LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Página 6 de 6 Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6

Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:56 pm

O estranho ser, com paramentos que lembravam os de um sacerdote de outro mundo, parecia ignorar nossa presença ou, ao menos, não nos percebia da maneira como o fazíamos.
Encontramos, no percurso, um espírito que se identificou a Pai João como sendo um dos nossos tutores espirituais, mas que estava camuflado em tarefa permanente naquelas regiões.
Ele infiltrara-se entre os chefes de falanges e, naquele momento, aguardava-nos a chegada.
Estava acostumado com a presença dos dragões, porém, para não nos comprometer os trabalhos, ficaria ao longe, apenas observando-nos, para qualquer eventualidade.
De repente, o espírito que se identificava como um dos assombrosos dragões — cuja indumentária impunha medo e, simultaneamente, respeito e horror e de cujos olhos irrompia de modo tempestuoso um magnetismo atroz — aproxima-se do local onde o magma se transformava num rio caudaloso de lava vulcânica e exclama, debruçando-se sobre a correnteza de massa derretida:
— Tenho sede! — e disse isso, acredito, para aumentar ainda mais o pavor que sentiam dele os outros seres infelizes, indicando teatralmente que beberia da lava, que escorria brilhante no leito do rio de matéria liquefeita, entremeada de componentes astrais.
Todos presenciaram que, do interior mais profundo da Terra, gemidos, roncos e estrépitos, seguidos de estertores, demonstrando um ritmo demoníaco ou draconiano.
Era o contratempo perfeito ao solo dos ventos uivantes, que havíamos ouvido instantes atrás, no concerto dissonante que aquele ser regia.
O som advindo do âmago das correntezas submersas de lavas escaldantes lembrava o crepitar de madeira quebrada e ressequida, quando sob chamas intensas.
Talvez seres que há séculos estivessem prisioneiros daquela situação deixassem escapar seus grasnidos e prantos, outrora inaudíveis, mas, agora — finalmente, agora — escutados por alguém, que almejavam pudesse interferir, por um subterfúgio qualquer, em sua infeliz condição, colocando fim ao domínio dos dragões.
Pai João permaneceu calado, impassível, profundamente concentrado, como se estivesse em estreita conexão com seres sublimes, embora temporariamente nos acompanhasse, como estandarte, àquelas regiões cobertas com um manto de trevas tão espessas.
Bolhas estouravam e chamas saltavam do rio em fusão natural, à medida que os seres submergidos nos meandros do mundo inferior deixavam escapar sua cantata atroz, em forma de lamentos.
Labaredas expandiam-se e se contorciam, solenemente, contra si mesmas, como uma algazarra executada por instrumentos da medonha orquestra de espectros, capatazes fiéis dos dragões.
Recolheram-se as flamas, em seguida, numa súbita demonstração de soberania do senhor daqueles espíritos.
Como um portentoso gigante do mundo ultraterrestre, ele se mostrava, feito um pavão a cortejar sua plateia, com a cauda iridescente aberta em leque.
Ante as sombras que se esgueiravam à sua volta e perante as testemunhas silenciosas, espectrais, de seu poderio dantesco, sobre-humano, aquele ser contemplava sua suposta pujança nos olhares servís dos que rastejavam, frente à sua monumental presença.
Depois, aparentemente sem nenhuma influência externa, as agitações ígneas novamente se fizeram notar, agora numa explosão de luminosidade terrífica, fantasmagórica.
As chamas do mar infernal, que então se apresentavam singularmente frias e, ao mesmo tempo, infernalmente quentes, atingiam temperaturas que afectavam de maneira impetuosa os espíritos daquela paisagem extra física, causando rebuliço entre os espectros, que se moviam diante de seus superiores hierárquicos, submissos como cães à mingua, a esperar seu dono.
Talvez aquela demonstração toda, todo o espectáculo, tivesse unicamente a função de provocar comoção maior ainda nos espíritos sob o jugo dos dragões ou — quem sabe? — tão-somente estarrecê-los, numa exibição patente de seu magnetismo e de sua ascendência sobre as hordas que lhes eram subordinadas.
Provavelmente isso e muito mais; por ora, entretanto, não fazia parte dos nossos planos desvendar os mistérios desse mundo intra-terreno, subcrostal.
Dedicado a esse mister já havia ali um dos nossos, enviado de esferas sublimes, muito embora disfarçado, mas autêntico porta-voz da vontade suprema do Pai entre os desterrados das paragens inferiores.
Ao nos deslocarmos no encalço do dragão, chegamos a um local em que, presumivelmente, ficava
o centro de seu império, sua base propriamente dita. Raul e eu ficamos impressionados com a brusca mudança na conformação de tudo o que englobava o sistema de vida daquela dimensão.
Uma cúpula se erguia em meio ao ambiente hostil, exactamente dentro do caudal de forças que se reviravam no magma.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:56 pm

Orbitando a cúpula, outras de igual tamanho pareciam interligadas a ela, destoando completamente dos antros e cavernas até então observados nas regiões profundas.
Era como se uma obra de engenharia ultramoderna surgisse no meio dos elementos em ebulição no interior do planeta.
Quando Pai João, Raul, eu e os guardiões que participavam de nossa caravana ultrapassamos a entrada da cúpula, encontramo-nos numa penumbra suave, fria e com perfume exótico.
Para adentrá-la, aproveitamos o instante logo após a entidade haver aberto uma espécie de portal energético, tocando levemente na estrutura do campo de força que envolvia o local.
O ambiente na dimensão astral, também ali, quase beirava a escuridão.
Vimos algo que merecia ser estudado por cientistas de um e outro lado da vida.
A fraca luminosidade, própria da matéria astral, foi literalmente sugada pelos olhos daquele espírito, e não apenas rápido, mas veloz como um raio ou a força mental em acção, a própria luz astral sumia, tragada pela escuridão daquele olhar sombrio.
Embora a súbita escuridão, veemente, podíamos ver o que se passava ao redor.
Creio que essa sombra mais ou menos imánente afectava apenas os espíritos dos espectros, os únicos, além de nós, que podiam permanecer no ambiente.
Esses seres comportavam-se com profunda reverência, como se estivessem no interior de algum templo ou na presença de um ser supremo.
O ambiente parecia ser preenchido de uma música diferente de todas as que eram conhecidas na Terra.
Era algo invulgar, uma melodia que, ao que tudo indica, remontava a um passado perdido na poeira do tempo, lembrando aos habitantes do local, possivelmente, instrumentos musicais de um outro mundo, não da Terra.
E ressoava a sonoridade exótica, produzindo inquietantes e fascinantes vibrações, de aragens que transportavam miasmas e outras contaminações.
Sem que soubéssemos de onde vinham, os ventos e as tais vibrações pareciam palpáveis, omnipresentes, e preenchiam, de maneira quase transcendente, o lugar onde estávamos.
O interior da cúpula parecia ser todo de ouro — quem sabe o correspondente astral do metal historicamente mais cobiçado entre os homens?
Instrumentos de tecnologia tão estranha quanto incompreensível por nós estavam expostos nos muros da construção e ao longe, pois a cúpula parecia imensa.
Arquivos milenares pendiam das paredes, gravados em cristais, cuja capacidade de armazenamento era muitíssimo superior a dos mais modernos computadores da Crosta.
Depois de consultar alguns dos seus arquivos pessoais, o ser saiu em direcção a uma segunda cúpula.
Com ele se foi o ar torpente dos ventos; com ele se foram as névoas esvoaçantes e etéricas, que não mais gravitavam em torno do ambiente ou em meio às sombras humanas, constituídas pelos espectros que o acompanhavam.
Mas o que restou daquela dança de fluidos e energias revolutas não se pode expressar com precisão e __quem sabe? — nem ser entendido em sua plenitude.
Ficou uma atmosfera regelada, que impregna de miasmas as auras dos chefes de legiões, os espectros:
a mais perigosa de todas as milícias do astral inferior.
Persistente, marcante como um rasgo profundo, uma falha tectónica no interior da Terra, o magnetismo do ser misterioso impregnou toda a mobília do ambiente.
O ar daquele recinto tornou-se penoso à inalação, certamente infiltrado por contaminações de elementos etéricos que não conhecíamos.
Restou a sinistra sinfonia das terríveis noites umbralinas, antes temidas, mas agora conhecidas.
Essa música inquietante e perturbadora, surgida do vento, da aura que irradiava de tudo por ali, entrelaça ritmos e acordes que provocam o êxtase das almas exiladas.
Mais uma vez, foi Pai João quem nos deu o esclarecimento:
— Os elementos radioactivos no interior do magma ou a radioactividade de determinados minerais podem afectar, de diversas formas, os corpos astrais de muitos seres.
Mesmo que a matéria em si não exerça nenhuma influência sobre os desencarnados, as radiações e irradiações energéticas podem influenciar a estrutura etérica do perispírito de entidades mais materializadas, como as que estagiam aqui.
Principalmente se considerarmos que muitas inteligências desencarnadas vibram nesta dimensão e aqui residem há séculos ou milénios, podemos conceber uma pálida ideia acerca de como seus corpos astrais estão deteriorados, de um modo ainda desconhecido pelos estudiosos espiritualistas.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:57 pm

"Aqueles entre os espíritos que aqui comparecem, como os espectros, envolvem-se em campos de força poderosíssimos, na tentativa de evitar que os componentes energéticos de seus corpos astrais degradados se prejudiquem ainda mais.
Os dragões, por outro lado, dispõem de uma energia mental ainda desconhecida pelos humanos encarnados.
Com essa energia, somada a vontade e disciplina férreas, colocam-se ao abrigo dessas radiações, emitidas pelos elementos pressurizados e altamente radioactivos desta região, no interior da Terra.
Embora todo o esforço por parte dos dragões, não podem evitar a deformação gradual de seu perispírito, devida preponderante, mas não exclusivamente, ao adiamento milenar do processo reencarnatório."
Um senso de profundo respeito nos dominou a todos, principalmente a mim e ao médium Raul, assim que miramos um espírito verdadeiramente milenar, talvez — quem sabe? — representante de um mundo perdido na amplidão, agrilhoado, jungido ao planeta, em suas dimensões mais sombrias, tão sombrias que eram relativamente mais densas do que o umbral conhecido pelos estudiosos espíritas.
Era um dos legendários dragões, remanescentes de um evento cósmico, catastrófico.
Continuando com sua fala, nosso guia espiritual, Pai João, trouxe mais uma contribuição:
— Esses espíritos da falange dos dragões geralmente estão impregnados de um sentimento de culpa muito forte.
São seres revoltados por terem sido banidos de seus mundos de origem, enfurecidos por saber que tudo progride e que não haverá lugar para eles na Terra, pois serão em breve degredados para outros orbes.
Urna vez que repelem com veemência a reencarnação, adiando-a indefinidamente, se ressentem da força da gravidade terrestre, que ocasiona um fenómeno de atracção das células astrais de seus corpos, em direcção ao núcleo planetário.
Sem mencionar o natural arrastamento para o útero materno, a que seus corpos espirituais estão sujeitos, força contra a qual devem opor resistência incessante, a fim de manterem-se onde estão.
Como rechaçam essa oportunidade há longo tempo, não há mais, para eles, condições de renascer aqui, no planeta Terra, porque se distanciaram enormemente do contexto histórico-cultural e em vista da infestação que acomete seu organismo, irremediável, considerando-se os recursos terrenos.
Sendo assim, aguardam inquietos, profundamente infelizes e inconformados, o momento irredutível do expatriamento sideral.
De repente, a escuridão fora da cúpula se transformou em intensa claridade.
Num relampejar cristalizado no tempo, numa luz perenemente coagulada entre o aqui e o agora, vimos um espírito elevado descer às regiões inferiores, solene, brandindo em sua mão algo semelhante a uma espada flamejante e libertando alguns dos autores dos gemidos e lamentos da prisão do rio infernal, de lavas quentíssimas, fonte de alta radioactividade.
Outros, os que ficaram, não conseguiram sequer emitir seus lamentos, diante da superioridade moral do representante das esferas superiores.
Deduzi que algum emissário da vontade soberana visitava o lugar tenebroso de sombras quase eternas, somente clareadas pelo ardor do magma cintilante e, agora, pelo fulgor sublime.
Era um enviado especial dos planos sublimes quem descera, pessoalmente, àquele lugar dominado por uma noite perene, fria e negra, sob as ordens do Senhor, para resgatar algumas poucas almas ainda passíveis de ser regeneradas.
Não importa quem era.
O ser de pura luz foi-se assim como surgiu, abruptamente, deixando para trás um clarão que se esvaiu após breve intervalo, como um cometa que estampa seu rastro na escuridão.
Depois disso, novamente o ambiente ficou impregnado da penumbra obstinada, que se diria quase perene, abismai, perturbada tão-somente pelas faíscas da lava, que corria e se acumulava num grande lago flamejante, mais ao longe.
Decorrido o evento com caracteres miraculosos, que acabáramos de observar, o ser fascinante, diabolicamente possuidor de um magnetismo que transmitia poder, um dos dragões em pessoa, retornara para exercer a sua maldita soberania, como ditador impiedoso, a subjugar todos os espíritos moradores daquele antro de martírios, por muitas e muitas gerações.
Sob o olhar atento de João Cobú, retornamos lentamente pelos mesmos caminhos palmilhados até ali.
Por algum tempo Raul sentiu ainda o cheiro exótico a exalar de seu corpo espiritual, como puro reflexo das condições adversas e dos fluidos grosseiros, quase materiais, encontrados naquelas terras tenebrosas.
Reflexões profundas foram inspiradas por essa visita que fizemos a uma das regiões de trevas mais inferiores do planeta, nos dois planos da vida.
Que pensamentos poderiam passar pelas mentes de seres como aquele que víramos?
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:57 pm

Quais planos seriam arquitectados pelos dragões e seus subordinados, os espectros ou chefes de legiões?
Ainda estávamos pensando nessas questões, quando João Cobú nos convidou a participar de uma conferência entre os seres subordinados aos dragões e seus superiores.
Os chefes de legião se reuniriam em determinado lugar naquelas paragens, e alguns ditadores astrais, os dragões, estariam presentes.
Pai João nos disse que seria uma oportunidade de ouvirmos dos próprios envolvidos alguma coisa sobre seus planos.
Quem sabe assim poderíamos fazer uma ideia mais ampla a respeito de sua personalidade, seu carácter?
Depois de tudo acertado, e munidos da permissão do Alto, dirigimo-nos com uma legião de guardiões para o lugar ao qual Pai João nos guiava.
O local parecia uma das cúpulas de poder, um conjunto conhecido entre os chefes de legião das sombras como Pavilhão dos Invencíveis.
O nome imponente já representava o orgulho e a pretensão dos soberanos daquela dimensão das trevas.
A construção se erguia entre diversas outras, e sua arquitectura soberba não parecia algo terreno, humano.
Havia mesmo algo de inumano na aparência do lugar, algo que não poderíamos definir.
O emblema da suástica encimava o pórtico do Pavilhão.
Quando nos avizinhávamos do pavilhão, Jamar e um representante de outra legião de guardiões, que nos acompanhava, acercaram-se de um dos espectros, que montava guarda na entrada.
O ambiente era protegido com campos de força muitíssimo fortes, e os espectros — seres a serviço dos dragões — estavam atentos à menor aproximação.
Jamar e seu companheiro chegaram quase furtivamente perto do chefe de legião.
— Alto lá! — pronunciou o espectro.
Mostrem suas credenciais ou serão escravizados pelos soberanos.
Jamar e Antón, o outro guardião, apresentaram-se de forma a não deixar pairar a mínima dúvida quanto às suas credenciais:
— Somos guardiões da luz.
Estamos aqui com autorização dos superiores e do Cordeiro.
— Que procuram entre nós os representantes do Cordeiro?
Bem sabem que estamos em pólos opostos.
Além do mais, temos uma importante conferência, da qual só participarão os convidados dos soberanos.
— Somos enviados do Cordeiro — tomou a palavra o guardião.
Temos credenciais que nos permitem entrar e sair quando quisermos.
Comunique isso ao seu superior.
— É coragem ou estupidez o facto de virem aqui? — perguntou o chefe de legião.
- Nem uma nem outra — respondeu Jamar, seguro de si.
Não é preciso muita coragem para enfrentar sua estirpe quando se tem autoridade superior.
E nunca será estupidez preferir se informar, pesquisar e ouvir o outro lado em vez de guerrear ou usar de métodos antiéticos.
Como se sabe em todo o astral, sua legião prefere sempre a força e a coação.
Os enviados do Cordeiro preferem os métodos mais brandos, como o uso da razão, do coração e da força moral, que em tudo é superior.
O semblante do espectro parecia irradiar ódio.
Ele não esperava uma resposta à altura de sua provocação.
Mas os guardiões foram firmes.
Após ouvir a palavra do guardião representante de um comando superior, o espectro deslizou em meio aos fluidos grosseiros de sua zona de acção.
Afoito, dirigiu-se a um dos dragões, que exercia a liderança no local.
Ao retornar, já parecia menos seguro de si, pois, para sua surpresa, trazia a permissão dos dragões para a entrada da comitiva.
Eles sabiam não poder ignorar o comando superior dos guardiões, que estava directamente subordinado ao governo oculto do mundo, o colegiado de seres sublimes que administravam o planeta sob a amorável orientação de Jesus.
Não havia como desprezar tamanha autoridade.
A um sinal de Jamar e Anton, achegamo-nos aos dois.
Agora a equipe estava completa novamente.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:57 pm

Voltando-se para o espectro, Anton falou com firmeza:
— Não interferiremos em seus planos.
Estamos aqui somente para observar.
Podem continuar suas actividades.
— Você sabe que não podemos simplesmente ignorá-los.
Os soberanos — assim se referiam aos dragões — deram ordens a respeito de nosso comportamento quanto a vocês.
Não acatamos ordens do Cordeiro nem de seus representantes.
— Não importa o que pensam, estamos apenas representando um poder superior.
Dessa maneira, o guardião deu por encerrada a conversa com o espectro.
Minha curiosidade aumentava vertiginosamente ao ouvir a conversa entre o chefe de falanges dos dragões e o guardião.
Anton, então, resolveu me socorrer, fazendo algumas observações:
— Os chefes de legião, conhecidos entre os espíritos inferiores como espectros, são os encarregados de administrar as ordens dos dragões e de se expor vibratóriamente no lugar deles.
Na verdade, não é do feitio dos chamados soberanos actuarem no chamado campo de batalha espiritual, muito longe disso.
Sentem-se tão superiores, como representantes de uma constelação de poder reconhecida entre os habitantes do astral, que encarregam outros seres dessa função, como se nomeassem assessores ou porta-vozes.
Conduzem tudo da clausura de suas bases, nas profundezas da escuridão.
Os chefes de legião, de um modo geral, são os responsáveis pela arquitectura dos planos de ataque às organizações do bem e às nações do planeta Terra.
Elaboram investidas a representantes do pensamento progressista, a governos e líderes comunitários de expressão, representativos no âmbito global.
Eles também são os organizadores e supervisores das bases, dos laboratórios e das comunidades astrais de grande importância para os planos dos dragões."
Olhei para o chefe de legião e vi que estava envolvido numa estranha luminosidade, que, embora fraca, abraçava-o por inteiro.
Diante de minha curiosidade, Anton explicou:
— Por ocuparem uma posição importante em sua estrutura de poder, os chefes de legião costumam se apresentar protegidos por potentes campos de força, frequentemente associados a campos de invisibilidade, para que não sejam percebidos, tanto entre os desencarnados, quanto pelos médiuns desdobrados em corpo astral.
— A aparência desses espíritos me traz algo à memória; no entanto, não consigo definir com precisão o quê...
— Os espectros ou chefes das falanges sombrias são antigos generais nazistas e outros estrategistas, que participaram de inúmeros conflitos ao longo da história.
Entre eles, encontram-se cientistas do III Reich e personalidades que articularam ou fomentaram guerras, inclusive pelo caminho da diplomacia subvertida, fazendo-se temidos em diversas latitudes do planeta.
— Entendo agora as imagens que me vêm à tona — retrucou Raul, lembrando as ideias que a imagem do estranho chefe de legião fazia com que eclodissem em sua mente.
Proporcionando um tempo para que pudéssemos assimilar as observações, o guardião continuou, decorridos alguns instantes:
— Normalmente, os chefes não enfrentam directamente o campo de batalha espiritual.
Assim como seus superiores, também buscam preservar-se, ainda que num nível diferente, pois, ao contrário dos dragões, não ocupam o primeiro escalão da hierarquia maligna.
Os chamados espectros apenas arquitectam e organizam as ideias, indicando, de longe, as estratégias para se efectivarem as ofensivas, perpetradas por espíritos não menos perigosos.
Eis a razão por que, no âmago desse sistema de forças e poder que compõe a estrutura das trevas, surgiu a necessidade de se instaurar a figura do subchefe ou comandante.
Ele, sim, recebe dos espectros os projectos com os quais trabalha, visando à execução do planeamento contra as instituições mundiais.
Sob a orientação dos espectros, encabeça e lidera directamente as legiões de ataque às bases e fileiras do bem.
Como se poder ver, sua posição também é significativa entre as legiões astrais; constitui o terceiro escalão de poder.
Comporta-se como um general, que actua supervisionando as falanges directamente nos campos de batalha, tendo à disposição imenso contingente de espíritos especializados em diversas áreas, tais como ciência, medicina, magia, engenharia genética, assistência técnica, etc.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:57 pm

— Então existe uma organização intricada, que me parece também muito eficaz, dirigida pelos dragões.
Os espíritos especialistas, como magos, cientistas e outros, conhecem toda a extensão dessa máquina?
— Apenas alguns poucos entre os magos e um ou outro cientista têm noção da existência dessa estrutura de poder maior.
Em geral, os especialistas das sombras formam suas próprias associações e, do alto de sua pretensão, ignoram que são dirigidos ou induzidos por uma força mais tenaz, ditatorial, como a dos dragões.
— Aliás — interveio Jamar —, faz parte da política de poder dos dragões, segundo pudemos observar, que seus subordinados não saibam muita coisa sobre eles.
Preferem comandar tudo, mantendo os subalternos na ignorância de sua própria existência.
Isso se reproduz, de certo modo, em toda a escala do mal.
É comum que, embevecido com o próprio mando, o representante de determinado patamar hierárquico seja levado a crer que é soberano em suas atitudes.
Alimentam a ilusão de subjugar, sem serem subjugados.
— Exactamente — tornou a falar Anton.
Enquanto os cientistas e a maioria dos magos se entregam aos seus planos complexos de obsessões, os dragões se ocupam com questões mais globais.
Não se envolvem em casos particulares, deixando àqueles que se curvam a sua ascendência esse tipo de ocupação.
"O contingente de espíritos a serviço dos dragões é descomunal e não pode ser ignorado, de modo algum.
Os comandantes das legiões ou subchefes têm à disposição muitas equipes de obsessores especializados, como grupos inteiros de peritos em informações divulgadas pela Internet, de observadores e investigadores, além de juristas, especialistas em sexualidade, hipnotizadores, religiosos inquisidores, etc."
Os guardiões estavam cientes quanto ao assombro meu e de Raul diante de organização de poder tão sofisticada quanto essa com que deparávamos.
Havia muita coisa a estudar no que concerne à política adoptada pelos dragões e seus comandantes directos, os temidos espectros, chefes de legião.
Do local onde estávamos pudemos observar os diversos representantes das ideias dos dragões ou seus aliados.
- Por Deus, pelos bons espíritos! — pronunciou Raul, teatralmente.
Vejam como isto aqui está cheio de gente.
Quem são aqueles seres estranhos ali?
- São irmãos das estrelas — respondeu Anton.
Eles têm igual interesse em conhecer os planos dos detentores do poder nestas regiões de trevas.
Pretendem auxiliar a Terra no momento decisivo.
Mas nem pense em abordá-los, pois sua delegação está aqui sem ser percebida pelos dragões.
Somente nós os vemos.
— Vejam — gritou Raul, apontando em determinada direcção, com euforia.
Ali... Assemelham-se a encarnados.
São representantes de governos da Terra!
— Exactamente, Raul — elucidou Jamar.
Líderes de diversos países do mundo vêm aqui, desdobrados.
Repare como são trazidos e colocados em local à parte dos demais espíritos.
Representantes políticos e alguns religiosos, os quais você poderá reconhecer muito bem, juntamente com esses chefes de governo, são interventores dos dragões, reencarnados neste momento da história da humanidade.
Participam activamente do planeamento estratégico dos chamados soberanos das trevas.
Mais tarde, ao retornarem a seu corpo físico, levarão as ideias recebidas e compartilhadas do lado de cá.
— Todos vocês sabem o que está em jogo por aqui — sentenciou Pai João, interferindo na conversa.
— Devemos manter a discrição, e você, Raul, meu filho, procure não ficar impressionado com as pessoas que reconhece aqui, desdobradas.
Se formos habilidosos em nossas averiguações e diplomáticos em nosso comportamento, ninguém deve ter nada a temer.
Certamente os dragões já modificaram seu programa,, ao saberem da nossa presença.
Vejam lá, ao longe.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:57 pm

Pai João apontou em direcção a uma plataforma onde se localizavam alguns seres, em tudo diferentes dos demais.
— São seres artificiais manipulados pelos senhores das trevas.
Os próprios dragões temem a presença dos representantes do Cordeiro e, por isso, manipulam à distância os clones.
Através deles, sabem de tudo o que ocorre na conferência e, igualmente por seu intermédio, podem se dirigir aos presentes sem se expor vibratóriamente.
Um a um os diversos representantes do império dos dragões foram se acomodando em seus devidos lugares.
A conferência iniciara.
Um dos espectros, muito habilidoso com as palavras, tomou a iniciativa de prestar reverência aos seres artificiais, como se fossem os próprios dragões ali presentes.
— Meus senhores, sabemos que o mundo está numa encruzilhada no que tange ao momento evolutivo de seus habitantes.
Ninguém aqui pode desprezar o facto de que os representantes do Cordeiro fazem de tudo para sabotar nossos planos, inclusive enviando a esta conferência, que deveria ser secreta, seus agentes — anunciou, olhando-nos com certo respeito.
Portanto, faz-se necessário medir com cautela nossas palavras, ao fazer nossos pronunciamentos perante os soberanos, pois sabemos que não será possível deter abertamente os agentes do Cordeiro.
Teremos de tolerá-los.
Dando por iniciada a conferência, ainda que frustrado pela surpresa ingrata, a seu ver, o chefe de legião convidou algumas delegações do poder invisível a se pronunciarem.
Um chefe político assumiu a plataforma, dirigindo-se aos demais.
Quem primeiro falou foi uma mulher, desdobrada, Secretária de Estado de uma nação de grande monta.
— Estamos nos ocupando actualmente de vários assuntos no âmbito das relações internacionais, mas o que nos preocupa, principalmente, são os povos do Oriente.
Nossa política precisa seguir o planeamento traçado na última conferência, quando determinamos que trabalharíamos para desestabilizar os factores económicos e sociais do mundo a partir das bases no Oriente Médio.
Uma vez comprometida a economia mundial, inclusive com sério prejuízo para muitos empreendimentos de nossa nação, as pessoas no planeta não terão o mínimo de tranquilidade para pensar em sua vida espiritual.
Perplexo e indignado com a ideia ali exposta, Raul olhou para mim.
Ele entendia agora o plano por detrás das palavras da Secretária de Estado, que estava desdobrada e participando da conferência do império das sombras.
Encarei Raul com firmeza, de modo que ele se apercebeu da urgência de conter-se, procurando aplacar as emoções que ameaçavam emergir de seu interior.
E mal havia começado a reunião; aquela era apenas a primeira manifestação dos líderes sombrios.
Após alguns minutos, encerrado o discurso inaugural, um dos chefes de legião tomou a palavra:
— Sabemos que nossa estratégia está correcta, pois ela já foi inúmeras vezes mencionada pelos soberanos, os dragões, o que indica aprovação por parte deles.
A ideia de desestruturar a economia global com certeza levará os povos da Terra a um grande derramamento de sangue.
Haverá desespero, suicídios e vários levantes entre os países menores e mais pobres.
Pretendemos promover um rompimento definitivo entre os humanos e seus mentores desencarnados através do choque económico, que afectará muitas nações do mundo.
Um confronto aberto com os representantes do governo oculto do mundo seria um risco muito grande, por essa razão, é de suma importância que consigamos desequilibrar as economias mundiais e nesse contexto, as nações do oriente são instrumentos preciosos em nossas mãos.
Em seguida, outro chefe de legião inscrito na ordem do dia resolveu dar sua contribuição, na conferência dos representantes das regiões inferiores.
Primeiramente, conquistamos a confiança da nação americana e de muitos representantes políticos que estão aqui connosco, temporariamente fora do corpo.
Sabemos que, numa democracia, nunca é apenas um homem quem decide os destinos da nação; por isso, nosso esforço em estabelecer sintonia efectiva com os representantes do Congresso, amealhando parceiros mesmo entre aqueles que, quando estão em seus corpos físicos, clamam ser da oposição.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:58 pm

"Precisamos atacar alguns sistemas de governo ou, ainda com mais propriedade, a população de alguns países, pois eles representam um trunfo para nossos adversários, os filhos do Cordeiro.
Alguns países da América do Sul, como Brasil e Venezuela, Argentina e Chile, precisam urgentemente ser acoplados ao nosso sistema de poder de forma definitiva.
Alguns passos têm sido dados nesse sentido.
Não ignoram os senhores que o Brasil, especificamente, representa um centro de ideias que para nós é fonte constante de dor de cabeça, bastante complicado administrar.
"Tentaremos convencer políticos influentes a nos auxiliarem na execução de nossos planos.
Caso se oponham, mesmo que indirectamente, ou se porventura se mantiverem ao abrigo de seus mentores, usaremos da coerção sob todos os aspectos.
Os cientistas astrais desenvolvem actualmente seres artificiais ou clones que poderão ser extremamente eficientes na manipulação mental dos representantes políticos de muitas nações.
Nossos agentes estão por toda parte, objectivando colher o máximo de informações, para então submetê-las à apreciação dos senhores de nosso império."
Após as palavras daquele chefe de legião, outro espírito, dando mostras de pertencer à falange dos magos, fez sua declaração:
— Nossa legião está determinada a inspirar dignitários do poder político do Oriente a se aliarem a alguns estados sul-americanos.
Pretendemos alimentar a ideia de que uma coalizão de governos antiamericanos representará oposição à política expansionista dos EUA.
Portanto, nosso principal objectivo na actualidade é o desenvolvimento da tecnologia nuclear entre algumas nações do Oriente Médio, visando fazer frente ao poderio das nações mais ricas, facto que, por si só, suscitará disputas intermináveis.
Na verdade, tanto norte-americanos quanto alguns povos de todo o Oriente, nós os temos inteiramente em nossas mãos, através de seus dirigentes políticos.
Contudo, ao nos concentrarmos nas estratégias particulares, não podemos esquecer os objectivos gerais — adiar indefinidamente o progresso do planeta, para que nosso poder se consolide nas duas dimensões da vida.
Ao fim daquele pronunciamento, uma comissão de mandatários do poder religioso a serviço dos dragões adentrou o ambiente da conferência.
Na comitiva encontravam-se alguns representantes encarnados, que ali compareciam em desdobramento astral.
Duas figuras altamente graduadas entre os chefes de legião os acompanhavam de perto.
Com um gesto que denotava estarem familiarizados com aquele tipo de reunião, curvaram-se diante dos seres artificiais que julgavam ser os dragões, bem como diante dos chefes de legião propriamente ditos.
— Supomos que haja apenas um ponto na pauta de nossa conferência — disse o representante da comitiva.
Adiar indefinidamente a evolução do planeta.
Não resta a menor dúvida de que os planos que dizem respeito às questões da política terrena precisam urgentemente ser postos em prática, pois representam um factor crucial no contexto geral de nossos soberanos.
Todavia, não podemos ignorar a realidade social e religiosa dos povos do planeta.
Ninguém ignora que, notadamente no Oriente, as questões religiosas estão intrinsecamente associadas ao factor político e, com intensidade ainda maior, ao terrorismo.
O enviado das questões religiosas, entre os seres fiéis aos dragões, aparentava um aspecto tão brutal que, de longe, parecia ser a última pessoa a estar envolvida com religião e espiritualidade dos povos.
Pelas suas palavras, podia-se depreender que era um hábil estrategista e, segundo os registos dos guardiões, também um cientista político e social versado no comando mental de líderes religiosos.
Astuto, sagaz e habilidoso com as palavras, sabia dissimular com maestria seus verdadeiros propósitos.
Ele não ignorava nossa presença ali, embora jamais fôssemos interferir directamente nos acontecimentos que se desenrolavam, desrespeitando assim a condição — até certo ponto diplomática — que ditava as regras de não ingerência nos planos das trevas enquanto estivéssemos apenas observando.
Dando sequência a seu pensamento, o ser que falara antes prosseguiu:
— Contamos com certos factores que nos favorecem: ilusões culturais e religiosas, crenças e dogmas estabelecidos por certas religiões e, além de tudo isso, o próprio desespero da população terrestre ante os acontecimentos naturais e sociais, responsável inclusive por levá-la à busca de cultos sensacionalistas e espectaculares.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:58 pm

Novos planos estão sendo traçados por nossos cientistas da religião, visando envolver as pessoas em conceitos absurdos, mas facilmente admitidos por aqueles que não estão acostumados a usar o raciocínio crítico ou pensar de forma mais lógica.
Temos aliados em diversas instituições religiosas do planeta, mas, no Ocidente, principalmente, contamos com movimentos ligados ao cristianismo, que, diga-se de passagem, está em franca decadência.
As doutrinas que foram enxertadas no corpo espiritual das igrejas representam uma enorme confusão para a mente e o sentimento das pessoas.
No entanto, é necessário permanecer de olhos bem abertos, providenciando para que mais figuras de destaque nesses meios sejam instrumentalizadas com intenso poder magnético, a fim de influenciarem seus adeptos de maneira ainda mais determinante.
Estamos convencidos de que nossos aliados no campo da religião levarão o cristianismo à derrocada definitiva, e as ideias do Cordeiro, a um emaranhado caótico e crescente.
O locutor fez uma pausa, como se meditasse com vagar nas palavras que estava prestes a pronunciar.
Parecia não querer dar todas as informações naquela assembleia, pois, com nossa presença, alguns factores preciosos e detalhes-chave precisavam ser omitidos pelos potentados das trevas.
— Estamos contando com o poder de persuasão de líderes religiosos em todo o planeta — continuou o chefe das legiões sombrias.
Nosso projecto é de longo prazo, e não há por que ter pressa em consolidar os pormenores, que serão definidos à medida que os humanos encarnados nos oferecerem condições mentais e emocionais para agirmos.
Entretanto, ao mesmo tempo em que insuflamos nos expoentes religiosos a busca por destaque, precisamos destruir neles a ética, abalando irremediavelmente a confiança que o povo deposita nesses homens, fazendo com que lentamente deixem a dúvida e a indecisão tomarem o lugar da fé.
Se, por um lado, muitos representantes das religiões no mundo estão comprometidos connosco, por outro lado temos de instigar o descrédito na direcção maior do âmbito religioso, bem como em seus ilustres encarregados.
"Nem tudo constitui bons prognósticos.
Nossas investigações mostram inequivocamente que algo está acontecendo entre os adeptos do espiritualismo na Terra, ainda que não saibamos defini-lo com precisão, o que nos obriga a ser mais cautelosos em nossa investida.
Estamos confiantes no desenvolvimento da técnica astral, por parte dos cientistas e magos negros, a fim de dispormos de melhores condições para activar o grande plano dos dragões.
Neste exacto momento, enviamos um exército de artificiais manipulados à distância, para se imiscuírem entre os espiritualistas do Ocidente.
Precisamos estar preparados para qualquer eventualidade.
Mas, como procuramos demonstrar, o cenário é favorável, e temos convicção de que o mundo em breve estará definitivamente em nossas mãos."
A esta altura da fala do chefão das sombras, alguém na assembleia ousou perguntar:
— E quanto aos planos para enfrentar os espíritas e umbandistas da miserável Terra do Cruzeiro?
Há algo definido?
Que estratégia utilizar para evitar que se intrometam em nossas questões?
Estão disseminando sua praga avassaladora, ainda que com alcance restrito, em nível mundial.
— Evidentemente — respondeu prontamente o ser que fora questionado e interrompido.
Quanto aos espíritas, não precisamos nos ocupar com eles.
Estão tão entretidos em analisar o que é doutrinário ou anti-doutrinário, que se perderam em meio a discussões estéreis.
Além do mais, são inimigos íntimos entre si, e eles mesmos se incumbem de anular seus próprios esforços com a desunião que reina entre eles.
Com relação aos umbandistas, contamos com a estratégia do desânimo no tocante a qualquer iniciativa que se aproxime do estudo.
Como a maioria já possui tendências nesse sentido e não gosta de se esclarecer, ficam presos a ideias fantasiosas que permeiam o movimento espiritualista, à mercê de muitos pais e mães-de-santo que não investem no conhecimento de seus filhos.
Após ligeira pausa em suas repostas, que foram resumidas, porém comprometedoras, o representante do poder religioso continuou:
— Como dizia antes, estamos enviando um contingente de clones artificiais, contando com a assessoria de magos e cientistas.
Pretendemos que esses seres, disfarçados com a feição de cada um dos mentores individuais, gradativamente tomem o lugar destes, ao aparecerem para seus médiuns ou para os dirigentes espiritualistas.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:58 pm

Devemos minar os esforços dos emissários do Cordeiro em qualquer contexto no qual se apresentem; do contrário, sua confiança atingiria os limites do insuportável para nossos tentames.
Trago comigo a táctica a ser empregada, descrita em detalhes, e a disponibilize para os senhores.
"Nosso maior trunfo, contudo — prosseguiu eufórico em seu discurso —, é o nascimento do anticristo nas terras brasileiras.
Um poder, uma formação político-religiosa esboça-se de tal maneira que será, para nós, um dos maiores instrumentos de acção que poderíamos utilizar.
Essa instituição de poder político-religioso será o anticristo.
Temos trabalhado para que indivíduos de destaque na esfera religiosa concorram, cada vez mais, a cargos electivos no Congresso Nacional do Brasil.
A união do estado à religião trará o recrudescimento de uma força única, de natureza temporal e espiritual, elementos fundidos numa só expressão.
É a Besta que finalmente ressuscita!
Eis o projecto anticristo, a Besta que sorrateiramente renasce no Brasil."
Os representantes das diversas falanges, assim como os encarnados desdobrados que participavam do conclave, começaram a falar ao mesmo tempo.
Empolgados, pareciam em êxtase, como se tivessem esquecido da nossa presença ali.
Instantes depois, as perguntas foram surgindo, uma a uma.
A sala de conferência estava lotada, e havia ali representantes de várias legiões das sombras.
Cada um deles procurava apresentar seus planos aos demais integrantes da assembleia.
Chegou a tal ponto que Pai João julgou mais apropriado reconduzir Raul ao corpo físico, pois ele estava visivelmente abatido e precisava se reabastecer de energia vital.
Além do mais, ele demonstrava aquela estranha inquietação, que denotava um desejo quase incontrolável de interferir no processo em andamento, o que poderia causar uma situação embaraçosa.
Ficamos ali, os guardiões e eu, enquanto João Cobú se encarregava pessoalmente de encaminhar Raul a uma estância de refazimento espiritual, ainda antes de acoplá-lo ao veículo físico.
Antes do término daquele conclave, os guardiões sob o comando de Jamar e Anton receberam um importante comunicado do Alto.
Os dragões arquitectaram uma investida no ambiente físico do planeta, que levariam a cabo enquanto a conferência se desenrolava.
Partimos imediatamente dali, deixando uma comitiva de guardiões a postos, e fomos em direcção ao local onde seria perpetrado o ataque.
No fundo do oceano, onde forças titânicas estavam sendo desencadeadas, encontrava-se o lugar pretendido pelos dragões.
Quando chegamos às proximidades do local indicado pela informação do comando superior dos guardiões, Pai João já estava lá com uma equipe de caboclos, pais-velhos e outras entidades, que se deslocavam em direcção à moradia dos homens, na superfície.
Os dragões tinham muito apreço por demonstrações de força como essa, para que seu poder não fosse questionado entre os representantes das trevas.
Aproveitavam certos elementos naturais e disposições climáticas existentes na Terra, a fim de dar impulso à sua força mental e à sua tecnologia astral para dinamizar um processo considerado natural.
Sem essa intervenção, demoraria ainda muito tempo para que certos efeitos fossem atingidos.
O caos pretendido causaria transtornos imensos em diversos países e seria favorável aos planos de longo prazo das hostes sombrias.
De uma base dos dragões, partira um ligeiro reverberar de energia, que atingiu as massas de lava no interior do planeta.
Uma fissura imensa foi provocada com a emissão do fluxo de energia, feita no local apropriado, tirando vantagem das condições existentes, que já eram críticas.
Os pais-velhos, caboclos e entidades ligadas às equipes de samaritanos colocaram-se a postos para socorrer vítimas — especialidade número um deste último grupo de entidades — e receber o imenso contingente de espíritos que certamente desencarnaria em meio ao cataclismo. Tudo estava preparado do nosso lado.
Segundo pude me informar, os guardiões conseguiram congregar naquela região pessoas que tinham necessidades cármicas semelhantes, isto é, inspiraram encarnados que precisavam passar por experiências drásticas a se reunirem no mesmo lugar.
Seriam aproveitados os fenómenos desencadeados no ambiente físico-astral para a transferência de uma quantidade enorme de pessoas para o plano extra físico.
Os agressores espirituais, os dragões e seus subordinados, continuavam se concentrando no local pretendido.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:58 pm

Eles acabariam vendo seu intento cumprido, porém ignoravam o trabalho desenvolvido pelos guardiões e pelas demais equipes espirituais, que já estavam a postos, tomando providências há algum tempo.
Os dragões sabiam da superioridade espiritual dos representantes do Cordeiro, e, além disso, não era novidade para eles como os espíritos do bem aproveitavam situações aparentemente drásticas para sanearem a atmosfera psíquica do planeta Terra.
Rios de lava movimentavam-se no interior do planeta, e correntes submarinas começavam a se formar, em função de certas condições geológicas, atmosféricas e energéticas, as quais recebiam o incremento da energia psíquica dos dragões e seus prepostos.
Caso os encarnados pudessem divisar a realidade em nosso plano, veriam grandes torrentes de energia sendo canalizadas pelos dragões, as quais faziam o mar ficar desmesuradamente revolto.
A impressão é que o planeta iria sucumbir a qualquer momento.
No entanto, as diversas fraternidades de seres a serviço do bem estavam já trabalhando para socorrer os espíritos que chegariam ao nosso plano.
Essa pretensão dos dragões, dinamizando um processo natural, serviria para promover a partida de uma parcela da população para o plano extra físico, e, de lá, muitos dos espíritos que desencarnariam naquele incidente natural seriam preparados para deixar o planeta.
A irradiação das energias dos dragões atingiu outros locais do planeta; porém, a ocorrência de factores físicos semelhantes, igualmente complicados, poderia ser retardada pelos guardiões, que já trabalhavam para a situação ser controlada.
Mesmo que os encarnados ficassem chocados com os eventos iminentes, não encarariam a totalidade do que fora planeado pelos dragões, pois que muita coisa fora amenizada por determinação do Alto.
A costa de determinado país foi sacudida ante a assolação das ondas, que pareciam irromper trovejando, causando estrago sem precedentes, ao menos nas últimas décadas.
De outros recantos do planeta vinha ajuda, mas insuficiente para aplacar toda a ira da natureza.
Os guardiões accionaram geradores de energia astral de altíssima capacidade, a fim de diminuir a acção daquele evento gigantesco, que se abatia sobre uma parcela da humanidade.
O accionamento das potentes usinas também dispersava o ectoplasma acumulado das vítimas da catástrofe, evitando que os seres das sombras roubassem as energias vitais liberadas.
Eles não poderiam fazer nada mais ali.
De um e outro recanto das dimensões próximas à Crosta, iam e vinham equipes socorristas que se dispunham a tempo ao trabalho de auxílio em nome do Cordeiro.
Aquilo que fora estudado e engendrado pelos dragões somente em parte fora consumado, pois os guardiões haviam previsto e desvendado muitos dos planos, de maneira que o auxílio foi providenciado com antecedência.
Por iniciativa dos dragões, a conferência havia sido planejada com os mínimos detalhes, e fazia parte do fechamento daquela assembleia a demonstração de poder das entidades pérfidas.
Entretanto, o plano fora descoberto pela equipe espiritual dos guardiões, que, juntamente com médiuns desdobrados e seus mentores, trabalhavam para que a ordem fosse restabelecida, embora os transtornos emocionais e físicos causados.
Tudo isso produziu em mim intensas reflexões.
Fiquei a imaginar quanto falta aos nossos irmãos encarnados se fortalecerem em conhecimento, disciplina, garra e organização para enfrentar, de igual para igual, essas questões tão sérias e intricadas, que guardam relação estreita com as comunidades umbralinas e subcrostais que operam com o objectivo de retardar o progresso a humanidade.
— Temos diante de nós um desafio imenso — principiou Pai João, surpreendendo-me em meus pensamentos, ditando-me alguns apontamentos e observações.
É inadiável actualizar o conhecimento espiritual, capacitar os médiuns, instrumentalizando-os com estudo e novas técnicas, além de fundamentar nossas acções nos princípios éticos do Evangelho do Cristo.
Estamos no meio de uma batalha espiritual sem precedentes na história.
Somos nós os chamados para a hora do Armagedão.
"Médiuns, nossos irmãos e parceiros, a urgência da hora exige de vocês — assim como de nós, espíritos — um comprometimento integral com a causa do bem.
Não há lugar para vacilações e dúvidas, nem tempo para pestanejar.
O momento histórico e espiritual que vive o planeta Terra chama-nos à responsabilidade, e quem não se colocar como instrumento das forças superiores do bem e da luz já está, por si só, entregando-se como instrumento da discórdia e das forças de oposição ao Cordeiro.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:59 pm

Invistamos no conhecimento superior — prosseguiu o pai-velho.
Sejamos nós os trabalhadores da ultima hora, porém aqueles que se especializam para o enfrentamento das questões sérias desencadeadas pela obsessão em suas formas mais complexas, mas nem sempre subtis.
O Plano Superior aguarda novos parceiros, e não apenas médiuns passivos.
Espera instrumentos participativos e actuantes, para que a vitória das falanges do bem seja decisiva, e a Terra, em breve, seja liberada da carga tóxica e das energias densas que a mantêm na retaguarda da evolução."
Após nossas observações no tocante ao reino das sombras, emergimos das regiões abissais em direcção às claridades do lar espiritual que nos abrigava, retomando a roupagem fluídica que nos era própria.
Raul, por sua vez, vinha connosco, depois que João Cobú o reconduziu para refazimento em estância superior.
Deveria restabelecer-se, liberando o corpo espiritual de eventuais resíduos, e, sob a tutela dos nossos benfeitores, sua saúde, razoavelmente comprometida, poderia alcançar relativo equilíbrio.
Fomos recebidos por Joseph Gleber, que pessoalmente nos abraçou, enquanto juntos, em oração, agradecíamos ao Pai pelas oportunidades e nos colocávamos sempre dispostos a novos investimentos que porventura nos fossem dirigidos.
Não havia dúvida de que as reflexões advindas das últimas experiências enriqueceram nosso espírito, que se preparava para novas frentes de trabalho, que, com certeza, seriam prodigalizadas a todos nós.

Portanto, não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo.
Basta a cada dia o seu próprio mal.

Mateus 6:34

Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo, e cresceste e te engrandeceste, e alcançaste grande formosura.
Formaram-se os teus seios e cresceu o teu cabelo; contudo estavas nua e descoberta.

Ezequiel 16:7
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:59 pm

b]POSFÁCIO UM ESPÍRITO DIFERENTE[/b] POR LEONARDO MOLLER EDITOR

Preocupado com o andamento das actividades da Casa dos Espíritos Editora — casa dos espíritos, e não dos espíritas que nela trabalham, como fazem questão de periodicamente lembrar os imortais responsáveis por sua fundação —, Robson Pinheiro, de repente, resolve indagar o espírito Joseph Gleber sobre o futuro próximo dos trabalhos.
Como um dos dirigentes espirituais da obra encabeçada pelo médium, que ainda compreende a Sociedade Espírita Everilda Batista e a Aruanda de Pai João, o espírito do físico nuclear alemão, personagem coadjuvante em Legião, desconversa, para evitar estender o assunto.
Apreensivo, porém, em virtude dos dramas graves de saúde que o acometiam durante toda a produção deste livro, o autor encarnado insiste.
Conforme argumentava o médium, a Editora — fundada por ele sob orientação dos imortais, dada primeiramente através da pena de Francisco Cândido Xavier — fora inaugurada, sobretudo, para a publicação dos livros recebidos através de sua própria psicografia.
Caso fosse desencarnar em breve, como fariam os companheiros — 11 funcionários além de mim, editor — frente ao áspero desafio de manter uma casa publicadora em operação com somente pouco mais de 20 títulos em catálogo?
Será que os espíritos trairiam, pela primeira vez, sua confiança, pensou ele, entregando-lhe nas mãos tamanha fonte geradora de angústia ou, no mínimo, de inquietação, ao cruzar para o outro lado da vida?
Não sei bem ao certo se procedem as cogitações de Robson, e se de fato sofreria tanto, no mundo extra físico, com a ausência de originais para publicarmos.
As elucubrações nossas, afirmam tanto os benfeitores que nos dirigem quanto a codificação kardequiana, diferem muito entre si, quando se compara o que nos aflige em vigília com aquilo que pensamos afastados do corpo físico, em carácter temporário ou definitivo.
A iminência de desencarnar não é facto inédito para Robson.
Conforme chega a mencionar em sua introdução a este livro, no ano de 1997, esteve completamente desenganado pelos médicos, que lhe deram no máximo 3 meses de vida, o que já contrariava todos os prognósticos até ali.
Para o espanto geral, porém, o médium escapou, sem sequela alguma, de uma infecção generalizada que o fizera mergulhar em 19 dias de coma.
Surpresa inclusive para os amigos espíritas, que chegaram a lhe cochichar no ouvido, durante o coma:
— Pode morrer em paz, irmão Robson, pois lhe cederemos o caixão e a tumba previamente adquiridos por nossa família...
Nada como a sensibilidade e a generosidade na hora de exercer a bendita caridade, não é?
Um amigo espiritual mais debochado denomina, ironicamente, de crises de caridade esses arroubos de bondade e enlevo que acometem, mais ou menos esporadicamente, os adeptos do espiritismo.
Quando extrapolamos o limite do bom senso, querendo exterminar as dores alheias com nossa emoção desmedida e sem governo, ele sempre alerta, no maior bom humor:
— Não vai dar crise, né? Veja lá, hein?
Vou chamar o Joseph para você! — referindo-se ao mentor espiritual, conhecido por seu temperamento ágil e pelas palavras directas, ainda que sempre amorosas, na hora das admoestações necessárias.
A sobrevivência de Robson não se deveu mesmo a equívoco dos médicos em suas previsões, elas seriam acertadíssimas, caso não fosse a intervenção que sucedeu, digamos, excêntrica, para os parâmetros dos profissionais da saúde.
Seus erros se deram todos muito antes, durante e após a internação de emergência — desde a admissão no bloco cirúrgico, feita sem os exames de praxe, até a sutura, prova inconteste de desleixo e negligência, que lhe deixou uma cicatriz 10 vezes maior do que o necessário.
Foi o próprio Robson, desdobrado, sobre a maça, que chegou a ouvir do doutor, no hospital:
"Vou fechar de qualquer jeito, pois esse não vai resistir, de maneira alguma".
No instante exacto em que os médicos adentraram a UTI e se aproximaram da maça, ao fim do período de coma, o inesperado aconteceu.
Esperavam efectuar a operação autorizada, ainda que a contragosto, pelos parentes de Robson Pinheiro:
desligar os aparelhos que mantinham sua respiração.
De súbito, o médium põe-se sentado na cama, num só movimento, dotado do vigor de um homem perfeitamente saudável, que o parecia possuir, e declara:
— Estou tirando meu médium daqui! — na verdade, a voz que ressoa pelo quarto, carregada pelo forte sotaque alemão, não era precisamente de Robson, mas do médico Joseph Gleber.
Com as próprias mãos de seu pupilo, tomadas assim que pronunciou as breves palavras, o espírito vai arrancando cada um dos fios que prendiam o corpo de Robson aos equipamentos.
Robson, que possui como característica a inconsciência dos factos ocorridos durante o transe medianímico, não se recordaria de nada posteriormente, tomando conhecimento do acontecido pela boca das testemunhas mais achegadas a ele, entre as mais de 15 cujas convicções foram postas em cheque naquela tarde, no hospital.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:59 pm

A seguir, é o espírito Pai João de Aruanda, o mesmo que conduz as experiências relatadas neste Legião, que levanta o corpo quase moribundo da cama, com pouco mais de 50kg, em um homem antes corpulento, que pesava mais de 80kg.
Sai a caminhar pela ala hospitalar, rumo ao apartamento, deixando estupefactos os que topavam com aquele ser lânguido a passear pelos corredores, com as vestes de mau gosto habitualmente usadas em recintos deste tipo.
Como se não bastasse, já no quarto, Pai João, incorporado no médium, assenta-se sobre a cama, com as pernas cruzadas em posição de índio, e dispara a cantar.
Isso mesmo, entoa cânticos de preto-velho, em alto e bom som, com toda a potência extraída da garganta do médium, secundada pela devida cota de seu ectoplasma:
"Cadê a minha pemba cadê a minha guia/ minha terra é muito longe/ meu gongá é na Bahia..."
Era apenas o início da revitalização do médium.
Para a loucura generalizada, desde a primeira tentativa dos médicos e enfermeiros de se aproximarem do doente quase morto, uma barreira energética — invisível, porém concreta e actuante — impede que qualquer um se acerque do corpo de Robson Pinheiro.
— Não se aproxime, doutor, não adianta nem tentar.
O que está acontecendo aqui o senhor não poderá explicar.
Quem esclarece é Marcos Leão, amigo do peito do médium, desde bem antes da fundação da casa espírita citada anteriormente, datada de 1992.
Resumida toda a história de 1997 — digressão das digressões... —, é hora de retomar os acontecimentos de 2006, nas vésperas da publicação de Legião, no que dizem respeito à preocupação de Robson Pinheiro, manifesta ao espírito Joseph Gleber na conversa a que fiz alusão, no início deste texto.
Ela prossegue mais ou menos assim:
— Espere o resultado do livro Legião, meu filho, antes de reclamar — retruca Joseph Gleber.
Depois, se tiver algo a dizer, poderemos ouvi-lo.
— Ah! Ainda bem que, pelo menos, nossos livros agradam ao público... — comenta Robson, um tanto desolado.
— Nada disso — pondera decidido o mentor.
Nossos livros não agradam coisa nenhuma!
Livros para agradar já temos aos montes por aí; nossos livros incomodam, abalam estruturas.
É por isso que os produzimos: para provocar desconforto, mudança, reflexão.
Se não for assim, não há razão para existirem.
Como editor, meditei muito nas palavras do orientador espiritual.
E são verdadeiras, graças a Deus.
Todos nos orgulhamos profundamente do catálogo que temos na Casa dos Espíritos, pois os títulos, sem excepção, desde o Canção da esperança, vieram para tratar de temas originais, senão inéditos, ou com enfoque singular:
HIV/aids na época do famigerado grupo de risco, corpo mental e duplo etérico em detalhes, no livro Medicina da alma, quando apenas referências breves tinham sido feitas a seu respeito na literatura espírita, por André Luíz...
E assim por diante, passando por Tambores de Angola e Amanda, os romances best-sellers de Ângelo Inácio, que abordam de modo corajoso, respectivamente, a umbanda e o espiritismo sob a perspectiva histórica, e o trabalho de pretos-velhos, exus e caboclos sob a óptica espírita. Inúmeras pedradas nos custaram tais publicações.
No entanto, muito mais relevantes são o gozo e a satisfação de saber que ternos dado nossa contribuição efectiva para a quebra de tabus e o fim de preconceitos, de tal forma que possa ruir a mentalidade tacanha, antiga e decadente que teima em persistir no pensamento de um bocado de espantalhos e seu séquito, que têm em Kardec um estranho, desconhecendo por completo a essência de sua atitude pioneira.
E por essas e outras que estamos aqui a destacar alguns pontos que merecem observação mais detida nesta obra que ora publicamos — Legião:
um olhar sobre o reino das sombras, de Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio.
Primeiramente, é preciso comentar que há conteúdo relevante nos romances do autor espiritual.
À semelhança do que defende Yvonne do Amaral Pereira em uma de suas obras de relatos autobiográficos, Devassando o invisível, no capítulo intitulado Romances espíritas, acreditamos que esse tipo de texto tem a finalidade de seduzir o leitor, pela forma narrativa e cativante, para temas fundamentais da doutrina espírita.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:59 pm

Nada contra historietas de amor medieval, ou então de paixões lancinantes no Antigo Egipto, que se repetem no mundo contemporâneo — o enredo por excelência dos folhetins psicografados...
Mal-e-mal apresentam a reencarnação, e é inevitável indagar, ao virar cada página, onde foram parar as discussões que interessam ao espiritismo.
Seja como for, todos os livros têm seu papel, e a liberdade de expressão é das mais nobres e prezadas conquistas da humanidade, ou de parte dela, que de facto goza dessa prerrogativa.
Não pretendemos dela abrir mão, nem ressuscitar o indexprohibitorum — que, mesmo transcorridos tantos anos desde que O livro dos espíritos foi para a fogueira em Barcelona, ainda no séc. XIX, a mando da Santa Inquisição, lamentavelmente está tão em voga em alguns redutos espíritas, mas agora perpetrado pelos seus próprios adeptos.
Mas, com gratidão aos céus, nossos livros, que editamos na Casa dos Espíritos, não têm nada daquela temática convencional.
Não consistem em simples entretenimento; muito pelo contrário, trazem cultura espiritual.
Nesse sentido, os romances de Ângelo querem mirar temas da espiritualidade sob enfoques o-ri-gi-nais.
Se não por esse critério, o da originalidade, por que outro motivo algo deve merecer a publicidade?
Não desejamos chover no molhado, nem imprimir palavras ao vento, que somem das prateleiras e morrem, no máximo, na segunda tiragem, ou mesmo antes disso, escondidas atrás da poeira, no estoque de livros da própria editora.
(Conhecem a piada corrente no meio editorial, no Brasil?
Vá lá, um pouco de entretenimento não faz mal a ninguém:
Sabe como o editor comete suicídio?
Pula da pilha de encalhes!)
Em segundo lugar, especificamente em Legião, ganha relevo a brincadeira, ou melhor, o passeio que Ângelo faz pelos diversos estilos de escrita.
Alterna narrativas electrizantes com descrições detalhadas, discursos longos com diálogos breves, aulas formais com bate-papos coloquiais, formas consagradas na redacção de livros espíritas — à moda de André Luíz e suas reportagens —, e nos presenteia com a poesia exuberante do capítulo final.
É interessante notar que o autor não avisa, em momento algum, que assim procederá, muito embora recomende atenção às entrelinhas, mais importantes, num certo sentido, que as palavras que compõem sua obra, segundo diz.
De acordo com o que pudemos especular, com base na convivência com os espíritos da apaixonante equipa que nos tutela os passos, a intenção dele é "afrouxar" a ortodoxia que tomou conta da avaliação das comunicações espíritas, ou mediúnicas, como dizemos hoje.
Engessamos os espíritos, esquecendo o princípio que perpassa o texto de Kardec em O livro dos médiuns — notadamente, sobre esse particular, no capítulo Da identidade dos espíritos (cap. 24).
Em seu lugar, adoptamos o seguinte critério:
"Para ser de fulano de tal, tem que ser assim, assado".
Ora, não é o fim do mundo?
Fazemos os espíritos reféns de sua personalidade, seja enquanto encarnado, caso tenha nome conhecido, seja considerando a história de sua produção medianímica.
Acaso aos espíritos é vedado o direito de mudança interior, que se reflecte na escolha de novos temas e estilos?
Isso vale não só para a literatura, mas para outras formas de expressão mediúnica, como a pintura e as artes, de modo geral.
Situação análoga costuma ocorrer com atores profissionais, segundo frequentemente reclamam, convidados somente para um tipo de papel, quando através dele conseguiram alcançar fama ou reconhecimento.
Há que se certificar, primeiramente, do que vem a ser estilo, coisa que muitos estudiosos espíritas ignoram, e, em seguida, compreender que esse é apenas um dos elementos para julgar a procedência de uma comunicação.
Há outros parâmetros a serem levados em conta.
Do contrário, onde estaria o espaço para a flexibilidade?
Onde, a maleabilidade que os médiuns devem oferecer, na medida do possível?
No extremo oposto, estão os médiuns rígidos, classificados como exclusivos, sobre os quais Kardec é taxativo, ao reproduzir passagem atribuída provavelmente aos espíritos de Erasto ou Sócrates:
"É mais um defeito [a falta de maleabilidade] do que uma qualidade e muito próximo da obsessão" (op. cit., cap. 16, item 192).
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 9:00 pm

Além da razão citada, que é uma provocação indirecta, embora clara, com referência a nossos maneirismos e preconceitos na prática espírita, devemos pontuar outros razões para a opção pela diversidade de estilos.
O autor espiritual é profícuo e criativo e, justamente por ter padecido do engessamento a que nos referimos anteriormente, como jornalista e escritor que foi, em sua experiência física mais recente, hoje quer usufruir da liberdade que a vida espiritual lhe oferece, desvinculado da crítica literária e das convenções mundanas a que esteve submetido.
Basta olhar sua produção mediúnica, somente através de Robson Pinheiro, para se ter uma ideia do que está sendo dito, acerca da multiplicidade de facetas por ele apresentadas.
Intenta também, com essa providência, escapar a qualquer intenção de identificação de sua personalidade nos anais da literatura, reserva mantida até em respeito a diversos de seus familiares, que permanecem encarnados.
Como factor seguinte, que enumeramos em terceiro lugar, deve-se salientar que há diversos ângulos possíveis para se estudar o livro Legião, alguns deles mais evidentes ao leitor atento, especialmente num segundo exame.
Por exemplo, o relacionamento entre o médium e seus amparadores espirituais.
Nada de perfeição ou santidade, em nenhum dos lados, mas de superação dos medos e limites de cada um.
Nada de linguagem sisuda ou excessivamente formal, mas interacção condizente com a realidade actual e o relacionamento de amizade e afecto que une ambas as partes.
Nada de mentores sabe-tudo, como alguns imaginam, que orientam o mínimo gesto, mas atmosfera de colaboração activa, em que há campo para iniciativa de todas as partes.
Ser mais experiente, ou evoluído, como talvez prefiram os ortodoxos, não implica conhecer tudo nem ter, na ponta da língua, solução antecipada para todos os desafios e percalços da jornada; tampouco significa certeza absoluta de acerto, nem extinção do espaço para sugestões dos aprendizes.
O processo de ensino e aprendizagem, como sabem os educadores, é via de mão dupla, em qualquer contexto em que ocorra.
É possível apontar ainda um conjunto de informações que perpassa toda a obra, da primeira à última linha, com relação à descrição do panorama extra físico.
Ao contrário do que muitos insistem em postular, o quotidiano da tarefa espiritual não é "todo mental", nem baseado na lógica do "basta querer, que, se a vontade for firme, acontece".
Estão aí dois grandes engodos gestados sabe-se lá onde, mas que vigem com tenacidade no meio espiritualista.
Não só não é assim, como a realidade está bastante longe disso, e com muito mais propriedade nas esferas mais densas, materializadas, astrais.
Quer uma prova cabal do que defendemos?
Vamos a algumas perguntas indutivas sobre o "basta querer".
Se fosse do modo como querem alguns, por que não estaria a humanidade livre por completo de mazelas e sofrimentos?
Porventura alguém deseja penar com ardor, consciente e indefinidamente?
Se basta querer, por que motivo você ainda não concluiu a propalada reforma íntima, leitor, expurgando todos os conflitos internos?
E mais: por que não é tudo cor-de-rosa no panorama mundial?
Acaso os espíritos superiores, da esfera de Jesus, não querem um planeta feliz?
Ou será que sua vontade não é suficientemente forte?
Analisando agora a primeira afirmativa:
Por que os espíritos verdadeiramente superiores precisariam trabalhar connosco e com nossos benfeitores espirituais, se tudo está no âmbito mental?
Por que, com o poder da mente, eles não socorrem os espíritos no umbral, à distância, apenas com a irradiação de seu pensamento magnânimo?
Onde ficaria nosso aprendizado, se assim sucedesse?
Chega de falácias!
Devemos conhecer melhor os mecanismos da realidade extra física.
Poderíamos ainda discorrer longamente sobre tudo o mais que Ângelo, Pai João e Jamar ricamente trazem em seu Legião, apontando detalhes e nuances, mas aí estaríamos subestimando a inteligência do leitor, bem como estendendo o propósito deste artigo, de posfácio, para apostila...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 9:00 pm

Nossa intenção é, sobretudo, instigar a reflexão e provocar o debate, de tal maneira que, ao chegar ao fim desta obra, ela não vá parar em sua estante, relegada ao pó.
Que se aproveite o manancial fértil que tem para oferecer, e se desperte o desejo de conhecer, aprofundar, estudar mais, formar grupos de discussão...
Enfim, ir além da superficialidade, que ameaça condenar os dias actuais, solapando os melhores esforços para o crescimento.
Levante polémicas, questione, ainda que seja para discordar, para reforçar sua convicção em pontos de vista contraditórios ao que está aqui exposto.
Óptimo! Que sem graça seria o mundo caso pensássemos todos de forma igual.
Ou, pior, se tivéssemos que nos privar de emitir nossa opinião porque divergir implica estar "mal-assistido" ou obsediado, como sugerem alguns religiosos fanáticos, e levasse necessariamente a brigas e contendas.
É tempo de amadurecer.
É hora de reencontrar Kardec, esquecido em emboloradas bibliotecas do centro espírita.
Ele, o homem da ousadia, da troca de ideias, da argumentação fundamentada, das perguntas intrépidas — que fizeram o parto de O livro dos espíritos — e das respostas brilhantes aos contraditores, reunidas na Revista espírita e sintetizadas em Que é o espiritismo?.
Despedimo-nos com um até logo, convidando-o a ficar atento ao lançamento dos volumes II e III da trilogia O reino das sombras, ao longo do ano de 2007.
Ângelo ainda tem muito mais para chacoalhar, tanto nas estruturas do astral inferior, como nas próprias sombras da nossa intimidade.
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 9:00 pm

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAS NOTAS E CITAÇÕES

AZEVEDO, José Lacerda de. Espírito/matéria: novos horizontes para a medicina. Porto Alegre, RS: Casa do Jardim. 8a ed. revista e ampl., 2005.
BÍBLIA SAGRADA. Nova Versão Internacional, 1993/ 2000. São Paulo: Ed. Vida.
BÍBLIA. Edição contemporânea da tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Ed. Vida, 2004.
(Opção de tradução mais apropriada, segundo nosso julgamento, conforme a ênfase tencionada para cada passagem reproduzida.)
DICIONÁRIO Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, RJ: Objetiva, 2004.
KARDEC, Allan. A génese, os milagres e as predições segundo o espiritismo. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2002.
Tradução de Guillon Ribeiro.
_____. O Evangelho segundo o espiritismo. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2002.120a ed., tradução da 3a ed. francesa, por Guillon Ribeiro.
_____. O livro dos espíritos. Rio de Janeiro, RJ: FEB, s.d..
Tradução da 2a ed. francesa, por Guillon Ribeiro.
_____. O livro dos médiuns ou guia dos médiuns e dos evocadores. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2003. 71a ed., tradução da 49a ed. francesa, por Guillon Ribeiro.
_____. Obras póstumas. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2005.
Tradução da 1a ed. francesa (1890), de Guillon Ribeiro.
_____. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004/2005.
Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 12 volumes: ano i (1858) a ano xn (1869).
MIRANDA, Hermínio. Diálogo com as sombras. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1976. 21a ed., 2006.
PEREIRA, Yvonne do Amaral. Devassando o invisível. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004.1a ed. especial; ed. original: 1963.
PINHEIRO, Robson. Pelo espírito Ângelo Inácio. Aruanda: magia negra, elementais, pretos-velhos e caboclos sob a óptica espírita. Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2004. 7a reimpr., 2006.
___. Pelo espírito Joseph Gleber. Além da matéria: uma ponte entre ciência e espiritualidade. Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2003. 6a reimpr., 2006.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Pelo espírito André Luíz. Evolução em dois mundos. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2002. 20a ed.; 1a ed.: 1958.
XAVIER, Francisco Cândido. Pelo espírito André Luíz. Libertação. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2003. 1a ed. especial; ed. original: 1949.
_____. Pelo espírito André Luíz. Nosso lar. Rio de Janeiro, RJ: FEB. Edição original em 1943.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122555
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 6 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 6 de 6 Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos