LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 18, 2019 10:09 am

O tempo, contudo, ia passando, implacável, e os meus antigos benfeitores espirituais se foram distanciando, elevados a regiões menos densas.
Despediam-se, afectuoso, estimulando-me ao desempenho dos deveres cristãos, permanecendo, assim, relegada a mim mesma, entre problemas inquietantes e complicados.
Por fim, o esposo amigo, sócio abençoado de experiências e empresas inúmeras, foi convocado à esfera superior, em virtude dos méritos adquiridos, e, dos Espíritos amados que me foram pais e filhos, em várias estações evolutivas, não existia nenhum ao lado de minha pequenez.
Quando me vi irremediavelmente sozinha, experimentei intraduzível pavor e amargoso desânimo.
Abandonei-me, então, a propósitos menos dignos, demorando-me nos recantos abismais qual trapo inútil, embora consciente, vencida pelo trio nefasto.
Muitos anos partilhei o desencanto da soledade quase absoluta.
Dia houve, no entanto, em que fui visitada por nobre missionária do bem, que me contou, carinhosamente, o romance que lhe dizia respeito.
Estivera em minha posição degradante, mas superara os obstáculos, utilizando o concurso de entidades infelizes.
Depois de aventuras extravagantes, no curso das quais fora invariavelmente derrotada, voltou à Terra, na qualidade de mãe de filhos monstruosos, e tão rijos lhe foram os testemunhos de abnegação que chegou ao admirável triunfo sobre a tríade tenebrosa, dominando o ciúme, o egoísmo e a vaidade no decurso de setenta anos de sacrifício incessante.
Aconselhou-me, assim, a visitar as furnas do sofrimento purgatorial e a rogar a colaboração dos dirigentes daqueles que estacionam nas províncias da angústia, candidatando-me à maternidade dolorosa na Terra.
Aceitei o alvitre, jubilosa.
Que representavam setenta anos de esforço e paciência para conseguir uma realização que me escapara durante milénios?
A presença amiga conduziu-me às rectaguardas das trevas e, horrorizada, percebi a existência de infortunados irmãos nossos, em estágios longos de loucura, cegueira e deformação.
Agitavam-se em torvelinho de padecimentos indescritíveis.
Acovardei-me ante o quadro triste, mas a piedosa mensageira que me custodiava reanimou-me e, afinal, solicitei a concessão.
Quando meu fervor se exteriorizou em lágrimas de esperança, fez-se visível um dos vigilantes da atormentada região, acolhendo-me a súplica.
Aceitar-me-ia o compromisso e designou-me quatro crianças monstruosas que me caberia adotar.
Reunir-se-iam à minh’alma, dentro de algum tempo, nos círculos carnais.
Foi assim que, entre o pavor e ansiedade, regressei ao renascimento terrestre.
Vi-me, desde cedo, em condições dolorosas e precárias.
Nos rudimentos da infância, observei que meu corpo estava em formal desacordo com meus sentimentos íntimos.
A princípio, vigorosa rebeldia dominou-me o coração, mas fui lavando as manchas da revolta com lágrimas benfazejas e, porque a orfandade me colhera nos primeiros anos, fui compelida a desposar um homem terrivelmente disforme, que me impôs quatro filhos desventurados.
Logo após o nascimento do último deles, meu infeliz esposo, companheiro de quedas noutra época, veio a desencarnar, legando-me pobreza e viuvez irremediáveis.
Tentei a conquista do trabalho digno; entretanto, o infortúnio dos filhos não mo permitiu.
Um era cego, outro leproso e dois aleijados.
Muita vez, a vaidade me inclinou à prostituição, mas o instinto de mãe não me separava dos filhinhos e toda gente me evitava a presença com manifesta repugnância.
O egoísmo procurou vendar-me os olhos, sugerindo os enjeitasse; contudo, a maternidade sofredora me ajudava a vencer no combate do coração.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 18, 2019 10:10 am

O ciúme alvitrava o desespero e o crime, mormente quando surgiam as mães tranquilas e afortunadas, ao meu olhar; todavia, o beijo de minhas pobres crianças atormentadas convidava-me à gratidão pela caridade pública, a humildade e ao entendimento.
Nunca tive pouso certo, como nunca dispus de parentes que me solucionassem as necessidades.
Vagueei mendigando nos caminhos, errando sem direcção, invariavelmente acompanhada pelos quatro meninos desditosos, que se transformaram em sentenciados adultos, cheios de necessidades.
Ambos os aleijados partiram mais cedo para o sepulcro, o leproso desencarnou algum tempo depois e o cego andou comigo, por mais de quarenta anos.
Suportei sede, fome, privações e conheci de perto a enfermidade e a aflição, com os filhos amargurados, agonizantes ou insepultos...
Ao completar, porém, os setenta anos, achava-me liberta do trio maldito.
A morte surpreendeu-me totalmente renovada e, com as bênçãos divinas, pude entoar o meu cântico de vitória.
Silenciou a nobre Diana, sob a nossa viva emoção.
A sublime narrativa revelava nova interpretação da luta terrestre.
Ante a quietude que nos assaltara, concluiu a mensageira do bem, com vibrante expressão:
— Segundo verificam, sou devedora insolvável para com os nossos irmãos do purgatório - purgatório escuro.
Em companhia deles, na reencarnação terrestre, aprendi lições que muitos séculos de aprendizado pacífico não me puderam ensinar, à vista de minha rebeldia e viciação.
E tão grande é a minha alegria e tão bela a minha noção de vitória individual que, se rastejasse nas trevas, por alguns milénios, a fim de servi-los, não lhes pagaria, em tese - hipótese alguma, quanto lhes fiquei a dever para a eternidade.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Encontros espirituais

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 18, 2019 8:51 pm

Léon Tolstoi, o escritor russo, teve oportunidade de, depois de sua morte, escrever através da mediunidade de Ivone do Amaral Pereira.
Em uma de suas obras assim psicografadas, ele narra que, quando ainda vivendo na Terra, tivera um amigo de nome Boris.
Eram muito afeiçoados e apreciavam ficar horas discutindo questões de filosofia.
Boris, contudo, morreu jovem, na flor dos vinte anos.
Tolstoi sentiu muito a morte do amigo.
E fosse porque muito pensasse nele ou porque, de alguma forma, desejasse ter dele notícias, lhe ocorria sonhar com ele repetidas vezes.
Via-o jovial e alegre.
Sempre a conversar sobre as questões do Evangelho.
Embora ao acordar não conseguisse recordar a totalidade do diálogo, lembrava de alguns trechos do sonho.
Contudo, as peripécias da vida, as preocupações que se foram somando, fizeram com que muitas tribulações cercassem Tolstoi.
Até ele não mais sonhar com o amigo.
Sessenta e dois anos se passaram.
Tolstoi também partiu para a verdadeira pátria e teve oportunidade de reencontrar Boris.
A primeira coisa que reparou é que ele, recém saído da carne para a Espiritualidade se apresentava como um homem velho, na casa dos oitenta, enquanto o amigo estava jovem, no verdor dos vinte anos.
Quanta saudade, falou-lhe Tolstoi.
Há quanto tempo não nos víamos.
Engano seu, disse Boris.
Sempre nos encontramos.
Você, somente pelas tantas dificuldades que o cercavam na carne, não conseguia guardar as lembranças.
Mas eu aqui estou para, especialmente, lhe agradecer pelas tantas preces que me endereçou.
Toda vez que pensava em mim com amor e saudade, um jacto de luz se desprendia do seu coração e do seu cérebro e vinha em minha direcção.
Era como uma irradiação de forças poderosas que me ajudava a caminhar para Deus.
Não importava onde eu me encontrasse, eu ouvia como que me chamarem, prestava atenção, e parecia reconhecer a sua voz.
Isto é, a sua vibração que parecia sua voz.
Ouvia o que me dizia, comovia-me e chorava de alegria.
Às vezes, junto com sua voz eu passava a enxergar a sua imagem reflectida no longo jacto luminoso que de você se desprendia, embora nem eu nem você saíssemos do local onde estivéssemos.
Foi assim que, ao longo desses anos, eu vi, ouvi, compreendi os seus pensamentos.
Tolstoi diz que sentiu muito reconforto com as informações do amigo.
E passou a meditar no alto valor da prece, realizada com desprendimento e amor.
Prece que tem o poder de alargar o círculo afectivo entre os homens e os Espíritos e também alimentar os elos afectivos entre eles.
Diz, ele finalmente, que se os homens soubessem verdadeiramente o que é orar, se compreendessem o enorme poder da oração, do que é capaz o pensamento em prece, os homens não teriam tantas razões para chorarem os seus mortos, se desesperando ante os túmulos silenciosos!
Se você perdeu afectos, não os magoe com o seu desespero.
Ore intensamente.
Recorde os momentos de alegria, de felicidade juntos vividos.
Transmita a eles a sua saudade, como um ramalhete de flores de delicado perfume para que eles, onde estejam, como estejam, o recebam, como demonstração de que os que ficaram na Terra ainda e sempre os amam.
Neles pensam com carinho e doce saudade.

Reflicta!

Blog Espiritismo Na Rede, com base no cap. VI, do livro Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, ed. FEB.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Surpresa e Saudade

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 19, 2019 1:12 pm

Em considerando a inelutável ocorrência do fenómeno da morte, expressiva maioria das criaturas humanas diz-se surpresa quando convidado alguém amado ao decesso carnal.
A própria inevitabilidade da morte, por si, impõe a necessidade de uma atitude mental compreensiva, para cujo cometimento todos os seres orgânicos são constituídos.
A morte é estágio final do processo fisiológico, não cessação da vida.
A cada instante que passa, morre-se um pouco no corpo, enquanto se renovam células e moléculas, elaborando novas combinações orgânicas.
A morte, por isso mesmo, não pode constituir surpresa, tendo-se em vista que faz parte integrante da vida.
Ela não consome a vida, mudando, apenas, a estrutura da forma.
Quando convidado às reflexões profundas, em face da desencarnação de um ser querido, evita cair no aturdimento e na revolta, a fim de que não derrapes pela blasfémia irresponsável ou pela alucinação infeliz.
Medita, quanto possas, em torno do fenómeno da morte, a fim de que te habitues com ela e não sejas surpreendido quando te visite.
Cuida de manter uma posição emocional equilibrada, porquanto os que morrem afastam-se, fisicamente de ti, mas não se te desvinculam.
Teus pensamentos de desespero chegam-lhes e os atingem com altas cargas vibratórias perturbadoras.
As conjecturas rebeldes a que te entregas, emitem dardos certeiros que os ferem.
A mágoa e o inconformismo a que te deixas arrastar logram alcançá-los por processos telepáticos deprimentes, que os angustiam e aturdem.
Se sentes saudades, é muito natural, desde que não extrapoles da recordação dorida para a fixação malsinada, mediante evocações pouco procedentes.
Os Espíritos sentem-se felizes quando lembrados pelo carinho dos afectos terrenos, que agem e pensam com ternura neles, auxiliando outrem por amor a eles.
As palestras edificantes e os comentários dignos em torno deles, como a oração intercessória, chegam-lhes na forma de bálsamo, se sofrem, de estímulo e encorajamento em qualquer circunstância.
Não exclames desesperado, como se estivesses desamparado:
- "E agora, que será de mim?!"
Se amas o ser que partiu, pensa, também, como estará, que lhe sucederá, neste momento, e procura auxiliá-lo com renúncia pessoal, porquanto aquele que desencarnou, não se havendo consumido no nada, tem necessidade de ajuda.
Não há transformação mágica para ninguém, porque lhe sucedeu a perda da roupagem carnal.
Cada um se encontra além do corpo com a bagagem que conduz, armazenada durante a experiência física.
Quando alguém desencarna, vitimado por um acidente de veículo ou por um distúrbio orgânico imprevisto, não se desprende por acaso ou punido pela Soberana Vontade... Ora e tem paciência.
Há dores mais graves e problemas mais difíceis de suportados do que a morte, que não podes imaginar.
Se parte na direcção da Vida Abundante uma criança ou um adolescente, não acredites injustiça a ocorrência.
A idade jovem, rapidamente encerrada, é bênção que faculta diferente mecanismo de evolução a benefícios do Espírito em crescimento.
Se desencarna na maturidade ou na velhice, não penses que poderia demorar-se um pouco mais, a fim de não incorreres em descabido egoísmo.
Ignoras o que poderia acontecer-lhe.
As conquistas que ele granjeou, como a misericórdia divina sempre presente, impedem que seus resgates morais se expressem em forma diversa, mais angustiante...
Sem surpresa, embora com saudade, considera e medita sobre a desencarnação dos a quem amas.
Afinal, por mais longa se te pareça a vida física, ao concluí-la, descobrirás quanto foi breve e como passou rápida.
Reencontrarás aqueles amores que te anteciparam na morte, quando te soe a hora da partida.
Virão receber-te com carinho, se lhes honraste a memória ou esperar-te-ão em agonia se não se prepararem, a seu turno, nem de ti receberam a colaboração eficaz do amor.
Procede a considerações equilibradas em torno da morte, e ama sem posse, sem queixa, sem rebeldia.
Em chegando o momento da tua desencarnação, que virá, recebe a bênção da morte libertadora ungido de reconhecimento e de paz, com que volverás à Vida plena e total.

Blog Espiritismo Na Rede baseado no Livro Oferenda pelo Espírito Joanna de Ângelis psicografado por Divaldo P. Franco

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Por que sou tão infeliz?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 19, 2019 7:49 pm

O Fim de ano acentua a tristeza e a melancolia em muitas pessoas, nas recordações de perdas variadas coincidentes com o período em outras épocas ou com a saudade dolorida de um ser querido que já partiu.
Ou mesmo nas frustrações e decepções que se acumulam sob variadas formas.
A costumeira pergunta que explode no coração deprimido, que se desencantou ou busca razões para entender a própria vida, permito-me transcrever pequeno trecho, ainda que parcial, em treze itens:
1 – “(...) a felicidade se encontra onde cada qual coloca o coração (...)”;
2 – “(...) se você situa as aspirações no prazer fugidiço, no ouro mentiroso e nas paixões que ardem e se apagam breve, a sua ausência produz a desdita (...)”;
3 – “(...) se pensa em paz de consciência, rectidão moral e dever correctamente cumprido, como metas de dignidade e honradez, a ventura se estabelecerá no coração tranquilo (...)”;
4 – “(...) Quem deseja usufruir sem merecer, receber sem dar, colher sem haver semeado é obrigado a furtar e converter-se em indigno beneficiário da vida, que lhe impõe recomeços difíceis (...)”;
5 – “(...) Todos podemos conseguir a felicidade se soubermos e quisermos bem conduzir nossas aspirações (...)”;
6 – “(...) Muitos desejariam um pomar referto, um jardim de messes.
Por não consegui-los, desalentam-se, esquecidos de que também poderiam tornar-se um arbusto verde ao caminho pedregoso, adornando a estrada adusta (...)”;
7 – “(...) Felicidade é o bem que fazemos, não o gozo que fruímos (...)”;
8 – “(...) A felicidade não resulta do que se tem e do que se frui, mas do que se é e do que se faz (...)”;
9 – “(...) Não nos queixemos!
A reclamação reflecte insatisfação pelo que temos, a traduzir a revolta de que nos consideramos defraudados e, em consequência, injustiçados por Deus (...)”;
10 – “(...) Cada um recebe, não como julga merecer, (...), mas de acordo com o que nos seja melhor para o bem estar real (...)”;
11 – “(...) Não se lamente mais e saia do egoísmo vexatório, insatisfeito, factor de sua inquietação, aprendendo a descortinar belezas e esperanças (...)”;
12 – “(...) se fecharmos a janela, campeiam as sombras neste recinto.
Se as abrirmos, reinará a claridade (...)”;
13 – “(...) A forma como se encontrarem as janelas das nossas intenções espirituais, morais e mentais, dirá do que preferimos: luz ou sombra, alegria ou dissabor (...)”.
Os itens transcritos estão no capítulo 19 do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, por Divaldo Pereira Franco.
Eles fazem parte da longa e notável resposta à pergunta de um dos personagens da bela história.
Abstenho-me de resumir a história para não tornar longa a presente abordagem, indicando o excelente livro ao leitor.
O leitor encontrará com facilidade referida obra, que foi lançada em 1981 e possivelmente deve estar disponível na net, pois não cheguei a pesquisar esse detalhe.
Notará o leitor que cada item é material de farta reflexão.
Pensando nos abatidos pela melancolia e agora, diante do ano novo, sempre é tempo de renovar os pensamentos e alterar os modelos de comportamento.
Se algo não vai bem, isso indica necessidade de mudança.
O extraordinário capítulo é fonte de ampla orientação e motivação extensa para a alegria de viver, com gratidão e disposição para agir correctamente.
Esforcemo-nos, pois, pelas mudanças que se fazem essenciais

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Decisão que vamos optar

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 20, 2019 12:42 pm

Orson Peter Carrara

A clareza e objectividade de Kardec impressionam, seja pela sua actualidade, seja pela lucidez com que apresenta o pensamento espírita e seus desdobramentos, nas variadas situações do quotidiano ou nas conquistas intelecto-morais que vamos alcançando pelo amadurecimento natural da própria evolução.
Frases curtas, expressões compactas, parágrafos altamente esclarecedores, raciocínios lógicos, todos embasados numa construção perfeita que une o texto, o raciocínio, o alto senso de justiça e bondade, aspectos históricos sempre envolvidos e, claro, direccionados para aspectos que construam a mentalidade humanitária e cristã, à luz da Revelação Espírita.
Isso está em toda a obra da Codificação, nas obras complementares e na Revista Espírita.
Interessante porque, cada pensamento, texto, frase ou raciocínio do Codificador tornam-se facilmente fonte inesgotável para abordagens verbais ou escritas, temas para estudo ou pesquisa.
É realmente o fruto de um espírito genial, comprometido com as causas de progresso da Humanidade.
Não é ao acaso que organizou a Revelação dos Espíritos.
Uso um exemplo simples, para indicar essa grandeza de conteúdo.
No capítulo XXVIII – Colectânea de Preces Espíritas, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 20 – Para pedir força de resistir a uma tentação, informa Kardec*:
“(…) Devemos, ao mesmo tempo, imaginar o nosso anjo da guarda, ou Espírito protector, que, de sua parte, combate em nós a má influência, e espera com ansiedade a decisão que vamos tomar.
Nossa hesitação em fazer o mal é a voz do bom Espírito que se faz ouvir pela consciência. (…)”.
O destaque na frase foi dado pelo próprio Kardec.
O tema aborda a questão dos maus pensamentos, da influência malévola de alguns espíritos perturbados ou perturbadores e mesmo de nossas próprias más tendências, mas também da presença do anjo guardião que nos ampara e a quem podemos recorrer.
Como se sabe, no capítulo em referência, Kardec apresenta comentários compactos e extraordinários a diversas situações em que a prece pode ser usada, complementando com pequenos modelos de prece para auxiliar o raciocínio na questão.
Mas seus comentários pessoais são de beleza inquestionável.
Inclusive, o referido item encontra-se no subtítulo Preces por si mesmo, iniciando-se com a citação dos anjos guardiães e espíritos protectores, daí a indicação aqui constante.
Convido, portanto, o leitor, a reflectir sobre o exemplo simples da transcrição constante da já citada obra básica: a da espera pelo espírito protector, com ansiedade, da decisão que vamos tomar.
Sim, isso é abrangente, notável.
Afinal, apesar da assistência que todos recebemos, continuamente, os benfeitores respeitam nossas decisões e esperam que escolhamos os caminhos do equilíbrio e do acerto.
Mas respeitam, se optarmos por caminhos desastrosos, daí a ansiedade citada pelo Codificador, porque sabem que é por meio desses equívocos das decisões e opções, durante a vida, que amadurecemos e aprendemos a viver, nos relacionamentos e nas decisões próprias do quotidiano.
Apesar de nos assistirem, eles aguardam os caminhos que optamos seguir.
Percebemos, com clareza, a abrangência que o assunto propicia.
Convido o leitor a buscar o item em referência e estudá-lo na íntegra.
É assim a Doutrina Espírita: inesgotável nas possibilidades de aprendizado.

*308ª. edição IDE – Instituto de Difusão Espírita, Araras (SP), de fevereiro de 2005, tradução de Salvador Gentille.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty CHEGADA NO PLANO ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 20, 2019 8:01 pm

DOS QUE TEM MERECIMENTO PARA SER SOCORRIDOS.

Na visão do Espiritismo, nossa alma não morre junto ao corpo.
Ela é dirigida ao mundo espiritual, onde aguarda uma nova oportunidade de voltar à vida física.
Mas, enquanto essas almas estão lá, o que fazem?
Confira agora um pouco da rotina que é levada no mundo espiritual.
A rotina no mundo espiritual.
O tempo no mundo dos espíritos é diferente do tempo como o conhecemos.
E a sua rotina também se diferencia da nossa, visto que eles têm uma noção mais ampla do período do qual dispõem para dar conta de suas obrigações.
Na colónia Nosso Lar, por exemplo, André Luiz relata situações do quotidiano dos espíritos que lá habitam.
Assim como no mundo físico, eles acordam após algum período de descanso que, para nós, seria o equivalente ao sono nocturno.
Ao despertar, fazem suas preces de agradecimento e reconhecimento ao criador para, em seguida, fazer a higiene pessoal e, quando ainda necessitam, fazer também o desjejum, ou seja, a primeira alimentação do dia.
Somente após estas etapas de preparo é que eles se dirigirão aos seus locais, onde vão desempenhar as suas funções de trabalho ou estudo.

Explicando:
Não entre em pânico com o que você acabou de ler.
Quanto mais evoluído o espírito for, menos necessitará de repouso, porém, outros espíritos ainda necessitam dormir à semelhança de quando ainda estavam encarnados.
Talvez nunca lhe tenham falado, mas espíritos recém-chegados às colónias espirituais e aqueles que lá habitam por pouco tempo, bem como espíritos que têm mais dificuldade de se desapegarem dos hábitos terrenos, ainda mantêm determinados comportamentos típicos de encarnados, como se alimentarem, usarem o banheiro, fazerem a higiene pessoal – tudo feito exactamente como quando ainda estavam encarnados.
Isto só é possível graças ao perispírito que está impregnado dessas informações.
Como as colónias espirituais foram criadas com o objectivo de proporcionar a seus moradores a mesma sensação de habitar uma cidade terrena, tudo por lá é uma cópia perfeita de tudo que se vê por aqui.
Um detalhe importante: nem todos os espíritos são capazes de retirar do fluido cósmico universal a energia para alimentar seu perispírito.
Então, eles contam com a ajuda dos moradores das colónias que os acolhem para o preparo de alimentos a base de sucos, sopas e frutas.

Cada um no seu quadrado
A organização de uma colónia respeita directrizes muito semelhantes àquelas que já conhecemos por aqui.
Assim, ao desencarnar e ser designado para cumprir determinada função, qualquer espírito terá uma ideia básica de como a “máquina pública” funciona por lá.
Como ensina André Luiz, no livro Nosso Lar, toda colónia tem um governador, ou seja, uma espécie de prefeito ou administrador.
Após assumir seu mandato, este espírito administrador reúne sua equipe de ajudantes, que em Nosso Lar é conhecida como ministros e se equivaleria, aqui, aos secretários do prefeito.
A partir daí, cada repartição tem um responsável encarregado de zelar pelo seu bom funcionamento.
Todas as escolas, os hospitais, os departamentos dos ministérios têm seus directores.
Esses directores têm seus auxiliares que, por sua vez, têm colegas de trabalho para o exercício de suas funções.
Como informa André Luiz, assim que o espírito recém-desencarnado ou recém-chegado à colónia se sente disposto, é convidado a ocupar seu tempo, seja através do estudo ou prestação de serviços.
Nas colónias, não há empresas e toda a demanda de produção de trabalho e serviços é comandada pela administração local desde a produção de alimentos fluídicos, vestes, viagens, remédios, etc.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 20, 2019 8:02 pm


Explicando:
Para os espíritos comprometidos com o bem, não há ócio e nem tempo a perder.
Se você pensa que vai passar a eternidade à toa quando desencarnar, se engana, porque trabalho por lá é o que não falta.
Os desencarnados têm obrigações, assim como qualquer encarnado.
A única diferença para quem está por lá é que eles trabalham para seu aprimoramento moral, espiritual ou simplesmente pelo bem-estar, que o trabalho ou amparo ao próximo proporciona.
Enquanto aqui as pessoas trabalham para acumular bens, no plano espiritual cada espírito dispõe apenas do necessário para o funcionamento normal.
Na colónia Nosso Lar, por exemplo, existe até pagamento para aqueles que estão inseridos no trabalho local.
É o Bónus-Hora, uma espécie de moeda corrente na colónia, que visa incentivar uma troca merecida entre quem trabalha e quem desfruta do conforto da colónia.
Segundo o espírito André Luiz, a adesão é grande.
Um exemplo muito interessante é a questão do vestuário.
Em algumas colónias existe um departamento para cuidar da produção de peças de roupas para aqueles espíritos que não conseguem plasmar as próprias vestes.

Trabalho, trabalho, trabalho…
Falando dessa forma, parece que os espíritos só pensam em trabalhar e nada mais.
Na verdade, não é bem assim.
É recomendado que cada cidadão dedique seu tempo ao trabalho, ao estudo e ao lazer de forma que possa aproveitar bem a estadia no plano espiritual e programar suas reencarnações futuras.
O espírito nunca retroage e, como conhecimento nunca é em demasia, nada custa a ele aprender cada vez mais.
Às vezes, o próprio trabalho é uma escola e prepara o espírito para funções que ele poderá ter quando reencarnar.
Por exemplo, um espírito que trabalha como auxiliar dos médicos do plano espiritual pode, ao reencarnar, escolher seguir carreira na medicina.
E acontece também de forma contrária, como um espírito que trabalhou na área médica desempenhar funções parecidas no plano espiritual, desde que esteja capacitado.
As colónias se localizam muito próximas à crosta terrestre e, segundo ensinam os mentores espirituais, muitas coisas que fazemos aqui, inclusive muitos dos objectos que usamos, são adaptações do que já existe por lá.
A nossa rotina também é muito parecida.
Por exemplo, o lazer é sempre gozado em actividades que engrandeçam o espírito, como peças de teatro, concertos musicais, leituras, passeios pela colónia e em visitas a colónias vizinhas, etc.

Explicando:
Vida boa que estes espíritos levam por lá, não é mesmo?
Pois é. Segundo autores como André Luiz (Nosso Lar), Patrícia (Violetas na Janela) e António Carlos (A casa do escritor), é mais ou menos esse contexto mesmo.
Leva-se uma vida muito boa, sem stress, sem perturbações e é quando o espírito tem tempo de sobra para trabalhar, estudar e curtir a vida na forma mais bela e prazerosa que existe.
Passeios maravilhosos, concertos musicais, palestras edificantes, encontros com amigos já desencarnados, visitas ao plano físico…
Enfim, a vida lá é bastante movimentada e interessante.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Consequências do Passado

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 21, 2019 12:16 pm

Como podemos compreender os resultados de nossas existências anteriores?
– Para compreender os resultados das existências anteriores, baste que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas. (1)
Muito comum o desejo de se conhecer o passado espiritual.
Justifica-se, inclusive, com o argumento de que conhecendo o passado melhor se comportaria no presente, e melhor se agiria em relação às situações e pessoas.
Ouçamos os Benfeitores Espirituais que trouxeram o Consolador prometido por Jesus à Terra:
“Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?
“Não pode o homem, nem deve, saber tudo.
Deus assim o quer em sua sabedoria.
Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro.
Esquecido de seu passado, o homem é mais senhor de si”.

A resposta nos remete à necessidade de se tomar decisões fundamentadas não no conhecimento do passado, mas sustentadas em valores morais que se deve incrustar na consciência, por livre vontade, e não por obrigação causal.
Continuemos estudando com os Benfeitores:
“Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal.
Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado?
Quando o Espírito volta à vida espírita, diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita.
Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado.
Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer.
Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, se esforçará por levá-lo a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu.
Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que frequentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala.
Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recaírdes nas faltas de que já vos fizestes culpados.
Na nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles.
Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exacta do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado.
E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores”. (3)
Lidar com o conhecimento do passado não é tarefa fácil.
Na actual encarnação, com o conhecimento que possuímos, ainda temos dificuldades de perdoar e conviver com determinadas pessoas, imaginemos, portanto, se soubermos o que deu causa ao que vivemos agora.
Também temos dificuldades com situações complicadas que se apresentam ao nosso espírito, e via de regra as justificamos como vinculadas às existências anteriores, o que nem sempre é verdade, mas, por viciação mental, evitamos raciocinar em termos de serem frutos de negligência actual.
Claro está, nas orientações acima, que a situação actual é decorrente das necessidades do Espírito, seja por expiações relativas às faltas cometidas em existências anteriores, seja por provas solicitadas antes da actual reencarnação e, em tese, não haveria necessidade de se saber, no detalhe, as causas que as geraram. Bastaria que descansássemos nossa fé no conhecimento que nos é dado pela Doutrina Espírita, para termos paz de espírito e predisposição para enfrentarmos a vida, exactamente como planeamos fazer antes de reencarnarmos.

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

Referências:
(1) Emmanuel e Francisco C. Xavier, Livro Leis de Amor, Cap. VI, Consequências do Passado;
(2) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, item 392;
(3) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, item 393.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty O Ponto de Equilíbrio

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 21, 2019 7:56 pm

Tudo, na natureza, é regido por leis perfeitas.
E essas leis estão, sempre, em equilíbrio perfeito, entre pontos extremos.
São, portanto, o Ponto de Equilíbrio.
Se observarmos, bem, sempre, encontraremos pontos extremos, na natureza, para que, na linha intermediária deles, esteja o equilíbrio das coisas, das situações, dos actos, dos resultados, das condutas.
Vejamos, então: há o branco e o preto.
Se tudo fosse branco, haveria uma intensa monotonia e, se tudo fosse preto, só haveria escuridão.
Há necessidade de que tenhamos o preto e o branco, para que possamos ter, entre eles, a beleza das cores.
O equilíbrio da temperatura está, na faixa central, muito agradável, entre o quente e o frio.
O descanso físico e mental faz bem ao organismo, porque é o ponto de equilíbrio entre as actividades e o repouso, entre o sono e a vigília.
A bulimia e a anorexia, ambos fazem mal a saúde.
O equilíbrio é comer, moderadamente.
A fruta está boa, para o consumo, quando está madura, pois está em seu ponto de equilíbrio.
O ser humano está, no desenvolvimento máximo de suas aptidões físicas, na fase adulta, ponto de equilíbrio entre a infância e a senilidade.
Entre os estados eufóricos e os estados depressivos, está o ponto de equilíbrio mental.
Entre o ateísmo e o fanatismo religioso, encontra-se o ponto de equilíbrio da fé.
A paz é o ponto de equilíbrio, entre o sentimento e a razão.
O amor consciente é o ponto de equilíbrio, entre o ódio e a paixão.
O Universo está, em contínua expansão, e os corpos celestes, em constantes movimentos, mas em perfeita harmonia, porque se situam, no ponto de equilíbrio da física cósmica.
O mesmo acontece com a física nuclear, cujas partículas intra-moleculares, inter e intra-atómicas coexistam em seu ponto de equilíbrio.
Hão de existir as leis dos: contrários, contrastes, dos opostos.
Justamente, para que haja, nelas, um ponto de equilíbrio, que é, também, um ponto de partida que alavanca todo o progresso da Humanidade:
cósmico, universal, químico, físico, moral, intelectual e espiritual.
Em tudo, há, sempre, uma bipolarização e, no meio, o equilíbrio perfeito, como já nos ensinavam os antigos orientais: o “yin” e o “yan”.
É o equilíbrio que traz o bem à humanidade, à sociedade, à família e ao indivíduo.
O equilíbrio biológico, necessário ao meio ambiente, ao eco-sistema de vida, no planeta; o económico, evitará a exploração do homem pelo homem; o hidro-salino-proteico, importante aos organismos vivos, particularmente, ao humano.
O próprio equilíbrio de poder é necessário, para que haja uma coexistência pacífica entre as nações.
O equinócio, nada mais é do que o ponto de equilíbrio, em que o sol está sobre o equador, dividindo o dia e a noite terrestre, em exactas 12 horas, para cada um.
É necessário que os povos tenham um equilíbrio colectivo; que o haja, nas famílias, e que a sociedade, também, seja equilibrada.
O mesmo acontece com as pessoas, que devem ter, sobretudo, nos actos do dia a dia, a estabilidade psicológica, emocional, moral e principalmente espiritual, em tudo que faz, que diz e que pensa.
Para que cada um de nós possa ser equilibrado, possuidor de uma estabilidade emocional, preciso é que mudemos os nossos pensamentos, nossos actos, nossa conduta, nossa personalidade, nossa moral.
Para que isto aconteça, é preciso que façamos, em nós mesmos, uma busca interior, realizemos um auto-descobrimento, uma auto-mudança, que nos transformemos no ser consciente; no homem psicológico, moral, espiritual, enfim, no homem crístico; porque, só mudando a nós mesmos, conseguiremos mudar a Humanidade.
Somente, com o nosso auto-equilíbrio, conseguiremos um dia harmonizar toda a Humanidade.
Joanna de Ângelis, através do querido Divaldo Franco, no livro “Desperte e Seja Feliz”, nos ensina que o homem “mergulhado no tropismo divino e por ele atraído, sai da obscuridade da ignorância e da perturbação (inconsciência) para galgar os abençoados espaços do conhecimento e da sabedoria (consciência)”.
Diz, ainda, no mesmo livro:
“nascer de novo, no corpo, é desdobrar as possibilidades virgens em que se encontra, para conseguir a consciência de si, libertando-se das condensações grosseiras da ignorância”;e mais adiante:
“ obedecendo ao imperativo das polaridades que se manifestam no mundo terrestre, tudo trabalha em favor da unidade, marchando para o equilíbrio, a harmonia”.
Na evolução de sua espécie, o homem, desde o tempo das cavernas, quando, ainda, era “homo habilis”, depois, chegando ao “homo erectus ou pithecanthropus”, evoluindo para o “homo sapiens neadenthalensis”, e para o actual “homo sapiens sapiens”, só atingirá seu ponto de equilíbrio, com a evolução espiritual da espécie, tornando-se “homo sapiens serenissimus”.
O mesmo Espírito já nos lembra:
“No desequilíbrio que predomina em toda parte, sê tu quem permanece com serenidade”.
Só, assim, quando conseguir realizar o seu “homeomorfismo” terá atingido o seu processo de transformação, em que ele, homem, como produto final, estará equivalente ao produto de origem.
A criatura estará, portanto, semelhante ao Criador, corroborando com a célebre assertiva bíblica:
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”
(Génesis 1:26)

Guilherme Travassos Sarinho

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty "ESPÍRITOS AMIGOS QUE NOS ACOLHEM APÓS A MORTE"

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 22, 2019 11:06 am

"Sofri um acidente de moto e morri.
Vaguei sem rumo por muito tempo por aí, sem ter consciência de que já tinha morrido.
Era como ser um véu se fizesse presente, o tempo todo me ofuscando a visão.
Num primeiro momento tudo fica confuso.
A gente acorda num hospital, cheio de aparelhos e muitos médicos e enfermeiros.
Depois estes médicos vão aumentando e uns nos medicam com remédios e outros com imposição das mãos.
Uns se mantém alertas a qualquer sinal diferente nos aparelhos aos quais estamos ligados, outros pouco se importam com os sinais emitidos, pois estão equipados com aparelhos nunca antes vistos por um ser vivente.
De repente tudo acaba.
Os primeiros médicos nos dão como causa perdida e o segundo grupo fica feliz e nos acolhe como a um filho que chega de viagem.
Tudo é muito tumultuado.
Tudo é muito confuso.
Nos deixam ali e pedem para outras pessoas de branco, os enfermeiros, cuidarem de nós.
Mas, num momento de confusão maior ainda, fugi dali e fui para a rua.
Fui para casa em busca de minha família.
Encontrei todos tristes e pesarosos.
Ninguém me ouvia, ninguém me dava atenção, como se alguém ou algum acontecimento mais importante que a minha volta lhes desviasse a atenção.
Então, fugi dali também e fui buscar alguém que me explicasse o que aconteceu.
Nada. Ninguém me dava respostas.
Vaguei muito tempo até que me ajoelhei e pedi com todo o meu coração ajuda a Deus ou a uma força maior. Pedi que me ajudassem e que, se eu tivesse feito algo de muito errado, que me perdoassem pois estava arrependido de não ter sido uma boa pessoa, por nunca ter 'perdido' o meu tempo com religião ou com um Deus.
Eu acreditava que existia uma força maior, mas não parava para pensar se essa força tinha um nome, uma origem.
Nunca rezei e achava que acreditar nessa força já era suficiente.
Acreditava em Deuses diferentes.
Uns ditos e encontrados por amigos em chás, em seitas.
Não sabia em que pensar e, na verdade, não chegava à conclusão nenhuma.
Enfim... Depois desse pedido com fé, recebi um presente, fui socorrido pela minha avó Nena.
Quanta felicidade, quanto alívio, já não estava só.
Já podia ver uma luz.
Ela, com muita paciência e amor me explicou tudo e facilmente pude entender o que havia acontecido.
Hoje vivo bem e feliz numa colónia espiritual e além de estudar, já me foram delegadas algumas atribuições como espírito colaborador.
Agradeço a Deus a cada dia pela oportunidade e pela misericórdia, por ter se apiedado de mim e me mostrado o caminho.
Deixo um beijo caloroso aos meus familiares, às minhas irmãs e à minha mãe querida.
Digo que tudo foi e é como tem de ser.
Um abraço a todos e que Deus nos abençoe e nos guarde em sua bondade e misericórdia".

Assinado: Lucas (psicografia)
Médium : S.A.O.G.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty OBSESSORES ATACAM UMA CASA ESPÍRITA?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 22, 2019 8:10 pm

Bem mais que imaginamos.
Vejamos um trecho do livro “Aconteceu na Casa Espírita”, onde obsessores combinam atacar uma casa espírita:
“(...) trabalhemos silenciosamente, ocultamente, no campo dos sentimentos, sugerindo pensamentos, estimulando as irritações, o ciúme, a fofoca, a indignação, os melindres, a disputa de cargos, funções, tarefas etc.
Temos aí, um vasto campo de actuação junto às inferioridades humanas.
Aproveitaremos as brechas deixadas por muitos trabalhadores.
Engraçado é que eles, os encarnados, dizem que, de tempos em tempos, nós, os chamados obsessores, promovemos ondas de influenciação negativa, retirando os “anjinhos” do caminho do bem.
Eles é que, de tempos em tempos, abrem brechas, nós apenas aproveitamos os deslizes e descuidos dos “ilustres seguidores de Jesus”.
A propósito, esse é o único modo de penetrarmos na instituição, a única forma de não sermos barrados pelas correntes protectoras, pois que os mensageiros do bem não podem violar o livre-arbítrio dos adeptos do Cristo.
Os espíritos do mais alto sempre dizem que do mal tiram o bem, que nossa entrada é permitida porque servirá de teste para muitos dos frequentadores e trabalhadores da Casa.
Contudo, enquanto elas, as entidades evoluídas, aguardam a aprovação dos seus pupilos, no campo das provas, nós apostamos na reprovação dos tutelados.
Temos de valorizar o momento, pois as dificuldades económicas, sociais e políticas do país estão a nosso favor; muitos envolvidos com os problemas materiais, esquecem de se vigiar, cultivando o pessimismo, a irritação, os palavrões etc., entrando naturalmente em nossa faixa vibratória, autorizando-nos o processo de influenciação; e na maioria das vezes para nossa satisfação, nem se lembram da oração, que poderia nos afastar completamente, rompendo os nossos propósitos (...)
”Aqui, lembramos a recomendação do Cristo, quando disse:
“Orai e Vigiai”.
Aqueles que guardam os ensinos de Jesus apenas nos lábios, os que trabalham por vaidade pura, os invejosos, melindrosos que não desejam se fortalecer cairão nas teias dos malvados invasores, porque vibram na mesma sintonia dos inimigos da verdade.
No mesmo livro citado, há conselhos dos bons espíritos aos dirigentes de uma casa espírita.
Vejamos:
“(...) Certamente, compreendes que o facto de assumires uma função de direcção não te coloca acima dos tarefeiros menores, sabes que não és melhor que ninguém, entendes a necessidade de te esforçares no caminho do próprio progresso como todos nós.
Assim, não esperes privilégios, pelo contrário, será exigido mais de ti, porque, estando à frente de tarefa tão importante, é natural que suponhamos estejas te empenhando mais do que os outros na busca de tua própria reforma íntima.
Não ignoras o próprio passado; sabes que estás neste cargo para recompor com o bem e a fraternidade os desvios materiais e espirituais que proporcionaste aos irmãos em humanidade.
Todos trazemos débitos a saldar junto às leis divinas.
Inúmeras ocorrências te solicitam decisão rápida, várias reclamações pedindo correcção, trabalhadores rompendo normas, ciúme, etc., naturais...
Entretanto, paciência!
O exemplo tem de ser de cima para baixo.
Terás de ser espelho que reflectirá a compreensão, tolerância e fraternidade.
Terás de vencer com o próprio esforço, conduzindo com o próprio exemplo os tarefeiros do bem, evitando sempre a proliferação das fofocas, que são fatais em casos de ataques espirituais.
Uma das armas que os inimigos da paz certamente utilizarão, serão modismos.
Haverão de explorar todos os tipos de crenças populares, agitando ondas de “novidades doutrinárias”
E se porventura “doutores” em Espiritismo te solicitarem alterações drásticas, propondo implantações de novas ideias, acolhe-os com simpatia, respeitando-lhes o modo de pensar, esclarecendo-os quanto possível, sem contudo incorporar, nas actividades desta Casa, o que não esteja em absoluto acordo com as obras básicas (...)
”Segundo Suely Caldas Schubert, no livro “Dimensões Espirituais do Centro Espírita”:
“uma das estratégias dos obsessores é “TORCER A VERDADE.
Afirmam que está errado justamente o que está certo, com a finalidade de levantar dúvidas.”
O que lemos aqui não é novidade para nós espíritas.
Não precisamos de livros especializados mostrando as novas estratégias de ataque dos obsessores.
O mais importante é sabermos o que os atrai e quem tem o poder de afastá-los somos nós, trabalhadores e frequentadores de uma casa espírita.
Sabemos que somos espíritos falhos, mas em aprendizado.
Por isso, a necessidade da constante busca da Verdade para nos livrarmos, aos poucos, de sentimentos que derivam do orgulho e do egoísmo como disputas, intrigas, vaidade, melindres, imposições, fascínio por novidades doutrinárias e modismos que atraem curiosos encarnados e desencarnados, que poderão desfazer grupos, afastar trabalhadores sérios, fechar casas espíritas e descaracterizar o Espiritismo.
Principalmente neste momento em que estamos em evidência pelos meios de comunicação.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty MUITOS SÃO OS MOTIVOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 23, 2019 10:54 am

QUE NOS LEVAM À CASA ESPÍRITA:
PELO AMOR, PELA DOR, CONVITE DE ALGUÉM, HOJE PELA RAZÃO E ATÉ PELA REFORMA ÍNTIMA E MORAL.
E o que acontece?
Assistimos Palestras, recebemos o Passe, tomamos Água Fluidificada, Trabalho Mediúnico e vamos embora.
Somos Espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo.
Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas acções de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo Espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objectivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como:
“Auto Conhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como factor essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:
1. Renovação de atitudes...
Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais.
Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico:
Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica.
Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas.
O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores.
Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.
Há doutor!
O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores.
O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.
- O senhor tomou o remédio que lhe receitei?
Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação?
Cinco quilómetros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado?
Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber?
Não doutor... doutor continua doendo...
A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não).
O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento.
A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.
Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz:
“O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 23, 2019 10:55 am

2. Felicidade relativa... (Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20).
Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc.
Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconsequentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional.
A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento?
O nascimento do primeiro filho?
Uma formatura? O primeiro emprego?
No aniversário, receber aquele presente tão esperado?
Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes factos.
Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.
Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:
O que é Reforma Íntima?
Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, consequentemente, da sua felicidade exterior.
Para que serve?
Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
O que fazer?
Realizar actos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
• Por onde começar? Pela auto crítica.
• Como fazer a reforma íntima? Bem .....
(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).

Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.
Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:
- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atracção do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse:
Conhece-te a ti mesmo.”
Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo.
Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra:
ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...
(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual.
(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 23, 2019 10:56 am

Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).
Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo.
Método este encontrado e relatado em seu livro a “Autobiografia de Benjamin Franklin” (1771-1788).
Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário.
Era ávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias.
Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos.
Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta.
Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, facto que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram “obrigados” a convidá-lo pelo seu cargo político.

Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava.
Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adoptava a estratégia de “dividir para vencer”, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar.
Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente.
Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.

Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.
Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele.
(é triste constatar que até aos dias de hoje nos vangloriamos de actos incorrectos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).
Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.

Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 23, 2019 10:57 am

Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda actividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira recta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um.
Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.
Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.

Não é um caminho fácil.
Não existe caminho fácil.

Mas é um caminho seguro.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:
“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.

Na Bíblia em “O Novo Testamento”, Tiago em suas epístolas nos adverte: “Fé sem obras é estéril”.
Que Jesus nos ilumine e guie.

Muita Paz.

Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco – Joanna de Angelis).
Autobiografia de Benjamin Franklin.
Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel Glaser – Cairbar Schutel)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty QUANTAS VEZES JÁ NOS ESCUTAMOS DIZENDO SEJA O QUE DEUS QUISER?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 23, 2019 7:52 pm

QUANTAS FORAM AS VEZES QUE ENCERRAMOS UM ASSUNTO COMENTANDO FOI A VONTADE DE DEUS?

Ou ainda, das vezes que oramos o Pai nosso, prestamos atenção de que sempre solicitamos que seja feita a Sua vontade e não a nossa?
Muito embora esteja na cultura das ruas, nos ditos populares entender que a vontade de Deus é a mais adequada, será que cremos nisso de verdade?
Você já teve arrancado de seu convívio íntimo, pelo fenómeno da morte física, alguém que amava muito?
Já teve a doença minando a saúde de alguém que lhe é caro e você se sentindo impotente?
É comum nessas situações a revolta tomar nossa intimidade.
Mas por que orar pedindo a Deus para que seja feita a Sua vontade, se quando ela Se cumpre nos revoltamos?
Algumas vezes, perante os desígnios do Pai nos comportamos de maneira infantil.
Quando a vontade Dele não é a mesma que a nossa, brigamos com Ele.
Você já percebeu o que ocorre com uma criança mimada, quando os pais não fazem suas vontades?
Ou quando os pais a obrigam a ir à escola, escovar os dentes, tomar banho?
Somente depois de crescidos entendemos o porquê de tantas coisas que não gostávamos, mas que nos ajudaram a formar o carácter.
Com as coisas de Deus, algumas vezes acontece dessa forma connosco.
Muito embora não possamos entender completamente o porquê de alguns desafios que a vida nos impõe, eles, esses embates da vida, sempre têm um bom motivo para acontecer.
Compreender que Deus é Pai e nos oferece o que é melhor para cada um de nós, é um bom caminho para começar a entender Seus desígnios.
Entender que muito do que nos acontece na vida foi anteriormente programado, antes mesmo de estarmos por aqui, e ainda, que muito foi até solicitado por nós mesmos, faz mais compreensível a própria vida.
Os desígnios de Deus são pautados na Sua Lei de amor, e por nos amar, nos oferece desafios, nos oferece o bom combate, a fim de vencermos as limitações que ainda existem em nossa intimidade.
Todo desafio que nos ocorre, seja no campo material, emocional, afectivo, é sempre convite da vida para vencermos barreiras.
Jamais encaremos perdas, tropeços, carências afectivas ou financeiras, como castigos de Deus ou como obras do acaso.
São sempre oportunidades da vida para que nos tornemos mais fortes, maiores intimamente.
Jesus nos lembra que até os fios dos nossos cabelos estão contados, tal é o cuidado que Deus tem para com cada um de nós.
Dessa forma, aceitemos com o coração leve e a alma aberta esses desafios que a vida nos oferece. Percebamos neles a lição que carregam consigo.
E cada vez que orarmos seja feita a Sua vontade, que façamos das palavras a acção e o sentimento perante a vida.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Sessões para os "curandeirismos" ilusórios

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 24, 2019 12:22 pm

Jorge Hessen

Kardec não priorizou o estudo específico da mediunidade de “cura” nas obras da Codificação, a rigor, jamais tocou no assunto sobre “cirurgiões do além”.
Em face disso, é inteiramente contraditório e lamentável a forma de como alguns centros espíritas propõem sessões de “cura especial” através da incorporação de “espíritos cirurgiões” por meio de alguns médiuns “especiais”.
Não ignoramos os efeitos relativamente atraentes contraídos por alguns incomuns médiuns de “cura”, contudo não entendemos como imprescindível e nem valorizamos esse tipo de mediunidade.
As práticas mediúnicas fora das orientações de Kardec, são sempre espectacularizadas e não devem colonizar as instituições espíritas.
Em que pese terem despertados curiosidades de cientistas e estudiosos no Brasil e no exterior em face do uso de apetrechos cirúrgicos estranhos, alguns até mesmo enferrujados, doutrinariamente jamais identificamos nas mediunidades de José Arigó, Rubens Faria, Edson Queiroz, João de Deus e semelhados como “médiuns” imprescindíveis para propagação dos princípios espíritas, não obstante seja o Espiritismo capaz de explicar as intervenções de “médicos do além” nos fenómenos de “cirurgias espirituais”.
Obviamente quando os médicos encarnados compreenderem o valor da mediunidade (em suas várias tipificações) e sobretudo da obrigatoriedade de mudança de comportamento moral do homem, a medicina terrena ampliará o seu poder terapêutico.
Não somos dos que aceitam ou deixem de aceitar um centro espírita sem “espíritos”, mas cremos que a legítima mediunidade transformadora, a da cura legítima e concreta, é a mediunidade da mudança de conduta, mediunidade do amor ao próximo, mediunidade da caridade, mediunidade da paciência, mediunidade da tolerância, mediunidade da benevolência, mediunidade da indulgência e mediunidade do perdão.
Ou seja, uma instituição espírita também pode funcionar impecavelmente sem absoluta necessidade da mediunidade com “desencarnados”.
Um Centro espírita bem orientado não privilegia ou destaca os fenómenos mediúnicos ditos “ostensivos”, especialmente aqueles agrupamentos espíritas imprudentes que apenas oferecem tratamentos de “cura” espiritual ou físico.
A legítima instituição espírita deve priorizar (acima de tudo e de todos) as reflexões pelos os estudos, especialmente do Evangelho e ponto!
Ah! Vociferam alguns, há muitos sofredores no mundo. Sim e daí?
É óbvio que ninguém sofre os ressaibos das dores por prazer, mas a dor não provém de Deus, pois é apenas reflexo de quem erra e ponto!
E quem não erra?
Portanto, todos nós sofremos algum tipo de dor.
Por isso, ofereçamos nas casas espíritas o Evangelho, eis aí o remédio para todas as dores.
Fazer uso da mediunidade sem o adequado entendimento dos seus perigos pode levar a distúrbios mentais.
Não estamos recriminando a mediunidade, todavia reflectindo-a melhor, propondo enxergar maiores finalidades através do intercâmbio com o além túmulo.
Ora, se a mediunidade está presente no quotidiano de cada um e se manifesta por diversas fontes e foi herdada nessa longa trajectória evolutiva que percorremos, ela deve ser aproveitada como potencial de transformação pessoal sem qualquer necessidade de apelos invocatórios e sistemáticos aos irmãos do além.
Sim!! Nossa reforma íntima é o salvo-conduto para a espiritualidade e não a mediunidade ostensiva.
Recordemos que os Espíritos não estão à nossa disposição para promover curas de patologias que quase sempre são providências correctivas para nosso crescimento espiritual no buril expiatório.
Em resumo, os dirigentes de Centros espíritas deveriam promover as bases de estudos e reflexões sobre as propostas do Evangelho, em vez de prestigiarem sessões inócuas para os "curandeirismos" ilusórios.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Comportamento e Responsabilidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 24, 2019 7:37 pm

Desde o mito da Criação, no Velho Testamento, temos a indicação da existência do mecanismo de Acção e Reacção vinculado às atitudes humanas.
A acção de Eva, contrariando a ordem Divina – e aqui se entenda como sendo a Lei de Deus – é seguida de consequências nefastas para ela e para Adão, e o mesmo se dá com seus filhos, no episódio em que Caim tira a vida de Abel.
Nossos comportamentos geram reacções correspondentes ao prejuízo ou benefício causados, conforme atesta o Senhor Jesus, quando disse que se dará “a cada um segundo as suas obras”, e isso não mais é segredo para ninguém.
Ao experimentarmos as consequências do que fazemos, temos condições de sedimentarmos em nós o que é bom, o que é útil, porque estará de acordo com a Lei Divina, que é de Amor, tanto quanto temos condições de sentir o amargor das acções infelizes, que acabam por nos fazer entender o que devemos evitar e como devemos agir.
Poderíamos dizer, em raciocínio simples, que são de dois tipos as consequências daquilo que fazemos: o primeiro é quando o prejuízo é pessoal, e o segundo quando o prejuízo é causado a terceiros.
Mas, não é bem assim.
Como vivemos em sociedade, todo e qualquer prejuízo a nossa pessoa decorrente de reacções às nossas acções, acaba por alcançar pessoas que dividem seus projectos reencarnatórios connosco.
Ao experimentarmos situações difíceis, sofrimentos físicos ou emocionais, acabamos por causar algum transtorno em suas vidas.
O nosso comportamento sempre tem a ver com a vida alheia, e sempre seremos responsabilizados por isso.
Ocorre, no entanto, que o egoísmo e o orgulho que existem em nós, acabam por obscurecer-nos o raciocínio moral, e não levamos em conta o quanto afectamos as pessoas.
Chegamos mesmo a dizer “que os incomodados é que se mudem”, “se não me quer tem quem quer”, “ninguém tem nada com isso”, e por aí se vai.
Poder-se-ia argumentar que se alguém sofre pelo nosso jeito de agir é porque precisa passar pelo que geramos com nossas atitudes, mas não é bem assim.
Nomeando essas situações de “escândalo”, Jesus disse que são necessárias na vida das pessoas, mas ai daquele que fosse o gerador do mal estar.
É que todo constrangimento, todo prejuízo e toda dor causados, directamente ou não, contrariam a Lei de Amor e, por isso, causam sofrimento aos que os praticam.
A nossa educação moral, portanto, faz-se necessária e com urgência, para nosso próprio benefício.
A ela nos conduz a Doutrina Espírita, ao apresentar-nos a realidade maior na qual estamos inseridos, como funciona a dinâmica da vida em toda a sua operacionalidade, acabando por demonstrar que a felicidade que almejamos está, justamente, a cargo de nossas próprias mãos.
Segundo o eminente e influente psicólogo e educador Howard Gardner, e de acordo com as modernas premissas para uma educação consoante ao século vinte e um, para as relações sociais a educação reclama, entre outras coisas, dois comportamentos pessoais: o Respeitoso e o Ético.
O primeiro trata do respeito que devemos dedicar às pessoas, aceitando-as como são, sem as prejudicar, e o segundo reclama o exemplo pessoal que se deve dar na vida de relação.
Nada mais do que ensinam Nosso Senhor Jesus Cristo e a Doutrina Espírita.

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Dos equívocos e das distorções doutrinárias

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 25, 2019 11:21 am

A falta de estudo da Doutrina Espírita, a ausência do uso da razão e do bom senso e também o isolamento dos grupos (fechando-se em si mesmos) são os responsáveis pelos absurdos que se cometem em nome da Doutrina e seu movimento.
E isso fica por conta de quem pratica, pois o Espiritismo não pode ser responsabilizado por aqueles que não raciocinam o que fazem.
São muitos os exemplos, alguns citados em livros, jornais e revistas, por articulistas e autores diversos, todos respeitáveis e conhecidos na actividade espírita, os quais permito-me citar uns ou outros (os exemplos) para desenvolvimento do presente artigo.
Enquadram-se nesses equívocos:
a) Obrigatoriedade de passe em todo e qualquer comparecimento ao Centro Espírita;
b) Toda pessoa que chega perturbada ao Centro Espírita é médium;
c) Os médiuns são seres elevados e extraordinários;
d) Os oradores e expositores são seres infalíveis – “falou tá falado”;
e) Médium experiente não precisa estudar;
f) Não se deve bater palmas ao final de palestras para não dispersar fluidos;
g) Casamento, baptizado, uso de gestos e imagens, roupas especiais, cromoterapia, cristais, TVP, pirâmides e etc, no Centro Espírita;
h) As mãos dadas formam correntes de protecção;
i) Comemoração de Páscoa e Semana Santa no Centro Espírita;
j) Para recarregar energias, o aplicador de passes deve encostar a cabeça na parede após a tarefa;
k) Mulheres não devem entrar de saia no centro;
l) Homens e mulheres devem sentar-se em fileiras separadas no ambiente do centro;
m) Reencarnação serve para pagar dívidas;
n) Os espíritos comunicantes sabem tudo;
o) Determinado Centro Espírita é forte e o outro é fraco;
p) Uso de expressões, como mesa branca, baixo espiritismo, encosto e muitos outros absurdos como aqueles das correntes no chão e das garrafas em prateleiras para prender os espíritos obsessores ou da mesa de concreto que suporte os murros dos médiuns indisciplinados.
Ora, o Espiritismo é profundamente racional.
O espírita precisa sempre saber porque faz determinada prática.
Pensar no que faz e analisar se está dentro do bom senso, da razão e, principalmente, se há coerência no que se pratica e o que a Doutrina ensina.
Com objectivos tão elevados e fundamentos tão racionais, como poderia o Espiritismo ver em casas que se dizem espíritas, práticas tão distantes de sua orientação?
Só a falta do estudo doutrinário pode responder por esses absurdos que, comportariam, em muitos casos, diversas argumentações e comentários sobre sua nulidade e incoerência.
E também caracterizam-se como práticas distantes do dinamismo da Doutrina: o espírita desanimado, o Centro distante e isolado do estudo e da divulgação – preocupado apenas com a prática mediúnica; a Casa Espírita isolada do movimento – que traz entusiasmo e renovação; também o expositor que transmite aos ouvintes a ideia de um Espiritismo de tristeza, dor ou sofrimento, e, finalmente, o espírita que não estuda.
Como aceitar também aquelas reuniões sem nenhuma motivação, onde um lê e todos ouvem – ou dormem, criando a figura do “espírita de banco” (aquele que entra, senta, ouve e vai embora)?
Ou a presença no Centro como se fosse uma obrigação penosa, sem alegria?
Espiritismo é alegria, é vida!
E trabalho vibrante, com harmonia, coerência e união.
Daí a necessidade do estudo individual, estudo em grupo, união de forças entre os trabalhadores da mesma casa e entre as casas da cidade e região. Isso traz entusiasmo, revitaliza o movimento e afasta os equívocos.
A troca de experiências é algo muito positivo e que não devemos temer.
O espírita esclarecido é dedicado à causa, sempre estuda, melhora-se, gradualmente, e trabalha sempre, confiando em Deus – mas usando sua própria razão.
Essas questões precisam ser discutidas para aparelharmos melhor nossas casas, tornando-as colmeias de trabalho, união e amor, para que não se distanciem dos objectivos que nortearam sua fundação.

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Aspectos espirituais da reprodução assistida

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 25, 2019 8:30 pm

Congelamento de embriões, fecundação in vitro e utilização de células-tronco.
Uma análise sob a óptica da doutrina espírita
Compreende-se como reprodução assistida a todos os procedimentos e técnicas empregados para auxiliar as mulheres que não estão conseguindo engravidar pelos métodos naturais.
O ano de 1978 marcou um fato importante para a reprodução humana.
Nasceu naquele ano, na Inglaterra, Louise Brown, o primeiro bebé de proveta, ou seja, um bebé que iniciou sua vida num tubo de ensaio, acenando com uma nova possibilidade para os 15% de casais inférteis do mundo.
Desde então, várias técnicas foram surgindo, que vão da inseminação artificial, passando pela fertilização in vitro (os chamados bebés de proveta), o GIFT, o ZIFT, as gestações de substituição (barrigas de aluguer) e por último, recentemente, já se conseguiu a reprodução de um animal (ovelha) através de uma célula adulta (clonagem), com possibilidade de ser efectuada na raça humana.

A visão espírita
O homem, servindo de instrumento da Misericórdia Divina, tem auxiliado a mulher na nobre tarefa de procriar por diversas maneiras.
O que acontece, frequentemente, é que muitas mulheres e homens ainda carregam um certo grau de desequilíbrio e desarmonia no chacra genésico, consequência de um passado de negligências, nesta ou em outras vidas, e, embora possam estar arrependidos e superados daqueles erros e desvios, isso ainda não foi traduzido num restabelecimento completo do seu aparelho reprodutor.
Dessa forma, necessitam do auxílio de técnicas e procedimentos laboratoriais para que alcancem o êxito de gerar o seu próprio filho.
Considerando que os desequilíbrios energéticos no chacra genésico são frequentemente causas de insucesso nas tentativas de engravidar, o primeiro passo seria se harmonizar, se equilibrar, buscando os recursos de meditação, do auto-controle, da oração, do trabalho junto às crianças carentes e do auxílio através do passe magnético e tratamento espiritual ministrados nos centros espíritas.
Geralmente, o processo de reprodução, seja ele natural ou não, possui assistência do Plano Espiritual.
Assim, o termo reprodução assistida poderia ser estendido a todas as formas de reprodução, sob o aspecto espiritual.
Vemos nas citações de André Luiz, no livro Missionários da Luz, que existe no Plano Espiritual um departamento que cuida do processo reencarnatório, que ele denominou de Ministério da Reencarnação.
Ele relatou, na sua obra, como a Espiritualidade Superior interferiu na reencarnação de Segismundo, preparando o casal que o iria acolher, estabelecendo sintonia vibratória do espírito reencarnante com a futura mãe, logo a seguir com o óvulo, magnetizando-o envolvendo-o pelos seus fluidos perispirituais.
Por sua vez, o espermatozóide que será o eleito, entre milhões contidos numa ejaculação, para fecundar o óvulo, será aquele que mais sintonizar energeticamente com o mesmo, sintonia essa que vai determinar não o mais apto, mas o que carrega a carga genética mais apropriada para aquela futura reencarnação.
Esse facto já vem sendo demonstrado pela Ciência oficial.
O jornal O Globo, em uma edição de 1991, estampou a seguinte manchete:
"Óvulos falam com espermatozóides".
A matéria tratava do trabalho realizado por cientistas dos Estados Unidos e Israel, descobrindo que óvulos maduros comunicam-se com espermatozóides, enviando-lhes sinais para guiá-los até às trompas de Falópio, propiciando a fecundação.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 25, 2019 8:30 pm

Religião x Ciência
Existem muitas pessoas e seitas religiosas que são contrárias ao emprego desses métodos auxiliares da fecundação, alegando que os homens estão violando um processo natural.
Argumentam que são técnicas frias, realizadas em laboratório, carecendo do amor e da relação sexual entre os parceiros.
"Mas, só quem convive com um casal que passa por cima de vários obstáculos para ter um filho é que tem capacidade de quantificar o Amor que depositam neste acto", afirmou o biólogo Irineu Degasperi, da Clínica de Reprodução Huntington, em Vitória.
O avanço das técnicas de reprodução assistida e da engenharia genética é visto com naturalidade pela doutrina espírita.
Kardec deixou claro que o espiritismo caminharia junto com a Ciência, portanto, não há porque se opor ao seu desenvolvimento.
Deus, através da evolução intelectual da humanidade, permite que surjam técnicas novas para auxiliar a natureza no seu processo criativo.
O homem evolui intelectualmente, descobrindo e compreendendo como funciona a natureza, em suas várias manifestações, e, através do conhecimento das leis naturais, passa a interferir e contribuir com Deus, tornando-se co-criadores.
Contudo, os cientistas devem ter a humildade de reconhecer que estão somente manuseando e favorecendo processos naturais, mas não criando vida.
A doutrina espírita ressalta que as descobertas devem servir para o bem da humanidade e as pesquisas devem ter a finalidade de enobrecer o ser humano.
Infelizmente, muitas vezes o homem as utiliza de forma inadequada.
Em O Livro dos Espíritos, pergunta nº 780, encontramos que o progresso moral segue o intelectual, mas nem sempre imediatamente.
À medida que progredimos com as descobertas científicas, torna-se maior a nossa responsabilidade.
Assim aconteceu com a energia nuclear, que inicialmente foi utilizada para fins bélicos (bomba atómica) e actualmente serve como fonte riquíssima de energia, e com outras descobertas científicas.
As descobertas científicas não são boas ou más em si mesmas.
Bom ou mal é o uso que se faz delas.
No livro Uma Janela para a Vida, Emmanuel foi inquirido sobre se os espíritos que reencarnavam através da reprodução assistida vinham precedidos de um preparo espiritual, e ele respondeu que sim, desde que a Ciência, na Terra, evitasse abusos e extravagâncias nas suas experimentações.
Certa vez, perguntaram a Chico Xavier se o ser humano seria desenvolvido no laboratório.
Ele respondeu:
"Olha gente, a Ciência vai desenvolver o ser humano no laboratório.
Eles (os cientistas) vão fabricar um enorme ‘útero’ no laboratório e aí dentro vão gerar o ser.
Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar.
Mas vão realizar. Aí, libertarão a mulher do parto.
E tem outra coisa.
Nesse útero, os espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema.
Esse facto não vai alterar coisa alguma, a Ciência vai conseguir isso.
Ora, o avanço da Ciência é obra da Espiritualidade através dos missionários".
Esse fato foi narrado por Ranieri no livro: Chico Xavier – o Santo de Nossos Dias (2ª edição – 1973).
Não importa de que modo a criança tenha vindo ao mundo, se por meio naturais ou não; o que importa é se vai ser bem recebida e criada com amor e dedicação.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 25, 2019 8:30 pm

O congelamento de embriões
Durante o procedimento da fertilização in vitro (FIV), geralmente são fecundados diversos óvulos, com a formação de um número excessivo de embriões.
Como a lei brasileira só permite que sejam implantados no útero materno, no máximo quatro embriões por vez, os embriões excedentes são congelados a uma temperatura de –196ºC.
Poderão ser utilizados posteriormente na própria mãe doadora do óvulo ou serem implantados em outra mãe receptora.

O que fazer com esses embriões?
Essa pergunta vem intrigando cientistas, médicos, religiosos e juristas do mundo todo.
A polémica se acendeu na Inglaterra, onde existe uma lei em vigor desde 1991, que estabelece um prazo máximo de cinco anos para a conservação desses embriões.
Os primeiros lotes já foram dissolvidos em água e álcool.
No centro da polémica, está a complicada questão sobre o momento em que começa a vida.
Embriões humanos podem ser destruídos impunemente, como um objecto qualquer, um subproduto de laboratório ou estaríamos diante de um aborto?

Nós sabemos, através da pergunta 344 de O Livro dos Espíritos e do capítulo XI, de A Génese, que a união da alma ao corpo começa no momento da concepção, quando o espírito se sente atraído por uma força irresistível e se liga ao corpo por um laço fluídico, que nada mais é que uma expansão do seu perispírito.
Sabemos também que essa união é definitiva, no sentido de que um outro espírito não poderá substituir aquele que está designado para este corpo.
Por outro lado, vamos encontrar na pergunta 356 que podem existir natimortos que jamais tiveram espíritos designados para os seus corpos, podendo inclusive chegar a termo, porém não sobrevivem.
É descrito que embriões congelados podem permanecer viáveis por vários anos, com relato do caso de uma mulher que gerou um filho a partir de um embrião congelado por cinco anos.
Como a união do espírito ao corpo se faz no momento da concepção, deduzimos que o espírito permaneceu ligado a esse corpo (embrião), durante todo esse tempo.
O espírito que está ligado ao embrião pode também recuar diante da prova, e romper os laços que o prende; nesse caso, o embrião não sobrevive.
Na pergunta 351 de O Livro dos Espíritos vamos encontrar que o espírito, durante o desenvolvimento do feto, goza parcialmente de suas faculdades no plano espiritual.
Ele se encontra num estado de perturbação que vai crescendo até o nascimento, à medida que o laço fluídico vai se apertando.
Conforme a doutrina espírita, o espírito que vai animar aquele corpo tem existência fora dele, ou seja, ele ainda não está encarnado, mas apenas ligado ao novo corpo.
Então, concluímos que, como o espírito reencarnante está apenas ligado por um cordão fluídico ao embrião, ele usufrui de certo grau de liberdade, de acordo com o seu estado evolutivo, como confirma Emmanuel no livro O Consolador.
Isso permite que, mesmo se encontrando com certo grau de perturbação, ele possa desenvolver algumas actividades no plano espiritual.
Outra possibilidade, aventada por Raul Teixeira num artigo publicado na Revista Espírita Allan Kardec, seria que "entidades espirituais devedoras da sociedade se oferecem para vir atender ao progresso da Ciência.
Dessa forma, são ligadas a esses embriões para que vivam hermeticamente vinculadas a eles, num processo de mutismo, enquanto o embrião estiver congelado.
Nesse trabalho de servir à Ciência, possam conseguir o progresso, ao invés de renascerem na Terra e sofrerem situações de enfermidades variadas durante largos anos".
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 25, 2019 8:31 pm

De qualquer forma, analisando à luz da doutrina espírita, não podemos aceitar, sob qualquer pretexto, a eliminação pura e simples desses embriões, assim como somos contra o aborto ou qualquer outro ato contrário à vida.
Talvez, os cientistas consigam congelar óvulos maduros e espermatozóides, minimizando os problemas éticos e espirituais relativos ao congelamento de embriões.
Outra linha de pesquisa que já se comenta é a possibilidade de detectar se já existe um espírito ligado ao embrião, através das emanações do seu perispírito, mas ainda não existe nada desenvolvido.

Utilização das células-tronco em pesquisas científicas
A equipe da Revista Cristã de Espiritismo aproveitou a presença do médium e orador Divaldo Pereira Franco no 3° Encontro Amigos da Boa Nova, realizado no dia 21 de abril, para perguntar sua opinião sobre a utilização das células-tronco em pesquisas científicas.
Alguns companheiros espíritas têm se manifestado receosos em relação à questão das células-tronco, pelo fato de um espírito poder estar ligado ao embrião.
Como o senhor analisa essas pesquisas que a Ciência vem desenvolvendo na área?

Os espíritos nobres são unânimes em abençoar os esforços da Ciência quando procura dignificar a criatura humana, promovendo o progresso da sociedade e tornando o mundo melhor.
Toda descoberta recente torna-se polémica porque estão, ainda, os investigadores, nos pródromos de suas próprias propostas.
É natural que, não possuindo ainda resultados determinantes, tudo se encontre no plano do plausível e do possível.
Os espíritos são unânimes em dizer que interromper a vida do ser em formação, seja sob qual pretexto que se apresente, é aborto delituoso.
No entanto, a própria Ciência, que encontra no zigoto as células mais favoráveis para a adaptação e a formação dos órgãos, já consegue detectá-las na medula óssea do próprio paciente, assim como também no cordão umbilical do recém-nascido.
Aguardamos que no momento próprio os cientistas consigam novas descobertas que possam contribuir para libertar a criatura de carmas profundamente angustiantes, como anomalias de diversas naturezas, mas sem que se torne necessário para tanto a interrupção da vida do ser em formação.

E no caso de alguns seres desenvolverem a formação de um corpo sem espírito unido (bebés natimortos), como aborda a questão 136 de O Livro dos Espíritos?
A dificuldade é saber discernir entre o corpo que é apenas fenómeno biológico da fatalidade molecular, daquele que já traz o vínculo com o espírito.
Desde o momento em que o espermatozóide invade o óvulo e dá lugar à célula ovo, começa a reencarnação.
A pílula do dia seguinte ou outro instrumento qualquer que interrompa a vida são considerados aborto.
Kardec respondeu a essa questão demonstrando que a matéria é espontânea e podem acontecer fenómenos em que os elementos moleculares se aglutinem e por falta de alma não tenham vida.
É provável que também tenha se referido à fecundação na trompa, quando normalmente acontece o que nós podemos chamar de uma espécie de tumor, mas não nos é licito generalizar.

O senhor acredita que essa resposta só virá quando existir uma união maior entre a Ciência e a Espiritualidade Superior?
Não necessariamente.
O que falta é uma bioética para que sejam estabelecidos os limites até onde a investigação seja ética.
Quando Adolf Hitler tornou-se o primeiro mandatário da Alemanha, em 1935, de imediato tornou o aborto legal.
Na chamada "noite dos cristais" ele liberou o assassinato em massa de milhões de indivíduos e a seguir, pediu aos pais que se tivessem filhos deficientes, que os mandassem para as câmaras de gás.
Então, crianças foram mortas em nome de uma super-raça que estava apenas na imaginação delirante do psicopata.
A função da doutrina religiosa não é dizer à Ciência o que fazer.
Quando os cientistas acreditarem na existência de Deus, saberão onde avançar, mas não cabe aos espíritos dizerem se determinado corpo em formação está ou não unido a um espírito.
A ética será: matar jamais!

Wilson Ayub Lopes
Fonte: Revista Cristã de Espiritismo

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 28 Empty Os que Foram para o Lado de Lá e Voltaram para Contar

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 26, 2019 12:06 pm

A médica suíça Elisabeth Kübler Ross (08 de julho de 1926 – 24 de agosto de 2004), passou décadas ao lado de pacientes em estado terminal.
Sua experiência a fez escrever o livro “Sobre a morte e o processo de morrer”, em que apresenta o modelo de Kübler Ross a informar familiares e amigos de doentes terminais na melhor maneira de conviver com a situação.
A pesquisadora estudou mais de 20.000 casos de EQM – Experiência de quase morte – e verificou que todos tinham um ponto em comum: aqueles indivíduos que foram e depararam-se com o outro lado da vida não queriam voltar para o lado de cá.
Relataram sobre o sentimento de liberdade e plenitude que experimentaram ao não estarem carregando o pesado corpo de carne.
Tiveram sensações das mais agradáveis, como se estivessem num sonho bom, mas que, infelizmente, segundo narrativas, foram obrigados a acordar e utilizar novamente a máquina física que, bem o sabemos com o conhecimento espírita, oblitera a manifestação do espírito em sua força total.
Foi-se o tempo em que triunfava o argumento de que “ninguém ainda voltou para contar como é o lado de lá”. Muitos foram, todos gostaram e quiseram ficar.
As pesquisas da Dra. Ross evidenciam um outro ponto importante: somos amparados pelos Espíritos que nos precederam na grande viagem da vida.
A bem da verdade é que, seja aqui ou no Além Deus está connosco, amparando sempre.
Pena em algumas ocasiões duvidarmos de sua bondade e cairmos no fosso dos incrédulos.
Dia desses, um amigo comentou que ao comparecer ao consultório médico para renovação de sua CNH, iniciou um bate papo com a médica que o atendeu.
Estava ela amargurada com a morte do marido.
Segundo ela, homem alto, forte, bonito e que se cuidava muito.
Colesterol em dia, glicose idem, pressão 12/08, de menino, não obstante os seus 55 anos.
Foi-se embora sem dizer “adeus”.
Numa dessas noites dormiu com a visita da lua, porém não se levantou com o alvorecer.
Partiu fulminado por inexplicável ataque cardíaco.
Com tristeza, indagou:
– Por que com ele se há tanta gente malvada no mundo?
– Há pessoas que vem para uma vida breve, existência curta mesmo, entretanto a morte não existe, pois o que morre é o corpo – tentou consolar o amigo…
– Chega, moço! Chega!
Calou-se meu amigo; percebeu que naquele momento suas palavras seriam inócuas, porquanto não estava a doutora com ouvidos de ouvir.
Ele apenas pediu que ela o procurasse quando quisesse conversar sobre a imortalidade da alma.
Despediu-se da doutora e partiu, não sem antes lançar-lhe um olhar de compaixão…
Ela passa pela segunda etapa do luto: a raiva.
São cinco as fases do luto: negação, raiva, negociação, interiorização e aceitação.
Sugiro que estudem o modelo de Kübler Ross para melhor compreensão do tema.
Não adianta discursos religiosos ou conselhos nesta segunda etapa do luto.
É preciso cada um vivenciar o luto e ter seu tempo.
Pena que para os que desconhecem a imortalidade da alma o processo de luto seja extremamente doloroso…
Não precisaria ser assim, mas, enfim, num mundo ainda demasiado materialista poucos entendem a necessidade do “morrer”…
Ainda bem que Espíritos como a Dra. Ross nos visitam aqui na Terra e deixam um legado que faz aquecer corações e esclarecer mentes.
Muitos não ouvem, mas os que ouvem terão analgésicos para suas dores…

Pensemos nisto.

Fonte: https://espirito.org.br/artigos/os-que-foram-para-o-lado-de-la-e-vo...

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