LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Momentos Espíritas

Página 26 de 41 Anterior  1 ... 14 ... 25, 26, 27 ... 33 ... 41  Seguinte

Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty POR MEUS AMIGOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 06, 2011 9:37 pm

Pela bondade de meus amigos, reconheci as pessoas.

Pela generosidade de meus amigos, saí ao encontro dos outros.

Pela ternura de meus amigos, descobri a beleza de todas as coisas.

Pela fortaleza de meus amigos, aceitei o sofrimento.

Pela paciência de meus amigos, rompi com o ateísmo inútil.

Pela fé de meus amigos, tomei o fracasso como um dom.

Pela responsabilidade de meus amigos, assumi a missão com novo vigor.

Pelo carinho de meus amigos, despertei para sentimentos mais nobres.

Pela angústia de meus amigos, aprendi a rezar.

Pela simplicidade de meus amigos, percebi a candura das crianças.

Pela sabedoria de meus amigos, distingui o autêntico do falso.

Pela coragem de meus amigos, empreendi novos caminhos.

Pelos altos e baixos dos meus amigos, compreendi as fraquezas.

Pelo amor de meus amigos, superei o temor de recomeçar o diálogo.

Pela fidelidade de meus amigos, acreditei na lealdade dos homens.

Pela alegria de meus amigos, contagiei o mundo com sorrisos.

Pela dor de meus amigos, aceitei o limite da liberdade.

Pela misericórdia do AMIGO, agradeci o dom da vida

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A paz se foi, mas... um dia voltou

Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 06, 2011 9:38 pm

Uma criança andava entre as flores, a alegria reinava em seu coração.
Não tinha problemas e olhava a vida como se fosse uma eterna brincadeira.

O tempo foi passando, sua vida foi se complicando, sua cabecinha se modificando, os obstáculos crescendo.
Aquela alegria acabou, as flores perderam a viçosidade e tudo se transformou em escuridão.

Essa criança perdera uma pessoa muito amada, que em sua vida era muito importante;
seus olhos pararam de brilhar, e à morte ela queria chegar.

A paz acabou em sua vida.
Cada dia que passava, seu coração mais se despedaçava...

Um dia, essa criança, ao se tornar adolescente, foi levada pela mãe e pela irmã ao Centro Espírita "Amor e Caridade”, em Bauru, onde trabalha Richard Simonetti, que, com suas palavras amigas abriram-lhe o coração, fazendo-a procurar o recurso do passe.

A adolescente, que na depressão vivia e na tristeza quase morrera, começou a enfrentar seus problemas e olhar para os lados;
percebeu existirem pessoas que a amavam muito e ela, com tal atitude de se entregar aos obstáculos, machucava não só a si mesma, mas aos outros também, fazendo o sofrimento de todos.

Começou a enxergar as coisas mais belas e com mais clareza.

Passou a acreditar que actualmente a pessoa amada vive em outro plano, e que com a paz de Deus e dos Amigos Espirituais está muito feliz, vivendo sem problemas e preocupações, alimentando-se da harmonia.

Hoje, com dezesseis anos, faz parte do grupo de jovens do Centro Espírita Francisco de Assis "Amor e Caridade" de Ibitinga, onde encontra grande paz e esclarece suas dúvidas, e, a cada dia que passa, a saudade aumenta, mas, com ela a certeza de que um dia encontrará essa pessoa muito amada, que é seu pai.

"Ofereço esta história para minha família que o tempo todo com muita paciência esteve ao meu fado.
Muito obrigada, eu amo vocês."


Vanessa Finhama

Fonte: Jornal Gaivota da Paz

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Aprende-se com o exemplo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 07, 2011 9:22 pm

Quantas vezes você reclamou da sujeira das ruas?
Quantas vezes adjetivou como relaxada a pessoa que joga papel, lata, pacotes vazios pela janela do carro, emporcalhando a rodovia?


Normalmente, a reação é de desagrado e se costuma afirmar que quem assim procede é porque lhe falta educação.

Contudo, uma questão existe que parece escapar à observação superficial.
É que, de um modo geral, algumas pessoas, porque veem sujeira em locais públicos, resolvem por também serem descuidadas.

O papel da bala, do bombom, que poderia ser guardado no bolso ou na bolsa até chegar a uma lixeira, é descartado em qualquer lugar. Isto é, no chão.

Por acreditar que se aprende pelo exemplo, um taxista inovou com seu carro.
Quando ainda era empregado de limpeza numa empresa de táxis, observara que, no fim do dia, os táxis pareciam uma lata de lixo.

Eram papéis jogados ao chão, assentos e puxadores das portas pegajosos.
Tão logo conseguiu sua carteira de motorista profissional pôs em prática a sua ideia.

Lustrou bem o táxi que lhe deram para dirigir.

Arranjou um tapete bonito.
Cada vez que um passageiro saía, ele verificava se tudo estava em ordem para o cliente seguinte.

Voltava sempre com o táxi impecável para a empresa.
Logo mais, resolveu colocar umas reproduções pequenas de quadros célebres, no interior do carro.

Vinte e cinco anos depois, esse taxista afirmou:
Ninguém me decepcionou. Cada passageiro que entrava, comentava como o táxi era bonito, diferente.
E ninguém deixava nenhuma sujeira nele: nem papéis, nem restos de casquinhas de sorvete, nem chicletes.


Nem um pouquinho de lixo.
E filosofando, concluiu: As pessoas gostam de coisas bonitas.
Se plantarmos mais árvores e flores pela cidade, se tornarmos os edifícios mais atraentes, aposto que mais pessoas iriam utilizar as latas de lixo.


Aquele motorista tem uma boa dose de razão.
Todos nós, com o dom da vida, recebemos também um senso estético.

A maior parte das pessoas não precisa aprender sobre a raridade da beleza, do bom tom. Age e reage quando a encontra.
E, se tiver o sentimento de que faz parte dessa beleza, contribuirá para que ela se estenda por todos os lugares.

E são essas pessoas que continuam fazendo a grande diferença no mundo. São essas que dão exemplos para os que ainda não têm olhos de ver.

Essas veem uma lata abandonada na calçada e a recolhem, para jogá-la, logo adiante, na lixeira.

Alguns mais corajosos, quando observam alguém descartando papéis pela rua, se aproximam e alertam ao descuidado:
Amigo, o senhor deixou cair alguma coisa ali atrás.

São essas criaturas que primam pela seleção do lixo, que o acondicionam bem e disponibilizam, nos dias certos, para a coleta pública.

São essas criaturas que se preocupam com a reciclagem, com o descarte correto dos produtos.
Criaturas que plantam flores, regam jardins, mantêm o quintal e a frente de sua casa sempre limpos.

Que tal engrossarmos as fileiras desse tipo de pessoa? Afinal, quem não deseja viver entre a beleza, a limpeza, os perfumes e a saúde?

Momento Espírita, com base no artigo Um táxi meio diferente, de Norman Cousins, de Seleções Reader’s Digest, de dezembro de 1982.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A PORTA PRETA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 07, 2011 9:23 pm

Um chefe árabe conta a história de um espião que foi capturado e sentenciado à morte pelo general do exército Persa.

O general usava um estranho e selvagem método de condenação.
Deixava que o condenado escolhesse:
poderia passar por uma porta preta ou poderia enfrentar o pelotão de fuzilamento.

Com a aproximação da hora da sentença, o general ordenou que o espião fosse trazido diante dele para uma última e breve entrevista, cujo primeiro propósito era saber a resposta para a pergunta:
- "O que quer - a porta preta ou o esquadrão de fogo?"

Esta não era uma resposta fácil de se dar, e o prisioneiro hesitou, mas logo disse que preferiria o esquadrão de fogo.

Logo depois um ruído de tiros indicou que a sentença fora cumprida.

O general, olhando as botas, virou-se para seu ajudante e disse:
- "Assim é com os homens, sempre preferem o caminho conhecido ao desconhecido.
É uma característica do ser humano Ter medo do desconhecido.

E eu lhe dei o direito de escolha.

- "O que existe atrás da porta preta?"
- perguntou o ajudante.

- "A liberdade" - respondeu o general, "e poucos foram os homens corajosos que a escolheram".

Estamos nesse momento abrindo novas portas?
Como estamos na capacidade de ousar?


Faça alguma coisa que lhe pareça uma atitude "arrojada" (isso, de modo algum, quer dizer pôr em risco sua integridade física).
Não tenha medo de caminhar em direcção ao desconhecido.

Dê o primeiro passo para restabelecer a comunicação positiva e afetiva num relacionamento.

Arrisque-se a sorrir ou a chorar na hora certa...

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Sinfonia do Bem

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 07, 2011 9:24 pm

Pobre tripa de porco.
Desprezada.
Escarnecida.

Abandonada ao monturo.
Causava repugnância.

Mas veio um artífice amigo e tomou-a com bondade.
Lavou-a.

Preparou-a, carinhosamente, como quem desejava ajuda-la a esquecer o passado.

E, dento em pouco, a detestada tripa de porco, plenamente irreconhecível, convertia-se em cordas de um violino encantado.

Disciplinada no instrumento, obedecia aos sentimentos do artista e produzia música sublime, exaltando a grandeza da vida e enternecendo multidões.


Revista Depoimentos - Nº 65 - Novembro/Dezembro de 1999

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Primavera Volta Sempre

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 07, 2011 9:25 pm

A flor se despetalou quando o sol de verão crestou-lhe as pétalas finas e aveludadas.
A roseira tornou-se triste, triste...

Um dia, porém, primaveril, novamente resverdeceram os galhos pobres e botões maravilhosos cobriram de esperança a pobre roseira.

Mais tarde ostentava flores perfumosas e os pássaros fizeram ninho em seus galhos floridos.

Meu amigo, assim é a vida.

Caem as flores, mas a primavera volta sempre renovando esperanças.

Segue avante, trabalha e confia em nosso Mestre e Senhor.

Extraído do Livro - "Veleiro de Luz"


A Comunicação

Numa reunião de pais, numa escola da periferia, a directora incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos.

Ela insistia que eles deveriam dar um jeito e, mesmo todos trabalhando fora, deviam encontrar uma forma de se fazerem presentes.

A directora ficou muito surpresa quando um pai levantou e contou, no seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de ver o filho durante a semana, pois quando ele saía para trabalhar, muito cedo, a criança estava dormindo.

Quando voltava, já era tarde e o filho tinha ído para a cama.
Se ele não fizesse isso não teria como sustentar a família.

Mas, ele tentava se redimir indo beijar os filhos todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho tivesse certeza da sua presença, dava um nó na ponta do lençol.

Isso acontecia religiosamente todas as noites!

Quando o menino acordava, sabia, através do nó, que o pai havia estado ali para beijá-lo.
O nó era o elo de comunicação entre eles.

Mais surpresa ficou a directora quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da sala.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Presentes sem preço

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 08, 2011 10:45 pm

Quando recebemos um convite para um aniversário, um casamento, a primeira preocupação, quase sempre, é: Como presentearei? O que oferecerei como presente?

E ficamos a cogitar o que será mais adequado, mais bonito, mais precioso, mais agradável.

Assim, consultamos catálogos, sites, visitamos lojas, verificamos preços.
Afinal, o presente deve ser muito bom, mas deve caber no nosso orçamento.

Será que a pessoa apreciará o que escolhemos? Estará do seu gosto?

É sempre um grande dilema.
Uma coisa é certa: não importa o tipo, o tamanho, a qualidade do presente.
O mais importante é a intenção de quem dá e a gratidão de quem recebe.

Assim aconteceu com Rita.
Ela estava envolvida nos preparativos do casamento da filha.
Eram tantas providências: o salão para a festa, a decoração, os músicos, o cerimonial, o bolo, as bebidas...

Dois dias antes do casamento, ela estava revendo detalhes no salão onde seriam recepcionados os convidados, quando viu um senhor espreitando à porta.

Ela o cumprimentou e logo percebeu que era um solitário desejando conversar.
Ele contou que, em criança, sofrera um acidente, batera com a cabeça e por isso, passara sua vida num asilo.

Encontrava-se, por um período, em casa de um irmão e estava passeando antes do jantar.
Quis saber o que é que iria acontecer no salão e, ante a notícia do casamento, perguntou se poderia vir dar uma espiada na festa.

Rita o convidou para a recepção.
Chegou o grande dia. No salão, a cerimónia, a música, o corte do bolo da noiva, risos, danças.
Então, alguém veio dizer a Rita que um cavalheiro estava na entrada e desejava lhe falar.

Era o homem solitário.
Estava impecavelmente arrumado, mas tímido.
Não desejou entrar. Rita foi buscar um pedaço do bolo da noiva e lho entregou.

Ele ficou comovido e lhe deu um presente: É para a noiva, disse com orgulho.
Tratava-se de um pacote pequeno, mal embrulhado com papel pardo, atado com um barbante.

Ele se foi e Rita colocou o presente junto a outros tantos.
Após a recepção, já em casa, ela principiou a anotar, com detalhes, cada um dos presentes e quem o tinha oferecido.

Quando chegou no pequeno embrulho, o abriu.
Era uma pequena leiteira branca, de louça, dessas bem simples, que se usam em hospitais e em asilos.

Então Rita chorou.
Chorou pela felicidade da sua filha e pela solidão daquele homem, que passara a maior parte da sua vida numa casa para doentes mentais.

Chorou pelo gesto de amor daquele estranho.
E, na lista, escreveu: Uma leiterinha - Sr. Fulano, Asilo Tal.

Mais tarde, quando sua filha arrumou a casa, dispôs os presentes, colocou a leiterinha em destaque, no meio de outras lindas peças de prata.

Ela se comovera com a dádiva daquele homem.
Era um presente especial, de um mundo solitário para um outro de esperança.
Um testemunho de amor de uma vida para outra.

Feliz é quem sabe ser grato ao que recebe, com a certeza de que a alma que o escolheu, comprou, embrulhou e lhe ofereceu, impregnou aquele objecto com toda sua afeição.

Por isso, todo presente é sempre muito especial.
Ele é mensageiro do afeto de alguém.
Muito próximo de nós ou simples conhecido, esse alguém despendeu seus pensamentos, seu tempo para nos agraciar com um mimo.

Pensemos nisso.

Momento Espírita, com base no artigo Testemunho de amor, de Rita Du Tot, de Seleções Reader’s Digest, de dezembro de 1982.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty ÁRVORE DA AMIZADE

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 08, 2011 10:46 pm

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples facto de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas elas chamamos de amigo.
Há muitos tipos de amigos.

Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe.
Mostram o que é ter vida.

Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.
Passamos a conhecer toda a família, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.

Muitos desses são designados amigos do peito, do coração.
São sinceros, são verdadeiros.
Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado.
Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora.
Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.
Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.

Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam aumentando a nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade... Hoje e Sempre...

Simplesmente porque:
- Cada pessoa que passa em nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.


Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Festa das Borboletas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 08, 2011 10:46 pm

Maria H. F. Leite

O céu estava salpicado de borboletas de todas as cores.
E como era bonito ver todo aquele colorido movimentando-se no ar.

Mas por que tantas borboletas ali reunidas?
Foram atraídas por um lindo jardim e na presença de tanta gente, elas bailavam o ar, apresentando um belo espetáculo.

De quem era esse jardim?
De Rosinha e Pedrinho.
Todas as tardes ao chegarem da escola, guardavam o material escolar, colocavam roupas de jardineiro e iam cuidar dó jardim.

Como eram ainda pequenos, seus pais atribuíram-lhes esta tarefa.
Mas eles não consideravam só um dever, pois cuidavam com alegria.

Numa tarde, quando lá se dirigiam, Pedrinho falou:
- Rosinha, verifique se apareceram algumas ervas daninhas.
Retire-as porque elas prejudicam o jardim.

- Sim, -
respondeu ela.
Enquanto eu cuido desta parte, você vai revolvendo a terra, deixando-a fofa.
Você se lembra que o vento trouxe uma sementinha, que encontrando a terra fofa aqui se aconchegou. germinado, transformando-se em uma linda flor'?

- É verdade.
Hoje ela encanta o nosso jardim.
Quem sabe o vento trará outra.
Logo vai haver o concurso do jardim mais bem cuidado.
Quem sabe ganharemos.

- Olha Pedrinho!
Algumas ervas daninhas querendo prejudicar o nosso jardim!
Foi bom você lembrar disso.

- Rosinha, não podemos descuidar.


E assim, os dias foram passando e os dois garotos cuidando com todo carinho das folhagens e flores.
Elas estavam cada vez mais belas.
Havia nesse jardim algo mais que a beleza e o perfume.
Uma vibração suave e agradável pairava no ar.

A menina acariciava as flores admirando a beleza e a perfeição e dizia:
- Pedrinho, só Deus poderia fazer algo tão lindo e perfeito assim!
- É verdade Rosinha!


Bem, finalmente chegou o dia do concurso.
O lugarejo estava repleto de gente para ver qual jardim era o mais belo.
Era uma parada dura, pois havia jardins cuidados por jardineiros profissionais.

Era um vai e vem.
Pessoas admirando um jardim aqui, outro ali, outro acolá.
De súbito, eis que surgem no céu borboletas, formando uma pequena nuvem colorida.

Foram atraídas por um jardim, não só pela beleza, mas por una vibração suave que pairava no ar.
E começaram a bailar, chamando a atenção de todos.
Era lindo o espectáculo.

Umas pousavam sobre as flores, beijando-as.
Outras formavam uma espiral em torno das folhagens.
Outras cercavam o jardim em zigue-zague.

Finalmente desce do alto uma borboleta azul-dourado, maravilhosa, pousa sobre uma linda rosa branca, bem no centro do jardim.
As pessoas não podiam conter a maravilha que viam, dizendo:
- É este o jardim que merece ganhar o concurso!

Rosinha e Pedrinho estavam emocionados.
O espectáculo era no seu singelo jardim.
Assim eles ganharam o concurso por causa do amor com que cuidavam do jardim, atraindo as borboletas.

À noite a menina sonhou que seu espírito guardião lhe dissera:
- Rosinha, assim deve ser o jardim de seu coração e de todas as crianças.
As flores são as virtudes, como a bondade, o respeito, a simplicidade.
O perfume, são as vibrações que as virtudes emitem.

Sempre que aparecer ervas daninhas como a tristeza, a agressividade, retire-as para não sufocar as sementinhas boas que estão germinando.
Cuide bem do jardim de seu coração, criança e que Jesus a abençoará.


Desse dia em diante, Rosinha começou a cuidar de dois jardins:
o de sua casa e o de seu coração.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Fé vencida pelo Medo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 08, 2011 10:49 pm

Um certo alpinista, que já tinha escalado várias montanhas no mundo, resolveu pela coragem e ousadia que tinha que escalar o Monte Everest.

Pegou todo equipamento que possuía e foi de encontro ao grande desafio.

Chegando ao local iniciou a caminhada em sentido ao topo.
Durante três horas e meia de escalada, resolveu parar para repousar.
Antes que ele armasse a barraca, a noite caiu repentinamente, com uma breve chuva.

Tudo ficou extremamente tão escuro que não podia ver a palma da sua mão, tal experiência pensava... nunca tinha vivido.
Em seguida uma forte tempestade começou a cercar todo aquele imenso monte ocasionando uma grande avalanche.
Sem mais nenhuma segurança que o livrasse pois, juntamente com a neve e a chuva, despencava num quase infinito abismo.

Desde então, enquanto caía, ele começou a ver os flashes de sua vida, desde da sua infância até a presente data, percebeu que estava preste a morrer, seu pensamento direccionou a uma breve conversa com DEUS, pois era o único e último recurso que lhe restava.

Ele pedia na oração que DEUS o livrasse da morte.
Em resposta a súplica sentiu a corda que estava ainda em sua cintura presa em alguma parte da montanha.

Percebendo a eficácia do livramento de DEUS acreditava que ainda poderia escapar com vida quando de repente, naquela terrível escuridão, uma brisa passava e juntamente soava uma voz que dizia:
- você crê que EU posso livrar da morte?

Ele respondeu:
- Sim eu creio, que posso sair com vida.
Novamente a voz perguntava:
- Você crer que eu posso livrar da morte?
E ele dizia, - sim eu creio.

Dizia a voz:
- então solte a corda!

Assustado e sem fé tamanha, não aceitou o desafio.
Então aquela suave voz foi embora.

Dias depois, uma equipe de resgate, foi à procura do desaparecido alpinista e encontraram um homem que morrera congelado e estava pendurado a um metro do chão.

Você soltaria a corda?

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Sobre a existência dos monstros

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 09, 2011 10:13 pm

Papai, monstros existem?

Na verdade, não, meu filho, eles não existem.
Monstros são apenas pessoas que, de tão tristes e infelizes, acabaram ficando feias.
Mas, isso não dura. Elas sempre voltam a sorrir.

Na sociedade, onde aprendemos a chamar criminosos de monstros, e que cultiva e se alimenta do ódio àqueles que cometem maldades, faz-se necessário algumas reflexões.

A explicação do pai ao filho pequeno sobre a existência dos monstros, faz-nos entender que ninguém é mau por natureza.
Na Criação de Deus não há nenhum ser, lei ou coisa qualquer que seja má, ou destinada ao mal.

O mal não é intrínseco ao indivíduo, não faz parte da natureza íntima do Espírito; é, antes, uma anomalia, como são as enfermidades.
O bem, tal como a saúde, é o estado natural, é a condição visceralmente inerente ao Espírito.
Um corpo doente constitui um caso de desequilíbrio, precisamente como um Espírito transviado, rebelde, viciado ou criminoso.

O mal é construído por nós, por nossa dor, por nossa revolta e incompreensão.
São esses os venenos que atiramos em nós mesmos, e que nos transformam em monstruosidades.
Assim, enquanto o ódio existir na alma, enquanto a revolta falar mais alto que o bom senso ou que o amor, ainda nos travestiremos de monstros.
Enfermos da alma.

Esse ódio pode ter sua nascente num lar desfeito ou num lar que nunca existiu.
Pode ter nascido de um trauma, de um grande mal sofrido em algum momento, que fez com que aquela criatura rompesse com a sociedade, desacreditando do amor e da vida.

Às vezes, leva-se encarnações e mais encarnações para que a máscara assustadora vá caindo, e a verdadeira feição do Espírito imortal em busca de luz, volte a surgir.

Deus, que é todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio.
Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida.
Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio.

Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro.
A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.

Os chamados monstros, chacais, são no íntimo almas como eu e você, almas que buscam a felicidade e que se perderam nesse caminho.

Eliminá-los da Terra, simplesmente, não resolve.
Se foram criados assim na sociedade, e por vezes, pela própria sociedade, é responsabilidade nossa a sua reabilitação.

Pode demorar vidas, é certo, mas é necessário começar em algum momento, e um bom começo se dá quando nós, já um pouco mais esclarecidos, desejamos o bem a esses irmãos, ao invés de desejar o mal.

O mal eles já têm de sobra, então, só o bem, quando lhes tocar as cordas íntimas do Espírito, é que os poderá salvar do sofrimento.

Monstros... realmente não existem.

Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Importância do Perdão

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 09, 2011 10:14 pm

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.

Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva.
O Juca não deveria ter feito aquilo comigo.
Desejo tudo de ruim para ele!

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos.
Não aceito! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola!


O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço.
Depois eu volto para ver como ficou.


O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.

O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.


O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.

O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou;
mas, olhe só para você.

O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.

Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.


§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A QUE REINO VOCÊ PERTENCE?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 09, 2011 10:15 pm

Guilherme II, imperador alemão, viajando certa ocasião em visita a uma das mais afastadas províncias dos seus domínios, achou por bem interromper a viagem por algumas horas e visitar os alunos de uma pequena escola instalada à beira da estrada, na zona rural.

Os alunos o receberam com emoção, respeito e acatamento.
No meio de tanto entusiasmo e espontaneidade, até um discurso surgiu de improviso para saudar tão ilustre visitante.
O imperador estava surpreso e feliz.

Observando que toda a classe era viva, inteligente e desinibida, sentiu-se muito à vontade no meio dos alunos.
Depois de ouvi-los cantar, declamar, discursar, desejou divertir-se também um pouco com as crianças.
Assim, incumbiu o seu secretário de apanhar uma laranja no meio da bagagem.

Segurando-a numa das mãos, ele perguntou ao grupo:
- Qual de vocês seria capaz de me responder a que reino pertence esta fruta que tenho na mão?
- Ao reino vegetal
- acudiu imediatamente uma garota risonha, de olhos brilhantes e muito comunicativa.

- Surpreendente! - exclamou o visitante - Bem, já que você respondeu com tanta precisão à pergunta que fiz, vou fazer-lhe uma vantajosa proposta:
tenho ainda mais duas perguntas, que desejo também respostas correctas e imediatas.

Se me responder com exactidão, sem hesitar, dou-lhe uma medalha como prémio.
Aceita o desafio?

- Aceito, sim senhor -
respondeu a garota, prontamente.

Então, metendo a mão no bolso da sua farda, tirou uma moeda e mostrando-a, indagou:
- E esta moeda, pertence a que reino? É capaz de responder?
- Ao reino mineral
- disse a menina.

- E eu, a que reino pertenço? - continuou Guilherme II.

Houve um rápido momento de silêncio.
Os colegas se entreolharam e a garota perdeu o sorriso alegre.
Ficou séria e constrangida.

É que a pequena teve medo de ofender o imperador, dizendo-lhe pertencer ao reino animal...
Puxa! - pensou ela. Mas perder a medalha é que não me agrada nem um pouco.

Então, de repente, uma resposta lhe veio à mente e o bonito sorriso iluminou seu rostinho.
E ela, vitoriosa, respondeu:
- O senhor pertence ao reino de Deus!

Professora, colegas e toda a comitiva que acompanhava o imperador não sabiam que admirar mais:
se a engenhosa e verdadeira resposta cristã que a menina deu, ou se a nobre atitude do Kaiser que, entregando o prémio com voz embargada, acrescentou profundamente emocionado:
- Que seja eu digno desse reino, minha filha!


§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty As Leis Morais

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 09, 2011 10:17 pm

Estamos no 10º andar de um edifício e por ser hora de pique os elevadores chegam lotados, começamos a nos impacientar pois um compromisso importante nos espera, quando então surge a ideia:
estamos sozinhos naquele andar, ninguém está olhando, porque perdermos tempo esperando o elevador se podemos saltar pela janela?

E fazemos isso, naturalmente não chegando inteiros lá em baixo, “vamos nos esborrachar”, pois uma “lei” simples, - lei da gravidade – não permite que um corpo flutue “do 10º andar até lá em baixo” – mesmo que ninguém “esteja olhando”.

Assim como existem a as leis físicas, existem as Leis Morais, leis naturais , mas aplicadas a estruturas mais avançadas da criatura humana:
lei de trabalho, lei de progresso, lei de justiça, amor e caridade...

Quando nosso querido Mestre Jesus nos foi indagado (cap.01 Evangelho Seg. o Espiritismo – Allan Kardec) qual seu objectivo frente as leis mosaicas respondeu:
- Não vim destruir a Lei mas dar-lhes cumprimento.

São leis, leis divinas.

Portanto se resolvermos ter “pensamentos negativos”, pensamentos derrotistas, pessimistas, de ódio, vingança... “mesmo que ninguém fique sabendo” são “só nossos” mesmos assim vamos nos “esborrachar”, pois uma lei simples, de sintonia vibratória estará actuando soberana.

Razão pela qual os Espíritos sugeriram a Kardec uma parte inteira das quatro partes do Livro dos Espíritos, a terceira parte, dedicada exclusivamente as Leis Morais, afim de que pudéssemos compreender mais os mecanismos de amor que nos cerca na vida para vivermos melhores.

Felicidade, esta a fatalidade da criatura humana.

Caminhemos tranquilos.
“Pois tudo ora, tudo conspira no Universo, para a felicidade da criatura na Terra”.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty O bebé de Maria

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 10, 2011 10:12 pm

Um poeta do Líbano, que amou Jesus, escreveu um dia a respeito d'Ele, mais ou menos assim:

Quando Jesus nasceu, Maria, Sua mãe o envolveu em seus braços, como a concha envolve a pérola.
E Ele palpitava com o ritmo de sua vida.

Passaram-se as estações, e Ele tornou-se um menino cheio de risos.
Ninguém entre nós sabia o que Ele iria fazer, pois parecia sempre fora da nossa espécie.
Brincava com os outros meninos mais do que estes brincavam com Ele.

E Ele cresceu como uma palmeira preciosa em nossos jardins.
Seus olhos eram como mel, e cheios do assombro dos dias.
E na Sua boca havia a sede do rebanho do deserto pelo lago.

Depois, os anos O levaram a falar no templo e nos jardins da Galileia.
Às vezes, Maria O seguia para lhe escutar as palavras e ouvir as batidas de seu próprio coração.

Jesus visitou outras terras no Leste e no Oeste.
Mas Maria O esperava no limiar da casa e, cada entardecer, seus olhos procuravam na estrada pela Sua volta.

Entretanto, após a Sua chegada, ela costumava dizer-nos: "Ele é grande demais para ser meu filho."

Parecia que Maria não podia acreditar que a planície tivesse dado nascimento à montanha.
Foi na juventude do ano, quando as flores vermelhas enchiam os montes, que Jesus chamou Seus discípulos e foi a Jerusalém.

Pelo anoitecer da quinta-feira, Ele foi capturado fora das muralhas da cidade e feito prisioneiro.
Maria, Sua mãe, não pronunciou uma palavra.
Mas surgiu em seus olhos o cumprimento daquela promessa de dor e alegria que tínhamos observado quando ela era apenas uma noiva em Nazaré.

Nós chorávamos porque sabíamos qual ia ser o amanhã do seu filho.
Mas ela não chorava porque também sabia o que Lhe iria acontecer.
Quando os cascos abafados do silêncio batiam nos peitos dos insones, João, o discípulo amado de Jesus veio e disse: "Mãe Maria, Jesus está indo. Sigamo-lO."

Quando atingiram o monte, Jesus foi erguido na cruz.
A face de Maria não era a face de uma mulher desolada.
Era o semblante da terra fértil, sempre dando nascimento.

Então Jesus olhou para Sua mãe e disse: "Maria, a partir de agora sê a mãe de João."
E a João Ele disse: "Sê um filho amoroso para essa mulher.
Vai a sua casa, e que tua sombra cruze o limiar onde outrora Me postei. Faz isso em Minha memória."


E Maria disse: "Olhai agora, Ele se foi. A batalha está terminada.
A estrela já brilhou. O navio chegou ao porto.
Aquele que apertei contra meu peito está palpitando no espaço.

Mesmo na morte, Ele sorri. Venceu.
Fui sem dúvida a mãe de um vencedor."


E Maria voltou a Jerusalém, apoiada em João, o jovem discípulo.
E para todos os que quisessem e nela procurassem consolo, ela falava de Jesus.

Falava longamente de tudo que acontecera, de Seus ditos e de Seus feitos, transformando o inverno das incertezas em primavera de esperanças.

Momento Espírita, com base no cap. Susana de Nazaré, uma vizinha de Maria, da obra Jesus, o filho do homem, de Gibran Khalil Gibran, ed. Iarte.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Carroça

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 10, 2011 10:14 pm

Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida.

Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas, de interromper a conversa quando alguém está falando.
Eu, especialmente, incidia muitas vezes nesse erro.

Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante.

Certa manhã, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros.
Acedi com grande alegria e lá fomos nós, humedecendo nossos calçados com o orvalho da relva.

Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
- Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?

Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
- Isso mesmo...
Disse ele. É uma carroça vazia...

De onde estávamos não era possível ver a estrada e eu perguntei admirado:
- Como pode o senhor saber que está vazia?
- Ora, é muito fácil saber que é uma carroça vazia. Sabe porquê?
- Não!
Respondi intrigado.

Meu pai pôs a mão no meu ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos, explicando:
- Por causa do barulho que faz.
Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Não disse mais nada, porém deu-me muito em que pensar.

Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo o mundo, ou quando eu mesmo, por distracção, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão e estar ouvindo a voz de meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

Muito bonita esta mensagem além de ser útil, nos faz lembrar o valor do silêncio e que devemos aprender cada vez mais para termos conteúdo em nossa mente e não deixá-la que se torne uma carroça vazia.
Um carinho especial para todos vocês, que trata de cada vez mais encher "sua carroça".

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty As Três Pás

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 10, 2011 10:15 pm

Há muitos séculos atrás um rei francês fez vir à sua presença três lavradores e disse a eles:

- Um grande prémio darei a quem cavar uma vala mais longa.

Os dois primeiros começaram a discutir sobre o tamanho das pás.

- Uma boa pá deve ser comprida – disse um.

- Não. Deve ser larga – alegou o outro.

Enquanto eles discutiam, o terceiro, usando uma pá mais ou menos boa, cavou seu valão e ganhou o prémio.

Espírito Jovem - Dezembro de 2000

§.§.§

Amizade
Mahatma Ghandi

"A amizade está para o ser humano como a flor está para o jardim.

Não podemos nos separar da qualidade em servir, amar e estar diante de nossos amigos;
para que nossos sentidos, nossa sabedoria e nosso amor estejam presentes em todos os nossos atos e em todas as nossas relações.

Os amigos nos trazem o conforto e a segurança para podermos sorrir, amar e cantar as alegrias da vida.

Somos todos iguais, quando estamos entrelaçados com estes companheiros e, assim, devemos valorizar e crescer juntos para que uma condição de vida seja, a cada dia, fortalecida e agraciada pela sabedoria e pela grandiosa amizade"

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Alguns Segundos

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 10, 2011 10:16 pm

Momentos Espíritas - Página 26 Alguns_segundos
Valérium

O caminhoneiro solitário seguia, com fome, à margem do rio.

Nervoso e impaciente, ia censurando a tudo e a todos, por achar-se em penúria.

Caminhava devagar, quando viu algo na estrada chamando-lhe a atenção.

Uma cédula!

Abaixou-se e colheu o achado.

Uma nota de cem cruzados, enrolada e manchada.

Contudo, para surpresa sua, era somente a metade da cédula, que apesar de nova, fora inexplicavelmente cortada.

Ainda mais irritado, amarfanhou o papel valioso e atirou-o à correnteza do rio, blasfemando.

Deu mais alguns passos à frente, seguindo pela mesma estrada, quando surpreendeu outro fragmento de papel no solo.

Inclinou-se de novo e apanhou-o.

Era a outra metade da cédula que, enervado e contrafeito, havia projectado nas águas.

O vento separara as duas partes;
ele, porém, não tivera a paciência de esperar alguns segundos, apenas.

Há sempre socorro às nossas necessidades.

No entanto, até para receber o auxílio da Divina Bondade ninguém prescinde de calma e da paciência.

Extraído do livro “Bem Aventurados os Simples”, Ed. FEB, psicografia de Waldo Vieira, pg. 23 e 24 - O Imortal

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Os cuidados de Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 11, 2011 9:38 pm

A mãe dava as primeiras lições de fé e entendimento a respeito de Deus para a filha, que lhe acompanhava, atentamente, o raciocínio.

Buscando o linguarejar infantil, escolhendo as palavras para que lhe fossem compreensíveis, falava a mãe com cuidado e gentileza a respeito de Deus, Criador do Universo. O Pai de todos nós.

Ao ouvir a mãe lhe explicando que Deus é nosso Pai, a menina arregalou os olhos, surpresa.

Buscando ter certeza de que havia compreendido, perguntou:
Pai de todo mundo? Pai de cada um de nós?
É isso mesmo. - Respondeu a mãe, contente pelo aprendizado que se fazia.

Então, conclui a criança, deixando a mãe sem resposta, diante da sagacidade da pequena:
Ora mãe, se ele é Pai de cada um de nós, como é que Ele cuida de todo mundo?

A profundidade da reflexão infantil muitas vezes não encontra resposta em nossa mente, quando não nos habituamos a reflectir um pouco a respeito das coisas de Deus.

Quantas vezes nos queixamos, a respeito da vida, dos dissabores, das desilusões e desafios, tão pesados para nossos ombros?

Nessas horas nos deixamos levar pelo pensamento pessimista de quem se imagina sozinho no mundo, como se ninguém cuidasse de nós, como se ninguém se importasse connosco.

Esquecemos que aprendemos a chamar Deus de Pai.
Esquecemos de que não é o pai figurativo e imaginário, mas sim Aquele que cuida e Se preocupa com cada um de Seus filhos.

Jesus, procurando nos explicar as coisas de Deus, nos leva a raciocinar de forma simples, ao dizer que nem os maus, quando um filho lhes pede pão, são capazes de lhe dar uma serpente e assim, tanto mais se poderá esperar do Pai que está nos Céus.

Com esse raciocínio nos fortalece a fé, nos aconselhando a deixar a cada dia as suas necessidades, não nos preocupando com aquilo que não está ao nosso alcance, pois Deus provê a todas as nossas necessidades.

E, quantas vezes os cuidados de Deus nos chegam através de um amigo, de um conselho certo nas horas da intemperança?

Em outros momentos, são os cuidados de Deus que nos chegam através de um encontro aparentemente fortuito ou de um telefonema inesperado, que nos faz mudar de rumo, nos demove de um propósito infeliz ou renova nossa paisagem íntima.

Mesmo que, muitas das vezes, os desígnios de Deus passem despercebidos por nós e lhes demos o nome de acaso, sorte ou coincidência, sempre estará a Providência Divina a cuidar dos Seus filhos.

Os cuidados de Deus com cada um de nós são tão preciosos que, antes de nascermos, Ele nos designa um Espírito amigo que irá velar por nossa caminhada, nos proteger, ser nosso anjo da guarda.

Irá nos cuidar em nome dEle.
Só mesmo um Pai seria capaz de tantos cuidados e desvelos para com um filho.

E, mesmo que nos apresentemos ora rebeldes ou ainda ingratos para com tanto cuidado, Ele será sempre o Pai amoroso a aguardar nosso amadurecimento a fim de que consigamos entender o quanto Ele nos ama.

Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A história de Dª. Péssima e Dª Óptima

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 11, 2011 9:39 pm

Sónia Mara Rodrigues Centorno

Eis os acontecimentos de um dia, na vida de duas senhoras.
Uma delas é um amor de pessoa, tranquila, gosta do que faz e sente-se feliz.

Já a outra, é o mal humor em pessoa.
Resmunguenta, reclama de tudo, briga com todo mundo e nunca está contente.

Ambas levam uma vida simples e com muita dificuldade financeira.
Vou chamá-las carinhosamente de Dona Péssima e Dona Óptima.

Num determinado dia, ambas levantaram cedo e, após darem o café a seus familiares, saíram para comprar algumas coisinhas que necessitavam.
D. Péssima pegou o ónibus e logo esbracejou, por não haver lugar para sentar-se.

Afinal estava cansada.
Irritou-se com o congestionamento e ficou resmungando o tempo todo:
"Será que essas pessoas não têm o que fazer?

Dizia ainda que estava perdendo muito de seu precioso tempo por causa delas.
E continuou lá, em pé, xingando e reclamando da vida.
De como sua vida era difícil!

D. Óptima também pegou o ónibus lotado e, por causa do congestionamento, aproveitou o tempo para fazer uma análise de sua vida.
Sentia-se muito bem.
Saudável, com óptimos filhos e com esperança de um futuro melhor.

Pôs-se a olhar para as outras pessoas e ficou se perguntando:
"Quantas delas são felizes como eu?
Por trás daquelas aparências, quantos problemas estarão escondidos?"


D. Péssima continuou sua dura viagem e chegando ao local das compras, havia muita gente, o que a fez ficar meio perdida.

Entrou numa loja para adquirir certa mercadoria e, porque há havia acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em outros lugares, ficando mais cansada, mais irritada e, por fim, acabou levando outra mercadoria, que não era de seu agrado.

Achou tudo muito caro e lamentou a sorte de Ter tão pouco dinheiro.
D. Óptima, entrando na loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião do vendedor, que lhe ofereceu uma mercadoria parecida e até de menor valor.
Resolveu levá-la e logo havia terminado as compras, satisfeita com o que tinha feito e até economizado.

À noite, no jantar, diante daquela refeição simples de todos os dias, os filhos de D. Péssima perguntaram-lhe como tinha sido seu dia.
Ela então pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas, os pés, a cabeça, e que tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda por cima, só tinha aquela miséria para o jantar.

COMO SOU INFELIZ!, exclamou.

Já D. Óptima disse aos filhos que teve um dia maravilhoso.
Aproveitou para muitas coisas, fez boas compras e ainda teve tempo para reflectir sobre sua vida.
Agradeceu a Deus pela família maravilhosa, pelos bons sentimentos que todos tinham e pelo jantar que saboreavam juntos.

COMO SOU FELIZ!, exclamou.

Dificuldades e problemas, todos temos bastante.
Façamos deles uma experiência para o nosso progresso.
O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa própria vida.

BOLETIM INFORMATIVO CESME JULHO/DEZEMBRO 1997

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A Compaixão

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 11, 2011 9:40 pm

Era uma vez um velho muito velho, quase cego e surdo, com os joelhos tremendo.

Quando se sentava à mesa para comer, mal conseguia segurar a colher.

Derramava a sopa na toalha e, quando afinal, acertava a boca, deixava sempre cair um bocado pelos cantos.

O filho e a nora dele achavam que era uma porcaria e ficavam com nojo.

Finalmente, acabaram fazendo o velho se sentar num canto atrás do fogão.

Levavam comida para ele numa tigela de barro e o que era pior nem lhe davam o bastante.

O velho olhava para a mesa com os olhos compridos, muitas vezes cheios de lágrimas.

Um dia, suas mãos tremeram tanto que ele deixou a tigela cair no chão e ela se quebrou.

A mulher ralhou com ele, que não disse nada, só suspirou.

Depois ela comprou uma gamela de madeira bem baratinha e era ali que ele tinha de comer.

Um dia, quando estavam todos sentados na cozinha, o neto do velho, que era um menino de quatro anos, estava brincando com uns pedaços de pau.

O que é que você está fazendo? - perguntou o pai.

Estou fazendo um cocho, para papai e mamãe poderem comer quando eu crescer. - O menino respondeu.

O marido e a mulher se olharam durante algum tempo e caíram no choro.
Depois disso, trouxeram o avô de volta para a mesa.

Desde então passaram a comer todos juntos e, mesmo quando o velho derramava alguma coisa, ninguém dizia nada.

A Compaixão é uma das Virtudes do Ser Humano.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A CASA QUEIMADA

Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 11, 2011 9:40 pm

Um certo homem saiu em uma viagem de avião.
Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria.
Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água.
Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte.
Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas.

Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele.

Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas.
Porém significava protecção.
Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes.

Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.

Porém, ao voltar-se na direcção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada.

Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
"Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo?
O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha.
Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
"Vamos rapaz?"

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
"Vamos rapaz, nós viemos te buscar" "

Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?"
"Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro."


§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Resposta do amor

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:21 pm

Contam-nos os Evangelhos que, após a morte de Jesus, havia um ambiente de desânimo e expectativa entre os Apóstolos, na espera do cumprimento de Sua promessa de retorno, para comprovar a Imortalidade da alma e continuidade da vida.

Depois da crucificação infame e injusta, a dor da perda se misturava ao aturdimento da situação prevista pelo próprio Jesus, porém, indesejada por todos os Seus.

Alguns poucos estavam reunidos por Ele e em nome d'Ele.
Apenas os onze mais próximos, Sua mãe, alguns amigos íntimos.

A atmosfera de profunda tristeza e melancolia que se fazia, desde o sepultamento, foi rompida bruscamente pela figura que adentrava à sala de maneira brusca e intensa.

Vinha com a notícia que todos esperavam:
o Messias havia retornado dos umbrais da morte.
Ela mesma houvera tido um rápido colóquio com Ele.

Suficiente, no entanto, para reconhecê-lO e enternecer-se novamente com a suavidade do Seu verbo.

Ao verem Maria de Magdala adentrar na casa com a notícia surpreendente, quase todos pensaram:
Porque o Mestre escolhera aparecer para ela?

O seu passado de vendedora de ilusões, de meretriz, na cidade de Magdala, fazia-os reflectirem:
Porque o Mestre aparecera a ela para dar a notícia?

A pergunta pairava no ar e parecia não haver uma resposta lógica.
Contudo, se eles consultassem a memória, poderiam lembrar da própria fala de Jesus.

Poderiam se dar conta de que aquela mulher, buscando um novo entendimento e comportamento perante a vida, após seu encontro com Jesus, rompera com tudo e todos do seu passado.

Começara uma nova vida.
Após o diálogo com Jesus, foi capaz de se desfazer da casa rica em que morava, distribuir seus bens e segui-lO.
Também poderiam recordar de como ela demonstrara seu amor ao Mestre, lavando-Lhe os pés com suas lágrimas e secando-os com seus cabelos.

E Jesus, percebendo-lhe a alma vibrar de maneira diferente, oferece uma das mais profundas lições, dizendo-lhe:
- Vai, mulher. E não tornes a pecar.
Muito te foi perdoado porque muito amaste.


A frase nos reporta a profundos significados do amor.
Diz-nos da capacidade do amor em sublimar todas as nossas dificuldades e erros.

Jesus nos ensina que nenhum dos nossos delitos é imperdoável.
Não há atitude nossa que não possa ser refeita ou comportamento que não possa ser reestruturado.

E o caminho é um só: o amor.
Ensina-nos Jesus que não devemos nos afogar em processos de auto-punição, acreditando que não haja perdão para a falta que tenhamos cometido.
Ensina-nos que não devemos nos martirizar pelo erro cometido porque sempre a vida nos oferece a oportunidade de amar.

E o amor cobre a multidão dos delitos, permitindo ser reestruturada nossa intimidade.
Jamais imaginemos que nosso erro seja tão grave ou nossa ação tão absurda que não possibilite acertos.

É claro que teremos que arcar com as consequências de nossas acções, porém, será sempre a nossa disponibilidade de aprender a amar que nos dará os caminhos para a felicidade e nos abrirá as portas dos céus.

A lição era tão importante que foi justamente a quem tanto se propôs a amar que Jesus escolheu para ser a emissária da Boa Nova do Seu retorno:
a certeza de que Ele estaria sempre connosco.

Momento Espírita.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A GRANDE ESPERANÇA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:23 pm

“Não há gemido sem história”
(Amália Domingo Soler)

Venerável anciã, tronco de uma das mais ilustres famílias do Ceará, na Casa de Saúde São Raimundo, no quarto número 5, encontrava-se em estado de coma.

Sua filha, a médica dra. Lucy Holanda, ao colocar o estetoscópio para auscultar o coração de sua progenitora, profundamente surpresa, ouviu vozes e músicas transcendentais.

Sobrepondo a sua mentalidade científica à natural emoção, testou o instrumento em outro paciente que se encontrava no quarto vizinho.

Apenas escutou os batimentos cardíacos.
Passou o estetoscópio à enfermeira que atendia sua mãe e pediu-lhe, que, por sua vez, o experimentasse.

Estarrecida, a auxiliar, com toda a nitidez, ouviu uma voz dizer:
“Agradeço-lhe, minha filha, tudo que fez por mim. Não chore. Vou feliz...”

No quarto encontravam-se muitos familiares e amigos de dona Mariinha.

Cinco freiras, entre essas as Irmãs tita e Gabriela, certificaram-se do fenómeno, colocando aos ouvidos o estetoscópio medianímico.

Também perceberam os sons supranormais dona Maria Augusta Holanda, a esposa do Sr. Edgar Sá, dona Fernanda Fontes e uma criança.

Uma das religiosas, por intermédio do estetoscópio, pode ouvir a voz da moribunda chamar, pelos nomes, um seu filho e uma sua filha que lá se encontravam.

O professor Ari Leite, cerca das 19 horas, foi convidado, pelo telefone, para vir testemunhar o insólito episódio.

Nosso prezado irmão Ari nos declarou que, sem nenhuma possibilidade de engano, pelo estetoscópio, eventualmente servindo como canal transmissor mediúnico, escutou um melodioso canto coral que ora se aproximava, ora se afastava, entrosando-se às débeis batidas do coração da agonizante.

Ah, essas fantásticas e obstinadas ocorrências!

Como pulverizam todas as labirínticas teorias materialistas e como atestam a força, a glória e a magnificência do Poder Espiritual que anuncia, por todos os meios e modos, aos homens, o alvorecer da Nova Era.

Coronel Ednardo Wyene

“O POVO”, 26 de agosto de 1972

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty A SERPENTE E O SANTO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 12, 2011 10:24 pm

Lenda Hindu

"Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo.

Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto.
Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo.

A serpente o atacou, desrespeitosa.
Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada.
Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente.
Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes.

Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela.
Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas.

A infeliz recolheu-se à toca, desalentada.
Vivia aflita, medrosa, desanimada.
Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la.

Espantou-se, observando tamanha ruína.
A serpente contou-lhe, então, a história amargurada.

Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na.

O sábio pensou, pensou e respondeu após ouvi-la:
- Mas, minha irmã, houve engano de tua parte.

Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus.

Não ataque as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor.

Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso a distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos."


Do livro "OS MENSAGEIROS", cap.20 - André Luiz/Chico Xavier

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 126629
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Momentos Espíritas - Página 26 Empty Re: Momentos Espíritas

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 26 de 41 Anterior  1 ... 14 ... 25, 26, 27 ... 33 ... 41  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos