LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty UMA ÁGUIA CHAMADA "CIRCUNSTÂNCIAS"

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:25 pm

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.

Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões.

Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.

Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.

E se justamente agora isto não funcionar? Ela pensou.

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.

Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.

A águia encheu-se de coragem.

Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.

O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes.
Era seu supremo acto de amor.

Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia.

São elas que nos empurram para o abismo.
E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Camelos também choram

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 13, 2011 9:49 pm

Primavera no deserto de Gobi, sul da Mongólia.
Uma família de pastores nómadas assiste ao nascimento de filhotes de camelo.
A rotina é quebrada com o parto difícil de um dos camelinhos albinos.

A mãe, então, o rejeita.

O filho ali, branquinho, mal se sustentando sobre as pernas, querendo mamar e ela fugindo, dando patadas e indo acariciar outro filhote, enquanto o rejeitado geme e segue inutilmente a mãe na seca paisagem.

A família mongol e vizinhos tentam forçar a mãe camela a alimentar o filho. Em vão.
Só há uma solução, diz alguém da família.
Mandar chamar o músico.

E o milagre começou musicalmente a acontecer.
Dois meninos montam agilmente seus camelos, numa aventura até uma vila próxima, tentando encontrar o músico.
É uma vila pobre, mas já com coisas da modernidade, motos, televisão, e, na escola de música, dentro daquele deserto, jovens tocam instrumentos e dançam, como se a arte brotasse lindamente das pedras.

O professor de música, qual um médico de aldeia chamado para uma emergência, viaja com seu instrumento de arco e cordas para tentar resolver a questão da rejeição materna.

Chega. E ali no descampado, primeiro coloca o instrumento com uma bela fita azul sobre o dorso da mãe camela.
A família mongol assiste à cena.

Um vento suave começa a tanger as cordas do instrumento.
A natureza por si mesma harpeja sua harmónica sabedoria.
A camela percebe.
Todos os camelos percebem uma música reordenando suavemente os sentidos.

Erguem a cabeça, aguçam os ouvidos e esperam.
A seguir, o músico retoma seu instrumento e começa a tocá-lo.
A dona da camela afaga o animal e canta.

E, enquanto cordas e voz soam, a mãe camela começa a acolher o filhote, empurrando-o docemente para suas tetas.
E o filhote, antes rejeitado e infeliz, vem e mama, mama, desesperadamente feliz.

Enquanto se alimenta e a música continua, acontece então um facto impressionante.
Lágrimas desbordam umas após outras dos olhos da mãe camela, dando sinais de que a natureza se reencontrou a si mesma, a rejeição foi superada, o afecto reuniu num todo amoroso os apartados elementos.

Nós, humanos, na plateia, olhamos estarrecidos.
Maravilhados. Os mongóis em cena constatam apenas mais um exercício de sua milenar sabedoria.

E nós, que perdemos o contacto com o micro e o macrocosmos, ficamos pasmos com nossa ignorância de coisas tão simples e essenciais.

Os antigos falavam da terapêutica musical.
Casos de instrumentos que abrandavam a fúria, curavam a surdez, a hipocondria e saravam até a mania de perseguição.

O pensamento místico hindu dizia que a vida se consubstancia no Universo com o primeiro som audível - um ré bemol - e que a palavra só surgiria mais tarde.
E nós, da era da tecnologia, da comunicação instantânea, dos avanços científicos jamais sonhados...

E nós? O que sabemos dessas coisas?
Coisas que os camelos já sabem, que os mongóis já vivem.
Coisas dos sentimentos, coisas do coração.

O que sabemos nós?
Será que sabíamos que os camelos também choram?

Momento Espírita com base em crónica de Affonso Romano de Sant'anna, encontrada no http://acaodopensamento.blogspot.com.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty AMAR EM SILENCIO

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 13, 2011 9:50 pm

A arte de dar é semelhante à arte de receber amor.

Muitas vezes, nosso julgamento sobre a felicidade alheia termina sendo responsável por nossa própria infelicidade.

Um casal de velhos tomava café no dia de sua bodas de ouro.
A mulher passou a manteiga na parte crocante do pão e estendeu para o marido, ficando com o miolo.

'Sempre quis comer a melhor parte' pensou consigo mesma.
"Mas amo meu marido e sempre lhe dei o miolo.
Hoje gostaria de satisfazer meu desejo."


Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso:
"Obrigado por este presente", disse ele.
"Sempre quis comer a casca.
Mas, como você gostava tanto, eu nunca ousei pedir."



Acreditar e Agir

Um viajante ia caminhando em solo distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas.
Seu destino era a outra margem.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem coberto de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.

Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pode observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.

Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro respondeu pegando o remo chamado ACREDITAR e remando com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava.

Em seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:
- Esse porto se chama auto-confiança.
Simultaneamente, é preciso
ACREDITAR e também AGIR para que possamos alcançá-lo!

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Apenas passe adiante!

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 13, 2011 9:51 pm

Lá estava eu com a minha família, de ferias, num acampamento isolado, com carro enguiçado.
Isso aconteceu há 10 anos, mas lembro-me disso como se fosse ontem.
Tentei dar a partida no carro. Nada.

Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali.
Minha mulher e eu concluímos que éramos vitimas de uma bateria descarregada.
Sem alternativa, decidi voltar á pé até uma vila mais próxima, a alguns quilómetros de distancia.

Duas horas e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina.
Ao me aproximar do posto, dei-me conta de que era domingo de manhã.
O lugar estava fechado, mas havia um telefone publico e uma lista telefónica caindo aos pedaços.

Telefonei para a única companhia de auto-socorro localizado na cidade vizinha, a cerca de 30 kms de distancia.
Zé atendeu o telefone e me ouviu enquanto eu explicava meus apuros.

- Não tem problema - ele disse quando dei minha localização normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.
Fiquei aliviado que estivesse vindo, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda significaria.

Ele chegou em seu reluzente caminhão-guincho e nos dirigimos para a área de acampamento.
Quando saí do caminhão, me virei e observei com espanto o Zé descer com aparelhos na perna e a ajuda de muletas.
Ele era paraplégico!

Enquanto ele se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua boa vontade.
- É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão ir embora.

O Zé reactivou a bateria e enquanto ela recarregava, distraiu meu filho pequeno com truques de magica.
Ele até mesmo tirou uma moeda da orelha e deu para meu filho.
Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.

- Oh! nada - respondeu, para minha surpresa.
- Tenho que lhe pagar alguma coisa.
- Não -
ele reiterou.

Continua...
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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 13, 2011 9:54 pm

Continua...

Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito me disse apenas para "passar isso adiante".
Portanto, você não me deve nada.
- Apenas lembre-se:
Quando tiver uma chance, "passe isso adiante".

Cerca de dez anos após, no meu movimentado consultório onde frequentemente treino estudantes de medicina, Maria, uma aluna do segundo ano de uma faculdade de outra cidade veio passar um mês no meu consultório para que pudesse ficar com a mãe, que morava na região.

Acabamos de atender a uma paciente cuja vida fora destruída pelas drogas e pelo abuso do álcool e de repente, noto que Maria tem seus olhos cheios de lágrimas.

- Você não se sente bem por ver este tipo de paciente? - perguntei.
- Não - Maria respondeu soluçando - é simplesmente que minha mãe poderia ser esta paciente.
Ela tem o mesmo problema.


Durante o horário de almoço, conversamos sobre a trágica historia da mãe alcoólatra de Maria.
Chorosa e angustiada, ela abriu o coração ao contar os anos de ressentimento, vergonha e hostilidade que haviam marcado a existência de sua família.

Dei-lhe a esperança de colocar a mãe sob tratamento.
Depois de ser bastante encorajada por um conselheiro treinado que indiquei e por outros membros da família, a mãe de Maria consentiu em se submeter a um tratamento.

Ficou internada no hospital especializado por varias semanas e, quando saiu, era uma outra pessoa.
A família de Maria quase tinha sido destruída e pela primeira vez puderam sentir um pouco de esperança.

- Como posso lhe agradecer? - perguntou Maria.

Quando me lembrei daquele acampamento distante e do bom samaritano paraplégico, eu soube que só poderia lhe dar uma resposta:
- Apenas passe adiante

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty O poder da doçura

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 14, 2011 9:03 pm

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.

Foi seguindo-o por muito tempo.
Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.

O viajante continuou a segui-lo.
Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espectáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.

Descobriu, finalmente, uma gruta.
A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta.
Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa.
Alguém estivera ali antes dele.
Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos.

Eram versos do grande escritor Tagore, Prémio Nobel de Literatura de 1913:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.


Assim também acontece na vida.
Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.

E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem.
São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante.
Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo.

E conseguem modificar muitas coisas.
Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.
Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras.

Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia.
Tomou uma decisão. Agiu.
Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá.

Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações.
Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de acção.

Não gritou, não esbracejou.
Cantou a música do amor, pedindo pão e afecto aos pobres mais pobres.
Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações.

Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.

Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...

Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz.

Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!

Momento Espírita, com pensamento finais do cap. 22 do livro Rosângela, pelo Espírito homónimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A bomba d'água

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 14, 2011 9:04 pm

Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.

Foi quando ele chegou a uma casinha velha, uma cabana desmoronando - sem janelas, sem tecto, batida pelo tempo.
O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.

Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada.
Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar.
Nada aconteceu.

Desapontado, caiu prostado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa.

Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado:
- "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo.
PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir."

O homem arrancou a rolha da garrafa e, de facto, lá estava a água.
A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema:

Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia pra próxima pessoa... mas talvez isso não desse certo.

Que deveria fazer?
Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida?
Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?


Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba começou a chiar.
E nada aconteceu!

E a bomba foi rangendo e chiando.
Então surgiu um fiozinho de água;
depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância!
A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina.

Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar.
Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela:
- "Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"

Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história:

1. Nenhum esforço que você faça será valido, se ele for feito da forma errada.
Você pode passar sua vida toda tentando bombear algo quando alguém já tem reservado a solução para você.
Preste atenção a sua volta!

Deus esta sempre pronto a suprir sua necessidade!

2. Ouça atentamente o que Deus tem a te dizer, através de alguém, de um livro, de uma mensagem de rádio ou TV, de um jornal ou revista, através da INTERNET ou de um e-mail, etc. e confie.
Como esse homem, nós temos as instruções por escrito à nossa disposição.
Basta usar.

3. Saiba olhar adiante e compartilhar!
Aquele homem poderia ter se fartado e ter se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar por ali.
Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo.
Se preocupe com quem está próximo de você, lembre-se: você só poderá obter água se a der antes.

Cultive seus relacionamentos, dê o melhor de si!

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Fama de Rico

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 14, 2011 9:05 pm

Hilário Silva

O Coronel Manoel Rabelo, influente fazendeiro no Brasil Central, fora acometido de paralisia nas pernas.
Vivia no leito, rodeado pelos filhos atentos.
Muito carinho. Assistência contínua.

No decurso da doença veio a conhecer a Doutrina Espírita, que lhe abriu novos horizontes à vida mental.
Pouco a pouco desprendia-se da ideia de posse.

Para que morrer com fama de rico?
Queria agora a paz, a bênção da paz.

Viúvo, dono de expressiva fortuna e prevendo a desencarnação próxima, chamou os quatro filhos adultos e repartiu com eles os seus bens.
Terras, sítios, casas e animais, avaliados em seis milhões de cruzeiros, foram divididos escrupulosamente.

Com isso, porém, veio a reviravolta.
Donos de riqueza própria, os filhos se fizeram distantes e indiferentes.
Muito embora as rogativas paternas, as visitas eram raras e as atenções inexistentes.

Rabelo, muito triste e quase completamente abandonado, perguntava a si mesmo se não havia cometido precipitação ou imprudência.

Os filhos não eram espíritas e mostravam irresponsabilidade completa.

Nessa conjuntura, apareceu-lhe antigo e inesperado devedor.
O Coronel António Matias, seu amigo de mocidade, veio desobrigar-se de empréstimo vultoso, que havia tomado sob palavra, em cédulas de contado.
Na presença de dois filhos, Rabelo colocou o dinheiro em cofre forte, ao pé da cama.

Sobreveio o imprevisto.
Os quatro filhos voltaram às antigas manifestações de ternura.
Revezavam-se junto dele. Papas de aveia.
Caldos de galinha. Frutas e vitaminas.

Mantinham cobertores quentes e fiscalizavam a passagem do vento pelas janelas.

Raramente Rabelo ficava algumas horas sozinho.
E, assim, viveu ainda dois anos, desencarnado em grande serenidade.

Exposto o cadáver à visitação pública, fecharam-se os filhos no quarto do morto e, abrindo aflitamente o cofre, somente encontraram lá um bilhete escrito e assinado pela vigorosa letra paterna, entre as páginas de surrado exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo:.

O papel assim dizia:
“Meus filhos,

Deus abençoe vocês todos.

O dinheiro que me restava distribuí entre vários amigos para obras espíritas de caridade.
Lego, porém, a vocês, o capítulo décimo quarto de
“O Evangelho segundo o Espiritismo”.

E os quatro, extremamente desapontados, leram a legenda que se seguia:
“Honrai a vosso pai e a vossa mãe. - Piedade filial.”

Extraído do livro “Almas em Desfile”, psicografia de Francisco C. Xavier, FEB, págs. 17 a 19 O Imortal - Agosto de 2000

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Força do Amor

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 14, 2011 9:06 pm

Rubens Romaneli

Preparavam-se os noivos para os esponsais, quando os pais da jovem descobriram que o pretendente à mão da filha era frequentador assíduo de uma casa de jogos.

Decidiram então se opor tenazmente à realização do matrimónio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo jamais pode ser bom marido.
Mas, a jovem, obstinada em desconhecer as razões invocadas pelos pais, acabou por vencer-lhes a resistência e casou-se.

Nos primeiros dias de vida conjugal, o homem portou-se como um marido ideal.
A pouco e pouco, porém, renascia-lhe, cada vez mais irrefreável, o desejo de voltar à mesa de jogo.
Certa noite, incapaz de resistir a pressão do vício, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.

No lar, a esposa, sentada em uma cadeira de balanço, aguardava o regresso do marido, que tardava.
Embora ocupada com alguns trabalhos de bordado, tinha a mente presa aos ponteiros do relógio, cujas horas pareciam suceder-se cada vez mais lentas.
Já era quase uma hora da madrugada, quando o marido abriu a porta da sala.

Visivelmente irritado com o surpreender a companheira ainda em vigília, pois via nisso ostensiva censura à sua conduta, interrogou-a asperamente:
- Que fazes aí, a estas horas?
- Entretenho-me com este bordado,
respondeu ela, imprimindo à voz um acento de ternura e bondade.

- Não vês que é tarde?
- Sinceramente, distraída como me achava, não havia atentado para o adiantado da hora...

E, sem dar maior importância à ocorrência, foi ela deitar-se.

No dia seguinte, à noite, repetiu-se a cena.
O marido ausentou-se e a esposa, já ciente do que se passava, pôs-se de novo a esperá-lo.
Quando ele chegou, já pelas duas da madrugada, encontrou a companheira de pé.

Então, num assomo de cólera, bradou:
- Que é isto? Outra vez acordada?!
- Sim, não quis que fosse deitar-te, sem que antes fizesses um ligeiro repasto.
Preparei-te um chá com torradas e aqui o tens quentinho!
Espero que o aprecies.

E, sem indagar do marido onde estivera e o que fizera até aquelas horas, a boa esposa beijou-lhe carinhosamente a fronte e recolheu-se ao leito.
Na terceira noite, nova ausência do marido e nova espera da esposa.

Lá por volta de uma e meia da madrugada, entrou ele e, antes que se insurgisse contra a atitude da companheira, esta se lhe prendeu ao colo, num afectuoso abraço, e exclamou:
- Querido, D. Antonieta, nossa vizinha, ensinou-me a receita de um bolo delicioso e eu não queria que te deitasses, sem que antes provasses dele.

A ocorrência repetiu-se por várias vezes, com visíveis e crescentes preocupações para o marido.
Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa que o esperava pacientemente, como um anjo da paz.

Começou, então, a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo que de indiferença e quase de repulsa por tudo quanto o rodeava, porque já era mais forte do que o vício o amor por aquela criatura que nele operava tão radical transformação.

De olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, levantou-se abruptamente, cedendo a um impulso quase automático, e retirou-se, para nunca mais voltar...

Transcrito de "O Primado do Espírito"

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty O sal da Terra

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 15, 2011 9:45 pm

Em várias passagens do Evangelho, Jesus exorta Seus seguidores a que sejam o sal da Terra e a luz do Mundo.

A mensagem cristã constitui um chamado ao desprendimento das coisas e dos valores mundanos.
Desprendimento não no sentido de desprezo, mas com o significado de dar a tudo o seu justo valor.
Sabe-se que as conquistas terrenas são fugazes e transitórias.

Tudo o que se refere à matéria possui uma grande fragilidade.
Beleza, poder, influência, fortuna, tudo isso cedo ou tarde fenece ou troca de mãos.
A vida é cheia de revezes e os percalços inerentes à trajetória humana podem amargurar.

Quem coloca todas as suas alegrias e expectativas nessas conquistas transitórias candidata-se a fortes decepções.

A proposta evangélica é que se deve viver no Mundo, mas sem ser do Mundo.
Ocupar-se com dignidade das actividades que garantem a manutenção da vida e da ordem social.
Estudar, trabalhar, cuidar da saúde e planear a própria existência com prudência e critério.

Contudo, perceber que a finalidade do viver terreno não se cinge a tais aspectos.
Por preciosa que seja determinada conquista material, ela um dia ficará para trás.
Ao mesmo tempo, os revezes da fortuna nem sempre permitem que se atinja o objetivo almejado.

Nem por isso a criatura humana deve se tornar angustiada ou indiferente.
Para bem aproveitar seu tempo na Terra, ela precisa aprender a dar a cada coisa o seu merecido valor.
Tendo em vista seu potencial de desenvolvimento da inteligência e da vontade, são positivos os mais comuns sonhos humanos.

Entretanto, sua realização não pode constituir a meta da existência.
Ciente de que um dia o corpo físico perecerá, é importante cuidar do que a ele transcende.
Aí se encontra a possibilidade que a mensagem cristã possui de conferir um novo sabor à vida do homem.

À semelhança do sal, ela funciona como um tempero, dá um atrativo diferente ao que de outro modo seria insípido.

Trata-se do convite à vivência de virtudes com o potencial de tornar doce e pacífico o coração.

Jesus apresentou ao mundo um Deus pleno de amor e sabedoria.
A fé nesse Deus amoroso e sábio possui o condão de pacificar a alma, entre as lutas do mundo.
Também o perdão é uma força libertadora, que permite seguir tranquilo mesmo por entre agressões.

A compaixão faz com que o homem preste atenção no semelhante e sinta vontade de auxiliá-lo.
Com isso, ajuda-o a não pensar muito em seus próprios problemas e sua vida se simplifica.

O Evangelho significa Boa Nova e seu objectivo é tornar felizes os homens.

Não promete uma felicidade feita das instáveis e perecíveis conquistas humanas.
Mas assegura a vivência de doces emoções, com infinito potencial pacificador.

Pense nisso.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A GALINHA

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 15, 2011 9:46 pm

Quando nos esforçamos em servir efectivamente na causa espírita, motivados pela alegria de compartilhar nossos ideais e adquirir o benefício do aprendizado prático, muitas vezes vivenciamos situações inusitadas em que nossa perspicácia e nosso entendimento doutrinário, ante o infortúnio alheio que nos solicita, são colocados à prova.

Conta-nos o prof. Rodrigues Ferreira, do Aeluz de Rio Preto, que certa vez, diante de vários confrades reunidos nos momentos iniciais de mais uma tarefa da casa, apresentou-se uma senhora pobrezinha, muito simples e acanhada, mas com o olhar determinado e confiante, certa de estar no lugar exacto em que receberia o seu almejado benefício.

Ela trazia nas mãos uma galinha.

Cruzou silenciosamente o recinto, parou com humildade diante do professor e pediu, sem rodeios:
— Os senhores poderiam dar passe na minha galinha? Ela anda muito doente...

Todos os olhares alternaram imediatamente da mulher para a galinha e da galinha para o professor.
E agora?

Certamente inspirado pelo alto e pelos seus longos anos de convívio com a dor humana, nosso professor, com naturalidade, imediatamente respondeu-lhe:
— Ah! Minha irmã. A senhora veio ao lugar certo.

E dirigindo-se a alguns médiuns passistas à sua volta, pediu-lhes para que se reunissem em torno da mulher e da galinha.
Compenetrados, todos aplicaram o passe magnético e, em seguida, solicitou para que ela e a galinha se acomodassem e participassem do estudo.

Finalizados os procedimentos, com muito jeitinho o professor, conduzindo-lhe pelo braço centro adentro, explicou-lhe solícito:
— Olha, a sua galinha vai melhorar.
Mas na semana que vem seria bom que a senhora voltasse aqui ao centro.

Não há mais necessidade de trazer a galinha novamente.
Traga apenas uma garrafa com água que será fluidificada pelos bons espíritos.
Mas, o importante mesmo é que a senhora volte, tá bom?


E despedindo-se afectuosamente, observou partir aquela sofrida mulher com os olhos radiantes, repleta de consolo e com sua auto-estima em alta, convicta de que Deus não lhe desamparara em sua necessidade.

Assim, na condição de necessitados, muitos de nós, ao tomarmos conhecimento do espiritismo, também chegamos pela primeira vez na casa espírita carregando a nossa "galinha doente".

Ela representa nossas necessidades materiais e espirituais mais básicas, a nossa carência de esclarecimento, nosso imediatismo, toda nossa humana sede de consolo, alívio e entendimento.

E quando na condição de benfeitores, sinceramente compenetrados em compartilhar os ideais de amor do Cristo, em favor de nossos semelhantes, alcançamos sempre a inspiração segura e certa, para que o bem se realize.

E sem alarde, pelas bênçãos de Deus e o auxílio dos bons espíritos, as mãos que se estendem em súplica se encontram com as que se estendem em auxílio para que, desse modo, o céu e a terra sempre se aproximem e se toquem, cada vez mais, em delicados e despercebidos elos de luz e fraternidade...

Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo, CEEPA, Mirassol – SP

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A MAGIA DO AMOR

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 15, 2011 9:48 pm

Um executivo foi a uma palestra e ouviu um grande tribuno falar sobre o maior bem da vida que é a paz interior.
Podemos tê-la em qualquer lugar, sozinhos ou acompanhados.

Pois o executivo resolveu fazer uma experiência.
Pegou cinco belas flores e saiu com elas pela rua, em plena cidade de São Francisco, na Califórnia.

Logo notou que as cabeças se viravam e os sorrisos se abriam para ele.

Chegou ao estacionamento e a funcionária da caixa elogiou o seu pequeno buquê.
Ela quase caiu da cadeira quando ele lhe disse que podia escolher uma flor.

Segundos depois ele se aproximou de outra mulher, que não assistira à cena anterior, e ela falou do perfume que ele trazia ao ambiente.
Ele lhe ofereceu uma flor.

Espantada e feliz com o inesperado, saiu dali quase a flutuar.
Afinal, quem distribui flores perfumadas numa garagem pública quase deserta, num domingo, perto das 22 horas?

Completamente embriagado pela magia daqueles momentos, ele entrou num restaurante.

Uma garçonete com ar de preocupação foi atendê-lo.
Ele percebeu que as flores mexeram com ela.

Como se sentia com poderes especiais para fazer os outros felizes, depois das duas experiências anteriores, ele deu a ela uma flor e um botão por abrir e lhe disse que cuidasse bem dele, pois, ao desabrochar, lhe traria uma mensagem de amor.

Dias depois ele voltou ao restaurante.
A garçonete sorriu para ele com ar de quem tinha encontrado a fórmula da felicidade e falou:
"a flor abriu. A mensagem era linda. Muito obrigada."

O executivo sorriu também.
Sentia-se um mágico: com flores, amor no coração e uma mensagem positiva, inventada ao sabor do momento, produzia alegria.
Tão simples que até parecia irreal.


Na manhã seguinte, ele precisava abrir um portão para passar com o carro.
Surgida nem se sabe de onde, uma sorridente mulher desconhecida que passava correndo o abriu e fechou para ele, espontaneamente.

Ele compreendeu que havia uma harmonia universal ao seu dispor.
Bastava que a buscasse.

E recomenda:
"tente você também, desinteressadamente. Dá certo e a recompensa é doce!"

Fonte: A Magia Amorosa de Divaldo Pereira Franco

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Garotinha

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 15, 2011 9:50 pm

Descalça e suja, a pequena garota ficava sentada no parque olhando as pessoas passarem.
Ela nunca tentava falar; não dizia uma única palavra.
Muitas pessoas passavam por ela, mas nenhuma sequer lhe lançava um simples olhar; ninguém parava, inclusive eu.

No outro dia eu decidi voltar ao parque, curiosa para ver se a pequena garota ainda estaria lá.
Exactamente no mesmo lugar aonde ela estava no dia anterior, ela estava empoleirada no alto do banco, com o olhar mais triste do mundo.

Mas eu não pude simplesmente passar ao largo, preocupada com os meus afazeres.
Ao contrário, me vi caminhando ao encontro dela.

Pelo que sabemos, um parque cheio de pessoas estranhas não é um lugar adequado para crianças brincarem sozinhas.
Quando eu comecei a me aproximar dela, eu pude ver que as costas do seu vestido indicavam uma deformidade.
Eu conclui que esta era a razão pela qual as pessoas passavam e não faziam esforço algum em se importar com ela.

Quando cheguei mais perto, a garotinha lentamente baixou os olhos, para evitar meu intenso olhar.
Eu pude ver o contorno de suas costas mais claramente.
Ela era grotescamente corcunda!

Eu sorri, para lhe mostrar que eu estava bem e que estava lá para ajudar e conversar.
Eu me sentei ao lado dela e iniciei com um olá.

A garota reagiu chocada e balbuciou um "oi", após fixar intensamente meus olhos.
Eu sorri, e ela, timidamente, sorriu de volta.

Conversamos até o anoitecer e, quando o parque já estava completamente vazio, todos tinham ido e estávamos sós.
Eu perguntei porque a garotinha estava tão triste.
Ela olhou para mim e disse:
"Porque eu sou diferente".

Eu, imediatamente, disse, sorrindo: "Sim, você é!"
A garotinha ficou ainda mais triste, dizendo: "Eu Sei!"
"Garotinha",
eu disse, "você me lembra um anjo, doce e inocente..."

Ela olhou para mim e sorriu lentamente, levantou-se e disse: "De verdade?"
"Sim, querida, você é um pequeno anjo de guarda, mandado para olhar todas essas pessoas que passam por aqui!"


Ela acenou com a cabeça e disse, sorrindo: "Sim!"
E, com isto, abriu suas asas e piscando os olhos, falou: "Eu sou seu anjo da guarda!"

Eu fiquei sem palavras, certa de que estava tendo visões...
Ela finalizou:
"Quando você deixou de pensar unicamente em você, meu trabalho aqui foi realizado".

Imediatamente eu me levantei e disse:
"Porque então ninguém mais parou para ajudar um anjo?"

Ela olhou para mim e sorriu:
"Você foi a única pessoa capaz de me ver..."

E desapareceu. Com isto, minha vida foi mudada drasticamente.

Quando você pensar que está completamente só, lembre que seu anjo está sempre tomando conta de você.
O meu estava...

Harmonia - Revista Espírita nº 64 - Fevereiro/2000

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Apelo de um idoso

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 16, 2011 9:29 pm

Quem é que já não teve oportunidade de conhecer uma pessoa idosa, enferma, dependente, carente, solitária?

Talvez você tenha essa pessoa dentro do seu próprio lar.
Uma mãe ou um pai nocauteado pela enfermidade ou pelas debilidades impostas pelo peso da idade.
Esse alguém, que ontem era forte e dinâmico, agora se movimenta com lentidão e, às vezes, nem se movimenta, tornando-se totalmente dependente da vontade alheia.

Se você tem uma mãe, um pai ou outro familiar nessas condições, pare um pouco;
olhe nos olhos dessa pessoa e tente ler seus mais secretos pensamentos.

Talvez você possa ler em seus olhos tristes ou em seus lábios mudos um apelo comovente, que não tem coragem de verbalizar.

É, se pudéssemos ouvir o apelo de um idoso, talvez ele fosse mais ou menos assim:
Você, que está na flor da idade, considere que o despertar da vida é como o amanhecer.
Tudo fica mais quente e mais alegre.

Mas o amanhecer não é eterno e a ele se sucedem outras fases do dia... o meu apelo é para que as crianças de hoje não esqueçam dos seus idosos de amanhã.

É para que os mais jovens relevem a minha mão trêmula e meu andar hesitante. Amparem-me por favor.
Se minha audição não é boa e tenho que me esforçar para ouvir o que você está dizendo, tenha compaixão.
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência.

Se minhas mãos tremem e derrubam tantas coisas no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o melhor que pude.
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu; pare para conversar comigo; sinto-me tão só.

Se, na sua sensibilidade, me encontrar triste entre tantos que também estão, simplesmente partilhe um sorriso comigo e com eles.
Seja solidário, eu necessito apenas de um pouco de carinho.

Se lhe contei pela terceira vez a mesma história, não me repreenda, simplesmente ouça-me.
Se não falo coisa com coisa, não caçoe de mim.

Se estou doente e caminhando com dificuldade, não me abandone, preciso de um braço forte que ampare meus passos...
Sabe..., já vivi muitas primaveras, e sinto que o outono derradeiro se aproxima...

Eu sei que o ocaso da vida é como o entardecer...
Indica que é chegado o momento de partir...
Por isso lhe peço que me perdoe se tenho medo da morte e ajude-me a aceitar o adeus...

Fique mais tempo comigo... Para me dar segurança...
Os cabelos brancos e as rugas em meu rosto não impedem que eu queira repousar minha cabeça num colo seguro...
Sei que o trem da vida logo irá parar nesta estação, e eu terei que embarcar...

Sei também que terei que ir só, como só desembarquei nesta estação um dia...
Por tudo isso eu lhe peço para que não me negue a sua atenção e o seu carinho.
Logo estarei deixando esta vestimenta surrada pelo tempo, e rumarei para outra dimensão da vida, da vida eterna...

Eis meu apelo... Que pode também ser o seu, logo mais...

O ocaso da vida é como o entardecer...
Indica que é chegado o momento de partir...
Mas, nem sempre a hora de partir se dá no entardecer...

Há aqueles que retornam no mesmo trem que chegam.
Há os que se demoram por aqui apenas algumas horas, dias, meses...
A única certeza é que todos retornamos um dia para a pátria verdadeira, que é a pátria espiritual.

Por essa razão, vale a pena viver intensamente cada minuto, dando à vida a importância que ela tem.
E viver intensamente é enaltecer o tempo, no desenvolvimento das nobres virtudes que o Criador depositou na intimidade de cada filho Seu.

Momento Espírita, com base em algumas frases de autoria desconhecida.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty O que é o amor?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 16, 2011 9:30 pm

"Numa sala de aula haviam várias crianças.
Quando uma delas perguntou a professora:
- Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta a altura da pergunta inteligente que fizera.
Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e ao voltarem a professor e disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta.
Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha colecção.


A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho.
Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?


E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo.
Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, porque você nada trouxe?

E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe professora.
Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.
Vi também a borboleta, leve, colorida!

Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.
Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.
Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.

Como posso mostrar o que trouxe?


A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração"

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty As Quatro Velas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 16, 2011 9:30 pm

Quatro velas estavam queimando calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que tratavam.

A primeira disse:
- Eu sou a Paz!
Apesar da minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar.
E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda disse:
- Eu me chamo Fé!
Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de Deus.
Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.
E sem esperar apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.

- Que é isto?
Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou:
- Não tenhas medo criança, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!

A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

"QUE A VELA DA ESPERANÇA NUNCA SE APAGUE DENTRO DE NÓS".

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty AS ESPIGAS

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 16, 2011 9:31 pm

Um camponês seguia pelos campos com filho para ver se o trigo estaria brevemente maduro.

- Papai - disse o menino - por que é que algumas espigas se inclinam tanto para o solo e outras se erguem tão para o solo e outras se erguem tão para o céu?
As que se elevam decerto são melhores e as que estão arriadas certamente não prestam.

- Veja, filho
- responde o pai:
estas espigas que modestamente se inclinam estão cheias de bons grãos.
As que estão orgulhosamente voltadas para o céu estão secas e não servem para nada.

Traduzido do Esperanto pelo Prof º Celso Martins

O Pirilampo – Ano I Número 6


AS CHANCES

Aquele que te bate à porta
Pode ser a tua grande chance
De redenção e reajuste.

Aquele que te estende a mão
Pode ser a oportunidade
Que pediste ao Pai.

Aquele que te dá um sorriso,
Que será ignorado,
Pode ser aquele
Com quem te comprometestes,
Tempos atrás.

São estas palavras lembretes
Para os homens desta terra,
Que tão pouca importância dão
A gestos tão importantes.

Que tão pouca atenção prestam
Aos sinais subtis
Que amigos tão dedicados
Enviam para sua orientação.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A veste dos Espíritos

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:46 pm

Inúmeros são os relatos daqueles que dizem ter visto anjos, santos.
Ao longo da história, alguns desses videntes foram tidos como loucos ou alucinados.

Durante a Idade Média, eram tidos por bruxos e fogueiras foram alimentadas com seus corpos, toda vez que insistiam em afirmar a veracidade das suas visões.

Na França do século XV, uma menina de treze anos passou a ter visões.
Chamava-se Joana e viria a se tornar a heroína da França.
De uma França destroçada pela ausência de amor patriótico, que ela bem soube reacender nas almas.

Joana d'Arc identificava especialmente três dos Espíritos que lhe apareciam como sendo Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel.
Sabe-se que São Miguel nunca declarou a ela se chamar assim.
É ela que o denomina dessa forma.

Talvez por ele lhe aparecer trajado da forma que vira, na igreja de sua infância, onde ia orar diariamente, a imagem de pedra como sendo dessa personalidade.

Quanto à Santa Catarina e Santa Margarida, essas são designadas a Joana pelo próprio São Miguel.

Durante os interrogatórios a que foi submetida em seu processo de condenação, ela afirmou:
Vi São Miguel e os anjos com os olhos do meu corpo, tão perfeitamente como vos vejo.

E, quando se afastavam de mim, eu chorava e bem quisera que me levassem consigo.
Mas ela não somente vê e ouve maravilhosamente essas criaturas, como também as sente pelo tacto e pelo olfacto.

Toquei em Santa Catarina, que me apareceu visivelmente.
E, referindo-se às duas santas, continua:
Abracei-as ambas. Rescendiam perfumes.
É bom se saiba que rescendiam perfumes.


Certa feita, quando lhe perguntaram se esses santos da igreja lhe apareciam nus, de uma forma inteligente, ela contra-argumenta:
Por que me indagais isso?
Acreditais que Deus não teria com que vesti-los?


Aqueles que têm visões se referem a indumentárias simples, desataviadas, como uma grande veste branca.
Outros descrevem com detalhes roupas e adereços, próprios da época em que viveram os personagens que se lhes apresentam à visão.

Deveria transcorrer o tempo e revelações da própria Espiritualidade nos serem feitas, para que pudéssemos entender um pouco mais a respeito desse mundo espiritual, de onde viemos e para onde retornaremos.

Não existe o vácuo, o vazio em parte alguma.
Tudo está cheio do hálito de Deus, fluido Universal.
E é desse fluido que, ao sabor da própria vontade, cada Espírito se serve para reproduzir as vestes que deseja, sobretudo, quando se mostra à visão mediúnica, a fim de ser identificado.

Bem tinha razão a jovem heroína em afirmar que Deus tinha com que vestir os Espíritos.
E, em palavras simples, nos ensinou que o mundo espiritual é de grande riqueza, superando em muito as tantas que conhecemos no planeta que habitamos.

É um mundo de acção, beleza, perfumes.
Um mundo que nos cerca e que convive connosco, os que transitamos pela carne, temporariamente.
Um mundo povoado de seres que por nós velam e nos protegem.

Momento Espírita, com base nos caps. 4 e 11 do livro Joana d’Arc (médium), de Léon Denis, ed. Feb.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Verdade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:47 pm

Os deuses da Grécia Antiga, temerosos de que os homens descobrissem seu próprio potencial, e ciumentos de que assim pudessem chegar ao nível deles (deuses), realizaram uma longa reunião para decidirem a maneira mais concreta de ocultar aos homens esse potencial.

Várias foram as propostas.

Houve quem pensou em esconder o potencial humano nos abismos mais imperscrutáveis dos oceanos, mas foi lembrado que, no futuro, o homem penetraria o fundo dos mares.

Apresentou-se, também, quem propôs ocultar este potencial nas montanhas mais altas da Terra, mas tal proposta não foi aceita, porque o homem, em um dia não muito distante as escalaria.

Outro sugeriu esconder tal riqueza humana na Lua, mas salientou-se que o homem no futuro iria habitá-la.

Por fim, todos aceitaram uma estranha proposta:
todo aquele poder incomensurável, o potencial humano, deveria ser escondido ... dentro do próprio homem.

Como justificativa para tal resolução os deuses disseram:
"O homem é tão distraído e tão voltado para fora de si que nunca pensará em encontrar seu potencial máximo... dentro do seu próprio ser".


A Nota de 20 Dólares

Num Seminário, um famoso palestrante mostra uma nota de 20 dólares e pergunta:
- Quem quer esta nota?
Mãos começam a se erguer e ele continua:
- Eu a darei a um de vocês, mas antes, farei isto!

Então, ele amassa a nota e pergunta:
- Quem ainda quer esta nota?
As mãos continuam erguidas...
- E se eu fizer isto?

Deixa a nota cair no chão e começa a pisá-la e esfrega-la... depois pega a nota, agora imunda e amassada, e pergunta:
- E agora? Quem ainda quer esta nota?

Todas as mãos permanecem erguidas.

E ele fala:
- Não importa o que eu faça com esta cédula, ela ainda vale 20 dólares.

Isso também se dá connosco.

Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e sujos, por decisões que tomamos e/ou pelas circunstâncias que surgem em nossas vidas, e sentimo-nos desvalorizados, sem importância...

Creiam, não importa o que aconteça, jamais perderemos o nosso valor ante o Universo"
O preço de uma vida não é pelo que se faz ou se sabe, mas pelo que se É!

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A ENTREVISTA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:48 pm

A jovem, pela manhã, procurou o futurólogo e desabafou:
- Tenho sofrido demais.
Parece que a má sorte não me perde de vista.
Que me aconselha o senhor para ser feliz?

O interpelado indicou o fulgor do Sol nas árvores próximas e replicou, optimista:
- A felicidade mora com o trabalho.
Procure servir e conseguirá encontrá-la facilmente...

E apontando para a luz, lá fora, concluiu:
- Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual.

A moça entendeu a advertência, formulada com carinho, entretanto, voltou a indagar:
- Mas o senhor acredita que serei feliz nesta vida?

O experiente amigo sorriu e considerou:
- Filha, isso não sei.
Posso dizer-lhe apenas que a vida é uma viagem, cujos episódios dependem de nós e não me consta que já estejamos na vizinhança do porto.

A jovem começou a pensar e o amigo futurólogo deu por finda a entrevista.


A Porta

Um homem havia pintado um lindo quadro e, no dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo para vê-lo.

Compareceram as autoridades locais, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o pintor tinha fama de grande artista.
Chegado o momento, tirou-se o pano que cobria o quadro.
Houve caloroso aplauso.

Era uma impressionante figura de Jesus batendo à porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo.

Com suas mãos de dedos longos batia suavemente e, com os ouvidos junto à porta, parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.

Houve discursos e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte.

Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro:
a porta não tinha fechadura! Como se fará para abri-la?

- É assim mesmo,
respondeu o pintor.
Esta é a porta do coração humano; só se abre do lado de dentro.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Vida

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 17, 2011 9:48 pm

Gilberto Costa Valle

A vida é o sopro do Criador que percorre toda a Criação, incessantemente, animando tudo que nela existe.
Verificamos o movimento estudante da vida em toda a Natureza.
Basta um simples olhar, mais atento, à nossa volta para percebermos este inexaurível dom de Deus.

Percebemo-la desde o movimento eléctrico das partículas subatómicas até o distante brilho de uma estrela, que fulgura no zimbório azulado do horizonte.

Os átomos se reúnem na constituição da matéria e os astros se sustentam uns aos outros na dinâmica do Universo, graças a esta divina vibração.

Vemo-la maravilhosa no caminhar das formigas a carregar o alimento necessário ao seu sustento;
no voo incessante de belas borboletas, que nos encantam a visão;
no mavioso canto dos pássaros;
no trabalho das abelhas, que laboriosas buscam o néctar que as flores lhes possam oferecer e até mesmo na actividade dos cupins que, vorazes, nos roem a peça de madeira.

A luta pela sobrevivência, que muitas vezes assistimos perplexos, também nos dá notícia da vida.

Viver é a necessidade e a aspiração íntima de todos os seres da Criação.
Nenhum ser que tenha sido criado foge desse imperativo.
O iluminado mentor Emmanuel nos diz em determinada página que da morte podemos escapar, mas, da vida ninguém fugirá jamais.

A semente, que brota vitoriosa da cova escura, nos fala desta força misteriosa.
Até na ferrugem que nos corrói o objecto de metal identificamos a acção da vida que não cessa.

Milhares de seres microscópicos pululam na face fértil do solo planetário ou no rico líquido aquático que nos banha as terras.
Uma infinidade de bactérias, vírus, fungos, algas e protozoários minúsculos se agitam em toda a parte, movidos pela força da vida.

É do nosso conhecimento que aproximadamente 90% do oxigênio que nos garante a vida é produzido pelas algas.
Bactérias nitrificantes trabalham pela vida tanto quanto fungos quase insignificantes levedam a massa do pão que nos sustenta a mesma.

O sol é fonte de vida.
A chuva fertiliza a vida.
O vento transporta a vida.

O sorriso de uma criança nos fala de vida, e o choro também.
A lágrima que corre cristalina pela face de uma mãe nos fala de vida, porque a vida é a mais bela e soberba manifestação do amor.

Olhemos para nosso corpo e pensemos na quantidade de células, seres pequeninos que nos servem em nome da vida e reflitamos no pulsar do coração que bate no compasso adequado milhares de vezes por dia para nos mantê-la.

E o que é a morte, senão a transformação da própria vida, que se renova triunfante.
Além da vida encontramos a vida.
Além do que podemos perceber com nossos limitados sentidos, a vida prossegue incessante.

Reconhecidos e jubilosos louvemos a Deus pela Vida.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A missão da maternidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:41 pm

O Bispo de La Serena, Chile, Dom Ramon Angel Jara, teve oportunidade de escrever um texto muito poético que diz:

Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus.

Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo.
Que, sendo moça, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças todas da juventude.

Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida.
Quando sábia, assume a simplicidade das crianças.

Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama.
Rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.

Forte, estremece ao choro de uma criancinha.
Fraca, se revela com a bravura dos leões.

Viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam.
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum.

Porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página.

Eles lhes cobrirão de beijos a fronte.
Digam-lhes que um pobre viandante, em troca da sumptuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.


Na actualidade, a mulher assumiu muitos papéis. Lançou-se no mundo e se transformou na operária, juíza, cientista, professora, militar, policial, secretária, empresária, presidente, general e tudo o mais que, no passado, era privilégio do homem.

A mulher se tornou em verdade uma super-mulher que, além dos afazeres domésticos, conquistou o seu espaço no mercado de trabalho.
Naturalmente, não para competir com o homem, mas para somar com ele, pois dos esforços de ambos resulta o sustento e o bem-estar da família.

A rainha do lar se transformou na mulher que actua e decide na sociedade.
Das quatro paredes do lar para o palco do mundo.
Contudo, essa mulher senadora, escriturária, deputada, médica, administradora de empresa não perdeu a ternura.

Ela prossegue a acolher em seu ninho afetivo o esposo e os filhos.

Equilibrada e consciente, ela brilha no mundo e norteia o lar.
Embora interprete muitos papeis, ela não esqueceu do seu mais importante papel: o de ser mãe.

Dentre todas as mulheres que se projectaram no mundo, realizando grandes feitos, a nossa lembrança recua no tempo buscando uma mulher especial.

A história não lhe regista grandes discursos, mas o Evangelho lhe aponta gestos e palavras que valem muito mais.
Mãe de um filho que revolucionou a História, manteve-se firme na adversidade, na dor, exemplificando o que Ele ensinara.

Não deixou testamento, riquezas ou haveres mas legou à Humanidade a excelente lição da mulher que gera o filho, alimenta-O e O entrega ao mundo para servir ao mundo.

Seu nome era Maria... Maria de Nazaré.

Momento Espírita, com base no artigo Um poético e autêntico retrato de uma progenitora – nossa homenagem à toda mulher-mãe, do jornal Correio fraterno do ABC, de maio de 2000 e no texto Retrato de mãe, de Dom Ramon Angel Jara, Bispo de La Serena, Chile, tradução de Guilherme de Almeida.

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Momentos Espíritas - Página 27 Empty A Borboleta e a Lagarta

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:42 pm

Era primavera e as flores perfumadas e coloridas atraíam borboletas multicores para o jardim.

Rain e Flup eram duas borboletas especiais, que se apaixonaram e se casaram no bosque encantado assim que deixaram seus casulos;
Rain era o macho e Flup a fêmea.

Na parte lateral do jardim havia um muro onde as mamães borboletas deixavam suas larvinhas que em breve tomariam a forma de lagartas.
Rain e Flup sonhavam com o dia em que também teriam sua lagartinha e que se transformaria numa linda borboleta!

Após uns dois ou três dias, o sonho começou a se realizar: larvinha nasceu!

Uma só e não várias como ocorria com as outras borboletas.
Rain e Flup não se importaram com o facto e cuidaram de sua larvinha com amor profundo e lhe deram o nome de Flain.

As outras mamães borboletas se compadeciam de Flup, a qual consideravam infeliz por só ter uma larvinha, mas Flup se dizia a mamãe borboleta mais feliz daquele jardim... e era!

Rain estava radiante de felicidade e revesava com Flup no cuidado com a larvinha, até que ela começasse a virar lagarta.

Mas em breve Rain e Flup perceberam que Flain era uma larvinha especial, que precisava de cuidados especiais... não havia ainda se transformado em lagarta como as outras larvas da mesma idade, que já estavam formando seus casulos e não demorariam a se transformar em borboletas.

O tempo foi passando e vagarosamente Flain foi se transformando em uma lagarta muito bonitinha, alegre e simpática, para a felicidade de Rain e Flup, que continuaram cheios de esperança de um dia vê-la voando pelo jardim junto a eles!

Rain e Flup notaram que Flain precisava de uma ajudinha para formar o seu casulo, que não se sabe direito por que tinha as tramas muito fininhas e bastava um vento mais forte para que se rompesse.

Rain e Flup eram incansáveis e protegiam a pequena lagarta como podiam:
com suas asas, com pétalas secas...

Flain, com a ajuda dos pais, conseguiu formar suas asinhas e já se via próximo o dia em que romperia o casulo transformada em borboleta, voando e cortando os ares do lindo jardim.
Felizes, Rain e Flup esperavam ansiosos por este dia.

Certa manhã, porém, uma forte chuva caiu sobre o jardim e o esforço de Rain e Flup em proteger o pequeno casulo não foi suficiente para evitar que o casulo se molhasse.

Flain se foi, deixando um vazio no jardim, cujas borboletas esperavam ansiosas junto a Rain e Flup a mudança da lagartinha...

Rain e Flup caíram em tristeza profunda e se perguntavam o que fizeram de errado, vendo tanto esforço em vão.

Continua...
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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:42 pm

Continua...

Certa noite, olhando as estrelas brilhando no céu, Flup lembrou da sua lagartinha e com muita saudade começou a chorar, perguntando a Deus a razão de tudo aquilo.

Adormeceu...
Flup sonhou então com um jardim repleto de flores de beleza jamais vista no jardim onde morava, elas tinham cores que brilhavam e tudo parecia tocar uma música suave.

Flup voou pelo belo jardim e notou que o brilho das flores acontecia toda vez que uma pequena, mas bela borboleta tocava suas pétalas.

Flup voou mais rápido tentando alcançá-la e ao chegar um pouco mais perto ouviu uma voz terna que lhe perguntou:
- Olá, não está me reconhecendo?
Sou eu, mamãe, Flain... Estou aqui agora e já sou uma borboleta!


Flup mal conseguia falar de tanta emoção ao ver que aquela linda borboleta era a sua lagartinha transformada.

Flain explicou então:
- Mamãe, aqui eu sou borboleta e voo livre por onde quiser, às vezes eu visito o jardim de vocês, mas ninguém me vê...
É que eu ajudo as lagartinhas especiais como eu era a formarem os seus casulos e virarem lindas borboletas.

Estou muito feliz, mamãe... aqui não tem vento, nem chuva; o sol brilha sempre!

Deixe a tristeza de lado e lembre-se de mim com carinho, pois você e o papai são especiais também e são os responsáveis por este brilho que trago em minhas asas.

É o amor de vocês que faz as flores luzirem quando as toco...
Agradeço a Deus por lembrarem de mim, sou muito feliz!

Peço a Ele todos os dias que na próxima temporada vocês possam ter mais larvinhas e ficarem mais felizes.


Flup, saindo do torpor que a emoção causara, respondeu a Flain com carinho:
- Ah, querida, como estou feliz em vê-la assim!
Já não me preocupa o facto de ter ou não mais larvinhas, pois eu resgatei aquilo que de mais precioso um ser pode ter na vida:
a esperança.

Flup acordou e saiu voando rapidamente para contar seu encontro ao papai Rain, que feliz disse que também esteve lá, mas a emoção de Flup foi tanta que nem percebeu sua presença.

As duas borboletas, cheias de emoção e esperança, voam pelo jardim até hoje e de vez em quando são vistas auxiliando papais e mamães borboletas a cuidarem de suas larvinhas especiais, esperando que numa próxima estação possam ter mais larvinhas, se for da vontade de Deus.

Um Espírito Amigo - Dezembro de 1999.

Papai e mamãe, este é o meu presente de esperança para os dois. Amo vocês!
Eternamente, seu filho Lucas.


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Momentos Espíritas - Página 27 Empty Almas Grandes

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 19, 2011 9:43 pm

Os Hindus contam uma história bonita.

No princípio dos tempos, uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo, constituindo a essência suprema;
e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela e passava a ser sua alma.

Com o passar dos séculos, as populações foram aumentando e já não havia grandes porções de alma para dividir com todos os que nasciam.

Então começaram a aparecer na Terra milhares, milhões de pessoas com almas pequenas.
Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos.

Assim nascem, aqui... ali, criaturas de almas grandes.
Por toda parte, na Terra, em países diversos, essas pessoas de almas grandes se reconhecem e se atraem ao se verem pela primeira vez.

São em geral simpáticas, inteligentes, honestas, e se identificam imediatamente uma com as outras, como se fossem irmãs.

Os casos de amor ou amizade à primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem.

A angústia de viver está em que, no caso de sermos almas grandes, passamos, às vezes, uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuínas, aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem connosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixões.

E podem estar a nossa espera ali na esquina, ou num bairro que não frequentamos, numa cidade que não visitamos.
Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximações novas e frequentes.

O mundo seria bem melhor se qualquer pessoa desconhecida dissesse em plena rua:
- "Taí... gostei de você... vamos tomar um café?"

"Os navios não alcançam as estrelas, mas é através delas que se lançam ao mar."

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