Momentos Espíritas
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Crónicas de Além Túmulo
Crónicas de Além Túmulo
Mãe Maria,
Estou me recuperando, às vezes tenho umas crises de esquecimento devido ao tumor cerebral.
Mãe, no princípio a barra estava pesada, eu senti um medo enorme de morrer e pensava no meu carro, único bem material que eu possuía e de que tanto me orgulhava.
Quando meu corpo físico não existia, não tomei conhecimento do facto, na hora e fiquei no hospital deitado e quando não recebi visitas da senhora e de ninguém pensei em casa e no carro e logo me vi no volante, mas minhas mãos passavam pela porta, pelo volante, buscava vocês, amigos e ninguém me via ou respondia, morri, pensei logo, estou delirando...
Sentei no sofá da sala e chorei muito, foi quando se aproximou um homem vestido de médico e me perguntou se eu tinha sede, percebi que a sede era enorme, tomei um suco que ele me ofereceu e dormi logo, para despertar em outro hospital.
Ai a fraqueza me tomou por inteiro, não consegui me levantar mas aos poucos fui me fortalecendo e tomei o conhecimento, em várias sessões de apoio com outros enfermos, de minha vida passada.
Mãe, fui suicida e com o tumor no cérebro curei a trajectória de uma bala, mãe ninguém tem culpa de minha morte a não ser eu mesmo, por ter exterminado minha vida.
Agora, quando eu mais queria viver, parti, na hora certa.
Como temos nossa certidão de nascimento, no dia e hora determinado por Deus, temos nossa hora de partir.
Mãe você foi a mãe mais dedicada e bondosa, hoje como eu desejo lhe dar um abraço.
Quando você me pedia um abraço, eu não sabia, mãe, a importância de um carinho, não era falta de amor, Mãe, era falta de entendimento, não de sentimento.
Mãe, hoje apesar de apenas pouco tempo de ter deixado a terra, eu já compreendo o que do mundo é, que hoje as minhas necessidades são preces, lembranças amigas.
Quero deixar para a Mariangela e Elizangela meu abraço de irmão.
Podem dispor do que foi meu, com bem quiserem, porque não vou precisar de nada, a não ser as orações de vocês.
Mãe, eu gosto muito de você, me abençoe.
Desejo muito que não visitem meu túmulo no aniversário de minha morte, quando isto ocorre com todos que aqui estão passamos mal, eu estou mais vivo do que na terra porque não tenho inibições de dizer que amo muito vocês.
Espírito, Sandro Miranda
Minha mãe é auxiliar de enfermagem de Tupaciguara, envio aos amigos de lá e os que estão cá, meu abraço.
O Miranda é uma homenagem a Mamãe Maria.
Mensagem recebida por psicografia no dia 12 de fevereiro de 2000, pela médium Shyrlene Soares Campos no Núcleo Servos Maria de Nazaré.
Desencarnado: Sandro Antonio Rodrigues 12/07/70 à 07/02/99
Internou no Hospital Escola da Universidade Federal de Uberlândia com tumor cerebral, em 30/01/99, foi cirurgiado em 03/02/99 às 15h da tarde e fez morte cerebral na madrugada do dia 05/02/99.
Faleceu em 07/02/99 às 15h da tarde.
Mãe Maria do Nascimento Miranda, profissão: auxiliar de enfermagem.
Irmãs Mariangela Rodrigues e Elizangela Rodrigues
Fonte: Jornal Arauto de Luz – Outubro de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
Mãe Maria,
Estou me recuperando, às vezes tenho umas crises de esquecimento devido ao tumor cerebral.
Mãe, no princípio a barra estava pesada, eu senti um medo enorme de morrer e pensava no meu carro, único bem material que eu possuía e de que tanto me orgulhava.
Quando meu corpo físico não existia, não tomei conhecimento do facto, na hora e fiquei no hospital deitado e quando não recebi visitas da senhora e de ninguém pensei em casa e no carro e logo me vi no volante, mas minhas mãos passavam pela porta, pelo volante, buscava vocês, amigos e ninguém me via ou respondia, morri, pensei logo, estou delirando...
Sentei no sofá da sala e chorei muito, foi quando se aproximou um homem vestido de médico e me perguntou se eu tinha sede, percebi que a sede era enorme, tomei um suco que ele me ofereceu e dormi logo, para despertar em outro hospital.
Ai a fraqueza me tomou por inteiro, não consegui me levantar mas aos poucos fui me fortalecendo e tomei o conhecimento, em várias sessões de apoio com outros enfermos, de minha vida passada.
Mãe, fui suicida e com o tumor no cérebro curei a trajectória de uma bala, mãe ninguém tem culpa de minha morte a não ser eu mesmo, por ter exterminado minha vida.
Agora, quando eu mais queria viver, parti, na hora certa.
Como temos nossa certidão de nascimento, no dia e hora determinado por Deus, temos nossa hora de partir.
Mãe você foi a mãe mais dedicada e bondosa, hoje como eu desejo lhe dar um abraço.
Quando você me pedia um abraço, eu não sabia, mãe, a importância de um carinho, não era falta de amor, Mãe, era falta de entendimento, não de sentimento.
Mãe, hoje apesar de apenas pouco tempo de ter deixado a terra, eu já compreendo o que do mundo é, que hoje as minhas necessidades são preces, lembranças amigas.
Quero deixar para a Mariangela e Elizangela meu abraço de irmão.
Podem dispor do que foi meu, com bem quiserem, porque não vou precisar de nada, a não ser as orações de vocês.
Mãe, eu gosto muito de você, me abençoe.
Desejo muito que não visitem meu túmulo no aniversário de minha morte, quando isto ocorre com todos que aqui estão passamos mal, eu estou mais vivo do que na terra porque não tenho inibições de dizer que amo muito vocês.
Espírito, Sandro Miranda
Minha mãe é auxiliar de enfermagem de Tupaciguara, envio aos amigos de lá e os que estão cá, meu abraço.
O Miranda é uma homenagem a Mamãe Maria.
Mensagem recebida por psicografia no dia 12 de fevereiro de 2000, pela médium Shyrlene Soares Campos no Núcleo Servos Maria de Nazaré.
Desencarnado: Sandro Antonio Rodrigues 12/07/70 à 07/02/99
Internou no Hospital Escola da Universidade Federal de Uberlândia com tumor cerebral, em 30/01/99, foi cirurgiado em 03/02/99 às 15h da tarde e fez morte cerebral na madrugada do dia 05/02/99.
Faleceu em 07/02/99 às 15h da tarde.
Mãe Maria do Nascimento Miranda, profissão: auxiliar de enfermagem.
Irmãs Mariangela Rodrigues e Elizangela Rodrigues
Fonte: Jornal Arauto de Luz – Outubro de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Isso é contigo
Isso é contigo
Segundo a narrativa evangélica, após ver Jesus ser condenado, Judas se arrependeu profundamente.
Ele foi ter com os sacerdotes e queria lhes devolver as trinta moedas de prata que anteriormente tinha recebido.
Compungido, afirmou:
Pequei, traindo sangue inocente.
Eles, porém, disseram:
Que nos importa? Isso é contigo.
A palavra da maldade humana é sempre cruel para quantos lhe ouvem as criminosas sugestões.
O caso de Judas demonstra a inconsequência e a perversidade dos que cooperam na execução dos grandes delitos.
O Espírito imprevidente por vezes considera e atende conselhos malévolos.
Mas, quando as consequências chegam, ele se encontra solitário.
Quem age correctamente sempre tem companheiros, se suas iniciativas são bem sucedidas, pois são muitos os que desejam partilhar as vitórias e desfrutar dos sucessos.
Contudo, raramente sentirá a presença de alguém que lhe comungue as aflições nos dias de derrota temporária.
Nesses momentos, somente sua consciência ilibada o socorrerá.
Semelhante realidade induz a criatura à precaução mais insistente.
A experiência amarga de Judas repete-se com a maioria dos homens, todos os dias, embora em diferentes sectores.
Há quem ouça as delituosas insinuações da malícia ou da indisciplina.
Seja no trabalho, na vida social ou familiar.
Por vezes, o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são necessárias.
Todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-se com falsas expectativas.
Passa a achar o dever ingrato.
Enamora-se de ganhos fáceis, aventuras inconsequentes ou folgas mais dilatadas.
Facilmente se convence de que faz mais do que o necessário, que é explorado e incompreendido.
Embalado nessas ilusões, consegue argumentos para desertar do dever.
Embrenha-se em labirintos escuros e ingratos, dos quais será muito difícil sair.
Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-se para quem o aconselhou ou instigou.
É então que ouve a mesma frase dita a Judas, em seu momento de desespero:
Que nos importa? Isso é contigo.
Convém reflectir sobre essa realidade, perante os conselheiros de plantão.
Nas complexas ocorrências da vida, a saída mais fácil raramente é a mais honrosa.
Contudo, o caminho do dever é o único que pode ser trilhado em paz.
Pouco importa que os outros aconselhem ou façam o contrário.
A responsabilidade pelo que se faz é pessoal e intransferível.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 91, do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
Segundo a narrativa evangélica, após ver Jesus ser condenado, Judas se arrependeu profundamente.
Ele foi ter com os sacerdotes e queria lhes devolver as trinta moedas de prata que anteriormente tinha recebido.
Compungido, afirmou:
Pequei, traindo sangue inocente.
Eles, porém, disseram:
Que nos importa? Isso é contigo.
A palavra da maldade humana é sempre cruel para quantos lhe ouvem as criminosas sugestões.
O caso de Judas demonstra a inconsequência e a perversidade dos que cooperam na execução dos grandes delitos.
O Espírito imprevidente por vezes considera e atende conselhos malévolos.
Mas, quando as consequências chegam, ele se encontra solitário.
Quem age correctamente sempre tem companheiros, se suas iniciativas são bem sucedidas, pois são muitos os que desejam partilhar as vitórias e desfrutar dos sucessos.
Contudo, raramente sentirá a presença de alguém que lhe comungue as aflições nos dias de derrota temporária.
Nesses momentos, somente sua consciência ilibada o socorrerá.
Semelhante realidade induz a criatura à precaução mais insistente.
A experiência amarga de Judas repete-se com a maioria dos homens, todos os dias, embora em diferentes sectores.
Há quem ouça as delituosas insinuações da malícia ou da indisciplina.
Seja no trabalho, na vida social ou familiar.
Por vezes, o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são necessárias.
Todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-se com falsas expectativas.
Passa a achar o dever ingrato.
Enamora-se de ganhos fáceis, aventuras inconsequentes ou folgas mais dilatadas.
Facilmente se convence de que faz mais do que o necessário, que é explorado e incompreendido.
Embalado nessas ilusões, consegue argumentos para desertar do dever.
Embrenha-se em labirintos escuros e ingratos, dos quais será muito difícil sair.
Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-se para quem o aconselhou ou instigou.
É então que ouve a mesma frase dita a Judas, em seu momento de desespero:
Que nos importa? Isso é contigo.
Convém reflectir sobre essa realidade, perante os conselheiros de plantão.
Nas complexas ocorrências da vida, a saída mais fácil raramente é a mais honrosa.
Contudo, o caminho do dever é o único que pode ser trilhado em paz.
Pouco importa que os outros aconselhem ou façam o contrário.
A responsabilidade pelo que se faz é pessoal e intransferível.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 91, do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126619
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Cartas de Além Túmulo
Cartas de Além Túmulo
Sou de Aracajú, fui espírita, um servo em aprendizagem com os nossos irmãos, companheiros da tarefa cristã.
Sempre acreditei na juventude, por ser o jovem uma terra fértil que aceita tarefas com entusiasmo e está pronto para realizar e analisar.
Com outros confrades abnegados, formamos a juventude espírita Sergipana e o Jornal “Juvenil”, que tantas alegrias nos proporcionou.
No rádio, nossos tarefeiros, aliados de ideal e de cristianismo, realizávamos o programa: “Roteiro do Cristo”.
Fui uma pessoa privilegiada.
Recebi de Deus uma companheira terna e cristã, mas que me permitiu ser cercado por uma constelação de filhas belas e inteligentes, Elna, Vera, Carmelita, Lucia e Marília.
Como fui abençoado por uma família especial e por amigos que, muitas vezes, ignorando meus defeitos, de ser encarnado, depositavam em mim, confiança e solidariedade.
Ao chegar ao Plano Espiritual, após ter sido atropelado por uma motocicleta, e ter permanecido no Hospital por algum tempo, aqueles momentos de expectativa para os familiares, para mim, representavam o exaurir das forças vitais, para ser melhor atendido nas minhas necessidades.
Embora tivessem passados 70 anos, me senti cheio de vida e entusiasmo.
A gente sempre quer viver.
Mas, ao chegar no Plano Espiritual, verifiquei que aquilo que idealizávamos como a “Casa da Campanha do Quilo”, uma construção grande, já estava projectada para ser construída.
“Me” identifiquei com este Núcleo devido aos elos fraternos que se formaram recentemente com Aracajú.
Encontrei tarefas semelhantes e o ideal cristão da caridade a palpitar fremente no coração de todos...
E o entusiasmo dos jovens...
Primeira preocupação minha em anos idos e vividos.
É bom receber o abraço sincero e amigo dos espíritos que só conhecíamos como Mentores num outro Plano de Vida.
Aqui, migalhas se transformaram em Banquete, ficamos a pensar como, realizando tão pouco, recebemos tanto!
Meus abraços já acolheram seres queridos, familiares amados...
Mas, esse marco na Terra foi muito importante, era o resgatar e o amar, era superar dificuldades e avançar, era o aprender com o Evangelho e ensinando-o, aprender ainda mais.
Vejam como não existem fronteiras para aqueles que conservam no coração o ideal de servir com Jesus e o caminhar com o Amor.
Avante na luta redentora, vale mais a pena lutar, vencer, chorar e recolher os sorrisos do aflito e do faminto, consolado e saciado nas suas necessidades.
Avancemos, que este milénio seja melhor que o ano 1000, porque mais 1000 chances nos aguardam no Céu e na Terra neste terceiro milénio.
Paz em todos nós!
Espírito José Elson Fontes – Aracajú - Sergipe
Psicografia Shyrlene Soares Campos
Arauto de Luz - Março de 2001
§.§.§- O-canto-da-ave
Sou de Aracajú, fui espírita, um servo em aprendizagem com os nossos irmãos, companheiros da tarefa cristã.
Sempre acreditei na juventude, por ser o jovem uma terra fértil que aceita tarefas com entusiasmo e está pronto para realizar e analisar.
Com outros confrades abnegados, formamos a juventude espírita Sergipana e o Jornal “Juvenil”, que tantas alegrias nos proporcionou.
No rádio, nossos tarefeiros, aliados de ideal e de cristianismo, realizávamos o programa: “Roteiro do Cristo”.
Fui uma pessoa privilegiada.
Recebi de Deus uma companheira terna e cristã, mas que me permitiu ser cercado por uma constelação de filhas belas e inteligentes, Elna, Vera, Carmelita, Lucia e Marília.
Como fui abençoado por uma família especial e por amigos que, muitas vezes, ignorando meus defeitos, de ser encarnado, depositavam em mim, confiança e solidariedade.
Ao chegar ao Plano Espiritual, após ter sido atropelado por uma motocicleta, e ter permanecido no Hospital por algum tempo, aqueles momentos de expectativa para os familiares, para mim, representavam o exaurir das forças vitais, para ser melhor atendido nas minhas necessidades.
Embora tivessem passados 70 anos, me senti cheio de vida e entusiasmo.
A gente sempre quer viver.
Mas, ao chegar no Plano Espiritual, verifiquei que aquilo que idealizávamos como a “Casa da Campanha do Quilo”, uma construção grande, já estava projectada para ser construída.
“Me” identifiquei com este Núcleo devido aos elos fraternos que se formaram recentemente com Aracajú.
Encontrei tarefas semelhantes e o ideal cristão da caridade a palpitar fremente no coração de todos...
E o entusiasmo dos jovens...
Primeira preocupação minha em anos idos e vividos.
É bom receber o abraço sincero e amigo dos espíritos que só conhecíamos como Mentores num outro Plano de Vida.
Aqui, migalhas se transformaram em Banquete, ficamos a pensar como, realizando tão pouco, recebemos tanto!
Meus abraços já acolheram seres queridos, familiares amados...
Mas, esse marco na Terra foi muito importante, era o resgatar e o amar, era superar dificuldades e avançar, era o aprender com o Evangelho e ensinando-o, aprender ainda mais.
Vejam como não existem fronteiras para aqueles que conservam no coração o ideal de servir com Jesus e o caminhar com o Amor.
Avante na luta redentora, vale mais a pena lutar, vencer, chorar e recolher os sorrisos do aflito e do faminto, consolado e saciado nas suas necessidades.
Avancemos, que este milénio seja melhor que o ano 1000, porque mais 1000 chances nos aguardam no Céu e na Terra neste terceiro milénio.
Paz em todos nós!
Espírito José Elson Fontes – Aracajú - Sergipe
Psicografia Shyrlene Soares Campos
Arauto de Luz - Março de 2001
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A VIDA CONTINUA
A VIDA CONTINUA
JOÃO VACCARI NETO, desencarnado aos 24 anos em São José dos Campos (SP), vitimado por acidente de moto.
"Quando me dirigi ao treinamento em São José dos Campos, pode parecer ridículo o que exponho, mas ansiava preparar-me para a vitória nas corridas em perspectiva, mais para destacar minha máquina do que pelo prazer de ganhar essa ou aquela distinção.
Lembro-me de que nos achávamos aproveitando as horas de um sábado tranquilo, quando os companheiros deram por finda a nossa rodada, entretanto pedi para repetir o percurso a sós, pois desejava conversar com a moto e fazê-la ver as minudências da pista que nos conduziria à vitória, qual se a máquina tivesse alma...
Comecei o exercício de novo, sem qualquer sinal de cansaço, no entanto, em certo trecho da pista, um pequeno entrave nos obrigou ao grande salto do qual me projectado no chão.
Tentei reerguer-me porém não consegui...
Creio que algum vaso importante se me rompera no cérebro, porque notei que a minha cabeça pendia desgovernada em meus impulsos de retorno à verticalidade natural.
Sem que me conscientizasse da significação daqueles instantes aceitei o torpor que me invadiu...
Nada mais vi, nem senti, até que despertei num aposento calmo e confortável.
Uma senhora velava junto de mim.
Não pude retornar de improviso.
Tive a impressão de que me apossava do corpo parceladamente.
E isso demorou algum tempo.
Quando reconheci que a voz se me fizera na garganta, perguntei como era justo, sobre a posição em que me achava.
O corpo estava combalido num abatimento que eu não consegui explicar para mim próprio.
Foi então que a senhora de semblante amigo me esclareceu que era ela, a vovó Júlia, que me trouxera para outro tipo de existência.
Chorei revoltado, porque me reconhecia numa situação que não pedira, entretanto, aquela criatura de coração magnânimo, que me abraçava, me clareou a cabeça com tamanha ternura que não tive outra alternativa senão concordar...
Depois de alguns dias pude vê-la em nossa casa, abraçar meu pai, acariciar a irmãzinha, a nossa Ivete, e visitar a querida Liliane...
Em toda parte e em tudo via o pranto sem razão de ser, porque me achava reconfortado com as lições e explicações recebidas.
Não pude, porém, resistir ao sofrimento que alcançara todos os meus e voltei ao estado anterior de desesperação."
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: AMOR E SAUDADE, de 1985, editado pela IDEAL
§.§.§- O-canto-da-ave
JOÃO VACCARI NETO, desencarnado aos 24 anos em São José dos Campos (SP), vitimado por acidente de moto.
"Quando me dirigi ao treinamento em São José dos Campos, pode parecer ridículo o que exponho, mas ansiava preparar-me para a vitória nas corridas em perspectiva, mais para destacar minha máquina do que pelo prazer de ganhar essa ou aquela distinção.
Lembro-me de que nos achávamos aproveitando as horas de um sábado tranquilo, quando os companheiros deram por finda a nossa rodada, entretanto pedi para repetir o percurso a sós, pois desejava conversar com a moto e fazê-la ver as minudências da pista que nos conduziria à vitória, qual se a máquina tivesse alma...
Comecei o exercício de novo, sem qualquer sinal de cansaço, no entanto, em certo trecho da pista, um pequeno entrave nos obrigou ao grande salto do qual me projectado no chão.
Tentei reerguer-me porém não consegui...
Creio que algum vaso importante se me rompera no cérebro, porque notei que a minha cabeça pendia desgovernada em meus impulsos de retorno à verticalidade natural.
Sem que me conscientizasse da significação daqueles instantes aceitei o torpor que me invadiu...
Nada mais vi, nem senti, até que despertei num aposento calmo e confortável.
Uma senhora velava junto de mim.
Não pude retornar de improviso.
Tive a impressão de que me apossava do corpo parceladamente.
E isso demorou algum tempo.
Quando reconheci que a voz se me fizera na garganta, perguntei como era justo, sobre a posição em que me achava.
O corpo estava combalido num abatimento que eu não consegui explicar para mim próprio.
Foi então que a senhora de semblante amigo me esclareceu que era ela, a vovó Júlia, que me trouxera para outro tipo de existência.
Chorei revoltado, porque me reconhecia numa situação que não pedira, entretanto, aquela criatura de coração magnânimo, que me abraçava, me clareou a cabeça com tamanha ternura que não tive outra alternativa senão concordar...
Depois de alguns dias pude vê-la em nossa casa, abraçar meu pai, acariciar a irmãzinha, a nossa Ivete, e visitar a querida Liliane...
Em toda parte e em tudo via o pranto sem razão de ser, porque me achava reconfortado com as lições e explicações recebidas.
Não pude, porém, resistir ao sofrimento que alcançara todos os meus e voltei ao estado anterior de desesperação."
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: AMOR E SAUDADE, de 1985, editado pela IDEAL
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O dever
O dever
O dever anda bastante esquecido.
Fala-se muito de direitos e pouco de deveres.
O empregado busca o trabalho e, antes de tudo, vai enumerando todos os seus direitos.
Justo que os conheça e os exija.
Mas, o que faz e como faz a tarefa que lhe foi confiada?
É comum se observar balconistas sem vontade alguma de bem atender o cliente.
Não há movimento algum na loja, mas se entra o possível comprador e pergunta o valor de uma mercadoria, a resposta que recebe é: Está marcado na etiqueta.
E que se dizer dos que estragam e desperdiçam o material de trabalho?
Aspirador de pó, escovas, vassouras tudo utilizado sem cuidado.
Afinal de contas, quando estragar, o patrão deverá mesmo providenciar o conserto ou a substituição.
Em repartições públicas, bancos e escritórios é comum se verificar o exagero no consumo de papel, clips, grampos.
Como se não fosse dever do funcionário zelar pelas coisas que pertencem à empresa.
E o que se dizer do horário?
Quantos minutos são gastos na fofoca, nos cafezinhos e mais cafezinhos durante o expediente?
Naturalmente o serviço não rende.
Ah, mas se houver necessidade de alongar as horas de trabalho, logo se falará em remuneração extra.
Dever é a alegria do cumprimento integral do que compete à criatura.
Se todos têm direito ao repouso, ao justo salário, ao intervalo para a refeição, é bom não esquecer que todos têm o dever de bem executar aquilo para o que foram contratados.
A raiz do problema reside no lar.
Desde cedo a criança aprende que tem direitos.
Poucos pais ensinam e passam aos filhos a lição do dever.
A criança tem direito ao amor, à protecção, à alimentação, ao estudo.
Mas tem o dever do respeito e da cooperação.
É comum se encontrar mães sobrecarregadas de ocupações, enquanto os filhos adolescentes descansam, bem tranquilos frente à TV ou na lanchonete da esquina, jogando papo fora com os amigos.
Tão tranquilos e descansados estão que têm forças redobradas para exigir a comida na hora certa, a roupa passada, o dinheiro para o seu lazer.
As mães tudo executam com a desculpa de que eles estão na idade do egoísmo.
E se tornam escravas no lar.
Direitos sim. Deveres também .
Ninguém está isento de cumpri-los. Ninguém que não possa executá-los.
Desde pequena a criança deve ter deveres a cumprir.
Guardar seus brinquedos, preparar a mesa para a refeição, colocar a roupa para lavar no local correto.
Executar pequenas tarefas no lar.
Quem aprende cedo as lições do dever, cedo se tornará o cidadão cumpridor das leis, zeloso. Correto sempre.
Dever. Palavra de ordem para que o nosso mundo se transforme numa imensa e operosa colmeia, onde cada um executa com ardor e alegria a parte que lhe toca.
Cumpre o dever que te cabe, com a alma em prece. Se não fores notado na Terra, lembra que Jesus é, até agora, o grande servidor anónimo, a nos ensinar que a maior honra da vida é o privilégio de ajudar e prosseguir adiante, servindo sempre e sem cansaço.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
O dever anda bastante esquecido.
Fala-se muito de direitos e pouco de deveres.
O empregado busca o trabalho e, antes de tudo, vai enumerando todos os seus direitos.
Justo que os conheça e os exija.
Mas, o que faz e como faz a tarefa que lhe foi confiada?
É comum se observar balconistas sem vontade alguma de bem atender o cliente.
Não há movimento algum na loja, mas se entra o possível comprador e pergunta o valor de uma mercadoria, a resposta que recebe é: Está marcado na etiqueta.
E que se dizer dos que estragam e desperdiçam o material de trabalho?
Aspirador de pó, escovas, vassouras tudo utilizado sem cuidado.
Afinal de contas, quando estragar, o patrão deverá mesmo providenciar o conserto ou a substituição.
Em repartições públicas, bancos e escritórios é comum se verificar o exagero no consumo de papel, clips, grampos.
Como se não fosse dever do funcionário zelar pelas coisas que pertencem à empresa.
E o que se dizer do horário?
Quantos minutos são gastos na fofoca, nos cafezinhos e mais cafezinhos durante o expediente?
Naturalmente o serviço não rende.
Ah, mas se houver necessidade de alongar as horas de trabalho, logo se falará em remuneração extra.
Dever é a alegria do cumprimento integral do que compete à criatura.
Se todos têm direito ao repouso, ao justo salário, ao intervalo para a refeição, é bom não esquecer que todos têm o dever de bem executar aquilo para o que foram contratados.
A raiz do problema reside no lar.
Desde cedo a criança aprende que tem direitos.
Poucos pais ensinam e passam aos filhos a lição do dever.
A criança tem direito ao amor, à protecção, à alimentação, ao estudo.
Mas tem o dever do respeito e da cooperação.
É comum se encontrar mães sobrecarregadas de ocupações, enquanto os filhos adolescentes descansam, bem tranquilos frente à TV ou na lanchonete da esquina, jogando papo fora com os amigos.
Tão tranquilos e descansados estão que têm forças redobradas para exigir a comida na hora certa, a roupa passada, o dinheiro para o seu lazer.
As mães tudo executam com a desculpa de que eles estão na idade do egoísmo.
E se tornam escravas no lar.
Direitos sim. Deveres também .
Ninguém está isento de cumpri-los. Ninguém que não possa executá-los.
Desde pequena a criança deve ter deveres a cumprir.
Guardar seus brinquedos, preparar a mesa para a refeição, colocar a roupa para lavar no local correto.
Executar pequenas tarefas no lar.
Quem aprende cedo as lições do dever, cedo se tornará o cidadão cumpridor das leis, zeloso. Correto sempre.
Dever. Palavra de ordem para que o nosso mundo se transforme numa imensa e operosa colmeia, onde cada um executa com ardor e alegria a parte que lhe toca.
Cumpre o dever que te cabe, com a alma em prece. Se não fores notado na Terra, lembra que Jesus é, até agora, o grande servidor anónimo, a nos ensinar que a maior honra da vida é o privilégio de ajudar e prosseguir adiante, servindo sempre e sem cansaço.
Momento Espírita.
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Soberba, o mal do século
Soberba, o mal do século
"Homens, que nos dias actuais se deixam tocar pelos sinais de exaustão que vossa sociedade apresenta, alertai-vos, pois aproxima-se o tempo de transformações que envolverá a Terra, para conduzi-la ao grau de mundo regenerador.
Não vos assusteis com as dificuldades que se multiplicam, nem com as tragédias que marcam vossos noticiários.
O que vedes é resultado de um plantio feito ao longo de muitos séculos.
Entre a semente do trigo, semeada pelos Missionários enviados ao mundo para esclarecê-lo, foi semeado também o mau grão.
A semente ruim germinou e encontrou terreno fértil para desenvolver sua obra de grandiosidade e engano.
Como fora previsto pelos profetas, misturou-se à planta do bem, confundindo-se com ela.
Mas, não, não ficaria assim por todo o sempre.
Como o joio mistura-se ao trigo e confunde o servo que zela da plantação, assim também acontece com a palavra de Deus, que misturou-se à palavra nascida do coração dos homens imperfeitos.
Como na sega dos trigais, se espera a época da colheita para que se evidencie qual é o bom e o mau fruto.
Também no vosso mundo aguardou-se por longos anos para que se mostrasse as obras de todos os que habitam o planeta.
Viveis num tempo de definições.
Não vos deixeis perturbar por ideias e conceitos falsos, inspirados por almas vazias, mais preocupadas em referir-se à criatura do que ao próprio Criador.
Não permitais que vosso Espírito se perca na capciosidade de costumes e instruções que não condizem com os ensinamentos do Evangelho e dos bons Espíritos.
Tomais sobre vós o jugo de Jesus.
Aprendei suas lições sublimes de moral cristã.
Com elas podereis vos sustentar nesse período grave que aos poucos vai se instalando por toda Terra.
Sejais humildes em acções e posicionai-vos com simplicidade perante a vida.
A soberba é o mal do vosso século, a doença do tempo presente.
Não vos deixai contaminar por ela.
Amando a si mais que a Deus, o homem trilha caminhos que o levará ao sofrimento.
Está escrito na Lei:
Não passará o tempo até que tudo se cumpra.
Cada fio de cabelo de vossas cabeças estão contados, assim como se contaram as estrelas dos céus.
Fazeis parte do plano Divino e o grande Pai espera pacientemente o regresso de vossas almas ao mundo original de onde saíram"
João de Arimatéia.
Espírito: João de Arimatéia
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
São José do Rio Preto, SP
§.§.§- O-canto-da-ave
"Homens, que nos dias actuais se deixam tocar pelos sinais de exaustão que vossa sociedade apresenta, alertai-vos, pois aproxima-se o tempo de transformações que envolverá a Terra, para conduzi-la ao grau de mundo regenerador.
Não vos assusteis com as dificuldades que se multiplicam, nem com as tragédias que marcam vossos noticiários.
O que vedes é resultado de um plantio feito ao longo de muitos séculos.
Entre a semente do trigo, semeada pelos Missionários enviados ao mundo para esclarecê-lo, foi semeado também o mau grão.
A semente ruim germinou e encontrou terreno fértil para desenvolver sua obra de grandiosidade e engano.
Como fora previsto pelos profetas, misturou-se à planta do bem, confundindo-se com ela.
Mas, não, não ficaria assim por todo o sempre.
Como o joio mistura-se ao trigo e confunde o servo que zela da plantação, assim também acontece com a palavra de Deus, que misturou-se à palavra nascida do coração dos homens imperfeitos.
Como na sega dos trigais, se espera a época da colheita para que se evidencie qual é o bom e o mau fruto.
Também no vosso mundo aguardou-se por longos anos para que se mostrasse as obras de todos os que habitam o planeta.
Viveis num tempo de definições.
Não vos deixeis perturbar por ideias e conceitos falsos, inspirados por almas vazias, mais preocupadas em referir-se à criatura do que ao próprio Criador.
Não permitais que vosso Espírito se perca na capciosidade de costumes e instruções que não condizem com os ensinamentos do Evangelho e dos bons Espíritos.
Tomais sobre vós o jugo de Jesus.
Aprendei suas lições sublimes de moral cristã.
Com elas podereis vos sustentar nesse período grave que aos poucos vai se instalando por toda Terra.
Sejais humildes em acções e posicionai-vos com simplicidade perante a vida.
A soberba é o mal do vosso século, a doença do tempo presente.
Não vos deixai contaminar por ela.
Amando a si mais que a Deus, o homem trilha caminhos que o levará ao sofrimento.
Está escrito na Lei:
Não passará o tempo até que tudo se cumpra.
Cada fio de cabelo de vossas cabeças estão contados, assim como se contaram as estrelas dos céus.
Fazeis parte do plano Divino e o grande Pai espera pacientemente o regresso de vossas almas ao mundo original de onde saíram"
João de Arimatéia.
Espírito: João de Arimatéia
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
São José do Rio Preto, SP
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
A BELEZA SOB NOVO PRISMA
A BELEZA SOB NOVO PRISMA
Ainda não faço parte dos tarefeiros que mourejam na Terra, no abençoado afã de servir.
Sou agregada das colónias e pedi ao venerável Dr. Bezerra de Menezes que me concedesse a oportunidade de dar o meu testemunho, principalmente por ser a Terra palco de tantas vaidades, de tantas ilusões.
Estive em uma encarnação, em Sevilha.
Descobriram na escola meus grandes pendores para a dança, e a beleza foi-se plasmando em meu corpo a medida que eu crescia.
Quanto mais bela eu ficava, mais vaidosa e independente eram as minhas atitudes.
Como quem se liberta de algemas pesadas, deixei a casa paterna pelos falsos braços de quem eu julgava ser amigo.
Abandonada logo depois, mergulhei na vida nocturna, desvairadamente.
Procurei as tabernas mais inferiores.
E nas noites de orgia, nas bodegas de Sevilha, dançava e cantava incansavelmente.
Certa noite, entrando em disputa com uma companheira, por um rico senhor já avançado em idade, pródigo em oferecer pesetas¹, tive meu rosto mutilado por uma afiada navalha.
Não havia recursos naquela época para restauração facial e uma enorme infecção repuxou um lado do meu rosto, me transformando numa criatura deformada.
Poderia na época ter me recolhido a algum convento.
Havia casas de caridade, mas, não.
Minha boca era belíssima e consegui com donos de bodegas um número diferente.
Eu cobria a parte superior do rosto, deixava só a boca à mostra e os belos seios, e por pesetas, distribuía nas tabernas, beijos.
E viam bêbados se divertirem e rirem para colher no prazer de um segundo, a beleza dos meus lábios, enquanto eu arrebatava dinheiro para o meu sustento.
Terminei meus dias em extrema miséria mendiga, a esmolar nas portas das igrejas.
Narrar o que eu sofri no plano espiritual é desnecessário.
Bem podem avaliar as condições dos espíritos que me cercavam.
O deboche, a maldade...
Em um belo dia fui informada que voltaria à Pátria.
Deveria reencarnar com família, filhos e o auxílio de amigos que se ofereceram para me tutelar e teria um esposo dedicado.
Até aí a reencarnação só me oferecia vantagens e eu aceitei.
E tudo foi como o esperado.
Até que depois de casada, muito vaidosa e procurando sempre ansiosamente o olhar de todos os homens, com os quais me divertia, apesar de amar o esposo e minhas duas filhinhas, terrível enfermidade se abateu sobre os meus lábios.
Primeiro uma acentuada inchação.
Um caroço escuro na parte inferior dos lábios.
E depois, o corroer lento, progressivo de pertinaz enfermidade a me roubar a beleza do rosto, a me deformar.
O mal cheiro, desespero...
Muitas vezes pensei em terminar com os meus dias.
Mas lá dentro de mim, insistentemente, uma voz falava:
"Fique firme, suporte, siga adiante..."
E o desespero de ver pouco a pouco meu rosto ser dilacerado, devorado, me torturava.
Mas fui suportando, até chegar ao fim dos meus dias.
Fui acolhida por uma colónia de esclarecimentos.
Continua...
Ainda não faço parte dos tarefeiros que mourejam na Terra, no abençoado afã de servir.
Sou agregada das colónias e pedi ao venerável Dr. Bezerra de Menezes que me concedesse a oportunidade de dar o meu testemunho, principalmente por ser a Terra palco de tantas vaidades, de tantas ilusões.
Estive em uma encarnação, em Sevilha.
Descobriram na escola meus grandes pendores para a dança, e a beleza foi-se plasmando em meu corpo a medida que eu crescia.
Quanto mais bela eu ficava, mais vaidosa e independente eram as minhas atitudes.
Como quem se liberta de algemas pesadas, deixei a casa paterna pelos falsos braços de quem eu julgava ser amigo.
Abandonada logo depois, mergulhei na vida nocturna, desvairadamente.
Procurei as tabernas mais inferiores.
E nas noites de orgia, nas bodegas de Sevilha, dançava e cantava incansavelmente.
Certa noite, entrando em disputa com uma companheira, por um rico senhor já avançado em idade, pródigo em oferecer pesetas¹, tive meu rosto mutilado por uma afiada navalha.
Não havia recursos naquela época para restauração facial e uma enorme infecção repuxou um lado do meu rosto, me transformando numa criatura deformada.
Poderia na época ter me recolhido a algum convento.
Havia casas de caridade, mas, não.
Minha boca era belíssima e consegui com donos de bodegas um número diferente.
Eu cobria a parte superior do rosto, deixava só a boca à mostra e os belos seios, e por pesetas, distribuía nas tabernas, beijos.
E viam bêbados se divertirem e rirem para colher no prazer de um segundo, a beleza dos meus lábios, enquanto eu arrebatava dinheiro para o meu sustento.
Terminei meus dias em extrema miséria mendiga, a esmolar nas portas das igrejas.
Narrar o que eu sofri no plano espiritual é desnecessário.
Bem podem avaliar as condições dos espíritos que me cercavam.
O deboche, a maldade...
Em um belo dia fui informada que voltaria à Pátria.
Deveria reencarnar com família, filhos e o auxílio de amigos que se ofereceram para me tutelar e teria um esposo dedicado.
Até aí a reencarnação só me oferecia vantagens e eu aceitei.
E tudo foi como o esperado.
Até que depois de casada, muito vaidosa e procurando sempre ansiosamente o olhar de todos os homens, com os quais me divertia, apesar de amar o esposo e minhas duas filhinhas, terrível enfermidade se abateu sobre os meus lábios.
Primeiro uma acentuada inchação.
Um caroço escuro na parte inferior dos lábios.
E depois, o corroer lento, progressivo de pertinaz enfermidade a me roubar a beleza do rosto, a me deformar.
O mal cheiro, desespero...
Muitas vezes pensei em terminar com os meus dias.
Mas lá dentro de mim, insistentemente, uma voz falava:
"Fique firme, suporte, siga adiante..."
E o desespero de ver pouco a pouco meu rosto ser dilacerado, devorado, me torturava.
Mas fui suportando, até chegar ao fim dos meus dias.
Fui acolhida por uma colónia de esclarecimentos.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Todas as minhas encarnações foram mostradas.
Meu inimigo pior era a vaidade, o hábito desregrado, o desrespeito ao corpo físico, o desrespeito à confiança, ao amor que me devotavam, o desapego à bênção da família, as permanentes fugas do lar materno, sempre haviam sido uma constante no meu destino.
E quando me restauraram a face no plano espiritual, eu já não ansiava mais pela beleza física.
Havia observado dia a dia meu rosto corroído, já não queria mais nada que me pudesse leva às quedas morais.
E pedia ansiosamente uma vida bem humilde e recatada.
E me foi concedida.
Eu era a mais feia de três irmãs e no entanto despertei paixão e amor no coração boníssimo de um companheiro dedicado.
Sim, lá dentro de mim, eu invejava as minhas irmãs tão belas e quando, às vezes, à noite chorava, querendo ser tão bela quanto elas, tinha pesadelos horríveis.
Sonhava que mãos me arrancavam a face, me deformavam.
E eu então despertava em dolorosa sudorese com o coração batendo descompassado, e no dia seguinte, mais humilde eu me tornava.
E foi uma encarnação feliz, fui uma mãe tão amada...
Meus braços recebiam cada neto com alegria.
Eu mesma fazia seus partos.
E aprendi, então, a alegria de servir!
A alegria de encontrar beleza em tudo aquilo que nos cerca.
Respeito pelo corpo, tolerância a dor, alegria na humildade, conforto na religião.
E todas as minhas irmãs, tão belas, choravam durante muitos anos as suas desilusões nos meus ombros.
E eu lhes dizia:
- Tudo é passageiro.
Procurem a alegria da alma.
Porque só na alma, realmente, estão as mais puras alegrias.
Ainda não estou preparada para servir.
Na colónia, trabalho.
Trabalho junto a enfermos, junto à manutenção, mas para trabalhos maiores ainda terei que ser preparada.
Porque ainda não aprendi a verdadeira caridade.
Aprendi a ajudar os meus, a servir aos meus.
Agora, certamente, numa próxima encarnação, aprenderei a servir aos meus semelhantes para poder dar largos voos em busca da renovação e sentir no coração a alegria tão sublime de ser Serva do Senhor!
As colónias representam no espaço, o que representam na Terra os Núcleos Espíritas, as congregações religiosas.
Uma grande família de pessoas distantes, ainda sem perfeição, mas possuidoras de ideias semelhantes.
Sirvam sem cansaço.
E quando estiverem cansados, sirvam ainda mais.
Porque no plano espiritual lamentamos e choramos cada momento vazio, cada hora perdida.
E como invejamos, de maneira positiva, aqueles que chegam sendo festejados e abraçados porque serviram muito, sem descanso, na Terra..
Sirvam com Jesus.
O preço da renúncia é a Luz.
Bernarda
Mensagem extraída do livro ”Um amanhã de luz” da médium Shyrlene Soares Campos
§.§.§- O-canto-da-ave
Todas as minhas encarnações foram mostradas.
Meu inimigo pior era a vaidade, o hábito desregrado, o desrespeito ao corpo físico, o desrespeito à confiança, ao amor que me devotavam, o desapego à bênção da família, as permanentes fugas do lar materno, sempre haviam sido uma constante no meu destino.
E quando me restauraram a face no plano espiritual, eu já não ansiava mais pela beleza física.
Havia observado dia a dia meu rosto corroído, já não queria mais nada que me pudesse leva às quedas morais.
E pedia ansiosamente uma vida bem humilde e recatada.
E me foi concedida.
Eu era a mais feia de três irmãs e no entanto despertei paixão e amor no coração boníssimo de um companheiro dedicado.
Sim, lá dentro de mim, eu invejava as minhas irmãs tão belas e quando, às vezes, à noite chorava, querendo ser tão bela quanto elas, tinha pesadelos horríveis.
Sonhava que mãos me arrancavam a face, me deformavam.
E eu então despertava em dolorosa sudorese com o coração batendo descompassado, e no dia seguinte, mais humilde eu me tornava.
E foi uma encarnação feliz, fui uma mãe tão amada...
Meus braços recebiam cada neto com alegria.
Eu mesma fazia seus partos.
E aprendi, então, a alegria de servir!
A alegria de encontrar beleza em tudo aquilo que nos cerca.
Respeito pelo corpo, tolerância a dor, alegria na humildade, conforto na religião.
E todas as minhas irmãs, tão belas, choravam durante muitos anos as suas desilusões nos meus ombros.
E eu lhes dizia:
- Tudo é passageiro.
Procurem a alegria da alma.
Porque só na alma, realmente, estão as mais puras alegrias.
Ainda não estou preparada para servir.
Na colónia, trabalho.
Trabalho junto a enfermos, junto à manutenção, mas para trabalhos maiores ainda terei que ser preparada.
Porque ainda não aprendi a verdadeira caridade.
Aprendi a ajudar os meus, a servir aos meus.
Agora, certamente, numa próxima encarnação, aprenderei a servir aos meus semelhantes para poder dar largos voos em busca da renovação e sentir no coração a alegria tão sublime de ser Serva do Senhor!
As colónias representam no espaço, o que representam na Terra os Núcleos Espíritas, as congregações religiosas.
Uma grande família de pessoas distantes, ainda sem perfeição, mas possuidoras de ideias semelhantes.
Sirvam sem cansaço.
E quando estiverem cansados, sirvam ainda mais.
Porque no plano espiritual lamentamos e choramos cada momento vazio, cada hora perdida.
E como invejamos, de maneira positiva, aqueles que chegam sendo festejados e abraçados porque serviram muito, sem descanso, na Terra..
Sirvam com Jesus.
O preço da renúncia é a Luz.
Bernarda
Mensagem extraída do livro ”Um amanhã de luz” da médium Shyrlene Soares Campos
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A LEI DO CAMINHO
A LEI DO CAMINHO
Primeiro esteja certo do chamado e da resposta de tua alma.
Se o chamado não for verdadeiro, não for o toque dos poderes de Deus, ou a voz de seus mensageiros, mas a ilusão de teu ego, o fim de teus esforços será um pobre fiasco espiritual ou até mesmo um desastre mais profundo.
E se não for o fervor da alma, mas apenas o consentimento ou o interesse da mente que responde às intimações divinas, ou somente o desejo da vida inferior que se agarra a algum aspecto da atracção dos frutos do Poder do Yoga ou do prazer do Yoga, ou apenas uma emoção transitória, que salta como uma chama insegura, movida pela intensidade da Voz ou sua doçura ou grandeza, então, também, pode haver pouca certeza para ti no difícil caminho do Yoga.
Os instrumentos exteriores do homem mortal não têm força para o levar através dos ardores severos desta jornada espiritual e da titânica batalha interior, ou para enfrentar suas provações terríveis e obstinadas, ou encorajá-lo a vencer seus perigos subtis e remendos.
Somente a vontade firme e venerável do espírito e o fogo insaciável do ardor invencível de tua alma é que são suficientes para esta transformação difícil e este empreendimento elevado e improvável.
Não imagines que o caminho seja fácil; a senda é longa, árdua, perigosa e difícil.
A cada passo existe uma emboscada, em cada curva uma cilada.
Milhares de inimigos, vistos e não vistos, lançar-se-ão contra ti, terríveis em sua subtileza contra tua ignorância, tremendos no poder contra tua fraqueza.
E quando com dor conseguires destruí-los, outros milhares lançar-se-ão para tomar seu lugar.
O Inferno vomitará suas hordas para opor e cercear e ferir e ameaçar;
os Céus enfrentar-te-ão com seus testes impiedosos e suas negações luminosas e frias.
Encontrar-te-ás sozinho em tua angústia, os demónios furiosos em teu caminho, os Deuses relutantes acima de ti.
Antigos e poderosos, cruéis, inconquistáveis e próximos e inumeráveis são os Poderes terríveis e escuros que lucram com o reino da Noite e da Ignorância, que não querem mudança e são hostis.
Longínquos, lentos em chegar, distantes e poucos e breves em suas visitas, são os Luminosos que querem e são permitidos dar socorro.
Cada passo para a frente é uma batalha.
Há descidas precipitadas, há ascensões infindáveis e sempre picos e picos mais elevados para conquistar.
Cada planalto escalado é apenas um estágio no caminho e revela, além, alturas sem fim.
Em cada vitória que tu pensas ser a última luta triunfante, evidencia-se somente o prelúdio de batalhas perigosas e centenas de vezes mais ferozes.
Mas tu não disseste que a mão de Deus estará comigo e a Divina Mãe perto com seu gracioso sorriso de socorro?
E não sabes tu que a Graça de Deus é mais difícil de ter e de conservar que o néctar dos Imortais ou os tesouros inestimáveis de Kuvera?
Pergunta a teus escolhidos e eles dir-te-ão quantas vezes o Eterno escondeu deles Sua face, quão frequentemente Ele se retirou para trás de seu véu
misterioso e eles se encontraram sozinhos nas garras do Inferno, solitários no horror da escuridão, expostos e sem defesa na agonia da batalha.
E se sua presença for sentida por trás do véu, todavia é como o sol de inverno por trás das nuvens e não salva da chuva e da neve e da tempestade calamitosa e do vento áspero e do frio cortante e da atmosfera de um cinzento doloroso e da monotonia parda e enfadonha.
Sem dúvida o auxílio existe, mesmo quando parece ter se retirado, mas ainda há a aparência da noite total, sem um sol para chegar, e sem a estrela da esperança para dar prazer na escuridão.
Bela é a face da Divina Mãe, mas ela também pode ser dura e terrível.
Mas é, então, a imortalidade um brinquedo para ser dado levianamente a uma criança, ou a vida divina um prémio sem esforço ou a coroa para um fraco?
Esforça-te correctamente e conseguirás; confia e tua confiança acabará justificada;
mas a Lei terrível do Caminho existe e ninguém pode derrogá-la.
A Segunda Fundação
§.§.§- O-canto-da-ave
Primeiro esteja certo do chamado e da resposta de tua alma.
Se o chamado não for verdadeiro, não for o toque dos poderes de Deus, ou a voz de seus mensageiros, mas a ilusão de teu ego, o fim de teus esforços será um pobre fiasco espiritual ou até mesmo um desastre mais profundo.
E se não for o fervor da alma, mas apenas o consentimento ou o interesse da mente que responde às intimações divinas, ou somente o desejo da vida inferior que se agarra a algum aspecto da atracção dos frutos do Poder do Yoga ou do prazer do Yoga, ou apenas uma emoção transitória, que salta como uma chama insegura, movida pela intensidade da Voz ou sua doçura ou grandeza, então, também, pode haver pouca certeza para ti no difícil caminho do Yoga.
Os instrumentos exteriores do homem mortal não têm força para o levar através dos ardores severos desta jornada espiritual e da titânica batalha interior, ou para enfrentar suas provações terríveis e obstinadas, ou encorajá-lo a vencer seus perigos subtis e remendos.
Somente a vontade firme e venerável do espírito e o fogo insaciável do ardor invencível de tua alma é que são suficientes para esta transformação difícil e este empreendimento elevado e improvável.
Não imagines que o caminho seja fácil; a senda é longa, árdua, perigosa e difícil.
A cada passo existe uma emboscada, em cada curva uma cilada.
Milhares de inimigos, vistos e não vistos, lançar-se-ão contra ti, terríveis em sua subtileza contra tua ignorância, tremendos no poder contra tua fraqueza.
E quando com dor conseguires destruí-los, outros milhares lançar-se-ão para tomar seu lugar.
O Inferno vomitará suas hordas para opor e cercear e ferir e ameaçar;
os Céus enfrentar-te-ão com seus testes impiedosos e suas negações luminosas e frias.
Encontrar-te-ás sozinho em tua angústia, os demónios furiosos em teu caminho, os Deuses relutantes acima de ti.
Antigos e poderosos, cruéis, inconquistáveis e próximos e inumeráveis são os Poderes terríveis e escuros que lucram com o reino da Noite e da Ignorância, que não querem mudança e são hostis.
Longínquos, lentos em chegar, distantes e poucos e breves em suas visitas, são os Luminosos que querem e são permitidos dar socorro.
Cada passo para a frente é uma batalha.
Há descidas precipitadas, há ascensões infindáveis e sempre picos e picos mais elevados para conquistar.
Cada planalto escalado é apenas um estágio no caminho e revela, além, alturas sem fim.
Em cada vitória que tu pensas ser a última luta triunfante, evidencia-se somente o prelúdio de batalhas perigosas e centenas de vezes mais ferozes.
Mas tu não disseste que a mão de Deus estará comigo e a Divina Mãe perto com seu gracioso sorriso de socorro?
E não sabes tu que a Graça de Deus é mais difícil de ter e de conservar que o néctar dos Imortais ou os tesouros inestimáveis de Kuvera?
Pergunta a teus escolhidos e eles dir-te-ão quantas vezes o Eterno escondeu deles Sua face, quão frequentemente Ele se retirou para trás de seu véu
misterioso e eles se encontraram sozinhos nas garras do Inferno, solitários no horror da escuridão, expostos e sem defesa na agonia da batalha.
E se sua presença for sentida por trás do véu, todavia é como o sol de inverno por trás das nuvens e não salva da chuva e da neve e da tempestade calamitosa e do vento áspero e do frio cortante e da atmosfera de um cinzento doloroso e da monotonia parda e enfadonha.
Sem dúvida o auxílio existe, mesmo quando parece ter se retirado, mas ainda há a aparência da noite total, sem um sol para chegar, e sem a estrela da esperança para dar prazer na escuridão.
Bela é a face da Divina Mãe, mas ela também pode ser dura e terrível.
Mas é, então, a imortalidade um brinquedo para ser dado levianamente a uma criança, ou a vida divina um prémio sem esforço ou a coroa para um fraco?
Esforça-te correctamente e conseguirás; confia e tua confiança acabará justificada;
mas a Lei terrível do Caminho existe e ninguém pode derrogá-la.
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O Jovem Kako
O Jovem Kako
“As janelas se abrem para a vida, mas...”
Sinto-me hoje como se estivesse transposto, após densas torturas e solidão, um túnel escuro cujo tempo parou numa dor enorme, sem nome para descrever como começou meu sofrimento.
Eu sei passo a passo como me destruí, como me esfacelei no desespero maior.
Jovem ainda, tímido e inseguro, admirava as companheiras de turma que lideravam e organizavam festas.
Família ajustada relativamente feliz, era apoiado por exemplos e conselhos e muita esperança no meu futuro.
Inteligente, era procurado por colegas para auxiliá-los, mas ao mesmo tempo, procuravam lançar-me a semente da dúvida, se valeria tanto esforço, quando tantos não estudavam, tantos eram ricos em troca de poucos esforços nos negócios.
Não percebi como era dilapidado, solapado na alma ingénua e dócil.
Quando minhas companhias e minhas atitudes começaram a assustar meus pais, me revoltei, senti-me pressionado, sem razões que justificassem as atitudes deles.
E teve início então, meu roteiro doloroso, minha via-crucis pelas quebradas da vida.
Copos quebrados, pontapés em portas, agressões físicas;
a mãe adorada e frágil tornou uma incómoda presença, me lancei de cabeça nas drogas que, pois cada vez mais, me pareciam um recurso, e mergulhei na decadência do sonho e do desrespeito.
Quando busquei os amigos, por não suportar mais, até a convivência comigo mesmo; eles se afastavam e riam.
Muitas vezes fui deixado só nas portas dos bares nocturnos, a dormir com os cães, repartindo a cama da sarjeta.
Nenhuma mão, nenhum apoio daqueles que haviam me atirado no abismo da delinquência e do vício.
"Mas como esperar apoio das mãos que empurravam para a queda?
Encontrava nos olhos marcados de pranto da minha mãe o carinho e a dor;
nas mãos que comprimiam a fronte de meu pai, a angústia.
Mas eu sentia-me fraco e não reagia e, num dia frio com minha alma e lodacento com meu carácter, uma overdose arrebatou-me para as trevas da morte.
Foi horrível;
era como despencar num labirinto de gargalhadas e gritos zombeteiros que me acolhiam na morte não esperada, não programada, porque eu queria viver, queria libertar-me, ser como tantos jovens que passavam alegres e saudáveis, sem a obsessão daquela ideia fixa e maldita...
Como descrever meu pânico, meu temor, ao visualizar cenas dantescas de jovens que haviam partido como eu e que tais quais duendes enlouquecidos, arrastavam consigo as marcas indeléveis com que haviam ferido o próprio espírito.
Hoje o céu ainda é tenebroso, mas cintilam estrelas pequeninas de esperança.
Parti tão jovem, com 25 anos.
Poderia estar hoje na Terra, com uma família, passear com filhos, trabalhar, chegar em casa cansado, sonhar, viver, e o que tenho?
_Nada! Remorsos pelo tempo perdido, desespero por ter sido abraçado pela morte que, de forma inexorável, acolhe os imprevidentes e indiligentes.
Socorrido por piedade de Deus, espero nova programação terrena, onde segundo me afirmam, trarei um corpo enfermo e sem beleza das formas que eu não soube valorizar e respeitar.
Terei uma família difícil, para aprender a valorizar o ninho de amor e apoio que eu perdi com minha insensatez.
Meu testemunho não está sendo fácil, é como desnudar o espírito, mas é necessário para aqueles que caminham na Terra...
As janelas se abrem para a vida, mas nós escolhemos se deixamos entrar o sol ou as sombras do mal.
Nas noites vazias de Deus e repletas da multidão de ociosos é que se esconde o vício, o crime, a solidão e a morte.
Vivamos com paz na alma, dando graças pela bênção da juventude e sabendo que amigos não nos empurrarão jamais para o vício e o desrespeito, mas para o aprimoramento dos nossos deveres, para o cumprimento dos nossos compromissos com a família, com a sociedade e com nós mesmos.
Que Deus nos guarde a todos!
Espírito de Marcos, Kako
A história de Kako se repete todos os dias, infelizmente, para muitos lares, esta sentença de dor é o resultado criado pelos caminhos da toxicomania.
Mensagem extraída do Livro “Unidos pela Saudade” recebido por psicofonia pela médium Shyrlene Soares Campos, do Núcleo Servos de Maria de Nazaré, que é uma Instituição Filantrópica reconhecida como Utilidade Pública: *Municipal (Lei no. 4362 de 11/07/86), *Estadual (no.12.877 de 17/06/98) e *Federal (no. 485 de 15/06/2000). Av. Dr. Arnaldo Godoy de Souza 2275 – Caixa Postal 320 – Fone (0xx34)3238-4551 CEP: 38412-970 Uberlândia – M.G.
§.§.§- O-canto-da-ave
“As janelas se abrem para a vida, mas...”
Sinto-me hoje como se estivesse transposto, após densas torturas e solidão, um túnel escuro cujo tempo parou numa dor enorme, sem nome para descrever como começou meu sofrimento.
Eu sei passo a passo como me destruí, como me esfacelei no desespero maior.
Jovem ainda, tímido e inseguro, admirava as companheiras de turma que lideravam e organizavam festas.
Família ajustada relativamente feliz, era apoiado por exemplos e conselhos e muita esperança no meu futuro.
Inteligente, era procurado por colegas para auxiliá-los, mas ao mesmo tempo, procuravam lançar-me a semente da dúvida, se valeria tanto esforço, quando tantos não estudavam, tantos eram ricos em troca de poucos esforços nos negócios.
Não percebi como era dilapidado, solapado na alma ingénua e dócil.
Quando minhas companhias e minhas atitudes começaram a assustar meus pais, me revoltei, senti-me pressionado, sem razões que justificassem as atitudes deles.
E teve início então, meu roteiro doloroso, minha via-crucis pelas quebradas da vida.
Copos quebrados, pontapés em portas, agressões físicas;
a mãe adorada e frágil tornou uma incómoda presença, me lancei de cabeça nas drogas que, pois cada vez mais, me pareciam um recurso, e mergulhei na decadência do sonho e do desrespeito.
Quando busquei os amigos, por não suportar mais, até a convivência comigo mesmo; eles se afastavam e riam.
Muitas vezes fui deixado só nas portas dos bares nocturnos, a dormir com os cães, repartindo a cama da sarjeta.
Nenhuma mão, nenhum apoio daqueles que haviam me atirado no abismo da delinquência e do vício.
"Mas como esperar apoio das mãos que empurravam para a queda?
Encontrava nos olhos marcados de pranto da minha mãe o carinho e a dor;
nas mãos que comprimiam a fronte de meu pai, a angústia.
Mas eu sentia-me fraco e não reagia e, num dia frio com minha alma e lodacento com meu carácter, uma overdose arrebatou-me para as trevas da morte.
Foi horrível;
era como despencar num labirinto de gargalhadas e gritos zombeteiros que me acolhiam na morte não esperada, não programada, porque eu queria viver, queria libertar-me, ser como tantos jovens que passavam alegres e saudáveis, sem a obsessão daquela ideia fixa e maldita...
Como descrever meu pânico, meu temor, ao visualizar cenas dantescas de jovens que haviam partido como eu e que tais quais duendes enlouquecidos, arrastavam consigo as marcas indeléveis com que haviam ferido o próprio espírito.
Hoje o céu ainda é tenebroso, mas cintilam estrelas pequeninas de esperança.
Parti tão jovem, com 25 anos.
Poderia estar hoje na Terra, com uma família, passear com filhos, trabalhar, chegar em casa cansado, sonhar, viver, e o que tenho?
_Nada! Remorsos pelo tempo perdido, desespero por ter sido abraçado pela morte que, de forma inexorável, acolhe os imprevidentes e indiligentes.
Socorrido por piedade de Deus, espero nova programação terrena, onde segundo me afirmam, trarei um corpo enfermo e sem beleza das formas que eu não soube valorizar e respeitar.
Terei uma família difícil, para aprender a valorizar o ninho de amor e apoio que eu perdi com minha insensatez.
Meu testemunho não está sendo fácil, é como desnudar o espírito, mas é necessário para aqueles que caminham na Terra...
As janelas se abrem para a vida, mas nós escolhemos se deixamos entrar o sol ou as sombras do mal.
Nas noites vazias de Deus e repletas da multidão de ociosos é que se esconde o vício, o crime, a solidão e a morte.
Vivamos com paz na alma, dando graças pela bênção da juventude e sabendo que amigos não nos empurrarão jamais para o vício e o desrespeito, mas para o aprimoramento dos nossos deveres, para o cumprimento dos nossos compromissos com a família, com a sociedade e com nós mesmos.
Que Deus nos guarde a todos!
Espírito de Marcos, Kako
A história de Kako se repete todos os dias, infelizmente, para muitos lares, esta sentença de dor é o resultado criado pelos caminhos da toxicomania.
Mensagem extraída do Livro “Unidos pela Saudade” recebido por psicofonia pela médium Shyrlene Soares Campos, do Núcleo Servos de Maria de Nazaré, que é uma Instituição Filantrópica reconhecida como Utilidade Pública: *Municipal (Lei no. 4362 de 11/07/86), *Estadual (no.12.877 de 17/06/98) e *Federal (no. 485 de 15/06/2000). Av. Dr. Arnaldo Godoy de Souza 2275 – Caixa Postal 320 – Fone (0xx34)3238-4551 CEP: 38412-970 Uberlândia – M.G.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Vítimas de nós mesmos
Vítimas de nós mesmos
Quantas pessoas do nosso convívio conseguem nos tirar do sério?
Quantas pessoas que conhecemos, conseguem nos fazer perder a paciência?
Frequentemente usamos dessas expressões para justificar nossa descompostura ou desequilíbrio, ao culpar fulano ou beltrano.
Agora nos resta perguntar por que alguém consegue fazer-nos perder a paciência, ou por que alguém é capaz de provocar uma mudança em nossa atitude.
E esses nossos descontroles quotidianos acontecem em qualquer ambiente.
Algumas vezes na família, outras tantas no trabalho. Ou, ainda, nas corriqueiras relações sociais.
E sempre estamos a justificar que a culpa é de alguém.
Sempre estamos prontos a explicar que se não fosse essa ou aquela pessoa agir desta ou daquela forma, nada disso aconteceria.
Colocamos a culpa do descontrole em alguém, em algo e, ao nos tornarmos vítimas da situação, nada nos resta a fazer, pois afinal, o problema está nos outros e não em nós.
Mas, será que somos apenas reféns das situações, e realmente nada podemos fazer a não ser reagir a elas?
Lembremo-nos da última contenda, da última discussão na qual nos envolvemos.
Nada poderíamos ter feito para evitá-la?
Nada estava ao nosso alcance para que a situação fosse minimizada?
Recordemo-nos do nosso último desentendimento familiar.
Será que a maneira como agimos e nos comportamos realmente era a única possível?
Ao fazermos essa breve análise, claro fica que poderíamos ter tido outras atitudes.
Poderíamos nos calar em algum momento, ao invés de soltar a palavra ácida e corrosiva.
Poderíamos buscar o entendimento ao invés da provocação.
Poderíamos suavizar o tom de voz ao invés dos arroubos no falar.
Porém, se optamos por agir de outras maneiras, não foi culpa de ninguém, nem de situação nenhuma.
Foi apenas uma opção pessoal.
Poderíamos ter pensado antes de falar, reflectido antes de agir, mas preferimos a reacção à acção.
Enquanto a reacção é irreflectida e calca-se nos instintos, a acção é atitude pensada e amadurecida na reflexão.
Desta forma, ao dizer que perdemos a paciência, ao constatar que saímos do sério, somos responsáveis por essas atitudes.
E, apenas vítimas de nós mesmos.
Jamais poderemos justificar que alguém nos faz perder a paciência.
Ao contrário, somos nós que não temos a paciência suficiente para a situação que se apresenta.
Ou ainda, de maneira nenhuma poderemos acreditar que algo ou alguém nos faz sair do sério, nos faz perder a compostura.
A atitude tomada é sempre uma opção de cada um que, perante tal ou qual situação, não consegue ou não quer comportar-se de maneira mais digna ou melhor.
Assim, não mais nos permitamos ser vítima de nossas próprias atitudes ou reacções.
Reflictamos antes do agir, pensemos mais detidamente antes de falar e, acima de tudo, compreendamos que todas as nossas relações sociais, por mais difíceis que nos pareçam, são lições abençoadas no aprendizado do amor ao próximo.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Quantas pessoas do nosso convívio conseguem nos tirar do sério?
Quantas pessoas que conhecemos, conseguem nos fazer perder a paciência?
Frequentemente usamos dessas expressões para justificar nossa descompostura ou desequilíbrio, ao culpar fulano ou beltrano.
Agora nos resta perguntar por que alguém consegue fazer-nos perder a paciência, ou por que alguém é capaz de provocar uma mudança em nossa atitude.
E esses nossos descontroles quotidianos acontecem em qualquer ambiente.
Algumas vezes na família, outras tantas no trabalho. Ou, ainda, nas corriqueiras relações sociais.
E sempre estamos a justificar que a culpa é de alguém.
Sempre estamos prontos a explicar que se não fosse essa ou aquela pessoa agir desta ou daquela forma, nada disso aconteceria.
Colocamos a culpa do descontrole em alguém, em algo e, ao nos tornarmos vítimas da situação, nada nos resta a fazer, pois afinal, o problema está nos outros e não em nós.
Mas, será que somos apenas reféns das situações, e realmente nada podemos fazer a não ser reagir a elas?
Lembremo-nos da última contenda, da última discussão na qual nos envolvemos.
Nada poderíamos ter feito para evitá-la?
Nada estava ao nosso alcance para que a situação fosse minimizada?
Recordemo-nos do nosso último desentendimento familiar.
Será que a maneira como agimos e nos comportamos realmente era a única possível?
Ao fazermos essa breve análise, claro fica que poderíamos ter tido outras atitudes.
Poderíamos nos calar em algum momento, ao invés de soltar a palavra ácida e corrosiva.
Poderíamos buscar o entendimento ao invés da provocação.
Poderíamos suavizar o tom de voz ao invés dos arroubos no falar.
Porém, se optamos por agir de outras maneiras, não foi culpa de ninguém, nem de situação nenhuma.
Foi apenas uma opção pessoal.
Poderíamos ter pensado antes de falar, reflectido antes de agir, mas preferimos a reacção à acção.
Enquanto a reacção é irreflectida e calca-se nos instintos, a acção é atitude pensada e amadurecida na reflexão.
Desta forma, ao dizer que perdemos a paciência, ao constatar que saímos do sério, somos responsáveis por essas atitudes.
E, apenas vítimas de nós mesmos.
Jamais poderemos justificar que alguém nos faz perder a paciência.
Ao contrário, somos nós que não temos a paciência suficiente para a situação que se apresenta.
Ou ainda, de maneira nenhuma poderemos acreditar que algo ou alguém nos faz sair do sério, nos faz perder a compostura.
A atitude tomada é sempre uma opção de cada um que, perante tal ou qual situação, não consegue ou não quer comportar-se de maneira mais digna ou melhor.
Assim, não mais nos permitamos ser vítima de nossas próprias atitudes ou reacções.
Reflictamos antes do agir, pensemos mais detidamente antes de falar e, acima de tudo, compreendamos que todas as nossas relações sociais, por mais difíceis que nos pareçam, são lições abençoadas no aprendizado do amor ao próximo.
Momento Espírita.
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Localização : Porto - Portugal
A INDULGÊNCIA I
A INDULGÊNCIA I
Queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.
Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com a aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus actos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço;
mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.
Não faz observações chocantes não tem nos lábios censuras;
apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.
Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras?
A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar;
que valeis mais do que o culpado.
Ó homens! Quando será que julgareis os próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios actos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos?
Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros.
Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os actos.
Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema!
Tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por José, Espírito Protector. (Bordéus, 1863).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
§.§.§- O-canto-da-ave
Queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.
Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com a aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus actos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço;
mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.
Não faz observações chocantes não tem nos lábios censuras;
apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.
Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras?
A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar;
que valeis mais do que o culpado.
Ó homens! Quando será que julgareis os próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios actos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos?
Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros.
Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os actos.
Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema!
Tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por José, Espírito Protector. (Bordéus, 1863).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
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A INDULGÊNCIA II
A INDULGÊNCIA II
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam;
não julgueis com severidade senão as vossas próprias acções e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes:
animai-os à perseverança.
Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento;
mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.
Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos actos:
“Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido”.
Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão?
Será unicamente o olvido das vossas ofensas?
Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exacto, mas tampouco recompensaria.
A recompensa não pode constituir prémio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido.
Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidires neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos.
Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o Pai celestial por vós.
Substituí a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.
Pregai, exemplificando, essa caridade activa, infatigável, que Jesus vos ensinou;
pregai-a, como ele fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito.
Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas;
elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta.
Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por João, bispo de Bordéus. (1862).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam;
não julgueis com severidade senão as vossas próprias acções e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes:
animai-os à perseverança.
Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento;
mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.
Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos actos:
“Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido”.
Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão?
Será unicamente o olvido das vossas ofensas?
Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exacto, mas tampouco recompensaria.
A recompensa não pode constituir prémio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido.
Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidires neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos.
Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o Pai celestial por vós.
Substituí a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.
Pregai, exemplificando, essa caridade activa, infatigável, que Jesus vos ensinou;
pregai-a, como ele fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito.
Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas;
elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta.
Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por João, bispo de Bordéus. (1862).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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Nossa Terra
Nossa Terra
Contemplando os quadros de miséria do nosso mundo, crianças que são pele e ossos, velhos que vivem desamparados, o desânimo nos chega.
Contemplando as multidões que passam parecendo sem rumo, desejando somente sobreviver a qualquer custo, somos tentados a pensar que este planeta é um verdadeiro vale de lágrimas, um lugar de exílio doloroso.
Sofremos, muitas vezes, por verificarmos a fragilidade da saúde humana e o trabalho dos anos no corpo físico.
Anos que o vão tornando enfraquecido, mais enfermo, com maiores necessidades.
Tudo isso nos entristece.
No entanto, se observarmos com mais cuidado perceberemos que o nosso mundo terreno não é somente miséria, fome, desamparo e flagelos.
O nosso planeta é um grande campo experimental, onde cada Espírito que aqui vive tem por dever o aprimoramento de si mesmo e o compromisso de socorrer o seu semelhante.
Mas é também um local de muita beleza.
A Divindade se esmerou em cuidados para nos permitir gozar alegrias.
Basta que olhemos e descobriremos as explosões de flores nos jardins, bosques e pradarias.
O tapete verde do pasto abundante se estendendo por montanhas, em tons que vão do claro ao escuro, como uma enorme colcha de retalhos estendida sobre a Terra.
O vento que nos acaricia os cabelos é aquele mesmo colaborador na reprodução das espécies floridas, carregando o pólen em seus braços, espalhando-o pelas campinas. Vento amigo que dedilha sinfonias nas cabeleiras das árvores para que possamos ouvir a voz da natureza.
É neste planeta abençoado que sentimos a garoa nos molhando o rosto.
Observamos as chuvas fortes.
Os relâmpagos que traçam desenhos luminosos nos céus escuros.
É aqui que, nas noites quentes, o pirilampo fica piscando e de dia o sol se apresenta com todo seu vigor.
É aqui que o filete d'agua pura desce a montanha e o mar se mostra exuberante.
É na Terra que encontramos as borboletas coloridas dançando no ar e os pássaros cantantes que enchem os nossos ouvidos de sons.
A erva rasteira e a árvore gigantesca, que desafia os séculos.
Tudo nos fala do amor de Deus em todos os sectores da vida no mundo.
Nosso mundo é uma sublimada escola.
Busquemos assimilar as mais importantes lições que nos farão alcançar o esperado progresso.
Não o condenemos. Nem nos entristeçamos.
Consideremos todas as possibilidades de beleza e som que o planeta nos concede a fim de que nos renovemos e nos iluminemos.
Valorizemos nosso mundo e cuidemos de tudo que nos rodeia: animais, vegetais e nossos irmãos em humanidade.
É importante que nos integremos às belezas do nosso mundo.
Que aprendamos a observar as madrugadas de luz, quando o sol se espreguiça, espalhando os seus raios pela Terra.
As auroras de rara beleza.
As águas do mar que batem forte contra os penhascos.
As estrelas, cujo brilho se projecta sobre nós.
Então haveremos de descobrir que nos compete amar e respeitar o nosso planeta, esse campo excelente de trabalho com que Deus nos felicita as horas.
Momento Espírita, com base no cap. 1, do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
§.§.§- O-canto-da-ave
Contemplando os quadros de miséria do nosso mundo, crianças que são pele e ossos, velhos que vivem desamparados, o desânimo nos chega.
Contemplando as multidões que passam parecendo sem rumo, desejando somente sobreviver a qualquer custo, somos tentados a pensar que este planeta é um verdadeiro vale de lágrimas, um lugar de exílio doloroso.
Sofremos, muitas vezes, por verificarmos a fragilidade da saúde humana e o trabalho dos anos no corpo físico.
Anos que o vão tornando enfraquecido, mais enfermo, com maiores necessidades.
Tudo isso nos entristece.
No entanto, se observarmos com mais cuidado perceberemos que o nosso mundo terreno não é somente miséria, fome, desamparo e flagelos.
O nosso planeta é um grande campo experimental, onde cada Espírito que aqui vive tem por dever o aprimoramento de si mesmo e o compromisso de socorrer o seu semelhante.
Mas é também um local de muita beleza.
A Divindade se esmerou em cuidados para nos permitir gozar alegrias.
Basta que olhemos e descobriremos as explosões de flores nos jardins, bosques e pradarias.
O tapete verde do pasto abundante se estendendo por montanhas, em tons que vão do claro ao escuro, como uma enorme colcha de retalhos estendida sobre a Terra.
O vento que nos acaricia os cabelos é aquele mesmo colaborador na reprodução das espécies floridas, carregando o pólen em seus braços, espalhando-o pelas campinas. Vento amigo que dedilha sinfonias nas cabeleiras das árvores para que possamos ouvir a voz da natureza.
É neste planeta abençoado que sentimos a garoa nos molhando o rosto.
Observamos as chuvas fortes.
Os relâmpagos que traçam desenhos luminosos nos céus escuros.
É aqui que, nas noites quentes, o pirilampo fica piscando e de dia o sol se apresenta com todo seu vigor.
É aqui que o filete d'agua pura desce a montanha e o mar se mostra exuberante.
É na Terra que encontramos as borboletas coloridas dançando no ar e os pássaros cantantes que enchem os nossos ouvidos de sons.
A erva rasteira e a árvore gigantesca, que desafia os séculos.
Tudo nos fala do amor de Deus em todos os sectores da vida no mundo.
Nosso mundo é uma sublimada escola.
Busquemos assimilar as mais importantes lições que nos farão alcançar o esperado progresso.
Não o condenemos. Nem nos entristeçamos.
Consideremos todas as possibilidades de beleza e som que o planeta nos concede a fim de que nos renovemos e nos iluminemos.
Valorizemos nosso mundo e cuidemos de tudo que nos rodeia: animais, vegetais e nossos irmãos em humanidade.
É importante que nos integremos às belezas do nosso mundo.
Que aprendamos a observar as madrugadas de luz, quando o sol se espreguiça, espalhando os seus raios pela Terra.
As auroras de rara beleza.
As águas do mar que batem forte contra os penhascos.
As estrelas, cujo brilho se projecta sobre nós.
Então haveremos de descobrir que nos compete amar e respeitar o nosso planeta, esse campo excelente de trabalho com que Deus nos felicita as horas.
Momento Espírita, com base no cap. 1, do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
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A HISTÓRIA DA CHAVE
A HISTÓRIA DA CHAVE
Com a saída do chefe da casa e do filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.
Aí começou uma dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras…
A madrasta bondosa preocupou-se.
Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou... observou...
E ficou sabendo quem lhes subtraía os recursos da horta;
entretanto, repugnava-lhe a ideia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.
Chamou, então, o Chico e lembrou.
- Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria.
Peça-lhe um conselho.
Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?
Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.
O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos.
Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.
Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.
Livro: “LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER, de Ramiro Gama.
§.§.§- O-canto-da-ave
Com a saída do chefe da casa e do filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.
Aí começou uma dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras…
A madrasta bondosa preocupou-se.
Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou... observou...
E ficou sabendo quem lhes subtraía os recursos da horta;
entretanto, repugnava-lhe a ideia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.
Chamou, então, o Chico e lembrou.
- Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria.
Peça-lhe um conselho.
Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?
Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.
O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos.
Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.
Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.
Livro: “LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER, de Ramiro Gama.
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A FÉ e a CARIDADE
A FÉ e a CARIDADE
Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes.
Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé.
Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm;
porém, essa caridade austera que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe lícito ocupar-se unicamente com a sua felicidade.
Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade;
entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material.
Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade.
Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem.
A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício.
Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé.
Texto: Mensagem mediúnica de um Espírito Protector. (Cracóvia, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes.
Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé.
Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm;
porém, essa caridade austera que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe lícito ocupar-se unicamente com a sua felicidade.
Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade;
entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material.
Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade.
Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem.
A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício.
Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé.
Texto: Mensagem mediúnica de um Espírito Protector. (Cracóvia, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Localização : Porto - Portugal
Deus não desampara
Deus não desampara
O livro do Apocalipse está repleto de símbolos profundos.
Por conta disso, sua leitura costuma ser um tanto árdua.
Mesmo assim, dele podem ser extraídas preciosas lições, hábeis a ampliar o progresso espiritual.
Em determinado ponto da narrativa, consta o seguinte versículo:
E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.
Essa pequena frase é rica de significados.
Ela evidencia a extrema bondade de Deus, manifestada para com todos os Seus filhos.
Perante os erros mais clamorosos, Ele Se posiciona como um Pai amantíssimo, embora justo.
Muitos insistem pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem Divina.
Entretanto, convém reflectir sobre a essência sublime do Amor que tudo gerou e a tudo sustenta.
Esse amor apaga vidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.
Mediante as sucessivas vidas, viabiliza os mais improváveis reajustes e redenções.
Mesmo entre os juízes terrestres, existem providências fraternas, como a liberdade sob condições.
Por certo, não será o Tribunal Celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis.
A casa do Pai é muito mais generosa do que qualquer figuração de magnanimidade que se possa conceber.
Em Seus celeiros abundantes, os recursos são infinitos.
Neles há empréstimos e moratórias, para quem muito deve em face das soberanas Leis que regem a vida.
Também são habituais as concessões de tempo para aquele que se complicou espiritualmente, ao longo dos séculos.
Em suma, os recursos da Misericórdia Divina não podem ser concebidos pela mais vigorosa imaginação humana.
O Altíssimo fornece dádivas a todos, em Sua generosidade.
É aconselhável que o homem medite no que tem feito desses recursos.
Que cesse de reclamar e de se achar injustiçado.
Que jamais se permita imaginar o Pai Amoroso apresentado por Jesus como um ser vingativo e mesquinho.
Mas ponha a mão na consciência e se encha de gratidão por tudo o que tem.
Aprenda a valorizar seus amores, seu trabalho e suas lutas.
Esses recursos sublimes não devem ser desperdiçados.
Eles se destinam a propiciar uma rectificação de rumos.
Mediante sua utilização, o homem deve crescer em discernimento e em bondade.
Deve se desgostar de velhos vícios, arrepender-se de equívocos e marchar rumo ao Alto, com galhardia.
Muitos são prisioneiros da concepção de justiça implacável.
Tais ignoram os maravilhosos auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam por mil modos diferentes.
Contudo, há também os que procuram a própria iluminação pelo Amor Universal.
Esses sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber e a repartir.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 92 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
O livro do Apocalipse está repleto de símbolos profundos.
Por conta disso, sua leitura costuma ser um tanto árdua.
Mesmo assim, dele podem ser extraídas preciosas lições, hábeis a ampliar o progresso espiritual.
Em determinado ponto da narrativa, consta o seguinte versículo:
E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.
Essa pequena frase é rica de significados.
Ela evidencia a extrema bondade de Deus, manifestada para com todos os Seus filhos.
Perante os erros mais clamorosos, Ele Se posiciona como um Pai amantíssimo, embora justo.
Muitos insistem pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem Divina.
Entretanto, convém reflectir sobre a essência sublime do Amor que tudo gerou e a tudo sustenta.
Esse amor apaga vidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.
Mediante as sucessivas vidas, viabiliza os mais improváveis reajustes e redenções.
Mesmo entre os juízes terrestres, existem providências fraternas, como a liberdade sob condições.
Por certo, não será o Tribunal Celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis.
A casa do Pai é muito mais generosa do que qualquer figuração de magnanimidade que se possa conceber.
Em Seus celeiros abundantes, os recursos são infinitos.
Neles há empréstimos e moratórias, para quem muito deve em face das soberanas Leis que regem a vida.
Também são habituais as concessões de tempo para aquele que se complicou espiritualmente, ao longo dos séculos.
Em suma, os recursos da Misericórdia Divina não podem ser concebidos pela mais vigorosa imaginação humana.
O Altíssimo fornece dádivas a todos, em Sua generosidade.
É aconselhável que o homem medite no que tem feito desses recursos.
Que cesse de reclamar e de se achar injustiçado.
Que jamais se permita imaginar o Pai Amoroso apresentado por Jesus como um ser vingativo e mesquinho.
Mas ponha a mão na consciência e se encha de gratidão por tudo o que tem.
Aprenda a valorizar seus amores, seu trabalho e suas lutas.
Esses recursos sublimes não devem ser desperdiçados.
Eles se destinam a propiciar uma rectificação de rumos.
Mediante sua utilização, o homem deve crescer em discernimento e em bondade.
Deve se desgostar de velhos vícios, arrepender-se de equívocos e marchar rumo ao Alto, com galhardia.
Muitos são prisioneiros da concepção de justiça implacável.
Tais ignoram os maravilhosos auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam por mil modos diferentes.
Contudo, há também os que procuram a própria iluminação pelo Amor Universal.
Esses sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber e a repartir.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 92 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Localização : Porto - Portugal
A ESCOLA das ALMAS
A ESCOLA das ALMAS
Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
Quando a palavra divina terminou a formosa prelecção, a sogra de Pedro indagou,inquieta:
- Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
- Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos.
No começo é a promessa de paz e compreensão;
entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores…
Reparando que a senhora Galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
- O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
E, sorrindo, perguntou:
- Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de servi-las à refeição?
A interpelada respondeu, titubeante:
- Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas.
Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.
- Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
- De modo algum – tornou a velha humilde –; antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno.
Sem essa medida...
O Divino Amigo então considerou:
- Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai.
O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador.
O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.
O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.
Nunca notou a rapidez da existência de um homem?
A vida carnal é idêntica à flor da erva.
Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece...
O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna.
Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou:
- Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem;
no entanto, jamais aprendem.
O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
- Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à acção do fogo?
- Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.
- Ocorre o mesmo – terminou o Mestre – com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.
A luta comum mantém a fervura benéfica;
todavia, quando chega a morte, a grande seleccionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.
Texto: Neio Lúcio / Chico Xavier
Livro: “Jesus no Lar”
§.§.§- O-canto-da-ave
Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
Quando a palavra divina terminou a formosa prelecção, a sogra de Pedro indagou,inquieta:
- Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
- Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos.
No começo é a promessa de paz e compreensão;
entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores…
Reparando que a senhora Galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
- O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
E, sorrindo, perguntou:
- Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de servi-las à refeição?
A interpelada respondeu, titubeante:
- Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas.
Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.
- Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
- De modo algum – tornou a velha humilde –; antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno.
Sem essa medida...
O Divino Amigo então considerou:
- Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai.
O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador.
O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.
O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.
Nunca notou a rapidez da existência de um homem?
A vida carnal é idêntica à flor da erva.
Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece...
O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna.
Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou:
- Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem;
no entanto, jamais aprendem.
O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
- Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à acção do fogo?
- Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.
- Ocorre o mesmo – terminou o Mestre – com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.
A luta comum mantém a fervura benéfica;
todavia, quando chega a morte, a grande seleccionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.
Texto: Neio Lúcio / Chico Xavier
Livro: “Jesus no Lar”
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A CARIDADE MATERIAL e a CARIDADE MORAL I
A CARIDADE MATERIAL e a CARIDADE MORAL I
“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles”.
Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos.
Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos.
Direi ainda:
não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.
Ricos! Pensai nisto um pouco.
Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes.
Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...
Amai, portanto, o vosso próximo;
amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora.
Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados.
Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se deixando fale outro mais tolo do que ele.
É um gênero de caridade isso.
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer;
não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mal proceder de outrem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra.
Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante.
Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito:
Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa.
Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo.
Adeus: pensai nos que sofrem e orai.
Texto: Mensagem mediúnica de Irmã Rosália. (Paris, 1860)
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles”.
Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos.
Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos.
Direi ainda:
não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.
Ricos! Pensai nisto um pouco.
Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes.
Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...
Amai, portanto, o vosso próximo;
amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora.
Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados.
Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se deixando fale outro mais tolo do que ele.
É um gênero de caridade isso.
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer;
não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mal proceder de outrem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra.
Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante.
Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito:
Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa.
Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo.
Adeus: pensai nos que sofrem e orai.
Texto: Mensagem mediúnica de Irmã Rosália. (Paris, 1860)
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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A CARIDADE MATERIAL e a CARIDADE MORAL II
A CARIDADE MATERIAL e a CARIDADE MORAL II
“Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer:
Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?
Amigos, de mil maneiras se faz a caridade.
Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por acções.
Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz.
Uma prece feita de coração os alivia.
Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo:
"Eu era como sois;
sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz."
Aos velhos que vos disserem:
"É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi", dizei:
"Deus usa de justiça igual para com todos nós;
lembrai-vos dos obreiros da última hora."
Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei:
"Deus vos vê, meus caros pequenos", e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras.
Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens.
Também isso é caridade.
Dizem, outros dentre vós:
"Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos."
Escutai bem isto, meus amigos:
Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os biliões de grãos de areia que a cobrem?
Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus.
Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa
Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência.
Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará.
Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal.
Ela, então, se cala.
Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso.
Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.
Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte.
Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo:
"Amai-vos uns aos outros."
Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por Um Espírito Protector. (Lião, 1860)
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
“Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer:
Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?
Amigos, de mil maneiras se faz a caridade.
Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por acções.
Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz.
Uma prece feita de coração os alivia.
Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo:
"Eu era como sois;
sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz."
Aos velhos que vos disserem:
"É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi", dizei:
"Deus usa de justiça igual para com todos nós;
lembrai-vos dos obreiros da última hora."
Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei:
"Deus vos vê, meus caros pequenos", e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras.
Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens.
Também isso é caridade.
Dizem, outros dentre vós:
"Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos."
Escutai bem isto, meus amigos:
Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os biliões de grãos de areia que a cobrem?
Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus.
Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa
Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência.
Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará.
Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal.
Ela, então, se cala.
Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso.
Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.
Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte.
Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo:
"Amai-vos uns aos outros."
Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação.
Texto: Mensagem mediúnica assinada por Um Espírito Protector. (Lião, 1860)
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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Quero ser uma TV
Quero ser uma TV
Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redacção e que nela expressassem, de alguma forma, o que gostariam que Deus fizesse por eles.
Já em casa, quando corrigia os textos dos alunos, deparou-se com uma que a deixou deveras emocionada.
Um choro sentido irrompeu sem que ela pudesse controlar.
Deixou tudo o que estava fazendo, sentou-se numa poltrona, ainda com a redacção nas mãos, e ficou ali, pensativa, entre lágrimas.
O marido percebeu que alguma coisa estava errada, e entrou no escritório onde ela estava:
O que aconteceu, querida?
Ela, sem conseguir falar direito, passou a ele a redacção e disse:
Lê... A redacção é de um aluno meu.
O marido segurou a folha de papel e começou a ler:
Senhor, nesta noite, peço-te algo especial: transforma-me numa televisão.
Quero ocupar o espaço dela.
Viver como a televisão da minha casa vive.
Ter um espaço especial para mim e reunir a família ao meu redor.
Quero ser levado a sério quando falar.
Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas.
Senhor, quero receber a mesma atenção que ela quando não funciona, quando está com algum problema.
Ter a companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado.
Que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, ao invés de me ignorar.
E ainda, que meus irmãos briguem para poderem estar comigo.
Quero sentir que minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para estar comigo.
Por fim, que eu possa divertir a todos.
Senhor, não te peço muito.
Só te peço que me deixes viver intensamente como qualquer televisão vive!
Quando o marido terminou a leitura, estava incomodado.
Meu Deus, coitado desse menino!
Que pais ele tem! - disse ele virando-se para a esposa.
A professora olhou bem nos olhos do marido e depois baixou-os, dizendo num sussurro:
Esta redacção é do nosso filho...
Há tantas coisas que o mundo moderno nos oferece!
Tantas opções para tudo, que ainda parecemos deslumbrados com esta realidade, como crianças ao adentrar numa imensa loja de brinquedos.
São tantas informações disponíveis, tantas distracções, tanto entretenimento ao nosso dispor...
Mas será que não estamos deixando de lado o mais importante?
Será que sabemos o que é mais importante, o que procurar na vida?
Mediante esta constatação, será que a família não está sendo deixada em segundo plano?
Será que os relacionamentos não estão sendo vividos numa certa superficialidade confortável?
É tempo de pensar em tudo isso.
Não troquemos a brincadeira com um filho por um jornal televisivo.
Não troquemos momentos de conversa amiga com os familiares por um capítulo de novela.
Aquele Reality Show não é mais importante do que o telefonema ao amigo, perguntando se está bem.
A vida em família é o grande alicerce da felicidade de todos nós.
O resto é acessório. O resto... é resto.
Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.
§.§.§- O-canto-da-ave
Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redacção e que nela expressassem, de alguma forma, o que gostariam que Deus fizesse por eles.
Já em casa, quando corrigia os textos dos alunos, deparou-se com uma que a deixou deveras emocionada.
Um choro sentido irrompeu sem que ela pudesse controlar.
Deixou tudo o que estava fazendo, sentou-se numa poltrona, ainda com a redacção nas mãos, e ficou ali, pensativa, entre lágrimas.
O marido percebeu que alguma coisa estava errada, e entrou no escritório onde ela estava:
O que aconteceu, querida?
Ela, sem conseguir falar direito, passou a ele a redacção e disse:
Lê... A redacção é de um aluno meu.
O marido segurou a folha de papel e começou a ler:
Senhor, nesta noite, peço-te algo especial: transforma-me numa televisão.
Quero ocupar o espaço dela.
Viver como a televisão da minha casa vive.
Ter um espaço especial para mim e reunir a família ao meu redor.
Quero ser levado a sério quando falar.
Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas.
Senhor, quero receber a mesma atenção que ela quando não funciona, quando está com algum problema.
Ter a companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado.
Que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, ao invés de me ignorar.
E ainda, que meus irmãos briguem para poderem estar comigo.
Quero sentir que minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para estar comigo.
Por fim, que eu possa divertir a todos.
Senhor, não te peço muito.
Só te peço que me deixes viver intensamente como qualquer televisão vive!
Quando o marido terminou a leitura, estava incomodado.
Meu Deus, coitado desse menino!
Que pais ele tem! - disse ele virando-se para a esposa.
A professora olhou bem nos olhos do marido e depois baixou-os, dizendo num sussurro:
Esta redacção é do nosso filho...
Há tantas coisas que o mundo moderno nos oferece!
Tantas opções para tudo, que ainda parecemos deslumbrados com esta realidade, como crianças ao adentrar numa imensa loja de brinquedos.
São tantas informações disponíveis, tantas distracções, tanto entretenimento ao nosso dispor...
Mas será que não estamos deixando de lado o mais importante?
Será que sabemos o que é mais importante, o que procurar na vida?
Mediante esta constatação, será que a família não está sendo deixada em segundo plano?
Será que os relacionamentos não estão sendo vividos numa certa superficialidade confortável?
É tempo de pensar em tudo isso.
Não troquemos a brincadeira com um filho por um jornal televisivo.
Não troquemos momentos de conversa amiga com os familiares por um capítulo de novela.
Aquele Reality Show não é mais importante do que o telefonema ao amigo, perguntando se está bem.
A vida em família é o grande alicerce da felicidade de todos nós.
O resto é acessório. O resto... é resto.
Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
A BENEFICIÊNCIA I
A BENEFICIÊNCIA I
A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam.
Oh! Pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão!
Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros!
Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representante da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos:
“Estou com fome!...”
Oh! Compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero!
Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio;
ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas!
Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador:
“Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!”
Caridade! Sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade.
Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor.
Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra.
Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes:
É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh!
Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós;
vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame!
Quanto bem a fazer!
Oh! Não vos queixeis;
ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento!
Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!...
Texto: Mensagem mediúnica assinada por Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam.
Oh! Pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão!
Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros!
Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representante da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos:
“Estou com fome!...”
Oh! Compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero!
Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio;
ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas!
Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador:
“Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!”
Caridade! Sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade.
Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor.
Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra.
Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes:
É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh!
Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós;
vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame!
Quanto bem a fazer!
Oh! Não vos queixeis;
ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento!
Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!...
Texto: Mensagem mediúnica assinada por Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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BENEFICIÊNCIA II
BENEFICIÊNCIA II
Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos.
Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:
“Amai-vos uns aos outros”.
Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo;
somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação.
Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo.
Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna.
Ao demais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um acto de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa?
Se unicamente buscásseis a volúpia que uma acção boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual.
Não vos faltam os exemplos;
rara é apenas a boa-vontade.
Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.
Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor?
Por que desprezar os seus ensinamentos divinos?
Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos?
Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas.
Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada;
deixam no esquecimento esse código admirável.
Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas.
Lede-lhes as páginas cintilantes do devotamento de Jesus e meditai-as.
Homens fortes, armai-vos;
homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas.
Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina.
Apenas encorajamento é o que vos vimos dar;
apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros.
Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus;
as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.
A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas.
Sem ela não existem as outras.
Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie, sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.
A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação;
é a mais pura emanação do próprio Criador;
é a sua própria virtude, dada por ele à criatura.
Como desprezar essa bondade suprema?
Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino?
Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?
Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras;
considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes.
Vejo com frequência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa.
Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério;
vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios.
Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o carácter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham.
Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos, para continuar amplamente a obra de propagação da caridade;
no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa;
não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente.
Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo.
Assim seja.
Texto: Mensagem mediúnica de Vicente de Paulo. (Paris, 1858).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos.
Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:
“Amai-vos uns aos outros”.
Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo;
somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação.
Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo.
Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna.
Ao demais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um acto de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa?
Se unicamente buscásseis a volúpia que uma acção boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual.
Não vos faltam os exemplos;
rara é apenas a boa-vontade.
Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.
Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor?
Por que desprezar os seus ensinamentos divinos?
Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos?
Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas.
Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada;
deixam no esquecimento esse código admirável.
Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas.
Lede-lhes as páginas cintilantes do devotamento de Jesus e meditai-as.
Homens fortes, armai-vos;
homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas.
Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina.
Apenas encorajamento é o que vos vimos dar;
apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros.
Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus;
as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.
A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas.
Sem ela não existem as outras.
Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie, sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.
A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação;
é a mais pura emanação do próprio Criador;
é a sua própria virtude, dada por ele à criatura.
Como desprezar essa bondade suprema?
Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino?
Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?
Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras;
considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes.
Vejo com frequência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa.
Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério;
vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios.
Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o carácter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham.
Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos, para continuar amplamente a obra de propagação da caridade;
no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa;
não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente.
Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo.
Assim seja.
Texto: Mensagem mediúnica de Vicente de Paulo. (Paris, 1858).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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A BENEFICIÊNCIA III
A BENEFICIÊNCIA III
Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus.
Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.
Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos:
Oh! Meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas!
Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: coragem!
Há corações bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência!
Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas.
Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto;
eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos.
Repetia-lhes: Coragem! Coragem!
Então, uma pobre mãe ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.
Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes.
Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos.
Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo:
Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas.
Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa.
Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa acção.
Digo-vos apenas:
Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.
Mas, se peço, também dou e dou muito.
Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis!
Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos!
Ide, ide, colhei, apanhai todos o frutos dessa magnificente árvore que se chama beneficência.
No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas acções que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível.
Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira.
Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou – a Caridade.
Texto: Mensagem mediúnica de Cárita, martirizada em Roma. (Lião, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
§.§.§- O-canto-da-ave
Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus.
Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.
Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos:
Oh! Meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas!
Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: coragem!
Há corações bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência!
Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas.
Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto;
eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos.
Repetia-lhes: Coragem! Coragem!
Então, uma pobre mãe ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.
Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes.
Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos.
Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo:
Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas.
Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa.
Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa acção.
Digo-vos apenas:
Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.
Mas, se peço, também dou e dou muito.
Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis!
Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos!
Ide, ide, colhei, apanhai todos o frutos dessa magnificente árvore que se chama beneficência.
No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas acções que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível.
Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira.
Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou – a Caridade.
Texto: Mensagem mediúnica de Cárita, martirizada em Roma. (Lião, 1861).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
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Senhor e Mestre
Senhor e Mestre
Inigualável. Senhor das estrelas. Senhor dos Espíritos.
Iniciou Sua jornada, na Terra, num berço de palha, improvisado por Seu pai.
Fez-Se frágil, num corpo de criança, como todos os Seus irmãos, na Terra.
Demonstrando o valor do amor, confiou-Se à guarda de uma mulher. Sua mãe.
Em seu seio Se aninhou, alimentou-Se e recebeu carinho.
Sábio dentre todos os sábios, obedecendo ao costume de Israel, aprendeu de Seu pai o ofício da carpintaria, moldando a madeira com Suas mãos abençoadas.
Conhecedor da Lei, que Ele próprio viera ensinar, submeteu-Se à frequência à sinagoga local, como todos os meninos de Sua idade.
Mais de uma vez, apresentou questões de alta filosofia e ciência, numa demonstração do quanto sabia, bem como desejando assinalar, de forma clara, que muito mais saber havia para ser aprendido, não sendo os homens os detentores de toda a sabedoria.
Mestre o foi, sempre. Portador de entendimento pedagógico, como ninguém mais, conhecedor da alma das Suas ovelhas, lançou sementes aqui e acolá, de forma sutil, muito antes de iniciar o Seu Messianato.
Quando o tempo se fez, deixou a casa simples de Nazaré, onde crescera, olhou os campos e as colinas, e buscou as estradas do mundo.
A partir de então, condutor de um imenso rebanho de Espíritos, não teria uma pedra para repousar a cabeça.
Onde passou, fez amigos, lecionando que o homem foi feito para viver em sociedade. E viver bem com todos.
Granjeou amigos entre os pobres, os ricos, os doentes e os que esbanjavam saúde, moços e velhos.
Não deixou de buscar ovelhas desgarradas em terras estranhas, distribuindo Suas bênçãos, em nome do amor que representava.
Curou cegos, afirmando que é preciso ter olhos de ver.
Libertou ouvidos do silêncio, conclamando que era preciso ter ouvidos de ouvir.
Cada gesto, um ensino. Nada desperdiçado.
Devolveu movimentos a paralisados, lucidez a perturbados.
E o convite era de, dali em diante, o agraciado fazer o melhor, para conquistar felicidade.
Não Se entristeceu por viver entre os homens.
A nota melancólica que cantou foi somente pela dureza dos corações, pois prescrevia que a cada um seria dado segundo suas obras, antevendo as dores dos que semeavam espinhos em suas jornadas.
Iniciou Sua missão abençoando, com Sua presença, a união de dois seres, na constituição de uma nova família.
Como convidado, nos banquetes do mundo, serviu-Se das oportunidades para distribuir a Sua luz a todos os convivas.
Entregou-Se, no momento oportuno, ao martírio, como um cordeiro ao sacrifício.
Da mesma forma que o berço foi Lhe improvisado o túmulo, para o depósito do corpo, por um amigo conquistado para o Seu Reino.
Apresentando-Se glorioso aos discípulos, após a morte, num atestado da Imortalidade, despediu-Se num dia de luz, na mesma Galileia onde entoara o mais belo canto que a Humanidade jamais ouvira.
E nos aguarda, no Seu Reino de bênçãos, amando-nos ainda e sempre.
Jesus, Mestre e Senhor. Caminho, Verdade e Vida.
Sigamo-lO.
Momento Espírita.
§.§.§- O-canto-da-ave
Inigualável. Senhor das estrelas. Senhor dos Espíritos.
Iniciou Sua jornada, na Terra, num berço de palha, improvisado por Seu pai.
Fez-Se frágil, num corpo de criança, como todos os Seus irmãos, na Terra.
Demonstrando o valor do amor, confiou-Se à guarda de uma mulher. Sua mãe.
Em seu seio Se aninhou, alimentou-Se e recebeu carinho.
Sábio dentre todos os sábios, obedecendo ao costume de Israel, aprendeu de Seu pai o ofício da carpintaria, moldando a madeira com Suas mãos abençoadas.
Conhecedor da Lei, que Ele próprio viera ensinar, submeteu-Se à frequência à sinagoga local, como todos os meninos de Sua idade.
Mais de uma vez, apresentou questões de alta filosofia e ciência, numa demonstração do quanto sabia, bem como desejando assinalar, de forma clara, que muito mais saber havia para ser aprendido, não sendo os homens os detentores de toda a sabedoria.
Mestre o foi, sempre. Portador de entendimento pedagógico, como ninguém mais, conhecedor da alma das Suas ovelhas, lançou sementes aqui e acolá, de forma sutil, muito antes de iniciar o Seu Messianato.
Quando o tempo se fez, deixou a casa simples de Nazaré, onde crescera, olhou os campos e as colinas, e buscou as estradas do mundo.
A partir de então, condutor de um imenso rebanho de Espíritos, não teria uma pedra para repousar a cabeça.
Onde passou, fez amigos, lecionando que o homem foi feito para viver em sociedade. E viver bem com todos.
Granjeou amigos entre os pobres, os ricos, os doentes e os que esbanjavam saúde, moços e velhos.
Não deixou de buscar ovelhas desgarradas em terras estranhas, distribuindo Suas bênçãos, em nome do amor que representava.
Curou cegos, afirmando que é preciso ter olhos de ver.
Libertou ouvidos do silêncio, conclamando que era preciso ter ouvidos de ouvir.
Cada gesto, um ensino. Nada desperdiçado.
Devolveu movimentos a paralisados, lucidez a perturbados.
E o convite era de, dali em diante, o agraciado fazer o melhor, para conquistar felicidade.
Não Se entristeceu por viver entre os homens.
A nota melancólica que cantou foi somente pela dureza dos corações, pois prescrevia que a cada um seria dado segundo suas obras, antevendo as dores dos que semeavam espinhos em suas jornadas.
Iniciou Sua missão abençoando, com Sua presença, a união de dois seres, na constituição de uma nova família.
Como convidado, nos banquetes do mundo, serviu-Se das oportunidades para distribuir a Sua luz a todos os convivas.
Entregou-Se, no momento oportuno, ao martírio, como um cordeiro ao sacrifício.
Da mesma forma que o berço foi Lhe improvisado o túmulo, para o depósito do corpo, por um amigo conquistado para o Seu Reino.
Apresentando-Se glorioso aos discípulos, após a morte, num atestado da Imortalidade, despediu-Se num dia de luz, na mesma Galileia onde entoara o mais belo canto que a Humanidade jamais ouvira.
E nos aguarda, no Seu Reino de bênçãos, amando-nos ainda e sempre.
Jesus, Mestre e Senhor. Caminho, Verdade e Vida.
Sigamo-lO.
Momento Espírita.
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