ARTIGOS DIVERSOS III
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
E é por essa razão que o Mentor Emmanuel ensina que “A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.” 4
Mas nem sempre os filhos contam com o amor sublimado da verdadeira mãe, tão decantado pelos poetas.
Consideremos a opinião de BADINTER5, estudiosa francesa que realizou uma respeitável pesquisa sobre o tema.
A sua tese é a de que o amor materno não é um sentimento inato; que ele não faz parte intrínseca da natureza feminina:
é um sentimento que se desenvolve ao sabor das variações sócio-económicas da história, e pode existir, ou não, dependendo da época e das circunstâncias materiais em que vivem as mães.
E nós acrescentaríamos: das relações que mantiveram os Espíritos da mãe e do filho em vidas pretéritas.
A autora constata, ainda, a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe, concluindo que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e, como tal, incerto, frágil e imperfeito.
Quando o Codificador perguntou aos Espíritos (LE - questão 890) se o amor materno era uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais, eles responderam que seria “uma e outra coisa”.
Seria virtude, que não é uma graça obtida, mas um hábito adquirido; e seria instinto, que no animal se limita a prover as necessidades primárias das crias.
Sabendo o professor Rivail que nem todas as mães possuem esse sentimento tão nobre de que falam as entidades do Além-túmulo, redarguiu: - “como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?”
E a resposta foi a de que, em muitos casos, pode ser uma prova ou expiação que o filho escolheu para enfrentar uma mãe má.
Fica, portanto, implícito que o Espírito ao reencarnar na condição de mãe nem sempre terá o amor pelo futuro filho.
(LE - questão 891) (Itálicos nossos)
Não obstante encontrarmos valiosos esclarecimentos para as relações conflitivas entre pais e filhos; na verdade da reencarnação e na Lei de causa e efeito, não devemos ser reducionistas na apreciação dessa modalidade de conflito.
“Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo podem se rebelar contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em cenas de pugilato e vergonha.” 6
Em verdade, quase todos nascemos despreparados para sermos pais, amar e educar os filhos na forma ideal, conforme os estudiosos do assunto e os Espíritos Superiores.
Diante disso, teremos que buscar ajuda nas ciências que tratam do relacionamento inter-pessoal, com enfoque na família.
Não há dúvida que as técnicas psicológicas e a metodologia da educação favorecem profundamente o êxito desse empreendimento.
O diálogo aberto e sincero, a solidariedade, a indulgência, a energia moral e o amor dilatado em todos os sentidos são instrumentos de que os pais podem adoptar para merecerem o respeito e a confiança dos filhos. Imprescindível acompanhar o desenvolvimento bio-psico-social deles, na tentativa de compreender-lhes o comportamento, levando em conta a idade, capacidade intelectual, estágio espiritual e o contexto social em que estão inseridos.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.” 4
Mas nem sempre os filhos contam com o amor sublimado da verdadeira mãe, tão decantado pelos poetas.
Consideremos a opinião de BADINTER5, estudiosa francesa que realizou uma respeitável pesquisa sobre o tema.
A sua tese é a de que o amor materno não é um sentimento inato; que ele não faz parte intrínseca da natureza feminina:
é um sentimento que se desenvolve ao sabor das variações sócio-económicas da história, e pode existir, ou não, dependendo da época e das circunstâncias materiais em que vivem as mães.
E nós acrescentaríamos: das relações que mantiveram os Espíritos da mãe e do filho em vidas pretéritas.
A autora constata, ainda, a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe, concluindo que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e, como tal, incerto, frágil e imperfeito.
Quando o Codificador perguntou aos Espíritos (LE - questão 890) se o amor materno era uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais, eles responderam que seria “uma e outra coisa”.
Seria virtude, que não é uma graça obtida, mas um hábito adquirido; e seria instinto, que no animal se limita a prover as necessidades primárias das crias.
Sabendo o professor Rivail que nem todas as mães possuem esse sentimento tão nobre de que falam as entidades do Além-túmulo, redarguiu: - “como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes?”
E a resposta foi a de que, em muitos casos, pode ser uma prova ou expiação que o filho escolheu para enfrentar uma mãe má.
Fica, portanto, implícito que o Espírito ao reencarnar na condição de mãe nem sempre terá o amor pelo futuro filho.
(LE - questão 891) (Itálicos nossos)
Não obstante encontrarmos valiosos esclarecimentos para as relações conflitivas entre pais e filhos; na verdade da reencarnação e na Lei de causa e efeito, não devemos ser reducionistas na apreciação dessa modalidade de conflito.
“Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo podem se rebelar contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em cenas de pugilato e vergonha.” 6
Em verdade, quase todos nascemos despreparados para sermos pais, amar e educar os filhos na forma ideal, conforme os estudiosos do assunto e os Espíritos Superiores.
Diante disso, teremos que buscar ajuda nas ciências que tratam do relacionamento inter-pessoal, com enfoque na família.
Não há dúvida que as técnicas psicológicas e a metodologia da educação favorecem profundamente o êxito desse empreendimento.
O diálogo aberto e sincero, a solidariedade, a indulgência, a energia moral e o amor dilatado em todos os sentidos são instrumentos de que os pais podem adoptar para merecerem o respeito e a confiança dos filhos. Imprescindível acompanhar o desenvolvimento bio-psico-social deles, na tentativa de compreender-lhes o comportamento, levando em conta a idade, capacidade intelectual, estágio espiritual e o contexto social em que estão inseridos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Aos pais lhes é dada pelo Criador a árdua e compensadora missão de conduzir os filhos, preparando o adolescente e o homem do futuro; moldando-os com cinzel das admoestações amorosas; alimentando suas mentes com as conversações dignificantes; oferecendo-lhes exemplos de carácter saudável, carinho e amizade.
Esses procedimentos promovem a desintegração dos quistos conflitantes na família, com etiologia em vidas pregressas, evitando que novos desajustes se iniciem na vida actual.
A família de cada um de nós é estruturada com base na lei da causa e efeito; pais e filhos se reencontram porque necessitam uns dos outros, almejando a reconciliação.
Vital é que a tolerância, a indulgência e o perdão se façam presentes nos momentos difíceis, para que o recomeço, bênção divina, se transforme em ventura espiritual.
Waldehir Bezerra de Almeida
1- KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro-RJ: FEB, 2008. Cap. V, item 4, p. 112.
2- XAVIER, Francisco Cândido. Missionário da luz. Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 202.
3- FRANCO, Divaldo Pereira. Triunfo pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: Leal, 2002. p. 84.
4- XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, RJ: FEB, questão 189.
5- BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 5. ed. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
6- TEXEIRA, J. Raul. Desafios da educação. Pelo Espírito Camilo. Niterói-RJ: FRÁTER, p. 35
§.§.§- Ave sem Ninho
Esses procedimentos promovem a desintegração dos quistos conflitantes na família, com etiologia em vidas pregressas, evitando que novos desajustes se iniciem na vida actual.
A família de cada um de nós é estruturada com base na lei da causa e efeito; pais e filhos se reencontram porque necessitam uns dos outros, almejando a reconciliação.
Vital é que a tolerância, a indulgência e o perdão se façam presentes nos momentos difíceis, para que o recomeço, bênção divina, se transforme em ventura espiritual.
Waldehir Bezerra de Almeida
1- KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro-RJ: FEB, 2008. Cap. V, item 4, p. 112.
2- XAVIER, Francisco Cândido. Missionário da luz. Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 202.
3- FRANCO, Divaldo Pereira. Triunfo pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: Leal, 2002. p. 84.
4- XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, RJ: FEB, questão 189.
5- BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 5. ed. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
6- TEXEIRA, J. Raul. Desafios da educação. Pelo Espírito Camilo. Niterói-RJ: FRÁTER, p. 35
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Morte física e desencarne
– porque demoramos para desligar da matéria?
Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente.
O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar.
O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objectivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo.
No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais.
O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia.
Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade.
Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
“Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!”
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
“Que morte horrível! Quanto sofrimento!”
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito.
As dores físicas actuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano.
Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti
§.§.§- Ave sem Ninho
Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente.
O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar.
O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objectivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo.
No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais.
O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia.
Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade.
Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
“Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!”
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
“Que morte horrível! Quanto sofrimento!”
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito.
As dores físicas actuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano.
Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti
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Transplantes na concepção espírita
Nas práticas médicas de todas as especialidades , o transplante de órgãos é a que demonstra com maior clareza a estreita relação entre a morte e a nova vida, o renascimento das cinzas como Fénix:
o mitológico pássaro símbolo da renovação do tempo e da vida após a morte.(1)
A temática "doação de órgãos e transplantes" é bastante coetâneo no cenário terreno.
Sobre o assunto as informações instrutivas dos Benfeitores Espirituais não são abundantes.
O projecto genoma, as investigações sobre células-tronco embrionárias e outras sinalizam o alcance da ciência humana.
Os transplantes , em épocas recuadas repletas de casos de rejeição, tornaram-se práticas hodiernas de recomposição orgânica.
O esmero "in-vivo" de experiências visando regeneração de células e a perspectiva de melhoria de vida caminham adiante, em que pese às pesquisas ensaiarem, ainda, as iniciantes marchas.
Isso torna auspiciosa a expectativa da ciência contemporânea.
Contudo, o receio do desconhecido paira no imaginário de muitos.
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes.
Isso não é verdade!
Mister esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos,ao povo.
A minha morte é minha.
Eu tenho este direito.
Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fê-lo porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas [inoportunas] para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação.
Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido.
Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores.
"Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte.
Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!"(2)
Joanna de Angelis sabendo dessa importância ressalta "
(...) Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico.
Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude - que é a vida em si mesma, estuante e real" (3)
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante.
Os Espíritos, segundo Chico Xavier, não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais.
Pois é muito natural que, ao nos desenvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. (4)
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.
Divaldo Franco certifica: se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse património, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada(5)
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico.
O doador de olhos não retornará cego ao Além.
Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?(6)
Quando se pode precisar que uma pessoa esteja realmente morta? - conforme a American Society of Neuroradiology morte encefálica é o estado irreversível de cessação de todo o encéfalo e funções neurais, resultante de edema e maciça destruição dos tecidos encefálicos apesar da actividade cardiopulmonar poder ser mantida por avançados sistemas de suporte vital e mecanismo e ventilação".(7)
o mitológico pássaro símbolo da renovação do tempo e da vida após a morte.(1)
A temática "doação de órgãos e transplantes" é bastante coetâneo no cenário terreno.
Sobre o assunto as informações instrutivas dos Benfeitores Espirituais não são abundantes.
O projecto genoma, as investigações sobre células-tronco embrionárias e outras sinalizam o alcance da ciência humana.
Os transplantes , em épocas recuadas repletas de casos de rejeição, tornaram-se práticas hodiernas de recomposição orgânica.
O esmero "in-vivo" de experiências visando regeneração de células e a perspectiva de melhoria de vida caminham adiante, em que pese às pesquisas ensaiarem, ainda, as iniciantes marchas.
Isso torna auspiciosa a expectativa da ciência contemporânea.
Contudo, o receio do desconhecido paira no imaginário de muitos.
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes.
Isso não é verdade!
Mister esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos,ao povo.
A minha morte é minha.
Eu tenho este direito.
Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fê-lo porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas [inoportunas] para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação.
Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido.
Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores.
"Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte.
Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!"(2)
Joanna de Angelis sabendo dessa importância ressalta "
(...) Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico.
Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude - que é a vida em si mesma, estuante e real" (3)
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante.
Os Espíritos, segundo Chico Xavier, não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais.
Pois é muito natural que, ao nos desenvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. (4)
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.
Divaldo Franco certifica: se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse património, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada(5)
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico.
O doador de olhos não retornará cego ao Além.
Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?(6)
Quando se pode precisar que uma pessoa esteja realmente morta? - conforme a American Society of Neuroradiology morte encefálica é o estado irreversível de cessação de todo o encéfalo e funções neurais, resultante de edema e maciça destruição dos tecidos encefálicos apesar da actividade cardiopulmonar poder ser mantida por avançados sistemas de suporte vital e mecanismo e ventilação".(7)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
A grande celeuma do assunto é a morte encefálica, na vigência da qual órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados.
Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.(8)
Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado.
É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sanguínea não servem para transplantes.
Seria a eutanásia?
Evidentemente que caracterizar o facto como tal carece de argumentação científica (...) para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.(8)
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral(10), só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar.
Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
Questão que também amiudemente é levantada é a rejeição do organismo após a cirurgia. Chico Xavier nos vem ao auxílio, explicando:
André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual está presente no receptor.
O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir.(11)
Especialistas, a partir de 1967, desenvolveram várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatiaprina e corticóides), para reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida.(12)
Estatisticamente, o que há é que a taxa de prolongamento de vida dos transplantes é extremamente elevada.
Isso graças não só às técnicas médicas, sempre se aperfeiçoando, mas também pelos esquemas imunossupressores que se desenvolveram e se ampliaram consideravelmente, existindo actualmente esquemas que levam a zero por cento (0%) a rejeição celular aguda na fase inicial do transplante, que é quando ocorrem.(13)
André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo [por transplante, por exemplo], tenderá a adaptar-se ao novo comando [espiritual] que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajectória.(14)
Condição essa corroborada por Joanna de Angelis quando expõe:
(...) transferido o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que o seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.(15)
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses.(16)
Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. (17)
Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necropsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada:
abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras toracoabdominais.(18)
Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.(8)
Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado.
É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sanguínea não servem para transplantes.
Seria a eutanásia?
Evidentemente que caracterizar o facto como tal carece de argumentação científica (...) para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.(8)
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral(10), só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar.
Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
Questão que também amiudemente é levantada é a rejeição do organismo após a cirurgia. Chico Xavier nos vem ao auxílio, explicando:
André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual está presente no receptor.
O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir.(11)
Especialistas, a partir de 1967, desenvolveram várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatiaprina e corticóides), para reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida.(12)
Estatisticamente, o que há é que a taxa de prolongamento de vida dos transplantes é extremamente elevada.
Isso graças não só às técnicas médicas, sempre se aperfeiçoando, mas também pelos esquemas imunossupressores que se desenvolveram e se ampliaram consideravelmente, existindo actualmente esquemas que levam a zero por cento (0%) a rejeição celular aguda na fase inicial do transplante, que é quando ocorrem.(13)
André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo [por transplante, por exemplo], tenderá a adaptar-se ao novo comando [espiritual] que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajectória.(14)
Condição essa corroborada por Joanna de Angelis quando expõe:
(...) transferido o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que o seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.(15)
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses.(16)
Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. (17)
Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necropsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada:
abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras toracoabdominais.(18)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Não se pode perder de vista a questão do mérito individual.
Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necropsia?!
O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!(19)
Em síntese, a doação de órgãos para transplantes não afectará o espírito do doador, excepto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade.
Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor.
JORGE HESSEN
FONTES:
1- Mário Abbud Filho Ex-Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto.Membro da American Society Transplant Physician. Membro da International Transplantation Society, disponível acesso em 12/04/2005
2- In Doação de Órgãos e Transplantes de Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva, disponível acesso em 15/04/2004
3- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Salvador/Ba: Ed. LEAL, 1999, Cf. Cap. Transplantes de Órgãos
4- Publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38
5- Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
6- Simonetti, Richard. Quem tem medo da morte? - São Paulo /SP: Editora Lumini ,2001
7- In: "Dos transplantes de Órgãos à Clonagem", de Rita Maria P.Santos, Ed. Forense, Rio/RJ, 2000, p. 41
8- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
9- Idem
10- O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais. Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
11- Cf. Revista Espírita, Allan Kardec, ano X, n°38
12- Folha de S.Paulo, A3, "Opinião", 15.Maio.2001
13- Entrevista com o Prof. Dr. Flávio Jota de Paula Médico da Unidade de Transplante Renal do HC/FMUSP. 1º Secretário da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretor da I Mini Maratona de Transplantados de Órgãos do Brasil. Publicado em Prática Hospitalar ano IV n º 24 nov-dez/2002
14- Xavier, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos - Ditado pelo Espírito André Luiz. 5ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed FEB, 1972, cap. "Células e Corpo Espiritual"
15- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joana de Angelis. Salvador: Ed. LEAL, 1999
16- Kardec, Allan,. O Livros dos Espíritos, RJ: Ed FEB/2003, questão n° 155, Cap. XI.
17- Kühl Eurípedes DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTES Entrevista Virtual disponível acesso em 24/04/2005
18- Cf. Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
19- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
§.§.§- Ave sem Ninho
Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necropsia?!
O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!(19)
Em síntese, a doação de órgãos para transplantes não afectará o espírito do doador, excepto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade.
Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor.
JORGE HESSEN
FONTES:
1- Mário Abbud Filho Ex-Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto.Membro da American Society Transplant Physician. Membro da International Transplantation Society, disponível acesso em 12/04/2005
2- In Doação de Órgãos e Transplantes de Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva, disponível acesso em 15/04/2004
3- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Salvador/Ba: Ed. LEAL, 1999, Cf. Cap. Transplantes de Órgãos
4- Publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38
5- Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
6- Simonetti, Richard. Quem tem medo da morte? - São Paulo /SP: Editora Lumini ,2001
7- In: "Dos transplantes de Órgãos à Clonagem", de Rita Maria P.Santos, Ed. Forense, Rio/RJ, 2000, p. 41
8- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
9- Idem
10- O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais. Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
11- Cf. Revista Espírita, Allan Kardec, ano X, n°38
12- Folha de S.Paulo, A3, "Opinião", 15.Maio.2001
13- Entrevista com o Prof. Dr. Flávio Jota de Paula Médico da Unidade de Transplante Renal do HC/FMUSP. 1º Secretário da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretor da I Mini Maratona de Transplantados de Órgãos do Brasil. Publicado em Prática Hospitalar ano IV n º 24 nov-dez/2002
14- Xavier, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos - Ditado pelo Espírito André Luiz. 5ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed FEB, 1972, cap. "Células e Corpo Espiritual"
15- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joana de Angelis. Salvador: Ed. LEAL, 1999
16- Kardec, Allan,. O Livros dos Espíritos, RJ: Ed FEB/2003, questão n° 155, Cap. XI.
17- Kühl Eurípedes DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTES Entrevista Virtual disponível acesso em 24/04/2005
18- Cf. Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
19- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
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A perda de um animal de estimação
Recém-acometido pelo processo de perder um grande companheiro de estimação, um amigão canino, que já estava há pelo menos 10 anos no seio da família e, portanto, tornando-se parte desta, reflecti muito sobre todos os estudos e conhecimentos adquiridos, ainda que limitados, e tentei reflectir sobre o ocorrido, tentando encontrar interpretações consoladoras, tais quais nossa Doutrina Espírita.
Como sabemos, os animais possuem espírito sim, porém são espíritos que têm características diferentes das nossas, já que estão num nível anterior de evolução.
Estes espíritos não encarnam com provas e expiações de cunho moral e ainda não carregam uma bagagem existencial de seus actos praticados em vivências anteriores; portanto, não têm reajustes e nem reparos a ser realizados, o que já é uma mensagem muito optimista, já que nossos amados animais não poderão ser cobrados por vasos que destruíram, por sofás rasgados, pelas mordidas e arranhões praticados e nem por aquele dia de loucura que todos eles têm e que sempre ocasiona uma série de danos.
Então qual é o objectivo da jornada destes espíritos aqui entre nós, encarnados?
Talvez, além de vivenciarem o reino animal, desenvolverem funções de automatismo em relação à alimentação e sobrevivência, conviverem “em família” com seres humanos e mais uma série de coisas que fogem ao nosso conhecimento, acredito seriamente que eles também venham, além de aprender, para nos ensinar, o que seria de certa forma, parte de suas missões.
Quando bem tratados, recebedores de nosso amor, carinho e atenção, tornam-se verdadeiros instrutores sobre estes sentimentos.
Não se alteram como nós por acontecimentos do dia a dia, não são envolvidos pelo materialismo e nem por egocentrismos, não perdem a paciência por conta de problemas emocionais ou financeiros; pelo contrário, parece que sempre estão num estado “receptivo” constante a espera por nós, por nossas brincadeiras, por nossos afagos, enfim por nossa presença aos seus lados.
Manifestam amor e carinho de forma incondicional e, por muitas vezes, o simples fato de estarmos com eles, traz-nos mais tranquilidade, mais paz, uma sensação de estarmos recebendo um colo aconchegante.
Mas, enfim, chegado o dia da separação com nossos amados animais, como devemos enfrentar a situação?
Devemos encarar como um desencarne humano com menos complicações, porém que exige de nós alguns cuidados.
Serenidade inicial para controlarmos o nosso egoísmo e ao invés de acharmos que estamos perdendo o “nosso” companheiro, perceber que o mesmo estará se libertando de seu corpo físico, sem nenhum tipo de frustração ou demérito, por não ter necessidades provacionais.
Que assim como nós, existe o amparo espiritual para eles, mas que, se ficarmos nos apegando de forma emocional negativa, negando-nos a aceitar o desencarne deles, estaremos atrapalhando o processo do desenlace de seus espíritos dos corpos já moribundos.
Então tenhamos tranquilidade e lembremos que os desígnios de Deus são perfeitos, inclusive para eles.
Recordemos sim, com alegria e felicidade dos momentos vividos juntos e agradeçamos ao Senhor por isto.
Oremos também por eles, isto não é blasfémia, afinal, tudo que emana do amor é puro!
Oremos sim, para que eles sejam bem recebidos no plano espiritual, que, se for necessário, que nos acompanhem por mais algum tempo, mesmo que não percebamos isto.
Oremos para que caso eles necessitem permanecer como animais no plano espiritual, que possam ser úteis, que possam ser felizes e até trabalhar por lá ou quem sabe reencarnar e voltar ao nosso lar...
Dignifiquemos tudo de bom que nos trouxeram e desejemos que prossigam na jornada evolutiva, da maneira mais conveniente e adequada para eles, de acordo com o planeamento divino.
André Franchi
§.§.§- Ave sem Ninho
Como sabemos, os animais possuem espírito sim, porém são espíritos que têm características diferentes das nossas, já que estão num nível anterior de evolução.
Estes espíritos não encarnam com provas e expiações de cunho moral e ainda não carregam uma bagagem existencial de seus actos praticados em vivências anteriores; portanto, não têm reajustes e nem reparos a ser realizados, o que já é uma mensagem muito optimista, já que nossos amados animais não poderão ser cobrados por vasos que destruíram, por sofás rasgados, pelas mordidas e arranhões praticados e nem por aquele dia de loucura que todos eles têm e que sempre ocasiona uma série de danos.
Então qual é o objectivo da jornada destes espíritos aqui entre nós, encarnados?
Talvez, além de vivenciarem o reino animal, desenvolverem funções de automatismo em relação à alimentação e sobrevivência, conviverem “em família” com seres humanos e mais uma série de coisas que fogem ao nosso conhecimento, acredito seriamente que eles também venham, além de aprender, para nos ensinar, o que seria de certa forma, parte de suas missões.
Quando bem tratados, recebedores de nosso amor, carinho e atenção, tornam-se verdadeiros instrutores sobre estes sentimentos.
Não se alteram como nós por acontecimentos do dia a dia, não são envolvidos pelo materialismo e nem por egocentrismos, não perdem a paciência por conta de problemas emocionais ou financeiros; pelo contrário, parece que sempre estão num estado “receptivo” constante a espera por nós, por nossas brincadeiras, por nossos afagos, enfim por nossa presença aos seus lados.
Manifestam amor e carinho de forma incondicional e, por muitas vezes, o simples fato de estarmos com eles, traz-nos mais tranquilidade, mais paz, uma sensação de estarmos recebendo um colo aconchegante.
Mas, enfim, chegado o dia da separação com nossos amados animais, como devemos enfrentar a situação?
Devemos encarar como um desencarne humano com menos complicações, porém que exige de nós alguns cuidados.
Serenidade inicial para controlarmos o nosso egoísmo e ao invés de acharmos que estamos perdendo o “nosso” companheiro, perceber que o mesmo estará se libertando de seu corpo físico, sem nenhum tipo de frustração ou demérito, por não ter necessidades provacionais.
Que assim como nós, existe o amparo espiritual para eles, mas que, se ficarmos nos apegando de forma emocional negativa, negando-nos a aceitar o desencarne deles, estaremos atrapalhando o processo do desenlace de seus espíritos dos corpos já moribundos.
Então tenhamos tranquilidade e lembremos que os desígnios de Deus são perfeitos, inclusive para eles.
Recordemos sim, com alegria e felicidade dos momentos vividos juntos e agradeçamos ao Senhor por isto.
Oremos também por eles, isto não é blasfémia, afinal, tudo que emana do amor é puro!
Oremos sim, para que eles sejam bem recebidos no plano espiritual, que, se for necessário, que nos acompanhem por mais algum tempo, mesmo que não percebamos isto.
Oremos para que caso eles necessitem permanecer como animais no plano espiritual, que possam ser úteis, que possam ser felizes e até trabalhar por lá ou quem sabe reencarnar e voltar ao nosso lar...
Dignifiquemos tudo de bom que nos trouxeram e desejemos que prossigam na jornada evolutiva, da maneira mais conveniente e adequada para eles, de acordo com o planeamento divino.
André Franchi
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OBJECTIVO DA REENCARNAÇÃO
Reencarnação é um processo de despertamento da alma.
As vidas sucessivas são escolas em todos os reinos da natureza.
É, pois, uma depuração constante em rumos variáveis.
Ela é uma das leis de Deus, e se encontra fixada na eternidade para ajudar seus filhos a compreenderem a si mesmos, a serem obedientes aos programas do Todo Poderoso.
É certo que o Espírito progride no mundo espiritual, sem a participação do corpo físico; este é um dos primeiros degraus do progresso da alma.
O estudioso de espiritualismo, que já se libertou de comandos deliberados para a sua compreensão, chega à conclusão de que o mundo físico e o espiritual se confundem, que tudo vem de Deus na Sua maior expressão de amor.
Se o Senhor criou essas modalidades de progresso, certamente porque viu que era bom.
Os meios de despertamento das almas são infinitos.
Quem deseja ficar parado no tempo e no espaço sofre as consequências dessa inércia; quem abre a mente para o estudo, para todos os tipos de análise acerca da vida, encontra ou começa a encontrar a verdade, e ela ajuda a sua libertação.
Em muitos casos, a reencarnação se expressa como justiça em variados ângulos da lei.
O que chamas de expiação da alma, em se enfrentando as reencarnações, não passa de processos de evolução do Espírito, visto que todos passam por isso.
Enfim, são caminhos indispensáveis ao bem estar de todo o rebanho para purificação, se esse é o termo, dos filhos da criação.
Cada corpo que o Espírito recebe na Terra é uma bênção de Deus em seu caminho, porque significa um degrau que sobe para a eternidade, sendo que ninguém regride.
Sempre estamos avançando para a nossa própria liberdade.
O processo reencarnatório está sofrendo limitações inumeráveis em todos os países.
São dificuldades que os Espíritos estão sofrendo por estarmos passando por fechamento de ciclo evolutivo.
São também meios de depuração espiritual, que estão sob o controle de Deus, que tudo sabe e de Jesus, que compreende o porquê de todas as catástrofes morais e mesmo físicas que se passam e que deverão surgir.
A dor é, pois, o anjo divino que deve aparecer com frequência no cenário da Terra, para salvar as criaturas de maiores distúrbios.
Quem nega a reencarnação recusando-se a meditar sobre o assunto, talvez com medo de que por intermédio dela e pelos seus processos variáveis venham a mudar de posição onde se encontram, em situação de mando e abundância de ouro, se esquece que lei é lei, principalmente a de Deus.
Em verdade, nada existe que não viva e torne a viver incessantemente, e reafirmamos que se muda de corpo quantas vezes forem necessárias, sendo eles degraus para que se conheça a luz na sua intensidade de Amor.
O objectivo da reencarnação é facultar cada vez mais ao Espírito a lucidez da vida e oferecer mais vida para quem procura viver.
Uma das linhas da Doutrina dos Espíritos é anunciar essa lei divina em todos os seus aspectos e falar em voz alta esse nome: reencarnação.
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
As vidas sucessivas são escolas em todos os reinos da natureza.
É, pois, uma depuração constante em rumos variáveis.
Ela é uma das leis de Deus, e se encontra fixada na eternidade para ajudar seus filhos a compreenderem a si mesmos, a serem obedientes aos programas do Todo Poderoso.
É certo que o Espírito progride no mundo espiritual, sem a participação do corpo físico; este é um dos primeiros degraus do progresso da alma.
O estudioso de espiritualismo, que já se libertou de comandos deliberados para a sua compreensão, chega à conclusão de que o mundo físico e o espiritual se confundem, que tudo vem de Deus na Sua maior expressão de amor.
Se o Senhor criou essas modalidades de progresso, certamente porque viu que era bom.
Os meios de despertamento das almas são infinitos.
Quem deseja ficar parado no tempo e no espaço sofre as consequências dessa inércia; quem abre a mente para o estudo, para todos os tipos de análise acerca da vida, encontra ou começa a encontrar a verdade, e ela ajuda a sua libertação.
Em muitos casos, a reencarnação se expressa como justiça em variados ângulos da lei.
O que chamas de expiação da alma, em se enfrentando as reencarnações, não passa de processos de evolução do Espírito, visto que todos passam por isso.
Enfim, são caminhos indispensáveis ao bem estar de todo o rebanho para purificação, se esse é o termo, dos filhos da criação.
Cada corpo que o Espírito recebe na Terra é uma bênção de Deus em seu caminho, porque significa um degrau que sobe para a eternidade, sendo que ninguém regride.
Sempre estamos avançando para a nossa própria liberdade.
O processo reencarnatório está sofrendo limitações inumeráveis em todos os países.
São dificuldades que os Espíritos estão sofrendo por estarmos passando por fechamento de ciclo evolutivo.
São também meios de depuração espiritual, que estão sob o controle de Deus, que tudo sabe e de Jesus, que compreende o porquê de todas as catástrofes morais e mesmo físicas que se passam e que deverão surgir.
A dor é, pois, o anjo divino que deve aparecer com frequência no cenário da Terra, para salvar as criaturas de maiores distúrbios.
Quem nega a reencarnação recusando-se a meditar sobre o assunto, talvez com medo de que por intermédio dela e pelos seus processos variáveis venham a mudar de posição onde se encontram, em situação de mando e abundância de ouro, se esquece que lei é lei, principalmente a de Deus.
Em verdade, nada existe que não viva e torne a viver incessantemente, e reafirmamos que se muda de corpo quantas vezes forem necessárias, sendo eles degraus para que se conheça a luz na sua intensidade de Amor.
O objectivo da reencarnação é facultar cada vez mais ao Espírito a lucidez da vida e oferecer mais vida para quem procura viver.
Uma das linhas da Doutrina dos Espíritos é anunciar essa lei divina em todos os seus aspectos e falar em voz alta esse nome: reencarnação.
Mac Brenda .
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O QUE É O ESPIRITISMO? QUAL SUA MISSÃO?
PERGUNTA: Conforme afirmam os espíritas, o Espiritismo é realmente a doutrina mais compatível com a evolução do homem actual?
RAMATÍS: O Espiritismo é a doutrina mais própria para o aprimoramento espiritual do cidadão moderno.
Os seus ensinamentos são compreensíveis a todos os homens e ajustam-se perfeitamente às tendências especulativas e ao progresso científico dos tempos actuais.
É o Consolador da humanidade prometido por Jesus.
Cumpre-lhe a missão de incentivar e disciplinar o "derramamento da mediunidade pela carne", estimulando pelas vozes do Além as lutas pela evolução moral dos seres humanos.
Assim, através de médiuns, os espíritos sábios, benfeitores e angélicos, ensinam as coisas sublimes do "Espírito Santo", conforme a predição evangélica. (1)
(1) “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece.
Mas quanto a vós conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós.
Porém, o Consolador, que é o Santo
Espírito que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.” João, cap. XIV vs. 15, 16, 17 e 26.
Vide, também, o Capítulo “Missão do Espiritismo”, da obra Roteiro, de Emmanuel.
PERGUNTA: Mas é evidente que antes da codificação espírita os homens também se redimiam através de outras doutrinas, filosofias e religiões.
Não é assim?
RAMATÍS: Indubitavelmente, a maior parte das almas que compõem a humanidade celestial jamais conheceu o Espiritismo e ainda provieram de outras doutrinas religiosas, como Hermetismo, Confucionismo, Budismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Catolicismo e outras seitas reformistas.
Aliás, algumas dessas religiões nem ouviram falar de Jesus, o sintetizador dos ensinamentos de todos os precursores.
Desde o início da civilização humana, as almas evoluíram independentemente de quaisquer doutrinas, seitas ou religiões.
O caminho da "salvação" é feito pela acção em prol do bem e não pela crença do adepto.
PERGUNTA: Considerando-se que o homem salva-se mais pelas suas obras do que pela sua crença, então qual é o papel mais evidente do Espiritismo?
RAMATÍS: Sem dúvida, explicar aos homens o mecanismo da acção e reacção que rege o Universo.
O Bem será o bem e o Mal será o mal! Isso induz o homem a só praticar boas obras!
PERGUNTA: Qual é o principal motivo de o Espiritismo superar os demais movimentos religiosos do século?
RAMATÍS: O Espiritismo é doutrina mais electiva à mente moderna porque é despido de adornos inúteis, complexidades doutrinárias, posturas fatigantes ou "tabus" religiosos.
Os seus ensinamentos são simples e directos, sem cansar os discípulos ou fazê-los perder precioso tempo na busca da Verdade.
A hora profética dos "Tempos Chegados" já não comporta doutrinas ou religiões subordinadas a símbolos, ritos, superstições e alegorias dogmáticas de carácter especulativo.
PERGUNTA: Qual é a principal força atractiva do Espiritismo sobre o povo?
RAMATÍS: É a generalização e o esclarecimento das actividades do mundo oculto para as massas comuns, na forma de regras simples e atraentes, proporcionando a iniciação espiritual à "luz do dia", de modo claro e objectivo, sem terminologias dificultosas ou linguagem iniciática, pois aprende o sábio e o homem comum, o velho e a criança!
Os seus fundamentos doutrinários são a crença em Deus, a Reencarnação e a Lei do Carma, constituindo processos e ensejos para o aperfeiçoamento do espírito imortal.
RAMATÍS: O Espiritismo é a doutrina mais própria para o aprimoramento espiritual do cidadão moderno.
Os seus ensinamentos são compreensíveis a todos os homens e ajustam-se perfeitamente às tendências especulativas e ao progresso científico dos tempos actuais.
É o Consolador da humanidade prometido por Jesus.
Cumpre-lhe a missão de incentivar e disciplinar o "derramamento da mediunidade pela carne", estimulando pelas vozes do Além as lutas pela evolução moral dos seres humanos.
Assim, através de médiuns, os espíritos sábios, benfeitores e angélicos, ensinam as coisas sublimes do "Espírito Santo", conforme a predição evangélica. (1)
(1) “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece.
Mas quanto a vós conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós.
Porém, o Consolador, que é o Santo
Espírito que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.” João, cap. XIV vs. 15, 16, 17 e 26.
Vide, também, o Capítulo “Missão do Espiritismo”, da obra Roteiro, de Emmanuel.
PERGUNTA: Mas é evidente que antes da codificação espírita os homens também se redimiam através de outras doutrinas, filosofias e religiões.
Não é assim?
RAMATÍS: Indubitavelmente, a maior parte das almas que compõem a humanidade celestial jamais conheceu o Espiritismo e ainda provieram de outras doutrinas religiosas, como Hermetismo, Confucionismo, Budismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Catolicismo e outras seitas reformistas.
Aliás, algumas dessas religiões nem ouviram falar de Jesus, o sintetizador dos ensinamentos de todos os precursores.
Desde o início da civilização humana, as almas evoluíram independentemente de quaisquer doutrinas, seitas ou religiões.
O caminho da "salvação" é feito pela acção em prol do bem e não pela crença do adepto.
PERGUNTA: Considerando-se que o homem salva-se mais pelas suas obras do que pela sua crença, então qual é o papel mais evidente do Espiritismo?
RAMATÍS: Sem dúvida, explicar aos homens o mecanismo da acção e reacção que rege o Universo.
O Bem será o bem e o Mal será o mal! Isso induz o homem a só praticar boas obras!
PERGUNTA: Qual é o principal motivo de o Espiritismo superar os demais movimentos religiosos do século?
RAMATÍS: O Espiritismo é doutrina mais electiva à mente moderna porque é despido de adornos inúteis, complexidades doutrinárias, posturas fatigantes ou "tabus" religiosos.
Os seus ensinamentos são simples e directos, sem cansar os discípulos ou fazê-los perder precioso tempo na busca da Verdade.
A hora profética dos "Tempos Chegados" já não comporta doutrinas ou religiões subordinadas a símbolos, ritos, superstições e alegorias dogmáticas de carácter especulativo.
PERGUNTA: Qual é a principal força atractiva do Espiritismo sobre o povo?
RAMATÍS: É a generalização e o esclarecimento das actividades do mundo oculto para as massas comuns, na forma de regras simples e atraentes, proporcionando a iniciação espiritual à "luz do dia", de modo claro e objectivo, sem terminologias dificultosas ou linguagem iniciática, pois aprende o sábio e o homem comum, o velho e a criança!
Os seus fundamentos doutrinários são a crença em Deus, a Reencarnação e a Lei do Carma, constituindo processos e ensejos para o aperfeiçoamento do espírito imortal.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
PERGUNTA: Porventura, o Espiritismo não é doutrina electiva somente aos ocidentais, isto é, a uma parte da humanidade?
RAMATÍS: As raízes doutrinárias do Espiritismo fundem-se com o conhecimento da filosofia espiritual de todos os povos da Terra, como seja a Reencarnação e a Lei do Carma.
Por isso, compreendem-no, facilmente, os chineses, hindus, árabes, africanos, latinos, germânicos, eslavos ou saxões.
Os próprios judeus, tão arraigados aos dogmas e preceitos mosaístas, ingressam no Espiritismo, ajustam-se às práticas mediúnicas e aos seus objectivos filantrópicos.
Além de doutrina facilmente assimilável a qualquer
criatura, a sua mensagem ajusta-se mais a todos os homens, porque também estuda e disciplina os fenómenos mediúnicos, que são comuns a todas as raças terrícolas.
A fenomenologia mediúnica tem sido acontecimento comprovado por todos os povos e civilizações como as da Atlântida, Lemúria, China, Hebréia, Egipto, Pérsia, Caldeia, Cartago, Assíria, Grécia, Babilónia, índia, Germânia ou Arábia.
Comprova-se isto pela sua história, lendas ou pelo seu folclore, cujos fenómenos foram evidenciados até nos objectos e
nos propósitos guerreiros dos povos mais primitivos.
Os escandinavos, principalmente os "vikings", narram seus encontros com bruxas, sereias, e entidades fascinadoras, que surgiam das brumas misteriosas perseguindo-os durante as noites de lua cheia.
As histórias e as lendas musicadas por Wagner em suas peças sinfónicas ou óperas magistrais, confirmam o espírito de religiosidade e a crença no mundo invisível por parte dos povos germânicos e anglo-saxões.
Eles rendiam sua homenagem aos deuses, génios, numes e os consideravam habitantes de um mundo estranho muito diferente do que é habitado pelos
homens.
As lendas brasileiras também são férteis de fenómenos mediúnicos.
No cenário das matas enluaradas surge o "boitatá" lançando fogo pelas narinas; nas encruzilhadas escuras aparece o fantasmagórico "saci pererê", saltitando numa perna só e despedindo fulgores dos olhos esbraseados; na pradaria sem fim, corre loucamente a "mula-sem-cabeça", ou na penumbra das madrugadas nevoentas, os mais crédulos dizem ouvir os gemidos tristes da alma do "negrinho do pastoreio".
PERGUNTA: Que significa a iniciação à "luz do dia", popularizada pelo Espiritismo no conhecimento do mundo oculto?
RAMATÍS: Antigamente as iniciações espirituais eram secretas e exclusivas das confrarias esotéricas, cujas provas simbólicas e até sacrificiais, serviam para auferir o valor pessoal e o entendimento psíquico dos discípulos.
Mas os candidatos já deviam possuir certo desenvolvimento esotérico e algum domínio da vontade no mundo profano, para então graduarem-se nas provas decisivas.
Deste modo, o intercâmbio com os mestres ou espíritos desencarnados só era permissível aos poucos adeptos electivos às iniciações secretas.
No entanto, o Espiritismo abriu as portas dos templos secretos, eliminou a terminologia complexa e o vocabulário simbólico das práticas iniciáticas, transferindo o conhecimento espiritual directamente para o povo através de regras e princípios sensatos para o progresso humano.
Divulgando o conhecimento milenário sobre a Lei do Carma e a Reencarnação, demonstrou ao homem a sua grave responsabilidade pessoal na colheita dos frutos bons ou maus da sementeira da vida passada.
Extinguiu a ideia absurda do Inferno que estimulava virtudes por meio de ameaças de sofrimentos eternos, mas advertiu que mais se salva o homem pelas suas obras do que por sua crença!
Esclareceu que ninguém consegue a absolvição dos seus pecados à hora extrema da morte, através de sacerdotes, pastores ou mestres arvorados em procuradores divinos!
RAMATÍS: As raízes doutrinárias do Espiritismo fundem-se com o conhecimento da filosofia espiritual de todos os povos da Terra, como seja a Reencarnação e a Lei do Carma.
Por isso, compreendem-no, facilmente, os chineses, hindus, árabes, africanos, latinos, germânicos, eslavos ou saxões.
Os próprios judeus, tão arraigados aos dogmas e preceitos mosaístas, ingressam no Espiritismo, ajustam-se às práticas mediúnicas e aos seus objectivos filantrópicos.
Além de doutrina facilmente assimilável a qualquer
criatura, a sua mensagem ajusta-se mais a todos os homens, porque também estuda e disciplina os fenómenos mediúnicos, que são comuns a todas as raças terrícolas.
A fenomenologia mediúnica tem sido acontecimento comprovado por todos os povos e civilizações como as da Atlântida, Lemúria, China, Hebréia, Egipto, Pérsia, Caldeia, Cartago, Assíria, Grécia, Babilónia, índia, Germânia ou Arábia.
Comprova-se isto pela sua história, lendas ou pelo seu folclore, cujos fenómenos foram evidenciados até nos objectos e
nos propósitos guerreiros dos povos mais primitivos.
Os escandinavos, principalmente os "vikings", narram seus encontros com bruxas, sereias, e entidades fascinadoras, que surgiam das brumas misteriosas perseguindo-os durante as noites de lua cheia.
As histórias e as lendas musicadas por Wagner em suas peças sinfónicas ou óperas magistrais, confirmam o espírito de religiosidade e a crença no mundo invisível por parte dos povos germânicos e anglo-saxões.
Eles rendiam sua homenagem aos deuses, génios, numes e os consideravam habitantes de um mundo estranho muito diferente do que é habitado pelos
homens.
As lendas brasileiras também são férteis de fenómenos mediúnicos.
No cenário das matas enluaradas surge o "boitatá" lançando fogo pelas narinas; nas encruzilhadas escuras aparece o fantasmagórico "saci pererê", saltitando numa perna só e despedindo fulgores dos olhos esbraseados; na pradaria sem fim, corre loucamente a "mula-sem-cabeça", ou na penumbra das madrugadas nevoentas, os mais crédulos dizem ouvir os gemidos tristes da alma do "negrinho do pastoreio".
PERGUNTA: Que significa a iniciação à "luz do dia", popularizada pelo Espiritismo no conhecimento do mundo oculto?
RAMATÍS: Antigamente as iniciações espirituais eram secretas e exclusivas das confrarias esotéricas, cujas provas simbólicas e até sacrificiais, serviam para auferir o valor pessoal e o entendimento psíquico dos discípulos.
Mas os candidatos já deviam possuir certo desenvolvimento esotérico e algum domínio da vontade no mundo profano, para então graduarem-se nas provas decisivas.
Deste modo, o intercâmbio com os mestres ou espíritos desencarnados só era permissível aos poucos adeptos electivos às iniciações secretas.
No entanto, o Espiritismo abriu as portas dos templos secretos, eliminou a terminologia complexa e o vocabulário simbólico das práticas iniciáticas, transferindo o conhecimento espiritual directamente para o povo através de regras e princípios sensatos para o progresso humano.
Divulgando o conhecimento milenário sobre a Lei do Carma e a Reencarnação, demonstrou ao homem a sua grave responsabilidade pessoal na colheita dos frutos bons ou maus da sementeira da vida passada.
Extinguiu a ideia absurda do Inferno que estimulava virtudes por meio de ameaças de sofrimentos eternos, mas advertiu que mais se salva o homem pelas suas obras do que por sua crença!
Esclareceu que ninguém consegue a absolvição dos seus pecados à hora extrema da morte, através de sacerdotes, pastores ou mestres arvorados em procuradores divinos!
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
O céu e o inferno são estados de espírito decorrentes do bom ou do mau viver!
Em verdade, o próprio homem é o responsável pela sua glória ou falência.
No século XX, o discípulo evoluiu pelas provas iniciáticas que se lhe apresentam a todo momento na vida quotidiana, sem necessidade de recolher-se a instituições, conventos ou fraternidades iniciáticas.
O treinamento do espírito deve ser exercido no convívio de todas as criaturas, pois sofrimentos, fracassos, vicissitudes ou misérias do mundo são lições severas e arguições pedagógicas do Alto, que graduam o ser conforme o seu comportamento.
Não é preciso o homem isolar-se do mundo numa vida puramente contemplativa, a fim de alcançar a sabedoria espiritual que o próprio mundo oferece na experimentação quotidiana!
O discípulo diligente e disciplinado na arguição espiritual da vida moderna promove-se para nível superior sabendo aproveitar cada minuto de sua vivência atento aos postulados espíritas e submisso aos preceitos evangélicos de Jesus!
PERGUNTA: Poderíeis dar-nos alguns exemplos práticos dessa iniciação à "luz do dia"?
RAMATÍS: É evidente que os homens frequentam igrejas católicas, templos protestantes, sinagogas judaicas, mesquitas muçulmanas, pagodes chineses, santuários hindus, centros espíritas, "tatwas" esotéricos, lojas teosóficas, fraternidades Rosa-Cruz ou terreiros de Umbanda, buscando o conhecimento e o conforto espiritual para suas almas enfraquecidas.
Mas o seu aperfeiçoamento não se processa exclusivamente pela adoração a ídolos, meditações esotéricas, interpretações iniciáticas, reuniões doutrinárias ou cerimoniais fatigantes.
Em tais momentos, os fiéis, crentes, adeptos, discípulos ou simpatizantes, só aprendem as regras e composturas que terão de comprovar diariamente no mundo profano.
Os templos religiosos, as lojas teosóficas, confrarias iniciáticas,
instituições espíritas ou tendas de Umbanda, guardam certa semelhança com as agências de informações, que fornecem o programa das actividades espirituais recomendadas pelo Alto e conforme a preferência de determinado grupo humano.
Mas as práticas à "luz do dia" graduam os discípulos de modo imprevisto porque se exercem sob a espontaneidade da própria vida dos seres em comum.
Aqui, o discípulo é experimentado na virtude da paciência pela demora dos caixeiros em servirem-no nas lojas de compras, ou pela reacção colérica do cobrador de ónibus; ali, prova-se na tolerância pela descortesia do egoísta que fura a "fila" de espera, ou pela intransigência do fiscal de
impostos ou de trânsito; acolá, pela renúncia e perdão depois de explorado pelo vendeiro, insultado pelo motorista irascível ou prejudicado no roubo da empregada!
Assim, no decorrer de nossa actividade humana, somos defrontados com as mais graves argüições no exame da paciência, bondade, tolerância, humildade, renúncia ou generosidade!
Fere-nos a calúnia dos vizinhos, maltrata-nos a injustiça do patrão, judia-nos a brutalidade dos desafectos ou somos explorados pelo melhor amigo!
É o Espiritismo, portanto, com sua doutrina racional e electiva à mentalidade moderna, que pode ensinar-nos a melhor compostura espiritual no momento dessas provas iniciáticas à "luz do dia", sem complexidades, mistérios ou segredos.
É tão simples como a própria vida, pois no seio da agitação neurótica e competição desesperada para a sobrevivência humana, o homem do século XX decora os programas salvacionistas elaborados no interior dos templos religiosos ou instituições espiritualistas, para depois comprová-los nas actividades da vida quotidiana.
Em verdade, o próprio homem é o responsável pela sua glória ou falência.
No século XX, o discípulo evoluiu pelas provas iniciáticas que se lhe apresentam a todo momento na vida quotidiana, sem necessidade de recolher-se a instituições, conventos ou fraternidades iniciáticas.
O treinamento do espírito deve ser exercido no convívio de todas as criaturas, pois sofrimentos, fracassos, vicissitudes ou misérias do mundo são lições severas e arguições pedagógicas do Alto, que graduam o ser conforme o seu comportamento.
Não é preciso o homem isolar-se do mundo numa vida puramente contemplativa, a fim de alcançar a sabedoria espiritual que o próprio mundo oferece na experimentação quotidiana!
O discípulo diligente e disciplinado na arguição espiritual da vida moderna promove-se para nível superior sabendo aproveitar cada minuto de sua vivência atento aos postulados espíritas e submisso aos preceitos evangélicos de Jesus!
PERGUNTA: Poderíeis dar-nos alguns exemplos práticos dessa iniciação à "luz do dia"?
RAMATÍS: É evidente que os homens frequentam igrejas católicas, templos protestantes, sinagogas judaicas, mesquitas muçulmanas, pagodes chineses, santuários hindus, centros espíritas, "tatwas" esotéricos, lojas teosóficas, fraternidades Rosa-Cruz ou terreiros de Umbanda, buscando o conhecimento e o conforto espiritual para suas almas enfraquecidas.
Mas o seu aperfeiçoamento não se processa exclusivamente pela adoração a ídolos, meditações esotéricas, interpretações iniciáticas, reuniões doutrinárias ou cerimoniais fatigantes.
Em tais momentos, os fiéis, crentes, adeptos, discípulos ou simpatizantes, só aprendem as regras e composturas que terão de comprovar diariamente no mundo profano.
Os templos religiosos, as lojas teosóficas, confrarias iniciáticas,
instituições espíritas ou tendas de Umbanda, guardam certa semelhança com as agências de informações, que fornecem o programa das actividades espirituais recomendadas pelo Alto e conforme a preferência de determinado grupo humano.
Mas as práticas à "luz do dia" graduam os discípulos de modo imprevisto porque se exercem sob a espontaneidade da própria vida dos seres em comum.
Aqui, o discípulo é experimentado na virtude da paciência pela demora dos caixeiros em servirem-no nas lojas de compras, ou pela reacção colérica do cobrador de ónibus; ali, prova-se na tolerância pela descortesia do egoísta que fura a "fila" de espera, ou pela intransigência do fiscal de
impostos ou de trânsito; acolá, pela renúncia e perdão depois de explorado pelo vendeiro, insultado pelo motorista irascível ou prejudicado no roubo da empregada!
Assim, no decorrer de nossa actividade humana, somos defrontados com as mais graves argüições no exame da paciência, bondade, tolerância, humildade, renúncia ou generosidade!
Fere-nos a calúnia dos vizinhos, maltrata-nos a injustiça do patrão, judia-nos a brutalidade dos desafectos ou somos explorados pelo melhor amigo!
É o Espiritismo, portanto, com sua doutrina racional e electiva à mentalidade moderna, que pode ensinar-nos a melhor compostura espiritual no momento dessas provas iniciáticas à "luz do dia", sem complexidades, mistérios ou segredos.
É tão simples como a própria vida, pois no seio da agitação neurótica e competição desesperada para a sobrevivência humana, o homem do século XX decora os programas salvacionistas elaborados no interior dos templos religiosos ou instituições espiritualistas, para depois comprová-los nas actividades da vida quotidiana.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
PERGUNTA: Muitos espíritas alegam que o Espiritismo deve ser predominantemente científico, e não religioso, como o fazem os pregadores evangélicos lacrimosos!
Aliás, baseiam-se nas próprias palavras de Allan Kardec, quando disse:
"O Espiritismo será científico ou não sobreviverá."
Que dizeis?
RAMATÍS: O Espiritismo filosófico e científico pode satisfazer a especulação exigente do intelecto, mas só o Evangelho ilumina o coração do homem!
Lembremos que apesar do cuidado e atenção à contextura e capacidade da lâmpada eléctrica, nem por isso ela dispensa a luz que lhe vem da usina!
Por isso, Allan Kardec fundamentou a codificação espírita na moral evangélica, certo de que a pesquisa científica pode convencer o homem da sua imortalidade, mas só o Evangelho é capaz de convertê-lo à linhagem espiritual do mundo superior.
A missão do Espiritismo não consiste apenas em comprovar a vida imortal. mas também consolar o espírito, acendendo-lhe a luz na lâmpada da consciência para depois iluminar o próprio mundo.
Fonte - A Missão do Espiritismo (psicografia Hercílio Mães - espírito Ramatis)
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
Aliás, baseiam-se nas próprias palavras de Allan Kardec, quando disse:
"O Espiritismo será científico ou não sobreviverá."
Que dizeis?
RAMATÍS: O Espiritismo filosófico e científico pode satisfazer a especulação exigente do intelecto, mas só o Evangelho ilumina o coração do homem!
Lembremos que apesar do cuidado e atenção à contextura e capacidade da lâmpada eléctrica, nem por isso ela dispensa a luz que lhe vem da usina!
Por isso, Allan Kardec fundamentou a codificação espírita na moral evangélica, certo de que a pesquisa científica pode convencer o homem da sua imortalidade, mas só o Evangelho é capaz de convertê-lo à linhagem espiritual do mundo superior.
A missão do Espiritismo não consiste apenas em comprovar a vida imortal. mas também consolar o espírito, acendendo-lhe a luz na lâmpada da consciência para depois iluminar o próprio mundo.
Fonte - A Missão do Espiritismo (psicografia Hercílio Mães - espírito Ramatis)
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O CONSOLADOR PROMETIDO POR JESUS
Assim como a vinda de Jesus à Terra marcou o início de uma Nova Era, o advento do Espiritismo veio trazer novas luzes e um imenso manancial de consolo para a humanidade.
A maturidade necessária para entender os ensinamentos do Cristo, em espírito e verdade, tinha que esperar pelo despertar da mente para as realidades do Espírito.
Não foi por acaso que a codificação da Doutrina dos Espíritos teve seu ponto decisivo na pátria da declaração dos direitos humanos, da liberdade de pensamento, da pesquisa e do método científico por excelência.
A França, em sua tarefa de trazer novos rumos à mente humana trouxe em seu plano de expansão, no século das luzes a missão de abrigar a Codificação e como celeiro do conhecimento, que marcou toda uma época, editá-la para o mundo inteiro.
Cumprindo a promessa do Cristo, o Espiritismo chama os homens a observância das Leis Naturais do Progresso, de Acção e Reacção e de Intercâmbio entre os dois planos da vida.
Que consolo maior podem haurir o pai ou a mãe que, através das comunicações espíritas, recebem as mensagens autênticas dos filhos que partiram transmitindo-lhes a esperança e a certeza do reencontro?
As penas eternas que tanto fustigam os corações sensíveis são revisadas por óptica salutar.
O sofrimento, por mais duradouro que pareça, terá fim um dia.
Deus, a extrema misericórdia, dá a seus filhos, através do resgate justo, nas vidas de expiação e provas, a possibilidade de cobrir com o bem, no presente, os grandes débitos do passado.
A Lei de Acção e Reacção nos ensina que o destino pode ser mudado todos os dias com actos que praticamos.
Por isso o retroagir é uma máxima dentro dos postulados Espíritas.
O consolo contido nas Bem-aventuranças do Sermão da Montanha é explicitado através das explicações do porquê do ser, do destino e da dor.
Os sofrimentos são analisados em seus objectivos didácticos-pedagógicos: “a cada um segundo as suas obras”, “o que semeia ventos colhe tempestades”, “o que semeia a bonança colhe a calmaria”, tudo tem uma finalidade útil.
As crises salutares dos sofrimentos humanos têm uma função só:
aliviar o homem de seus fardos acumulados ao longo das vidas sucessivas de desatinos e desmandos.
Trazer alívio, o planeamento de novas rotas a bem da própria criatura e de toda a humanidade.
Isto, consequentemente gera mais aceitação para com as diferenças sociais e maior desempenho na luta individual, pois a felicidade futura pode ser alcançada de imediato na sementeira do bem, no dia a dia de cada um.
A certeza de que a morte não existe com extinção de vida é outro grande consolo da Doutrina dos Espíritos.
Esta certeza colabora para a aceitação dos reveses e das perdas dos entes amados.
Por outro lado, a reencarnação como chance preciosa para a recuperação do tempo perdido, traça novo perfil para o entendimento do “renascer da água e do espírito”.
Não somente um novo corpo, mas novas perspectivas de aprender e crescer com as verdades espirituais, pois uma infância tão longa em planos como os nossos funciona como o tempo necessário a nova sementeira nas almas reencarnantes.
O papel da educação em bases moralizantes é o alvo dos ensinamentos espíritas.
A influenciação espiritual que acompanha o ser reencarnado do berço ao túmulo mostra a veracidade da interpenetração entre os dois mundos: o material e o espiritual.
Ninguém está só.
A mediunidade, com Jesus e Kardec, dentro dos aspectos propostos pela Doutrina dos Espíritos, cumpre seu papel de ponte entre os dois planos.
Através do exercício sério e disciplinado da mesma as profecias, os ensinamentos, o socorro através da cura, da assistência espiritual benéfica traçam novos horizontes para a humanidade sofredora.
Enfim, se alguém ainda não se convenceu do papel da Doutrina Espírita como o CONSOLADOR
PROMETIDO reflicta:
A Doutrina Espírita restaura o Cristianismo na Terra.
A Doutrina Espírita, como fé raciocinada por excelência, lança luzes sobre TODOS os pontos e revelações do Evangelho de Jesus Cristo.
“A Doutrina Espírita é Sol nas almas, ensinado o homem a viver”.
A Doutrina Espírita prova que a morte não existe como extinção de vida.
A Doutrina Espírita estabelece correio seguro entre os dois lados da vida.
A Doutrina Espírita está a frente da Ciência da Terra na comprovação das realidades do Espírito e do Universo.
Só a Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia, Fé e Religião, consolação prometida há dois mil anos por Jesus, directriz da humana perfeição.
Fonte: Matéria de Elzita Melo Quinta e extraída do Jornal Luzes do Consolador – Goiânia – Janeiro 1999.
Mac Brenda .
§.§.§- Ave sem Ninho
A maturidade necessária para entender os ensinamentos do Cristo, em espírito e verdade, tinha que esperar pelo despertar da mente para as realidades do Espírito.
Não foi por acaso que a codificação da Doutrina dos Espíritos teve seu ponto decisivo na pátria da declaração dos direitos humanos, da liberdade de pensamento, da pesquisa e do método científico por excelência.
A França, em sua tarefa de trazer novos rumos à mente humana trouxe em seu plano de expansão, no século das luzes a missão de abrigar a Codificação e como celeiro do conhecimento, que marcou toda uma época, editá-la para o mundo inteiro.
Cumprindo a promessa do Cristo, o Espiritismo chama os homens a observância das Leis Naturais do Progresso, de Acção e Reacção e de Intercâmbio entre os dois planos da vida.
Que consolo maior podem haurir o pai ou a mãe que, através das comunicações espíritas, recebem as mensagens autênticas dos filhos que partiram transmitindo-lhes a esperança e a certeza do reencontro?
As penas eternas que tanto fustigam os corações sensíveis são revisadas por óptica salutar.
O sofrimento, por mais duradouro que pareça, terá fim um dia.
Deus, a extrema misericórdia, dá a seus filhos, através do resgate justo, nas vidas de expiação e provas, a possibilidade de cobrir com o bem, no presente, os grandes débitos do passado.
A Lei de Acção e Reacção nos ensina que o destino pode ser mudado todos os dias com actos que praticamos.
Por isso o retroagir é uma máxima dentro dos postulados Espíritas.
O consolo contido nas Bem-aventuranças do Sermão da Montanha é explicitado através das explicações do porquê do ser, do destino e da dor.
Os sofrimentos são analisados em seus objectivos didácticos-pedagógicos: “a cada um segundo as suas obras”, “o que semeia ventos colhe tempestades”, “o que semeia a bonança colhe a calmaria”, tudo tem uma finalidade útil.
As crises salutares dos sofrimentos humanos têm uma função só:
aliviar o homem de seus fardos acumulados ao longo das vidas sucessivas de desatinos e desmandos.
Trazer alívio, o planeamento de novas rotas a bem da própria criatura e de toda a humanidade.
Isto, consequentemente gera mais aceitação para com as diferenças sociais e maior desempenho na luta individual, pois a felicidade futura pode ser alcançada de imediato na sementeira do bem, no dia a dia de cada um.
A certeza de que a morte não existe com extinção de vida é outro grande consolo da Doutrina dos Espíritos.
Esta certeza colabora para a aceitação dos reveses e das perdas dos entes amados.
Por outro lado, a reencarnação como chance preciosa para a recuperação do tempo perdido, traça novo perfil para o entendimento do “renascer da água e do espírito”.
Não somente um novo corpo, mas novas perspectivas de aprender e crescer com as verdades espirituais, pois uma infância tão longa em planos como os nossos funciona como o tempo necessário a nova sementeira nas almas reencarnantes.
O papel da educação em bases moralizantes é o alvo dos ensinamentos espíritas.
A influenciação espiritual que acompanha o ser reencarnado do berço ao túmulo mostra a veracidade da interpenetração entre os dois mundos: o material e o espiritual.
Ninguém está só.
A mediunidade, com Jesus e Kardec, dentro dos aspectos propostos pela Doutrina dos Espíritos, cumpre seu papel de ponte entre os dois planos.
Através do exercício sério e disciplinado da mesma as profecias, os ensinamentos, o socorro através da cura, da assistência espiritual benéfica traçam novos horizontes para a humanidade sofredora.
Enfim, se alguém ainda não se convenceu do papel da Doutrina Espírita como o CONSOLADOR
PROMETIDO reflicta:
A Doutrina Espírita restaura o Cristianismo na Terra.
A Doutrina Espírita, como fé raciocinada por excelência, lança luzes sobre TODOS os pontos e revelações do Evangelho de Jesus Cristo.
“A Doutrina Espírita é Sol nas almas, ensinado o homem a viver”.
A Doutrina Espírita prova que a morte não existe como extinção de vida.
A Doutrina Espírita estabelece correio seguro entre os dois lados da vida.
A Doutrina Espírita está a frente da Ciência da Terra na comprovação das realidades do Espírito e do Universo.
Só a Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia, Fé e Religião, consolação prometida há dois mil anos por Jesus, directriz da humana perfeição.
Fonte: Matéria de Elzita Melo Quinta e extraída do Jornal Luzes do Consolador – Goiânia – Janeiro 1999.
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A reconciliação
Eu conheci Karen numa das viagens que fiz a uma das cidades do Sul do Brasil.
Uma jovem que à época contava 16 para 17 anos.
Loira, quase ruiva, olhos de um azul celestial.
Magrinha, de pequena estatura, mas uma alma muito querida.
Procurou-me depois de uma palestra e perguntou-me se poderia falar duas coisas comigo.
Acedi, dei-lhe o tempo e Karen começou a me falar que carregava um grave problema na alma.
As lágrimas chegaram aos seus olhos sem cair.
Perguntei-lhe qual era o problema tão grave e ela respondeu-me que era sua mãe.
Mas o que pode haver de tão grave com sua mãe? Retruquei.
E Karen me respondeu, deixando que as lágrimas agora rolassem.
É que minha mãe é meretriz e eu não quero saber dela, envergonho-me dela.
Tenho um namoradinho, professor, e tenho muita vergonha que ele saiba que minha mãe é assim.
Gostaria de nunca mais vê-la.
Vi o sofrimento daquela jovem, na forma como ela narrava os tormentos do seu coração em relação à situação de sua mãe.
Percebendo isso dirigi-me a Karen e lhe perguntei:
Por acaso, minha amiga, você já conversou com sua mãe, para saber dela o que a levou a esse estilo de vida?
Possivelmente sua mãe o tenha feito para defendê-la.
Na fragilidade do próprio coração, queria salvar a filha, de repente, de um padrasto, de alguém que ela temesse desrespeitar você.
Converse com sua mãe, tenho certeza de que você ainda vai descobrir a mãe que tem.
Karen chorou, abraçou-me, perguntou se poderia me escrever. Eu assenti.
Duas semanas depois do nosso encontro em sua cidade, eu recebo uma pequena carta da jovenzinha e ela me dizia:
Telefonei para minha mãe e pedi a ela um encontro para que conversássemos.
Ela ficou tão contente e marcamos de conversar no dia X.
Fiquei aguardando a chegada do dia X, para ver o que é que a menina iria me escrever depois.
Quase um mês se passou, quando recebi uma cartinha mais longa de Karen e dizia-me que conversaram, ela e sua mãe, durante uma noite inteira.
De facto, sua mãe confirmara que tivera medo de casar-se outra vez depois da viuvez e alguém, introduzido no seu lar, abusar de sua filha que ela amava tanto.
Pela fragilidade de sua alma ela, então, se envolveu com um homem, se envolveu com outro homem e quando se deu conta, estava viciada em se envolver com os homens.
A jovem me falava na carta que sentiu uma ternura tão grande por sua mãe, que ficaram amigas ao fim da conversa.
Já tinham combinado de irem morar no mesmo apartamento, as duas ficariam no mesmo quarto para que pudessem conversar durante muitas horas, retirando o atraso daquele tempo em que estiveram distanciadas, não pela mãe mas pela filha.
Tempos depois recebi outra mensagem da jovem do Sul, dizendo-me que sua mãe era a melhor pessoa do mundo, como a amava, como a ajudava e que estava vivendo com sua mãe, um verdadeiro paraíso.
Já tinha apresentado seu namorado para a mãe e sua mãe o tratava muito bem, ele gostava da futura sogra.
Os dias foram se passando, os meses.
Dois anos depois da primeira conversa, Karen me diz que tinha ficado noiva, depois me manda o convite do seu casamento para o qual sua mãe seria a madrinha.
Seria uma festa de corações.
Ela se reconciliara com sua progenitora e, agora, Karen tem dois meninos.
Actualmente um tem seis anos, outro tem quatro anos, amam a avó, vivem no mesmo lar.
Uma jovem que à época contava 16 para 17 anos.
Loira, quase ruiva, olhos de um azul celestial.
Magrinha, de pequena estatura, mas uma alma muito querida.
Procurou-me depois de uma palestra e perguntou-me se poderia falar duas coisas comigo.
Acedi, dei-lhe o tempo e Karen começou a me falar que carregava um grave problema na alma.
As lágrimas chegaram aos seus olhos sem cair.
Perguntei-lhe qual era o problema tão grave e ela respondeu-me que era sua mãe.
Mas o que pode haver de tão grave com sua mãe? Retruquei.
E Karen me respondeu, deixando que as lágrimas agora rolassem.
É que minha mãe é meretriz e eu não quero saber dela, envergonho-me dela.
Tenho um namoradinho, professor, e tenho muita vergonha que ele saiba que minha mãe é assim.
Gostaria de nunca mais vê-la.
Vi o sofrimento daquela jovem, na forma como ela narrava os tormentos do seu coração em relação à situação de sua mãe.
Percebendo isso dirigi-me a Karen e lhe perguntei:
Por acaso, minha amiga, você já conversou com sua mãe, para saber dela o que a levou a esse estilo de vida?
Possivelmente sua mãe o tenha feito para defendê-la.
Na fragilidade do próprio coração, queria salvar a filha, de repente, de um padrasto, de alguém que ela temesse desrespeitar você.
Converse com sua mãe, tenho certeza de que você ainda vai descobrir a mãe que tem.
Karen chorou, abraçou-me, perguntou se poderia me escrever. Eu assenti.
Duas semanas depois do nosso encontro em sua cidade, eu recebo uma pequena carta da jovenzinha e ela me dizia:
Telefonei para minha mãe e pedi a ela um encontro para que conversássemos.
Ela ficou tão contente e marcamos de conversar no dia X.
Fiquei aguardando a chegada do dia X, para ver o que é que a menina iria me escrever depois.
Quase um mês se passou, quando recebi uma cartinha mais longa de Karen e dizia-me que conversaram, ela e sua mãe, durante uma noite inteira.
De facto, sua mãe confirmara que tivera medo de casar-se outra vez depois da viuvez e alguém, introduzido no seu lar, abusar de sua filha que ela amava tanto.
Pela fragilidade de sua alma ela, então, se envolveu com um homem, se envolveu com outro homem e quando se deu conta, estava viciada em se envolver com os homens.
A jovem me falava na carta que sentiu uma ternura tão grande por sua mãe, que ficaram amigas ao fim da conversa.
Já tinham combinado de irem morar no mesmo apartamento, as duas ficariam no mesmo quarto para que pudessem conversar durante muitas horas, retirando o atraso daquele tempo em que estiveram distanciadas, não pela mãe mas pela filha.
Tempos depois recebi outra mensagem da jovem do Sul, dizendo-me que sua mãe era a melhor pessoa do mundo, como a amava, como a ajudava e que estava vivendo com sua mãe, um verdadeiro paraíso.
Já tinha apresentado seu namorado para a mãe e sua mãe o tratava muito bem, ele gostava da futura sogra.
Os dias foram se passando, os meses.
Dois anos depois da primeira conversa, Karen me diz que tinha ficado noiva, depois me manda o convite do seu casamento para o qual sua mãe seria a madrinha.
Seria uma festa de corações.
Ela se reconciliara com sua progenitora e, agora, Karen tem dois meninos.
Actualmente um tem seis anos, outro tem quatro anos, amam a avó, vivem no mesmo lar.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
A antiga mãe atormentada pela prostituição se converteu no anjo tutelar da família.
Cuida dos netos para que a filha e o genro possam trabalhar.
Ama as crianças de paixão e a reconciliação abriu as portas da alma de Karen para descobrir um amor que a amava tanto, ainda que à distância.
* * *
Quando penso na história de Karen, história que eu conheci pessoalmente, fico imaginando quantos dramas familiares existem nessa mesma direcção.
Filhos, filhas que se antagonizam com pais, com mães, cheios de razões e muitas vezes com razões de fato, mas que nunca se predispuseram a ouvir as razões do outro.
Conversar com o pai, conversar com a mãe, saber o que de fato aconteceu e abrir a alma para saber perdoar.
Nenhum filho tem esse direito de ficar de mal com sua mãe, de ficar de mal com seu pai, por mais complicados que eles sejam, porque foram eles que nos permitiram chegar.
Há muitas mães certinhas, cheias de virtudes, mas que não deixam os filhos nascer.
Há muitos pais certinhos socialmente, cultos, mas que não querem filhos.
Então os nossos pais, as nossas mães ainda que pobres, analfabetos, portando certos vícios, até o hábito da prostituição sexual, mas que abriram as portas da reencarnação para que nós chegássemos.
Não é sem sentido que o Decálogo de Moisés estabelece num dos seus mandamentos:
Honra a teu pai e a tua mãe, a fim de viveres longo tempo na terra que o Senhor te dará.
Honrar é respeitar.
Ninguém poderá impor a um filho amar o seu pai, amar a sua mãe, principalmente quando consideramos as nuances da reencarnação.
Muitas vezes renascemos como filhos, como filhas de antigos inimigos nossos.
Muitas vezes recebemos no lar como filhos, como filhas, antigos adversários nossos e é natural que, pelas Leis da afinidade, nós não tenhamos tantas aberturas para amar, tanto incentivo para amar.
Toleramos, suportamos, no entanto, respeitando sempre.
Não precisamos concordar com tudo que eles fazem.
Mas odiar o pai, odiar a mãe, ter raiva do pai, ter raiva da mãe certamente nos complicará porque isso caracterizará um crime de lesa-coração, um crime de desrespeito aos pais, de ingratidão, que o Evangelho aponta como sendo uma das coisas mais sérias que a alma pode contrair, para sua vivência actual e futura.
Do mesmo modo, precisamos nos reconciliar com nossos amores, pai, mãe, irmãos enquanto é tempo, enquanto estamos juntos deles.
Não nos esqueçamos que foi Jesus Cristo que nos propôs:
Reconcilia-te com teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.
Enquanto estamos aqui na Terra.
Se o nosso adversário falecer antes de nós ou nós antes dele, teremos aí um grave imbróglio, porque pode ser que ele, no Além, não nos perdoe as ingratidões, a malquerença, os distúrbios provocados em sua vida.
Pode ser que daqui não tenhamos mais chances de pedir-lhes desculpas, de pedir-lhes perdão e carregaremos o complexo de culpa, o tormento íntimo durante uma existência inteira, sentindo sempre que somos culpados ou responsáveis pelas desditas que eles passaram ou mesmo por sua morte.
Quantas vezes encontramos filhos, esposos, amigos que se agarram à alça do ataúde onde estão os corpos das pessoas por eles desamadas e gritam e se desesperam.
Para quem esteja vendo parecerá bem querer, mas no fundo da alma de cada uma pode ser complexo de culpa.
Eu podia ter vivido melhor com ele.
Eu podia ter sido melhor para ela.
Eu podia ter feito um pouco mais para nos reconciliarmos.
Eu poderia ter investido um pouco mais, para não deixar murchar o amor, que nunca morre.
A indiferença, a malquerença nos complica.
Antes de irmos ao templo entregar nossa oferenda, diz o Evangelho, antes de irmos para as nossas práticas religiosas, sejam elas quais forem, reconciliemos o coração com aquelas pessoas que nos atendem, que nos servem ou mesmo com aqueles que nos antagonizam, que são nossos adversários ou mesmo que sejam nossos inimigos.
É por isto que, baseando-nos nos ensinos de Jesus Cristo, entendo Karen, entendi Karen.
E há tantas outras Karens vivendo no mundo, precisando amar.
Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
Cuida dos netos para que a filha e o genro possam trabalhar.
Ama as crianças de paixão e a reconciliação abriu as portas da alma de Karen para descobrir um amor que a amava tanto, ainda que à distância.
* * *
Quando penso na história de Karen, história que eu conheci pessoalmente, fico imaginando quantos dramas familiares existem nessa mesma direcção.
Filhos, filhas que se antagonizam com pais, com mães, cheios de razões e muitas vezes com razões de fato, mas que nunca se predispuseram a ouvir as razões do outro.
Conversar com o pai, conversar com a mãe, saber o que de fato aconteceu e abrir a alma para saber perdoar.
Nenhum filho tem esse direito de ficar de mal com sua mãe, de ficar de mal com seu pai, por mais complicados que eles sejam, porque foram eles que nos permitiram chegar.
Há muitas mães certinhas, cheias de virtudes, mas que não deixam os filhos nascer.
Há muitos pais certinhos socialmente, cultos, mas que não querem filhos.
Então os nossos pais, as nossas mães ainda que pobres, analfabetos, portando certos vícios, até o hábito da prostituição sexual, mas que abriram as portas da reencarnação para que nós chegássemos.
Não é sem sentido que o Decálogo de Moisés estabelece num dos seus mandamentos:
Honra a teu pai e a tua mãe, a fim de viveres longo tempo na terra que o Senhor te dará.
Honrar é respeitar.
Ninguém poderá impor a um filho amar o seu pai, amar a sua mãe, principalmente quando consideramos as nuances da reencarnação.
Muitas vezes renascemos como filhos, como filhas de antigos inimigos nossos.
Muitas vezes recebemos no lar como filhos, como filhas, antigos adversários nossos e é natural que, pelas Leis da afinidade, nós não tenhamos tantas aberturas para amar, tanto incentivo para amar.
Toleramos, suportamos, no entanto, respeitando sempre.
Não precisamos concordar com tudo que eles fazem.
Mas odiar o pai, odiar a mãe, ter raiva do pai, ter raiva da mãe certamente nos complicará porque isso caracterizará um crime de lesa-coração, um crime de desrespeito aos pais, de ingratidão, que o Evangelho aponta como sendo uma das coisas mais sérias que a alma pode contrair, para sua vivência actual e futura.
Do mesmo modo, precisamos nos reconciliar com nossos amores, pai, mãe, irmãos enquanto é tempo, enquanto estamos juntos deles.
Não nos esqueçamos que foi Jesus Cristo que nos propôs:
Reconcilia-te com teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.
Enquanto estamos aqui na Terra.
Se o nosso adversário falecer antes de nós ou nós antes dele, teremos aí um grave imbróglio, porque pode ser que ele, no Além, não nos perdoe as ingratidões, a malquerença, os distúrbios provocados em sua vida.
Pode ser que daqui não tenhamos mais chances de pedir-lhes desculpas, de pedir-lhes perdão e carregaremos o complexo de culpa, o tormento íntimo durante uma existência inteira, sentindo sempre que somos culpados ou responsáveis pelas desditas que eles passaram ou mesmo por sua morte.
Quantas vezes encontramos filhos, esposos, amigos que se agarram à alça do ataúde onde estão os corpos das pessoas por eles desamadas e gritam e se desesperam.
Para quem esteja vendo parecerá bem querer, mas no fundo da alma de cada uma pode ser complexo de culpa.
Eu podia ter vivido melhor com ele.
Eu podia ter sido melhor para ela.
Eu podia ter feito um pouco mais para nos reconciliarmos.
Eu poderia ter investido um pouco mais, para não deixar murchar o amor, que nunca morre.
A indiferença, a malquerença nos complica.
Antes de irmos ao templo entregar nossa oferenda, diz o Evangelho, antes de irmos para as nossas práticas religiosas, sejam elas quais forem, reconciliemos o coração com aquelas pessoas que nos atendem, que nos servem ou mesmo com aqueles que nos antagonizam, que são nossos adversários ou mesmo que sejam nossos inimigos.
É por isto que, baseando-nos nos ensinos de Jesus Cristo, entendo Karen, entendi Karen.
E há tantas outras Karens vivendo no mundo, precisando amar.
Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
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CABELOS COMPRIDOS
Mal completou dezoito anos, o cabeludo tirou carta de motorista e convocou a pai a dividir o carro com ele.
– Sem problema, filho, mas há duas condições:
entrar na faculdade e cortar as madeixas.
O jovem deu duro nos estudos e passou no vestibular.
Quanto aos cabelos…
– Estive pensando, pai.
Sansão tinha cabelos compridos.
Abraão, idem.
E o próprio Jesus…
– Tem razão, filho, mas… eles andavam a pé.
Antes que respeitáveis senhores que foram cabeludos ou os próprios, se tomem de santa indignação, imaginando uma atitude discriminatória deste escriba, peço que vejam nessa história apenas uma brincadeira introdutória para arriscar alguns considerandos sobre a adolescência.
Ensina a Doutrina Espírita:
Ao reencarnar, o Espírito entra em estado de dormência.
Desperta e toma posse de si mesmo, de suas tendências e aptidões, de sua maneira de ser, a partir da adolescência.
O adolescente seria, então, o dorminhoco que acorda de longo sono, desde a vida intra-uterina.
Será por isso que gosta tanto de dormir?
Salvo o Espírito evoluído, que consegue vencer as limitações impostas pelo processo, levará algum tempo para se submeter às disciplinas da nova existência.
Enquanto isso não acontece, certas peculiaridades fazem dele um “aborrescente”:
• Descuidado em relação à higiene pessoal.
Na espiritualidade não precisava de banho, nem desodorizante…
• Bagunceiro incorrigível, seu quarto parece assolado por vendaval.
Algo semelhante à desordem das regiões umbralinas, de onde quase todos viemos.
• Sente-se ofendido quando convocado a colaborar nas tarefas domésticas.
Falam alto nesse período os condicionamentos egocêntricos, próprios da natureza humana.
Por outro lado, um comportamento contraditório:
• No lar, a contestação e a rebeldia, no empenho de auto-afirmação.
• Na sociedade, a submissão a modismos e excentricidades, principalmente, quando integrado nas “tribos” urbanas.
O inacreditável piercing, adereço de masoquista, espetado na língua, nos lábios, no nariz e até em partes intimas, é exemplo típico.
***
Segundo a questão 383, de O Livro dos Espíritos, durante a infância, o Espírito …é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.
Isso significa que podemos modificar as disposições de nossos filhos, ajudá-los a superar tendências indesejáveis que trazem de vidas anteriores e prepará-los de forma que o seu despertar para a vida seja menos complicado; que estejam menos vulneráveis às influências negativas; que possam atravessar essa transição difícil de forma equilibrada, sem traumas, sem desajustes…
Na adolescência, integrados na nova experiência, será mais difícil.
Terão suas próprias iniciativas.
Dependerá deles.
Ainda assim, podemos fazer algo, exercitando o diálogo, oferecendo-lhes um ambiente de entendimento, carinho e amor, fundamentais para quebrar suas resistências e modificar suas disposições.
***
Recurso indispensável: a disciplina.
O prezado leitor poderá considerar que na história que contamos faltou habilidade ao pai, ao impor determinado comportamento, ferindo o livre arbítrio do filho.
Mas, ainda que o neguem, os filhos querem isso; precisam de alguém que lhes imponha limites.
Lembro-me de um amigo que prescrevia determinadas regras aos filhos.
Impensável o piercing, as tatuagens, a troca do dia pela noite, a ausência nas reuniões do Centro.
Quando os filhos reclamavam, explicava, tranquilo:
– Meus queridos, quem paga a conta, envolvendo seus estudos, alimentação, moradia, vestuário, saúde, lazer, sou eu.
Enquanto for assim, tenho o direito de decidir o que é bom para vocês.
Quando tiverem seu emprego, sua casa, sua vida, então poderão fazer o que lhes der na telha.
Talvez algum psicólogo se escandalizasse.
Mas há um detalhe:
Os quatro filhos, todos homens realizados, honestos, íntegros, adoram o pai e bendizem a educação que receberam.
Livro Para Rir e Reflectir
§.§.§- Ave sem Ninho
– Sem problema, filho, mas há duas condições:
entrar na faculdade e cortar as madeixas.
O jovem deu duro nos estudos e passou no vestibular.
Quanto aos cabelos…
– Estive pensando, pai.
Sansão tinha cabelos compridos.
Abraão, idem.
E o próprio Jesus…
– Tem razão, filho, mas… eles andavam a pé.
Antes que respeitáveis senhores que foram cabeludos ou os próprios, se tomem de santa indignação, imaginando uma atitude discriminatória deste escriba, peço que vejam nessa história apenas uma brincadeira introdutória para arriscar alguns considerandos sobre a adolescência.
Ensina a Doutrina Espírita:
Ao reencarnar, o Espírito entra em estado de dormência.
Desperta e toma posse de si mesmo, de suas tendências e aptidões, de sua maneira de ser, a partir da adolescência.
O adolescente seria, então, o dorminhoco que acorda de longo sono, desde a vida intra-uterina.
Será por isso que gosta tanto de dormir?
Salvo o Espírito evoluído, que consegue vencer as limitações impostas pelo processo, levará algum tempo para se submeter às disciplinas da nova existência.
Enquanto isso não acontece, certas peculiaridades fazem dele um “aborrescente”:
• Descuidado em relação à higiene pessoal.
Na espiritualidade não precisava de banho, nem desodorizante…
• Bagunceiro incorrigível, seu quarto parece assolado por vendaval.
Algo semelhante à desordem das regiões umbralinas, de onde quase todos viemos.
• Sente-se ofendido quando convocado a colaborar nas tarefas domésticas.
Falam alto nesse período os condicionamentos egocêntricos, próprios da natureza humana.
Por outro lado, um comportamento contraditório:
• No lar, a contestação e a rebeldia, no empenho de auto-afirmação.
• Na sociedade, a submissão a modismos e excentricidades, principalmente, quando integrado nas “tribos” urbanas.
O inacreditável piercing, adereço de masoquista, espetado na língua, nos lábios, no nariz e até em partes intimas, é exemplo típico.
***
Segundo a questão 383, de O Livro dos Espíritos, durante a infância, o Espírito …é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.
Isso significa que podemos modificar as disposições de nossos filhos, ajudá-los a superar tendências indesejáveis que trazem de vidas anteriores e prepará-los de forma que o seu despertar para a vida seja menos complicado; que estejam menos vulneráveis às influências negativas; que possam atravessar essa transição difícil de forma equilibrada, sem traumas, sem desajustes…
Na adolescência, integrados na nova experiência, será mais difícil.
Terão suas próprias iniciativas.
Dependerá deles.
Ainda assim, podemos fazer algo, exercitando o diálogo, oferecendo-lhes um ambiente de entendimento, carinho e amor, fundamentais para quebrar suas resistências e modificar suas disposições.
***
Recurso indispensável: a disciplina.
O prezado leitor poderá considerar que na história que contamos faltou habilidade ao pai, ao impor determinado comportamento, ferindo o livre arbítrio do filho.
Mas, ainda que o neguem, os filhos querem isso; precisam de alguém que lhes imponha limites.
Lembro-me de um amigo que prescrevia determinadas regras aos filhos.
Impensável o piercing, as tatuagens, a troca do dia pela noite, a ausência nas reuniões do Centro.
Quando os filhos reclamavam, explicava, tranquilo:
– Meus queridos, quem paga a conta, envolvendo seus estudos, alimentação, moradia, vestuário, saúde, lazer, sou eu.
Enquanto for assim, tenho o direito de decidir o que é bom para vocês.
Quando tiverem seu emprego, sua casa, sua vida, então poderão fazer o que lhes der na telha.
Talvez algum psicólogo se escandalizasse.
Mas há um detalhe:
Os quatro filhos, todos homens realizados, honestos, íntegros, adoram o pai e bendizem a educação que receberam.
Livro Para Rir e Reflectir
§.§.§- Ave sem Ninho
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TELHADO DE VIDRO
Em uma de suas viagens a Jerusalém (João, 8:1-11) Jesus compareceu ao Templo.
Transmitia suas lições a expressivo grupo de ouvintes, quando surgiram alguns escribas e fariseus.
Apresentaram uma mulher, explicando:
– Mestre, esta mulher foi surpreendida em adultério.
Moisés ordenou-nos na Lei que seja apedrejada.
Tu, pois, o que dizes?
Grave acusação, com base em dois dispositivos da Lei Mosaica:
Em Levítico (20:10): Se um homem cometer adultério com a mulher de seu próximo, ambos, o adúltero e a adúltera, certamente serão mortos.
Em Deuteronómio (22:22):
Se um homem for achado deitado com uma mulher casada, ambos serão mortos…
A legislação mosaica era draconiana.
A execução, não raro, envolvia a lapidação.
O condenado postava-se à frente do povo, que passava a atirar-lhe pedras, até sua morte.
Povo machista, os rigores da Lei eram sempre para a mulher, em questões de fidelidade conjugal, tanto que nesta passagem somente ela estava sendo acusada, embora o flagrante, obviamente, envolvesse seu parceiro.
Havendo suspeita de adultério, por parte do marido, a esposa era submetida ao ordálio, o juízo de Deus.
Era o seguinte:
Diante de um sacerdote, era obrigada a beber nauseante poção.
Se lhe causasse intenso mal estar, com incontrolável regurgitação, era proclamada culpada e condenada ao apedrejamento.
Se resistisse, seria absolvida.
A segunda hipótese dificilmente ocorria.
A poção era forte, e ainda não existia o sonrisal…
***
Escribas e fariseus estavam mal intencionados.
Submetendo a adúltera a Jesus, prepararam a armadilha perfeita, infalível. Qualquer que fosse sua resposta estaria comprometido, lembrando o adágio: Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.
Se não a condenasse, estaria contestando Moisés. Falta grave. Seria apontado como traidor.
Se a condenasse, perderia a aura de bondade, o maior obstáculo à intenção de situá-lo como iconoclasta, destruidor do culto estabelecido.
O Mestre não se abalou.
Sentado à maneira oriental, escrevia na areia, como se meditasse.
Após momentos de electrizante expectativa, pronunciou seu imorredouro ensinamento.
– Aquele dentre vós que está sem pecados, atire a primeira pedra.
Fosse outra pessoa e, imediatamente, escribas e fariseus, acompanhados pelo povo, desandariam a fazê-lo.
Com Jesus era diferente.
Dotado de incontestável autoridade espiritual, tinha pleno domínio da situação.
Pesado silêncio fez-se sentir.
Ante a força moral daquele homem que devassava suas mazelas, ninguém se sentia autorizado a iniciar a execução.
Pouco a pouco, dispersou-se a multidão, começando pelos mais velhos, até chegar aos mais moços.
Em breve, Jesus estava sozinho com a adúltera.
Perguntou-lhe, então:
– Mulher, onde estão eles?
Ninguém te condenou?
– Ninguém, senhor.
– Nem eu tampouco te condeno.
Vai e não peques mais.
Transmitia suas lições a expressivo grupo de ouvintes, quando surgiram alguns escribas e fariseus.
Apresentaram uma mulher, explicando:
– Mestre, esta mulher foi surpreendida em adultério.
Moisés ordenou-nos na Lei que seja apedrejada.
Tu, pois, o que dizes?
Grave acusação, com base em dois dispositivos da Lei Mosaica:
Em Levítico (20:10): Se um homem cometer adultério com a mulher de seu próximo, ambos, o adúltero e a adúltera, certamente serão mortos.
Em Deuteronómio (22:22):
Se um homem for achado deitado com uma mulher casada, ambos serão mortos…
A legislação mosaica era draconiana.
A execução, não raro, envolvia a lapidação.
O condenado postava-se à frente do povo, que passava a atirar-lhe pedras, até sua morte.
Povo machista, os rigores da Lei eram sempre para a mulher, em questões de fidelidade conjugal, tanto que nesta passagem somente ela estava sendo acusada, embora o flagrante, obviamente, envolvesse seu parceiro.
Havendo suspeita de adultério, por parte do marido, a esposa era submetida ao ordálio, o juízo de Deus.
Era o seguinte:
Diante de um sacerdote, era obrigada a beber nauseante poção.
Se lhe causasse intenso mal estar, com incontrolável regurgitação, era proclamada culpada e condenada ao apedrejamento.
Se resistisse, seria absolvida.
A segunda hipótese dificilmente ocorria.
A poção era forte, e ainda não existia o sonrisal…
***
Escribas e fariseus estavam mal intencionados.
Submetendo a adúltera a Jesus, prepararam a armadilha perfeita, infalível. Qualquer que fosse sua resposta estaria comprometido, lembrando o adágio: Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.
Se não a condenasse, estaria contestando Moisés. Falta grave. Seria apontado como traidor.
Se a condenasse, perderia a aura de bondade, o maior obstáculo à intenção de situá-lo como iconoclasta, destruidor do culto estabelecido.
O Mestre não se abalou.
Sentado à maneira oriental, escrevia na areia, como se meditasse.
Após momentos de electrizante expectativa, pronunciou seu imorredouro ensinamento.
– Aquele dentre vós que está sem pecados, atire a primeira pedra.
Fosse outra pessoa e, imediatamente, escribas e fariseus, acompanhados pelo povo, desandariam a fazê-lo.
Com Jesus era diferente.
Dotado de incontestável autoridade espiritual, tinha pleno domínio da situação.
Pesado silêncio fez-se sentir.
Ante a força moral daquele homem que devassava suas mazelas, ninguém se sentia autorizado a iniciar a execução.
Pouco a pouco, dispersou-se a multidão, começando pelos mais velhos, até chegar aos mais moços.
Em breve, Jesus estava sozinho com a adúltera.
Perguntou-lhe, então:
– Mulher, onde estão eles?
Ninguém te condenou?
– Ninguém, senhor.
– Nem eu tampouco te condeno.
Vai e não peques mais.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
***
Nesta passagem vemos uma vez mais a extraordinária lucidez de Jesus, ágil no raciocínio, a confundir seus opositores, e ainda aproveita o ensejo para ensinamento basilar:
Ninguém é suficientemente puro para habilitar-se a julgar as impurezas alheias.
Essa ideia é marcante no ensinamento cristão. Jesus situa como hipócritas os que não enxergam lascas de madeira em seus olhos e se preocupam com meros ciscos em olhos alheios.
Observam falhas mínimas no comportamento dos outros.
Não encaram gritantes defeitos em si mesmos.
Há em relação ao assunto curiosa situação:
Vemos nos outros algo do que somos.
O preconceituoso presume-se discriminado.
O maledicente imagina maldades.
O malicioso fantasia segundas intenções.
Projectamos no comportamento alheio algo de nossas próprias mazelas.
Assim, o mal está em nós mesmos.
***
Quem estuda as obras de André Luiz percebe claramente que os Espíritos orientadores jamais usam adjectivos depreciativos.
Não dizem:
– Fulano é um cafajeste, um vagabundo, um pervertido, um mau carácter, um criminoso, um monstro…
Vêem o irmão em desvio, o companheiro necessitado de ajuda, o enfermo que precisa de tratamento…
Consideram que todo julgamento é assunto para a Justiça Divina.
Só Deus conhece todos os detalhes.
Mesmo quando lidam com obsessores, tratam de socorrê-los sem críticas, situando-os como irmãos em desajuste.
Faz sentido!
Somos todos filhos de Deus.
Fomos criados para o Bem.
O mal em nós é apenas um desvio de rota, um equívoco, uma doença que deve ser tratada.
***
A fórmula para essa visão tem dois componentes básicos:
A intransigência e a indulgência.
Pode parecer tolice.
Afinal, são atitudes antagónicas.
Mas é simples:
Devemos ser intransigentes connosco.
Vigiar atentamente nossas acções; não perdoar nossos deslizes; criticar nossas faltas, dispondo-nos ao esforço permanente de renovação.
É o despertar da consciência.
Devemos ser indulgentes com os outros.
Evitar o julgamento, a crítica e as más palavras; respeitar o próximo, suas opções de vida, sua maneira de ser.
É o despertar do coração.
Quando aplicamos essa orientação, ocorre algo muito interessante.
Quanto mais intransigentes connosco, mais indulgentes somos com o próximo, exercitando o princípio fundamental:
Não podemos atirar pedras em telhados alheios, porquanto o nosso é de vidro, muito frágil.
Richard Simonetti
§.§.§- Ave sem Ninho
Nesta passagem vemos uma vez mais a extraordinária lucidez de Jesus, ágil no raciocínio, a confundir seus opositores, e ainda aproveita o ensejo para ensinamento basilar:
Ninguém é suficientemente puro para habilitar-se a julgar as impurezas alheias.
Essa ideia é marcante no ensinamento cristão. Jesus situa como hipócritas os que não enxergam lascas de madeira em seus olhos e se preocupam com meros ciscos em olhos alheios.
Observam falhas mínimas no comportamento dos outros.
Não encaram gritantes defeitos em si mesmos.
Há em relação ao assunto curiosa situação:
Vemos nos outros algo do que somos.
O preconceituoso presume-se discriminado.
O maledicente imagina maldades.
O malicioso fantasia segundas intenções.
Projectamos no comportamento alheio algo de nossas próprias mazelas.
Assim, o mal está em nós mesmos.
***
Quem estuda as obras de André Luiz percebe claramente que os Espíritos orientadores jamais usam adjectivos depreciativos.
Não dizem:
– Fulano é um cafajeste, um vagabundo, um pervertido, um mau carácter, um criminoso, um monstro…
Vêem o irmão em desvio, o companheiro necessitado de ajuda, o enfermo que precisa de tratamento…
Consideram que todo julgamento é assunto para a Justiça Divina.
Só Deus conhece todos os detalhes.
Mesmo quando lidam com obsessores, tratam de socorrê-los sem críticas, situando-os como irmãos em desajuste.
Faz sentido!
Somos todos filhos de Deus.
Fomos criados para o Bem.
O mal em nós é apenas um desvio de rota, um equívoco, uma doença que deve ser tratada.
***
A fórmula para essa visão tem dois componentes básicos:
A intransigência e a indulgência.
Pode parecer tolice.
Afinal, são atitudes antagónicas.
Mas é simples:
Devemos ser intransigentes connosco.
Vigiar atentamente nossas acções; não perdoar nossos deslizes; criticar nossas faltas, dispondo-nos ao esforço permanente de renovação.
É o despertar da consciência.
Devemos ser indulgentes com os outros.
Evitar o julgamento, a crítica e as más palavras; respeitar o próximo, suas opções de vida, sua maneira de ser.
É o despertar do coração.
Quando aplicamos essa orientação, ocorre algo muito interessante.
Quanto mais intransigentes connosco, mais indulgentes somos com o próximo, exercitando o princípio fundamental:
Não podemos atirar pedras em telhados alheios, porquanto o nosso é de vidro, muito frágil.
Richard Simonetti
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Por que os maus se dão bem na vida?
Por que as pessoas boas sofrem tanto, enquanto as más parecem prosperar?
Porque estão agindo no meio delas, no ambiente que dominam, perfeitamente.
Sabemos que o mal ainda predomina na Terra, então é de se esperar que o mal se sobressaia, prepondere e prevaleça sobre o bem.
Numa sociedade mais justa, os maus se dão mal.
Existem diversas pesquisas que buscam encontrar uma razão que justifique o sucesso no campo profissional de pessoas consideradas más.
Uma delas examinou se a resistência mental explica por que os indivíduos com carácter duvidoso atingem a excelência em suas vidas profissionais.
Tecnicamente, essas pessoas fazem parte da “Tríade negra”, que é composta por indivíduos que se encaixam em perfis narcisistas, maquiavélicos e psicopáticos.
O resultado pareceu óbvio: essas pessoas possuem alguns traços de tenacidade mental que lhes conferem vantagens no ambiente de trabalho, pois são ferrenhos na competição. (1)
Você já imaginou uma pessoa dessas (narcisista, maquiavélica e psicopática) como seu chefe?
Mas o que vem a ser uma pessoa boa e uma pessoa má segundo nosso ponto de vista?
A má é mais fácil de reconhecer, não obstante sermos mais rigorosos na avaliação quando somos nós a vítima.
Mas, em geral, as pessoas más são egoístas, orgulhosas, prejudicam os outros, sem pudor ou ética, aproveitam-se de toda situação para levar vantagem, ganham dinheiro desonesto e, por aí vai.
Então, vendo tantos crimes e perversidades, dizemos:
– Aí está uma pessoa de sorte, tem tudo na vida e é feliz mesmo fazendo todas essas maldades.
Diferentemente das novelas televisivas onde todas as pessoas más se dão mal no final, a verdade é que na vida, muitas vezes, essas pessoas se dão bem sim.
E se dão bem, justamente, porque o ambiente em que elas agem (nossa sociedade) facilita suas acções.
Mas será também que as aparências não enganam?
Sendo a felicidade uma conquista interior, representada pela consciência tranquila, pela paz que se apresenta espontânea e NÃO por tudo aquilo que podemos conquistar e gozar, temporariamente, aqui na Terra, será possível e verdadeira essa posição de prosperidade das pessoas más?
A felicidade dos maus não estaria somente na aparência?
Não têm eles problemas de relacionamento, por exemplo?
Os filhos são disciplinados, educados, estudiosos e sem vícios?
Se casados, como é o cônjuge?
Bom companheiro, responsável, cumpridor de seus deveres e amigo?
Na família não tem ninguém doente?
Claro que eles também têm muitos problemas.
É impossível viver na Terra sem aflições, angústias ou pressões diversas.
E quanto às pessoas que julgamos boas?
Por que muitas vezes sofrem tanto?
O padrão daquilo que julgamos ser “bondade” é algo que trazemos em nós.
Dessa forma, ao analisarmos a índole de uma pessoa, corremos o risco em errar, até porque não temos a capacidade de ver o que se passa na intimidade de cada um.
Muitas pessoas poderão aparentar bondade, com o objectivo de conseguir alguma coisa.
São bons actores, eis que usam seus actos dissimulados e fingidos para obterem alguma vantagem, nem que seja para alimentar seu ego (de acreditar ou mostrar que é uma pessoa boa).
Falam manso e devagar, aparentam calma, tranquilidade, muitas vezes, falam em nome de Deus, mas por dentro tem uma panela de pressão prestes a explodir.
Nesse caso, a bondade é apenas um verniz.
Porque estão agindo no meio delas, no ambiente que dominam, perfeitamente.
Sabemos que o mal ainda predomina na Terra, então é de se esperar que o mal se sobressaia, prepondere e prevaleça sobre o bem.
Numa sociedade mais justa, os maus se dão mal.
Existem diversas pesquisas que buscam encontrar uma razão que justifique o sucesso no campo profissional de pessoas consideradas más.
Uma delas examinou se a resistência mental explica por que os indivíduos com carácter duvidoso atingem a excelência em suas vidas profissionais.
Tecnicamente, essas pessoas fazem parte da “Tríade negra”, que é composta por indivíduos que se encaixam em perfis narcisistas, maquiavélicos e psicopáticos.
O resultado pareceu óbvio: essas pessoas possuem alguns traços de tenacidade mental que lhes conferem vantagens no ambiente de trabalho, pois são ferrenhos na competição. (1)
Você já imaginou uma pessoa dessas (narcisista, maquiavélica e psicopática) como seu chefe?
Mas o que vem a ser uma pessoa boa e uma pessoa má segundo nosso ponto de vista?
A má é mais fácil de reconhecer, não obstante sermos mais rigorosos na avaliação quando somos nós a vítima.
Mas, em geral, as pessoas más são egoístas, orgulhosas, prejudicam os outros, sem pudor ou ética, aproveitam-se de toda situação para levar vantagem, ganham dinheiro desonesto e, por aí vai.
Então, vendo tantos crimes e perversidades, dizemos:
– Aí está uma pessoa de sorte, tem tudo na vida e é feliz mesmo fazendo todas essas maldades.
Diferentemente das novelas televisivas onde todas as pessoas más se dão mal no final, a verdade é que na vida, muitas vezes, essas pessoas se dão bem sim.
E se dão bem, justamente, porque o ambiente em que elas agem (nossa sociedade) facilita suas acções.
Mas será também que as aparências não enganam?
Sendo a felicidade uma conquista interior, representada pela consciência tranquila, pela paz que se apresenta espontânea e NÃO por tudo aquilo que podemos conquistar e gozar, temporariamente, aqui na Terra, será possível e verdadeira essa posição de prosperidade das pessoas más?
A felicidade dos maus não estaria somente na aparência?
Não têm eles problemas de relacionamento, por exemplo?
Os filhos são disciplinados, educados, estudiosos e sem vícios?
Se casados, como é o cônjuge?
Bom companheiro, responsável, cumpridor de seus deveres e amigo?
Na família não tem ninguém doente?
Claro que eles também têm muitos problemas.
É impossível viver na Terra sem aflições, angústias ou pressões diversas.
E quanto às pessoas que julgamos boas?
Por que muitas vezes sofrem tanto?
O padrão daquilo que julgamos ser “bondade” é algo que trazemos em nós.
Dessa forma, ao analisarmos a índole de uma pessoa, corremos o risco em errar, até porque não temos a capacidade de ver o que se passa na intimidade de cada um.
Muitas pessoas poderão aparentar bondade, com o objectivo de conseguir alguma coisa.
São bons actores, eis que usam seus actos dissimulados e fingidos para obterem alguma vantagem, nem que seja para alimentar seu ego (de acreditar ou mostrar que é uma pessoa boa).
Falam manso e devagar, aparentam calma, tranquilidade, muitas vezes, falam em nome de Deus, mas por dentro tem uma panela de pressão prestes a explodir.
Nesse caso, a bondade é apenas um verniz.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Em dias de provação mais dura ou quando seus interesses pessoais são ameaçados, a máscara cai e a verdadeira pessoa surge, revelando sua natureza.
“Muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido.
Vemos todos os dias situações parecidas com essa.
Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são.
Como diz a máxima:
‘Quer conhecer uma pessoa?
Dê poder a ela’.
É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores.
Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles.
Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade.
Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhecê-la mais a fundo.” (2)
Outra questão que precisamos entender é que as pessoas, realmente boas, são mais adiantadas espiritualmente e, por esse motivo, estão mais preparadas para enfrentar provas mais duras.
“Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo.
Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova.
Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova.
Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está.
Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série?
Claro que não.
O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões de ensino da série em que se encontra.” (2)
“O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo: as almas mais adiantadas podem sofrer provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas.
As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades.
Não se pode exigir algo de quem não tem.
Como diz a máxima:
‘Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados’.” (2)
Por fim, não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, nosso passado espiritual fala mais alto.
Somos construtores do nosso destino e o fazemos com nossas escolhas e acções.
Ora, como a Lei de Deus é perfeita, colhemos aquilo que semeamos nesta e em outras vidas.
Pode ser que a pessoa bondosa esteja reparando o seu passado de erros, sabedora que a justa expiação das suas faltas lhe proporcionará a paz de consciência para avançar na senda do progresso mais livre e feliz no futuro.
Isso não é tudo, mas é o que conseguimos escrever nesse pequeno texto.
Fernando Rossit
Referências Bibliográficas:
(1) Tríade negra, Michael Onley , Universidade de Western Ontario.
(2) Apoio em texto original de Hugo Lapa.
§.§.§- Ave sem Ninho
“Muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido.
Vemos todos os dias situações parecidas com essa.
Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são.
Como diz a máxima:
‘Quer conhecer uma pessoa?
Dê poder a ela’.
É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores.
Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles.
Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade.
Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhecê-la mais a fundo.” (2)
Outra questão que precisamos entender é que as pessoas, realmente boas, são mais adiantadas espiritualmente e, por esse motivo, estão mais preparadas para enfrentar provas mais duras.
“Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo.
Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova.
Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova.
Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está.
Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série?
Claro que não.
O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões de ensino da série em que se encontra.” (2)
“O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo: as almas mais adiantadas podem sofrer provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas.
As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades.
Não se pode exigir algo de quem não tem.
Como diz a máxima:
‘Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados’.” (2)
Por fim, não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, nosso passado espiritual fala mais alto.
Somos construtores do nosso destino e o fazemos com nossas escolhas e acções.
Ora, como a Lei de Deus é perfeita, colhemos aquilo que semeamos nesta e em outras vidas.
Pode ser que a pessoa bondosa esteja reparando o seu passado de erros, sabedora que a justa expiação das suas faltas lhe proporcionará a paz de consciência para avançar na senda do progresso mais livre e feliz no futuro.
Isso não é tudo, mas é o que conseguimos escrever nesse pequeno texto.
Fernando Rossit
Referências Bibliográficas:
(1) Tríade negra, Michael Onley , Universidade de Western Ontario.
(2) Apoio em texto original de Hugo Lapa.
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Mandato Mediúnico
[…] Pelo tempo de actividade na causa do bem e pelos sacrifícios a que se consagrou, Ambrosina recebeu do plano superior um mandato de serviço mediúnico, merecendo, por isso, a responsabilidade de mais íntima associação com o instrutor que lhe preside as tarefas.
Havendo crescido em influência, viu-se assoberbada por solicitações de múltiplos matizes.
Inspirando fé e esperança a quantos se lhe aproximam do sacerdócio de fraternidade e compreensão, é, naturalmente, assediada pelos mais desconcertantes apelos. […]
“ […] — Um mandato mediúnico reclama ordem, segurança, eficiência.
Uma delegação de autoridade humana envolve concessão de recursos da parte de quem a outorga.
Não se pedirá cooperação sistemática do médium, sem oferecer-lhe as necessárias garantias.
“[…] — Ah! sim, semelhantes serviços não se efectuam sem programa.
O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço.
Gabriel e Ambrosina planearam a experiência actual muito antes que ela se envolvesse nos densos fluidos da vida física.
E por que dizer — continuei, lembrando ao assistente as suas próprias palavras — «quando o médium se destaca no serviço do bem recebe apoio de um amigo espiritual», se esse amigo espiritual e o médium já se encontram irmanados um ao outro desde muito tempo?
O instrutor fitou-me de frente e falou:
— Em qualquer cometimento, não seria lícito desvalorizar a liberdade de acção.
Ambrosina comprometeu-se: isso, porém, não a impediria de cancelar o contrato de serviço, não obstante reconhecer-lhe a excelência e a magnitude.
Poderia desejar imprimir novo rumo ao seu idealismo de mulher, embora adiando realizações sem as quais não se erguerá livremente do mundo.
Os orientadores da Espiritualidade procuram companheiros, não escravos.
O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas sim um irmão da humanidade e um aspirante à sabedoria.
Deve trabalhar e estudar por amor…
É por isso que muitos começam a jornada e recuam.
Livres para decidir quanto ao próprio destino, muitas vezes preferem estagiar com indesejáveis companhias, caindo em temíveis fascinações. Iniciam-se com entusiasmo na obra do bem, entretanto, em muitas circunstâncias dão ouvidos a elementos corruptores que os visitam pelas brechas da invigilância.
E, assim, tropeçam e se estiram na cupidez, na preguiça, no personalismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em joguetes dos adversários da luz, que lhes vampirizam as forças, aniquilando-lhes as melhores possibilidades.
Isso é da experiência de todos os tempos e de todos os dias…
— Sim, sim… — concordei — mas não seria possível aos mentores espirituais a movimentação de medidas capazes de pôr cobro aos abusos, quando os abusos aparecem?
Meu interlocutor sorriu e obtemperou:
— Cada consciência marcha por si, apesar de serem numerosos os mestres do caminho.
Devemos a nós mesmos a derrota ou a vitória.
Almas e colectividades adquirem as experiências com que se redimem ou se elevam, ao preço do próprio esforço.
O homem constrói, destrói e reconstrói destinos, como a humanidade faz e desfaz civilizações, buscando a melhor direcção para responder aos chamamentos de Deus.
É por isso que pesadas tribulações vagueiam no mundo, tais como a enfermidade e a aflição, a guerra e a decadência, despertando as almas para o discernimento justo.
Cada qual vive no quadro das próprias conquistas ou dos próprios débitos.
Havendo crescido em influência, viu-se assoberbada por solicitações de múltiplos matizes.
Inspirando fé e esperança a quantos se lhe aproximam do sacerdócio de fraternidade e compreensão, é, naturalmente, assediada pelos mais desconcertantes apelos. […]
“ […] — Um mandato mediúnico reclama ordem, segurança, eficiência.
Uma delegação de autoridade humana envolve concessão de recursos da parte de quem a outorga.
Não se pedirá cooperação sistemática do médium, sem oferecer-lhe as necessárias garantias.
“[…] — Ah! sim, semelhantes serviços não se efectuam sem programa.
O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço.
Gabriel e Ambrosina planearam a experiência actual muito antes que ela se envolvesse nos densos fluidos da vida física.
E por que dizer — continuei, lembrando ao assistente as suas próprias palavras — «quando o médium se destaca no serviço do bem recebe apoio de um amigo espiritual», se esse amigo espiritual e o médium já se encontram irmanados um ao outro desde muito tempo?
O instrutor fitou-me de frente e falou:
— Em qualquer cometimento, não seria lícito desvalorizar a liberdade de acção.
Ambrosina comprometeu-se: isso, porém, não a impediria de cancelar o contrato de serviço, não obstante reconhecer-lhe a excelência e a magnitude.
Poderia desejar imprimir novo rumo ao seu idealismo de mulher, embora adiando realizações sem as quais não se erguerá livremente do mundo.
Os orientadores da Espiritualidade procuram companheiros, não escravos.
O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas sim um irmão da humanidade e um aspirante à sabedoria.
Deve trabalhar e estudar por amor…
É por isso que muitos começam a jornada e recuam.
Livres para decidir quanto ao próprio destino, muitas vezes preferem estagiar com indesejáveis companhias, caindo em temíveis fascinações. Iniciam-se com entusiasmo na obra do bem, entretanto, em muitas circunstâncias dão ouvidos a elementos corruptores que os visitam pelas brechas da invigilância.
E, assim, tropeçam e se estiram na cupidez, na preguiça, no personalismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em joguetes dos adversários da luz, que lhes vampirizam as forças, aniquilando-lhes as melhores possibilidades.
Isso é da experiência de todos os tempos e de todos os dias…
— Sim, sim… — concordei — mas não seria possível aos mentores espirituais a movimentação de medidas capazes de pôr cobro aos abusos, quando os abusos aparecem?
Meu interlocutor sorriu e obtemperou:
— Cada consciência marcha por si, apesar de serem numerosos os mestres do caminho.
Devemos a nós mesmos a derrota ou a vitória.
Almas e colectividades adquirem as experiências com que se redimem ou se elevam, ao preço do próprio esforço.
O homem constrói, destrói e reconstrói destinos, como a humanidade faz e desfaz civilizações, buscando a melhor direcção para responder aos chamamentos de Deus.
É por isso que pesadas tribulações vagueiam no mundo, tais como a enfermidade e a aflição, a guerra e a decadência, despertando as almas para o discernimento justo.
Cada qual vive no quadro das próprias conquistas ou dos próprios débitos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Assim considerando, vemos no planeta milhões de criaturas sob as teias da mediunidade torturante, milhares detendo possibilidades psíquicas apreciáveis, muitas tentando o desenvolvimento dos recursos dessa natureza e raras obtendo um mandato mediúnico para o trabalho da fraternidade e da luz.
E, segundo reconhecemos, a mediunidade sublimada é serviço que devemos edificar, ainda que essa gloriosa aquisição nos custe muitos séculos.
— Mas ainda num mandato mediúnico o tarefeiro da condição de Dona Ambrosina pode cair?
— Como não? — acentuou o interlocutor — um mandato é uma delegação de poder obtida pelo crédito moral, sem ser um atestado de santificação.
Com maiores ou menores responsabilidades, é imprescindível não esquecer nossas obrigações perante a Lei Divina, a fim de consolidar nossos títulos de merecimento na vida eterna.
E, com significativo tom de voz, acrescentou:
— Recordemos a palavra do Senhor: “muito se pedirá de quem muito recebeu”.
A conversação, à margem do serviço, oferecera-me suficiente material de meditação. […]”
XAVIER, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. Brasília: FEB, 2018. Cap. 16.
§.§.§- Ave sem Ninho
E, segundo reconhecemos, a mediunidade sublimada é serviço que devemos edificar, ainda que essa gloriosa aquisição nos custe muitos séculos.
— Mas ainda num mandato mediúnico o tarefeiro da condição de Dona Ambrosina pode cair?
— Como não? — acentuou o interlocutor — um mandato é uma delegação de poder obtida pelo crédito moral, sem ser um atestado de santificação.
Com maiores ou menores responsabilidades, é imprescindível não esquecer nossas obrigações perante a Lei Divina, a fim de consolidar nossos títulos de merecimento na vida eterna.
E, com significativo tom de voz, acrescentou:
— Recordemos a palavra do Senhor: “muito se pedirá de quem muito recebeu”.
A conversação, à margem do serviço, oferecera-me suficiente material de meditação. […]”
XAVIER, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. Brasília: FEB, 2018. Cap. 16.
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O Apóstolo Paulo Proíbe o Espiritismo
Manhã de domingo.
Uma amiga telefona e me propõe interessante questão.
Em conversa com um vizinho, este lhe diz estar estudando a Bíblia há mais de um ano, embora não seja adepto de nenhuma religião.
E sabendo que essa amiga era espírita, resolve interrogá-la quanto à proibição que Paulo coloca, em sua epístola aos Efésios (6:10 a 20), quanto ao Espiritismo.
A razão do telefonema foi de me perguntarem como explicar a proibição de Paulo (minha amiga é novata na Doutrina).
É quase desnecessário dizer que achei deliciosa a pergunta, só de imaginar o efeito da resposta...
A essa altura, o estudante da Bíblia, já aberta na página em questão, falava directamente comigo.
Não - disse-lhe -, não leia ainda o trecho.
Deixe-me primeiro pegar a minha Bíblia.
E que Bíblia ! Bem antiga, um exemplar raro, edição portuguesa de 1877, que ganhei de presente.
De passagem, pego também o Novo Testamento, de bolso, edição de 1954, tradução de João Ferreira de Almeida, para confronto dos textos.
Inicialmente procurei lembrar-lhe - já que a estava estudando - que a Bíblia é constituída do Velho e do Novo Testamentos; que este contém o Evangelho de Jesus etc..., etc...
Que a tal passagem de Paulo aos Efésios está pois, no Novo Testamento e, como é evidente, fora escrita pelo apóstolo há quase dois mil anos.
E que o Espiritismo, palavra criada por Allan Kardec, surgiria em abril de 1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, tendo, portanto, 140 anos de existência.
- Como - indaguei - poderia Paulo proibir algo que nem existia?
- Então, como explicar esse texto ? - me pergunta ele inocentemente.
- Agora sim, vou ler para você uma Bíblia muito antiga, de 1877, e depois um Novo Testamento, de 1954.
Li, ao telefone, para o confuso estudioso da Bíblia, os textos correspondentes, nos quais, como é óbvio, não consta absolutamente nada quanto à aludida proibição.
Em seguida, ele fez a leitura do trecho que motivou todo o nosso diálogo.
Nele estão várias interpolações, e proibição não apenas do Espiritismo, mas de outras coisas, inclusive (numa linguagem bem actual) sexo antes do casamento.
- Como vê - arrematei - está havendo uma adulteração dos textos evangélicos, para atender a determinadas conveniências religiosas, o que é lamentável e grave.
No dia seguinte, ao fazer uma palestra na Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, aproveitei para contar o caso e comentar a respeito dessas adulterações e como as pessoas não raciocinam, não enxergando tais aberrações e mantendo ainda, infelizmente, uma fé cega e, o que é pior, fanática.
Esse assunto motivou-nos uma preocupação:
o que restará dos textos bíblicos e evangélicos daqui a alguns anos ?
Outras reflexões nos ocorrem, inclusive a preocupação que os espíritas devemos ter de preservar os livros da Codificação, sem jamais admitirmos que sejam modernizados, modificados, actualizados.
Qualquer coisa nesse sentido será abrir um perigoso precedente, mesmo porque não há o que modernizar ou o que actualizar, pois isso significaria modificar o texto original, e a obra de um autor, recomenda a ética, é sagrada, não deve ser retocada por ninguém e sob nenhum pretexto.
Ainda mais quando se trata dos livros da Codificação, se mais não fosse por ter carácter de revelação.
Com dupla característica: revelação divina e científica, que Allan Kardec esclarece em a Génese:
"Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem".
Pessoalmente, considero o discurso de Kardec actualíssimo, muito didáctico, claro, estilo sóbrio e elegante, e não vejo motivo para colocá-lo na forma de linguagem actual, como às vezes pretendem, o que representaria nivelar por baixo.
Uma amiga telefona e me propõe interessante questão.
Em conversa com um vizinho, este lhe diz estar estudando a Bíblia há mais de um ano, embora não seja adepto de nenhuma religião.
E sabendo que essa amiga era espírita, resolve interrogá-la quanto à proibição que Paulo coloca, em sua epístola aos Efésios (6:10 a 20), quanto ao Espiritismo.
A razão do telefonema foi de me perguntarem como explicar a proibição de Paulo (minha amiga é novata na Doutrina).
É quase desnecessário dizer que achei deliciosa a pergunta, só de imaginar o efeito da resposta...
A essa altura, o estudante da Bíblia, já aberta na página em questão, falava directamente comigo.
Não - disse-lhe -, não leia ainda o trecho.
Deixe-me primeiro pegar a minha Bíblia.
E que Bíblia ! Bem antiga, um exemplar raro, edição portuguesa de 1877, que ganhei de presente.
De passagem, pego também o Novo Testamento, de bolso, edição de 1954, tradução de João Ferreira de Almeida, para confronto dos textos.
Inicialmente procurei lembrar-lhe - já que a estava estudando - que a Bíblia é constituída do Velho e do Novo Testamentos; que este contém o Evangelho de Jesus etc..., etc...
Que a tal passagem de Paulo aos Efésios está pois, no Novo Testamento e, como é evidente, fora escrita pelo apóstolo há quase dois mil anos.
E que o Espiritismo, palavra criada por Allan Kardec, surgiria em abril de 1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, tendo, portanto, 140 anos de existência.
- Como - indaguei - poderia Paulo proibir algo que nem existia?
- Então, como explicar esse texto ? - me pergunta ele inocentemente.
- Agora sim, vou ler para você uma Bíblia muito antiga, de 1877, e depois um Novo Testamento, de 1954.
Li, ao telefone, para o confuso estudioso da Bíblia, os textos correspondentes, nos quais, como é óbvio, não consta absolutamente nada quanto à aludida proibição.
Em seguida, ele fez a leitura do trecho que motivou todo o nosso diálogo.
Nele estão várias interpolações, e proibição não apenas do Espiritismo, mas de outras coisas, inclusive (numa linguagem bem actual) sexo antes do casamento.
- Como vê - arrematei - está havendo uma adulteração dos textos evangélicos, para atender a determinadas conveniências religiosas, o que é lamentável e grave.
No dia seguinte, ao fazer uma palestra na Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, aproveitei para contar o caso e comentar a respeito dessas adulterações e como as pessoas não raciocinam, não enxergando tais aberrações e mantendo ainda, infelizmente, uma fé cega e, o que é pior, fanática.
Esse assunto motivou-nos uma preocupação:
o que restará dos textos bíblicos e evangélicos daqui a alguns anos ?
Outras reflexões nos ocorrem, inclusive a preocupação que os espíritas devemos ter de preservar os livros da Codificação, sem jamais admitirmos que sejam modernizados, modificados, actualizados.
Qualquer coisa nesse sentido será abrir um perigoso precedente, mesmo porque não há o que modernizar ou o que actualizar, pois isso significaria modificar o texto original, e a obra de um autor, recomenda a ética, é sagrada, não deve ser retocada por ninguém e sob nenhum pretexto.
Ainda mais quando se trata dos livros da Codificação, se mais não fosse por ter carácter de revelação.
Com dupla característica: revelação divina e científica, que Allan Kardec esclarece em a Génese:
"Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem".
Pessoalmente, considero o discurso de Kardec actualíssimo, muito didáctico, claro, estilo sóbrio e elegante, e não vejo motivo para colocá-lo na forma de linguagem actual, como às vezes pretendem, o que representaria nivelar por baixo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS III
Como diz Alexandre, instrutor de André Luiz em Missionários da Luz, em outras palavras, que nós, encarnados, queremos a presença e companhia dos Espíritos Superiores e que estes baixem até nós, porém, não fazemos nenhum esforço para subir até eles.
Ante tais provas de fanatismo, de intransigência, de sectarismo de nossos irmãos que estão adulterando os textos bíblicos e evangélicos, é compreensível que nos ocorram à mente comparações entre religiões e a Doutrina Espírita, que prega o respeito ao próximo, a liberdade de consciência, a fraternidade, revivescendo a mensagem do Cristo e conclamando os seres humanos a vivenciá-la.
Realmente, esse código de amor e solidariedade, de libertação das faixas primárias da evolução, enfim, é ainda muito difícil de ser assimilado e vivenciado.
A sua vigência, portanto, depende de nós que já o entendemos, aceitamos e divulgamos.
Afinal, de que vale ser espírita, acreditar na existência dos Espíritos, se essa crença não nos torna melhores, mais pacientes, indulgentes e benignos?
De nada valeria, então, pois a humanidade permaneceria estacionária.
É o que nos alerta Allan Kardec no item 350 de O Livro dos Médiuns.
Suely Caldas Schubert
Do Jornal "Candeia Espírita – USE São José dos Campos – março/98
§.§.§- Ave sem Ninho
Ante tais provas de fanatismo, de intransigência, de sectarismo de nossos irmãos que estão adulterando os textos bíblicos e evangélicos, é compreensível que nos ocorram à mente comparações entre religiões e a Doutrina Espírita, que prega o respeito ao próximo, a liberdade de consciência, a fraternidade, revivescendo a mensagem do Cristo e conclamando os seres humanos a vivenciá-la.
Realmente, esse código de amor e solidariedade, de libertação das faixas primárias da evolução, enfim, é ainda muito difícil de ser assimilado e vivenciado.
A sua vigência, portanto, depende de nós que já o entendemos, aceitamos e divulgamos.
Afinal, de que vale ser espírita, acreditar na existência dos Espíritos, se essa crença não nos torna melhores, mais pacientes, indulgentes e benignos?
De nada valeria, então, pois a humanidade permaneceria estacionária.
É o que nos alerta Allan Kardec no item 350 de O Livro dos Médiuns.
Suely Caldas Schubert
Do Jornal "Candeia Espírita – USE São José dos Campos – março/98
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Alegria e excitação
Todos sabemos que vivemos num mundo de sofrimentos, de provações e de expiações, se quisermos dizer assim.
O próprio Cristo anunciou que no mundo só teríamos aflições.
Logo, este é um mundo de aflições.
E por que é que o Homem de Nazaré se expressou assim?
Por causa do nível dos Espíritos que vivem aqui.
Com certeza, nós todos não somos pessoas muito fáceis, não porque sejamos maus, mas porque somos ainda dotados de uma grande dose de atraso.
Atraso ético, atraso moral.
A questão que queremos tratar é a respeito das nossas comemorações.
Ora, se somos Espíritos portadores dessas limitações, todas as coisas que fazemos no mundo reflectem essas limitações.
E as nossas comemorações não ficam fora disso.
Retirando aquelas evocações fúnebres, as datas de guerras, as referências históricas a respeito das nossas sociedades diversas, as comemorações do mundo são pró-alegria.
Comemoram-se aniversários, bodas e deste modo, a alegria.
Se nos detivermos nesse capítulo das bodas, das festas, de comemorações alegres, nos aperceberemos o quanto não sabemos fazer as festas, do quanto as nossas festas são do nosso tipo.
Atrasadas, perturbadas.
Muito raramente alguém consegue fazer uma comemoração sem excessos de comida, de bebida alcoólica, de barulho.
É muito complicado.
Não respeitamos o fato de morarmos numa vila de casas, num edifício de apartamentos.
O que queremos é festejar, egoisticamente, porque os vizinhos não tolerarão nosso barulho, nossa bulha.
Mas, fazemos porque é assim que pensamos na Terra, com raras e expressivas excepções.
É muito importante que saibamos valorizar as comemorações felizes do mundo. Há tantas delas.
Quando comemoramos alegria, isso corresponde a louvar a Deus, a agradecer a Deus.
Para aqueles que não crêem em Deus, a louvar os poderes superiores da vida, as capacidades superiores dos homens.
Por causa disso é que encontramos o Dia de Acção de Graças, nos Estados Unidos, o Dia do Perdão entre os judeus.
Também Valentine, o Dia do Amigo, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa e em alguns outros países do mundo.
São datas de festas, de comemorações, em que se come, se bebe, em que se dança, se brinca.
Mas, tudo isso precisa ter a marca da verdadeira alegria.
Quando fugimos da marca da verdadeira alegria, entramos na marca das excitações.
É muito comum que, no mundo, confundamos a alegria com excitação.
Sempre que se fala em alegria, tem que se falar em batuques, em folguedos, em bailados, em gritarias, em alcoólicos e, desde alguns anos, em drogas.
No carnaval, que deveria ser uma festa de alegria popular, as drogas estão presentes.
As nossas autoridades fazem campanhas nada educativas com relação ao sexo.
O indivíduo pode despautar como quiser, no capítulo da sexualidade, desde que use camisinha.
Não importa que ele seja um tarado, um desrespeitador, um inveterado consumista de sexo, desde que ele use camisinha.
Não há nenhuma preocupação ética, nenhum cuidado estético.
Excitações. Muito barulho, trios eléctricos, tambores muito altos.
Nada contra a música, nada contra os folguedos.
Estamos falando das excitações por causa dos excessos, essas alegrias que acabarão por nos vitimar, que provocarão acidentes morais e materiais.
* * *
O próprio Cristo anunciou que no mundo só teríamos aflições.
Logo, este é um mundo de aflições.
E por que é que o Homem de Nazaré se expressou assim?
Por causa do nível dos Espíritos que vivem aqui.
Com certeza, nós todos não somos pessoas muito fáceis, não porque sejamos maus, mas porque somos ainda dotados de uma grande dose de atraso.
Atraso ético, atraso moral.
A questão que queremos tratar é a respeito das nossas comemorações.
Ora, se somos Espíritos portadores dessas limitações, todas as coisas que fazemos no mundo reflectem essas limitações.
E as nossas comemorações não ficam fora disso.
Retirando aquelas evocações fúnebres, as datas de guerras, as referências históricas a respeito das nossas sociedades diversas, as comemorações do mundo são pró-alegria.
Comemoram-se aniversários, bodas e deste modo, a alegria.
Se nos detivermos nesse capítulo das bodas, das festas, de comemorações alegres, nos aperceberemos o quanto não sabemos fazer as festas, do quanto as nossas festas são do nosso tipo.
Atrasadas, perturbadas.
Muito raramente alguém consegue fazer uma comemoração sem excessos de comida, de bebida alcoólica, de barulho.
É muito complicado.
Não respeitamos o fato de morarmos numa vila de casas, num edifício de apartamentos.
O que queremos é festejar, egoisticamente, porque os vizinhos não tolerarão nosso barulho, nossa bulha.
Mas, fazemos porque é assim que pensamos na Terra, com raras e expressivas excepções.
É muito importante que saibamos valorizar as comemorações felizes do mundo. Há tantas delas.
Quando comemoramos alegria, isso corresponde a louvar a Deus, a agradecer a Deus.
Para aqueles que não crêem em Deus, a louvar os poderes superiores da vida, as capacidades superiores dos homens.
Por causa disso é que encontramos o Dia de Acção de Graças, nos Estados Unidos, o Dia do Perdão entre os judeus.
Também Valentine, o Dia do Amigo, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa e em alguns outros países do mundo.
São datas de festas, de comemorações, em que se come, se bebe, em que se dança, se brinca.
Mas, tudo isso precisa ter a marca da verdadeira alegria.
Quando fugimos da marca da verdadeira alegria, entramos na marca das excitações.
É muito comum que, no mundo, confundamos a alegria com excitação.
Sempre que se fala em alegria, tem que se falar em batuques, em folguedos, em bailados, em gritarias, em alcoólicos e, desde alguns anos, em drogas.
No carnaval, que deveria ser uma festa de alegria popular, as drogas estão presentes.
As nossas autoridades fazem campanhas nada educativas com relação ao sexo.
O indivíduo pode despautar como quiser, no capítulo da sexualidade, desde que use camisinha.
Não importa que ele seja um tarado, um desrespeitador, um inveterado consumista de sexo, desde que ele use camisinha.
Não há nenhuma preocupação ética, nenhum cuidado estético.
Excitações. Muito barulho, trios eléctricos, tambores muito altos.
Nada contra a música, nada contra os folguedos.
Estamos falando das excitações por causa dos excessos, essas alegrias que acabarão por nos vitimar, que provocarão acidentes morais e materiais.
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