Momentos Espíritas
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Há somente a sombra por esquecer, porque todos nós, meu Paizinho, somos espíritos devedores na Lei de Deus.
Continuemos aumentando assim, a nossa família espiritual.
Nosso templo de amor é a moradia real e aqueles meninos de rosto triste e por vezes atormentando são também seus filhinhos, tanto quanto aquelas mãezinhas sofredoras e aqueles homens doentes que procuram a nossa casa de fé são também minhas mães e meus pais queridos.
Essa compreensão, Papai, é o nosso maior salário e, com ele, adquiremos a nossa união maior, no porvir imenso.
Seja quais forem as nossas lutas e provações, sigamos para diante estendendo os braços e auxiliando como pudermos.
Agora, estamos juntos de maneira mais íntima. Sua paz é minha paz e seu trabalho é também meu.
Agradeçamos, desse modo, a dor que nos despertou para um novo sentido.
E esperemos que os outros também acordem...
Dizendo assim, não desejo que sofram, mas que nos compartilhem o novo júbilo e o novo equilíbrio de que o serviço espiritual nos reveste.
Estamos em prece pela Mãezinha querida e rogamos a Jesus a fortaleça e abençoe sempre.
Nossa Dulce receberá o Amparo Divino em sua esperança e nós dois seguiremos com Jesus para a tarefa santificante, seguindo o nosso ideal.
Ajude o nosso irmão Edgar em seu ministério na verdade de Cristo.
Sou pobre, bem pobre ainda, mas procuro resgatar, junto dele e junto de nossa irmã Eurídice o débito de amor em que nos empenhamos, porque o nosso Edgar não tem sido somente nosso irmão, mas nosso benfeitor de todos os momentos. (1)
Papai, confio em que seu espírito avançará, como sempre, sereno e valoroso para a vanguarda.
Jesus brilha a nossa frente, convidando-nos a servir.
Creia que, buscando melhorar e aprender – melhorar a mim mesmo e aprender as lições da vida – tenho na sua ternura e na sua fé o alimento de que preciso para estimular minhas forças.
Abrace Vovó Elisa por mim e a todos os nossos do coração e receba em seu carinho, que é minha riqueza, todo o carinho e toda a fidelidade, todo o reconhecimento e todo o amor de seu Filhinho,
Antonio Juvenal.”
(1)- À época do sucedido, o Edgar dirigia as Sessões de Incorporação do C. E. Padre Zabeu.
Jornal Cáritas - Nº 348 - Outubro a Dezembro de 1999
§.§.§- O-canto-da-ave
Há somente a sombra por esquecer, porque todos nós, meu Paizinho, somos espíritos devedores na Lei de Deus.
Continuemos aumentando assim, a nossa família espiritual.
Nosso templo de amor é a moradia real e aqueles meninos de rosto triste e por vezes atormentando são também seus filhinhos, tanto quanto aquelas mãezinhas sofredoras e aqueles homens doentes que procuram a nossa casa de fé são também minhas mães e meus pais queridos.
Essa compreensão, Papai, é o nosso maior salário e, com ele, adquiremos a nossa união maior, no porvir imenso.
Seja quais forem as nossas lutas e provações, sigamos para diante estendendo os braços e auxiliando como pudermos.
Agora, estamos juntos de maneira mais íntima. Sua paz é minha paz e seu trabalho é também meu.
Agradeçamos, desse modo, a dor que nos despertou para um novo sentido.
E esperemos que os outros também acordem...
Dizendo assim, não desejo que sofram, mas que nos compartilhem o novo júbilo e o novo equilíbrio de que o serviço espiritual nos reveste.
Estamos em prece pela Mãezinha querida e rogamos a Jesus a fortaleça e abençoe sempre.
Nossa Dulce receberá o Amparo Divino em sua esperança e nós dois seguiremos com Jesus para a tarefa santificante, seguindo o nosso ideal.
Ajude o nosso irmão Edgar em seu ministério na verdade de Cristo.
Sou pobre, bem pobre ainda, mas procuro resgatar, junto dele e junto de nossa irmã Eurídice o débito de amor em que nos empenhamos, porque o nosso Edgar não tem sido somente nosso irmão, mas nosso benfeitor de todos os momentos. (1)
Papai, confio em que seu espírito avançará, como sempre, sereno e valoroso para a vanguarda.
Jesus brilha a nossa frente, convidando-nos a servir.
Creia que, buscando melhorar e aprender – melhorar a mim mesmo e aprender as lições da vida – tenho na sua ternura e na sua fé o alimento de que preciso para estimular minhas forças.
Abrace Vovó Elisa por mim e a todos os nossos do coração e receba em seu carinho, que é minha riqueza, todo o carinho e toda a fidelidade, todo o reconhecimento e todo o amor de seu Filhinho,
Antonio Juvenal.”
(1)- À época do sucedido, o Edgar dirigia as Sessões de Incorporação do C. E. Padre Zabeu.
Jornal Cáritas - Nº 348 - Outubro a Dezembro de 1999
§.§.§- O-canto-da-ave
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Re: Momentos Espíritas
EM VOCÊ
O homem traz em si mesmo instrumentos indispensáveis à manutenção da própria paz, no esforço de progredir.
Um auto-falante adaptado à garganta.
Duas máquinas cinematográficas incrustadas nos globos oculares.
Dois gravadores de sons encobertos pelas orelhas.
Um pequeno guindaste preso em cada ombro.
Dois suportes locomotores fixados ao tronco.
Tudo isso, afora dezenas de complicados mecanismos que agem, interdependentes, na estrutura da sua máquina orgânica.
O pensamento é a electricidade que movimenta toda a maquinaria, e um atestado de garantia estipula prazo fixo ao seu funcionamento normal, quando usado com disciplina constante para fins elevados.
Examine a aplicação da máquina pela qual você se manifesta.
Qual ocorre a qualquer construção mecânica, o seu corpo físico pode ser empregado para edificar ou destruir, devendo trabalhar em ritmo uniforme para isentar-se da ferrugem e combater o próprio desgaste.
Em você existem as causas da sua derrota e vibram as forças de seu triunfo.
Chico Xavier / André Luiz (espírito)
Muitas vezes, porque vivemos circundados de tribulações e compromissos, esquecemos da importância que é bem preservarmos este instrumento de expressão - que é nosso corpo físico.
Não nos referimos ao 'culto do corpo', onde a intenção subjacente está assentada na vaidade e na exibição.
Referimo-nos aos cuidados necessários para que ele, nosso corpo, funcione sem desgastes prematuros.
Porque não adianta 'malhar', se intoxicamos nosso corpo com detritos oriundos de pensamentos e sentimentos destrutivos.
A meditação, a alimentação adequada, o descanso, o lazer, o exercício, o estudo, o bem-querer, o construir, o pensar, o perdoar, o auxiliar e o participar são providências que muito auxiliam a preservar a integridade saudável do nosso corpo físico.
Que a partir desta semana você possa ser amigo de você mesmo, e tratar com amor este corpo que lhe serve e que lhe auxilia a transpor as metas propostas para esta encarnação, ajudando-o a galgar mais degraus na escala evolutiva.
Casa Espírita Eurpipedes Barsanulfo
§.§.§- O-canto-da-ave
O homem traz em si mesmo instrumentos indispensáveis à manutenção da própria paz, no esforço de progredir.
Um auto-falante adaptado à garganta.
Duas máquinas cinematográficas incrustadas nos globos oculares.
Dois gravadores de sons encobertos pelas orelhas.
Um pequeno guindaste preso em cada ombro.
Dois suportes locomotores fixados ao tronco.
Tudo isso, afora dezenas de complicados mecanismos que agem, interdependentes, na estrutura da sua máquina orgânica.
O pensamento é a electricidade que movimenta toda a maquinaria, e um atestado de garantia estipula prazo fixo ao seu funcionamento normal, quando usado com disciplina constante para fins elevados.
Examine a aplicação da máquina pela qual você se manifesta.
Qual ocorre a qualquer construção mecânica, o seu corpo físico pode ser empregado para edificar ou destruir, devendo trabalhar em ritmo uniforme para isentar-se da ferrugem e combater o próprio desgaste.
Em você existem as causas da sua derrota e vibram as forças de seu triunfo.
Chico Xavier / André Luiz (espírito)
Muitas vezes, porque vivemos circundados de tribulações e compromissos, esquecemos da importância que é bem preservarmos este instrumento de expressão - que é nosso corpo físico.
Não nos referimos ao 'culto do corpo', onde a intenção subjacente está assentada na vaidade e na exibição.
Referimo-nos aos cuidados necessários para que ele, nosso corpo, funcione sem desgastes prematuros.
Porque não adianta 'malhar', se intoxicamos nosso corpo com detritos oriundos de pensamentos e sentimentos destrutivos.
A meditação, a alimentação adequada, o descanso, o lazer, o exercício, o estudo, o bem-querer, o construir, o pensar, o perdoar, o auxiliar e o participar são providências que muito auxiliam a preservar a integridade saudável do nosso corpo físico.
Que a partir desta semana você possa ser amigo de você mesmo, e tratar com amor este corpo que lhe serve e que lhe auxilia a transpor as metas propostas para esta encarnação, ajudando-o a galgar mais degraus na escala evolutiva.
Casa Espírita Eurpipedes Barsanulfo
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Re: Momentos Espíritas
Mensagem
Mensagem recebida pela médium Shirlene Soares Campos, em reunião pública - Uberlândia-MG.
Meu nome é Cláudio.
Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas.
Tinha nas mãos todos os recursos para vencer segundo os moldes da vida.
Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias.
Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.
Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito;
se desci a mais negra degradação;
se entorpeci meus sentidos anulando-me física e espiritualmente, só a mim cabe a culpa.
Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira.
Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança.
Essa excessiva confiança talvez tenha sido a causa mais de minha falência.
Quando comecei a trilhar os primeiros passos no vício e pedir dinheiro, mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.
Mergulhei em sofrimento inenarráveis.
Sofri todas as torturas, conheci o inferno de perto.
Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.
Jovens, sêde prudentes, valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam do amigos da noite e das horas vazias.
Quando socorrido numa colônia-abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos prediletos, meu bombom favorito.
Chorei de desespero com saudade do menino que fui.
Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo.
Mas, não tenho mais tempo...
Perdi minha chance.
Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.
Meu Deus, como sou infeliz!
Mas, queixas não transformam destino.
Agora é o recomeço difícil.
Quase nada conheci nem pude realizar.
Na próxima vida, muito menos farei.
Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam de prova de um filho mongolóide.
Difícil caminho, eu sei...
Mas, pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.
Quando virem um jovem alegre passar e lhe parecer um vencedor, orem por ele.
Quem sabe no meio da multidão, inconsequente não caminha apenas mais um vencido!
Evangelho e Acção - Agosto de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
Mensagem recebida pela médium Shirlene Soares Campos, em reunião pública - Uberlândia-MG.
Meu nome é Cláudio.
Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas.
Tinha nas mãos todos os recursos para vencer segundo os moldes da vida.
Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias.
Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.
Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito;
se desci a mais negra degradação;
se entorpeci meus sentidos anulando-me física e espiritualmente, só a mim cabe a culpa.
Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira.
Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança.
Essa excessiva confiança talvez tenha sido a causa mais de minha falência.
Quando comecei a trilhar os primeiros passos no vício e pedir dinheiro, mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.
Mergulhei em sofrimento inenarráveis.
Sofri todas as torturas, conheci o inferno de perto.
Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.
Jovens, sêde prudentes, valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam do amigos da noite e das horas vazias.
Quando socorrido numa colônia-abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos prediletos, meu bombom favorito.
Chorei de desespero com saudade do menino que fui.
Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo.
Mas, não tenho mais tempo...
Perdi minha chance.
Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.
Meu Deus, como sou infeliz!
Mas, queixas não transformam destino.
Agora é o recomeço difícil.
Quase nada conheci nem pude realizar.
Na próxima vida, muito menos farei.
Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam de prova de um filho mongolóide.
Difícil caminho, eu sei...
Mas, pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.
Quando virem um jovem alegre passar e lhe parecer um vencedor, orem por ele.
Quem sabe no meio da multidão, inconsequente não caminha apenas mais um vencido!
Evangelho e Acção - Agosto de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
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Fardos
Fardos
Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.
Cada qual tolera a carga que lhe pertence.
Existem fardos de todos os tamanhos e feitios.
O poderoso arca com o peso da responsabilidade de decisões que influenciam grandemente o destino alheio.
O sacerdote sofre a tortura de um condutor de almas.
O coração materno angustia-se com a sorte de seus filhos.
O enfermo desamparado carrega as dores de sua indigência.
A criança sem ninguém sofre seu pavor.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para não se supor indevidamente vítima ou herói.
No campo das provações, todos são irmãos uns dos outros, mutuamente identificados por semelhantes dificuldades, dores e sonhos.
Suporte com valor o peso de suas obrigações e caminhe.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.
Talvez você se pergunte qual a carga transportada pelos maus e levianos, que aparentemente passam pela vida isentos de provações.
Provavelmente eles, sob uma falsa aparência de vitória, vivem sob encargos singularmente mais pesados do que os seus.
Impunidade e injustiça são conceitos estranhos às Leis Divinas.
O céu não é um local físico predeterminado, mas um estado de consciência.
Ele somente é acessível, com seus tesouros de paz e luz, para quem está em harmonia com as Leis Divinas.
Nada há para invejar de quem ainda nem começou a se recompor com essas Leis, por leviandade ou preguiça.
Pior ainda é a situação de quem, pela desdita de praticar o mal, está adquirindo débitos perante a vida.
Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, isso é um sinal de que a sua carga já está sendo aliviada.
Quem desempenha corajosamente, sem murmurações, as tarefas que lhe competem está caminhando para a plenitude de sua consciência.
Provas bem suportadas, sem desânimo ou preguiça, convertem-se de forma gradativa em tesouros de entendimento, paz e luz para a ascensão da criatura.
Lembre-se do madeiro injusto que dobrou os ombros doloridos do Cristo.
Sob as vigas duras no lenho infamante jaziam ocultas as asas divinas da ressurreição para a Imortalidade.
Deus criou o mundo estruturado por Leis perfeitas, belas e justas.
Nesse harmónico concerto, por certo você não foi esquecido.
Sua vida não é regida por acasos.
As provações que o visitam visam a fortificá-lo, lapidá-lo, despi-lo de inferioridades que o infelicitam há longo tempo.
Não imagine, sequer por um momento, que o Pai Amoroso que Jesus nos revelou possa ser cruel.
As provas duram o tempo estritamente necessário para ajudá-lo a adquirir os valores e aprender as lições de que necessita.
Reduza sua quota de dores, dedicando-se ao bem com determinação e vigor.
Dê um basta nas reclamações e nos vícios, alegrando-se ao executar as tarefas que a vida lhe confiou.
Fardos e dificuldades não são desgraças, mas desafios a serem vencidos e superados, com optimismo e esperança.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no capítulo O fardo, do livro Segue-me!..., pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. O clarim.
§.§.§- O-canto-da-ave
Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.
Cada qual tolera a carga que lhe pertence.
Existem fardos de todos os tamanhos e feitios.
O poderoso arca com o peso da responsabilidade de decisões que influenciam grandemente o destino alheio.
O sacerdote sofre a tortura de um condutor de almas.
O coração materno angustia-se com a sorte de seus filhos.
O enfermo desamparado carrega as dores de sua indigência.
A criança sem ninguém sofre seu pavor.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para não se supor indevidamente vítima ou herói.
No campo das provações, todos são irmãos uns dos outros, mutuamente identificados por semelhantes dificuldades, dores e sonhos.
Suporte com valor o peso de suas obrigações e caminhe.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.
Talvez você se pergunte qual a carga transportada pelos maus e levianos, que aparentemente passam pela vida isentos de provações.
Provavelmente eles, sob uma falsa aparência de vitória, vivem sob encargos singularmente mais pesados do que os seus.
Impunidade e injustiça são conceitos estranhos às Leis Divinas.
O céu não é um local físico predeterminado, mas um estado de consciência.
Ele somente é acessível, com seus tesouros de paz e luz, para quem está em harmonia com as Leis Divinas.
Nada há para invejar de quem ainda nem começou a se recompor com essas Leis, por leviandade ou preguiça.
Pior ainda é a situação de quem, pela desdita de praticar o mal, está adquirindo débitos perante a vida.
Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, isso é um sinal de que a sua carga já está sendo aliviada.
Quem desempenha corajosamente, sem murmurações, as tarefas que lhe competem está caminhando para a plenitude de sua consciência.
Provas bem suportadas, sem desânimo ou preguiça, convertem-se de forma gradativa em tesouros de entendimento, paz e luz para a ascensão da criatura.
Lembre-se do madeiro injusto que dobrou os ombros doloridos do Cristo.
Sob as vigas duras no lenho infamante jaziam ocultas as asas divinas da ressurreição para a Imortalidade.
Deus criou o mundo estruturado por Leis perfeitas, belas e justas.
Nesse harmónico concerto, por certo você não foi esquecido.
Sua vida não é regida por acasos.
As provações que o visitam visam a fortificá-lo, lapidá-lo, despi-lo de inferioridades que o infelicitam há longo tempo.
Não imagine, sequer por um momento, que o Pai Amoroso que Jesus nos revelou possa ser cruel.
As provas duram o tempo estritamente necessário para ajudá-lo a adquirir os valores e aprender as lições de que necessita.
Reduza sua quota de dores, dedicando-se ao bem com determinação e vigor.
Dê um basta nas reclamações e nos vícios, alegrando-se ao executar as tarefas que a vida lhe confiou.
Fardos e dificuldades não são desgraças, mas desafios a serem vencidos e superados, com optimismo e esperança.
Pense nisso.
Momento Espírita, com base no capítulo O fardo, do livro Segue-me!..., pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. O clarim.
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Narrativa de um Viciado “Morto”
Narrativa de um Viciado “Morto”
Médium Shyrlene Soares Campo
“Meu nome é Cláudio.
Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas.
Tinha nas mãos todos os recursos para vencer, segundo os moldes da vida.
Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias.
Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.
Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito, se desci à mais negra degradação, se entorpeci meus sentidos anulando-me fisicamente, só a mim cabe a culpa.
Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira.
Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança.
Essa excessiva confiança, talvez, tenha sido a causa maior de minha falência.
Quando comecei a trilhar os primeiros passos do vício, e pedir dinheiro e mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.
Mergulhei em sofrimentos inenarráveis.
Sofri todas as torturas, conheci o “inferno” de perto.
Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.
Jovens, sêde prudentes!
Valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam dos amigos da noite e das horas vazias.
Quando socorrido numa colônia abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos predilectos, meu bombom favorito.
Chorei de desespero com saudade do menino que fui.
Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo.
Mas, não tenho mais tempo...
Perdi minha chance.
Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.
Meu Deus, como sou infeliz!
Mas queixas não transformam destino.
Agora é recomeço difícil.
Quase nada conheci, nem pude realizar.
Na próxima vida, muito menos farei. Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam da prova de um filho mongolóide.
Difícil caminho, eu sei...
Mas pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.
Quando virem um jovem alegre e ele lhe parecer um vencedor, orem por ele.
Quem sabe se no meio da multidão inconsciente e inconsequente não caminha apenas mais um vencido!”
Busca e Acharás - Agosto de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
Médium Shyrlene Soares Campo
“Meu nome é Cláudio.
Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas.
Tinha nas mãos todos os recursos para vencer, segundo os moldes da vida.
Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias.
Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.
Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito, se desci à mais negra degradação, se entorpeci meus sentidos anulando-me fisicamente, só a mim cabe a culpa.
Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira.
Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança.
Essa excessiva confiança, talvez, tenha sido a causa maior de minha falência.
Quando comecei a trilhar os primeiros passos do vício, e pedir dinheiro e mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.
Mergulhei em sofrimentos inenarráveis.
Sofri todas as torturas, conheci o “inferno” de perto.
Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.
Jovens, sêde prudentes!
Valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam dos amigos da noite e das horas vazias.
Quando socorrido numa colônia abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos predilectos, meu bombom favorito.
Chorei de desespero com saudade do menino que fui.
Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo.
Mas, não tenho mais tempo...
Perdi minha chance.
Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.
Meu Deus, como sou infeliz!
Mas queixas não transformam destino.
Agora é recomeço difícil.
Quase nada conheci, nem pude realizar.
Na próxima vida, muito menos farei. Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam da prova de um filho mongolóide.
Difícil caminho, eu sei...
Mas pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.
Quando virem um jovem alegre e ele lhe parecer um vencedor, orem por ele.
Quem sabe se no meio da multidão inconsciente e inconsequente não caminha apenas mais um vencido!”
Busca e Acharás - Agosto de 2000
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Construção do Terceiro Milénio
Construção do Terceiro Milénio
Os pessimistas dizem que o mundo não tem jeito, que só se pode esperar coisas piores para o futuro.
Os saudosistas afirmam que hoje não há respeito, nem preservação dos verdadeiros valores.
Enfim, tudo se encontra em declínio.
Os optimistas vêem o que ocorre, as dificuldades, os desacertos, as discrepâncias sociais e assumem uma postura de quem deseja colaborar para mudar a face do mundo.
São os que saem a campo, fazendo o que possam.
Uns vão ao encontro dos enfermos para lhes proporcionar alívio.
Outros resolvem amenizar o frio e a fome do seu próximo.
Outros elegem o caminho mais árduo.
Investem na educação das novas gerações.
Sem medir esforços, como professores contratados ou como educadores voluntários, vão acender luzes nos cérebros e semear sensibilidade nos corações.
Numa dessas manhãs, em que nos decidimos conhecer benemérito trabalho junto à infância carente, comparecemos à veneranda instituição que, há 63 anos, acende archotes de saber nas ruelas da ignorância.
A classe era de meninos de 5 a 6 anos.
Falava-se a respeito das profissões: a dignidade do labor de cada dia, o enobrecimento da criatura através do trabalho.
Desejando estabelecer um diálogo com os garotos, depois de alguns minutos de explanação, a professora passou a indagar a respeito da profissão que cada um desejaria seguir.
Eu quero ser ladrão! - Disse um menino, convictamente.
Eu quero ser assassino, como meu pai.
Chocamo-nos com as respostas.
Não a experiente mestra que, sem demonstrar enfado ou surpresa, a todos ouviu, aduzindo uma palavra aqui, outra ali.
E agora? - Pensamos.
Verificamos que aqueles meninos, apesar de tudo que recebiam, ali, em termos de valores individuais, tinham suas próprias e precisas ideias.
Contudo, logo mais, nos dirigimos a uma outra ala da instituição.
Duas casas de bonecas estavam montadas.
Casas que são para meninos e meninas.
Casas com mesas, cadeiras, armários, com muitas bonecas, carrinhos, bolas, brinquedos de montar.
E vimos a continuidade das mensagens do bem.
Atendentes ensinando a meninos e meninas tomarem das bonecas e as acarinharem, abraçarem.
Vimos a criançada com os brinquedos de montar, incentivados a criar bonecos, móveis, utensílios, carros... em vez de revólveres, tanques de guerra e apetrechos agressivos.
Vimos meninos com bonecas ao colo, brincando de pai, num conceito diverso do que vivem, muitos deles, em seus próprios lares.
Vimos meninas brincando de preparar o almoço e servir aos colegas e às bonecas.
Vimos tanto amor, tanto cuidado, tanta dedicação.
A resposta pacífica a um mundo violento.
O ensinar, brincando, àqueles pequeninos, que o mundo não é somente o mal, que o amor pode tudo transformar.
E eles aprendem porque abraçam seus professores e se deixam abraçar, longamente, na chegada e na saída da instituição.
Sorriem aos visitantes, espontaneamente vão ao seu encontro e abraçam.
Vimos ali o mundo novo.
Mundo que está sendo construído a pouco e pouco, naquelas mentes infantis que levarão a mensagem para onde quer que se encaminhem, na vida.
Tornar-se-ão homens de bem?
Só o futuro dirá.
Mas a boa semeadura está sendo realizada, dia após dia, semana após semana.
Construção do Terceiro Milénio...
Momento Espírita, com relato de observações colhidas em visita à Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia, no dia 8 de setembro de 2010.
§.§.§- O-canto-da-ave
Os pessimistas dizem que o mundo não tem jeito, que só se pode esperar coisas piores para o futuro.
Os saudosistas afirmam que hoje não há respeito, nem preservação dos verdadeiros valores.
Enfim, tudo se encontra em declínio.
Os optimistas vêem o que ocorre, as dificuldades, os desacertos, as discrepâncias sociais e assumem uma postura de quem deseja colaborar para mudar a face do mundo.
São os que saem a campo, fazendo o que possam.
Uns vão ao encontro dos enfermos para lhes proporcionar alívio.
Outros resolvem amenizar o frio e a fome do seu próximo.
Outros elegem o caminho mais árduo.
Investem na educação das novas gerações.
Sem medir esforços, como professores contratados ou como educadores voluntários, vão acender luzes nos cérebros e semear sensibilidade nos corações.
Numa dessas manhãs, em que nos decidimos conhecer benemérito trabalho junto à infância carente, comparecemos à veneranda instituição que, há 63 anos, acende archotes de saber nas ruelas da ignorância.
A classe era de meninos de 5 a 6 anos.
Falava-se a respeito das profissões: a dignidade do labor de cada dia, o enobrecimento da criatura através do trabalho.
Desejando estabelecer um diálogo com os garotos, depois de alguns minutos de explanação, a professora passou a indagar a respeito da profissão que cada um desejaria seguir.
Eu quero ser ladrão! - Disse um menino, convictamente.
Eu quero ser assassino, como meu pai.
Chocamo-nos com as respostas.
Não a experiente mestra que, sem demonstrar enfado ou surpresa, a todos ouviu, aduzindo uma palavra aqui, outra ali.
E agora? - Pensamos.
Verificamos que aqueles meninos, apesar de tudo que recebiam, ali, em termos de valores individuais, tinham suas próprias e precisas ideias.
Contudo, logo mais, nos dirigimos a uma outra ala da instituição.
Duas casas de bonecas estavam montadas.
Casas que são para meninos e meninas.
Casas com mesas, cadeiras, armários, com muitas bonecas, carrinhos, bolas, brinquedos de montar.
E vimos a continuidade das mensagens do bem.
Atendentes ensinando a meninos e meninas tomarem das bonecas e as acarinharem, abraçarem.
Vimos a criançada com os brinquedos de montar, incentivados a criar bonecos, móveis, utensílios, carros... em vez de revólveres, tanques de guerra e apetrechos agressivos.
Vimos meninos com bonecas ao colo, brincando de pai, num conceito diverso do que vivem, muitos deles, em seus próprios lares.
Vimos meninas brincando de preparar o almoço e servir aos colegas e às bonecas.
Vimos tanto amor, tanto cuidado, tanta dedicação.
A resposta pacífica a um mundo violento.
O ensinar, brincando, àqueles pequeninos, que o mundo não é somente o mal, que o amor pode tudo transformar.
E eles aprendem porque abraçam seus professores e se deixam abraçar, longamente, na chegada e na saída da instituição.
Sorriem aos visitantes, espontaneamente vão ao seu encontro e abraçam.
Vimos ali o mundo novo.
Mundo que está sendo construído a pouco e pouco, naquelas mentes infantis que levarão a mensagem para onde quer que se encaminhem, na vida.
Tornar-se-ão homens de bem?
Só o futuro dirá.
Mas a boa semeadura está sendo realizada, dia após dia, semana após semana.
Construção do Terceiro Milénio...
Momento Espírita, com relato de observações colhidas em visita à Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia, no dia 8 de setembro de 2010.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem de uma Jovem Universitária
Mensagem de uma Jovem Universitária da USP
Como aluna da USP, me sentia uma pessoa privilegiada e vencedora.
Tinha um grupo grande de amigos que me incensava a vaidade, e que em festas sucessivas me levava às primeiras experiências com LSD.
Como eu passava longo tempo fora do lar, com justificativa de estudo em grupo, meus pais nunca se deram conta do meu vício.
Mergulhei durante um ano em secretas viagens alucinatórias.
Era usar o ácido e os rostos se deformavam.
Via flores gigantes, pássaros coloridos de plumagens belas e, às vezes, caras tortas, deformadas e contorcidas.
Era a pior face do vício.
Surgiu então, em meu caminho, um novo colega, o tipo careta, bonzinho, ajuizado.
A atracção que sentimos foi muito forte e, embora sabendo que eu era desajustada, apoiava-me e impedia-me, às vezes, de participar de cenas.
Como eu não me dispunha de mudar de vez, e a trocar de companhias, ele terminou o namoro às vésperas de um feriado longo.
Chorei muito.
Esperava que ele retornasse pela força do nosso amor.
Viajei com a turma para Guarujá, mais para desforrar a viagem que ele fizera para o interior, onde morava antiga namorada dele.
Minha família se preocupou com minha depressão.
Ignorava que o rompimento era por eu não romper com as drogas.
Na praia mergulhei fundo em bebida alcoólicas e LSD.
Uma tarde, no apartamento, todos viajando, cada um a seu modo, vi um “anjo” que me chamava na janela.
Comecei a gritar eufórica.
Os amigos me seguravam, mas me desenvencilhei deles e mergulhei solta no espaço.
Não havia anjo, havia ácido no meu cérebro.
Tudo isso ocorreu em 1970.
Meu namorado soube depois.
Ele foi acusado de ser o culpado do meu suicídio.
Todos queriam salvar a própria pele e diagnosticaram como forte depressão o que era alucinação.
Ele aceitou a situação sem se defender e manchar o meu nome.
Fiquei como a pobre coitadinha e não como uma irresponsável que não soube agradecer tudo de grandioso que recebeu em oportunidades da vida.
Sofri muito no Plano Espiritual.
Monstros me acompanhavam, seres em decomposição, cheiro fétido envolvia em gases peçonhentos tudo que me cercava.
Quando amparada pelo meu pai, que sofrera um enfarte e viera para o Plano Espiritual, oito anos depois da minha partida, me reajustei, e a grande verdade veio à tona.
Me dirijo aos jovens.
Minha família está bem, mas muitos jovens como eu estão dando os primeiros passos na estrada do auto-extermínio.
Detenham-se enquanto podem recuar.
A realidade da vida é bela, e vocês não terão como vivê-la se drogando.
Detenham os passos nessa senda destruidora, nessa fogueira que queima nossa saúde, nossos sonhos, nossas vidas.
Vida, sempre!
Drogas, não!
Espírito, V... M...
Psicografia Shyrlene Soares Campos
Fonte Jornal Arauto de Luz Número 16 de Junho 1999
§.§.§- O-canto-da-ave
Como aluna da USP, me sentia uma pessoa privilegiada e vencedora.
Tinha um grupo grande de amigos que me incensava a vaidade, e que em festas sucessivas me levava às primeiras experiências com LSD.
Como eu passava longo tempo fora do lar, com justificativa de estudo em grupo, meus pais nunca se deram conta do meu vício.
Mergulhei durante um ano em secretas viagens alucinatórias.
Era usar o ácido e os rostos se deformavam.
Via flores gigantes, pássaros coloridos de plumagens belas e, às vezes, caras tortas, deformadas e contorcidas.
Era a pior face do vício.
Surgiu então, em meu caminho, um novo colega, o tipo careta, bonzinho, ajuizado.
A atracção que sentimos foi muito forte e, embora sabendo que eu era desajustada, apoiava-me e impedia-me, às vezes, de participar de cenas.
Como eu não me dispunha de mudar de vez, e a trocar de companhias, ele terminou o namoro às vésperas de um feriado longo.
Chorei muito.
Esperava que ele retornasse pela força do nosso amor.
Viajei com a turma para Guarujá, mais para desforrar a viagem que ele fizera para o interior, onde morava antiga namorada dele.
Minha família se preocupou com minha depressão.
Ignorava que o rompimento era por eu não romper com as drogas.
Na praia mergulhei fundo em bebida alcoólicas e LSD.
Uma tarde, no apartamento, todos viajando, cada um a seu modo, vi um “anjo” que me chamava na janela.
Comecei a gritar eufórica.
Os amigos me seguravam, mas me desenvencilhei deles e mergulhei solta no espaço.
Não havia anjo, havia ácido no meu cérebro.
Tudo isso ocorreu em 1970.
Meu namorado soube depois.
Ele foi acusado de ser o culpado do meu suicídio.
Todos queriam salvar a própria pele e diagnosticaram como forte depressão o que era alucinação.
Ele aceitou a situação sem se defender e manchar o meu nome.
Fiquei como a pobre coitadinha e não como uma irresponsável que não soube agradecer tudo de grandioso que recebeu em oportunidades da vida.
Sofri muito no Plano Espiritual.
Monstros me acompanhavam, seres em decomposição, cheiro fétido envolvia em gases peçonhentos tudo que me cercava.
Quando amparada pelo meu pai, que sofrera um enfarte e viera para o Plano Espiritual, oito anos depois da minha partida, me reajustei, e a grande verdade veio à tona.
Me dirijo aos jovens.
Minha família está bem, mas muitos jovens como eu estão dando os primeiros passos na estrada do auto-extermínio.
Detenham-se enquanto podem recuar.
A realidade da vida é bela, e vocês não terão como vivê-la se drogando.
Detenham os passos nessa senda destruidora, nessa fogueira que queima nossa saúde, nossos sonhos, nossas vidas.
Vida, sempre!
Drogas, não!
Espírito, V... M...
Psicografia Shyrlene Soares Campos
Fonte Jornal Arauto de Luz Número 16 de Junho 1999
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A espada de Dâmocles
A espada de Dâmocles
Era uma vez um rei chamado Dionísio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília.
Vivia num palácio cheio de requintes e de belezas, atendido por uma criadagem sempre disposta a fazer-lhe as vontades.
Naturalmente, por ser rico e poderoso, muitos siracusanos invejavam-lhe a sorte.
Dâmocles estava entre eles. Era dos melhores amigos de Dionísio e dizia-lhe frequentemente:
Que sorte a sua! Você tem tudo que se pode desejar.
Só pode ser o homem mais feliz do mundo!
Dionísio foi ficando cansado de ouvir esse tipo de conversa.
Assim, certo dia propôs ao amigo a experiência de passar um dia, um dia apenas em seu lugar, como monarca, desfrutando de tudo aquilo.
Este aceitou imediatamente com alegria.
No dia seguinte, Dâmocles foi levado ao palácio e os criados reais lhe puseram na cabeça a coroa de ouro, e o trataram como rei.
Recostou-se em almofadas macias e sentiu-se o homem mais feliz do mundo.
Ah, isso é que é vida!
Confessou a Dionísio, que se encontrava sentado à mesa, na outra extremidade.
Nunca me diverti tanto.
Subitamente, Dâmocles enrijeceu-se todo.
O sorriso fugiu-lhe dos lábios e o rosto empalideceu.
Suas mãos estremeceram. Esqueceu-se da comida, do vinho, da música.
Só queria ir embora dali, para bem longe do palácio, para onde quer que fosse.
Percebeu que pendia bem acima de sua cabeça uma espada, presa ao tecto por um único fio de crina de cavalo.
A lâmina brilhava, apontando directamente para seus olhos.
Ficou paralisado, preso ao assento.
Tentou levantar, mas não conseguiu, por medo de que a espada, com um movimento seu, pudesse lhe cair em cima.
O que foi, meu amigo? - Perguntou Dionísio.
- Parece que você perdeu o apetite.
Essa espada! Essa espada!
Disse o outro, num sussurro. - Você não está vendo?
É claro que estou. Vejo-a todos os dias.
Está sempre pendendo sobre minha cabeça e há sempre a possibilidade de alguém ou alguma coisa partir o fio.
Um dos meus conselheiros pode ficar enciumado do meu poder e tentar me matar.
As pessoas podem espalhar mentiras a meu respeito, para jogar o povo contra mim.
Pode ser que um reino vizinho envie um exército para tomar-me o trono.
Ou então, posso tomar uma decisão errónea que leve à minha derrocada.
Quem quer ser líder precisa estar disposto a aceitar esses riscos.
Eles vêm junto com o poder, percebe?
É claro que percebo! - Disse Dâmocles.
Vejo agora que eu estava enganado e que você tem muitas coisas em que pensar além de sua riqueza e fama.
Por favor, assuma o seu lugar e deixe-me voltar para a minha casa.
Até o fim de seus dias, Dâmocles não voltou a querer trocar de lugar com o rei, nem por um momento sequer.
Antes de deixar que a inveja cresça em nosso coração, lembremos da espada de Dâmocles.
Toda riqueza, todo poder, toda fama vem com uma série de decorrências naturais que devem ser consideradas.
Não nos deixemos consumir por esta luta incessante do orgulho, da vaidade não satisfeita.
A inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do nosso globo.
A caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males.
Momento Espírita, com base em lenda grega e trecho da Revista Espírita, de julho de 1858, de Allan Kardec, ed. Feb.
§.§.§- O-canto-da-ave
Era uma vez um rei chamado Dionísio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília.
Vivia num palácio cheio de requintes e de belezas, atendido por uma criadagem sempre disposta a fazer-lhe as vontades.
Naturalmente, por ser rico e poderoso, muitos siracusanos invejavam-lhe a sorte.
Dâmocles estava entre eles. Era dos melhores amigos de Dionísio e dizia-lhe frequentemente:
Que sorte a sua! Você tem tudo que se pode desejar.
Só pode ser o homem mais feliz do mundo!
Dionísio foi ficando cansado de ouvir esse tipo de conversa.
Assim, certo dia propôs ao amigo a experiência de passar um dia, um dia apenas em seu lugar, como monarca, desfrutando de tudo aquilo.
Este aceitou imediatamente com alegria.
No dia seguinte, Dâmocles foi levado ao palácio e os criados reais lhe puseram na cabeça a coroa de ouro, e o trataram como rei.
Recostou-se em almofadas macias e sentiu-se o homem mais feliz do mundo.
Ah, isso é que é vida!
Confessou a Dionísio, que se encontrava sentado à mesa, na outra extremidade.
Nunca me diverti tanto.
Subitamente, Dâmocles enrijeceu-se todo.
O sorriso fugiu-lhe dos lábios e o rosto empalideceu.
Suas mãos estremeceram. Esqueceu-se da comida, do vinho, da música.
Só queria ir embora dali, para bem longe do palácio, para onde quer que fosse.
Percebeu que pendia bem acima de sua cabeça uma espada, presa ao tecto por um único fio de crina de cavalo.
A lâmina brilhava, apontando directamente para seus olhos.
Ficou paralisado, preso ao assento.
Tentou levantar, mas não conseguiu, por medo de que a espada, com um movimento seu, pudesse lhe cair em cima.
O que foi, meu amigo? - Perguntou Dionísio.
- Parece que você perdeu o apetite.
Essa espada! Essa espada!
Disse o outro, num sussurro. - Você não está vendo?
É claro que estou. Vejo-a todos os dias.
Está sempre pendendo sobre minha cabeça e há sempre a possibilidade de alguém ou alguma coisa partir o fio.
Um dos meus conselheiros pode ficar enciumado do meu poder e tentar me matar.
As pessoas podem espalhar mentiras a meu respeito, para jogar o povo contra mim.
Pode ser que um reino vizinho envie um exército para tomar-me o trono.
Ou então, posso tomar uma decisão errónea que leve à minha derrocada.
Quem quer ser líder precisa estar disposto a aceitar esses riscos.
Eles vêm junto com o poder, percebe?
É claro que percebo! - Disse Dâmocles.
Vejo agora que eu estava enganado e que você tem muitas coisas em que pensar além de sua riqueza e fama.
Por favor, assuma o seu lugar e deixe-me voltar para a minha casa.
Até o fim de seus dias, Dâmocles não voltou a querer trocar de lugar com o rei, nem por um momento sequer.
Antes de deixar que a inveja cresça em nosso coração, lembremos da espada de Dâmocles.
Toda riqueza, todo poder, toda fama vem com uma série de decorrências naturais que devem ser consideradas.
Não nos deixemos consumir por esta luta incessante do orgulho, da vaidade não satisfeita.
A inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do nosso globo.
A caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males.
Momento Espírita, com base em lenda grega e trecho da Revista Espírita, de julho de 1858, de Allan Kardec, ed. Feb.
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Carta de Gratidão
Carta de Gratidão
Volto, com a permissão de Deus depois de alguns anos... suficientes pelo meu refazimento necessário.
Depois de minha internação naquele corpo deficiente, em que jamais foi possível externar a gratidão que tive pela mamãe generosa e o papai carinhoso que me souberam amar com ternura.
Mas, apenas hoje posso escrever e me exprimir sem dificuldade através da caneta do amigo que se propõe a escrever meus sentimentos e profunda gratidão.
Conhecem os amigos os diversos processos em que retornamos à Terra, muitas vezes atormentados ou aturdidos, em processos difíceis.
Mas tão logo nos reorganizamos, os desafectos são desfeitos, é quando podemos aspirar a melhores dias...
Hoje, este dia é presente.
Agradeço aos amigos pelas visitas que faziam em nossas casa, através das orações que me traziam alívio à alma imanifesta naquela abençoado corpinho enfermo.
Foi através dele que minha alma ganhou, enfim, o repouso necessário.
Agradeço muito por isso, meus irmãos.
Que Jesus os recompense em dobro pela importante tarefa a que se consagram.
Gostaria de dizer a vocês, meus amigos, que inúmeras crianças portadoras do autismo, de igual modo carecem dessa visitação, pois, foi nestas pequenas reuniões que pude perceber o cárcere luminoso em que me encontrava, a fim de resgatar o tormento provocado pelo acto impensado a que me permiti, em existência próxima.
Que nosso Senhor, nesta Casa de Eurípedes, continue alimentando esse desejo incontido dos homens de bom coração de sempre esparramarem a paz, que desejam repartir com o mundo.
Os amigos devem estar se perguntando, quem sou eu?
Sou o Luciano a que consagram sua energia através dos passes magnéticos, alimentando na mamãe Maria Helena e no papai Nico, a força que tanto necessitavam de palavras de paz e harmonia.
Meus amigos, muita paz a todos vocês.
Obrigado!
Luciano - Julho de 2000
Palavra Espírita Setembro de 2000
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Volto, com a permissão de Deus depois de alguns anos... suficientes pelo meu refazimento necessário.
Depois de minha internação naquele corpo deficiente, em que jamais foi possível externar a gratidão que tive pela mamãe generosa e o papai carinhoso que me souberam amar com ternura.
Mas, apenas hoje posso escrever e me exprimir sem dificuldade através da caneta do amigo que se propõe a escrever meus sentimentos e profunda gratidão.
Conhecem os amigos os diversos processos em que retornamos à Terra, muitas vezes atormentados ou aturdidos, em processos difíceis.
Mas tão logo nos reorganizamos, os desafectos são desfeitos, é quando podemos aspirar a melhores dias...
Hoje, este dia é presente.
Agradeço aos amigos pelas visitas que faziam em nossas casa, através das orações que me traziam alívio à alma imanifesta naquela abençoado corpinho enfermo.
Foi através dele que minha alma ganhou, enfim, o repouso necessário.
Agradeço muito por isso, meus irmãos.
Que Jesus os recompense em dobro pela importante tarefa a que se consagram.
Gostaria de dizer a vocês, meus amigos, que inúmeras crianças portadoras do autismo, de igual modo carecem dessa visitação, pois, foi nestas pequenas reuniões que pude perceber o cárcere luminoso em que me encontrava, a fim de resgatar o tormento provocado pelo acto impensado a que me permiti, em existência próxima.
Que nosso Senhor, nesta Casa de Eurípedes, continue alimentando esse desejo incontido dos homens de bom coração de sempre esparramarem a paz, que desejam repartir com o mundo.
Os amigos devem estar se perguntando, quem sou eu?
Sou o Luciano a que consagram sua energia através dos passes magnéticos, alimentando na mamãe Maria Helena e no papai Nico, a força que tanto necessitavam de palavras de paz e harmonia.
Meus amigos, muita paz a todos vocês.
Obrigado!
Luciano - Julho de 2000
Palavra Espírita Setembro de 2000
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Filhos carentes
Filhos carentes
Em 1951, foi realizado um estudo com crianças de cinco anos, a respeito da melhor forma de criar filhos.
Tal estudo teve prosseguimento em 1990.
A conclusão foi de que as crianças que, ao se tornarem adultas, tinham mais aflições, problemas emocionais e se davam mal no casamento, nas amizades e no trabalho não eram as filhas dos pais ricos, nem dos pais pobres.
Eram os filhos de pais distantes e frios, que mostravam pouco ou nenhum afecto por eles.
Até alguns anos, podia se conceber que pais do sexo masculino tivessem reservas em matéria afectiva com respeito aos filhos do mesmo sexo.
Isso porque entendiam que abraçar, beijar e dizer:
Eu te amo, eram atitudes que poderiam reflectir mal na masculinidade do garoto.
Também porque os pais deviam ser respeitados, não demonstravam afecto, acreditando que iriam perder a autoridade.
A psicologia derrubou muitos mitos, declarando que afecto e autoridade casam muito bem e que demonstrar carinho é uma atitude positiva.
Na actualidade, em que são tantas as informações aos pais, em matéria de educação de filhos e formação do carácter, o problema persiste.
A dificuldade está nas pressões que sofrem os pais de hoje.
Enquanto pais novatos não cabem em si de contentamento por causa do bebé e se desmancham em mimos, beijos e carícias, em outras famílias a linguagem da ternura cede lugar a palavras duras e grosseiras.
As pequenas falhas no aprendizado das coisas mínimas são recebidas com aspereza e a criança logo é taxada por adjectivos depreciativos.
Em alguns lares, em vez de abraços afectuosos, as crianças curtem a ausência total de qualquer toque de ternura.
Fala-se em maus tratos e se pensa que sejam somente aqueles de ordem física, que mutilam crianças e se tornam manchetes de jornal ou da televisão.
Maus tratos são todas as atitudes que agridam esses pequenos que olham o mundo com os olhos da esperança e a vêem desaparecer a cada dia, ao contacto rude da amargura que se extravasa em palavras e actos, por parte daqueles incumbidos de amá-los e cuidá-los.
Os pais devem se esforçar por criar um ambiente de tranquilidade aos filhos. Um ambiente em que eles se sintam amados.
Ser bons ouvintes e elogiar com regularidade os progressos alcançados fazem parte do desenvolvimento sadio dos pequenos.
Adaptar a disciplina às necessidades de cada criança e não esperar mais do que o razoável da parte dela é questão de bom senso dos adultos.
A depressão infantil não é rara.
As crianças se sentem desanimadas e tristes quando recebem agressões verbais e emocionais.
Na qualidade de pais, é nosso dever zelar pelo equilíbrio dos nossos filhos. Por isso mesmo, não nos devemos permitir que a raiva, o cansaço e o desânimo sejam extravasados justamente sobre aqueles que são mais frágeis e estão sob a nossa guarda: nossos filhos.
Para eles, a dose deve ser sempre de amor, recheada de energia e ternura.
Momento Espírita, com base no artigo Pais sob pressão, do jornal O repórter, ano I, nº 1.
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Em 1951, foi realizado um estudo com crianças de cinco anos, a respeito da melhor forma de criar filhos.
Tal estudo teve prosseguimento em 1990.
A conclusão foi de que as crianças que, ao se tornarem adultas, tinham mais aflições, problemas emocionais e se davam mal no casamento, nas amizades e no trabalho não eram as filhas dos pais ricos, nem dos pais pobres.
Eram os filhos de pais distantes e frios, que mostravam pouco ou nenhum afecto por eles.
Até alguns anos, podia se conceber que pais do sexo masculino tivessem reservas em matéria afectiva com respeito aos filhos do mesmo sexo.
Isso porque entendiam que abraçar, beijar e dizer:
Eu te amo, eram atitudes que poderiam reflectir mal na masculinidade do garoto.
Também porque os pais deviam ser respeitados, não demonstravam afecto, acreditando que iriam perder a autoridade.
A psicologia derrubou muitos mitos, declarando que afecto e autoridade casam muito bem e que demonstrar carinho é uma atitude positiva.
Na actualidade, em que são tantas as informações aos pais, em matéria de educação de filhos e formação do carácter, o problema persiste.
A dificuldade está nas pressões que sofrem os pais de hoje.
Enquanto pais novatos não cabem em si de contentamento por causa do bebé e se desmancham em mimos, beijos e carícias, em outras famílias a linguagem da ternura cede lugar a palavras duras e grosseiras.
As pequenas falhas no aprendizado das coisas mínimas são recebidas com aspereza e a criança logo é taxada por adjectivos depreciativos.
Em alguns lares, em vez de abraços afectuosos, as crianças curtem a ausência total de qualquer toque de ternura.
Fala-se em maus tratos e se pensa que sejam somente aqueles de ordem física, que mutilam crianças e se tornam manchetes de jornal ou da televisão.
Maus tratos são todas as atitudes que agridam esses pequenos que olham o mundo com os olhos da esperança e a vêem desaparecer a cada dia, ao contacto rude da amargura que se extravasa em palavras e actos, por parte daqueles incumbidos de amá-los e cuidá-los.
Os pais devem se esforçar por criar um ambiente de tranquilidade aos filhos. Um ambiente em que eles se sintam amados.
Ser bons ouvintes e elogiar com regularidade os progressos alcançados fazem parte do desenvolvimento sadio dos pequenos.
Adaptar a disciplina às necessidades de cada criança e não esperar mais do que o razoável da parte dela é questão de bom senso dos adultos.
A depressão infantil não é rara.
As crianças se sentem desanimadas e tristes quando recebem agressões verbais e emocionais.
Na qualidade de pais, é nosso dever zelar pelo equilíbrio dos nossos filhos. Por isso mesmo, não nos devemos permitir que a raiva, o cansaço e o desânimo sejam extravasados justamente sobre aqueles que são mais frágeis e estão sob a nossa guarda: nossos filhos.
Para eles, a dose deve ser sempre de amor, recheada de energia e ternura.
Momento Espírita, com base no artigo Pais sob pressão, do jornal O repórter, ano I, nº 1.
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Mensagem de Uberaba para Taubaté
Mensagem de Uberaba para Taubaté
Eduardo Rubio Sampaio
Querida mamãe Maria Carolina e querido papai Gilmar:
- Deus nos ampare. De início, devo agradecer a vocês pela nova oportunidade que estão me ensejando através destas palavras.
Estamos superando as maiores dificuldades decorrentes do acidente com a moto e precisamos ser gratos a quantos tem colaborado connosco em nosso fortalecimento, sem que nos esqueçamos em especial, dos amigos do “André Luiz”, em Taubaté.
Mamãe e Papai, aos poucos estamos alcançando níveis mais elevados de compreensão e de amadurecimento.
Sei que por vezes a gente pensa assim: “nada mais tenho para aprender em termos de espiritualidade”, e acabamos por nos acomodar...
No entanto através do inesperado, Deus nos leva a descobrir dentro de nós mesmo uma capacidade muito mais ampla de amar...
Não sei se estou conseguindo ser o suficientemente claro.
Desconfio que não.
Todavia vocês saberão o que estou me esforçando para dizer.
Infelizmente não pude estar por aí para dispensar à Fabiana o amparo que ela e a Eduarda me merecem.
Mas tudo está certo...
Não pude sentir a Eduarda em meus braços de pai, mas nada me impede de espiritualmente estar sempre com a filha que há de ser muito feliz.
São provas mamãe e papai, provas, as mais diversas que nos estão reservadas ao aprendizado.
A gente tem dificuldade para compreender tudo o que nos sucede, mas a fé nos ensina que tudo está de acordo com a vontade de Deus.
O pensamento não tem palavras para nos convencer, mas o coração nos dá a íntima certeza de que as nossas provas, são exactamente aquelas que nos são indispensáveis.
Graças a Deus, papai e mamãe o que me aconteceu não nos arremessou à descrença ou à revolta.
É muita gente no mundo que por não saber interpretar as questões concernentes ao próprio sofrimento, blasfema contra Deus e se torna insensíveis à prática do bem aos semelhantes.
Estou sempre na abençoada companhia do vovô João e, desse outro lado da vida nos preocupamos com o que possa acontecer com vocês na Terra.
Sabemos que não é fácil vencer as emboscadas que as nossas imperfeições morais nos armam em nossos confrontos com a invigilância...
Que o Evandro e o Ricardo, meus queridos irmãos reflictam nas palavras que lhes envio.
Sem dúvida, foi ao pé da letra um desastre, a batida violenta da moto com o ónibus, mas aquele aparente abismo está se transformando numa abertura, para que nossos olhos vislumbrem novos horizontes.
Abençoo à querida Eduarda - cuja simples lembrança me enche de alegria os olhos de lágrimas, rogando aos céus para que reservem a ela e a Fabiana os melhores caminhos de acesso à felicidade.
As vezes, os que mais gostaríamos de encontrar desse outro lado da vida, são justamente aqueles que regressaram ao mundo quase às vésperas do ansiado reencontro.
Eis aí a continuidade das nossas provas - das provas que nos alcançam dos dois lados da vida.
Com os meus beijos e a minha esperança sempre o seu Eduardo.
Psicografia recebida pelo médium Carlos A Baccelli no Lar Espírita Pedro e Paulo em Uberaba-MG na manhã de 11/09/99
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Eduardo Rubio Sampaio
Querida mamãe Maria Carolina e querido papai Gilmar:
- Deus nos ampare. De início, devo agradecer a vocês pela nova oportunidade que estão me ensejando através destas palavras.
Estamos superando as maiores dificuldades decorrentes do acidente com a moto e precisamos ser gratos a quantos tem colaborado connosco em nosso fortalecimento, sem que nos esqueçamos em especial, dos amigos do “André Luiz”, em Taubaté.
Mamãe e Papai, aos poucos estamos alcançando níveis mais elevados de compreensão e de amadurecimento.
Sei que por vezes a gente pensa assim: “nada mais tenho para aprender em termos de espiritualidade”, e acabamos por nos acomodar...
No entanto através do inesperado, Deus nos leva a descobrir dentro de nós mesmo uma capacidade muito mais ampla de amar...
Não sei se estou conseguindo ser o suficientemente claro.
Desconfio que não.
Todavia vocês saberão o que estou me esforçando para dizer.
Infelizmente não pude estar por aí para dispensar à Fabiana o amparo que ela e a Eduarda me merecem.
Mas tudo está certo...
Não pude sentir a Eduarda em meus braços de pai, mas nada me impede de espiritualmente estar sempre com a filha que há de ser muito feliz.
São provas mamãe e papai, provas, as mais diversas que nos estão reservadas ao aprendizado.
A gente tem dificuldade para compreender tudo o que nos sucede, mas a fé nos ensina que tudo está de acordo com a vontade de Deus.
O pensamento não tem palavras para nos convencer, mas o coração nos dá a íntima certeza de que as nossas provas, são exactamente aquelas que nos são indispensáveis.
Graças a Deus, papai e mamãe o que me aconteceu não nos arremessou à descrença ou à revolta.
É muita gente no mundo que por não saber interpretar as questões concernentes ao próprio sofrimento, blasfema contra Deus e se torna insensíveis à prática do bem aos semelhantes.
Estou sempre na abençoada companhia do vovô João e, desse outro lado da vida nos preocupamos com o que possa acontecer com vocês na Terra.
Sabemos que não é fácil vencer as emboscadas que as nossas imperfeições morais nos armam em nossos confrontos com a invigilância...
Que o Evandro e o Ricardo, meus queridos irmãos reflictam nas palavras que lhes envio.
Sem dúvida, foi ao pé da letra um desastre, a batida violenta da moto com o ónibus, mas aquele aparente abismo está se transformando numa abertura, para que nossos olhos vislumbrem novos horizontes.
Abençoo à querida Eduarda - cuja simples lembrança me enche de alegria os olhos de lágrimas, rogando aos céus para que reservem a ela e a Fabiana os melhores caminhos de acesso à felicidade.
As vezes, os que mais gostaríamos de encontrar desse outro lado da vida, são justamente aqueles que regressaram ao mundo quase às vésperas do ansiado reencontro.
Eis aí a continuidade das nossas provas - das provas que nos alcançam dos dois lados da vida.
Com os meus beijos e a minha esperança sempre o seu Eduardo.
Psicografia recebida pelo médium Carlos A Baccelli no Lar Espírita Pedro e Paulo em Uberaba-MG na manhã de 11/09/99
§.§.§- O-canto-da-ave
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OLHAR PARA CIMA E PARA BAIXO
OLHAR PARA CIMA E PARA BAIXO
Permitiste, um dia, Pai, que eu visse sob as nuvens, o mundo sobre o qual iria habitar.
Mostraste-me os campos, os mares e os enormes prédios de concreto que os homens que habitam este planeta construíram, para que o progresso material lhes permitisse todas as condições para conseguir o que tanto buscam: a perfeição.
Com Tua permissão, imaginava tudo o que poderia fazer:
plantar e percorrer os campos, pescar e descansar nas águas azuis, sentir-me seguro ao deitar-me, depois de um dia de trabalho, numa daquelas construções imensas.
Sabia de tudo, a tudo me mostraram, tudo alegremente entrou em mim.
E fortemente decidido, vim.
Olhei, um dia, daqui debaixo lá para cima.
E ao invés de me alegrar, chorei.
Não era só o olhar externo que eu teria de ter.
Demorei muito tempo para entender que aqui é preciso saber olhar para o lado de dentro e obter do exterior apenas o descanso, o alimento e a segurança para que a evolução se complete.
Mas assim como todos, voltei para o lado de lá.
Voltei, então, a ver de cima para baixo.
E só nessa volta entendi, de verdade, o que é que acontece aqui na Terra.
Hoje me preparo, porque a qualquer hora poderei ser chamado para voltar.
Ainda preciso aprender muito e assim o quero.
E querer é um grande alento para que, ao olhar de baixo para cima, eu possa ver a Deus, com agradecimento.
Porque viver é muito bom.
Amar, melhor ainda.
Com preparo e com um sentimento constante de aceitação dos pedaços bons e ruins da nossa existência, fica-se quase que completo.
Agradeço pela oportunidade e que todos possam olhar daqui debaixo para cima, com alegria, paciência e gratidão.
José
§.§.§- O-canto-da-ave
Permitiste, um dia, Pai, que eu visse sob as nuvens, o mundo sobre o qual iria habitar.
Mostraste-me os campos, os mares e os enormes prédios de concreto que os homens que habitam este planeta construíram, para que o progresso material lhes permitisse todas as condições para conseguir o que tanto buscam: a perfeição.
Com Tua permissão, imaginava tudo o que poderia fazer:
plantar e percorrer os campos, pescar e descansar nas águas azuis, sentir-me seguro ao deitar-me, depois de um dia de trabalho, numa daquelas construções imensas.
Sabia de tudo, a tudo me mostraram, tudo alegremente entrou em mim.
E fortemente decidido, vim.
Olhei, um dia, daqui debaixo lá para cima.
E ao invés de me alegrar, chorei.
Não era só o olhar externo que eu teria de ter.
Demorei muito tempo para entender que aqui é preciso saber olhar para o lado de dentro e obter do exterior apenas o descanso, o alimento e a segurança para que a evolução se complete.
Mas assim como todos, voltei para o lado de lá.
Voltei, então, a ver de cima para baixo.
E só nessa volta entendi, de verdade, o que é que acontece aqui na Terra.
Hoje me preparo, porque a qualquer hora poderei ser chamado para voltar.
Ainda preciso aprender muito e assim o quero.
E querer é um grande alento para que, ao olhar de baixo para cima, eu possa ver a Deus, com agradecimento.
Porque viver é muito bom.
Amar, melhor ainda.
Com preparo e com um sentimento constante de aceitação dos pedaços bons e ruins da nossa existência, fica-se quase que completo.
Agradeço pela oportunidade e que todos possam olhar daqui debaixo para cima, com alegria, paciência e gratidão.
José
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As lágrimas
As lágrimas
Existem pessoas que afirmam terem uma grande dificuldade para chorar.
Algumas, com certa inveja, comentam sobre a facilidade de outras em demonstrar sentimentos através das lágrimas.
Há quem acredite que as lágrimas são próprias da feminilidade, que atestam fraqueza, fragilidade.
Lemos, recentemente a história de um pai que não conseguia chorar e foi surpreendido pela pergunta de seu filho de 5 anos:
- Pai, por que nunca vi você chorar?
Que poderia ele responder?
Talvez fossem seus anos de raiva, tristeza e até alegria engolidas, que o impedissem de se expressar com lágrimas, ou talvez porque fora educado com os conceitos de que o homem não deve chorar.
A verdade é que aquele pai sofria de problemas de depressão, com os quais lutava há tempos e somente respondeu:
- Filho, lágrimas fazem bem para meninos e meninas.
Fico feliz que você possa chorar sempre que está triste.
Os pais, às vezes, têm dificuldade para mostrar como sentem.
Talvez eu possa melhorar algum dia.
Nos dias que se seguiram, o pai orou intensamente a Deus rogando por alguma coisa que o fizesse sentir-se melhor.
Aproximava-se o Natal com todo seu encanto e magia.
O director da escola perguntou se Patrick, o garoto de 5 anos, poderia cantar uma estrofe de uma canção Natalina, em um culto na igreja.
Naturalmente, os pais se encheram de entusiasmo.
O filho tinha pendores para a música.
Estudava piano desde os 4 anos de idade. Gostava de cantar.
À medida que os dias iam sendo marcados no calendário, dando ciência da proximidade do evento, pais e filho começaram a ficar assustados.
O menino começou a temer não conseguir e o pai, principalmente o pai compareceu à cerimónia religiosa na véspera de Natal, com expectativas limitadas.
Colocou-se no lugar do filho e imaginou que jamais ele enfrentaria um microfone e uma igreja com centenas de pessoas.
O garoto, vestido de branco, aproximou-se do microfone e começou a entoar as notas uma a uma.
Eram versos lindos que enchiam o espaço e os corações.
O pai contemplou o menino e sentiu-se invadir por uma onda de ternura.
O que seu filho cantava tinha sabor de eternidade, uma beleza sem par.
Parecia-lhe que um anjo se corporificara ali, perante a congregação, para brindar a todos com um presente especial de Natal.
Então, grossas lágrimas surgiram nos olhos naquele pai.
A canção terminou e ele buscou o filho, ainda nos corredores.
Ajoelhou-se, para ficar do tamanho dele e penetrou com o seu o olhar azul do filho.
- Patrick, você se lembra de quando me perguntou por que nunca me tinha visto chorar?
O menino afirmou com a cabeça.
- Bem, estou chorando agora.
Seu canto foi tão lindo que me fez chorar.
O garoto sorriu, feliz, e atirou-se nos braços do pai, dizendo-lhe ao ouvido enquanto o estreitava fortemente:
- Às vezes, a vida é tão bonita que a gente tem de chorar.
Por temperamento nos retraímos em muitas circunstâncias, quando deveríamos exteriorizar os sentimentos que nos invadem.
Todos detemos a capacidade dos melhores sentimentos de amor.
Expressá-los, permitir que outros compartilhem das nossas emoções, das alegrias ou das dores que nos invadam o íntimo, é também exercício de humildade e fraternidade.
Quando nos sentirmos tocar nas fibras mais delicadas de nosso ser, pela música, um gesto de carinho, uma conquista dos nossos pequenos, permitamo-nos a visita das lágrimas doces, expressão do amor que alimenta outros amores, sem vergonha, porque ninguém evolui realmente sem o cultivo dos sentimentos mais edificantes.
Baseado na revista Selecções do Rider’s Digest, de 12/98 - Longe, na Manjedoura
§.§.§- O-canto-da-ave
Existem pessoas que afirmam terem uma grande dificuldade para chorar.
Algumas, com certa inveja, comentam sobre a facilidade de outras em demonstrar sentimentos através das lágrimas.
Há quem acredite que as lágrimas são próprias da feminilidade, que atestam fraqueza, fragilidade.
Lemos, recentemente a história de um pai que não conseguia chorar e foi surpreendido pela pergunta de seu filho de 5 anos:
- Pai, por que nunca vi você chorar?
Que poderia ele responder?
Talvez fossem seus anos de raiva, tristeza e até alegria engolidas, que o impedissem de se expressar com lágrimas, ou talvez porque fora educado com os conceitos de que o homem não deve chorar.
A verdade é que aquele pai sofria de problemas de depressão, com os quais lutava há tempos e somente respondeu:
- Filho, lágrimas fazem bem para meninos e meninas.
Fico feliz que você possa chorar sempre que está triste.
Os pais, às vezes, têm dificuldade para mostrar como sentem.
Talvez eu possa melhorar algum dia.
Nos dias que se seguiram, o pai orou intensamente a Deus rogando por alguma coisa que o fizesse sentir-se melhor.
Aproximava-se o Natal com todo seu encanto e magia.
O director da escola perguntou se Patrick, o garoto de 5 anos, poderia cantar uma estrofe de uma canção Natalina, em um culto na igreja.
Naturalmente, os pais se encheram de entusiasmo.
O filho tinha pendores para a música.
Estudava piano desde os 4 anos de idade. Gostava de cantar.
À medida que os dias iam sendo marcados no calendário, dando ciência da proximidade do evento, pais e filho começaram a ficar assustados.
O menino começou a temer não conseguir e o pai, principalmente o pai compareceu à cerimónia religiosa na véspera de Natal, com expectativas limitadas.
Colocou-se no lugar do filho e imaginou que jamais ele enfrentaria um microfone e uma igreja com centenas de pessoas.
O garoto, vestido de branco, aproximou-se do microfone e começou a entoar as notas uma a uma.
Eram versos lindos que enchiam o espaço e os corações.
O pai contemplou o menino e sentiu-se invadir por uma onda de ternura.
O que seu filho cantava tinha sabor de eternidade, uma beleza sem par.
Parecia-lhe que um anjo se corporificara ali, perante a congregação, para brindar a todos com um presente especial de Natal.
Então, grossas lágrimas surgiram nos olhos naquele pai.
A canção terminou e ele buscou o filho, ainda nos corredores.
Ajoelhou-se, para ficar do tamanho dele e penetrou com o seu o olhar azul do filho.
- Patrick, você se lembra de quando me perguntou por que nunca me tinha visto chorar?
O menino afirmou com a cabeça.
- Bem, estou chorando agora.
Seu canto foi tão lindo que me fez chorar.
O garoto sorriu, feliz, e atirou-se nos braços do pai, dizendo-lhe ao ouvido enquanto o estreitava fortemente:
- Às vezes, a vida é tão bonita que a gente tem de chorar.
Por temperamento nos retraímos em muitas circunstâncias, quando deveríamos exteriorizar os sentimentos que nos invadem.
Todos detemos a capacidade dos melhores sentimentos de amor.
Expressá-los, permitir que outros compartilhem das nossas emoções, das alegrias ou das dores que nos invadam o íntimo, é também exercício de humildade e fraternidade.
Quando nos sentirmos tocar nas fibras mais delicadas de nosso ser, pela música, um gesto de carinho, uma conquista dos nossos pequenos, permitamo-nos a visita das lágrimas doces, expressão do amor que alimenta outros amores, sem vergonha, porque ninguém evolui realmente sem o cultivo dos sentimentos mais edificantes.
Baseado na revista Selecções do Rider’s Digest, de 12/98 - Longe, na Manjedoura
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Re: Momentos Espíritas
Às Vésperas da Reencarnação
Vagner
Estou sentado embaixo de uma árvore, recostado em seu tronco, vendo o céu maravilhosamente azul.
O sol quente esquenta meu corpo.
Estou em paz.
Olho bem para o alto e vejo pássaros brancos voando em bando, meus olhos os seguem... meu pensamento os acompanha.
Para onde será que eles estão indo? Não sei.
Fico sentado aqui, sentindo a brisa no meu rosto e, junto com esta brisa, vem o cheiro das flores.
Sinto-me preguiçoso, lânguido;
gostaria de assim ficar por muito tempo, mas o dever me chama.
Tenho compromissos à cumprir;
levanto-me devagar, espreguiço-me e sinto-me revigorado.
Agora vou trabalhar.
Gostaria de encontrar alguém conhecido, mas não vejo ninguém.
Porém, não me aborreço.
Espero com tranquilidade este encontro.
Sei que, com paciência, vou acabar conseguindo o que quero.
Sei que tenho que ser tolerante com esta situação.
Sinto, no fundo do meu coração, que logo estarei de volta.
Não gostaria de voltar, mas sei também que não posso me esquivar do compromisso.
Que pena! Vou ter que abandonar lugar tão bom!
Mas sinto que, dessa vez, serei muito mais feliz.
Tenho certeza que conseguirei trilhar meu novo caminho terreno sem muitos tropeços, sem novamente me desviar do caminho que tracei.
Nestes muitos anos vivendo aqui, consegui entender bem o significado das palavras "AMOR", "AMIZADE", "CARINHO".
Desta vez, conseguirei implantar estes sentimentos no meu novo caminhar.
Ah! como já sinto saudades daqui!
Olho ao redor e sinto uma pontada de medo...
Mas levanto minha cabeça, me entrego a "Deus" e tenho certeza que vou sair-me bem.
Adeus, Cowboy
§.§.§- O-canto-da-ave
Vagner
Estou sentado embaixo de uma árvore, recostado em seu tronco, vendo o céu maravilhosamente azul.
O sol quente esquenta meu corpo.
Estou em paz.
Olho bem para o alto e vejo pássaros brancos voando em bando, meus olhos os seguem... meu pensamento os acompanha.
Para onde será que eles estão indo? Não sei.
Fico sentado aqui, sentindo a brisa no meu rosto e, junto com esta brisa, vem o cheiro das flores.
Sinto-me preguiçoso, lânguido;
gostaria de assim ficar por muito tempo, mas o dever me chama.
Tenho compromissos à cumprir;
levanto-me devagar, espreguiço-me e sinto-me revigorado.
Agora vou trabalhar.
Gostaria de encontrar alguém conhecido, mas não vejo ninguém.
Porém, não me aborreço.
Espero com tranquilidade este encontro.
Sei que, com paciência, vou acabar conseguindo o que quero.
Sei que tenho que ser tolerante com esta situação.
Sinto, no fundo do meu coração, que logo estarei de volta.
Não gostaria de voltar, mas sei também que não posso me esquivar do compromisso.
Que pena! Vou ter que abandonar lugar tão bom!
Mas sinto que, dessa vez, serei muito mais feliz.
Tenho certeza que conseguirei trilhar meu novo caminho terreno sem muitos tropeços, sem novamente me desviar do caminho que tracei.
Nestes muitos anos vivendo aqui, consegui entender bem o significado das palavras "AMOR", "AMIZADE", "CARINHO".
Desta vez, conseguirei implantar estes sentimentos no meu novo caminhar.
Ah! como já sinto saudades daqui!
Olho ao redor e sinto uma pontada de medo...
Mas levanto minha cabeça, me entrego a "Deus" e tenho certeza que vou sair-me bem.
Adeus, Cowboy
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Mensagem de Fernanda Cunha Menegasso
Mensagem de Fernanda Cunha Menegasso
Psicografia: Centro Espírita Perseverança
Primeira Carta psicografada da Fernanda
Data: 06 de Novembro de 1996
Papai querido, hoje venho auxiliada por amigos espirituais e não sei se vou poder escrever muito, mas não poderia deixar de transmitir as palavras tão esperadas por vocês e por mim também, e assim procurar a diminuir um pouquinho a dor que estão sentindo no coração.
Pai não adianta guardarem tanta revolta no coração, eu precisava partir mesmo.
A doença chegou rapidamente, e veio no instante certo, marcado a tanto tempo, para que devido a essa doença eu viesse a partir exactamente no dia necessário.
Pai, a vida real não se restringe a esses anos que vivemos aí.
Nós viemos de encarnações e encarnações atrás, de cada uma delas trazemos atitudes boas e ruins;
infelizmente no estudo de nosso passado sobram muitos pontos ruins que precisam ser eliminados.
Com a evolução de nosso espírito esses pontos negativos ficam pesados demais na nossa consciência e precisamos de qualquer forma fazer algo para melhorar nossa vida.
Eu pedi para partir ainda criança.
Você vê pai, a minha mente ia além da minha idade não é?
Eu queria sempre aprender mais, parecia que no fundo eu sabia que teria pouco tempo e aproveitava tudo que podia.
Quando foi se aproximando a partida, antes mesmo de chegar a doença eu comecei a escrever e desenhar, a transportar para os cadernos e papeis o que se passava em minha mente.
E no fundo o que era isso, senão lembrança daquilo que eu iria passar.
É papai tanto você como a mamãe, também foram preparados.
Você não me deixou sozinha Pai, e eu sempre senti tua preocupação para comigo.
E a mamãe então, por favor não pare de viver, continue dando aula, trabalhando e dedicando-se pois a morte é quando não queremos mais viver e não quando o corpo fica aí, mas nosso espírito sobrevive e vive até mais liberto do que antes.
Como você vê, eu estou viva, sorridente como antes e ansiosa por começar a aprender e fazer amizades.
A vovó , mamãe, veio me receber e ela me acompanha para todos os tratamentos que preciso fazer.
Realmente não posso demorar mais, peço que me ajudem cuidando de suas vidas.
Você Pai, abra seu coração a DEUS e desabafe com ele, chore até, mas sem revolta e você ame, ore, lute e viva, e saiba que não quero vê-la triste, não combina com você e sinta-me mãe, tão do teu lado, tão ligada a você e ao papai, e que eu estou bem e me recuperando.
Amo muito vocês e espero que vocês também reergam suas vidas com a protecção de Deus a envolvê-los.
E por certo vão sentir-me do teu ladinho, beijando-os muito e abraçando-os apertadinho, para jamais existir saudades entre nós.
Estou viva, e agradeço a vocês pela bênção da vida que me deram, e de onde surgiu a oportunidade de libertar-me de um passado de erros e enganos.
Cuidem-se e busquem a DEUS.
Tchau, a filhinha
§.§.§- O-canto-da-ave
Psicografia: Centro Espírita Perseverança
Primeira Carta psicografada da Fernanda
Data: 06 de Novembro de 1996
Papai querido, hoje venho auxiliada por amigos espirituais e não sei se vou poder escrever muito, mas não poderia deixar de transmitir as palavras tão esperadas por vocês e por mim também, e assim procurar a diminuir um pouquinho a dor que estão sentindo no coração.
Pai não adianta guardarem tanta revolta no coração, eu precisava partir mesmo.
A doença chegou rapidamente, e veio no instante certo, marcado a tanto tempo, para que devido a essa doença eu viesse a partir exactamente no dia necessário.
Pai, a vida real não se restringe a esses anos que vivemos aí.
Nós viemos de encarnações e encarnações atrás, de cada uma delas trazemos atitudes boas e ruins;
infelizmente no estudo de nosso passado sobram muitos pontos ruins que precisam ser eliminados.
Com a evolução de nosso espírito esses pontos negativos ficam pesados demais na nossa consciência e precisamos de qualquer forma fazer algo para melhorar nossa vida.
Eu pedi para partir ainda criança.
Você vê pai, a minha mente ia além da minha idade não é?
Eu queria sempre aprender mais, parecia que no fundo eu sabia que teria pouco tempo e aproveitava tudo que podia.
Quando foi se aproximando a partida, antes mesmo de chegar a doença eu comecei a escrever e desenhar, a transportar para os cadernos e papeis o que se passava em minha mente.
E no fundo o que era isso, senão lembrança daquilo que eu iria passar.
É papai tanto você como a mamãe, também foram preparados.
Você não me deixou sozinha Pai, e eu sempre senti tua preocupação para comigo.
E a mamãe então, por favor não pare de viver, continue dando aula, trabalhando e dedicando-se pois a morte é quando não queremos mais viver e não quando o corpo fica aí, mas nosso espírito sobrevive e vive até mais liberto do que antes.
Como você vê, eu estou viva, sorridente como antes e ansiosa por começar a aprender e fazer amizades.
A vovó , mamãe, veio me receber e ela me acompanha para todos os tratamentos que preciso fazer.
Realmente não posso demorar mais, peço que me ajudem cuidando de suas vidas.
Você Pai, abra seu coração a DEUS e desabafe com ele, chore até, mas sem revolta e você ame, ore, lute e viva, e saiba que não quero vê-la triste, não combina com você e sinta-me mãe, tão do teu lado, tão ligada a você e ao papai, e que eu estou bem e me recuperando.
Amo muito vocês e espero que vocês também reergam suas vidas com a protecção de Deus a envolvê-los.
E por certo vão sentir-me do teu ladinho, beijando-os muito e abraçando-os apertadinho, para jamais existir saudades entre nós.
Estou viva, e agradeço a vocês pela bênção da vida que me deram, e de onde surgiu a oportunidade de libertar-me de um passado de erros e enganos.
Cuidem-se e busquem a DEUS.
Tchau, a filhinha
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Mestres do perdão
Mestres do perdão
Eram duas crianças a brincar. Amigos. Vizinhos.
Um desfrutava de privilegiada situação social.
Toda novidade em matéria de brinquedos lhe chegava, de forma rápida, às mãos.
O outro era o amigo que, por conta justamente da amizade, desfrutava com alegria desses pequenos prazeres da infância.
Naquele dia, a novidade era um trem. Nada sofisticado.
Mas um trem de cores vivas que, nas mãos dos garotos logo adquiriu vida.
O trem ia de uma cidade a outra.
Com rapidez. Recebia pessoas aqui, deixava outras ali.
Transpunha distâncias em segundos, na imaginação fértil dos petizes, dando quase a volta ao mundo.
A geografia não importava muito.
Em um momento, estavam numa localidade.
Em outro, tinham transposto o mar e se encontravam em outra.
Assim seguia a brincadeira, até o momento em que o amiguinho resolveu que o trem deveria ficar mais tempo em suas mãos.
Afinal, o dono do trem o detinha em demasia.
Ele fazia as viagens mais longas, mais emocionantes.
À conta disso, começou uma discussão.
O trem é meu, então fico com ele tanto tempo quanto quero!
Mas eu sou seu amigo e seu convidado!
Você tem que me deixar dirigir o trem.
E uma pequena disputa se travou.
Os dois meninos agarraram o trem, cada um puxando de um lado.
Puxa daqui, puxa dali.
O dono do brinquedo puxou com mais vigor.
Caiu e o brinquedo lhe bateu na fronte, ferindo-o de leve.
Mas a dor da batida e um pequeno filete de sangue, que logo apareceu, fez com que o choro começasse.
Acudiram mãe e pai.
Ao ver o rosto do filho com um hematoma e o sangue, o pai se tomou de ira, gritou com o visitante, fez-lhe ameaças.
O garoto ficou parado, sem entender muito bem toda a questão, pela rapidez com que tudo acontecera.
O amigo chorava, machucado.
O pai o colocou ao colo e ia se preparando para sair, rumo ao hospital.
Afinal, pensava, era preciso verificar se algo mais grave não acontecera.
Quando ia transpondo a porta, o ferido levantou o rosto que estava apoiado ao ombro do pai, enxugou as lágrimas e gritou para o amiguinho ainda atónito, sentado no chão:
Ei, não vá embora! Eu volto logo e vamos continuar a brincar.
Então, o pai se deu conta do estardalhaço que fizera por pouca coisa.
Limpou o rosto do filho ele mesmo e o entregou de volta à brincadeira.
O facto é mais corriqueiro do que se imagina.
Em verdade, pequenas rusgas surgem entre as crianças.
Rusgas que parecem prestes a explodir em agressão.
Entre os adultos, nos envolvemos em situações semelhantes, muitas vezes.
Mas, deveríamos aprender com as crianças, esquecendo logo a dificuldade e retornando ao convívio da amizade ou do trabalho.
Razão tinha mesmo Jesus ao nos dizer que deveríamos nos assemelhar às crianças para conquistarmos o Reino dos Céus.
O Reino dos Céus que se traduz em paz e começa na intimidade de cada um.
Momento Espírita, a partir de pequena história narrada por Divaldo Pereira Franco, no Encontro fraterno com Divaldo Pereira Franco, realizado em Guarajuba/BA, de 4 a 7 de setembro de 2010.
§.§.§- O-canto-da-ave
Eram duas crianças a brincar. Amigos. Vizinhos.
Um desfrutava de privilegiada situação social.
Toda novidade em matéria de brinquedos lhe chegava, de forma rápida, às mãos.
O outro era o amigo que, por conta justamente da amizade, desfrutava com alegria desses pequenos prazeres da infância.
Naquele dia, a novidade era um trem. Nada sofisticado.
Mas um trem de cores vivas que, nas mãos dos garotos logo adquiriu vida.
O trem ia de uma cidade a outra.
Com rapidez. Recebia pessoas aqui, deixava outras ali.
Transpunha distâncias em segundos, na imaginação fértil dos petizes, dando quase a volta ao mundo.
A geografia não importava muito.
Em um momento, estavam numa localidade.
Em outro, tinham transposto o mar e se encontravam em outra.
Assim seguia a brincadeira, até o momento em que o amiguinho resolveu que o trem deveria ficar mais tempo em suas mãos.
Afinal, o dono do trem o detinha em demasia.
Ele fazia as viagens mais longas, mais emocionantes.
À conta disso, começou uma discussão.
O trem é meu, então fico com ele tanto tempo quanto quero!
Mas eu sou seu amigo e seu convidado!
Você tem que me deixar dirigir o trem.
E uma pequena disputa se travou.
Os dois meninos agarraram o trem, cada um puxando de um lado.
Puxa daqui, puxa dali.
O dono do brinquedo puxou com mais vigor.
Caiu e o brinquedo lhe bateu na fronte, ferindo-o de leve.
Mas a dor da batida e um pequeno filete de sangue, que logo apareceu, fez com que o choro começasse.
Acudiram mãe e pai.
Ao ver o rosto do filho com um hematoma e o sangue, o pai se tomou de ira, gritou com o visitante, fez-lhe ameaças.
O garoto ficou parado, sem entender muito bem toda a questão, pela rapidez com que tudo acontecera.
O amigo chorava, machucado.
O pai o colocou ao colo e ia se preparando para sair, rumo ao hospital.
Afinal, pensava, era preciso verificar se algo mais grave não acontecera.
Quando ia transpondo a porta, o ferido levantou o rosto que estava apoiado ao ombro do pai, enxugou as lágrimas e gritou para o amiguinho ainda atónito, sentado no chão:
Ei, não vá embora! Eu volto logo e vamos continuar a brincar.
Então, o pai se deu conta do estardalhaço que fizera por pouca coisa.
Limpou o rosto do filho ele mesmo e o entregou de volta à brincadeira.
O facto é mais corriqueiro do que se imagina.
Em verdade, pequenas rusgas surgem entre as crianças.
Rusgas que parecem prestes a explodir em agressão.
Entre os adultos, nos envolvemos em situações semelhantes, muitas vezes.
Mas, deveríamos aprender com as crianças, esquecendo logo a dificuldade e retornando ao convívio da amizade ou do trabalho.
Razão tinha mesmo Jesus ao nos dizer que deveríamos nos assemelhar às crianças para conquistarmos o Reino dos Céus.
O Reino dos Céus que se traduz em paz e começa na intimidade de cada um.
Momento Espírita, a partir de pequena história narrada por Divaldo Pereira Franco, no Encontro fraterno com Divaldo Pereira Franco, realizado em Guarajuba/BA, de 4 a 7 de setembro de 2010.
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Re: Momentos Espíritas
Segunda carta
Data: 15 de Dezembro de 1996
Oi papai, eu não podia deixar de dar ao menos um pequenino alô, pois fiquei feliz quando soube que você Mãe está vindo nessa casa.
Tudo que nós passamos foi por deveras difícil e a saudades é algo que dói tanto para mim e para você Pai e você Mãezinha querida, mas agora que estou deste outro lado e aprendo a cada dia tantas e tantas coisas, não posso deixar de dizer a vocês, que foi necessário assim.
Sei que é duro falar assim, mas eu tinha que partir Mãe.
Essa etapa das nossas vidas pode parecer o final das esperanças e que a alegria não mais voltará, mas não é isso não.
Como eu vou me sentir vendo você Mamãe Tão para baixo, desanimada e sem vontade de dar continuidade a sua vida normal.
Não quero isso para você Mãe, e nem ver você paizinho com a cara fechada, sem dar nenhum sorriso.
Quero os meus Pais normais de volta.
Sabe Mãe sinto saudade dos teus carinhos, você sempre foi tão cheia de mimos para comigo.
E eu agora quero que sinta que continuo precisando deles;
talvez precisamos descobrir outra forma de afagar o cabelo, de beijar o rosto, de abraçar, mas por certo continuo precisando do teu carinho Mãe, e do teu amor.
As vezes que desenhava ou escrevia sobre nossa família, jamais fiz figuras separadas, tristes, e sim procurava mostrar nós três unidos, juntos e é assim que precisamos estar.
Nesse primeiro "Natal" e fim de ano que estamos aparentemente separados, peço que não fiquem tristes, não chorem e sim acreditem, pois vou estar com vocês.
Podem não me ver, mas vou estar com vocês, e queria tanto sentir nosso lar em harmonia, em paz, mesmo que com saudades.
Mãe, Pai, a filhinha de vocês continua viva, continua igual, carinhosa e cheia de amor por vocês, por favor não sofram mais e tenhamos todos nós um óptimo Natal, acreditando que a vida continua e por certo vamos estar para sempre juntos.
Te amo Papai, e a você Mãe, o beijo, a certeza que te adoro, e preciso tanto de você, só que mais animada com a vida e mais ligada a "DEUS".
Sua Filhinha
§.§.§- O-canto-da-ave
Data: 15 de Dezembro de 1996
Oi papai, eu não podia deixar de dar ao menos um pequenino alô, pois fiquei feliz quando soube que você Mãe está vindo nessa casa.
Tudo que nós passamos foi por deveras difícil e a saudades é algo que dói tanto para mim e para você Pai e você Mãezinha querida, mas agora que estou deste outro lado e aprendo a cada dia tantas e tantas coisas, não posso deixar de dizer a vocês, que foi necessário assim.
Sei que é duro falar assim, mas eu tinha que partir Mãe.
Essa etapa das nossas vidas pode parecer o final das esperanças e que a alegria não mais voltará, mas não é isso não.
Como eu vou me sentir vendo você Mamãe Tão para baixo, desanimada e sem vontade de dar continuidade a sua vida normal.
Não quero isso para você Mãe, e nem ver você paizinho com a cara fechada, sem dar nenhum sorriso.
Quero os meus Pais normais de volta.
Sabe Mãe sinto saudade dos teus carinhos, você sempre foi tão cheia de mimos para comigo.
E eu agora quero que sinta que continuo precisando deles;
talvez precisamos descobrir outra forma de afagar o cabelo, de beijar o rosto, de abraçar, mas por certo continuo precisando do teu carinho Mãe, e do teu amor.
As vezes que desenhava ou escrevia sobre nossa família, jamais fiz figuras separadas, tristes, e sim procurava mostrar nós três unidos, juntos e é assim que precisamos estar.
Nesse primeiro "Natal" e fim de ano que estamos aparentemente separados, peço que não fiquem tristes, não chorem e sim acreditem, pois vou estar com vocês.
Podem não me ver, mas vou estar com vocês, e queria tanto sentir nosso lar em harmonia, em paz, mesmo que com saudades.
Mãe, Pai, a filhinha de vocês continua viva, continua igual, carinhosa e cheia de amor por vocês, por favor não sofram mais e tenhamos todos nós um óptimo Natal, acreditando que a vida continua e por certo vamos estar para sempre juntos.
Te amo Papai, e a você Mãe, o beijo, a certeza que te adoro, e preciso tanto de você, só que mais animada com a vida e mais ligada a "DEUS".
Sua Filhinha
§.§.§- O-canto-da-ave
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Re: Momentos Espíritas
Mensagem de Eleonora
Papai, meu querido papai.
Abençoa a tua querida Eleonora que não morreu, meu papaizinho.
Porque havias de chorar tanto?
Porque a mamãe duvida tanto, papai, se eu estou velando ainda aprendendo para ser a filhinha obediente e carinhosa?
Sinto-me fraca ainda; mas, aqui está a meu lado quem guia a minha mão para escrever.
Lembro-me de tudo, papai.
A praia, o nosso quarto, os meus brinquedos.
No mês passado, eu estive com aquela moça de nome Irene no Asylo de D. Aura Celeste.
Vi a aflição da mamãe e vi a tua tristeza, mas não pude consolar a vocês.
Chorei muito, papai, e ainda choro, quando os vejo tristes e abatidos.
Aqui, no lugar onde estou, tenho deixado de ser criança e penso tudo direito.
Eu quero ver a mamãe com mais fé e o papai mais animado.
Preciso ainda estudar e aprender muito.
Adeus, meu papai.
Fica com Deus e com um beijo da tua
ELEONORA.
Psicografia de Chico Xavier
Fonte: Reformador – agosto, 1936
§.§.§- O-canto-da-ave
Papai, meu querido papai.
Abençoa a tua querida Eleonora que não morreu, meu papaizinho.
Porque havias de chorar tanto?
Porque a mamãe duvida tanto, papai, se eu estou velando ainda aprendendo para ser a filhinha obediente e carinhosa?
Sinto-me fraca ainda; mas, aqui está a meu lado quem guia a minha mão para escrever.
Lembro-me de tudo, papai.
A praia, o nosso quarto, os meus brinquedos.
No mês passado, eu estive com aquela moça de nome Irene no Asylo de D. Aura Celeste.
Vi a aflição da mamãe e vi a tua tristeza, mas não pude consolar a vocês.
Chorei muito, papai, e ainda choro, quando os vejo tristes e abatidos.
Aqui, no lugar onde estou, tenho deixado de ser criança e penso tudo direito.
Eu quero ver a mamãe com mais fé e o papai mais animado.
Preciso ainda estudar e aprender muito.
Adeus, meu papai.
Fica com Deus e com um beijo da tua
ELEONORA.
Psicografia de Chico Xavier
Fonte: Reformador – agosto, 1936
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Mensagens ocultas
Mensagens ocultas
A pesquisadora norte-americana Deborah Tannen dedicou dois anos de sua vida a uma tarefa curiosa: ouvir diálogos familiares.
Referência internacional no estudo da linguagem humana, ela queria entender por que se briga dentro de casa.
Com o auxílio de sua equipe, escutou centenas de conversas quotidianas.
Em alguns casos, casais, filhos, pais e mães carregaram um gravador durante uma semana.
A partir desse material, Deborah analisou como as palavras ditas e as não ditas podem disfarçar movimentos para aprisionar o outro ou exercer poder sobre ele.
Quando o não quer dizer sim e vice-versa.
Ela acredita que, ao entender essas mensagens ocultas, é possível desfazer conflitos persistentes e driblar novas crises domésticas.
Evitar, principalmente, que o diálogo evolua para a hostilidade e provoque mágoas.
O resultado está no livro Só estou dizendo isso porque gosto de você, best-seller nos Estados Unidos.
Deborah Tannen foi entrevistada por uma revista brasileira e deu respostas muito oportunas, das quais reproduzimos algumas:
Porque as conversas familiares podem ficar tão ásperas?
Deborah responde: Porque há muito em jogo.
Nós esperamos mais consideração dos parentes do que de amigos ou colegas.
Reagimos mais aos julgamentos da família porque sentimos como se fossem da Suprema Corte, avaliações inquestionáveis de nosso valor.
As conversas são carregadas pela herança de todos os diálogos que tivemos antes.
Isso é transmitido pelo tom de voz, pela expressão facial e pelos pressupostos não ditos.
Como eles nos atingem?
A resposta de Deborah: Imagine um casal diante do menu, no restaurante.
Quando o homem anuncia que vai escolher um filé com fritas, a mulher diz:
"Reparou que eles também têm salmão?"
O homem protesta: "Pare de criticar o que eu como."
Ela se defende: "Eu não critiquei.
Só mostrei um prato que podia lhe agradar."
A razão do desentendimento, ao nível do que é dito, é que a sugestão da mulher não era uma crítica.
Mas o homem sabe que ela está falando de seus excessos com carne vermelha.
A impressão de desaprovação vem da mensagem oculta, baseada na história comum do casal.
Entender isso evita que discussões repisem os mesmos pontos.
Podemos evitar as mensagens ocultas?
"É impossível", diz Deborah.
"O mais importante é aprender a pesar como nossas intervenções poderão ser interpretadas pelos outros.
Quando você oferece um conselho ou uma orientação, mesmo repleto de boas intenções, o que é dito arrisca ser recebido como crítica.
Boas intenções não mudam um pressuposto básico: se a outra pessoa não estivesse fazendo algo errado, não precisaria de conselho.
A crítica está implícita no ato de oferecer a sugestão.
Não há como escapar quando o conselho parte do pai para o filho, da mãe para a filha ou do irmão mais velho para o caçula.
Ainda sobre mensagens ocultas, a escritora diz:
Costumo citar uma conversa travada por um casal em uma viagem de carro.
Num certo momento, a mulher pergunta:
"Você gostaria de parar para beber algo?"
O marido responde, com toda sinceridade: "Não." E segue adiante.
Mais tarde, ele fica frustrado ao descobrir que a mulher queria ter parado e estava aborrecida.
Pensa: "Porque ela simplesmente não disse o que queria?"
Mas a mulher estava chateada não porque tinha ficado com sede, mas porque sua preferência não foi levada em conta.
Ela havia mostrado consideração com a opinião do marido, mas ele não tinha feito o mesmo com ela.
Para entender o que deu errado, o homem deve aprender que, quando uma mulher pergunta o que ele quer, não está pedindo uma informação, mas dando início a uma negociação sobre o que os dois gostariam de fazer.
Por outro lado, a mulher deve saber que, quando o marido responde sim ou não, ele está apresentando uma vontade negociável.
Analisando as considerações de Deborah Tannen, podemos entender alguns dos motivos de desentendimentos familiares e buscar saber mais sobre como podemos evitá-los.
Importante é saber que sempre existe uma solução para quem deseja encontrá-la.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base em matéria de Alexandre Mansur, publicada na revista Época de 06/12/2004.
§.§.§- O-canto-da-ave
A pesquisadora norte-americana Deborah Tannen dedicou dois anos de sua vida a uma tarefa curiosa: ouvir diálogos familiares.
Referência internacional no estudo da linguagem humana, ela queria entender por que se briga dentro de casa.
Com o auxílio de sua equipe, escutou centenas de conversas quotidianas.
Em alguns casos, casais, filhos, pais e mães carregaram um gravador durante uma semana.
A partir desse material, Deborah analisou como as palavras ditas e as não ditas podem disfarçar movimentos para aprisionar o outro ou exercer poder sobre ele.
Quando o não quer dizer sim e vice-versa.
Ela acredita que, ao entender essas mensagens ocultas, é possível desfazer conflitos persistentes e driblar novas crises domésticas.
Evitar, principalmente, que o diálogo evolua para a hostilidade e provoque mágoas.
O resultado está no livro Só estou dizendo isso porque gosto de você, best-seller nos Estados Unidos.
Deborah Tannen foi entrevistada por uma revista brasileira e deu respostas muito oportunas, das quais reproduzimos algumas:
Porque as conversas familiares podem ficar tão ásperas?
Deborah responde: Porque há muito em jogo.
Nós esperamos mais consideração dos parentes do que de amigos ou colegas.
Reagimos mais aos julgamentos da família porque sentimos como se fossem da Suprema Corte, avaliações inquestionáveis de nosso valor.
As conversas são carregadas pela herança de todos os diálogos que tivemos antes.
Isso é transmitido pelo tom de voz, pela expressão facial e pelos pressupostos não ditos.
Como eles nos atingem?
A resposta de Deborah: Imagine um casal diante do menu, no restaurante.
Quando o homem anuncia que vai escolher um filé com fritas, a mulher diz:
"Reparou que eles também têm salmão?"
O homem protesta: "Pare de criticar o que eu como."
Ela se defende: "Eu não critiquei.
Só mostrei um prato que podia lhe agradar."
A razão do desentendimento, ao nível do que é dito, é que a sugestão da mulher não era uma crítica.
Mas o homem sabe que ela está falando de seus excessos com carne vermelha.
A impressão de desaprovação vem da mensagem oculta, baseada na história comum do casal.
Entender isso evita que discussões repisem os mesmos pontos.
Podemos evitar as mensagens ocultas?
"É impossível", diz Deborah.
"O mais importante é aprender a pesar como nossas intervenções poderão ser interpretadas pelos outros.
Quando você oferece um conselho ou uma orientação, mesmo repleto de boas intenções, o que é dito arrisca ser recebido como crítica.
Boas intenções não mudam um pressuposto básico: se a outra pessoa não estivesse fazendo algo errado, não precisaria de conselho.
A crítica está implícita no ato de oferecer a sugestão.
Não há como escapar quando o conselho parte do pai para o filho, da mãe para a filha ou do irmão mais velho para o caçula.
Ainda sobre mensagens ocultas, a escritora diz:
Costumo citar uma conversa travada por um casal em uma viagem de carro.
Num certo momento, a mulher pergunta:
"Você gostaria de parar para beber algo?"
O marido responde, com toda sinceridade: "Não." E segue adiante.
Mais tarde, ele fica frustrado ao descobrir que a mulher queria ter parado e estava aborrecida.
Pensa: "Porque ela simplesmente não disse o que queria?"
Mas a mulher estava chateada não porque tinha ficado com sede, mas porque sua preferência não foi levada em conta.
Ela havia mostrado consideração com a opinião do marido, mas ele não tinha feito o mesmo com ela.
Para entender o que deu errado, o homem deve aprender que, quando uma mulher pergunta o que ele quer, não está pedindo uma informação, mas dando início a uma negociação sobre o que os dois gostariam de fazer.
Por outro lado, a mulher deve saber que, quando o marido responde sim ou não, ele está apresentando uma vontade negociável.
Analisando as considerações de Deborah Tannen, podemos entender alguns dos motivos de desentendimentos familiares e buscar saber mais sobre como podemos evitá-los.
Importante é saber que sempre existe uma solução para quem deseja encontrá-la.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base em matéria de Alexandre Mansur, publicada na revista Época de 06/12/2004.
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A VIDA CONTINUA
A VIDA CONTINUA
Depoimentos Espirituais
Maurício Xavier Vieira, filho do Dr. José Vieira Filho e de Da. Alexandrina Maria Xavier Viera, nasceu em Goiânia/GO, a 14 de dezembro de 1968, tendo desencarnado na mesma cidade aos sete de idade, em consequência de queimaduras por acidente.
Esta mensagem foi recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na cidade de Uberaba/MG na noite de 22 de Abril de 1977.
"Minha querida Mãezinha, querido Papai, abençoe-me!
Fiz muitos exercícios para escrever esta carta, mas não sei como agir direito.
Mãezinha e Papai, vocês choraram tanto e me chamaram com tanto amor que, desde minhas melhoras, quero responder.
Venho pedir à Mamã que cria em mim, ela me fala, quase todas as noites:
- Meu filho, se existe outra fica, venha ver sua mãe!
Venha ver a falta que você me faz.
Fale, meu filhinho, comigo, o que existe e fale depressa para que eu e seu pai consigamos viver.
"Isso, Mãezinha, eu ouço de seu querido coração, em nossa casa da Rua 128, quando há silêncio bastante para receber a presença de nossas lembranças.
Estou sempre que posso, desde que comecei a melhorar, lá no número 20, recordando com as suas recordações...
Papai, por que o senhor há de pensar que poderia ter evitado tudo o que aconteceu?
Tenha fé em Deus, meu pai querido, e não se culpe por desejar colocar mais conforto em nossa casa feliz.
Aquela luz que se apagou e a luz que acendi na vela chegavam de longe.
Aqui, temos mais aulas.
Não sei como explicar como os professores daqui explicam, mas fiquei sabendo que todo sofrimento que não provocamos é resultado de sofrimento que não provocamos, é resultado de sofrimento que já causamos em outro tempos.
Não tenho meios de esclarecer isso, mas, os amigos nossos aqui são muitos e todos me auxiliam, esclarecendo.
Mamãe, quando as queimaduras ficaram profundas, eu não lembrava com segurança o que havia acontecido.
Lembro-me que Papai estava assustado, querendo colocar a gente fora de perigo, mas isso para seu filho não seria possível.
Mas no hospital, eu queria ver o Papai me tratando, sem saber que ele também estava lutando com os braços feridos.
Não sei contar como foi aquela aflição toda de ver que todos perto de mim mostravam rosto triste, até que, num certo momento, que não sei precisar, senti-me aliviado, quase tranquilo.
As feridas das queimaduras ainda doíam, mas eu estava diferente.
Eu estava num colo de mãe, tão acolhedor, e me via embalado muito suavemente e com tanto carinho, que eu pensei ter obtido alta e estava em nossa casa, em seu colo.
Continua...
Depoimentos Espirituais
Maurício Xavier Vieira, filho do Dr. José Vieira Filho e de Da. Alexandrina Maria Xavier Viera, nasceu em Goiânia/GO, a 14 de dezembro de 1968, tendo desencarnado na mesma cidade aos sete de idade, em consequência de queimaduras por acidente.
Esta mensagem foi recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na cidade de Uberaba/MG na noite de 22 de Abril de 1977.
"Minha querida Mãezinha, querido Papai, abençoe-me!
Fiz muitos exercícios para escrever esta carta, mas não sei como agir direito.
Mãezinha e Papai, vocês choraram tanto e me chamaram com tanto amor que, desde minhas melhoras, quero responder.
Venho pedir à Mamã que cria em mim, ela me fala, quase todas as noites:
- Meu filho, se existe outra fica, venha ver sua mãe!
Venha ver a falta que você me faz.
Fale, meu filhinho, comigo, o que existe e fale depressa para que eu e seu pai consigamos viver.
"Isso, Mãezinha, eu ouço de seu querido coração, em nossa casa da Rua 128, quando há silêncio bastante para receber a presença de nossas lembranças.
Estou sempre que posso, desde que comecei a melhorar, lá no número 20, recordando com as suas recordações...
Papai, por que o senhor há de pensar que poderia ter evitado tudo o que aconteceu?
Tenha fé em Deus, meu pai querido, e não se culpe por desejar colocar mais conforto em nossa casa feliz.
Aquela luz que se apagou e a luz que acendi na vela chegavam de longe.
Aqui, temos mais aulas.
Não sei como explicar como os professores daqui explicam, mas fiquei sabendo que todo sofrimento que não provocamos é resultado de sofrimento que não provocamos, é resultado de sofrimento que já causamos em outro tempos.
Não tenho meios de esclarecer isso, mas, os amigos nossos aqui são muitos e todos me auxiliam, esclarecendo.
Mamãe, quando as queimaduras ficaram profundas, eu não lembrava com segurança o que havia acontecido.
Lembro-me que Papai estava assustado, querendo colocar a gente fora de perigo, mas isso para seu filho não seria possível.
Mas no hospital, eu queria ver o Papai me tratando, sem saber que ele também estava lutando com os braços feridos.
Não sei contar como foi aquela aflição toda de ver que todos perto de mim mostravam rosto triste, até que, num certo momento, que não sei precisar, senti-me aliviado, quase tranquilo.
As feridas das queimaduras ainda doíam, mas eu estava diferente.
Eu estava num colo de mãe, tão acolhedor, e me via embalado muito suavemente e com tanto carinho, que eu pensei ter obtido alta e estava em nossa casa, em seu colo.
Continua...
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Re: Momentos Espíritas
Continua...
Chamei por você, Mamãe, com aquela confiança de todo dia, mas o semblante de alguém que não era a senhora, se abeirou de meu rosto e uns lábios de bondade parecendo com os seus me beijaram.
"Não tenha medo, meu filho, sou a Vovó Alexandrina em lugar de sua mãe."
Escutei essas palavras sem o menor receio e sem qualquer ideia de morte, e havia lutado tanto com o corpo antigo que me entreguei, de novo, ao descanso.
Acordei numa escola-hospital com os seus e com os chamados de Papai.
A senhora sabe quanto devo ter chorado também, mas aquela abençoada protectora que me ensinou a chamá-la pro Vovó Alexandrina me sossegava o coração.
Era preciso ser bem comportado, e fiz muita força.
Médicos me assistiram.
Estou mais forte.
Não Tenho mais a pele ferida e os meus cabelos estão como no trato melhor.
Mamãe, aqui, temos jardins e escolas, parques e flores, muitos diálogos com professores e muita música, mas sentimos muita falta de nossos pais que ficaram no mundo.
Tenho companheiros bons, com quem encontro muitas distracções, mas o esquecimento daqueles que amamos não existe.
A saudade é uma espécie de ímã no coração.
Tenho dias em que meu espírito parece uma peça atraída para a nossa casa, e então sou levado até lá para aliviar-me.
Conto isso, mas não é para chorarem.
Tudo já passou.
Mamãe, sabe o que tenho pedido a Deus?
Tenho pedido para que a fé venha morar em seu coração, como sendo uma estrela no céu, porque o seu carinho é o céu para nós.
Não deixe nossa casa triste.
Faça nossas músicas, Mamãe.
Elas serão preces pela felicidade de seu filho.
Seu sorriso e o sorriso de Papai são luzes para mim.
Agora é o momento de parar, mas carta com saudade parece corpo com o coração batendo incessantemente.
O coração não pára nem quando se dorme no mundo e a saudade para mim é isto que estou falando:
um relógio por dentro que marca tempo constante de nossa ligação e de nosso amor.
Papai, receba um beijão na testa com a alegria de havermos vencido a prova da cola incendiada e você, Mamãe, guarde como sempre, todo o coração de seu filho e seu companheiro de sempre.
Maurício
(Fonte: livro "Enxugando Lágrimas", Francisco Cândido Xavier/ Dr. Elias Barbosa/Espíritos diversos).
§.§.§- O-canto-da-ave
Chamei por você, Mamãe, com aquela confiança de todo dia, mas o semblante de alguém que não era a senhora, se abeirou de meu rosto e uns lábios de bondade parecendo com os seus me beijaram.
"Não tenha medo, meu filho, sou a Vovó Alexandrina em lugar de sua mãe."
Escutei essas palavras sem o menor receio e sem qualquer ideia de morte, e havia lutado tanto com o corpo antigo que me entreguei, de novo, ao descanso.
Acordei numa escola-hospital com os seus e com os chamados de Papai.
A senhora sabe quanto devo ter chorado também, mas aquela abençoada protectora que me ensinou a chamá-la pro Vovó Alexandrina me sossegava o coração.
Era preciso ser bem comportado, e fiz muita força.
Médicos me assistiram.
Estou mais forte.
Não Tenho mais a pele ferida e os meus cabelos estão como no trato melhor.
Mamãe, aqui, temos jardins e escolas, parques e flores, muitos diálogos com professores e muita música, mas sentimos muita falta de nossos pais que ficaram no mundo.
Tenho companheiros bons, com quem encontro muitas distracções, mas o esquecimento daqueles que amamos não existe.
A saudade é uma espécie de ímã no coração.
Tenho dias em que meu espírito parece uma peça atraída para a nossa casa, e então sou levado até lá para aliviar-me.
Conto isso, mas não é para chorarem.
Tudo já passou.
Mamãe, sabe o que tenho pedido a Deus?
Tenho pedido para que a fé venha morar em seu coração, como sendo uma estrela no céu, porque o seu carinho é o céu para nós.
Não deixe nossa casa triste.
Faça nossas músicas, Mamãe.
Elas serão preces pela felicidade de seu filho.
Seu sorriso e o sorriso de Papai são luzes para mim.
Agora é o momento de parar, mas carta com saudade parece corpo com o coração batendo incessantemente.
O coração não pára nem quando se dorme no mundo e a saudade para mim é isto que estou falando:
um relógio por dentro que marca tempo constante de nossa ligação e de nosso amor.
Papai, receba um beijão na testa com a alegria de havermos vencido a prova da cola incendiada e você, Mamãe, guarde como sempre, todo o coração de seu filho e seu companheiro de sempre.
Maurício
(Fonte: livro "Enxugando Lágrimas", Francisco Cândido Xavier/ Dr. Elias Barbosa/Espíritos diversos).
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RECADO DE UM PAI
RECADO DE UM PAI
Espírito: Ricardo de Albuquerque
Querido filho:
Mais um período ofertado pelo generoso e amigo Pai chega à recta final.
Estou feliz por vê-lo sempre aqui buscando banhar-se nessa luz sublime que flui do Evangelho de nosso Mestre que tanto nos ama.
Filho amado, a hora é propícia para a reflexão – que tal solicitar a presença e a ajuda desse amigo que o assiste e dar um mergulho profundo e sincero à procura dos erros e acertos vividos nesse curto período de sua existência?
Poderá fazer um balanço que lhe será muito útil para que encontre o verdadeiro caminho que o levará ao encontro do bem, do amor e da caridade e – quem sabe? – você aprenderá e sentirá mais facilidade em perdoar as ofensas que lhe forem desferidas.
Perdoar é um ato tão belo e tão sublime que todos devem exercitar sempre, lembrando do exemplo do nosso Mestre amado, tão bem exemplificado.
Hoje temos ainda o incentivo para esse acto de tamanha grandeza, trazida pelos benditos missionários do amor, trabalhadores da Seara do Mestre Jesus.
Que nessa próxima fase que se aproxima a luz divina o envolva e fortaleça para que possa continuar buscando uma vida cristã, digna de um filho de Deus.
Seu pai que o ama.
Médium: Claudete Pereira. Em: 28/12/94
§.§.§- O-canto-da-ave
Espírito: Ricardo de Albuquerque
Querido filho:
Mais um período ofertado pelo generoso e amigo Pai chega à recta final.
Estou feliz por vê-lo sempre aqui buscando banhar-se nessa luz sublime que flui do Evangelho de nosso Mestre que tanto nos ama.
Filho amado, a hora é propícia para a reflexão – que tal solicitar a presença e a ajuda desse amigo que o assiste e dar um mergulho profundo e sincero à procura dos erros e acertos vividos nesse curto período de sua existência?
Poderá fazer um balanço que lhe será muito útil para que encontre o verdadeiro caminho que o levará ao encontro do bem, do amor e da caridade e – quem sabe? – você aprenderá e sentirá mais facilidade em perdoar as ofensas que lhe forem desferidas.
Perdoar é um ato tão belo e tão sublime que todos devem exercitar sempre, lembrando do exemplo do nosso Mestre amado, tão bem exemplificado.
Hoje temos ainda o incentivo para esse acto de tamanha grandeza, trazida pelos benditos missionários do amor, trabalhadores da Seara do Mestre Jesus.
Que nessa próxima fase que se aproxima a luz divina o envolva e fortaleça para que possa continuar buscando uma vida cristã, digna de um filho de Deus.
Seu pai que o ama.
Médium: Claudete Pereira. Em: 28/12/94
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Palavras de um Filho
Palavras de um Filho
Espírito Armando de Freitas
Médium: Mª do Céu Moura
Pai Querido,
Hoje é um dia muito feliz para meu Espírito.
Fui trazido aqui e, com muita alegria, pude contemplá-lo entre os frequentadores desta bendita Casa.
É isso aí, paizinho, o caminho é este, a meta a atingir é o amor de Jesus.
Somente concederá a felicidade plena tão procurada neste planeta.
A vida é efémera e transitória, somente o Amor deixa suas pegadas em nossos Espíritos.
Pai, quando seu pensamento estiver em mim, pense com alegria, relembrando os tempos que passamos juntos.
Os sofrimentos passados por ocasião do meu desencarne terminaram.
Tinham que ser assim, para que houvesse o resgate.
Hoje estou aqui liberado, calmo, feliz...
Não se esqueça disto e continue a sua caminhada, buscando elevar seu Espírito e dando ao corpo somente o que ele necessita para seu desenvolvimento, pois o corpo se desintegra, mas o Espírito é indestrutível.
PAZ!
Seu filho, em: 18/01/95
§.§.§- O-canto-da-ave
Espírito Armando de Freitas
Médium: Mª do Céu Moura
Pai Querido,
Hoje é um dia muito feliz para meu Espírito.
Fui trazido aqui e, com muita alegria, pude contemplá-lo entre os frequentadores desta bendita Casa.
É isso aí, paizinho, o caminho é este, a meta a atingir é o amor de Jesus.
Somente concederá a felicidade plena tão procurada neste planeta.
A vida é efémera e transitória, somente o Amor deixa suas pegadas em nossos Espíritos.
Pai, quando seu pensamento estiver em mim, pense com alegria, relembrando os tempos que passamos juntos.
Os sofrimentos passados por ocasião do meu desencarne terminaram.
Tinham que ser assim, para que houvesse o resgate.
Hoje estou aqui liberado, calmo, feliz...
Não se esqueça disto e continue a sua caminhada, buscando elevar seu Espírito e dando ao corpo somente o que ele necessita para seu desenvolvimento, pois o corpo se desintegra, mas o Espírito é indestrutível.
PAZ!
Seu filho, em: 18/01/95
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O homem triste
O homem triste
Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados, indagou em silêncio por que vagueio pelas ruas.
Talvez por isso apressou o passo e, ainda que eu quisesse chamar, a palavra desfaleceu na boca.
É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati de porta em porta, em vão...
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade.
Outros, desconhecendo que vendi minha melhor roupa, para aliviar a esposa enferma, me despediram apressados, crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão.
Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrina, a gritar palavras duras, como se eu fosse um malfeitor vulgar.
Contudo, acredite, nem me passou pela mente a ideia de furto.
Apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçar com fome, quando retorno à casa.
Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando que eu fosse um bêbado, porque eu tremia, apoiado ao poste.
Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias.
A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me ofereça, em nome do Cristo, que dizemos amar, e peço para que me restitua a esperança, a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco, para que eu saiba, apesar de todo meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.
Esta é a mensagem de um homem triste, quiçá como tantos que vemos perambulando pelas ruas.
É bem verdade que alguns são de fato pessoas que se comprazem na ociosidade.
Todavia, há os desafortunados que, apesar de trabalhar a vida toda, não puderam ajuntar moedas para o sustento próprio e da família e que, chegada a madureza, são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora sejam pessoas dignas.
É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papéis e outros objectos recicláveis, para prover o próprio sustento.
São nossos irmãos de caminhada evolutiva que não têm coragem de viver da mendicância. Por isso trabalham com dignidade.
Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis.
O que não nos damos conta é que, além do peso do carrinho, têm ainda que carregar sobre os ombros o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente.
É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos, e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente.
Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai Criador e merecedores sem dúvida, no mínimo, do nosso respeito.
Se não os podemos ajudar, que não os atrapalhemos jogando-lhes palavras amargas nem menosprezando-os, dificultando ainda mais a sua caminhada.
Muitas pessoas que hoje vivem na miséria já foram pessoas muito ricas em outras existências e vice-versa.
As Leis Divinas a todos nos reservam as lições que necessitamos para progredir.
E a lógica diz que aquele que é rico e esbanja sua fortuna em futilidades e em proveito próprio, precisa passar por necessidades materiais para aprender a valorizar os tesouros que Deus lhe empresta, a fim de que possa progredir.
Momento Espírita com base no cap. Mensagem do homem triste, pelo Espírito Meimei, do livro Ideal espírita, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.
§.§.§- O-canto-da-ave
Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados, indagou em silêncio por que vagueio pelas ruas.
Talvez por isso apressou o passo e, ainda que eu quisesse chamar, a palavra desfaleceu na boca.
É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati de porta em porta, em vão...
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade.
Outros, desconhecendo que vendi minha melhor roupa, para aliviar a esposa enferma, me despediram apressados, crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão.
Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrina, a gritar palavras duras, como se eu fosse um malfeitor vulgar.
Contudo, acredite, nem me passou pela mente a ideia de furto.
Apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçar com fome, quando retorno à casa.
Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando que eu fosse um bêbado, porque eu tremia, apoiado ao poste.
Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias.
A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me ofereça, em nome do Cristo, que dizemos amar, e peço para que me restitua a esperança, a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco, para que eu saiba, apesar de todo meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.
Esta é a mensagem de um homem triste, quiçá como tantos que vemos perambulando pelas ruas.
É bem verdade que alguns são de fato pessoas que se comprazem na ociosidade.
Todavia, há os desafortunados que, apesar de trabalhar a vida toda, não puderam ajuntar moedas para o sustento próprio e da família e que, chegada a madureza, são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora sejam pessoas dignas.
É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papéis e outros objectos recicláveis, para prover o próprio sustento.
São nossos irmãos de caminhada evolutiva que não têm coragem de viver da mendicância. Por isso trabalham com dignidade.
Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis.
O que não nos damos conta é que, além do peso do carrinho, têm ainda que carregar sobre os ombros o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente.
É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos, e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente.
Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai Criador e merecedores sem dúvida, no mínimo, do nosso respeito.
Se não os podemos ajudar, que não os atrapalhemos jogando-lhes palavras amargas nem menosprezando-os, dificultando ainda mais a sua caminhada.
Muitas pessoas que hoje vivem na miséria já foram pessoas muito ricas em outras existências e vice-versa.
As Leis Divinas a todos nos reservam as lições que necessitamos para progredir.
E a lógica diz que aquele que é rico e esbanja sua fortuna em futilidades e em proveito próprio, precisa passar por necessidades materiais para aprender a valorizar os tesouros que Deus lhe empresta, a fim de que possa progredir.
Momento Espírita com base no cap. Mensagem do homem triste, pelo Espírito Meimei, do livro Ideal espírita, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A VIDA CONTINUA
A VIDA CONTINUA
LÚCIA FERREIRA, desencarnada em maio de 1971, aos 16 anos.
"Querida mamãe, estou aqui pedindo seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, 4 de maio, pensando em descobrir como ia encontrar um presente para o seu carinho no dia das mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juverssídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar;
entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranquilidade, protecção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui no Plano Espiritual vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago.
Não sei, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as coisas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a vovó Ana.
Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória.
Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele que nos deu nome a casa de ensino Gerônimo Carlos Prado, e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui vou melhorando".
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: ENTRE DUAS VIDAS, de 1974
§.§.§- O-canto-da-ave
LÚCIA FERREIRA, desencarnada em maio de 1971, aos 16 anos.
"Querida mamãe, estou aqui pedindo seu perdão e a sua bênção.
Mais de um ano passou, mas a minha saudade e o meu sofrimento ainda não passaram.
Não chore mais Mãezinha.
Sei que a minha ingratidão foi grande demais.
Compreendi tudo, mas era tarde.
Creia que amanheci naquela terça-feira, 4 de maio, pensando em descobrir como ia encontrar um presente para o seu carinho no dia das mães.
Pensava nas aulas, em minha professora Juverssídia e procurava concentrar-me nos livros para estudar;
entretanto, quando vi o veneno, uma força estranha me tomou o pensamento.
Avancei para o suicídio quase sem conhecimento, embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer.
Tudo sem motivo, sem base.
A senhora me deu tudo - amor, segurança, tranquilidade, protecção.
Não julgue que me faltasse isso ou aquilo.
O que eu sentia era uma tristeza que só aqui no Plano Espiritual vim a entender...
O assunto é tão longo e o tempo é tão curto.
Se pudesse desejava formar as minhas letras com lágrimas para que a senhora me perdoasse pelo arrependimento que trago.
Não sei, não sei ainda.
A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor que não parecia ter fim.
Talvez exagerasse as coisas que eu sentia, talvez guardasse impressões da vida que eu não devia guardar.
O que é mais doloroso é que provoquei a morte do corpo, sem razão.
Sofrimentos no mundo são problemas de todos.
E por isso quando me vi na sombra que me envolvia toda, vozes me perguntavam porque fizera aquilo se eu estava consciente de que a morte não mata ninguém...
Chorei muito, mais do que choro hoje, até que me vi no regaço de uma senhora que me disse ser a vovó Ana.
Ela me ensinou a orar de novo, porque a dor não me deixava trabalhar com a memória.
Amparou-me e como que me limpou os olhos para que eu enxergasse a luz do dia.
Então reconheci que as trevas estavam em mim e não fora de mim.
Fui internada numa escola hospital, onde muitas crianças estão sob a vigilância daquele que nos deu nome a casa de ensino Gerônimo Carlos Prado, e com a bênção dos muitos amigos que encontrei aqui vou melhorando".
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: ENTRE DUAS VIDAS, de 1974
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126609
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
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