ARTIGOS DIVERSOS III
Página 29 de 41
Página 29 de 41 • 1 ... 16 ... 28, 29, 30 ... 35 ... 41
A doença não pode ser instrumento de punição
Jorge Hessen
Os órgãos do corpo físico respondem a todos os estímulos (internos ou externos), determinando um encadeamento de reacções, além dos estímulos físicos que impactam, através dos sentidos, as emoções ou sentimentos que também provocam reacções.
Estas excitam ou bloqueiam os mecanismos de funcionamento.
Em verdade, o processo de preservação e deterioração de qualquer órgão tem uma relação directa com as emoções e os sentimentos.
A cólera, a raiva, o temor, a ansiedade, a depressão, o desgosto, a aflição, assim como todas as emoções derivadas delas, sobrecarregam a economia saudável do corpo.
Há outros factores emocionais que podem influenciar patologias físicas, como relacionamentos afectivos infelizes, penúria económica, desigualdade de renda e stress relacionado ao trabalho profissional.
Quando estamos tristes e depressivos por uma desilusão amorosa, ou quando estamos ansiosos e irritados por causa de dívidas, também desenvolvemos enfermidades.
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma célebre frase latina, proveniente da Sátira X do poeta romano Juvenal.
Nós somos o que sentimos.
René Descartes já dizia que somos aquilo que pensamos.
Quando as nossas emoções são reprimidas, elas acabam se constituindo na fonte de um conflito emocional crónico, segundo Sigmund Freud, que gerará distúrbios físicos ou psicológicos, se não forem aliviadas, mediante os canais fisiológicos competentes.
O stress é como um conjunto de reacções fisiológicas produzidas pelo nosso organismo para reagir e se adaptar às situações apresentadas no dia a dia.
O problema é que tais reacções, psíquicas e orgânicas, podem provocar um desequilíbrio no nosso organismo caso ocorram de forma exagerada ou intensa, dependendo também do tempo de duração.
Quanto mais durar o stress, obviamente a ruína será maior.
Adquirimos doenças porque não conseguimos conviver em harmonia com o meio e com as pessoas ao nosso redor.
Enfermamos porque mantemos antipatias, inimizades, desgostos, culpas, arrependimentos, ressentimentos, temores e frustrações que não queremos superar.
Por desconhecermos as nossas próprias emoções, muitas vezes desejamos ocultá-las dos outros, e de nós mesmos, mormente os pensamentos e os sentimentos egoísticos.
Cada doença, cada dor, cada sofrimento, cada frustração, cada sintoma traz uma mensagem única e exclusiva para nós e apenas para nós.
Quando estivermos prontos para abrigá-los e compreendermos o que elas querem nos dizer, estaremos aptos a andar firmes pelo caminho do nosso aperfeiçoamento espiritual que decisivamente passa pelas vias da nossa saúde moral.
Naturalmente, as nossas doenças são advertências da vida para que venhamos a ter mais consciência de nós mesmos e dos nossos compromissos na família, na natureza e na sociedade, governando-nos pela vida caridosa, solidária e amorosa.
Precisamos ter consciência de que doença e saúde são consequências das nossas livres escolhas através das emoções ou sentimentos, e tal responsabilidade não pode ser terceirizada.
Além do quê, a doença não pode ser instrumento de punição.
Na verdade, deve ser um expediente de aprendizado, na sábia pedagogia divina, convidando-nos ao exercício do amor
§.§.§- Ave sem Ninho
Os órgãos do corpo físico respondem a todos os estímulos (internos ou externos), determinando um encadeamento de reacções, além dos estímulos físicos que impactam, através dos sentidos, as emoções ou sentimentos que também provocam reacções.
Estas excitam ou bloqueiam os mecanismos de funcionamento.
Em verdade, o processo de preservação e deterioração de qualquer órgão tem uma relação directa com as emoções e os sentimentos.
A cólera, a raiva, o temor, a ansiedade, a depressão, o desgosto, a aflição, assim como todas as emoções derivadas delas, sobrecarregam a economia saudável do corpo.
Há outros factores emocionais que podem influenciar patologias físicas, como relacionamentos afectivos infelizes, penúria económica, desigualdade de renda e stress relacionado ao trabalho profissional.
Quando estamos tristes e depressivos por uma desilusão amorosa, ou quando estamos ansiosos e irritados por causa de dívidas, também desenvolvemos enfermidades.
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma célebre frase latina, proveniente da Sátira X do poeta romano Juvenal.
Nós somos o que sentimos.
René Descartes já dizia que somos aquilo que pensamos.
Quando as nossas emoções são reprimidas, elas acabam se constituindo na fonte de um conflito emocional crónico, segundo Sigmund Freud, que gerará distúrbios físicos ou psicológicos, se não forem aliviadas, mediante os canais fisiológicos competentes.
O stress é como um conjunto de reacções fisiológicas produzidas pelo nosso organismo para reagir e se adaptar às situações apresentadas no dia a dia.
O problema é que tais reacções, psíquicas e orgânicas, podem provocar um desequilíbrio no nosso organismo caso ocorram de forma exagerada ou intensa, dependendo também do tempo de duração.
Quanto mais durar o stress, obviamente a ruína será maior.
Adquirimos doenças porque não conseguimos conviver em harmonia com o meio e com as pessoas ao nosso redor.
Enfermamos porque mantemos antipatias, inimizades, desgostos, culpas, arrependimentos, ressentimentos, temores e frustrações que não queremos superar.
Por desconhecermos as nossas próprias emoções, muitas vezes desejamos ocultá-las dos outros, e de nós mesmos, mormente os pensamentos e os sentimentos egoísticos.
Cada doença, cada dor, cada sofrimento, cada frustração, cada sintoma traz uma mensagem única e exclusiva para nós e apenas para nós.
Quando estivermos prontos para abrigá-los e compreendermos o que elas querem nos dizer, estaremos aptos a andar firmes pelo caminho do nosso aperfeiçoamento espiritual que decisivamente passa pelas vias da nossa saúde moral.
Naturalmente, as nossas doenças são advertências da vida para que venhamos a ter mais consciência de nós mesmos e dos nossos compromissos na família, na natureza e na sociedade, governando-nos pela vida caridosa, solidária e amorosa.
Precisamos ter consciência de que doença e saúde são consequências das nossas livres escolhas através das emoções ou sentimentos, e tal responsabilidade não pode ser terceirizada.
Além do quê, a doença não pode ser instrumento de punição.
Na verdade, deve ser um expediente de aprendizado, na sábia pedagogia divina, convidando-nos ao exercício do amor
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Quando Ele chegou ...??
Aqueles eram dias tormentosos a estes semelhantes.
O monstro da guerra devorava as nações, que se transformavam em amontoados de cadáveres e pasto de devastação, enquanto a loucura do poder temporal escravizava as vidas nas malhas fortes da sua dominação impiedosa.
O ser humano valia menos do que uma animália, como ocorre hoje quando o denominam como excluído, tombando na exaustão da miséria.
Os vencedores alucinados exultavam nos cárceres internos que os enlouqueciam quando passeavam a sua hediondez nos carros do triunfo aureolados de folhas de mirto ou de loureiro.
O medo aparvalhava os já infelizes atirados ao deserto dos sentimentos indiferentes daqueles que os devoravam como abutres.
A esperança vivia asfixiada no desprezo, sem oportunidade de expandir-se nos países submetidos,
Nada obstante, reinava um fio de expectativa em a noite de dores inenarráveis.
As agonias extremas abateram-se sobre Israel por longos séculos de horror e desespero.
Mas o fio de esperança era a expectativa da chegada do Messias, vingador e poderoso, como os algozes de então, anunciado pelos profetas antigos e descrito por Isaías, há quase setecentos anos...
Ele seria poderoso e arrancaria o jugo hediondo de sobre o seu povo, concedendo-lhe benesses e glórias.
Enquanto isso, predominava a opressão dos que tombaram sob as legiões voluptuosas do Império Romano desde a vitória de Pompeu e todos os males que dela advieram...
Um estrangeiro execrando, mais cruel do que o romano, dominava o país ultrajado e vergado pela vergonha do asmoneu insano, que beijava as mãos de César, adornava-as de ouro e púrpura arrancados do suor e do sangue do povo que submetia.
Os impostos roubavam o alento e o parco pão dos desvalidos, enquanto o desconforto cantava em toda parte a litania da miséria e da servidão.
Aumentava a mole dos desventurados que abarrotavam as cidades enquanto os campos ficavam ao abandono.
Tudo era escasso, especialmente o amor que fugira envergonhado dos corações, enquanto a compaixão e a misericórdia ocultaram-se dos espoliados e indigentes.
A ingénua alegria das massas fugira dos seus corações que passaram a homiziar o ressentimento e o crime, a degradação e as paixões vis, a serviço das intrigas intérminas e das lutas vergonhosas.
Os potentados, especialmente os fariseus, os saduceus e os cobradores de impostos, todos odiados também, detestavam-se uns aos outros, enquanto eram, por sua vez, desprezados...
A vil política de Jerusalém estendera-se por todo o território israelense e ninguém escapava à sua inclemente perseguição.
A própria Natureza, naqueles dias, sofria inclemência dos dias quentes e das noites mornas, sem a suave brisa cantante que carreava o perfume das rosas e das flores silvestres.
A fria Judeia era amada em razão do seu fabuloso Templo, ornado de ouro e de gemas preciosas, mas também odiada pela governança insensível que lhe aumentara o poder.
Os chacais que a administravam espoliavam a ignorância e as superstições do povo humilhado que ali buscava consolação.
*
Ele crescera no deserto e robustecera o carácter na aridez e ardência da região sem vida e sem beleza.
Mergulhara o pensamento no abismo das reflexões, por anos a fio, buscando entender o objectivo primordial da existência, Deus e Sua justiça, diferente de tudo aquilo que havia ouvido dos sacerdotes indignos.
As noites estreladas e frias refrescaram-lhe a alma que ardia em febre de expectativas pela chegada do Rei libertador de consciências e de sentimentos.
Ele sabia, sem saber como, que fora designado, mesmo antes do berço, de anunciar o Messias e, por essa razão, no momento próprio transferiu-se para o vau da Casa da Passagem, no rio Jordão, a fim de anunciá-lO.
O monstro da guerra devorava as nações, que se transformavam em amontoados de cadáveres e pasto de devastação, enquanto a loucura do poder temporal escravizava as vidas nas malhas fortes da sua dominação impiedosa.
O ser humano valia menos do que uma animália, como ocorre hoje quando o denominam como excluído, tombando na exaustão da miséria.
Os vencedores alucinados exultavam nos cárceres internos que os enlouqueciam quando passeavam a sua hediondez nos carros do triunfo aureolados de folhas de mirto ou de loureiro.
O medo aparvalhava os já infelizes atirados ao deserto dos sentimentos indiferentes daqueles que os devoravam como abutres.
A esperança vivia asfixiada no desprezo, sem oportunidade de expandir-se nos países submetidos,
Nada obstante, reinava um fio de expectativa em a noite de dores inenarráveis.
As agonias extremas abateram-se sobre Israel por longos séculos de horror e desespero.
Mas o fio de esperança era a expectativa da chegada do Messias, vingador e poderoso, como os algozes de então, anunciado pelos profetas antigos e descrito por Isaías, há quase setecentos anos...
Ele seria poderoso e arrancaria o jugo hediondo de sobre o seu povo, concedendo-lhe benesses e glórias.
Enquanto isso, predominava a opressão dos que tombaram sob as legiões voluptuosas do Império Romano desde a vitória de Pompeu e todos os males que dela advieram...
Um estrangeiro execrando, mais cruel do que o romano, dominava o país ultrajado e vergado pela vergonha do asmoneu insano, que beijava as mãos de César, adornava-as de ouro e púrpura arrancados do suor e do sangue do povo que submetia.
Os impostos roubavam o alento e o parco pão dos desvalidos, enquanto o desconforto cantava em toda parte a litania da miséria e da servidão.
Aumentava a mole dos desventurados que abarrotavam as cidades enquanto os campos ficavam ao abandono.
Tudo era escasso, especialmente o amor que fugira envergonhado dos corações, enquanto a compaixão e a misericórdia ocultaram-se dos espoliados e indigentes.
A ingénua alegria das massas fugira dos seus corações que passaram a homiziar o ressentimento e o crime, a degradação e as paixões vis, a serviço das intrigas intérminas e das lutas vergonhosas.
Os potentados, especialmente os fariseus, os saduceus e os cobradores de impostos, todos odiados também, detestavam-se uns aos outros, enquanto eram, por sua vez, desprezados...
A vil política de Jerusalém estendera-se por todo o território israelense e ninguém escapava à sua inclemente perseguição.
A própria Natureza, naqueles dias, sofria inclemência dos dias quentes e das noites mornas, sem a suave brisa cantante que carreava o perfume das rosas e das flores silvestres.
A fria Judeia era amada em razão do seu fabuloso Templo, ornado de ouro e de gemas preciosas, mas também odiada pela governança insensível que lhe aumentara o poder.
Os chacais que a administravam espoliavam a ignorância e as superstições do povo humilhado que ali buscava consolação.
*
Ele crescera no deserto e robustecera o carácter na aridez e ardência da região sem vida e sem beleza.
Mergulhara o pensamento no abismo das reflexões, por anos a fio, buscando entender o objectivo primordial da existência, Deus e Sua justiça, diferente de tudo aquilo que havia ouvido dos sacerdotes indignos.
As noites estreladas e frias refrescaram-lhe a alma que ardia em febre de expectativas pela chegada do Rei libertador de consciências e de sentimentos.
Ele sabia, sem saber como, que fora designado, mesmo antes do berço, de anunciar o Messias e, por essa razão, no momento próprio transferiu-se para o vau da Casa da Passagem, no rio Jordão, a fim de anunciá-lO.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
A sua era uma voz tonitruante e o seu um aspecto chocante, mesmo para os padrões daqueles dias especiais.
Os seus olhos brilhavam como lanternas acesas quando ele falava sobre o Ungido de Deus.
Afirmava que Ele já se encontrava entre todos e seguia desconhecido.
Também asseverava que Ele viria fazer justiça, punir os réprobos morais, submeter os insubmissos, vingar-se do abandono a que fora relegado pelos tempos longos.
As multidões que se reuniam na praia fresca do rio fascinavam-se por temor, por necessidade de um Salvador.
Elucidava que Ele era tão grande, o Triunfador a quem servia, que não era digno sequer de amarrar os cordéis das Suas sandálias.
E baptizava, lavando simbolicamente as misérias do homem comprometido, a fim de que ressurgisse o novo ser aureolado de bênçãos.
Não conhecia ainda o Messias, mas adivinhava-O.
Inesperadamente, em formosa manhã, no meio da multidão Ele surgiu, aproximou-se, e os seus olhos detiveram-se uns nos outros, então ele exclamou, tomado de lágrimas e sorriso:
- Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Como Ele era belo e manso, suave e meigo, discreto e amoroso!
Aquele Homem-sol curvou-se diante dele e disse-lhe: - Cumpre as profecias...
Estranho temor tomou-lhe todo o corpo austero e pensou como seria possível ao servo permanecer erecto enquanto o Rei se dobrava com sublime humildade.
Era seu primo e não O conhecia, era seu mentor e ele O serviria...
A partir daquele momento inolvidável, o seu verbo amaciou, a sua voz passou a cantar, a sua vida se modificou.
Antes de morrer, inquieto e expectante, enviou-Lhe dois discípulos, a fim de que tivesse a confirmação de ser Ele o Messias.
Desejava retornar à pátria em paz e segurança.
Na terrível noite da fortaleza de Macaeros ou Maqueronte, na Pereia, após o longo cativeiro de meses, a sua voz foi silenciada pela espada do sicário Herodes Antipas, por solicitação de Salomé, filha da sua mulher ambiciosa e atormentada...
*
Na madrugada espiritual que passou a vestir Israel de luz, o canto de amor começou a ecoar desde as praias do mar da Galileia até a tórrida Judeia, dos contrafortes dos montes Galaad, da cadeia de Golan até a longínqua região do Aravá, o vale que se estende além do Mar Morto, por toda parte.
As multidões que acorriam para vê-lo, para ouvi-lo, eram mais ou menos iguais às de hoje, ansiosas e sofredoras, inebriando-se com a melodia rica de beleza, de suavidade, de esperança.
As ráfagas ora brandas da alegria penetravam os casebres e os bordéis, as sinagogas e as ruas, diminuindo a aspereza do sofrimento.
Os corpos em decomposição refaziam-se ao delicado toque das Suas mãos, enquanto os olhos apagados recuperavam a clara luz da visão, os ouvidos moucos se abriam aos sons e a Natureza explodia em festa de perfume e de estesia.
Por onde Jesus passava nada permanecia como antes.
O Messias do amor chegara sem exércitos, sem clarins anunciadores, sem forças de impiedade e, por isso, não foi bem recebido pela ímpia Judeia, pelos iludidos do mentiroso poder temporal.
Seu incomparável canto ainda prossegue, há dois mil anos incessantes, convidando com invulgar ternura:
- Vinde a mim e eu vos consolarei...
Incompreendido ainda hoje, submetido às nefárias paixões dos séculos, imposto a ferro e a fogo no passado, deixado ao abandono, jamais se apagou da memória da Humanidade que sempre O tem necessitado.
E hoje, como naqueles dias de turbulências e de incompreensões, de poder mentiroso e arrogância doentia, a Sua música prossegue e é ouvida somente por aqueles que silenciam o tormento, deleitando-se com o Seu convite e declaração graves:
- É leve o meu fardo e suave o meu jugo. Vinde!
Ele veio como uma primavera de bênçãos para sempre e aguarda!
Divaldo Pereira Franco - Amélia Rodrigues
§.§.§- Ave sem Ninho
Os seus olhos brilhavam como lanternas acesas quando ele falava sobre o Ungido de Deus.
Afirmava que Ele já se encontrava entre todos e seguia desconhecido.
Também asseverava que Ele viria fazer justiça, punir os réprobos morais, submeter os insubmissos, vingar-se do abandono a que fora relegado pelos tempos longos.
As multidões que se reuniam na praia fresca do rio fascinavam-se por temor, por necessidade de um Salvador.
Elucidava que Ele era tão grande, o Triunfador a quem servia, que não era digno sequer de amarrar os cordéis das Suas sandálias.
E baptizava, lavando simbolicamente as misérias do homem comprometido, a fim de que ressurgisse o novo ser aureolado de bênçãos.
Não conhecia ainda o Messias, mas adivinhava-O.
Inesperadamente, em formosa manhã, no meio da multidão Ele surgiu, aproximou-se, e os seus olhos detiveram-se uns nos outros, então ele exclamou, tomado de lágrimas e sorriso:
- Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Como Ele era belo e manso, suave e meigo, discreto e amoroso!
Aquele Homem-sol curvou-se diante dele e disse-lhe: - Cumpre as profecias...
Estranho temor tomou-lhe todo o corpo austero e pensou como seria possível ao servo permanecer erecto enquanto o Rei se dobrava com sublime humildade.
Era seu primo e não O conhecia, era seu mentor e ele O serviria...
A partir daquele momento inolvidável, o seu verbo amaciou, a sua voz passou a cantar, a sua vida se modificou.
Antes de morrer, inquieto e expectante, enviou-Lhe dois discípulos, a fim de que tivesse a confirmação de ser Ele o Messias.
Desejava retornar à pátria em paz e segurança.
Na terrível noite da fortaleza de Macaeros ou Maqueronte, na Pereia, após o longo cativeiro de meses, a sua voz foi silenciada pela espada do sicário Herodes Antipas, por solicitação de Salomé, filha da sua mulher ambiciosa e atormentada...
*
Na madrugada espiritual que passou a vestir Israel de luz, o canto de amor começou a ecoar desde as praias do mar da Galileia até a tórrida Judeia, dos contrafortes dos montes Galaad, da cadeia de Golan até a longínqua região do Aravá, o vale que se estende além do Mar Morto, por toda parte.
As multidões que acorriam para vê-lo, para ouvi-lo, eram mais ou menos iguais às de hoje, ansiosas e sofredoras, inebriando-se com a melodia rica de beleza, de suavidade, de esperança.
As ráfagas ora brandas da alegria penetravam os casebres e os bordéis, as sinagogas e as ruas, diminuindo a aspereza do sofrimento.
Os corpos em decomposição refaziam-se ao delicado toque das Suas mãos, enquanto os olhos apagados recuperavam a clara luz da visão, os ouvidos moucos se abriam aos sons e a Natureza explodia em festa de perfume e de estesia.
Por onde Jesus passava nada permanecia como antes.
O Messias do amor chegara sem exércitos, sem clarins anunciadores, sem forças de impiedade e, por isso, não foi bem recebido pela ímpia Judeia, pelos iludidos do mentiroso poder temporal.
Seu incomparável canto ainda prossegue, há dois mil anos incessantes, convidando com invulgar ternura:
- Vinde a mim e eu vos consolarei...
Incompreendido ainda hoje, submetido às nefárias paixões dos séculos, imposto a ferro e a fogo no passado, deixado ao abandono, jamais se apagou da memória da Humanidade que sempre O tem necessitado.
E hoje, como naqueles dias de turbulências e de incompreensões, de poder mentiroso e arrogância doentia, a Sua música prossegue e é ouvida somente por aqueles que silenciam o tormento, deleitando-se com o Seu convite e declaração graves:
- É leve o meu fardo e suave o meu jugo. Vinde!
Ele veio como uma primavera de bênçãos para sempre e aguarda!
Divaldo Pereira Franco - Amélia Rodrigues
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
OS ESPÍRITOS CURAM
A Terapêutica Espírita abrange todos os ramos da Medicina.
Urbano de Assis Xavier, cirurgião-dentista e médium de grande sensibilidade, serviu de intermediário para muitas curas e gostava de pesquisar essa questão.
Pronunciou uma palestra, na década de 40, na Biblioteca Municipal de São Paulo, sobre o tema que serve de título para este capítulo.
Sua experiência pessoal e o seu acervo de observações dariam para a elaboração de um grande volume a respeito.
Fomos testemunhas de numerosas curas.
Ele insistia na necessidade de se compreender que o médium é simplesmente, nesses casos, um instrumento passivo nas mãos dos espíritos.
Por isso acentuava que os espíritos curavam e não os médiuns.
Este é o ponto essencial da compreensão, pelos médiuns e os dirigentes de Centros, do melindroso problema das curas geralmente chamadas de mediúnicas.
Sem essa compreensão humilde de parte dos médiuns eles se arriscam a cair nas armadilhas de sua própria vaidade, que os leva a atitudes ridículas e comprometedoras para Centro e a Doutrina.
Um médium que se julga capaz de curar por si mesmo é um ignorante ou inconsciente, que facilmente se transforma num charlatão ambicioso, tomador de dinheiro do próximo.
Como Kardec advertia, dois factores garantem a faculdade curadora real de um médium:
a sua humildade e o seu desinteresse.
Se ele for orgulhoso, convencido de sua eficiência e cobra o seu trabalho mediúnico, directa ou indirectamente, devemos simplesmente ignorá-lo e fugir dele.
Os espíritos mistificadores que o acompanham
— pois cada qual tem as companhias espirituais que merece — está fatalmente na via torva da mistificação perigosa.
Os dirigentes de Centros precisam ter a maior cautela e observar atenta e permanentemente os médiuns curadores de que dispuser nos seus trabalhos.
As manobras de envolvimento dos mistificadores são subtis e envolvem ao mesmo tempo o médium vaidoso, os dirigentes sem conhecimento doutrinário e bom-senso e os pacientes que se entregam cegamente a experiências perigosas, fiados numa fé supersticiosas e cega.
Devemos ter sempre em mente que estamos na Terra para evoluir, desenvolvendo nossa capacidade de trabalho e prudência.
Espíritos em evolução, se nos entregamos às pretensões de superioridade e de merecimento pessoal, os Bons Espíritos não interferem para não prejudicarem o nosso aprendizado.
Teremos de passar pelas experiências negativas, a fim de atingir os objectivos de nossa encarnação.
Podemos pedir a Deus o que quisemos, mas só receberemos aquilo de que realmente carecemos.
A prece nos ajuda, estabelece a nossa sintonia com os Espíritos Benevolentes, mas se deixarmos de lado o bom senso e a perspicácia, se não nos mantivermos em vigilância, esperando tudo do Céu e não usado o nosso discernimento, só a experiência por mais dura que seja, poderá corrigirmos.
Analisemos bem este problema para não chorarmos mais tarde sobre a nossa incúria.
Os Espíritos Bons nos amparam, assistem e ajudam, dando-nos orientação e conselhos intuitivos, mas não tomam o nosso lugar naquilo que só a nós pertence.
A cura espírita não se efectua, por mais dedicados que sejamos ao Espiritismo, por mais abnegados no tocante ao próximo, se a doença ou deficiência que sofrermos for em si mesma o remédio de que de facto precisamos.
Os interesses superiores da evolução espiritual estão sempre acima dos nossos interesses individuais e passageiros.
Se uma pessoa é cega ou está ficando cega, é porque a prova da cegueira a ajudará a desenvolver a humildade em lugar da vaidade que cultivou no passado, já estamos sendo espiritualmente curados.
Urbano de Assis Xavier, cirurgião-dentista e médium de grande sensibilidade, serviu de intermediário para muitas curas e gostava de pesquisar essa questão.
Pronunciou uma palestra, na década de 40, na Biblioteca Municipal de São Paulo, sobre o tema que serve de título para este capítulo.
Sua experiência pessoal e o seu acervo de observações dariam para a elaboração de um grande volume a respeito.
Fomos testemunhas de numerosas curas.
Ele insistia na necessidade de se compreender que o médium é simplesmente, nesses casos, um instrumento passivo nas mãos dos espíritos.
Por isso acentuava que os espíritos curavam e não os médiuns.
Este é o ponto essencial da compreensão, pelos médiuns e os dirigentes de Centros, do melindroso problema das curas geralmente chamadas de mediúnicas.
Sem essa compreensão humilde de parte dos médiuns eles se arriscam a cair nas armadilhas de sua própria vaidade, que os leva a atitudes ridículas e comprometedoras para Centro e a Doutrina.
Um médium que se julga capaz de curar por si mesmo é um ignorante ou inconsciente, que facilmente se transforma num charlatão ambicioso, tomador de dinheiro do próximo.
Como Kardec advertia, dois factores garantem a faculdade curadora real de um médium:
a sua humildade e o seu desinteresse.
Se ele for orgulhoso, convencido de sua eficiência e cobra o seu trabalho mediúnico, directa ou indirectamente, devemos simplesmente ignorá-lo e fugir dele.
Os espíritos mistificadores que o acompanham
— pois cada qual tem as companhias espirituais que merece — está fatalmente na via torva da mistificação perigosa.
Os dirigentes de Centros precisam ter a maior cautela e observar atenta e permanentemente os médiuns curadores de que dispuser nos seus trabalhos.
As manobras de envolvimento dos mistificadores são subtis e envolvem ao mesmo tempo o médium vaidoso, os dirigentes sem conhecimento doutrinário e bom-senso e os pacientes que se entregam cegamente a experiências perigosas, fiados numa fé supersticiosas e cega.
Devemos ter sempre em mente que estamos na Terra para evoluir, desenvolvendo nossa capacidade de trabalho e prudência.
Espíritos em evolução, se nos entregamos às pretensões de superioridade e de merecimento pessoal, os Bons Espíritos não interferem para não prejudicarem o nosso aprendizado.
Teremos de passar pelas experiências negativas, a fim de atingir os objectivos de nossa encarnação.
Podemos pedir a Deus o que quisemos, mas só receberemos aquilo de que realmente carecemos.
A prece nos ajuda, estabelece a nossa sintonia com os Espíritos Benevolentes, mas se deixarmos de lado o bom senso e a perspicácia, se não nos mantivermos em vigilância, esperando tudo do Céu e não usado o nosso discernimento, só a experiência por mais dura que seja, poderá corrigirmos.
Analisemos bem este problema para não chorarmos mais tarde sobre a nossa incúria.
Os Espíritos Bons nos amparam, assistem e ajudam, dando-nos orientação e conselhos intuitivos, mas não tomam o nosso lugar naquilo que só a nós pertence.
A cura espírita não se efectua, por mais dedicados que sejamos ao Espiritismo, por mais abnegados no tocante ao próximo, se a doença ou deficiência que sofrermos for em si mesma o remédio de que de facto precisamos.
Os interesses superiores da evolução espiritual estão sempre acima dos nossos interesses individuais e passageiros.
Se uma pessoa é cega ou está ficando cega, é porque a prova da cegueira a ajudará a desenvolver a humildade em lugar da vaidade que cultivou no passado, já estamos sendo espiritualmente curados.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Fala-se muito em méritos e recompensas, mas não se trata disso na questão das curas.
A questão de méritos é nossa, e como somos sempre demasiado generosos em nosso auto julgamento, ao receber uma cura nos consideramos premiados.
Para Deus e portanto para os Espíritos Superiores, a doença é cura de nossas imperfeições e a cura é que nos predispõe para as provas que ainda teremos de enfrentar.
Por tudo isso, enganam se os médicos que encaram a terapêutica espírita hoje chamada de paranormal, como uma forma de concorrência do Espiritismo com a Medicina.
Os médiuns não podem curar o que querem e quando o querem.
Por isso Jesus empregava a expressão figurada:
“ Perdoados foram teus pecados” , quando conseguia curar alguém.
O perdão, em linguagem legal, equivale a uma suspensão da pena.
Os pecados estavam perdoados porque a pena havia chegado ao fim.
A pena não havia sido imposta por decreto e nem seria suspensa por decreto.
Nossa evolução é um processo natural de desenvolvimento de nossas potencialidades.
Aquilo que obstrui esse desenvolvimento provoca coágulos na estrutura psíquica, extremamente fluídica, gerando doenças e deficiências orgânicas.
Aquilo que facilita o desenvolvimento produz curas e possibilidades de curas.
Essas possibilidades podem resultar em curas, tanto por intervenção mediúnica quanto por intervenção médica.
A razão por que o médico falha em casos que o médium resolve, e vice versa, não decorre de méritos deste ou daquele, mas das necessidades reais do paciente.
Se este necessita de fortalecer sua fé ou de quebrar o seu orgulho, pode receber a cura mediúnica ou espiritual, e se aquele precisa submeter se a intervenções cirúrgicas, para reequilibrar sua consciência em relação com o passado, não conseguirá a cura paranormal.
Isso não depende de uma decisão momentânea de Deus, mas do que já estava determinado na estrutura de causas e efeito da vida actual da pessoa.
Trata-se de um determinismo relativo, de que causas e efeitos correspondem sempre às exigência da lei de evolução espiritual.
Nesse determinismo pode haver alterações, segundo os novos rumos que a evolução individual tomar na presente existência.
Temos de examinar esses problemas à luz da Doutrina Espírita.
Infelizmente escasseiam esses estudos entre nós, de maneira que temos sempre uma visão demasiado antropomórfica desses processos.
No Centro Espírita o problema das curas não pode restringir-se a tentativas ocasionais ou aleatórias.
Estamos numa fase de intenso desenvolvimento científico e cultura em geral e precisamos aprofundar o estudo da nossa Doutrina em evolução com todos os progressos da actualidade.
Kardec nos deixou em sua obra uma vasta herança que ainda não soubemos aproveitar.
Contentamos com um Espiritismo superficial, de tipo sectário, sem nos preocuparmos com a reflexão acurada e logicamente dirigida dos princípios doutrinários.
E quando aparece alguém, que se propõe a tratar do assunto em plano mais elevado, o que vemos são atentados à Doutrina, críticas a Kardec, tentativas ridículas de superação ou de pretensiosa actualização de uma Doutrina cujos ponteiros estão marcado as horas de vários séculos à frente.
Não perdemos ainda o hábito indígena do cocar e da tanga.
Gostamos de enfeitar a cabeça com penas coloridas de araras e apresentar-nos de tanga ante a cultura nacional.
Com a cabeça enfeitada de ideias e hipóteses da actualidade científica, acusamos Kardec de mecanicista superado, autor de teorias empoeiradas, e tentamos substituir essas teorias por outras que pertencem a milénios passados e nos proclamamos originais e actualíssimos.
A questão de méritos é nossa, e como somos sempre demasiado generosos em nosso auto julgamento, ao receber uma cura nos consideramos premiados.
Para Deus e portanto para os Espíritos Superiores, a doença é cura de nossas imperfeições e a cura é que nos predispõe para as provas que ainda teremos de enfrentar.
Por tudo isso, enganam se os médicos que encaram a terapêutica espírita hoje chamada de paranormal, como uma forma de concorrência do Espiritismo com a Medicina.
Os médiuns não podem curar o que querem e quando o querem.
Por isso Jesus empregava a expressão figurada:
“ Perdoados foram teus pecados” , quando conseguia curar alguém.
O perdão, em linguagem legal, equivale a uma suspensão da pena.
Os pecados estavam perdoados porque a pena havia chegado ao fim.
A pena não havia sido imposta por decreto e nem seria suspensa por decreto.
Nossa evolução é um processo natural de desenvolvimento de nossas potencialidades.
Aquilo que obstrui esse desenvolvimento provoca coágulos na estrutura psíquica, extremamente fluídica, gerando doenças e deficiências orgânicas.
Aquilo que facilita o desenvolvimento produz curas e possibilidades de curas.
Essas possibilidades podem resultar em curas, tanto por intervenção mediúnica quanto por intervenção médica.
A razão por que o médico falha em casos que o médium resolve, e vice versa, não decorre de méritos deste ou daquele, mas das necessidades reais do paciente.
Se este necessita de fortalecer sua fé ou de quebrar o seu orgulho, pode receber a cura mediúnica ou espiritual, e se aquele precisa submeter se a intervenções cirúrgicas, para reequilibrar sua consciência em relação com o passado, não conseguirá a cura paranormal.
Isso não depende de uma decisão momentânea de Deus, mas do que já estava determinado na estrutura de causas e efeito da vida actual da pessoa.
Trata-se de um determinismo relativo, de que causas e efeitos correspondem sempre às exigência da lei de evolução espiritual.
Nesse determinismo pode haver alterações, segundo os novos rumos que a evolução individual tomar na presente existência.
Temos de examinar esses problemas à luz da Doutrina Espírita.
Infelizmente escasseiam esses estudos entre nós, de maneira que temos sempre uma visão demasiado antropomórfica desses processos.
No Centro Espírita o problema das curas não pode restringir-se a tentativas ocasionais ou aleatórias.
Estamos numa fase de intenso desenvolvimento científico e cultura em geral e precisamos aprofundar o estudo da nossa Doutrina em evolução com todos os progressos da actualidade.
Kardec nos deixou em sua obra uma vasta herança que ainda não soubemos aproveitar.
Contentamos com um Espiritismo superficial, de tipo sectário, sem nos preocuparmos com a reflexão acurada e logicamente dirigida dos princípios doutrinários.
E quando aparece alguém, que se propõe a tratar do assunto em plano mais elevado, o que vemos são atentados à Doutrina, críticas a Kardec, tentativas ridículas de superação ou de pretensiosa actualização de uma Doutrina cujos ponteiros estão marcado as horas de vários séculos à frente.
Não perdemos ainda o hábito indígena do cocar e da tanga.
Gostamos de enfeitar a cabeça com penas coloridas de araras e apresentar-nos de tanga ante a cultura nacional.
Com a cabeça enfeitada de ideias e hipóteses da actualidade científica, acusamos Kardec de mecanicista superado, autor de teorias empoeiradas, e tentamos substituir essas teorias por outras que pertencem a milénios passados e nos proclamamos originais e actualíssimos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Correcções de Kardec surgem da terra aos montes, como as heresias do Cristianismo Primitivo, que Tertuliano dizia brotarem do chão como cogumelos.
E quando escapamos disso caímos nas actualizações, adulteração, com aprovação, aplauso e defesa de instituições antes respeitáveis.
O atrevimento desses reformadores é untado de mística piedade, ao som das ladainhas catadas pelos corais padrescos do Umbral.
E quando alguém se levanta contra isso é logo taxado de inimigo da evolução e promotor de desordens, interessado em vender os seus livros.
Não queremos, naturalmente, que no recinto humilde dos Centros dedicados exclusivamente a práticas religiosas e fraternas apareçam grandes mentalidades.
Em cada sector das actividades doutrinárias encontramos sempre criaturas abnegadas e fiéis à Doutrina, que cumprem os seus deveres.
É das Federações e Uniões que surgem os reformadores atrevidos com falações mestiças de papagaios barulhentos e místicos de olheiras fundas e voz untuosa.
Tudo isso revela uma falta assustadora de piso cultural em nosso movimento doutrinário, dando ensejo ao aparecimento de pregadores dramáticos, tipo Billy Graham, que arrebatam os ouvintes ingénuos com figuras literárias do século passado, a fronte gotejante de suor no esforço de recordar os trechos alheios decorados.
Não podemos nos esquecer da existência da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e no Brasil a Sociedade Baiana de Luiz Olímpio Teles de Menezes, o fundador da Imprensa Espírita em nossa terra; das mesmas culminâncias surgem pavões de pés grotescos e plumagem brilhantes, arrogando sabedoria e pregando como suprema verdade a incrível e estupefaciente, ilegível e incompreensível obra de Roustaing, “Os Quatros Evangelhos”, que devia ter como título uma expressão mais adequada:
“As Mil e Uma Noites” da Mistificação.
Para contrabalançar essa desgraça (falta da Graça de Deus) a Argentina nos manda “A Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo” , em que vemos o Mestre lamentar se de se haver entregado à sua vocação messiânica, reencarnado em mundos primitivos, ao invés de gozar a vidinha tranquila de Nazaré no seio da família.
Em Roustaing vemos Arcanjos Celestes punidos, com encarnações em mundos primitivos na forma de criptógamos carnudos, que seriam lesma rastejantes mas dotadas de carne humana, expediente ridículo para salvar a obra da condenação doutrinária, pois a Doutrina não admite a volta de um espírito humano em encarnação animal.
A ridícula e grosseira expressão criptógamos carnudos aparece para encobrir o absurdo.
Se esses bichos rastejantes têm carne humana, não deixaram de pertencer à espécie humana.
E toda uma Federação Nacional aceita, endossa, propaga e defende acirradamente essa proposição da mais despropositada metempsicose que já se imaginou no mundo.
A palavra criptógamo é empregada em botânica para designar os vegetais que tem os órgãos reprodutores ocultos.
Para aplicar o termo a animais, os mistificadores acrescentaram-lhe o feio adjectivo carnudo, sem respeito pela pureza e elegância da linguagem.
E o pior é que lideres do movimento espírita sabem disso, mas calam-se para não cair cizânia na praça.
A prova de incultura e falta de bom senso acrescentam a covardia moral.
Se essa teoria fosse certa, teríamos em breve os anjos routainguistas transformados em criptógamos, para descanso dos espíritas cultos ou incultos, mas de bom senso.
Os dirigentes de Centro precisam tomar conhecimento desses absurdos e lutar contra eles, porque essas invencionices ridículas atrasam o desenvolvimento da Doutrina e afastam dos Centros as pessoas que sabem pensar.
A Doutrina Espírita, Plataforma Cultural do Futuro do Mundo, é apresentada aos nossos meios culturais como um delírio místico de multidões sertanejas, aprovado e sustentado por intelectualóides citadinos.
E quando escapamos disso caímos nas actualizações, adulteração, com aprovação, aplauso e defesa de instituições antes respeitáveis.
O atrevimento desses reformadores é untado de mística piedade, ao som das ladainhas catadas pelos corais padrescos do Umbral.
E quando alguém se levanta contra isso é logo taxado de inimigo da evolução e promotor de desordens, interessado em vender os seus livros.
Não queremos, naturalmente, que no recinto humilde dos Centros dedicados exclusivamente a práticas religiosas e fraternas apareçam grandes mentalidades.
Em cada sector das actividades doutrinárias encontramos sempre criaturas abnegadas e fiéis à Doutrina, que cumprem os seus deveres.
É das Federações e Uniões que surgem os reformadores atrevidos com falações mestiças de papagaios barulhentos e místicos de olheiras fundas e voz untuosa.
Tudo isso revela uma falta assustadora de piso cultural em nosso movimento doutrinário, dando ensejo ao aparecimento de pregadores dramáticos, tipo Billy Graham, que arrebatam os ouvintes ingénuos com figuras literárias do século passado, a fronte gotejante de suor no esforço de recordar os trechos alheios decorados.
Não podemos nos esquecer da existência da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e no Brasil a Sociedade Baiana de Luiz Olímpio Teles de Menezes, o fundador da Imprensa Espírita em nossa terra; das mesmas culminâncias surgem pavões de pés grotescos e plumagem brilhantes, arrogando sabedoria e pregando como suprema verdade a incrível e estupefaciente, ilegível e incompreensível obra de Roustaing, “Os Quatros Evangelhos”, que devia ter como título uma expressão mais adequada:
“As Mil e Uma Noites” da Mistificação.
Para contrabalançar essa desgraça (falta da Graça de Deus) a Argentina nos manda “A Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo” , em que vemos o Mestre lamentar se de se haver entregado à sua vocação messiânica, reencarnado em mundos primitivos, ao invés de gozar a vidinha tranquila de Nazaré no seio da família.
Em Roustaing vemos Arcanjos Celestes punidos, com encarnações em mundos primitivos na forma de criptógamos carnudos, que seriam lesma rastejantes mas dotadas de carne humana, expediente ridículo para salvar a obra da condenação doutrinária, pois a Doutrina não admite a volta de um espírito humano em encarnação animal.
A ridícula e grosseira expressão criptógamos carnudos aparece para encobrir o absurdo.
Se esses bichos rastejantes têm carne humana, não deixaram de pertencer à espécie humana.
E toda uma Federação Nacional aceita, endossa, propaga e defende acirradamente essa proposição da mais despropositada metempsicose que já se imaginou no mundo.
A palavra criptógamo é empregada em botânica para designar os vegetais que tem os órgãos reprodutores ocultos.
Para aplicar o termo a animais, os mistificadores acrescentaram-lhe o feio adjectivo carnudo, sem respeito pela pureza e elegância da linguagem.
E o pior é que lideres do movimento espírita sabem disso, mas calam-se para não cair cizânia na praça.
A prova de incultura e falta de bom senso acrescentam a covardia moral.
Se essa teoria fosse certa, teríamos em breve os anjos routainguistas transformados em criptógamos, para descanso dos espíritas cultos ou incultos, mas de bom senso.
Os dirigentes de Centro precisam tomar conhecimento desses absurdos e lutar contra eles, porque essas invencionices ridículas atrasam o desenvolvimento da Doutrina e afastam dos Centros as pessoas que sabem pensar.
A Doutrina Espírita, Plataforma Cultural do Futuro do Mundo, é apresentada aos nossos meios culturais como um delírio místico de multidões sertanejas, aprovado e sustentado por intelectualóides citadinos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Nunca se viu no mundo coisa semelhante: um monumento de lógica e de critério científico, que veio da França pelas mãos de um sábio extremamente ponderado — o próprio bom-senso encarnado, como o chamaram e chamam ainda hoje — transformado pelos seus próprios adeptos na mais absurda moxinifada de todos os tempos.
Nem mesmo o Cristianismo foi tão aviltado.
Nesta fase de transição, em que tudo se embaralha, só nos resta a esperança dos Centros Espíritas humildes, onde criaturas sinceras não pensam em projectar-se montados em elefantes brancos.
Só da humildade e pureza do Centro Espírita poderá surgir a reacção salvadora.
Mas para isso é necessário que o Centro Espírita tome consciência e conhecimento da situação desastrosa em que nos encontramos e da necessidade de repelir as mistificações e as adulterações, com o mesmo chicote sagrado com que Jesus derrubou as mesas dos cambistas no Templo e libertou os animais destinados ao sacrifício profanador.
É necessário que os Centros se liguem entre si, formando grupos independentes, na linha tradicional da liberdade espírita, para se oporem vigorosamente a esse processo sumptuoso e petulante de deformação de desagregação da Doutrina, que os novos rabinos infiltraram no movimento espírita desprevenido.
Não podemos misturar alhos com bugalhos para dar ao povo esse produto adulterado.
Sabemos que os espíritos curam — não os médiuns — e agora quem precisa de cura é o nosso movimento doutrinário, combalido por mais de um século de infiltrações venenosas em sua frágil estrutura.
Abandonemos a pretensão de constituir uma Igreja Nova, centralizada numa Catedral Federativa, pois já vimos que turbas de clérigos, mortos, e vivos, estão sempre dispostos a invadir o novo edifício, como os espíritos obsessores da parábola voltam à casa limpa e arrumada e dela se apossam de novo, a sua condição será, então, pior do que a anterior.
As grandes instituições tendem sempre ao mandonismo, ao autoritarismo, o que não se conforma de maneira alguma e sob nenhum pretexto com os princípios democráticos do Espiritismo.
As pessoas mais simples, colocadas numa modesta posição em grande instituição, mostram-se logo arrogantes e saberetas.
A vaidade humana está sempre à espreita no coração do homem.
Logo que as circunstâncias lhe favorecem uma oportunidade, a mais humilde criatura toma atitudes arrogantes.
Nos quadros superiores da administração aparecem até mesmo os missionários, criaturas que se julgam agraciadas (não pela bondade, mas pela justiça de Deus) para comandar e salvar os outros.
Nenhum Centro pequeno e humilde se atreveria a dizer-se Casa Máter do Espiritismo, mas uma Federação se diz, arroga-se direitos que nunca possuiu nem poderia possuir e toma em suas mãos predestinadas a direcção do movimento doutrinário.
O crescimento da instituição, a subserviência das menores, que temem cair em desgraça ante homens tão importantes e sábios completam a obra da megalomania humana e tudo vai por água abaixo.
A humildade dos pobres vira fermento de grandeza se lhes dermos um palácio para morar. Até mesmo os espíritas, com as excepções naturais da regra, deixam-se facilmente empolgar pelas obras sumptuosas, não se lembram de que o Templo de Salomão foi destruído para sempre, mas o templo humilde do carpinteiro de Nazaré, destruído, reergueu-se em três dias e permanece para sempre.
Entre os problemas da cura espírita, o que mais deve nos interessar, nos trabalhos do Centro Espírita, é a cura da vaidade no coração dos homens.
Evitemos a sumptuosidade no movimento doutrinário, se quisermos que ele se conserve puro e simples.
Nada representa melhor o Espiritismo do que o Centro de chão batido e telhas vãs, bancos e mesas de paus fincados no chão, Zé Sobrinho lendo o Evangelho em mangas de camisa, na sitioca distante de São Bartolomeu, na Sorocabana.
Eu o vi, participei da reunião rústica e senti a grandeza da Doutrina Espírita entre aquela gente simples e boa.
Ali ninguém mandava e todos se uniam espontaneamente no trabalho de amor ao próximo e louvor a Deus.
J . Herculano Pires
Livro: O Centro Espírita
Capítulo X - Os Espíritos Curam
§.§.§- Ave sem Ninho
Nem mesmo o Cristianismo foi tão aviltado.
Nesta fase de transição, em que tudo se embaralha, só nos resta a esperança dos Centros Espíritas humildes, onde criaturas sinceras não pensam em projectar-se montados em elefantes brancos.
Só da humildade e pureza do Centro Espírita poderá surgir a reacção salvadora.
Mas para isso é necessário que o Centro Espírita tome consciência e conhecimento da situação desastrosa em que nos encontramos e da necessidade de repelir as mistificações e as adulterações, com o mesmo chicote sagrado com que Jesus derrubou as mesas dos cambistas no Templo e libertou os animais destinados ao sacrifício profanador.
É necessário que os Centros se liguem entre si, formando grupos independentes, na linha tradicional da liberdade espírita, para se oporem vigorosamente a esse processo sumptuoso e petulante de deformação de desagregação da Doutrina, que os novos rabinos infiltraram no movimento espírita desprevenido.
Não podemos misturar alhos com bugalhos para dar ao povo esse produto adulterado.
Sabemos que os espíritos curam — não os médiuns — e agora quem precisa de cura é o nosso movimento doutrinário, combalido por mais de um século de infiltrações venenosas em sua frágil estrutura.
Abandonemos a pretensão de constituir uma Igreja Nova, centralizada numa Catedral Federativa, pois já vimos que turbas de clérigos, mortos, e vivos, estão sempre dispostos a invadir o novo edifício, como os espíritos obsessores da parábola voltam à casa limpa e arrumada e dela se apossam de novo, a sua condição será, então, pior do que a anterior.
As grandes instituições tendem sempre ao mandonismo, ao autoritarismo, o que não se conforma de maneira alguma e sob nenhum pretexto com os princípios democráticos do Espiritismo.
As pessoas mais simples, colocadas numa modesta posição em grande instituição, mostram-se logo arrogantes e saberetas.
A vaidade humana está sempre à espreita no coração do homem.
Logo que as circunstâncias lhe favorecem uma oportunidade, a mais humilde criatura toma atitudes arrogantes.
Nos quadros superiores da administração aparecem até mesmo os missionários, criaturas que se julgam agraciadas (não pela bondade, mas pela justiça de Deus) para comandar e salvar os outros.
Nenhum Centro pequeno e humilde se atreveria a dizer-se Casa Máter do Espiritismo, mas uma Federação se diz, arroga-se direitos que nunca possuiu nem poderia possuir e toma em suas mãos predestinadas a direcção do movimento doutrinário.
O crescimento da instituição, a subserviência das menores, que temem cair em desgraça ante homens tão importantes e sábios completam a obra da megalomania humana e tudo vai por água abaixo.
A humildade dos pobres vira fermento de grandeza se lhes dermos um palácio para morar. Até mesmo os espíritas, com as excepções naturais da regra, deixam-se facilmente empolgar pelas obras sumptuosas, não se lembram de que o Templo de Salomão foi destruído para sempre, mas o templo humilde do carpinteiro de Nazaré, destruído, reergueu-se em três dias e permanece para sempre.
Entre os problemas da cura espírita, o que mais deve nos interessar, nos trabalhos do Centro Espírita, é a cura da vaidade no coração dos homens.
Evitemos a sumptuosidade no movimento doutrinário, se quisermos que ele se conserve puro e simples.
Nada representa melhor o Espiritismo do que o Centro de chão batido e telhas vãs, bancos e mesas de paus fincados no chão, Zé Sobrinho lendo o Evangelho em mangas de camisa, na sitioca distante de São Bartolomeu, na Sorocabana.
Eu o vi, participei da reunião rústica e senti a grandeza da Doutrina Espírita entre aquela gente simples e boa.
Ali ninguém mandava e todos se uniam espontaneamente no trabalho de amor ao próximo e louvor a Deus.
J . Herculano Pires
Livro: O Centro Espírita
Capítulo X - Os Espíritos Curam
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
CONSCIÊNCIA, RESPEITO E CARÁCTER.
A eleição dos valores ético-morais e a identificação dos objectivos da vida, bem como a selecção das qualidades que estabelecem os critérios formadores do ser, caracterizam o surgimento da consciência.
A sua vigência e desenvolvimento decorrem dos episódios que se repetem, produzindo a fixação das conquistas encarregadas de incrementar o progresso do espírito, sem demorados estágios nas províncias do sofrimento, que é legado da ignorância.
Toda realização pensada, sentida e cultivada, dá surgimento à memória, que imprime as impressões mais fortemente experimentadas.
A criatura humana deve preocupar-se, no bom sentido, com as emoções e acontecimentos positivos, de forma a guardar memórias que contribuam, por estímulos, para o próprio engrandecimento, para a harmonia pessoal.
Acossada, porém, pelo medo e pelo costumeiro pessimismo, que se atribui contínuas desventuras, passa com ligeireza emocional pelas alegrias, enquanto se detém nos desencantos.
Convidada aos padrões de bem-estar, busca com sofreguidão o auto-flagelo, utilizando-se de mecanismos masoquistas para inspirar compaixão, quando possui equipamentos preciosos que fomentam e despertam o amor.
Nega-se, por sistemática ausência de consciência, a empolgar-se com a luz, a beleza, o sentido da vida, entregando-se aos caprichos da rebeldia, filha dileta do egoísmo insatisfeito.
Acreditando tudo merecer, atribui-se méritos que não possui e recusa-se a conquistá-los.
Compara-se com aqueloutros que vê sem diferentes patamares, sem dar-se ao cuidado de examinar os sacrifícios que foram investidos, ou que sentem, quem lá se encontra, estabelecendo conceitos de felicidade, conforme pensa que as outras usufruem.
Este é um estágio que remanesce do primitivismo do instinto, antes da fixação da consciência.
Aprisiona-se aos atavismos dos quais se deveria libertar, e cerra as possibilidades que lhe facultam os voos mais altos do sentimento e da razão.
A alternativa da desdita e a perturbação da consciência tornam-se inevitáveis, gerando um comportamento que conduz à alienação.
A consciência é uma conquista iluminativa.
A sua preservação resulta do esforço que estabelece o carácter do ser.
Todos os seres passam pelos mesmos caminhos e experimentam equivalentes desafios.
O comportamento, em cada teste, oferece a promoção ou o estacionamento indispensável à fixação da aprendizagem.
A conquista, portanto, do progresso, é pessoal e intransferível, o que é lei de justiça e de equanimidade.
Cada um ascende através dos impulsos sacrificiais que desenvolva.
Fixa, nos painéis da memória, os teus momentos de júbilo, por mais insignificantes sejam.
A sucessão deles dar-te-á uma vasta cópia de emoções estimuladoras para o bem.
Esquece os insucessos, após considerares os resultados proveitosos que podes haurir.
Quando algo de bom, de positivo te aconteça, comenta sem estardalhaço, revive e deixa-te penetrar pelo seu significado edificante.
Quando fores visitado pela amargura, o desencanto, a dor ou a decepção, procura superar a vicissitude e avança na busca de novos relacionamentos, evitando conservar ressentimentos e detalhes infelizes.
Não persistas nos comentários desagradáveis, que sempre ressumam infelicidade.
Por hábito doentio, as pessoas se fixam nas ocorrências malsãs, abandonando as lembranças saudáveis.
Perdem, assim, as memórias superiores e acumulam as reminiscências perturbadoras, que ocupam os espaços mentais e emocionais, bloqueando as amplas áreas de desenvolvimento da consciência.
Os episódios de consciência, de pequeno ou grande porte, formam o carácter que é a linha mestra de conduta para a vida.
A consciência consegue descobrir os valores mais insignificantes e torná-los estímulos positivos para outras conquistas.
A decisão e o esforço empregados para alcançar novas metas evolutivas desenvolvem o carácter moral, sem o qual falham os mais bem elaborados planos de triunfo.
O carácter saudável, disciplinado e responsável define o homem de bem, verdadeiro protótipo, que não se detém nem desiste quando lhe surgem obstáculos tentando dificultar-lhe o avanço.
Necessitas levar adiante os planos bons, de desenvolvimento moral e espiritual, já registados pela tua consciência.
Não dês trégua à indolência, nem te apoies em evasivas ou justificativas irrelevantes.
Identificado o dever, acorre a ele e executa-o.
Realmente preocupado com o progresso do Espírito, Allan Kardec indagou aos Mentores Elevados, segundo consta da questão n° 674 de O Livro dos Espíritos:
-A necessidade do trabalho é lei da natureza?
-O trabalho é lei da natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidade e os gozos.
§.§.§- Ave sem Ninho
A sua vigência e desenvolvimento decorrem dos episódios que se repetem, produzindo a fixação das conquistas encarregadas de incrementar o progresso do espírito, sem demorados estágios nas províncias do sofrimento, que é legado da ignorância.
Toda realização pensada, sentida e cultivada, dá surgimento à memória, que imprime as impressões mais fortemente experimentadas.
A criatura humana deve preocupar-se, no bom sentido, com as emoções e acontecimentos positivos, de forma a guardar memórias que contribuam, por estímulos, para o próprio engrandecimento, para a harmonia pessoal.
Acossada, porém, pelo medo e pelo costumeiro pessimismo, que se atribui contínuas desventuras, passa com ligeireza emocional pelas alegrias, enquanto se detém nos desencantos.
Convidada aos padrões de bem-estar, busca com sofreguidão o auto-flagelo, utilizando-se de mecanismos masoquistas para inspirar compaixão, quando possui equipamentos preciosos que fomentam e despertam o amor.
Nega-se, por sistemática ausência de consciência, a empolgar-se com a luz, a beleza, o sentido da vida, entregando-se aos caprichos da rebeldia, filha dileta do egoísmo insatisfeito.
Acreditando tudo merecer, atribui-se méritos que não possui e recusa-se a conquistá-los.
Compara-se com aqueloutros que vê sem diferentes patamares, sem dar-se ao cuidado de examinar os sacrifícios que foram investidos, ou que sentem, quem lá se encontra, estabelecendo conceitos de felicidade, conforme pensa que as outras usufruem.
Este é um estágio que remanesce do primitivismo do instinto, antes da fixação da consciência.
Aprisiona-se aos atavismos dos quais se deveria libertar, e cerra as possibilidades que lhe facultam os voos mais altos do sentimento e da razão.
A alternativa da desdita e a perturbação da consciência tornam-se inevitáveis, gerando um comportamento que conduz à alienação.
A consciência é uma conquista iluminativa.
A sua preservação resulta do esforço que estabelece o carácter do ser.
Todos os seres passam pelos mesmos caminhos e experimentam equivalentes desafios.
O comportamento, em cada teste, oferece a promoção ou o estacionamento indispensável à fixação da aprendizagem.
A conquista, portanto, do progresso, é pessoal e intransferível, o que é lei de justiça e de equanimidade.
Cada um ascende através dos impulsos sacrificiais que desenvolva.
Fixa, nos painéis da memória, os teus momentos de júbilo, por mais insignificantes sejam.
A sucessão deles dar-te-á uma vasta cópia de emoções estimuladoras para o bem.
Esquece os insucessos, após considerares os resultados proveitosos que podes haurir.
Quando algo de bom, de positivo te aconteça, comenta sem estardalhaço, revive e deixa-te penetrar pelo seu significado edificante.
Quando fores visitado pela amargura, o desencanto, a dor ou a decepção, procura superar a vicissitude e avança na busca de novos relacionamentos, evitando conservar ressentimentos e detalhes infelizes.
Não persistas nos comentários desagradáveis, que sempre ressumam infelicidade.
Por hábito doentio, as pessoas se fixam nas ocorrências malsãs, abandonando as lembranças saudáveis.
Perdem, assim, as memórias superiores e acumulam as reminiscências perturbadoras, que ocupam os espaços mentais e emocionais, bloqueando as amplas áreas de desenvolvimento da consciência.
Os episódios de consciência, de pequeno ou grande porte, formam o carácter que é a linha mestra de conduta para a vida.
A consciência consegue descobrir os valores mais insignificantes e torná-los estímulos positivos para outras conquistas.
A decisão e o esforço empregados para alcançar novas metas evolutivas desenvolvem o carácter moral, sem o qual falham os mais bem elaborados planos de triunfo.
O carácter saudável, disciplinado e responsável define o homem de bem, verdadeiro protótipo, que não se detém nem desiste quando lhe surgem obstáculos tentando dificultar-lhe o avanço.
Necessitas levar adiante os planos bons, de desenvolvimento moral e espiritual, já registados pela tua consciência.
Não dês trégua à indolência, nem te apoies em evasivas ou justificativas irrelevantes.
Identificado o dever, acorre a ele e executa-o.
Realmente preocupado com o progresso do Espírito, Allan Kardec indagou aos Mentores Elevados, segundo consta da questão n° 674 de O Livro dos Espíritos:
-A necessidade do trabalho é lei da natureza?
-O trabalho é lei da natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidade e os gozos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Adão e Eva, “pecado”, “castigo”, “culpa” e o livre arbítrio
É ingénuo crermos no “pecado”, qualificado dogmaticamente como uma ofensa contra Deus, que por sua vez revida mediante o tal “castigo” que inflige ao “pecador”.
Ora, vejamos que Deus não se ofende com os equívocos das suas criaturas em processo de evolução.
Em face disso o tal “castigo” não é e nem pode ser uma espécie de vingança ou uma actividade pessoal do Criador (antropomórfico) para penitenciar o “pecador”.
Deus não pune; Deus AMA!
Sobre isso, Jesus inovou o pensamento teológico ao apresentar Deus como um pai bondoso e justo, em substituição à divindade colérica, vingativa e caprichosa dos povos ancestrais.
Na verdade, o indigesto dogma do “pecado” foi criado pela senil e heterónoma teologia humana.
Advém dos espectáculos mitológicos protagonizados por Adão e Eva que, supostamente, teriam desobedecido a uma ordem divina e atraíram para si e para toda humanidade uma maldição que implicaria em toda sorte de males, dores, erros, crimes e tudo quanto fosse ruim.
Daí a pueril crença do “pecado original” na Terra, com a represália divina entre os homens através das doenças, da morte e todo tipo de contradição.
Vagando por essas crendices, afirma-se que já nascemos “culpados”, que somos “pecadores”, que temos o DNA da transgressão, tudo isso por causa do escandaloso casal adâmico da velha mitologia.
Garantem os arautos de tais imposições dogmáticas que se há injustiça no mundo, se crianças nascem defeituosas, se existe guerra, fome, tragédias e muita malignidade, tudo é culpa do “pecado original”; portanto, tudo procedente dos lendários Adão e Eva.
Perante a Lei de justiça divina, o adepto do Espiritismo recusa a ideia de transferência de responsabilidade dos actos errados dos outros, pois cada um é responsável por si naquilo que deliberar empreender.
Pela lei da reencarnação, todos trazemos ao renascer as matrizes das imperfeições que mantemos.
Deste modo, transportamos os germens dos defeitos que não superamos que se traduzem pelos instintos naturais e tendências para tal ou qual acção.
É esse o sentido racional para o tal “pecado original”, ou seja, escolhemos sempre as experiências provacionais a fim de superá-las.
Quando nos desviamos do amor escolhendo arrastar-nos pelas paixões, entramos em rota de colisão com as Leis Divinas (inscritas na consciência) e criamos para nós o psiquismo desarmónico, mantendo as deficiências do senso moral.
Ao desencarnarmos arrastamos para o mundo espiritual todas as imperfeições e ao renascermos trazemos as desarmonias conscienciais como tendências naturais.
O anseio íntimo pela liberdade consciencial rejeita o dogma do “pecado original” e da vassalagem cega à Deus.
Reencarnamos muitas vezes na Terra ou em outros orbes realizando nosso aperfeiçoamento moral.
Recordemos que no princípio de nossa evolução humana éramos “simples e ignorantes” (sem qualquer “pecado original”) e pela evolução chegaremos à perfeição moral.
Portanto, penetramos na humanidade sob o manto de purezas e simplicidades; dessa forma, tornamo-nos, gradualmente, senhores e únicos depositários da consciência, cuja lesão ou bem-estar não dependem, definitivamente, senão de nossa vontade e das disposições do nosso livre-arbítrio.
O comportamento livremente deliberado acarreta consequências naturais.
Se transgredimos as leis divinas da consciência atraímos consequências naturais e desagradáveis na medida da imperfeição moral que mantemos.
Por isso, jamais devemos nos entender injustiçados ou apenados nas ocorrências da vida.
E nem perseguidos, e muito menos punidos.
“A cada existência temos os meios de nos redimir pela reparação e de progredirmos, quer despojando-nos de alguma imperfeição, quer adquirindo novos conhecimentos, e assim, até que suficientemente aperfeiçoados, não necessitemos mais da vida corporal e possamos viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada.”[1]
Somos reflexos das nossas livres escolhas, porém, inevitavelmente, somos por Deus, amorosa e sabiamente, conduzidos rumo à suprema felicidade, sempre na conformidade dos caminhos que sem coação elegermos através do uso cabal do livre-arbítrio.
Jorge Hessen
§.§.§- Ave sem Ninho
Ora, vejamos que Deus não se ofende com os equívocos das suas criaturas em processo de evolução.
Em face disso o tal “castigo” não é e nem pode ser uma espécie de vingança ou uma actividade pessoal do Criador (antropomórfico) para penitenciar o “pecador”.
Deus não pune; Deus AMA!
Sobre isso, Jesus inovou o pensamento teológico ao apresentar Deus como um pai bondoso e justo, em substituição à divindade colérica, vingativa e caprichosa dos povos ancestrais.
Na verdade, o indigesto dogma do “pecado” foi criado pela senil e heterónoma teologia humana.
Advém dos espectáculos mitológicos protagonizados por Adão e Eva que, supostamente, teriam desobedecido a uma ordem divina e atraíram para si e para toda humanidade uma maldição que implicaria em toda sorte de males, dores, erros, crimes e tudo quanto fosse ruim.
Daí a pueril crença do “pecado original” na Terra, com a represália divina entre os homens através das doenças, da morte e todo tipo de contradição.
Vagando por essas crendices, afirma-se que já nascemos “culpados”, que somos “pecadores”, que temos o DNA da transgressão, tudo isso por causa do escandaloso casal adâmico da velha mitologia.
Garantem os arautos de tais imposições dogmáticas que se há injustiça no mundo, se crianças nascem defeituosas, se existe guerra, fome, tragédias e muita malignidade, tudo é culpa do “pecado original”; portanto, tudo procedente dos lendários Adão e Eva.
Perante a Lei de justiça divina, o adepto do Espiritismo recusa a ideia de transferência de responsabilidade dos actos errados dos outros, pois cada um é responsável por si naquilo que deliberar empreender.
Pela lei da reencarnação, todos trazemos ao renascer as matrizes das imperfeições que mantemos.
Deste modo, transportamos os germens dos defeitos que não superamos que se traduzem pelos instintos naturais e tendências para tal ou qual acção.
É esse o sentido racional para o tal “pecado original”, ou seja, escolhemos sempre as experiências provacionais a fim de superá-las.
Quando nos desviamos do amor escolhendo arrastar-nos pelas paixões, entramos em rota de colisão com as Leis Divinas (inscritas na consciência) e criamos para nós o psiquismo desarmónico, mantendo as deficiências do senso moral.
Ao desencarnarmos arrastamos para o mundo espiritual todas as imperfeições e ao renascermos trazemos as desarmonias conscienciais como tendências naturais.
O anseio íntimo pela liberdade consciencial rejeita o dogma do “pecado original” e da vassalagem cega à Deus.
Reencarnamos muitas vezes na Terra ou em outros orbes realizando nosso aperfeiçoamento moral.
Recordemos que no princípio de nossa evolução humana éramos “simples e ignorantes” (sem qualquer “pecado original”) e pela evolução chegaremos à perfeição moral.
Portanto, penetramos na humanidade sob o manto de purezas e simplicidades; dessa forma, tornamo-nos, gradualmente, senhores e únicos depositários da consciência, cuja lesão ou bem-estar não dependem, definitivamente, senão de nossa vontade e das disposições do nosso livre-arbítrio.
O comportamento livremente deliberado acarreta consequências naturais.
Se transgredimos as leis divinas da consciência atraímos consequências naturais e desagradáveis na medida da imperfeição moral que mantemos.
Por isso, jamais devemos nos entender injustiçados ou apenados nas ocorrências da vida.
E nem perseguidos, e muito menos punidos.
“A cada existência temos os meios de nos redimir pela reparação e de progredirmos, quer despojando-nos de alguma imperfeição, quer adquirindo novos conhecimentos, e assim, até que suficientemente aperfeiçoados, não necessitemos mais da vida corporal e possamos viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada.”[1]
Somos reflexos das nossas livres escolhas, porém, inevitavelmente, somos por Deus, amorosa e sabiamente, conduzidos rumo à suprema felicidade, sempre na conformidade dos caminhos que sem coação elegermos através do uso cabal do livre-arbítrio.
Jorge Hessen
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Médiuns Sensacionalistas
A frase de João Baptista:
“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua”, tem actualidade no comportamento dos médiuns de todas as épocas, especialmente em nossos dias tumultuados.
À semelhança do preparador das veredas, o médium deve diminuir, na razão directa em que o serviço cresça, controlando o personalismo, a fim de que os objectivos a que se entrega assumam o lugar que lhes cabe.
A mediunidade é faculdade neutra, a que os valores morais do seu possuidor oferecem qualificação.
Posta a serviço do sensacionalismo entorpece os centros de registo e decompõe-se.
Igualmente, em razão do uso desgovernado a que vai submetida, passa ao comando de Entidades, perversas e frívolas, que se comprazem em comprometer o invigilante, levando-o a estados de desequilíbrio como de ridículo, por fim, ao largo do tempo, empurrando o médium para lamentáveis obsessões.
Entre os gravames que a mediunidade enfrenta, a vaidade e o personalismo do homem adquirem posição de relevo, desviando-o do rumo traçado, conduzindo-o ao sensacionalismo inquietante e consumidor.
Neste caso. o recolhimento, a serenidade e o equilíbrio que devem caracterizar o comportamento psíquico do médium cedem lugar à inquietação, à ansiedade, aos movimentos irregulares das atracções externas, passando a sofrer de irritação, devaneios, e à crença de que repentinamente se tornou pessoal especial, irrepreensível e irreprochável, não tendo ouvidos para a sensatez nem discernimento para a equidade.
Torna-se absorvido pelos pensamentos de vanglória, e, disputado pelos irresponsáveis que lhe incensam o orgulho, levam-no à lenta alucinação, que o atira ao abismo da loucura.
A faculdade mediúnica é transitória como outra qualquer, devendo ser preservada mediante o esforço moral de seu possuidor, assim tornando-se simpático aos Bons Espíritos que o inspiram à humildade, à renuncia, à abnegação.
Quando ao personalismo sensacionalista domina o psiquismo do homem, naturalmente que o aturde, tornando-se mais grave nos sensores mediúnicos cuja constituição delicada se desarticula ao impacto dos choques vibratórios dos indivíduos desajustados e das massas esfaimadas, insaciadas, sempre à cata de novidades e variações, sem assumirem compromissos dignificantes.
S. João Bosco, portador de excelentes faculdades mediúnicas, resguardava-as da curiosidade popular, utilizando-as com discrição nas finalidades superiores.
Santa Brigida, da Suécia, que possuía variadas expressões mediúnicas, mantinha o pudor da humildade, ao narrar os fenómenos de que se fazia objecto.
José de Anchieta, médium admirável e curador eficiente, agia com equilíbrio cristão, buscando sempre transferir para Jesus os resultados das suas acções positivas.
S. Pedro de Alcântara, virtuoso médium possuidor de vários “dons”, ocultava-os, a fim de servir, apagado, enquanto o Senhor, por seu intermédio, se engrandecia.
Santa Clara de Montefalco procurava não despertar curiosidade para os fenómenos mediúnicos de que era instrumento, atribuindo-os todos à graça divina de que se reconhecia sem merecimento.
Os médiuns que cooperaram na Codificação do Espiritismo, sensatamente anularam-se, a fim de que a Doutrina fixasse nas almas e vidas as bases da verdade e do amor como formas para a aquisição dos valores espirituais libertadores.
Todo sensacionalismo altera a face do facto e adultera-lhe o conteúdo.
Quando este se expressa no fenómeno mediúnico corrompe-o, descaracteriza-o e põe-no a serviço da frivolidade.
Todos quantos se permitiram, na mediunidade, o engano do sensacionalismo, não obstante as justificações sob as quais se resguardam, desceram as rampas do fracasso, enganados e enganando aqueles que se deixaram fascinar pelos seus espectáculos, nos quais, o ridículo passou a figurar.
O tempo, este lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e demonstrar que a “árvore” que o Pai não plantou “termina” por ser arrancada.
Quando tais aficionados da mediunidade bulhenta se derem conta do erro, caso isto venha acontecer, na Terra, possivelmente, o caminho de retorno à sensatez estará muito longo e o sacrifício para percorrê-lo os desencorajará.
Diante do sensacionalismo mediúnico, recordemo-nos de Jesus, que após os admiráveis fenómenos de socorro às massas jamais aceitava o aplauso, as homenagens e gratulações dos beneficiários, recolhendo-se à solidão para, no silêncio, orar, louvando e agradecendo ao Pai, a Eterna Fonte geradora do Bem.
Vianna de Carvalho
Mensagem psicografada por Divaldo P. Franco em 1989, transcrita em o Reformador.
§.§.§- Ave sem Ninho
“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua”, tem actualidade no comportamento dos médiuns de todas as épocas, especialmente em nossos dias tumultuados.
À semelhança do preparador das veredas, o médium deve diminuir, na razão directa em que o serviço cresça, controlando o personalismo, a fim de que os objectivos a que se entrega assumam o lugar que lhes cabe.
A mediunidade é faculdade neutra, a que os valores morais do seu possuidor oferecem qualificação.
Posta a serviço do sensacionalismo entorpece os centros de registo e decompõe-se.
Igualmente, em razão do uso desgovernado a que vai submetida, passa ao comando de Entidades, perversas e frívolas, que se comprazem em comprometer o invigilante, levando-o a estados de desequilíbrio como de ridículo, por fim, ao largo do tempo, empurrando o médium para lamentáveis obsessões.
Entre os gravames que a mediunidade enfrenta, a vaidade e o personalismo do homem adquirem posição de relevo, desviando-o do rumo traçado, conduzindo-o ao sensacionalismo inquietante e consumidor.
Neste caso. o recolhimento, a serenidade e o equilíbrio que devem caracterizar o comportamento psíquico do médium cedem lugar à inquietação, à ansiedade, aos movimentos irregulares das atracções externas, passando a sofrer de irritação, devaneios, e à crença de que repentinamente se tornou pessoal especial, irrepreensível e irreprochável, não tendo ouvidos para a sensatez nem discernimento para a equidade.
Torna-se absorvido pelos pensamentos de vanglória, e, disputado pelos irresponsáveis que lhe incensam o orgulho, levam-no à lenta alucinação, que o atira ao abismo da loucura.
A faculdade mediúnica é transitória como outra qualquer, devendo ser preservada mediante o esforço moral de seu possuidor, assim tornando-se simpático aos Bons Espíritos que o inspiram à humildade, à renuncia, à abnegação.
Quando ao personalismo sensacionalista domina o psiquismo do homem, naturalmente que o aturde, tornando-se mais grave nos sensores mediúnicos cuja constituição delicada se desarticula ao impacto dos choques vibratórios dos indivíduos desajustados e das massas esfaimadas, insaciadas, sempre à cata de novidades e variações, sem assumirem compromissos dignificantes.
S. João Bosco, portador de excelentes faculdades mediúnicas, resguardava-as da curiosidade popular, utilizando-as com discrição nas finalidades superiores.
Santa Brigida, da Suécia, que possuía variadas expressões mediúnicas, mantinha o pudor da humildade, ao narrar os fenómenos de que se fazia objecto.
José de Anchieta, médium admirável e curador eficiente, agia com equilíbrio cristão, buscando sempre transferir para Jesus os resultados das suas acções positivas.
S. Pedro de Alcântara, virtuoso médium possuidor de vários “dons”, ocultava-os, a fim de servir, apagado, enquanto o Senhor, por seu intermédio, se engrandecia.
Santa Clara de Montefalco procurava não despertar curiosidade para os fenómenos mediúnicos de que era instrumento, atribuindo-os todos à graça divina de que se reconhecia sem merecimento.
Os médiuns que cooperaram na Codificação do Espiritismo, sensatamente anularam-se, a fim de que a Doutrina fixasse nas almas e vidas as bases da verdade e do amor como formas para a aquisição dos valores espirituais libertadores.
Todo sensacionalismo altera a face do facto e adultera-lhe o conteúdo.
Quando este se expressa no fenómeno mediúnico corrompe-o, descaracteriza-o e põe-no a serviço da frivolidade.
Todos quantos se permitiram, na mediunidade, o engano do sensacionalismo, não obstante as justificações sob as quais se resguardam, desceram as rampas do fracasso, enganados e enganando aqueles que se deixaram fascinar pelos seus espectáculos, nos quais, o ridículo passou a figurar.
O tempo, este lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e demonstrar que a “árvore” que o Pai não plantou “termina” por ser arrancada.
Quando tais aficionados da mediunidade bulhenta se derem conta do erro, caso isto venha acontecer, na Terra, possivelmente, o caminho de retorno à sensatez estará muito longo e o sacrifício para percorrê-lo os desencorajará.
Diante do sensacionalismo mediúnico, recordemo-nos de Jesus, que após os admiráveis fenómenos de socorro às massas jamais aceitava o aplauso, as homenagens e gratulações dos beneficiários, recolhendo-se à solidão para, no silêncio, orar, louvando e agradecendo ao Pai, a Eterna Fonte geradora do Bem.
Vianna de Carvalho
Mensagem psicografada por Divaldo P. Franco em 1989, transcrita em o Reformador.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Entendendo o Desdobramento
De forma muito simplificada, desdobramento é a capacidade inerente a todo ser humano de projectar sua consciência para fora do corpo físico, fazendo uso dos corpos subtis para manifestação.
Esse assunto é tratado no Livro dos Espíritos, Capítulo VIII, “Emancipação da Alma”, de onde retiraremos algumas questões para esclarecer o leitor acerca do tema.
Questão 401 LE – Durante o sono, a alma repousa com o corpo?
Resposta – Não, o Espírito jamais está inactivo.
Durante o sono, os laços que o unem ao corpo se relaxam, e o corpo não necessita do Espírito.
Então, ele percorre o espaço e entre em relação mais directa com os outros Espíritos.
Questão 402 LE – Como podemos apreciar a liberdade do Espírito durante o sono?
Resposta – Pelos sonhos.
Crede, enquanto o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdade do que na vigília.
Tem o conhecimento do passado e, algumas vezes, previsão do futuro.
Adquire maior energia e pode entrar em comunicação com os outros Espíritos, seja neste mundo, seja em outro.
Muitas vezes, dizes:
Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nada de verossímil; enganas-te, é frequentemente uma lembrança dos lugares e das coisas que vistes e verás em uma outra existência ou em um outro momento.
Estando o corpo entorpecido, o Espírito esforça-se por quebrar seus grilhões, procurando no passado e no futuro [...].
O sono liberta, em parte, a alma do corpo.
Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que o homem se encontra, de maneira fixa, depois da morte [...].
O sonho é a lembrança do que vosso Espírito viu durante o sono.
Notai, porém, que não sonhais sempre porque não recordais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes.
Vossa alma não está em pleno desdobramento.
Não é, muitas vezes, senão a lembrança da perturbação que acompanha vossa partida ou vossa volta, à qual se junta a do que fizeste ou do que vos preocupou no estado de vigília.
Sem isso, como explicareis esses sonhos absurdos que têm os sábios, assim como os mais simples?
Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.
Questão 403 – Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?
Resposta – No que tu chamas de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento.
Aí ele recobra um pouca de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são caros, seja neste mundo, seja em outros.
Todavia, como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque este não a recebeu pelos órgãos do corpo.
Questão 407 – O sono completo é necessário para a emancipação do Espírito?
Resposta – Não, o Espírito recobra sua liberdade quando os sentidos se entorpecem; ele aproveita, para se emancipar, de todos os instantes de repouso que o corpo lhe dá.
Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, e quanto mais o corpo está enfraquecido, mais o Espírito está livre.
Esse assunto é tratado no Livro dos Espíritos, Capítulo VIII, “Emancipação da Alma”, de onde retiraremos algumas questões para esclarecer o leitor acerca do tema.
Questão 401 LE – Durante o sono, a alma repousa com o corpo?
Resposta – Não, o Espírito jamais está inactivo.
Durante o sono, os laços que o unem ao corpo se relaxam, e o corpo não necessita do Espírito.
Então, ele percorre o espaço e entre em relação mais directa com os outros Espíritos.
Questão 402 LE – Como podemos apreciar a liberdade do Espírito durante o sono?
Resposta – Pelos sonhos.
Crede, enquanto o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdade do que na vigília.
Tem o conhecimento do passado e, algumas vezes, previsão do futuro.
Adquire maior energia e pode entrar em comunicação com os outros Espíritos, seja neste mundo, seja em outro.
Muitas vezes, dizes:
Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nada de verossímil; enganas-te, é frequentemente uma lembrança dos lugares e das coisas que vistes e verás em uma outra existência ou em um outro momento.
Estando o corpo entorpecido, o Espírito esforça-se por quebrar seus grilhões, procurando no passado e no futuro [...].
O sono liberta, em parte, a alma do corpo.
Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que o homem se encontra, de maneira fixa, depois da morte [...].
O sonho é a lembrança do que vosso Espírito viu durante o sono.
Notai, porém, que não sonhais sempre porque não recordais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes.
Vossa alma não está em pleno desdobramento.
Não é, muitas vezes, senão a lembrança da perturbação que acompanha vossa partida ou vossa volta, à qual se junta a do que fizeste ou do que vos preocupou no estado de vigília.
Sem isso, como explicareis esses sonhos absurdos que têm os sábios, assim como os mais simples?
Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.
Questão 403 – Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?
Resposta – No que tu chamas de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento.
Aí ele recobra um pouca de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são caros, seja neste mundo, seja em outros.
Todavia, como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque este não a recebeu pelos órgãos do corpo.
Questão 407 – O sono completo é necessário para a emancipação do Espírito?
Resposta – Não, o Espírito recobra sua liberdade quando os sentidos se entorpecem; ele aproveita, para se emancipar, de todos os instantes de repouso que o corpo lhe dá.
Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, e quanto mais o corpo está enfraquecido, mais o Espírito está livre.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Questão 412 – A actividade do Espírito durante o repouso ou o sono do corpo, pode fazê-lo experimentar fadiga, quando retorna?
Resposta – Sim, porque o Espírito tem um corpo, como o balão cativo tem um poste.
Ora, da mesma forma que a agitação do balão abala o poste, a actividade do Espírito reage sobre o corpo e pode fazê-lo experimentar fadiga.
Questão 413 – Do princípio da emancipação da alma durante o sono, parece resultar que temos uma dupla e simultânea existência:
a do corpo que nos dá a vida de relação exterior e a da alma que nos dá a vida de relação oculta; isto é exacto?
Resposta – No estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à vida da alma; mas não são, propriamente falando, duas existências: são mais duas fases da mesma existência, porque o homem não vive duplamente.
Diante de tais questões e respostas, entende-se, em primeiro lugar, que o Espírito busca a liberdade sempre que o corpo físico se encontra em estado de sonolência ou durante o sono propriamente.
Importante perceber que o sono absoluto não é necessário para que esse desdobramento ocorra.
Quando desdobrado, o Espírito pode visitar passado ou futuro, pessoas que hoje nos são conhecidas e aquelas das quais não mais nos recordamos, bem como estar com vivos ou desencarnados.
Desdobrar-se é estar fisicamente em repouso, com seu Espírito plenamente activo, visto que ele não precisa de descanso e nunca se mantém inactivo.
Geralmente são os sonhos que nos dão a ideia dos lugares percorridos durante o sono, mas nem sempre são lembrados.
Claro que há ocasiões em que, durante o estado de desdobramento, efectuam-se diversas actividades muito proveitosas e edificantes para o Espírito.
Pode-se citar que em desdobramento, o Espírito pode observar, participar e aprender fora de sua corpo físico, bem como, consequentemente, verificar a realidade do mundo espiritual.
Também pode auxiliar doentes, sejam eles encarnados ou desencarnados, podem encontra-se com pessoas querida e até mesmo realizar desobsessões extra-físicas.
Essas assistências prestadas durante o desdobramento constituem-se nas grandes utilidades do “fenómeno”.
É o que explica André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, dizendo, em relação a essa assistência, que os desdobrados “efectuam incursões nos planos do espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Benfeitores da Espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra-física”.
Importante que se frise que o desdobramento exige prudência, não recomendando-se que ele seja forçado, já que o “fenómeno” nos coloca diante da realidade espiritual, e nesse contexto, não há forma de fugir da nossa afinidade espiritual.
Sendo assim, àqueles que buscam desenvolver tal faculdade, devem primeiramente reformar-se intimamente, a fim de tornar a experiência sempre edificante, e não um conglomerado de desacertos.
Não menos importante que isso, é sempre nos lembramos que levamos connosco, em desdobramento, os pensamentos que tivemos nos últimos momentos antes do repouso, nossas atitudes diárias, por isso, é de suma importância que antes de adormecer mantenhamos pensamentos bons, elevados, pedindo protecção para nós e para os outros, colocando-se a disposição da Espiritualidade para a actividade de nosso merecimento, desde “simplesmente” participar de estudos no mundo espiritual, até prestarmos auxílio àqueles que dele necessitem.
Desdobrar-se, como dito no início do artigo, é faculdade de todo ser humano, mas seu desenvolvimento demanda responsabilidade e dedicação do médium, e deve ser tratada de forma séria e coerente, e não ser vista como uma viagem fora do corpo, sem objectivos e sem cuidados.
Sejamos vigilantes, acordados ou adormecidos.
Sejamos pessoas melhores.
Os mundos todos agradecem!
Rafaela Paes
§.§.§- Ave sem Ninho
Resposta – Sim, porque o Espírito tem um corpo, como o balão cativo tem um poste.
Ora, da mesma forma que a agitação do balão abala o poste, a actividade do Espírito reage sobre o corpo e pode fazê-lo experimentar fadiga.
Questão 413 – Do princípio da emancipação da alma durante o sono, parece resultar que temos uma dupla e simultânea existência:
a do corpo que nos dá a vida de relação exterior e a da alma que nos dá a vida de relação oculta; isto é exacto?
Resposta – No estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à vida da alma; mas não são, propriamente falando, duas existências: são mais duas fases da mesma existência, porque o homem não vive duplamente.
Diante de tais questões e respostas, entende-se, em primeiro lugar, que o Espírito busca a liberdade sempre que o corpo físico se encontra em estado de sonolência ou durante o sono propriamente.
Importante perceber que o sono absoluto não é necessário para que esse desdobramento ocorra.
Quando desdobrado, o Espírito pode visitar passado ou futuro, pessoas que hoje nos são conhecidas e aquelas das quais não mais nos recordamos, bem como estar com vivos ou desencarnados.
Desdobrar-se é estar fisicamente em repouso, com seu Espírito plenamente activo, visto que ele não precisa de descanso e nunca se mantém inactivo.
Geralmente são os sonhos que nos dão a ideia dos lugares percorridos durante o sono, mas nem sempre são lembrados.
Claro que há ocasiões em que, durante o estado de desdobramento, efectuam-se diversas actividades muito proveitosas e edificantes para o Espírito.
Pode-se citar que em desdobramento, o Espírito pode observar, participar e aprender fora de sua corpo físico, bem como, consequentemente, verificar a realidade do mundo espiritual.
Também pode auxiliar doentes, sejam eles encarnados ou desencarnados, podem encontra-se com pessoas querida e até mesmo realizar desobsessões extra-físicas.
Essas assistências prestadas durante o desdobramento constituem-se nas grandes utilidades do “fenómeno”.
É o que explica André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, dizendo, em relação a essa assistência, que os desdobrados “efectuam incursões nos planos do espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Benfeitores da Espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra-física”.
Importante que se frise que o desdobramento exige prudência, não recomendando-se que ele seja forçado, já que o “fenómeno” nos coloca diante da realidade espiritual, e nesse contexto, não há forma de fugir da nossa afinidade espiritual.
Sendo assim, àqueles que buscam desenvolver tal faculdade, devem primeiramente reformar-se intimamente, a fim de tornar a experiência sempre edificante, e não um conglomerado de desacertos.
Não menos importante que isso, é sempre nos lembramos que levamos connosco, em desdobramento, os pensamentos que tivemos nos últimos momentos antes do repouso, nossas atitudes diárias, por isso, é de suma importância que antes de adormecer mantenhamos pensamentos bons, elevados, pedindo protecção para nós e para os outros, colocando-se a disposição da Espiritualidade para a actividade de nosso merecimento, desde “simplesmente” participar de estudos no mundo espiritual, até prestarmos auxílio àqueles que dele necessitem.
Desdobrar-se, como dito no início do artigo, é faculdade de todo ser humano, mas seu desenvolvimento demanda responsabilidade e dedicação do médium, e deve ser tratada de forma séria e coerente, e não ser vista como uma viagem fora do corpo, sem objectivos e sem cuidados.
Sejamos vigilantes, acordados ou adormecidos.
Sejamos pessoas melhores.
Os mundos todos agradecem!
Rafaela Paes
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Médiuns em desfile
Transitam com a mente atormentada, envergando roupagens distintas ou não, guardando n’alma o estrugir de forças que os desconectam interiormente.
Passam em ruidosa diligência ao prazer, fugindo de si mesmos, sob o vergastar da indescritível agonia de que se gostariam de libertar...
Correm, promovendo um movimento insano que os agita, já em aturdimento, entre exclamações inditosas, perdidos na multidão, porém sequiosos de amizade, mergulhados nos abismos das dores que os estiolam...
Seguem buscando "coisa nenhuma", sofrendo a inveja dos trêfegos, porque se alçaram aos postos de alto coturno, todavia se encontram perturbados sem um momento de equilíbrio, em face dos desajustes que experimentam.
Lutam pela conquista de valores expressivos e ao tê-los afogam-se nas drogas e nos prazeres selvagens, afligidos por dramas de difícil solução...
Voejam de lugar em lugar, provocando ciúmes, despertando cobiça e se sentem inditosos...
Difíceis de enumerados os padecimentos morais e físicos dos que se engalfinham nas jornadas da loucura mediante as fugas espectaculares à responsabilidade, sob a injunção da mediunidade perturbada.
Portadores de faculdades que exigem atenção e impõem cuidados, esses sofredores entregam-se levianamente às evasões mal sãs, procurando interromper o fluxo psíquico do intercâmbio que lhes brota de dentro, em momentosas comunicações espirituais obsessivas...
Detestam o dever e gostariam de receber respostas excelentes do Mundo Espiritual com que, dizem, se fariam ideal instrumento da vida.
Querem a paz, mas não cansam de fomentar conflitos.
Promovem as satisfações do instinto e anelam por galgar as altas esferas da emoção...
Nada oferecendo a benefício próprio, requerem valores que não merecem.
A mediunidade é uma ponte colocada entre duas posições vibratórias, produzindo fácil intercâmbio.
Preservá-la a qualquer custo, enquanto luz a oportunidade, é relevante e inadiável dever.
O correto exercício da mediunidade dar-te-á inefáveis alegrias na Terra e após deixares a roupagem carnal.
Não te constitui uma escara ulcerada a drenar misérias morais.
Não excogites, receoso, quantos testemunhos e labores te competem investir a fim de lograres resultados felizes.
Todo ministério impõe contributo específico.
Cada dever resulta em direitos quanto o fruto descende da flor que se fana.
A mediunidade, extraídas as superstições dos vãos e retiradas as informações do sincretismo religioso negativo, é faculdade paranormal com que te provê a Divindade para a conquista de inexcedíveis valores.
Não tergiverses quanto ao aprimorá-la. Medita:
os pais são médiuns da vida;
o operário é o médium da obra que executa;
o oleiro é médium da forma;
o agricultor é médium da abundância do solo;
o escriba é médium das letras;
o orador edificante é médium das alocuções formosas...
Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir.
(Do livro “Oferenda”, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco)
§.§.§- Ave sem Ninho
Passam em ruidosa diligência ao prazer, fugindo de si mesmos, sob o vergastar da indescritível agonia de que se gostariam de libertar...
Correm, promovendo um movimento insano que os agita, já em aturdimento, entre exclamações inditosas, perdidos na multidão, porém sequiosos de amizade, mergulhados nos abismos das dores que os estiolam...
Seguem buscando "coisa nenhuma", sofrendo a inveja dos trêfegos, porque se alçaram aos postos de alto coturno, todavia se encontram perturbados sem um momento de equilíbrio, em face dos desajustes que experimentam.
Lutam pela conquista de valores expressivos e ao tê-los afogam-se nas drogas e nos prazeres selvagens, afligidos por dramas de difícil solução...
Voejam de lugar em lugar, provocando ciúmes, despertando cobiça e se sentem inditosos...
Difíceis de enumerados os padecimentos morais e físicos dos que se engalfinham nas jornadas da loucura mediante as fugas espectaculares à responsabilidade, sob a injunção da mediunidade perturbada.
Portadores de faculdades que exigem atenção e impõem cuidados, esses sofredores entregam-se levianamente às evasões mal sãs, procurando interromper o fluxo psíquico do intercâmbio que lhes brota de dentro, em momentosas comunicações espirituais obsessivas...
Detestam o dever e gostariam de receber respostas excelentes do Mundo Espiritual com que, dizem, se fariam ideal instrumento da vida.
Querem a paz, mas não cansam de fomentar conflitos.
Promovem as satisfações do instinto e anelam por galgar as altas esferas da emoção...
Nada oferecendo a benefício próprio, requerem valores que não merecem.
A mediunidade é uma ponte colocada entre duas posições vibratórias, produzindo fácil intercâmbio.
Preservá-la a qualquer custo, enquanto luz a oportunidade, é relevante e inadiável dever.
O correto exercício da mediunidade dar-te-á inefáveis alegrias na Terra e após deixares a roupagem carnal.
Não te constitui uma escara ulcerada a drenar misérias morais.
Não excogites, receoso, quantos testemunhos e labores te competem investir a fim de lograres resultados felizes.
Todo ministério impõe contributo específico.
Cada dever resulta em direitos quanto o fruto descende da flor que se fana.
A mediunidade, extraídas as superstições dos vãos e retiradas as informações do sincretismo religioso negativo, é faculdade paranormal com que te provê a Divindade para a conquista de inexcedíveis valores.
Não tergiverses quanto ao aprimorá-la. Medita:
os pais são médiuns da vida;
o operário é o médium da obra que executa;
o oleiro é médium da forma;
o agricultor é médium da abundância do solo;
o escriba é médium das letras;
o orador edificante é médium das alocuções formosas...
Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir.
(Do livro “Oferenda”, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
7 COISAS QUE AFECTAM A SUA FREQUÊNCIA VIBRACIONAL
Vibração na física quântica significa que tudo é energia.
Somos seres vibracionais.
Cada vibração equivale a um sentimento e no mundo “vibracional”, existem apenas duas espécies de vibrações, a positiva e a negativa.
Qualquer sentimento faz com que você emita uma vibração que pode ser positiva ou negativa.
1ª – Os Pensamentos.
Todo pensamento que você possui emite uma frequência para o Universo e essa frequência retorna para a origem, no caso, você!
Então se você tem pensamentos negativos, de desânimo, tristeza, raiva, medo, isso tudo vai voltar para você.
Por isso é tão importante que você cuide da qualidade dos seus pensamentos e aprenda a cultivar pensamentos mais positivos.
2ª – As Companhias.
As pessoas que estão a sua volta influenciam directamente na sua frequência vibracional.
Se você está ao lado de pessoas alegres, determinadas, você também entrará nessa vibração, agora se você se cerca de pessoas reclamonas, fofoqueiras e pessimistas, tome cuidado!
Pois elas podem estar diminuindo a sua frequência e como consequência te impedindo de fazer a lei da atracção funcionar a seu favor.
3ª – As Músicas.
Músicas são poderosíssimas.
Se você só escuta músicas que falam de morte, traição, tristeza, abandono, isso tudo vai interferir naquilo que você vibra.
Preste atenção na letra das músicas que você escuta, elas podem estar diminuindo a sua frequência vibracional.
E lembre-se: você atrai para sua vida exactamente aquilo que você vibra.
4ª – Coisas que você Assiste.
Quando você assiste programas que abordam desgraças, mortes, traições, etc. seu cérebro aceita aquilo como uma realidade e libera toda uma química no seu corpo, fazendo com que sua frequência vibracional seja afectada.
Assista coisas que te façam bem e te ajudem a vibrar numa frequência mais elevada.
5ª – O Ambiente.
Seja na sua casa ou no seu trabalho, se você passa grande parte do tempo num ambiente desorganizado, sujo, feio, isso também afectará a sua frequência.
Melhore o que está a sua volta, organize e limpe o seu ambiente.
Mostre ao Universo que você está apto a receber muito mais.
Cuide do que você já tem!
6ª – A Fala.
Se você reclama ou fala mal das coisas e das pessoas, isso afecta a sua frequência vibracional.
Para você manter a sua frequência elevada é fundamental que você elimine o hábito de reclamar e de falar mal dos outros.
Então evite fazer dramas e se vitimizar.
Assuma a Responsabilidade pelas Escolhas da sua Vida!
7ª – A Gratidão.
A Gratidão afecta positivamente a sua frequência vibracional, esse é um hábito que você deveria incorporar agora mesmo na sua vida.
Comece a agradecer por tudo, pelas coisas boas e ruins, por todas as experiências que você já vivenciou.
A gratidão abre as portas para que as coisas boas fluam positivamente na sua vida.
Você já agradeceu hoje?"
Fonte: Física Quântica e Espiritualidade
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O MAIOR PRESENTE DE NATAL DO "STARTZY", QUE TODOS GOSTARIAM DE RECEBER...
Conta-nos Leon Tolstói, que existia na Rússia, um Sacerdote, muito velho, que era Líder de uma comunidade.
Tudo que às pessoas precisavam, corriam pedir-lhe e ele, como sempre o fazia, socorria a todos, como um verdadeiro Missionário.
Desde uma simples briga familiar, até doenças contagiosas, todos eram tratados com muito Amor e Carinho.
Todos iam desabafar seus problemas e às suas frustrações.
O velhinho muito prestativo, sempre tinha uma palavra de Fé e de Esperança, confortando a todos que o procuravam.
Tantas curas fez, que começaram a chamá-lo de Santo e santo em russo, quer dizer “Startzy”.
O problema, é que durante o atendimento, o “Startzy” recebia toda vibração inferior, vinda do sofrimento das pessoas, mesmo assim doava energia boa, numa troca maravilhosa de fluídos.
Aquilo foi abatendo-o e como estava cumprindo seus últimos momentos no plano físico, cada vez mais, ficava enfraquecido, levando-o a procurar ajuda.
Não sabendo como tratar com aquela situação, recebendo toda aquela vibração contrária, desconhecendo outros meios, começou a fazer penitência, duas vezes por semana sem comer e duas vezes sem dormir.
Se ele já estava mal.
Sem comer e sem dormir, ficou ainda muito pior, quase chegando ao desencarne...
E sentindo que estava partindo, pensou, “Se eu partir, quem vai socorrer meus Irmãos?”
Num gesto extremo, ajoelhou-se e gritou:
“SE TEM ALGUÉM AÍ EM CIMA, ME SOCORRA QUE ESTOU INDO EMBORA”.
Aquilo foi a maior Prece, que podia ter feito e depois de longas noites sem dormir, o “Startzy” conseguiu fechar os olhos por uns momentos...
E dormiu, assim que desdobrou, recebeu a visita de uma Entidade do Espaço, um Irmão da mais Alta Hierarquia Espiritual, que lhe deu às mãos e disse-lhe:
“Startzy”, deixe o seu corpo dormindo e vamos dar uma volta, para você sair desta inferioridade e conhecer um pouco do Universo.
Mesmo não enxergando, ofuscado pela intensidade da Luz que a Entidade irradiava, em função da Confiança depositada no Excelso visitante, começou a chamá-lo de “Paizinho”.
Durante a Volitação (viagem astral), o “Startzy” olhava para baixo e via... sofrimentos, miséria, trevas exteriores, tudo branco, 30 graus abaixo de zero; mas olhava para cima e via... águas cristalinas, pássaros multicolores, muita Paz, muita beleza, muita Alegria, que era enriquecida por um perfume delicioso, inebriante, que lhe penetrava os escaninhos da alma.
O “Startzy” tentava saber onde estava, mas era tanta emoção, que a sua voz estava embargada e nada conseguia falar.
Depois de viajar por muito tempo, vendo coisas deslumbrantes, chegaram a um lugar, que era o máximo da beleza, da perfeição e da justiça.
O Padre, num esforço adicional, superando às próprias forças gritou:
“Mas Paizinho, aqui parece o Céu...”.
“MAS AQUI É O “CÉU...” confidenciou o Mentor.
O Padre não se conformando com aquela rogativa, disse:
“Mas Paizinho, se aqui é o Céu, cadê o trono de DEUS, e o trono de Jesus e os Anjos, os Arcanjos, os Querubins e os Serafins?”.
A Entidade, usando toda a sua elevação e Sabedoria, afirmou...
“O trono de DEUS é o Universo e os Anjos, os Arcanjos, os Querubins e os Serafins... somos nós mesmos, depois de dominar às más paixões, as inferioridades, os atrasos e às ignorâncias”.
O “Startzy”, não entendendo nada, replicou:
“Mas Paizinho estão os Santos não são criaturas à parte da Natureza, como a Religião explica?”
“Não, não e mais uma vez não...” contrargumentou a Entidade.
“Santos, somos nós mesmos... toda vez que falamos uma palavra de Conforto, de Carinho, de Incentivo e de Coragem, somos Santos, toda vez que damos às mãos a um Irmão e o levantamos, somos Santos”.
Mais uma vez sem entender o que via, o Padre, completamente emocionado, perguntou:
“Mas Paizinho, então o Universo funciona com tanta simplicidade e tanta singeleza assim?”
“É assim” posicionou a Entidade.
Aí o Padre voltou ao corpo, acordou no dia seguinte... e continuou a sua nobre tarefa, rezando a missa todos os dias, sem muitas alterações.
Mas uma coisa ele mudou, quando vinham confessar, ele não atendia como antes, em pé, cheio de arrogância, com o dedo em riste, deixando o Irmão sofredor, ajoelhado, fazendo penitência.
Depois dessa maravilhosa viagem astral, o “Startzy” convidava o Irmão necessitado, a aguardar o término das missa e convidava-o a sentar embaixo de uma árvore, ao lado de um riacho... no verdadeiro Templo da Natureza e falava de Irmão para Irmão, num grande elo de Fraternidade e Amor, pois descobriu, depois dessa linda passagem, que era ele o endividado para com a comunidade e que aquela, era uma grande oportunidade, que o Supremo Arquitecto do Universo, em sua Infinita Misericórdia, lhe dera, para restabelecer-se perante a Lei Eterna de Amor, ou seja...
O MAIOR PRESENTE DE NATAL, que já recebera.
E NÓS?...
FELIZ NATAL...
§.§.§- Ave sem Ninho
Tudo que às pessoas precisavam, corriam pedir-lhe e ele, como sempre o fazia, socorria a todos, como um verdadeiro Missionário.
Desde uma simples briga familiar, até doenças contagiosas, todos eram tratados com muito Amor e Carinho.
Todos iam desabafar seus problemas e às suas frustrações.
O velhinho muito prestativo, sempre tinha uma palavra de Fé e de Esperança, confortando a todos que o procuravam.
Tantas curas fez, que começaram a chamá-lo de Santo e santo em russo, quer dizer “Startzy”.
O problema, é que durante o atendimento, o “Startzy” recebia toda vibração inferior, vinda do sofrimento das pessoas, mesmo assim doava energia boa, numa troca maravilhosa de fluídos.
Aquilo foi abatendo-o e como estava cumprindo seus últimos momentos no plano físico, cada vez mais, ficava enfraquecido, levando-o a procurar ajuda.
Não sabendo como tratar com aquela situação, recebendo toda aquela vibração contrária, desconhecendo outros meios, começou a fazer penitência, duas vezes por semana sem comer e duas vezes sem dormir.
Se ele já estava mal.
Sem comer e sem dormir, ficou ainda muito pior, quase chegando ao desencarne...
E sentindo que estava partindo, pensou, “Se eu partir, quem vai socorrer meus Irmãos?”
Num gesto extremo, ajoelhou-se e gritou:
“SE TEM ALGUÉM AÍ EM CIMA, ME SOCORRA QUE ESTOU INDO EMBORA”.
Aquilo foi a maior Prece, que podia ter feito e depois de longas noites sem dormir, o “Startzy” conseguiu fechar os olhos por uns momentos...
E dormiu, assim que desdobrou, recebeu a visita de uma Entidade do Espaço, um Irmão da mais Alta Hierarquia Espiritual, que lhe deu às mãos e disse-lhe:
“Startzy”, deixe o seu corpo dormindo e vamos dar uma volta, para você sair desta inferioridade e conhecer um pouco do Universo.
Mesmo não enxergando, ofuscado pela intensidade da Luz que a Entidade irradiava, em função da Confiança depositada no Excelso visitante, começou a chamá-lo de “Paizinho”.
Durante a Volitação (viagem astral), o “Startzy” olhava para baixo e via... sofrimentos, miséria, trevas exteriores, tudo branco, 30 graus abaixo de zero; mas olhava para cima e via... águas cristalinas, pássaros multicolores, muita Paz, muita beleza, muita Alegria, que era enriquecida por um perfume delicioso, inebriante, que lhe penetrava os escaninhos da alma.
O “Startzy” tentava saber onde estava, mas era tanta emoção, que a sua voz estava embargada e nada conseguia falar.
Depois de viajar por muito tempo, vendo coisas deslumbrantes, chegaram a um lugar, que era o máximo da beleza, da perfeição e da justiça.
O Padre, num esforço adicional, superando às próprias forças gritou:
“Mas Paizinho, aqui parece o Céu...”.
“MAS AQUI É O “CÉU...” confidenciou o Mentor.
O Padre não se conformando com aquela rogativa, disse:
“Mas Paizinho, se aqui é o Céu, cadê o trono de DEUS, e o trono de Jesus e os Anjos, os Arcanjos, os Querubins e os Serafins?”.
A Entidade, usando toda a sua elevação e Sabedoria, afirmou...
“O trono de DEUS é o Universo e os Anjos, os Arcanjos, os Querubins e os Serafins... somos nós mesmos, depois de dominar às más paixões, as inferioridades, os atrasos e às ignorâncias”.
O “Startzy”, não entendendo nada, replicou:
“Mas Paizinho estão os Santos não são criaturas à parte da Natureza, como a Religião explica?”
“Não, não e mais uma vez não...” contrargumentou a Entidade.
“Santos, somos nós mesmos... toda vez que falamos uma palavra de Conforto, de Carinho, de Incentivo e de Coragem, somos Santos, toda vez que damos às mãos a um Irmão e o levantamos, somos Santos”.
Mais uma vez sem entender o que via, o Padre, completamente emocionado, perguntou:
“Mas Paizinho, então o Universo funciona com tanta simplicidade e tanta singeleza assim?”
“É assim” posicionou a Entidade.
Aí o Padre voltou ao corpo, acordou no dia seguinte... e continuou a sua nobre tarefa, rezando a missa todos os dias, sem muitas alterações.
Mas uma coisa ele mudou, quando vinham confessar, ele não atendia como antes, em pé, cheio de arrogância, com o dedo em riste, deixando o Irmão sofredor, ajoelhado, fazendo penitência.
Depois dessa maravilhosa viagem astral, o “Startzy” convidava o Irmão necessitado, a aguardar o término das missa e convidava-o a sentar embaixo de uma árvore, ao lado de um riacho... no verdadeiro Templo da Natureza e falava de Irmão para Irmão, num grande elo de Fraternidade e Amor, pois descobriu, depois dessa linda passagem, que era ele o endividado para com a comunidade e que aquela, era uma grande oportunidade, que o Supremo Arquitecto do Universo, em sua Infinita Misericórdia, lhe dera, para restabelecer-se perante a Lei Eterna de Amor, ou seja...
O MAIOR PRESENTE DE NATAL, que já recebera.
E NÓS?...
FELIZ NATAL...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A Certeza da Sobrevivência
Foi na primavera de 1995.
Rick acabara de ganhar sua medalha de ouro nas olimpíadas.
Era a sensação do colégio.
Depois de uma palestra, o director lhe perguntou se ele poderia fazer uma visita a um aluno especial.
O menino se chamava Matthew e não pudera se fazer presente à palestra.
No entanto, tinha manifestado interesse em conhecer Rick.
Como o director se sensibilizara com o pedido e Rick concordou, eles foram à casa do garoto.
No trajeto de 14 quilómetros, Rick descobriu algumas coisas.
O menino era portador de distrofia muscular.
Quando nascera, os médicos disseram a seus pais que ele não viveria até os 5 anos.
Depois, que ele não chegaria aos 10.
Ele estava com 13 anos, e era um lutador.
Queria conhecer Rick porque ganhara a medalha de ouro nas olimpíadas e ele, Matthew sabia tudo sobre superar obstáculos e correr atrás de sonhos.
Durante uma hora conversaram e, em nenhum momento, Matthew reclamou da sua situação, nem questionou: por que eu?
Falou sobre vencer e correr para alcançar os seus sonhos.
Não comentou que seus colegas de turma gozavam dele, às vezes, porque ele era diferente.
Falou apenas de suas esperanças para o futuro e de como, um dia, haveria de conseguir fazer levantamento de peso.
Quando a conversa se encerrou, Rick tirou de sua pasta a medalha de ouro que ganhara por levantamento de peso e a colocou no pescoço do garoto.
Disse a Matthew que ele era um vencedor e que sabia mais sobre sucesso e superar obstáculos do que ele próprio.
O menino olhou a medalha, depois a devolveu, dizendo:
Rick, você é um campeão. Mereceu esta medalha.
Algum dia, quando for para a olimpíada e ganhar a minha medalha de ouro, vou mostrá-la a você.
Quando chegou o verão, Rick recebeu uma carta dos pais de Matthew.
Ele havia morrido, mas endereçara-lhe uma carta que escrevera apenas alguns dias antes de partir.
Rick a abriu e leu:
caro Rick, minha mãe disse que eu deveria lhe mandar uma carta agradecendo pela foto legal que você me mandou.
Eu também queria contar que os médicos disseram que não vou viver muito tempo.
Está ficando muito difícil respirar e eu me canso com facilidade.
Mas ainda sorrio o quanto posso.
Sei que nunca vou ser tão forte quando você e sei que nunca vamos levantar peso, juntos.
Um dia eu disse a você que iria à olimpíada e ganharia uma medalha de ouro.
Agora sei que nunca vou fazer isso.
Mas sei que sou um campeão.
E Deus também sabe. Ele sabe que eu não desisto.
Por isso, quando eu chegar do outro lado, Deus vai me dar uma medalha de ouro.
E quando você chegar lá, eu vou mostrá-la a você.
Obrigado por me amar.
Seu amigo. Matthew.
Para quem guarda a certeza da imortalidade da alma, todo adeus se transforma em um até logo.
E quando percebe que a vida física vai acabar, já arruma toda sua bagagem para a nova vida.
Para quem crê que a alma vive e vibra, para além da tumba, a saudade se dilui no tempo, porque sempre chegará o momento dos reencontros, mesmo que os anos passem, somando-se em décadas e se multipliquem em doce e acalentada espera.
Para quem tem convicção da sua imortalidade, a madrugada do amanhã será logo mais, vencida a sombra da morte e superado o obstáculo de qualquer temor.
§.§.§- Ave sem Ninho
Rick acabara de ganhar sua medalha de ouro nas olimpíadas.
Era a sensação do colégio.
Depois de uma palestra, o director lhe perguntou se ele poderia fazer uma visita a um aluno especial.
O menino se chamava Matthew e não pudera se fazer presente à palestra.
No entanto, tinha manifestado interesse em conhecer Rick.
Como o director se sensibilizara com o pedido e Rick concordou, eles foram à casa do garoto.
No trajeto de 14 quilómetros, Rick descobriu algumas coisas.
O menino era portador de distrofia muscular.
Quando nascera, os médicos disseram a seus pais que ele não viveria até os 5 anos.
Depois, que ele não chegaria aos 10.
Ele estava com 13 anos, e era um lutador.
Queria conhecer Rick porque ganhara a medalha de ouro nas olimpíadas e ele, Matthew sabia tudo sobre superar obstáculos e correr atrás de sonhos.
Durante uma hora conversaram e, em nenhum momento, Matthew reclamou da sua situação, nem questionou: por que eu?
Falou sobre vencer e correr para alcançar os seus sonhos.
Não comentou que seus colegas de turma gozavam dele, às vezes, porque ele era diferente.
Falou apenas de suas esperanças para o futuro e de como, um dia, haveria de conseguir fazer levantamento de peso.
Quando a conversa se encerrou, Rick tirou de sua pasta a medalha de ouro que ganhara por levantamento de peso e a colocou no pescoço do garoto.
Disse a Matthew que ele era um vencedor e que sabia mais sobre sucesso e superar obstáculos do que ele próprio.
O menino olhou a medalha, depois a devolveu, dizendo:
Rick, você é um campeão. Mereceu esta medalha.
Algum dia, quando for para a olimpíada e ganhar a minha medalha de ouro, vou mostrá-la a você.
Quando chegou o verão, Rick recebeu uma carta dos pais de Matthew.
Ele havia morrido, mas endereçara-lhe uma carta que escrevera apenas alguns dias antes de partir.
Rick a abriu e leu:
caro Rick, minha mãe disse que eu deveria lhe mandar uma carta agradecendo pela foto legal que você me mandou.
Eu também queria contar que os médicos disseram que não vou viver muito tempo.
Está ficando muito difícil respirar e eu me canso com facilidade.
Mas ainda sorrio o quanto posso.
Sei que nunca vou ser tão forte quando você e sei que nunca vamos levantar peso, juntos.
Um dia eu disse a você que iria à olimpíada e ganharia uma medalha de ouro.
Agora sei que nunca vou fazer isso.
Mas sei que sou um campeão.
E Deus também sabe. Ele sabe que eu não desisto.
Por isso, quando eu chegar do outro lado, Deus vai me dar uma medalha de ouro.
E quando você chegar lá, eu vou mostrá-la a você.
Obrigado por me amar.
Seu amigo. Matthew.
Para quem guarda a certeza da imortalidade da alma, todo adeus se transforma em um até logo.
E quando percebe que a vida física vai acabar, já arruma toda sua bagagem para a nova vida.
Para quem crê que a alma vive e vibra, para além da tumba, a saudade se dilui no tempo, porque sempre chegará o momento dos reencontros, mesmo que os anos passem, somando-se em décadas e se multipliquem em doce e acalentada espera.
Para quem tem convicção da sua imortalidade, a madrugada do amanhã será logo mais, vencida a sombra da morte e superado o obstáculo de qualquer temor.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O relato de Xuxa
O psicólogo clínico e mestre em Saúde Colectiva Rossandro Klinjey avaliou, após a repercussão do depoimento de Xuxa no Fantástico, na Rede Globo, no último mês, quando a apresentadora relatou ter sido vítima de abuso sexual até os 13 anos de idade, que o facto, por mais absurdo que possa parecer, é um evento relativamente comum.
Em artigo escrito no site Paraíba On-Line, o colega espírita afirma que no final do século passado, e sobretudo com o avanço das psicoterapias, houve um crescimento na cultura confessional, fazendo vir à tona essa tragédia que se abate sobre a sociedade, seja no seio das famílias, nas igrejas ou escolas, atraindo o interesse crescente da mídia, no cinema, televisão, jornais e novelas, o que tem chamado cada vez mais a atenção do público de uma forma geral.
“Trata-se, na verdade, de um reconhecimento tardio de um acontecimento relativamente frequente, que é a ocorrência de abuso sexual na infância, uma preocupação que se manifesta simultaneamente ao desejo da sociedade de entender e minorar os efeitos traumáticos de tais abusos”, diz.
Segundo o psicólogo, o emergir desses depoimentos de abuso sexual infantil fez surgir um espaço socialmente relevante de preocupação, instigando a busca por parte da sociedade como um todo e das ciências psicológicas e médicas em particular, quanto às formas de se tratar os efeitos individuais de abuso sexual infantil.
Por mais que seja um drama colectivo, a violência sexual que vitima as crianças atinge destrutivamente cada uma delas que passou ou passa por isso, tornando-as sobreviventes de uma tragédia.
Ao trazer sua história pessoal de abuso à tona, Xuxa contribui para essa discussão, sobretudo por revelar a ambivalência destrutiva que comummente domina os maiores pesadelos das vítimas.
É bom lembrar que, apesar de ser uma tragédia pessoal, ela é alimentada por uma visão socialmente construída de impunidade e de machismo cínico.
E, embora haja também um número grande de meninos vítimas de abuso sexual infantil, a grande maioria é menina e comummente os abusadores são maioritariamente homens.
O medo das ameaças dos abusadores, o sentimento ambivalente em torno do abuso, o receio de destruir a família, de ver sua dolorida tragédia particular tornar-se pública, enfim, a soma de todos esses medos gera um silêncio destrutivo que só se rompe com uma crise emocional ou com uma somatização através de uma doença, pois de todas as formas a mente tenta extirpar esse mal que tem um impacto no funcionamento social e inter-pessoal, especialmente quando se trata de incesto, pois a criança é duplamente vitimada.
Ela é vítima do abuso em si e da traição afectiva daquele que deveria cuidar e proteger, o que termina por gerar um conflito psíquico de graves consequências, reverberando ao longo dos anos em uma espécie de síndrome pós-abuso na vida adulta.
“Ao declarar publicamente os abusos que sofreu, Xuxa encoraja outras vítimas a fazer o mesmo, ao tempo que revela à sociedade o quanto isso é comum, e quem sabe assim se trave uma luta mais consistente contra essa tragédia na vida de muitas crianças e adultos traumatizados.
Além disso, seu depoimento também contribui ao demonstrar que é possível vencer e não ser eternamente escravo da considerável sobreposição do abuso físico ao emocional e sexual, mesmo que nunca se esqueça do que aconteceu”, avalia o psicólogo.
Folha Espirita Edição de junho de 2012
§.§.§- Ave sem Ninho
Em artigo escrito no site Paraíba On-Line, o colega espírita afirma que no final do século passado, e sobretudo com o avanço das psicoterapias, houve um crescimento na cultura confessional, fazendo vir à tona essa tragédia que se abate sobre a sociedade, seja no seio das famílias, nas igrejas ou escolas, atraindo o interesse crescente da mídia, no cinema, televisão, jornais e novelas, o que tem chamado cada vez mais a atenção do público de uma forma geral.
“Trata-se, na verdade, de um reconhecimento tardio de um acontecimento relativamente frequente, que é a ocorrência de abuso sexual na infância, uma preocupação que se manifesta simultaneamente ao desejo da sociedade de entender e minorar os efeitos traumáticos de tais abusos”, diz.
Segundo o psicólogo, o emergir desses depoimentos de abuso sexual infantil fez surgir um espaço socialmente relevante de preocupação, instigando a busca por parte da sociedade como um todo e das ciências psicológicas e médicas em particular, quanto às formas de se tratar os efeitos individuais de abuso sexual infantil.
Por mais que seja um drama colectivo, a violência sexual que vitima as crianças atinge destrutivamente cada uma delas que passou ou passa por isso, tornando-as sobreviventes de uma tragédia.
Ao trazer sua história pessoal de abuso à tona, Xuxa contribui para essa discussão, sobretudo por revelar a ambivalência destrutiva que comummente domina os maiores pesadelos das vítimas.
É bom lembrar que, apesar de ser uma tragédia pessoal, ela é alimentada por uma visão socialmente construída de impunidade e de machismo cínico.
E, embora haja também um número grande de meninos vítimas de abuso sexual infantil, a grande maioria é menina e comummente os abusadores são maioritariamente homens.
O medo das ameaças dos abusadores, o sentimento ambivalente em torno do abuso, o receio de destruir a família, de ver sua dolorida tragédia particular tornar-se pública, enfim, a soma de todos esses medos gera um silêncio destrutivo que só se rompe com uma crise emocional ou com uma somatização através de uma doença, pois de todas as formas a mente tenta extirpar esse mal que tem um impacto no funcionamento social e inter-pessoal, especialmente quando se trata de incesto, pois a criança é duplamente vitimada.
Ela é vítima do abuso em si e da traição afectiva daquele que deveria cuidar e proteger, o que termina por gerar um conflito psíquico de graves consequências, reverberando ao longo dos anos em uma espécie de síndrome pós-abuso na vida adulta.
“Ao declarar publicamente os abusos que sofreu, Xuxa encoraja outras vítimas a fazer o mesmo, ao tempo que revela à sociedade o quanto isso é comum, e quem sabe assim se trave uma luta mais consistente contra essa tragédia na vida de muitas crianças e adultos traumatizados.
Além disso, seu depoimento também contribui ao demonstrar que é possível vencer e não ser eternamente escravo da considerável sobreposição do abuso físico ao emocional e sexual, mesmo que nunca se esqueça do que aconteceu”, avalia o psicólogo.
Folha Espirita Edição de junho de 2012
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Da aparência dos desencarnados
É recorrente esta dúvida da parte daqueles que lêem nossas obras psicografadas, de vez que elas narram, em diferentes ocasiões, a vida dos desencarnados em colónias e cidades dimensionais das esferas invisíveis.
Alguns têm curiosidade de saber em qual forma física se apresentariam a nós, se os pudéssemos rever enquanto ainda nos demoramos na materialidade, levando em consideração que já tivemos múltiplas reencarnações e, a partir disso, aparências corpóreas.
Outros, indagam se, desencarnando na senectude, conservariam o aspecto da velhice na materialidade terrena, ou teriam chance de rejuvenescer na vida espiritual, de sorte que a frequência com que a questão é exposta revela tanto o interesse reiterado da parte de quem quer compreender as condições da vida após a desencarnação, quanto também certa relevância atribuída ao tema, originada, nalguns casos, em certa desculpável vaidade do ser em jornada evolutiva.
Com efeito, todos desejaríamos voltar às moradas do Espírito contando com chances reais de ostentar a vitalidade e a saúde daquelas melhores fases da nossa estadia no corpo físico.
A disposição para o trabalho e as actividades de nosso maior interesse, bem como o aspecto de nossa melhor e mais confortável preferência.
E, quando explicamos, com base nos estudos do assunto contidos nas obras da Codificação espírita, e em vivências pessoais de ordem mediúnica que as ratificam, que ao Espírito plenamente adaptado às esferas espirituais cabe a capacidade de plasticidade do perispírito - seu veículo de manifestação corpórea na Espiritualidade, também considerado de composição material, embora quintessenciadas.
Ao ouvinte ocorrem, com razões, dúvidas sinceras de como pode isto ser possível.
As modificações neste sentido são realizadas pelo Espírito adaptado às características da vida espiritual mediante a utilização do influxo firme e disciplinado da vontade.
Para aparecer aos reencarnados, sobretudo quando em estado desperto, demanda ainda uma combinação fluídica eficiente entre ambos, nem sempre disponível.
De começo, ao desencarnar - e na dependência da infinidade de condições dentro das quais, para cada um de nós, acontece a transição -, tal realização não se faz possível, e conserva-se, durante algum tempo, a réplica do estado corpóreo de nossa expressão mais recente na matéria.
Todavia, nos lugares dimensionais mais felicitados por padrões de vida aperfeiçoados, aos quais se aporta mediante afinidade vibratória individual, as readaptações salutares de aspecto se dão com frequência, destituídas de maiores complicações, e o Espírito assume para si a aparência de sua preferência e com a qual melhor se identifique, em acordo com cada circunstância de convivência.
Refiro-me a readaptações salutares, porque a plasticidade de aparências ao influxo da vontade é atributo de qualquer Espírito em estado de erraticidade, e muitos podem utilizá-la para fins nocivos, como acontece nos casos de obsessão, ou quando Espíritos zombeteiros se valem da sensibilidade mediúnica acentuada de algum incauto para pregar-lhe sustos ou aterrorizá-lo.
Recordo-me da vivência inesquecível de cerca de vinte anos atrás quando, mediante projecção nocturna do corpo, recebi a visita de meu avô materno desencarnado, nítida e inesquecível.
Havia nos deixado tempos antes, aos oitenta e quatro anos, vitimado por um derrame que o levou do mundo material com a aparência depauperada pelo sofrimento da doença que o consumiu por algumas semanas, somado aos avanços da idade.
No encontro nocturno acontecido entre nós na ocasião, contudo, para minha profunda surpresa, me surgiu remoçado pelo menos uns trinta anos, e eu lhe dizia isso, lembro-me claramente:
"Vô! Como o senhor está mais moço!".
Sorridente, corado e feliz, ele trajava roupa de sua preferência quando ainda estava entre nós, que descrevi depois à minha avó, e ela confirmou como sendo uma das suas favoritas.
E, entre algumas notícias reconfortantes do seu estado de desencarnado nas esferas espirituais naquela época, disse-me algumas coisas mais que, para fundo espanto, foram confirmadas no dia seguinte, já desperta, através de conversa casual posterior com minha mãe.
Entre vários episódios relacionados e ilustrativos da questão da aparência dos Espíritos, quero relatar também a de anteontem para ontem, quando me ocorreu outra vivência feliz, no mesmo estado de desprendimento - desta vez, na presença do meu mentor das esferas invisíveis, Caio Quinto, autor de nossos livros psicografados, em cuja presença espiritual, recorrentemente, me vi ao longo dos anos, conhecendo-lhe assim, em detalhes, a aparência.
Tendo sido em mais de duas reencarnações militar dos exércitos romanos da antiguidade, sempre me surgira à visão do espírito, ao longo das últimas décadas, na aparência de um homem maduro, robusto, de barba cerrada, como consta na pintura mediúnica publicada em meus sites e constante da orelha de capa de alguns dos nossos livros.
Nesta noite, no entanto, para minha surpresa, o mesmo Caio me surgiu grisalho - como se se passassem uns vinte anos, e o reencontrasse noutra fase de uma vida corpórea.
Alguns têm curiosidade de saber em qual forma física se apresentariam a nós, se os pudéssemos rever enquanto ainda nos demoramos na materialidade, levando em consideração que já tivemos múltiplas reencarnações e, a partir disso, aparências corpóreas.
Outros, indagam se, desencarnando na senectude, conservariam o aspecto da velhice na materialidade terrena, ou teriam chance de rejuvenescer na vida espiritual, de sorte que a frequência com que a questão é exposta revela tanto o interesse reiterado da parte de quem quer compreender as condições da vida após a desencarnação, quanto também certa relevância atribuída ao tema, originada, nalguns casos, em certa desculpável vaidade do ser em jornada evolutiva.
Com efeito, todos desejaríamos voltar às moradas do Espírito contando com chances reais de ostentar a vitalidade e a saúde daquelas melhores fases da nossa estadia no corpo físico.
A disposição para o trabalho e as actividades de nosso maior interesse, bem como o aspecto de nossa melhor e mais confortável preferência.
E, quando explicamos, com base nos estudos do assunto contidos nas obras da Codificação espírita, e em vivências pessoais de ordem mediúnica que as ratificam, que ao Espírito plenamente adaptado às esferas espirituais cabe a capacidade de plasticidade do perispírito - seu veículo de manifestação corpórea na Espiritualidade, também considerado de composição material, embora quintessenciadas.
Ao ouvinte ocorrem, com razões, dúvidas sinceras de como pode isto ser possível.
As modificações neste sentido são realizadas pelo Espírito adaptado às características da vida espiritual mediante a utilização do influxo firme e disciplinado da vontade.
Para aparecer aos reencarnados, sobretudo quando em estado desperto, demanda ainda uma combinação fluídica eficiente entre ambos, nem sempre disponível.
De começo, ao desencarnar - e na dependência da infinidade de condições dentro das quais, para cada um de nós, acontece a transição -, tal realização não se faz possível, e conserva-se, durante algum tempo, a réplica do estado corpóreo de nossa expressão mais recente na matéria.
Todavia, nos lugares dimensionais mais felicitados por padrões de vida aperfeiçoados, aos quais se aporta mediante afinidade vibratória individual, as readaptações salutares de aspecto se dão com frequência, destituídas de maiores complicações, e o Espírito assume para si a aparência de sua preferência e com a qual melhor se identifique, em acordo com cada circunstância de convivência.
Refiro-me a readaptações salutares, porque a plasticidade de aparências ao influxo da vontade é atributo de qualquer Espírito em estado de erraticidade, e muitos podem utilizá-la para fins nocivos, como acontece nos casos de obsessão, ou quando Espíritos zombeteiros se valem da sensibilidade mediúnica acentuada de algum incauto para pregar-lhe sustos ou aterrorizá-lo.
Recordo-me da vivência inesquecível de cerca de vinte anos atrás quando, mediante projecção nocturna do corpo, recebi a visita de meu avô materno desencarnado, nítida e inesquecível.
Havia nos deixado tempos antes, aos oitenta e quatro anos, vitimado por um derrame que o levou do mundo material com a aparência depauperada pelo sofrimento da doença que o consumiu por algumas semanas, somado aos avanços da idade.
No encontro nocturno acontecido entre nós na ocasião, contudo, para minha profunda surpresa, me surgiu remoçado pelo menos uns trinta anos, e eu lhe dizia isso, lembro-me claramente:
"Vô! Como o senhor está mais moço!".
Sorridente, corado e feliz, ele trajava roupa de sua preferência quando ainda estava entre nós, que descrevi depois à minha avó, e ela confirmou como sendo uma das suas favoritas.
E, entre algumas notícias reconfortantes do seu estado de desencarnado nas esferas espirituais naquela época, disse-me algumas coisas mais que, para fundo espanto, foram confirmadas no dia seguinte, já desperta, através de conversa casual posterior com minha mãe.
Entre vários episódios relacionados e ilustrativos da questão da aparência dos Espíritos, quero relatar também a de anteontem para ontem, quando me ocorreu outra vivência feliz, no mesmo estado de desprendimento - desta vez, na presença do meu mentor das esferas invisíveis, Caio Quinto, autor de nossos livros psicografados, em cuja presença espiritual, recorrentemente, me vi ao longo dos anos, conhecendo-lhe assim, em detalhes, a aparência.
Tendo sido em mais de duas reencarnações militar dos exércitos romanos da antiguidade, sempre me surgira à visão do espírito, ao longo das últimas décadas, na aparência de um homem maduro, robusto, de barba cerrada, como consta na pintura mediúnica publicada em meus sites e constante da orelha de capa de alguns dos nossos livros.
Nesta noite, no entanto, para minha surpresa, o mesmo Caio me surgiu grisalho - como se se passassem uns vinte anos, e o reencontrasse noutra fase de uma vida corpórea.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Risonho, de têmpera enérgica e personalidade marcante, como sempre, mostrava-se num ambiente onde se viam outras pessoas, como uma alegre reunião familiar.
Feliz, e aparentemente divertido, quando lhe expressei minha grande surpresa com aquela modificação intencional na sua aparência, que quase me fazia não tê-lo reconhecido, habituada como me vejo com o seu aspecto mais moço.
Mas ele me puxou pela mão, e explicou, como nunca deixou de fazer:
- Ora, você também está noutra fase da vida de reencarnada.
Se bem não nos submetamos à decrepitude corpórea onde nos achamos agora, quis me mostrar a você na forma compatível com a fase que você mesma atravessa na matéria, já que nas nossas convivências do passado, em várias reencarnações e em situações repetidas, acontecia entre nós uma discrepância de idades que variava entre dez a quinze anos...
Então resolvi, a partir de agora, e respondendo a este seu condicionamento psicológico forte e antigo, surgir diante de você do modo como, a meu respeito, o seu psiquismo está habituado.
Achei que seria confortável e prazeroso à sua receptividade...
Parecia brincar, ao me explicar esta plasticidade fabulosa que imprimiu ao seu aspecto, na intenção de responder a uma expectativa de tónica espiritual que me condiciona de há muitos séculos, vê-lo sempre como alguém dez ou quinze anos mais velho do que eu!
Mas era ele mesmo, inconfundível - belo e carismático como sempre se mostrou, denotando alguém na faixa dos seus sessenta anos de vida corpórea, frente aos meus actuais cinquenta e um!
Foi mais uma demonstração prática de que, na Espiritualidade, dispomos de meios de imprimir à aparência aquilo que melhor e mais confortavelmente nos identifica, senão perante nós mesmos, também diante daqueles com quem somos chamados a conviver.
Referência doutrinária:
O Livro dos Médiuns, cap. VI, itens de 101 a 109:
1. Os Espíritos podem se tornar visíveis?
— Sim, sobretudo durante o sono.
Entretanto, certas pessoas os vêem também no estado de vigília, mas isso é mais raro.
Nota de Kardec: Enquanto o corpo repousa, o Espírito se desprende dos laços materiais, fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos e entrar em comunicação com eles.
O sonho é uma recordação desse estado.
Quando não nos lembramos de nada, dizemos que não sonhamos, mas a alma não deixou de ver e de gozar da sua liberdade.
7. Qual o objectivo dos Espíritos que aparecem com boa intenção?
— Consolar os que lamentam a sua partida; provar-lhes que continuam a existir e estão perto deles; dar conselhos e algumas vezes pedir assistência para eles mesmos.
31. Os Espíritos podem fazer-se visíveis com outra aparência, além da humana?
— A forma humana é a sua forma normal.
O Espírito pode variá-la na aparência, mas conservando sempre o tipo humano.
Podendo tomar todas as aparências, o Espírito se apresenta com aquela que melhor o possa identificar, se for esse o seu desejo.
(...) Mas os Espíritos comuns, das pessoas que conhecemos, vestem-se geralmente como o faziam nos últimos dias de sua existência.
(...) Há os que muitas vezes se apresentam com símbolos da sua elevação, como uma auréola ou asas, pelo que são considerados anjos.
Outros carregam instrumentos que lembram suas actividades terrenas: assim, um guerreiro poderá aparecer com uma armadura, um sábio com seus livros, um assassino com seu punhal, e assim por diante.
Os Espíritos superiores apresentam uma figura bela, nobre e serena.
Os mais inferiores têm algo de feroz e bestial, e algumas vezes ainda trazem os vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios que sofreram.
CHRISTINA NUNES
§.§.§- Ave sem Ninho
Feliz, e aparentemente divertido, quando lhe expressei minha grande surpresa com aquela modificação intencional na sua aparência, que quase me fazia não tê-lo reconhecido, habituada como me vejo com o seu aspecto mais moço.
Mas ele me puxou pela mão, e explicou, como nunca deixou de fazer:
- Ora, você também está noutra fase da vida de reencarnada.
Se bem não nos submetamos à decrepitude corpórea onde nos achamos agora, quis me mostrar a você na forma compatível com a fase que você mesma atravessa na matéria, já que nas nossas convivências do passado, em várias reencarnações e em situações repetidas, acontecia entre nós uma discrepância de idades que variava entre dez a quinze anos...
Então resolvi, a partir de agora, e respondendo a este seu condicionamento psicológico forte e antigo, surgir diante de você do modo como, a meu respeito, o seu psiquismo está habituado.
Achei que seria confortável e prazeroso à sua receptividade...
Parecia brincar, ao me explicar esta plasticidade fabulosa que imprimiu ao seu aspecto, na intenção de responder a uma expectativa de tónica espiritual que me condiciona de há muitos séculos, vê-lo sempre como alguém dez ou quinze anos mais velho do que eu!
Mas era ele mesmo, inconfundível - belo e carismático como sempre se mostrou, denotando alguém na faixa dos seus sessenta anos de vida corpórea, frente aos meus actuais cinquenta e um!
Foi mais uma demonstração prática de que, na Espiritualidade, dispomos de meios de imprimir à aparência aquilo que melhor e mais confortavelmente nos identifica, senão perante nós mesmos, também diante daqueles com quem somos chamados a conviver.
Referência doutrinária:
O Livro dos Médiuns, cap. VI, itens de 101 a 109:
1. Os Espíritos podem se tornar visíveis?
— Sim, sobretudo durante o sono.
Entretanto, certas pessoas os vêem também no estado de vigília, mas isso é mais raro.
Nota de Kardec: Enquanto o corpo repousa, o Espírito se desprende dos laços materiais, fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos e entrar em comunicação com eles.
O sonho é uma recordação desse estado.
Quando não nos lembramos de nada, dizemos que não sonhamos, mas a alma não deixou de ver e de gozar da sua liberdade.
7. Qual o objectivo dos Espíritos que aparecem com boa intenção?
— Consolar os que lamentam a sua partida; provar-lhes que continuam a existir e estão perto deles; dar conselhos e algumas vezes pedir assistência para eles mesmos.
31. Os Espíritos podem fazer-se visíveis com outra aparência, além da humana?
— A forma humana é a sua forma normal.
O Espírito pode variá-la na aparência, mas conservando sempre o tipo humano.
Podendo tomar todas as aparências, o Espírito se apresenta com aquela que melhor o possa identificar, se for esse o seu desejo.
(...) Mas os Espíritos comuns, das pessoas que conhecemos, vestem-se geralmente como o faziam nos últimos dias de sua existência.
(...) Há os que muitas vezes se apresentam com símbolos da sua elevação, como uma auréola ou asas, pelo que são considerados anjos.
Outros carregam instrumentos que lembram suas actividades terrenas: assim, um guerreiro poderá aparecer com uma armadura, um sábio com seus livros, um assassino com seu punhal, e assim por diante.
Os Espíritos superiores apresentam uma figura bela, nobre e serena.
Os mais inferiores têm algo de feroz e bestial, e algumas vezes ainda trazem os vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios que sofreram.
CHRISTINA NUNES
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
COM A MEDIDA COM QUE MEDIRES SERÁS MEDIDO; TAL FALTA TAL PENA!
Jesus nos julgará com penas justas, jamais, pois, com penas sempiternas ou sem fim.
E, a respeito do significado da palavra grega e portuguesa palingenesia, de que muito já tratamos, ela significa reencarnação.
E recomendamos aos comentaristas das matérias, no Portal de O TEMPO (www.otempo.com.br), que consultem os dicionários para se certificarem dessa verdade.
Palingenesia tem como sinónimos os termos retorno, renascimento e regresso, ou seja, o retorno ou regresso do espírito à nova vida no corpo duma criança que nasce.
Assim sempre foi interpretada por muitos sábios do mundo, inclusive por Schopenhauer.
E, nessa oportunidade, com todo o respeito ao dogma polémico da ressurreição da carne, queremos ressaltar que a ressurreição é do espírito e não da carne.
Então, não é ressurreição da carne, mas ressurreição do espírito na carne.
“Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual.” (1 Coríntios 15: 44).
É lamentável a atitude dos teólogos tradutores da Bíblia, procurando sempre, ao longo dos séculos, adaptá-la aos dogmas que foram criados.
Um exemplo disso é a adulteração do texto paulino de Tito 3: 5, onde a palavra palingenesia, que, como já dissemos, o seu significado é reencarnação, texto esse que foi truncado e no qual foi omitida essa apalavra que está nas traduções e cópias mais antigas, colocando-se no lugar dela o termo regeneração.
Mas essa falsificação não consiste exclusivamente da troca da palavra palingenesia pelos tradutores, para que o sentido do texto ficasse totalmente oculto, pois fizeram um diferente.
Por oportuno, lembramos aqui que, hoje, não são mais somente os padres e pastores que estudam a Bíblia, mas também leigos independentes.
E vamos ao citado texto paulino que estamos comentando:
"Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da palingenesia (reencarnação) e da renovação do Espírito Santo."
Isso aconteceu no passado ao sermos criados quando, portanto, ainda não havíamos realizado nem as más obras condenadoras nem as boas obras salvadoras.
Mas, com o decorrer de nossas reencarnações, depois de nossa criação, aconteceu a nossa renovação pelo Espírito Santo ou nossa alma que habita em nós.
“Acaso, não sabeis que sois santuário ‘de um’ e não ‘do’ Espírito Santo? (1 Coríntios 6: 19).
Mas isso foi adaptado à Terceira Pessoa Trinitária criada pelos teólogos dogmáticos alterando, pois, o seu significado verdadeiro.
Observe-se, pois, que a nossa renovação e a consequente salvação (libertação) é feita pelo nosso Espírito Santo.
E ele é chamado de santo, porque tudo que Deus cria é santo.
E a nossa renovação ou regeneração desse nosso Espírito Santo ou alma é realizada pelas obras a serem feitas por nós, depois do momento de nossa criação.
Compete, pois, a nós fazermos a nossa parte durante as nossas existências terrenas.
Por isso, somos sempiternos, temos inteligência, livre-arbítrio e temos também o código moral, a ser seguido por nós, isto é, o Evangelho de Deus Pai que nos foi trazido pelo seu Filho muito especial, o excelso Mestre Jesus.
E é através desse código moral, que Jesus nos trouxe, que Ele se tornou nosso Salvador, isto é, o Salvador do mundo!
Sim, pois, é através da vivência do Evangelho que vamos sendo salvos ou condenados temporariamente, de acordo com a lei de causa e efeito, ou seja, semeando livremente o que quisermos, mas sendo obrigados a colher temporariamente o que tivermos semeado.
“Porque importa que todos nós compareçamos ao tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5: 10).
Tal falta tal pena!
Como se vê, existe o juízo final, mas há também os juízos provisórios, após as reencarnações, durante as quais ocorre, lentamente, a nossa regeneração, o que é a busca de nossa perfeição semelhante à de Deus, mas não igual à infinita de Deus!
José Reis Chaves
§.§.§- Ave sem Ninho
E, a respeito do significado da palavra grega e portuguesa palingenesia, de que muito já tratamos, ela significa reencarnação.
E recomendamos aos comentaristas das matérias, no Portal de O TEMPO (www.otempo.com.br), que consultem os dicionários para se certificarem dessa verdade.
Palingenesia tem como sinónimos os termos retorno, renascimento e regresso, ou seja, o retorno ou regresso do espírito à nova vida no corpo duma criança que nasce.
Assim sempre foi interpretada por muitos sábios do mundo, inclusive por Schopenhauer.
E, nessa oportunidade, com todo o respeito ao dogma polémico da ressurreição da carne, queremos ressaltar que a ressurreição é do espírito e não da carne.
Então, não é ressurreição da carne, mas ressurreição do espírito na carne.
“Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual.” (1 Coríntios 15: 44).
É lamentável a atitude dos teólogos tradutores da Bíblia, procurando sempre, ao longo dos séculos, adaptá-la aos dogmas que foram criados.
Um exemplo disso é a adulteração do texto paulino de Tito 3: 5, onde a palavra palingenesia, que, como já dissemos, o seu significado é reencarnação, texto esse que foi truncado e no qual foi omitida essa apalavra que está nas traduções e cópias mais antigas, colocando-se no lugar dela o termo regeneração.
Mas essa falsificação não consiste exclusivamente da troca da palavra palingenesia pelos tradutores, para que o sentido do texto ficasse totalmente oculto, pois fizeram um diferente.
Por oportuno, lembramos aqui que, hoje, não são mais somente os padres e pastores que estudam a Bíblia, mas também leigos independentes.
E vamos ao citado texto paulino que estamos comentando:
"Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da palingenesia (reencarnação) e da renovação do Espírito Santo."
Isso aconteceu no passado ao sermos criados quando, portanto, ainda não havíamos realizado nem as más obras condenadoras nem as boas obras salvadoras.
Mas, com o decorrer de nossas reencarnações, depois de nossa criação, aconteceu a nossa renovação pelo Espírito Santo ou nossa alma que habita em nós.
“Acaso, não sabeis que sois santuário ‘de um’ e não ‘do’ Espírito Santo? (1 Coríntios 6: 19).
Mas isso foi adaptado à Terceira Pessoa Trinitária criada pelos teólogos dogmáticos alterando, pois, o seu significado verdadeiro.
Observe-se, pois, que a nossa renovação e a consequente salvação (libertação) é feita pelo nosso Espírito Santo.
E ele é chamado de santo, porque tudo que Deus cria é santo.
E a nossa renovação ou regeneração desse nosso Espírito Santo ou alma é realizada pelas obras a serem feitas por nós, depois do momento de nossa criação.
Compete, pois, a nós fazermos a nossa parte durante as nossas existências terrenas.
Por isso, somos sempiternos, temos inteligência, livre-arbítrio e temos também o código moral, a ser seguido por nós, isto é, o Evangelho de Deus Pai que nos foi trazido pelo seu Filho muito especial, o excelso Mestre Jesus.
E é através desse código moral, que Jesus nos trouxe, que Ele se tornou nosso Salvador, isto é, o Salvador do mundo!
Sim, pois, é através da vivência do Evangelho que vamos sendo salvos ou condenados temporariamente, de acordo com a lei de causa e efeito, ou seja, semeando livremente o que quisermos, mas sendo obrigados a colher temporariamente o que tivermos semeado.
“Porque importa que todos nós compareçamos ao tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5: 10).
Tal falta tal pena!
Como se vê, existe o juízo final, mas há também os juízos provisórios, após as reencarnações, durante as quais ocorre, lentamente, a nossa regeneração, o que é a busca de nossa perfeição semelhante à de Deus, mas não igual à infinita de Deus!
José Reis Chaves
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
PASSE ESPÍRITA PODEROSO INSTRUMENTO DE CURA E DE RESTABELECIMENTO FÍSICO E ESPIRITUAL.
O Passe Espírita, ou Fluidoterapia, como é também conhecido, é uma transfusão de uma certa quantidade de energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais, utilizando-se a imposição das mãos, com o propósito de actuar em nível perispiritual, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos.
Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo.
Há pessoas (médiuns passistas) que tem uma capacidade maior de absorção e armazenamento dessas energias que emanam do Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.
Tal capacidade as coloca em condições de transmitirem essas energias a outras criaturas que eventualmente estejam necessitando.
A aglutinação dessa força se faz automaticamente e também, atendendo ao apelo do médium passista (prece) que então municiado dessa carga, transmite de suas mãos em discretos movimentos.
Desde as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
No próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Porém Jesus agiu sempre, em seus actos e em sujas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influências de costumes religiosos da época.
Todo o ensino de Jesus visava afastar os homens das superstições vigentes no tempo.
Essas incoerências históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas.
Caso contrário Jesus teria procedido de maneira incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.
Roque Jacinto em seu livro "Passe e Passista" informa que a prática do Passe sempre foi de todos os lugares e de todos os tempos, externamente revestida das mais variadas fórmulas e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus praticantes:
nasce o passe no cântico ou evocação dos selvagens em favor dos enfermos de sua tribo, passando pelas vias da "benzedura" e das "rezas" de médiuns naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes, encontradiço na prece maternal em favor de filhos assaltados pelas dores ou pelas angústias e tribulações, e culmina nos Templos do Espiritismo Cristão da actualidade, onde foi incorporado como recurso fundamental para a re-harmonização do perispírito no curso de diversas provas e explicações e das mais variadas enfermidades da alma ou do corpo.
...Viajando nos caminhos evangélicos, encontramos cenas inumeráveis, tanto do Cristo como de seus discípulos, impondo as mãos sobre os enfermos e curando-os, falando com os paralíticos e restabelecendo seus movimentos, olhando para as pessoas desorientadas e devolvendo-lhes a paz e a esperança, Jesus foi o mestre, por excelência, nessa arte, e deixou para a humanidade esse recurso, como herança divina, e a Boa Nova como disciplinadora dessas forças benfeitoras...
PARA QUE SERVE:
Como permuta das energias universais, quer entre desencarnados, quer entre encarnados elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizado no tratamento das doenças de longo curso; nas crises bruscas e repentinas de dor, no combate às chamadas "doenças-fantasmas", nas perturbações espirituais transitórias que sofrem as almas encarnadas, nas enfermidades da mente, no reequilíbrio de si mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão, nos abalos do sistema nervoso...
Por actuar directamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos distúrbios somáticos, o passe é o mais importante elemento para a promoção do equilíbrio perdido ou ainda não conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste se instale ou se revele.
Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo.
Há pessoas (médiuns passistas) que tem uma capacidade maior de absorção e armazenamento dessas energias que emanam do Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.
Tal capacidade as coloca em condições de transmitirem essas energias a outras criaturas que eventualmente estejam necessitando.
A aglutinação dessa força se faz automaticamente e também, atendendo ao apelo do médium passista (prece) que então municiado dessa carga, transmite de suas mãos em discretos movimentos.
Desde as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
No próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Porém Jesus agiu sempre, em seus actos e em sujas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influências de costumes religiosos da época.
Todo o ensino de Jesus visava afastar os homens das superstições vigentes no tempo.
Essas incoerências históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas.
Caso contrário Jesus teria procedido de maneira incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.
Roque Jacinto em seu livro "Passe e Passista" informa que a prática do Passe sempre foi de todos os lugares e de todos os tempos, externamente revestida das mais variadas fórmulas e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus praticantes:
nasce o passe no cântico ou evocação dos selvagens em favor dos enfermos de sua tribo, passando pelas vias da "benzedura" e das "rezas" de médiuns naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes, encontradiço na prece maternal em favor de filhos assaltados pelas dores ou pelas angústias e tribulações, e culmina nos Templos do Espiritismo Cristão da actualidade, onde foi incorporado como recurso fundamental para a re-harmonização do perispírito no curso de diversas provas e explicações e das mais variadas enfermidades da alma ou do corpo.
...Viajando nos caminhos evangélicos, encontramos cenas inumeráveis, tanto do Cristo como de seus discípulos, impondo as mãos sobre os enfermos e curando-os, falando com os paralíticos e restabelecendo seus movimentos, olhando para as pessoas desorientadas e devolvendo-lhes a paz e a esperança, Jesus foi o mestre, por excelência, nessa arte, e deixou para a humanidade esse recurso, como herança divina, e a Boa Nova como disciplinadora dessas forças benfeitoras...
PARA QUE SERVE:
Como permuta das energias universais, quer entre desencarnados, quer entre encarnados elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizado no tratamento das doenças de longo curso; nas crises bruscas e repentinas de dor, no combate às chamadas "doenças-fantasmas", nas perturbações espirituais transitórias que sofrem as almas encarnadas, nas enfermidades da mente, no reequilíbrio de si mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão, nos abalos do sistema nervoso...
Por actuar directamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos distúrbios somáticos, o passe é o mais importante elemento para a promoção do equilíbrio perdido ou ainda não conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste se instale ou se revele.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
OBJECTIVOS DO PASSE:
Em primeiro lugar o Passe é direccionado para a pessoa ou para o espírito que carece e procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas.
Assim sendo, o assistido necessita de "evangelho-terapia", submetendo-se aos tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo.
Nesse sentido, a Fluidoterapia objectiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos.
Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa.
Dessa forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com a mudança de sua óptica em relação a elas.
MÉDIUNS PASSISTAS:
Pondera-se, por vezes, que a aplicação de passes exige que o homem possua determinadas qualidades inatas, chegando-se mesmo a confundi-las com a mediunidade curativa ou com o conhecimento de certas e determinadas "orações secretas"
Assim, nem todos poderiam ministrá-lo.
Essas afirmações trazem uma verdade e um engano ao mesmo tempo.
O engano está na restrição que se queira criar, seleccionando aqueles que não possuam dons especiais para ser passistas.
Na realidade qualquer pessoa sadia, em princípio, pode aplicá-lo e o aplica mesmo inconscientemente já que os Mentores Divinos, na sua tarefa de amparo, nem sempre podem aguardar a perfeição do intermediário que se lhes oferece para só então exercer sua bênção regenerativa.
A verdade está em que o conhecimento do mecanismo do passe e o aprimoramento moral e espiritual do homem facultam mais eficácia nos seus efeitos, criando condições básicas no paciente.
Num sentido geral, ninguém recebe uma graça ou um acréscimo especial da Misericórdia Divina para ser aqui na Terra, um passista comum.
E no mesmo sentido, ninguém, para essa actividade normal, traz missão especialíssima.
Por isso é que, mesmo sem nunca tê-lo praticado, qualquer um de nós, que repletemos o coração de confiança nos Planos Celestes e sustentemos pensamentos de amor e humildade, pode ensaiar as primeiras experiências de transmitir essa maravilhosa força de saúde e harmonia em favor de nossos semelhantes.
E o facto de não nos julgarmos dignos ou possuídos de suficientes conhecimentos não nos exime de submeter os nossos semelhantes à acção de nossos pensamentos.
E esse envolvimento natural é uma das fases embrionárias em que desenvolvemos nossa vontade e que nos conduzirá, um dia, à condição de passistas espontâneos e generosos, tão logo nos empreguemos na conquista do Bem.
Para nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos muito esforço, muita vontade activa, muita disciplina para irmos adquirindo certas condições mínimas, para sua aplicação.
A TRANSMISSÃO DO PASSE:
O fluxo energético se mantém e se projecta às custas da vontade do médium passista, assim como de entidades espirituais desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados.
Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
Em primeiro lugar o Passe é direccionado para a pessoa ou para o espírito que carece e procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas.
Assim sendo, o assistido necessita de "evangelho-terapia", submetendo-se aos tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo.
Nesse sentido, a Fluidoterapia objectiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos.
Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa.
Dessa forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com a mudança de sua óptica em relação a elas.
MÉDIUNS PASSISTAS:
Pondera-se, por vezes, que a aplicação de passes exige que o homem possua determinadas qualidades inatas, chegando-se mesmo a confundi-las com a mediunidade curativa ou com o conhecimento de certas e determinadas "orações secretas"
Assim, nem todos poderiam ministrá-lo.
Essas afirmações trazem uma verdade e um engano ao mesmo tempo.
O engano está na restrição que se queira criar, seleccionando aqueles que não possuam dons especiais para ser passistas.
Na realidade qualquer pessoa sadia, em princípio, pode aplicá-lo e o aplica mesmo inconscientemente já que os Mentores Divinos, na sua tarefa de amparo, nem sempre podem aguardar a perfeição do intermediário que se lhes oferece para só então exercer sua bênção regenerativa.
A verdade está em que o conhecimento do mecanismo do passe e o aprimoramento moral e espiritual do homem facultam mais eficácia nos seus efeitos, criando condições básicas no paciente.
Num sentido geral, ninguém recebe uma graça ou um acréscimo especial da Misericórdia Divina para ser aqui na Terra, um passista comum.
E no mesmo sentido, ninguém, para essa actividade normal, traz missão especialíssima.
Por isso é que, mesmo sem nunca tê-lo praticado, qualquer um de nós, que repletemos o coração de confiança nos Planos Celestes e sustentemos pensamentos de amor e humildade, pode ensaiar as primeiras experiências de transmitir essa maravilhosa força de saúde e harmonia em favor de nossos semelhantes.
E o facto de não nos julgarmos dignos ou possuídos de suficientes conhecimentos não nos exime de submeter os nossos semelhantes à acção de nossos pensamentos.
E esse envolvimento natural é uma das fases embrionárias em que desenvolvemos nossa vontade e que nos conduzirá, um dia, à condição de passistas espontâneos e generosos, tão logo nos empreguemos na conquista do Bem.
Para nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos muito esforço, muita vontade activa, muita disciplina para irmos adquirindo certas condições mínimas, para sua aplicação.
A TRANSMISSÃO DO PASSE:
O fluxo energético se mantém e se projecta às custas da vontade do médium passista, assim como de entidades espirituais desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados.
Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral.
Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações.
Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido.
A transmissão da energia se dá através de aura a aura.
O toque pode causar reacções contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização.
À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares.
Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo.
Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objectos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação.
Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
RESULTADOS DO PASSE:
Durante a transmissão do Passe temos um agente transmissor, dotado de recursos vitais e espirituais (médium passista) e um agente receptor (assistido, paciente, doente, etc.)
Os resultados podem ser de três ordens:
• Benéficos;
• Maléficos;
• Nulos.
Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações.
Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido.
A transmissão da energia se dá através de aura a aura.
O toque pode causar reacções contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização.
À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares.
Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo.
Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objectos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação.
Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
RESULTADOS DO PASSE:
Durante a transmissão do Passe temos um agente transmissor, dotado de recursos vitais e espirituais (médium passista) e um agente receptor (assistido, paciente, doente, etc.)
Os resultados podem ser de três ordens:
• Benéficos;
• Maléficos;
• Nulos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
BENÉFICOS
Dependem do médium passista, que deve estar em condições de transmitir o Passe:
• saúde física em boas condições para que o fluído vital possa ser doado;
• equilíbrio espiritual elevado para que os fluídos espirituais estejam em harmonia.
Dependem do assistido quando está:
• receptivo, em condições de favorecer o recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver os recursos espirituais;
• disposto a se melhorar espiritualmente, pois a ajuda do Passe é passageira e se fixará através de suas modificações íntimas.
MALÉFICOS
Dependem do médium passista quando está:
• em estado de saúde precária (fluido vital deficitário)
• com o organismo intoxicado (fumo, álcool, drogas, pensamentos desvirtuados, etc.);
• em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, vaidade, orgulho, raiva, desespero, desconfiança, ansiedade, etc.).
Depende do assistido:
• quando suas defesas estão praticamente nulas, não podendo neutralizar a torrente de fluídos grosseiros que lhe são transmitidos, visto que, de alguma forma se afiniza com eles.
Quando tais fluidos não são atraídos pelo assistido, o próprio plano espiritual actuante desintegrará a carga transmitida pelo médium passista despreparado.
NULOS
Depende do assistido:
• embora a ajuda do médium passista, o assistido se coloca em posição impermeável (descrença, vaidade, aversão, leviandade, etc.)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DO PASSE
Há uma certa discussão mo meio espírita sobre como o passe deveria ser aplicado.
Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objectivos de cura.
Outros, acham que o acto de apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que "o passe dispensa qualquer recurso espectacular".
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que "o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo".
José Herculano Pires, no livro “Ciência Espírita”, diz que “a eficácia do passe depende da boa vontade do médium, que se entrega humildemente à acção dos espíritos, sem perturbá-la com gesticulações excessivas, limitando-se às que os espíritos lhe sugerirem no momento.
Não temos nenhum conhecimento objectivo do processo de manipulação dos fluidos pelos espíritos e poderíamos perturbar-lhes a acção curadora com nossa intervenção pretensiosa.
O médium é instrumento vivo e inteligente da acção espiritual, mas só deve utilizar a sua inteligência para compreender o seu papel de doador de fluídos, como se passa no caso da doação de sangue nos hospitais”.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, em setembro de 1865, diz aos médiuns que:
"Apenas sua ignorância lhe faz crer na influência desta ou daquela forma.
Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Dependem do médium passista, que deve estar em condições de transmitir o Passe:
• saúde física em boas condições para que o fluído vital possa ser doado;
• equilíbrio espiritual elevado para que os fluídos espirituais estejam em harmonia.
Dependem do assistido quando está:
• receptivo, em condições de favorecer o recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver os recursos espirituais;
• disposto a se melhorar espiritualmente, pois a ajuda do Passe é passageira e se fixará através de suas modificações íntimas.
MALÉFICOS
Dependem do médium passista quando está:
• em estado de saúde precária (fluido vital deficitário)
• com o organismo intoxicado (fumo, álcool, drogas, pensamentos desvirtuados, etc.);
• em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, vaidade, orgulho, raiva, desespero, desconfiança, ansiedade, etc.).
Depende do assistido:
• quando suas defesas estão praticamente nulas, não podendo neutralizar a torrente de fluídos grosseiros que lhe são transmitidos, visto que, de alguma forma se afiniza com eles.
Quando tais fluidos não são atraídos pelo assistido, o próprio plano espiritual actuante desintegrará a carga transmitida pelo médium passista despreparado.
NULOS
Depende do assistido:
• embora a ajuda do médium passista, o assistido se coloca em posição impermeável (descrença, vaidade, aversão, leviandade, etc.)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DO PASSE
Há uma certa discussão mo meio espírita sobre como o passe deveria ser aplicado.
Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objectivos de cura.
Outros, acham que o acto de apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que "o passe dispensa qualquer recurso espectacular".
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que "o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo".
José Herculano Pires, no livro “Ciência Espírita”, diz que “a eficácia do passe depende da boa vontade do médium, que se entrega humildemente à acção dos espíritos, sem perturbá-la com gesticulações excessivas, limitando-se às que os espíritos lhe sugerirem no momento.
Não temos nenhum conhecimento objectivo do processo de manipulação dos fluidos pelos espíritos e poderíamos perturbar-lhes a acção curadora com nossa intervenção pretensiosa.
O médium é instrumento vivo e inteligente da acção espiritual, mas só deve utilizar a sua inteligência para compreender o seu papel de doador de fluídos, como se passa no caso da doação de sangue nos hospitais”.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, em setembro de 1865, diz aos médiuns que:
"Apenas sua ignorância lhe faz crer na influência desta ou daquela forma.
Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: ARTIGOS DIVERSOS III
O orientador Odilon, na obra "Do Outro Lado do Espelho" indagado a respeito das técnicas concernentes ao passe, assim se expressou:
"Obsoletas e desnecessárias.
Nenhuma delas substituirá ou terá maior eficácia que a da imposição das mãos.
O que foge da simplicidade complica, e o que complica não é Espiritismo".
Perguntado, em seguida, com referência aos trabalhos de cura, informou:
- A transmissão do passe e a magnetização da água, a prece e a tarefa assistencial são as mais genuínas actividades de cura em um centro espírita; o que fugir disto - permitam-me a expressão - é invencionice...
Precisamos de espiritualizar a cura e não materializá-la, como tem sido feito.
A cura real do corpo brota da intimidade celular - se é assim para o corpo, por que não deveria ser assim para a alma?
Todo processo de cura passa pela renovação do pensamento.
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o Passe.
Cada grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros.
A técnica de aplicação do Passe dever ser a mais simples possível, evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente.
Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicação do Passe surtirá efeito se o médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo.
Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.
A Título de estudo, estamos citando neste trabalho algumas técnicas de aplicação de passes citadas por alguns autores e aplicadas em algumas poucas casas espíritas, uma vez que a sugestão dos seus criadores não encontrou eco no movimento espírita em geral.
Assim, defendemos a pureza e a simplicidade doutrinária espírita, especialmente na aplicação dos passes, que não devem ser aplicados de modo diferente do que nos ensinou Jesus: "imposição das mãos", nada mais
Crédito Alice Garcia.
§.§.§- Ave sem Ninho
"Obsoletas e desnecessárias.
Nenhuma delas substituirá ou terá maior eficácia que a da imposição das mãos.
O que foge da simplicidade complica, e o que complica não é Espiritismo".
Perguntado, em seguida, com referência aos trabalhos de cura, informou:
- A transmissão do passe e a magnetização da água, a prece e a tarefa assistencial são as mais genuínas actividades de cura em um centro espírita; o que fugir disto - permitam-me a expressão - é invencionice...
Precisamos de espiritualizar a cura e não materializá-la, como tem sido feito.
A cura real do corpo brota da intimidade celular - se é assim para o corpo, por que não deveria ser assim para a alma?
Todo processo de cura passa pela renovação do pensamento.
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o Passe.
Cada grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros.
A técnica de aplicação do Passe dever ser a mais simples possível, evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente.
Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicação do Passe surtirá efeito se o médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo.
Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.
A Título de estudo, estamos citando neste trabalho algumas técnicas de aplicação de passes citadas por alguns autores e aplicadas em algumas poucas casas espíritas, uma vez que a sugestão dos seus criadores não encontrou eco no movimento espírita em geral.
Assim, defendemos a pureza e a simplicidade doutrinária espírita, especialmente na aplicação dos passes, que não devem ser aplicados de modo diferente do que nos ensinou Jesus: "imposição das mãos", nada mais
Crédito Alice Garcia.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 29 de 41 • 1 ... 16 ... 28, 29, 30 ... 35 ... 41
Tópicos semelhantes
» ARTIGOS DIVERSOS V
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
» ARTIGOS DIVERSOS II
» ARTIGOS DIVERSOS IV
» ARTIGOS DIVERSOS
» ARTIGOS DIVERSOS I
» ARTIGOS DIVERSOS II
» ARTIGOS DIVERSOS IV
Página 29 de 41
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos