LUZ ESPÍRITA
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LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 02, 2014 9:27 pm

Quanto a mim, naturalmente, afastei-me para registar aquilo que ouvira — não podia perder a oportunidade.
O trabalho não parava por aí.
Afinal, apenas o equivalente a um período diurno tinha transcorrido.
Mais tarde, traríamos o médium Raul para nossa dimensão, a fim de dar prosseguimento às tarefas programadas.

Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
Romanos 1:22

18 Segundo a conceituação espírita, licantropia e zoantropia são patologias espirituais caracterizadas pela adopção de aparência animal ou animalesca pelo perispírito.
Respectivamente, dizem respeito à transformação em lobo, especificamente, e em qualquer animal, de modo geral, apesar de o primeiro termo não raro ser empregado de maneira indiscriminada.

(Ver bibliografia: MIRANDA, Hermínio. Diálogo com as sombras, ed. FEE, cap. n, item 2, p. 114-121, entre outros.)

19 Termo provavelmente cunhado pelo espírito André Luíz, que relata a existência de ovóides nos livros Libertação e Evolução em dois mundos (ver bibliografia).
Assim como ocorre com as zoantropias, a perda da forma perispiritual humana pode se dar por auto-indução, em casos graves, mas comummente é provocada por espíritos experientes através de técnicas de hipnose e sujeição mental profundas.


20 Para aqueles que eventualmente se assustam com a postura enfática e determinada que o personagem recomenda, que visa despojar as entidades do mal de seu poder temporário, é oportuno relembrar Jesus.
Não há uma circunstância sequer nos relatos do Evangelho em que ele tenha se posto a dialogar amistosamente com espíritos perversos, buscando reverter processos obsessivos graves e dissuadir seus autores através da persuasão.
Segundo a terminologia bíblica, ele expulsava os demónios com linguagem impositiva, baseando sua metodologia na ascendência moral ímpar que possuía.
A título de exemplo, podem-se citar algumas passagens:
O endemoninhado gadareno (Mc 5:1-20), A cura do endemoninhado na sinagoga (Lc 4:33-36) e A cura do menino lunático (Mc 9:14-29).
Além disso, interpretamos a questão de O livro dos espíritos transcrita a seguir como um convite — senão uma intimação — dos espíritos superiores para que os trabalhadores do bem tomem as rédeas do processo em suas mãos, demonstrando convicção, ousadia e determinação compatíveis com aquelas que observamos nos maiorais das trevas.
"Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?'
Por fraqueza destes.
Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.
Quando estes o quiserem, preponderarão?'

(Op. cit,, item 932, parte iv, cap. l, Felicidade e infelicidade relativas.}
Na verdade, especulamos até se, em vez da timidez grifada por nós, os espíritos não pretenderiam ter dito covardia, abstendo-se de chamar-nos a todos de covardes por pura polidez...
Jesus parece ter adoptado cuidado semelhante ("Ele disse aos discípulos:
Por que sois tão tímidos!.
Ainda não tendes fé?" — Mc 4:40), se bem que não poupou seus seguidores mais chegados de diversas reprimendas, como no trecho:
"Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês?
Até quando terei que suportá-los?"
(Mt 17:17 — grifos nossos).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 02, 2014 9:27 pm

21O personagem Jamar faz alusão a técnicas e procedimentos familiares à apometria.
O exemplo citado consiste na técnica denominada despolarização dos estímulos da memória, descrita pelos estudiosos da matéria.
Como apometria é um nome que desperta reacções intempestivas e preconcebidas - sejam favoráveis ou contrarias à sua prática - por parte de muitos adeptos do espiritismo e da umbanda, fazemos questão de recomendar o exame isento de Pagamentos das técnicas apométricas mostradas nesta obra e, em seguida, ir directamente à fonte, isto é, aos livros daquele que cunhou o termo apometria e enunciou as leis que regem essa ferramenta de trabalho.
A obra pioneira é Espírito/matéria: novos horizontes para a medicina, de José Lacerda de Azevedo (ver bibliografia).
Ao contrário do que apregoam árduos combatentes ou defensores fanáticos, o ensaio trata tão-somente do estudo e desenvolvimento de uma técnica para aplicação em reuniões mediúnicas, e não de algo que veio demover ou substituir qualquer filosofia erigida anteriormente, muito menos o espiritismo ou o corpo doutrinário umbandista.
Como se poderá ver, todas as afirmações do autor têm como base os preceitos inequívocos que Allan Kardec traçou em O livro dos médiuns, no qual estabelece os fundamentos para o intercâmbio com o mundo invisível.


22 É novamente Jesus quem deixa claro em seus ensinamentos a importância do factor mudança para pôr fim a processos de dominação infeliz, ressaltando a urgência da modificação interior e, por conseguinte, da conduta do sujeito "curado".
Isso fica patente em vários momentos, desde a recomendação sintética que dá à mulher que seria apedrejada, após libertá-la de seus algozes — "Vá e não peques mais" (Jo 8:11) —, até o alerta ao homem que fora curado em Betesda:
- "Olha, agora já estás curado.
Não peques mais, para que não te suceda coisa pior"
(Jo 5:14).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 02, 2014 9:27 pm

CAPÍTULO 7 - CIÊNCIA ASTRAL E CIENTISTAS

A convite de Pai João de Aruanda, fomos visitar uma das inúmeras bases de espíritos cooperadores ou parceiros dos magos negros. Intitulavam-se cientistas seus integrantes.
O médium Raul foi projectado em nosso plano através de passes magnéticos; inteiramente absorvido pela ideia, desejava saber mais detalhes a respeito da tão falada falange dos seres que colaboravam com os magos.
Tivemos de adensar muitíssimo nossas vibrações, a fim de nos adequarmos à situação do ambiente para onde demandaríamos.
O lugar era incrustado no interior do planeta, embora não soubesse dizer a distância exacta, pois foi necessário que descêssemos vibratóriamente em direcção às profundezas abissais.
O fundo do oceano fora há muito ultrapassado, até que pudemos avistar a zona de actuação dos cientistas — ou melhor, um imenso complexo, localizado em regiões onde a luz do sol não poderia chegar.
Nossas coordenadas no astral correspondiam ao conhecido Triângulo das Bermudas, área do Oceano Atlântico próxima à costa leste da Flórida, no sul dos EUA.
Diante de nós, erguia-se uma imponente estrutura, composta por prédios ligados entre si, conferindo-lhe aparência de meia-lua.
Havia alguma luminosidade no ambiente, mas não era de origem natural, e, naquele momento, não pude identificar a procedência.
O aeróbus deixou-nos em dado local, de modo que não pudesse ser percebido por nenhum espírito da falange dos cientistas.
Tivemos de recorrer ao veículo, que nos fora cedido para as investigações e pesquisas extra-físicas, devido, principalmente, à densidade das vibrações que encontraríamos.
Connosco, vinha um enorme contingente de membros da equipe dos especialistas, comandados por Jamar, além de outros guardiões, de uma hierarquia superior, os quais faziam parte do chamado comando de inteligência extra física.
Desta vez, porém, os guardiões que nos acompanhavam eram seres experientes ao extremo no trato com as questões científicas, pois ali precisaríamos desse tipo de conhecimento.
Quem sabe poderíamos topar com situações nas quais fosse preciso uma intervenção mais directa?
O mundo astral, com os desafios que lhe são peculiares, sempre exigiu o dispêndio de grande quantidade de energia mental por parte de espíritos socorristas, tarefeiros do Mundo Maior, e dos demais espíritos em trabalho no meio adverso em que consiste essa dimensão.
Era fundamental manter elevação de pensamentos, além de profunda vigilância em relação às chamadas zonas de alta periculosidade e seus habitantes.
Aquelas eram regiões de difícil acesso, inóspitas mesmo para as equipes espirituais habituadas, fato que não se devia somente à presença das falanges do mal.
É que a matéria astral nas esferas inferiores parece se aglomerar de uma forma especial.
As moléculas e os átomos que a compõem aglutinam-se, comportando-se de maneira idêntica a uma nuvem de poeira num redemoinho, fazendo com que muitas vezes sejam observadas reacções violentas na natureza extra física, que lembram fenómenos como uma tempestade de areia ou um tsunami, com suas consequências desastrosas.
Não que esse seja o estado natural da matéria ali encontrada, mas assim ocorre em virtude dos pensamentos e emoções desarmónicos, gerados de ambos os lados da vida, que têm seu produto atraído ou arrastado para esse espaço por causa de sua alta densidade.
Em um ambiente de energias e fluidos tão robustos e densos, a volitação nem sempre é possível, mesmo considerando a força mental e o poder de irradiação do pensamento de algumas entidades mais experientes.
Já que a matéria mental comporta-se de forma desordenada, devido à quota de pensamentos desequilibrados dos habitantes dos dois planos da vida, torna-se impraticável, em alguns momentos, simplesmente deslizar em meio a fluidos tão materiais quanto os que vemos nessas regiões inferiores.
Além disso, as entidades socorristas — nem sempre espíritos iluminados, de altíssima espiritualidade — regularmente encontram verdadeiro perigo rondando suas caravanas, como as maltas de obsessores e os elementos criados através da ideoplastia das inteligências sombrias.
Fortalezas, armadilhas, covis e antros dominados por seres ardilosos e experientes na arte da guerra são encontrados aqui e acolá, além dos redutos governados pelos chamados donos do poder, os chefes de legiões e seus subordinados.
Ao participar dessa experiência, Raul não se conteve: queria a todo custo algumas explicações a respeito do conhecido veículo aeróbus, um comboio estruturado pelos técnicos do Mundo Maior, em matéria astral. Inquirindo insistentemente Jamar, com quem desenvolvera uma relação de estreita amizade e confiança, o guardião não se fez de rogado:
— Durante muito tempo, os espíritos socorristas se viram obrigados a extraordinário dispêndio de energia mental para se manterem no ambiente hostil das dimensões inferiores e, ao mesmo tempo, desenvolverem suas tarefas de assistência espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 02, 2014 9:28 pm

Diante dessa realidade, aplicando os recursos da engenharia sideral, os peritos do Plano Superior desenvolveram uma ideia ou um cliché, materializando-o, através da concentração da mente nos fluidos do meio astral.
Fizeram isso, primeiramente, a partir da aglutinação de material fluídico existente nas regiões elevadas, conferindo-lhe uma forma aparente, que deu surgimento ao aeróbus, urna espécie de nave que serviria tanto de transporte como de abrigo temporário aos espíritos em missão nas regiões mais densas.
Os problemas inerentes à matéria astral, em constante movimentação, com as variações que lhe são próprias e que decorrem dos pensamentos desorganizados dos habitantes desse mundo de natureza inferior, passaram então a ser enfrentados com melhores condições.
— Na prática, como este veículo serve aos espíritos socorristas? — insistiu Raul.
Isto é, como ele auxilia na economia da energia mental utilizada pelos espíritos que trabalham nas regiões mais densas?
E mais, se o aeróbus é um veículo, de qual combustível ele necessita para sua locomoção?
Sempre me deparei com tais questionamentos quando via nos livros de André Luiz23 menção a seu respeito.
Retomando a palavra, Jamar explicou com maiores detalhes, pois, afinal, ele e sua equipe utilizavam com frequência o veículo para suas actividades nas zonas conhecidas genericamente como trevas.
— O aeróbus tem por finalidade dinamizar o transporte dos espíritos sem consumir larga quota de energia mental, a qual poderá então ser direccionada a outras actividades.
Esse veículo astral é capaz de se mover a velocidades incríveis e de se adaptar às constantes mudanças de ambiente, de acordo com a dimensão em que os tarefeiros encarnados e desencarnados estagiam.
Absorvendo energias do imenso reservatório natural, usa como combustíveis a própria matéria astral e as partículas de antimatéria do ambiente astralino, elementos que têm a vantagem de nunca se esgotar.
Os cientistas da alta espiritualidade desenvolveram uma forma de transformar a matéria mais densa das regiões inferiores, utilizando usinas e transformadores tão potentes que sua eficácia supera em muito as usinas atómicas da Terra.
Equiparam cada aeróbus com essas mini-usinas, capazes de acelerar as partículas sub-atómicas da matéria astral e exercer empuxo para que o aeróbus atinja a velocidade desejada pelo espírito que o conduz.
— Quer dizer que a tecnologia usada para movimentar o veículo astral utiliza a própria matéria do plano extra físico?
Nesse caso, como enfrentar as dificuldades decorrentes da excessiva materialidade das regiões mais inferiores, como nas zonas subcrostais ou nas chamadas trevas?
A pergunta de Raul tinha procedência, pois, baseando-se no que tem sido divulgado, ninguém imagina que os espíritos tenham dificuldade de se locomover em regiões inferiores.
Se porventura imaginam, pelo menos não externam suas dúvidas, de modo a possibilitar aos espíritos a ocasião de respondê-las. Jamar, vendo o interesse autêntico de Raul, não demorou a esclarecer:
— Existe outra fonte energética, que poderá ser utilizada de acordo com a densidade do meio ambiente, ou seja, ao serem visitadas regiões mais profundas, próximas ao centro da Terra, em cuja estrutura astral se observa aumento de radiação dos elementos altamente pressurizados ou dos minerais radioactivos.
O ectoplasma doado por médiuns conscientes da importância desse substrato é armazenado em cápsulas e levado aos laboratórios do invisível.
A seguir, é trabalhado num equipamento sideral semelhante a um acelerador de partículas, que os físicos terrenos denominam ciclotrón, no qual os elementos ectoplásmicos são isolados e pressurizados, despertando forças ainda desconhecidas pelos encarnados.
Essas cápsulas de energia obtidas pelo ectoplasma modificado servem também para a propulsão do aeróbus, além de alimentar outras máquinas e aparelhagens criadas pela tecnologia astral superior."
— Fico imaginando o alcance ou a abrangência do aeróbus...
— Esse modelo específico de aeróbus, ou nave de resgate, como também é conhecido, atende também a outros objectivos — continuou Jamar.
Na realização de excursões a outros planos mais desenvolvidos do universo ou a outros mundos, emprega-se um modelo mais aprimorado desse veículo astral, já que para tal empreendimento é necessário, por parte do espírito, o dispêndio de energia psiônica, denominada ainda força psi ou força mental.
Esses equipamentos voadores ou inter-dimensionais criados pelos espíritos superiores com certeza revolucionaram as possibilidades de actuação nos meios mais densos do astral inferior.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 02, 2014 9:28 pm

Devido a eles, um contingente maior de entidades resgatadas pode ser transferido de dimensão ou elevar-se na atmosfera psíquica do umbral, já que não dominam 34 forças do pensamento organizado e disciplinado.
Sem conter a curiosidade, Raul voltou a indagar:
— Mas o modelo actual em que se locomovem os espíritos é o mesmo descrito por André Luíz ou houve progresso e aperfeiçoamento do veículo astral?
— Nos anos 1930, esses comboios ainda estavam em teste nas chamadas zonas purgatoriais ou umbralinas; contudo, hoje, no século XXI, o Plano Superior dispõe de grande número desses veículos, que foram aprimorados sobretudo devido às necessidades dos diversos grupos de espíritos em actuação nos recantos mais densos do mundo extra físico.
Parece que Jamar, com a resposta condensada à curiosidade de Raul, dava por encerrado o assunto, já que tínhamos muita coisa nos aguardando pela frente.
Viajamos num desses aeróbus para aportar na base dos cientistas.
Sob o comando de João Cobú e Jamar, chegamos à região onde poderíamos observar melhor a actuação das inteligências sinistras.
Antes de deixarmos o veículo que nos conduzia, Pai João resolveu dirigir-nos a palavra, conscientizando-nos a respeito da relevância e do alcance de nossa empreitada:
Esta excursão, como todos sabem, é muito importante não somente para o futuro dos trabalhos de assistência espiritual, pois que seu resultado será transformado futuramente em livro, como também para as equipes socorristas, que operam do lado de cá.
Uma vez que meus filhos encarnados tenham mais informações acerca do modus operandi das entidades do astral inferior, poderão formar parcerias efectivas com nossos mentores, actuando como instrumentos das forças sublimes da vida.
Essa aliança estreita entre espíritos e encarnados mais conscientes será de imenso proveito para se conseguir opor resistência ou, então, enfrentar os graves processos obsessivos configurados como de alta complexidade.
É urgente limitar a acção dos espíritos vingativos e obsessores.
"Levando-se em conta a monstruosa investida dessas entidades do astral inferior contra os habitantes da Crosta e também contra outros desencarnados, torna-se muito louvável um empreendimento destes, do qual participamos.
Não precisamos ficar apreensivos ou temerosos, pois o Plano Superior dispõe de recursos mentais, técnicos e espirituais para fazer frente a qualquer tipo de ataque das trevas.
Depende de nós conhecermos melhor o planeamento e as estratégias dos espíritos envolvidos nessa grande batalha espiritual em andamento nas regiões próximas à Crosta."
Deixando que pensássemos um pouco no sentido de suas palavras, logo após Pai João nos convidou a descer do veículo de transporte e resgate para penetrarmos no ambiente dos cientistas.
Nossa equipe desceu do aeróbus, e logo pudemos observar por que o local fora escolhido pelos cientistas para o soerguimento de sua base.
Andamos apenas alguns passos, e, ao olharmos para trás, onde estava o veículo de transporte, parecia que alguns quilómetros nos separavam do lugar.
Era uma ilusão de percepções causada pela densidade das moléculas astrais, que se entrechocavam, provocando oscilações na atmosfera ambiente.
De repente, uma torre fora avistada, indicando ser o local de acesso ao interior do complexo.
A construção em si causava uma impressão ameaçadora.
Sua estrutura consistia em um material semelhante a rocha ou granito negro.
Nos arredores da edificação, o ambiente parecia intocado, pois o ser humano ainda não possuía condições técnicas para descer àquelas regiões abissais.
Nada sugeria, inclusive, que outros espíritos, além dos cientistas, houvessem povoado esse lugar inóspito, resguardado pelas temperaturas baixíssimas e pela profundidade, inatingível a espíritos comuns.
O certo é que, bem abaixo da superfície dos oceanos, encoberto pelas águas e rochas sedimentadas há séculos, encontrava-se imponente baluarte da técnica astral, na dimensão inferior que visitávamos.
Havia ali uma quantidade enorme de cavernas, que foram revestidas por algum tipo de substância modificada da matéria astral original.
O revestimento das rochas parecia ter sido elaborado com a função de proteger ou barrar eventuais radiações emanadas das profundezas, talvez de algum mineral radioactivo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:10 pm

Essas cavernas eram subdivididas em salões circulares e outros rectangulares, nos quais encontramos armações sobrepostas e alinhadas lado a lado, como se fosse um depósito ou uma espécie de almoxarifado, onde eram guardados aparelhos importantes para o trabalho dos cientistas.
Nesses galpões estavam armazenados os chamados cascões astrais, espécie de seres sem vida, provavelmente esperando o acréscimo de algum componente plasmático ou ectoplasmático, que os despertasse para suas actividades.
Pai João e Jamar pareciam decididos e não queriam perder tempo com observações da parte externa da construção.
Desta vez fui eu quem perguntou a nossos instrutores sobre os cascões astrais ou os ditos clones, embora os ali encontrados estivessem, aparentemente, sem nenhum movimento ou sinal de vida.
Jamar, especialista nessas questões, respondeu-me, com o consentimento de Pai João:
— Um dos temas mais controversos nas discussões atinentes ao astral inferior é o produto da criação mental voltada para a reprodução de seres humanos através de clones ou duplicatas astrais.
Na verdade, não passam de seres artificiais, feitos com ajuda inconsciente de encarnados, pois os pensamentos humanos forjam clichés, que, com o tempo, se transformam em imagens vivas de si mesmos.
De posse dessas criações, os cientistas do astral desenvolveram uma biotecnologia capaz de empregá-las como objecto de intricados processos obsessivos.
A ciência extra física, menos sujeita às barreiras típicas do mundo corpóreo, aprofunda suas pesquisas e alcança resultados, no mínimo, apreciáveis, dignos de estudo.
Minha curiosidade sobre o assunto parecia superar a do médium que nos acompanhava.
Eu ficava fascinado a cada passo ou descoberta dentro do laboratório.
Observando a boa vontade de Jamar em elucidar nossas dúvidas, senti-me, de certo modo, estimulado:
— Como encarar a realidade desses seres artificiais em relação à visão estreita e ao pouco conhecimento de muitos espíritas e espiritualistas?
Como os médiuns enfrentam os argumentos de seus dirigentes ortodoxos quando deparam com seres artificiais, produtos da ciência astral?
Quando se examina a acção de seres inteligentes voltados para uma conduta antiética e imoral, algumas reflexões são necessárias e urgentes — respondeu Jamar, com a solicitude de sempre.
Durante muito tempo, espiritualistas e espíritas viram-se diante da realidade patente da obsessão, porém considerando apenas os tipos clássicos: mono e poli-obsessões, cujos agentes são, respectivamente, um único espírito e dois ou mais deles24.
No entanto, ao enveredar nas investigações psíquicas, os encarnados mais estudiosos notaram que outra metodologia vinha sendo empregada pelas sombras.
Surgiram as primeiras observações quanto às obsessões complexas, que exigiam nova abordagem, além da consagrada técnica de conversação fraterna ou doutrinação.
Entre as diversas ferramentas verificadas para instaurar o quadro obsessivo, descobriu-se, então, embora a relutância em admitir o facto, a existência de seres artificiais gerados em laboratórios do submundo astral.
Juntamente com aparelhos parasitas, implantes de chips, projecção de campos de força ou magnéticos e de acção contínua, tais elementos acabam provocando desarmonias nas células físicas dos encarnados, até mesmo causando processos cancerosos.
Sobretudo, são métodos obsessivos que fogem à definição clássica.
"Todas essas constatações nos levam a encarar a realidade espiritual ou astral considerando a actuação de cientistas, engenheiros genéticos, médicos ou outros peritos dedicados às suas pesquisas, independentemente do efeito devastador que tenham sobre a comunidade humana.
A abordagem do assunto está necessariamente associada a aspectos transcendentais e tem implicações de cunho moral, mesmo que alguns deles discordem desse facto.
Contudo, o desenvolvimento dos chamados clones ou seres artificiais, por parte de cientistas que utilizam técnica astral inferior, não se viu reprimido pelas elucubrações morais, nem tampouco pelos princípios espirituais.
A ideia de criar uma cópia do ser humano com vistas a manipular as pessoas encarnadas foi algo que se afigurou fascinante perante os olhos das entidades envolvidas.
Poderiam ser utilizados amplamente e com imensa flexibilidade para atingir diversos objectivos, muitas vezes inconfessáveis.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:10 pm

Com efeito, para a concretização de seus projectos no astral inferior, era necessária grande quantidade de seres artificiais, que deveriam estar disponíveis para os testes em cobaias humanas, por meio dos quais os cientistas levariam a cabo sua escalada de domínio das consciências."
— Os chamados cientistas agem assim por vontade própria ou, por sua vez, são induzidos a essa atitude profundamente desrespeitosa?
— Sob certa perspectiva, Ângelo, essas inteligências, os cientistas, permanecem até os dias de hoje sendo manipuladas por outras entidades mais perversas ainda, portadoras de conhecimentos mais amplos.
Apesar de que, na hipótese de confrontá-los, possivelmente negarão com veemência essa realidade, pois a ignoravam no passado, e muitos ainda a desconhecem.
"Outros cientistas desencarnados, mais atentos, sabem que os magos negros têm certa ascendência sobre eles e que, de algum modo, dependem dos senhores da escuridão para a obtenção de muitos elementos da vida oculta, necessários aos seus experimentos. Obviamente, os cientistas jamais se safaram inteiramente dessa tutela indirecta exercida por outro poder.
Talvez seja essa a razão por que resolveram manter relações diplomáticas com os magos, possivelmente aguardando o momento de se libertarem e agirem sem o controle desses seres perigosos, que engendram sua própria política de domínio.
Para tanto, em ocasiões diversas, os magos recorriam aos cientistas, que, por sua vez, viam-se obrigados a ceder experimentos em troca da obtenção de recursos da vida astral.
Como suspeitam de que os magos têm ligação com outra formação de poder, superior em hierarquia, por pura motivação política resolveram trabalhar em parceria.
Caso algum dia a legião dos senhores da escuridão seja reconhecida em todo o território astral como figura determinante do poder, os cientistas já estariam preparados, mas não inteiramente submissos."
Dando uma pausa breve nos comentários, Jamar logo prosseguiu, em tom mais grave e ritmo mais lento:
Há décadas que, em determinadas reuniões mediúnicas, alguns dos integrantes suspeitaram ou detectaram a presença de seres diferentes, sem emoções, completamente destituídos de sentimentos.
Contudo, não podiam expressar suas percepções sem que fossem confundidas com imaginação fértil e fantasiosa, ou sem tê-las enquadradas como efeito de puro animismo.
Transcorrido o tempo, esses seres artificiais foram sendo percebidos com maior frequência, e, na actualidade, não se pode desprezar tais criaturas, fruto da tecnologia astral colocada a serviço da obsessão.
"Essa conclusão suscita algumas questões palpitantes, que merecem ser debatidas e estudadas por todos.
Em que casos são mais utilizados os clones?
Como é seu mecanismo de acção e com quais finalidades entram em cena?
Uma tecnologia tão avançada não é facilmente viabilizada, nem mesmo na dimensão extra física.
Se ainda assim topamos com esses seres artificiais, o que representam de tão importante, dentro do estratagema maquiavélico traçado por cientistas, magos ou outras entidades do astral inferior?"
Os questionamentos levantados por Jamar eram interessantes, e, naturalmente, aquela equipe de especialistas que nos acompanhava tinha o objectivo de descobrir algo mais acerca do assunto.
Eu desempenhava meu papel de jornalista do Além, anotando tudo e indagando ainda mais:
__Muitos poderão perguntar o que define um desencarnado como cientista, em vez de mago.
O que você teria a nos dizer a respeito?
__O critério para essa classificação tem relação sobretudo com o sistema de trabalho.
Identificamos como participantes da legião de cientistas do astral inferior todos os seres que realizam seus questionamentos segundo o método científico.
Levantam hipóteses, pesquisam, inventam, teorizam e implementam acções de forma metódica e disciplinada, em conformidade com balizas académicas similares às dos humanos.
Na maior parte das vezes, empregam técnica sofisticada, visando a objectivo predefinido.
Suas iniciativas normalmente obedecem a um rigor científico, a uma organização e a um planeamento minuciosos.
Essa falange, especializada em diversas áreas do conhecimento humano, valoriza o intelecto em detrimento dos sentimentos e, por isso, constitui uma ordem de espíritos com a qual é perigoso lidar.
Após os esclarecimentos de Jamar, resolvi dar como encerrada, por ora, a sessão de perguntas, pois tínhamos um tempo reduzido pela frente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:11 pm

A tarefa que deveríamos realizar, isto é, a missão de reconhecimento e investigação dos guardiões, tudo precisava ser feito rapidamente.
Ao ingressarmos nas instalações, vimo-nos em recinto de proporções gigantes, com diversos espíritos vestidos em trajes verde-oliva.
Pareciam jalecos usados por equipas de pesquisa e de laboratórios na Terra.
O que saltou aos nossos olhos foi a absoluta limpeza do lugar e os inúmeros aparelhos encontrados, como se estivéssemos em local totalmente automatizado.
Os espíritos não distinguiram nossa presença, embora tivéssemos adensado nossos corpos espirituais.
De todo modo, Jamar deu ordens aos especialistas da noite para se colocarem de prontidão em pontos estratégicos, caso fosse necessária acção disciplinar ou de defesa, estaríamos preparados.
Outra equipe de guardiões, peritos em ciência e tecnologia, ficou incumbida de estudar as técnicas e os esquemas empregados pelos cientistas.
Jamar trouxe connosco o cientista capturado anteriormente pelos guardiões na cidadela dos magos, que resolvera colaborar de bom grado, muito embora Raul e eu desconfiássemos de que ele guardava algum segredo.
Independentemente de suas questões íntimas, sem dúvida ele seria de grande valia em nossa excursão de reconhecimento.
Após longa conversa com Pai João e o guardião da noite, o cientista deu a conhecer seu nome.
Gostava de ser chamado de Eliah, nome aparentemente de origem judaica.
Eliah foi à frente com Jamar, pois tinha familiaridade com instalações como aquela, assim o mapeamento da situação ali reinante poderia ser executado mais facilmente pelos guardiões e por nós.
À medida que adentrávamos o complexo, cruzamos com mais e mais espíritos, entretidos em seus afazeres, sem nos perceberem a presença.
Movimentávamo-nos com relativa segurança, embora não pudéssemos prescindir da actuação dos guardiões especialistas.
Encontramos uma secção cheia de equipamentos técnicos, que denotavam fazer parte de um laboratório de engenharia genética de grande porte.
Foi ali que resolvemos começar investigações mais detalhadas.
O imenso laboratório estava repleto de cientistas diversos: médicos, bioquímicos, geneticistas e outros dedicados ao estudo de factores referentes à constituição do ser humano.
No centro do salão, enorme máquina ligava-se a instrumentos delicados e visivelmente sofisticados; mais adiante, vários espíritos ainda encarnados repousavam sobre maças, actuando como médiuns no processo de extracção ou roubo de energia vital, que era canalizada para o funcionamento do maquinário.
Era inequívoco:
estávamos diante da produção de um ser artificial, um clone.
Os cientistas pareciam eufóricos com o produto de sua tecnologia astral.
Eliah, tomando a palavra, alertou-nos:
— Não pensem que estes viventes sejam vítimas de um experimento, como os que encontramos na ocasião anterior.
No presente caso, os cientistas contam com pessoas que tenham com eles identidade de interesse no campo das pesquisas.
Portanto, estes são voluntários em desdobramento.
— Podemos depreender de suas palavras que estas pessoas são também cientistas encarnados, correcto? — interpelei Eliah.
— Exactamente! — respondeu, confirmando nossas suspeitas.
São médicos e pesquisadores, como biólogos, farmacêuticos e outros mais, que, durante a vigília física, detêm sua mente exclusivamente nas questões científicas e intelectuais, sem qualquer vínculo com o componente espiritual.
Os que, ao invés disso, professam doutrinas espiritualistas ou comungam de algum conhecimento na área deixam-se absorver de tal maneira pelos interesses científicos e as pretensões do ego que perdem a sintonia com os objectivos traçados antes de reencarnar.
Muitos até permanecem envolvidos com as ideias espiritualistas ou espíritas, mas já se colocaram em posição mental e emocional tão delicada que apresentam as bases de seu pensamento contaminadas com conceitos distintos daqueles que caracterizariam seu trabalho como cristãos.
Neste ponto, Pai João continuou o esclarecimento:
— Ao dormirem, desdobrados, estabelecem elos estreitos com entidades que administram laboratórios semelhantes, actuando como seu elemento de ligação com o mundo físico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:11 pm

Acreditam que, se mantiverem interesse apenas por questões científicas, poderão alçar voo rumo ao infinito; no entanto, mesclaram o conhecimento adquirido até então com ideias, tendências e conceitos inspirados pelos desencarnados que os utilizam como intermediários e cobaias.
— Isso mesmo — retomou Eliah.
Foram contaminados com ideias insufladas pelos cientistas desencarnados.
Em certa medida, não fornecem tão-somente o ectoplasma aos seres desta instituição astral; emprestam também a actividade criativa do pensamento e o próprio corpo mental para a gestação de novas ideias.
Ocorre como se cedessem poderoso computador orgânico, neste caso seus cérebros e suas mentes, para que tais agentes pudessem desenvolver suas teorias.
— Uma parceria dessas só é possível se o indivíduo tiver sintonia com as ideias do desencarnado — acrescentou o pai-velho.
O sistema é tão discreto e funciona tão sorrateiramente que o sujeito, mesmo desdobrado, não se dá conta de que entrou numa vertente de pensamento perigosa para seu futuro, comprometendo seu projecto espiritual de vida, em longo prazo.
Tamanha é a subtileza que o encarnado, o cientista enredado nesse ardil, prossegue simpático às questões espirituais que antes o encantavam, entretanto, ao estar afastado do corpo físico, outras ideias vão tomando lugar, passo a passo.
Novos enfoques e pontos de vista vão ganhando espaço em sua mente, ao ponto de vir a acreditar que tudo é fruto das próprias elucubrações.
Na verdade, são conceitos incutidos pelos cientistas do lado de cá, que sucessivamente vão substituindo interesses antigos por outros, e a pessoa, aos poucos, perde a conexão com os elementos espirituais, embora continue a pensar que está ligada a fontes superiores.
— É uma forma de obsessão complexa — foi a vez de Jamar interceder.
Para ter êxito, os cientistas extra-físicas realizam um procedimento quase cirúrgico no corpo mental do indivíduo, nele implantando corpúsculos mentais estranhos ao hospedeiro.
Tão logo inserido nas correntes de pensamento do encarnado, o corpúsculo comporta-se como vírus mental ou vibrião psíquico.
Gradativamente, contamina o corpo mental por inteiro, até que a pessoa esteja completamente desconectada da realidade espiritual.
— É uma artimanha diabólica — disse Pai João.
No estágio descrito por Jamar, a pessoa transforma-se em parceira das inteligências sombrias, e com elas contribui com relativa facilidade, julgando estar em sintonia com as correntes superiores de pensamento.
Após breve pausa, o pai-velho emitiu sua conclusão:
— Eu diria que é um aperfeiçoamento do célebre processo chamado fascinação.
Diante do esclarecimento acerca do processo obsessivo levado a efeito naqueles seres que estavam ali desdobrados, resolvi arriscar:
— E seus mentores, os responsáveis pelo projecto reencarnatório dessas pessoas, não poderão intervir?
— É claro que interferem, Ângelo — assentiu o especialista da noite.
Porém, como ocorre em qualquer caso, não obrigam seus tutelados a nada; atêm-se a apresentar seus conselhos e instruções, ainda que reiteradas vezes.
Não podemos deixar um aspecto de lado, entretanto.
Aqueles que se ligam mais intensamente às questões científicas em geral tendem a ser pessoas cujo intelecto tem predominância sobre o coração, a sensibilidade.
Faltam-lhes, frequentemente, o bom senso, a simplicidade, a sabedoria e o Evangelho...
— Sei de muita gente boa na Crosta que se sintoniza com as questões científicas e conhece bastante o Evangelho.
— Isso é verdade, meu amigo — ponderou Jamar.
Mas são casos raros no universo daqueles que se dizem cientistas ou militam nas disciplinas científicas.
Em sua grande maioria, decoram palavras bonitas e se expressam com eloquência admirável ao discorrer sobre as questões do Evangelho, contudo, esse facto não os faz comprometidos com a causa do Cristo.
São computadores humanos, que trazem na memória registos de palavras e passagens inteiras das Escrituras ou de livros espíritas e espiritualistas, mas...
— Entendi! — respondi, cabisbaixo, avaliando a proporção assustadora dos processos de obsessão complexa e o quanto transcorre sem alardes a actuação de entidades especializadas.
Os cientistas desencarnados, em toda a sua euforia, não nos percebiam as actividades.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:11 pm

Pareciam hipnotizados com o que faziam e com o resultado de mais um de seus experimentos.
Nossa equipe continuou observando o que ocorreu a seguir.
Vimos materializar lentamente, diante dos olhares atentos das entidades, uma forma humana mais ou menos nebulosa.
Era algo fantasmagórico, mas que ainda assim fascinava, pela maneira como se aglutinavam os elementos ectoplásmicos em torno do molde previamente imantado — uma das pessoas desdobradas e adormecidas no laboratório.
A imagem foi gradativamente se estabilizando diante de todos.
Nós mesmos nos pegamos admirando a criação do ser artificial naquele laboratório de pesquisas extra-físicas do astral inferior.
Raul, porém, estava dominado por grande emoção e reagia diferentemente de nós diante do espantoso experimento.
Ele estava estarrecido, pois reconhecera entre os indivíduos desdobrados alguém com quem se dava diariamente em sua vida de encarnado.
Pai João abraçou Raul, aconchegando-o em seus braços, como um pai bondoso:
__Não fique assim, meu filho — consolou Pai João.
__Agora você sabe por que o trouxemos aqui e permitimos seu ingresso neste ambiente extra físico.
Inteirado de toda a extensão da problemática que acomete nosso companheiro, que se tornou parceiro dessas entidades, você poderá auxiliar com mais eficácia no caso.
Calemos nossas emoções, meu filho, e aguardemos o momento propício para o despertamento de nosso irmão.
Ao reconhecer quem estava adormecido ali no ambiente dos cientistas, Raul ficara muitíssimo abalado.
Foi necessário um apoio maior do preto-velho Pai João, que não o abandonou mais a partir dali.
Entretanto, mesmo conhecendo o processo e a gravidade do que ocorria, não poderíamos interferir directa e imediatamente, como gostaríamos.
Afinal, a pessoa em questão estava ali desdobrada e entregue à actividade por vontade própria.
A duplicata astral que se estruturou diante de nossos olhos foi levada a outra parte do imenso laboratório.
No outro ambiente, encontramos uma espécie de domo ou redoma, dentro da qual estavam imersas formas espirituais estranhas, mergulhadas em um líquido viscoso e ligadas a fios tenuíssimos.
— São ovóides capturados e mantidos em cativeiro pelos cientistas — sentenciou Eliah, o antigo cientista resgatado pelos guardiões.
Agora ele nos auxiliava com informações importantes.
— Reparemos bem no que acontece — falou-nos Jamar.
O ser artificial elaborado a partir do ectoplasma dos encarnados em desdobramento foi conduzido a um pedestal no centro do domo.
Notamos uma abertura em seu interior, onde havia nichos em forma de favos, dentro dos quais os ovóides estavam alojados.
Um dos cientistas, sempre secundado por outros da equipe, carregou pacientemente uma daquelas criaturas para perto do clone, com uma dedicação quase religiosa.
Devagar e com todo o cuidado, acondicionou o ovóide no interior da cabeça artificial do ser construído com ectoplasma.
Observávamos tudo atentamente, pois Pai João nos aconselhou a colher o máximo de elementos para posterior análise nas dimensões superiores.
Ao fim da operação, o ovóide foi imediatamente tragado, de tal sorte que o ser artificial logo começou a movimentar lentamente os membros.
Por último, os olhos se abriram, para a alegria incontida dos cientistas desencarnados.
Estava pronta mais uma duplicata artificial mista, ou seja: um híbrido entre a tecnologia astral dos planos inferiores e os seres que tinham perdido sua forma perispiritual, os ovóides, por meio dos quais os cientistas manipulavam aquela criatura.
Depois de um primeiro momento de euforia, os cientistas pararam, admirados com sua criação, demonstrando talvez certa reverência.
Quem sabe o momento lhes soasse sagrado, suscitando alguma sensação mais grave ou de perplexidade ante o resultado atingido?
Após assistirmos a tudo o que ocorreu no interior da redoma, Pai João pediu a Jamar que verificasse mais detidamente o que se processava dentro dos favos, em cujo interior repousavam os demais ovóides.
Após cuidadosa observação, Jamar relatou:
— Nada, João Cobú! Absolutamente nada, além dos ovóides.
Estão ligados através de fios finíssimos e mergulhados naquele líquido viscoso que vimos antes, mas isso é tudo.
Os cientistas se dispersaram, levando consigo a criação recente.
Enquanto isso, aproximamo-nos dos favos, os recipientes onde se depositavam os seres ovóides.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:11 pm

Novamente foi Eliah quem nos surpreendeu com mais explicações:
Os ovóides são capturados com o auxílio de magos negros e conduzidos a inúmeros laboratórios como este aqui.
Só não sei dizer se acaso se prestam ao mesmo tipo de experimento ou qualquer outro.
Facto é que diariamente vários magos comparecem aqui e ficam horas e horas, sentados diante de cada um dos nichos onde esses seres se alojam.
Somente depois de muito tempo é que vão embora, sem falar nada.
— Com certeza realizam um procedimento hipnótico nas mentes ovóides — afirmou Pai João.
No estado em que se encontram, esses seres infelizes não têm mais condições de resistir sem auxílio externo.
Vejamos o que se pode fazer.
Apontando para Jamar e os demais integrantes de seu time, Pai João deu um sinal. Parecia que os especialistas já esperavam por isso.
O pai-velho que nos guiava lhes havia dito que tivessem cuidado com todos os ocupantes dos nichos ou favos.
Dentro de instantes, quatro dúzias de guardiões da noite, estudantes da ciência espiritual do Plano Superior, estavam dispostos com equipamentos em torno de cada um dos ovóides ali instalados.
Um estudante de psicologia da equipe de Jamar, portanto um guardião especialista da noite, efectuava testes num dos ovóides, quando Pai João perguntou:
— E então? O que você acha?
— Estão mentalmente modificados.
Definitivamente, não é um procedimento convencional, não estão apenas hipnotizados, mas alterados psicologicamente.
Emanam uma aura única, difícil de descrever.
Também notamos a mesma característica nas almas em desdobramento, há algo indefinível em seu padrão mental.
__Apressemo-nos a libertar os ovóides.
Assim, deteremos o processo de criação das duplicatas astrais por algum tempo, até que o Alto defina novos procedimentos.
De repente, Raul deu um grito, assustado.
O acto imediatamente nos chamou a atenção.
— Que foi isso? — perguntei.
Vi que o médium começou a se contorcer de um momento para outro.
Pai João o amparou novamente.
— Senti que minha cabeça ia explodir, como se alguém quisesse penetrar em meus pensamentos contra minha vontade.
Mas já passou — Raul disse, aliviado.
Pai João foi quem esclareceu:
— Obviamente, Raul, como médium, embora desdobrado, percebe os fragmentos de pensamento dos ovóides, e algum desses seres talvez esteja em estágio menos avançado de modificação mental.
— Mas suas mentes não estão inoperantes nesse estado?
Inoperantes, não, Ângelo — respondeu um dos guardiões de hierarquia superior, que nos acompanhava até então calado.
Estão apenas em estado de hibernação mental, se assim podemos nos exprimir, mas suas mentes estão operosas, embora de um modo ainda incompreensível para muita gente.
Pensamentos não deixam de ser gerados na situação a que estão submetidos. Inexoravelmente, são portadores da faculdade de pensar, mesmo fortemente alterados e influenciados hipno-sugestivamente.
O guardião, membro do chamado comando superior, portava aparelhagem similar a um encefalógrafo, que media os padrões mentais dos ovóides.
Após o incidente com Raul, que trouxe à tona o facto de estarmos lidando com seres pensantes, os ovóides foram liberados de sua prisão em formato de favo e encaminhados pelos especialistas da noite a local seguro.
Competiria aos espíritos superiores, que nos abonavam aquela excursão, determinar o que faríamos com as almas recolhidas.
Foi aquele mesmo guardião das explicações recentes que nos guiou por outras secções da base de exploração científica extra física.
Ficamos alarmados com as barbaridades que ali eram perpetradas sob o nome de ciência.
Num salão especialmente protegido por um potente campo de força, havia espíritos realizando experiências que, à primeira impressão, pareciam ser produto de puro sadismo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:11 pm

Injectavam bactérias e vírus, já existentes ou elaborados no plano astral inferior, em corpos espirituais de pessoas desdobradas.
No mesmo local, presenciamos a extirpação de partes inteiras do cérebro perispiritual, num processo cirúrgico minucioso.
Em ambiente próximo, vimos o desenvolvimento de venenos, a partir de substâncias extra-físicas, que mais tarde seriam conduzidos a indústrias farmacêuticas do mundo físico, onde seriam derramados ou "materializados" em diversos medicamentos.
Todos os cientistas envolvidos acreditavam firmemente estar colaborando para o avanço das pesquisas no campo científico dos desencarnados.
Ante nosso espanto, o guardião do comando superior comentou:
— Há muito tempo investigamos diversos laboratórios do plano astral.
Por vezes, é difícil empreender uma acção directa para desarticular essas bases, pois temos de investir contra poderosos campos de força.
Além do mais, nossa operação tem de ser muito bem planejada, a fim de preservar os indivíduos desdobrados, que são as cobaias dos experimentos sombrios.
Energias muito intensas e radiações de elementos ainda desconhecidos pelos humanos poderão afectar as linhas de força dos perispíritos aqui retidos.
Era uma infra-estrutura gigantesca.
Somente naquele local, observamos cerca de 1,5 mil espíritos aprisionados, todos em sono profundo, como que hipnotizados por algum processo desconhecido.
Estavam extáticos e, provavelmente, alimentavam com magnetismo animal o maquinário dos cientistas, senhores absolutos daquele sistema diabólico.
Rondando pelo enorme complexo do laboratório, junto com Pai João e a equipe dos guardiões, presenciamos experimentos com as contrapartes etéricas dos micro organismos causadores da febre-amarela, da cólera e de outras patologias temidas entre os encarnados. Cultivavam vírus, bactérias e bacilos diversos.
Segundo ouvimos de um biólogo da falange dos cientistas, deveriam levar o resultado de suas experiências às multidões, para despertar uma espécie de pandemia nas populações terrenas.
O objectivo?
Eles mesmos não sabiam ao certo, pois foram contratados pelos senhores da escuridão para o desenvolvimento de doenças letais ou para aumentar o efeito daquelas já existentes.
Outro departamento que nos chamou especialmente a atenção foi aquele onde se reuniam cientistas para executar experiências com o sistema nervoso dos encarnados.
Nesse lugar, estavam dispostos mais de 800 espíritos desdobrados, em estágio bastante acentuado de desequilíbrio.
O transplante de partes ou órgãos do perispírito parecia ser algo corrente nessas pesquisas.
Os peritos das sombras faziam incisões cirúrgicas directamente nas linhas de força dos corpos espirituais, num processo complicadíssimo.
Com isso, os centros de força eram adulterados de tal maneira que, no local onde antes funcionavam regularmente, parecia haver um torvelinho de energias exsudando substâncias escuras.
Muitos espíritos desdobrados contorciam-se sob a acção das entidades das trevas.
Um viveiro de larvas, bactérias e outras criações artificialmente mantidas em laboratório fazia parte do aparato "científico" daquelas entidades.
Eu não imaginava a extensão de sua actividade.
Sem que suspeitassem, os cientistas desenvolveram uma relação simbiótica com os magos negros, a serviço da indústria extra-física da obsessão.
A realidade que contemplávamos era assombrosa, assustadora, mas verídica e profundamente tangível.
Tendo divisado todo esse aparato tecnológico, não poderíamos ficar apenas olhando, sem nada fazer. Entretanto, de que modo enfrentar processos obsessivos complexos como os que estavam ali em andamento?
Eu imaginava uma providência directa para desarticular a base de operações dos cientistas, quando Pai João interferiu:
— É desaconselhável que a investida contra tamanha estrutura seja fruto de emoções, Ângelo.
Sei que você e Raul estão em certa medida atormentados com o que viram, mas é preciso ter cautela.
O melhor método para promover a desarticulação ou a derrocada do processo obsessivo complexo é, sem dúvida, o esclarecimento de nossos irmãos no plano físico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:12 pm

Portanto, filho — as palavras de Pai João transbordavam de carinho — anote suas impressões, recolha informações e as transforme em livros, para que os encarnados, médiuns e dirigentes, espíritas ou umbandistas, tenham notícias mais precisas acerca do que ocorre nos planos inferiores do astral.
Quanto a um ataque mais directo às bases das sombras, os guardiões especialistas nessas questões já estão angariando recursos para isso.
Hoje, o que mais falta são médiuns conscientes de suas responsabilidades, que não se intimidem diante das ofensivas das trevas e com o mínimo de conhecimento sobre obsessões complexas.
Se investirmos no esclarecimento e na capacitação, sem fanatismo nem extremismo, certamente poderemos contar com um contingente maior de parceiros.
Isso é mais importante, no momento, do que uma acção impensada ou movida apenas por emoções em ebulição.
Os indivíduos que se somaram à equipe de Jamar eram especializados em diversos ramos do conhecimento científico imortal e eram identificados como guardiões do comando superior.
Seu líder chamava-se Anton.
Foi ele quem nos deu explicações mais detalhadas quanto ao comportamento de espíritos como aqueles que estagiavam no amplo laboratório localizado nas regiões abissais:
— Os cientistas desencarnados — principiou Anton, líder daquele destacamento do comando superior - são espíritos que se sintonizam com a técnica astral, embora a utilizem sem comprometimento ético ou moral.
Estes aqui reunidos acabam de encerrar uma série de experimentos com os corpos espirituais de encarnados.
Tentaram implantar elementos naturais do mundo astral nas células de cérebros perispirituais, cujos donos se encontram desdobrados.
Para tanto, modificaram a frequência de vibração do psicossoma de cada uma das pessoas que são alvo de seu estímulo magnético.
— Será que estão tentando romper a conexão dos cérebros perispirituais com os cérebros orgânicos, provocando estados adulterados de consciência?
— Creio que pretendem mesmo é produzir loucura, sob variados aspectos — continuou o guardião.
— Considero essa operação algo monstruoso, não apenas devido aos graves danos que podem causar ao material orgânico do cérebro dessas pessoas, mas, sobretudo, por motivos éticos.
A transferência de elementos microscópicos e altamente tóxicos do astral inferior para os cérebros perispirituais de encarnados prejudica o funcionamento dos neurónios físicos.
É um projecto que não deixa margem para apelação: constitui violação absoluta da ética cósmica, e jamais poderemos permitir que continuem agindo assim.
Submetidos a esses experimentos dos cientistas, os cérebros perispirituais recebem algo equivalente a um enxerto de criações ou de seres vivos da dimensão astral, além de elementos radioactivos, que influirão drasticamente no comportamento das pessoas atingidas.
— Isso poderá afectar a razão e as emoções das pessoas... — murmurei, um tanto assustado com o alcance do procedimento nefasto dos cientistas.
— O problema não pára por aí.
O desenvolvimento de clones ou duplicatas astrais baseado no roubo e no fornecimento de ectoplasma poderá levar a consequências ainda mais aterradoras do que vislumbramos até aqui.
A consumação dos planos sombrios é mais ousada, segundo apurou nossa equipe.
Os cientistas pretendem substituir o duplo etérico das pessoas em estado avançado de obsessão por essas criações artificiais.
— Mas isso é possível? — indaguei, boquiaberto.
— Somente o tempo dirá, Ângelo.
De todo modo, não pretendemos esperar que os cientistas consigam algo ao menos parecido.
A ciência astral, actualmente, está muitos anos à frente da ciência dos encarnados, e o saber desses espíritos, muitíssimo além daquele compartilhado por espíritas e estudiosos.
Há inúmeros feitos e eventos que os pesquisadores espíritas declaram não existir; porém, isso se deve ao facto de subestimarem a profundidade e a extensão do conhecimento e das experiências levadas a efeito do lado de cá.
Em geral, aquilo que soa impossível numa geração, é perfeitamente possível nas décadas seguintes; e isso entre os próprios encarnados.
Imagine, então, como a ciência astral se desenvolve fora dos limites estreitos da matéria e das observações humanas!
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:12 pm

O guardião deu mostras de que percebia minha dificuldade em compreender certas implicações relativas ao empreendimento dos cientistas do astral inferior.
Creio que, por isso mesmo, ele retomou as explicações apenas após alguns minutos de silêncio:
— Resumindo, os cientistas do plano inferior estão dispostos a tudo, inclusive a sacrificar vidas humanas em seus experimentos sinistros, a fim de obter resultados inconfessáveis.
Para eles, a vida dessas pessoas, cujos perispíritos foram aprisionados, tanto quanto a dos ovóides, que capturaram e mantêm numa espécie de viveiro, não vale nada.
São apenas cobaias de seus laboratórios.
— Isso lembra algumas práticas "científicas" nazistas, realizadas com seres humanos...
— Muitos desses cientistas do antigo regime ditatorial actuam nessas instituições do lado sombrio e, a partir de seus laboratórios, engendram e comandam experiências sinistras, com vistas ao domínio do mundo.
Sendo assim, a existência dessas bases representa um atentado à vida e à liberdade humanas, não é?
— Exactamente, Raul — tornou o guardião.
Por isso mesmo recebemos do Alto a incumbência de observar e reportar informações, visando à desarticulação de grande parte do sistema laboratorial dessas entidades.
A fala do guardião produziu efeito muito intenso sobre mim. Suas palavras calaram fundo em minha alma.
Mais resoluto do que nunca, resolvi atender ao apelo de João Cobú e dar minha contribuição pessoal ao aniquilamento daquele quadro atemorizante, transformando o que vira em notícia para ambos os lados da vida.
Havia não só espíritas, mas também espíritos bem intencionados, que nem ao menos sonhavam com a existência de processos obsessivos tão complexos como aqueles que presenciamos em andamento.
Quem sabe eu teria como transmitir essas informações de tal maneira que muitos desencarnados igualmente pudessem entrar em contacto com essa realidade?
Enquanto me ocupava com essas questões e os guardiões sob a tutela de Pai João começavam a entrar em acção, Raul foi reconduzido ao corpo físico para o acoplamento.
Amanhecia além da fronteira vibratória dos dois planos da vida, e o médium precisava dar prosseguimento às tarefas sociais, próprias da vida de encarnado.
Do nosso lado, os trabalhos continuavam intensos.

Pois eu também sou homem sujeito a autoridade, e com soldados sob o meu comando.
Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem.
Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz.

Lucas 7:8

A ti, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel (...).
Ezequiel 33:7

23 Os livros do espírito André Luíz foram escritos pelo médium Francisco Cândido Xavier e hoje estão reunidos na série intitulada A vida no mundo espiritual (ed. FEB).
Entre eles, o primeiro volume, Nosso Lar (1943), faz referência especial ao até então desconhecido aeróbus.


24 A distinção entre mono e poli obsessão é adequada, mas leva em conta somente o número de entidades envolvidas, e não o método perpetrado por elas.
De modo análogo, a classificação kardequiana tradicional, encontrada em O livro dos médiuns (cap. 23: Da obsessão) — que separa o fenómeno em obsessão simples, fascinação e subjugação —, observa a gravidade da patologia espiritual, sem guardar relação com a metodologia empregada no intento.
Sendo assim, a nomenclatura que se propõe, obsessão complexa, é a única que faz identificação quanto ao método.
É, pois, uma classificação complementar, que vem se somar às demais, pois parte de um enfoque específico.
Nada há nisso de incongruente com a política de Kardec, que sempre defendeu o carácter progressivo do espiritismo (ver, em especial, o texto intitulado Constituição do espiritismo, item n: Dos cismas, inserido primeiramente na Revista espírita de 1868 e, posteriormente, no livro Obras póstumas).
O próprio Codificador — que, em uma de suas primeiras obras, O livro dos médiuns, publicado originalmente em 1861 (item 241), não fazia distinção entre possessão e subjugação — reconhece, em A génese (de 1868, cap. 14, itens 47-48), a gravidade maior daquela em relação a esta.
Demonstra, com essas acções, a disposição em elaborar mais detalhadamente a Doutrina, sempre que possível e de maneira continuada, o que decorre naturalmente da lúcida percepção de que nem tudo está terminantemente estabelecido.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:12 pm

CAPÍTULO 8 - OS GUARDIÕES

Enquanto a equipe de especialistas de Jamar e os agentes do comando supremo dos guardiões permaneciam a postos junto àquele laboratório, Pai João, o próprio Jamar e eu dirigimo-nos a outro ambiente extra físico, onde seria promovido um encontro focado na educação e na formação espiritual para o trabalho dos guardiões.
João Cobú e Jamar conheciam em profundidade o esquema da vida astral e me convidaram a acompanhá-los à assembleia de espíritos que se especializaram nas tarefas de guarda e defesa, tanto de seres humanos em particular, quanto de instituições beneméritas ou representativas para o progresso da humanidade.
A atmosfera espiritual era de descontracção.
O local era uma base no próprio plano astral, onde se reuniam espíritos recém-vindos da experiência carnal, admitidos como estudantes nas academias dos guardiões na dimensão próxima à Crosta.
Acomodamo-nos em torno de João Cobú e Jamar, os facilitadores do encontro.
Poderíamos perguntar à vontade a respeito da actividade de guardião.
Durante nossas incursões pelos planos inferiores, no chamado umbral e mesmo nas zonas subcrostais, presenciei inúmeras operações realizadas por equipas de guardiões especialmente gabaritadas.
Conheci desde os chamados exus até os especialistas da noite, que eram altamente qualificados no contacto com os magos negros, e também, mais recentemente, os representantes do comando supremo, que coordenava a actuação dos guardiões em todo o planeta.
Tudo havia me cativado de tal maneira que muitas questões foram surgindo, à medida que entrava em contacto com essa legião de seres a serviço da ordem e da disciplina no panorama astral.
Como minha curiosidade era visivelmente destacada, em comparação com a dos demais espíritos presentes, resolvi perguntar, iniciando a conversa:
— Durante expedições que realizei aos redutos das trevas, notei que diversas equipas de guardiões contribuíram para o bom andamento das actividades.
Deparamo-nos com os caveiras, a força-tarefa feminina, os especialistas da noite e outros mais.
Podemos chegar à conclusão de que qualquer guardião é sinónimo de exu?
E todo exu é guardião das forças do bem?
__Na umbanda e nos cultos de origem afro, a palavra exu é empregada para se referir aos guardiões — elucidou Jamar.
Porém, como exu é um termo comum à terminologia africana e afro-brasileira, em geral apenas nos cultos citados é que se utilizam esse e outros nomes, que, aos olhos de muita gente, são estranhos ou destituídos de significado.
Contudo, não podemos ignorar que os guardiões representam, em todos os planos onde actuam, uma forma de equilibrar as energias do universo, da mesma forma que os exus.
Sem os guardiões, muitas tarefas, senão todas, seriam inconcebíveis, tanto no plano físico como no astral.
"No entanto, não se deve fazer confusão, presumindo que todos os guardiões desempenham tarefas de igual teor.
Também no plano astral, é necessário conceber a ideia da especialização.
Assim sendo, nossos irmãos umbandistas poderão chamar todos os guardiões de exus, indiscriminadamente, mas não entendemos que, a rigor, todo exu seja um legítimo guardião, pois há aqueles considerados exus inferiores, como os sombras, da milícia negra dos magos.
De acordo com essa óptica, os chamados exus superiores, conhecidos pela umbanda, podem ser denominados guardiões; os exus inferiores, ao contrário, podem ser denominados apenas de espíritos descompromissados com o bem."
Seriam esses exus inferiores os próprios quiumbas disfarçados? — perguntou um espírito iniciante nos estudos.
— Não exactamente! — respondeu Jamar.
Observamos requintes técnicos nas acções de muitos exus inferiores, facto que os distingue dos quiumbas propriamente ditos.
Veja, no exemplo que dei ao Ângelo, o caso dos sombras.
Constituem uma força astral nada desprezível e organizam-se à semelhança de um exército, com seus diversos departamentos e hierarquia.
Portanto, não podemos reduzi-los a quiumbas, que são entidades simplesmente desordeiras, sem nenhuma especialização em seus actos.
Entre estes, não há hierarquia nem definição clara de papéis, muito embora comummente estejam sendo usados pelos magos e outras entidades.
Nesse ponto da conversa Pai João deu sua contribuição, ampliando as informações a respeito da importância dos guardiões:
— Há necessidade de estabelecer ordem e disciplina em todos os domínios do universo.
Dessa forma, a falange dos guardiões desempenha uma função de zelar pela harmonia, a fim de evitar o caos.
A presença de representantes da ordem a actuar como força disciplinar nas regiões inferiores é imprescindível, se levado em conta o estado actual da evolução no planeta Terra.
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LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 5 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:12 pm

Poderíamos imaginar como seriam nossas actividades espirituais sem a dedicação e o trabalho dos guardiões?
Imaginemos cidades ou países sem policiamento, sem disciplina, sem ordem alguma...
"Na umbanda — continuou Pai João, esclarecendo-nos — Exu é uma força de carácter masculino, é activo, yang.
Nos cultos de origem afro, é tido como agente mágico da natureza, correspondente às forças de equilíbrio.
Como figura mitológica ou simbólica, Exu está intercalado nas encruzilhadas vibratórias, nos entroncamentos energéticos.
Sob essa perspectiva, podemos entender que os guardiões, mesmo os de hierarquia superior, representam a ordem, o ponto de equilíbrio, onde cessa o conflito entre o bem e o mal, entre a luz e a sombra.
Isto é, são os exus.
Agem de acordo com a justiça, sem se pautar pelas noções de bem e mal desenvolvidas pelos encarnados.
Orientam-se conforme a ética mais ampla e os conceitos cósmicos."
Já que nossos instrutores tocaram no assunto, enveredando pela cultura afro e pela terminologia típica da umbanda, aproveitei para perguntar sobre um tema muito controvertido:
E as chamadas pombajiras, algumas vezes temidas e, em outras, vistas como representantes de uma força mágica, tanto nos cultos de umbanda quanto naqueles de origem afro?
Como podemos entender esse tipo de entidade e sua actuação?
Bombonjira25 — ou pombajira, no dizer mais popular — é o elemento feminino, passivo, yin, segundo a nomenclatura da ciência chinesa.
É o correspondente feminino de Exu.
Os espíritos que se apresentam como bombonjiras são agentes de equilíbrio das forças da natureza, mas que se sintonizam particularmente com a emoção e a sensibilidade.
Agindo de acordo com essa vibração, trabalham nos cruzamentos vibratórios entre razão e emoção.
Detectam o ponto de desequilíbrio e buscam o equilíbrio em processos que envolvem emoções fortes e causas mais ligadas à emoção e à sensibilidade, como família, sexualidade, etc.
Podemos dizer que constituem uma espécie de polícia feminina do plano astral.
Os exageros porventura imputados a elas são normalmente decorrentes da ignorância de médiuns e dirigentes despreparados, ou que então desejam manter o povo no cabresto da ignorância.
Fiquei pensando no grau de insensatez de muitas pessoas no que tange às questões espirituais.
Por um lado, aqueles que são apologistas da verdade sob a óptica umbandista escondem-se atrás dos chamados segredos ou mirongas, muitas vezes para encobrir a falta de conhecimento.
Por outro lado, espíritas inumeráveis, ao se julgarem detentores de uma parcela mais ampla da verdade, mal dissimulam a repulsa ou o preconceito diante de temas semelhantes.
Ambos os lados são frequentemente bem intencionados, mas cada qual oferecendo grande obstáculo para que, do Alto, fluam ideias verdadeiras e informações mais precisas a respeito de questões relevantes do mundo extra físico.
Tocar nesses temas tão intrigantes ainda gera imenso desconforto nos meios espíritas e, não raro, sentimento de competição no âmbito umbandista — pelo menos entre adeptos de ambas as escolas que não desejam o esclarecimento integral das massas e querem centralizar as informações, o pretenso poder, e assim irradiam ignorância.
A partir dos apontamentos de Pai João e Jamar, pude notar quanto escasseiam notícias e conhecimento a respeito da função de certas classes de espíritos e dos métodos utilizados por eles.
Alguns anos atrás, apenas algumas poucas décadas, falar numa colónia espiritual onde se reuniam e viviam espíritos era algo inconcebível entre os defensores das ideias espíritas.
Mais tarde, quando se tornou popular o conhecimento das cidades e metrópoles astrais, veio o assombro das pessoas ante as revelações atinentes a equipamentos e artefactos tecnológicos utilizados pelos seres do mundo extra físico.
Novamente, a ideia precisou de algum tempo para ser assimilada por uma parcela dos estudantes e expoentes do pensamento espiritual.
Surgem então novas observações, que hoje provocam estarrecimento nos mais ortodoxos, que estagnaram nos conceitos adquiridos.
Não conseguem imaginar pais-velhos e caboclos trabalhando lado a lado com eminentes espíritos, consagrados pela crença de muita gente como luminares da espiritualidade.
Outros se recusam a aceitar factos patentes e óbvios, como o avanço de métodos e técnicas empregadas pelos habitantes das dimensões além da matéria densa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:12 pm

A simples cogitação de que seres desencarnados são capazes de desenvolver tecnologia, sistema de vida e de relacionamento similares, porém mais amplos do que nas comunidades terrenas, ainda causa inconformação ou discórdia.
No fundo, o que se pode constatar é que muitos encarnados não admitem haver coisas diferentes daquilo que, pessoalmente, eles delimitaram como sendo a verdade.
A mera averiguação de uma evidência que rompa os limites estreitos da verdade vigente na comunidade espiritualista causa, até então, estranheza a muitos.
O real não é mais apreendido pela pesquisa e pela investigação, como Allan Kardec e todos os grandes nomes fizeram, mas obedece a critérios preestabelecidos e a teorias estanques, que abandonaram o espírito do espiritismo, se dá para entender o trocadilho.
Ora, então o novo deve ser descartado sem merecer o mais leve exame, tão-somente porque não se encaixa em um ponto de vista pessoal?
Não há algo de estranho nisso?
Não é justamente contra essa postura tacanha e arcaica de seus contraditores que o Codificador lutou?
Ainda de posse dessas reflexões, ouvi os argumentos de Jamar, referindo-se aos diversos comandos de guardiões:
— Podemos dividir o trabalho dos guardiões em comandos — começou a falar o especialista.
À semelhança do que ocorre com um grande contingente de indivíduos responsável pela manutenção da segurança, cada grupo abarca um aspecto particular.
De uma forma didáctica, apenas para facilitar o entendimento de vocês, apresento um quadro condensado ou simplificado dessa estrutura.
"Primeiramente, no sétimo nível, o mais elementar, temos os guardiões cuja incumbência é a guarda e a segurança de carácter pessoal.
Sua actividade é voltada para o equilíbrio das energias e para a defesa de indivíduos, e por isso são erroneamente confundidos com os chamados anjos de guarda pessoais26.
Diríamos que são os recrutas do plano astral, pois, em sua maioria, são espíritos recentemente advindos da realidade física, que encontram nessa tarefa uma ocupação que é útil e, ao mesmo tempo, oferece vasta possibilidade de desenvolvimento das aptidões do lado de cá. Naturalmente, estão sob a orientação de outros mais experientes."
Tomando a palavra, um dos espíritos presentes se pronunciou:
— Nessa classe de guardiões, podemos identificar aqueles que, na Terra, integraram as corporações militares?
— Também estes, mas não só — respondeu Jamar.
Há espíritos familiares, parentes ou amigos que, mesmo sem experiência na área militar, são capazes de inspirar a manutenção do equilíbrio ou de abraçar um compromisso com vistas à defesa das pessoas que lhes são caras.
É válido lembrar que cada indivíduo tem a companhia espiritual compatível com o alcance e a importância da tarefa que desempenha, segundo a perspectiva dos imortais.
Contraria a lógica mais elementar pensar que quem tem uma dose acentuada de responsabilidade, cujo trabalho é de importância vital e gera grandes repercussões, possa ser assessorado apenas por um espírito amigo ou familiar.
Existem casos em que a pessoa tem em suas mãos uma obra de extrema relevância, o que evidentemente determina a necessidade da presença de guardiões mais especializados ao seu lado.
Prosseguindo nas explicações a respeito dos guardiões, Jamar cedeu a palavra a Pai João:
— Pois bem, meus filhos — iniciou o pai-velho, revezando-se com Jamar.
A seguir, adiante dessa classe de seres que se envolve com casos particulares e indivíduos, encontraremos, na sexta posição da hierarquia astral, aqueles guardiões responsáveis por ruas, bairros e casas.
Estes sim, são espíritos que, quando encarnados, em sua esmagadora maioria, tiveram algum tipo de vivência como militares, policiais, detectives ou seguranças.
Em regra, o espírito é aproveitado do lado de cá de acordo com as tendências que possui, aliadas à bagagem que traz e com a qual se afinizou durante o período reencarnatório.
Esses guardiões ou agentes da segurança astral quotidianamente evitam o assédio de inteligências perversas e desequilibradas ao ambiente das casas religiosas ou das instituições assistenciais e políticas com fins humanitários.
Sob o ponto de vista umbandista, e levando-se em conta o vocabulário utilizado nos terreiros, estes são os que melhor se enquadrariam na definição de exus.
No entanto, convém esclarecer que, para os espíritos sérios, o nome como são denominados não é o cerne da questão, ou seja, não se importam se são chamados de exus, na umbanda, ou de guardiões, no espiritismo.
Representam a mesma classe de seres.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:13 pm

Nesse ponto da conversa, Jamar complementou:
— Normalmente, o comando maior dos guardiões guarda registos muito precisos a respeito das pessoas encarnadas e de sua esfera de actuação.
Esses registos são fornecidos pelas comunidades astrais ou espirituais onde foi programada a experiência reencarnatória daquele ser.
Quando ocorre o desencarne, entram em cena os guardiões, tão logo o indivíduo se veja localizado em determinada dimensão, o que se dá de acordo com sua vivência e em razão de sua capacidade de assimilar a verdade espiritual.
Nesse momento, apresentam ao espírito a possibilidade de dar prosseguimento a tarefa semelhante àquela que desempenhava no corpo físico.
Caso aceite a proposta, a pessoa é encaminhada a uma das diversas academias no astral, exactamente como aconteceu com vocês que me ouvem.
Nessas academias, passam por um treinamento, um período de conscientização e, naturalmente, por etapas de especialização, segundo as afinidades pessoais e o grau de conhecimento e de responsabilidade de cada um.
Fiquei impressionado com a organização dos guardiões, conforme se podia depreender das palavras de Jamar.
Sua estrutura se afigurava algo muito maior, mais abrangente e eficaz do que a de certas corporações conhecidas na Terra, como CIA, FBI e outras equivalentes.
O raio de actuação dos guardiões é algo admirável, pois conta com um factor importantíssimo:
as informações cadastrais, astrais, reencarnatórias e reais acerca de cada indivíduo que adentra o mundo extra físico.
Esse banco de dados ajuda a tornar apropriada a recomendação a ser dada aos recém-desencarnados, tendo em vista o leque de ocupações do lado de cá.
Corroborando esse raciocínio, Pai João deu ênfase ao aspecto destacado por Jamar, dizendo:
— Na verdade, meus filhos, desde os primórdios da organização da vida comunitária em nosso globo, reconheceu-se a importância de um sistema de equilíbrio mundial.
Num planeta no qual se reúnem espíritos comprometidos e complicados, com comportamentos tão diversos e, na maioria dos casos, com desenvolvimento moral profundamente questionável, nada mais adequado do que a implantação de um sistema assim.
A necessidade de espíritos dedicados exclusivamente à manutenção da ordem, da disciplina e do equilíbrio começou já no momento em que a Terra recebia os primeiros contingentes de espíritos vindos de outros mundos, evento contemporâneo às civilizações da Lemúria e da Atlântida.
A partir de então, essa classe de espíritos, os guardiões, tem se aprimorado e especializado cada vez mais nas questões confiadas a eles.
Interrompendo o pai-velho para novos esclarecimentos, um dos espíritos que estudavam para exercer a tarefa de guardião perguntou:
— Com um esquema e uma estruturação tão completa e guardiões tão experientes, como podemos entender que na Terra ainda existam tamanhos desequilíbrios e em tão grande número, que ameaçam a todo instante a segurança dos povos e das pessoas?
Porventura os guardiões não poderiam evitar os excessos cometidos pelos espíritos do mal ou pelas organizações terroristas, pelos grupos de extermínio e gangues, que se digladiam no dia-a-dia dos encarnados?
— Sua pergunta é muito oportuna, filho — respondeu Pai João.
Refere-se a um factor que não deve ser esquecido em hipótese alguma, no contexto da vida no planeta Terra.
Falo do livre-arbítrio de cada ser humano, esteja ele no corpo físico ou não.
E liberdade significa responsabilidade e a obrigação de arcar com as consequências de suas escolhas e de seus actos.
. "Embora as diversas especializações e a eficiência das falanges de guardiões, seu trabalho no mundo não consiste nem visa à eliminação das lutas do quotidiano.
Ao contrário do que muitos observadores da realidade argumentam, esses espíritos, enquanto agentes de Deus que são, não estão aí para poupar o homem de enfrentar as questões que ele mesmo engendrou ao longo dos séculos. Absolutamente.
A função dessas equipes não é privar os indivíduos ou os governos dos desafios para o estabelecimento da paz, tampouco manter afastadas as inúmeras questões complexas e de natureza distinta que afligem a humanidade.
Os guardiões são elementos de equilíbrio — e não apenas de defesa.
É fundamental salientar a diferença.
Sob essa óptica, sua actuação limita-se à barreira do livre-arbítrio das pessoas e comunidades, a menos que, no exercício da liberdade individual, seja colocado em risco o grande plano divino de evolução para os povos do planeta.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:13 pm

Nesse caso, os guardiões assumem o papel de instrumentos da lei de causa e efeito, impondo um limite àquilo que poderia gerar um desvio mais evidente e profundo no planeamento geral."
Tomando a palavra, Jamar acrescentou:
— Veja, por exemplo, o que ocorre em certos acontecimentos de larga escala, com repercussões globais.
No atentado às Torres Gémeas e outros mais, que os EUA sofreram no mesmo dia de 2001, as entidades envolvidas procuraram inspirar os protagonistas do evento a concretizar algo que traria um prejuízo incomensurável a vários departamentos da vida no planeta.
Inicialmente, a ideia era, antecipadamente e somando-se ao ataque às Torres Gémeas, gerar uma onda de violência, que se estenderia a partir de atentados ao Vaticano e a mais dois outros pontos estratégicos, afectando assim as relações diplomáticas entre diversos países.
Londres e Pequim eram os alvos traçados, além dos que já citamos.
Se tivessem alcançado sucesso, teríamos estado diante de uma ameaça iminente de nova catástrofe de proporções mundiais. Imaginem tão-somente a reacção do mundo católico frente a um atentado dessa natureza ao centro do poder religioso, em Roma.
Graças ao trabalho incansável dos guardiões, nos meses que antecederam o atentado, o estratagema dos terroristas pôde ser amenizado, de tal forma que os encarnados presenciassem apenas uma parcela minúscula daquilo que havia sido elaborado pelas entidades das sombras.
"Assim sucedeu.
Todavia, ainda que tivessem evitado situações mais drásticas nos anos que se seguiram, os guardiões não poderiam simplesmente desprezar o livre-arbítrio do comandante supremo do governo americano e dos demais responsáveis directos, com relação à ofensiva perpetrada contra os supostos culpados, em resposta aos atentados de setembro de 2001.
Por esse motivo, as invasões e investidas no Afeganistão, no Iraque, entre outras, não poderiam ser totalmente aplacadas.
O que não quer dizer que as equipes de guardiões não têm se dedicado com afinco, indo e vindo, como o fazem até hoje, para tentar diminuir os prejuízos provocados pelas guerras desencadeadas desde então.
Mas sem eliminar ou rechaçar experiências que, em certa medida, devem ou precisam ser vividas, embora o clima de apreensão e terror que o desenrolar desses lances mundiais tem suscitado nas pessoas em toda a face da Terra."
— Além disso, temos de contar com outro aspecto — arrematou Pai João, encerrando este tópico.
— A esmagadora maioria da população da Terra gravita ainda entre as expressões de animalidade e o despertar da lucidez espiritual.
Poucos, muito poucos, em termos proporcionais, estão conscientes de suas responsabilidades com relação a si mesmos e ao mundo onde vivem.
Portanto, como pretender que o quotidiano não reflicta a realidade do orbe, condizente com a índole turbulenta dos que nele habitam?
Após ligeira pausa, o pai-velho retomou o tema original, que deu margem à indagação mais recente dos estudantes:
— Mas, voltando aos diversos comandos de guardiões, há ainda aqueles responsáveis pela ordem e disciplina das comunidades, portanto num nível hierárquico superior aos exus propriamente ditos, os guardiões das ruas, assim tipicamente classificados.
É a quinta categoria, que responde pela guarda de oradores e divulgadores legítimos do pensamento espiritual, bem como de líderes religiosos e políticos de destaque, que promovam benefício real em suas comunidades.
É natural inferir que os guardiões desse grupo devem ser mais capacitados e especializados que os citados anteriormente, pois seu trabalho possui abrangência maior.
Ele atinge e compreende não somente os protegidos em si, mas também aqueles que sofrerão as consequências directas de sua acção e provarão dos frutos do trabalho desses representantes do Mundo Maior entre os encarnados.
As palavras de Jamar e Pai João incitaram novas reflexões.
Ainda quando eu me ocupava dos pensamentos que emergiam de meu ser, tentando entender a complexidade da vida espiritual, outro espírito se adiantou, perguntando:
— E quanto aos líderes mundiais, aos organismos internacionais ou àqueles que representam os interesses globais, terão eles também uma protecção especializada?
— Não podemos esquecer que nada passa despercebido nos planos do Alto — esclareceu o especialista da noite.
Para enfrentar os desafios concernentes a essas organizações e pessoas, investiu-se na formação de outra equipe de guardiões, de hierarquia ainda mais alta.
Em relação aos maiores do primeiro comando, esta é a quarta classe.
São eles os responsáveis pelas instituições mundiais e pelos indivíduos que têm um papel importante na renovação da humanidade, através da difusão de ideias e ideais superiores, de uma forma mais pronunciada.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 03, 2014 9:13 pm

"De acordo com a perspectiva adoptada previamente, podemos avaliar que os espíritos nomeados como mentores dessas instituições ou pessoas têm uma elevação proporcional ao grau de importância das ideias propagadas e dos benefícios decorrentes de sua acção, segundo parâmetros universais.
Com os guardiões, o mesmo raciocínio procede.
Conforme o valor que o Alto atribui aos indivíduos e às organizações que por eles se fazem representar, e a contribuição para o progresso mundial proporcionada por seu trabalho, tal a especialização dos guardiões que concorrem para seu equilíbrio."
— Convém lembrar aos meus filhos que especialização não significa evolução espiritual ou iluminação interior...
— Isso mesmo — concordou Jamar com a observação do pai-velho.
Quando falamos dos guardiões, estamos nos referindo a espíritos humanos, tanto quanto qualquer um de nós e, desse modo, com desafios pessoais similares aos que nós mesmos carregamos.
Foi a hora de Pai João de Aruanda continuar:
— Além desses espíritos, que naturalmente merecem nosso respeito pelo trabalho que realizam, os comandos superiores dos guardiões se ocupam com questões cada vez mais amplas e determinantes para o contexto planetário.
Assim é que o terceiro comando se destaca entre os demais.
Esses espíritos estão presentes em grandes cataclismos, tais como explosões vulcânicas, terramotos e outros fenómenos naturais de igual monta, minorando e administrando seus efeitos.
Junto dessa classe, está imenso contingente de almas responsáveis pela evolução e condução dos elementáis27, seres de evolução pré-humana, mas intimamente ligado» ao sistema ecológico do nosso mundo.
"Procuram também conter o aumento da densidade da camada ou egrégora espessa, que envolve a atmosfera psíquica do planeta, formada pela compactação e sustentada pelas formas-pensamento obscuras criadas pela humanidade.
Nesse particular, a classe de guardiões a que nos referimos trabalha em sintonia fina com os representantes do governo supremo do mundo, do qual Jesus é o nome maior.
"Actuam de forma física ao interferir em energias poderosas nos diversos ambientes do planeta, graduando, transformando e redistribuindo as energias advindas do Sol e de inúmeros elementos etéricos da dimensão astral, assim como quando buscam despertar os humanos encarnados para a responsabilidade no tocante ao sistema vivo do planeta em que habitam.
De outro lado, agem de maneira não física, pois se esmeraram na manipulação de fluidos mais intensos e menos conhecidos do mundo oculto.
A partir de bases situadas em locais estratégicos do plano astral — que correspondem, no mundo físico, à localização dos Andes, de certas regiões do Brasil, do Tibete e dos EUA — além de bases submarinas e intra-terrenas, entre outras, monitoram atentamente as mudanças climáticas e psíquicas do sistema físico-astral do planeta Terra."
Cada vez mais as palavras dos nossos orientadores Jamar e João Cobú despertavam nossa admiração.
Em mim, principalmente, causava espanto como tal realidade ainda não havia sido abordada abertamente no movimento espírita, seja na tribuna ou nos livros.
Tão grande importância tinha o trabalho dos guardiões, que deveria ser mais estudada a acção e conhecida a especialização dessas figuras cruciais, mas pouco familiares mesmo aos frequentadores assíduos de actividades mediúnicas.
Somente informações esparsas a respeito deles aparecem, e aquilo que se ouve nos círculos umbandistas, em geral, não faz jus à abrangência tamanha das tarefas realizadas por essa classe de espíritos, comprometida de modo decisivo com o equilíbrio da vida no planeta Terra.
Antes que meus pensamentos pudessem me conduzir a outros raciocínios, Jamar retomou a palavra:
— Outro comando de guardiões, sempre ascendendo hierarquicamente, está ligado aos dirigentes espirituais do planeta.
Sob seu encargo, ainda mais minucioso, encontra-se tudo o que diz respeito à preservação e à manutenção da ecologia planetária, não somente no aspecto físico, mas, sobretudo, no contexto energético, espiritual e cósmico.
Ligados ao chamado segundo comando, esses espíritos estão por trás da formação de grupos de seres encarnados e desencarnados, em todo o orbe, que se preparam para a ajuda em momentos críticos.
São comunidades que surgem, de modo incipiente, em campos, vales e serras, com alternativos e eficientes sistemas de vida.
Como incumbência específica, controlam a rede de meridianos da Terra, redimensionando as energias de certos locais com natural potencial vibratório, preparando-os para um crescente fluxo de pessoas em sua direcção, no caso de uma eventual convulsão de carácter mundial. Um exemplo recente disso deu-se no Iraque, sede da antiga Babilónia e dos povos mesopotâmicos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:55 pm

Alguns lugares, inabitados devido à precipitação energética, que os tornava impróprios, tiveram de ser postos em condição de receber refugiados.
"A missão dos guardiões dessa categoria envolve também a aceleração do despertar da consciência, em comunhão com a organização planetária.
Notem que esse comando tem uma importância vital nos momentos de transição planetária ou naqueles que antecedem os grandes expurgos das populações de encarnados e desencarnados do planeta.
Vibram e trabalham sob a orientação directa de entidades veneráveis.
"E, em sintonia com essa classe, existe aquele que denominamos de primeiro comando de vibrações, isto é, os responsáveis por administrar os processos de transmigração dos espíritos entre os diversos mundos.
O trabalho desses guardiões pode ser resumido em três itens: apoio e supervisão de desencarnes em massa, quando grande contingente de indivíduos aporta na fronteira astral; gestão do processo evolutivo da humanidade terrena, em nível cósmico, em ambos os lados da vida e actuação directa nos períodos de transição entre eras espirituais, que já ocorreram na Terra e que novamente se avizinham."
Dirigindo-se novamente ao grupo de estudantes, Pai João encerrava aqueles momentos, nos quais bebemos novos ensinamentos e informações pertinentes ao trabalho que realizávamos:
— Entre esses espíritos, encontraremos os chamados especialistas da noite ou guardiões da noite, chamados assim devido à sua especialidade: as questões que envolvem as obsessões complexas desencadeadas pelos magos negros.
Essa subdivisão, da qual Jamar é um dos representantes e dirigentes, realiza um trabalho até então desconhecido por muitos espíritas e espiritualistas.
Enfrentam situações de alta complexidade, no que se refere às bases dos senhores da escuridão e de seu séquito sombrio.
Além disso, colectam informações acerca do sistema de poder dos chefes e subchefes das falanges dos dragões.
Os especialistas possuem um dos maiores bancos de dados a respeito desses espíritos e de seu habitat, que tornam disponíveis a quem quer deles necessite, tanto no plano físico quanto no extra físico, ao enfrentar problemas decorrentes das obsessões de tal natureza.
Após a conversa, Jamar se ausentou, de acordo com o que havia planejado, em virtude da necessidade de conduzir algumas tarefas nas regiões subcrostais.
Pai João, como sempre muito cativante e receptivo, foi cercado pelos aprendizes, que usufruíam de seus conhecimentos e de sua presença.
Fiquei meditando sobre tudo o que ouvira.
Resolvi então que incluiria este assunto praticamente inédito dos guardiões em minhas observações, que deveriam ser transmitidas a espíritos em ambos os lados da vida.
As implicações da existência de uma organização mundial voltada para o equilíbrio da vida espiritual do planeta, tanto quanto para as diversas tarefas realizadas em nome do bem, é algo que merece maiores estudos e pesquisas.
Independentemente do nome com que sejam lembrados ou conhecidos, os guardiões se constituem numa força poderosa a serviço dos homens de bem e das instituições beneméritas no mundo.
Não se pode ignorar por mais tempo o trabalho que empreendem, sob pena de se não poder colaborar com sua actuação, tão abrangente.
Uma vez conhecida sua participação no quotidiano do ser humano, é possível convocá-los ou convidá-los a uma parceria ainda maior com os tarefeiros da verdade espiritual.
Foi com tais pensamentos, cruzando minha mente a todo vapor, que me retirei para realizar as anotações de que precisaria, mais tarde.
À noite, deveríamos buscar o médium Raul para continuarmos nossas diligências do lado de cá da vida — evidentemente, em desdobramento do corpo astral, para que desempenhasse as, actividades junto à nossa equipe.
Até lá, outros compromissos nos aguardavam.
Segundo Pai João, deveríamos nos preparar, inclusive, auxiliando Raul em atribulações diárias, com vistas a tranquilizar suas emoções e seus pensamentos, pois teríamos um desafio ainda maior pela frente em nossa jornada, oportunidade abençoada de expandir observações e conhecimentos.

Viu-se também outro sinal no céu:
um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças, dez chifres, e sobre as suas cabeças, sete diademas.

Apocalipse 12:3

No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue, recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o.
E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus.

Ezequiel 22:12
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LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro - Página 5 Empty Re: LEGIÃO - Um olhar sobre o Reino das Sombras - Ângelo Inácio / Robson Pinheiro

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:55 pm

25 É indicado fazer remissão à nota de rodapé número 16 deste livro, constante do capítulo 3 — Mortos-vivos —, que comenta a opção por maiúsculas ou minúsculas em certos vocábulos que aparecem no texto, bem como comenta especificamente os detalhes acerca dos termos bombonjira e pombajira.

26 Um dos motivos prováveis para que se dê a confusão mencionada, entre anjos de guarda e espíritas guardiães, certamente se deve a uma questão de terminologia actual à luz do que se encontra em Kardec.
A divergência talvez seja suscitada tanto pela idade do texto do Codificador, datado de meados do século XIX, como pelas diversas traduções em língua portuguesa, além do facto de que não era objectivo de Kardec entrar nos meandros e pormenores da questão, ainda mais no livro-base da doutrina espírita, O livro dos espíritos.
Ele emprega os seguintes termos, que intitulam um subcapítulo da obra, sem distinção alguma entre os dois primeiros:
Anjos de guarda, espíritos protectores, familiares ou simpáticos (itens 489 a 521 — vale a pena conferir, em especial, o trecho assinado pelos espíritos Santo Agostinho e São Luís, no item 495).
A sinonímia citada é patente na questão 504:
"Poderemos sempre saber o nome do Espírito nosso protector, ou anjo de guarda?"
(Op. cit, grifo nosso).
De toda forma, em Kardec, como se pode depreender da leitura do item 490 e seguintes, anjo da guarda ou espírito protector são expressões usadas em alusão ao próprio mentor espiritual, ou o espírito responsável pela encarnação do sujeito.
Além desses factores, especulamos se o mal-entendido não está associado, também, à hegemonia cultural exercida pelo catolicismo em ambos os países, França e Brasil, já que anjo da guarda é uma expressão típica do fiel católico, assimilada, por conseguinte, pelo habitante das duas nações.


27 O nome utilizado por Kardec para se referir aos elementais e, na verdade, espíritos da natureza.
Contudo, como se pode verificar nas questões em que o tema é abordado, em O livro dos espíritos, o nome é genérico, pois abarca tanto os espíritos de transição, pré-humanos, como as almas superiores, que coordenam os fenómenos naturais.
Por essa razão, corriqueiramente os autores espíritas tem adoptado a nomenclatura esotérica, elementais, quando desejam fazer alusão aos de evolução primária.
Apesar de extenso, optamos por reproduzir o trecho, altamente esclarecedor em diversos aspectos:
"Formam categoria especial no mundo espírita os Espíritos que presidem aos fenómenos da Natureza?
Serão seres à parte, ou Espíritos que foram encarnados como nós?
'Que foram ou que o serão'.

A) Pertencem esses Espíritos às ordens superiores ou às inferiores da hierarquia espírita?.
'Isso é conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem.
Uns mandam, outros executam.
Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens'."
(Op cit, item 538: Acção dos espíritos nos fenómenos da natureza — grifo nosso.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:56 pm

CAPÍTULO 9 - A ENTIDADE

Aquele ser enigmático se disfarçava numa aparência tal que se apresentava aos espíritos daquela região de penumbras com unia personalidade fortemente magnética, irradiando uma aura que inspirava temor.
Talvez, aquele aspecto com o qual era visto exteriormente fosse apenas projecção de sua mente poderosa e disciplinada, fonte de maquinações e planos que, para os homens comuns, afiguravam-se infernais.
Quem sabe seus pensamentos transcorressem numa dimensão que usualmente os outros seres
não poderiam compreender, e que os mais hábeis psicólogos e cientistas apenas suspeitassem?
Como numa interpretação teatral, ele se expôs à percepção da população das esferas subcrostais envolto em tamanha nuvem de mistério que sua simples imagem causava tremendo impacto.
Aquela era uma área singularmente negra, pois a escuridão do ambiente astral inferior, denominado trevas, era acompanhada de um frio intenso, ríspido e intolerável, susceptível de dardejar os corpos espirituais daquele enxame de seres infelizes que perambulavam pelo vale das sombras, obscurecendo ainda mais sua visão, já apoucada pelo espaço lúgubre onde viviam.
E de quase tocar o âmago do espírito, o frio — ou a frieza — parecia ser a extensão das auras daquelas almas desterradas, que ali coexistiam.
O ser, representante de uma constelação de poder que não poderia ser ignorada, trajava beca escura, facilmente confundida com um hábito sacerdotal, cujas cores se mesclavam entre o preto e o prata, porque reluzia desmesuradamente em meio ao negrume daquela paisagem aterradora.
Acima dessa veste, com extrema elegância, um manto púrpura caía-lhe sobre os ombros, a denotar um cuidado extravagante, descendo em ondulações que lhe cobriam os pés e arrastavam-se além.
Era como se o tecido vinho se derramasse ao longo de suas costas e fosse tragado pelo solo sedento, ressequido após as pisadas duras de seu senhor.
Ao mesmo tempo, algo indefinido parecia animar essa cauda arroxeada, como se uma brisa a acariciasse, encaracolando de forma majestosa suas dobras, na presença de um sopro sussurrante.
E, ornando a opulenta indumentária de alguém experiente na arte do disfarce, esvoaçava ao vento — um vento infecto, gélido e contagioso — uma espécie de capa, com certeza tecida em filigranas de luz astral, coagulada por sua força mental exuberante.
Especialmente leve, soberba, embora sóbria, e partida na frente, a aparência da capa era bem distinta daquela que possuíam as demais vestimentas exibidas pelo espírito.
A tal peça era de um ocre escuro, quase dourado, que compunha elegantemente a figura daquele espírito, emprestando-lhe um ar de nobreza.
Sob os trajes, ocultava-se seu verdadeiro feitio, sem artifícios, sem engodo, porém não percebido nem pressentido pelos seres que ali habitavam.
Por onde passava o espírito, semelhante a um fantasma advindo de regiões inferas — se é que pudesse haver um lugar mais inferior do que aquele —, parecia que a escuridão rondava seus passos e se tornava ainda mais profunda, quase medonha.
Gravitando em torno dele e exalando de sua presença, bruxuleava uma auréola fosca, intensamente negra e opaca, lembrando um buraco negro em tamanho reduzido, que parecia sugar toda a luz ao seu redor.
Contudo, havia nela rajadas escarlates, como se estrias de um rubi brilhante adornassem discretamente aquele arranjo invulgar.
Fiquei a indagar-me se aquele estranho das profundezas estaria absorvendo cada um dos ténues raios da luz astral, que se esgueirava por entre a imensidão de nuvens espessas e opressoras do ambiente extra físico, sub-crostal.
Envolvia-o urna bruma carregada, tangenciando a materialidade e ainda mais densa do que a concentração da matéria astral daquela dimensão.
Aquela fuligem rodopiava em torno de seu corpo perispiritual de aparência delgada — cuja elegância mostrava-se implacável, agressiva — para depois se dissolver, ofuscando a visão dos desterrados.
A atmosfera psíquica ao redor era percebida como uma noite negra, negra como a hematita, o ébano, negra como um pesadelo, que era característica das regiões mais densas, vibratóriamente mais inferiores que o chamado umbral.
— Meu Deus!
O que faço aqui, desdobrado, projectado numa dimensão estranha, fora do aconchego do meu corpo, numa região tão tenebrosa? — pensou
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:56 pm

Raul por um momento, porque viu aquele espírito.
Acompanhado por nós, seus amigos espirituais, o médium vira-o se aproximar, caminhando com passadas seguras e orgulhosas.
O andar daquele ser apresentava firmeza e, ao mesmo tempo, familiaridade extraordinária com o ambiente.
Seu rosto era lívido, de feições duras, e portador de um magnetismo que incomodava.
Os longos braços como que se esgueiravam por entre as peças de sua indumentária.
Os cabelos negros e longos aninhavam-se logo abaixo dos ombros, contorcendo-se, lembravam as víboras de uma medusa mitológica.
As madeixas macias, fugidias, pareciam ter vida própria e escapavam do interior do tecido que as abraçava, irradiando uma luz fantasmagórica, fenoménica.
Tudo isso impressionou o médium Raul tanto quanto a mim, de tal forma que ele, ao elaborar aquele pensamento, realmente deu mostras de desejar voltar, desistir, não era apenas força de expressão.
Sua hesitação durou breves instantes, somente até se aperceber da importância daquilo que presenciava sob a tutela de Pai João e, naturalmente, do mentor que, de mais além, abonara a excursão à região das trevas.
Sabíamos apenas que jamais Raul e eu víramos tamanha escuridão em qualquer lugar que visitamos.
Passamos por ruelas estreitas, que pareciam sulcos profundos marcando o mundo subcrostal.
Seguimos a entidade, que fascinava com seu magnetismo, sem nos afastarmos de Pai João de Aruanda, que permanecia silencioso, concentrado.
Olhamos o firmamento, mas não vimos estrelas nem céu; vimos tão-somente o em cima, ou seja, as regiões do umbral denso, ainda assim mais elevadas do que o ambiente no qual nos movíamos.
De onde estávamos, o topo se afigurava como uma nata leitosa, em revoluções de vermelho e cinza.
Não fossem as irradiações do nosso próprio corpo espiritual, não teríamos muito mais do que uma leve luminosidade embaçada e difusa, que se propagava a partir dos átomos astrais, componentes da matéria e da antimatéria daquela paisagem.
As sombras tornaram-se quase materiais, intensas, profundas e carregadas de uma densidade tal que a locomoção se tornara difícil para todos.
Embora nossos corpos espirituais não o sentissem como os habitantes dali, fazia calor.
Tão súbito e tão violento que os demais seres que avistamos por ali, como os temidos espectros — alcunha para os chefes de legiões das trevas —, levantaram as abas e dobraram as mangas de seus trajes, talvez na tentativa de se refrescar, um feito impossível para eles, considerando a vibração com a qual se afinizavam.
Estávamos próximos ao magma, na região genericamente conhecida como trevas.
Em meio ao calor voraz irradiado pela proximidade dos elementos altamente pressurizados no interior do globo, metais em ebulição e rochas liquefeitas, surgiam os ventos miasmáticos, regelados, portadores de uma exótica musicalidade e um ar de sedução e encantamento.
A alternância de calor e frio intensos parecia ser algo comum por aquelas bandas.
O calor, naturalmente exalado pelos mares de magma, contrastava sobremaneira com o frio, devido — quem sabe? — à influência da aura de extraordinária frieza dos seres demoníacos que se precipitaram no abismo das trevas.
Alguns espíritos das falanges que ali conviviam traziam túnicas recobrindo seus corpos espirituais — se é que poderíamos classificar de espirituais os seres tão materializados que víamos.
Aparentavam sentir-se nauseados, com expressões que sugeriam asco e vertigem, murmurando algo incompreensível.
No caso particular dos espectros, seu diálogo soava como um sibilar.
Como se ainda fosse necessário mais um elemento para completar seu aspecto tétrico...
A analogia com serpentes, pela malícia e pelo ardil a que remetiam, era inevitável.
Comentando a situação, Pai João anunciou, solene:
— Os espíritos que se localizam nas regiões profundas abaixo da crosta e próximas ao magma do planeta, em geral, são seres remanescentes do grande êxodo espiritual ocorrido há milénios.
Representam as legiões luciferinas, cujos líderes olvidaram os desígnios divinos, retardando sua reencarnação por períodos inimagináveis, às vezes dezenas e dezenas de séculos.
Em virtude do alto grau de materialidade e toxicidade de seus perispíritos e, obviamente, do magnetismo destrutivo de suas auras para um contacto mais íntimo com os habitantes encarnados do mundo, não podem mais reencarnar no momento actual da Terra, é uma impossibilidade material, fisiológica.
Somente em mundos mais primitivos, num próximo degredo, terão renovadas suas oportunidades.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 04, 2014 8:56 pm

— Lembro-me de uma passagem bíblica, na epístola de Judas — falou Raul —, que revela algo sobre tais espíritos:
"E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia" [Jd 1:6].
A fala de Pai João e o texto que o médium citou ajudaram a clarear muita coisa que se passava em nossa mente.
Os seres que se aninhavam naquela situação infeliz nas regiões subcrostais continuaram nos chamando a atenção, embora os esclarecimentos do pai-velho nos fornecessem elementos novos para compreender a situação e as reacções daqueles que encontramos por ali.
Apesar de tudo, os seres na escuridão doentia da região subcrostal, quase na totalidade, davam mostras de estar extasiados, arrebatados pela presença da entidade que se apresentava como o senhor ou o comandante daqueles sítios.
Um vento agreste entremeava o calor e o frio intensos que aquelas almas sentiam.
Enquanto isso, outra entidade, furtiva, silenciosa — um espectro das esferas mais inferiores que conhecemos —, passou a seguir a primeira, arrastando-se, feito vassalo.
Era um dos chefes de legiões, que inclinava a cabeça, à semelhança de um cão sensível e atento à presença de seu mestre.
E a alternância entre vento frio e calor sufocante emitia sons cadenciados, murmúrios de algum pesadelo ou acordes enigmáticos, excêntricos, que repercutiam naquela atmosfera fúnebre e pestilenta.
Ao irromper novamente a névoa, permeada de um cheiro ácido, embalada pelo vento revolto, notamos que os mirrados habitantes das trevas foram tomados de grande pavor.
Da escuridão sobrevieram as brumas, salpicando cargas tóxicas, sem qualquer aviso, saídas do mar de lavas etéreas.
À visão deficiente daqueles exilados, exibiam tons pardacentos, ocres, traduzindo uma sensação de serem crespas e gélidas ao contacto com seus corpos semi-espirituais.
Como um monstro que emerge de pesadelos terríveis, advindos da camada mais profunda do psiquismo, devassando as entranhas de seres repletos de culpas represadas; como um molusco gigante a estender seus tentáculos, rebrilhando na noite de uma escuridão quase palpável, ressurgem as brumas.
Infestadas de fluidos nocivos e elementos daninhos da atmosfera astral, crescem e dominam a dimensão intra-humana das estâncias subcrostais, para então depois se recolherem.
Reverberando para os lados, abriu-se penosamente o caminho, ao custo de escavações nos fluidos pesados da paisagem infecta, por onde passou o espírito imponente, que se mostrava como um dos senhores absolutos do estranho império intra-terreno, astral.
Ninguém ali, com excepção talvez de nossa equipe, sabia de onde aquele ser viera, mas sabiam — todos os habitantes da região — que estavam diante da presença mais temida de todos os tempos: um dragão.
Pai João novamente elucidou-nos, sabendo dos pensamentos que se originavam em nossa mente a respeito daquele ser tão emblemático quanto bizarro, que dissimulava sua aparência através da sofisticação.
— Os dragões, meus filhos — principiou o pai-veIho — são um grupo de espíritos advindos de outros orbes, reencarnados em tempos longínquos, na Atlântida e Lemúria.
Sua estranha ética não pode ser avaliada mediante os valores das religiões da Terra, pois sua história é anterior à história das civilizações terrestres.
Tentam impedir o progresso da humanidade a qualquer preço, pois sabem que estão fadados a um novo degredo para mundos ainda inferiores.
Suas maquinações ocupam-se mais do campo geopolítico e estratégico em âmbito internacional; interessam-se, sobretudo, pelas ideias e instituições de referência mundial, ao invés de enfocar pessoas ou instituições religiosas.
Procuram impedir tudo e todos que contribuem para o avanço da moral, do progresso e do bem.
Não se manifestam nas reuniões mediúnicas actualmente realizadas nos movimentos espiritualistas, pois ainda os irmãos encarnados não estão preparados para enfrentar espiritualmente e tecnicamente esses seres de mais baixa vibração e mais alta periculosidade.
Talvez devido à presença de Pai João de Aruanda, comportávamo-nos agora como os mais corajosos dos imortais.
Aguardávamos atentos aquilo que o representante dos dragões faria, naquele desolado mundo, ou então, que retornasse para onde viera, possivelmente levando após si a escuridão, o miasma da maldade que irradiava de sua aura.
Mas era uma maldade diferente da que se vê nos homens, era de uma natureza que nem nós mesmos poderíamos compreender.
Era algo simplesmente cósmico, que existia numa dimensão transcendente, atemorizante.
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