ao finado com discrição, evitando pressioná-lo com lembranças e emoções passíveis de perturbá-lo, principalmente se forem trágicas as circunstâncias do seu falecimento.
Oremos em seu benefício, porque “morre-se” como “se vive”.
Se não conseguirmos manter semelhante comportamento, melhor será que nem compareçamos ou nos retiremos do ambiente, evitando alargar o estrepitoso coro de vozes e vibrações desrespeitosas que afligem o recém-desencarnado, até porque o “morrer” nem sempre é o “desencarnar”.
Referências bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 59, RJ: Ed. FEB, 1939
[2] Xavier, Francisco Cândido. Servidores no Além, SP: Editora – IDE, 1989
[3] Vieira, Waldo. Conduta Espírita, RJ: Ed FEB, 1999
[4] Idem
§.§.§- Ave sem Ninho
Certa vez, um confrade segredou-me que não permitirá velórios no sepultamento de seus familiares mais próximos, porque é totalmente contra tal tradição mortuária.
Não vê lógica doutrinária nesse tipo de cerimonial.
Crê que após constatada a desencarnação, em no máximo algumas poucas horas, deveriam ser feitos os preparativos para o sepultamento, sem rituais religiosos.
Busquei esclarecê-lo de que velório ou “velação” não é necessariamente um ritual religioso”, portanto não está associado a religiões, até porque seu início dá-se quando a pessoa está doente e precisa de ser velada, cuidada, vigiada.
Pois é! A origem da palavra velar que dá origem a velório vem do latim "vigilare", que dá significado de vigilância.
E mais: o termo velar não se refere às "velas", flores, missas, cultos, mas (repito) ao verbo "velar" (de cuidar, zelar).
O dicionarista define o verbo velar como "ficar acordado ao lado de (alguém)", "ficar acordado durante (um tempo)" e ainda "manter-se de guarda, vigia" dentre outras definições.
O termo tem uma conotação exacta se de facto as pessoas que vão "velar" o falecido, realmente o fazem com atitude de zelo, vigília, respeito e de despedida do corpo que serviu ao espírito durante a experiência que se encerra.
É evidente que velar o defunto é atitude respeitável.
No velório devemos orar respeitosamente ao amigo que se despoja do corpo físico, dirigindo-lhe por exemplo (como sugestão) a prece indicada por Allan Kardec contida no cap. XXVIII, item 59 do Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado “Pelos recém-falecidos”. [1]
Protocolarmente ou não, no velório nos solidarizamos com os parentes e amigos do “morto”, auxiliando no que for preciso, seja ofertando um abraço fraterno ou apenas a presença serena, numa empatia repleta de misericórdia, na base da paciência e do estímulo, da consolação e do amor, como nos instrui Emmanuel. [2]
Em contrapartida, em muitos casos essa celebração se desviou, e muito, do sentido ético, pois acima das emoções justificáveis por parte dos parentes e amigos, ostenta-se um funeral por despesas excessivas com coroas de flores, santinhos, escapulários, velas que podem ser usados em doações a instituições assistenciais, conforme instrui André Luiz.
Ouçamo-lo: Os espíritas devem dispensar, nos funerais, as honrarias materiais exageradas e as encenações, pois considerando que "nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo", importa, porém, que lhe enviemos cargas mentais favoráveis de bênçãos e de paz, através da oração sincera, principalmente nos últimos momentos que antecedem ao enterramento ou à cremação.
Oferenda de coroas e flores deve transformar-se "em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário". [3]
Social, moral e espiritualmente, quando comparecemos a um velório exercemos abençoado dever de solidariedade, proporcionando consolação à família.
Infelizmente, tendemos a fazê-lo por desencargo de consciência formal, com a presença física, ignorando o decoro espiritual, a exprimir-se no respeito pelo recinto e no esforço de auxiliar o desencarnado com pensamentos elevados.
Ora, o desencarnado precisa de vibrações de harmonia, que só se formam através da prece sincera e de ondas mentais positivas.
Em o livro Conduta Espírita, o Espírito André Luiz mais uma vez adverte-nos para "procedermos correctamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.
O recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.
“É importante expulsar de nós quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecermos".
Até porque a "solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana". [4]
Deploravelmente, poucos se dão ao cuidado de conversar baixinho, principalmente no momento da remoção do cadáver do recinto para a “catacumba”, quando se amontoam maior número de pessoas.
Temos motivos de sobra para a moderação, cultivemos o silêncio, conversando, se necessário, em voz baixa, de forma edificante.
Podemos fazer referências ao finado com discrição, evitando pressioná-lo com lembranças e emoções passíveis de perturbá-lo, principalmente se forem trágicas as circunstâncias do seu falecimento.
Oremos em seu benefício, porque “morre-se” como “se vive”.
Se não conseguirmos manter semelhante comportamento, melhor será que nem compareçamos ou nos retiremos do ambiente, evitando alargar o estrepitoso coro de vozes e vibrações desrespeitosas que afligem o recém-desencarnado, até porque o “morrer” nem sempre é o “desencarnar”.
Referências bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 59, RJ: Ed. FEB, 1939
[2] Xavier, Francisco Cândido. Servidores no Além, SP: Editora – IDE, 1989
[3] Vieira, Waldo. Conduta Espírita, RJ: Ed FEB, 1999
[4] Idem
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Deus na Natureza (Parte 8)
Camille Flammarion
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Qual a velocidade com que nosso planeta executa a translação, ou seja, o movimento que faz em torno do Sol?
Esse movimento é realizado com a incrível velocidade de cerca de 108 mil quilómetros por hora, o que mostra o gigantismo do Universo e a exuberância das leis que o regem.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
B. Diante desses movimentos indescritíveis que transportam pelos desertos do infinito uma infinidade de astros, que podemos deduzir?
Idêntica indagação é formulada por Flammarion:
diante dos movimentos dos astros, submetidos todos à lei da gravidade, e diante da submissão dos corpos celestes a regras que a mecânica e as fórmulas analíticas podem traçar de antemão, quem ousará negar que a Força não governe, não dirija soberanamente a Matéria, em virtude de uma lei inerente à própria Força?
E quem ousará subordinar a Força à cegueira constitucional da Matéria, reduzindo-a ao papel de escrava, quando ela se impõe de tal arte e reivindica credenciais de absoluta suserania?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
C. É correcto afirmar que o Universo é um imenso dinamismo?
É isso que, a partir de Newton e Képler, a Ciência terrena admite:
um dinamismo cujos elementos em sua totalidade não cessam de agir e reagir na infinidade do tempo e do espaço, com actividade indefectível.
Esta a grande verdade que a Astronomia, a Física e a Química nos revelam nas imponentes maravilhas da Criação.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Texto para leitura
164. Admiramo-nos desses comboios ferroviários que devoram distâncias como dragões flamantes e, no entanto, os globos celestes mais volumosos que a nossa Terra deslocam-se com uma rapidez que ultrapassa a das locomotivas tanto quanto a destas ultrapassa a das tartarugas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
165. A Terra que habitamos, por exemplo, percorre o espaço com a velocidade de seiscentos e cinquenta mil léguas por dia.
[Nota: Translação é um movimento que a Terra executa em torno do Sol de forma elíptica.
Durante o deslocamento desse movimento, a Terra viaja a uma velocidade de cerca de 108 mil quilómetros por hora.]
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
166. Rodeando esses mundos, veríamos satélites em circulação e a distâncias diferentes, mas adstritos e submissos às mesmas leis.
E todas essas repúblicas flutuantes inclinam os pólos alternativamente para o calor e para a luz, a gravitarem sobre o próprio eixo, apresentando, cada manhã, os diferentes pontos de sua superfície ao beijo do astro-rei.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
167. Elas tiram, assim, da combinação mesma dos seus movimentos, a renovação da beleza e da juventude; renovam a fecundidade no ciclo das primaveras, dos estios, dos outonos e dos invernos; coroam de frondes as montanhas onde o vento suspira; reflectem no espelho dos lagos a magia de suas paisagens; envolvem-se, às vezes, na lanugem atmosférica, fazendo dela um manto protector, ou transformando-a em cadinho retumbante de raios e granizos; desdobram por superfícies imensas a força das ondas oceânicas, que, também por si, se alteiam sob a atracção dos astros, qual seio ofegante; iluminam crepúsculos com os matizes policrômicos dos ocasos comburentes e fremem nos seus pólos às palpitações eléctricas despedidas dos leques de boreais auroras; geram, embalam e nutrem a multidão de seres que as povoam; e renovam o filão da vida desde as plantas fósseis, do passado, até o homem que pensa e sonda o futuro.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Deus na Natureza, de autoria de Camille Flammarion, escrito na segunda metade do século 19, no ano de 1867.
Questões preliminares
A. Qual a velocidade com que nosso planeta executa a translação, ou seja, o movimento que faz em torno do Sol?
Esse movimento é realizado com a incrível velocidade de cerca de 108 mil quilómetros por hora, o que mostra o gigantismo do Universo e a exuberância das leis que o regem.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
B. Diante desses movimentos indescritíveis que transportam pelos desertos do infinito uma infinidade de astros, que podemos deduzir?
Idêntica indagação é formulada por Flammarion:
diante dos movimentos dos astros, submetidos todos à lei da gravidade, e diante da submissão dos corpos celestes a regras que a mecânica e as fórmulas analíticas podem traçar de antemão, quem ousará negar que a Força não governe, não dirija soberanamente a Matéria, em virtude de uma lei inerente à própria Força?
E quem ousará subordinar a Força à cegueira constitucional da Matéria, reduzindo-a ao papel de escrava, quando ela se impõe de tal arte e reivindica credenciais de absoluta suserania?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
C. É correcto afirmar que o Universo é um imenso dinamismo?
É isso que, a partir de Newton e Képler, a Ciência terrena admite:
um dinamismo cujos elementos em sua totalidade não cessam de agir e reagir na infinidade do tempo e do espaço, com actividade indefectível.
Esta a grande verdade que a Astronomia, a Física e a Química nos revelam nas imponentes maravilhas da Criação.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
Texto para leitura
164. Admiramo-nos desses comboios ferroviários que devoram distâncias como dragões flamantes e, no entanto, os globos celestes mais volumosos que a nossa Terra deslocam-se com uma rapidez que ultrapassa a das locomotivas tanto quanto a destas ultrapassa a das tartarugas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
165. A Terra que habitamos, por exemplo, percorre o espaço com a velocidade de seiscentos e cinquenta mil léguas por dia.
[Nota: Translação é um movimento que a Terra executa em torno do Sol de forma elíptica.
Durante o deslocamento desse movimento, a Terra viaja a uma velocidade de cerca de 108 mil quilómetros por hora.]
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
166. Rodeando esses mundos, veríamos satélites em circulação e a distâncias diferentes, mas adstritos e submissos às mesmas leis.
E todas essas repúblicas flutuantes inclinam os pólos alternativamente para o calor e para a luz, a gravitarem sobre o próprio eixo, apresentando, cada manhã, os diferentes pontos de sua superfície ao beijo do astro-rei.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
167. Elas tiram, assim, da combinação mesma dos seus movimentos, a renovação da beleza e da juventude; renovam a fecundidade no ciclo das primaveras, dos estios, dos outonos e dos invernos; coroam de frondes as montanhas onde o vento suspira; reflectem no espelho dos lagos a magia de suas paisagens; envolvem-se, às vezes, na lanugem atmosférica, fazendo dela um manto protector, ou transformando-a em cadinho retumbante de raios e granizos; desdobram por superfícies imensas a força das ondas oceânicas, que, também por si, se alteiam sob a atracção dos astros, qual seio ofegante; iluminam crepúsculos com os matizes policrômicos dos ocasos comburentes e fremem nos seus pólos às palpitações eléctricas despedidas dos leques de boreais auroras; geram, embalam e nutrem a multidão de seres que as povoam; e renovam o filão da vida desde as plantas fósseis, do passado, até o homem que pensa e sonda o futuro.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
168. Todos esses mundos, todas essas moradas do espaço, departamentos da vida, nos apareceriam quais naves bussoladas, conduzindo através do oceano celeste tripulantes que não têm a temer escolhos nem imperícias de comando, nem falta de combustível, nem fome, nem tempestades.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
169. Estrelas, sóis, mundos errantes, cometas fúlgidos, sistemas estranhos, astros misteriosos, todos proclamariam harmonia, seriam todos os acusadores de quantos decretam não passar a força de cego atributo da matéria.
E quando, acompanhando as relações numéricas que ligam todos esses mundos ao Sol – qual coração palpitante de um mesmo ser – houvermos personificado o sistema planetário do próprio Sol – foco colossal que a todos absorve na sua esplendente e poderosa personalidade – então, não tardaremos a ver nesse Sol, com o seu sistema, em trânsito pelos espaços infinitos, o atestado de que todas as estrelas são outros tantos sóis, cercados, como o nosso, de uma família que deles recebe luz e vida, e veremos que todas as estrelas são guiadas por movimentos diversos e que, muito longe de ficarem fixas na imensidade, caminham com velocidades terrificantes, ainda mais céleres que as retro mencionadas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
170. Só, então, o Universo inteiro brilhará aos nossos olhos sob o verdadeiro prisma e as forças que o regem proclamarão, com a eloquência maravilhosamente brutal de fato concreto, o seu valor, a sua missão, autoridade e poder.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
171. Diante desses movimentos indescritíveis – inconcebíveis mesmo, poderíamos dizer – que transportam pelos desertos do infinito essa infinidade de sóis; diante dessa catadupa de estrelas do infinito; diante dessas rotas, dessas órbitas imensuráveis, seguidas com a passividade dos ponteiros de um relógio, da maçã que cai, ou da roda do moinho, obedientes à lei da gravidade; diante da submissão dos corpos celestes a regras que a mecânica e as fórmulas analíticas podem traçar de antemão, bem como da condição suprema de estabilidade e duração do mundo, quem ousará negar que a Força não governe, não dirija soberanamente a Matéria, em virtude de uma lei inerente ou afecta à própria Força?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
172. Quem pretenderá subordinar a Força à cegueira constitucional da Matéria e afirmar, à maneira retrógrada dos peripatéticos, que ela não passa de atributo oculto, reduzindo-a ao papel de escrava, quando ela se impõe de tal arte e reivindica credenciais de absoluta suserania?
Que Deus tal nunca permita.
Que sucederia se ela, a Força, deixasse de agir e abdicasse o seu ceptro?
A só imaginação desta hipótese dissolve a harmonia do mundo e o faz esboroar-se num caos informe, digno resultado, aliás, de tão insensata tentativa.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
173. Leis universalmente demonstradas proclamam a unidade do Cosmos e evidenciam que o mesmo pensamento que regula as nossas marés oceânicas preside às revoluções siderais das estrelas duplas, nos latifúndios do céu.
Tais duplos, triplos, quádruplos sóis giram em conjunto, ao redor do centro comum de gravidade, obedecendo às mesmas leis que regem o nosso sistema planetário.
Nada mais próprio do que esses sistemas para nos dar uma ideia da escala da construção dos mundos – diz John Herschel.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
174. Quando vemos esses corpos imensos, encasalados, descreverem órbitas enormes, cujo percurso lhes demanda séculos, somos levados a admitir simultaneamente que eles preenchem, na Criação, uma finalidade que nos escapa e que atingimos os limites da humana inteligência para confessar a nossa inópia e reconhecer que a mais fecunda imaginação não pode ter do mundo uma concepção aproximativa sequer, da grandeza do assunto.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
169. Estrelas, sóis, mundos errantes, cometas fúlgidos, sistemas estranhos, astros misteriosos, todos proclamariam harmonia, seriam todos os acusadores de quantos decretam não passar a força de cego atributo da matéria.
E quando, acompanhando as relações numéricas que ligam todos esses mundos ao Sol – qual coração palpitante de um mesmo ser – houvermos personificado o sistema planetário do próprio Sol – foco colossal que a todos absorve na sua esplendente e poderosa personalidade – então, não tardaremos a ver nesse Sol, com o seu sistema, em trânsito pelos espaços infinitos, o atestado de que todas as estrelas são outros tantos sóis, cercados, como o nosso, de uma família que deles recebe luz e vida, e veremos que todas as estrelas são guiadas por movimentos diversos e que, muito longe de ficarem fixas na imensidade, caminham com velocidades terrificantes, ainda mais céleres que as retro mencionadas.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
170. Só, então, o Universo inteiro brilhará aos nossos olhos sob o verdadeiro prisma e as forças que o regem proclamarão, com a eloquência maravilhosamente brutal de fato concreto, o seu valor, a sua missão, autoridade e poder.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
171. Diante desses movimentos indescritíveis – inconcebíveis mesmo, poderíamos dizer – que transportam pelos desertos do infinito essa infinidade de sóis; diante dessa catadupa de estrelas do infinito; diante dessas rotas, dessas órbitas imensuráveis, seguidas com a passividade dos ponteiros de um relógio, da maçã que cai, ou da roda do moinho, obedientes à lei da gravidade; diante da submissão dos corpos celestes a regras que a mecânica e as fórmulas analíticas podem traçar de antemão, bem como da condição suprema de estabilidade e duração do mundo, quem ousará negar que a Força não governe, não dirija soberanamente a Matéria, em virtude de uma lei inerente ou afecta à própria Força?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
172. Quem pretenderá subordinar a Força à cegueira constitucional da Matéria e afirmar, à maneira retrógrada dos peripatéticos, que ela não passa de atributo oculto, reduzindo-a ao papel de escrava, quando ela se impõe de tal arte e reivindica credenciais de absoluta suserania?
Que Deus tal nunca permita.
Que sucederia se ela, a Força, deixasse de agir e abdicasse o seu ceptro?
A só imaginação desta hipótese dissolve a harmonia do mundo e o faz esboroar-se num caos informe, digno resultado, aliás, de tão insensata tentativa.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
173. Leis universalmente demonstradas proclamam a unidade do Cosmos e evidenciam que o mesmo pensamento que regula as nossas marés oceânicas preside às revoluções siderais das estrelas duplas, nos latifúndios do céu.
Tais duplos, triplos, quádruplos sóis giram em conjunto, ao redor do centro comum de gravidade, obedecendo às mesmas leis que regem o nosso sistema planetário.
Nada mais próprio do que esses sistemas para nos dar uma ideia da escala da construção dos mundos – diz John Herschel.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
174. Quando vemos esses corpos imensos, encasalados, descreverem órbitas enormes, cujo percurso lhes demanda séculos, somos levados a admitir simultaneamente que eles preenchem, na Criação, uma finalidade que nos escapa e que atingimos os limites da humana inteligência para confessar a nossa inópia e reconhecer que a mais fecunda imaginação não pode ter do mundo uma concepção aproximativa sequer, da grandeza do assunto.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
175. Os astrónomos que humildemente remontam ao princípio ignoto das causas não podem eximir-se de considerar nas mãos de um ser inteligente essa atracção universal, que rege inteligentemente o Cosmos.
A lei de gravitação – dizia o saudoso director do Observatório de Toulouse [ i ] – enfeixa implicitamente as grandes leis que regem os movimentos celestes e, por uma dessas coincidências notáveis que são o mais seguro índice da verdade – longe de temer as excepções aparentes, as perturbações dos movimentos normais, antes delas extrai as mais brilhantes confirmações.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
176. Assim é que vemos os geômetras modernos explicarem a precessão dos equinócios pela combinação da força centrífuga, oriunda da rotação da Terra, com a acção do Sol sobre o nosso menisco equatorial.
Assim é que vemos, ainda, explicar-se a nutação por uma influência análoga, da Lua, sobre a luminescência mesma da Terra e, mais:
– as atrações planetárias, a oscilação da eclíptica e do movimento do apogeu solar; do retardamento de Júpiter quando Saturno se acelera, e vice-versa, quando a aceleração se dá em Júpiter.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
177. Finalmente, é assim que sabemos por que, sob a influência solar, a média do nosso movimento terráqueo se vai acelerando de século em século e deverá diminuir mais tarde, por que a linha dos nós da Lua perfaz a sua revolução em movimento retrógrado dentro de dezoito anos e por que o perigeu lunar se completa em pouco menos de nove anos, etc.[ii]
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
178. Não somente, em resumo, esse princípio notável explica todos os fenómenos conhecidos, como permite, muitas vezes, descobrir efeitos que a observação não indica, de modo que se poderia estabelecer a priori, pela análise, a constituição do mundo e não nos socorrermos da observação senão em alguns pontos de referência, de que se utilizam os geômetras sob a denominação de constantes, nos seus cálculos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
179. Tudo pois, no Universo, marcha por efeito de uma organização admirável de simplicidade, visto que os movimentos, aparentemente mais complicados, resultam da combinação de impulsos primitivos com uma força única agindo sobre cada molécula material; força única, com a qual, e consequentemente, haja de ocupar-se, por assim dizer, o Criador.
Mas, também, que desenvolvimento de poder não requer a produção incessante dessas forças, cuja existência não é essencialmente inerente à matéria!
Oh! como deve ser vigilante a mão eterna que sabe, a cada momento, renovar tais forças, até nos mais impalpáveis átomos dos inumeráveis astros destinados a povoar as regiões de infinita imensidade.
Não será o caso de dizer com o rei-profeta, inclinando-se perante tanta grandeza:
Coeli enarrant gloriam Dei?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
180. A partir de Newton e Képler, sabemos que o Universo é um dinamismo imenso, cujos elementos em sua totalidade não cessam de agir e reagir na infinidade do tempo e do espaço, com actividade indefectível.
Esta a grande verdade que a Astronomia, a Física e a Química nos revelam nas imponentes maravilhas da Criação.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
181. Tal o sublime espectáculo do mundo, tais as leis constitutivas da sua harmonia.
Ora, qual a perfídia de linguagem, ou de raciocínio, que os materialistas utilizam para traduzir pró-domo sua esses factos e concluírem pela ausência de todo e qualquer pensamento divino?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
182. Eis aqui os argumentos inscritos em letras berrantes num catecismo materialista que, por seu colorido de Ciência, se tem imposto a muita gente:[iii]
“Todos os corpos celestes, pequenos ou grandes, se conformam, sem relutância, sem excepções nem desvios, com esta lei inerente a toda a matéria e a toda partícula de matéria, como podemos experimentar a cada momento.
A lei de gravitação – dizia o saudoso director do Observatório de Toulouse [ i ] – enfeixa implicitamente as grandes leis que regem os movimentos celestes e, por uma dessas coincidências notáveis que são o mais seguro índice da verdade – longe de temer as excepções aparentes, as perturbações dos movimentos normais, antes delas extrai as mais brilhantes confirmações.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
176. Assim é que vemos os geômetras modernos explicarem a precessão dos equinócios pela combinação da força centrífuga, oriunda da rotação da Terra, com a acção do Sol sobre o nosso menisco equatorial.
Assim é que vemos, ainda, explicar-se a nutação por uma influência análoga, da Lua, sobre a luminescência mesma da Terra e, mais:
– as atrações planetárias, a oscilação da eclíptica e do movimento do apogeu solar; do retardamento de Júpiter quando Saturno se acelera, e vice-versa, quando a aceleração se dá em Júpiter.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
177. Finalmente, é assim que sabemos por que, sob a influência solar, a média do nosso movimento terráqueo se vai acelerando de século em século e deverá diminuir mais tarde, por que a linha dos nós da Lua perfaz a sua revolução em movimento retrógrado dentro de dezoito anos e por que o perigeu lunar se completa em pouco menos de nove anos, etc.[ii]
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
178. Não somente, em resumo, esse princípio notável explica todos os fenómenos conhecidos, como permite, muitas vezes, descobrir efeitos que a observação não indica, de modo que se poderia estabelecer a priori, pela análise, a constituição do mundo e não nos socorrermos da observação senão em alguns pontos de referência, de que se utilizam os geômetras sob a denominação de constantes, nos seus cálculos.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
179. Tudo pois, no Universo, marcha por efeito de uma organização admirável de simplicidade, visto que os movimentos, aparentemente mais complicados, resultam da combinação de impulsos primitivos com uma força única agindo sobre cada molécula material; força única, com a qual, e consequentemente, haja de ocupar-se, por assim dizer, o Criador.
Mas, também, que desenvolvimento de poder não requer a produção incessante dessas forças, cuja existência não é essencialmente inerente à matéria!
Oh! como deve ser vigilante a mão eterna que sabe, a cada momento, renovar tais forças, até nos mais impalpáveis átomos dos inumeráveis astros destinados a povoar as regiões de infinita imensidade.
Não será o caso de dizer com o rei-profeta, inclinando-se perante tanta grandeza:
Coeli enarrant gloriam Dei?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
180. A partir de Newton e Képler, sabemos que o Universo é um dinamismo imenso, cujos elementos em sua totalidade não cessam de agir e reagir na infinidade do tempo e do espaço, com actividade indefectível.
Esta a grande verdade que a Astronomia, a Física e a Química nos revelam nas imponentes maravilhas da Criação.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
181. Tal o sublime espectáculo do mundo, tais as leis constitutivas da sua harmonia.
Ora, qual a perfídia de linguagem, ou de raciocínio, que os materialistas utilizam para traduzir pró-domo sua esses factos e concluírem pela ausência de todo e qualquer pensamento divino?
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
182. Eis aqui os argumentos inscritos em letras berrantes num catecismo materialista que, por seu colorido de Ciência, se tem imposto a muita gente:[iii]
“Todos os corpos celestes, pequenos ou grandes, se conformam, sem relutância, sem excepções nem desvios, com esta lei inerente a toda a matéria e a toda partícula de matéria, como podemos experimentar a cada momento.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
É com uma precisão e certeza matemáticas que todos esses movimentos se fazem reconhecer, determinar e predizer.
Os espiritualistas vêem nestes factos o pensamento de um Deus eterno, que impôs à Criação as leis imutáveis de sua perpetuidade.
Os materialistas, porém, ao contrário, não vêem nisso senão a prova de que a ideia de Deus não passa de uma pilhéria.
Outro fora o caso, se existissem corpos celestes caprichosos ou rebeldes, se a grande lei que os rege não fosse soberana.
É fácil (diz Büchner) conciliar o nascimento, a constelação (?) e o movimento dos orbes com os processos mais simples que a matéria de si mesma nos possibilita.
A hipótese de uma força pessoal criadora é inadmissível.
Por quê? Ninguém, jamais, pôde sabê-lo.
Os espiritualistas admiram o movimento dos astros, a ordem e harmonia que a eles preside. Ingénuos!
No Universo não há ordem nem harmonia e sim, pelo contrário, a irregularidade, os acidentes, a desordem, que excluem a hipótese de uma acção pessoal regida pelas leis da inteligência, mesmo humana.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
183. Ponderemos: Copérnico publicou Revoluções Celestes, após trinta anos de árduos labores; Galileu só depois de vinte anos fecundou a lei do pêndulo; Képler não levou menos de dezassete para formular suas leis e Newton, já octogenário, dizia não ter ainda chegado a compreender o mecanismo dos céus; e, depois disso, vêm propor-nos acreditar que essas leis sublimes e que tudo quanto esses génios possantes mal puderam encontrar e formular não revelam no ascendente, que as impôs à matéria, uma inteligência sequer igual à do homem!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
184. E o Sr. Renan escreve então esta frase:
“Por mim, penso não haver no Universo inteligência superior à humana.”
E ousam compadrinhar-se com acidentes que propriamente o não são, para afirmarem que não existe harmonia na construção do mundo.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
(Continua no próximo número.)
[ i ] F. Petit – Traité d’Astronomie, 24º et dernlère leçon.
[ii] Curioso é que Clairaut, tendo encontrado em seus cálculos um período de dezoito em vez de nove anos, declarasse insuficiente, para este caso, a gravitação inversa ao quadrado da distância e que fosse precisamente um naturalista, Buffon, que, persuadido de que a Natureza não podia ter duas leis diferentes, insistisse com o geômetra para que revisse os seus cálculos.
Clairaut, após um novo exame, reconheceu que a primeira assertiva estava errada, pois que havia negligenciado, nas séries, termos indispensáveis.
[iii] Büchner – Força e matéria.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os espiritualistas vêem nestes factos o pensamento de um Deus eterno, que impôs à Criação as leis imutáveis de sua perpetuidade.
Os materialistas, porém, ao contrário, não vêem nisso senão a prova de que a ideia de Deus não passa de uma pilhéria.
Outro fora o caso, se existissem corpos celestes caprichosos ou rebeldes, se a grande lei que os rege não fosse soberana.
É fácil (diz Büchner) conciliar o nascimento, a constelação (?) e o movimento dos orbes com os processos mais simples que a matéria de si mesma nos possibilita.
A hipótese de uma força pessoal criadora é inadmissível.
Por quê? Ninguém, jamais, pôde sabê-lo.
Os espiritualistas admiram o movimento dos astros, a ordem e harmonia que a eles preside. Ingénuos!
No Universo não há ordem nem harmonia e sim, pelo contrário, a irregularidade, os acidentes, a desordem, que excluem a hipótese de uma acção pessoal regida pelas leis da inteligência, mesmo humana.”
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
183. Ponderemos: Copérnico publicou Revoluções Celestes, após trinta anos de árduos labores; Galileu só depois de vinte anos fecundou a lei do pêndulo; Képler não levou menos de dezassete para formular suas leis e Newton, já octogenário, dizia não ter ainda chegado a compreender o mecanismo dos céus; e, depois disso, vêm propor-nos acreditar que essas leis sublimes e que tudo quanto esses génios possantes mal puderam encontrar e formular não revelam no ascendente, que as impôs à matéria, uma inteligência sequer igual à do homem!
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
184. E o Sr. Renan escreve então esta frase:
“Por mim, penso não haver no Universo inteligência superior à humana.”
E ousam compadrinhar-se com acidentes que propriamente o não são, para afirmarem que não existe harmonia na construção do mundo.
(Deus na Natureza – Primeira Parte. O Céu.)
(Continua no próximo número.)
[ i ] F. Petit – Traité d’Astronomie, 24º et dernlère leçon.
[ii] Curioso é que Clairaut, tendo encontrado em seus cálculos um período de dezoito em vez de nove anos, declarasse insuficiente, para este caso, a gravitação inversa ao quadrado da distância e que fosse precisamente um naturalista, Buffon, que, persuadido de que a Natureza não podia ter duas leis diferentes, insistisse com o geômetra para que revisse os seus cálculos.
Clairaut, após um novo exame, reconheceu que a primeira assertiva estava errada, pois que havia negligenciado, nas séries, termos indispensáveis.
[iii] Büchner – Força e matéria.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O Espiritismo responde
Astolfo O. de Oliveira Filho
Vários leitores desta revista já levantaram em mensagens a nós dirigidas a questão da comunicação que se faz entre os Espíritos situados no plano espiritual.
Eles conversam entre si?
Que idioma utilizam?
Havendo ali indivíduos procedentes de diferentes nações, como se dá entre eles a conversação?
A dúvida apresentada é procedente, visto que para muitos Espíritos recentemente desencarnados a barreira da linguagem existe e é real.
O assunto é tratado em algumas obras, sem, todavia, o aprofundamento que seria necessário.
Se fôssemos basear-nos exclusivamente em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, diríamos que tal problema não existe.
Com efeito, escreveu Allan Kardec:
“O Espírito que se quer comunicar compreende, sem dúvida, todas as línguas, pois que as línguas são a expressão do pensamento e é pelo pensamento que o Espírito tem a compreensão de tudo; mas, para exprimir esse pensamento, torna-se-lhe necessário um instrumento e este é o médium.”
(Obra citada, cap. XIX, item 224.)
No mesmo livro e no mesmo capítulo, lemos:
15ª Os Espíritos só têm a linguagem do pensamento; não dispõem da linguagem articulada, pelo que só há para eles uma língua.
Assim sendo, poderia um Espírito exprimir-se, por via mediúnica, numa língua que Jamais falou quando vivo?
E, nesse caso, de onde tira as palavras de que se serve?
"Acabaste tu mesmo de responder à pergunta que formulaste, dizendo que os Espíritos só têm uma língua, que é a do pensamento.
Essa língua todos a compreendem, tanto os homens como os Espíritos.
O Espírito errante, quando se dirige ao Espírito encarnado do médium, não lhe fala francês, nem inglês, porém, a língua universal que é a do pensamento.
Para exprimir suas ideias numa língua articulada, transmissível, toma as palavras ao vocabulário do médium."
(Obra citada, cap. XIX, item 223.)
Parece-nos que o Codificador do Espiritismo refere-se, na obra citada, ao que ocorre corriqueiramente com os Espíritos que se encontram em situação de equilíbrio e normalidade, como nos é informado por André Luiz em seu livro Evolução em Dois Mundos, 2ª Parte, cap. II, pp. 171 e 172, no qual ele diz que a linguagem dos Espíritos é, acima de tudo, a imagem que exteriorizam de si mesmos.
Segundo André, círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação, nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela grandeza moral, conseguem plasmar com as próprias ideias quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o ensinamento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de suprimento verbal, em livres circuitos mentais de arte e beleza, tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos mentais fechados e obsessivos, sobre as mentes que magneticamente jugulam.
De acordo com o mesmo princípio, Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes oferecem sintonia, operam sobre elas à base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expedir os conceitos.
Nessas circunstâncias, a mensagem expressa-se pelo sistema de reflexão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico anestesiado por acção magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias.
Na mesma obra, André Luiz afirma, porém, que, conquanto reconheçamos que a imagem está na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, é forçoso observar que a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum é transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico.
Exemplo disso encontramos no livro Os Mensageiros, de André Luiz, cap. 18, pp. 97 a 100, em que Alfredo explicou qual foi a solução encontrada para o atendimento dado às vítimas da 2ª Guerra Mundial que, oriundas do continente europeu, haviam sido acolhidas no Campo da Paz.
Conforme é dito no livro, encontravam-se ali, naquela oportunidade, mais de 400 Espíritos.
Aniceto perguntou-lhe acerca das dificuldades de linguagem e Alfredo disse que, para cada grupo de cinquenta infelizes, as colónias do Velho Mundo forneciam um enfermeiro-instrutor, com quem eles se entendiam de modo directo.
O enfermeiro servia, portanto, de intérprete.
O tema é, como se vê, bastante complexo e demanda outros estudos para que todas as nossas dúvidas, a esse respeito, possam ser efectivamente dirimidas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Vários leitores desta revista já levantaram em mensagens a nós dirigidas a questão da comunicação que se faz entre os Espíritos situados no plano espiritual.
Eles conversam entre si?
Que idioma utilizam?
Havendo ali indivíduos procedentes de diferentes nações, como se dá entre eles a conversação?
A dúvida apresentada é procedente, visto que para muitos Espíritos recentemente desencarnados a barreira da linguagem existe e é real.
O assunto é tratado em algumas obras, sem, todavia, o aprofundamento que seria necessário.
Se fôssemos basear-nos exclusivamente em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, diríamos que tal problema não existe.
Com efeito, escreveu Allan Kardec:
“O Espírito que se quer comunicar compreende, sem dúvida, todas as línguas, pois que as línguas são a expressão do pensamento e é pelo pensamento que o Espírito tem a compreensão de tudo; mas, para exprimir esse pensamento, torna-se-lhe necessário um instrumento e este é o médium.”
(Obra citada, cap. XIX, item 224.)
No mesmo livro e no mesmo capítulo, lemos:
15ª Os Espíritos só têm a linguagem do pensamento; não dispõem da linguagem articulada, pelo que só há para eles uma língua.
Assim sendo, poderia um Espírito exprimir-se, por via mediúnica, numa língua que Jamais falou quando vivo?
E, nesse caso, de onde tira as palavras de que se serve?
"Acabaste tu mesmo de responder à pergunta que formulaste, dizendo que os Espíritos só têm uma língua, que é a do pensamento.
Essa língua todos a compreendem, tanto os homens como os Espíritos.
O Espírito errante, quando se dirige ao Espírito encarnado do médium, não lhe fala francês, nem inglês, porém, a língua universal que é a do pensamento.
Para exprimir suas ideias numa língua articulada, transmissível, toma as palavras ao vocabulário do médium."
(Obra citada, cap. XIX, item 223.)
Parece-nos que o Codificador do Espiritismo refere-se, na obra citada, ao que ocorre corriqueiramente com os Espíritos que se encontram em situação de equilíbrio e normalidade, como nos é informado por André Luiz em seu livro Evolução em Dois Mundos, 2ª Parte, cap. II, pp. 171 e 172, no qual ele diz que a linguagem dos Espíritos é, acima de tudo, a imagem que exteriorizam de si mesmos.
Segundo André, círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação, nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela grandeza moral, conseguem plasmar com as próprias ideias quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o ensinamento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de suprimento verbal, em livres circuitos mentais de arte e beleza, tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos mentais fechados e obsessivos, sobre as mentes que magneticamente jugulam.
De acordo com o mesmo princípio, Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes oferecem sintonia, operam sobre elas à base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expedir os conceitos.
Nessas circunstâncias, a mensagem expressa-se pelo sistema de reflexão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico anestesiado por acção magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias.
Na mesma obra, André Luiz afirma, porém, que, conquanto reconheçamos que a imagem está na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, é forçoso observar que a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum é transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico.
Exemplo disso encontramos no livro Os Mensageiros, de André Luiz, cap. 18, pp. 97 a 100, em que Alfredo explicou qual foi a solução encontrada para o atendimento dado às vítimas da 2ª Guerra Mundial que, oriundas do continente europeu, haviam sido acolhidas no Campo da Paz.
Conforme é dito no livro, encontravam-se ali, naquela oportunidade, mais de 400 Espíritos.
Aniceto perguntou-lhe acerca das dificuldades de linguagem e Alfredo disse que, para cada grupo de cinquenta infelizes, as colónias do Velho Mundo forneciam um enfermeiro-instrutor, com quem eles se entendiam de modo directo.
O enfermeiro servia, portanto, de intérprete.
O tema é, como se vê, bastante complexo e demanda outros estudos para que todas as nossas dúvidas, a esse respeito, possam ser efectivamente dirimidas.
§.§.§- Ave sem Ninho
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As duas portas
A ideia das portas, que Jesus empregou no ensinamento:
"Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta, e espaçoso, o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" Mateus, 7: 13 a 14) não nova, no tempo em que o Mestre pregava as suas lições.
Essa ideia era encontrada em antigas tradições religiosas, para indicar locais de passagem entre dois estados, ou dois mundos distintos um do outro, quando o iniciado era preparado, através de duras provas, para a travessia.
Ficava a seu critério a escolha da forma como realizá-las. Eram rituais de passagem e nas tradições judaicas e cristãs, essa passagem transformou-se em acesso à Revelação.
O Evangelho de João (10: 9) regista outro ensinamento de Jesus:
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens".
Extraordinária comparação esta:
porta larga, conduzindo-nos aos caminhos que levam às ilusões do mundo e a porta estreita, por onde entram os Espíritos amadurecidos conscientes.
Sabiamente, Deus nos concedeu o livre-arbítrio, para que nós mesmos façamos as nossas escolhas.
Não podemos nos acomodar, colocando a razão dos nossos erros e acertos na nossa boa ou má sorte ou na nossa boa ou má estrela.
O que colhemos hoje é fruto do que plantamos ontem, como o que plantamos hoje, será fruto do que colheremos amanhã.
Mateus (7:24 a 27) e Lucas (6:46 a 49) registam que o homem que segue os ensinamentos de Jesus e observa os preceitos do bom viver, é como o sábio que edificou a sua casa sobre a rocha.
E veio a chuva, e transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram a casa, e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
E o que ouve a palavra e não a observa é como o insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
E veio a chuva, e transbordaram os rios, e ela caiu, e foi grande a sua ruína.
Compreende-se, assim, o significado do ensinamento:
"Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos dirão naquele Dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?
E, em teu nome, não expulsamos demónios?
E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mateus, 7: 21 a 23).
§.§.§- Ave sem Ninho
"Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta, e espaçoso, o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" Mateus, 7: 13 a 14) não nova, no tempo em que o Mestre pregava as suas lições.
Essa ideia era encontrada em antigas tradições religiosas, para indicar locais de passagem entre dois estados, ou dois mundos distintos um do outro, quando o iniciado era preparado, através de duras provas, para a travessia.
Ficava a seu critério a escolha da forma como realizá-las. Eram rituais de passagem e nas tradições judaicas e cristãs, essa passagem transformou-se em acesso à Revelação.
O Evangelho de João (10: 9) regista outro ensinamento de Jesus:
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens".
Extraordinária comparação esta:
porta larga, conduzindo-nos aos caminhos que levam às ilusões do mundo e a porta estreita, por onde entram os Espíritos amadurecidos conscientes.
Sabiamente, Deus nos concedeu o livre-arbítrio, para que nós mesmos façamos as nossas escolhas.
Não podemos nos acomodar, colocando a razão dos nossos erros e acertos na nossa boa ou má sorte ou na nossa boa ou má estrela.
O que colhemos hoje é fruto do que plantamos ontem, como o que plantamos hoje, será fruto do que colheremos amanhã.
Mateus (7:24 a 27) e Lucas (6:46 a 49) registam que o homem que segue os ensinamentos de Jesus e observa os preceitos do bom viver, é como o sábio que edificou a sua casa sobre a rocha.
E veio a chuva, e transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram a casa, e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
E o que ouve a palavra e não a observa é como o insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
E veio a chuva, e transbordaram os rios, e ela caiu, e foi grande a sua ruína.
Compreende-se, assim, o significado do ensinamento:
"Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos dirão naquele Dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?
E, em teu nome, não expulsamos demónios?
E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mateus, 7: 21 a 23).
§.§.§- Ave sem Ninho
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Tópicos da mediunidade
I
Fortaleçamos o entendimento, conservando a confiança na Divina Bondade.
Nenhuma razão para agravar problemas íntimos quando a mediunidade aparece.
A mediunidade com Jesus requer firmeza e trabalho activo de nossa colaboração na seara espírita.
Jesus está connosco e Nele nos cabe depositar toda a fé.
Alegremos o coração, procuremos arejar os pensamentos e prossigamos adiante!
II
A mediunidade é condição espiritual, sempre com imenso nexo no passado da alma.
É preciso nos mantenhamos valorosos e pacientes, no serviço gradativo de nossa transformação para o bem.
Ajudemo-nos a nós mesmos.
Não esmoreçamos! Ergue-se a casa, elemento a elemento.
Seja qual for a dificuldade psíquica, não fujamos ao trabalho.
O estudo ilumina, mas só a caridade sustenta.
Não nos sintamos cansados da luta.
Sirvamos, e a mediunidade, com expressivo conteúdo de provação, será para nos o caminho sublime para nosso campo de paz e luz.
III
Para que o nosso desenvolvimento mediúnico avance com o acerto necessário, não nos doa ao coração o imperativo da cooperação, em favor dos sofredores mais necessitados do ponto de vista moral.
Isso é impositivo da caridade cristã a que não devemos fugir, na certeza de que amparando a eles, nossos amigos menos felizes, estaremos ajudando a nós mesmos.
Fé e confiança!
IV
Continuemos empenhando à confiança no Senhor a Vida e o Coração, a Força e a Tarefa.
Pelo exercício salutar das faculdades mediúnicas, as nossas energias estarão recebendo precioso acréscimo de bênçãos.
Guardemos o coração tranquilo e valoroso!
Prossigamos trabalhando mediunicamente com o entusiasmo habitual.
Confiemos na Misericórdia Divina e esperemos sempre o melhor das mãos de Jesus!
V
A fidelidade às nossas tarefas espirituais, com o estudo e a caridade a nos apoiarem o esforço, é a nossa bênção de saúde e reequilíbrio completo.
Trabalhemos! O desdobramento de nossas forças mediúnicas com Jesus merecerá sempre a melhor atenção de nossos Amigos Espirituais.
VI
Confiança e Bom Ânimo!
Prossigamos em nossas abençoadas tarefas mediúnicas e, através do serviço aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, novas energias nos felicitarão o caminho.
VII
Sempre que trabalhemos, guardando a fé viva, na certeza de que Deus, na bênção do tempo, auxiliar-nos-á na solução de todos os problemas e lutas, as nossas tarefas mediúnicas prosseguirão amparadas com segurança.
VIII
Com nossas forças mediúnicas canalizadas no trabalho edificante de que temos nós necessidade, e com a bênção do Alto, nos surpreenderemos mais robustos e serenos, equilibrados e tranquilos.
Prossigamos! Não nos faltará o apoio dos Instrutores da Vida Maior.
Socorrer os desencarnados e sofredores é socorrer a nós mesmos!
Continuemos tocados de bom ânimo, na certeza de que o Senhor nos abençoará sempre e sempre.
IX
Prossigamos em nossas tarefas mediúnicas de vez que as bênçãos de hoje, na Seara do Bem, ser-nos-ão, amanhã, generoso celeiro de paz e luz!
Do livro Apelos Cristãos, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Fortaleçamos o entendimento, conservando a confiança na Divina Bondade.
Nenhuma razão para agravar problemas íntimos quando a mediunidade aparece.
A mediunidade com Jesus requer firmeza e trabalho activo de nossa colaboração na seara espírita.
Jesus está connosco e Nele nos cabe depositar toda a fé.
Alegremos o coração, procuremos arejar os pensamentos e prossigamos adiante!
II
A mediunidade é condição espiritual, sempre com imenso nexo no passado da alma.
É preciso nos mantenhamos valorosos e pacientes, no serviço gradativo de nossa transformação para o bem.
Ajudemo-nos a nós mesmos.
Não esmoreçamos! Ergue-se a casa, elemento a elemento.
Seja qual for a dificuldade psíquica, não fujamos ao trabalho.
O estudo ilumina, mas só a caridade sustenta.
Não nos sintamos cansados da luta.
Sirvamos, e a mediunidade, com expressivo conteúdo de provação, será para nos o caminho sublime para nosso campo de paz e luz.
III
Para que o nosso desenvolvimento mediúnico avance com o acerto necessário, não nos doa ao coração o imperativo da cooperação, em favor dos sofredores mais necessitados do ponto de vista moral.
Isso é impositivo da caridade cristã a que não devemos fugir, na certeza de que amparando a eles, nossos amigos menos felizes, estaremos ajudando a nós mesmos.
Fé e confiança!
IV
Continuemos empenhando à confiança no Senhor a Vida e o Coração, a Força e a Tarefa.
Pelo exercício salutar das faculdades mediúnicas, as nossas energias estarão recebendo precioso acréscimo de bênçãos.
Guardemos o coração tranquilo e valoroso!
Prossigamos trabalhando mediunicamente com o entusiasmo habitual.
Confiemos na Misericórdia Divina e esperemos sempre o melhor das mãos de Jesus!
V
A fidelidade às nossas tarefas espirituais, com o estudo e a caridade a nos apoiarem o esforço, é a nossa bênção de saúde e reequilíbrio completo.
Trabalhemos! O desdobramento de nossas forças mediúnicas com Jesus merecerá sempre a melhor atenção de nossos Amigos Espirituais.
VI
Confiança e Bom Ânimo!
Prossigamos em nossas abençoadas tarefas mediúnicas e, através do serviço aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, novas energias nos felicitarão o caminho.
VII
Sempre que trabalhemos, guardando a fé viva, na certeza de que Deus, na bênção do tempo, auxiliar-nos-á na solução de todos os problemas e lutas, as nossas tarefas mediúnicas prosseguirão amparadas com segurança.
VIII
Com nossas forças mediúnicas canalizadas no trabalho edificante de que temos nós necessidade, e com a bênção do Alto, nos surpreenderemos mais robustos e serenos, equilibrados e tranquilos.
Prossigamos! Não nos faltará o apoio dos Instrutores da Vida Maior.
Socorrer os desencarnados e sofredores é socorrer a nós mesmos!
Continuemos tocados de bom ânimo, na certeza de que o Senhor nos abençoará sempre e sempre.
IX
Prossigamos em nossas tarefas mediúnicas de vez que as bênçãos de hoje, na Seara do Bem, ser-nos-ão, amanhã, generoso celeiro de paz e luz!
Do livro Apelos Cristãos, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Lições no metro
Você já se deparou com uma situação assim:
está distraído, com o olhar meio vago, quando percebe uma pessoa olhando para o seu lado com cara esquisita?
Depois ela vira o rosto naturalmente, mas você, na fracção de segundo que passa, capta uma estranheza naquela fisionomia?
Aconteceu um dia desses com o Esteves.
Viajava ele de metro, ia lendo um livro espírita e de vez em quando o fechava para reflectir sobre o que lia.
Numa dessas vezes em que ergueu a cabeça, observou uma senhora com os olhos na sua direcção fazendo uma espécie de careta, que a princípio não tinha nenhum significado.
Talvez antes que os seus olhos se cruzassem, não se sabe, ela desviou o rosto para outra coisa.
Apesar da circunstância fortuita que pode acontecer com todas as pessoas e em muitas ocasiões, Esteves fechou o livro e começou a se fazer perguntas:
“Será que é comigo?
Não gostou da minha cara?
Percebeu que leio um livro espírita e isso a importunou?
Quem sabe odeia o Espiritismo?!
Com tanta gente no vagão, logo eu!...”
E foi por aí, deixando o pensamento percorrer um caminho que não levava a lugar algum.
Fez ilações inúteis, e mais, interrompeu a leitura que vinha lhe dando tanto prazer até aquele momento.
Não demorou muito, o carro parou e Esteves notou que a senhora, ao virar-se para descer, fez idêntica careta, sumindo na multidão de passageiros que também saltavam.
Num estalo Esteves caiu em si, e meio envergonhado concluiu que a ocorrência nada tinha a ver com ele.
Possivelmente aquela senhora nem notara a sua presença.
No exacto instante em que olhou para onde ele estava talvez tenha se lembrado de um problema chato a resolver, ou sentido uma fisgada na coluna, quem sabe?
E se tivesse um caçoete?
Teria perdido um ente querido recentemente e o esgar facial traiu a lembrança que lhe passou pela alma?
Pensou numa contrariedade familiar, as notas baixas de um filho rebelde, por exemplo...
Tanta coisa, meu Deus, pode ter passado naquela cabeça, naqueles segundos...
E ele chegou a se incomodar com uma simples ilusão...
Esse episódio rápido e vulgar, ocorrido num vagão do metro, deu a Esteves duas lições.
Primeira: não julgar pelas aparências.
Nem sempre o que se vê é a realidade.
O aspecto exterior quase nunca fala da essência.
Segunda: não levar para o lado pessoal, não tomar para si, não relacionar directamente a si tudo o que se ouve ou vê.
Podemos conhecer as nossas razões, mas ignoramos as razões dos outros.
Agindo assim – Esteves reflectiu –, não se corre o risco de envolvimento mental ou pessoal em assuntos com os quais não se tem a menor relação e não nos dizem respeito, evitando conflitos e aborrecimentos.
A viagem ainda durou mais um pouco, e assim que chegou sua estação Esteves desceu com naturalidade, procurando não olhar directamente para ninguém.
§.§.§- Ave sem Ninho
está distraído, com o olhar meio vago, quando percebe uma pessoa olhando para o seu lado com cara esquisita?
Depois ela vira o rosto naturalmente, mas você, na fracção de segundo que passa, capta uma estranheza naquela fisionomia?
Aconteceu um dia desses com o Esteves.
Viajava ele de metro, ia lendo um livro espírita e de vez em quando o fechava para reflectir sobre o que lia.
Numa dessas vezes em que ergueu a cabeça, observou uma senhora com os olhos na sua direcção fazendo uma espécie de careta, que a princípio não tinha nenhum significado.
Talvez antes que os seus olhos se cruzassem, não se sabe, ela desviou o rosto para outra coisa.
Apesar da circunstância fortuita que pode acontecer com todas as pessoas e em muitas ocasiões, Esteves fechou o livro e começou a se fazer perguntas:
“Será que é comigo?
Não gostou da minha cara?
Percebeu que leio um livro espírita e isso a importunou?
Quem sabe odeia o Espiritismo?!
Com tanta gente no vagão, logo eu!...”
E foi por aí, deixando o pensamento percorrer um caminho que não levava a lugar algum.
Fez ilações inúteis, e mais, interrompeu a leitura que vinha lhe dando tanto prazer até aquele momento.
Não demorou muito, o carro parou e Esteves notou que a senhora, ao virar-se para descer, fez idêntica careta, sumindo na multidão de passageiros que também saltavam.
Num estalo Esteves caiu em si, e meio envergonhado concluiu que a ocorrência nada tinha a ver com ele.
Possivelmente aquela senhora nem notara a sua presença.
No exacto instante em que olhou para onde ele estava talvez tenha se lembrado de um problema chato a resolver, ou sentido uma fisgada na coluna, quem sabe?
E se tivesse um caçoete?
Teria perdido um ente querido recentemente e o esgar facial traiu a lembrança que lhe passou pela alma?
Pensou numa contrariedade familiar, as notas baixas de um filho rebelde, por exemplo...
Tanta coisa, meu Deus, pode ter passado naquela cabeça, naqueles segundos...
E ele chegou a se incomodar com uma simples ilusão...
Esse episódio rápido e vulgar, ocorrido num vagão do metro, deu a Esteves duas lições.
Primeira: não julgar pelas aparências.
Nem sempre o que se vê é a realidade.
O aspecto exterior quase nunca fala da essência.
Segunda: não levar para o lado pessoal, não tomar para si, não relacionar directamente a si tudo o que se ouve ou vê.
Podemos conhecer as nossas razões, mas ignoramos as razões dos outros.
Agindo assim – Esteves reflectiu –, não se corre o risco de envolvimento mental ou pessoal em assuntos com os quais não se tem a menor relação e não nos dizem respeito, evitando conflitos e aborrecimentos.
A viagem ainda durou mais um pouco, e assim que chegou sua estação Esteves desceu com naturalidade, procurando não olhar directamente para ninguém.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Apostilas da Vida (Parte 8 e final)
Concluímos nesta edição o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986.
Questões preliminares
A. São muitas e variadas as tarefas que os Benfeitores Espirituais realizam rotineiramente?
Sim. André Luiz menciona nesta obra um exemplo expressivo.
Em certa ocasião, organizada a sessão, os Espíritos Benfeitores, através das solicitações expressas nas preces, foram convidados à execução da seguinte empreitada:
520 orientações a companheiros doentes com especificações e conselhos técnicos; 50 passes magnéticos, em benefício de enfermos encarnados; 200 intervenções de socorro a entidades sofredoras, ausentes do equipamento físico; 35 visitas de assistência a lares distantes; 150 notas socorristas para desligamento de obsessores e inimigos inconscientes.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
B. Das tarefas mencionadas na questão anterior, os trabalhadores encarnados deveriam também participar?
Evidentemente. Para atender à demanda descrita, os componentes da sessão deviam dar de si mesmos um pouco de alegria, de fé viva, de serenidade e de paciência, com algumas palavras de carinho e amizade para sustentarem o clima vibratório, necessário à realização das tarefas indicadas aos colaboradores invisíveis que começaram a actuar.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
C. Solicitados a cooperar, como se comportaram os componentes da equipa?
Alguns poucos amigos atenderam, sim, aos encargos que lhes competiam, mas a maioria não, porque o nevoeiro da ociosidade mental invadiu quase todos os departamentos da casa e, desse modo, mesmo visitados mentalmente pelos Benfeitores Espirituais, cada qual deu uma desculpa própria para eximir-se de participar dos trabalhos.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
Texto para leitura
131. História de uma sessão – Organizada a sessão de estudo evangélico, os Espíritos Benfeitores, através das doces intimações da prece, foram convidados à execução de regular empreitada:
520 orientações a companheiros doentes com especificações e conselhos técnicos; 50 passes magnéticos, em benefício de enfermos encarnados; 200 intervenções de socorro a entidades sofredoras, ausentes do equipamento físico; 35 visitas de assistência a lares distantes; 150 notas socorristas para desligamento de obsessores e inimigos inconscientes.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
132. Além disso, deveriam eliminar dois suicídios potenciais, evitar um homicídio provável, afastar as possibilidades de dois divórcios infelizes e ajustar mais de cem entendimentos, em favor da fraternidade, da harmonia e da reencarnação.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
133. Em troca, os componentes da assembleia deviam dar de si mesmos um pouco de alegria, de fé viva, de serenidade e de paciência, com algumas palavras de carinho e amizade para sustentarem o clima vibratório, necessário à realização das tarefas indicadas aos colaboradores invisíveis que começaram a actuar.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
134. Iniciada a empresa, porém, depois de alguns raros amigos haverem atendido heroicamente aos encargos que lhes competiam, eis que a reunião se vestiu de sombras.
O nevoeiro da ociosidade mental invadiu quase todos os departamentos da casa.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
Questões preliminares
A. São muitas e variadas as tarefas que os Benfeitores Espirituais realizam rotineiramente?
Sim. André Luiz menciona nesta obra um exemplo expressivo.
Em certa ocasião, organizada a sessão, os Espíritos Benfeitores, através das solicitações expressas nas preces, foram convidados à execução da seguinte empreitada:
520 orientações a companheiros doentes com especificações e conselhos técnicos; 50 passes magnéticos, em benefício de enfermos encarnados; 200 intervenções de socorro a entidades sofredoras, ausentes do equipamento físico; 35 visitas de assistência a lares distantes; 150 notas socorristas para desligamento de obsessores e inimigos inconscientes.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
B. Das tarefas mencionadas na questão anterior, os trabalhadores encarnados deveriam também participar?
Evidentemente. Para atender à demanda descrita, os componentes da sessão deviam dar de si mesmos um pouco de alegria, de fé viva, de serenidade e de paciência, com algumas palavras de carinho e amizade para sustentarem o clima vibratório, necessário à realização das tarefas indicadas aos colaboradores invisíveis que começaram a actuar.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
C. Solicitados a cooperar, como se comportaram os componentes da equipa?
Alguns poucos amigos atenderam, sim, aos encargos que lhes competiam, mas a maioria não, porque o nevoeiro da ociosidade mental invadiu quase todos os departamentos da casa e, desse modo, mesmo visitados mentalmente pelos Benfeitores Espirituais, cada qual deu uma desculpa própria para eximir-se de participar dos trabalhos.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
Texto para leitura
131. História de uma sessão – Organizada a sessão de estudo evangélico, os Espíritos Benfeitores, através das doces intimações da prece, foram convidados à execução de regular empreitada:
520 orientações a companheiros doentes com especificações e conselhos técnicos; 50 passes magnéticos, em benefício de enfermos encarnados; 200 intervenções de socorro a entidades sofredoras, ausentes do equipamento físico; 35 visitas de assistência a lares distantes; 150 notas socorristas para desligamento de obsessores e inimigos inconscientes.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
132. Além disso, deveriam eliminar dois suicídios potenciais, evitar um homicídio provável, afastar as possibilidades de dois divórcios infelizes e ajustar mais de cem entendimentos, em favor da fraternidade, da harmonia e da reencarnação.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
133. Em troca, os componentes da assembleia deviam dar de si mesmos um pouco de alegria, de fé viva, de serenidade e de paciência, com algumas palavras de carinho e amizade para sustentarem o clima vibratório, necessário à realização das tarefas indicadas aos colaboradores invisíveis que começaram a actuar.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
134. Iniciada a empresa, porém, depois de alguns raros amigos haverem atendido heroicamente aos encargos que lhes competiam, eis que a reunião se vestiu de sombras.
O nevoeiro da ociosidade mental invadiu quase todos os departamentos da casa.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
135. Dois prestimosos cooperadores passaram a visitar o pensamento dos companheiros encarnados, rogando concurso urgente, mas o silêncio e a inércia continuaram operando.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
136. Consultando, em espírito, com respeito à contribuição de que se faziam devedores, cada qual respondia a seu modo, falando mentalmente.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
137. Um cavalheiro deu-se pressa em esclarecer que era ignorante e imprestável.
Um jovem tribuno do Evangelho afirmou-se doente e incapaz.
Um companheiro de serviço alegou que se sentia envergonhado e inapto para qualquer comentário construtivo.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
138. Uma senhora perguntou se os Espíritos Amigos não poderiam solucionar os compromissos da sessão em cinco minutos.
Um lidador juvenil explicou que se sentia diminuído à frente dos mentores e experimentava o receio de falar sem brilho, depois deles.
Um antigo beneficiário solicitou a concessão de maca em que pudesse confiar-se ao repouso.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
139. Um ouvinte preocupado adiantou-se consultando o relógio e bocejou entediado.
Uma robusta irmã pediu fosse colocada uma cadeira preguiçosa em lugar do banco áspero que a servia.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
140. Quase todos, incluindo jovens e adultos letrados e indoutos, necessitados ou curiosos, descansaram na improdutividade, acreditando que é sempre melhor observar sem responsabilidade, à espera do fim.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
141. A sessão, que deveria ser manancial cantante de bênçãos com alegria e paz, união e entendimento de corações fraternos e calorosos na fé, prosseguiu até à fase final, qual se os companheiros estivessem situados num velório de grande estilo, cercados pelo crepe arroxeado da tristeza e do luto, queimando o incenso precioso do tempo em câmara funerária.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
142. Que entre nós, meus amigos, assim não aconteça.
Espiritismo é amor e contentamento.
Sempre que desejarmos a vitória do bem, auxiliemos o bem e o plantemos.
Levemos até os Benfeitores Espirituais o concurso da boa vontade, que é a alavanca de todos os prodígios do progresso, enriquecendo-nos o santuário comum com os dons da saúde e da esperança, do optimismo e da fé.
Permutemos experiências e corações.
Amparemo-nos aos outros.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
143. A nossa Doutrina Consoladora é Sol e não devemos esquecer que a vida é acção permanente, porque a inércia, em toda parte, é sempre a antecâmara da estagnação ou da morte.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
144. Súplica – André Luiz termina esta obra com a prece abaixo reproduzida:
“Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara aos que esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.
Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinquência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
136. Consultando, em espírito, com respeito à contribuição de que se faziam devedores, cada qual respondia a seu modo, falando mentalmente.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
137. Um cavalheiro deu-se pressa em esclarecer que era ignorante e imprestável.
Um jovem tribuno do Evangelho afirmou-se doente e incapaz.
Um companheiro de serviço alegou que se sentia envergonhado e inapto para qualquer comentário construtivo.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
138. Uma senhora perguntou se os Espíritos Amigos não poderiam solucionar os compromissos da sessão em cinco minutos.
Um lidador juvenil explicou que se sentia diminuído à frente dos mentores e experimentava o receio de falar sem brilho, depois deles.
Um antigo beneficiário solicitou a concessão de maca em que pudesse confiar-se ao repouso.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
139. Um ouvinte preocupado adiantou-se consultando o relógio e bocejou entediado.
Uma robusta irmã pediu fosse colocada uma cadeira preguiçosa em lugar do banco áspero que a servia.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
140. Quase todos, incluindo jovens e adultos letrados e indoutos, necessitados ou curiosos, descansaram na improdutividade, acreditando que é sempre melhor observar sem responsabilidade, à espera do fim.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
141. A sessão, que deveria ser manancial cantante de bênçãos com alegria e paz, união e entendimento de corações fraternos e calorosos na fé, prosseguiu até à fase final, qual se os companheiros estivessem situados num velório de grande estilo, cercados pelo crepe arroxeado da tristeza e do luto, queimando o incenso precioso do tempo em câmara funerária.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
142. Que entre nós, meus amigos, assim não aconteça.
Espiritismo é amor e contentamento.
Sempre que desejarmos a vitória do bem, auxiliemos o bem e o plantemos.
Levemos até os Benfeitores Espirituais o concurso da boa vontade, que é a alavanca de todos os prodígios do progresso, enriquecendo-nos o santuário comum com os dons da saúde e da esperança, do optimismo e da fé.
Permutemos experiências e corações.
Amparemo-nos aos outros.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
143. A nossa Doutrina Consoladora é Sol e não devemos esquecer que a vida é acção permanente, porque a inércia, em toda parte, é sempre a antecâmara da estagnação ou da morte.
(Apostilas da Vida – História de uma sessão.)
144. Súplica – André Luiz termina esta obra com a prece abaixo reproduzida:
“Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara aos que esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.
Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinquência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
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Idade : 68
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.
Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por actos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.
Assim seja.”
(Apostilas da Vida – Súplica.)
Fim
§.§.§- Ave sem Ninho
Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.
Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por actos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.
Assim seja.”
(Apostilas da Vida – Súplica.)
Fim
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
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A visita certa na hora certa
Sabe daqueles amigos ou parentes, ou mesmo daqueles primos que chegam à sua casa para passar uns dias ou umas férias?
Só que esses dias ou essas férias se delongam acima do programado, chegando a ultrapassar meses e meses a fio?
Pois, bem!
Nos primeiros momentos a festividade toma conta do ambiente, o coloquialismo se deslancha nas novidades e nas recordações dos instantes felizes de outrora.
Tudo é motivo para comemoração.
No decorrer do tempo, nos ajustes e reajustes da nova etapa de convivência, os diálogos vão perdendo a força simpática e se transformando nos solilóquios das reclamações.
E aí começam os inconvenientes.
As piadas e as brincadeiras, ou até mesmo um agrado, já não têm o sentido de antes.
A presença do amigo ou parente, ou daquele primo, já não está mais agradando.
Mandá-lo embora... é falta de educação, é deselegante. E agora???
Assim também, caro leitor, acontece com uma irmãzinha e amiga de sempre, que de quando em vez, assim que se faz necessário, vem nos visitar, alertando-nos de algo ou condutas que devemos adoptar para evitar sofrimentos.
Nos primeiros momentos, acomodamo-nos com a sua presença.
Mas, no decorrer do tempo da convivência, ela vai se tornando um incómodo, levando-nos às inconveniências de uma relação cada vez mais complicada.
Mandá-la embora... é falta de educação, é deselegante. E agora???
Estou me referindo à dor, caro leitor, essa irmãzinha querida, essa amiga que chega sempre nas horas certas, no exacto momento necessário para nos alertar de que algo estranho está acontecendo connosco e que é preciso tomar providências urgentes para evitar mal maior.
E o que acontece???
Na maioria das vezes, assim como procedemos com os amigos ou parentes, ou mesmo com aquele primo, não os ouvimos com a devida atenção o motivo de suas presenças e nos perdemos em festividades, piadas e risos... até que um dia as suas presenças se tornam um sofrimento.
Quem sabe aquele amigo ou parente, ou mesmo aquele primo, precisava apenas de uma resposta ou de uma resolução de nossa parte para prosseguir o seu caminho?
Assim também é a dor.
A sua presença será sempre breve, se soubermos ouvi-la atenciosamente e adoptar as providências necessárias para que ela prossiga os seus caminhos alhures.
Como exemplos, podemos citar:
a) uma dor de dente avisando-nos quanto à necessidade urgente e emergente de um tratamento odontológico;
b) uma dor na coluna vertebral, sinalizando-nos que devemos ir, o mais rápido possível, ao ortopedista;
c) uma dor de cabeça devido ao aperto financeiro, o endividamento, as contas não fecham, chamando-nos a atenção para, com urgência e emergência, cortar gastos desnecessários, os famosos supérfluos;
d) uma dor devido a um problema de relacionamento conjugal, propondo-nos a busca do entendimento e da compreensão das dificuldades um do outro;
e) dentre tantos exemplos...
E assim, a dor, através de suas visitas preventivas de todo e qualquer sofrimento, com toda a sua simpatia, nem sempre; mas com toda a sua inquestionável empatia, sim, prossegue o seu trabalho em favor de todos aqueles que a ouvem.
As dores, os amigos ou os parentes, ou mesmo aquele primo, são e serão sempre visitas agradáveis e bem-vindas, e que possamos ouvi-los e aceitá-los com sabedoria, entendendo e compreendendo que todos somos irmãos de caminhada.
É como dizia o poeta:
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Nota do autor: Yé Gonçalves é nome artístico adoptado por nosso colaborador Hyerohydes Gonçalves dos Santos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Só que esses dias ou essas férias se delongam acima do programado, chegando a ultrapassar meses e meses a fio?
Pois, bem!
Nos primeiros momentos a festividade toma conta do ambiente, o coloquialismo se deslancha nas novidades e nas recordações dos instantes felizes de outrora.
Tudo é motivo para comemoração.
No decorrer do tempo, nos ajustes e reajustes da nova etapa de convivência, os diálogos vão perdendo a força simpática e se transformando nos solilóquios das reclamações.
E aí começam os inconvenientes.
As piadas e as brincadeiras, ou até mesmo um agrado, já não têm o sentido de antes.
A presença do amigo ou parente, ou daquele primo, já não está mais agradando.
Mandá-lo embora... é falta de educação, é deselegante. E agora???
Assim também, caro leitor, acontece com uma irmãzinha e amiga de sempre, que de quando em vez, assim que se faz necessário, vem nos visitar, alertando-nos de algo ou condutas que devemos adoptar para evitar sofrimentos.
Nos primeiros momentos, acomodamo-nos com a sua presença.
Mas, no decorrer do tempo da convivência, ela vai se tornando um incómodo, levando-nos às inconveniências de uma relação cada vez mais complicada.
Mandá-la embora... é falta de educação, é deselegante. E agora???
Estou me referindo à dor, caro leitor, essa irmãzinha querida, essa amiga que chega sempre nas horas certas, no exacto momento necessário para nos alertar de que algo estranho está acontecendo connosco e que é preciso tomar providências urgentes para evitar mal maior.
E o que acontece???
Na maioria das vezes, assim como procedemos com os amigos ou parentes, ou mesmo com aquele primo, não os ouvimos com a devida atenção o motivo de suas presenças e nos perdemos em festividades, piadas e risos... até que um dia as suas presenças se tornam um sofrimento.
Quem sabe aquele amigo ou parente, ou mesmo aquele primo, precisava apenas de uma resposta ou de uma resolução de nossa parte para prosseguir o seu caminho?
Assim também é a dor.
A sua presença será sempre breve, se soubermos ouvi-la atenciosamente e adoptar as providências necessárias para que ela prossiga os seus caminhos alhures.
Como exemplos, podemos citar:
a) uma dor de dente avisando-nos quanto à necessidade urgente e emergente de um tratamento odontológico;
b) uma dor na coluna vertebral, sinalizando-nos que devemos ir, o mais rápido possível, ao ortopedista;
c) uma dor de cabeça devido ao aperto financeiro, o endividamento, as contas não fecham, chamando-nos a atenção para, com urgência e emergência, cortar gastos desnecessários, os famosos supérfluos;
d) uma dor devido a um problema de relacionamento conjugal, propondo-nos a busca do entendimento e da compreensão das dificuldades um do outro;
e) dentre tantos exemplos...
E assim, a dor, através de suas visitas preventivas de todo e qualquer sofrimento, com toda a sua simpatia, nem sempre; mas com toda a sua inquestionável empatia, sim, prossegue o seu trabalho em favor de todos aqueles que a ouvem.
As dores, os amigos ou os parentes, ou mesmo aquele primo, são e serão sempre visitas agradáveis e bem-vindas, e que possamos ouvi-los e aceitá-los com sabedoria, entendendo e compreendendo que todos somos irmãos de caminhada.
É como dizia o poeta:
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Nota do autor: Yé Gonçalves é nome artístico adoptado por nosso colaborador Hyerohydes Gonçalves dos Santos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126737
Data de inscrição : 07/11/2010
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