ARTIGOS DIVERSOS II
Página 8 de 41
Página 8 de 41 • 1 ... 5 ... 7, 8, 9 ... 24 ... 41
Melancolia
Orson Peter Carrara
A vaga tristeza que se apodera do coração, quase que de maneira imperceptível, levando a pessoa a considerar amarga a existência, chama-se melancolia.
Se não combatida no íntimo pode desencadear estados de angústia profunda e depressão.
Este abatimento se revela, muitas vezes, através de pequenos contratempos do quotidiano, coisas simples e corriqueiras que assumem cores mais escuras que a realidade.
Ouvir uma reprimenda, tirar notas baixas na escola, desentender-se com um familiar...
Qualquer motivo acaba desencadeando esse estado de melancolia, que, diga-se passagem, precisamos combater. Uma das maneiras de enfrentar a melancolia é identificar o agente causador e, o mais rápido possível, atacar a raiz do problema, solucionando-o.
Isso nos faz lembrar a história de “...um professor muito estimado pela espontaneidade e alegria que dele emanava.
Todos o procuravam quando passavam por dificuldade.
Quando ele via alguém com um semblante tristonho a caminho de sua sala, ele pegava um papel e uma caneta e pergunta:
Qual é o problema?
Na medida que a pessoa ia falando ele ia anotando todas as queixas:
notas baixas, briga com o melhor amigo, derrota no desporto, um resfriado...
Em grande parte, as situações eram coisas simples e de fácil solução, se buscada com seriedade. Normalmente, as pessoas que iam conversar com ele, ao olhar as muletas que ficavam escoradas na sua escrivaninha e que denunciavam a paralisia do jovem mestre, sentiam-se envergonhadas por entristecer-se por tão pouco.
A melancolia pode ser estimulada por uma mágoa, um pneu furado, uma dificuldade amorosa, um dia vazio, um bolso vazio, um estômago vazio, um coração vazio...
Mentalmente, pode-se puxar um papel e escrever exactamente o que provoca esse estado de infelicidade e trabalhar por eliminá-lo.
Algumas coisas são imodificáveis, outras não; identificá-las é que diferencia o homem sereno do homem melancólico.
Aos primeiros sinais de melancolia pode-se utilizar alguns antídotos:
1 - sair da rotina e fazer algo diferente, que desejava há muito tempo, mas nunca teve oportunidade de fazer;
2 - dedicar-se a dar alegria a alguém, sem exigir absolutamente nada em troca;
3 - adquirir novos conhecimentos, leituras, amizades; buscar na memória momentos da vida em que sentiu extrema felicidade...
A melancolia está directamente ligada ao estado de espírito da solidão e do ócio.
Então, a solução é não ser solitário, nem ser ocioso.
Se formos ociosos, não sejamos solitários.
Se formos solitários, que não sejamos ociosos.
Todos temos algo a desempenhar, seja junto à família ou a colectividade.
A felicidade, presente e futura, depende do cumprimento dessa tarefa, com alegria, sempre.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V, item 25, encontramos a expressiva mensagem assinada pelo Espírito François de Geneve, exactamente com esse título: Melancolia.
O autor espiritual assinala:
“(...) resisti com energia a essas impressões que enfraquecem vossa vontade.
(...) Lembrai-vos de que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que não suspeitais, seja em vos devotando à vossa família, seja cumprindo os diversos deveres que Deus vos confiou.
(...)” A mensagem tem apenas dois parágrafos, é bem compacta, mas de grande beleza e sugiro ao leitor tê-la na íntegra no coração, pois seu conteúdo tem o sabor de orientação viva aos desafios diários que são normais para nossa condição humana, no estágio que nos encontramos.
Vá ao livro, leitor amigo, sugiro-te com ênfase.
Concentre-se especialmente no segundo parágrafo e se acaso você enfrente esses momentos desafiadores de tristezas continuadas, encontrará no texto o conforto que seu coração busca com ansiedade, desejando-se libertar-se para viver com alegria...
Nota do autor: adaptação de texto original de Luís Roberto Scholl, de Santo Ângelo-RS.
§.§.§- Ave sem Ninho
A vaga tristeza que se apodera do coração, quase que de maneira imperceptível, levando a pessoa a considerar amarga a existência, chama-se melancolia.
Se não combatida no íntimo pode desencadear estados de angústia profunda e depressão.
Este abatimento se revela, muitas vezes, através de pequenos contratempos do quotidiano, coisas simples e corriqueiras que assumem cores mais escuras que a realidade.
Ouvir uma reprimenda, tirar notas baixas na escola, desentender-se com um familiar...
Qualquer motivo acaba desencadeando esse estado de melancolia, que, diga-se passagem, precisamos combater. Uma das maneiras de enfrentar a melancolia é identificar o agente causador e, o mais rápido possível, atacar a raiz do problema, solucionando-o.
Isso nos faz lembrar a história de “...um professor muito estimado pela espontaneidade e alegria que dele emanava.
Todos o procuravam quando passavam por dificuldade.
Quando ele via alguém com um semblante tristonho a caminho de sua sala, ele pegava um papel e uma caneta e pergunta:
Qual é o problema?
Na medida que a pessoa ia falando ele ia anotando todas as queixas:
notas baixas, briga com o melhor amigo, derrota no desporto, um resfriado...
Em grande parte, as situações eram coisas simples e de fácil solução, se buscada com seriedade. Normalmente, as pessoas que iam conversar com ele, ao olhar as muletas que ficavam escoradas na sua escrivaninha e que denunciavam a paralisia do jovem mestre, sentiam-se envergonhadas por entristecer-se por tão pouco.
A melancolia pode ser estimulada por uma mágoa, um pneu furado, uma dificuldade amorosa, um dia vazio, um bolso vazio, um estômago vazio, um coração vazio...
Mentalmente, pode-se puxar um papel e escrever exactamente o que provoca esse estado de infelicidade e trabalhar por eliminá-lo.
Algumas coisas são imodificáveis, outras não; identificá-las é que diferencia o homem sereno do homem melancólico.
Aos primeiros sinais de melancolia pode-se utilizar alguns antídotos:
1 - sair da rotina e fazer algo diferente, que desejava há muito tempo, mas nunca teve oportunidade de fazer;
2 - dedicar-se a dar alegria a alguém, sem exigir absolutamente nada em troca;
3 - adquirir novos conhecimentos, leituras, amizades; buscar na memória momentos da vida em que sentiu extrema felicidade...
A melancolia está directamente ligada ao estado de espírito da solidão e do ócio.
Então, a solução é não ser solitário, nem ser ocioso.
Se formos ociosos, não sejamos solitários.
Se formos solitários, que não sejamos ociosos.
Todos temos algo a desempenhar, seja junto à família ou a colectividade.
A felicidade, presente e futura, depende do cumprimento dessa tarefa, com alegria, sempre.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V, item 25, encontramos a expressiva mensagem assinada pelo Espírito François de Geneve, exactamente com esse título: Melancolia.
O autor espiritual assinala:
“(...) resisti com energia a essas impressões que enfraquecem vossa vontade.
(...) Lembrai-vos de que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que não suspeitais, seja em vos devotando à vossa família, seja cumprindo os diversos deveres que Deus vos confiou.
(...)” A mensagem tem apenas dois parágrafos, é bem compacta, mas de grande beleza e sugiro ao leitor tê-la na íntegra no coração, pois seu conteúdo tem o sabor de orientação viva aos desafios diários que são normais para nossa condição humana, no estágio que nos encontramos.
Vá ao livro, leitor amigo, sugiro-te com ênfase.
Concentre-se especialmente no segundo parágrafo e se acaso você enfrente esses momentos desafiadores de tristezas continuadas, encontrará no texto o conforto que seu coração busca com ansiedade, desejando-se libertar-se para viver com alegria...
Nota do autor: adaptação de texto original de Luís Roberto Scholl, de Santo Ângelo-RS.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A Revue Spirite de 1859 (Parte 8)
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Há diferença entre médium mecânico e médium intuitivo?
B. São Luís era consultado por Kardec nas evocações?
C. Devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem?
D. Qual foi, segundo Kardec, o equívoco cometido pelo precursor Swedenborg?
Texto para leitura
170. Concluindo essa notícia, Kardec diz que a classe médica está dividida relativamente ao magnetismo e à homeopatia, ao tratamento do cólera, à frenologia, bem como sobre uma porção de outras coisas. (P. 290)
171. Se o magnetismo fosse uma utopia – afirma Kardec –, há muito dele não mais cogitariam, enquanto que, como o seu irmão, o Espiritismo, lança raízes por todos os lados. (P. 290)
172. O Sr. Brasseur, escrevendo no "Jornal dos Salões", diz que Kardec errou ao não admitir a existência dos médiuns inertes, como as caixas, as pranchetas, os cartões. (P. 291)
173. Kardec refutou as ideias do Sr. Brasseur, esclarecendo que as caixas, as pranchetas e os cartões são apenas apêndices da mão, e que a faculdade mediúnica reside na pessoa, não no objecto. (P. 292)
174. Se ao Espírito bastasse dispor de um instrumento qualquer – diz Kardec – veríamos cestas e pranchetas escrevendo sozinhas, o que jamais aconteceu, porque é preciso um indivíduo como médium. (P. 292)
175. O médium pode ser mecânico ou intuitivo.
No médium mecânico, o Espírito age sobre a mão, que recebe o impulso inteiramente involuntário e desempenha o papel daquilo que o Sr. Brasseur chama médium inerte. (P. 293)
176. No médium intuitivo, o Espírito age sobre o cérebro, transmitindo pela corrente do sistema nervoso o movimento ao braço. (P. 293)
177. São Luís aconselhou não fosse feita evocação em dois casos: o primeiro concernente à sepultura do chanceler Pasquier, na Igreja de Saint-Leu, onde acharam mais de 15 esqueletos em diferentes posições.
Houve crime ali.
No segundo caso, o Espírito se encontrava encarnado. (PP. 298 e 299)
178. Um artigo da Illustration de 1853 demonstra que o fenómeno das mesas girantes é conhecido e praticado desde tempos imemoriais na China, na Sibéria e entre os Kalmouks da Rússia meridional.
Entre estes últimos, valiam-se da mesa para a descoberta de objectos perdidos. (PP. 299 e 310)
179. Um facto curioso de aparição é narrado pelo Sr. D., doutor em Medicina, de Paris.
Havendo tratado durante algum tempo uma senhora que sofria de uma moléstia incurável, quinze dias atrás ele foi despertado por pancadas à porta de seu quarto.
Era a senhora, que lhe disse claramente:
"Venho dizer que morri".
Ela morrera, de facto, naquela noite. (P. 302)
180. O Sr. Det., membro da Sociedade Espírita de Paris, lembra que existiu uma sociedade como esta no século passado, conforme relata Mercier, em seu Tableau de Paris, de 1788, volume 12. (P. 303)
181. Em nota abaixo da notícia, Kardec lembra que no ano de 1800 o célebre Abade Faria ocupava-se da evocação e obtinha comunicações escritas, muito antes que se cogitasse dos Espíritos na América. (P. 304)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. Há diferença entre médium mecânico e médium intuitivo?
B. São Luís era consultado por Kardec nas evocações?
C. Devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem?
D. Qual foi, segundo Kardec, o equívoco cometido pelo precursor Swedenborg?
Texto para leitura
170. Concluindo essa notícia, Kardec diz que a classe médica está dividida relativamente ao magnetismo e à homeopatia, ao tratamento do cólera, à frenologia, bem como sobre uma porção de outras coisas. (P. 290)
171. Se o magnetismo fosse uma utopia – afirma Kardec –, há muito dele não mais cogitariam, enquanto que, como o seu irmão, o Espiritismo, lança raízes por todos os lados. (P. 290)
172. O Sr. Brasseur, escrevendo no "Jornal dos Salões", diz que Kardec errou ao não admitir a existência dos médiuns inertes, como as caixas, as pranchetas, os cartões. (P. 291)
173. Kardec refutou as ideias do Sr. Brasseur, esclarecendo que as caixas, as pranchetas e os cartões são apenas apêndices da mão, e que a faculdade mediúnica reside na pessoa, não no objecto. (P. 292)
174. Se ao Espírito bastasse dispor de um instrumento qualquer – diz Kardec – veríamos cestas e pranchetas escrevendo sozinhas, o que jamais aconteceu, porque é preciso um indivíduo como médium. (P. 292)
175. O médium pode ser mecânico ou intuitivo.
No médium mecânico, o Espírito age sobre a mão, que recebe o impulso inteiramente involuntário e desempenha o papel daquilo que o Sr. Brasseur chama médium inerte. (P. 293)
176. No médium intuitivo, o Espírito age sobre o cérebro, transmitindo pela corrente do sistema nervoso o movimento ao braço. (P. 293)
177. São Luís aconselhou não fosse feita evocação em dois casos: o primeiro concernente à sepultura do chanceler Pasquier, na Igreja de Saint-Leu, onde acharam mais de 15 esqueletos em diferentes posições.
Houve crime ali.
No segundo caso, o Espírito se encontrava encarnado. (PP. 298 e 299)
178. Um artigo da Illustration de 1853 demonstra que o fenómeno das mesas girantes é conhecido e praticado desde tempos imemoriais na China, na Sibéria e entre os Kalmouks da Rússia meridional.
Entre estes últimos, valiam-se da mesa para a descoberta de objectos perdidos. (PP. 299 e 310)
179. Um facto curioso de aparição é narrado pelo Sr. D., doutor em Medicina, de Paris.
Havendo tratado durante algum tempo uma senhora que sofria de uma moléstia incurável, quinze dias atrás ele foi despertado por pancadas à porta de seu quarto.
Era a senhora, que lhe disse claramente:
"Venho dizer que morri".
Ela morrera, de facto, naquela noite. (P. 302)
180. O Sr. Det., membro da Sociedade Espírita de Paris, lembra que existiu uma sociedade como esta no século passado, conforme relata Mercier, em seu Tableau de Paris, de 1788, volume 12. (P. 303)
181. Em nota abaixo da notícia, Kardec lembra que no ano de 1800 o célebre Abade Faria ocupava-se da evocação e obtinha comunicações escritas, muito antes que se cogitasse dos Espíritos na América. (P. 304)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
182. Evocado por Kardec, o milionário de Lião conhecido pela alcunha de Pai Crépin diz ter saudades da vida terrena e confessa ter ainda prazer ao ver seu ouro, que não pode mais apalpar.
Sua vida terrena foi-lhe inteiramente inútil, diz Pai Crépin. (PP. 305 e 306)
183. São Luís, comentando esse caso, diz que o avarento mais culpado é aquele que só é avarento para os outros. (P. 307)
184. Um correspondente perguntou se devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem.
Kardec respondeu que publicar sem exame, ou sem correcção, tudo quanto vem dessa fonte, é dar prova de pouco discernimento.
O exame criterioso é, pois, fundamental antes de publicar qualquer coisa. (P. 316)
185. Falando sobre a inspiração, Kardec diz que o cérebro pode produzir aquilo que está dentro dele; mas as ideias que não são nossas, são-nos sugeridas.
Quando a inspiração não vem é porque o inspirador não está presente ou julga conveniente não inspirar; muitos poetas, compositores e escritores são, assim, médiuns sem o saber.
(PP. 317, 318 e 378)
186. A Revue transcreve o poema "Urânia", do Sr. De Porry, de Marselha, em que o autor diz que a Terra "é uma região de prova em que o justo a sofrer em prantos se renova".
E acrescenta:
"Se mantens neste mundo um coração virtuoso, irás para esses globos de aspecto sumptuoso, onde há alegria e paz, onde a sabedoria mora e a felicidade eterna se irradia". (P. 324)
187. Kardec escreve sobre o precursor Emmanuel Swedenborg (1688-1772) e sua obra, asseverando que o equívoco do sensitivo sueco, para ele imperdoável, foi ter aceitado cegamente tudo quanto lhe fora ditado pelos Espíritos. (P. 335)
188. Apesar disso, Swedenborg ficará sempre ligado à História do Espiritismo, do qual foi um dos primeiros e mais zelosos pioneiros. (P. 337)
189. Em comunicação na Sociedade Espírita de Paris, Swedenborg admite que sua doutrina não está isenta de grandes erros e declara que a Doutrina Espírita segue um caminho mais seguro que o dele. (PP. 338 e 339)
190. Simon M..., correspondente da Revue, lembra que o homem deve vigiar os seus menores pensamentos malévolos, até os seus maus sentimentos, visto que estes podem atrair Espíritos maus e corrompidos. (P. 343)
191. Comentando um fato ocorrido durante a guerra da Crimeia, em que um jovem oficial foi avisado mediunicamente da morte da Srta. de T., Kardec não autentica o relato, mas considera-o possível, acrescentando que os exemplos, antigos e recentes, de advertências de além-túmulo são tão numerosos, que esse nada tem mais de extraordinário do que outros. (P. 345)
192. Outro facto de advertência de além-túmulo, referido pela Gazette d'Ard (Hungria), de novembro de 1858, é relatado pela Revue. (P. 345)
Respostas às questões
A. Há diferença entre médium mecânico e médium intuitivo?
Sim. No médium mecânico, o Espírito age sobre a mão, que recebe o impulso inteiramente involuntário e desempenha o papel daquilo que o Sr. Brasseur chama médium inerte.
No médium intuitivo, o Espírito age sobre o cérebro, transmitindo pela corrente do sistema nervoso o movimento ao braço.
(Revue Spirite, p. 293.)
B. São Luís era consultado por Kardec nas evocações?
A consulta a São Luís em tais situações era coisa comum, como mostram os casos do chanceler Pasquier e o de um Espírito que se encontrava encarnado, nos quais o instrutor espiritual desaconselhou a evocação.
(Obra citada, pp. 298 e 299.)
C. Devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem?
A um correspondente da Revue que lhe fez esta pergunta, Kardec respondeu que publicar sem exame, ou sem correcção, tudo quanto vem dessa fonte é dar prova de pouco discernimento.
O exame criterioso é, segundo ele, fundamental antes de publicar qualquer coisa.
(Obra citada, p. 316.)
D. Qual foi, segundo Kardec, o equívoco cometido pelo precursor Swedenborg?
O equívoco do grande sensitivo sueco foi ter aceitado cegamente tudo quanto lhe fora ditado pelos Espíritos, facto admitido pelo próprio Swedenborg em comunicação dada na Sociedade Espírita de Paris, na qual ele reconheceu que sua doutrina não está isenta de grandes erros e declarou que a Doutrina Espírita seguia um caminho mais seguro que o dele.
(Obra citada, pp. 335 a 339.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Sua vida terrena foi-lhe inteiramente inútil, diz Pai Crépin. (PP. 305 e 306)
183. São Luís, comentando esse caso, diz que o avarento mais culpado é aquele que só é avarento para os outros. (P. 307)
184. Um correspondente perguntou se devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem.
Kardec respondeu que publicar sem exame, ou sem correcção, tudo quanto vem dessa fonte, é dar prova de pouco discernimento.
O exame criterioso é, pois, fundamental antes de publicar qualquer coisa. (P. 316)
185. Falando sobre a inspiração, Kardec diz que o cérebro pode produzir aquilo que está dentro dele; mas as ideias que não são nossas, são-nos sugeridas.
Quando a inspiração não vem é porque o inspirador não está presente ou julga conveniente não inspirar; muitos poetas, compositores e escritores são, assim, médiuns sem o saber.
(PP. 317, 318 e 378)
186. A Revue transcreve o poema "Urânia", do Sr. De Porry, de Marselha, em que o autor diz que a Terra "é uma região de prova em que o justo a sofrer em prantos se renova".
E acrescenta:
"Se mantens neste mundo um coração virtuoso, irás para esses globos de aspecto sumptuoso, onde há alegria e paz, onde a sabedoria mora e a felicidade eterna se irradia". (P. 324)
187. Kardec escreve sobre o precursor Emmanuel Swedenborg (1688-1772) e sua obra, asseverando que o equívoco do sensitivo sueco, para ele imperdoável, foi ter aceitado cegamente tudo quanto lhe fora ditado pelos Espíritos. (P. 335)
188. Apesar disso, Swedenborg ficará sempre ligado à História do Espiritismo, do qual foi um dos primeiros e mais zelosos pioneiros. (P. 337)
189. Em comunicação na Sociedade Espírita de Paris, Swedenborg admite que sua doutrina não está isenta de grandes erros e declara que a Doutrina Espírita segue um caminho mais seguro que o dele. (PP. 338 e 339)
190. Simon M..., correspondente da Revue, lembra que o homem deve vigiar os seus menores pensamentos malévolos, até os seus maus sentimentos, visto que estes podem atrair Espíritos maus e corrompidos. (P. 343)
191. Comentando um fato ocorrido durante a guerra da Crimeia, em que um jovem oficial foi avisado mediunicamente da morte da Srta. de T., Kardec não autentica o relato, mas considera-o possível, acrescentando que os exemplos, antigos e recentes, de advertências de além-túmulo são tão numerosos, que esse nada tem mais de extraordinário do que outros. (P. 345)
192. Outro facto de advertência de além-túmulo, referido pela Gazette d'Ard (Hungria), de novembro de 1858, é relatado pela Revue. (P. 345)
Respostas às questões
A. Há diferença entre médium mecânico e médium intuitivo?
Sim. No médium mecânico, o Espírito age sobre a mão, que recebe o impulso inteiramente involuntário e desempenha o papel daquilo que o Sr. Brasseur chama médium inerte.
No médium intuitivo, o Espírito age sobre o cérebro, transmitindo pela corrente do sistema nervoso o movimento ao braço.
(Revue Spirite, p. 293.)
B. São Luís era consultado por Kardec nas evocações?
A consulta a São Luís em tais situações era coisa comum, como mostram os casos do chanceler Pasquier e o de um Espírito que se encontrava encarnado, nos quais o instrutor espiritual desaconselhou a evocação.
(Obra citada, pp. 298 e 299.)
C. Devemos publicar tudo quanto os Espíritos dizem?
A um correspondente da Revue que lhe fez esta pergunta, Kardec respondeu que publicar sem exame, ou sem correcção, tudo quanto vem dessa fonte é dar prova de pouco discernimento.
O exame criterioso é, segundo ele, fundamental antes de publicar qualquer coisa.
(Obra citada, p. 316.)
D. Qual foi, segundo Kardec, o equívoco cometido pelo precursor Swedenborg?
O equívoco do grande sensitivo sueco foi ter aceitado cegamente tudo quanto lhe fora ditado pelos Espíritos, facto admitido pelo próprio Swedenborg em comunicação dada na Sociedade Espírita de Paris, na qual ele reconheceu que sua doutrina não está isenta de grandes erros e declarou que a Doutrina Espírita seguia um caminho mais seguro que o dele.
(Obra citada, pp. 335 a 339.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Juventude não é sinónimo de libertinagem
“Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu.
Então, vem e segue-me.” (Mateus 19:21)
Jesus dialogava com um jovem rico, dono de inúmeras propriedades, que O buscara dizendo guardar os mandamentos da lei e, por isso, tinha direito ao reino de DEUS.
Então, o Cristo lhe respondeu:
“Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu.
Então, vem e segue-me” (Mateus 19:21), pois, conforme as palavras do Mestre, só lhe faltava isso para que o jovem atingisse a perfeição.
No entanto, cabisbaixo, o jovem deixou o local, pois para ele seria muito desprender-se de tudo que tinha, ainda mais tendo a juventude pela frente, para seguir a Jesus.
Preferiu, então, continuar sua vida sem alterações significativas.
Obviamente, nenhum jovem sacrificará seus anos primaveris, numa renúncia absoluta a tudo que o cerca.
Nem Jesus desejaria isso.
Precisará ele viver os tempos da juventude, desfrutar desse momento alegre, pouco compromissado, desabrochar seus sentimentos, cantar, brincar, festejar..., mas, em momento algum, por ser jovem, poderá se dar ao descuido de destruir sua vida em comportamentos levianos e irresponsáveis.
Desenvolve, em nosso meio social, a cultura de uma juventude libertina, indiferente, e com poucas preocupações para com os reais e necessários valores morais da vida.
Diante disso estamos assistindo a uma avalanche de tragédias de todos os tipos e matizes, onde jovens despreparados e, muitas vezes não educados, devido aos descasos familiares, estão se atirando em abismos profundos, sem volta ou com chances mínimas de redenção.
Espíritos endividados do passado, solicitaram novas oportunidades reencarnatórias e, chegando à Terra, palco das lutas e das experiências, onde deviam colher os louros da vitória, novamente atolam seus ideais e sonhos no lamaçal das inconsequências, para chorar mais tarde, sem dúvida, amargando novos remorsos e arrependimentos.
Para desfrutar, prazerosamente, esse belo e expressivo momento das suas vidas é preciso cautela e discernimento, “pois que tudo me é licito, mas nem tudo me convém”, já ensinava Paulo de Tarso há muito tempo.
O jovem pode fazer uso de bebidas alcoólicas?
Aprofundar-se em tóxicos ainda mais pesados e deletérios?
Colocar asas em suas motocicletas?
Impulsionar o veículo como um bólide?
Usar e abusar do sexo?
Cultivar a violência e a agressividade?
Desrespeitar os mais velhos?
Perturbar o sossego público? Isso convém?
Na vida, existem situações que podem ser contornadas sem maiores agravantes.
Um pequeno ferimento pode ser curado, uma leve batida com o carro o funileiro resolve; um corte de cabelo equivocado pode ser reparado; quando se perde um ano escolar, logo vem o outro.
Mas, acontecimentos existem que não tem como resolver.
A gravidez não tem volta.
Se recorrer ao aborto comete crime de graves proporções que exigirá reparações dolorosas.
As viciações tóxicas arrebentam o físico e o carácter da criatura.
O excesso de velocidade mata muitos jovens.
E, assim por diante.
A exemplo do jovem que procurou Jesus para usufruir de uma vida mais digna e promissora e não aceitou os conselhos e as orientações do Mestre, muitos moços e moças de hoje fazem o mesmo percurso; ante as lições e os avisos sérios e esclarecedores, preferem seguir pela vida trilhando por vielas sombrias e desastrosas.
Vivem raros momentos de prazer e suposta felicidade na idade primaveril, para depois amargar o resto da existência no âmbito da dor, do sofrimento e das desilusões.
Juventude não é sinónimo de libertinagem, mas sim de muita responsabilidade.
Pensemos nisso, enquanto há tempo...
§.§.§- Ave sem Ninho
Então, vem e segue-me.” (Mateus 19:21)
Jesus dialogava com um jovem rico, dono de inúmeras propriedades, que O buscara dizendo guardar os mandamentos da lei e, por isso, tinha direito ao reino de DEUS.
Então, o Cristo lhe respondeu:
“Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu.
Então, vem e segue-me” (Mateus 19:21), pois, conforme as palavras do Mestre, só lhe faltava isso para que o jovem atingisse a perfeição.
No entanto, cabisbaixo, o jovem deixou o local, pois para ele seria muito desprender-se de tudo que tinha, ainda mais tendo a juventude pela frente, para seguir a Jesus.
Preferiu, então, continuar sua vida sem alterações significativas.
Obviamente, nenhum jovem sacrificará seus anos primaveris, numa renúncia absoluta a tudo que o cerca.
Nem Jesus desejaria isso.
Precisará ele viver os tempos da juventude, desfrutar desse momento alegre, pouco compromissado, desabrochar seus sentimentos, cantar, brincar, festejar..., mas, em momento algum, por ser jovem, poderá se dar ao descuido de destruir sua vida em comportamentos levianos e irresponsáveis.
Desenvolve, em nosso meio social, a cultura de uma juventude libertina, indiferente, e com poucas preocupações para com os reais e necessários valores morais da vida.
Diante disso estamos assistindo a uma avalanche de tragédias de todos os tipos e matizes, onde jovens despreparados e, muitas vezes não educados, devido aos descasos familiares, estão se atirando em abismos profundos, sem volta ou com chances mínimas de redenção.
Espíritos endividados do passado, solicitaram novas oportunidades reencarnatórias e, chegando à Terra, palco das lutas e das experiências, onde deviam colher os louros da vitória, novamente atolam seus ideais e sonhos no lamaçal das inconsequências, para chorar mais tarde, sem dúvida, amargando novos remorsos e arrependimentos.
Para desfrutar, prazerosamente, esse belo e expressivo momento das suas vidas é preciso cautela e discernimento, “pois que tudo me é licito, mas nem tudo me convém”, já ensinava Paulo de Tarso há muito tempo.
O jovem pode fazer uso de bebidas alcoólicas?
Aprofundar-se em tóxicos ainda mais pesados e deletérios?
Colocar asas em suas motocicletas?
Impulsionar o veículo como um bólide?
Usar e abusar do sexo?
Cultivar a violência e a agressividade?
Desrespeitar os mais velhos?
Perturbar o sossego público? Isso convém?
Na vida, existem situações que podem ser contornadas sem maiores agravantes.
Um pequeno ferimento pode ser curado, uma leve batida com o carro o funileiro resolve; um corte de cabelo equivocado pode ser reparado; quando se perde um ano escolar, logo vem o outro.
Mas, acontecimentos existem que não tem como resolver.
A gravidez não tem volta.
Se recorrer ao aborto comete crime de graves proporções que exigirá reparações dolorosas.
As viciações tóxicas arrebentam o físico e o carácter da criatura.
O excesso de velocidade mata muitos jovens.
E, assim por diante.
A exemplo do jovem que procurou Jesus para usufruir de uma vida mais digna e promissora e não aceitou os conselhos e as orientações do Mestre, muitos moços e moças de hoje fazem o mesmo percurso; ante as lições e os avisos sérios e esclarecedores, preferem seguir pela vida trilhando por vielas sombrias e desastrosas.
Vivem raros momentos de prazer e suposta felicidade na idade primaveril, para depois amargar o resto da existência no âmbito da dor, do sofrimento e das desilusões.
Juventude não é sinónimo de libertinagem, mas sim de muita responsabilidade.
Pensemos nisso, enquanto há tempo...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ser ateu no Brasil
Alguns ateus como, por exemplo, o actor Gregório Duvivier, reclamam da complicação de ser ateu num país religioso como o Brasil.
Logo que alguém se declara ateu, ou na própria expressão que estão utilizando "sai do armário", é visto de maneira pejorativa em nosso país, como se tivesse uma doença contagiosa.
Questões assim não são aplicadas apenas aos ateus, mas, sim, às minorias de um modo geral.
Os homossexuais também padecem com esse preconceito que não pára por aí, e bate forte nas mulheres, nos pobres, negros, nordestinos etc.
Atrevo-me a dizer que os grupos desprovidos de força, seja económica, social ou quantitativa, são os mais marginalizados.
Vale salientar que essas minorias podem não obedecer à ordem quantitativa.
Creio, aliás, que a discussões sobre alguém ser ateu, homossexual, negro, ou torcer para o Corinthians, estão em campo secundário e tornam-se temas principais de nosso debate por conta de nossa inferioridade.
É pura perda de foco do que é, realmente, nosso principal objectivo neste mundo.
Portanto, deveria importar pouco a orientação sexual ou religiosa de um indivíduo.
Não nos cabe aqui qualquer julgamento, como se nossa forma de proceder fosse a mais adequada.
Há problemas sérios a serem combatidos, mas que desprezamos porque nosso foco está em questões que, sinceramente, em nada contribuirão.
Sejamos francos:
Que importa se alguém é ateu?
O que isso muda na vida da sociedade?
Quantos pobres deixarão de existir por isso?
Aumentou o número de indivíduos alfabetizados?
Diminuíram-se as chacinas que ocorrem todos os dias?
Houve um “upgrade” espiritual de modo que iremos respeitar o próximo por conta disto?
Observe que todas as respostas acima são negativas.
Em realidade, ser ateu, ou não, muda pouco as coisas.
O que modifica mesmo são as atitudes do indivíduo em relação a ele próprio e ao meio em que está inserido.
Mais vale ateus com carácter do que beatos corruptos.
E convenhamos, Deus não se ofende se acreditam ou não NELE.
Estamos falando do absoluto, do Criador, da Inteligência Suprema...
Quem se aborrece nas questões pertinentes à crença somos nós, Espíritos ainda imperfeitos, mas jamais Deus...
Vou parafrasear a inesquecível Dra. Elisabeth Kübler-Ross:
- Deus se sairá bem dessa!
Podem crer, ateus e religiosos, Deus se sairá bem dessa descrença...
Afinal, é Deus...
§.§.§- Ave sem Ninho
Logo que alguém se declara ateu, ou na própria expressão que estão utilizando "sai do armário", é visto de maneira pejorativa em nosso país, como se tivesse uma doença contagiosa.
Questões assim não são aplicadas apenas aos ateus, mas, sim, às minorias de um modo geral.
Os homossexuais também padecem com esse preconceito que não pára por aí, e bate forte nas mulheres, nos pobres, negros, nordestinos etc.
Atrevo-me a dizer que os grupos desprovidos de força, seja económica, social ou quantitativa, são os mais marginalizados.
Vale salientar que essas minorias podem não obedecer à ordem quantitativa.
Creio, aliás, que a discussões sobre alguém ser ateu, homossexual, negro, ou torcer para o Corinthians, estão em campo secundário e tornam-se temas principais de nosso debate por conta de nossa inferioridade.
É pura perda de foco do que é, realmente, nosso principal objectivo neste mundo.
Portanto, deveria importar pouco a orientação sexual ou religiosa de um indivíduo.
Não nos cabe aqui qualquer julgamento, como se nossa forma de proceder fosse a mais adequada.
Há problemas sérios a serem combatidos, mas que desprezamos porque nosso foco está em questões que, sinceramente, em nada contribuirão.
Sejamos francos:
Que importa se alguém é ateu?
O que isso muda na vida da sociedade?
Quantos pobres deixarão de existir por isso?
Aumentou o número de indivíduos alfabetizados?
Diminuíram-se as chacinas que ocorrem todos os dias?
Houve um “upgrade” espiritual de modo que iremos respeitar o próximo por conta disto?
Observe que todas as respostas acima são negativas.
Em realidade, ser ateu, ou não, muda pouco as coisas.
O que modifica mesmo são as atitudes do indivíduo em relação a ele próprio e ao meio em que está inserido.
Mais vale ateus com carácter do que beatos corruptos.
E convenhamos, Deus não se ofende se acreditam ou não NELE.
Estamos falando do absoluto, do Criador, da Inteligência Suprema...
Quem se aborrece nas questões pertinentes à crença somos nós, Espíritos ainda imperfeitos, mas jamais Deus...
Vou parafrasear a inesquecível Dra. Elisabeth Kübler-Ross:
- Deus se sairá bem dessa!
Podem crer, ateus e religiosos, Deus se sairá bem dessa descrença...
Afinal, é Deus...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
No processo educativo, os actos e os exemplos valem mais que as palavras
“Este é, portanto, o ponto principal a ser destacado:
já somos amor, paz e felicidade, sob o ponto de vista de Jesus e de muitos outros sábios da antiguidade.
A questão estaria em tomarmos consciência disto.”
(Claudia Gelernter, no artigo Educação para o auto-amor, um dos destaques da presente edição.)
Somos virtuosos em potencial.
Se temos a centelha divina em nossos corações, cabe a nós fazer desabrochá-la.
E isso, com certeza, será consequência do tempo, em que podemos acelerar o processo ou retardá-lo pela inércia.
O desiderato será alcançado, mesmo que pela força das coisas.
Jesus enxerga em nós, abaixo da opressão escura de nossa inferioridade, uma pedra preciosa bruta que as provas lapidarão.
“Sim, é certo que ainda precisamos dos erros para chegarmos aos acertos.
Estamos experimentando até compreendermos o melhor caminho.
Sob este ponto de vista, tudo está como deve ser, entretanto nos cabe este despertar!
Com baixa auto-estima seguimos pelo planeta fazendo muitos estragos, a nós e ao mundo, para além do necessário e do suportável.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
Quando o apóstolo Paulo se encontrou com Jesus, sua conversão não foi um ato mecânico.
Ele compreendeu a extensão de seus erros, mas, consolado, entreviu o caminho a ser seguido.
E Jesus advertiu-o:
Mostrarei quanto deverá sofrer pelo evangelho.
Foi uma tomada de consciência dos próprios erros, de um passado de repetidos desastres para si e para o mundo – até esse despertar.
Estejamos atentos para identificar a oportunidade desse despertar, com o risco de deixarmos passar a oportunidade mais propícia e, por causa disso, cairmos no ciclo vicioso de repetição de erros e tolices que muito lamentaremos.
“Precisamos integrar todos os aspectos do nosso psiquismo.
Devemos reconhecer, acolher e aceitar nossas imperfeições para então podermos nos desfazer delas.
E isso se dá por uma lógica simples: aquilo que odiamos, nos amarra; o que amamos, nos liberta.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
O despertar da consciência causa o desabrochar dos conteúdos inconscientes que, de ordinário, guiam nossas vidas.
Tanto a felicidade quanto a infelicidade dependem desses conteúdos.
O inconsciente é o repositório de todas as experiências de vidas passadas, de todas as tendências comportamentais, de todos os impulsos e de toda a máquina desejante.
Todos eles são aspectos vitais para a economia biopsíquica.
“Aos pais, fica o alerta para que ensinem seus filhos primeiramente a se amarem assim como são.
E isso se faz informando que os erros fazem parte, que eles são sim imperfeitos, porque aprendizes, assim como todos os outros humanos e que esta condição jamais os tornam indignos do amor, ao contrário, eles precisam do amor para compreenderem sua verdadeira natureza e se desenvolverem plenamente.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
Muito mais que palavras são os actos, os exemplos.
Os filhos observam as atitudes dos pais.
É isso que pode edificar ou desviar alguém do caminho almejado.
Muito além de nossas imperfeições observadas pelos filhos, estes observam também nosso esforço por nos melhorarmos.
Isso é edificante.
Pois mostra que nossas imperfeições existem, mas podem ser combatidas, o que torna patente para os filhos que eles são também imperfeitos e, no entanto, podem aprimorar-se.
Tornar consciente a inferioridade é um passo para a cura.
§.§.§- Ave sem Ninho
já somos amor, paz e felicidade, sob o ponto de vista de Jesus e de muitos outros sábios da antiguidade.
A questão estaria em tomarmos consciência disto.”
(Claudia Gelernter, no artigo Educação para o auto-amor, um dos destaques da presente edição.)
Somos virtuosos em potencial.
Se temos a centelha divina em nossos corações, cabe a nós fazer desabrochá-la.
E isso, com certeza, será consequência do tempo, em que podemos acelerar o processo ou retardá-lo pela inércia.
O desiderato será alcançado, mesmo que pela força das coisas.
Jesus enxerga em nós, abaixo da opressão escura de nossa inferioridade, uma pedra preciosa bruta que as provas lapidarão.
“Sim, é certo que ainda precisamos dos erros para chegarmos aos acertos.
Estamos experimentando até compreendermos o melhor caminho.
Sob este ponto de vista, tudo está como deve ser, entretanto nos cabe este despertar!
Com baixa auto-estima seguimos pelo planeta fazendo muitos estragos, a nós e ao mundo, para além do necessário e do suportável.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
Quando o apóstolo Paulo se encontrou com Jesus, sua conversão não foi um ato mecânico.
Ele compreendeu a extensão de seus erros, mas, consolado, entreviu o caminho a ser seguido.
E Jesus advertiu-o:
Mostrarei quanto deverá sofrer pelo evangelho.
Foi uma tomada de consciência dos próprios erros, de um passado de repetidos desastres para si e para o mundo – até esse despertar.
Estejamos atentos para identificar a oportunidade desse despertar, com o risco de deixarmos passar a oportunidade mais propícia e, por causa disso, cairmos no ciclo vicioso de repetição de erros e tolices que muito lamentaremos.
“Precisamos integrar todos os aspectos do nosso psiquismo.
Devemos reconhecer, acolher e aceitar nossas imperfeições para então podermos nos desfazer delas.
E isso se dá por uma lógica simples: aquilo que odiamos, nos amarra; o que amamos, nos liberta.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
O despertar da consciência causa o desabrochar dos conteúdos inconscientes que, de ordinário, guiam nossas vidas.
Tanto a felicidade quanto a infelicidade dependem desses conteúdos.
O inconsciente é o repositório de todas as experiências de vidas passadas, de todas as tendências comportamentais, de todos os impulsos e de toda a máquina desejante.
Todos eles são aspectos vitais para a economia biopsíquica.
“Aos pais, fica o alerta para que ensinem seus filhos primeiramente a se amarem assim como são.
E isso se faz informando que os erros fazem parte, que eles são sim imperfeitos, porque aprendizes, assim como todos os outros humanos e que esta condição jamais os tornam indignos do amor, ao contrário, eles precisam do amor para compreenderem sua verdadeira natureza e se desenvolverem plenamente.”
(Claudia Gelernter, no artigo citado.)
Muito mais que palavras são os actos, os exemplos.
Os filhos observam as atitudes dos pais.
É isso que pode edificar ou desviar alguém do caminho almejado.
Muito além de nossas imperfeições observadas pelos filhos, estes observam também nosso esforço por nos melhorarmos.
Isso é edificante.
Pois mostra que nossas imperfeições existem, mas podem ser combatidas, o que torna patente para os filhos que eles são também imperfeitos e, no entanto, podem aprimorar-se.
Tornar consciente a inferioridade é um passo para a cura.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A Revue Spirite de 1859 - Parte 9
Damos continuidade nesta edição ao estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. A prece é útil aos mortos?
B. Nas mortes violentas a separação entre o corpo e o perispírito é mais rápida?
C. Em que se funda a metempsicose ensinada pelos Hindus?
D. Que advertência à juventude foi feita pelo Espírito de Privat?
Texto para leitura
193. Pauline Roland escreve sobre os convulsionários de Saint-Médard e sobre as curas ali obtidas, atribuí-das erradamente ao Espírito do padre François Pâris, até que as autoridades fechassem o cemitério em janeiro de 1732.
Evocado, o padre Pâris explica que nada teve a ver com as curas e que os fenómenos cessaram porque Deus quis que terminassem, visto que haviam degenerado em abuso e escândalo.
O meio foi a ordem da autoridade. (P. 348)
194. Em resposta ao crítico Oscar Comettant, Kardec diz que os Espíritos têm um corpo, um envoltório invisível, e é por esse intermediário semimaterial que agem sobre a matéria. (P. 352)
195. Kardec diz que se a crença em Deus se arraigasse no coração de todos, nada deveriam temer uns dos outros.
Foi por isto que determinado sacerdote disse, a respeito da Doutrina Espírita:
"O Espiritismo conduz à crença em alguma coisa.
Ora, eu prefiro aqueles que acreditam em alguma coisa aos que em nada acreditam, pois estes não crêem nem mesmo na necessidade do bem". (P. 355)
196. O Espiritismo – ajunta Kardec – é a destruição do materialismo.
É a prova patente e irrecusável daquilo que certas pessoas chamam futilidades, a saber:
Deus, a alma, a vida futura feliz ou infeliz. (PP. 355 e 356)
197. Um dos assinantes da Revue, dizendo-se protestante, diz que em sua Igreja jamais se ora pelos mortos, porque o Evangelho não o ensina.
Kardec responde afirmando que a prece é útil e agradável a todo aquele por quem é feita, e cita, a propósito, o Rev. Pe. Félix. (PP. 357 e 358)
198. "Se os mortos não têm o conhecimento claro das preces que por eles fazemos, é certo que sentem os seus salutares efeitos", afirma o Rev. Félix. (P. 359)
199. Kardec concorda e acrescenta que a prece pode até abreviar os sofrimentos.
É que a prece real incita o Espírito ao arrependimento e desenvolve-lhe os bons sentimentos, animando-o a fazer o bem e a tornar-se útil, com o que poderá ele sair do atoleiro em que se encontra. (P. 360)
200. Um assinante da Revue relata um curioso facto de aparição em que o Espírito ignorava a própria desencarnação, passados mais de três meses.
"Não consigo levantar nada", disse o Espírito.
"Depois do sono que experimentei durante a doença, fiquei mudado:
não sei mais onde me encontro; sinto-me num pesadelo." (P. 363)
201. Kardec esclarece que a separação entre o corpo e o perispírito se opera gradativamente, e não de modo brusco.
Nas mortes violentas e nos casos em que o indivíduo viveu mais a vida material do que a vida moral, a separação é mais lenta, porque o apego à matéria retém a alma. (PP. 364 e 365)
202. Sr. Tug..., em nota comunicada à Sociedade Espírita de Paris, fala sobre a crença dos Hindus, que pensam que as almas tinham sido criadas felizes e perfeitas e depois se rebelaram, sendo as almas falidas obrigadas a reencarnar em corpos de animais. (PP. 367 e 368)
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. A prece é útil aos mortos?
B. Nas mortes violentas a separação entre o corpo e o perispírito é mais rápida?
C. Em que se funda a metempsicose ensinada pelos Hindus?
D. Que advertência à juventude foi feita pelo Espírito de Privat?
Texto para leitura
193. Pauline Roland escreve sobre os convulsionários de Saint-Médard e sobre as curas ali obtidas, atribuí-das erradamente ao Espírito do padre François Pâris, até que as autoridades fechassem o cemitério em janeiro de 1732.
Evocado, o padre Pâris explica que nada teve a ver com as curas e que os fenómenos cessaram porque Deus quis que terminassem, visto que haviam degenerado em abuso e escândalo.
O meio foi a ordem da autoridade. (P. 348)
194. Em resposta ao crítico Oscar Comettant, Kardec diz que os Espíritos têm um corpo, um envoltório invisível, e é por esse intermediário semimaterial que agem sobre a matéria. (P. 352)
195. Kardec diz que se a crença em Deus se arraigasse no coração de todos, nada deveriam temer uns dos outros.
Foi por isto que determinado sacerdote disse, a respeito da Doutrina Espírita:
"O Espiritismo conduz à crença em alguma coisa.
Ora, eu prefiro aqueles que acreditam em alguma coisa aos que em nada acreditam, pois estes não crêem nem mesmo na necessidade do bem". (P. 355)
196. O Espiritismo – ajunta Kardec – é a destruição do materialismo.
É a prova patente e irrecusável daquilo que certas pessoas chamam futilidades, a saber:
Deus, a alma, a vida futura feliz ou infeliz. (PP. 355 e 356)
197. Um dos assinantes da Revue, dizendo-se protestante, diz que em sua Igreja jamais se ora pelos mortos, porque o Evangelho não o ensina.
Kardec responde afirmando que a prece é útil e agradável a todo aquele por quem é feita, e cita, a propósito, o Rev. Pe. Félix. (PP. 357 e 358)
198. "Se os mortos não têm o conhecimento claro das preces que por eles fazemos, é certo que sentem os seus salutares efeitos", afirma o Rev. Félix. (P. 359)
199. Kardec concorda e acrescenta que a prece pode até abreviar os sofrimentos.
É que a prece real incita o Espírito ao arrependimento e desenvolve-lhe os bons sentimentos, animando-o a fazer o bem e a tornar-se útil, com o que poderá ele sair do atoleiro em que se encontra. (P. 360)
200. Um assinante da Revue relata um curioso facto de aparição em que o Espírito ignorava a própria desencarnação, passados mais de três meses.
"Não consigo levantar nada", disse o Espírito.
"Depois do sono que experimentei durante a doença, fiquei mudado:
não sei mais onde me encontro; sinto-me num pesadelo." (P. 363)
201. Kardec esclarece que a separação entre o corpo e o perispírito se opera gradativamente, e não de modo brusco.
Nas mortes violentas e nos casos em que o indivíduo viveu mais a vida material do que a vida moral, a separação é mais lenta, porque o apego à matéria retém a alma. (PP. 364 e 365)
202. Sr. Tug..., em nota comunicada à Sociedade Espírita de Paris, fala sobre a crença dos Hindus, que pensam que as almas tinham sido criadas felizes e perfeitas e depois se rebelaram, sendo as almas falidas obrigadas a reencarnar em corpos de animais. (PP. 367 e 368)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
203. A metempsicose dos Hindus está fundada sobre o princípio da degradação das almas.
A reencarnação ensinada pelos Espíritos está fundada no princípio da progressão contínua.
Para os Hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjecção.
Para o Espiritismo dá-se o contrário. (P. 368)
204. A Sra. Ida Pfeiffer relata em Segunda Viagem ao Redor do Mundo um acontecimento interessante ocorrido em Java, na residência de Chéribon, onde os Espíritos apareciam e, à noite, choviam pedras de todos os lados, sem ferir a nenhum dos moradores.
As autoridades fizeram de tudo para descobrir a causa dos fenómenos, que mesmo assim prosseguiram, até que o governador mandou demolir a casa. (PP. 368 e 369)
205. Evocada por Kardec, Ida Pfeiffer diz ter sido trazida ali, de súbito, sem o perceber, graças a um arrastamento irresistível.
(Ver sobre o assunto os casos Dirkse Lammers e Michel François.) (PP. 369, 370 e 382)
206. Falando sobre os factos de Java, Pfeiffer diz que as pedras eram transportadas pelos Espíritos, e seu objectivo foi atrair a atenção e fazer constactar um fato do qual se tinha de procurar a explicação. (P. 371)
207. Evocado cerca de 19 dias após sua morte, Privat d'Anglemont, conhecido homem de letras, não tinha ainda consciência clara de sua actual situação e não podia ver as coisas claramente como quando vivo. (P. 373)
208. Uma semana depois, ele estava melhor e disse que cada homem tem a sua missão na Terra.
"Infeliz daquele que não a desempenha com fé!", acrescentou o Espírito. (P. 377)
209. Três semanas mais tarde, Privat fez uma advertência à juventude.
Os moços precisam de leituras sérias, disse ele, lembrando que aquele que na primavera da vida só pensou no prazer, prepara para mais tarde terríveis remorsos, porque verá que os tempos perdidos jamais se recuperam. (P. 379)
210. Falando de si mesmo, o Espírito diz que suas ocupações são quase nulas, em virtude da vida que levou na Terra. "Aquilo que me parecia um prazer no vosso mundo – disse ele – é agora uma pena para mim." (P. 380)
211. O Espírito de Vicente de Paulo, após dizer que o amor é a lei da atracção para os seres vivos e organizados, ensina que o Espírito, seja qual for o seu grau de adiantamento e a sua situação, seja numa reencarnação ou seja na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, perante o qual tem os mesmos deveres. (P. 384)
212. O Espírito de Júlio César conta que teve que expiar suas faltas em várias existências miseráveis e obscuras e, da última vez que viveu na Terra, foi Luís IX. (P. 385)
213. O Espírito de São Basílio diz que aquele que pretender levantar uma barragem à marcha da verdade, será por ela arrastado inevitavelmente, qual uma criança ante um regato impetuoso e rápido. (P. 386)
214. O Espírito de São Lucas narra a parábola dos três cegos e a moeda de ouro, comparando a sociedade aos cegos e o Espiritismo ao ouro. (P. 387)
Respostas às questões
A. A prece é útil aos mortos?
Sim. A um dos assinantes da Revue, adepto do protestantismo, que disse a Kardec que em sua Igreja jamais se orava pelos mortos, porque o Evangelho não o ensina, Kardec respondeu afirmando que a prece é útil e agradável a todo aquele por quem é feita, e citou, a propósito, o Rev. Pe. Félix, que disse:
“Se os mortos não têm o conhecimento claro das preces que por eles fazemos, é certo que sentem os seus salutares efeitos".
(Revue Spirite, pp. 357 a 360.)
A reencarnação ensinada pelos Espíritos está fundada no princípio da progressão contínua.
Para os Hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjecção.
Para o Espiritismo dá-se o contrário. (P. 368)
204. A Sra. Ida Pfeiffer relata em Segunda Viagem ao Redor do Mundo um acontecimento interessante ocorrido em Java, na residência de Chéribon, onde os Espíritos apareciam e, à noite, choviam pedras de todos os lados, sem ferir a nenhum dos moradores.
As autoridades fizeram de tudo para descobrir a causa dos fenómenos, que mesmo assim prosseguiram, até que o governador mandou demolir a casa. (PP. 368 e 369)
205. Evocada por Kardec, Ida Pfeiffer diz ter sido trazida ali, de súbito, sem o perceber, graças a um arrastamento irresistível.
(Ver sobre o assunto os casos Dirkse Lammers e Michel François.) (PP. 369, 370 e 382)
206. Falando sobre os factos de Java, Pfeiffer diz que as pedras eram transportadas pelos Espíritos, e seu objectivo foi atrair a atenção e fazer constactar um fato do qual se tinha de procurar a explicação. (P. 371)
207. Evocado cerca de 19 dias após sua morte, Privat d'Anglemont, conhecido homem de letras, não tinha ainda consciência clara de sua actual situação e não podia ver as coisas claramente como quando vivo. (P. 373)
208. Uma semana depois, ele estava melhor e disse que cada homem tem a sua missão na Terra.
"Infeliz daquele que não a desempenha com fé!", acrescentou o Espírito. (P. 377)
209. Três semanas mais tarde, Privat fez uma advertência à juventude.
Os moços precisam de leituras sérias, disse ele, lembrando que aquele que na primavera da vida só pensou no prazer, prepara para mais tarde terríveis remorsos, porque verá que os tempos perdidos jamais se recuperam. (P. 379)
210. Falando de si mesmo, o Espírito diz que suas ocupações são quase nulas, em virtude da vida que levou na Terra. "Aquilo que me parecia um prazer no vosso mundo – disse ele – é agora uma pena para mim." (P. 380)
211. O Espírito de Vicente de Paulo, após dizer que o amor é a lei da atracção para os seres vivos e organizados, ensina que o Espírito, seja qual for o seu grau de adiantamento e a sua situação, seja numa reencarnação ou seja na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, perante o qual tem os mesmos deveres. (P. 384)
212. O Espírito de Júlio César conta que teve que expiar suas faltas em várias existências miseráveis e obscuras e, da última vez que viveu na Terra, foi Luís IX. (P. 385)
213. O Espírito de São Basílio diz que aquele que pretender levantar uma barragem à marcha da verdade, será por ela arrastado inevitavelmente, qual uma criança ante um regato impetuoso e rápido. (P. 386)
214. O Espírito de São Lucas narra a parábola dos três cegos e a moeda de ouro, comparando a sociedade aos cegos e o Espiritismo ao ouro. (P. 387)
Respostas às questões
A. A prece é útil aos mortos?
Sim. A um dos assinantes da Revue, adepto do protestantismo, que disse a Kardec que em sua Igreja jamais se orava pelos mortos, porque o Evangelho não o ensina, Kardec respondeu afirmando que a prece é útil e agradável a todo aquele por quem é feita, e citou, a propósito, o Rev. Pe. Félix, que disse:
“Se os mortos não têm o conhecimento claro das preces que por eles fazemos, é certo que sentem os seus salutares efeitos".
(Revue Spirite, pp. 357 a 360.)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
B. Nas mortes violentas a separação entre o corpo e o perispírito é mais rápida?
Não. Kardec diz que a separação entre o corpo e o perispírito se opera gradativamente, não de modo brusco, e nas mortes violentas e nos casos em que o indivíduo viveu mais a vida material do que a vida moral, a separação é mais lenta ainda, porque o apego à matéria retém a alma.
(Obra citada, pp. 364 e 365.)
C. Em que se funda a metempsicose ensinada pelos Hindus?
Os Hindus pensam que as almas foram criadas felizes e perfeitas e depois se rebelaram, sendo as almas falidas obrigadas a reencarnar em corpos de animais.
A metempsicose deles está, pois, fundada sobre o princípio da degradação das almas, enquanto que a reencarnação ensinada pelos Espíritos está fundada no princípio da progressão contínua.
Para os Hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjecção.
Para o Espiritismo dá-se o contrário.
(Obra citada, pp. 367 e 368.)
D. Que advertência à juventude foi feita pelo Espírito de Privat?
Esse Espírito, após deparar com a realidade da vida pós-morte, afirmou que os moços precisam de leituras sérias, lembrando que aquele que na primavera da vida só pensou no prazer prepara para mais tarde terríveis remorsos, visto que verá que os tempos perdidos jamais se recuperam.
(Obra citada, p. 379.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não. Kardec diz que a separação entre o corpo e o perispírito se opera gradativamente, não de modo brusco, e nas mortes violentas e nos casos em que o indivíduo viveu mais a vida material do que a vida moral, a separação é mais lenta ainda, porque o apego à matéria retém a alma.
(Obra citada, pp. 364 e 365.)
C. Em que se funda a metempsicose ensinada pelos Hindus?
Os Hindus pensam que as almas foram criadas felizes e perfeitas e depois se rebelaram, sendo as almas falidas obrigadas a reencarnar em corpos de animais.
A metempsicose deles está, pois, fundada sobre o princípio da degradação das almas, enquanto que a reencarnação ensinada pelos Espíritos está fundada no princípio da progressão contínua.
Para os Hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjecção.
Para o Espiritismo dá-se o contrário.
(Obra citada, pp. 367 e 368.)
D. Que advertência à juventude foi feita pelo Espírito de Privat?
Esse Espírito, após deparar com a realidade da vida pós-morte, afirmou que os moços precisam de leituras sérias, lembrando que aquele que na primavera da vida só pensou no prazer prepara para mais tarde terríveis remorsos, visto que verá que os tempos perdidos jamais se recuperam.
(Obra citada, p. 379.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Percepções, Sensações e Sofrimentos dos Espíritos
A Espiritualidade afirma que, quando de sua volta para o mundo dos Espíritos, a alma conserva as percepções que tinha quando encarnada na Terra, e que desabrocham-lhes outras, porque o corpo funciona como um véu, obscurecendo-a.
Sobre esta questão, Allan Kardec realizou em “O Livro dos Espíritos”, um estudo denominado:
“Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos”.
Devido à importância do tema e da profundidade deste estudo realizado pelo Codificador, vamos fazer um resumo do mesmo, mas deixando claro que para uma boa compreensão do tema, melhor seria um estudo completo do texto que corresponde à questão 257 da obra citada.
O corpo é o instrumento da dor.
Se não é a causa primária desta, é pelo menos, a causa imediata.
A alma tem a percepção da dor, mas essa percepção é o efeito.
Apesar de que esta percepção é muitas das vezes dolorosa, podemos afirmar que ela não é física.
Ilustramos com um exemplo dado por Kardec:
A simples lembrança de uma dor física, pode produzir o efeito da mesma, mesmo que no momento não haja motivo para tal.
Isso ocorre porque o cérebro guardou esta impressão, e o perispírito como elemento de ligação entre o Espírito e o corpo, transmite do primeiro para o segundo, impressões, e no sentido contrário, sensações.
Resumindo, concluímos que o perispírito é o agente das sensações exteriores.
Quando encarnado, o Espírito tem o sentido dessas sensações no corpo, quando este é destruído, elas se tornam gerais.
Sabemos que no Espírito há percepção, sensação, audição, visão, e que essas faculdades são atributos do ser todo e não, como no homem, de uma parte apenas.
A dor, como já dissemos, não é propriamente física, ainda que muitas vezes o Espírito a reclama ou diz que sente frio ou calor.
Entendemos que, apesar de muitas vezes ser bastante penosa, ela é mais uma reminiscência do que uma realidade.
Entretanto algumas vezes há mais do que isso, como apresenta o ilustre pensador lionês.
A experiência mostra que o perispírito, quando da desencarnação, não se desprende rapidamente da maneira que a maioria supõe, e devido a esta ligação, muitas vezes o Espírito crê-se vivo; vê seu corpo ao lado, sabe que lhe pertence, mas não compreende que esteja separado dele.
Essa situação normalmente dura enquanto existe a ligação entre os corpos físico e espiritual.
Relata Kardec o exemplo de um suicida:
“Disse-nos certa vez um suicida:
Não estou morto, no entanto sinto os vermes a me roerem”.
É óbvio que os vermes não lhe roíam o perispírito, e muito menos o Espírito.
O que eles roíam era o corpo, mas como não havia uma completa separação do corpo e do perispírito, ele tinha uma impressão quase física do que estava acontecendo.
Era uma ilusão, não uma realidade, embora o sentimento parecesse real.
Neste caso não podemos dizer que o que ele sentia era uma reminiscência, conclui Kardec, porquanto ele não fora em vida, roído pelos vermes: havia o sentimento de um fato da actualidade.
Isto nos favorece uma gama de ensinamentos muito importantes, se observarmos atentamente os factos.
Sobre os Espíritos superiores, o Codificador nos informa que eles não sentem nenhuma influência da matéria.
Não sentindo dor ou qualquer sentimento originado por este elemento.
O som dos nossos instrumentos, o perfume das nossas flores nenhuma impressão lhes causam.
Entretanto, eles experimentam sensações íntimas, de um encanto indefinível, das quais ideia alguma podemos formar, porque a esse respeito, somos quais cegos de nascença diante da luz.
Quando Kardec afirma que os Espíritos são inacessíveis às impressões da matéria que conhecemos, se refere aos Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo não encontra analogia neste mundo.
Quanto aos mais atrasados, cujo perispírito é mais denso, percebem os sons, os odores, etc., porém, apenas por uma parte limitada de suas individualidades, conforme quando encarnados.
Esta teoria pode trazer alguma frustração para aqueles que pensavam que o sofrimento e as dores terminariam com a destruição do corpo físico, mas notamos que ela é bem lógica e expressa a justiça do Criador, na medida em que vincula o sofrer do Espírito à maneira vivida por ele, quando encarnado.
Se procuramos na vida terrena somente a satisfação dos gozos materiais, vamos encontrar um sofrimento a posteriori.
Toda via, se a vida para os valores do Espírito imortal, é a nossa busca, seremos tranquilamente bem-aventurados, pois atingiremos aquele estado em que Jesus disse:
Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Podemos concluir, então, que pode haver sofrimento por parte do Espírito no plano espiritual, mas este sofrimento será sempre menor à medida que nos elevarmos moralmente.
Meditemos portanto nas palavras daquele que é o “Mestre dos mestres, o Sábio dos sábios”:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde os ladrões não minam nem roubam.” (Mateus, 6: 19 e 20)
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
§.§.§- Ave sem Ninho
Sobre esta questão, Allan Kardec realizou em “O Livro dos Espíritos”, um estudo denominado:
“Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos”.
Devido à importância do tema e da profundidade deste estudo realizado pelo Codificador, vamos fazer um resumo do mesmo, mas deixando claro que para uma boa compreensão do tema, melhor seria um estudo completo do texto que corresponde à questão 257 da obra citada.
O corpo é o instrumento da dor.
Se não é a causa primária desta, é pelo menos, a causa imediata.
A alma tem a percepção da dor, mas essa percepção é o efeito.
Apesar de que esta percepção é muitas das vezes dolorosa, podemos afirmar que ela não é física.
Ilustramos com um exemplo dado por Kardec:
A simples lembrança de uma dor física, pode produzir o efeito da mesma, mesmo que no momento não haja motivo para tal.
Isso ocorre porque o cérebro guardou esta impressão, e o perispírito como elemento de ligação entre o Espírito e o corpo, transmite do primeiro para o segundo, impressões, e no sentido contrário, sensações.
Resumindo, concluímos que o perispírito é o agente das sensações exteriores.
Quando encarnado, o Espírito tem o sentido dessas sensações no corpo, quando este é destruído, elas se tornam gerais.
Sabemos que no Espírito há percepção, sensação, audição, visão, e que essas faculdades são atributos do ser todo e não, como no homem, de uma parte apenas.
A dor, como já dissemos, não é propriamente física, ainda que muitas vezes o Espírito a reclama ou diz que sente frio ou calor.
Entendemos que, apesar de muitas vezes ser bastante penosa, ela é mais uma reminiscência do que uma realidade.
Entretanto algumas vezes há mais do que isso, como apresenta o ilustre pensador lionês.
A experiência mostra que o perispírito, quando da desencarnação, não se desprende rapidamente da maneira que a maioria supõe, e devido a esta ligação, muitas vezes o Espírito crê-se vivo; vê seu corpo ao lado, sabe que lhe pertence, mas não compreende que esteja separado dele.
Essa situação normalmente dura enquanto existe a ligação entre os corpos físico e espiritual.
Relata Kardec o exemplo de um suicida:
“Disse-nos certa vez um suicida:
Não estou morto, no entanto sinto os vermes a me roerem”.
É óbvio que os vermes não lhe roíam o perispírito, e muito menos o Espírito.
O que eles roíam era o corpo, mas como não havia uma completa separação do corpo e do perispírito, ele tinha uma impressão quase física do que estava acontecendo.
Era uma ilusão, não uma realidade, embora o sentimento parecesse real.
Neste caso não podemos dizer que o que ele sentia era uma reminiscência, conclui Kardec, porquanto ele não fora em vida, roído pelos vermes: havia o sentimento de um fato da actualidade.
Isto nos favorece uma gama de ensinamentos muito importantes, se observarmos atentamente os factos.
Sobre os Espíritos superiores, o Codificador nos informa que eles não sentem nenhuma influência da matéria.
Não sentindo dor ou qualquer sentimento originado por este elemento.
O som dos nossos instrumentos, o perfume das nossas flores nenhuma impressão lhes causam.
Entretanto, eles experimentam sensações íntimas, de um encanto indefinível, das quais ideia alguma podemos formar, porque a esse respeito, somos quais cegos de nascença diante da luz.
Quando Kardec afirma que os Espíritos são inacessíveis às impressões da matéria que conhecemos, se refere aos Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo não encontra analogia neste mundo.
Quanto aos mais atrasados, cujo perispírito é mais denso, percebem os sons, os odores, etc., porém, apenas por uma parte limitada de suas individualidades, conforme quando encarnados.
Esta teoria pode trazer alguma frustração para aqueles que pensavam que o sofrimento e as dores terminariam com a destruição do corpo físico, mas notamos que ela é bem lógica e expressa a justiça do Criador, na medida em que vincula o sofrer do Espírito à maneira vivida por ele, quando encarnado.
Se procuramos na vida terrena somente a satisfação dos gozos materiais, vamos encontrar um sofrimento a posteriori.
Toda via, se a vida para os valores do Espírito imortal, é a nossa busca, seremos tranquilamente bem-aventurados, pois atingiremos aquele estado em que Jesus disse:
Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Podemos concluir, então, que pode haver sofrimento por parte do Espírito no plano espiritual, mas este sofrimento será sempre menor à medida que nos elevarmos moralmente.
Meditemos portanto nas palavras daquele que é o “Mestre dos mestres, o Sábio dos sábios”:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde os ladrões não minam nem roubam.” (Mateus, 6: 19 e 20)
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
PROCESSOS OBSESSIVOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Obsessão, segundo o espiritismo, é uma influência de seres imateriais (espíritos) que influenciam as pessoas devido aos seus pensamentos impuros.
Os adeptos da religião acreditam que a obsessão pode causar doenças físicas e ou psíquicas.
Segundo Allan Kardec, o codificador do espiritismo, seria o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Sempre praticado por espíritos inferiores que procuram dominar o obsediado.
É a acção persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
Quando ultrapassam os limites de simples influenciações, enraizando-se na mente da vítima que passa a viver sob o domínio total do obsessor, as obsessões assumem carácter de subjugação ou possessão e ocasionam sérios danos ao organismo do obsidiado.
Surgem, assim, distúrbios variados, difíceis de serem diagnosticados com precisão e difíceis até de serem constatados.
Se reflectirmos bem, iremos verificar que os problemas que acometem o obsidiado são bastante complexos e dolorosos.
A obsessão é a escravização momentânea do pensamento, quando este se apresenta tolhido na sua livre manifestação, em razão de onda mental alheia que o constrange e perturba, impedindo a sua expansão, o seu livre pensar.
Qualquer cativeiro é doloroso.
O cativeiro físico apresenta a possibilidade de deixar liberto o pensamento do cativo.
Na obsessão, entretanto, o ser torna-se escravo de maneira integral.
É a pior forma de servidão. A mais pungente.
E também a que mais nos toca o coração.
Quando uma criatura cai nas malhas do cativeiro físico, mantém livre o seu pensamento, que de muitas formas se expande em sonhos, fé e esperanças, tornando pelo menos suportável o cerceamento material.
Mas, nos processos obsessivos graves, a pessoa se apresenta aparentemente livre, porém, em realidade, está acorrentada, mentalmente dominada por seres invisíveis que detêm o vôo do seu pensamento, isto e da manifestação da própria essência da individualidade, do Espírito.
Esse confinamento, essa prisão, a mais triste, escura e solitária é, pois, a mais cruel e a que mais faz sofrer.
Soma-se à influência dos obsessores a sensação, a certeza do remorso, do passado que se ergue como fantasma insepulto que vem assombrar os dias presentes.
Então, realmente, o obsidiado é prisioneiro em todos sentidos, vencido ao peso de tormentos inenarráveis que ele mesmo engendrou, e avança em sua aspérrima caminhada, tentando evadir-se da miserável cela onde geme e chora, para o claro sol da liberdade.
Na noite tempestuosa em que se debate, imaginemos, por um instante, o que representa para ele os recursos que a Doutrina Espírita lhe oferece.
Somente o Espiritismo tem condições de dar a esses sofredores o alívio, a compreensão, o caminho para a liberdade.
É a chave que vem abrir as portas da masmorra pessoal e livrar da mais completa escravidão não apenas os obsidiados, mas também os obsessores, que, afligindo e fazendo sofrer, automaticamente se aprisionam ao jugo do ódio, que os converte também em escravos e em vítimas, tal como acontece àqueles a quem perseguem.
Encontramos no caso Ester, narrado por Manoel Philomeno de Miranda em sua obra Grilhões Partidos, o exemplo de obsessão em grau muito avançado, com características de possessão.
O autor narra com detalhes os tormentos que a obsidiada enfrenta.
Evidentemente são sofrimentos acerbos.
Tolhida em seu pensamento, incapaz de se exteriorizar, a doente padece a aflição de sentir que uma figura apavorante se intromete em sua casa mental roubando-lhe a paz, quebrando-lhe a resistência e ocasionando, com o seu pensamento desequilibrado, alucinações, visões terríveis que a enchem de terror.
O medo que então experimenta desestrutura-a psiquicamente, fazendo-a viver em clima de constante pesadelo, do qual não consegue despertar.
Os adeptos da religião acreditam que a obsessão pode causar doenças físicas e ou psíquicas.
Segundo Allan Kardec, o codificador do espiritismo, seria o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Sempre praticado por espíritos inferiores que procuram dominar o obsediado.
É a acção persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
Quando ultrapassam os limites de simples influenciações, enraizando-se na mente da vítima que passa a viver sob o domínio total do obsessor, as obsessões assumem carácter de subjugação ou possessão e ocasionam sérios danos ao organismo do obsidiado.
Surgem, assim, distúrbios variados, difíceis de serem diagnosticados com precisão e difíceis até de serem constatados.
Se reflectirmos bem, iremos verificar que os problemas que acometem o obsidiado são bastante complexos e dolorosos.
A obsessão é a escravização momentânea do pensamento, quando este se apresenta tolhido na sua livre manifestação, em razão de onda mental alheia que o constrange e perturba, impedindo a sua expansão, o seu livre pensar.
Qualquer cativeiro é doloroso.
O cativeiro físico apresenta a possibilidade de deixar liberto o pensamento do cativo.
Na obsessão, entretanto, o ser torna-se escravo de maneira integral.
É a pior forma de servidão. A mais pungente.
E também a que mais nos toca o coração.
Quando uma criatura cai nas malhas do cativeiro físico, mantém livre o seu pensamento, que de muitas formas se expande em sonhos, fé e esperanças, tornando pelo menos suportável o cerceamento material.
Mas, nos processos obsessivos graves, a pessoa se apresenta aparentemente livre, porém, em realidade, está acorrentada, mentalmente dominada por seres invisíveis que detêm o vôo do seu pensamento, isto e da manifestação da própria essência da individualidade, do Espírito.
Esse confinamento, essa prisão, a mais triste, escura e solitária é, pois, a mais cruel e a que mais faz sofrer.
Soma-se à influência dos obsessores a sensação, a certeza do remorso, do passado que se ergue como fantasma insepulto que vem assombrar os dias presentes.
Então, realmente, o obsidiado é prisioneiro em todos sentidos, vencido ao peso de tormentos inenarráveis que ele mesmo engendrou, e avança em sua aspérrima caminhada, tentando evadir-se da miserável cela onde geme e chora, para o claro sol da liberdade.
Na noite tempestuosa em que se debate, imaginemos, por um instante, o que representa para ele os recursos que a Doutrina Espírita lhe oferece.
Somente o Espiritismo tem condições de dar a esses sofredores o alívio, a compreensão, o caminho para a liberdade.
É a chave que vem abrir as portas da masmorra pessoal e livrar da mais completa escravidão não apenas os obsidiados, mas também os obsessores, que, afligindo e fazendo sofrer, automaticamente se aprisionam ao jugo do ódio, que os converte também em escravos e em vítimas, tal como acontece àqueles a quem perseguem.
Encontramos no caso Ester, narrado por Manoel Philomeno de Miranda em sua obra Grilhões Partidos, o exemplo de obsessão em grau muito avançado, com características de possessão.
O autor narra com detalhes os tormentos que a obsidiada enfrenta.
Evidentemente são sofrimentos acerbos.
Tolhida em seu pensamento, incapaz de se exteriorizar, a doente padece a aflição de sentir que uma figura apavorante se intromete em sua casa mental roubando-lhe a paz, quebrando-lhe a resistência e ocasionando, com o seu pensamento desequilibrado, alucinações, visões terríveis que a enchem de terror.
O medo que então experimenta desestrutura-a psiquicamente, fazendo-a viver em clima de constante pesadelo, do qual não consegue despertar.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Se tenta agir, gritar, reagir, não tem forças, não comanda mais o seu próprio comportamento e vê-se perdida no cipoal de ideias enlouquecedoras, que sabe não serem as suas, mas às quais tem que obedecer porque se sente dominada em todos os centros de registo.
A permanência nesse estado lesa o organismo físico, instalando-se nele enfermidades reais e muito cruéis.
Dessa forma, a obsessão pode ter como consequência, entre outras, a loucura, a epilepsia, a esquizofrenia, o suicídio, aos vícios em geral.
(uma pessoa pode ser levada aos vícios pela actuação de obsessores ou, ainda, de moto-próprio, atraindo entidades infelizes que se utilizarão dela para se locupletarem).
Temos presenciado muitos casos dolorosos, onde a aparente loucura mascara o verdadeiro quadro: a possessão.
A exemplo de um grande filme que relata muito bem estes casos. (O Exorcista)
Certa vez, logo que iniciamos o trabalho desobsessivo, fomos chamada para aplicar um passe.
Segundo nos informaram, a doente, em crise de loucura, estava amarrada ao leito, a fim de se evitar que se machucasse ou se matasse.
Cercamo-nos de todos os cuidados espirituais que são imprescindíveis num labor desse quilate, pois sabemos que em muitos casos ou quase todos, as entidades que se prestam a esse tipo de obsessão é dos mais terríveis e perigosos já em transito por nosso planeta.
Fomos em companhia de pessoa bastante experiente nesses trabalhos.
Chegando ao lar da enferma, soubemos que ela era recém-casada e que subitamente passara a agir como louca.
Estava amarrada ao leito, completamente hebetada.
Era um quadro triste de se ver.
Fizemos leitura de um trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo, oramos e aplicamos os passes, trazendo alívio bastante acentuado à doente, que se apresentou bem mais serena.
Recebemos esclarecimento dos Benfeitores Espirituais de que o caso era de obsessão e que a jovem senhora deveria ser tratada espiritualmente, recorrendo-se ainda à terapêutica médica, evitando-se, porém sua internação, já que haveria possibilidade de tratá-la em casa.
Conseguiu-se, inclusive, que ela se acalmasse pouco após a medicação.
Entretanto, a família da paciente era absolutamente contrária ao tratamento espiritual e manifestou-se em franca oposição ao prosseguimento do trabalho de passes, bem como de quaisquer outras orientações do Espiritismo.
Afirmaram que apenas aceitaram o passe naquele momento, por se tratar de emergência e por estarem chocados com a situação.
Alguém havia sugerido o Espiritismo como solução urgente…
No dia seguinte a doente foi internada numa casa especializada.
Menos de 48 horas após à internação, desencarnou em consequência de uma parada cardíaca.
Já se passaram mais de trinta anos e não nos esquecemos dessa irmã, que, conforme nos informaram os Amigos da Espiritualidade, foi amparada, esclarecida e hoje prossegue seu aprendizado, preparando-se para nova reencarnação junto ao seu obsessor que antecedeu-a na esfera carnal, onde se reencontrarão para o momento de perdão e paz.
André Luiz apresenta-nos elucidação a respeito, sobretudo, das enfermidades psíquicas clássicas:
“( … ) na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideacção ou da afectividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias e a paranoia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral.”
São pois enfermidades da alma a se reflectirem no corpo físico.
Importa deixar bem claro que não se deve confundir e generalizar, afirmando que tudo é obsessão, que tudo é provocado por obsessores, como também não se deve atribuir todas as nossas dificuldades à acção dos Espíritos perturbadores.
E Kardec nos deixou bem claro quanto a isto, a esse exagero tão comum no meio espiritual.
Nem sempre os problemas são de origem espírita.
Pode ser até mesmo um processo de auto-obsessão, como vimos já aqui mesmo.
A permanência nesse estado lesa o organismo físico, instalando-se nele enfermidades reais e muito cruéis.
Dessa forma, a obsessão pode ter como consequência, entre outras, a loucura, a epilepsia, a esquizofrenia, o suicídio, aos vícios em geral.
(uma pessoa pode ser levada aos vícios pela actuação de obsessores ou, ainda, de moto-próprio, atraindo entidades infelizes que se utilizarão dela para se locupletarem).
Temos presenciado muitos casos dolorosos, onde a aparente loucura mascara o verdadeiro quadro: a possessão.
A exemplo de um grande filme que relata muito bem estes casos. (O Exorcista)
Certa vez, logo que iniciamos o trabalho desobsessivo, fomos chamada para aplicar um passe.
Segundo nos informaram, a doente, em crise de loucura, estava amarrada ao leito, a fim de se evitar que se machucasse ou se matasse.
Cercamo-nos de todos os cuidados espirituais que são imprescindíveis num labor desse quilate, pois sabemos que em muitos casos ou quase todos, as entidades que se prestam a esse tipo de obsessão é dos mais terríveis e perigosos já em transito por nosso planeta.
Fomos em companhia de pessoa bastante experiente nesses trabalhos.
Chegando ao lar da enferma, soubemos que ela era recém-casada e que subitamente passara a agir como louca.
Estava amarrada ao leito, completamente hebetada.
Era um quadro triste de se ver.
Fizemos leitura de um trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo, oramos e aplicamos os passes, trazendo alívio bastante acentuado à doente, que se apresentou bem mais serena.
Recebemos esclarecimento dos Benfeitores Espirituais de que o caso era de obsessão e que a jovem senhora deveria ser tratada espiritualmente, recorrendo-se ainda à terapêutica médica, evitando-se, porém sua internação, já que haveria possibilidade de tratá-la em casa.
Conseguiu-se, inclusive, que ela se acalmasse pouco após a medicação.
Entretanto, a família da paciente era absolutamente contrária ao tratamento espiritual e manifestou-se em franca oposição ao prosseguimento do trabalho de passes, bem como de quaisquer outras orientações do Espiritismo.
Afirmaram que apenas aceitaram o passe naquele momento, por se tratar de emergência e por estarem chocados com a situação.
Alguém havia sugerido o Espiritismo como solução urgente…
No dia seguinte a doente foi internada numa casa especializada.
Menos de 48 horas após à internação, desencarnou em consequência de uma parada cardíaca.
Já se passaram mais de trinta anos e não nos esquecemos dessa irmã, que, conforme nos informaram os Amigos da Espiritualidade, foi amparada, esclarecida e hoje prossegue seu aprendizado, preparando-se para nova reencarnação junto ao seu obsessor que antecedeu-a na esfera carnal, onde se reencontrarão para o momento de perdão e paz.
André Luiz apresenta-nos elucidação a respeito, sobretudo, das enfermidades psíquicas clássicas:
“( … ) na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideacção ou da afectividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias e a paranoia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral.”
São pois enfermidades da alma a se reflectirem no corpo físico.
Importa deixar bem claro que não se deve confundir e generalizar, afirmando que tudo é obsessão, que tudo é provocado por obsessores, como também não se deve atribuir todas as nossas dificuldades à acção dos Espíritos perturbadores.
E Kardec nos deixou bem claro quanto a isto, a esse exagero tão comum no meio espiritual.
Nem sempre os problemas são de origem espírita.
Pode ser até mesmo um processo de auto-obsessão, como vimos já aqui mesmo.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Também é preciso não confundir esses estados com sintomas de mediunidade.
Ocorre frequentemente que muitos espíritas de boa vontade e bem-intencionados, por desconhecimento, diante de pessoas portadoras de epilepsia, em quaisquer de suas modalidades, afirmam tratar-se de mediunidade, sendo necessário desenvolvê-la.
Tais enfermos são encaminhados às reuniões mediúnicas, onde não persistam seus problemas, mas ainda provocam desequilíbrio nos trabalhos, já que não estão aptos a assumir as tarefas da mediunidade que requerem disciplina, estudo e discernimento.
Mediunidade não é doença e nem os sinais de sua eclosão podem ser confundidos com enfermidades.
Há que se fazer distinção entre uma enfermidade e os sintomas do desabrochar da faculdade mediúnica.
“Conveniente, nesse como noutros casos, cuidar-se de examinar as síndromes das enfermidades psiquiátricas, a fim de não as confundir com os sintomas de mediunidade, no período inicial da manifestação, quando médium se encontra atormentado.”
É muito comum encontrarmos casos de carácter misto onde se conjugam obsessão e males físicos.
O Espírito enfermo, endividado, plasma no seu envoltório perispirítico os desvios, as deformidades de que é portador.
Consequentemente, renascerá em corpo físico que por sua vez reflectirá as desarmonias preexistentes no Espírito.
O Codificador, ciente dessa possibilidade, aconselhava, já em sua época, que se deveria aliar, nesses casos, o tratamento de um médico tradicional.
O que se vê, contudo, é que muitos espíritas, ignorando as ponderações de Kardec, acostumaram-se a diagnosticar apressadamente, confundindo doença com mediunidade.
E, como acham que tudo é mediunidade, muitos aconselham logo a suspensão do tratamento médico e da medicação anti-convulsiva, o que poderá acarretar sérios danos ao enfermo.
Os remédios que controlam as crises epilépticas não podem ser suspensos repentinamente, sob pena de o paciente ter o seu estado agravado.
Mesmo que o caso seja misto, isto é, físico e espiritual, ainda assim, não se deve encaminhar sumariamente o enfermo ao exercício das tarefas mediúnicas.
Ele necessita ser tratado espiritualmente, ser orientado para os recursos que a Doutrina Espírita coloca ao alcance de toda a Humanidade.
Necessita promover a sua auto-desobsessão.
E, como mencionamos anteriormente, se está sob o domínio de obsessores, tem o seu pensamento controlado por eles, o que é óbvio, é o principal motivo que obstará o desenvolvimento de sua faculdade mediúnica.
Vejamos um caso de carácter misto.
Michel (nome fictício) padecia há longos anos de um processo misto de epilepsia e obsessão.
Muito franzino, trazia no semblante as marcas do sofrimento.
Sendo pessoa de poucos recursos, precisava trabalhar, mas em razão do seu mal não se estabilizava em emprego algum.
Quando vinham as crises epilépticas, Michel, totalmente inconsciente, levava quedas dolorosas.
Certa vez, rolou do alto de uma escada, machucando-se seriamente.
Em outra ocasião, estando a fazer alguma tarefa domestica, caiu e bateu o rosto no fogão eléctrico, queimando-se na face.
Em seu corpo apresentava sempre as contusões provenientes dos tombos que frequentemente era vítima.
Assim, era a vida desse moço, verdadeiro martírio.
Passando a frequentar a Casa de Apometria Alvorecer, teve acentuada melhora com os passes de energia, nas reuniões públicas.
Feita a consulta espiritual, foi esclarecido que Michel precisava de um tratamento médico aliado à terapêutica espiritual.
Um médico neurologista, que integrava a equipe de desobsessão, prontificou-se a examiná-lo e prescrever a medicação.
Efectuados os exames, Michel relutava em aceitar o diagnóstico.
Mas, acabou concordando e começou a usar os medicamentos.
E pela primeira vez em vários anos, as crises desapareceram.
Ao mesmo tempo que era tratado espiritualmente constatou-se que o paciente era atormentada por dezenas de obsessores.
Ocorre frequentemente que muitos espíritas de boa vontade e bem-intencionados, por desconhecimento, diante de pessoas portadoras de epilepsia, em quaisquer de suas modalidades, afirmam tratar-se de mediunidade, sendo necessário desenvolvê-la.
Tais enfermos são encaminhados às reuniões mediúnicas, onde não persistam seus problemas, mas ainda provocam desequilíbrio nos trabalhos, já que não estão aptos a assumir as tarefas da mediunidade que requerem disciplina, estudo e discernimento.
Mediunidade não é doença e nem os sinais de sua eclosão podem ser confundidos com enfermidades.
Há que se fazer distinção entre uma enfermidade e os sintomas do desabrochar da faculdade mediúnica.
“Conveniente, nesse como noutros casos, cuidar-se de examinar as síndromes das enfermidades psiquiátricas, a fim de não as confundir com os sintomas de mediunidade, no período inicial da manifestação, quando médium se encontra atormentado.”
É muito comum encontrarmos casos de carácter misto onde se conjugam obsessão e males físicos.
O Espírito enfermo, endividado, plasma no seu envoltório perispirítico os desvios, as deformidades de que é portador.
Consequentemente, renascerá em corpo físico que por sua vez reflectirá as desarmonias preexistentes no Espírito.
O Codificador, ciente dessa possibilidade, aconselhava, já em sua época, que se deveria aliar, nesses casos, o tratamento de um médico tradicional.
O que se vê, contudo, é que muitos espíritas, ignorando as ponderações de Kardec, acostumaram-se a diagnosticar apressadamente, confundindo doença com mediunidade.
E, como acham que tudo é mediunidade, muitos aconselham logo a suspensão do tratamento médico e da medicação anti-convulsiva, o que poderá acarretar sérios danos ao enfermo.
Os remédios que controlam as crises epilépticas não podem ser suspensos repentinamente, sob pena de o paciente ter o seu estado agravado.
Mesmo que o caso seja misto, isto é, físico e espiritual, ainda assim, não se deve encaminhar sumariamente o enfermo ao exercício das tarefas mediúnicas.
Ele necessita ser tratado espiritualmente, ser orientado para os recursos que a Doutrina Espírita coloca ao alcance de toda a Humanidade.
Necessita promover a sua auto-desobsessão.
E, como mencionamos anteriormente, se está sob o domínio de obsessores, tem o seu pensamento controlado por eles, o que é óbvio, é o principal motivo que obstará o desenvolvimento de sua faculdade mediúnica.
Vejamos um caso de carácter misto.
Michel (nome fictício) padecia há longos anos de um processo misto de epilepsia e obsessão.
Muito franzino, trazia no semblante as marcas do sofrimento.
Sendo pessoa de poucos recursos, precisava trabalhar, mas em razão do seu mal não se estabilizava em emprego algum.
Quando vinham as crises epilépticas, Michel, totalmente inconsciente, levava quedas dolorosas.
Certa vez, rolou do alto de uma escada, machucando-se seriamente.
Em outra ocasião, estando a fazer alguma tarefa domestica, caiu e bateu o rosto no fogão eléctrico, queimando-se na face.
Em seu corpo apresentava sempre as contusões provenientes dos tombos que frequentemente era vítima.
Assim, era a vida desse moço, verdadeiro martírio.
Passando a frequentar a Casa de Apometria Alvorecer, teve acentuada melhora com os passes de energia, nas reuniões públicas.
Feita a consulta espiritual, foi esclarecido que Michel precisava de um tratamento médico aliado à terapêutica espiritual.
Um médico neurologista, que integrava a equipe de desobsessão, prontificou-se a examiná-lo e prescrever a medicação.
Efectuados os exames, Michel relutava em aceitar o diagnóstico.
Mas, acabou concordando e começou a usar os medicamentos.
E pela primeira vez em vários anos, as crises desapareceram.
Ao mesmo tempo que era tratado espiritualmente constatou-se que o paciente era atormentada por dezenas de obsessores.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Em encarnação anterior havia sido pessoa de muito poder e de grande perversidade.
Antes da encarnacão actual, tivera uma outra que renascera num corpo disforme.
A existência de hoje representava o início de sua recuperação, através do ensejo de conhecer o Espiritismo e também de se mostrar regenerado aos seus perseguidores, propiciando oportunidade de reajustamento e perdão mútuo.
Um número expressivo de seus obsessores foram esclarecidos e encaminhados para tratamentos diversos, em trabalho que se prolongou por alguns meses.
Entretanto, após algum tempo de uso dos remédios, resolveu por si mesmo – e influenciada, é óbvio, por alguns obsessores mais renitentes, suspendê-los.
As crises voltaram, mas o doente afirmava ser seu mal apenas espiritual.
Estava condicionado a afirmação desse teor, pois em todos os lugares que frequentara nunca lhe haviam alertado para o facto de ter também um componente físico o seu problema.
Aconselhado pelo médico e pelos companheiros, e até pelo Mentor, ele voltou a usar a medicação.
Mas, logo depois, suspendia-a novamente.
Michel, finalmente, parou por completo com o tratamento.
Preferia dizer-se obsidiado.
Durante todos esses anos o paciente colaborou em pequenas tarefas na Casa, onde, aliás, era assíduo e perseverante.
Com o passar do tempo, como as crises não desaparecessem e as orientações continuassem a indicar o uso dos remédios, ele começou a mostrar-se insatisfeito.
Comentou que talvez fosse necessário outro tipo de trabalho para o seu caso.
Soube-se que estava sendo influenciado por uma pessoa que dizia ter solução melhor para ele.
E aos poucos deixou de comparecer à Casa, indiferente a todos os conselhos.
Recebemos notícias desse irmão, de vez em quando.
Prossegue em sua vida de sofrimentos, não tendo encontrado o alívio que almejava.
Obsessões desse tipo são tão complexas e profundas que o espaço de uma encarnação é muito pequeno para resolver tantos conflitos.
Só muito lentamente surgirá a transformação dessas almas endividadas, por um processo de cicatrização de dentro para fora.
A cura não poderá ser efectivada por ninguém, a não ser pelo próprio sofredor, funcionando encarnados e desencarnados que colaboram se ajudando, quais enfermeiros abnegados, que ofertam o algodão da solidariedade e do amor.
A medida que a criatura for-se evangelizando, aprendendo a amar e perdoar, conquistando méritos, os seus algozes serão igualmente motivados para o reajuste.
Não podemos deixar de mencionar que muitas pessoas acreditam ser os trabalhos desobsessivos orientados pela Espiritualidade serem mais fracos que aqueles efectuados por outros processos.
Fica patenteado com essa assertiva o desconhecimento absoluto do que seja realmente desobsessão.
Pensam que o trabalho é forte quando os médiuns se deixam jogar ao solo, contorcendo-se e portando-se desatinadamente.
Quanto maior a gritaria, a balbúrdia, mais forte consideram a sessão.
E, consequentemente crêem que os resultados são mais produtivos.
Meditando sobre o assunto, não é difícil verificar-se a fragilidade de tais argumentos.
O que se vê em sessões desse tipo são médiuns sem nenhuma educação mediúnica, sem disciplina e, sobretudo, sem estudo, a servirem de instrumento a manifestações de teor primitivo.
É inegável que esses trabalhos podem apresentar benefícios na faixa de entendimento em que se situam, inclusive despertando consciências para as verdades da vida além da vida.
Esquecem ou não sabem tais críticos que todo trabalho espírita é essencialmente de renovação interior, visando à cura da entidade e de seus adjacentes, não a fórmulas imediatistas que adiam a solução final.
A Espiritualidade, indo além dos efeitos, remonta à, causas do problema, às suas origens, para, no seu cerne, laborar profundamente, corrigindo, medicando e combatendo o mal pela raiz.
Infere-se, pois, que o labor desobsessivo à luz da Apometria tem por escopo a cura das entidades, o reajuste dos seres comprometidos e endividados que se deixam enredar nas malhas da obsessão, e não somente afastar os parceiros, aliando o entendimento e perdão.
Para atingir esse objectivo sublime, não há necessidade de espectáculos, de demonstrações barulhentas, há sim necessidade da directriz abençoada da Espiritualidade.
Suely C. Shubert
§.§.§- Ave sem Ninho
Antes da encarnacão actual, tivera uma outra que renascera num corpo disforme.
A existência de hoje representava o início de sua recuperação, através do ensejo de conhecer o Espiritismo e também de se mostrar regenerado aos seus perseguidores, propiciando oportunidade de reajustamento e perdão mútuo.
Um número expressivo de seus obsessores foram esclarecidos e encaminhados para tratamentos diversos, em trabalho que se prolongou por alguns meses.
Entretanto, após algum tempo de uso dos remédios, resolveu por si mesmo – e influenciada, é óbvio, por alguns obsessores mais renitentes, suspendê-los.
As crises voltaram, mas o doente afirmava ser seu mal apenas espiritual.
Estava condicionado a afirmação desse teor, pois em todos os lugares que frequentara nunca lhe haviam alertado para o facto de ter também um componente físico o seu problema.
Aconselhado pelo médico e pelos companheiros, e até pelo Mentor, ele voltou a usar a medicação.
Mas, logo depois, suspendia-a novamente.
Michel, finalmente, parou por completo com o tratamento.
Preferia dizer-se obsidiado.
Durante todos esses anos o paciente colaborou em pequenas tarefas na Casa, onde, aliás, era assíduo e perseverante.
Com o passar do tempo, como as crises não desaparecessem e as orientações continuassem a indicar o uso dos remédios, ele começou a mostrar-se insatisfeito.
Comentou que talvez fosse necessário outro tipo de trabalho para o seu caso.
Soube-se que estava sendo influenciado por uma pessoa que dizia ter solução melhor para ele.
E aos poucos deixou de comparecer à Casa, indiferente a todos os conselhos.
Recebemos notícias desse irmão, de vez em quando.
Prossegue em sua vida de sofrimentos, não tendo encontrado o alívio que almejava.
Obsessões desse tipo são tão complexas e profundas que o espaço de uma encarnação é muito pequeno para resolver tantos conflitos.
Só muito lentamente surgirá a transformação dessas almas endividadas, por um processo de cicatrização de dentro para fora.
A cura não poderá ser efectivada por ninguém, a não ser pelo próprio sofredor, funcionando encarnados e desencarnados que colaboram se ajudando, quais enfermeiros abnegados, que ofertam o algodão da solidariedade e do amor.
A medida que a criatura for-se evangelizando, aprendendo a amar e perdoar, conquistando méritos, os seus algozes serão igualmente motivados para o reajuste.
Não podemos deixar de mencionar que muitas pessoas acreditam ser os trabalhos desobsessivos orientados pela Espiritualidade serem mais fracos que aqueles efectuados por outros processos.
Fica patenteado com essa assertiva o desconhecimento absoluto do que seja realmente desobsessão.
Pensam que o trabalho é forte quando os médiuns se deixam jogar ao solo, contorcendo-se e portando-se desatinadamente.
Quanto maior a gritaria, a balbúrdia, mais forte consideram a sessão.
E, consequentemente crêem que os resultados são mais produtivos.
Meditando sobre o assunto, não é difícil verificar-se a fragilidade de tais argumentos.
O que se vê em sessões desse tipo são médiuns sem nenhuma educação mediúnica, sem disciplina e, sobretudo, sem estudo, a servirem de instrumento a manifestações de teor primitivo.
É inegável que esses trabalhos podem apresentar benefícios na faixa de entendimento em que se situam, inclusive despertando consciências para as verdades da vida além da vida.
Esquecem ou não sabem tais críticos que todo trabalho espírita é essencialmente de renovação interior, visando à cura da entidade e de seus adjacentes, não a fórmulas imediatistas que adiam a solução final.
A Espiritualidade, indo além dos efeitos, remonta à, causas do problema, às suas origens, para, no seu cerne, laborar profundamente, corrigindo, medicando e combatendo o mal pela raiz.
Infere-se, pois, que o labor desobsessivo à luz da Apometria tem por escopo a cura das entidades, o reajuste dos seres comprometidos e endividados que se deixam enredar nas malhas da obsessão, e não somente afastar os parceiros, aliando o entendimento e perdão.
Para atingir esse objectivo sublime, não há necessidade de espectáculos, de demonstrações barulhentas, há sim necessidade da directriz abençoada da Espiritualidade.
Suely C. Shubert
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O silêncio que fala alto
Se soubéssemos como o silêncio é útil, daríamos mais tempo a seu uso.
O recolhimento cria um ambiente próprio para a oração e reflexão.
Temos também na música a figura da pausa, onde o instrumentista não toca, bem como na fermata, que é a parada do compasso musical sobre uma nota.
São momentos em que o silêncio se faz presente, se impõe.
Quando estamos planeando algo que nos interessa realizar, ele faz parte desse trabalho.
O corpo em descanso ausenta-se do ambiente externo através do sono e mergulhamos num silêncio profundo...
Mas há um silêncio que fala alto!
É aquele que ecoa ao fazermos um mergulho interior. Há uma voz que não cala, muito pelo contrário, de forma impertinente e particular se faz ouvir: é a voz da nossa consciência.
É esse silêncio tão subtil que queremos enfatizar.
Ele nos leva a uma análise qualitativa daquilo que fomos e sempre seremos: Espírito.
Essa luz de alerta não nos deixa, não nos abandona!
Ela permanece viva e radiante bastando tão somente atentarmos para sua presença.
É assim que iluminamos a nossa alma e enxergamos a maneira de ser nessa existência.
Mesmo após o desencarne, ela brilha além-túmulo fazendo-nos viver uma realidade tão marcante que sempre esteve connosco de forma imperceptível...
Essa concepção é salutar e necessária para crescermos espiritualmente.
Só poderemos melhorar naquilo que conhecemos, e se nos ignoramos não teremos condições de alcançar o aperfeiçoamento colimado.
A importância do silêncio está também expressa nas frases de Fernando Pessoa e Machado de Assis, respectivamente:
“Existe no silêncio tão profunda sabedoria que às vezes ele transforma-se na mais perfeita resposta”; “O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio”.
Já nos sábios provérbios chineses encontramos:
“A palavra é prata, o silêncio é ouro”.
Assim temos no “vazio” do silêncio um celeiro repleto de informações que nos despertarão para a lucidez necessária para sermos coerentes nos passos que damos na vida...
§.§.§- Ave sem Ninho
O recolhimento cria um ambiente próprio para a oração e reflexão.
Temos também na música a figura da pausa, onde o instrumentista não toca, bem como na fermata, que é a parada do compasso musical sobre uma nota.
São momentos em que o silêncio se faz presente, se impõe.
Quando estamos planeando algo que nos interessa realizar, ele faz parte desse trabalho.
O corpo em descanso ausenta-se do ambiente externo através do sono e mergulhamos num silêncio profundo...
Mas há um silêncio que fala alto!
É aquele que ecoa ao fazermos um mergulho interior. Há uma voz que não cala, muito pelo contrário, de forma impertinente e particular se faz ouvir: é a voz da nossa consciência.
É esse silêncio tão subtil que queremos enfatizar.
Ele nos leva a uma análise qualitativa daquilo que fomos e sempre seremos: Espírito.
Essa luz de alerta não nos deixa, não nos abandona!
Ela permanece viva e radiante bastando tão somente atentarmos para sua presença.
É assim que iluminamos a nossa alma e enxergamos a maneira de ser nessa existência.
Mesmo após o desencarne, ela brilha além-túmulo fazendo-nos viver uma realidade tão marcante que sempre esteve connosco de forma imperceptível...
Essa concepção é salutar e necessária para crescermos espiritualmente.
Só poderemos melhorar naquilo que conhecemos, e se nos ignoramos não teremos condições de alcançar o aperfeiçoamento colimado.
A importância do silêncio está também expressa nas frases de Fernando Pessoa e Machado de Assis, respectivamente:
“Existe no silêncio tão profunda sabedoria que às vezes ele transforma-se na mais perfeita resposta”; “O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio”.
Já nos sábios provérbios chineses encontramos:
“A palavra é prata, o silêncio é ouro”.
Assim temos no “vazio” do silêncio um celeiro repleto de informações que nos despertarão para a lucidez necessária para sermos coerentes nos passos que damos na vida...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Sexo e Obsessão (Parte 40)
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. Por que a prece, quando fervorosa, faz bem?
Independentemente da resposta que terá, a blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os momentos.
Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se, adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da Imortalidade.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
B. Mauro relatou ao Sr. Bispo que sua mãe, falecida há quase cinco anos, lhe havia aparecido e auxiliado contra a acção dos seres satânicos que tanto o atormentavam?
Sim. Eis como ele se expressou a respeito do assunto:
“Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos.
Aparece-me no vigor da sua juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus actos ignóbeis, protege-me dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para prosseguir.
Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a criança.
A vergonha, o asco que, de mim próprio, senti, tomaram-me o espírito fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio seria a única solução para o meu miserável destino”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
C. Onde, segundo o Sr. Bispo, estaria localizado o Purgatório?
Ao comentar a informação dada por Jesus de que existem muitas moradas na Casa do Pai, consoante as anotações do evangelista João, o Sr. Bispo explicou:
“Eu sempre pensei que essas moradas são os astros que constituem o Universo, mas também são redutos onde estagiam os Espíritos após a morte antes de seguirem ao seu destino final, conforme os actos praticados no mundo.
Penso que o Purgatório, por exemplo, não seja um lugar definido geograficamente, mas incontáveis regiões de dor e de sombra, na Terra e fora dela, onde os culpados expungem e se depuram, tendo ensejo, então, de ascender ou não ao Paraíso.
É certo que a minha reflexão não encontra respaldo teológico. Nada obstante, não existe nada em contrário”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
Texto para leitura
197. Recomeço feliz – Com a chegada do Sol e a movimentação de pessoas na via pública, as actividades na Instituição prosseguiram normalmente.
Enquanto isso, longe dali, o jovem padre Mauro despertou dominado por uma disposição de efectivo bem-estar.
Desde quando tiveram lugar os acontecimentos perturbadores, cujo desfecho daria início à vivência de uma nova ordem de valores, nunca se sentira tão bem.
Recordava-se, fragmentariamente, de algumas das ocorrências espirituais de que participara, embora tivesse dificuldade de coordenar todos os factos.
Sentia-os interiormente e em forma de emoção restaurada, como se a chaga moral que sempre exsudava angústia houvesse recebido um penso balsâmico, refazente.
Considerava que os sonhos recentes estavam recheados de informações inabituais, e davam-lhe a impressão de que vivia uma dicotomia de apoio de anjos em luta contra demônios que o sitiavam e afligiam.
Questões preliminares
A. Por que a prece, quando fervorosa, faz bem?
Independentemente da resposta que terá, a blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os momentos.
Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se, adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da Imortalidade.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
B. Mauro relatou ao Sr. Bispo que sua mãe, falecida há quase cinco anos, lhe havia aparecido e auxiliado contra a acção dos seres satânicos que tanto o atormentavam?
Sim. Eis como ele se expressou a respeito do assunto:
“Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos.
Aparece-me no vigor da sua juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus actos ignóbeis, protege-me dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para prosseguir.
Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a criança.
A vergonha, o asco que, de mim próprio, senti, tomaram-me o espírito fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio seria a única solução para o meu miserável destino”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
C. Onde, segundo o Sr. Bispo, estaria localizado o Purgatório?
Ao comentar a informação dada por Jesus de que existem muitas moradas na Casa do Pai, consoante as anotações do evangelista João, o Sr. Bispo explicou:
“Eu sempre pensei que essas moradas são os astros que constituem o Universo, mas também são redutos onde estagiam os Espíritos após a morte antes de seguirem ao seu destino final, conforme os actos praticados no mundo.
Penso que o Purgatório, por exemplo, não seja um lugar definido geograficamente, mas incontáveis regiões de dor e de sombra, na Terra e fora dela, onde os culpados expungem e se depuram, tendo ensejo, então, de ascender ou não ao Paraíso.
É certo que a minha reflexão não encontra respaldo teológico. Nada obstante, não existe nada em contrário”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
Texto para leitura
197. Recomeço feliz – Com a chegada do Sol e a movimentação de pessoas na via pública, as actividades na Instituição prosseguiram normalmente.
Enquanto isso, longe dali, o jovem padre Mauro despertou dominado por uma disposição de efectivo bem-estar.
Desde quando tiveram lugar os acontecimentos perturbadores, cujo desfecho daria início à vivência de uma nova ordem de valores, nunca se sentira tão bem.
Recordava-se, fragmentariamente, de algumas das ocorrências espirituais de que participara, embora tivesse dificuldade de coordenar todos os factos.
Sentia-os interiormente e em forma de emoção restaurada, como se a chaga moral que sempre exsudava angústia houvesse recebido um penso balsâmico, refazente.
Considerava que os sonhos recentes estavam recheados de informações inabituais, e davam-lhe a impressão de que vivia uma dicotomia de apoio de anjos em luta contra demônios que o sitiavam e afligiam.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
A verdade é que, tomado de impulso enriquecedor de paz, acercou-se do oratório, na capela próxima ao quarto, e, ajoelhando-se, conforme a disposição religiosa da fé que abraçava, envolveu-se nas delicadas vibrações que defluem da prece ungida de sentimentos elevados.
Buscando o refúgio espiritual e a comunhão com Deus, sua mãezinha acercou-se-lhe e, em doce colóquio de mente a mente, procurou restaurar-lhe algumas lembranças das actividades vividas, há pouco, a fim de que ficassem impressas definitivamente, servindo-lhe de apoio e de segurança, assim como de roteiro para a plena libertação.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
198. Benefícios directos da prece – A blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os momentos, sempre que recorrendo aos seus tesouros e o fazendo com mais frequência do que lhe é habitual.
Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se, adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da Imortalidade.
A prece seria, a partir de então, o bastão de apoio emocional do jovem sinceramente arrependido e preparado para o recomeço da luta.
Sob a inspiração da progenitora devotada e o amparo dos Mentores aos quais ela havia recorrido, ser-lhe-ia possível avançar vencendo os obstáculos, que não seriam poucos, e que deveria ultrapassar.
Sucede que cada qual somente pode colher aquilo que haja semeado anteriormente, cabendo-lhe o discernimento para, enquanto recolhe os cardos deixados pelo caminho, realizar nova ensementação, agora de luz e de bênçãos, que lhe constituirão a seara futura por onde transitará.
Naquele momento, portanto, a abnegada progenitora, utilizando-se da percepção acentuada do jovem sacerdote, intuiu-o de que a luta seria áspera, e ele se veria a braços com situações muito perturbadoras, teria ensejo de voltar aos mesmos vícios e seria induzido, pelo pensamento e pelas circunstâncias, a reincidir nos anteriores gravames, cabendo-lhe fugir da tentação através da oração e da acção beneficente, renovadora.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
199. As advertências de D. Martina – A prece propicia forças espirituais e morais, mas a acção preenche os vazios existenciais, facultando vigor e superação das falsas necessidades a que o indivíduo, pelos hábitos doentios do passado, se afervora.
Através da linguagem silenciosa do pensamento, ela advertiu-o sobre as influências dos seres perversos que rondam as criaturas humanas e as induzem a atitudes vergonhosas e comprometedoras através do crime, elucidando, também que, concomitantemente, anjos benfeitores protegem os seus tutelados, infundindo-lhes valor e inspirando-os na luta do bem invariável.
Padre Mauro permaneceu por largo período no refúgio espiritual da oração, mergulhando nas esperanças do futuro.
E porque estivesse assinalada uma nova entrevista com o Sr. Bispo para aquela tarde, D. Martina deixou-o nos deveres que lhe diziam respeito, a fim de que, no momento aprazado, com o nobre Instrutor pudessem Philomeno e seus companheiros acompanhar o desdobramento da terapia curadora do querido enfermo.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
200. Padre Mauro na residência episcopal – Quando Mauro procurou o seu pastor, ao cair da tarde, havia uma psicosfera de acentuada paz na residência episcopal.
O sacerdote, cônscio dos seus deveres, considerando a gravidade da ocorrência que defrontava pela primeira vez durante todo o seu ministério, não descurou de procurar uma solução adequada de forma que as consequências pudessem ser atenuadas, evitando futuros desastres dessa ou de outra vergonhosa natureza.
Havia-se dedicado ao rebanho com fidelidade, confiando nos postulados da fé que elegera como roteiro de iluminação e de salvação para os fiéis que se lhe entregavam confiantes.
Buscando o refúgio espiritual e a comunhão com Deus, sua mãezinha acercou-se-lhe e, em doce colóquio de mente a mente, procurou restaurar-lhe algumas lembranças das actividades vividas, há pouco, a fim de que ficassem impressas definitivamente, servindo-lhe de apoio e de segurança, assim como de roteiro para a plena libertação.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
198. Benefícios directos da prece – A blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os momentos, sempre que recorrendo aos seus tesouros e o fazendo com mais frequência do que lhe é habitual.
Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se, adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da Imortalidade.
A prece seria, a partir de então, o bastão de apoio emocional do jovem sinceramente arrependido e preparado para o recomeço da luta.
Sob a inspiração da progenitora devotada e o amparo dos Mentores aos quais ela havia recorrido, ser-lhe-ia possível avançar vencendo os obstáculos, que não seriam poucos, e que deveria ultrapassar.
Sucede que cada qual somente pode colher aquilo que haja semeado anteriormente, cabendo-lhe o discernimento para, enquanto recolhe os cardos deixados pelo caminho, realizar nova ensementação, agora de luz e de bênçãos, que lhe constituirão a seara futura por onde transitará.
Naquele momento, portanto, a abnegada progenitora, utilizando-se da percepção acentuada do jovem sacerdote, intuiu-o de que a luta seria áspera, e ele se veria a braços com situações muito perturbadoras, teria ensejo de voltar aos mesmos vícios e seria induzido, pelo pensamento e pelas circunstâncias, a reincidir nos anteriores gravames, cabendo-lhe fugir da tentação através da oração e da acção beneficente, renovadora.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
199. As advertências de D. Martina – A prece propicia forças espirituais e morais, mas a acção preenche os vazios existenciais, facultando vigor e superação das falsas necessidades a que o indivíduo, pelos hábitos doentios do passado, se afervora.
Através da linguagem silenciosa do pensamento, ela advertiu-o sobre as influências dos seres perversos que rondam as criaturas humanas e as induzem a atitudes vergonhosas e comprometedoras através do crime, elucidando, também que, concomitantemente, anjos benfeitores protegem os seus tutelados, infundindo-lhes valor e inspirando-os na luta do bem invariável.
Padre Mauro permaneceu por largo período no refúgio espiritual da oração, mergulhando nas esperanças do futuro.
E porque estivesse assinalada uma nova entrevista com o Sr. Bispo para aquela tarde, D. Martina deixou-o nos deveres que lhe diziam respeito, a fim de que, no momento aprazado, com o nobre Instrutor pudessem Philomeno e seus companheiros acompanhar o desdobramento da terapia curadora do querido enfermo.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
200. Padre Mauro na residência episcopal – Quando Mauro procurou o seu pastor, ao cair da tarde, havia uma psicosfera de acentuada paz na residência episcopal.
O sacerdote, cônscio dos seus deveres, considerando a gravidade da ocorrência que defrontava pela primeira vez durante todo o seu ministério, não descurou de procurar uma solução adequada de forma que as consequências pudessem ser atenuadas, evitando futuros desastres dessa ou de outra vergonhosa natureza.
Havia-se dedicado ao rebanho com fidelidade, confiando nos postulados da fé que elegera como roteiro de iluminação e de salvação para os fiéis que se lhe entregavam confiantes.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Em razão disso, foi-lhe muito penosa a realidade dos infelizes acontecimentos.
Ao tempo que assim conjecturava, compreendia também que não podia destruir a existência do jovem padre, que sempre se lhe afigurara um homem de bem, digno servidor da grei.
De maneira discreta, procurou ouvir outras autoridades religiosas e psiquiatras, resolvendo encaminhar o paciente a uma clínica especializada, que vinha atendendo a casos equivalentes, como a alguns de outra natureza, quando se apresentavam transtornos depressivos, desvios esquizofrénicos...
Foi assim, com excelente disposição psíquica, que ele recebeu o filho espiritual, e, após algumas considerações valiosas, procurou auscultar-lhe os sentimentos.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
201. Mauro relata suas experiências oníricas – Fortemente inspirado pelo irmão Anacleto, Mauro narrou que uma incomum transformação interior nele se operara.
Havia vivido experiências oníricas, semelhantes às de muitos santos e taumaturgos, conforme relatos constantes nos livros sagrados.
“Anteriormente – acrescentou, algo constrangido – sentia-me arrebatado por verdadeiros seres diabólicos que me levaram a regiões de gozo incessante e exaustivo, vampirizando-me as forças e deixando-me sequioso de vivências equivalentes.
Dias houve, nesse ínterim, tão terríveis, que despertava mal humorado, infeliz, dominado por desejos incoercíveis, sendo impelido por forças cruéis a práticas abomináveis de que me arrependia e me condenava sem cessar.
Nessas ocasiões, eu tinha a sensação de haver estado no Inferno, de onde retornava sob maléfica influenciação.
Nos últimos dias, porém, mais de uma vez, encontrei-me em lugares de oração e de socorro, onde não poucos seres angélicos não só me atenderam como também a outros que me pareciam familiares...”
Mauro calou-se, por um pouco, concatenando ideias e tentando captar melhor o pensamento do Benfeitor espiritual, para logo prosseguir:
“Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos.
Aparece-me no vigor da sua juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus actos ignóbeis, protege-me dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para prosseguir.
Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a criança.
A vergonha, o asco que, de mim próprio, senti, tomaram-me o espírito fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio seria a única solução para o meu miserável destino”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
202. As diversas moradas da Casa do Pai – O Sr. Bispo, ante essa confissão, lembrou-lhe que o suicídio constitui um crime hediondo, para o qual não há perdão da Igreja nem de Deus.
E Mauro explicou:
“Sim, Eminência, eu o sei, mas sucede que a minha mente era vulcão em erupção, não havendo lugar para qualquer raciocínio lógico, para qualquer entendimento da vida nem da religião.
Sentia-me assaltado por forças mais poderosas do que eu, e não vendo perspectiva para o futuro, a fuga seria a solução do momento.
Felizmente, a mãezinha apareceu-me, não sei como, e libertou-me da instância do Mal, fazendo-me adormecer e conduzindo-me para um lugar fora da Terra, onde me pude refazer e recuperar...
Na noite passada, novamente estando em uma estância de trabalho activo, participei de uma reunião singular, onde anjos e demónios travaram uma estranha batalha, e na qual eu era uma das personagens envolvidas, ao lado de outros que me pareciam conhecidos, detestáveis alguns, amados outros...”
Ao ouvir esse relato, o Sr. Bispo observou:
“Você deve recordar-se que Jesus referiu-se a muitas moradas na Casa do Pai, havendo-nos prometido ir preparar lugar para nós outros, conforme anotou São João, no capítulo número quatorze do seu Evangelho.
Eu sempre pensei que essas moradas são os astros que constituem o Universo, mas também são redutos onde estagiam os Espíritos após a morte antes de seguirem ao seu destino final, conforme os actos praticados no mundo.
Penso que o Purgatório, por exemplo, não seja um lugar definido geograficamente, mas incontáveis regiões de dor e de sombra, na Terra e fora dela, onde os culpados expungem e se depuram, tendo ensejo, então, de ascender ou não ao Paraíso.
É certo que a minha reflexão não encontra respaldo teológico.
Nada obstante, não existe nada em contrário”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ao tempo que assim conjecturava, compreendia também que não podia destruir a existência do jovem padre, que sempre se lhe afigurara um homem de bem, digno servidor da grei.
De maneira discreta, procurou ouvir outras autoridades religiosas e psiquiatras, resolvendo encaminhar o paciente a uma clínica especializada, que vinha atendendo a casos equivalentes, como a alguns de outra natureza, quando se apresentavam transtornos depressivos, desvios esquizofrénicos...
Foi assim, com excelente disposição psíquica, que ele recebeu o filho espiritual, e, após algumas considerações valiosas, procurou auscultar-lhe os sentimentos.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
201. Mauro relata suas experiências oníricas – Fortemente inspirado pelo irmão Anacleto, Mauro narrou que uma incomum transformação interior nele se operara.
Havia vivido experiências oníricas, semelhantes às de muitos santos e taumaturgos, conforme relatos constantes nos livros sagrados.
“Anteriormente – acrescentou, algo constrangido – sentia-me arrebatado por verdadeiros seres diabólicos que me levaram a regiões de gozo incessante e exaustivo, vampirizando-me as forças e deixando-me sequioso de vivências equivalentes.
Dias houve, nesse ínterim, tão terríveis, que despertava mal humorado, infeliz, dominado por desejos incoercíveis, sendo impelido por forças cruéis a práticas abomináveis de que me arrependia e me condenava sem cessar.
Nessas ocasiões, eu tinha a sensação de haver estado no Inferno, de onde retornava sob maléfica influenciação.
Nos últimos dias, porém, mais de uma vez, encontrei-me em lugares de oração e de socorro, onde não poucos seres angélicos não só me atenderam como também a outros que me pareciam familiares...”
Mauro calou-se, por um pouco, concatenando ideias e tentando captar melhor o pensamento do Benfeitor espiritual, para logo prosseguir:
“Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos.
Aparece-me no vigor da sua juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus actos ignóbeis, protege-me dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para prosseguir.
Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a criança.
A vergonha, o asco que, de mim próprio, senti, tomaram-me o espírito fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio seria a única solução para o meu miserável destino”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
202. As diversas moradas da Casa do Pai – O Sr. Bispo, ante essa confissão, lembrou-lhe que o suicídio constitui um crime hediondo, para o qual não há perdão da Igreja nem de Deus.
E Mauro explicou:
“Sim, Eminência, eu o sei, mas sucede que a minha mente era vulcão em erupção, não havendo lugar para qualquer raciocínio lógico, para qualquer entendimento da vida nem da religião.
Sentia-me assaltado por forças mais poderosas do que eu, e não vendo perspectiva para o futuro, a fuga seria a solução do momento.
Felizmente, a mãezinha apareceu-me, não sei como, e libertou-me da instância do Mal, fazendo-me adormecer e conduzindo-me para um lugar fora da Terra, onde me pude refazer e recuperar...
Na noite passada, novamente estando em uma estância de trabalho activo, participei de uma reunião singular, onde anjos e demónios travaram uma estranha batalha, e na qual eu era uma das personagens envolvidas, ao lado de outros que me pareciam conhecidos, detestáveis alguns, amados outros...”
Ao ouvir esse relato, o Sr. Bispo observou:
“Você deve recordar-se que Jesus referiu-se a muitas moradas na Casa do Pai, havendo-nos prometido ir preparar lugar para nós outros, conforme anotou São João, no capítulo número quatorze do seu Evangelho.
Eu sempre pensei que essas moradas são os astros que constituem o Universo, mas também são redutos onde estagiam os Espíritos após a morte antes de seguirem ao seu destino final, conforme os actos praticados no mundo.
Penso que o Purgatório, por exemplo, não seja um lugar definido geograficamente, mas incontáveis regiões de dor e de sombra, na Terra e fora dela, onde os culpados expungem e se depuram, tendo ensejo, então, de ascender ou não ao Paraíso.
É certo que a minha reflexão não encontra respaldo teológico.
Nada obstante, não existe nada em contrário”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Adolescer
Antigamente se pensava que o cérebro do adolescente era como que um órgão adulto imaturo, daí as causas de suas alternâncias constantes de humor e comportamentos em grupo ou isoladamente.
Contudo, estudos recentes de imagem por ressonância magnética mostram que nessa fase ocorrem mutabilidades e crescimentos de actividades em redes em diferentes regiões cerebrais.
O sistema límbico responsável por estimular emoções intensifica seu desenvolvimento na puberdade, mas o córtex pré-frontal, que controla impulsos, só começa a amadurecer dez anos depois.
Isso pode causar ao adolescente sérios riscos ao mesmo tempo em que se adaptam mais facilmente aos ambientes que frequentam.
Daí que a sociedade deve se ajustar perante os meninos e meninas, objectivando auxiliá-los nas buscas do que desejam estudar e ser.
A neurociência tem concluído que o cérebro do adolescente foi moldado pela evolução para funcionar de forma diferente do de uma criança ou de um adulto.
Adolescentes possuem uma capacidade incrível de mudar em resposta ao ambiente.
Essa acção ou plasticidade especial pode constituir-se em uma faca de dois gumes porque permite ao adolescente muitos progressos no modo de pensar e socializar, mas a mutação constante também pode expô-los a comportamentos perigosos e graves transtornos mentais, como nos informa Jay Giedd, presidente da divisão de psiquiatria infantil e adolescente da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos.
Walter Barcelos em seu livro:
Sexo e Evolução, editado pela FEB em 2005, vem-nos dizer que:
“O Espírito, ao sair da fase infantil e penetrar na adolescência, passa a apresentar mudanças bruscas e imprevisíveis no seu comportamento, em virtude do fardo de estímulos sexuais que já carrega em si mesmo como herança de si próprio, oriunda de séculos de experiência”.
Aqui é importante verificar como a ciência e o Espiritismo se unem para compreender essa questão.
Ora, como vimos acima, a ciência estuda o cérebro, e nosso irmão Walter Barcelos vai à causa mostrando a origem quando nos diz sobre experiências acumuladas de existências pregressas e que a Psicologia Analítica chama de Inconsciente.
Diz-nos o doutor Christian Dunker, da USP, que “o adolescente tem à sua frente a difícil tarefa de amar um objecto indeterminado, escolher alguém ou algo assim como uma profissão, um contexto, um projecto.
E ele ainda terá que amar e ser amado, mas da forma diferente como fazia quando era criança”.
Viverá a ruptura de objectos transaccionais como a colcha preferida, o brinquedo que o embalava, o travesseiro que o acolhia em suas noites infantis.
Tudo isso agora será perdido uma vez que sua infância lhe é finda.
Conclui dizendo que:
“De certa forma o adolescente tem essa mesma sensação de inutilidade, vacuidade, indiferença do mundo para si e de si para o mundo”.
Como podemos ver e sentir, adolescer não é tão fácil e tampouco remonta a inconsequências desastrosas.
É, antes de tudo, um processo que a sociedade, a partir dos pais e familiares próximos, necessita pesquisar e entender.
É bom colocar neste rol os educadores formais ou não, uma vez que o adolescente passará com eles grande parte de suas vidas como necessitados de suas presenças e informações.
Acresce-se a isso que o Espírito é individual.
Assim, numa casa onde se tem vários filhos, cada um deles responderá nessa fase, de acordo com sua individualidade e seus arquivos do inconsciente.
Contudo, estudos recentes de imagem por ressonância magnética mostram que nessa fase ocorrem mutabilidades e crescimentos de actividades em redes em diferentes regiões cerebrais.
O sistema límbico responsável por estimular emoções intensifica seu desenvolvimento na puberdade, mas o córtex pré-frontal, que controla impulsos, só começa a amadurecer dez anos depois.
Isso pode causar ao adolescente sérios riscos ao mesmo tempo em que se adaptam mais facilmente aos ambientes que frequentam.
Daí que a sociedade deve se ajustar perante os meninos e meninas, objectivando auxiliá-los nas buscas do que desejam estudar e ser.
A neurociência tem concluído que o cérebro do adolescente foi moldado pela evolução para funcionar de forma diferente do de uma criança ou de um adulto.
Adolescentes possuem uma capacidade incrível de mudar em resposta ao ambiente.
Essa acção ou plasticidade especial pode constituir-se em uma faca de dois gumes porque permite ao adolescente muitos progressos no modo de pensar e socializar, mas a mutação constante também pode expô-los a comportamentos perigosos e graves transtornos mentais, como nos informa Jay Giedd, presidente da divisão de psiquiatria infantil e adolescente da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos.
Walter Barcelos em seu livro:
Sexo e Evolução, editado pela FEB em 2005, vem-nos dizer que:
“O Espírito, ao sair da fase infantil e penetrar na adolescência, passa a apresentar mudanças bruscas e imprevisíveis no seu comportamento, em virtude do fardo de estímulos sexuais que já carrega em si mesmo como herança de si próprio, oriunda de séculos de experiência”.
Aqui é importante verificar como a ciência e o Espiritismo se unem para compreender essa questão.
Ora, como vimos acima, a ciência estuda o cérebro, e nosso irmão Walter Barcelos vai à causa mostrando a origem quando nos diz sobre experiências acumuladas de existências pregressas e que a Psicologia Analítica chama de Inconsciente.
Diz-nos o doutor Christian Dunker, da USP, que “o adolescente tem à sua frente a difícil tarefa de amar um objecto indeterminado, escolher alguém ou algo assim como uma profissão, um contexto, um projecto.
E ele ainda terá que amar e ser amado, mas da forma diferente como fazia quando era criança”.
Viverá a ruptura de objectos transaccionais como a colcha preferida, o brinquedo que o embalava, o travesseiro que o acolhia em suas noites infantis.
Tudo isso agora será perdido uma vez que sua infância lhe é finda.
Conclui dizendo que:
“De certa forma o adolescente tem essa mesma sensação de inutilidade, vacuidade, indiferença do mundo para si e de si para o mundo”.
Como podemos ver e sentir, adolescer não é tão fácil e tampouco remonta a inconsequências desastrosas.
É, antes de tudo, um processo que a sociedade, a partir dos pais e familiares próximos, necessita pesquisar e entender.
É bom colocar neste rol os educadores formais ou não, uma vez que o adolescente passará com eles grande parte de suas vidas como necessitados de suas presenças e informações.
Acresce-se a isso que o Espírito é individual.
Assim, numa casa onde se tem vários filhos, cada um deles responderá nessa fase, de acordo com sua individualidade e seus arquivos do inconsciente.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Daí que Jesus disse a Zacarias de Jericó que:
“Toda criança é um depósito de Deus”.
É grave, mas os especialistas dizem que nessa fase quase sempre os pais costumam abandonar psicologicamente os filhos, deixando-os por conta da sorte, dos amigos, da escola e do social.
Isto pode causar transtornos, pois que os seus pares podem estar sentindo a mesma sensação de abandono por parte dos pais ou da sociedade como um todo.
“É, pois, indispensável que, no período juvenil, todos se permitam orientar pela experiência e maturidade dos pais e mestres, a fim de que os adolescentes transitem com segurança, não assumindo compromissos para os quais ainda não possuem resistência psicológica, moral e existencial”, conclui o Doutor Christian Dunker.
Corroborando com o acima exposto, a mentora Joanna de Ângelis nos informa que:
“O Espiritismo oferece ao jovem um projecto ideal de Vida, explicando-lhe o objectivo real da existência na qual se encontra mergulhado, ora vivendo no corpo e, depois, fora dele, como um todo que não pode ser dissociado, somente porque se apresenta em etapas diferentes.
Explica-lhe que o Espírito é imortal e a viagem orgânica constitui-lhe recurso precioso de valorização do processo iluminativo, libertador e prazeroso”.
Cabem aqui as reflexões contidas nas questões 209 e 210 de O Livro dos Espíritos, em que somos informados de que um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seus conselhos o dirijam por uma senda melhor, e muitas vezes Deus o atende.
E ainda que os pais não podem atrair para o corpo do filho apenas bons Espíritos, mas podem melhorar o Espírito da criança a que deram nascimento e que lhes foi confiada.
Esse é o dever:
filhos maus são uma prova para os pais.
Eis a razão pela qual devemos levar nossas crianças para as Escolas de Evangelização.
Quando a adolescência chegar, terão melhores condições de se resolverem uma vez que, como vimos, o período adolescente é de profunda transição, carecendo de recursos éticos, morais, ambientais e de muitos entendimentos daqueles que abrigam em suas casas e corações Espíritos encarnados passando por essa fase.
§.§.§- Ave sem Ninho
“Toda criança é um depósito de Deus”.
É grave, mas os especialistas dizem que nessa fase quase sempre os pais costumam abandonar psicologicamente os filhos, deixando-os por conta da sorte, dos amigos, da escola e do social.
Isto pode causar transtornos, pois que os seus pares podem estar sentindo a mesma sensação de abandono por parte dos pais ou da sociedade como um todo.
“É, pois, indispensável que, no período juvenil, todos se permitam orientar pela experiência e maturidade dos pais e mestres, a fim de que os adolescentes transitem com segurança, não assumindo compromissos para os quais ainda não possuem resistência psicológica, moral e existencial”, conclui o Doutor Christian Dunker.
Corroborando com o acima exposto, a mentora Joanna de Ângelis nos informa que:
“O Espiritismo oferece ao jovem um projecto ideal de Vida, explicando-lhe o objectivo real da existência na qual se encontra mergulhado, ora vivendo no corpo e, depois, fora dele, como um todo que não pode ser dissociado, somente porque se apresenta em etapas diferentes.
Explica-lhe que o Espírito é imortal e a viagem orgânica constitui-lhe recurso precioso de valorização do processo iluminativo, libertador e prazeroso”.
Cabem aqui as reflexões contidas nas questões 209 e 210 de O Livro dos Espíritos, em que somos informados de que um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seus conselhos o dirijam por uma senda melhor, e muitas vezes Deus o atende.
E ainda que os pais não podem atrair para o corpo do filho apenas bons Espíritos, mas podem melhorar o Espírito da criança a que deram nascimento e que lhes foi confiada.
Esse é o dever:
filhos maus são uma prova para os pais.
Eis a razão pela qual devemos levar nossas crianças para as Escolas de Evangelização.
Quando a adolescência chegar, terão melhores condições de se resolverem uma vez que, como vimos, o período adolescente é de profunda transição, carecendo de recursos éticos, morais, ambientais e de muitos entendimentos daqueles que abrigam em suas casas e corações Espíritos encarnados passando por essa fase.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Um Efeito da Prece
Há um bom tempo atrás, no último quartel do século passado, vivenciamos uma experiência no campo da prece que até hoje se faz presente em nossa memória.
Depois de uma semana em viagem profissional, nos preparávamos para o retorno juntamente com dois companheiros.
Carregávamos uma camionete com todos os aparatos e equipamentos necessários à actividade desenvolvida, quando ouvimos, no íntimo da alma, uma solicitação para que entrássemos em prece.
A princípio não compreendemos a necessidade da indicação, mas, aquietamo-nos, entrando em estado de prece, concomitantemente ao trabalho a ser realizado.
Terminada a carga, e tendo engatado uma carreta à camionete, iniciamos a viagem de retorno.
Um veículo grande, com peso na traseira e arrastando uma carreta, deixa o volante leve, e por isso difícil de ser controlado exigindo muita atenção e perícia.
Depois de algumas dezenas de quilómetros percorridos, um dos pneus estourou eliminando toda sua estabilidade do veículo colocando-nos em risco iminente.
Com muito esforço e concentração nosso companheiro motorista controlou o veículo, parando-o no acostamento.
Foi um susto enorme, com alta carga emocional em jogo, e que exigiu muitos minutos para recuperação dos sentidos.
Meditando a respeito, ao retomarmos a viagem, é que ligamos uma coisa a outra.
A prece indicada era no sentido de nos proteger de consequências mais graves.
Aprendemos com a Doutrina Espírita tudo sobre a prece e seus efeitos.
Como fazê-la, e em que condições, os tipos de preces, sua eficácia, enfim.
É só pesquisar, seja em O Livro dos Espíritos, seja no Evangelho Segundo o Espiritismo, ou em O Livro dos Médiuns, entre outras obras doutrinárias.
Nosso Senhor Jesus Cristo, em Seu evangelho, preconiza a prece, depois da vigilância mental, orientando-nos inclusive para fazê-la pelos nossos inimigos e por aqueles que nos perseguem e caluniam.
Ora, se o próprio Cristo a indica, tendo inclusive ensinado o Pai Nosso como modelo maior, é porque a prece produz efeito, e efeito benéfico, portanto em sintonia com a Lei de Amor, e o Amor haverá sempre de diminuir as consequências do mal, quando não, eliminá-lo totalmente.
Aquela experiência comprovou isso.
Desde então, intensificamos o esforço para manter o estado mental positivo, no esforço contínuo para nos vincularmos aos Bons Espíritos, que sempre são atraídos pela prece sincera, ora louvando, ora pedindo, mas sempre agradecendo.
E só temos colhido bons resultados, sempre encontrando forças para enfrentarmos as provas e expiações inerentes à nossa reencarnação.
Aquela ocorrência era inevitável, mesmo porque, se fomos “avisados” era porque estava programada, porém, não conseguimos identificar o que aconteceria de mais grave se não tivéssemos orado, e com a mais absoluta certeza íntima podemos afirmar que o resultado seria muito triste.
Fazer a prece foi, portanto, o suficiente para conquistar o mérito necessário para evitarmos o mal maior.
E foi com muito pouco esforço que a fizemos.
Hoje estamos convencidos de que, se somarmos acções no bem à prece, conforme aprendemos com a Doutrina Espírita, tornando nosso comportamento um estado de prece contínua, porque toda acção começa no pensamento que a impulsiona, modificaremos rapidamente nossas vidas para melhor, em suas múltiplas possibilidades.
Pensemos nisso.
António Carlos Navarro
§.§.§- Ave sem Ninho
Depois de uma semana em viagem profissional, nos preparávamos para o retorno juntamente com dois companheiros.
Carregávamos uma camionete com todos os aparatos e equipamentos necessários à actividade desenvolvida, quando ouvimos, no íntimo da alma, uma solicitação para que entrássemos em prece.
A princípio não compreendemos a necessidade da indicação, mas, aquietamo-nos, entrando em estado de prece, concomitantemente ao trabalho a ser realizado.
Terminada a carga, e tendo engatado uma carreta à camionete, iniciamos a viagem de retorno.
Um veículo grande, com peso na traseira e arrastando uma carreta, deixa o volante leve, e por isso difícil de ser controlado exigindo muita atenção e perícia.
Depois de algumas dezenas de quilómetros percorridos, um dos pneus estourou eliminando toda sua estabilidade do veículo colocando-nos em risco iminente.
Com muito esforço e concentração nosso companheiro motorista controlou o veículo, parando-o no acostamento.
Foi um susto enorme, com alta carga emocional em jogo, e que exigiu muitos minutos para recuperação dos sentidos.
Meditando a respeito, ao retomarmos a viagem, é que ligamos uma coisa a outra.
A prece indicada era no sentido de nos proteger de consequências mais graves.
Aprendemos com a Doutrina Espírita tudo sobre a prece e seus efeitos.
Como fazê-la, e em que condições, os tipos de preces, sua eficácia, enfim.
É só pesquisar, seja em O Livro dos Espíritos, seja no Evangelho Segundo o Espiritismo, ou em O Livro dos Médiuns, entre outras obras doutrinárias.
Nosso Senhor Jesus Cristo, em Seu evangelho, preconiza a prece, depois da vigilância mental, orientando-nos inclusive para fazê-la pelos nossos inimigos e por aqueles que nos perseguem e caluniam.
Ora, se o próprio Cristo a indica, tendo inclusive ensinado o Pai Nosso como modelo maior, é porque a prece produz efeito, e efeito benéfico, portanto em sintonia com a Lei de Amor, e o Amor haverá sempre de diminuir as consequências do mal, quando não, eliminá-lo totalmente.
Aquela experiência comprovou isso.
Desde então, intensificamos o esforço para manter o estado mental positivo, no esforço contínuo para nos vincularmos aos Bons Espíritos, que sempre são atraídos pela prece sincera, ora louvando, ora pedindo, mas sempre agradecendo.
E só temos colhido bons resultados, sempre encontrando forças para enfrentarmos as provas e expiações inerentes à nossa reencarnação.
Aquela ocorrência era inevitável, mesmo porque, se fomos “avisados” era porque estava programada, porém, não conseguimos identificar o que aconteceria de mais grave se não tivéssemos orado, e com a mais absoluta certeza íntima podemos afirmar que o resultado seria muito triste.
Fazer a prece foi, portanto, o suficiente para conquistar o mérito necessário para evitarmos o mal maior.
E foi com muito pouco esforço que a fizemos.
Hoje estamos convencidos de que, se somarmos acções no bem à prece, conforme aprendemos com a Doutrina Espírita, tornando nosso comportamento um estado de prece contínua, porque toda acção começa no pensamento que a impulsiona, modificaremos rapidamente nossas vidas para melhor, em suas múltiplas possibilidades.
Pensemos nisso.
António Carlos Navarro
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Atribulações
Orson Peter Carrara
A palavra bem define os dias actuais.
Todos corremos contra o tempo, atribulados com o acúmulo de afazeres e numa análise geral, não conseguimos dar conta dos compromissos, que se adiam, ficam comprometidos ou até esquecidos.
Isso ocorre na esfera individual e colectiva, haja visto o volume de providências diárias com enorme gama de assuntos e, seja por negligência, incapacidade ou limitações de todo género, acabam desdobrando-se em consequências outras que exigirão novas providências e reparos de alto custo, não só financeiros como morais e mesmo psicológicos e emocionais, sem falar dos prejuízos decorrentes.
Observe-se, por exemplo, os acúmulos de lixo ou sucata, sem quaisquer providências, abandonados, gerando doenças e ambientes de prostituição ou de vandalismo.
E isso é apenas um exemplo material.
Transfira-se a questão para o aspecto moral.
O facto real, entretanto, é que as atribulações desviam os focos essenciais.
O mais interessante, porém, é que muitas delas poderiam ser evitadas.
Ocorrem por força de nossos comportamentos ainda egoístas, gananciosos ou negligentes.
A definição da palavra já indica a questão:
aflição, sofrimento moral, acontecimento desagradável, agrura, adversidade.
Naquelas que não podem ser evitadas, todavia, e resultantes dos testes de aprendizados e amadurecimento, vale recordar que nesse programa de aperfeiçoamento moral que devemos abraçar continuamente, o pensamento de Emmanuel no livro Abrigo, é marcante.
Reproduzo alguns trechos parciais do extraordinário capítulo com o mesmo título Atribulações:
Se há crentes aguardando vida fácil, privilégios e favores na Terra, em nome do Evangelho, semelhante atitude deve correr à conta de si mesmos.
Jesus não prometeu prerrogativas aos seus continuadores;
Asseverou que os discípulos e seguidores teriam aflições e que o mundo lhes ofereceria ocasiões de luta, sem esquecer a recomendação de bom ânimo;
Se o Mestre aludiu tanta vez à necessidade de ânimo sadio, é que não ignorava a expressão gigantesca dos serviços que esperavam os colaboradores;
A experiência humana ainda é um conjunto de fortes atribulações, que costumam multiplicar-se à medida que se nos eleve a compreensão;
Responsabilidades e compromissos envolvem sofrimentos e preocupações;
Peço ao leitor reflectir sobre os itens acima, especialmente no item “d” acima.
Elas tem grande utilidade para nosso amadurecimento, no enfrentamento das adversidades que nos conferirão imensos aprendizados e experiência.
Por isso concluir aquele autor:
“(...) porém tenhamos fé e bom ânimo. Jesus venceu o mundo.”
E, claro, agora podemos dizer de nós mesmos:
tratemos de nos organizar para evitar as atribulações que podem ser evitadas e aprendamos administrar aquelas que não podem ser evitadas.
§.§.§- Ave sem Ninho
A palavra bem define os dias actuais.
Todos corremos contra o tempo, atribulados com o acúmulo de afazeres e numa análise geral, não conseguimos dar conta dos compromissos, que se adiam, ficam comprometidos ou até esquecidos.
Isso ocorre na esfera individual e colectiva, haja visto o volume de providências diárias com enorme gama de assuntos e, seja por negligência, incapacidade ou limitações de todo género, acabam desdobrando-se em consequências outras que exigirão novas providências e reparos de alto custo, não só financeiros como morais e mesmo psicológicos e emocionais, sem falar dos prejuízos decorrentes.
Observe-se, por exemplo, os acúmulos de lixo ou sucata, sem quaisquer providências, abandonados, gerando doenças e ambientes de prostituição ou de vandalismo.
E isso é apenas um exemplo material.
Transfira-se a questão para o aspecto moral.
O facto real, entretanto, é que as atribulações desviam os focos essenciais.
O mais interessante, porém, é que muitas delas poderiam ser evitadas.
Ocorrem por força de nossos comportamentos ainda egoístas, gananciosos ou negligentes.
A definição da palavra já indica a questão:
aflição, sofrimento moral, acontecimento desagradável, agrura, adversidade.
Naquelas que não podem ser evitadas, todavia, e resultantes dos testes de aprendizados e amadurecimento, vale recordar que nesse programa de aperfeiçoamento moral que devemos abraçar continuamente, o pensamento de Emmanuel no livro Abrigo, é marcante.
Reproduzo alguns trechos parciais do extraordinário capítulo com o mesmo título Atribulações:
Se há crentes aguardando vida fácil, privilégios e favores na Terra, em nome do Evangelho, semelhante atitude deve correr à conta de si mesmos.
Jesus não prometeu prerrogativas aos seus continuadores;
Asseverou que os discípulos e seguidores teriam aflições e que o mundo lhes ofereceria ocasiões de luta, sem esquecer a recomendação de bom ânimo;
Se o Mestre aludiu tanta vez à necessidade de ânimo sadio, é que não ignorava a expressão gigantesca dos serviços que esperavam os colaboradores;
A experiência humana ainda é um conjunto de fortes atribulações, que costumam multiplicar-se à medida que se nos eleve a compreensão;
Responsabilidades e compromissos envolvem sofrimentos e preocupações;
Peço ao leitor reflectir sobre os itens acima, especialmente no item “d” acima.
Elas tem grande utilidade para nosso amadurecimento, no enfrentamento das adversidades que nos conferirão imensos aprendizados e experiência.
Por isso concluir aquele autor:
“(...) porém tenhamos fé e bom ânimo. Jesus venceu o mundo.”
E, claro, agora podemos dizer de nós mesmos:
tratemos de nos organizar para evitar as atribulações que podem ser evitadas e aprendamos administrar aquelas que não podem ser evitadas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Lei de Causa e Efeito x Lei de acção e reacção
Todos nós vivemos neste universo infinito, criado por Deus, o nosso Pai.
Consequentemente, tudo e todos estão sujeitos às Leis de Deus (ou como ainda falam alguns:
às leis da natureza).
Essa verdade é muito bem explicada pelos ensinamentos espíritas, particularmente, através dos seguintes livros da Codificação Espírita (i.e., o Pentateuco Espírita), a saber:
O Livro dos Espíritos (Livro Primeiro – das Causas) e A Génese (Capítulo II).
Uma dessas “leis naturais” é a conhecida Lei de Acção e Reacção, a famosa terceira lei de Newton. Tal lei nos ensina que:
para toda força aplicada de um objecto para outro objecto, existirá outra força de mesmo módulo, mesma direcção e sentido oposto. Em outras palavras, a Lei de Acção e Reacção nos diz que, para cada acção, existirá uma reacção oposta e de mesma intensidade.
É oportuno salientar que as Leis de Newton são somente aplicáveis para os movimentos nos quais as velocidades dos objectos/corpos em deslocamento são bem menores do que a velocidade da luz.
Por essa razão, a Física Quântica e a Teoria da Relatividade estão sendo usadas para a compreensão dos movimentos de objectos/corpos nos mundos microcósmico e macrocósmico.
Em resumo, a própria lei de acção e reacção não é adequada para descrever certos fenómenos, na esfera material dentro do planeta Terra.
Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil, através da Doutrina Espírita, no século XIX.
Essa lei é bem discutida nos livros da Codificação Espírita, sobretudo nos seguintes livros:
O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno.
O conhecimento da Lei de Causa e Efeito é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus.
Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor.
Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.
Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas:
A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Acção e Reacção, aquela lei de Isaac Newton.
Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Acção e Reacção, pois nada é por acaso.
Baseados nisso, podemos nos perguntar:
i) essas leis são sinónimas? ii)
se são, por que são? iii) se não são, qual é a implicação directa e/ou indirecta de se pensar que essas leis são iguais?
iv) qual é a relação entre essas duas leis?
Esses tipos de questionamentos podem ser bastante comuns, especialmente quando se está começando a estudar os ensinamentos do Espiritismo.
Tendo isso em mente, nós devemos sempre relembrar o que o Espírito de Verdade nos disse: Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.
É interessante observar que o Espírito de Verdade incluiu um segundo mandamento: a instrução, que claramente não é mais importante que o Amor, contudo deve também ser um objectivo de todos nós, espíritas.
Sir Isaac Newton publicou o seu trabalho sobre as Leis do Movimento, em 1687. Já a ideia sobre a Lei de Causa e Efeito nos foi dada no século XIX, com o advento do Espiritismo.
Dessa forma, é razoável pensarmos que a maioria de nós é (ou era) possivelmente mais familiarizada com a Lei de Acção e Reacção do que com a Lei de Causa e Efeito.
Isso pode ser afirmado, levando-se em consideração que todos nós somos seres imortais e, sendo assim, já ouvimos falar e aprendemos sobre a Lei de Acção e Reacção muito mais que sobre a Lei de Causa e Efeito.
Sendo assim, poderíamos dizer que o entendimento da Lei de Causa e Efeito é algo razoavelmente novo, aqui na Terra.
Além do mais, o seu conceito é ainda “restrito”, ou melhor, mais e melhor difundido entre nós, espíritas.
Consequentemente, tudo e todos estão sujeitos às Leis de Deus (ou como ainda falam alguns:
às leis da natureza).
Essa verdade é muito bem explicada pelos ensinamentos espíritas, particularmente, através dos seguintes livros da Codificação Espírita (i.e., o Pentateuco Espírita), a saber:
O Livro dos Espíritos (Livro Primeiro – das Causas) e A Génese (Capítulo II).
Uma dessas “leis naturais” é a conhecida Lei de Acção e Reacção, a famosa terceira lei de Newton. Tal lei nos ensina que:
para toda força aplicada de um objecto para outro objecto, existirá outra força de mesmo módulo, mesma direcção e sentido oposto. Em outras palavras, a Lei de Acção e Reacção nos diz que, para cada acção, existirá uma reacção oposta e de mesma intensidade.
É oportuno salientar que as Leis de Newton são somente aplicáveis para os movimentos nos quais as velocidades dos objectos/corpos em deslocamento são bem menores do que a velocidade da luz.
Por essa razão, a Física Quântica e a Teoria da Relatividade estão sendo usadas para a compreensão dos movimentos de objectos/corpos nos mundos microcósmico e macrocósmico.
Em resumo, a própria lei de acção e reacção não é adequada para descrever certos fenómenos, na esfera material dentro do planeta Terra.
Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil, através da Doutrina Espírita, no século XIX.
Essa lei é bem discutida nos livros da Codificação Espírita, sobretudo nos seguintes livros:
O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno.
O conhecimento da Lei de Causa e Efeito é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus.
Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor.
Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.
Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas:
A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Acção e Reacção, aquela lei de Isaac Newton.
Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Acção e Reacção, pois nada é por acaso.
Baseados nisso, podemos nos perguntar:
i) essas leis são sinónimas? ii)
se são, por que são? iii) se não são, qual é a implicação directa e/ou indirecta de se pensar que essas leis são iguais?
iv) qual é a relação entre essas duas leis?
Esses tipos de questionamentos podem ser bastante comuns, especialmente quando se está começando a estudar os ensinamentos do Espiritismo.
Tendo isso em mente, nós devemos sempre relembrar o que o Espírito de Verdade nos disse: Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.
É interessante observar que o Espírito de Verdade incluiu um segundo mandamento: a instrução, que claramente não é mais importante que o Amor, contudo deve também ser um objectivo de todos nós, espíritas.
Sir Isaac Newton publicou o seu trabalho sobre as Leis do Movimento, em 1687. Já a ideia sobre a Lei de Causa e Efeito nos foi dada no século XIX, com o advento do Espiritismo.
Dessa forma, é razoável pensarmos que a maioria de nós é (ou era) possivelmente mais familiarizada com a Lei de Acção e Reacção do que com a Lei de Causa e Efeito.
Isso pode ser afirmado, levando-se em consideração que todos nós somos seres imortais e, sendo assim, já ouvimos falar e aprendemos sobre a Lei de Acção e Reacção muito mais que sobre a Lei de Causa e Efeito.
Sendo assim, poderíamos dizer que o entendimento da Lei de Causa e Efeito é algo razoavelmente novo, aqui na Terra.
Além do mais, o seu conceito é ainda “restrito”, ou melhor, mais e melhor difundido entre nós, espíritas.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Seguindo essa linha de pensamento, muitos de nós, quando iniciamos os nossos estudos espíritas, muito possivelmente, ao aprendermos novos conceitos (incluindo a Lei de Causa e Efeito), fazemos comparações, analogias, associações etc., a fim de que possamos tê-los mais claros, em nossas mentes.
Por exemplo, é muito comum, durante o processo de aprendizagem, usar um objecto de comparação, para poder explicar o objecto de estudo.
Seguindo esse pensamento, o objecto de estudo é a Lei de Causa e Efeito, e o objecto de comparação é a Lei de Acção e Reacção.
Apesar da associação entre essas duas leis ser feita durante a aprendizagem, não é correto dizer que as mesmas sejam as mesmas leis.
Ao dizer que essas duas leis são a mesma coisa, estamos a assumir que o objecto de estudo é a mesma coisa que o objecto de comparação e vice-versa.
al afirmativa pode nos levar a perceber a sentença “nada é por acaso”, de forma incorrecta.
Como consequência disso, existe uma possibilidade de se criar uma “teoria de fatalismo divino”, a qual não tem nada a ver com os ensinamentos espíritas.
É recomendável a leitura do Capítulo 10 (Lei de Liberdade), de O Livro dos Espíritos.
Por essa razão, é correcto afirmar que a Lei de Causa e Efeito não é a Lei de Acção e Reacção.
Claramente, tais leis têm um princípio semelhante: entretanto são leis diferentes.
A semelhança entre essas leis se baseia no fundamento de que, para cada acção, existirá uma reacção; i.e., para cada causa, tem-se um efeito.
Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida; entretanto, as maneiras como a Lei de Causa e Efeito e a lei de acção e reacção se processam são completamente diferentes.
A Tabela 1 resume as principais diferenças entre essas duas leis.
Tabela 1: Principais diferenças entre a Lei de Causa e Efeito e a Lei de Acção e Reacção
Lei de Acção e Reacção; Lei de Causa e Efeito
Natureza; Binária; Não-binária
Característica; Lei física; Lei moral (lei não-física)
Processo; Não-complexo; Complexo
Predictabilidade; Determinado; Variável
Aplicabilidade; Corpos/objectos dentro de certas condições, no mundo material, no planeta Terra; Relações intrapessoais e interpessoais, em ambos os mundos, material espiritual, não só na Terra, como possivelmente no Universo como um todo.
Dependência do Tempo; Imediata; Variável
Factores de dependência; Limitada; Muitos
Como é possível observar, as duas leis são completamente diferentes.
Sendo assim, nós devemos estar cientes disso.
Isso é oportuno de ser dito, porque nada é por acaso, mas cada caso é um caso.
Seguindo, então, essa lógica, nós não devemos tentar “adivinhar” as possíveis causas dos efeitos, sobretudo, quando as circunstâncias são completamente desconhecidas e, em especial, se o conhecimento dessas causas não nos adicionará algo de importante para a nossa evolução.
Por exemplo, nós não devemos conjecturar as causas que geraram as actuais situações (i.e., efeitos) as quais nossos irmãos estão a vivenciar.
De outra maneira, estaríamos a julgá-los, e isso seria contra os ensinamentos do nosso Mestre Jesus (Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados – Lucas 6,37).
Nós não devemos – nem tampouco nos punir – através dos sentimentos de culpa pelas decisões menos sábias as quais tomamos e/ou pelos “sofrimentos” pelos quais passamos.
Contudo, devemos, sim, evitar cometer os mesmos erros do passado, buscando sempre reflectir, antes de quaisquer de nossas acções (o que inclui também os nossos pensamentos).
Nós não devemos “culpar” Deus, nem o governo, nem nossos familiares ou amigos pelos nossos erros ou “sofrimentos”, em nossas actuais existências.
Se agirmos assim, estamos, de forma indirecta, afirmando que a Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Acção e Reacção.
E, ao afirmarmos que tais leis são a mesma coisa, é promover, de forma inconsciente, a doutrina ilógica do fatalismo.
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave.
Nós devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o nosso próximo.
Essa é a forma de se amar a Deus, tão bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra, e, agora, tão bem explicada pelo Espiritismo.
Rodrigo Machado Tavares
§.§.§- Ave sem Ninho
Por exemplo, é muito comum, durante o processo de aprendizagem, usar um objecto de comparação, para poder explicar o objecto de estudo.
Seguindo esse pensamento, o objecto de estudo é a Lei de Causa e Efeito, e o objecto de comparação é a Lei de Acção e Reacção.
Apesar da associação entre essas duas leis ser feita durante a aprendizagem, não é correto dizer que as mesmas sejam as mesmas leis.
Ao dizer que essas duas leis são a mesma coisa, estamos a assumir que o objecto de estudo é a mesma coisa que o objecto de comparação e vice-versa.
al afirmativa pode nos levar a perceber a sentença “nada é por acaso”, de forma incorrecta.
Como consequência disso, existe uma possibilidade de se criar uma “teoria de fatalismo divino”, a qual não tem nada a ver com os ensinamentos espíritas.
É recomendável a leitura do Capítulo 10 (Lei de Liberdade), de O Livro dos Espíritos.
Por essa razão, é correcto afirmar que a Lei de Causa e Efeito não é a Lei de Acção e Reacção.
Claramente, tais leis têm um princípio semelhante: entretanto são leis diferentes.
A semelhança entre essas leis se baseia no fundamento de que, para cada acção, existirá uma reacção; i.e., para cada causa, tem-se um efeito.
Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida; entretanto, as maneiras como a Lei de Causa e Efeito e a lei de acção e reacção se processam são completamente diferentes.
A Tabela 1 resume as principais diferenças entre essas duas leis.
Tabela 1: Principais diferenças entre a Lei de Causa e Efeito e a Lei de Acção e Reacção
Lei de Acção e Reacção; Lei de Causa e Efeito
Natureza; Binária; Não-binária
Característica; Lei física; Lei moral (lei não-física)
Processo; Não-complexo; Complexo
Predictabilidade; Determinado; Variável
Aplicabilidade; Corpos/objectos dentro de certas condições, no mundo material, no planeta Terra; Relações intrapessoais e interpessoais, em ambos os mundos, material espiritual, não só na Terra, como possivelmente no Universo como um todo.
Dependência do Tempo; Imediata; Variável
Factores de dependência; Limitada; Muitos
Como é possível observar, as duas leis são completamente diferentes.
Sendo assim, nós devemos estar cientes disso.
Isso é oportuno de ser dito, porque nada é por acaso, mas cada caso é um caso.
Seguindo, então, essa lógica, nós não devemos tentar “adivinhar” as possíveis causas dos efeitos, sobretudo, quando as circunstâncias são completamente desconhecidas e, em especial, se o conhecimento dessas causas não nos adicionará algo de importante para a nossa evolução.
Por exemplo, nós não devemos conjecturar as causas que geraram as actuais situações (i.e., efeitos) as quais nossos irmãos estão a vivenciar.
De outra maneira, estaríamos a julgá-los, e isso seria contra os ensinamentos do nosso Mestre Jesus (Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados – Lucas 6,37).
Nós não devemos – nem tampouco nos punir – através dos sentimentos de culpa pelas decisões menos sábias as quais tomamos e/ou pelos “sofrimentos” pelos quais passamos.
Contudo, devemos, sim, evitar cometer os mesmos erros do passado, buscando sempre reflectir, antes de quaisquer de nossas acções (o que inclui também os nossos pensamentos).
Nós não devemos “culpar” Deus, nem o governo, nem nossos familiares ou amigos pelos nossos erros ou “sofrimentos”, em nossas actuais existências.
Se agirmos assim, estamos, de forma indirecta, afirmando que a Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Acção e Reacção.
E, ao afirmarmos que tais leis são a mesma coisa, é promover, de forma inconsciente, a doutrina ilógica do fatalismo.
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave.
Nós devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o nosso próximo.
Essa é a forma de se amar a Deus, tão bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra, e, agora, tão bem explicada pelo Espiritismo.
Rodrigo Machado Tavares
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Consciência e Evolução
O despertar da consciência faculta a responsabilidade a respeito dos actos, face ao desabrochar dos códigos divinos que jazem em germe no ser.
Criado simples e ignorante , o espírito tem como fatalidade a perfeição que lhe está destinada.
Alcançá-la com rapidez ou demorar-se por consegui-la, depende da sua vontade, do seu livre-arbítrio.
Passando pela fieira da ignorância, adquiriu experiências mediante as quais pode discernir entre o que deve e o que lhe não é lícito realizar, optando pelas acções que lhe proporcionem ventura, bem-estar, sem os efeitos perniciosos, aqueles que se tornam desgastantes, afligentes.
Desse modo, torna-se responsável pelo seu destino, que está a construir, modificar, por meio das decisões e atitudes que se permita.
O bem é-lhe o fanal, e este se constitui de tudo aquilo que é conforme as leis de Deus, que são naturais, vigentes em toda parte.
A herança da ignorância primitiva prende-o no mal, que é contrário à lei de progresso, não, porém, retendo-o indefinidamente e impossibilitando-o de ser feliz.
Cumpre-lhe, portanto envidar esforços e romper os elos com a retaguarda, avançando nas experiências iluminativas, a principio com dificuldade, face à viciação instalada, para depois acelerar os mecanismos de desenvolvimento, por força mesmo do prazer e alegria fruídos.
Lentamente, em razão da própria consciência, descobre os tesouros preciosos que lhe estão à disposição e dos quais pode utilizar-se com infinitos benefícios.
Saúde e doença , paz e conflito, alegria e tristeza podem ser elegidos através do discernimento que guia as acções.
Sem essa claridade, os estados negativos tornam-se-lhe habituais e, mesmo quando estabelecidos, podem alterar-se através do empenho empregado para vence-los.
Nunca te entregues à desesperança, ao abandono.
Não és uma pedra solta, no leito do rio do destino, a rolar incessantemente.
Tens uma meta, que te aguarda e que alcançarás.
Penetra-te , mediante a reflexão, e descobre as tuas incalculáveis possibilidades de realização.
Afirma-te o bem, a fim que o seu germe em ti fecunde e cresça.
Serás o que penses e planeies, pois que da tua mente e do sentimento procedem os valores que são cultivados.
O teu estado natural é saúde.
As enfermidades são os acidentes de trânsito das acções negativas, propiciando-te reabilitação.
È indispensável manteres atenção e cuidado na conduta do veículo carnal.
Assim , pensa no bem-estar, anela-o, estimulando-o com realizações correctas.
A tua constituição é harmónica.
Os desequilíbrios são ocorrências, na corrente eléctrica do teu sistema nervoso, por distorção de carga que as sensações cultivadas proporcionam.
Mantém os interruptores da vigilância ligados, a fim de que impeçam as altas voltagens que os produzem.
Em tua origem és luz avançando para a grande luz.
Só há sombras porque ainda não te dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia
adormecida no teu interior.
Faz claridade, iniciando com a chispa da boa vontade e deixando-a crescer até alcançar toda a potência de que dispõe.
O amor é o teu caminho, porque procede de Deus, que te criou.
Desse modo verticaliza as tuas aspirações e agiganta os teus sentimentos na direcção da Causalidade primeira.
Tudo podes, se quiseres.
Tudo lograrás se te dIispuseres.
Buscando penetrar na ordem das divinas leis que propiciam o entendimento da vida, ALLAN KARDEC interrogou as venerandas entidades, conforme registou na questão 117 de O Livro dos Espíritos:
Depende dos espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição?
Certamente. Eles a alcançam mais ou menos
rápido conforme o desejo que têm de alcança-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus.
Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra recalcitrante?
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência
§.§.§- Ave sem Ninho
Criado simples e ignorante , o espírito tem como fatalidade a perfeição que lhe está destinada.
Alcançá-la com rapidez ou demorar-se por consegui-la, depende da sua vontade, do seu livre-arbítrio.
Passando pela fieira da ignorância, adquiriu experiências mediante as quais pode discernir entre o que deve e o que lhe não é lícito realizar, optando pelas acções que lhe proporcionem ventura, bem-estar, sem os efeitos perniciosos, aqueles que se tornam desgastantes, afligentes.
Desse modo, torna-se responsável pelo seu destino, que está a construir, modificar, por meio das decisões e atitudes que se permita.
O bem é-lhe o fanal, e este se constitui de tudo aquilo que é conforme as leis de Deus, que são naturais, vigentes em toda parte.
A herança da ignorância primitiva prende-o no mal, que é contrário à lei de progresso, não, porém, retendo-o indefinidamente e impossibilitando-o de ser feliz.
Cumpre-lhe, portanto envidar esforços e romper os elos com a retaguarda, avançando nas experiências iluminativas, a principio com dificuldade, face à viciação instalada, para depois acelerar os mecanismos de desenvolvimento, por força mesmo do prazer e alegria fruídos.
Lentamente, em razão da própria consciência, descobre os tesouros preciosos que lhe estão à disposição e dos quais pode utilizar-se com infinitos benefícios.
Saúde e doença , paz e conflito, alegria e tristeza podem ser elegidos através do discernimento que guia as acções.
Sem essa claridade, os estados negativos tornam-se-lhe habituais e, mesmo quando estabelecidos, podem alterar-se através do empenho empregado para vence-los.
Nunca te entregues à desesperança, ao abandono.
Não és uma pedra solta, no leito do rio do destino, a rolar incessantemente.
Tens uma meta, que te aguarda e que alcançarás.
Penetra-te , mediante a reflexão, e descobre as tuas incalculáveis possibilidades de realização.
Afirma-te o bem, a fim que o seu germe em ti fecunde e cresça.
Serás o que penses e planeies, pois que da tua mente e do sentimento procedem os valores que são cultivados.
O teu estado natural é saúde.
As enfermidades são os acidentes de trânsito das acções negativas, propiciando-te reabilitação.
È indispensável manteres atenção e cuidado na conduta do veículo carnal.
Assim , pensa no bem-estar, anela-o, estimulando-o com realizações correctas.
A tua constituição é harmónica.
Os desequilíbrios são ocorrências, na corrente eléctrica do teu sistema nervoso, por distorção de carga que as sensações cultivadas proporcionam.
Mantém os interruptores da vigilância ligados, a fim de que impeçam as altas voltagens que os produzem.
Em tua origem és luz avançando para a grande luz.
Só há sombras porque ainda não te dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia
adormecida no teu interior.
Faz claridade, iniciando com a chispa da boa vontade e deixando-a crescer até alcançar toda a potência de que dispõe.
O amor é o teu caminho, porque procede de Deus, que te criou.
Desse modo verticaliza as tuas aspirações e agiganta os teus sentimentos na direcção da Causalidade primeira.
Tudo podes, se quiseres.
Tudo lograrás se te dIispuseres.
Buscando penetrar na ordem das divinas leis que propiciam o entendimento da vida, ALLAN KARDEC interrogou as venerandas entidades, conforme registou na questão 117 de O Livro dos Espíritos:
Depende dos espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição?
Certamente. Eles a alcançam mais ou menos
rápido conforme o desejo que têm de alcança-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus.
Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra recalcitrante?
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 8 de 41 • 1 ... 5 ... 7, 8, 9 ... 24 ... 41
Tópicos semelhantes
» ARTIGOS DIVERSOS III
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
Página 8 de 41
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos