Momentos Espíritas IV
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Momentos Espíritas IV
Recomendações derradeiras
Um dia, que ignoro, meus olhos hão de se fechar para esta existência.
Mais cedo ou mais tarde, meu corpo, ainda jovem, ou quem sabe, cansado e enfermo, há de se entregar irremediavelmente e deixará de vibrar.
Minhas mãos hão de repousar inertes e meus pés já não poderão me levar a parte alguma.
Terei deixado esta vida, feliz ou não, partindo para o outro plano da existência, como tantas vezes já o fiz, quando me servi de outros veículos carnais.
Pois bem, eis aí o meu destino.
Idêntico ao de todos os demais seres viventes: nascer, viver, morrer, renascer...
Hei de morrer, mas não temo a morte, porque sei que, como Espírito, sobreviverei a ela.
Respeito-a, porque sei que representa o final de um ciclo e o início de outro.
É uma passagem, uma transformação.
É um facto natural e inevitável.
Sabendo disso, muitos são os que tecem seus testamentos, pensando naqueles que ficam.
Também quero que algumas recomendações sejam registadas.
Aos meus filhos quero deixar meus exemplos correctos.
Que eles possam fazer uso de meus acertos, das palavras bem colocadas e das atitudes dignas de nota.
Quero que eles cantem alegres, repetindo refrões das músicas que cantamos juntos.
Deixo a eles a certeza de que muito os amei, os amo e os amarei para sempre, porque nem o tempo, nem a distância são capazes de diminuir a intensidade de um verdadeiro amor.
Deixo-lhes, ainda, as lembranças dos momentos alegres que passamos, e que ainda passaremos juntos.
Espero que essas recordações possam lhes fazer companhia nos momentos em que a saudade vier lhes roubar a paz e os sorrisos.
Aos meus amigos deixo minhas melhores conversas e toda a alegria que a presença deles tenha causado em minha vida.
Deixo-lhes a minha gratidão por todas as vezes que me ouviram, me toleraram e me animaram a continuar na luta.
Aos meus amores deixo o meu afecto mais puro e a esperança de um reencontro mais sereno e equilibrado, em um futuro não muito distante.
Que não se sintam cobrados, nem pressionados, se, por acaso, não me dedicarem o mesmo amor que lhes ofereço.
Àqueles que feri, que magoei, que prejudiquei, deixo meu sincero pedido de perdão e meu desejo de reparar todo o mal que lhes causei e todo bem que deixei de lhes proporcionar.
Espero que possam aceitar minhas desculpas e que me permitam ressarcir-lhes, um dia, os danos que meu desleixo e meu egoísmo lhes causaram.
Deixo a todos aqueles que cruzaram meu caminho e que, de alguma maneira, influenciaram minha existência, meu humilde agradecimento.
Desejo que, um dia, possa eu também lhes ser útil, auxiliando-os na dura jornada do progresso individual.
À natureza deixo minha mais intensa e profunda gratidão, pela sua exuberância e por tudo que dela me vali nesta existência.
Desejo que ela seja respeitada e conservada para que não se deteriore pelo descaso humano.
Aos meus pais e a Deus, Pai de bondade, deixo o meu reconhecimento pela oportunidade da vida e pela dedicação constante e incondicional que me foi oferecida.
Assim, partirei com a mente e com o coração mais pacificados, porque terei legado o que de melhor há em mim, em benefício de todos aqueles que me são caros.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um dia, que ignoro, meus olhos hão de se fechar para esta existência.
Mais cedo ou mais tarde, meu corpo, ainda jovem, ou quem sabe, cansado e enfermo, há de se entregar irremediavelmente e deixará de vibrar.
Minhas mãos hão de repousar inertes e meus pés já não poderão me levar a parte alguma.
Terei deixado esta vida, feliz ou não, partindo para o outro plano da existência, como tantas vezes já o fiz, quando me servi de outros veículos carnais.
Pois bem, eis aí o meu destino.
Idêntico ao de todos os demais seres viventes: nascer, viver, morrer, renascer...
Hei de morrer, mas não temo a morte, porque sei que, como Espírito, sobreviverei a ela.
Respeito-a, porque sei que representa o final de um ciclo e o início de outro.
É uma passagem, uma transformação.
É um facto natural e inevitável.
Sabendo disso, muitos são os que tecem seus testamentos, pensando naqueles que ficam.
Também quero que algumas recomendações sejam registadas.
Aos meus filhos quero deixar meus exemplos correctos.
Que eles possam fazer uso de meus acertos, das palavras bem colocadas e das atitudes dignas de nota.
Quero que eles cantem alegres, repetindo refrões das músicas que cantamos juntos.
Deixo a eles a certeza de que muito os amei, os amo e os amarei para sempre, porque nem o tempo, nem a distância são capazes de diminuir a intensidade de um verdadeiro amor.
Deixo-lhes, ainda, as lembranças dos momentos alegres que passamos, e que ainda passaremos juntos.
Espero que essas recordações possam lhes fazer companhia nos momentos em que a saudade vier lhes roubar a paz e os sorrisos.
Aos meus amigos deixo minhas melhores conversas e toda a alegria que a presença deles tenha causado em minha vida.
Deixo-lhes a minha gratidão por todas as vezes que me ouviram, me toleraram e me animaram a continuar na luta.
Aos meus amores deixo o meu afecto mais puro e a esperança de um reencontro mais sereno e equilibrado, em um futuro não muito distante.
Que não se sintam cobrados, nem pressionados, se, por acaso, não me dedicarem o mesmo amor que lhes ofereço.
Àqueles que feri, que magoei, que prejudiquei, deixo meu sincero pedido de perdão e meu desejo de reparar todo o mal que lhes causei e todo bem que deixei de lhes proporcionar.
Espero que possam aceitar minhas desculpas e que me permitam ressarcir-lhes, um dia, os danos que meu desleixo e meu egoísmo lhes causaram.
Deixo a todos aqueles que cruzaram meu caminho e que, de alguma maneira, influenciaram minha existência, meu humilde agradecimento.
Desejo que, um dia, possa eu também lhes ser útil, auxiliando-os na dura jornada do progresso individual.
À natureza deixo minha mais intensa e profunda gratidão, pela sua exuberância e por tudo que dela me vali nesta existência.
Desejo que ela seja respeitada e conservada para que não se deteriore pelo descaso humano.
Aos meus pais e a Deus, Pai de bondade, deixo o meu reconhecimento pela oportunidade da vida e pela dedicação constante e incondicional que me foi oferecida.
Assim, partirei com a mente e com o coração mais pacificados, porque terei legado o que de melhor há em mim, em benefício de todos aqueles que me são caros.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O mundo através das lentes do consumo
A realidade do consumir tem influenciado nossas vidas, mais do que podemos imaginar.
Ver o mundo através das lentes do consumo nos faz exigir sempre o melhor, não importa se de um produto, de um relacionamento, de um emprego ou das pessoas que amamos.
Buscar o melhor, procurar crescer, anelar excelência na vida, é certamente salutar.
Progresso, evolução, deve ser objectivo de todos na Terra.
Porém, os excessos, os desequilíbrios de tais posturas é que nos trazem grandes problemas.
Exigir em demasia, tanto da vida, dos outros, e muitas vezes - por consequência - de si mesmo, traz-nos distúrbios de comportamento seríssimos.
A questão é tão grave que já existe catalogação para este tipo de fobia:
a atelofobia, que se constitui no medo da imperfeição.
Sem falar na ansiedade crónica, que hoje já faz adoecer o mundo com seus venenos potentes.
Tudo parece dar a entender que se faz difícil viver numa sociedade onde o sofrimento, a tristeza, os defeitos e as fraquezas não são mais tolerados.
A indústria oferece soluções para qualquer tipo de problema, e para todos os tipos de bolso.
São receitas de sucesso nas prateleiras das livrarias; pílulas da felicidade na farmácia da esquina; o corpo dos sonhos em troca de cheques a perder de vista...
Criamos uma era da perfeição de massa, onde os defeitos são vistos como erros da natureza que podem ser corrigidos, deletados, deixados para trás.
O corpo parece deixar de ser determinado e passa a ser inventado.
Um corpo fabricado pelas nossas escolhas, baseadas nos padrões vigentes da época.
Padrões, muitas vezes, altamente questionáveis.
Corremos o risco de deixar de ser aquilo que somos para nos transformarmos em um corpo sem marcas, sem história, sem humores. Em mera imagem.
Mas se não é bem essa sua intenção, experimente olhar o mundo através de lentes não viciadas em cânones ou padrões.
Este olhar o mundo passa por olhar-se, em primeiro lugar.
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, foi muito lúcido ao dizer:
Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.
Este é o momento de despertar.
Despertar para os valores mais nobres da vida, e finalmente colocar nossa embarcação alma no rumo da felicidade verdadeira.
Nestes valores fundamentais estão a paciência, a compreensão das dificuldades e limitações do outro e nossas.
Está a compaixão – virtude de vivência dinâmica – que estende a mão ao próximo, para que cresça junto.
Está a resignação – virtude que aprende com a dor, retirando dela as lições preciosas que sempre traz, evitando a revolta e a negação.
A lei maior do progresso nos coloca na direcção da perfeição, naturalmente, mas dessa perfeição que vem sendo construída de forma gradual no imo do Espírito.
Desejá-la de forma fácil, conveniente, e da maneira com que nós anelamos e achamos que deva ser, sempre será perigoso e próximo do desastre.
Evite o excesso de exigência para com os outros.
Somos seres diferentes, pensamos diferente em muitas ocasiões, e por isso, exigir que as pessoas tenham o mesmo ângulo de visão que o nosso, para tudo, é absurdo.
O diferente está ao nosso lado por razões especiais.
É com ele que aprendemos inúmeras virtudes, é com ele que crescemos e alcançamos a nossa gradual e certa perfeição.
Momento Espírita, com base no artigo Você não é perfeito, de Elisa Correa, publicado na Revista Vida Simples, julho 2008.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ver o mundo através das lentes do consumo nos faz exigir sempre o melhor, não importa se de um produto, de um relacionamento, de um emprego ou das pessoas que amamos.
Buscar o melhor, procurar crescer, anelar excelência na vida, é certamente salutar.
Progresso, evolução, deve ser objectivo de todos na Terra.
Porém, os excessos, os desequilíbrios de tais posturas é que nos trazem grandes problemas.
Exigir em demasia, tanto da vida, dos outros, e muitas vezes - por consequência - de si mesmo, traz-nos distúrbios de comportamento seríssimos.
A questão é tão grave que já existe catalogação para este tipo de fobia:
a atelofobia, que se constitui no medo da imperfeição.
Sem falar na ansiedade crónica, que hoje já faz adoecer o mundo com seus venenos potentes.
Tudo parece dar a entender que se faz difícil viver numa sociedade onde o sofrimento, a tristeza, os defeitos e as fraquezas não são mais tolerados.
A indústria oferece soluções para qualquer tipo de problema, e para todos os tipos de bolso.
São receitas de sucesso nas prateleiras das livrarias; pílulas da felicidade na farmácia da esquina; o corpo dos sonhos em troca de cheques a perder de vista...
Criamos uma era da perfeição de massa, onde os defeitos são vistos como erros da natureza que podem ser corrigidos, deletados, deixados para trás.
O corpo parece deixar de ser determinado e passa a ser inventado.
Um corpo fabricado pelas nossas escolhas, baseadas nos padrões vigentes da época.
Padrões, muitas vezes, altamente questionáveis.
Corremos o risco de deixar de ser aquilo que somos para nos transformarmos em um corpo sem marcas, sem história, sem humores. Em mera imagem.
Mas se não é bem essa sua intenção, experimente olhar o mundo através de lentes não viciadas em cânones ou padrões.
Este olhar o mundo passa por olhar-se, em primeiro lugar.
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, foi muito lúcido ao dizer:
Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.
Este é o momento de despertar.
Despertar para os valores mais nobres da vida, e finalmente colocar nossa embarcação alma no rumo da felicidade verdadeira.
Nestes valores fundamentais estão a paciência, a compreensão das dificuldades e limitações do outro e nossas.
Está a compaixão – virtude de vivência dinâmica – que estende a mão ao próximo, para que cresça junto.
Está a resignação – virtude que aprende com a dor, retirando dela as lições preciosas que sempre traz, evitando a revolta e a negação.
A lei maior do progresso nos coloca na direcção da perfeição, naturalmente, mas dessa perfeição que vem sendo construída de forma gradual no imo do Espírito.
Desejá-la de forma fácil, conveniente, e da maneira com que nós anelamos e achamos que deva ser, sempre será perigoso e próximo do desastre.
Evite o excesso de exigência para com os outros.
Somos seres diferentes, pensamos diferente em muitas ocasiões, e por isso, exigir que as pessoas tenham o mesmo ângulo de visão que o nosso, para tudo, é absurdo.
O diferente está ao nosso lado por razões especiais.
É com ele que aprendemos inúmeras virtudes, é com ele que crescemos e alcançamos a nossa gradual e certa perfeição.
Momento Espírita, com base no artigo Você não é perfeito, de Elisa Correa, publicado na Revista Vida Simples, julho 2008.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Virtude da gratidão
Francisco de Assis, o grande homem que se fez pequeno, em sua nobre humildade, para vivenciar o amor a Jesus, afirmou, certa feita, que a gratidão é das mais difíceis moedas de se ofertar na vida.
Por isso, o pobrezinho de Assis preocupava-se sempre em ser grato a tudo e a todos.
Agradecia ao irmão sol por aquecê-lo e proporcionar vida à Terra; ao irmão vento por acariciá-lo nos dias de calor; à irmã lua por enfeitar as noites de céu claro; ao irmão sofrimento, que lhe permitia reflexões e aprendizados sob o seu guante.
O exemplo de Francisco de Assis nos remete a profundas reflexões, nesses dias em que prepondera o egoísmo, com o que estamos vivendo, quando não agindo de igual forma.
Na irrefreada busca pelo sucesso, pela sobrevivência, pelos compromissos quotidianos, vivemos fechados em concha, envoltos nas próprias dificuldades, problemas e desafios.
Nesse tumultuar de compromissos, dificuldades, pouco paramos para perceber as coisas que a vida nos oferece e, egoisticamente, esquecemos de agradecer.
Os amores dos filhos que, aconchegados em nossos braços, parecem diluir as dores da alma, quem no-los ofertou?
A possibilidade do progresso profissional, os desafios de crescimento pessoal, as chances de desenvolvimento intelectual, quem nos oportunizou?
O corpo, que nos é instrumento de expressão, trabalho, convivência, emoções, quem no-lo deu?
Perguntemos a um doente com enfisema pulmonar, qual seu maior sonho e ele, certamente, responderá que seria poder respirar profunda e longamente.
E nós, mal nos damos conta da bênção da saúde.
Ou do corpo que, mesmo com alguma avaria ou dificuldade, oferece oportunidades riquíssimas na vida.
Algumas vezes lembramos de agradecer à vida e ao Senhor da vida pelas nossas conquistas e alegrias.
Mas, por que não agradecer também pelo mal que não nos acometeu, pelas dificuldades que não ocorreram, pelas dores que não precisamos enfrentar?
E mesmo que os dias difíceis nos cheguem à jornada terrestre, agradeçamos a dor, que lapida a alma imperfeita, provocando o brotar de virtudes que ainda dormem latentes em nossa intimidade.
Ser grato à vida é virtude daqueles que conseguem sair do casulo do egoísmo e do auto-centrismo, e reconhecem que a vida padece sem a ajuda e apoio que chegam a toda hora.
Para pregar Seu Evangelho de luz, Jesus escolheu doze homens para O auxiliar.
E lhes foi grato, acompanhando-lhes a existência e recebendo-os em Suas bênçãos, um a um, no retorno à pátria espiritual.
Dessa forma, que sejamos nós também, a cada dia que se inicia, gratos à vida, com a mente e com o coração.
Assim, lembrando sempre de que somos devedores da bondade e misericórdia Celestes, que nos acompanham e sustentam-nos na caminhada, a gratidão será o sentimento que nos inundará a alma de peregrina e suave luz.
Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco, proferida na Praia do Forte, BA, em 16.09.2011.
§.§.§- Ave sem Ninho
Por isso, o pobrezinho de Assis preocupava-se sempre em ser grato a tudo e a todos.
Agradecia ao irmão sol por aquecê-lo e proporcionar vida à Terra; ao irmão vento por acariciá-lo nos dias de calor; à irmã lua por enfeitar as noites de céu claro; ao irmão sofrimento, que lhe permitia reflexões e aprendizados sob o seu guante.
O exemplo de Francisco de Assis nos remete a profundas reflexões, nesses dias em que prepondera o egoísmo, com o que estamos vivendo, quando não agindo de igual forma.
Na irrefreada busca pelo sucesso, pela sobrevivência, pelos compromissos quotidianos, vivemos fechados em concha, envoltos nas próprias dificuldades, problemas e desafios.
Nesse tumultuar de compromissos, dificuldades, pouco paramos para perceber as coisas que a vida nos oferece e, egoisticamente, esquecemos de agradecer.
Os amores dos filhos que, aconchegados em nossos braços, parecem diluir as dores da alma, quem no-los ofertou?
A possibilidade do progresso profissional, os desafios de crescimento pessoal, as chances de desenvolvimento intelectual, quem nos oportunizou?
O corpo, que nos é instrumento de expressão, trabalho, convivência, emoções, quem no-lo deu?
Perguntemos a um doente com enfisema pulmonar, qual seu maior sonho e ele, certamente, responderá que seria poder respirar profunda e longamente.
E nós, mal nos damos conta da bênção da saúde.
Ou do corpo que, mesmo com alguma avaria ou dificuldade, oferece oportunidades riquíssimas na vida.
Algumas vezes lembramos de agradecer à vida e ao Senhor da vida pelas nossas conquistas e alegrias.
Mas, por que não agradecer também pelo mal que não nos acometeu, pelas dificuldades que não ocorreram, pelas dores que não precisamos enfrentar?
E mesmo que os dias difíceis nos cheguem à jornada terrestre, agradeçamos a dor, que lapida a alma imperfeita, provocando o brotar de virtudes que ainda dormem latentes em nossa intimidade.
Ser grato à vida é virtude daqueles que conseguem sair do casulo do egoísmo e do auto-centrismo, e reconhecem que a vida padece sem a ajuda e apoio que chegam a toda hora.
Para pregar Seu Evangelho de luz, Jesus escolheu doze homens para O auxiliar.
E lhes foi grato, acompanhando-lhes a existência e recebendo-os em Suas bênçãos, um a um, no retorno à pátria espiritual.
Dessa forma, que sejamos nós também, a cada dia que se inicia, gratos à vida, com a mente e com o coração.
Assim, lembrando sempre de que somos devedores da bondade e misericórdia Celestes, que nos acompanham e sustentam-nos na caminhada, a gratidão será o sentimento que nos inundará a alma de peregrina e suave luz.
Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco, proferida na Praia do Forte, BA, em 16.09.2011.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ninguém dá o que não tem
Desde pequena admirava a mãe pelos seus muitos talentos.
Ela era carinhosa, atenciosa com tudo e com todos.
Preparava pratos deliciosos, pães, bolos e doces especiais.
Costurava, bordava e tricotava com esmero, tanto para os seus como para doação às crianças necessitadas.
Trazia nos lábios palavras de simpatia e amor.
Mas havia uma pessoa que parecia não perceber toda essa dedicação.
Era seu pai. Nunca estava satisfeito com o que ela fazia.
A menina via que a participação do pai em casa se resumia na manutenção material, dizendo que o resto não era sua obrigação.
Adolescente e mais consciente da realidade da vida, perguntou à mãe porque se casara com seu pai, e como conseguia aguentá-lo.
A mãe a abraçou e, em tom de brincadeira, disse sorrindo que: O amor é cego.
Depois completou:
Minha filha, Deus tem suas formas de unir aqueles que precisam se ajudar, para juntos evoluírem.
Acentuou que o pai tinha suas qualidades.
Precisava, somente, adentrar um pouco pelo campo do sentimento.
Como tivera uma educação rígida, natural que se portasse daquela forma.
Enfatizou que ele deveria ser reconhecido pelo sustento do lar, graças ao qual a ela sobravam horas para acompanhar de perto os filhos.
Confessou que gostaria de ver seu marido mais participativo em casa.
Contava que, agora, os filhos crescidos a pudessem auxiliar nisso.
Quem sabe, falou, se todos procurássemos envolvê-lo nos nossos diálogos, na busca de soluções para as nossas dificuldades, conseguiríamos despertá-lo para um envolvimento maior, alcançando o objectivo que desejamos.
Acalmou a filha, destacando o cuidado que devemos ter com certas cobranças, porque cada um só pode dar o que tem.
As qualidades pessoais estão relacionadas ao grau de crescimento espiritual.
Quando ainda preso aos chamados materiais, o ser não regista devidamente o âmbito ético e sentimental.
As ideias estão muito restritas à vida física, às sensações e aos sentimentos rudimentares.
Nessa fase é comum acreditar que o importante na vida é trabalhar para satisfazer os instintos primários, comer, beber, procriar.
Sendo Deus Pai de amor e justiça oferece chances de aperfeiçoamento para todos os filhos Seus.
A maior oportunidade se faz quando renascemos e vivemos em família, na qual os que sabem ensinam os que ainda não aprenderam.
Por isso, Deus estabelece que nas famílias haja almas dedicadas que auxiliam a caminhada dos demais.
São familiares que convivem, oferecendo exemplos altruístas, positivos.
São os que já conseguem vislumbrar a realidade espiritual da vida e se esforçam por viver sob essa perspectiva de crescimento.
Renunciam aos prazeres da Terra, se resignam com as dores, mas não abandonam amores que deles necessitam.
Assim como os bons Espíritos inspiram boas ideias, essas criaturas nos ensinam como viver melhor.
Sentem-se felizes com a nossa felicidade.
Realizam-se com a nossa realização.
Seus exemplos de paciência e de amor devem sempre ser valorizados, porque esses oferecem o que têm.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela era carinhosa, atenciosa com tudo e com todos.
Preparava pratos deliciosos, pães, bolos e doces especiais.
Costurava, bordava e tricotava com esmero, tanto para os seus como para doação às crianças necessitadas.
Trazia nos lábios palavras de simpatia e amor.
Mas havia uma pessoa que parecia não perceber toda essa dedicação.
Era seu pai. Nunca estava satisfeito com o que ela fazia.
A menina via que a participação do pai em casa se resumia na manutenção material, dizendo que o resto não era sua obrigação.
Adolescente e mais consciente da realidade da vida, perguntou à mãe porque se casara com seu pai, e como conseguia aguentá-lo.
A mãe a abraçou e, em tom de brincadeira, disse sorrindo que: O amor é cego.
Depois completou:
Minha filha, Deus tem suas formas de unir aqueles que precisam se ajudar, para juntos evoluírem.
Acentuou que o pai tinha suas qualidades.
Precisava, somente, adentrar um pouco pelo campo do sentimento.
Como tivera uma educação rígida, natural que se portasse daquela forma.
Enfatizou que ele deveria ser reconhecido pelo sustento do lar, graças ao qual a ela sobravam horas para acompanhar de perto os filhos.
Confessou que gostaria de ver seu marido mais participativo em casa.
Contava que, agora, os filhos crescidos a pudessem auxiliar nisso.
Quem sabe, falou, se todos procurássemos envolvê-lo nos nossos diálogos, na busca de soluções para as nossas dificuldades, conseguiríamos despertá-lo para um envolvimento maior, alcançando o objectivo que desejamos.
Acalmou a filha, destacando o cuidado que devemos ter com certas cobranças, porque cada um só pode dar o que tem.
As qualidades pessoais estão relacionadas ao grau de crescimento espiritual.
Quando ainda preso aos chamados materiais, o ser não regista devidamente o âmbito ético e sentimental.
As ideias estão muito restritas à vida física, às sensações e aos sentimentos rudimentares.
Nessa fase é comum acreditar que o importante na vida é trabalhar para satisfazer os instintos primários, comer, beber, procriar.
Sendo Deus Pai de amor e justiça oferece chances de aperfeiçoamento para todos os filhos Seus.
A maior oportunidade se faz quando renascemos e vivemos em família, na qual os que sabem ensinam os que ainda não aprenderam.
Por isso, Deus estabelece que nas famílias haja almas dedicadas que auxiliam a caminhada dos demais.
São familiares que convivem, oferecendo exemplos altruístas, positivos.
São os que já conseguem vislumbrar a realidade espiritual da vida e se esforçam por viver sob essa perspectiva de crescimento.
Renunciam aos prazeres da Terra, se resignam com as dores, mas não abandonam amores que deles necessitam.
Assim como os bons Espíritos inspiram boas ideias, essas criaturas nos ensinam como viver melhor.
Sentem-se felizes com a nossa felicidade.
Realizam-se com a nossa realização.
Seus exemplos de paciência e de amor devem sempre ser valorizados, porque esses oferecem o que têm.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Amor e Vida
A radiosa criança nasce entre os campos de trigo, pastagens e montanhas, nas terras judaicas.
As tradições rezam que o Seu berço contou com sinais de luz de curiosa quão rutilante estrela.
De menino, já dialogava com os intelectuais notáveis do Templo de Salomão, deixando-os perplexos com tanto saber.
Estabelece que viera ao mundo para atender aos imperativos da Divina Vontade.
Demarca Seus passos com o fogo da verdade e da nobreza d’alma.
Conversa com príncipes e pobres, meretrizes e bandoleiros, pescadores singelos e potentados, com a mesma tranquilidade, sem qualquer afectação com uns ou com outros.
Empreende curas por onde passa: cegos vêem; moucos ouvem; ancilosados se movimentam e caminham; mortos revivem; feridentos são limpos; e Ele sempre suave, sem nenhuma presunção, comovia-se com as dores alheias.
Percorreu muitas cidades, pregando o bem e a renovação indispensáveis.
Visitou amigos, honrando-lhes os lares e florindo-lhes as existências, para que nunca mais fosse esquecido.
Ampara, levanta, ensina, sacia os carentes, exemplifica, perdoa e ama, engrandecido em cada gesto.
Suporta a traição, a negação, a bofetada, a indiferença, o coroamento com espinhos e a cruz, por fim, compreendendo a premência de testemunhar fidelidade ao Criador em qualquer episódio da estrada.
Retorna da morte para provar que há sempre vida, e concita os amigos ao bom ânimo e à perseverança no bem.
E, até hoje, Ele, Jesus, vibra e se agita na alma da Humanidade, falando de amor e de vida plena, por meio dos Seus dilectos Emissários.
Pelo espírito Francisco de Paula Vitor
De “Vida e Mensagem”, de J. Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
As tradições rezam que o Seu berço contou com sinais de luz de curiosa quão rutilante estrela.
De menino, já dialogava com os intelectuais notáveis do Templo de Salomão, deixando-os perplexos com tanto saber.
Estabelece que viera ao mundo para atender aos imperativos da Divina Vontade.
Demarca Seus passos com o fogo da verdade e da nobreza d’alma.
Conversa com príncipes e pobres, meretrizes e bandoleiros, pescadores singelos e potentados, com a mesma tranquilidade, sem qualquer afectação com uns ou com outros.
Empreende curas por onde passa: cegos vêem; moucos ouvem; ancilosados se movimentam e caminham; mortos revivem; feridentos são limpos; e Ele sempre suave, sem nenhuma presunção, comovia-se com as dores alheias.
Percorreu muitas cidades, pregando o bem e a renovação indispensáveis.
Visitou amigos, honrando-lhes os lares e florindo-lhes as existências, para que nunca mais fosse esquecido.
Ampara, levanta, ensina, sacia os carentes, exemplifica, perdoa e ama, engrandecido em cada gesto.
Suporta a traição, a negação, a bofetada, a indiferença, o coroamento com espinhos e a cruz, por fim, compreendendo a premência de testemunhar fidelidade ao Criador em qualquer episódio da estrada.
Retorna da morte para provar que há sempre vida, e concita os amigos ao bom ânimo e à perseverança no bem.
E, até hoje, Ele, Jesus, vibra e se agita na alma da Humanidade, falando de amor e de vida plena, por meio dos Seus dilectos Emissários.
Pelo espírito Francisco de Paula Vitor
De “Vida e Mensagem”, de J. Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
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Eu vivo
Eu vivo a despertar o que ainda dorme; a fazer dormir o que não mais faz parte.
Vivo a vislumbrar o que agora é norte.
Este é meu trabalho, esta é minha arte.
Eu vivo como quem quer renovar um mergulho novo em novo mar.
Vivo sempre, aqui ou acolá.
Eu vivo mesmo sem estar na presença clara de um olhar.
Vivo sempre, aqui ou acolá. Eu... vivo.
Somos uma bela obra em desenvolvimento - cada um de nós.
Imaginemos um bloco do mais nobre mármore da Terra. A pedra bruta possui em si toda riqueza, todas as características que farão dela um dia uma bela escultura.
Mesmo no bloco disforme se vêem os veios, as cores, as linhas e curvas que brincam, aparentemente, sem direcção ou sentido, fazendo desenhos multiformes.
Assim fomos criados.
Todos temos a riqueza do mármore e a potencial estátua bela dentro de nós.
O que as vidas fazem connosco e o que devemos fazer com nossas vidas?
Apenas retirar a rocha excedente, esculpir, embelezar, aformosear.
Despertar o que ainda dorme é apenas fazer aparecer a forma graciosa que está debaixo do bloco inerte.
Livrar-nos de nossas imperfeições, é apenas deixar de lado os restos da pedra excedente, que não nos serve mais.
E assim vamos nos modelando ao longo das eras, vamos nos conhecendo, uma vez que esse processo é também um mergulho para dentro de nossa essência imortal.
Conforme vamos descobrindo as novas e belas formas interiores, sempre mais harmónicas, elas nos vão fazendo sentido, vamos enxergando algo compreensível e nos aproximando do belo.
Nesse processo, vamos nos apreciando, vamos nos tornando mais próximos do que um dia será um amor imenso, que precisará ser compartilhado com outros.
Por vezes o que nos talhará a alma será a dor.
O procedimento nos parecerá duro, difícil de compreender, num primeiro instante, visto a olhos pequenos.
Entretanto, ainda fará parte do mesmo mecanismo do cinzelar para extrair o belo interior.
O desafio dos dias será, então, olharmos para a obra que se tornou melhor, ao invés de lamentarmos, incansavelmente, pelo cinzel que machuca.
Assim, viver é despertar o que ainda dorme, o Davi de Michelângelo, a Vénus de Milo de Antioquia, o Pensador de Rodin, o David de bronze de Donatello.
Somos todos arte em progresso, obras do grande autor, vivos sempre, vivos em qualquer lugar.
Somos os seres inteligentes da Criação, que necessitamos utilizar a inteligência para desenvolver a moralidade; que necessitamos mergulhar para dentro de nós mesmos e realizarmos o melhor manejo da nossa vida.
Vivemos ora aqui, no plano terrestre, ora acolá, no plano espiritual, e esses dois planos se misturam, se entrelaçam, se relacionam, pois tudo é um mundo só: o Universo.
Eu vivo a despertar o que ainda dorme; a fazer dormir o que não mais faz parte.
Vivo a vislumbrar o que agora é norte.
Este é meu trabalho, esta é minha arte.
Momento Espírita, com base no poema Eu vivo, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
Vivo a vislumbrar o que agora é norte.
Este é meu trabalho, esta é minha arte.
Eu vivo como quem quer renovar um mergulho novo em novo mar.
Vivo sempre, aqui ou acolá.
Eu vivo mesmo sem estar na presença clara de um olhar.
Vivo sempre, aqui ou acolá. Eu... vivo.
Somos uma bela obra em desenvolvimento - cada um de nós.
Imaginemos um bloco do mais nobre mármore da Terra. A pedra bruta possui em si toda riqueza, todas as características que farão dela um dia uma bela escultura.
Mesmo no bloco disforme se vêem os veios, as cores, as linhas e curvas que brincam, aparentemente, sem direcção ou sentido, fazendo desenhos multiformes.
Assim fomos criados.
Todos temos a riqueza do mármore e a potencial estátua bela dentro de nós.
O que as vidas fazem connosco e o que devemos fazer com nossas vidas?
Apenas retirar a rocha excedente, esculpir, embelezar, aformosear.
Despertar o que ainda dorme é apenas fazer aparecer a forma graciosa que está debaixo do bloco inerte.
Livrar-nos de nossas imperfeições, é apenas deixar de lado os restos da pedra excedente, que não nos serve mais.
E assim vamos nos modelando ao longo das eras, vamos nos conhecendo, uma vez que esse processo é também um mergulho para dentro de nossa essência imortal.
Conforme vamos descobrindo as novas e belas formas interiores, sempre mais harmónicas, elas nos vão fazendo sentido, vamos enxergando algo compreensível e nos aproximando do belo.
Nesse processo, vamos nos apreciando, vamos nos tornando mais próximos do que um dia será um amor imenso, que precisará ser compartilhado com outros.
Por vezes o que nos talhará a alma será a dor.
O procedimento nos parecerá duro, difícil de compreender, num primeiro instante, visto a olhos pequenos.
Entretanto, ainda fará parte do mesmo mecanismo do cinzelar para extrair o belo interior.
O desafio dos dias será, então, olharmos para a obra que se tornou melhor, ao invés de lamentarmos, incansavelmente, pelo cinzel que machuca.
Assim, viver é despertar o que ainda dorme, o Davi de Michelângelo, a Vénus de Milo de Antioquia, o Pensador de Rodin, o David de bronze de Donatello.
Somos todos arte em progresso, obras do grande autor, vivos sempre, vivos em qualquer lugar.
Somos os seres inteligentes da Criação, que necessitamos utilizar a inteligência para desenvolver a moralidade; que necessitamos mergulhar para dentro de nós mesmos e realizarmos o melhor manejo da nossa vida.
Vivemos ora aqui, no plano terrestre, ora acolá, no plano espiritual, e esses dois planos se misturam, se entrelaçam, se relacionam, pois tudo é um mundo só: o Universo.
Eu vivo a despertar o que ainda dorme; a fazer dormir o que não mais faz parte.
Vivo a vislumbrar o que agora é norte.
Este é meu trabalho, esta é minha arte.
Momento Espírita, com base no poema Eu vivo, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Preciosa dádiva
A mulher bateu à porta da rica casa.
Estava grávida e já se avizinhavam os dias de dar à luz.
A dona da casa veio atender, portando no olhar a serenidade dos dias vencidos e das dores suportadas.
Dona, lhe falou a gestante, quer ficar com o meu bebé?
E antes que a outra se recobrasse do susto da inesperada oferta, prosseguiu:
Não o quero. Não tenho lugar para ele em minha vida.
Engravidei sem querer e não posso sustentar outra boca.
Pesa-me a barriga e anseio for liberar-me da carga.
Se a senhora não o quiser, não sei o que farei.
Já o ofereci a mais de duas dezenas de pessoas. Ninguém o quer.
A mulher bondade convidou a ofertante a entrar.
Fê-la sentar-se.
Serviu-lhe um café reconfortante.
Instigada, aquela lhe narrou sua história de desacertos, desde a juventude mais tenra.
A síntese é de que via no filho em gestação um estorvo, um problema a mais.
A mulher carinho falou-lhe da bênção da maternidade e da reencarnação.
Maternidade é uma das mais nobres missões conferidas ao ser humano.
O Pai e Criador confia uma das estrelas do Seu Universo à guarda de um outro ser.
Pela lei da reencarnação, o Espírito imortal tem a possibilidade de resgatar erros, crescer, ascender.
A mulher ternura lhe falou de como o Espírito, preso ao corpinho em formação, tudo percebe, tudo sente, tudo sofre.
Ele suspira oportunidade, tempo e atenção.
Precisa de carícias, de ouvir a voz de quem o gera a lhe murmurar acalantos, aguarda a mão da ternura a lhe rociar a pele frágil.
Ele espera tanto. E tão pouco.
A mulher renúncia lhe falou das noites insones e dos sorrisos empós.
Dos choros da febre, da manha e dos balbucios dos vocábulos primeiros.
Dos chutes quando ainda no ventre, em seus movimentos de acomodação.
E da insegurança dos primeiros passos.
Ele tem tanto para dar.
Por que confiá-lo a outrem, se a Divindade lho oferta?
A mãe foi despertando na gestante.
Num gesto quase mecânico, acariciou o ventre bojudo e sentiu os movimentos do bebé.
Que desejaria ele dizer?
Não me abandone, cuide de mim.
Estreite-me em seus braços.
Venho para com você aprender o alfabeto do amor.
Não me dê a ninguém.
É do seu carinho que preciso.
Quando a tarde morreu, a gestante retornou ao seu lar, com a esperança a tremeluzir no olhar.
A mulher doação a auxiliaria e ela teria o seu filho, conduzindo-o no mundo.
Dividiriam as dificuldades e somariam esforços.
Permitiriam que se multiplicassem as oportunidades de regeneração, para que diminuíssem as dores.
E se a soma dos problemas parecesse suplantar as forças, sempre poderiam contar com o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe.
Os filhos não são realizações fortuitas.
São filhos de Deus em jornada evolutiva, seguindo hoje ao seu lado, sob a direcção das suas experiências.
Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução.
Momento Espírita, com pensamentos finais extraídos do verbete Filho, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Estava grávida e já se avizinhavam os dias de dar à luz.
A dona da casa veio atender, portando no olhar a serenidade dos dias vencidos e das dores suportadas.
Dona, lhe falou a gestante, quer ficar com o meu bebé?
E antes que a outra se recobrasse do susto da inesperada oferta, prosseguiu:
Não o quero. Não tenho lugar para ele em minha vida.
Engravidei sem querer e não posso sustentar outra boca.
Pesa-me a barriga e anseio for liberar-me da carga.
Se a senhora não o quiser, não sei o que farei.
Já o ofereci a mais de duas dezenas de pessoas. Ninguém o quer.
A mulher bondade convidou a ofertante a entrar.
Fê-la sentar-se.
Serviu-lhe um café reconfortante.
Instigada, aquela lhe narrou sua história de desacertos, desde a juventude mais tenra.
A síntese é de que via no filho em gestação um estorvo, um problema a mais.
A mulher carinho falou-lhe da bênção da maternidade e da reencarnação.
Maternidade é uma das mais nobres missões conferidas ao ser humano.
O Pai e Criador confia uma das estrelas do Seu Universo à guarda de um outro ser.
Pela lei da reencarnação, o Espírito imortal tem a possibilidade de resgatar erros, crescer, ascender.
A mulher ternura lhe falou de como o Espírito, preso ao corpinho em formação, tudo percebe, tudo sente, tudo sofre.
Ele suspira oportunidade, tempo e atenção.
Precisa de carícias, de ouvir a voz de quem o gera a lhe murmurar acalantos, aguarda a mão da ternura a lhe rociar a pele frágil.
Ele espera tanto. E tão pouco.
A mulher renúncia lhe falou das noites insones e dos sorrisos empós.
Dos choros da febre, da manha e dos balbucios dos vocábulos primeiros.
Dos chutes quando ainda no ventre, em seus movimentos de acomodação.
E da insegurança dos primeiros passos.
Ele tem tanto para dar.
Por que confiá-lo a outrem, se a Divindade lho oferta?
A mãe foi despertando na gestante.
Num gesto quase mecânico, acariciou o ventre bojudo e sentiu os movimentos do bebé.
Que desejaria ele dizer?
Não me abandone, cuide de mim.
Estreite-me em seus braços.
Venho para com você aprender o alfabeto do amor.
Não me dê a ninguém.
É do seu carinho que preciso.
Quando a tarde morreu, a gestante retornou ao seu lar, com a esperança a tremeluzir no olhar.
A mulher doação a auxiliaria e ela teria o seu filho, conduzindo-o no mundo.
Dividiriam as dificuldades e somariam esforços.
Permitiriam que se multiplicassem as oportunidades de regeneração, para que diminuíssem as dores.
E se a soma dos problemas parecesse suplantar as forças, sempre poderiam contar com o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe.
Os filhos não são realizações fortuitas.
São filhos de Deus em jornada evolutiva, seguindo hoje ao seu lado, sob a direcção das suas experiências.
Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução.
Momento Espírita, com pensamentos finais extraídos do verbete Filho, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Evocações do Natal
É comum os hospitais, na semana que antecede o Natal, tentar mandar para casa o maior número possível de pacientes.
No entanto, alguns sempre necessitam permanecer.
Esses são atendidos pelos médicos que se oferecem como voluntários para trabalhar na véspera e dia de Natal ou que obedecem à escala pré-fixada pela instituição hospitalar.
Naquele Natal, Rachel estava um tanto chateada.
Por ser solteira, fora escalada para trabalhar naqueles dias, permitindo assim que seus colegas ficassem com seus cônjuges, filhos ou pais.
No dia de Natal, vários grupos de pessoas apareceram nas enfermarias e distribuíram lembranças aos pacientes.
Contudo, ao cair da noite, eles se encontravam em suas casas.
O imenso hospital ficou em silêncio.
Muitos leitos vazios.
As poucas lâmpadas acesas nas mesas de cabeceira pareciam ilhas de luz na escuridão.
Rachel ia de um paciente a outro verificando o soro, indagando sobre sintomas, oferecendo medicamentos para a dor ou para dormir.
O Natal é uma época de muitas lembranças e vários dos pacientes desejavam falar sobre elas.
Ela ouviu, naquela noite, muitas histórias.
Tristes umas, emocionantes outras.
Até que chegou ao leito de Petey.
Era um homem velho, a respeito do qual ninguém tinha bem certeza da idade.
Um andarilho, um desamparado.
Nada mais trazia, quando chegara ao hospital, que a muda de roupa que o vestia.
Portador de enfisema crónico, os médicos o mantinham hospitalizado, evitando que ele retornasse ao frio intenso das ruas.
Era tímido e gentil.
Alegrava-se por qualquer coisa e se mostrava agradecido pelos cuidados que recebia.
Ele sorriu, ao vê-la.
Estendeu a mão, abrindo a gaveta da velha mesa de cabeceira, onde estavam guardados seus tesouros:
um canivete, uma escova de dentes, uma lâmina de barbear, um pente, algumas moedas e duas belas laranjas, que ganhara naquela tarde.
Ele tomou de uma delas, estendeu para Rachel:
Dona doutora, Feliz Natal.
Seus olhos demonstravam o enorme prazer que ele estava sentindo em ofertar-lhe a fruta.
E, de repente, muitas lembranças acudiram à memória da médica.
Recordou de sua infância, dos Natais em que sentia essa mesma alegria em dar presentes.
Algo seu. Especialmente preparado para a data, para alguém.
Tudo parecia tão distante. E tão perto.
Lembrava-se de que tinha aprendido muitas coisas desde então, mas que também esquecera outras tantas.
Há muitos anos, seu avô lhe ensinara aquela mesma maneira de viver que Petey mostrava agora.
Entretanto, ao longo dos seus anos de formação académica, a voz de seu avô acabara sendo sufocada pelas vozes de seus familiares, de seus colegas, de seus professores.
Ela estendeu os braços e recolheu o presente, extremamente agradecida.
Feliz Natal, Petey. – Disse, comovida, os olhos cheios de lágrimas.
É preciso muito tempo até que nos conscientizemos de que os bens preciosos que temos para dar não foram aprendidos nos livros.
Também que a sabedoria de viver bem não é conferida aos alunos mais destacados nos estudos avançados.
Os verdadeiros professores andam por toda parte.
Basta saber colher as lições que sua sabedoria nos transmite, nos gestos desprendidos, simples, despojados.
Um gesto simples como estender a mão, sorrir, desejar Feliz Natal.
Repartir o presente recebido, num gesto espontâneo de profunda gratidão.
Momento Espírita, com base no cap. O sábio, do livro As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
No entanto, alguns sempre necessitam permanecer.
Esses são atendidos pelos médicos que se oferecem como voluntários para trabalhar na véspera e dia de Natal ou que obedecem à escala pré-fixada pela instituição hospitalar.
Naquele Natal, Rachel estava um tanto chateada.
Por ser solteira, fora escalada para trabalhar naqueles dias, permitindo assim que seus colegas ficassem com seus cônjuges, filhos ou pais.
No dia de Natal, vários grupos de pessoas apareceram nas enfermarias e distribuíram lembranças aos pacientes.
Contudo, ao cair da noite, eles se encontravam em suas casas.
O imenso hospital ficou em silêncio.
Muitos leitos vazios.
As poucas lâmpadas acesas nas mesas de cabeceira pareciam ilhas de luz na escuridão.
Rachel ia de um paciente a outro verificando o soro, indagando sobre sintomas, oferecendo medicamentos para a dor ou para dormir.
O Natal é uma época de muitas lembranças e vários dos pacientes desejavam falar sobre elas.
Ela ouviu, naquela noite, muitas histórias.
Tristes umas, emocionantes outras.
Até que chegou ao leito de Petey.
Era um homem velho, a respeito do qual ninguém tinha bem certeza da idade.
Um andarilho, um desamparado.
Nada mais trazia, quando chegara ao hospital, que a muda de roupa que o vestia.
Portador de enfisema crónico, os médicos o mantinham hospitalizado, evitando que ele retornasse ao frio intenso das ruas.
Era tímido e gentil.
Alegrava-se por qualquer coisa e se mostrava agradecido pelos cuidados que recebia.
Ele sorriu, ao vê-la.
Estendeu a mão, abrindo a gaveta da velha mesa de cabeceira, onde estavam guardados seus tesouros:
um canivete, uma escova de dentes, uma lâmina de barbear, um pente, algumas moedas e duas belas laranjas, que ganhara naquela tarde.
Ele tomou de uma delas, estendeu para Rachel:
Dona doutora, Feliz Natal.
Seus olhos demonstravam o enorme prazer que ele estava sentindo em ofertar-lhe a fruta.
E, de repente, muitas lembranças acudiram à memória da médica.
Recordou de sua infância, dos Natais em que sentia essa mesma alegria em dar presentes.
Algo seu. Especialmente preparado para a data, para alguém.
Tudo parecia tão distante. E tão perto.
Lembrava-se de que tinha aprendido muitas coisas desde então, mas que também esquecera outras tantas.
Há muitos anos, seu avô lhe ensinara aquela mesma maneira de viver que Petey mostrava agora.
Entretanto, ao longo dos seus anos de formação académica, a voz de seu avô acabara sendo sufocada pelas vozes de seus familiares, de seus colegas, de seus professores.
Ela estendeu os braços e recolheu o presente, extremamente agradecida.
Feliz Natal, Petey. – Disse, comovida, os olhos cheios de lágrimas.
É preciso muito tempo até que nos conscientizemos de que os bens preciosos que temos para dar não foram aprendidos nos livros.
Também que a sabedoria de viver bem não é conferida aos alunos mais destacados nos estudos avançados.
Os verdadeiros professores andam por toda parte.
Basta saber colher as lições que sua sabedoria nos transmite, nos gestos desprendidos, simples, despojados.
Um gesto simples como estender a mão, sorrir, desejar Feliz Natal.
Repartir o presente recebido, num gesto espontâneo de profunda gratidão.
Momento Espírita, com base no cap. O sábio, do livro As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Servo de todos
O mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo, é a história da redenção da própria humanidade, que sai das furnas do “eu”, para os altos píncaros da liberdade.
Vivendo os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a história, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.
E não se afastou, jamais, da directriz inicial assumida: a de servo de todos.
Jesus concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .
Como o maior de todos pôde fazer tal afirmativa? – Questionam os apressados.
Servo de todos?
Colocar-se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?
Ora, os grandes do mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!
E tal compreensão ainda é actual, infelizmente, no orbe terrestre:
a de que aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser servidos, e não servir.
Talvez, se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.
É muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a serviço dos menos capacitados.
Essa é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas acções.
O Ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!
Os grandes servem!
Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.
Não há humilhação alguma em servir, em ser servo!
São os preconceitos da alma humana que criaram esta impressão falsa.
Assim, se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real, o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.
Quando se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do servir.
Estamos servindo a nossa família como poderíamos?
Estamos servindo à sociedade de forma suficiente?
Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que temos?
Quem conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser servidor poderoso.
Servimos, toda vez que estendemos a mão a quem precisa.
Servimos, sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o choro amargo.
Servimos, toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.
Servimos, sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas inter-relacionais ao nosso redor.
Seja servo de todos e seja mais feliz.
Momento Espírita, com base no cap. Boas novas, do livro Primícias do Reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Vivendo os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a história, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.
E não se afastou, jamais, da directriz inicial assumida: a de servo de todos.
Jesus concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .
Como o maior de todos pôde fazer tal afirmativa? – Questionam os apressados.
Servo de todos?
Colocar-se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?
Ora, os grandes do mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!
E tal compreensão ainda é actual, infelizmente, no orbe terrestre:
a de que aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser servidos, e não servir.
Talvez, se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.
É muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a serviço dos menos capacitados.
Essa é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas acções.
O Ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!
Os grandes servem!
Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.
Não há humilhação alguma em servir, em ser servo!
São os preconceitos da alma humana que criaram esta impressão falsa.
Assim, se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real, o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.
Quando se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do servir.
Estamos servindo a nossa família como poderíamos?
Estamos servindo à sociedade de forma suficiente?
Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que temos?
Quem conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser servidor poderoso.
Servimos, toda vez que estendemos a mão a quem precisa.
Servimos, sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o choro amargo.
Servimos, toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.
Servimos, sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas inter-relacionais ao nosso redor.
Seja servo de todos e seja mais feliz.
Momento Espírita, com base no cap. Boas novas, do livro Primícias do Reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A mãe de Jesus
Ela crescera, tendo o Espírito alimentado pelas profecias de Israel.
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água, para apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.
Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a mãe do aguardado Messias.
Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por mensageiros que lhe falavam de que fazeres que ela guardava na intimidade d’alma.
Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera, em Nazaré, uma voz a chamou:
Miriam. Seu nome egípcio-hebraico, significa querida de Deus.
Ela despertou. Que estranha claridade era aquela em seu quarto?
Não provinha da porta.
Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no manto da noite quieta.
De quem era aquela silhueta?
Que homem era aquele que ousava adentrar seu quarto?
Sou Gabriel, identifica-se, um dos mensageiros de Yaweh.
Venho confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.
Teu seio abrigará a glória de Israel.
Conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo e o Seu reino não terá fim.
Maria escuta.
As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e, pela sua mente transitam os dizeres proféticos.
Sente-se tão pequena para tão grande mister.
Ser a mãe do Senhor.
Ela balbucia:
Eis aqui a escrava do Senhor.
Cumpra-se em mim segundo a tua palavra.
O mensageiro se vai e ela aguarda.
O Evangelista Lucas lhe registaria, anos mais tarde, o Cântico de glória, denominado Magnificat:
A minha alma glorifica o Senhor!
E o meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!
Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra, para a minha baixeza e humildade atentou.
E eis, pois, que, desde agora, e por todos os tempos, todas as gerações me chamarão bem-aventurada!
Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o Seu nome!
E a Sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os que O temem.
Com Seu braço valoroso, destruiu os soberbos, no pensamento de Seus corações.
Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes.
Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Cumpriu a palavra que deu a Abraão, recordando-se da promessa da Sua misericórdia!
Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu.
Seus seios O alimentaram nos meses primeiros.
Banhou-O, agasalhou-O, segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez.
E mais de uma vez, deverá ter pensado:
Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao Teu.
Dia chegará em que não te poderei furtar à sanha dos homens.
Por ora, Amado meu, deixa-me guardar-te e proteger-te.
Ela lhe acompanhou o crescimento.
Viu-O iniciar o Seu período de aprendizado com o Pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza de que o menino já sabia de tudo aquilo.
Na sinagoga, O viu destacar-se entre os outros meninos, e assombrar os doutores.
O seu Jesus, seu filho, seu Senhor.
Angustiou-se mais de uma vez, enquanto O contemplava a dormir.
Que seria feito dEle?
Maria, mãe de Jesus. Mãe de todos nós. Mãe da Humanidade.
Agradecemos-Te a dádiva que nos ofertaste e, ao ensejo do Natal, Te dizemos: Obrigado, mãe.
Momento Espírita, com base no cap. A mãe de Jesus, do livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. FEP.
§.§.§- Ave sem Ninho
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água, para apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.
Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a mãe do aguardado Messias.
Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por mensageiros que lhe falavam de que fazeres que ela guardava na intimidade d’alma.
Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera, em Nazaré, uma voz a chamou:
Miriam. Seu nome egípcio-hebraico, significa querida de Deus.
Ela despertou. Que estranha claridade era aquela em seu quarto?
Não provinha da porta.
Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no manto da noite quieta.
De quem era aquela silhueta?
Que homem era aquele que ousava adentrar seu quarto?
Sou Gabriel, identifica-se, um dos mensageiros de Yaweh.
Venho confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.
Teu seio abrigará a glória de Israel.
Conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo e o Seu reino não terá fim.
Maria escuta.
As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e, pela sua mente transitam os dizeres proféticos.
Sente-se tão pequena para tão grande mister.
Ser a mãe do Senhor.
Ela balbucia:
Eis aqui a escrava do Senhor.
Cumpra-se em mim segundo a tua palavra.
O mensageiro se vai e ela aguarda.
O Evangelista Lucas lhe registaria, anos mais tarde, o Cântico de glória, denominado Magnificat:
A minha alma glorifica o Senhor!
E o meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!
Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra, para a minha baixeza e humildade atentou.
E eis, pois, que, desde agora, e por todos os tempos, todas as gerações me chamarão bem-aventurada!
Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o Seu nome!
E a Sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os que O temem.
Com Seu braço valoroso, destruiu os soberbos, no pensamento de Seus corações.
Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes.
Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Cumpriu a palavra que deu a Abraão, recordando-se da promessa da Sua misericórdia!
Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu.
Seus seios O alimentaram nos meses primeiros.
Banhou-O, agasalhou-O, segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez.
E mais de uma vez, deverá ter pensado:
Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao Teu.
Dia chegará em que não te poderei furtar à sanha dos homens.
Por ora, Amado meu, deixa-me guardar-te e proteger-te.
Ela lhe acompanhou o crescimento.
Viu-O iniciar o Seu período de aprendizado com o Pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza de que o menino já sabia de tudo aquilo.
Na sinagoga, O viu destacar-se entre os outros meninos, e assombrar os doutores.
O seu Jesus, seu filho, seu Senhor.
Angustiou-se mais de uma vez, enquanto O contemplava a dormir.
Que seria feito dEle?
Maria, mãe de Jesus. Mãe de todos nós. Mãe da Humanidade.
Agradecemos-Te a dádiva que nos ofertaste e, ao ensejo do Natal, Te dizemos: Obrigado, mãe.
Momento Espírita, com base no cap. A mãe de Jesus, do livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. FEP.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Momento de avaliação
No encerramento de cada exercício e início de um novo é inevitável para as empresas a estruturação de um balanço, em relação aos investimentos estabelecidos.
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período.
Indispensável, para bem se aquilatar de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento ou início da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigência.
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência.
A ajuda dos amores ao redor é preciosa, uma vez que, por vezes, a auto-visão poderá estar embaçada por desequilíbrios ou traumas vivenciados.
Perguntar como nos enxergaram durante tal período específico, sobre esse ou aquele aspecto, é bastante válido e propício.
São opiniões que devem ser levadas em conta nesta grande avaliação-balanço produzida em nosso mundo íntimo.
Suponhamos que a desencarnação nos surpreendesse e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período.
Indispensável, para bem se aquilatar de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
* * *
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento ou início da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigência.
* * *
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência.
A ajuda dos amores ao redor é preciosa, uma vez que, por vezes, a auto-visão poderá estar embaçada por desequilíbrios ou traumas vivenciados.
Perguntar como nos enxergaram durante tal período específico, sobre esse ou aquele aspecto, é bastante válido e propício.
São opiniões que devem ser levadas em conta nesta grande avaliação-balanço produzida em nosso mundo íntimo.
Suponhamos que a desencarnação nos surpreendesse e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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A indispensável vitória
“Eu venci o mundo.” Jesus Mt, 14:27
Ele chegara ao mundo das espessas sombras num período decisivo para todos quantos no mundo se achavam.
Viera apresentar um modo diferente de viver, de enfrentar dificuldades, de tratar amigos e adversários perseguidores.
Viera, ainda, ensinar quão precário é o poder do mundo da matéria e quão passageiras são as posses que mudam de mãos num piscar de olhos.
Disse Jesus que amigo é aquele que é capaz de dar a sua vida pela do outro.
E Ele mesmo ofertou a Sua a todos, pois todos eram alvos de Seu amor.
Jesus orientou para que amássemos os inimigos e orássemos pelos perseguidores e caluniadores.
E Ele o fez de maneira comovedora.
Ensinou o Mestre que não deveríamos nos perturbar pela posse do ouro.
E Ele, por seu turno, não tinha onde reclinar a cabeça.
Sugeriu o Senhor nos ocupássemos por conquistas as verdadeiras riquezas para a alma:
aquelas que não sofrem a acção das traças, os desgastes do tempo, tampouco a usurpação de gatunos.
E viveu a exemplificar as mais afortunadas virtudes interiores da alma.
Jesus Cristo chegou à Terra com disposição para alterar os estatutos dos preconceitos absurdos, para desfazer a teia da hipocrisia, ensinando-nos a construir conceitos novos sobre diversos elementos que marcam a vida terrena.
À frente dos que vociferavam ansiosos por apedrejar a mulher flagrada em adultério, não desdenhou os princípios sociais das leis de Moisés, nem incentivou o movimento covarde.
Raptou os que estivessem livres de erro, naquela área do comportamento, para que iniciassem o apedrejamento.
Diante dos que O censuravam porque mantinha afável relacionamento com criaturas tidas como de vida irregular, surpreendeu a todos ao afirmar que são os doentes que têm necessidade de médico.
A todo momento Jesus se reportava ao Criador como o Pai Celeste, Pai da imensa família cósmica.
Afirmou que em Seus domínios muitas moradas havia, ao mesmo tempo em que asseverou que seus pais e seus irmãos eram todos os que, nos trilhos da luz do progresso, realizavam a vontade do Pai do Céu.
A sua actuação à frente das mazelas humanas era de ensino e correcção, socorrendo o faltoso; a Sua postura junto aos rebeldes e aos indiferentes era de paciência, aguardando o trabalho do tempo enquanto lhes propunha a busca da harmonização íntima; diante das autoridades do mundo, vivenciava o respeito devido a sua função, sem descer ao nível do temor ou da bajulice injustificáveis.
Em Jesus, tudo era luz de nova oportunidade.
Com Jesus, o aprendizado de todo momento enriquecia os que O acompanhavam.
Quando atraiçoado e detido, ensinou coragem e confiança no Pai.
Sob o azorrague e sob a cruz que conduziu ao topo da montanha, deu testemunho da dor silenciosa e do sofrimento sem mágoa.
Quando imolado, no madeiro, de corpo macerado, levou a alma aos lábios e suplicou em favor dos algozes inconscientes.
Ao regressar ao seio dos amigos, vencida a morte e rompida a lápide do túmulo, não poderia ser outro o Seu cântico de glória e sua determinação de confiança:
Tende bom ânimo, porque eu venci o mundo.
Sem embargo, Jesus vencera o mundo das aparências, das ilusões, da soberba, das vinditas, das paixões inferiores, enfim.
Ele é quem nos ensina, com a Sua própria vida, a não nos submeter a esses tempos de obsessões variadas que vergastam a vida no nosso planeta.
Jesus é aquele que nos reforça a coragem para sermos capazes de controlar as paixões terrenas subalternas, para não sucumbirmos ao seu império devastador, alcançando essa importantíssima vitória sobre nós mesmos e sobre o mundo.
pelo Espírito Francisco de Paula Vítor
De “Quem é o Cristo?”, de J. Raul Teixeira
§.§.§- Ave sem Ninho
Ele chegara ao mundo das espessas sombras num período decisivo para todos quantos no mundo se achavam.
Viera apresentar um modo diferente de viver, de enfrentar dificuldades, de tratar amigos e adversários perseguidores.
Viera, ainda, ensinar quão precário é o poder do mundo da matéria e quão passageiras são as posses que mudam de mãos num piscar de olhos.
Disse Jesus que amigo é aquele que é capaz de dar a sua vida pela do outro.
E Ele mesmo ofertou a Sua a todos, pois todos eram alvos de Seu amor.
Jesus orientou para que amássemos os inimigos e orássemos pelos perseguidores e caluniadores.
E Ele o fez de maneira comovedora.
Ensinou o Mestre que não deveríamos nos perturbar pela posse do ouro.
E Ele, por seu turno, não tinha onde reclinar a cabeça.
Sugeriu o Senhor nos ocupássemos por conquistas as verdadeiras riquezas para a alma:
aquelas que não sofrem a acção das traças, os desgastes do tempo, tampouco a usurpação de gatunos.
E viveu a exemplificar as mais afortunadas virtudes interiores da alma.
Jesus Cristo chegou à Terra com disposição para alterar os estatutos dos preconceitos absurdos, para desfazer a teia da hipocrisia, ensinando-nos a construir conceitos novos sobre diversos elementos que marcam a vida terrena.
À frente dos que vociferavam ansiosos por apedrejar a mulher flagrada em adultério, não desdenhou os princípios sociais das leis de Moisés, nem incentivou o movimento covarde.
Raptou os que estivessem livres de erro, naquela área do comportamento, para que iniciassem o apedrejamento.
Diante dos que O censuravam porque mantinha afável relacionamento com criaturas tidas como de vida irregular, surpreendeu a todos ao afirmar que são os doentes que têm necessidade de médico.
A todo momento Jesus se reportava ao Criador como o Pai Celeste, Pai da imensa família cósmica.
Afirmou que em Seus domínios muitas moradas havia, ao mesmo tempo em que asseverou que seus pais e seus irmãos eram todos os que, nos trilhos da luz do progresso, realizavam a vontade do Pai do Céu.
A sua actuação à frente das mazelas humanas era de ensino e correcção, socorrendo o faltoso; a Sua postura junto aos rebeldes e aos indiferentes era de paciência, aguardando o trabalho do tempo enquanto lhes propunha a busca da harmonização íntima; diante das autoridades do mundo, vivenciava o respeito devido a sua função, sem descer ao nível do temor ou da bajulice injustificáveis.
Em Jesus, tudo era luz de nova oportunidade.
Com Jesus, o aprendizado de todo momento enriquecia os que O acompanhavam.
Quando atraiçoado e detido, ensinou coragem e confiança no Pai.
Sob o azorrague e sob a cruz que conduziu ao topo da montanha, deu testemunho da dor silenciosa e do sofrimento sem mágoa.
Quando imolado, no madeiro, de corpo macerado, levou a alma aos lábios e suplicou em favor dos algozes inconscientes.
Ao regressar ao seio dos amigos, vencida a morte e rompida a lápide do túmulo, não poderia ser outro o Seu cântico de glória e sua determinação de confiança:
Tende bom ânimo, porque eu venci o mundo.
Sem embargo, Jesus vencera o mundo das aparências, das ilusões, da soberba, das vinditas, das paixões inferiores, enfim.
Ele é quem nos ensina, com a Sua própria vida, a não nos submeter a esses tempos de obsessões variadas que vergastam a vida no nosso planeta.
Jesus é aquele que nos reforça a coragem para sermos capazes de controlar as paixões terrenas subalternas, para não sucumbirmos ao seu império devastador, alcançando essa importantíssima vitória sobre nós mesmos e sobre o mundo.
pelo Espírito Francisco de Paula Vítor
De “Quem é o Cristo?”, de J. Raul Teixeira
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A estrela do Natal
Naquela manhã, avó e neta carregavam diversos enfeites e diminutas lâmpadas coloridas.
Chegara o esperado dia de enfeitar a árvore de Natal.
Aos poucos, o belo pinheiro foi se transformando:
luzes cintilantes o iluminavam, bolas de cores variadas o adornavam e, no topo, uma estrela fulgurante arrematava a encantadora decoração.
Algumas horas depois, a árvore de Natal estava completamente enfeitada.
Vovó, eu gosto muito de decorar o pinheirinho de Natal com você! - Revelou a menina, aconchegando-se no colo da gentil senhora.
E eu gosto muito que você me ajude a fazer isso, minha filha, redarguiu a avó, sorrindo.
Mas você sabe, prosseguiu, é preciso também que enfeitemos o pinheirinho que todos temos dentro do coração.
Um pinheirinho dentro do coração? - Questionou a menina, sem compreender.
Sim, respondeu a avó.
O Criador plantou no coração de cada um de nós um pinheirinho.
É nossa responsabilidade enfeitá-lo, assim como enfeitamos a árvore que agora ilumina a nossa casa.
Mas, vovó, como podemos enfeitar o pinheirinho do coração?
Ora, minha filha, nós o enfeitamos com laços, bolas coloridas, luzes e até mesmo com uma estrela como esta, explicou a senhora, indicando a estrela que fora colocada, no topo da árvore, que ambas haviam enfeitado.
Mas como fazemos isso?
A avó abraçou a neta, correndo-lhe os dedos pelos cabelos, e respondeu:
Quando somos caridosos, quando perdoamos, quando amamos, criamos laços fraternos com aqueles que estão ao nosso redor.
São esses laços que enfeitam o pinheirinho que Deus plantou em nós.
Da mesma forma, a gentileza, o respeito, a humildade, a empatia, a generosidade, são as bolas coloridas com as quais enfeitamos a árvore do coração.
As luzes, prosseguiu a avó, são nossas orações.
Todas as vezes que falamos com Deus, uma cintilante luz brilha em nosso interior, iluminando nosso caminho.
E a estrela, vovó? - Questionou a menina, olhos brilhantes, atenta à explicação.
A estrela é a fé.
Fé que, quando cultivada, brilha no céu de nossas almas e transforma o choro e a tristeza em esperança.
E nos fortalece a vontade para continuar perseguindo nossos sonhos, até os vermos concretizados.
Abraçando a neta, a avó finalizou:
Lembre que não há, minha filha, nenhuma estrela mais cintilante do que a fé e nenhuma luz mais brilhante que a oração.
A poetisa Cora Coralina escreveu certa vez:
Enfeite a árvore de sua vida com guirlandas de gratidão.
Em sua lista de presentes, em cada caixinha embrulhe um pedacinho de amor, ternura, reconciliação, perdão!
No estoque do coração, a hora é agora!
Enfeite seu interior!
Seja diferente! Seja reluzente!
Neste Natal, ofertemos para o desafecto, o perdão; para o oponente, a tolerância; para o próximo, o amor; para a criança, o exemplo; para o passado, a lição; para o presente, a oportunidade; para o futuro, a confiança; para nós mesmos, o nascimento de Jesus em nossos corações.
Feliz Natal para todos nós!
Momento Espírita, com base no poema Poesia de Natal, do livro Meu livro de cordel, de Cora Coralina, ed. Global.
§.§.§- Ave sem Ninho
Chegara o esperado dia de enfeitar a árvore de Natal.
Aos poucos, o belo pinheiro foi se transformando:
luzes cintilantes o iluminavam, bolas de cores variadas o adornavam e, no topo, uma estrela fulgurante arrematava a encantadora decoração.
Algumas horas depois, a árvore de Natal estava completamente enfeitada.
Vovó, eu gosto muito de decorar o pinheirinho de Natal com você! - Revelou a menina, aconchegando-se no colo da gentil senhora.
E eu gosto muito que você me ajude a fazer isso, minha filha, redarguiu a avó, sorrindo.
Mas você sabe, prosseguiu, é preciso também que enfeitemos o pinheirinho que todos temos dentro do coração.
Um pinheirinho dentro do coração? - Questionou a menina, sem compreender.
Sim, respondeu a avó.
O Criador plantou no coração de cada um de nós um pinheirinho.
É nossa responsabilidade enfeitá-lo, assim como enfeitamos a árvore que agora ilumina a nossa casa.
Mas, vovó, como podemos enfeitar o pinheirinho do coração?
Ora, minha filha, nós o enfeitamos com laços, bolas coloridas, luzes e até mesmo com uma estrela como esta, explicou a senhora, indicando a estrela que fora colocada, no topo da árvore, que ambas haviam enfeitado.
Mas como fazemos isso?
A avó abraçou a neta, correndo-lhe os dedos pelos cabelos, e respondeu:
Quando somos caridosos, quando perdoamos, quando amamos, criamos laços fraternos com aqueles que estão ao nosso redor.
São esses laços que enfeitam o pinheirinho que Deus plantou em nós.
Da mesma forma, a gentileza, o respeito, a humildade, a empatia, a generosidade, são as bolas coloridas com as quais enfeitamos a árvore do coração.
As luzes, prosseguiu a avó, são nossas orações.
Todas as vezes que falamos com Deus, uma cintilante luz brilha em nosso interior, iluminando nosso caminho.
E a estrela, vovó? - Questionou a menina, olhos brilhantes, atenta à explicação.
A estrela é a fé.
Fé que, quando cultivada, brilha no céu de nossas almas e transforma o choro e a tristeza em esperança.
E nos fortalece a vontade para continuar perseguindo nossos sonhos, até os vermos concretizados.
Abraçando a neta, a avó finalizou:
Lembre que não há, minha filha, nenhuma estrela mais cintilante do que a fé e nenhuma luz mais brilhante que a oração.
A poetisa Cora Coralina escreveu certa vez:
Enfeite a árvore de sua vida com guirlandas de gratidão.
Em sua lista de presentes, em cada caixinha embrulhe um pedacinho de amor, ternura, reconciliação, perdão!
No estoque do coração, a hora é agora!
Enfeite seu interior!
Seja diferente! Seja reluzente!
Neste Natal, ofertemos para o desafecto, o perdão; para o oponente, a tolerância; para o próximo, o amor; para a criança, o exemplo; para o passado, a lição; para o presente, a oportunidade; para o futuro, a confiança; para nós mesmos, o nascimento de Jesus em nossos corações.
Feliz Natal para todos nós!
Momento Espírita, com base no poema Poesia de Natal, do livro Meu livro de cordel, de Cora Coralina, ed. Global.
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Escrito nas estrelas
Nesta Terra, tudo passa. Tudo é transitório.
Isso é tão verdadeiro que, por vezes, esquecemos personagens que fizeram a grande diferença na Terra.
Usufruímos, por exemplo, da luz eléctrica, com todos os seus benefícios, raramente nos recordando de quem a ofereceu ao mundo.
Combatemos infecções, servindo-nos de antibióticos, sem nos lembrarmos de quem os descobriu, de quem os aprimorou, dos tantos pesquisadores envolvidos.
De igual forma, com vários outros inventos que tornam a nossa vida melhor, mais confortável, mais saudável.
Até mesmo grandes obras literárias, que nos encantaram na infância, emocionaram na juventude, parece que, com o tempo, vamos relegando ao esquecimento.
No entanto, os Espíritos, que mais não são do que as almas dos homens que morreram, nos relatam que na Espiritualidade existem registos precisos de toda a História da nossa Humanidade.
No que diz respeito a livros, por exemplo, dizem que grandes bibliotecas existem.
Bibliotecas onde são arquivados os trabalhos gráficos que se fazem na Terra.
Afirmam que quando um escritor ou um médium, seja quem for, escreve algo que beneficia a humanidade, nessa biblioteca fica inscrito, com um tipo de letra, bem característica, traduzindo a nobreza do seu conteúdo.
À medida que a mente, aqui, no planeta, vai elaborando, simultaneamente vai plasmando lá, nesses fichários muito sensíveis, que captam a onda mental e tudo imprimem.
Se hoje temos a possibilidade de arquivar, aqui na Terra, de forma virtual, pela digitação ou digitalização, imaginemos que processo espectacular esse:
a mente vai produzindo aqui e gravando na Espiritualidade.
Quando a pessoa escreve por ideal e não é remunerada, ao se abrirem esses livros, as letras adquirem relevo e são de uma forma muito agradável à vista, tendo uma peculiar luminosidade.
Se for um escritor profissional, que é remunerado pela sua obra, mas o que produz é edificante, de igual forma fica tudo registado.
Se a pessoa faz por ideal e, estando num momento sofrido, difícil, ainda assim escreve com beleza, esquecendo-se de si mesma, para ajudar a criatura humana, as letras adquirem uma vibração musical e se transformam em verdadeiros cantos.
Assim, a pessoa ouve, vê e capta os registos psíquicos de quando o autor estava elaborando a tese.
Esses fichários, nessa biblioteca, nos fazem lembrar os da Terra, onde estão registadas as ideias que se vão transformar em roteiro de orientação da criatura humana.
Isso tudo nos remete a um ensino do Mestre Jesus, registado pelo Evangelista Mateus:
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no céu.
Também nos diz que vale a pena, quando estamos desalentados e sofridos, não desanimarmos e continuarmos as nossas tarefas.
Aquela que exige sacrifício, abnegação, esforço, renúncia e, acima de tudo, tenacidade, quando realizada em momentos de testemunho pessoal ou de provação, tem maior valor.
Então, registemos nosso melhor nas estrelas da Espiritualidade.
Momento Espírita, com base no cap. 12, do livro O semeador de estrelas, de Suely Caldas Schubert, ed. LEAL e com transcrição do cap. 18, versículo 18, do Evangelho de Mateus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Isso é tão verdadeiro que, por vezes, esquecemos personagens que fizeram a grande diferença na Terra.
Usufruímos, por exemplo, da luz eléctrica, com todos os seus benefícios, raramente nos recordando de quem a ofereceu ao mundo.
Combatemos infecções, servindo-nos de antibióticos, sem nos lembrarmos de quem os descobriu, de quem os aprimorou, dos tantos pesquisadores envolvidos.
De igual forma, com vários outros inventos que tornam a nossa vida melhor, mais confortável, mais saudável.
Até mesmo grandes obras literárias, que nos encantaram na infância, emocionaram na juventude, parece que, com o tempo, vamos relegando ao esquecimento.
No entanto, os Espíritos, que mais não são do que as almas dos homens que morreram, nos relatam que na Espiritualidade existem registos precisos de toda a História da nossa Humanidade.
No que diz respeito a livros, por exemplo, dizem que grandes bibliotecas existem.
Bibliotecas onde são arquivados os trabalhos gráficos que se fazem na Terra.
Afirmam que quando um escritor ou um médium, seja quem for, escreve algo que beneficia a humanidade, nessa biblioteca fica inscrito, com um tipo de letra, bem característica, traduzindo a nobreza do seu conteúdo.
À medida que a mente, aqui, no planeta, vai elaborando, simultaneamente vai plasmando lá, nesses fichários muito sensíveis, que captam a onda mental e tudo imprimem.
Se hoje temos a possibilidade de arquivar, aqui na Terra, de forma virtual, pela digitação ou digitalização, imaginemos que processo espectacular esse:
a mente vai produzindo aqui e gravando na Espiritualidade.
Quando a pessoa escreve por ideal e não é remunerada, ao se abrirem esses livros, as letras adquirem relevo e são de uma forma muito agradável à vista, tendo uma peculiar luminosidade.
Se for um escritor profissional, que é remunerado pela sua obra, mas o que produz é edificante, de igual forma fica tudo registado.
Se a pessoa faz por ideal e, estando num momento sofrido, difícil, ainda assim escreve com beleza, esquecendo-se de si mesma, para ajudar a criatura humana, as letras adquirem uma vibração musical e se transformam em verdadeiros cantos.
Assim, a pessoa ouve, vê e capta os registos psíquicos de quando o autor estava elaborando a tese.
Esses fichários, nessa biblioteca, nos fazem lembrar os da Terra, onde estão registadas as ideias que se vão transformar em roteiro de orientação da criatura humana.
Isso tudo nos remete a um ensino do Mestre Jesus, registado pelo Evangelista Mateus:
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no céu.
Também nos diz que vale a pena, quando estamos desalentados e sofridos, não desanimarmos e continuarmos as nossas tarefas.
Aquela que exige sacrifício, abnegação, esforço, renúncia e, acima de tudo, tenacidade, quando realizada em momentos de testemunho pessoal ou de provação, tem maior valor.
Então, registemos nosso melhor nas estrelas da Espiritualidade.
Momento Espírita, com base no cap. 12, do livro O semeador de estrelas, de Suely Caldas Schubert, ed. LEAL e com transcrição do cap. 18, versículo 18, do Evangelho de Mateus.
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PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE
É variável a duração da perturbação após a morte
1. Por ocasião da morte – ensina o Espiritismo – tudo, a princípio, é confuso.
A alma precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesma.
Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
2. Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte corporal.
Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos.
Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque eles compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
3. O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o carácter moral e as aquisições espirituais de cada ser.
Não existem duas desencarnações iguais.
Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade.
4. Nesse sentido, o comportamento religioso exerce fundamental importância.
Os que se fixaram às ideias niilistas, materialistas, hibernam-se, não raro, como a fugir da realidade, num bloqueio inconsciente de longo porte que os atormenta em forma de pesadelos infelizes de que não conseguem facilmente libertar-se.
Muitos assistem estarrecidos à decomposição cadavérica
5. Tendo agasalhada a ideia do nada, deperecem e se exaurem em agonia superlativa, sem que se permitam alívio, nas regiões frias e temerosas a que são arrastados por natural processo de sintonia mental, quando não acompanham, estarrecidos, a decomposição do próprio corpo a que se agarram, tentando restabelecer-lhe os movimentos, em luta inglória.
6. Os que cultivaram as religiões simplistas, que prometem o Céu a golpes de facilidade e oportunismo, são surpreendidos por uma realidade bem diversa com que não contavam.
7. Os que agasalharam ideias esdrúxulas, fazem-se vítimas de horrores e alucinações lamentáveis que os desnorteiam por tempo indeterminado.
8. Os suicidas, graças às atenuantes e agravantes que os seleccionam automaticamente, descobrem em inditoso despertar a não existência da morte.
9. Os que se converteram em destruidores da vida alheia, experimentam as aflições que infligiram e expungem, em intérmina angústia, o acordar da consciência e a sobrecarga dos crimes perpetrados.
A perturbação é o estado normal no instante da morte
10. A perturbação espiritual ocorre, portanto, na transição da vida corporal para a espiritual.
Nesse instante, a alma experimenta um torpor que paralisa momentaneamente as suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as sensações.
11. A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos.
12. O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ocorre ordinariamente em momento de inconsciência.
Na morte violenta, porém, as sensações não são exactamente as mesmas, porque em tais situações o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente.
O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e acredita-se vivo, prolongando-se essa ilusão até que compreenda o seu estado.
13. O estado do Espírito por ocasião da morte pode, portanto, ser resumido nas proposições que se seguem:
Será tanto maior o sofrimento quanto mais lento for o desprendimento do perispírito.
A presteza do desprendimento está na razão directa do adiantamento moral do Espírito.
Para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
1. Por ocasião da morte – ensina o Espiritismo – tudo, a princípio, é confuso.
A alma precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesma.
Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
2. Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte corporal.
Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos.
Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque eles compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
3. O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o carácter moral e as aquisições espirituais de cada ser.
Não existem duas desencarnações iguais.
Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade.
4. Nesse sentido, o comportamento religioso exerce fundamental importância.
Os que se fixaram às ideias niilistas, materialistas, hibernam-se, não raro, como a fugir da realidade, num bloqueio inconsciente de longo porte que os atormenta em forma de pesadelos infelizes de que não conseguem facilmente libertar-se.
Muitos assistem estarrecidos à decomposição cadavérica
5. Tendo agasalhada a ideia do nada, deperecem e se exaurem em agonia superlativa, sem que se permitam alívio, nas regiões frias e temerosas a que são arrastados por natural processo de sintonia mental, quando não acompanham, estarrecidos, a decomposição do próprio corpo a que se agarram, tentando restabelecer-lhe os movimentos, em luta inglória.
6. Os que cultivaram as religiões simplistas, que prometem o Céu a golpes de facilidade e oportunismo, são surpreendidos por uma realidade bem diversa com que não contavam.
7. Os que agasalharam ideias esdrúxulas, fazem-se vítimas de horrores e alucinações lamentáveis que os desnorteiam por tempo indeterminado.
8. Os suicidas, graças às atenuantes e agravantes que os seleccionam automaticamente, descobrem em inditoso despertar a não existência da morte.
9. Os que se converteram em destruidores da vida alheia, experimentam as aflições que infligiram e expungem, em intérmina angústia, o acordar da consciência e a sobrecarga dos crimes perpetrados.
A perturbação é o estado normal no instante da morte
10. A perturbação espiritual ocorre, portanto, na transição da vida corporal para a espiritual.
Nesse instante, a alma experimenta um torpor que paralisa momentaneamente as suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as sensações.
11. A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos.
12. O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ocorre ordinariamente em momento de inconsciência.
Na morte violenta, porém, as sensações não são exactamente as mesmas, porque em tais situações o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente.
O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e acredita-se vivo, prolongando-se essa ilusão até que compreenda o seu estado.
13. O estado do Espírito por ocasião da morte pode, portanto, ser resumido nas proposições que se seguem:
Será tanto maior o sofrimento quanto mais lento for o desprendimento do perispírito.
A presteza do desprendimento está na razão directa do adiantamento moral do Espírito.
Para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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Re: Momentos Espíritas IV
PERGUNTAS E RESPOSTAS:
1. Que sensações experimenta a alma por ocasião da morte?
R.: Por ocasião da morte, a alma se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
2. Há Espíritos que se sentem perturbados durante os instantes que se seguem à morte corporal?
R.: Sim. E o tempo que dura a perturbação é variável, visto que pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos.
Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa é essa perturbação, porque eles compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
3. O comportamento religioso exerce alguma importância na situação da alma após a morte?
R.: Sim. O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o carácter moral e as aquisições espirituais de cada ser, e, por isso, o comportamento religioso exerce fundamental importância.
Os que se fixaram às ideias niilistas, materialistas, hibernam-se, não raro, como a fugir da realidade, num bloqueio inconsciente de longo porte que os atormenta em forma de pesadelos infelizes.
4. Qual a situação das pessoas que cultivaram as religiões simplistas, que prometem o Céu a golpes de facilidade e oportunismo?
R.: Essas pessoas são surpreendidas por uma realidade bem diversa com que não contavam.
5. Em poucas palavras, como definir o estado do Espírito por ocasião da morte?
R.: O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser resumido nas proposições que se seguem:
Será tanto maior o sofrimento quanto mais lento for o desprendimento do perispírito.
A presteza do desprendimento está na razão directa do adiantamento moral do Espírito.
Para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 164 e 165.
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Parte 1, itens 6, 7, 12 e 13.
Fonte: O Consolador
§.§.§- Ave sem Ninho
1. Que sensações experimenta a alma por ocasião da morte?
R.: Por ocasião da morte, a alma se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
2. Há Espíritos que se sentem perturbados durante os instantes que se seguem à morte corporal?
R.: Sim. E o tempo que dura a perturbação é variável, visto que pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos.
Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa é essa perturbação, porque eles compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
3. O comportamento religioso exerce alguma importância na situação da alma após a morte?
R.: Sim. O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o carácter moral e as aquisições espirituais de cada ser, e, por isso, o comportamento religioso exerce fundamental importância.
Os que se fixaram às ideias niilistas, materialistas, hibernam-se, não raro, como a fugir da realidade, num bloqueio inconsciente de longo porte que os atormenta em forma de pesadelos infelizes.
4. Qual a situação das pessoas que cultivaram as religiões simplistas, que prometem o Céu a golpes de facilidade e oportunismo?
R.: Essas pessoas são surpreendidas por uma realidade bem diversa com que não contavam.
5. Em poucas palavras, como definir o estado do Espírito por ocasião da morte?
R.: O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser resumido nas proposições que se seguem:
Será tanto maior o sofrimento quanto mais lento for o desprendimento do perispírito.
A presteza do desprendimento está na razão directa do adiantamento moral do Espírito.
Para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 164 e 165.
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Parte 1, itens 6, 7, 12 e 13.
Fonte: O Consolador
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Violência e paz
Toda vez que assistimos os noticiários da TV, que lemos revistas e jornais, ficamos inquietos com a onda de violência que invade o mundo.
Por recear os violentos, deixamos de sair à rua.
Pensamos que ficando em casa ficaremos livres das investidas dos maus.
Verdadeiramente, a solução é confiar em Deus e buscar manter ou conquistar a paz.
Essa paz tão almejada por todos nós.
A paz, que caminha com o amor, tem a capacidade de transformar a violência em docilidade, por mais difícil que isso possa parecer.
Lembramo-nos de muitos exemplos.
Do lobo que Francisco de Assis amansou.
Da vitória da não-violência de Gandhi.
Tanto quanto de centenas e centenas de corações anónimos que trabalham em silêncio pela paz da Humanidade, pacificando os que se encontram mais próximos.
Esta doce e silenciosa influência bem está ilustrada num fato ocorrido durante a guerra do Vietnã e que foi narrada por um soldado norte-americano.
Conta ele que, junto com outros companheiros, estavam escondidos numa plantação de arroz. Assim também ali se escondiam vietcongues.
E passaram a travar um acirrado tiroteio.
De repente, por um estreito caminho que dividia um campo do outro, surgiu uma fila de seis monges, andando na mais perfeita paz, tranquilos e equilibrados, seguindo bem em direcção à linha de fogo.
Todos eles olhavam para a frente, de forma serena, como se não houvesse perigo algum.
Naquele momento, algo estranho aconteceu com os soldados de ambos os lados.
Ninguém sentiu vontade de atirar enquanto os monges passavam.
E depois que eles saíram da linha de fogo, o calor da luta havia desaparecido.
Naquele dia, ao menos, todos eles desistiram do combate.
Quando conseguirmos manter a paz inalterável, haveremos de nos sentir muito bem.
Em nosso planeta se espalhará um odor de calma, um desinteresse pelas acções violentas.
Haverá uma vontade de mudar e buscar outros valores.
Em cada um haverá a recordação da inocência infantil e o amor brotará nas criaturas de forma espontânea.
Certamente, até chegarmos lá, ainda teremos que conviver com a violência.
Assim foi com Gandhi, que encontrou um jovem que lhe atirou em pleno peito, fanando-lhe a vida.
Assim foi com Jesus, que sofreu a penalidade da crucificação.
Mas, da mesma forma que eles permaneceram imperturbáveis na sua paz, influenciando-nos a pensar na paz, a desejá-la e conservá-la, assim nos devemos portar.
É como se pudéssemos tornar a ouvir, repetidas vezes, a voz do Rabi Galileu a entoar o Seu poema:
E eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a mim mesmo...
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
Sejam os teus actos um reflexo da tua paz, que deves cultivar com os esforços de todo dia e os investimentos de toda hora.
Momento Espírita, com base em artigo da Revista Presença Espírita, set/out.1997, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Por recear os violentos, deixamos de sair à rua.
Pensamos que ficando em casa ficaremos livres das investidas dos maus.
Verdadeiramente, a solução é confiar em Deus e buscar manter ou conquistar a paz.
Essa paz tão almejada por todos nós.
A paz, que caminha com o amor, tem a capacidade de transformar a violência em docilidade, por mais difícil que isso possa parecer.
Lembramo-nos de muitos exemplos.
Do lobo que Francisco de Assis amansou.
Da vitória da não-violência de Gandhi.
Tanto quanto de centenas e centenas de corações anónimos que trabalham em silêncio pela paz da Humanidade, pacificando os que se encontram mais próximos.
Esta doce e silenciosa influência bem está ilustrada num fato ocorrido durante a guerra do Vietnã e que foi narrada por um soldado norte-americano.
Conta ele que, junto com outros companheiros, estavam escondidos numa plantação de arroz. Assim também ali se escondiam vietcongues.
E passaram a travar um acirrado tiroteio.
De repente, por um estreito caminho que dividia um campo do outro, surgiu uma fila de seis monges, andando na mais perfeita paz, tranquilos e equilibrados, seguindo bem em direcção à linha de fogo.
Todos eles olhavam para a frente, de forma serena, como se não houvesse perigo algum.
Naquele momento, algo estranho aconteceu com os soldados de ambos os lados.
Ninguém sentiu vontade de atirar enquanto os monges passavam.
E depois que eles saíram da linha de fogo, o calor da luta havia desaparecido.
Naquele dia, ao menos, todos eles desistiram do combate.
Quando conseguirmos manter a paz inalterável, haveremos de nos sentir muito bem.
Em nosso planeta se espalhará um odor de calma, um desinteresse pelas acções violentas.
Haverá uma vontade de mudar e buscar outros valores.
Em cada um haverá a recordação da inocência infantil e o amor brotará nas criaturas de forma espontânea.
Certamente, até chegarmos lá, ainda teremos que conviver com a violência.
Assim foi com Gandhi, que encontrou um jovem que lhe atirou em pleno peito, fanando-lhe a vida.
Assim foi com Jesus, que sofreu a penalidade da crucificação.
Mas, da mesma forma que eles permaneceram imperturbáveis na sua paz, influenciando-nos a pensar na paz, a desejá-la e conservá-la, assim nos devemos portar.
É como se pudéssemos tornar a ouvir, repetidas vezes, a voz do Rabi Galileu a entoar o Seu poema:
E eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a mim mesmo...
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
Sejam os teus actos um reflexo da tua paz, que deves cultivar com os esforços de todo dia e os investimentos de toda hora.
Momento Espírita, com base em artigo da Revista Presença Espírita, set/out.1997, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O mais Sublime Amor
Na época do final de ano, a figura de Jesus costuma ser muito lembrada.
Fala-se em Sua vida, em Seus exemplos e em Suas lições.
Ele geralmente é apontado como o exemplo de amor mais consumado de que se tem notícia.
Afinal, dispôs-se a morrer em holocausto de amor à Humanidade.
Estar disposto a morrer por alguém ou por uma causa é sinal de grande dedicação e desprendimento.
Entretanto, os mártires não são raros nos registos da História.
Muitos são os que morreram inocentes, no contexto humano.
Mas nenhum deles sequer se aproximou da excelsa magnitude do Messias Divino.
Por grande que seja uma figura histórica, perante Jesus ela se apequena e desvanece.
Bem se vê que a grandeza do Cristo não reside apenas em Sua morte, mas primordialmente em Sua vida, em um contexto muito amplo.
A sublimidade do amor que Ele dedica à Humanidade transcende tudo o mais que já foi vivido na Terra.
A fim de valorizá-lo devidamente, convém raciocinar sobre esse maravilhoso afecto que a todos ampara.
Conforme ensina a Espiritualidade maior, a perfeição de Jesus se perde na noite dos tempos.
Muito antes de o planeta Terra existir, Ele já havia completado todos os processos e se tornado perfeito.
Na plenitude de todos os dons, recebeu do Criador a tarefa de presidir à criação do orbe terreno.
Amorosamente se desincumbiu da tarefa, providenciando um lar para Espíritos necessitados de experiências materiais.
Mas foi além disso e se tornou Pastor dos biliões de almas internadas na nova escola sideral em que se converteu o planeta.
Seres primitivos aqui ensaiaram seus primeiros passos em destinação à vida moral.
Entidades antigas e rebeldes às leis divinas também aportaram no orbe terreno, em sua necessidade de ajuste e aprendizado.
Jesus desde sempre preside os processos de aprendizado e redenção que se desenrolam no planeta.
Periodicamente, envia professores, na figura de Espíritos mais avançados, que exemplificam virtudes e impulsionam as artes e as ciências.
Além dessa dedicação incansável e milenar, também desejou partilhar das dores da Humanidade encarnada.
Habituado a conviver com seres angélicos, em esferas sublimes, tomou um corpo de carne e habitou entre rústicos e ignorantes.
Em Sua perfeição, era consciente de Sua natureza e da esfera de que provinha.
Isso certamente lhe permitia diariamente medir a fraqueza e a ignorância existente nos que O rodeavam.
Mas não se agastou, não condenou, a ninguém desprezou.
Em Sua grandeza, demonstrou que o verdadeiro amor desconhece barreiras, por colossais que se afigurem.
O exemplo desse Sublime Amor persiste até hoje como um convite a que lhe sigamos os passos.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Fala-se em Sua vida, em Seus exemplos e em Suas lições.
Ele geralmente é apontado como o exemplo de amor mais consumado de que se tem notícia.
Afinal, dispôs-se a morrer em holocausto de amor à Humanidade.
Estar disposto a morrer por alguém ou por uma causa é sinal de grande dedicação e desprendimento.
Entretanto, os mártires não são raros nos registos da História.
Muitos são os que morreram inocentes, no contexto humano.
Mas nenhum deles sequer se aproximou da excelsa magnitude do Messias Divino.
Por grande que seja uma figura histórica, perante Jesus ela se apequena e desvanece.
Bem se vê que a grandeza do Cristo não reside apenas em Sua morte, mas primordialmente em Sua vida, em um contexto muito amplo.
A sublimidade do amor que Ele dedica à Humanidade transcende tudo o mais que já foi vivido na Terra.
A fim de valorizá-lo devidamente, convém raciocinar sobre esse maravilhoso afecto que a todos ampara.
Conforme ensina a Espiritualidade maior, a perfeição de Jesus se perde na noite dos tempos.
Muito antes de o planeta Terra existir, Ele já havia completado todos os processos e se tornado perfeito.
Na plenitude de todos os dons, recebeu do Criador a tarefa de presidir à criação do orbe terreno.
Amorosamente se desincumbiu da tarefa, providenciando um lar para Espíritos necessitados de experiências materiais.
Mas foi além disso e se tornou Pastor dos biliões de almas internadas na nova escola sideral em que se converteu o planeta.
Seres primitivos aqui ensaiaram seus primeiros passos em destinação à vida moral.
Entidades antigas e rebeldes às leis divinas também aportaram no orbe terreno, em sua necessidade de ajuste e aprendizado.
Jesus desde sempre preside os processos de aprendizado e redenção que se desenrolam no planeta.
Periodicamente, envia professores, na figura de Espíritos mais avançados, que exemplificam virtudes e impulsionam as artes e as ciências.
Além dessa dedicação incansável e milenar, também desejou partilhar das dores da Humanidade encarnada.
Habituado a conviver com seres angélicos, em esferas sublimes, tomou um corpo de carne e habitou entre rústicos e ignorantes.
Em Sua perfeição, era consciente de Sua natureza e da esfera de que provinha.
Isso certamente lhe permitia diariamente medir a fraqueza e a ignorância existente nos que O rodeavam.
Mas não se agastou, não condenou, a ninguém desprezou.
Em Sua grandeza, demonstrou que o verdadeiro amor desconhece barreiras, por colossais que se afigurem.
O exemplo desse Sublime Amor persiste até hoje como um convite a que lhe sigamos os passos.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
Jesus
Você já parou para pensar, algum dia, como era o homem Jesus?
Se nos inspirarmos nos Evangelhos podemos esboçar Sua aparência física e espiritual.
Verdadeiramente, Sua aparência física não está descrita nos Evangelhos, mas Ele sempre se mostra simpático e atraente.
Causava profunda impressão na multidão, quando se apresentava em público.
Tinha um corpo sadio, resistente ao calor e ao frio, à fome e à sede, aos cansaços das longas jornadas a pé, pelas trilhas das montanhas da Palestina.
Também ao cansaço por Sua actividade ininterrupta junto ao povo, que não lhe deixava tempo nem para se alimentar.
Embora nascido em uma estrebaria, oculto aos olhos dos grandes do mundo, teve Seu nascimento anunciado aos pequenos, que traziam os corações preparados para O receber.
A orquestra dos céus se fez presente e a ópera dos mensageiros celestiais O anunciou a quem tivesse ouvidos de ouvir.
Antes de iniciar o Seu messianato, preparou-lhe os caminhos um homem rude, vestido com uma pele de animal e que a muitos, com certeza, deve ter parecido esquisito ou perturbado.
Principalmente porque, num momento em que o povo aguardava um libertador que fosse maior que o próprio Moisés, ele falava de Alguém que iria ungir as almas com fogo.
Enquanto todos aguardavam um guerreiro, que surgisse com Seu exército numeroso para subjugar o dominador romano, João, o Baptista, lhes falava do Cordeiro de Deus.
E cordeiro sempre foi símbolo de mansuetude, de delicadeza.
Quando Ele se fez presente, às margens do Jordão, a sensibilidade psíquica de João O percebeu e O apresentou ao mundo.
Este Ser tão especial tomou de um grão de mostarda e o fez símbolo da fé que move montanhas.
Utilizou-se da água pura, jorrada das fontes cristalinas, para falar da água que sacia a sede para todo o sempre.
Tomou do pão e o multiplicou, simbolizando a doação da fraternidade que atende o irmão onde esteja e com ele reparte do pouco que tem.
Falou de tesouros ocultos e de moedas perdidas.
Recordou das profissões menos lembradas e as utilizou como exemplo, ele mesmo denominando-se o Bom Pastor, que conhece as Suas ovelhas.
Ninguém jamais O superou na poesia, na profundidade do ensino, na doce entoação da voz, cantando o poema das bem-aventuranças, no palco sublime da natureza.
Simples, mostrava Sua sabedoria em cada detalhe, exemplificando que os grandes não necessitam de ninguém que os adjective, senão sua própria condição.
Conviveu com os pobres, com os deserdados, com os considerados párias da sociedade, tanto quanto visitou e privou da amizade de senhores amoedados e de poder.
Jesus, ontem, hoje e sempre prossegue exemplo para o ser humano que caminha no rumo da perfeição.
Você sabia?
Você sabia que, embora visando sempre as coisas do Espírito, Jesus jamais descurou das coisas pequenas e mínimas da Terra?
É assim que Seu coração se alegra pelas flores do campo, as quais toma para exemplo em Sua fala, da mesma forma que as pequeninas aves do céu.
Você sabia que o Seu amor se dirigia sobretudo aos pobres, aos humildes, aos oprimidos, aos desprezados e aos párias?
E, justamente por conhecer a fraqueza e a malícia dos homens, sempre perdoa, enquanto Ele mesmo alimenta a Sua vida pelo cumprimento da vontade e do agrado de Deus, o Pai.
Momento Espírita, com informações colhidas no verbete Jesus, do Dicionário enciclopédico da Bíblia, de A. Van Den Born, ed. Vozes.
§.§.§- Ave sem Ninho
Se nos inspirarmos nos Evangelhos podemos esboçar Sua aparência física e espiritual.
Verdadeiramente, Sua aparência física não está descrita nos Evangelhos, mas Ele sempre se mostra simpático e atraente.
Causava profunda impressão na multidão, quando se apresentava em público.
Tinha um corpo sadio, resistente ao calor e ao frio, à fome e à sede, aos cansaços das longas jornadas a pé, pelas trilhas das montanhas da Palestina.
Também ao cansaço por Sua actividade ininterrupta junto ao povo, que não lhe deixava tempo nem para se alimentar.
Embora nascido em uma estrebaria, oculto aos olhos dos grandes do mundo, teve Seu nascimento anunciado aos pequenos, que traziam os corações preparados para O receber.
A orquestra dos céus se fez presente e a ópera dos mensageiros celestiais O anunciou a quem tivesse ouvidos de ouvir.
Antes de iniciar o Seu messianato, preparou-lhe os caminhos um homem rude, vestido com uma pele de animal e que a muitos, com certeza, deve ter parecido esquisito ou perturbado.
Principalmente porque, num momento em que o povo aguardava um libertador que fosse maior que o próprio Moisés, ele falava de Alguém que iria ungir as almas com fogo.
Enquanto todos aguardavam um guerreiro, que surgisse com Seu exército numeroso para subjugar o dominador romano, João, o Baptista, lhes falava do Cordeiro de Deus.
E cordeiro sempre foi símbolo de mansuetude, de delicadeza.
Quando Ele se fez presente, às margens do Jordão, a sensibilidade psíquica de João O percebeu e O apresentou ao mundo.
Este Ser tão especial tomou de um grão de mostarda e o fez símbolo da fé que move montanhas.
Utilizou-se da água pura, jorrada das fontes cristalinas, para falar da água que sacia a sede para todo o sempre.
Tomou do pão e o multiplicou, simbolizando a doação da fraternidade que atende o irmão onde esteja e com ele reparte do pouco que tem.
Falou de tesouros ocultos e de moedas perdidas.
Recordou das profissões menos lembradas e as utilizou como exemplo, ele mesmo denominando-se o Bom Pastor, que conhece as Suas ovelhas.
Ninguém jamais O superou na poesia, na profundidade do ensino, na doce entoação da voz, cantando o poema das bem-aventuranças, no palco sublime da natureza.
Simples, mostrava Sua sabedoria em cada detalhe, exemplificando que os grandes não necessitam de ninguém que os adjective, senão sua própria condição.
Conviveu com os pobres, com os deserdados, com os considerados párias da sociedade, tanto quanto visitou e privou da amizade de senhores amoedados e de poder.
Jesus, ontem, hoje e sempre prossegue exemplo para o ser humano que caminha no rumo da perfeição.
Você sabia?
Você sabia que, embora visando sempre as coisas do Espírito, Jesus jamais descurou das coisas pequenas e mínimas da Terra?
É assim que Seu coração se alegra pelas flores do campo, as quais toma para exemplo em Sua fala, da mesma forma que as pequeninas aves do céu.
Você sabia que o Seu amor se dirigia sobretudo aos pobres, aos humildes, aos oprimidos, aos desprezados e aos párias?
E, justamente por conhecer a fraqueza e a malícia dos homens, sempre perdoa, enquanto Ele mesmo alimenta a Sua vida pelo cumprimento da vontade e do agrado de Deus, o Pai.
Momento Espírita, com informações colhidas no verbete Jesus, do Dicionário enciclopédico da Bíblia, de A. Van Den Born, ed. Vozes.
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Celeste Aniversário
E eis que o dia chega outra vez.
E outra vez nos fala de amor, de esperança.
É o aniversário do Ser mais importante que a Terra já agasalhou.
Rei das estrelas, Governador de nosso planeta, Rei Solar.
Cristo de Deus, o Ungido.
Os homens lhe adivinham a existência, desde tempos recuados.
Mais de uma vez, pela Sua grandeza, foi confundido com o próprio Deus.
No entanto, esse Ser especial, nosso Mestre e Senhor, veio habitar entre nós.
Quando tantos reclamamos do planeta em que nos encontramos, das condições adversas em que se vive, o Rei Solar tomou de um corpo e aqui nasceu.
Nasceu indefeso, entregando-se aos cuidados de uma jovem mulher.
Foi seu primeiro filho.
Quando tantos apontam a inexperiência das mães de primeira viagem, Ele não temeu se entregar aos cuidados de alguém que não concebera anteriormente.
Nem mesmo temeu por ela ser jovem.
Entregou-se, tanto quanto confiou em um homem a quem, durante os anos da infância e adolescência, honrou e chamou amorosamente pai, a ele se submetendo.
E permitiu-se ilustrar na lei hebraica, na História de um povo sofrido, embora soubesse muito mais e além da ciência e da justiça dos homens.
Senhor e Mestre, escolheu uma noite silenciosa, quase fria para estar entre os Seus irmãos, Suas ovelhas, Seu rebanho.
Pediu ao grande Pai que, para atestar a Sua chegada, enchesse de estrelas os céus.
Tudo porque Ele, a luz do mundo, chegava ao planeta, para estar com os Seus mais demoradamente.
Solicitou ainda ao Pai Celeste que enviasse um mensageiro às gentes simples, ao encontro das quais Ele vinha, para lhes dizer que Ele nascera.
E que os aguardava, pobre e pequenino, numa manjedoura, resguardado pelo amor dos pais, envolto em panos.
E uma estrela de brilho inigualável pairou no céu, chamando a atenção de ilustres estudiosos, que aguardavam o sinal especial para seguir ao encontro do Rei.
Recebeu a visita dos pastores e dos magos do Oriente, a uns e outros ofertando o Seu sorriso, assegurando-lhes que Ele viera.
A esperança estava no meio dos homens.
Serviu na carpintaria, nas estradas da Galileia, da Judeia, da Pereia.
Realizou proezas inimagináveis, devolvendo a vista a cegos, a audição a surdos, movimentos a membros paralisados, saúde a corpos enfermos.
No lago de Genesaré, em plena natureza, dedilhou as mais belas canções que o amor pode conceber.
Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo que é suave e o meu fardo, que é leve.
Quem toma da água que ofereço, jamais terá sede. Vinde a mim...
Sua voz era de ensino, de alegria e de esperança.
Quando tantos se rebelavam contra a escravidão a que eram submetidos, Ele ensinou que a liberdade está acima e além de questões materiais.
Ensinou-nos a sermos livres, na consciência, no dever cumprido, na rectidão, sem nada que nos detenha na retaguarda das dores.
Mestre e senhor. Mestre da sensibilidade, do amor e da sabedoria.
Senhor da Terra. Nosso Pastor.
Ele veio. Que no Natal O lembremos outra vez e unamos as nossas vozes às dos mensageiros celestiais:
Hossana ao Senhor da Vida! Ave, Cristo!
Os que desejamos estar contigo, te recordamos a glória augusta e te pedimos luz, paz e bênçãos.
Sê connosco, Celeste Menino, hoje e sempre.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
E outra vez nos fala de amor, de esperança.
É o aniversário do Ser mais importante que a Terra já agasalhou.
Rei das estrelas, Governador de nosso planeta, Rei Solar.
Cristo de Deus, o Ungido.
Os homens lhe adivinham a existência, desde tempos recuados.
Mais de uma vez, pela Sua grandeza, foi confundido com o próprio Deus.
No entanto, esse Ser especial, nosso Mestre e Senhor, veio habitar entre nós.
Quando tantos reclamamos do planeta em que nos encontramos, das condições adversas em que se vive, o Rei Solar tomou de um corpo e aqui nasceu.
Nasceu indefeso, entregando-se aos cuidados de uma jovem mulher.
Foi seu primeiro filho.
Quando tantos apontam a inexperiência das mães de primeira viagem, Ele não temeu se entregar aos cuidados de alguém que não concebera anteriormente.
Nem mesmo temeu por ela ser jovem.
Entregou-se, tanto quanto confiou em um homem a quem, durante os anos da infância e adolescência, honrou e chamou amorosamente pai, a ele se submetendo.
E permitiu-se ilustrar na lei hebraica, na História de um povo sofrido, embora soubesse muito mais e além da ciência e da justiça dos homens.
Senhor e Mestre, escolheu uma noite silenciosa, quase fria para estar entre os Seus irmãos, Suas ovelhas, Seu rebanho.
Pediu ao grande Pai que, para atestar a Sua chegada, enchesse de estrelas os céus.
Tudo porque Ele, a luz do mundo, chegava ao planeta, para estar com os Seus mais demoradamente.
Solicitou ainda ao Pai Celeste que enviasse um mensageiro às gentes simples, ao encontro das quais Ele vinha, para lhes dizer que Ele nascera.
E que os aguardava, pobre e pequenino, numa manjedoura, resguardado pelo amor dos pais, envolto em panos.
E uma estrela de brilho inigualável pairou no céu, chamando a atenção de ilustres estudiosos, que aguardavam o sinal especial para seguir ao encontro do Rei.
Recebeu a visita dos pastores e dos magos do Oriente, a uns e outros ofertando o Seu sorriso, assegurando-lhes que Ele viera.
A esperança estava no meio dos homens.
Serviu na carpintaria, nas estradas da Galileia, da Judeia, da Pereia.
Realizou proezas inimagináveis, devolvendo a vista a cegos, a audição a surdos, movimentos a membros paralisados, saúde a corpos enfermos.
No lago de Genesaré, em plena natureza, dedilhou as mais belas canções que o amor pode conceber.
Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo que é suave e o meu fardo, que é leve.
Quem toma da água que ofereço, jamais terá sede. Vinde a mim...
Sua voz era de ensino, de alegria e de esperança.
Quando tantos se rebelavam contra a escravidão a que eram submetidos, Ele ensinou que a liberdade está acima e além de questões materiais.
Ensinou-nos a sermos livres, na consciência, no dever cumprido, na rectidão, sem nada que nos detenha na retaguarda das dores.
Mestre e senhor. Mestre da sensibilidade, do amor e da sabedoria.
Senhor da Terra. Nosso Pastor.
Ele veio. Que no Natal O lembremos outra vez e unamos as nossas vozes às dos mensageiros celestiais:
Hossana ao Senhor da Vida! Ave, Cristo!
Os que desejamos estar contigo, te recordamos a glória augusta e te pedimos luz, paz e bênçãos.
Sê connosco, Celeste Menino, hoje e sempre.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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A CONFERÊNCIA
Convidado a fazer uma prelecção sobre a crítica, o conferencista compareceu ante o auditório superlotado, sobraçando pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra d'água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores colhidas de corbelhas próximas.
Logo após, apanhou da sacola diversos "biscuits" de inexprimível beleza, representando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça.
Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, com o assombro de todos, colocou pequena lagartixa num frasco de vidro.
Só então comandou a palavra, perguntando:
- Que vedes aqui, meus irmãos?
E a assembleia respondeu, em vozes discordantes:
- Um bicho!
- Um lagarto horrível!
- Uma larva!
- Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectação, o pregador considerou:
- Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos!
Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas, nem a luz faiscante que acendi...
Vistes apenas a diminuta lagartixa.
E concluiu, sorridente:
- Nada mais tenho a dizer...
Livro - Bem aventurados os simples, Espírito Valerium, Psicografia - Valdo Vieira
§.§.§- Ave sem Ninho
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra d'água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores colhidas de corbelhas próximas.
Logo após, apanhou da sacola diversos "biscuits" de inexprimível beleza, representando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça.
Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, com o assombro de todos, colocou pequena lagartixa num frasco de vidro.
Só então comandou a palavra, perguntando:
- Que vedes aqui, meus irmãos?
E a assembleia respondeu, em vozes discordantes:
- Um bicho!
- Um lagarto horrível!
- Uma larva!
- Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectação, o pregador considerou:
- Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos!
Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas, nem a luz faiscante que acendi...
Vistes apenas a diminuta lagartixa.
E concluiu, sorridente:
- Nada mais tenho a dizer...
Livro - Bem aventurados os simples, Espírito Valerium, Psicografia - Valdo Vieira
§.§.§- Ave sem Ninho
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E será Natal para sempre
Toda realização grandiosa começou com uma ideia, um sonho e uma vontade.
Tudo começa no pensamento para depois ganhar vida no mundo das possibilidades.
Pensar bem, pensar grande, é construir antes da construção, é acreditar no que pode vir a ser, é mover o mundo para que o melhor se realize.
Carlos Drummond de Andrade construiu seu futuro, acreditando na melhoria dos homens, dizendo:
Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de dez meses.
Imperfeitamente embora, o resto é Natal.
É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta:
dez meses de Natal e dois meses de ano vulgarmente dito.
E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas.
Será bom. Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente.
Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade.
Os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma.
Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura, nem de suicídio.
O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afectuoso.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som.
Para que livros? Perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a Terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram.
Equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie.
Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo.
Salário de cada um: a alegria que tiver merecido.
Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas.
Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas.
E será Natal para sempre.
Momento Espírita, com base em texto do livro Cadeira de balanço, de Carlos Drummond de Andrade.
§.§.§- Ave sem Ninho
Tudo começa no pensamento para depois ganhar vida no mundo das possibilidades.
Pensar bem, pensar grande, é construir antes da construção, é acreditar no que pode vir a ser, é mover o mundo para que o melhor se realize.
Carlos Drummond de Andrade construiu seu futuro, acreditando na melhoria dos homens, dizendo:
Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de dez meses.
Imperfeitamente embora, o resto é Natal.
É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta:
dez meses de Natal e dois meses de ano vulgarmente dito.
E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas.
Será bom. Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente.
Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade.
Os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma.
Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura, nem de suicídio.
O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afectuoso.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som.
Para que livros? Perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a Terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram.
Equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie.
Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo.
Salário de cada um: a alegria que tiver merecido.
Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas.
Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas.
E será Natal para sempre.
Momento Espírita, com base em texto do livro Cadeira de balanço, de Carlos Drummond de Andrade.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Momento de avaliação
No encerramento de cada exercício e início de um novo é inevitável para as empresas a estruturação de um balanço, em relação aos investimentos estabelecidos.
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período.
Indispensável, para bem se aquilatar de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento ou início da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigência.
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência.
A ajuda dos amores ao redor é preciosa, uma vez que, por vezes, a auto-visão poderá estar embaçada por desequilíbrios ou traumas vivenciados.
Perguntar como nos enxergaram durante tal período específico, sobre esse ou aquele aspecto, é bastante válido e propício.
São opiniões que devem ser levadas em conta nesta grande avaliação-balanço produzida em nosso mundo íntimo.
Suponhamos que a desencarnação nos surpreendesse e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período.
Indispensável, para bem se aquilatar de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento ou início da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigência.
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência.
A ajuda dos amores ao redor é preciosa, uma vez que, por vezes, a auto-visão poderá estar embaçada por desequilíbrios ou traumas vivenciados.
Perguntar como nos enxergaram durante tal período específico, sobre esse ou aquele aspecto, é bastante válido e propício.
São opiniões que devem ser levadas em conta nesta grande avaliação-balanço produzida em nosso mundo íntimo.
Suponhamos que a desencarnação nos surpreendesse e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Grandes lições
Grandes lições não são apanágio de pessoas ilustres, letradas, ou ocupantes de altos cargos.
Por vezes, são exactamente as pessoas simples que nos oferecem as mais profundas lições.
Em uma cidade do interior do Estado do Paraná, o funcionário da empresa de energia eléctrica extraiu extraordinário aprendizado em um de seus dias de trabalho.
Um dia de trabalho como outro qualquer. Uma actividade que realiza de segunda a sexta-feira. Como ele mesmo confessa, algo que, muitas vezes, lhe corta o coração executar.
Como naquele dia em que chegou no barraco de madeira, onde morava uma mãe com seus três filhos.
Ele deveria cortar o fornecimento da energia eléctrica da casa, porque a moradora estava em débito com duas contas.
A mulher, sentada num banco de madeira, rodeada pelas crianças, argumentou:
Sei que estou com duas contas atrasadas.
Mas, recebo meu pagamento no dia nove e nesse dia, eu pagarei.
Hoje é dia nove, falou o funcionário, já com o coração doído por ter de deixar aquelas crianças sem luz.
Quando a noite chegasse, pensou ele, será que elas teriam medo do escuro?
Será que ficariam todas ao redor da mãe, talvez dormindo juntas, na mesma cama?
Tentando ajudar, ele fez uma proposta:
Vejamos, se a senhora pagar hoje, prometo que volto no final da tarde e faço a religação.
Enquanto encerrava a tarefa no seu tablet, uma das crianças se aproximou:
Moço, tem um real?
Um real! O rapaz colocou a mão no bolso. Nenhuma moeda.
Encontrou uma nota solitária de cinco reais.
Estendeu para o menino e orientou:
Você precisa repartir com suas irmãzinhas, tá bom?
O garoto balançou a cabeça positivamente e saiu, saltitando.
Crianças pedintes! – Pensou o rapaz.
O que será delas, quando desde cedo se acostumam a pedir?
Pobre infância!
Caía a tarde quando ele voltou.
Conforme prometera, veio fazer a religação.
Mal estacionou sua camionete em frente ao barraco e a criançada correu ao seu encontro.
Moço, que bom que você voltou! – Gritou o menino, de nome Eugénio.
O profissional imaginou que a calorosa recepção era por conta da religação da energia eléctrica.
No entanto, o garotinho abriu sua pequena, suada e suja mão, mostrou uma nota de dois reais e exclamou:
Quero devolver o seu troco!
Que troco? – Disse o rapaz.
O dinheiro era para vocês.
Ué, questionou o pequeno, não era um real para cada um?
Naquele instante, de forma simples e descontraída, Eugénio estava demonstrando um grande exemplo de honestidade e responsabilidade.
Em tempos de crise moral, em que parece que quase todas as instituições se mostram contaminadas, em que a corrupção é a tónica entre os poderosos, um menino de mãozinhas sujas alimenta a chama da esperança.
Nosso país tem jeito!
Enquanto houver criaturas que se preocupam e se alegram por poderem devolver simples dois reais, depois de realizada a correta divisão, é de emocionar.
Isso nos confere a certeza de que a esperança está nas crianças, essas futuras gerações que se ensaiam para a vida.
São os cidadãos do amanhã, nossos irmãos, brasileiros!
Momento Espírita, com base em factos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Por vezes, são exactamente as pessoas simples que nos oferecem as mais profundas lições.
Em uma cidade do interior do Estado do Paraná, o funcionário da empresa de energia eléctrica extraiu extraordinário aprendizado em um de seus dias de trabalho.
Um dia de trabalho como outro qualquer. Uma actividade que realiza de segunda a sexta-feira. Como ele mesmo confessa, algo que, muitas vezes, lhe corta o coração executar.
Como naquele dia em que chegou no barraco de madeira, onde morava uma mãe com seus três filhos.
Ele deveria cortar o fornecimento da energia eléctrica da casa, porque a moradora estava em débito com duas contas.
A mulher, sentada num banco de madeira, rodeada pelas crianças, argumentou:
Sei que estou com duas contas atrasadas.
Mas, recebo meu pagamento no dia nove e nesse dia, eu pagarei.
Hoje é dia nove, falou o funcionário, já com o coração doído por ter de deixar aquelas crianças sem luz.
Quando a noite chegasse, pensou ele, será que elas teriam medo do escuro?
Será que ficariam todas ao redor da mãe, talvez dormindo juntas, na mesma cama?
Tentando ajudar, ele fez uma proposta:
Vejamos, se a senhora pagar hoje, prometo que volto no final da tarde e faço a religação.
Enquanto encerrava a tarefa no seu tablet, uma das crianças se aproximou:
Moço, tem um real?
Um real! O rapaz colocou a mão no bolso. Nenhuma moeda.
Encontrou uma nota solitária de cinco reais.
Estendeu para o menino e orientou:
Você precisa repartir com suas irmãzinhas, tá bom?
O garoto balançou a cabeça positivamente e saiu, saltitando.
Crianças pedintes! – Pensou o rapaz.
O que será delas, quando desde cedo se acostumam a pedir?
Pobre infância!
Caía a tarde quando ele voltou.
Conforme prometera, veio fazer a religação.
Mal estacionou sua camionete em frente ao barraco e a criançada correu ao seu encontro.
Moço, que bom que você voltou! – Gritou o menino, de nome Eugénio.
O profissional imaginou que a calorosa recepção era por conta da religação da energia eléctrica.
No entanto, o garotinho abriu sua pequena, suada e suja mão, mostrou uma nota de dois reais e exclamou:
Quero devolver o seu troco!
Que troco? – Disse o rapaz.
O dinheiro era para vocês.
Ué, questionou o pequeno, não era um real para cada um?
Naquele instante, de forma simples e descontraída, Eugénio estava demonstrando um grande exemplo de honestidade e responsabilidade.
Em tempos de crise moral, em que parece que quase todas as instituições se mostram contaminadas, em que a corrupção é a tónica entre os poderosos, um menino de mãozinhas sujas alimenta a chama da esperança.
Nosso país tem jeito!
Enquanto houver criaturas que se preocupam e se alegram por poderem devolver simples dois reais, depois de realizada a correta divisão, é de emocionar.
Isso nos confere a certeza de que a esperança está nas crianças, essas futuras gerações que se ensaiam para a vida.
São os cidadãos do amanhã, nossos irmãos, brasileiros!
Momento Espírita, com base em factos.
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A mulher sol
Não a conheço. Jamais a vira antes e, possivelmente, nesta cidade onde transitam milhares de pessoas, todos os dias, jamais tornarei a vê-la.
Ela transitava pela calçada, no sentido contrário ao da minha caminhada.
O que me chamou a atenção foram seus cabelos de prata que admirei.
Seriam tingidos pelos dedos do tempo ou por produtos químicos?
Ao passar por mim, o rosto dela se iluminou, num sorriso aberto, espontâneo.
Seus lábios se abriram e disseram com uma agradável entoação: Bom dia!
Senti uma vibração de paz invadir-me.
Uma aura de harmonia abraçar-me.
E, naquele átimo de segundo em que nos cruzamos, enquanto lhe respondia ao cumprimento, pude lhe ver o rosto.
As rugas haviam iniciado a desenhar arabescos em linhas suaves, denunciando o passar dos anos. Os olhos claros brilhavam na manhã ensolarada.
Gravei-lhe a expressão na memória.
Nestes dias de tanto atropelo, tanta pressa, em que as pessoas parecem correr como se desejassem recuperar minutos que já se foram, deparar com um rosto tão tranquilo, realmente, é inusitado.
Também encontrar alguém que deseje Bom dia!
Com vontade, com sincero desejo de que seja um dia muito bom.
Nada mecânico. Nada convencional.
Continuei meu caminho quase num enlevo, envolvido nas vibrações harmónicas jorradas daquela expressão fisionómica tão serena.
Fiquei pensando em quantas pessoas ela haveria de encontrar em seu dia e para quantas a sua presença, o seu olhar, o seu sorriso ou o seu cumprimento fariam a grande diferença.
Como fizera comigo, em rápido segundo.
A quantas ela ofereceria aquele cumprimento tão especial.
E não pude deixar de indagar a mim mesmo:
Terá ela saído de casa com esse propósito de iluminar as horas das pessoas que encontrasse?
Ou aquilo lhe seria, simplesmente, a maneira natural de ser em sua vida?
Quantos de nós temos essa capacidade de beneficiar alguém com nossa presença?
Capacidade para iluminar o dia, alegrar as horas de quem caminha ao nosso lado ou de quem, simplesmente, passa por nós.
Quantos de nós temos esse condão de tornar o dia de alguém muito diferente, melhor?
Transformar brumas em sol, nuvens em claridade, problemas em soluções.
Somente pode fazer sol quem tem raios de luz dentro de si.
Somente pode irradiar serenidade quem alcançou a harmonia interior, quem suplantou a si próprio e administra muito bem as dificuldades que se apresentam.
Alcançar esse estágio deveria ser uma meta para nós. Destoarmos no mundo.
Sermos irradiadores do bem, do belo, das coisas positivas e grandiosas.
Para isso, basta-nos a vontade, o querer.
Por isso, enquanto o dia canta esperanças, enquanto as horas se renovam, iniciemos nossa campanha particular, individual.
A campanha de fazer sol nas alheias vidas.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela transitava pela calçada, no sentido contrário ao da minha caminhada.
O que me chamou a atenção foram seus cabelos de prata que admirei.
Seriam tingidos pelos dedos do tempo ou por produtos químicos?
Ao passar por mim, o rosto dela se iluminou, num sorriso aberto, espontâneo.
Seus lábios se abriram e disseram com uma agradável entoação: Bom dia!
Senti uma vibração de paz invadir-me.
Uma aura de harmonia abraçar-me.
E, naquele átimo de segundo em que nos cruzamos, enquanto lhe respondia ao cumprimento, pude lhe ver o rosto.
As rugas haviam iniciado a desenhar arabescos em linhas suaves, denunciando o passar dos anos. Os olhos claros brilhavam na manhã ensolarada.
Gravei-lhe a expressão na memória.
Nestes dias de tanto atropelo, tanta pressa, em que as pessoas parecem correr como se desejassem recuperar minutos que já se foram, deparar com um rosto tão tranquilo, realmente, é inusitado.
Também encontrar alguém que deseje Bom dia!
Com vontade, com sincero desejo de que seja um dia muito bom.
Nada mecânico. Nada convencional.
Continuei meu caminho quase num enlevo, envolvido nas vibrações harmónicas jorradas daquela expressão fisionómica tão serena.
Fiquei pensando em quantas pessoas ela haveria de encontrar em seu dia e para quantas a sua presença, o seu olhar, o seu sorriso ou o seu cumprimento fariam a grande diferença.
Como fizera comigo, em rápido segundo.
A quantas ela ofereceria aquele cumprimento tão especial.
E não pude deixar de indagar a mim mesmo:
Terá ela saído de casa com esse propósito de iluminar as horas das pessoas que encontrasse?
Ou aquilo lhe seria, simplesmente, a maneira natural de ser em sua vida?
Quantos de nós temos essa capacidade de beneficiar alguém com nossa presença?
Capacidade para iluminar o dia, alegrar as horas de quem caminha ao nosso lado ou de quem, simplesmente, passa por nós.
Quantos de nós temos esse condão de tornar o dia de alguém muito diferente, melhor?
Transformar brumas em sol, nuvens em claridade, problemas em soluções.
Somente pode fazer sol quem tem raios de luz dentro de si.
Somente pode irradiar serenidade quem alcançou a harmonia interior, quem suplantou a si próprio e administra muito bem as dificuldades que se apresentam.
Alcançar esse estágio deveria ser uma meta para nós. Destoarmos no mundo.
Sermos irradiadores do bem, do belo, das coisas positivas e grandiosas.
Para isso, basta-nos a vontade, o querer.
Por isso, enquanto o dia canta esperanças, enquanto as horas se renovam, iniciemos nossa campanha particular, individual.
A campanha de fazer sol nas alheias vidas.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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