Artigos sobre a Mediunidade
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#034]
A gastrite emocional pode ser relacionada de alguma forma a um processo obsessivo?
Resposta:
Toda pessoa emocionalmente desequilibrada é terreno propício para a actuação de entidades que encontram-se espiritualmente comprometidas.
Questão [#035]
Como o Espiritismo explica os casos de doenças terminais em que o paciente é salvo por meio de transplantes de órgãos, mudando o rumo de sua vida?
Resposta:
Como já dissemos, é fruto do merecimento e da necessidade de aprendizado daquela criatura.
O não aproveitamento da oportunidade poderá acarretar uma situação de maiores sofrimentos.
Questão [#036]
Eu tenho fortes dores de cabeça a mais de 12 anos.
Já fui em vários médicos e tudo está normal conforme os exames.
Porém sempre tenho impressão e sonhos que estou levando tiros na cabeça;
eu posso pensar que tenho uma enxaqueca normal, ou realmente é coisa do meu passado?
Resposta:
É difícil dar uma resposta definitiva para quem propôs a pergunta.
Tanto uma quanto a outra são possíveis e há possibilidade da enxaqueca ser uma sequela deste passado.
A presença desses sonhos, faz-nos pensar na possibilidade da realidade da experiência passada, relata pelo conteúdo dos mesmos.
Seria preciso uma propedêutica extensa e minuciosa e, talvez, a possibilidade da experiência em terapia regressiva ou a revelação mediúnica por diversos médiuns ou por fontes de inteira confiança.
Questão [#037]
Minha filha tem 12 anos e sofre de constantes alergias de pele.
Já consultamos vários Dermatologistas e Homeopatas, que prescrevem tratamento com corticóides, sem resultado.
Sempre aparecem novas alergias.
Pode ser de fundo emocional?
Pode ter alguma razão transcendental à matéria?
Como ela está entrando na adolescência, este problema começa a lhe causar constrangimentos.
O que poderemos fazer para ajudá-la?
Resposta:
Como a nossa companheira não consegue alívio, através dos tratamentos convencionais, certamente o processo é cármico, de origem profunda, necessitando um trabalho espiritual de transformação íntima, sem o qual não haverá melhoria.
Continua...
Questão [#034]
A gastrite emocional pode ser relacionada de alguma forma a um processo obsessivo?
Resposta:
Toda pessoa emocionalmente desequilibrada é terreno propício para a actuação de entidades que encontram-se espiritualmente comprometidas.
Questão [#035]
Como o Espiritismo explica os casos de doenças terminais em que o paciente é salvo por meio de transplantes de órgãos, mudando o rumo de sua vida?
Resposta:
Como já dissemos, é fruto do merecimento e da necessidade de aprendizado daquela criatura.
O não aproveitamento da oportunidade poderá acarretar uma situação de maiores sofrimentos.
Questão [#036]
Eu tenho fortes dores de cabeça a mais de 12 anos.
Já fui em vários médicos e tudo está normal conforme os exames.
Porém sempre tenho impressão e sonhos que estou levando tiros na cabeça;
eu posso pensar que tenho uma enxaqueca normal, ou realmente é coisa do meu passado?
Resposta:
É difícil dar uma resposta definitiva para quem propôs a pergunta.
Tanto uma quanto a outra são possíveis e há possibilidade da enxaqueca ser uma sequela deste passado.
A presença desses sonhos, faz-nos pensar na possibilidade da realidade da experiência passada, relata pelo conteúdo dos mesmos.
Seria preciso uma propedêutica extensa e minuciosa e, talvez, a possibilidade da experiência em terapia regressiva ou a revelação mediúnica por diversos médiuns ou por fontes de inteira confiança.
Questão [#037]
Minha filha tem 12 anos e sofre de constantes alergias de pele.
Já consultamos vários Dermatologistas e Homeopatas, que prescrevem tratamento com corticóides, sem resultado.
Sempre aparecem novas alergias.
Pode ser de fundo emocional?
Pode ter alguma razão transcendental à matéria?
Como ela está entrando na adolescência, este problema começa a lhe causar constrangimentos.
O que poderemos fazer para ajudá-la?
Resposta:
Como a nossa companheira não consegue alívio, através dos tratamentos convencionais, certamente o processo é cármico, de origem profunda, necessitando um trabalho espiritual de transformação íntima, sem o qual não haverá melhoria.
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Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Pode estar presente também uma influenciação espiritual, que precisará ser investigada.
Nossa experiência tem nos demonstrado que quando a criatura passa a viver com esse tipo de patologia sem a revolta costumeira, o processo torna-se menos sofrido e o alívio se faz progressivo.
Seria importante, buscar uma casa espírita com um trabalho de orientação confiável e de bases doutrinárias seguras para auxiliá-los.
Questão [#038]
A pergunta é um exemplo:
se tenho um tumor maligno que me fará desencarnar em 6 meses e existe solução médica para o problema, posso aceitar que é uma dívida que devo pagar e não aceitar a solução médica e desencarnar em 6 meses?
Sabendo que adiaria o desencarne com solução médica, não poderia ser culpado por não aceitá-la e precipitar o desencarne?
Tenho crédito por aceitar a morte?
Sou um suicida por não adiá-la?
Resposta:
Ninguém deve se negar a possibilidade de ajuda, isso é omissão e caso ocorra o desencarne por esse motivo, será considerado um suicida.
Devemos aceitar a morte como um fato natural da evolução, buscando não desesperarmos diante da mesma e até exercitando o desapego material para vivê-la com maior tranquilidade, isso, no entanto, não nos permite procurá-la.
A entrega legítima à morte, objectivando unicamente salvar a outrem ou recusando-se a praticar o mesmo tipo de crime, é, em situações especiais, um acto de altruísmo.
Questão [#039]
Meu pai está com 65 anos e nunca fez um exame mais profundo de sua saúde.
Morre de medo de médico e hospital e está com hernia pubiana.
Ele é dentista (ou seja um paramédico).
Como você explicaria tanta fobia de médicos e doenças em um espirito que teoricamente tem maior parcela de responsabilidade sobre seu corpo, já que alem de paramédico considera-se espirita?
Resposta:
É fruto de alguma vivência traumática do passado, impossível de ser esclarecida apenas com os dados da pergunta.
Questão [#040]
É o perispírito o "molde" do corpo?
E nos natimortos, que não tiveram desde o inicio de sua formação a presença de um espírito, como então este corpo foi "moldado"?
Resposta:
Sim, o perispírito é o molde do corpo físico.
Nos casos de natimortos, os quais não tiveram a presença, desde a fecundação, de um espírito, o molde físico é criado e alimentado energeticamente pela mente da gestante, como nos esclarece a literatura espírita.
É o desejo e a vontade actuante da mãe em gerar um filho que produz corpos nessa condição.
Pode estar presente também uma influenciação espiritual, que precisará ser investigada.
Nossa experiência tem nos demonstrado que quando a criatura passa a viver com esse tipo de patologia sem a revolta costumeira, o processo torna-se menos sofrido e o alívio se faz progressivo.
Seria importante, buscar uma casa espírita com um trabalho de orientação confiável e de bases doutrinárias seguras para auxiliá-los.
Questão [#038]
A pergunta é um exemplo:
se tenho um tumor maligno que me fará desencarnar em 6 meses e existe solução médica para o problema, posso aceitar que é uma dívida que devo pagar e não aceitar a solução médica e desencarnar em 6 meses?
Sabendo que adiaria o desencarne com solução médica, não poderia ser culpado por não aceitá-la e precipitar o desencarne?
Tenho crédito por aceitar a morte?
Sou um suicida por não adiá-la?
Resposta:
Ninguém deve se negar a possibilidade de ajuda, isso é omissão e caso ocorra o desencarne por esse motivo, será considerado um suicida.
Devemos aceitar a morte como um fato natural da evolução, buscando não desesperarmos diante da mesma e até exercitando o desapego material para vivê-la com maior tranquilidade, isso, no entanto, não nos permite procurá-la.
A entrega legítima à morte, objectivando unicamente salvar a outrem ou recusando-se a praticar o mesmo tipo de crime, é, em situações especiais, um acto de altruísmo.
Questão [#039]
Meu pai está com 65 anos e nunca fez um exame mais profundo de sua saúde.
Morre de medo de médico e hospital e está com hernia pubiana.
Ele é dentista (ou seja um paramédico).
Como você explicaria tanta fobia de médicos e doenças em um espirito que teoricamente tem maior parcela de responsabilidade sobre seu corpo, já que alem de paramédico considera-se espirita?
Resposta:
É fruto de alguma vivência traumática do passado, impossível de ser esclarecida apenas com os dados da pergunta.
Questão [#040]
É o perispírito o "molde" do corpo?
E nos natimortos, que não tiveram desde o inicio de sua formação a presença de um espírito, como então este corpo foi "moldado"?
Resposta:
Sim, o perispírito é o molde do corpo físico.
Nos casos de natimortos, os quais não tiveram a presença, desde a fecundação, de um espírito, o molde físico é criado e alimentado energeticamente pela mente da gestante, como nos esclarece a literatura espírita.
É o desejo e a vontade actuante da mãe em gerar um filho que produz corpos nessa condição.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#041]
Meu filho quando tinha 5 anos era sonâmbulo, foi detectada disrritmia acentuada, foi tratado com anti-epiléticos até os 10 anos, quando os sintomas desapareceram, mas os exames continuavam demonstrando disrritmia.
Ele tomou remédios ate os 12 anos.
Hoje ele tem 16 anos esta óptimo, mas os exames demonstram uma outra realidade.
Já fui a muitos médicos mas nenhum soube me explicar o que acontece.
O Sr., como espírita, poderia explicar?
Resposta:
Do ponto de vista clínico, alterações eléctricas cerebrais, detectadas por exame, só devem ser consideradas quando da presença de sintomatologia clínica correspondente, caso contrário a atitude adequada é desconsiderá-la.
Existem trabalhos científicos que demonstram que 20% da população normal, com ausência completa de qualquer sintomatologia no campo neurológico ou psiquiátrico, tem electroencefalograma apresentando disrítmia.
Também, boa percentagem dos epilépticos, embora portadores de quadros exuberantes, não apresentam alterações no electroencefalograma.
Grande parte dos chamados portadores de disrítmia (e ela por si não é doença e nem deve ser tratada medicamente) são na verdade médiuns ostensivos, necessitados de orientação e educação mediúnica.
Questão [#042]
Estive grávida durante 4 meses e um exame de rotina detectou uma deficiência genética que provocaria retardamento físico e mental completo e em alto grau no meu bebé.
Poderia até ser que não houvesse formação do cérebro e então ocorreria morte intra-uterina me trazendo sérios riscos, inclusive de vida (morte).
Fui aconselhada a fazer uma intervenção e interromper a gestação, mas a culpa me persegue indefinidamente.
Gostaria de saber se há, no ponto de vista espiritual, uma explicação para o facto de um bebé, tão querido, aguardado por quatro "imensos" anos, encarnar já com tantos problemas e talvez até com a pré-destinação de ficar tão pouco tempo entre nós?
Resposta:
Nada acontece fora dos trâmites da justiça divina mas, muitas vezes, pela nossa ignorância não sabemos explicar claramente o que ocorreu e, talvez, só tenhamos a resposta após a nossa desencarnação.
Nossa cultura tem o hábito de nos culpabilizar de tudo e nem sempre num caso como esse o compromisso doloroso é nosso.
Culpar-se não produz melhoria, só a busca de actuar no bem é útil e necessária.
Culpa sem acção é hibernação sem proveito para o crescimento pessoal.
Continua...
Questão [#041]
Meu filho quando tinha 5 anos era sonâmbulo, foi detectada disrritmia acentuada, foi tratado com anti-epiléticos até os 10 anos, quando os sintomas desapareceram, mas os exames continuavam demonstrando disrritmia.
Ele tomou remédios ate os 12 anos.
Hoje ele tem 16 anos esta óptimo, mas os exames demonstram uma outra realidade.
Já fui a muitos médicos mas nenhum soube me explicar o que acontece.
O Sr., como espírita, poderia explicar?
Resposta:
Do ponto de vista clínico, alterações eléctricas cerebrais, detectadas por exame, só devem ser consideradas quando da presença de sintomatologia clínica correspondente, caso contrário a atitude adequada é desconsiderá-la.
Existem trabalhos científicos que demonstram que 20% da população normal, com ausência completa de qualquer sintomatologia no campo neurológico ou psiquiátrico, tem electroencefalograma apresentando disrítmia.
Também, boa percentagem dos epilépticos, embora portadores de quadros exuberantes, não apresentam alterações no electroencefalograma.
Grande parte dos chamados portadores de disrítmia (e ela por si não é doença e nem deve ser tratada medicamente) são na verdade médiuns ostensivos, necessitados de orientação e educação mediúnica.
Questão [#042]
Estive grávida durante 4 meses e um exame de rotina detectou uma deficiência genética que provocaria retardamento físico e mental completo e em alto grau no meu bebé.
Poderia até ser que não houvesse formação do cérebro e então ocorreria morte intra-uterina me trazendo sérios riscos, inclusive de vida (morte).
Fui aconselhada a fazer uma intervenção e interromper a gestação, mas a culpa me persegue indefinidamente.
Gostaria de saber se há, no ponto de vista espiritual, uma explicação para o facto de um bebé, tão querido, aguardado por quatro "imensos" anos, encarnar já com tantos problemas e talvez até com a pré-destinação de ficar tão pouco tempo entre nós?
Resposta:
Nada acontece fora dos trâmites da justiça divina mas, muitas vezes, pela nossa ignorância não sabemos explicar claramente o que ocorreu e, talvez, só tenhamos a resposta após a nossa desencarnação.
Nossa cultura tem o hábito de nos culpabilizar de tudo e nem sempre num caso como esse o compromisso doloroso é nosso.
Culpar-se não produz melhoria, só a busca de actuar no bem é útil e necessária.
Culpa sem acção é hibernação sem proveito para o crescimento pessoal.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#043]
Quando uma criança nasce sem o cérebro, nós como espíritas devemos doar seus órgãos ou não?
Tenho esta dúvida por acreditar que o Espírito reside na mente.
Se a criança não tem uma mente, posso crer que ali só se encontra um corpo?
Resposta:
A doação nesse caso é de foro dos pais, que devem ponderar que um espírito vinculado a um corpo como esse, certamente, apresenta-se em situação espiritual difícil e que a doação poderia lhe causar sofrimento.
O espírito se manifesta através da mente e não nela e cérebro e mente são diferentes, sendo o último o meio de actuação da mente no veículo físico.
A ausência de encéfalo não significa a inexistência da mente, sempre viva na essência espiritual.
Questão [#044]
Tenho uma amiga que gosto muito que sofre de nefrite.
Onde encontrar literatura espírita específica sobre este tema?
Resposta:
Não tenho informações específicas sobre o assunto junto a literatura espírita, entretanto, posso sugerir a leitura dos capítulos "Predisposições Mórbidas" e "Porque Adoecemos" do livro "Porque Adoecemos - Novos Horizontes do Conhecimento Espírita", de autoria de diversos profissionais vinculados a Associação Médico Espírita de Minas Gerais, editado e distribuído pela Ed. Espírita Cristã "Fonte Viva".
Questão [#045]
Gostaria de saber na visão espírita qual seria a origem das doenças no útero, como por exemplo as feridas.
Resposta:
É muito difícil explicar as doenças de uma forma simplista, pois temos as causas espirituais ou morais, as acções negativas do passado e da actualidade, as necessidades de aprendizado do espírito e ainda as causas actuais fruto das atitudes e mentalizações da criatura na vida presente.
Essas podem ser as mais diversas e conjugarem-se das formas mais diferentes.
Nem sempre é possível chegar a essas causas específicas de cada caso.
§.§.§- O-canto-da-ave
Questão [#043]
Quando uma criança nasce sem o cérebro, nós como espíritas devemos doar seus órgãos ou não?
Tenho esta dúvida por acreditar que o Espírito reside na mente.
Se a criança não tem uma mente, posso crer que ali só se encontra um corpo?
Resposta:
A doação nesse caso é de foro dos pais, que devem ponderar que um espírito vinculado a um corpo como esse, certamente, apresenta-se em situação espiritual difícil e que a doação poderia lhe causar sofrimento.
O espírito se manifesta através da mente e não nela e cérebro e mente são diferentes, sendo o último o meio de actuação da mente no veículo físico.
A ausência de encéfalo não significa a inexistência da mente, sempre viva na essência espiritual.
Questão [#044]
Tenho uma amiga que gosto muito que sofre de nefrite.
Onde encontrar literatura espírita específica sobre este tema?
Resposta:
Não tenho informações específicas sobre o assunto junto a literatura espírita, entretanto, posso sugerir a leitura dos capítulos "Predisposições Mórbidas" e "Porque Adoecemos" do livro "Porque Adoecemos - Novos Horizontes do Conhecimento Espírita", de autoria de diversos profissionais vinculados a Associação Médico Espírita de Minas Gerais, editado e distribuído pela Ed. Espírita Cristã "Fonte Viva".
Questão [#045]
Gostaria de saber na visão espírita qual seria a origem das doenças no útero, como por exemplo as feridas.
Resposta:
É muito difícil explicar as doenças de uma forma simplista, pois temos as causas espirituais ou morais, as acções negativas do passado e da actualidade, as necessidades de aprendizado do espírito e ainda as causas actuais fruto das atitudes e mentalizações da criatura na vida presente.
Essas podem ser as mais diversas e conjugarem-se das formas mais diferentes.
Nem sempre é possível chegar a essas causas específicas de cada caso.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Reencarnação na Bíblia
Entrevistado: Sérgio Fernandes Aleixo
Questão [#001]
Gostaria de saber quais as passagens do Velho Testamento em que estão inseridas as provas da reencarnação.
Resposta:
Trata-se de um ensino constantemente velado.
Por isso, para alguns, seriam no máximo evidências.
Mas, para nós, respondem por provas de que a interpretação espírita da bíblia não é menos viável do que qualquer outra.
Ao contrário!
Supera as demais exegeses por ser a única que mantém a sua lógica intrínseca.
Em meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), escrevi sete capítulos sobre o Velho Testamento, cada um deles epigrafado por uma passagem contendo a ideia da reencarnação.
Referências propriamente ditas, contudo, são muitas.
Certamente, mais do que todos podemos imaginar.
Eu ressaltaria as seguintes:
- o próprio Decálogo abriga em si o conceito de retorno "na terceira e quarta geração" (Êxodo, 20:5);
- o caso dos gémeos de Rebeca, que " ‘lutavam’ no ventre dela" (Génesis, 25:22), sendo que o profeta Isaías afirma haver, no caso, prevaricação "desde o ventre" (48:8);
- a sentença de Ana, mãe de Samuel, a qual diz que "o Senhor faz descer ao xeol e faz tornar a subir dele" (1.º Samuel, 2:6);
- Salmo 71, versículo 20, que afirma: "(...) me restaurarás ainda a vida e de novo me tirarás dos abismos da terra";
- Eclesiastes, que assevera: "O que é já foi;
e o que há de ser também já foi;
Deus fará renovar-se o que se passou" (3:15);
- Jó, em meio ao seu infortúnio, confessa: "Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei para lá" (1:21);
- ainda Jó, na versão da Igreja Grega, afirma: "Quando o homem está morto, vive sempre;
acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo";
- no livro de Sabedoria, aceite pelos católicos, o autor diz que "sendo bom, entrou num corpo sem mancha" (8:20);
Etc., etc.
Continua...
Questão [#001]
Gostaria de saber quais as passagens do Velho Testamento em que estão inseridas as provas da reencarnação.
Resposta:
Trata-se de um ensino constantemente velado.
Por isso, para alguns, seriam no máximo evidências.
Mas, para nós, respondem por provas de que a interpretação espírita da bíblia não é menos viável do que qualquer outra.
Ao contrário!
Supera as demais exegeses por ser a única que mantém a sua lógica intrínseca.
Em meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), escrevi sete capítulos sobre o Velho Testamento, cada um deles epigrafado por uma passagem contendo a ideia da reencarnação.
Referências propriamente ditas, contudo, são muitas.
Certamente, mais do que todos podemos imaginar.
Eu ressaltaria as seguintes:
- o próprio Decálogo abriga em si o conceito de retorno "na terceira e quarta geração" (Êxodo, 20:5);
- o caso dos gémeos de Rebeca, que " ‘lutavam’ no ventre dela" (Génesis, 25:22), sendo que o profeta Isaías afirma haver, no caso, prevaricação "desde o ventre" (48:8);
- a sentença de Ana, mãe de Samuel, a qual diz que "o Senhor faz descer ao xeol e faz tornar a subir dele" (1.º Samuel, 2:6);
- Salmo 71, versículo 20, que afirma: "(...) me restaurarás ainda a vida e de novo me tirarás dos abismos da terra";
- Eclesiastes, que assevera: "O que é já foi;
e o que há de ser também já foi;
Deus fará renovar-se o que se passou" (3:15);
- Jó, em meio ao seu infortúnio, confessa: "Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei para lá" (1:21);
- ainda Jó, na versão da Igreja Grega, afirma: "Quando o homem está morto, vive sempre;
acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo";
- no livro de Sabedoria, aceite pelos católicos, o autor diz que "sendo bom, entrou num corpo sem mancha" (8:20);
Etc., etc.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#002]
Comente a citação Eclesiastes 12.7.
Resposta:
Esse passo eu o comento no capítulo 10 do meu livro COM QUEM FALARAM OS PROFETAS? FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA FENOMENOLOGIA ESPÍRITA (Lachâtre, 2000).
Ao interpretar o versículo, não devemos incidir no panteísmo.
Esse passo é consequência de uma exposição acerca da fragilidade e brevidade da vida, recomendando-nos que lembremos de Deus enquanto somos jovens, antes que as limitações e tribulações da velhice nos assaltem, e nos sobrevenha a morte, descrita como remoção ou rompimento da corda ou fio de prata (cf. 12:6), isto é, o "laço fluídico", espécie de "cauda fosforescente", de "rasto luminoso", que liga o espírito ao corpo, sobretudo quando emancipado pelo sono físico
(cf. O Livro dos Médiuns, 118 e 284:40.ª)
Assim, chegamos ao ponto (12:7), "o pó (corpo) volta à terra, como era; e o espírito (eu imortal) a Deus, que o deu".
Trata-se de referência à preexistência da alma! Há evidente metáfora na linguagem, tomando-se o mundo "divino" (para os antigos) ou "espiritual" (para nós) pelo próprio "Deus".
Portanto, de lá viemos e para lá voltamos, repetidamente, pois o mesmo Eclesiastes diz, como vimos acima, que Deus fará renovar-se o que se passou.
Questão [#003]
Em que trechos da Bíblia fala mais claramente sobre a Reencarnação?
Resposta:
Salvo melhor juízo, a palavra REENCARNAÇÃO surgiu nas obras de Kardec.
Nas escrituras, fala-se de novo nascimento (palingenesia), de ressurreição dos mortos (anástasis ek tõn nekrõn), nunca propriamente de ressurreição dos corpos, expressando, portanto, a ideia de retorno, de ressurgimento, mas do espírito, não do corpo.
O contexto é que revela tratar-se de retorno do espírito ao plano espiritual (desencarnação) ou de seu retorno ao plano físico (reencarnação).
Do sem-número de referências ao processo reencarnatório nas escrituras, cito como as mais explícitas as seguintes:
- Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec ressalta a versão da Igreja Grega para o Livro de Jó, no Velho Testamento, em seu capítulo 14, versículo 14, onde se lê:
Quando o homem está morto, vive sempre;
acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo".
Infelizmente, as demais versões não conservaram esta afirmação clara.
- No Evangelho segundo Mateus, capítulo 11, versículo 14, Jesus declara sobre João Baptista:
"Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é Elias, que está destinado a vir".
No mesmo Evangelho, capítulo 17, versículos 12 e 13, lemos:
"Eu vos declaro que Elias já veio e eles não o reconheceram.
Então seus discípulos compreenderam que fora de João Baptista que ele falara".
Nenhum malabarismo da exegese bíblica pode desmentir o próprio Cristo.
Continua...
Questão [#002]
Comente a citação Eclesiastes 12.7.
Resposta:
Esse passo eu o comento no capítulo 10 do meu livro COM QUEM FALARAM OS PROFETAS? FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA FENOMENOLOGIA ESPÍRITA (Lachâtre, 2000).
Ao interpretar o versículo, não devemos incidir no panteísmo.
Esse passo é consequência de uma exposição acerca da fragilidade e brevidade da vida, recomendando-nos que lembremos de Deus enquanto somos jovens, antes que as limitações e tribulações da velhice nos assaltem, e nos sobrevenha a morte, descrita como remoção ou rompimento da corda ou fio de prata (cf. 12:6), isto é, o "laço fluídico", espécie de "cauda fosforescente", de "rasto luminoso", que liga o espírito ao corpo, sobretudo quando emancipado pelo sono físico
(cf. O Livro dos Médiuns, 118 e 284:40.ª)
Assim, chegamos ao ponto (12:7), "o pó (corpo) volta à terra, como era; e o espírito (eu imortal) a Deus, que o deu".
Trata-se de referência à preexistência da alma! Há evidente metáfora na linguagem, tomando-se o mundo "divino" (para os antigos) ou "espiritual" (para nós) pelo próprio "Deus".
Portanto, de lá viemos e para lá voltamos, repetidamente, pois o mesmo Eclesiastes diz, como vimos acima, que Deus fará renovar-se o que se passou.
Questão [#003]
Em que trechos da Bíblia fala mais claramente sobre a Reencarnação?
Resposta:
Salvo melhor juízo, a palavra REENCARNAÇÃO surgiu nas obras de Kardec.
Nas escrituras, fala-se de novo nascimento (palingenesia), de ressurreição dos mortos (anástasis ek tõn nekrõn), nunca propriamente de ressurreição dos corpos, expressando, portanto, a ideia de retorno, de ressurgimento, mas do espírito, não do corpo.
O contexto é que revela tratar-se de retorno do espírito ao plano espiritual (desencarnação) ou de seu retorno ao plano físico (reencarnação).
Do sem-número de referências ao processo reencarnatório nas escrituras, cito como as mais explícitas as seguintes:
- Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec ressalta a versão da Igreja Grega para o Livro de Jó, no Velho Testamento, em seu capítulo 14, versículo 14, onde se lê:
Quando o homem está morto, vive sempre;
acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo".
Infelizmente, as demais versões não conservaram esta afirmação clara.
- No Evangelho segundo Mateus, capítulo 11, versículo 14, Jesus declara sobre João Baptista:
"Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é Elias, que está destinado a vir".
No mesmo Evangelho, capítulo 17, versículos 12 e 13, lemos:
"Eu vos declaro que Elias já veio e eles não o reconheceram.
Então seus discípulos compreenderam que fora de João Baptista que ele falara".
Nenhum malabarismo da exegese bíblica pode desmentir o próprio Cristo.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#004]
Você pode nos indicar uma edição da Bíblia para consultas e estudos?
Resposta:
Não existe nenhuma edição "infalível", não só porque isso seria praticamente impossível, mas também porque é grande a influência dos correctores".
Particularmente, quando necessário, faço um trabalho de comparação de diversas versões e edições, adoptando, para cada caso particular, a que mais reflecte a verdade espírita, que deve ser o nosso critério de julgamento.
Interpreto as escrituras à luz do espiritismo e não o espiritismo à luz das escrituras.
No meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), relaciono, na bibliografia, todas as edições e versões de que fiz uso.
Pessoalmente, gosto muito da BÍBLIA DE JERUSALÉM (Paulinas, 1985) e da edição revista e atualizada de JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA (SBB, 1993).
Questão [#005]
Se a Bíblia de capa a capa ensina claramente que não existe reencarnação (esta palavra não existe na bíblia), como explicas isso?
Jesus ressucitou e não reencarnou.
Como sustentar a doutrina de reencarnação sem base bíblica?
A visão de Samuel foi apenas uma visão e Deus não disse que a visão era Dele.
Tomar versículos isolados da Bíblia e esquecer o resto é correcto?
Resposta:
A premissa desta questão é falsa.
Primeiramente, as escrituras ensinam desde o mais obtuso materialismo até o mais sublimado espiritualismo...
Não há, na letra, nenhuma unidade doutrinária de capa a capa.
Ao contrário! Há bastantes contradições.
Ao demais, muitas coisas existem antes que as culturas as definam desta ou daquela maneira, com esta ou aquela palavra, sem deixarem, por isso, de ser o que são.
A reencarnação é lei natural!
Ainda que as escrituras não a mencionassem, ela continuaria vigendo, como imutável lei divina.
Mas o facto é que elas a referem, a seu modo.
Mesmo assim, porém, independentemente da "base bíblica", a reencarnação sustenta-se em pesquisas científicas e especulações filosóficas.
Jesus ressuscitou, sim;
ou seja, no caso, ressurgiu para o plano espiritual, com sua "glória", de onde, aliás, já na posse também de suas respectivas "glórias", Moisés e Elias falaram com ele, estando Jesus ainda encarnado (Lucas, 9:30-31).
Continua...
Questão [#004]
Você pode nos indicar uma edição da Bíblia para consultas e estudos?
Resposta:
Não existe nenhuma edição "infalível", não só porque isso seria praticamente impossível, mas também porque é grande a influência dos correctores".
Particularmente, quando necessário, faço um trabalho de comparação de diversas versões e edições, adoptando, para cada caso particular, a que mais reflecte a verdade espírita, que deve ser o nosso critério de julgamento.
Interpreto as escrituras à luz do espiritismo e não o espiritismo à luz das escrituras.
No meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), relaciono, na bibliografia, todas as edições e versões de que fiz uso.
Pessoalmente, gosto muito da BÍBLIA DE JERUSALÉM (Paulinas, 1985) e da edição revista e atualizada de JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA (SBB, 1993).
Questão [#005]
Se a Bíblia de capa a capa ensina claramente que não existe reencarnação (esta palavra não existe na bíblia), como explicas isso?
Jesus ressucitou e não reencarnou.
Como sustentar a doutrina de reencarnação sem base bíblica?
A visão de Samuel foi apenas uma visão e Deus não disse que a visão era Dele.
Tomar versículos isolados da Bíblia e esquecer o resto é correcto?
Resposta:
A premissa desta questão é falsa.
Primeiramente, as escrituras ensinam desde o mais obtuso materialismo até o mais sublimado espiritualismo...
Não há, na letra, nenhuma unidade doutrinária de capa a capa.
Ao contrário! Há bastantes contradições.
Ao demais, muitas coisas existem antes que as culturas as definam desta ou daquela maneira, com esta ou aquela palavra, sem deixarem, por isso, de ser o que são.
A reencarnação é lei natural!
Ainda que as escrituras não a mencionassem, ela continuaria vigendo, como imutável lei divina.
Mas o facto é que elas a referem, a seu modo.
Mesmo assim, porém, independentemente da "base bíblica", a reencarnação sustenta-se em pesquisas científicas e especulações filosóficas.
Jesus ressuscitou, sim;
ou seja, no caso, ressurgiu para o plano espiritual, com sua "glória", de onde, aliás, já na posse também de suas respectivas "glórias", Moisés e Elias falaram com ele, estando Jesus ainda encarnado (Lucas, 9:30-31).
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Isto demonstra que a ressurreição do Mestre foi mitificada pelas religiões;
ou seja, nada houve de excepcional do ponto de vista das leis naturais.
Lá estavam, igualmente ressuscitados, isto é, ressurgidos para a vida imortal, tanto Moisés quanto Elias!
Para um verdadeiro cristão, por mais isolado que seja um versículo, se ele for verdadeiramente de Jesus, como o é o que afirma que João Baptista foi Elias, de nada valem outros que digam o contrário...
O facto é que só os princípios espíritas dão lógica às escrituras, pondo em evidência a unidade do espírito (que vivifica) e superando a diversidade formal da letra (que mata).
Já as teologias das diversas religiões dogmáticas, simplesmente pararam no tempo.
Questão [#006]
Gostaria de saber porque nas escrituras embora algumas partes falam claramente da existência da reencarnação outras vão claramente ao contrário como por exemplo quando Jesus disse que seriam lançados na geena onde o "verme" não morre e o sofrimento se torna eterno?
Resposta:
Fomos acostumados a pensar que há nas escrituras uma unidade doutrinária que na verdade elas não possuem.
A bíblia é plural!
Então é natural que a letra revele as contradicções de cronistas e implementos de correctores.
As teologias, com suas interpretações, é que vivem a fabricar pseudo-unidades, expressas assim:
"Segundo a PALAVRA DE DEUS... A BÍBLIA DIZ QUE...", quando o mais honesto seria admitir as diversas variantes da equação do problema.
O espiritismo não surgiu de nenhuma releitura da bíblia, embora tenha sua própria interpretação, por força de razões históricas, culturais e, sem dúvida, espirituais.
Exactamente, por essa sua independência, enquanto revelação, ciência e filosofia, só o espiritismo nos pode fornecer a fórmula de superação desses inglórios obstáculos a uma lúcida compreensão das verdades espirituais escriturísticas, inegáveis, mas à luz da doutrina.
O versículo apontado nesta questão (Marcos, 9:44) simplesmente não figura na TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS (bom trabalho das testemunhas de Jeová, que seria excelente se não cometesse a desfaçatez de substituir em muitos passos "feitiçaria" por "prática de espiritismo", e "feiticeiro" por "médium espírita", termos estes criados por Kardec já no séc. XIX).
O referido versículo 44 do capítulo 9 de Marcos também está entre colchetes na excelente versão bíblica para computador de Ismael Vieira, o que significa que foi acrescentado posteriormente.
Continua...
Isto demonstra que a ressurreição do Mestre foi mitificada pelas religiões;
ou seja, nada houve de excepcional do ponto de vista das leis naturais.
Lá estavam, igualmente ressuscitados, isto é, ressurgidos para a vida imortal, tanto Moisés quanto Elias!
Para um verdadeiro cristão, por mais isolado que seja um versículo, se ele for verdadeiramente de Jesus, como o é o que afirma que João Baptista foi Elias, de nada valem outros que digam o contrário...
O facto é que só os princípios espíritas dão lógica às escrituras, pondo em evidência a unidade do espírito (que vivifica) e superando a diversidade formal da letra (que mata).
Já as teologias das diversas religiões dogmáticas, simplesmente pararam no tempo.
Questão [#006]
Gostaria de saber porque nas escrituras embora algumas partes falam claramente da existência da reencarnação outras vão claramente ao contrário como por exemplo quando Jesus disse que seriam lançados na geena onde o "verme" não morre e o sofrimento se torna eterno?
Resposta:
Fomos acostumados a pensar que há nas escrituras uma unidade doutrinária que na verdade elas não possuem.
A bíblia é plural!
Então é natural que a letra revele as contradicções de cronistas e implementos de correctores.
As teologias, com suas interpretações, é que vivem a fabricar pseudo-unidades, expressas assim:
"Segundo a PALAVRA DE DEUS... A BÍBLIA DIZ QUE...", quando o mais honesto seria admitir as diversas variantes da equação do problema.
O espiritismo não surgiu de nenhuma releitura da bíblia, embora tenha sua própria interpretação, por força de razões históricas, culturais e, sem dúvida, espirituais.
Exactamente, por essa sua independência, enquanto revelação, ciência e filosofia, só o espiritismo nos pode fornecer a fórmula de superação desses inglórios obstáculos a uma lúcida compreensão das verdades espirituais escriturísticas, inegáveis, mas à luz da doutrina.
O versículo apontado nesta questão (Marcos, 9:44) simplesmente não figura na TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS (bom trabalho das testemunhas de Jeová, que seria excelente se não cometesse a desfaçatez de substituir em muitos passos "feitiçaria" por "prática de espiritismo", e "feiticeiro" por "médium espírita", termos estes criados por Kardec já no séc. XIX).
O referido versículo 44 do capítulo 9 de Marcos também está entre colchetes na excelente versão bíblica para computador de Ismael Vieira, o que significa que foi acrescentado posteriormente.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#007]
Qual a importância da Bíblia, principalmente o Antigo testamento, para o Espiritismo?
Resposta:
Evidente que não devemos priorizar a bíblia em detrimento do espiritismo, mas, por outro lado, para compreendê-lo melhor, não podemos desprezá-la...
O grande filósofo Herculano Pires disse:
"A bíblia é muito valiosa para os espiritistas estudiosos porque é o maior e o mais vigoroso testemunho da verdade espírita na antiguidade".
(Visão espírita da bíblia, artigo 15.º)
Além do que, as revelações podem ser esparsas ou concatenadas.
A revelação espírita mostra-se sequência de duas anteriores, codificadas exatamente no Velho e no Novo Testamento.
Veja-se o n.º 3 do capítulo XX de O Evangelho segundo o Espiritismo:
"Mais de um patriarca, mais de um profeta [1.ª revelação - Velho Testamento], mais de um discípulo do Cristo, mais de um pregador da fé cristã [2.ª revelação - Novo Testamento] se encontram no meio deles [dos espíritas], porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base [as duas primeiras revelações] e sim na cumeeira do edifício [a 3.ª revelação]".
Questão [#008]
Um amigo protestante argumentou-me que a reencarnação não existe e que na própria Bíblia existe uma outra passagem que comprova que João Baptista não é Elias reencarnado.
Segundo ele, quando Jesus "encontrou" no fenómeno de transfiguração com "Elias e Moisés", não existe nenhuma citação quanto tal assunto, e que se João Baptista era realmente Elias ele não deveria ter parecido como tal.
Sou espírita e acredito na reencarnação, o que dizer neste caso?
Resposta:
Fica difícil argumentar em termos lógicos com pessoas que dizem, por exemplo, que João Baptista não podia ser Elias porque este último não morreu, foi elevado ao céu num carro de fogo, interpretando ao pé da letra a narrativa do 2.º Livro de Reis, 2:1-18.
Ou então com pessoas que, na bíblia, preferem a palavra de João Baptista à do próprio Jesus...
João até podia não saber se tinha sido Elias, pois normalmente não lembramos de vidas anteriores.
Mas o facto é que Jesus sabia!
Quanto aos fenómenos que secundam a transfiguração de Jesus, bem mais comprobatório de que João Baptista foi Elias é o facto de ter ele aparecido como tal (essa propriedade do perispírito se chama plasticidade) do que se tivesse aparecido sob a forma de João, porquanto o próprio Jesus disse que Elias já tinha vindo, mas não fora reconhecido na figura do Baptista.
Vejam-se os capítulos 17 de Mateus e 9 de Lucas!
Claríssimo!
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Questão [#007]
Qual a importância da Bíblia, principalmente o Antigo testamento, para o Espiritismo?
Resposta:
Evidente que não devemos priorizar a bíblia em detrimento do espiritismo, mas, por outro lado, para compreendê-lo melhor, não podemos desprezá-la...
O grande filósofo Herculano Pires disse:
"A bíblia é muito valiosa para os espiritistas estudiosos porque é o maior e o mais vigoroso testemunho da verdade espírita na antiguidade".
(Visão espírita da bíblia, artigo 15.º)
Além do que, as revelações podem ser esparsas ou concatenadas.
A revelação espírita mostra-se sequência de duas anteriores, codificadas exatamente no Velho e no Novo Testamento.
Veja-se o n.º 3 do capítulo XX de O Evangelho segundo o Espiritismo:
"Mais de um patriarca, mais de um profeta [1.ª revelação - Velho Testamento], mais de um discípulo do Cristo, mais de um pregador da fé cristã [2.ª revelação - Novo Testamento] se encontram no meio deles [dos espíritas], porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base [as duas primeiras revelações] e sim na cumeeira do edifício [a 3.ª revelação]".
Questão [#008]
Um amigo protestante argumentou-me que a reencarnação não existe e que na própria Bíblia existe uma outra passagem que comprova que João Baptista não é Elias reencarnado.
Segundo ele, quando Jesus "encontrou" no fenómeno de transfiguração com "Elias e Moisés", não existe nenhuma citação quanto tal assunto, e que se João Baptista era realmente Elias ele não deveria ter parecido como tal.
Sou espírita e acredito na reencarnação, o que dizer neste caso?
Resposta:
Fica difícil argumentar em termos lógicos com pessoas que dizem, por exemplo, que João Baptista não podia ser Elias porque este último não morreu, foi elevado ao céu num carro de fogo, interpretando ao pé da letra a narrativa do 2.º Livro de Reis, 2:1-18.
Ou então com pessoas que, na bíblia, preferem a palavra de João Baptista à do próprio Jesus...
João até podia não saber se tinha sido Elias, pois normalmente não lembramos de vidas anteriores.
Mas o facto é que Jesus sabia!
Quanto aos fenómenos que secundam a transfiguração de Jesus, bem mais comprobatório de que João Baptista foi Elias é o facto de ter ele aparecido como tal (essa propriedade do perispírito se chama plasticidade) do que se tivesse aparecido sob a forma de João, porquanto o próprio Jesus disse que Elias já tinha vindo, mas não fora reconhecido na figura do Baptista.
Vejam-se os capítulos 17 de Mateus e 9 de Lucas!
Claríssimo!
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#009]
Se a Bíblia foi muitas vezes "revisitada", diríamos assim pela Igreja Católica ao longo dos séculos, e ela não admite a reencarnação, como se explica que tenha deixado textos como o diálogo de Nicodemos com Jesus;
o que Jesus falou sobre Elias e João Baptista, na Bíblia?
Resposta:
A Igreja não admite, hoje e publicamente, a reencarnação, mas a verdade é que nunca a condenou formalmente.
Alguns de seus chamados "pais" eram partidários da reencarnação.
Certos líderes contemporâneos da Igreja é que querem saber mais do que aqueles que eles mesmos consideram fundadores da "Santa Madre"...
Recomendo a leitura do texto de Léon Denis sobre a relação da Igreja Católica com a reencarnação, inserido no clássico O Porquê da Vida (FEB).
Questão [#010]
É sabido que nenhuma tradução feita é plenamente igual ao original.
Além disso, a Igreja Católica já retirou diversos textos da Bíblia que não era interessantes para ela nos famosos Concílios de Trento, inclusive os referentes à reencarnação.
Por que então tantas referências no Espiritismo da questão bíblica, já que este livro foi escrito por discípulos que não conheceram Jesus e outros depois de anos da morte do Mestre, acrescentando-se as traduções má interpretadas e influenciadas pela Igreja?
Resposta:
Mesmo reconhecendo as limitações que por estes ou aqueles motivos se impuseram ao processo de transmissão dos ensinos de Jesus, os evangelhos são documentos de valor histórico, cultural e espiritual comprovado, e isto por sábios de diversas áreas e ao longo de séculos.
Digo mesmo que Kardec foi o maior deles!
Não fossem esses documentos e pouco ou nada teríamos sabido da doutrina do Mestre.
O próprio Cristo tinha conhecimento de que haveria deturpações e imperfeições no repasse formal de seus ensinos à posteridade.
Mas por essa razão é que prometeu restabelecê-los mediante o envio do Consolador.
Assim, o espiritismo coloca as coisas nos seus devidos lugares e, para isso, tem de recorrer também às fontes culturais e históricas de que dispomos.
Questão [#011]
Até que ponto, nós, espíritas, não "forçamos" demais a Bíblia para ela falar em reencarnação?
Parece-me facto que, os textos canónicos (excepção feita aos apócrifos) não pareciam muito inclinados as crenças reencarnacionistas, principalmente os paulinos.
O que pensa sobre isso?
Resposta:
Para efeito deste ponto de vista, os chamados textos apócrifos não excedem em nada os canónicos.
Apresentam a mesma diversidade formal de possibilidades.
Mas esta pergunta é oportuna e muito pertinente.
Continua...
Questão [#009]
Se a Bíblia foi muitas vezes "revisitada", diríamos assim pela Igreja Católica ao longo dos séculos, e ela não admite a reencarnação, como se explica que tenha deixado textos como o diálogo de Nicodemos com Jesus;
o que Jesus falou sobre Elias e João Baptista, na Bíblia?
Resposta:
A Igreja não admite, hoje e publicamente, a reencarnação, mas a verdade é que nunca a condenou formalmente.
Alguns de seus chamados "pais" eram partidários da reencarnação.
Certos líderes contemporâneos da Igreja é que querem saber mais do que aqueles que eles mesmos consideram fundadores da "Santa Madre"...
Recomendo a leitura do texto de Léon Denis sobre a relação da Igreja Católica com a reencarnação, inserido no clássico O Porquê da Vida (FEB).
Questão [#010]
É sabido que nenhuma tradução feita é plenamente igual ao original.
Além disso, a Igreja Católica já retirou diversos textos da Bíblia que não era interessantes para ela nos famosos Concílios de Trento, inclusive os referentes à reencarnação.
Por que então tantas referências no Espiritismo da questão bíblica, já que este livro foi escrito por discípulos que não conheceram Jesus e outros depois de anos da morte do Mestre, acrescentando-se as traduções má interpretadas e influenciadas pela Igreja?
Resposta:
Mesmo reconhecendo as limitações que por estes ou aqueles motivos se impuseram ao processo de transmissão dos ensinos de Jesus, os evangelhos são documentos de valor histórico, cultural e espiritual comprovado, e isto por sábios de diversas áreas e ao longo de séculos.
Digo mesmo que Kardec foi o maior deles!
Não fossem esses documentos e pouco ou nada teríamos sabido da doutrina do Mestre.
O próprio Cristo tinha conhecimento de que haveria deturpações e imperfeições no repasse formal de seus ensinos à posteridade.
Mas por essa razão é que prometeu restabelecê-los mediante o envio do Consolador.
Assim, o espiritismo coloca as coisas nos seus devidos lugares e, para isso, tem de recorrer também às fontes culturais e históricas de que dispomos.
Questão [#011]
Até que ponto, nós, espíritas, não "forçamos" demais a Bíblia para ela falar em reencarnação?
Parece-me facto que, os textos canónicos (excepção feita aos apócrifos) não pareciam muito inclinados as crenças reencarnacionistas, principalmente os paulinos.
O que pensa sobre isso?
Resposta:
Para efeito deste ponto de vista, os chamados textos apócrifos não excedem em nada os canónicos.
Apresentam a mesma diversidade formal de possibilidades.
Mas esta pergunta é oportuna e muito pertinente.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Certa vez, um confrade nosso me disse que o cego de nascença expiava inegavelmente uma falta, pois não poderíamos "perder essa prova da reencarnação"
Eu o adverti para o facto de que não poderíamos "atropelar" Jesus, porque o próprio Mestre afirmou que o pecado não era do cego de nascença, nem menos ainda de seus pais.
Claro que se tratava, desse modo, de uma prova de carácter não expiatório, como esclarece Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, n.º 9, e em A Génese, cap. XV, n.º 25.
Esse nosso confrade estava de facto "forçando a bíblia" a falar em reencarnação.
O que temos no caso é a reencarnação, senão afirmada, ao menos cogitada, haja vista a pergunta dos discípulos:
se o cego de nascença tinha cometido um pecado para que nascesse sem visão.
A reencarnação aparece como evidente hipótese especulativa.
Então, penso que, sim, alguns espíritas querem fabricar "provas" da reencarnação a todo custo.
Mas a reencarnação, como um dos fundamentos legítimos de nossa civilização, dispensa tais negligências.
É o que pretendi demonstrar no meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), seguindo com rigor o critério kardeciano para o tratamento da matéria.
Questão [#012]
Algumas pessoas contestam que João Baptista foi outra encarnação de Elias, argumentado que Elias, segundo o texto bíblico não morreu, foi arrebatado por uma carruagem de fogo.
Como interpretar a luz da doutrina Espírita A questão do Arrebatamento de Elias?
Resposta:
Essa contestação não vale certamente para pessoas razoáveis...
Aliás, mais uma vez, certos cristãos demonstram ser algo judaizantes, ao preferirem o Velho Testamento ao Novo...
Quanto à interpretação do texto bíblico, eu fiz uma em meu livro COM QUEM FALARAM OS PROFETAS? FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA FENOMENOLOGIA ESPÍRITA (Lachâtre, 2000).
Entendo que houve fatos mal compreendidos aliados a um processo de mitificação da figura de Elias, o que gerou uma narrativa de característica superficialmente lendária, mas verídica em seu fundo.
Questão [#013]
Por que temos que nos prender a Bíblia, se Jesus nos trouxe a Boa Nova?
Resposta:
Isto me faz recordar a razão do incêndio da famosa biblioteca antiga de Alexandria, sob a falsa justificativa de que o contido em todos aqueles livros já estava no Alcorão...
Não se trata de nos prendermos ao Velho Testamento.
Como podemos entender o processo de construção de um edifício ignorando que ele teve lançados, criteriosamente, por um Construtor, os seus fundamentos?
Continua...
Certa vez, um confrade nosso me disse que o cego de nascença expiava inegavelmente uma falta, pois não poderíamos "perder essa prova da reencarnação"
Eu o adverti para o facto de que não poderíamos "atropelar" Jesus, porque o próprio Mestre afirmou que o pecado não era do cego de nascença, nem menos ainda de seus pais.
Claro que se tratava, desse modo, de uma prova de carácter não expiatório, como esclarece Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, n.º 9, e em A Génese, cap. XV, n.º 25.
Esse nosso confrade estava de facto "forçando a bíblia" a falar em reencarnação.
O que temos no caso é a reencarnação, senão afirmada, ao menos cogitada, haja vista a pergunta dos discípulos:
se o cego de nascença tinha cometido um pecado para que nascesse sem visão.
A reencarnação aparece como evidente hipótese especulativa.
Então, penso que, sim, alguns espíritas querem fabricar "provas" da reencarnação a todo custo.
Mas a reencarnação, como um dos fundamentos legítimos de nossa civilização, dispensa tais negligências.
É o que pretendi demonstrar no meu livro REENCARNAÇÃO: LEI DA BÍBLIA, LEI DO EVANGELHO, LEI DE DEUS (Lachâtre, 1999), seguindo com rigor o critério kardeciano para o tratamento da matéria.
Questão [#012]
Algumas pessoas contestam que João Baptista foi outra encarnação de Elias, argumentado que Elias, segundo o texto bíblico não morreu, foi arrebatado por uma carruagem de fogo.
Como interpretar a luz da doutrina Espírita A questão do Arrebatamento de Elias?
Resposta:
Essa contestação não vale certamente para pessoas razoáveis...
Aliás, mais uma vez, certos cristãos demonstram ser algo judaizantes, ao preferirem o Velho Testamento ao Novo...
Quanto à interpretação do texto bíblico, eu fiz uma em meu livro COM QUEM FALARAM OS PROFETAS? FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA FENOMENOLOGIA ESPÍRITA (Lachâtre, 2000).
Entendo que houve fatos mal compreendidos aliados a um processo de mitificação da figura de Elias, o que gerou uma narrativa de característica superficialmente lendária, mas verídica em seu fundo.
Questão [#013]
Por que temos que nos prender a Bíblia, se Jesus nos trouxe a Boa Nova?
Resposta:
Isto me faz recordar a razão do incêndio da famosa biblioteca antiga de Alexandria, sob a falsa justificativa de que o contido em todos aqueles livros já estava no Alcorão...
Não se trata de nos prendermos ao Velho Testamento.
Como podemos entender o processo de construção de um edifício ignorando que ele teve lançados, criteriosamente, por um Construtor, os seus fundamentos?
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Jesus disse que não vinha destruir a Lei de Moisés, mas complementá-la, da mesma forma que, segundo Kardec, o espiritismo não revoga a Lei Cristã, dá-lhe execução.
Há, portanto, uma sequência a ser observada, se não em sua forma, indispensavelmente em seu fundo.
Quando menos, vejamos o que nos diz o item 628 de O Livro dos Espíritos:
"Importa que cada coisa venha a seu tempo.
A verdade é como a luz:
o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco;
do contrário, fica deslumbrado.
Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas.
Havia, como sabeis, na antiguidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos.
Pelo que conheceis das leis que regem estes fenómenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático.
Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada.
Não desprezeis, portanto, os objectos de estudo que esses materiais oferecem.
Ricos eles são de tais objectos e podem contribuir grandemente para vossa instrucção".
Questão [#014]
No século IV a bíblia foi traduzida do grego para o latim com a exclusão do assunto sobre a reencarnação, que era uma crença comum e, no século VI o assunto foi considerado pela igreja romana como heresia.
Por que motivo isso ocorreu?
Qual era o interesse da igreja e esconder o assunto?
Seria ignorância ou má fé?
Resposta:
Infelizmente para eles, não foi por ignorância do assunto!
O problema foi o lastro de liberdade oferecido pela ideia da reencarnação, que suprime todas as barreiras de mediação institucional, livrando-nos do jugo opressor de dogmas como o da condenação eterna.
Como já disse, eles tentam esconder, porém nunca condenaram formalmente a reencarnação, salvo algumas lideranças que mais querem saber do que os "pais" da "Santa Madre".
Recomendo novamente o texto sobre a relação da Igreja Católica com a reencarnação, inserido no clássico O Porquê da Vida (FEB), de Léon Denis.
Continua...
Jesus disse que não vinha destruir a Lei de Moisés, mas complementá-la, da mesma forma que, segundo Kardec, o espiritismo não revoga a Lei Cristã, dá-lhe execução.
Há, portanto, uma sequência a ser observada, se não em sua forma, indispensavelmente em seu fundo.
Quando menos, vejamos o que nos diz o item 628 de O Livro dos Espíritos:
"Importa que cada coisa venha a seu tempo.
A verdade é como a luz:
o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco;
do contrário, fica deslumbrado.
Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas.
Havia, como sabeis, na antiguidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos.
Pelo que conheceis das leis que regem estes fenómenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático.
Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada.
Não desprezeis, portanto, os objectos de estudo que esses materiais oferecem.
Ricos eles são de tais objectos e podem contribuir grandemente para vossa instrucção".
Questão [#014]
No século IV a bíblia foi traduzida do grego para o latim com a exclusão do assunto sobre a reencarnação, que era uma crença comum e, no século VI o assunto foi considerado pela igreja romana como heresia.
Por que motivo isso ocorreu?
Qual era o interesse da igreja e esconder o assunto?
Seria ignorância ou má fé?
Resposta:
Infelizmente para eles, não foi por ignorância do assunto!
O problema foi o lastro de liberdade oferecido pela ideia da reencarnação, que suprime todas as barreiras de mediação institucional, livrando-nos do jugo opressor de dogmas como o da condenação eterna.
Como já disse, eles tentam esconder, porém nunca condenaram formalmente a reencarnação, salvo algumas lideranças que mais querem saber do que os "pais" da "Santa Madre".
Recomendo novamente o texto sobre a relação da Igreja Católica com a reencarnação, inserido no clássico O Porquê da Vida (FEB), de Léon Denis.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#015]
O livro Analisando as Traduções Bíblicas de autoria de Severino Celestino da Silva, à pg. 144, refere-se a história do II Concílio de Constantinopla, cujo imperador era Justiniano e s/ esposa, Teodora.
Favor confirmar a veracidade desses factos.
Resposta:
Não tenho conhecimento a respeito.
Quanto à natureza verídica ou hipotética das informações, é da responsabilidade do autor apenas.
Questão [/i][#016]
Você entende que a passagem em que é dito que aqueles que precisam primeiro se reconciliar com seu adversário e que devem primeiro deixar sua oferta diante do altar e buscar a reconciliação, fala claramente da reencarnação, quando diz que não sairemos dali (da prisão - a reencarnação) enquanto não pagarmos o último ceitil?
Resposta:
Vejamos bem o que Jesus disse:
"Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão."
Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil".
(Mateus, 5:25-26.)
A reencarnação aparece na possibilidade de sairmos da prisão quando pagarmos o último centavo.
A prisão é a consciência de culpa, a responsabilidade assumida perante o adversário.
Assim, é melhor conciliarmo-nos enquanto estamos encarnados (no caminho), do que sermos entregues ao juiz (a consciência), ao oficial de justiça (a lei de causa e efeito) e, enfim, sermos lançados na prisão (estado de culpa).
Daí somente sairemos reparando as faltas.
Nesse ponto, sim, é que surge a reencarnação.
E vejamos bem!
Para Jesus, ela surge como libertadora, não como aprisionadora!
Questão [#017]
O papa Constantino retirou da Biblia partes que falavam da reencarnação.
Existe possibilidade de se ter acesso a esse material, ou ficou completamente perdido?
Resposta:
Não sei.
Parece impossível recuperarmos as informações, caso isso tenha acontecido.
A arqueologia, contudo, sempre nos surpreende...
Mas se estudarmos o que temos, não haverá dúvidas sobre os precedentes reencarnacionistas da civilização judaico-cristã.
Esta é exactamente a premissa da qual eu parto em meu livro já citado.
Demoremo-nos sobre o que temos de concreto.
Evitaremos muitas polémicas estéreis.
Continua...
Questão [#015]
O livro Analisando as Traduções Bíblicas de autoria de Severino Celestino da Silva, à pg. 144, refere-se a história do II Concílio de Constantinopla, cujo imperador era Justiniano e s/ esposa, Teodora.
Favor confirmar a veracidade desses factos.
Resposta:
Não tenho conhecimento a respeito.
Quanto à natureza verídica ou hipotética das informações, é da responsabilidade do autor apenas.
Questão [/i][#016]
Você entende que a passagem em que é dito que aqueles que precisam primeiro se reconciliar com seu adversário e que devem primeiro deixar sua oferta diante do altar e buscar a reconciliação, fala claramente da reencarnação, quando diz que não sairemos dali (da prisão - a reencarnação) enquanto não pagarmos o último ceitil?
Resposta:
Vejamos bem o que Jesus disse:
"Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão."
Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil".
(Mateus, 5:25-26.)
A reencarnação aparece na possibilidade de sairmos da prisão quando pagarmos o último centavo.
A prisão é a consciência de culpa, a responsabilidade assumida perante o adversário.
Assim, é melhor conciliarmo-nos enquanto estamos encarnados (no caminho), do que sermos entregues ao juiz (a consciência), ao oficial de justiça (a lei de causa e efeito) e, enfim, sermos lançados na prisão (estado de culpa).
Daí somente sairemos reparando as faltas.
Nesse ponto, sim, é que surge a reencarnação.
E vejamos bem!
Para Jesus, ela surge como libertadora, não como aprisionadora!
Questão [#017]
O papa Constantino retirou da Biblia partes que falavam da reencarnação.
Existe possibilidade de se ter acesso a esse material, ou ficou completamente perdido?
Resposta:
Não sei.
Parece impossível recuperarmos as informações, caso isso tenha acontecido.
A arqueologia, contudo, sempre nos surpreende...
Mas se estudarmos o que temos, não haverá dúvidas sobre os precedentes reencarnacionistas da civilização judaico-cristã.
Esta é exactamente a premissa da qual eu parto em meu livro já citado.
Demoremo-nos sobre o que temos de concreto.
Evitaremos muitas polémicas estéreis.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Questão [#018]
Em Jeremias (1:5), está claro a preexistência do Espírito;
Em Malaquias (4:5), está prevista a volta do próprio Elias (Profeta, e não "messias"), portanto, a reencarnação do Profeta que viria a ser João Baptista.
Entretanto, Roustaing nos informa que Elias teria sido Moisés.
Gostaria de saber como comprovar tal afirmativa no texto bíblico.
Resposta:
O texto evangélico dá conta de que Moisés e Elias apareceram "falando com" Jesus (Mateus, 17:3).
Dois espíritos distintos, portanto!
Isso de Elias ter sido Moisés reencarnado é só mais um dos muitos absurdos, mais uma das muitas mistificações contidas nos livros roustainguistas.
Questão [#019]
Os judeus, na época do Velho Testamento tinham conhecimento da existência da reencarnação, ou só ouviram falar dela pelas alusões indirectas de Jesus?
Resposta:
Já vimos que os judeus tinham conhecimento, mesmo que imperfeito, da reencarnação, da ideia de que poderiam voltar a viver, de que poderiam tornar a se levantar do xeol (ressurreição dos mortos: anástasis ek tõn nekrõn), embora esse conhecimento fosse dissimulado numa linguagem iniciática, dirigida a alguns poucos.
Jesus supôs que Nicodemos possuísse tal conhecimento, ao dizer:
"Tu és mestre em Israel e ignoras estas coisas?".
(João, 3:10.)
Será que Nicodemos ignorava o ritual litúrgico baptismal, que já era praticado havia milhares de anos?
Será que ele ignorava, por outro lado, o seu sentido simbólico de renovação, tão evidente?
Ou será que quando Jesus lhe disse que "não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo", na verdade lhe ensinou a reencarnação, e Nicodemos hesitou?...
Não tenho dúvidas de que esta última hipótese corresponde mais perfeitamente ao famoso diálogo constante do capítulo três do Evangelho segundo João.
Questão [#020]
O conceito reencarnação, desde o primitivo povo hebreu, e até hoje, não se confundiu com o conceito ressureição?
Ressureição dos mortos (ressurgir no plano espiritual) e ressureição da carne (ressurgir no corpo físico).
É possível explicar esta questão?
Resposta:
Tudo explicado no capítulo "Ressurreição e Reencarnação", do meu livro já citado.
Nas escrituras, ressuscitar implica tornar a viver, no sentido de ressurgir, quer para o plano espiritual, mediante o processo de desencarnação, quer para o plano físico, por meio do processo de reencarnação.
Continua...
Questão [#018]
Em Jeremias (1:5), está claro a preexistência do Espírito;
Em Malaquias (4:5), está prevista a volta do próprio Elias (Profeta, e não "messias"), portanto, a reencarnação do Profeta que viria a ser João Baptista.
Entretanto, Roustaing nos informa que Elias teria sido Moisés.
Gostaria de saber como comprovar tal afirmativa no texto bíblico.
Resposta:
O texto evangélico dá conta de que Moisés e Elias apareceram "falando com" Jesus (Mateus, 17:3).
Dois espíritos distintos, portanto!
Isso de Elias ter sido Moisés reencarnado é só mais um dos muitos absurdos, mais uma das muitas mistificações contidas nos livros roustainguistas.
Questão [#019]
Os judeus, na época do Velho Testamento tinham conhecimento da existência da reencarnação, ou só ouviram falar dela pelas alusões indirectas de Jesus?
Resposta:
Já vimos que os judeus tinham conhecimento, mesmo que imperfeito, da reencarnação, da ideia de que poderiam voltar a viver, de que poderiam tornar a se levantar do xeol (ressurreição dos mortos: anástasis ek tõn nekrõn), embora esse conhecimento fosse dissimulado numa linguagem iniciática, dirigida a alguns poucos.
Jesus supôs que Nicodemos possuísse tal conhecimento, ao dizer:
"Tu és mestre em Israel e ignoras estas coisas?".
(João, 3:10.)
Será que Nicodemos ignorava o ritual litúrgico baptismal, que já era praticado havia milhares de anos?
Será que ele ignorava, por outro lado, o seu sentido simbólico de renovação, tão evidente?
Ou será que quando Jesus lhe disse que "não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo", na verdade lhe ensinou a reencarnação, e Nicodemos hesitou?...
Não tenho dúvidas de que esta última hipótese corresponde mais perfeitamente ao famoso diálogo constante do capítulo três do Evangelho segundo João.
Questão [#020]
O conceito reencarnação, desde o primitivo povo hebreu, e até hoje, não se confundiu com o conceito ressureição?
Ressureição dos mortos (ressurgir no plano espiritual) e ressureição da carne (ressurgir no corpo físico).
É possível explicar esta questão?
Resposta:
Tudo explicado no capítulo "Ressurreição e Reencarnação", do meu livro já citado.
Nas escrituras, ressuscitar implica tornar a viver, no sentido de ressurgir, quer para o plano espiritual, mediante o processo de desencarnação, quer para o plano físico, por meio do processo de reencarnação.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Embora essa crença, vulgarmente, incidisse às vezes na volta da alma ou espírito ao corpo atingido pela morte, quem ressuscita de facto é o ser imortal, não o organismo perecível.
E tanto assim é que as escrituras falam em ressurreição "dos mortos" (anástasis ek tõn nekrõn), não propriamente em ressurreição "dos corpos" ou "da carne".
Quando Jesus afirma aos materialistas saduceus que "na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu", refere-se à passagem da alma para a vida espiritual, tanto que ele chega a citar os próprios patriarcas como exemplo, dizendo:
"Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o dito:
"Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó?
Não é o Deus de mortos, mas de vivos".
(Mateus, 22:31-33.)
Por outro lado, o povo entendia que Jesus podia ser "um dos antigos profetas, que ressurgiu", ou "que ressuscitou", como preferem outras versões.
Trata-se aí de ressurgimento na carne de um novo corpo (reencarnação), porque Jesus fora visto criança e conhecida era sua origem, de Nazaré, na Galiléia.
Se criam que ele podia ser um dos antigos profetas ressurgido, somente pelo espírito ele o poderia, não pelo corpo
(Lucas, 9:18-19.)
Neste mesmo sentido, instruiu-nos o autor da epístola aos hebreus:
"Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição;
alguns foram torturados, porque não queriam aceitar o seu livramento por meio de algum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma ressurreição melhor;"
outros, por sua vez, passaram a sua provação por mofas e por açoites, deveras, mais do que isso, por laços e prisões".
(11:35-36.)
Não só vemos neste passo que ressurreição era, muitas vezes, reencarnação, como resta claríssimo o conceito de provas e expiações, para que se obtenha, segundo o autor, uma "ressurreição melhor".
No seu pensamento deve isso significar uma estada mais feliz no plano espiritual, depois da purificação obtida pela vinda à Terra em expiação, porque "carne e sangue não podem herdar o reino de Deus".
(1.ª aos Coríntios, 15:50.)
Aliás, fica assim patente que quando o mesmo autor escreve que "ao homem está destinado morrer uma só vez, depois disto vindo o juízo" (Hebreus, 9:27), não pode ter em mente negar a reencarnação, sob pena de contradizer-se.
Referia-se, portanto, ao corpo, não ao espírito que o anima, até porque este último não morre sequer uma vez.
§.§.§- O-canto-da-ave
Embora essa crença, vulgarmente, incidisse às vezes na volta da alma ou espírito ao corpo atingido pela morte, quem ressuscita de facto é o ser imortal, não o organismo perecível.
E tanto assim é que as escrituras falam em ressurreição "dos mortos" (anástasis ek tõn nekrõn), não propriamente em ressurreição "dos corpos" ou "da carne".
Quando Jesus afirma aos materialistas saduceus que "na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu", refere-se à passagem da alma para a vida espiritual, tanto que ele chega a citar os próprios patriarcas como exemplo, dizendo:
"Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o dito:
"Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó?
Não é o Deus de mortos, mas de vivos".
(Mateus, 22:31-33.)
Por outro lado, o povo entendia que Jesus podia ser "um dos antigos profetas, que ressurgiu", ou "que ressuscitou", como preferem outras versões.
Trata-se aí de ressurgimento na carne de um novo corpo (reencarnação), porque Jesus fora visto criança e conhecida era sua origem, de Nazaré, na Galiléia.
Se criam que ele podia ser um dos antigos profetas ressurgido, somente pelo espírito ele o poderia, não pelo corpo
(Lucas, 9:18-19.)
Neste mesmo sentido, instruiu-nos o autor da epístola aos hebreus:
"Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição;
alguns foram torturados, porque não queriam aceitar o seu livramento por meio de algum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma ressurreição melhor;"
outros, por sua vez, passaram a sua provação por mofas e por açoites, deveras, mais do que isso, por laços e prisões".
(11:35-36.)
Não só vemos neste passo que ressurreição era, muitas vezes, reencarnação, como resta claríssimo o conceito de provas e expiações, para que se obtenha, segundo o autor, uma "ressurreição melhor".
No seu pensamento deve isso significar uma estada mais feliz no plano espiritual, depois da purificação obtida pela vinda à Terra em expiação, porque "carne e sangue não podem herdar o reino de Deus".
(1.ª aos Coríntios, 15:50.)
Aliás, fica assim patente que quando o mesmo autor escreve que "ao homem está destinado morrer uma só vez, depois disto vindo o juízo" (Hebreus, 9:27), não pode ter em mente negar a reencarnação, sob pena de contradizer-se.
Referia-se, portanto, ao corpo, não ao espírito que o anima, até porque este último não morre sequer uma vez.
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Visão Espírita da Bíblia
Entrevistado: Severino Celestino
Questão [#001]
O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Kardec, aborda somente, alguns capítulos do Novo Testamento.
Assim, qual a posição do Espiritismo face ao Velho Testamento?
Resposta:
A posição do Espiritismo tem que ser a posição de Jesus que é fidelidade a Torá e os profetas.
Veja Mateus 5:17:
“Não penseis que vim abolir a Torá e os profetas, Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento”.
Portanto a Doutrina espírita tem que ser fiel ao (Antigo Testamento) ou mais apropriadamente “Primeira Aliança”.
Assim, não devemos desprezar a “Primeira Aliança”, só porque não a conhecemos bem.
Questão [#002]
Gostaria de saber porque Jesus disse estas palavras quando na cruz:
"Pai, porque me abandonastes", sabendo ele da sua missão na terra e sendo o espírito de grandeza que é?
Resposta:
Jesus não se sentiu abandonado.
Ele tinha plena convicção da sua missão.
Ele apenas repete ou recita na cruz, o Salmo 22, que é um salmo profético de Davi falando sobre o que aconteceria com o Messias.
Confira...
Questão [#003]
A revista "Super Interessante" de julho trouxe um artigo sobre a Bíblia, com estudos arqueológicos, provando que grande parte do Antigo Testamento não tem embasamento histórico.
Gostaria de saber, se na sua opinião, Moisés realmente existiu, e o que acha das demais colocações feitas no artigo.
Resposta:
É um artigo interessante, mas que precisa ainda ser melhor avaliado.
Suas conclusões são muito fortes.
Necessitamos ainda de melhores esclarecimentos.
Pessoalmente acredito na existência de Moisés.
Negar a sua existência é uma coisa e provar a sua inexistência é outra.
Considero um assunto ainda em aberto.
Questão [#004]
Qual a missão dos profetas do Velho Testamento?
Resposta:
A Missão de um médium de Deus.
Os profetas não eram senão, médiuns escolhidos por Deus para chamar atenção de reis e dirigentes que não estavam preocupados com as questões espirituais.
Deus os enviava para alertá-los e pode observar que os reis que não os escutavam, quase sempre caiam.
A palavra NAVI em hebraico significa profeta e profeta é um intermediário entre o mundo espiritual e o mundo material, ou seja, um MÉDIUM.
Continua...
Questão [#001]
O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Kardec, aborda somente, alguns capítulos do Novo Testamento.
Assim, qual a posição do Espiritismo face ao Velho Testamento?
Resposta:
A posição do Espiritismo tem que ser a posição de Jesus que é fidelidade a Torá e os profetas.
Veja Mateus 5:17:
“Não penseis que vim abolir a Torá e os profetas, Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento”.
Portanto a Doutrina espírita tem que ser fiel ao (Antigo Testamento) ou mais apropriadamente “Primeira Aliança”.
Assim, não devemos desprezar a “Primeira Aliança”, só porque não a conhecemos bem.
Questão [#002]
Gostaria de saber porque Jesus disse estas palavras quando na cruz:
"Pai, porque me abandonastes", sabendo ele da sua missão na terra e sendo o espírito de grandeza que é?
Resposta:
Jesus não se sentiu abandonado.
Ele tinha plena convicção da sua missão.
Ele apenas repete ou recita na cruz, o Salmo 22, que é um salmo profético de Davi falando sobre o que aconteceria com o Messias.
Confira...
Questão [#003]
A revista "Super Interessante" de julho trouxe um artigo sobre a Bíblia, com estudos arqueológicos, provando que grande parte do Antigo Testamento não tem embasamento histórico.
Gostaria de saber, se na sua opinião, Moisés realmente existiu, e o que acha das demais colocações feitas no artigo.
Resposta:
É um artigo interessante, mas que precisa ainda ser melhor avaliado.
Suas conclusões são muito fortes.
Necessitamos ainda de melhores esclarecimentos.
Pessoalmente acredito na existência de Moisés.
Negar a sua existência é uma coisa e provar a sua inexistência é outra.
Considero um assunto ainda em aberto.
Questão [#004]
Qual a missão dos profetas do Velho Testamento?
Resposta:
A Missão de um médium de Deus.
Os profetas não eram senão, médiuns escolhidos por Deus para chamar atenção de reis e dirigentes que não estavam preocupados com as questões espirituais.
Deus os enviava para alertá-los e pode observar que os reis que não os escutavam, quase sempre caiam.
A palavra NAVI em hebraico significa profeta e profeta é um intermediário entre o mundo espiritual e o mundo material, ou seja, um MÉDIUM.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
No entanto, existe uma diferença:
os profetas prediziam acontecimentos futuros, os médiuns hoje não possuem esta função e sim a função de trazer a mensagem espirituam reformadora para os homens.
Questão [#005]
Podemos confiar na Bíblia como documento, devido a diversas alterações com o decorrer do tempo e de diversas alterações?
Sabemos da pobreza de palavras, na época, com diversos sentidos, com diferentes sentidos!
Resposta:
A Bíblia sofreu muitas alterações nas suas diversas traduções, como podemos demonstrar em nosso livro “Analisando as Traduções Bíblicas”.
No entanto, a Bíblia em seu texto original, o HEBRAICO, é confiável, pois apesar das diversas adversidades enfrentadas pelo povo hebreu, os seus sacerdotes e escribas souberam, em todas as regiões por onde o povo hebreu passou, conservar seus textos íntegros.
Os escribas ainda hoje trabalham na conservação dos textos originais.
Em todas as Sinagogas judaicas do mundo inteiro existem textos originais da Bíblia e mais de um.
Questão [#006]
Quais livros que são lendas, ou cheias de simbolismos, e os que são verdadeiros, não lendários na Bíblia?
Resposta:
Qualquer livro da Bíblia deve ser avaliado antes de sua leitura sobre três aspectos:
Quando foi escrito?
Para quem foi escrito?
E Por que foi escrito?
Partindo-se destas premissas você pode sem dificuldade, filtrar o que é ensinamento, o que é história e o que é lenda.
Assim, por exemplo, o Génesis até o capítulo 11 se constitui de proto-história.
A história de Adão e Eva, por exemplo, é uma Lenda.
Questão [#007]
Os livros de Emmanuel, na minha visão, trazem muitas revelações sobre factos reais da Bíblia.
Como no livro "Há dois mil anos", em que traz o retrato de Jesus e que foi encontrado com o Duque de Cesadine em Roma, também foi encontrado a estátua de Lívia e em "Paulo e Estêvão" ele nos diz que os Evangelhos foram escritos um ano após a morte de Jesus.
Eu queria saber o que é real, provado, dessas revelações.
Resposta:
Cientificamente não se tem ainda, condições de provar nada neste sentido.
A história de Jesus passou despercebida pelas autoridades de então.
Muito poucas são as citações a seu respeito.
E tudo isto torna difícil de se provar a sua real mensagem entre nós.
Leia o nosso novo livro “O Sermão do Monte”, onde você vai receber maiores esclarecimentos neste sentido.
Continua...
No entanto, existe uma diferença:
os profetas prediziam acontecimentos futuros, os médiuns hoje não possuem esta função e sim a função de trazer a mensagem espirituam reformadora para os homens.
Questão [#005]
Podemos confiar na Bíblia como documento, devido a diversas alterações com o decorrer do tempo e de diversas alterações?
Sabemos da pobreza de palavras, na época, com diversos sentidos, com diferentes sentidos!
Resposta:
A Bíblia sofreu muitas alterações nas suas diversas traduções, como podemos demonstrar em nosso livro “Analisando as Traduções Bíblicas”.
No entanto, a Bíblia em seu texto original, o HEBRAICO, é confiável, pois apesar das diversas adversidades enfrentadas pelo povo hebreu, os seus sacerdotes e escribas souberam, em todas as regiões por onde o povo hebreu passou, conservar seus textos íntegros.
Os escribas ainda hoje trabalham na conservação dos textos originais.
Em todas as Sinagogas judaicas do mundo inteiro existem textos originais da Bíblia e mais de um.
Questão [#006]
Quais livros que são lendas, ou cheias de simbolismos, e os que são verdadeiros, não lendários na Bíblia?
Resposta:
Qualquer livro da Bíblia deve ser avaliado antes de sua leitura sobre três aspectos:
Quando foi escrito?
Para quem foi escrito?
E Por que foi escrito?
Partindo-se destas premissas você pode sem dificuldade, filtrar o que é ensinamento, o que é história e o que é lenda.
Assim, por exemplo, o Génesis até o capítulo 11 se constitui de proto-história.
A história de Adão e Eva, por exemplo, é uma Lenda.
Questão [#007]
Os livros de Emmanuel, na minha visão, trazem muitas revelações sobre factos reais da Bíblia.
Como no livro "Há dois mil anos", em que traz o retrato de Jesus e que foi encontrado com o Duque de Cesadine em Roma, também foi encontrado a estátua de Lívia e em "Paulo e Estêvão" ele nos diz que os Evangelhos foram escritos um ano após a morte de Jesus.
Eu queria saber o que é real, provado, dessas revelações.
Resposta:
Cientificamente não se tem ainda, condições de provar nada neste sentido.
A história de Jesus passou despercebida pelas autoridades de então.
Muito poucas são as citações a seu respeito.
E tudo isto torna difícil de se provar a sua real mensagem entre nós.
Leia o nosso novo livro “O Sermão do Monte”, onde você vai receber maiores esclarecimentos neste sentido.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Questão [#008]
Quando nós nos propomos a formular a ideia da reencarnação, vem sempre a mente as passagens de Nicodemos, e a de Elias, ora pra nós está claro pelo facto de sermos estudantes da doutrina, porém ao vulgo devemos nosso respeito e precisamos conceituar de maneira mais clara.
Como você esclareceria isto?
Resposta:
A Bíblia possui do Génesis ao Apocalipse passagens sobre a Reencarnação e isto no texto original HEBRAICO.
Todo judeu ortodoxo é reencarnacionista e o é, com base na Torá que é um livro respeitado e seguido pelos judeus.
A Cabala, ciência judaica, fala claramente da Reencarnação e ainda esclarece que a Bíblia possui 613 mandamentos e que o judeu só pode ir a Deus quando tiver cumprido todos os 613 mandamentos.
E acrescenta que isto não pode ser cumprido em uma só existência.
Por isso, o judeu volta várias vezes em um processo que em hebraico se chama “Guilgul Neshamot” que significa “Transmigração das almas.
É semelhante a nossa conhecida reencarnação.
A diferença é que para eles, o espírito muito ruim pode retroceder e voltar como animal.
Questão [#009]
A Bíblia nos fala da comunicação mediúnica como necromancia, e os detractores do Espiritismo negam a comunicabilidade.
Como fazer esta ideia transparecer?
Resposta:
Leia o nosso livro “Analisando as Traduções Bíblicas”, onde existe uma pesquisa de 10 anos nos textos hebraicos originais.
Nele mostramos cientificamente que nada disto procede.
É apenas interesse das religiões escravizadoras que querem manter os seus seguidores presos aos seus princípios infundados.
A Bíblia jamais poderia condenar o Espiritismo que nem existia quando ela foi escrita.
As recomendações do famoso Deuteronómio 18:9-11 foram feitas para os hebreus que se encontravam na planície do deserto do Sinai.
Nós espíritas 4.000 anos depois não temos nada a ver com isto.
Questão [#010]
O que será de o "O Evangelho Segundo o Espiritismo", depois que o Celestino traduzir a Bíblia?
Ele está mudando tudo!
Resposta:
Uma verdade não pode destruir outra.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra fantástica que Kardec e os Espíritos realizaram em tempo certo.
A tradução da Bíblia não destruirá absolutamente nada.
Kardec utilizou as traduções existentes e fez questão de citá-las inclusive as fontes que ele utilizou.
Continua...
Questão [#008]
Quando nós nos propomos a formular a ideia da reencarnação, vem sempre a mente as passagens de Nicodemos, e a de Elias, ora pra nós está claro pelo facto de sermos estudantes da doutrina, porém ao vulgo devemos nosso respeito e precisamos conceituar de maneira mais clara.
Como você esclareceria isto?
Resposta:
A Bíblia possui do Génesis ao Apocalipse passagens sobre a Reencarnação e isto no texto original HEBRAICO.
Todo judeu ortodoxo é reencarnacionista e o é, com base na Torá que é um livro respeitado e seguido pelos judeus.
A Cabala, ciência judaica, fala claramente da Reencarnação e ainda esclarece que a Bíblia possui 613 mandamentos e que o judeu só pode ir a Deus quando tiver cumprido todos os 613 mandamentos.
E acrescenta que isto não pode ser cumprido em uma só existência.
Por isso, o judeu volta várias vezes em um processo que em hebraico se chama “Guilgul Neshamot” que significa “Transmigração das almas.
É semelhante a nossa conhecida reencarnação.
A diferença é que para eles, o espírito muito ruim pode retroceder e voltar como animal.
Questão [#009]
A Bíblia nos fala da comunicação mediúnica como necromancia, e os detractores do Espiritismo negam a comunicabilidade.
Como fazer esta ideia transparecer?
Resposta:
Leia o nosso livro “Analisando as Traduções Bíblicas”, onde existe uma pesquisa de 10 anos nos textos hebraicos originais.
Nele mostramos cientificamente que nada disto procede.
É apenas interesse das religiões escravizadoras que querem manter os seus seguidores presos aos seus princípios infundados.
A Bíblia jamais poderia condenar o Espiritismo que nem existia quando ela foi escrita.
As recomendações do famoso Deuteronómio 18:9-11 foram feitas para os hebreus que se encontravam na planície do deserto do Sinai.
Nós espíritas 4.000 anos depois não temos nada a ver com isto.
Questão [#010]
O que será de o "O Evangelho Segundo o Espiritismo", depois que o Celestino traduzir a Bíblia?
Ele está mudando tudo!
Resposta:
Uma verdade não pode destruir outra.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra fantástica que Kardec e os Espíritos realizaram em tempo certo.
A tradução da Bíblia não destruirá absolutamente nada.
Kardec utilizou as traduções existentes e fez questão de citá-las inclusive as fontes que ele utilizou.
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
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Veja por exemplo:
Ev. Seg. Espiritismo capítulo I item 2- nota de rodapé;
Cap. IV item 8-nota de rodapé.
Cap. XVI- item 2-nota de rodapé.
Cap. XIX –item 7-nota de rodapé.
Cap. XIII item 7-nota de rodapé.
Observe que Kardec não aceitava as traduções que ele utilizava, como última palavra e até explica em nossa última citação (Cap. XXIII-item 7) como se equivocam os que traduzem a Bíblia.
Portanto não estamos detruindo Kardec, mas ractificando e esclarecendo a sua obra.
Questão [#011]
Parece que o Celestino disse que os judeus são reencarnacionistas;
como se explica que alguém que crê na reencarnação planeje "acabar" com seus inimigos à força?
Resposta:
Outro equívoco!
Estamos misturando religião com questões políticas.
Uma coisa é a sobrevivência social e a outra é a religião.
A história dos hebreus foi sempre pautada em uma questão de sobrevivência.
Moisés era um legislador que cuidava do social e Aarão, um sacerdote que cuidava do espiritual.
Não há planeamento por parte dos judeus para acabar com seus inimigos.
A questão é bem mais profunda do que se imagina.
Busque na história e mesmo bíblica, a origem de tudo.
O povo hebreu descende de Abraão através de Isaac e o povo árabe também descende de Abraão através do seu filho Ismael.
Portanto ambos possuem a mesma origem familiar.
Portanto, esta é uma briga de família e quem vai resolver é a própria REENCARNAÇÃO.
Questão [#012]
Por que a Bíblia deixou de ser escrita, ou seja, por que o Apocalipse é considerado o final da Bíblia, sendo que as revelações não cessaram?
Resposta:
Isto é muito relativo e depende do ângulo que é analisado.
A Bíblia do judeu é constituída apenas do Velho Testamento.
Eles se satisfazem com ela e ainda afirmam que todas as verdades estão em sua Bíblia, ou seja, na Torá.
Os católicos afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 73 livros, começando no Génesis e terminando no Apocalipse.
Os protestantes afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 66 livros.
Nós espíritas aceitamos a Bíblia completa e já sentimos a necessidade adicionar a ela o Pentateuco de Kardec.
Assim, cada época, tem sua peculiaridade de acordo com o padrão evolutivo da época.
No entanto, convém ressaltar que nós não acreditamos em previsões futuristas, pois o nosso futuro é construído por nós mesmos no presente.
É o nosso “livre arbítrio”, uso e abuso, que rege tudo.
Continua...
Veja por exemplo:
Ev. Seg. Espiritismo capítulo I item 2- nota de rodapé;
Cap. IV item 8-nota de rodapé.
Cap. XVI- item 2-nota de rodapé.
Cap. XIX –item 7-nota de rodapé.
Cap. XIII item 7-nota de rodapé.
Observe que Kardec não aceitava as traduções que ele utilizava, como última palavra e até explica em nossa última citação (Cap. XXIII-item 7) como se equivocam os que traduzem a Bíblia.
Portanto não estamos detruindo Kardec, mas ractificando e esclarecendo a sua obra.
Questão [#011]
Parece que o Celestino disse que os judeus são reencarnacionistas;
como se explica que alguém que crê na reencarnação planeje "acabar" com seus inimigos à força?
Resposta:
Outro equívoco!
Estamos misturando religião com questões políticas.
Uma coisa é a sobrevivência social e a outra é a religião.
A história dos hebreus foi sempre pautada em uma questão de sobrevivência.
Moisés era um legislador que cuidava do social e Aarão, um sacerdote que cuidava do espiritual.
Não há planeamento por parte dos judeus para acabar com seus inimigos.
A questão é bem mais profunda do que se imagina.
Busque na história e mesmo bíblica, a origem de tudo.
O povo hebreu descende de Abraão através de Isaac e o povo árabe também descende de Abraão através do seu filho Ismael.
Portanto ambos possuem a mesma origem familiar.
Portanto, esta é uma briga de família e quem vai resolver é a própria REENCARNAÇÃO.
Questão [#012]
Por que a Bíblia deixou de ser escrita, ou seja, por que o Apocalipse é considerado o final da Bíblia, sendo que as revelações não cessaram?
Resposta:
Isto é muito relativo e depende do ângulo que é analisado.
A Bíblia do judeu é constituída apenas do Velho Testamento.
Eles se satisfazem com ela e ainda afirmam que todas as verdades estão em sua Bíblia, ou seja, na Torá.
Os católicos afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 73 livros, começando no Génesis e terminando no Apocalipse.
Os protestantes afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 66 livros.
Nós espíritas aceitamos a Bíblia completa e já sentimos a necessidade adicionar a ela o Pentateuco de Kardec.
Assim, cada época, tem sua peculiaridade de acordo com o padrão evolutivo da época.
No entanto, convém ressaltar que nós não acreditamos em previsões futuristas, pois o nosso futuro é construído por nós mesmos no presente.
É o nosso “livre arbítrio”, uso e abuso, que rege tudo.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Questão [#013]
Quero saber um pouco mais sobre a questão do baptismo;
por que o espírita não baptiza seus filhos?
Resposta:
Jesus nunca baptizou ninguém.
Veja João 4: 1 e 2.
Seus discípulos baptizavam, porém Jesus nunca baptizou.
Baptismo significa, filiação, aceitação.
Aceitação implica em mudança e não é um “ritual” que faz a pessoa mudar.
Era Jesus quem sempre recomendava “Vai e não peques mais”.
Se conseguirmos nossa mudança interior, já estamos “baptizado”.
O espírita não precisa baptizar seu filho, mas ensiná-lo o verdadeiro caminho que ele tem que seguir.
Questão [#014]
Gostaria de saber o que seriam os espinhos na carne que Paulo de Tarso cita em uma de suas cartas.
Resposta:
A maioria dos exegetas afirmam que seria alguma debilidade física ou enfermidade, e não a alguma prova moral ou espiritual do apóstolo.
Veja Gálatas 4:13 e 14.
Pessoalmente acho que Paulo, além de problemas físicos possuía também provações (obssessões) espirituais e que a isto ele chamava de espinhos.
O seu trabalho de fundação do cristianismo não foi tarefa simples e ele teve que vencer todas as forças contrárias vindas de espíritos inferiores.
Questão [#015]
Tive a oportunidade de conhecê-lo na CONCAFRAS de Brasília, em 2000, quando do lançamento do seu livro sobre as traduções da Bíblia.
Depois ainda em uma palestra sua em Londrina-PR.
Gostaria de fazer duas perguntas:
1) Qual, na sua opinião, é a maior deturpação dos ensinos de Jesus, registada na Bíblia, em virtude de traduções erradas (ou até de má fé...)?
A segunda é sobre um comentário que ouvi de um pastor protestante sobre a passagem em que o Cristo pergunta a Pedro por 3 vezes consecutivas "Tu me amas, Pedro?" e Pedro lhe responde afirmativamente em todas as vezes.
Segundo o Pastor, as palavras usadas por Pedro e Jesus para dizer amor têm sentidos diferentes e, enquanto Jesus usa no sentido de compromisso, o sentido dado por Pedro é de simpatia.
Nos seus estudos você chegou a observar essa diferença na palavra original usada por cada um para designar o amor?
Resposta:
Existem muitas.
Vamos por parte:
Jesus não falava grego nem pronunciou seus ensinamentos em grego.
Jesus falava hebraico e em algumas situações falava aramaico.
Tudo que ele falou foi escrito em grego e 50 anos depois.
Assim, os seus ensinamentos vieram de acordo com a visão de quem contou a sua história.
Continua...
Questão [#013]
Quero saber um pouco mais sobre a questão do baptismo;
por que o espírita não baptiza seus filhos?
Resposta:
Jesus nunca baptizou ninguém.
Veja João 4: 1 e 2.
Seus discípulos baptizavam, porém Jesus nunca baptizou.
Baptismo significa, filiação, aceitação.
Aceitação implica em mudança e não é um “ritual” que faz a pessoa mudar.
Era Jesus quem sempre recomendava “Vai e não peques mais”.
Se conseguirmos nossa mudança interior, já estamos “baptizado”.
O espírita não precisa baptizar seu filho, mas ensiná-lo o verdadeiro caminho que ele tem que seguir.
Questão [#014]
Gostaria de saber o que seriam os espinhos na carne que Paulo de Tarso cita em uma de suas cartas.
Resposta:
A maioria dos exegetas afirmam que seria alguma debilidade física ou enfermidade, e não a alguma prova moral ou espiritual do apóstolo.
Veja Gálatas 4:13 e 14.
Pessoalmente acho que Paulo, além de problemas físicos possuía também provações (obssessões) espirituais e que a isto ele chamava de espinhos.
O seu trabalho de fundação do cristianismo não foi tarefa simples e ele teve que vencer todas as forças contrárias vindas de espíritos inferiores.
Questão [#015]
Tive a oportunidade de conhecê-lo na CONCAFRAS de Brasília, em 2000, quando do lançamento do seu livro sobre as traduções da Bíblia.
Depois ainda em uma palestra sua em Londrina-PR.
Gostaria de fazer duas perguntas:
1) Qual, na sua opinião, é a maior deturpação dos ensinos de Jesus, registada na Bíblia, em virtude de traduções erradas (ou até de má fé...)?
A segunda é sobre um comentário que ouvi de um pastor protestante sobre a passagem em que o Cristo pergunta a Pedro por 3 vezes consecutivas "Tu me amas, Pedro?" e Pedro lhe responde afirmativamente em todas as vezes.
Segundo o Pastor, as palavras usadas por Pedro e Jesus para dizer amor têm sentidos diferentes e, enquanto Jesus usa no sentido de compromisso, o sentido dado por Pedro é de simpatia.
Nos seus estudos você chegou a observar essa diferença na palavra original usada por cada um para designar o amor?
Resposta:
Existem muitas.
Vamos por parte:
Jesus não falava grego nem pronunciou seus ensinamentos em grego.
Jesus falava hebraico e em algumas situações falava aramaico.
Tudo que ele falou foi escrito em grego e 50 anos depois.
Assim, os seus ensinamentos vieram de acordo com a visão de quem contou a sua história.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Jesus nunca escreveu nada e por isso fica difícil afirmarmos categoricamente algo sobre ele.
Imagine que aqueles que não têm escrúpulo e querem dirigir as coisas em seu benefício não se preocupam com a fidelidade dos seus ensinamentos.
O resultado o que temos hoje:
interpolações de todos os sentidos em seus evangelhos.
Com relação à segunda, Isto não ocorre no hebraico, que foi a língua usada por Jesus.
Em hebraico O AMOR só tem uma concepção.
Estas divergências de conceito só existem no texto grego.
Você tem aí um exemplo das divergências e diferenças com relação ao que Jesus disse e o que passam para nós.
Questão [#016]
Qual a melhor forma de fazermos uma leitura da Bíblia nos tempos de hoje?
E sua prática diante de tantas adversidades?
Resposta:
É aconselhável primeiro um curso básico sobre a Bíblia para poder tirar maior proveito.
A Bíblia não deve ser lida numa sequência livro-a-livro.
Cada livro tem uma história que devemos buscar.
É sempre bom antes de se ler cada livro conhecer-se em que época ele foi escrito, para quem foi escrito e por que foi escrito?
Assim, você se situa melhor e entende a sua mensagem.
Questão [#017]
O que o senhor acha do livro "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing, que traz uma visão espírita dos evangelhos e também dos 10 Mandamentos?
Resposta:
A obra de Roustaing possui limitações e não aconselho o seu estudo como um roteiro de estudos.
É uma obra para se ler e tirar conclusões não definitivas.
Sabemos que é uma obra recebida por um só médium e que Kardec nos adverte sobre isso.
A obra de Kardec foi recebida em diversos locais e por diversos médiuns diferentes.
Tire sua conclusões...
Questão [#018]
A Bíblia explica a origem do homem no sentido de humanidade.
À luz da doutrina espírita, qual é a necessidade de ter sido criado o homem?
Resposta:
A criação do homem foi uma consequência da evolução do universo.
Segundo Kardec o mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno preexistente e sobrevivente a tudo.
O mundo corporal não é senão secundário;
poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.
Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os outros.
§.§.§- O-canto-da-ave
Jesus nunca escreveu nada e por isso fica difícil afirmarmos categoricamente algo sobre ele.
Imagine que aqueles que não têm escrúpulo e querem dirigir as coisas em seu benefício não se preocupam com a fidelidade dos seus ensinamentos.
O resultado o que temos hoje:
interpolações de todos os sentidos em seus evangelhos.
Com relação à segunda, Isto não ocorre no hebraico, que foi a língua usada por Jesus.
Em hebraico O AMOR só tem uma concepção.
Estas divergências de conceito só existem no texto grego.
Você tem aí um exemplo das divergências e diferenças com relação ao que Jesus disse e o que passam para nós.
Questão [#016]
Qual a melhor forma de fazermos uma leitura da Bíblia nos tempos de hoje?
E sua prática diante de tantas adversidades?
Resposta:
É aconselhável primeiro um curso básico sobre a Bíblia para poder tirar maior proveito.
A Bíblia não deve ser lida numa sequência livro-a-livro.
Cada livro tem uma história que devemos buscar.
É sempre bom antes de se ler cada livro conhecer-se em que época ele foi escrito, para quem foi escrito e por que foi escrito?
Assim, você se situa melhor e entende a sua mensagem.
Questão [#017]
O que o senhor acha do livro "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing, que traz uma visão espírita dos evangelhos e também dos 10 Mandamentos?
Resposta:
A obra de Roustaing possui limitações e não aconselho o seu estudo como um roteiro de estudos.
É uma obra para se ler e tirar conclusões não definitivas.
Sabemos que é uma obra recebida por um só médium e que Kardec nos adverte sobre isso.
A obra de Kardec foi recebida em diversos locais e por diversos médiuns diferentes.
Tire sua conclusões...
Questão [#018]
A Bíblia explica a origem do homem no sentido de humanidade.
À luz da doutrina espírita, qual é a necessidade de ter sido criado o homem?
Resposta:
A criação do homem foi uma consequência da evolução do universo.
Segundo Kardec o mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno preexistente e sobrevivente a tudo.
O mundo corporal não é senão secundário;
poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.
Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os outros.
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Chico Xavier e o trabalho espírita
Entrevistado: Wilson Garcia
Questão [#001]
Wilson, espero possa me dizer sinceramente:
depois do seu trabalho no livro, "Chico Você é Kardec?", qual a sua conclusão final?
Resposta:
A conclusão sobre se Chico é a reencarnação de Kardec está na página final do livro:
Não!
Uma outra conclusão pode ser depreendida do texto:
podemos externar pontos de vista sobre reencarnações, mas quando desejamos afirmar, sem contradição, precisaremos obter provas cabais.
Questão [#002]
Pediria ao amigo esclarecer se o trabalho do Chico (sem nos reportarmos às mensagens de consolo) tem algo de doutrinário, principalmente naqueles recados que o povo se acostumou a receber pela sua psicografia.
Resposta:
Sem nenhuma dúvida.
O trabalho do Chico, de forma geral, é a maior contribuição mediúnica à doutrina espírita depois da Codificação.
Serão necessários muitos séculos para absorver todo o conteúdo de sua obra, até que se esgote totalmente.
Questão [#003]
Gostaria de saber a sua opinião relativa aos pretensos herdeiros do mediunato de Chico, pois a exemplo de Carlos Bacelli, muitos outros estão se apresentando, e que importância teria essa continuidade para a Doutrina Espírita.
Resposta:
É preciso compreender que mediunidade não é passível de herança.
Menos, ainda, a ideia de sucessão mediúnica.
Quando Chico deixar o corpo físico terá fechado um ciclo fertilíssimo de produções psicográficas.
Outros médiuns existirão, como já existiram, mas a obra do Chico terá sido única.
Assim ocorreu com os demais médiuns que se celebrizaram.
Questão [#004]
Existe alguma certeza de encarnações anteriores de Chico Xavier?
Ele é um espírito bastante evoluído?
Será que já foi ligado ao estudos espíritas em outras épocas?
Resposta:
Não o sabemos!
Chico forneceu indicações, os Espíritos idem, mas não há nenhuma certeza, nem mesmo se esteve presente durante o período de recepção da doutrina com Kardec.
Pode-se depreender de sua obra e de suas manifestações que se trata de um Espírito de grande experiência, certamente com vidas pregressas de destaque, pois não faria um trabalho com tal extensão se não contasse com recursos intelectuais e morais grandes.
Continua...
Questão [#001]
Wilson, espero possa me dizer sinceramente:
depois do seu trabalho no livro, "Chico Você é Kardec?", qual a sua conclusão final?
Resposta:
A conclusão sobre se Chico é a reencarnação de Kardec está na página final do livro:
Não!
Uma outra conclusão pode ser depreendida do texto:
podemos externar pontos de vista sobre reencarnações, mas quando desejamos afirmar, sem contradição, precisaremos obter provas cabais.
Questão [#002]
Pediria ao amigo esclarecer se o trabalho do Chico (sem nos reportarmos às mensagens de consolo) tem algo de doutrinário, principalmente naqueles recados que o povo se acostumou a receber pela sua psicografia.
Resposta:
Sem nenhuma dúvida.
O trabalho do Chico, de forma geral, é a maior contribuição mediúnica à doutrina espírita depois da Codificação.
Serão necessários muitos séculos para absorver todo o conteúdo de sua obra, até que se esgote totalmente.
Questão [#003]
Gostaria de saber a sua opinião relativa aos pretensos herdeiros do mediunato de Chico, pois a exemplo de Carlos Bacelli, muitos outros estão se apresentando, e que importância teria essa continuidade para a Doutrina Espírita.
Resposta:
É preciso compreender que mediunidade não é passível de herança.
Menos, ainda, a ideia de sucessão mediúnica.
Quando Chico deixar o corpo físico terá fechado um ciclo fertilíssimo de produções psicográficas.
Outros médiuns existirão, como já existiram, mas a obra do Chico terá sido única.
Assim ocorreu com os demais médiuns que se celebrizaram.
Questão [#004]
Existe alguma certeza de encarnações anteriores de Chico Xavier?
Ele é um espírito bastante evoluído?
Será que já foi ligado ao estudos espíritas em outras épocas?
Resposta:
Não o sabemos!
Chico forneceu indicações, os Espíritos idem, mas não há nenhuma certeza, nem mesmo se esteve presente durante o período de recepção da doutrina com Kardec.
Pode-se depreender de sua obra e de suas manifestações que se trata de um Espírito de grande experiência, certamente com vidas pregressas de destaque, pois não faria um trabalho com tal extensão se não contasse com recursos intelectuais e morais grandes.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Questão [#005]
Gostaria de saber se o Sr. Chico Xavier, apesar do seu estado de saúde, ainda faz atendimento ao público, e se é difícil a comunicação através da psicografia.
Resposta:
As informações de que disponho dão conta de que continua trabalhando e atendendo, porém, muito reduzidamente.
Quanto à psicografia, trata-se de uma especialidade mediúnica igual às outras, necessitando de muita prática para se aperfeiçoar, além de desprendimento, bom-senso, estudo, etc.
Questão [#006]
Há muitos confrades, na Doutrina Espírita, que falam que não podem ser como um Chico Xavier (Francisco de Paula Cândido), pois é necessário atitudes mais directas e incisivas da parte dos espíritas...
O que o Sr. pensa a respeito?
Resposta:
Cada um tem suas características pessoais.
O comportamento do Chico tem sido exemplar e digno de ser seguido.
Outros, no seu lugar, fariam diferentes, porque somos diferentes.
Questão [#007]
Tenho profunda admiração por nosso querido Chico e vou ter a oportunidade de conhecê-lo de perto.
Gostaria de saber ao certo o grau de instrução do Chico e quando efectivamente ele começou seu belíssimo trabalho espírita.
Resposta:
Chico tem apenas o grau primário, mas tornou-se um autodidata.
Já aos 17 anos trabalhava na mediunidade.
Há muitos livros biográficos, disponíveis nas livrarias, sobre sua vida e obra.
Questão [#008]
Como o Chico procedia quando os assistidos da instituição mentiam sobre suas reais necessidades para aumentar seus benefícios materiais?
Resposta:
Sempre vimos o Chico agir de forma natural, tolerante, firme e franco.
Às vezes fingia não perceber, compreendendo as limitações fraquezas humanas, mas de modo nenhum comentendo injustiças.
Questão [#009]
Na sua opinião, qual a real importância de Chico Xavier para a Doutrina Espírita?
O que o Sr. pensa sobre o facto de em muitos centros as obras psicografadas por Chico Xavier serem mais estudadas que as obras básicas?
Resposta:
A importância de Chico, como disse acima, é indiscutível, mas é preciso entender que sua obra é subsidiária à Codificação e não existiria se não fosse Kardec.
Portanto, Kardec é fundamental para o conhecimento espírita e precisa continuar com a primazia nos estudos.
Ficar apenas nas obras do Chico será assumir prejuízos intelectuais para si próprio.
Questão [#010]
O que o Sr. pensa sobre a preponderância do aspecto "religião", nas obras de Chico Xavier?
Resposta:
Entendo que o Espiritismo é uma filosofia de consequências morais e só pode ser compreendido como religião no sentido original dessa palavra, totalmente desprendido do seu conceito cultural actual.
Devemos entender que o Espiritismo está acima de qualquer rótulo.
Continua...
Questão [#005]
Gostaria de saber se o Sr. Chico Xavier, apesar do seu estado de saúde, ainda faz atendimento ao público, e se é difícil a comunicação através da psicografia.
Resposta:
As informações de que disponho dão conta de que continua trabalhando e atendendo, porém, muito reduzidamente.
Quanto à psicografia, trata-se de uma especialidade mediúnica igual às outras, necessitando de muita prática para se aperfeiçoar, além de desprendimento, bom-senso, estudo, etc.
Questão [#006]
Há muitos confrades, na Doutrina Espírita, que falam que não podem ser como um Chico Xavier (Francisco de Paula Cândido), pois é necessário atitudes mais directas e incisivas da parte dos espíritas...
O que o Sr. pensa a respeito?
Resposta:
Cada um tem suas características pessoais.
O comportamento do Chico tem sido exemplar e digno de ser seguido.
Outros, no seu lugar, fariam diferentes, porque somos diferentes.
Questão [#007]
Tenho profunda admiração por nosso querido Chico e vou ter a oportunidade de conhecê-lo de perto.
Gostaria de saber ao certo o grau de instrução do Chico e quando efectivamente ele começou seu belíssimo trabalho espírita.
Resposta:
Chico tem apenas o grau primário, mas tornou-se um autodidata.
Já aos 17 anos trabalhava na mediunidade.
Há muitos livros biográficos, disponíveis nas livrarias, sobre sua vida e obra.
Questão [#008]
Como o Chico procedia quando os assistidos da instituição mentiam sobre suas reais necessidades para aumentar seus benefícios materiais?
Resposta:
Sempre vimos o Chico agir de forma natural, tolerante, firme e franco.
Às vezes fingia não perceber, compreendendo as limitações fraquezas humanas, mas de modo nenhum comentendo injustiças.
Questão [#009]
Na sua opinião, qual a real importância de Chico Xavier para a Doutrina Espírita?
O que o Sr. pensa sobre o facto de em muitos centros as obras psicografadas por Chico Xavier serem mais estudadas que as obras básicas?
Resposta:
A importância de Chico, como disse acima, é indiscutível, mas é preciso entender que sua obra é subsidiária à Codificação e não existiria se não fosse Kardec.
Portanto, Kardec é fundamental para o conhecimento espírita e precisa continuar com a primazia nos estudos.
Ficar apenas nas obras do Chico será assumir prejuízos intelectuais para si próprio.
Questão [#010]
O que o Sr. pensa sobre a preponderância do aspecto "religião", nas obras de Chico Xavier?
Resposta:
Entendo que o Espiritismo é uma filosofia de consequências morais e só pode ser compreendido como religião no sentido original dessa palavra, totalmente desprendido do seu conceito cultural actual.
Devemos entender que o Espiritismo está acima de qualquer rótulo.
Continua...
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Re: Artigos sobre a Mediunidade
Continua...
Questão [#011]
O Sr. não acha que há uma valorização muito grande do médium Chico Xavier, ao invés da Doutrina?
Por exemplo, essas romarias a Uberada não contradizem as orientações da Doutrina Espírita?
Resposta:
Infelizmente, isso é verdadeiro até certo ponto e até mesmo dirigentes espíritas de conceito engrossam as filas da casa do Chico, às vezes até tentando dominá-lo.
O valor do Chico é indiscutível, no entanto muitos tentam utilizá-lo como meio de realização e projecção, quando deveriam seguir seus exemplos e liberá-lo para suas responsabilidades.
Questão [#012]
O que o Sr. pode dizer a respeito de notícias sobre censuras feitas nos primeiros livros psicografados por Chico Xavier?
Resposta:
Desconheço-as.
Gostaria que a pergunta fosse mais específica.
Questão [#013]
Até onde sabemos o trabalho espírita de Chico Xavier nunca esteve vinculado aos organismos federativos do Movimento Espírita.
Como o Sr. considera esta questão?
Resposta:
Chico esteve ligado à FEB por muitos anos, em termos editoriais, pois seus livros eram lá publicados.
Seu nome se ligou, naturalmente, àquele organismo federativo.
Sua obra contém conteúdos destacando a necessidade e a importância da união.
Isso não significa adesão às ideias das federativas como elas são colocadas, porque a obra do Chico está acima disso.
Questão [#014]
Como podemos considerar a enxurrada de obras psicografadas, muitas vezes sem os critérios apregoados pela Doutrina Espírita, em comparação com as obras psicografadas pelo Chico?
Resposta:
Esse é um grande problema.
Infelizmente, as obras surgem aos borbotões e não aparecem, na mesma proporção, uma análise crítica capaz de levar os leitores à reflexão.
Nossas instituições ficam em silêncio, com prejuízos altíssimos para os novos espíritas que chegam aos centros e aos cursos.
Questão [#015]
O Sr. considera que Chico Xavier esteja em processo de moratória?
Resposta:
Não!
Considero que sua vida segue o ritmo normal de qualquer outra, cujo termo chegará no momento adequado.
§.§.§- O-canto-da-ave
Questão [#011]
O Sr. não acha que há uma valorização muito grande do médium Chico Xavier, ao invés da Doutrina?
Por exemplo, essas romarias a Uberada não contradizem as orientações da Doutrina Espírita?
Resposta:
Infelizmente, isso é verdadeiro até certo ponto e até mesmo dirigentes espíritas de conceito engrossam as filas da casa do Chico, às vezes até tentando dominá-lo.
O valor do Chico é indiscutível, no entanto muitos tentam utilizá-lo como meio de realização e projecção, quando deveriam seguir seus exemplos e liberá-lo para suas responsabilidades.
Questão [#012]
O que o Sr. pode dizer a respeito de notícias sobre censuras feitas nos primeiros livros psicografados por Chico Xavier?
Resposta:
Desconheço-as.
Gostaria que a pergunta fosse mais específica.
Questão [#013]
Até onde sabemos o trabalho espírita de Chico Xavier nunca esteve vinculado aos organismos federativos do Movimento Espírita.
Como o Sr. considera esta questão?
Resposta:
Chico esteve ligado à FEB por muitos anos, em termos editoriais, pois seus livros eram lá publicados.
Seu nome se ligou, naturalmente, àquele organismo federativo.
Sua obra contém conteúdos destacando a necessidade e a importância da união.
Isso não significa adesão às ideias das federativas como elas são colocadas, porque a obra do Chico está acima disso.
Questão [#014]
Como podemos considerar a enxurrada de obras psicografadas, muitas vezes sem os critérios apregoados pela Doutrina Espírita, em comparação com as obras psicografadas pelo Chico?
Resposta:
Esse é um grande problema.
Infelizmente, as obras surgem aos borbotões e não aparecem, na mesma proporção, uma análise crítica capaz de levar os leitores à reflexão.
Nossas instituições ficam em silêncio, com prejuízos altíssimos para os novos espíritas que chegam aos centros e aos cursos.
Questão [#015]
O Sr. considera que Chico Xavier esteja em processo de moratória?
Resposta:
Não!
Considero que sua vida segue o ritmo normal de qualquer outra, cujo termo chegará no momento adequado.
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A MEDIUNIDADE NO ESPIRITISMO
"Três períodos distintos apresenta o desenvolvimento dessas ideias:
primeiro, o da curiosidade, que a singularidade dos fenómenos produzidos desperta;
segundo, o do raciocínio e da filosofia;
terceiro, o da aplicação e das consequências.
O período da curiosidade passou... começou o segundo período, o terceiro virá inevitavelmente"
(Kardec, O Livro dos Espíritos, Conclusão, item V).
Na leitura atenta da citação acima, principalmente tendo-se em mãos o texto completo, vemos facilmente que Kardec não quis se referir a períodos excludentes, mas, sim, super-postos em seu desenvolvimento.
Estaríamos sofismando se retirássemos do texto uma reprimenda, um desestímulo que fosse, ao amplo e livre exercício da mediunidade nos centros espíritas.
Ainda no Livro dos Espíritos, Conclusão, item VI, Kardec afirma que a força do Espiritismo está no apelo que faz à razão e ao bom senso, mais do que nas manifestações materiais.
Mas, logo adiante, ele demonstra a impossibilidade e o ridículo de se oferecer entraves à liberdade das manifestações.
No mesmo capítulo, item VII, ele classifica o grau de seus adeptos:
"1o.) os que crêem nas manifestações e se limitam a constatá-las: para eles, é uma ciência de experimentação;
2o.) os que compreendem as suas consequências morais;
3o.) os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral."
O termo usado é "grau", portanto, está claro a super-posição e não a exclusão de aspectos.
Mesmo porque, seria absurdo supor alguém praticando uma moral que não compreendesse.
Portanto, proibir, combater, restringir ou, simplesmente, inibir a mediunidade, equivale a pensar que a mediunidade teve como única função permitir o surgimento da filosofia espírita, para depois calcificar-se como uma "pineal colectiva"; e, isto, é miopia filosófica.
O fenómeno mediúnico é a origem do Espiritismo.
Mas, também, sua sustentação e continuidade.
É a própria vacina para que o Espiritismo não venha a se tornar uma religião dogmática, cadaverizada, com conceitos e interpretações impostos por intelectuais, grupos, associações, federações, ou seja lá o que venha a surgir como substitutivo da escolástica e suas consequências.
O momento principal, a "esquina de pedra" quando o cristianismo nascente transformou-se num movimento uniformizado e repressor foi quando, por força de decretos retirados em concílios, conseguiram proibir o contacto com os espíritos.
A democracia permitida pela mediunidade que, sendo fenómeno inerente ao ser humano, ocorre no barraco ou na cobertura, na universidade ou no templo evangélico, foi, na época citada, substituída pelo autoritarismo.
A mediunidade, como todas as faculdades naturais do ser humano, é inalienável, irreprimível.
Todas as leis e forças da natureza devem ser conhecidas, estudadas e, não, negadas.
(Ou então, cuidemos para não retroceder ao período pré-cartesiano!).
A grande contribuição da ciência espírita para o conjunto do conhecimento humano é justamente o domínio do fenómeno mediúnico em todas as suas formas de manifestação.
Continua...
primeiro, o da curiosidade, que a singularidade dos fenómenos produzidos desperta;
segundo, o do raciocínio e da filosofia;
terceiro, o da aplicação e das consequências.
O período da curiosidade passou... começou o segundo período, o terceiro virá inevitavelmente"
(Kardec, O Livro dos Espíritos, Conclusão, item V).
Na leitura atenta da citação acima, principalmente tendo-se em mãos o texto completo, vemos facilmente que Kardec não quis se referir a períodos excludentes, mas, sim, super-postos em seu desenvolvimento.
Estaríamos sofismando se retirássemos do texto uma reprimenda, um desestímulo que fosse, ao amplo e livre exercício da mediunidade nos centros espíritas.
Ainda no Livro dos Espíritos, Conclusão, item VI, Kardec afirma que a força do Espiritismo está no apelo que faz à razão e ao bom senso, mais do que nas manifestações materiais.
Mas, logo adiante, ele demonstra a impossibilidade e o ridículo de se oferecer entraves à liberdade das manifestações.
No mesmo capítulo, item VII, ele classifica o grau de seus adeptos:
"1o.) os que crêem nas manifestações e se limitam a constatá-las: para eles, é uma ciência de experimentação;
2o.) os que compreendem as suas consequências morais;
3o.) os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral."
O termo usado é "grau", portanto, está claro a super-posição e não a exclusão de aspectos.
Mesmo porque, seria absurdo supor alguém praticando uma moral que não compreendesse.
Portanto, proibir, combater, restringir ou, simplesmente, inibir a mediunidade, equivale a pensar que a mediunidade teve como única função permitir o surgimento da filosofia espírita, para depois calcificar-se como uma "pineal colectiva"; e, isto, é miopia filosófica.
O fenómeno mediúnico é a origem do Espiritismo.
Mas, também, sua sustentação e continuidade.
É a própria vacina para que o Espiritismo não venha a se tornar uma religião dogmática, cadaverizada, com conceitos e interpretações impostos por intelectuais, grupos, associações, federações, ou seja lá o que venha a surgir como substitutivo da escolástica e suas consequências.
O momento principal, a "esquina de pedra" quando o cristianismo nascente transformou-se num movimento uniformizado e repressor foi quando, por força de decretos retirados em concílios, conseguiram proibir o contacto com os espíritos.
A democracia permitida pela mediunidade que, sendo fenómeno inerente ao ser humano, ocorre no barraco ou na cobertura, na universidade ou no templo evangélico, foi, na época citada, substituída pelo autoritarismo.
A mediunidade, como todas as faculdades naturais do ser humano, é inalienável, irreprimível.
Todas as leis e forças da natureza devem ser conhecidas, estudadas e, não, negadas.
(Ou então, cuidemos para não retroceder ao período pré-cartesiano!).
A grande contribuição da ciência espírita para o conjunto do conhecimento humano é justamente o domínio do fenómeno mediúnico em todas as suas formas de manifestação.
Continua...
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