ARTIGOS DIVERSOS II
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O espírita na sociedade
Qual o papel do espírita na sociedade?
Aparentemente esta resposta é simples, mas, na prática afigura-se como análise incómoda para muitos e, até fruto de ideias muito diversas. Quem diria…
Quem é o espírita?
É o adepto da doutrina espírita (ou espiritismo), que é uma filosofia de vida, um conjunto de ideias, com bases experimentais e com consequências morais.
Nada tem a ver com religiões, seitas, bruxarias, magias, crendices, etc.
Estudando a obra literária de Allan Kardec, vemos em “O Livro dos Espíritos”, na “Lei de Sociedade”, que vivemos na Terra, todos em conjunto, todos diferentes, com capacidades díspares, para que possamos evoluir, aprendendo uns com os outros e, treinando assim a cooperação fraterna entre todos, a caminho de um mundo melhor.
Existem espíritas que, acomodados dentro das 4 paredes do seu centro espírita, pouco ou quase nada fazem fora do mesmo.
Outros, pensam mesmo que o seu trabalho é de ajuda, oração, serviço ao próximo, mas, ali dentro do centro espírita, fora do bulício diário e das dificuldades sociais, numa espécie de retrocesso aos conventos de outrora.
Existem espíritas que pensam devermos ter um papel mais activo na sociedade, mas não nas áreas mais difíceis, mais polémicas.
Essas, devemos deixar para os demais e, remetermo-nos à oração, deixar tudo nas mãos de Deus, que decerto resolverá os problemas sociais.
Ora, o espiritismo, como doutrina (conjunto de ideias) filosófica de consequências morais, que revela as leis que regem o intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo, tem grande responsabilidade social.
Já imaginaram se, fruto da boa vontade de uns, da capacidade de comunicar de outros, do esforço de muitos, se conseguisse passar a ideia da imortalidade (baseada em factos), da reencarnação (baseada em factos) e, da Lei de Causa e Efeito (baseada em factos) à Humanidade?
E se esta os assimilasse?
Como o mundo mudaria rapidamente, no que concerne à parte moral…
Muitos espíritas empenham-se (e bem) em campanhas contra o aborto, a eutanásia, contra a pena de morte.
No entanto, ficam amorfos perante a corrupção social e política, ficam quietos perante situações sociais fracturantes, com receio, quiçá, de perderem adeptos ou para darem uma imagem de gente boazinha e caridosa, disfarçando assim a sua preguiça e pró-actividade social.
Este é o grande equívoco dos espíritas.
Kardec refere, e bem, que o mal se insinua, pela ausência dos bons.
O espírita, como ser social deve empenhar-se em todas as áreas da vida, sem limite de qualquer espécie, levando a todos os departamentos da sociedade a luz da doutrina espírita.
Perigosamente, vemos espíritas válidos, a demitirem-se das suas obrigações sociais, devido a uma abordagem doutrinária igrejeira, mística, amorfa, pseudo-espiritualizada, que nada tem a ver com a visão de Kardec.
Quem não desejaria que os governantes fossem espíritas honestos, os banqueiros também o fossem, o sistema financeiro, os empresários das multinacionais e por aí fora?
Certamente ficaríamos todos felizes.
No entanto, ficamos pachorrentamente, em casa ou no centro espírita, lendo, meditando, orando, e esperando que Deus faça aquilo que compete aos homens fazer:
transformar a sociedade, transformando-se interiormente em primeiro lugar.
Freitas Nobre, no Brasil foi político reconhecido.
Bezerra de Menezes foi deputado (teve de fazer campanha eleitoral) e isso não o impediu de desempenhar o seu cargo com honradez.
Gandhi foi um revolucionário político, talvez o maior, depois de Jesus de Nazaré.
Talvez fosse útil reler os livros de José Herculano Pires (filósofo e escritor brasileiro, espírita), que foi, na opinião do médium Francisco Cândido Xavier, o metro que melhor mediu Kardec.
Para muitos espíritas, as actividades sociais são previamente seleccionadas, por uma espécie de novo “Vaticano”, que vai disseminando “directrizes”, em contra-ciclo com as exigências sociais, bem como os deveres naturais de qualquer cidadão e, mais ainda, de qualquer espírita.
Veja o que gosta de fazer, qual a sua tendência, e embrenhe-se bem na sociedade, levando à mesma a honestidade, autenticidade, tolerância e fraternidade que, são apanágio da filosofia e moral espíritas.
Como nos recorda o Evangelho, a fé sem obras de nada vale…
§.§.§- Ave sem Ninho
Aparentemente esta resposta é simples, mas, na prática afigura-se como análise incómoda para muitos e, até fruto de ideias muito diversas. Quem diria…
Quem é o espírita?
É o adepto da doutrina espírita (ou espiritismo), que é uma filosofia de vida, um conjunto de ideias, com bases experimentais e com consequências morais.
Nada tem a ver com religiões, seitas, bruxarias, magias, crendices, etc.
Estudando a obra literária de Allan Kardec, vemos em “O Livro dos Espíritos”, na “Lei de Sociedade”, que vivemos na Terra, todos em conjunto, todos diferentes, com capacidades díspares, para que possamos evoluir, aprendendo uns com os outros e, treinando assim a cooperação fraterna entre todos, a caminho de um mundo melhor.
Existem espíritas que, acomodados dentro das 4 paredes do seu centro espírita, pouco ou quase nada fazem fora do mesmo.
Outros, pensam mesmo que o seu trabalho é de ajuda, oração, serviço ao próximo, mas, ali dentro do centro espírita, fora do bulício diário e das dificuldades sociais, numa espécie de retrocesso aos conventos de outrora.
Existem espíritas que pensam devermos ter um papel mais activo na sociedade, mas não nas áreas mais difíceis, mais polémicas.
Essas, devemos deixar para os demais e, remetermo-nos à oração, deixar tudo nas mãos de Deus, que decerto resolverá os problemas sociais.
Ora, o espiritismo, como doutrina (conjunto de ideias) filosófica de consequências morais, que revela as leis que regem o intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo, tem grande responsabilidade social.
Já imaginaram se, fruto da boa vontade de uns, da capacidade de comunicar de outros, do esforço de muitos, se conseguisse passar a ideia da imortalidade (baseada em factos), da reencarnação (baseada em factos) e, da Lei de Causa e Efeito (baseada em factos) à Humanidade?
E se esta os assimilasse?
Como o mundo mudaria rapidamente, no que concerne à parte moral…
Muitos espíritas empenham-se (e bem) em campanhas contra o aborto, a eutanásia, contra a pena de morte.
No entanto, ficam amorfos perante a corrupção social e política, ficam quietos perante situações sociais fracturantes, com receio, quiçá, de perderem adeptos ou para darem uma imagem de gente boazinha e caridosa, disfarçando assim a sua preguiça e pró-actividade social.
Este é o grande equívoco dos espíritas.
Kardec refere, e bem, que o mal se insinua, pela ausência dos bons.
O espírita, como ser social deve empenhar-se em todas as áreas da vida, sem limite de qualquer espécie, levando a todos os departamentos da sociedade a luz da doutrina espírita.
Perigosamente, vemos espíritas válidos, a demitirem-se das suas obrigações sociais, devido a uma abordagem doutrinária igrejeira, mística, amorfa, pseudo-espiritualizada, que nada tem a ver com a visão de Kardec.
Quem não desejaria que os governantes fossem espíritas honestos, os banqueiros também o fossem, o sistema financeiro, os empresários das multinacionais e por aí fora?
Certamente ficaríamos todos felizes.
No entanto, ficamos pachorrentamente, em casa ou no centro espírita, lendo, meditando, orando, e esperando que Deus faça aquilo que compete aos homens fazer:
transformar a sociedade, transformando-se interiormente em primeiro lugar.
Freitas Nobre, no Brasil foi político reconhecido.
Bezerra de Menezes foi deputado (teve de fazer campanha eleitoral) e isso não o impediu de desempenhar o seu cargo com honradez.
Gandhi foi um revolucionário político, talvez o maior, depois de Jesus de Nazaré.
Talvez fosse útil reler os livros de José Herculano Pires (filósofo e escritor brasileiro, espírita), que foi, na opinião do médium Francisco Cândido Xavier, o metro que melhor mediu Kardec.
Para muitos espíritas, as actividades sociais são previamente seleccionadas, por uma espécie de novo “Vaticano”, que vai disseminando “directrizes”, em contra-ciclo com as exigências sociais, bem como os deveres naturais de qualquer cidadão e, mais ainda, de qualquer espírita.
Veja o que gosta de fazer, qual a sua tendência, e embrenhe-se bem na sociedade, levando à mesma a honestidade, autenticidade, tolerância e fraternidade que, são apanágio da filosofia e moral espíritas.
Como nos recorda o Evangelho, a fé sem obras de nada vale…
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FALANDO DE OBSESSÃO (29)
Mediunidade em crianças, o que fazer?
Parte I
A criança merece um estudo à parte nesse tema que vamos desenvolver, uma vez que o reencarnante tem necessidade de acompanhamento constante dos pais, por se tratar de um espírito milenar.
A família, como um todo, precisa estabelecer um ambiente tranquilo para que todos possam viver em harmonia com as leis divinas.
Não são raros os casos em que pais trazem seus filhos, ainda em idade infantil, à Casa Espírita, relatando sintomas como visão e comunicação com espíritos.
Obviamente, um caso é diferente do outro, sendo necessária uma melhor observação para que se possa verificar o que está realmente acontecendo com aquela criança.
É comum, e do conhecimento de todos, que as crianças têm amiguinhos espirituais e passam longas horas falando e brincando com eles.
Os pais sempre perguntam o que fazer quando a mediunidade se manifesta em crianças.
O Livro dos Médiuns, obra que todos os espíritas deveriam conhecer com mais profundidade, nos traz informações preciosas sobre esse assunto.
Nele, temos a orientação clara dos Espíritos Superiores a Allan Kardec, que diz que não se deve desenvolver a mediunidade em crianças, devido à fragilidade de seu organismo e à sua excessiva susceptibilidade, como a imaginação muito fértil.
As crianças não possuem, ainda, bases sólidas do raciocínio para lidar com as manifestações mediúnicas, por isso não devem ser estimuladas a desenvolver essa faculdade.
Os pais devem esclarecer rapidamente e, superficialmente, evangelizar pois não podemos descartar a possibilidade de estarem sendo vítimas de uma obsessão.
Não podemos nos esquecer de que a idade cronológica da criança não é a mesma idade do espírito, que traz muitas memórias pretéritas.
É sabido que as crianças não vêm com manuais de instrução, elaborados com explicações minuciosas de como funcionam e de como seus pais devem agir.
Os filhos não nascem prontos.
Também não trazem certificado de garantia que possa ser apresentado em caso de algum defeito de fabricação.
A primeira coisa que temos que aprender com relação às crianças é de que elas não herdam características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto, simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada indivíduo é único em sua estrutura psicológica, com sua personalidade, preferências e inclinações.
Diríamos que somente as características físicas são genéticas: os olhos, os cabelos, a cor da pele, a predisposição a certas enfermidades, enfim coisas dessa ordem.
Estamos falando apenas do aspecto material, imaginem os leitores sob o ponto de vista espiritual:
quantas nuances não devem ser consideradas para essa avaliação.
Convém lembrarmos de que não somos um corpo físico passando por uma experiência espiritual, mas um espírito passando por uma experiência no corpo físico.
Assim, esses pequeninos, espíritos já embalados no corpo físico e gerados por nós, já têm um passado e uma história, eles já existiam e cada um tem sua própria biografia pessoal, trazendo vivências e experiências, aportando aqui em nosso planeta para reviver novas oportunidades.
Uns trazem saldos positivos, outros negativos, outros com muitos débitos pesados a ressarcir e, dentro desse contexto, muitos pais, por não entenderem a lei do retorno, ou causa e efeito, consideram essa criança como uma coitada, que já sofre desde pequena.
Ledo engano.
Se esses pais tivessem um mínimo conhecimento das leis divinas e de que somos caminhantes no tempo, entenderiam, com maior facilidade, que todos somos devedores dessas leis, não importando a fase cronológica em que nos encontremos.
As crianças são espíritos milenares como qualquer outro ser.
É necessário muita cautela no trabalho de “auxilio fraterno”, quando os pais vêm falar sobre os problemas de seus filhos.
A criança pode estar passando por problemas obsessivos, o que merece toda atenção, para que possa ser tratada com muito cuidado, ainda maior em relação àquele dispensado a um adulto.
É muito simples de explicar como é esse “cuidado“ a que nos referimos.
A infância é muito propícia à assimilação dos princípios educativos até os sete anos.
Nessa fase, o Espírito se encontra em fase de adaptação para a nova existência, tanto no lar quanto na companhia daqueles com quem terá que conviver, não havendo, ainda, integração adequada e perfeita para essa nova existência.
Outro factor a ser considerado é a integração à nova matéria orgânica, com as recordações do plano espiritual que são, por si só, mais nítidas.
Será necessário renovar o carácter, os caminhos a serem estabelecidos e consolidar princípios de responsabilidades, além da possibilidade, também, do novo reencarnante nascer num lar onde antigas desavenças tenham que ser acertadas para a harmonia perfeita de todos que viverão sob o mesmo tecto.
Desnecessário, porém importante frisar, que o equilíbrio dos pais, para formar esse convívio harmonioso, é extremamente necessário perante as Lei Divinas.
Paz a seu espírito.
(Continua na próxima Edição)
§.§.§- Ave sem Ninho
Parte I
A criança merece um estudo à parte nesse tema que vamos desenvolver, uma vez que o reencarnante tem necessidade de acompanhamento constante dos pais, por se tratar de um espírito milenar.
A família, como um todo, precisa estabelecer um ambiente tranquilo para que todos possam viver em harmonia com as leis divinas.
Não são raros os casos em que pais trazem seus filhos, ainda em idade infantil, à Casa Espírita, relatando sintomas como visão e comunicação com espíritos.
Obviamente, um caso é diferente do outro, sendo necessária uma melhor observação para que se possa verificar o que está realmente acontecendo com aquela criança.
É comum, e do conhecimento de todos, que as crianças têm amiguinhos espirituais e passam longas horas falando e brincando com eles.
Os pais sempre perguntam o que fazer quando a mediunidade se manifesta em crianças.
O Livro dos Médiuns, obra que todos os espíritas deveriam conhecer com mais profundidade, nos traz informações preciosas sobre esse assunto.
Nele, temos a orientação clara dos Espíritos Superiores a Allan Kardec, que diz que não se deve desenvolver a mediunidade em crianças, devido à fragilidade de seu organismo e à sua excessiva susceptibilidade, como a imaginação muito fértil.
As crianças não possuem, ainda, bases sólidas do raciocínio para lidar com as manifestações mediúnicas, por isso não devem ser estimuladas a desenvolver essa faculdade.
Os pais devem esclarecer rapidamente e, superficialmente, evangelizar pois não podemos descartar a possibilidade de estarem sendo vítimas de uma obsessão.
Não podemos nos esquecer de que a idade cronológica da criança não é a mesma idade do espírito, que traz muitas memórias pretéritas.
É sabido que as crianças não vêm com manuais de instrução, elaborados com explicações minuciosas de como funcionam e de como seus pais devem agir.
Os filhos não nascem prontos.
Também não trazem certificado de garantia que possa ser apresentado em caso de algum defeito de fabricação.
A primeira coisa que temos que aprender com relação às crianças é de que elas não herdam características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto, simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada indivíduo é único em sua estrutura psicológica, com sua personalidade, preferências e inclinações.
Diríamos que somente as características físicas são genéticas: os olhos, os cabelos, a cor da pele, a predisposição a certas enfermidades, enfim coisas dessa ordem.
Estamos falando apenas do aspecto material, imaginem os leitores sob o ponto de vista espiritual:
quantas nuances não devem ser consideradas para essa avaliação.
Convém lembrarmos de que não somos um corpo físico passando por uma experiência espiritual, mas um espírito passando por uma experiência no corpo físico.
Assim, esses pequeninos, espíritos já embalados no corpo físico e gerados por nós, já têm um passado e uma história, eles já existiam e cada um tem sua própria biografia pessoal, trazendo vivências e experiências, aportando aqui em nosso planeta para reviver novas oportunidades.
Uns trazem saldos positivos, outros negativos, outros com muitos débitos pesados a ressarcir e, dentro desse contexto, muitos pais, por não entenderem a lei do retorno, ou causa e efeito, consideram essa criança como uma coitada, que já sofre desde pequena.
Ledo engano.
Se esses pais tivessem um mínimo conhecimento das leis divinas e de que somos caminhantes no tempo, entenderiam, com maior facilidade, que todos somos devedores dessas leis, não importando a fase cronológica em que nos encontremos.
As crianças são espíritos milenares como qualquer outro ser.
É necessário muita cautela no trabalho de “auxilio fraterno”, quando os pais vêm falar sobre os problemas de seus filhos.
A criança pode estar passando por problemas obsessivos, o que merece toda atenção, para que possa ser tratada com muito cuidado, ainda maior em relação àquele dispensado a um adulto.
É muito simples de explicar como é esse “cuidado“ a que nos referimos.
A infância é muito propícia à assimilação dos princípios educativos até os sete anos.
Nessa fase, o Espírito se encontra em fase de adaptação para a nova existência, tanto no lar quanto na companhia daqueles com quem terá que conviver, não havendo, ainda, integração adequada e perfeita para essa nova existência.
Outro factor a ser considerado é a integração à nova matéria orgânica, com as recordações do plano espiritual que são, por si só, mais nítidas.
Será necessário renovar o carácter, os caminhos a serem estabelecidos e consolidar princípios de responsabilidades, além da possibilidade, também, do novo reencarnante nascer num lar onde antigas desavenças tenham que ser acertadas para a harmonia perfeita de todos que viverão sob o mesmo tecto.
Desnecessário, porém importante frisar, que o equilíbrio dos pais, para formar esse convívio harmonioso, é extremamente necessário perante as Lei Divinas.
Paz a seu espírito.
(Continua na próxima Edição)
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Em defesa dos animais
por Rogério Coelho
O homem tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização
“Qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa.”
- O Livro dos Espíritos – questão nº. 724.
Existiu nos Estados Unidos da América do Norte, mais especificamente no Estado de Utah, um agrupamento de jovens radicais-vegetarianos, conhecidos pela alcunha de “Straight Edge”, que durante alguns anos aterrorizaram a capital do Estado.
Tinham um grupo de “rock heavy metal”, tatuagens espalhadas pelo corpo, pregavam a abstinência sexual antes do casamento, diziam-se contra as drogas e abstinham-se de bebidas alcoólicas; na verdade, eram nada mais nada menos que uma modalidade de terroristas:
terroristas-urbanos-vegetarianos-radicais, vez que atacavam pessoas, explodiam e incendiavam estabelecimentos comerciais que vendiam carne de animais.
Ao ser preso, declarou o líder desses jovens equivocados que nenhum deles tem dramas na consciência por agredir seres humanos, porque o direito dos bois e das vacas vem em primeiro lugar.
Existe sempre uma incoerência muito grande em todo tipo de fanatismo e o desses jovens consiste em defender a vida dos animais destruindo o meio de vida dos seres humanos.
Mas o contra-senso não fica só por aí, vez que todos usam botas, roupas e adereços feitos de couro de animais.
Já que a filosofia deles é proteger os animais, por coerência deveriam utilizar somente material sintético nos seus usos e costumes.
Allan Kardec obtém, dos Espíritos[1] Superiores, informações detalhadas sobre a alimentação animal, onde eles afirmam:
“(...) não é racional a abstenção de certos alimentos prescrita a diversos povos, porque permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que não lhe prejudique a saúde.
A alimentação animal, além de não ser contrária à Natureza, dada a nossa constituição física, a carne alimentando a carne evita que o homem pereça.
A Lei de Conservação prescreve ao homem, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde para cumprir a Lei de Trabalho.
Portanto, ele tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.
Abster-se de alimentação animal só é meritório se se pratica essa privação em benefício de outrem.
Aos olhos de Deus, porém, só há mortificação, havendo privação séria e útil.
Por isso é que qualificamos de hipócritas os que aparentemente se privam de alguma coisa”.
Naturalmente, não fica nada difícil concluir que na filosofia de vida dos confusos “Straight Edge” só coexistem:
fanatismo, incoerência, completa ausência de senso lógico e altas dosagens de pura hipocrisia.
[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 8.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, questões722 a 724.
§.§.§- Ave sem Ninho
O homem tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização
“Qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa.”
- O Livro dos Espíritos – questão nº. 724.
Existiu nos Estados Unidos da América do Norte, mais especificamente no Estado de Utah, um agrupamento de jovens radicais-vegetarianos, conhecidos pela alcunha de “Straight Edge”, que durante alguns anos aterrorizaram a capital do Estado.
Tinham um grupo de “rock heavy metal”, tatuagens espalhadas pelo corpo, pregavam a abstinência sexual antes do casamento, diziam-se contra as drogas e abstinham-se de bebidas alcoólicas; na verdade, eram nada mais nada menos que uma modalidade de terroristas:
terroristas-urbanos-vegetarianos-radicais, vez que atacavam pessoas, explodiam e incendiavam estabelecimentos comerciais que vendiam carne de animais.
Ao ser preso, declarou o líder desses jovens equivocados que nenhum deles tem dramas na consciência por agredir seres humanos, porque o direito dos bois e das vacas vem em primeiro lugar.
Existe sempre uma incoerência muito grande em todo tipo de fanatismo e o desses jovens consiste em defender a vida dos animais destruindo o meio de vida dos seres humanos.
Mas o contra-senso não fica só por aí, vez que todos usam botas, roupas e adereços feitos de couro de animais.
Já que a filosofia deles é proteger os animais, por coerência deveriam utilizar somente material sintético nos seus usos e costumes.
Allan Kardec obtém, dos Espíritos[1] Superiores, informações detalhadas sobre a alimentação animal, onde eles afirmam:
“(...) não é racional a abstenção de certos alimentos prescrita a diversos povos, porque permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que não lhe prejudique a saúde.
A alimentação animal, além de não ser contrária à Natureza, dada a nossa constituição física, a carne alimentando a carne evita que o homem pereça.
A Lei de Conservação prescreve ao homem, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde para cumprir a Lei de Trabalho.
Portanto, ele tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.
Abster-se de alimentação animal só é meritório se se pratica essa privação em benefício de outrem.
Aos olhos de Deus, porém, só há mortificação, havendo privação séria e útil.
Por isso é que qualificamos de hipócritas os que aparentemente se privam de alguma coisa”.
Naturalmente, não fica nada difícil concluir que na filosofia de vida dos confusos “Straight Edge” só coexistem:
fanatismo, incoerência, completa ausência de senso lógico e altas dosagens de pura hipocrisia.
[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 8.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, questões722 a 724.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O mundo necessita de maior religiosidade
No especial “Efeito profilático & curativo do sentimento religioso”, um dos destaques desta edição, Rogério Coelho mostra a importância do sentimento religioso no mundo em que vivemos, referindo-se evidentemente à religiosidade e não propriamente ao formalismo e ao exclusivismo das religiões em geral, os quais acabam muitas vezes levando ao fanatismo e ao radicalismo, que tantos males produziram e continuam produzindo no planeta desde os sombrios dias da Inquisição católica.
O desrespeito e a intolerância para com os que professam um credo diferente, um direito que no Brasil é assegurado na Constituição da República, é algo injustificável e lamentável.
Quando, então, parte de um grupo religioso qualquer ou deriva para o radicalismo ou o atentado contra a vida, o facto revela sua face mais triste e tenebrosa.
O mais recente episódio de intolerância religiosa verificou-se no dia 24 de novembro, uma sexta-feira, quando um ataque com bomba e tiros a uma mesquita no Egipto deixou pelo menos 305 mortos - quase 30 crianças - e 100 feridos.
Esse era o número conhecido até o momento em que escrevíamos este texto.
Testemunhas disseram que o atentado ocorreu enquanto eram feitas as preces de sexta-feira no templo Al-Rawda, em Bil al-Abed, cidade na região do Sinai, no nordeste do país, localizada a 211km da capital, Cairo.
Segundo testemunhas, dezenas de homens chegaram ao local em veículos 4x4 e o bombardearam antes de abrir fogo contra os fiéis.
Eles ainda teriam incendiado veículos estacionados nos arredores para bloquear o acesso ao templo.
Na mesquita alvo do atentado costumam reunir-se seguidores do sufismo, uma corrente mística do Islão.
Como se sabe, alguns grupos jihadistas, inclusive do Estado Islâmico (EI), consideram hereges essas pessoas.
No final do ano passado, o chefe da polícia religiosa do EI, depois de o grupo extremista decapitar dois idosos que seriam clérigos da citada religião, prometeu que os sufistas que não se arrependessem seriam mortos.
Na mesma região, diversos atentados já ocorreram contra a população copta cristã do Egipto, que é a maior comunidade cristã do Oriente Médio.
Quando falamos de sentimento religioso, referimo-nos, evidentemente, ao sentimento de religiosidade, que tanto falta nos faz numa época em que os ideais do materialismo grassam por todo o mundo e no qual o desejo de ter – ter coisas, dinheiro, prestígio, poder – é a máxima aspiração de grande parte dos que habitam nosso orbe.
Desenvolver o sentimento de religiosidade seria, conforme Allan Kardec, um dos três principais efeitos do Espiritismo para os que o compreendem e nele vêem algo a mais do que somente fenómenos.
(Cf. O Livro dos Espíritos, Conclusão, parte VII.)
O segundo efeito é fortalecer – nas mesmas pessoas que entendem qual é a natureza e a finalidade do Espiritismo – a resignação nas vicissitudes da vida.
“O Espiritismo dá a ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham.
Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos”, disse Kardec.
O terceiro efeito é, por fim, estimular no homem a indulgência para com os defeitos alheios.
O verdadeiro espírita, em face disso, jamais poderá cultivar ou apoiar actos de radicalismo, de preconceito ou de intolerância, cujos frutos amargos deveremos ainda, infelizmente, colher em nosso planeta por um bom tempo, em face da condição de atraso geral que caracteriza a maioria dos habitantes da Terra.
§.§.§- Ave sem Ninho
O desrespeito e a intolerância para com os que professam um credo diferente, um direito que no Brasil é assegurado na Constituição da República, é algo injustificável e lamentável.
Quando, então, parte de um grupo religioso qualquer ou deriva para o radicalismo ou o atentado contra a vida, o facto revela sua face mais triste e tenebrosa.
O mais recente episódio de intolerância religiosa verificou-se no dia 24 de novembro, uma sexta-feira, quando um ataque com bomba e tiros a uma mesquita no Egipto deixou pelo menos 305 mortos - quase 30 crianças - e 100 feridos.
Esse era o número conhecido até o momento em que escrevíamos este texto.
Testemunhas disseram que o atentado ocorreu enquanto eram feitas as preces de sexta-feira no templo Al-Rawda, em Bil al-Abed, cidade na região do Sinai, no nordeste do país, localizada a 211km da capital, Cairo.
Segundo testemunhas, dezenas de homens chegaram ao local em veículos 4x4 e o bombardearam antes de abrir fogo contra os fiéis.
Eles ainda teriam incendiado veículos estacionados nos arredores para bloquear o acesso ao templo.
Na mesquita alvo do atentado costumam reunir-se seguidores do sufismo, uma corrente mística do Islão.
Como se sabe, alguns grupos jihadistas, inclusive do Estado Islâmico (EI), consideram hereges essas pessoas.
No final do ano passado, o chefe da polícia religiosa do EI, depois de o grupo extremista decapitar dois idosos que seriam clérigos da citada religião, prometeu que os sufistas que não se arrependessem seriam mortos.
Na mesma região, diversos atentados já ocorreram contra a população copta cristã do Egipto, que é a maior comunidade cristã do Oriente Médio.
Quando falamos de sentimento religioso, referimo-nos, evidentemente, ao sentimento de religiosidade, que tanto falta nos faz numa época em que os ideais do materialismo grassam por todo o mundo e no qual o desejo de ter – ter coisas, dinheiro, prestígio, poder – é a máxima aspiração de grande parte dos que habitam nosso orbe.
Desenvolver o sentimento de religiosidade seria, conforme Allan Kardec, um dos três principais efeitos do Espiritismo para os que o compreendem e nele vêem algo a mais do que somente fenómenos.
(Cf. O Livro dos Espíritos, Conclusão, parte VII.)
O segundo efeito é fortalecer – nas mesmas pessoas que entendem qual é a natureza e a finalidade do Espiritismo – a resignação nas vicissitudes da vida.
“O Espiritismo dá a ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham.
Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos”, disse Kardec.
O terceiro efeito é, por fim, estimular no homem a indulgência para com os defeitos alheios.
O verdadeiro espírita, em face disso, jamais poderá cultivar ou apoiar actos de radicalismo, de preconceito ou de intolerância, cujos frutos amargos deveremos ainda, infelizmente, colher em nosso planeta por um bom tempo, em face da condição de atraso geral que caracteriza a maioria dos habitantes da Terra.
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Tranquilidade
Meditando sobre a grande e maior de todas as batalhas do ser, consigo mesmo, numa viagem secular, através de múltiplas reencarnações, num aprendizado continuado de virtudes, vencendo os defeitos, pensamos na paz.
Alcançar a paz é uma meta preciosa.
Ficar em serenidade, manter a tranquilidade.
Seria a calma um desejo profundo de todos nós.
Para alcançar a calma, preciso é se conhecer.
Para se conhecer, um bom mecanismo seria avaliar as próprias emoções nos acontecimentos da vida.
Como reagimos diante de factos que nos ocorrem?
A emoção se revela melhor que o raciocínio.
Há pessoas que nos dizem:
meu estômago gelou com o susto.
Eu nem tinha pensado no susto, o estômago já gelou.
Ou: meu coração disparou de medo... ou:
a raiva foi tanta que fiquei com falta de ar.
Ou: chorei de raiva.
Ou: minhas mãos gelaram de medo.
Ou: o nervosismo subiu minha pressão...
O Espírito é a usina que irradia a energia para o corpo.
O corpo sente o desequilíbrio da emoção, ao mesmo tempo em que, pacificado, sente a calma.
Como estamos?
Tranquilos ou desesperados, movidos pela ansiedade?
Necessário lidar com os sentimentos, conhecê-los para modificá-los.
Em se conhecendo, na observação dos defeitos, substituí-los pela virtude oposta, viver a virtude contrária.
Assim agia Eurípedes Barsanulfo, o grande professor de Sacramento, o apóstolo da caridade do Triângulo Mineiro.
Observava os alunos e os fazia experimentar as virtudes opostas às suas más qualidades.
Observar-se requer disposição.
Na vida contemporânea, as pessoas estão correndo de um lado para outro, de um emprego a outro, buscando bens materiais, a sobrevivência.
Chegam exaustas em casa, após um dia de trabalho, sem vontade de nada, apenas de descansar.
Uma grande parte chega em casa e em poucos minutos, já liga a televisão.
E os noticiários enchem sua mente.
Precisamos nos dar um tempo de pensar.
Bom será se todos os dias nos olharmos, lembrarmos do que fizemos durante o dia, o que pensamos, como agimos, de que modo nossa emoção nos revelou o que somos.
Quais foram as emoções que tivemos?
É preciso que nos vejamos, para conseguirmos melhorar.
Alcançar a paz requer esforço de auto-iluminação.
Conhecer a nós mesmos.
Lembrar Santo Agostinho, em “O Livro dos Espíritos”, na questão 919-a, rememorar os acontecimentos do dia, como agiu, de que modo fez?
Colocar-se no lugar do próximo.
Pensar como se sentiria se alguém agisse desse ou de tal modo connosco.
Perguntarmos a nós mesmos como ficaremos quando chegar o momento de nossa partida da Terra.
Estaremos em paz? Sairemos bem?
Ou daremos um grande trabalho aos nossos amigos desencarnados, na hora de nossa desencarnação?
É bom pensarmos nisso, estarmos preparados para a grande transição, da matéria da Terra, para a energia do Espírito.
Vivermos no mundo num aprendizado crescente, servos do mestre que desejamos ser, irmãos uns dos outros, filhos de Deus.
Alcançar a paz é uma meta preciosa.
Ficar em serenidade, manter a tranquilidade.
Seria a calma um desejo profundo de todos nós.
Para alcançar a calma, preciso é se conhecer.
Para se conhecer, um bom mecanismo seria avaliar as próprias emoções nos acontecimentos da vida.
Como reagimos diante de factos que nos ocorrem?
A emoção se revela melhor que o raciocínio.
Há pessoas que nos dizem:
meu estômago gelou com o susto.
Eu nem tinha pensado no susto, o estômago já gelou.
Ou: meu coração disparou de medo... ou:
a raiva foi tanta que fiquei com falta de ar.
Ou: chorei de raiva.
Ou: minhas mãos gelaram de medo.
Ou: o nervosismo subiu minha pressão...
O Espírito é a usina que irradia a energia para o corpo.
O corpo sente o desequilíbrio da emoção, ao mesmo tempo em que, pacificado, sente a calma.
Como estamos?
Tranquilos ou desesperados, movidos pela ansiedade?
Necessário lidar com os sentimentos, conhecê-los para modificá-los.
Em se conhecendo, na observação dos defeitos, substituí-los pela virtude oposta, viver a virtude contrária.
Assim agia Eurípedes Barsanulfo, o grande professor de Sacramento, o apóstolo da caridade do Triângulo Mineiro.
Observava os alunos e os fazia experimentar as virtudes opostas às suas más qualidades.
Observar-se requer disposição.
Na vida contemporânea, as pessoas estão correndo de um lado para outro, de um emprego a outro, buscando bens materiais, a sobrevivência.
Chegam exaustas em casa, após um dia de trabalho, sem vontade de nada, apenas de descansar.
Uma grande parte chega em casa e em poucos minutos, já liga a televisão.
E os noticiários enchem sua mente.
Precisamos nos dar um tempo de pensar.
Bom será se todos os dias nos olharmos, lembrarmos do que fizemos durante o dia, o que pensamos, como agimos, de que modo nossa emoção nos revelou o que somos.
Quais foram as emoções que tivemos?
É preciso que nos vejamos, para conseguirmos melhorar.
Alcançar a paz requer esforço de auto-iluminação.
Conhecer a nós mesmos.
Lembrar Santo Agostinho, em “O Livro dos Espíritos”, na questão 919-a, rememorar os acontecimentos do dia, como agiu, de que modo fez?
Colocar-se no lugar do próximo.
Pensar como se sentiria se alguém agisse desse ou de tal modo connosco.
Perguntarmos a nós mesmos como ficaremos quando chegar o momento de nossa partida da Terra.
Estaremos em paz? Sairemos bem?
Ou daremos um grande trabalho aos nossos amigos desencarnados, na hora de nossa desencarnação?
É bom pensarmos nisso, estarmos preparados para a grande transição, da matéria da Terra, para a energia do Espírito.
Vivermos no mundo num aprendizado crescente, servos do mestre que desejamos ser, irmãos uns dos outros, filhos de Deus.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Difícil a jornada, longo o caminho, estreita a porta, bem nos disse Jesus!
Como é exemplar a trajectória dos cristãos para o martírio!
Sabiam que iam morrer e cantavam!
A certeza da imortalidade os dominava.
A fé assentada sobre a rocha.
Precisamos fortalecer a fé, aumentar a rocha.
O que nos falta?
A lembrança de Estêvão, no livro “Paulo e Estêvão”, psicografado por Chico Xavier, de Emmanuel, nos reporta a essa sonhada paz.
Saulo observava o apedrejamento do mártir e se impressionou.
Aquela tranquilidade de Estêvão, no entanto, não deixava de o impressionar bem no imo do coração voluntarioso e inflexível.
Onde poderia ele haurir tal serenidade?
Sob as pedras que o alvejavam, aqueles olhos encaravam os algozes sem pestanejar, sem revelar temor nem turbação!
De facto, amarrado de joelhos ao tronco do suplício, o moço de Corinto guardava impressionante característica de paz nos olhos translúcidos, de onde as lágrimas silenciosas corriam abundantes.
O mártir do Caminho sentia-se amparado por forças poderosas e intangíveis...
Dedicados amigos do plano espiritual rodeavam o mártir nos seus minutos supremos...
Seus olhos pareciam mergulhar em quadros gloriosos de outra vida...
Percebeu que contemplava o próprio Mestre em toda a resplendência de suas glórias divinas.
Como será a nossa vez?
Estêvão morreu sob zombarias e pedradas.
Estava em paz.
Edificara sua paz com atitudes de amor em toda a sua vida.
Estava em paz.
Como estaremos?
É bom pensarmos nisso.
Edifiquemos nossa paz.
Mantenhamo-nos tranquilos, com a consciência serena.
Que Jesus seja a nossa divina inspiração, nosso desejo, nossa força.
Que o conhecimento espírita seja a rocha.
Que um dia possamos voltar para a nossa verdadeira morada, a espiritual, em paz.
§.§.§- Ave sem Ninho
Como é exemplar a trajectória dos cristãos para o martírio!
Sabiam que iam morrer e cantavam!
A certeza da imortalidade os dominava.
A fé assentada sobre a rocha.
Precisamos fortalecer a fé, aumentar a rocha.
O que nos falta?
A lembrança de Estêvão, no livro “Paulo e Estêvão”, psicografado por Chico Xavier, de Emmanuel, nos reporta a essa sonhada paz.
Saulo observava o apedrejamento do mártir e se impressionou.
Aquela tranquilidade de Estêvão, no entanto, não deixava de o impressionar bem no imo do coração voluntarioso e inflexível.
Onde poderia ele haurir tal serenidade?
Sob as pedras que o alvejavam, aqueles olhos encaravam os algozes sem pestanejar, sem revelar temor nem turbação!
De facto, amarrado de joelhos ao tronco do suplício, o moço de Corinto guardava impressionante característica de paz nos olhos translúcidos, de onde as lágrimas silenciosas corriam abundantes.
O mártir do Caminho sentia-se amparado por forças poderosas e intangíveis...
Dedicados amigos do plano espiritual rodeavam o mártir nos seus minutos supremos...
Seus olhos pareciam mergulhar em quadros gloriosos de outra vida...
Percebeu que contemplava o próprio Mestre em toda a resplendência de suas glórias divinas.
Como será a nossa vez?
Estêvão morreu sob zombarias e pedradas.
Estava em paz.
Edificara sua paz com atitudes de amor em toda a sua vida.
Estava em paz.
Como estaremos?
É bom pensarmos nisso.
Edifiquemos nossa paz.
Mantenhamo-nos tranquilos, com a consciência serena.
Que Jesus seja a nossa divina inspiração, nosso desejo, nossa força.
Que o conhecimento espírita seja a rocha.
Que um dia possamos voltar para a nossa verdadeira morada, a espiritual, em paz.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Cidadão Decisor
Partindo, com muita humildade, da condição, ainda assim privilegiada, de cada um, como um ser limitado, precário, condicionado e insuficiente, o homem tem conseguido, ao longo da sua história, desde o processo de hominização à pessoa humana, que nesta fase pretende ser, avanços extraordinários, inigualáveis para quaisquer outros seres do mundo, que homem e natureza têm disputado, com prejuízo para esta, devido às invenções e intervenções, por vezes irresponsáveis, daquele.
E se as agressões humanas à natureza são graves, algumas irreversíveis, mais complexas e de efeitos devastadores são os conflitos inter-pessoais e inter-grupos, muitos deles com consequências irreparáveis:
morte física de vidas humanas; mutilações insusceptíveis de quaisquer intervenções repositoras e reparadoras; destruição de bens essenciais à vida, pela deterioração do ambiente e dos ecossistemas; desmantelamento de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, ao progresso e bem-estar dos povos.
O homem com todo o seu poderio intelectual, criativo e técnico, consegue ser mais destruidor do que os grandes predadores selvagens.
Como, quando e com que se conseguirá terminar com este flagelo, em que biliões de pessoas humanas, inocentes, inofensivas e indefesas estão confrontadas, permanentemente, em plena era das grandes realizações, nas alegadas “Novas Ordens Internacionais…”, na tão apadrinhada globalização?
Descobrir, aplicar e validar a fórmula “mágica” para pacificar a sociedade humana são tarefas que, decididamente, não se vislumbram com facilidade, e até se pode questionar se alguma vez isso será possível, pelo menos sem a vontade e determinação de todos os indivíduos.
Em todo o caso, está sempre nas mãos do ser humano reverter situações negativas para uma nova esperança de vida.
Parece haver todo um longo e relativamente difícil caminho a percorrer, cujo início terá de se estabelecer na base de uma formação inicial, bem cedo na vida, continuando com uma actualização persistente ao longo da existência humana, nos domínios da Cidadania, nesta se incluindo todos os valores que caracterizam a sociedade verdadeira e superiormente humana.
Lançar as bases para uma “Nova Ordem Internacional Cívica”, elegendo a Cidadania como um imperativo universal, no que ela contém de deveres, direitos, valores e princípios, ou, e se se preferir, uma Ética comprometida com a sociedade, uma ética exercida com competência por todos os cidadãos, independentemente do seu estatuto.
Num mundo complexo, habitado por seres igualmente complexos, com interesses, estratégias, metodologias, culturas e valores diferentes, de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo e de povo para povo, o normal será a existência de conflitualidade, de problemas, de situações difíceis e até mesmo aberrantes que, por si sós, poderão não constituir nenhuma tragédia, se quem tiver a responsabilidade e vontade para as resolver, revelar capacidades diversas e dispuser dos recursos para solucionar as diferentes anomalias que surgem na sociedade.
Na verdade: «Grande parte da resolução de problemas implica compreender um determinado conjunto de circunstâncias num determinado contexto.
Frequentemente a capacidade para encarar o problema e resolvê-lo satisfatoriamente requer um desvio no processo mental, que permita ver o problema de um ângulo diferente»
(WILSON, 1993:59).
O Decisor deverá ser competente, para além de múltiplas e inter-disciplinares faculdades que tem de usar, na perspectiva da aplicação correcta dos conhecimentos, técnicas e recursos, com o objectivo de obter o resultado pretendido, materializado na resolução do problema, não ignorando que no papel de Decisor está, também, o estatuto de cidadão, com deveres e direitos, sendo certo que:
«O Estado existe para servir os cidadãos» (…), mas também é verdade que: «importa, igualmente, que os cidadãos disponham de um cabal conhecimento dos seus direitos…»
(PRESIDÊNCIA CONSELHO MINISTROS, 1989:5).
Bibliografia:
WILSON, G. & LODGE, D. (1993). Resolução de Problemas e Tomada de Decisão: Inovação, Trabalho de Equipe, Técnicas Eficazes. Trad. Isabel Campos. Lisboa: Clássica.
PRESIDÊNCIA CONSELHO MINISTROS, (1989). Guia do Cidadão. Lisboa: Direcção Geral da Comunicação Social.
§.§.§- Ave sem Ninho
E se as agressões humanas à natureza são graves, algumas irreversíveis, mais complexas e de efeitos devastadores são os conflitos inter-pessoais e inter-grupos, muitos deles com consequências irreparáveis:
morte física de vidas humanas; mutilações insusceptíveis de quaisquer intervenções repositoras e reparadoras; destruição de bens essenciais à vida, pela deterioração do ambiente e dos ecossistemas; desmantelamento de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, ao progresso e bem-estar dos povos.
O homem com todo o seu poderio intelectual, criativo e técnico, consegue ser mais destruidor do que os grandes predadores selvagens.
Como, quando e com que se conseguirá terminar com este flagelo, em que biliões de pessoas humanas, inocentes, inofensivas e indefesas estão confrontadas, permanentemente, em plena era das grandes realizações, nas alegadas “Novas Ordens Internacionais…”, na tão apadrinhada globalização?
Descobrir, aplicar e validar a fórmula “mágica” para pacificar a sociedade humana são tarefas que, decididamente, não se vislumbram com facilidade, e até se pode questionar se alguma vez isso será possível, pelo menos sem a vontade e determinação de todos os indivíduos.
Em todo o caso, está sempre nas mãos do ser humano reverter situações negativas para uma nova esperança de vida.
Parece haver todo um longo e relativamente difícil caminho a percorrer, cujo início terá de se estabelecer na base de uma formação inicial, bem cedo na vida, continuando com uma actualização persistente ao longo da existência humana, nos domínios da Cidadania, nesta se incluindo todos os valores que caracterizam a sociedade verdadeira e superiormente humana.
Lançar as bases para uma “Nova Ordem Internacional Cívica”, elegendo a Cidadania como um imperativo universal, no que ela contém de deveres, direitos, valores e princípios, ou, e se se preferir, uma Ética comprometida com a sociedade, uma ética exercida com competência por todos os cidadãos, independentemente do seu estatuto.
Num mundo complexo, habitado por seres igualmente complexos, com interesses, estratégias, metodologias, culturas e valores diferentes, de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo e de povo para povo, o normal será a existência de conflitualidade, de problemas, de situações difíceis e até mesmo aberrantes que, por si sós, poderão não constituir nenhuma tragédia, se quem tiver a responsabilidade e vontade para as resolver, revelar capacidades diversas e dispuser dos recursos para solucionar as diferentes anomalias que surgem na sociedade.
Na verdade: «Grande parte da resolução de problemas implica compreender um determinado conjunto de circunstâncias num determinado contexto.
Frequentemente a capacidade para encarar o problema e resolvê-lo satisfatoriamente requer um desvio no processo mental, que permita ver o problema de um ângulo diferente»
(WILSON, 1993:59).
O Decisor deverá ser competente, para além de múltiplas e inter-disciplinares faculdades que tem de usar, na perspectiva da aplicação correcta dos conhecimentos, técnicas e recursos, com o objectivo de obter o resultado pretendido, materializado na resolução do problema, não ignorando que no papel de Decisor está, também, o estatuto de cidadão, com deveres e direitos, sendo certo que:
«O Estado existe para servir os cidadãos» (…), mas também é verdade que: «importa, igualmente, que os cidadãos disponham de um cabal conhecimento dos seus direitos…»
(PRESIDÊNCIA CONSELHO MINISTROS, 1989:5).
Bibliografia:
WILSON, G. & LODGE, D. (1993). Resolução de Problemas e Tomada de Decisão: Inovação, Trabalho de Equipe, Técnicas Eficazes. Trad. Isabel Campos. Lisboa: Clássica.
PRESIDÊNCIA CONSELHO MINISTROS, (1989). Guia do Cidadão. Lisboa: Direcção Geral da Comunicação Social.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Família, oficina de reparação
por Temi Mary Faccio Simionato
Da montanha de luz, a alma contempla o vale escuro que lhe compete trabalhar na aquisição de valores imperecíveis para voos mais altos.
Sob o prisma adequado à nossa justa ascensão, apreciaremos aspectos da luta, onde iremos trabalhar um rico e profundo material para a conquista dos princípios mais elevados, através de sofrimentos e conflitos naturais, que são as experiências as quais partilharemos na vida do lar.
Nele, encontraremos a escola que edificará nossas almas e o amor que agirá com o sentimento nobre, convocando-nos à compreensão e à generosidade diante de todos que caminham connosco.
Neste santuário em que a bondade de Deus nos situa, recebemos o nosso primeiro mandato de serviço cristão, onde encontraremos o adversário de ontem convertido em parente próximo.
Podemos entender, então, que a família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual vencem aqueles que se revestem de paciência e renúncia, aprendendo o respeito, a ternura de amar sem exigir reciprocidade, erguidos em estrutura sólida do exemplo de desvelo, da compaixão, do amor, da cooperação, e da bondade.
Assim, nos habilitaremos a servir com vitória as grandes experiências.
Os laços de família vão mais além do que a herança genética.
Para a Doutrina Espírita, a família é oficina de reparação onde esses laços serão fortalecidos nas diversas oportunidades reencarnatórias, através da função educativa e regenerativa da vivência sadia, pautada nos princípios morais e da justiça.
Para isso, é preciso respeitarmos o lar como local sagrado, onde viveremos com nossos familiares, não permitindo que se transforme em lugar de vibrações negativas e posturas inadequadas.
No mundo actual, assistimos às disputas, sofrimentos e aversões familiares, quando nos deixamos levar pela ambição, ciúmes e egoísmo dentro do próprio recinto doméstico.
Porém, seja qual for o tipo de família em que cada um de nós esteja situado, cumpre-nos o dever do amor filial e fraternal, mantendo a gentileza e a educação no trato com todos que vivem connosco, amenizando as lutas que enfrentaremos lá fora, onde não existem o respeito e o aconchego do lar, cumprindo assim, as tarefas que ficaram na escuridão dos equívocos passados.
Desta forma, a família bem estruturada em bases cristãs terá melhores chances de minimizar os conflitos e desajustes do grupo, do qual fazem parte.
Asseveram os Espíritos superiores, na questão 775 de O Livro dos Espíritos, que a família é o alicerce da sociedade e nela se assenta a base da harmonia dos povos.
Toda problemática de existências anteriores ressurge convidando-nos à abnegação e ao perdão aos que criam dificuldades no grupo familiar.
Santo Agostinho, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 14, item 9, aclara:
“acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os e depois, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar outros”.
No mesmo capítulo, Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, esclarece:
“De todas as provas, as mais duras são as que afectam o coração.
Aquele que suporta com coragem a miséria e as provações materiais sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus”.
Com esse comentário, ainda neste mesmo capítulo, Santo Agostinho analisa as dores sentidas pelos que sofrem no lar a desarmonia, as incompreensões e a ingratidão, mencionando que “somente encontrarão a coragem moral os que conseguirem entender as causas dos conflitos que dilaceram as almas mais sensíveis”.
Precisamos entender que é necessário fazer, a cada dia, um capítulo de serviço e bondade no livro de nossas relações ante a vida e os nossos semelhantes, permitindo que a alegria, a esperança, o optimismo e a fé nos iluminem a estrada, mesmo quando estivermos induzidos a libertar nossas aflições em forma de lágrimas.
Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e sintonia que conseguiremos tecer por intermédio do amor bem vivido, mas, também, as algemas do constrangimento e da aversão, nas quais recolheremos de volta as banalidades inquietantes que nós mesmos plasmamos de lembranças passadas, e que necessitamos desfazer à custa de trabalho, sacrifício e humildade; recursos com que faremos nova produção de reflexos espirituais passíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior conturbada e infeliz.
Segundo a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis:
“O mandamento maior preconizado por Jesus recomenda que o amor deve ser incessante e inevitável, coroando-se de perdão pelas ofensas recebidas.
No grupo familiar, esse amor deve ser mais expressivo conduzindo o perdão a um tão elevado grau que quaisquer ressentimentos de ocorrências infelizes se façam ultrapassadas pela compreensão das dificuldades emocionais em que os progenitores viviam em razão da sua imaturidade moral, e mesmo de sutis causas que remanesciam de existências anteriores, gerando antipatia e mal-estar, que não raro se fazem recíprocos....
Amar, sempre é o impositivo existencial”, conforme encontramos no livro Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, capítulo Amor Filial.
Deste modo, vamos absorvendo, através do exercício deste amor, para sermos conduzidos ao equilíbrio e à verdadeira felicidade.
Compreendendo, assim, à luz da Doutrina Espírita, que o nosso lar é o primeiro estágio no aprendizado sublime; é a vida de relação proporcionando-nos meios de enfrentar as lutas e responsabilidades com o que enriqueceremos nossos Espíritos nos momentos de testemunho, e na busca crescente do conhecimento e da paz que tanto almejamos.
Bibliografia:
XAVIER, C. Francisco – Pronto-Socorro – ditado pelo Espírito Emmanuel – 1ª edição – Brasília/DF/ Editora FEB - 2015 – Capítulo 21.
XAVIER, C. Francisco – Família – ditado por Espíritos diversos – 1ª edição – Brasília/DF/Editora FEB – 2016 – páginas 11, 16, 24, 73, 79.
FRANCO, P. Divaldo – Amor imbatível Amor – ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis - 1ª edição – Salvador / BA/ Editora Leal – capítulo 61.
§.§.§- Ave sem Ninho
Da montanha de luz, a alma contempla o vale escuro que lhe compete trabalhar na aquisição de valores imperecíveis para voos mais altos.
Sob o prisma adequado à nossa justa ascensão, apreciaremos aspectos da luta, onde iremos trabalhar um rico e profundo material para a conquista dos princípios mais elevados, através de sofrimentos e conflitos naturais, que são as experiências as quais partilharemos na vida do lar.
Nele, encontraremos a escola que edificará nossas almas e o amor que agirá com o sentimento nobre, convocando-nos à compreensão e à generosidade diante de todos que caminham connosco.
Neste santuário em que a bondade de Deus nos situa, recebemos o nosso primeiro mandato de serviço cristão, onde encontraremos o adversário de ontem convertido em parente próximo.
Podemos entender, então, que a família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual vencem aqueles que se revestem de paciência e renúncia, aprendendo o respeito, a ternura de amar sem exigir reciprocidade, erguidos em estrutura sólida do exemplo de desvelo, da compaixão, do amor, da cooperação, e da bondade.
Assim, nos habilitaremos a servir com vitória as grandes experiências.
Os laços de família vão mais além do que a herança genética.
Para a Doutrina Espírita, a família é oficina de reparação onde esses laços serão fortalecidos nas diversas oportunidades reencarnatórias, através da função educativa e regenerativa da vivência sadia, pautada nos princípios morais e da justiça.
Para isso, é preciso respeitarmos o lar como local sagrado, onde viveremos com nossos familiares, não permitindo que se transforme em lugar de vibrações negativas e posturas inadequadas.
No mundo actual, assistimos às disputas, sofrimentos e aversões familiares, quando nos deixamos levar pela ambição, ciúmes e egoísmo dentro do próprio recinto doméstico.
Porém, seja qual for o tipo de família em que cada um de nós esteja situado, cumpre-nos o dever do amor filial e fraternal, mantendo a gentileza e a educação no trato com todos que vivem connosco, amenizando as lutas que enfrentaremos lá fora, onde não existem o respeito e o aconchego do lar, cumprindo assim, as tarefas que ficaram na escuridão dos equívocos passados.
Desta forma, a família bem estruturada em bases cristãs terá melhores chances de minimizar os conflitos e desajustes do grupo, do qual fazem parte.
Asseveram os Espíritos superiores, na questão 775 de O Livro dos Espíritos, que a família é o alicerce da sociedade e nela se assenta a base da harmonia dos povos.
Toda problemática de existências anteriores ressurge convidando-nos à abnegação e ao perdão aos que criam dificuldades no grupo familiar.
Santo Agostinho, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 14, item 9, aclara:
“acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os e depois, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar outros”.
No mesmo capítulo, Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, esclarece:
“De todas as provas, as mais duras são as que afectam o coração.
Aquele que suporta com coragem a miséria e as provações materiais sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus”.
Com esse comentário, ainda neste mesmo capítulo, Santo Agostinho analisa as dores sentidas pelos que sofrem no lar a desarmonia, as incompreensões e a ingratidão, mencionando que “somente encontrarão a coragem moral os que conseguirem entender as causas dos conflitos que dilaceram as almas mais sensíveis”.
Precisamos entender que é necessário fazer, a cada dia, um capítulo de serviço e bondade no livro de nossas relações ante a vida e os nossos semelhantes, permitindo que a alegria, a esperança, o optimismo e a fé nos iluminem a estrada, mesmo quando estivermos induzidos a libertar nossas aflições em forma de lágrimas.
Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e sintonia que conseguiremos tecer por intermédio do amor bem vivido, mas, também, as algemas do constrangimento e da aversão, nas quais recolheremos de volta as banalidades inquietantes que nós mesmos plasmamos de lembranças passadas, e que necessitamos desfazer à custa de trabalho, sacrifício e humildade; recursos com que faremos nova produção de reflexos espirituais passíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior conturbada e infeliz.
Segundo a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis:
“O mandamento maior preconizado por Jesus recomenda que o amor deve ser incessante e inevitável, coroando-se de perdão pelas ofensas recebidas.
No grupo familiar, esse amor deve ser mais expressivo conduzindo o perdão a um tão elevado grau que quaisquer ressentimentos de ocorrências infelizes se façam ultrapassadas pela compreensão das dificuldades emocionais em que os progenitores viviam em razão da sua imaturidade moral, e mesmo de sutis causas que remanesciam de existências anteriores, gerando antipatia e mal-estar, que não raro se fazem recíprocos....
Amar, sempre é o impositivo existencial”, conforme encontramos no livro Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, capítulo Amor Filial.
Deste modo, vamos absorvendo, através do exercício deste amor, para sermos conduzidos ao equilíbrio e à verdadeira felicidade.
Compreendendo, assim, à luz da Doutrina Espírita, que o nosso lar é o primeiro estágio no aprendizado sublime; é a vida de relação proporcionando-nos meios de enfrentar as lutas e responsabilidades com o que enriqueceremos nossos Espíritos nos momentos de testemunho, e na busca crescente do conhecimento e da paz que tanto almejamos.
Bibliografia:
XAVIER, C. Francisco – Pronto-Socorro – ditado pelo Espírito Emmanuel – 1ª edição – Brasília/DF/ Editora FEB - 2015 – Capítulo 21.
XAVIER, C. Francisco – Família – ditado por Espíritos diversos – 1ª edição – Brasília/DF/Editora FEB – 2016 – páginas 11, 16, 24, 73, 79.
FRANCO, P. Divaldo – Amor imbatível Amor – ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis - 1ª edição – Salvador / BA/ Editora Leal – capítulo 61.
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Um sonho sonhado
Noite alta. Acordando assustado, o filho grita chamando pela mãe que corre para ajudá-lo.
Cheia de ternura ela o abraça e diz:
“calma, filhinho, foi só um sonho”.
A criança vencida pelo cansaço e no aconchego materno volta a dormir.
Episódio muito comum e que revela muito mais verdade do que normalmente se supõe.
Para nós espíritas, o que se passa?
Assunto que perturba muitos, que intriga outros tantos, mas para a maioria é deixado na prateleira dos assuntos sem importância.
Um dos princípios básicos do Espiritismo é a crença na alma e na sua imortalidade.
Não somos apenas um punhado de matéria perecível.
As manifestações humanas não são a resultante ocasional da reacção electromagnética das sinapses cerebrais, quer sejam a apreciação do que é belo, da arte, quer sejam as conclusões lógicas da ciência e da filosofia.
Assim cremos.
Dentre as muitas questões que decorrem da existência de um princípio inteligente que anima a matéria do corpo humano, uma em especial será o objecto destas reflexões:
o que acontece com a alma durante o sono do corpo.
Por óbvio, não se pretenderá ter o assunto esgotado.
Detenhamo-nos um pouco nisso.
Primeiramente é fundamental a distinção entre sono, sonhos e actividade da alma durante o período de adormecimento.
São coisas distintas.
Igualmente importante a diferença entre os termos alma e espírito.
Almas são os Espíritos encarnados.
Quando desencarnados os denominamos somente de Espíritos.
Agora vejamos o sono.
A chamada medicina do sono, ramo da ciência médica, tem contribuído sobremaneira para a saúde da humanidade, descobrindo e tratando inúmeros distúrbios do sono.
Por notório, o sono do corpo se dá para refazimento das energias e recuperação das forças para as lutas da vida em vigília; é o que diremos sobre o sono, pois sobre esse tema melhor dirão os cientistas da área.
Quanto aos sonhos e a actividade da alma durante o sono, Allan Kardec perscrutou o assunto no mundo espiritual e consignou o que apurou em O Livro dos Espíritos, na segunda parte, no capítulo da emancipação da alma, na questão 400 e seguintes. Concluiu que a alma não dorme, pois não necessita de descanso, e durante o sono mantém-se activa, expande-se.
A alma libertada parcialmente do corpo aplica-se naquilo que lhe apraz, ou naquilo que lhe permitem as Leis Divinas.
Relaciona-se com os Espíritos e/ou com outras almas.
Tais actividades estão sujeitas ao seu adiantamento moral, e poderão constituir-se de aflições e sofrimento ou alegrias e prazer.
Quanto aos sonhos, podemos dizer que não espelham a realidade.
Em alguns casos são lembranças ou recordações do que se passou com a alma durante seu parcial desprendimento, digo mesmo que são pálidas lembranças, obnubiladas pela mente que, quando desperta, tem uma percepção inexacta do que se passou durante o sono.
O hábito da prece, notadamente antes de nos recolhermos ao leito, pode sim, sob todos os aspectos, ser muito útil.
Pode preparar-nos para o desenlace definitivo do corpo, caso isso se dê durante o sono.
Pode, também, preparar a jornada que a alma empreenderá na sua parcial liberdade.
São apenas alguns benefícios da prece antes de nos deitarmos.
A realidade envolve a compreensão da vida em dois planos.
Nós espíritas aceitamos que não vivemos uma realidade única, e que corpo, mente e espírito interagem e que entre eles a virtude está no equilíbrio.
§.§.§- Ave sem Ninho
Cheia de ternura ela o abraça e diz:
“calma, filhinho, foi só um sonho”.
A criança vencida pelo cansaço e no aconchego materno volta a dormir.
Episódio muito comum e que revela muito mais verdade do que normalmente se supõe.
Para nós espíritas, o que se passa?
Assunto que perturba muitos, que intriga outros tantos, mas para a maioria é deixado na prateleira dos assuntos sem importância.
Um dos princípios básicos do Espiritismo é a crença na alma e na sua imortalidade.
Não somos apenas um punhado de matéria perecível.
As manifestações humanas não são a resultante ocasional da reacção electromagnética das sinapses cerebrais, quer sejam a apreciação do que é belo, da arte, quer sejam as conclusões lógicas da ciência e da filosofia.
Assim cremos.
Dentre as muitas questões que decorrem da existência de um princípio inteligente que anima a matéria do corpo humano, uma em especial será o objecto destas reflexões:
o que acontece com a alma durante o sono do corpo.
Por óbvio, não se pretenderá ter o assunto esgotado.
Detenhamo-nos um pouco nisso.
Primeiramente é fundamental a distinção entre sono, sonhos e actividade da alma durante o período de adormecimento.
São coisas distintas.
Igualmente importante a diferença entre os termos alma e espírito.
Almas são os Espíritos encarnados.
Quando desencarnados os denominamos somente de Espíritos.
Agora vejamos o sono.
A chamada medicina do sono, ramo da ciência médica, tem contribuído sobremaneira para a saúde da humanidade, descobrindo e tratando inúmeros distúrbios do sono.
Por notório, o sono do corpo se dá para refazimento das energias e recuperação das forças para as lutas da vida em vigília; é o que diremos sobre o sono, pois sobre esse tema melhor dirão os cientistas da área.
Quanto aos sonhos e a actividade da alma durante o sono, Allan Kardec perscrutou o assunto no mundo espiritual e consignou o que apurou em O Livro dos Espíritos, na segunda parte, no capítulo da emancipação da alma, na questão 400 e seguintes. Concluiu que a alma não dorme, pois não necessita de descanso, e durante o sono mantém-se activa, expande-se.
A alma libertada parcialmente do corpo aplica-se naquilo que lhe apraz, ou naquilo que lhe permitem as Leis Divinas.
Relaciona-se com os Espíritos e/ou com outras almas.
Tais actividades estão sujeitas ao seu adiantamento moral, e poderão constituir-se de aflições e sofrimento ou alegrias e prazer.
Quanto aos sonhos, podemos dizer que não espelham a realidade.
Em alguns casos são lembranças ou recordações do que se passou com a alma durante seu parcial desprendimento, digo mesmo que são pálidas lembranças, obnubiladas pela mente que, quando desperta, tem uma percepção inexacta do que se passou durante o sono.
O hábito da prece, notadamente antes de nos recolhermos ao leito, pode sim, sob todos os aspectos, ser muito útil.
Pode preparar-nos para o desenlace definitivo do corpo, caso isso se dê durante o sono.
Pode, também, preparar a jornada que a alma empreenderá na sua parcial liberdade.
São apenas alguns benefícios da prece antes de nos deitarmos.
A realidade envolve a compreensão da vida em dois planos.
Nós espíritas aceitamos que não vivemos uma realidade única, e que corpo, mente e espírito interagem e que entre eles a virtude está no equilíbrio.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Psicografia recebida
Há poucos dias fomos agraciados por mensagem psicografada em reunião mediúnica acontecida na cidade de Pelotas, ocasião em que se manifestou uma entidade espiritual que desencarnou violentamente, vitimada por crime de homicídio acontecido no município de Palmeira das Missões, cuja família da vítima reside em Três Passos.
Quem é seguidor da Doutrina Espírita compilada por Allan Kardec não se surpreende com tais comunicações, pois faz parte das actividades de qualquer Casa Espírita.
O importante é que tais mensagens servem de grande lenitivo para quem teve um ente querido separado do convívio familiar, principalmente por violência, pois na maioria das vezes acreditam que o Espírito que se foi continua em sofrimento.
Também nos perguntam, pessoas leigas ou descrentes, como saber se tais mensagens não são embustes.
Realmente devemos estar atentos ao charlatanismo e exploração das pessoas que no momento da separação estão fragilizadas, mas quem tem de dizer se o conteúdo é fiel são as próprias famílias que recebem as psicografias, pois normalmente, na dissertação, aparecem pistas como apelidos, manias, linguarares ou diálogos que só os envolvidos é que tinham conhecimento na época que o Espírito estava junto à família.
Interessante que na mensagem que esta semana foi visualizada por milhares de pessoas nas redes sociais, o Espírito que se comunica confirma a autoria do crime, já que afirma que sua mãe ficou frente a frente com o autor, o que ratifica o trabalho de investigação realizado pela polícia.
Esta não é a primeira vez que Espíritos que se envolveram em ocorrências com vítima fatal dão detalhes através da psicografia.
Uma das mais conhecidas foi a mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, narrada inclusive em filme, em que a vítima de morte acidental por disparo de arma de fogo isenta o autor do disparo, alegando ter sido acidente, resultando inclusive na absolvição do réu pela justiça.
É importante que estejamos ligados a uma Casa Espírita, quem sabe frequentando os estudos, para que no momento oportuno sejamos agraciados pelos Benfeitores Espirituais com uma mensagem, pois muitas vezes estas ficam arquivadas nas Casas, já que as pessoas não vão procurar.
Mas o principal disso tudo é que a misericórdia Divina se processa e constatamos que a morte é apenas uma passagem para outro plano. A vida continua.
Gratidão é a palavra nesse momento.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quem é seguidor da Doutrina Espírita compilada por Allan Kardec não se surpreende com tais comunicações, pois faz parte das actividades de qualquer Casa Espírita.
O importante é que tais mensagens servem de grande lenitivo para quem teve um ente querido separado do convívio familiar, principalmente por violência, pois na maioria das vezes acreditam que o Espírito que se foi continua em sofrimento.
Também nos perguntam, pessoas leigas ou descrentes, como saber se tais mensagens não são embustes.
Realmente devemos estar atentos ao charlatanismo e exploração das pessoas que no momento da separação estão fragilizadas, mas quem tem de dizer se o conteúdo é fiel são as próprias famílias que recebem as psicografias, pois normalmente, na dissertação, aparecem pistas como apelidos, manias, linguarares ou diálogos que só os envolvidos é que tinham conhecimento na época que o Espírito estava junto à família.
Interessante que na mensagem que esta semana foi visualizada por milhares de pessoas nas redes sociais, o Espírito que se comunica confirma a autoria do crime, já que afirma que sua mãe ficou frente a frente com o autor, o que ratifica o trabalho de investigação realizado pela polícia.
Esta não é a primeira vez que Espíritos que se envolveram em ocorrências com vítima fatal dão detalhes através da psicografia.
Uma das mais conhecidas foi a mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, narrada inclusive em filme, em que a vítima de morte acidental por disparo de arma de fogo isenta o autor do disparo, alegando ter sido acidente, resultando inclusive na absolvição do réu pela justiça.
É importante que estejamos ligados a uma Casa Espírita, quem sabe frequentando os estudos, para que no momento oportuno sejamos agraciados pelos Benfeitores Espirituais com uma mensagem, pois muitas vezes estas ficam arquivadas nas Casas, já que as pessoas não vão procurar.
Mas o principal disso tudo é que a misericórdia Divina se processa e constatamos que a morte é apenas uma passagem para outro plano. A vida continua.
Gratidão é a palavra nesse momento.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Ano Novo e as esperanças que se renovam
Para muitos, o Ano Novo é sinónimo de novas esperanças e momentos especiais de mudanças, sejam estas suaves ou radicais na vida daqueles que estão aguardando por um momento decisivo e marcante, como é o final do ano.
Nesse período, cujas boas vibrações se repetem todos os anos, são tomadas decisões dos mais variados valores, o que não deixa a data ficar menos interessante com essas expectativas.
Não obstante o empenho que se dedica nas primeiras semanas da nova contagem que se inicia, as dificuldades começam a surgir, quando não são as frustrações que brotam com seu perfil desolador.
A impaciência e o desânimo são factores negativos que surgem por nossa conta e risco envolvendo o sentimento anterior de alegria, erguendo barreiras nevoentas a fustigar a auto-estima e a tolerância.
Mas, ao pretender contornar esses obstáculos aparentemente naturais, esquecem-se esses pretendentes à implantação de factos novos e edificantes na rotina da existência que é necessário, como condição básica e fundamental, estar preparado para mudanças.
Esta é a primeira regra.
Aquela força inicial, explodindo de ânimo antes mesmo do momento de implantar a teoria, se desvanece rapidamente dando espaço à fragilidade, que aparece vigorosa em nossos caminhos.
É então nesse momento que nos lembramos, através da voz silenciosa da intuição, que não somos máquina, não somos números nem meros consumidores; somos gente, Espíritos em evolução na Terra, na busca incessante dos degraus que ainda estão acima de nós, mas que nos aguardam para direccionar-nos a posições edificantes na escala moral evolutiva, anseio da Humanidade, como condição de progresso.
Porém, embora vibre em cada alma a sabedoria individual adquirida ao longo do tempo e guardada no arquivo da consciência, a grande maioria desses festeiros se esquece de que Jesus, o nosso Mestre de todas as horas, embora lhe pertencendo a data como marco de sua chegada à Terra, nem sempre Ele tem recebido as honrarias integrais que a data terrena lhe consagra por ter vindo até nós e deixado orientações e rumos seguros para que a humanidade alcançasse a trajectória ao Alto.
E hoje, o que vemos é um conjunto de congratulações e reuniões que se perdem em palavras e abraços, presentes e sorrisos, promessas, e às vezes lágrimas.
Mas, se intimamente não houver harmonia com a vida, os almejados sonhos de mudanças, de alteração de vida, de renovação de propósitos e firmeza no cumprimento dos deveres na incessante busca da alegria e felicidade, enquanto aqui estivermos a caminho, não serão alcançados.
Para tanto, é preciso despojar-se da vaidade e do orgulho antes de qualquer outro procedimento.
Reconhecer-se criatura divina e, como tal, ligar-se com o Senhor da Vida e dos Mundos através dos ensinamentos deixados por quem esteve entre nós há dois mil anos.
Por isso, você que me lê agora, sejam quais forem as decisões amadurecidas em seus pensamentos, mas que pretende implantá-las no ano vindouro, faça-o, mas com base em nosso Modelo e Guia, o Divino Mestre Jesus, sem o que de nada adiantam as robustas colunas preparadas do meio para o alto, sem que o alicerce se inicie pelo Mensageiro Divino.
Sonhe, mas sonhe com os pés no chão.
Abra o seu coração e receba do Alto as bênçãos que merece.
Muita paz, saúde e prosperidade a você.
§.§.§- Ave sem Ninho
Nesse período, cujas boas vibrações se repetem todos os anos, são tomadas decisões dos mais variados valores, o que não deixa a data ficar menos interessante com essas expectativas.
Não obstante o empenho que se dedica nas primeiras semanas da nova contagem que se inicia, as dificuldades começam a surgir, quando não são as frustrações que brotam com seu perfil desolador.
A impaciência e o desânimo são factores negativos que surgem por nossa conta e risco envolvendo o sentimento anterior de alegria, erguendo barreiras nevoentas a fustigar a auto-estima e a tolerância.
Mas, ao pretender contornar esses obstáculos aparentemente naturais, esquecem-se esses pretendentes à implantação de factos novos e edificantes na rotina da existência que é necessário, como condição básica e fundamental, estar preparado para mudanças.
Esta é a primeira regra.
Aquela força inicial, explodindo de ânimo antes mesmo do momento de implantar a teoria, se desvanece rapidamente dando espaço à fragilidade, que aparece vigorosa em nossos caminhos.
É então nesse momento que nos lembramos, através da voz silenciosa da intuição, que não somos máquina, não somos números nem meros consumidores; somos gente, Espíritos em evolução na Terra, na busca incessante dos degraus que ainda estão acima de nós, mas que nos aguardam para direccionar-nos a posições edificantes na escala moral evolutiva, anseio da Humanidade, como condição de progresso.
Porém, embora vibre em cada alma a sabedoria individual adquirida ao longo do tempo e guardada no arquivo da consciência, a grande maioria desses festeiros se esquece de que Jesus, o nosso Mestre de todas as horas, embora lhe pertencendo a data como marco de sua chegada à Terra, nem sempre Ele tem recebido as honrarias integrais que a data terrena lhe consagra por ter vindo até nós e deixado orientações e rumos seguros para que a humanidade alcançasse a trajectória ao Alto.
E hoje, o que vemos é um conjunto de congratulações e reuniões que se perdem em palavras e abraços, presentes e sorrisos, promessas, e às vezes lágrimas.
Mas, se intimamente não houver harmonia com a vida, os almejados sonhos de mudanças, de alteração de vida, de renovação de propósitos e firmeza no cumprimento dos deveres na incessante busca da alegria e felicidade, enquanto aqui estivermos a caminho, não serão alcançados.
Para tanto, é preciso despojar-se da vaidade e do orgulho antes de qualquer outro procedimento.
Reconhecer-se criatura divina e, como tal, ligar-se com o Senhor da Vida e dos Mundos através dos ensinamentos deixados por quem esteve entre nós há dois mil anos.
Por isso, você que me lê agora, sejam quais forem as decisões amadurecidas em seus pensamentos, mas que pretende implantá-las no ano vindouro, faça-o, mas com base em nosso Modelo e Guia, o Divino Mestre Jesus, sem o que de nada adiantam as robustas colunas preparadas do meio para o alto, sem que o alicerce se inicie pelo Mensageiro Divino.
Sonhe, mas sonhe com os pés no chão.
Abra o seu coração e receba do Alto as bênçãos que merece.
Muita paz, saúde e prosperidade a você.
§.§.§- Ave sem Ninho
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PORQUE ENCARNADOS PARTICIPAM DE TRABALHOS MEDIÚNICOS?
Infelizmente, há pessoas que iniciam as actividades mediúnicas sem saber por quê.
Outros as frequentam durante algum tempo sem saber o que estão fazendo e permanecem desatentos ao que se passa ao seu redor.
Uma parte dos que comparecem se dirige à actividade por curiosidade, gosta e fica.
Outra parte, são as dores e os sofrimentos que a conduzem a buscar o socorro do Centro Espírita.
Não há, de modo geral, motivos únicos para que as pessoas busquem a reunião mediúnica.
Cada caso é um caso.
Por outro lado, nem todas as Instituições Espíritas estabelecem requisitos, procedimentos ou rotinas organizadas para o acesso ao grupo mediúnico, que requer, seguramente, um nível mínimo de conhecimentos específicos e preparo no assunto.
A situação fica sem solução quando o grupo não promove estudo da mediunidade sob a óptica espírita e, portanto, se dedica exclusivamente à prática mediúnica.
O mesmo acontece quando o estudo carece de planeamento adequado e de aprofundamento, sendo feito ao sabor da improvisação ou de orientações esparsas recebidas por um ou outro médium.
Irmão Jacob faz referência a aulas dadas por Leopoldo Cirne a Espíritos menos evoluídos.
“Era uma aula perfeita na qual o velho amigo preparava futuros companheiros para a contribuição espiritual de ordem elevada.”
A tónica fundamental dos esclarecimentos de Cirne era a fraternidade, que, mesmo depois da morte do corpo físico, segue sendo o caminho da salvação.
Um pouco mais adiante, no mesmo capítulo de Voltei, Jacob faz referência a “ajudantes intermediários, pertencentes aos cursos preparatórios de Espiritualidade superior”.
Se no mundo espiritual há cursos e aulas para preparar trabalhadores para tarefas diversas, não seria isso também conveniente para nós, os encarnados?
Os objectivos norteadores da participação dos encarnados em actividades mediúnicas estão relacionados com o servir ao próximo e com o aperfeiçoamento individual necessário para ampliar o potencial de serviço, com a educação moral proporcionada pelos exemplos que a actividade mediúnica revela.
Alexandre, uma vez mais, esclarece sobre o assunto, na continuação da citação de Missionários da luz.
[...] mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso de médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.
[...] Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.
Irmão Jacob regista um esclarecimento de Guillon Ribeiro (Espírito) que aponta nessa mesma direcção.
Segundo Guillon, ainda que os desencarnados endurecidos pudessem ser instruídos no plano espiritual, “os benefícios decorrentes da colaboração atingiriam particularmente os amigos encarnados, não somente lhes aumentando o conhecimento e a experiência, mas também lhes suprimindo lastimáveis impulsos para o mal.”
Ou seja, o intercâmbio mediúnico visa também à orientação dos encarnados pelos exemplos que oferece das consequências da ignorância e do mal.
Cabe à Instituição Espírita, portanto, promover condições para que as pessoas que se vinculem às actividades mediúnicas compreendam que aprender, educar-se e cooperar com fraternidade são os objectivos que devem nortear os esforços dos interessados em trabalhar com a mediunidade.
§.§.§- Ave sem Ninho
Outros as frequentam durante algum tempo sem saber o que estão fazendo e permanecem desatentos ao que se passa ao seu redor.
Uma parte dos que comparecem se dirige à actividade por curiosidade, gosta e fica.
Outra parte, são as dores e os sofrimentos que a conduzem a buscar o socorro do Centro Espírita.
Não há, de modo geral, motivos únicos para que as pessoas busquem a reunião mediúnica.
Cada caso é um caso.
Por outro lado, nem todas as Instituições Espíritas estabelecem requisitos, procedimentos ou rotinas organizadas para o acesso ao grupo mediúnico, que requer, seguramente, um nível mínimo de conhecimentos específicos e preparo no assunto.
A situação fica sem solução quando o grupo não promove estudo da mediunidade sob a óptica espírita e, portanto, se dedica exclusivamente à prática mediúnica.
O mesmo acontece quando o estudo carece de planeamento adequado e de aprofundamento, sendo feito ao sabor da improvisação ou de orientações esparsas recebidas por um ou outro médium.
Irmão Jacob faz referência a aulas dadas por Leopoldo Cirne a Espíritos menos evoluídos.
“Era uma aula perfeita na qual o velho amigo preparava futuros companheiros para a contribuição espiritual de ordem elevada.”
A tónica fundamental dos esclarecimentos de Cirne era a fraternidade, que, mesmo depois da morte do corpo físico, segue sendo o caminho da salvação.
Um pouco mais adiante, no mesmo capítulo de Voltei, Jacob faz referência a “ajudantes intermediários, pertencentes aos cursos preparatórios de Espiritualidade superior”.
Se no mundo espiritual há cursos e aulas para preparar trabalhadores para tarefas diversas, não seria isso também conveniente para nós, os encarnados?
Os objectivos norteadores da participação dos encarnados em actividades mediúnicas estão relacionados com o servir ao próximo e com o aperfeiçoamento individual necessário para ampliar o potencial de serviço, com a educação moral proporcionada pelos exemplos que a actividade mediúnica revela.
Alexandre, uma vez mais, esclarece sobre o assunto, na continuação da citação de Missionários da luz.
[...] mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso de médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.
[...] Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.
Irmão Jacob regista um esclarecimento de Guillon Ribeiro (Espírito) que aponta nessa mesma direcção.
Segundo Guillon, ainda que os desencarnados endurecidos pudessem ser instruídos no plano espiritual, “os benefícios decorrentes da colaboração atingiriam particularmente os amigos encarnados, não somente lhes aumentando o conhecimento e a experiência, mas também lhes suprimindo lastimáveis impulsos para o mal.”
Ou seja, o intercâmbio mediúnico visa também à orientação dos encarnados pelos exemplos que oferece das consequências da ignorância e do mal.
Cabe à Instituição Espírita, portanto, promover condições para que as pessoas que se vinculem às actividades mediúnicas compreendam que aprender, educar-se e cooperar com fraternidade são os objectivos que devem nortear os esforços dos interessados em trabalhar com a mediunidade.
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Jesus e a marcha do embuste doutrinário
Jorge Hessen
É comum localizamos em nossas hostes doutrinárias alguns confrades agindo semelhantes aos “crentes evangélicos” (da ala neopentecostal), talvez por “olho gordo”, exaltando inflamados o “nome” Jesus, a “imagem” do Crucificado, a “personalidade” do Messias, quase sempre sob argumentos desprovidos de coerência, comprovando desconhecimento dos códigos morais do Evangelho racionalmente explicados por Allan Kardec e os espíritos superiores.
Por causa do “cristianismo” arcaico, a figura de Jesus se caracteriza por debilitada representação simbólica e, como sabemos, todo símbolo que passa do tempo fica enferrujado, desgastado e perde a sua essência e sentido.
É óbvio que reverenciamos o excelso valor de Jesus e O defendemos enquanto Verdade Maior, porém, sem afastar um milímetro da lógica kardequiana.
Encontramos no M.E.B. (movimento espírita brasileiro) muitos “espíritas” de sacristia, como dizia Arnaldo Rocha, ou seja, espíritas “rezadores” (artificiais e dissimulados), que muito reza (tagarelando) e não se cuida da própria honra.
Conhecemos embustes de oradores que falam apaixonadamente sobre Jesus (chegam a chorar de emoção), que discursam sobre o valor da monogamia, na união familiar, todavia fazem andar a “fila” das esposas.
Há ilustres palestrantes “espíritas” que insistem nos temas repetitivos, sempre sob a lideranças dos agenciadores de seminários improdutivos.
Nessa inadvertência seguem algumas federativas (mal dirigidas) que insistentemente promovem congressos inócuos, pobres de conteúdos e onerosíssimos (não gratuitos) sempre destinados aos espíritas endinheirados.
Em tais eventos (congressos soberbos e inóxios) expõe-se temas evangélicos recorrentes, desgastados, abarrotados de trivialidades e lugares comuns, defendidos com afectação e tradicionalíssimas vozes veludíneas banhada de camuflada emoção veiculadas por intocáveis palestrantes sacralizados, santificados e “insubstituíveis” ante os apelos idolátricos da frenética e delirante caravana de “espiritólicos”.
Aliás, não obstante “carismáticos”, há oradores endeusados que fazem das palestras proferidas e a fama obtida nos escombros reivindicatórios da extravagante multidão de “espiritólicos”, uma execranda máquina de fazer dinheiro.
Sim! São os confrades vendilhões do Espiritismo.
Neste cenário ainda há espaço para identificarmos “espíritas oba-oba”, espalhafatosos, recheados de fraternidade de boteco, sorrisos maquinais, comportamentos que contrastam com a simplicidade cristã.
Isso tudo sem aprofundarmos nas práticas de directores de órgãos oficiais (federativas) que se esgrimam (mentalmente) pela caça do poder de direcção do M.E.B., totalmente distantes do exemplo edificante da humildade.
Tais líderes intransigentes traem a si, aos amigos, ao M.E.B. e ao Espiritismo.
Certificamos que o caminho do M.E.B. tem sido de duas vias: uma é ocupada pela chamada liderança oficial, dos espíritas autócratas, cheios de “não me toques”, repletos de salamaleques; a outra via é ocupada pelos espíritas “combativos” do bem, fieis a Kardec, lealdade essa que nada tem a ver com extremismo ou intolerância, mas compromisso com a verdade.
Os “combativos” fazem o trabalho de azorragar a “oficialidade”, de fustigar os eternos “donos” do M.E.B. para não os deixar comodamente em “berço esplêndido” sob os narcóticos da ilusão.
Os “combativos” de Kardec são, por isso, mal vistos e execrados permanentemente, tidos como desagregadores, mas são eles que agem com a coragem e virilidade necessária para evitar a perda total de uma doutrina tão cara à humanidade.
Quando se trata da moral, Jesus é o grande exemplo.
Quando se trata de conhecimento espírita, Kardec é a verdade.
Não pode haver mais espaço para o estereótipo de um Jesus decrépito, idolatrado, da tradição arcaica, pois o Espiritismo fez avançar no conhecimento de modo que sem o Espiritismo Jesus permanece no estado da incompreensão e da superficialidade do simbolismo sectário.
Portanto, jamais pode haver espaço para um Espiritismo segundo o Evangelho, pois o evangelho não pode explicar o Espiritismo; ao contrário, apenas o Espiritismo pode explicar o evangelho.
Como me ensinou um atilado espírita de vanguarda.
O futuro do Espiritismo está fixado nesse quadro contemporâneo, das lutas entre os que defendem os princípios kardequianos e os fracos, que mais se importam com os aplausos da plateia, com os resultados que agradam à audiência e os transformam famosos.
A luz intensa da verdade os incomoda, daí a preocupação em defenderem-se para não perder o comando.
Desfiguram o Espiritismo para se manterem na posse do “movimento espírita oficial”.
Cabe aos impávidos “combativos” do bem se contraporem a isso, mesmo sabendo que a luta é inglória sob o aspecto da capacidade de deter a marcha do embuste doutrinário.
Mas como Jesus foi desfigurado e ainda se mantém deformado enquanto amor sem igual, o Espiritismo prosseguirá em sua desfiguração contínua, mas ao mesmo tempo se manterá firme e forte enquanto conhecimento fundamental para o despertamento da consciência humana.
§.§.§- Ave sem Ninho
É comum localizamos em nossas hostes doutrinárias alguns confrades agindo semelhantes aos “crentes evangélicos” (da ala neopentecostal), talvez por “olho gordo”, exaltando inflamados o “nome” Jesus, a “imagem” do Crucificado, a “personalidade” do Messias, quase sempre sob argumentos desprovidos de coerência, comprovando desconhecimento dos códigos morais do Evangelho racionalmente explicados por Allan Kardec e os espíritos superiores.
Por causa do “cristianismo” arcaico, a figura de Jesus se caracteriza por debilitada representação simbólica e, como sabemos, todo símbolo que passa do tempo fica enferrujado, desgastado e perde a sua essência e sentido.
É óbvio que reverenciamos o excelso valor de Jesus e O defendemos enquanto Verdade Maior, porém, sem afastar um milímetro da lógica kardequiana.
Encontramos no M.E.B. (movimento espírita brasileiro) muitos “espíritas” de sacristia, como dizia Arnaldo Rocha, ou seja, espíritas “rezadores” (artificiais e dissimulados), que muito reza (tagarelando) e não se cuida da própria honra.
Conhecemos embustes de oradores que falam apaixonadamente sobre Jesus (chegam a chorar de emoção), que discursam sobre o valor da monogamia, na união familiar, todavia fazem andar a “fila” das esposas.
Há ilustres palestrantes “espíritas” que insistem nos temas repetitivos, sempre sob a lideranças dos agenciadores de seminários improdutivos.
Nessa inadvertência seguem algumas federativas (mal dirigidas) que insistentemente promovem congressos inócuos, pobres de conteúdos e onerosíssimos (não gratuitos) sempre destinados aos espíritas endinheirados.
Em tais eventos (congressos soberbos e inóxios) expõe-se temas evangélicos recorrentes, desgastados, abarrotados de trivialidades e lugares comuns, defendidos com afectação e tradicionalíssimas vozes veludíneas banhada de camuflada emoção veiculadas por intocáveis palestrantes sacralizados, santificados e “insubstituíveis” ante os apelos idolátricos da frenética e delirante caravana de “espiritólicos”.
Aliás, não obstante “carismáticos”, há oradores endeusados que fazem das palestras proferidas e a fama obtida nos escombros reivindicatórios da extravagante multidão de “espiritólicos”, uma execranda máquina de fazer dinheiro.
Sim! São os confrades vendilhões do Espiritismo.
Neste cenário ainda há espaço para identificarmos “espíritas oba-oba”, espalhafatosos, recheados de fraternidade de boteco, sorrisos maquinais, comportamentos que contrastam com a simplicidade cristã.
Isso tudo sem aprofundarmos nas práticas de directores de órgãos oficiais (federativas) que se esgrimam (mentalmente) pela caça do poder de direcção do M.E.B., totalmente distantes do exemplo edificante da humildade.
Tais líderes intransigentes traem a si, aos amigos, ao M.E.B. e ao Espiritismo.
Certificamos que o caminho do M.E.B. tem sido de duas vias: uma é ocupada pela chamada liderança oficial, dos espíritas autócratas, cheios de “não me toques”, repletos de salamaleques; a outra via é ocupada pelos espíritas “combativos” do bem, fieis a Kardec, lealdade essa que nada tem a ver com extremismo ou intolerância, mas compromisso com a verdade.
Os “combativos” fazem o trabalho de azorragar a “oficialidade”, de fustigar os eternos “donos” do M.E.B. para não os deixar comodamente em “berço esplêndido” sob os narcóticos da ilusão.
Os “combativos” de Kardec são, por isso, mal vistos e execrados permanentemente, tidos como desagregadores, mas são eles que agem com a coragem e virilidade necessária para evitar a perda total de uma doutrina tão cara à humanidade.
Quando se trata da moral, Jesus é o grande exemplo.
Quando se trata de conhecimento espírita, Kardec é a verdade.
Não pode haver mais espaço para o estereótipo de um Jesus decrépito, idolatrado, da tradição arcaica, pois o Espiritismo fez avançar no conhecimento de modo que sem o Espiritismo Jesus permanece no estado da incompreensão e da superficialidade do simbolismo sectário.
Portanto, jamais pode haver espaço para um Espiritismo segundo o Evangelho, pois o evangelho não pode explicar o Espiritismo; ao contrário, apenas o Espiritismo pode explicar o evangelho.
Como me ensinou um atilado espírita de vanguarda.
O futuro do Espiritismo está fixado nesse quadro contemporâneo, das lutas entre os que defendem os princípios kardequianos e os fracos, que mais se importam com os aplausos da plateia, com os resultados que agradam à audiência e os transformam famosos.
A luz intensa da verdade os incomoda, daí a preocupação em defenderem-se para não perder o comando.
Desfiguram o Espiritismo para se manterem na posse do “movimento espírita oficial”.
Cabe aos impávidos “combativos” do bem se contraporem a isso, mesmo sabendo que a luta é inglória sob o aspecto da capacidade de deter a marcha do embuste doutrinário.
Mas como Jesus foi desfigurado e ainda se mantém deformado enquanto amor sem igual, o Espiritismo prosseguirá em sua desfiguração contínua, mas ao mesmo tempo se manterá firme e forte enquanto conhecimento fundamental para o despertamento da consciência humana.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
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Fé em público
Para exteriorizarmos a fé é meramente necessário nos recolhermos em nós mesmos elevando o pensamento ao Criador que a tudo vê e Ele analisará se nosso acto merece credibilidade.
Se nos escondemos ou não para orar não é relevante, pois o que vale é a intenção, pois quando oramos, se esta se origina do íntimo, nos revestimos de luz numa energia salutar capaz de repelir qualquer desarmonia que possa nos circundar.
Por outro lado, quando proferimos uma prece em local público, e se está realmente revestida de verdadeiro sentimento, é mais relevante ainda, pois as pessoas que assistem a esse acto de fé são compelidas também praticar tal ritual de tanta benesse, principalmente em locais de grandes aglomerações.
Temos observado nos estádios de desportos que é comum desportistas que se enfrentam exteriorizarem orações nos momentos que antecedem as partidas.
Até juízes de futebol e auxiliares, bem como alguns técnicos, já vimos demonstrarem fé, uns com palavras enfáticas, outros com gestos de braços ao alto, e aqueles que beijam correntinhas, seguram amuletos, beijam o gramado, mas não nos esqueçamos dos que apenas elevam o pensamento reservadamente e os que procuram entrar e sair com o pé direito das quatro linhas.
É gratificante ver que por toda parte existem pessoas que levam a sério a crença em um Poder Maior, pois isso nos dá a certeza de que haverá um mundo melhor como anunciado por vários segmentos religiosos.
Jesus disse que ninguém vai ao Pai senão através dEle, e foi Ele que nos ensinou a nos dirigirmos ao Pai em oração, e cada vez que alguém profere em público uma prece, além de aglutinar energias restauradoras, convoca subtilmente os presentes a que entrem nesse processo de exteriorização mental.
O mundo precisa de bons pensamentos para poder mudar a psicosfera da Terra para melhor.
Que possamos cada vez mais exercitar a demonstração de agradecimento ao Criador, pois isso só nos enaltecerá e mostrará que estamos extirpando de nós a chaga mais temível, que é o orgulho, e que entrava, neutraliza e torna estéreis quase todos os esforços que o homem faz para atingir o bem, conforme disse nosso querido filósofo Léon Denis.
§.§.§- Ave sem Ninho
Se nos escondemos ou não para orar não é relevante, pois o que vale é a intenção, pois quando oramos, se esta se origina do íntimo, nos revestimos de luz numa energia salutar capaz de repelir qualquer desarmonia que possa nos circundar.
Por outro lado, quando proferimos uma prece em local público, e se está realmente revestida de verdadeiro sentimento, é mais relevante ainda, pois as pessoas que assistem a esse acto de fé são compelidas também praticar tal ritual de tanta benesse, principalmente em locais de grandes aglomerações.
Temos observado nos estádios de desportos que é comum desportistas que se enfrentam exteriorizarem orações nos momentos que antecedem as partidas.
Até juízes de futebol e auxiliares, bem como alguns técnicos, já vimos demonstrarem fé, uns com palavras enfáticas, outros com gestos de braços ao alto, e aqueles que beijam correntinhas, seguram amuletos, beijam o gramado, mas não nos esqueçamos dos que apenas elevam o pensamento reservadamente e os que procuram entrar e sair com o pé direito das quatro linhas.
É gratificante ver que por toda parte existem pessoas que levam a sério a crença em um Poder Maior, pois isso nos dá a certeza de que haverá um mundo melhor como anunciado por vários segmentos religiosos.
Jesus disse que ninguém vai ao Pai senão através dEle, e foi Ele que nos ensinou a nos dirigirmos ao Pai em oração, e cada vez que alguém profere em público uma prece, além de aglutinar energias restauradoras, convoca subtilmente os presentes a que entrem nesse processo de exteriorização mental.
O mundo precisa de bons pensamentos para poder mudar a psicosfera da Terra para melhor.
Que possamos cada vez mais exercitar a demonstração de agradecimento ao Criador, pois isso só nos enaltecerá e mostrará que estamos extirpando de nós a chaga mais temível, que é o orgulho, e que entrava, neutraliza e torna estéreis quase todos os esforços que o homem faz para atingir o bem, conforme disse nosso querido filósofo Léon Denis.
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Calamidades e provações
O homem desejou recursos para mais facilmente abrir estradas e a Divina Providência lhe suscitou a ideia de reunir areia e nitroglicerina, em cuja conjugação despontou a dinamite.
A comunidade beneficiou-se da descoberta, no entanto certa facção organizou com ela a bomba destruidora de existências humanas.
O homem pediu veículos que lhe fizessem vencer o espaço, ganhando tempo, e o Amparo Divino ofereceu-lhe os pensamentos necessários à construção das modernas máquinas de condução e transporte.
Essas bênçãos carrearam progresso e renovação para todos os sectores das aquisições planetárias, entretanto apareceram aqueles que desrespeitam as leis do trânsito, criando processos dolorosos de sofrimento e agravando débitos e resgates, nos princípios de causa e efeito.
O homem solicitou apoio contra a solidão psicológica e a Eterna Bondade, através da ciência, lhe concedeu o telégrafo, o rádio e o televisor, aproximando as colectividades e integrando-as no mesmo clima de aperfeiçoamento e cultura.
Apesar disso, junto desses nobres empreendimentos, surgiram aqueles que se valem de tão altos instrumentos de comunicação e solidariedade para a disseminação da discórdia e da guerra.
O homem rogou medidas contra a dor e a Compaixão Divina lhe enviou os anestésicos, favorecendo-lhe o tratamento e o reequilíbrio no campo orgânico.
Ao lado dessas concessões, porém, não faltam aqueles que transformam os medicamentos da paz e da misericórdia em tóxicos de deserção e delinquência.
O homem pediu a desintegração atómica, no intuito de senhorear mais força, a fim de comandar o progresso, e a desintegração atómica está no mundo, ignorando-se que preço pagará o Orbe terrestre, até que essa conquista seja respeitada fora de qualquer apelo à destruição.
Como é fácil de observar, Deus concede sempre ao homem as possibilidades e vantagens que a Inteligência humana resolve requisitar à Sabedoria Divina.
Por isso mesmo, as calamidades que surjam nos caminhos da evolução no mundo não ocorrem, obviamente, sob a responsabilidade de Deus.
Do livro Busca e Acharás, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
A comunidade beneficiou-se da descoberta, no entanto certa facção organizou com ela a bomba destruidora de existências humanas.
O homem pediu veículos que lhe fizessem vencer o espaço, ganhando tempo, e o Amparo Divino ofereceu-lhe os pensamentos necessários à construção das modernas máquinas de condução e transporte.
Essas bênçãos carrearam progresso e renovação para todos os sectores das aquisições planetárias, entretanto apareceram aqueles que desrespeitam as leis do trânsito, criando processos dolorosos de sofrimento e agravando débitos e resgates, nos princípios de causa e efeito.
O homem solicitou apoio contra a solidão psicológica e a Eterna Bondade, através da ciência, lhe concedeu o telégrafo, o rádio e o televisor, aproximando as colectividades e integrando-as no mesmo clima de aperfeiçoamento e cultura.
Apesar disso, junto desses nobres empreendimentos, surgiram aqueles que se valem de tão altos instrumentos de comunicação e solidariedade para a disseminação da discórdia e da guerra.
O homem rogou medidas contra a dor e a Compaixão Divina lhe enviou os anestésicos, favorecendo-lhe o tratamento e o reequilíbrio no campo orgânico.
Ao lado dessas concessões, porém, não faltam aqueles que transformam os medicamentos da paz e da misericórdia em tóxicos de deserção e delinquência.
O homem pediu a desintegração atómica, no intuito de senhorear mais força, a fim de comandar o progresso, e a desintegração atómica está no mundo, ignorando-se que preço pagará o Orbe terrestre, até que essa conquista seja respeitada fora de qualquer apelo à destruição.
Como é fácil de observar, Deus concede sempre ao homem as possibilidades e vantagens que a Inteligência humana resolve requisitar à Sabedoria Divina.
Por isso mesmo, as calamidades que surjam nos caminhos da evolução no mundo não ocorrem, obviamente, sob a responsabilidade de Deus.
Do livro Busca e Acharás, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Auxílios antecipados
Cultiva a afabilidade nas áreas do relacionamento com os outros, lembrando a experiência do lavrador que sabe, por antecipação, a espécie de frutos que colherá, por viver conscientizado, quanto às particularidades da sementeira.
Não te permitas a fuga de situações que se te afigurem desagradáveis.
Os contactos sociais não se destinam unicamente à lavoura afectiva, em que o salário da compreensão assegura o incentivo ao trabalho e a alegria de viver.
Observa os ensinamentos da vida nas aulas do quotidiano...
Aquele amigo que te parece menos simpático e que habitualmente suportas, tão só atendendo a princípios de educação, será provavelmente, em dias breves, o chefe da repartição de cujo favor talvez dependas futuramente.
Certo companheiro que consideras portador de maneiras estouvadas será provavelmente o irmão que, em momento oportuno, te arrancará de crises amargas.
A mulher em cuja presença anotas hoje vários defeitos, possivelmente, amanhã te surgirá na condição de enfermeira prestimosa, amparando-te os seres queridos.
A jovem extrovertida, cujas maneiras agora censuras, talvez depois te apareça por alguém que se te incorpora à família, erigindo-se no apoio de teus dias, em tempos de provação.
Não condenes pessoa alguma.
Somos todos irmãos, ante a Providência Divina, interligados no trabalho do dia a dia, em função de nosso aperfeiçoamento mútuo.
Aprende a sorrir, servindo sempre.
Hoje, pode ser o teu dia de suportar.
Amanhã, no entanto, precisarás dessa ou daquela pessoa considerada difícil que te tolere em momento infeliz.
Agora é o teu instante de algo ofertar, a benefício de alguém.
Depois, no entanto, surgirá, talvez sem que esperes, o teu momento de receber.
Do livro Amigo, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Não te permitas a fuga de situações que se te afigurem desagradáveis.
Os contactos sociais não se destinam unicamente à lavoura afectiva, em que o salário da compreensão assegura o incentivo ao trabalho e a alegria de viver.
Observa os ensinamentos da vida nas aulas do quotidiano...
Aquele amigo que te parece menos simpático e que habitualmente suportas, tão só atendendo a princípios de educação, será provavelmente, em dias breves, o chefe da repartição de cujo favor talvez dependas futuramente.
Certo companheiro que consideras portador de maneiras estouvadas será provavelmente o irmão que, em momento oportuno, te arrancará de crises amargas.
A mulher em cuja presença anotas hoje vários defeitos, possivelmente, amanhã te surgirá na condição de enfermeira prestimosa, amparando-te os seres queridos.
A jovem extrovertida, cujas maneiras agora censuras, talvez depois te apareça por alguém que se te incorpora à família, erigindo-se no apoio de teus dias, em tempos de provação.
Não condenes pessoa alguma.
Somos todos irmãos, ante a Providência Divina, interligados no trabalho do dia a dia, em função de nosso aperfeiçoamento mútuo.
Aprende a sorrir, servindo sempre.
Hoje, pode ser o teu dia de suportar.
Amanhã, no entanto, precisarás dessa ou daquela pessoa considerada difícil que te tolere em momento infeliz.
Agora é o teu instante de algo ofertar, a benefício de alguém.
Depois, no entanto, surgirá, talvez sem que esperes, o teu momento de receber.
Do livro Amigo, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Lições da vida
“Se buscásseis somente a volúpia que uma acção boa proporciona, permaneceríeis sempre no caminho do progresso espiritual.” 1
1 – Sou seu irmão!
O facto se deu num tempo em que a vida era mais descontraída: as muretas que envolviam as residências eram baixas e rosas se multiplicavam, a perfumar os jardins.
À época ainda se podia ir a passeio com as crianças às praças, para o sorvete, para as pipocas; e, anos antes, para ouvir a banda de música nos coretos.
Até parece que já lá vai longo tempo!
Mas não é tão antigo assim.
Naqueles dias, pais e professores eram tratados com respeito, admiração e carinho!
Portões de acesso à rua permaneciam abertos por longo tempo.
E foi o que ele fez, pela pressa em guardar as compras que lhe abasteceriam a despensa da casa.
Casa, por sinal, sempre acolhedora.
Ao regressar de seu interior, deparou-se com um mendigo próximo à porta, e assustou-se com o estranho, dizendo-lhe, com agressividade na voz:
– O que o Sr. está querendo?
O velhinho – era um velhinho – sujo, maltrapilho, sofrido, com ar de tristeza e fome trazia saco imundo às costas.
Este o olhou com piedade e respondeu-lhe:
– Por que o Senhor está me agredindo?
Sou seu irmão!
E, acto contínuo, desceu das costas sua trouxa, dela retirando bela laranja, ofertando-a ao dono da casa, a dizer-lhe:
– Eis um presente, para que saiba que sou seu irmão...
Pode pegar!
Comprei com meu dinheiro!
Ou seja, era de sua propriedade.
Não tinha origem escusa.
Podia oferecê-la.
Não era desonesto, como supusera o prezado amigo.
E mais, era sumamente generoso, pois compartilhava o pouco que possuía até com um homem abastado, para exemplificar fraternidade!
A essa altura, nosso companheiro, muito emotivo e arrependido de gestos e palavras, trazia os olhos húmidos de emoção.
E, ainda que sem intenção, agrediu-o novamente ao retrucar-lhe:
– Fica o senhor com ela, pois que precisa mais do que eu...
O senhor me perdoe.
Em que posso servi-lo?
2 – A dor do remorso
Chegara do sítio sábado à tarde e recolhia à casa o que de lá trouxera.
Ao retornar de seu interior, viu que homem sujo, maltrapilho e barbudo, entrara até o jardim e recolhia laranjas espalhadas pela grama, pois que o saco que as continha, ao cair, abrira-se.
Fazia-o, silenciosamente, alheio ao mundo e à noção de posse.
Que era alguém perturbado mentalmente, concluiu depois, na hora do remorso, do arrependido pela forma agressiva com que o tratara, ao vê-lo a catar os frutos.
Naquele instante não analisou nada.
Sentiu apenas que o estranho era um intruso, um ladrão, a roubá-lo.
E expulsou-o asperamente, sem levar em conta seu aspecto doentio:
– Saia daqui, seu ladrão!
Deixa essas laranjas aí e suma; senão, chamo a polícia!
O outro abandonou-as na relva e, humilde e lentamente, buscou a rua, sem olhar para trás.
1 – Sou seu irmão!
O facto se deu num tempo em que a vida era mais descontraída: as muretas que envolviam as residências eram baixas e rosas se multiplicavam, a perfumar os jardins.
À época ainda se podia ir a passeio com as crianças às praças, para o sorvete, para as pipocas; e, anos antes, para ouvir a banda de música nos coretos.
Até parece que já lá vai longo tempo!
Mas não é tão antigo assim.
Naqueles dias, pais e professores eram tratados com respeito, admiração e carinho!
Portões de acesso à rua permaneciam abertos por longo tempo.
E foi o que ele fez, pela pressa em guardar as compras que lhe abasteceriam a despensa da casa.
Casa, por sinal, sempre acolhedora.
Ao regressar de seu interior, deparou-se com um mendigo próximo à porta, e assustou-se com o estranho, dizendo-lhe, com agressividade na voz:
– O que o Sr. está querendo?
O velhinho – era um velhinho – sujo, maltrapilho, sofrido, com ar de tristeza e fome trazia saco imundo às costas.
Este o olhou com piedade e respondeu-lhe:
– Por que o Senhor está me agredindo?
Sou seu irmão!
E, acto contínuo, desceu das costas sua trouxa, dela retirando bela laranja, ofertando-a ao dono da casa, a dizer-lhe:
– Eis um presente, para que saiba que sou seu irmão...
Pode pegar!
Comprei com meu dinheiro!
Ou seja, era de sua propriedade.
Não tinha origem escusa.
Podia oferecê-la.
Não era desonesto, como supusera o prezado amigo.
E mais, era sumamente generoso, pois compartilhava o pouco que possuía até com um homem abastado, para exemplificar fraternidade!
A essa altura, nosso companheiro, muito emotivo e arrependido de gestos e palavras, trazia os olhos húmidos de emoção.
E, ainda que sem intenção, agrediu-o novamente ao retrucar-lhe:
– Fica o senhor com ela, pois que precisa mais do que eu...
O senhor me perdoe.
Em que posso servi-lo?
2 – A dor do remorso
Chegara do sítio sábado à tarde e recolhia à casa o que de lá trouxera.
Ao retornar de seu interior, viu que homem sujo, maltrapilho e barbudo, entrara até o jardim e recolhia laranjas espalhadas pela grama, pois que o saco que as continha, ao cair, abrira-se.
Fazia-o, silenciosamente, alheio ao mundo e à noção de posse.
Que era alguém perturbado mentalmente, concluiu depois, na hora do remorso, do arrependido pela forma agressiva com que o tratara, ao vê-lo a catar os frutos.
Naquele instante não analisou nada.
Sentiu apenas que o estranho era um intruso, um ladrão, a roubá-lo.
E expulsou-o asperamente, sem levar em conta seu aspecto doentio:
– Saia daqui, seu ladrão!
Deixa essas laranjas aí e suma; senão, chamo a polícia!
O outro abandonou-as na relva e, humilde e lentamente, buscou a rua, sem olhar para trás.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
Aparentemente, o caso estava resolvido:
cena prosaica, nos dias que vivemos, onde tantas criaturas perambulam pelas cidades.
Nosso amigo, passado o instante, pôs-se a reflectir: fora enérgico demais; era um pobre homem.
Além disso, quanta laranja estava a apodrecer na chácara!
Não lhe custaria nada deixá-lo levar algumas e até lhe oferecer algo mais.
Assim pensando, reuniu várias frutas numa sacola e saiu a procurá-lo em muitas direcções, em vão.
Em instantes, desaparecera.
Só não se lhe apagara, a importuná-lo, a lembrança daquele personagem e de sua acção desagradável.
A partir daí, perdera o sossego, a paz de espírito.
Não mais se concentrava em nada:
nem na leitura do jornal, nem na tela da televisão.
A todo instante, na mente, aquela imagem a lhe perturbar a consciência.
Sofreu, dias e dias, o arrependimento de não o haver tratado fraternalmente.
Sua precipitação e egoísmo foram a causa de tudo.
O remorso agora o atormentava.
Como sanar o problema?
Expôs o facto a um amigo e lhe pediu que sugerisse caminhos para livrar-se de vez daquela angústia que o não abandonava, embora passados muitos dias.
Sugeriu-lhe que guardasse a lição para as próximas oportunidades em que outros sofredores lhe viessem ao encontro.
O passado era irremediável.
Talvez jamais reencontrasse aquele pobre homem!
Mas havia o futuro, no qual poderia agir de outra forma.
Que a partir daí fosse generoso!
-.-
Deus nos concede, a todo momento, inúmeras oportunidades para o exercício da fraternidade!
A vida, sempre sábia, é pródiga em lições.
Com todos podemos aprender:
com velhos e crianças, com a natureza e até com mendigos.
O primeiro deles, por exemplo, a vida não lhe dera a fortuna, mas ensinara-lhe a ser fraterno até com alguém que o maltratara.
Como irmãos que somos, cabe-nos respeitar o próximo, de qualquer idade e ou condição social e em todas as circunstâncias.
Mendigos e laranjas, nas variadas circunstâncias, podem simbolizar fraternidade!
Inúmeros ‘infortúnios ocultos’ se exibem à nossa volta.
Que tenhamos olhos de ver e corações sensíveis para socorrê-los, amenizando-lhes as dores acerbas!
Quem aprende essa arte do verdadeiro amor, não só aproveita as ocasiões que se lhe apresentam para consolidar essa virtude, mas usufrui a alegria e a paz, como recompensa.
É o que nos diz O Evangelho segundo o Espiritismo2:
“Oh! se pudésseis compreender tudo o que encerra de grande e de agradável a generosidade das almas belas, esse sentimento que faz a criatura olhar as outras como olha a si mesma, despindo-se, jubilosa, para cobrir o seu irmão! (...)
Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos!
Ide, ide ao encontro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas!
Ide, meus bem-amados, e recordai-vos destas palavras do Salvador:
‘Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!’ (...)
´É na caridade que deveis buscar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio contra as aflições da vida”.
cena prosaica, nos dias que vivemos, onde tantas criaturas perambulam pelas cidades.
Nosso amigo, passado o instante, pôs-se a reflectir: fora enérgico demais; era um pobre homem.
Além disso, quanta laranja estava a apodrecer na chácara!
Não lhe custaria nada deixá-lo levar algumas e até lhe oferecer algo mais.
Assim pensando, reuniu várias frutas numa sacola e saiu a procurá-lo em muitas direcções, em vão.
Em instantes, desaparecera.
Só não se lhe apagara, a importuná-lo, a lembrança daquele personagem e de sua acção desagradável.
A partir daí, perdera o sossego, a paz de espírito.
Não mais se concentrava em nada:
nem na leitura do jornal, nem na tela da televisão.
A todo instante, na mente, aquela imagem a lhe perturbar a consciência.
Sofreu, dias e dias, o arrependimento de não o haver tratado fraternalmente.
Sua precipitação e egoísmo foram a causa de tudo.
O remorso agora o atormentava.
Como sanar o problema?
Expôs o facto a um amigo e lhe pediu que sugerisse caminhos para livrar-se de vez daquela angústia que o não abandonava, embora passados muitos dias.
Sugeriu-lhe que guardasse a lição para as próximas oportunidades em que outros sofredores lhe viessem ao encontro.
O passado era irremediável.
Talvez jamais reencontrasse aquele pobre homem!
Mas havia o futuro, no qual poderia agir de outra forma.
Que a partir daí fosse generoso!
-.-
Deus nos concede, a todo momento, inúmeras oportunidades para o exercício da fraternidade!
A vida, sempre sábia, é pródiga em lições.
Com todos podemos aprender:
com velhos e crianças, com a natureza e até com mendigos.
O primeiro deles, por exemplo, a vida não lhe dera a fortuna, mas ensinara-lhe a ser fraterno até com alguém que o maltratara.
Como irmãos que somos, cabe-nos respeitar o próximo, de qualquer idade e ou condição social e em todas as circunstâncias.
Mendigos e laranjas, nas variadas circunstâncias, podem simbolizar fraternidade!
Inúmeros ‘infortúnios ocultos’ se exibem à nossa volta.
Que tenhamos olhos de ver e corações sensíveis para socorrê-los, amenizando-lhes as dores acerbas!
Quem aprende essa arte do verdadeiro amor, não só aproveita as ocasiões que se lhe apresentam para consolidar essa virtude, mas usufrui a alegria e a paz, como recompensa.
É o que nos diz O Evangelho segundo o Espiritismo2:
“Oh! se pudésseis compreender tudo o que encerra de grande e de agradável a generosidade das almas belas, esse sentimento que faz a criatura olhar as outras como olha a si mesma, despindo-se, jubilosa, para cobrir o seu irmão! (...)
Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos!
Ide, ide ao encontro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas!
Ide, meus bem-amados, e recordai-vos destas palavras do Salvador:
‘Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!’ (...)
´É na caridade que deveis buscar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio contra as aflições da vida”.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS II
3 – Caridade moral: oferecer a outra face
Lemos adesivo num carro que recomendava:
‘Seja cristão também no trânsito’.
Nele, a vida é pródiga de oportunidades.
Ilustrando, eis facto narrado por jovem amiga:
A mãe dela, agredida no trânsito por alguém rude e mal-educado, viu o agressor emparelhar o próprio carro ao seu, no próximo semáforo, e endereçar-lhe com a mão gesto obsceno.
Ela podia ser mãe dele e, não só por isso, merecia o respeito que devemos ao próximo, sobretudo quando se trata de uma senhora – ainda mesmo que houvesse cometido qualquer falha.
Serena e cristãmente, ela abaixou o vidro do próprio carro e disse a ele:
– Que Deus o abençoe!
O semblante do outro transformou-se em puro constrangimento, eis que não esperava por acção extremamente generosa, vinda de uma desconhecida!
Alimentaria a indelicadeza do jovem motorista(?) se lhe houvesse dito:
– Você não tem mãe para ensinar-lhe boas maneiras?
Não se nivelou à ignorância daquele a quem ainda falta aprender lições preciosas para quem vive em sociedade: a civilidade e a tolerância!
Demonstrou ela, com esse significativo gesto, que é possível vivenciar o que nos ensinou Jesus, ao nos recomendar oferecer a outra face!
Referências:
1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1ª. impr. Brasília: FEB, 2013. Cap. 13, it. 12, p. 181.
2. ____, ____, Cap. 13 (Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita), item 11, p. 179 e 180.
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Lemos adesivo num carro que recomendava:
‘Seja cristão também no trânsito’.
Nele, a vida é pródiga de oportunidades.
Ilustrando, eis facto narrado por jovem amiga:
A mãe dela, agredida no trânsito por alguém rude e mal-educado, viu o agressor emparelhar o próprio carro ao seu, no próximo semáforo, e endereçar-lhe com a mão gesto obsceno.
Ela podia ser mãe dele e, não só por isso, merecia o respeito que devemos ao próximo, sobretudo quando se trata de uma senhora – ainda mesmo que houvesse cometido qualquer falha.
Serena e cristãmente, ela abaixou o vidro do próprio carro e disse a ele:
– Que Deus o abençoe!
O semblante do outro transformou-se em puro constrangimento, eis que não esperava por acção extremamente generosa, vinda de uma desconhecida!
Alimentaria a indelicadeza do jovem motorista(?) se lhe houvesse dito:
– Você não tem mãe para ensinar-lhe boas maneiras?
Não se nivelou à ignorância daquele a quem ainda falta aprender lições preciosas para quem vive em sociedade: a civilidade e a tolerância!
Demonstrou ela, com esse significativo gesto, que é possível vivenciar o que nos ensinou Jesus, ao nos recomendar oferecer a outra face!
Referências:
1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1ª. impr. Brasília: FEB, 2013. Cap. 13, it. 12, p. 181.
2. ____, ____, Cap. 13 (Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita), item 11, p. 179 e 180.
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Amor serve para tudo
A mim [a criança] ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Alberto Caeiro
Sozinha na sala, à noite, me pus a pensar na filha da vizinha.
Flávia mal completou oito anos e experimenta uma fase difícil na escola.
E, nos últimos tempos, agindo como uma rainha malvada, sua mãe passou não só a ridicularizar o seu costume de usar ténis sem meias, mas também a debochar de tudo o que ela diz.
Claro. A vida é cheia de altos e baixos.
Precisamos enfrentar as adversidades com coragem, sem perder a fé na humanidade.
Mas como lidar no dia a dia com os maus-tratos gerados pela própria mãe?
Sei que a ideia parecia insólita, mas quis correr esse risco.
Chamei a vizinha para um café.
A moral já estava pronta: por vezes, a repetição da violência tem raiz na ignorância.
Depois que tomamos o café, contei uma longa história a essa mulher, porém enfatizei o fato de que devemos amor e bondade às crianças.
É preciso romper com a prática dos maus-tratos, profundamente ofensiva.
De fato, nada melhor que a empatia para educar alguém que se encontra no período vulnerável do começo da vida.
Pois é aí que estamos propensos a integrar exemplos e princípios que nos ajudarão a construir nossas histórias.
Amar uma criança não é só questão de sobrevivência, expliquei à mãe de Flávia.
Porque é basicamente na casa que nossos filhos aprendem lições importantes para a vida.
Acontece que a criança se parece com semente.
Ela precisa de ambiente propício para germinar, brotar e crescer.
Não é esta a essência da alegria de educar?
A mãe de Flávia chorou. Choramos.
Simplesmente ela entendeu que debochar de uma criança não serve para nada, só desorienta, agride, fere, machuca – o deboche é um nocivo fungo que atravessa o corpo da criança e se aloja na alma, fazendo ninho na memória.
Amar é respeitar, fazer a criança perceber no quotidiano que é amada, cultivando-a sem conversa fiada, sem comunicação que arranca as tintas dos sentimentos e empobrece a auto-estima, porque as crianças, antes de mais nada, têm de aprender a caminhar sobre a terra firme…
Ontem, cedo, vi a Flávia saindo de casa.
Mochila, uniforme escolar, ténis sem meias.
Porque a criança é esquecimento, o rosto suave e sorridente.
Amor serve para tudo.
Notinha
Formas de educar necessitam ser baseadas no amor, respeito e empatia.
Ignorar, subornar, humilhar, ridicularizar, amedrontar, ameaçar, condicionar o afecto e debochar da criança são exemplos de maus-tratos psicológicos que pais (ou cuidadores) cometem com as crianças.
A alegria de educar um filho ou uma filha depende necessariamente do esquecimento dessas atitudes maldosas, desrespeitosas, violentas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Alberto Caeiro
Sozinha na sala, à noite, me pus a pensar na filha da vizinha.
Flávia mal completou oito anos e experimenta uma fase difícil na escola.
E, nos últimos tempos, agindo como uma rainha malvada, sua mãe passou não só a ridicularizar o seu costume de usar ténis sem meias, mas também a debochar de tudo o que ela diz.
Claro. A vida é cheia de altos e baixos.
Precisamos enfrentar as adversidades com coragem, sem perder a fé na humanidade.
Mas como lidar no dia a dia com os maus-tratos gerados pela própria mãe?
Sei que a ideia parecia insólita, mas quis correr esse risco.
Chamei a vizinha para um café.
A moral já estava pronta: por vezes, a repetição da violência tem raiz na ignorância.
Depois que tomamos o café, contei uma longa história a essa mulher, porém enfatizei o fato de que devemos amor e bondade às crianças.
É preciso romper com a prática dos maus-tratos, profundamente ofensiva.
De fato, nada melhor que a empatia para educar alguém que se encontra no período vulnerável do começo da vida.
Pois é aí que estamos propensos a integrar exemplos e princípios que nos ajudarão a construir nossas histórias.
Amar uma criança não é só questão de sobrevivência, expliquei à mãe de Flávia.
Porque é basicamente na casa que nossos filhos aprendem lições importantes para a vida.
Acontece que a criança se parece com semente.
Ela precisa de ambiente propício para germinar, brotar e crescer.
Não é esta a essência da alegria de educar?
A mãe de Flávia chorou. Choramos.
Simplesmente ela entendeu que debochar de uma criança não serve para nada, só desorienta, agride, fere, machuca – o deboche é um nocivo fungo que atravessa o corpo da criança e se aloja na alma, fazendo ninho na memória.
Amar é respeitar, fazer a criança perceber no quotidiano que é amada, cultivando-a sem conversa fiada, sem comunicação que arranca as tintas dos sentimentos e empobrece a auto-estima, porque as crianças, antes de mais nada, têm de aprender a caminhar sobre a terra firme…
Ontem, cedo, vi a Flávia saindo de casa.
Mochila, uniforme escolar, ténis sem meias.
Porque a criança é esquecimento, o rosto suave e sorridente.
Amor serve para tudo.
Notinha
Formas de educar necessitam ser baseadas no amor, respeito e empatia.
Ignorar, subornar, humilhar, ridicularizar, amedrontar, ameaçar, condicionar o afecto e debochar da criança são exemplos de maus-tratos psicológicos que pais (ou cuidadores) cometem com as crianças.
A alegria de educar um filho ou uma filha depende necessariamente do esquecimento dessas atitudes maldosas, desrespeitosas, violentas.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Deus
Que é Deus? – pergunta-nos O Livro dos Espíritos em sua questão inicial.
Reparem que não foi indagado:
"quem é Deus?” Mas, sim, "que é Deus?"
Destarte, já na obra primeira da Codificação Kardeciana, descaracteriza-se a possibilidade de Deus ser uma pessoa.
Antes da resposta nos ser dada, faremos uma nova perquirição:
– E em relação ao Big-bang, como é que ficamos?
Como dizemos alhures no nosso artigo chamado "O Espiritismo e o Big-bang", na revista nº 208, "achamos que este aconteceu; só não cremos que o mundo começou dele".
Sem sermos especialistas, achamos que certamente havia um Universo antes da grande explosão, à qual deu-se o nome de Big-bang.
Não sou cientista, e quem sou eu para tecer elucubrações a respeito do supracitado tema, todavia, esse "Universo pré-Big-bang" não seria um esboço feito pelo Grande Artífice, com sua sabedoria infinita, para que numa explosão imensa e contínua – sim, pois continuamos em expansão – fizesse o Universo de hoje?
Contudo, respondendo o questionamento precípuo desse artigo, repito exactamente aquilo que nos é ensinado quando adentramos o Espiritismo:
"Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
§.§.§- Ave sem Ninho
Reparem que não foi indagado:
"quem é Deus?” Mas, sim, "que é Deus?"
Destarte, já na obra primeira da Codificação Kardeciana, descaracteriza-se a possibilidade de Deus ser uma pessoa.
Antes da resposta nos ser dada, faremos uma nova perquirição:
– E em relação ao Big-bang, como é que ficamos?
Como dizemos alhures no nosso artigo chamado "O Espiritismo e o Big-bang", na revista nº 208, "achamos que este aconteceu; só não cremos que o mundo começou dele".
Sem sermos especialistas, achamos que certamente havia um Universo antes da grande explosão, à qual deu-se o nome de Big-bang.
Não sou cientista, e quem sou eu para tecer elucubrações a respeito do supracitado tema, todavia, esse "Universo pré-Big-bang" não seria um esboço feito pelo Grande Artífice, com sua sabedoria infinita, para que numa explosão imensa e contínua – sim, pois continuamos em expansão – fizesse o Universo de hoje?
Contudo, respondendo o questionamento precípuo desse artigo, repito exactamente aquilo que nos é ensinado quando adentramos o Espiritismo:
"Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
§.§.§- Ave sem Ninho
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A origem do bem e do mal
“A razão vos é dada para discernir o bem do mal.” – Dante Alighieri
O Espiritismo nos ensina que não existem dois senhores no Universo, o bem e o mal.
O bem está em toda parte, pois mesmo quando pensamos que está tudo perdido, estamos tendo uma visão limitada das coisas.
Estamos enxergando apenas aquilo que a nossa dor nos permite ver, e muitas vezes o ódio, rancor, maledicência e outros sentimentos menores não permitem que vejamos algo mais sublime que existe à nossa volta.
Já foi dito que o mal na verdade é a ausência do bem, pois ele, o mal, não é algo em si mesmo, ele apenas reflecte um momento passageiro, desde que entendamos que existe um DEUS maior que a tudo dirige com o Seu amor.
O mal é apenas um estágio ou um momento em nossa evolução.
Ao vencermos as barreiras dos nossos desequilíbrios, vencendo nossa pobre visão do mundo, unilateral e baseada muitas vezes apenas nos nossos conhecimentos precários de certo e errado, vamos poder perceber um horizonte sem-fim que nos aguarda.
Vamos constatando novas alegrias, perspectivas, vivências e um caminho de luz para seguir.
Vamos percebendo que a vida é muito mais do que imaginamos, pois não conseguíamos enxergar antes, naquele momento de dor e confusão mental, toda a beleza da vida, mas somente a escuridão momentânea.
Condicionados à estreita visão da vida material e suas dificuldades, perdemos muitas vezes a capacidade de ver além dos problemas.
Jesus nos convida a amar pelo simples motivo de amar.
Ir passo a passo ampliando nosso campo mental no estudo e na prática do bem para podermos enfim buscar por novos horizontes de conhecimento, vivências, amor, paz, perdão; e tudo o que vem nos trazer felicidade real e vida perene precisa ser o nosso objectivo maior.
Sufocando assim o mal que tenta nos aprisionar em sentimentos menores.
O mal é breve, enquanto o bem é eterno.
O mal é resultado dos nossos desequilíbrios, enquanto o bem é conquista a ser adquirida para uma vida plena e feliz.
O mal é a escuridão da nossa pequena visão de Deus, enquanto o bem é a expressão maior da divindade em nós.
O mal é obsessão, enquanto que o bem é libertação.
Precisamos praticar e viver o bem, mesmo que estejamos nos sentindo feridos, incompreendidos, e sem perspectivas de melhoria, pois em verdade, podemos estar passando por uma prova momentânea, mas Deus está ao nosso lado.
Assim podemos perceber que a origem do mal está na escuridão dos nossos actos, com estreitos sentimentos de ódio, vingança, egoísmo e orgulho.
O despertar do bem vai ocorrer quando buscarmos dentro de nós o Cristo que vive em nós, pedindo que sejamos amor e caridade para connosco e com o próximo.
Tenhamos coragem, persistência, fé, esperança, trabalho sempre.
Desenvolver o amor sem-fim com a caridade no falar, no ouvir e no agir, pois, muito antes do que imaginas, Deus proverá o necessário, já que sabemos que o bem sempre vencerá.
Praticar o bem e a paz interior ainda é o melhor remédio para a nossa cura integral.
Que Jesus continue nos abençoando hoje e sempre...
Wagner Ideali
§.§.§- Ave sem Ninho
O Espiritismo nos ensina que não existem dois senhores no Universo, o bem e o mal.
O bem está em toda parte, pois mesmo quando pensamos que está tudo perdido, estamos tendo uma visão limitada das coisas.
Estamos enxergando apenas aquilo que a nossa dor nos permite ver, e muitas vezes o ódio, rancor, maledicência e outros sentimentos menores não permitem que vejamos algo mais sublime que existe à nossa volta.
Já foi dito que o mal na verdade é a ausência do bem, pois ele, o mal, não é algo em si mesmo, ele apenas reflecte um momento passageiro, desde que entendamos que existe um DEUS maior que a tudo dirige com o Seu amor.
O mal é apenas um estágio ou um momento em nossa evolução.
Ao vencermos as barreiras dos nossos desequilíbrios, vencendo nossa pobre visão do mundo, unilateral e baseada muitas vezes apenas nos nossos conhecimentos precários de certo e errado, vamos poder perceber um horizonte sem-fim que nos aguarda.
Vamos constatando novas alegrias, perspectivas, vivências e um caminho de luz para seguir.
Vamos percebendo que a vida é muito mais do que imaginamos, pois não conseguíamos enxergar antes, naquele momento de dor e confusão mental, toda a beleza da vida, mas somente a escuridão momentânea.
Condicionados à estreita visão da vida material e suas dificuldades, perdemos muitas vezes a capacidade de ver além dos problemas.
Jesus nos convida a amar pelo simples motivo de amar.
Ir passo a passo ampliando nosso campo mental no estudo e na prática do bem para podermos enfim buscar por novos horizontes de conhecimento, vivências, amor, paz, perdão; e tudo o que vem nos trazer felicidade real e vida perene precisa ser o nosso objectivo maior.
Sufocando assim o mal que tenta nos aprisionar em sentimentos menores.
O mal é breve, enquanto o bem é eterno.
O mal é resultado dos nossos desequilíbrios, enquanto o bem é conquista a ser adquirida para uma vida plena e feliz.
O mal é a escuridão da nossa pequena visão de Deus, enquanto o bem é a expressão maior da divindade em nós.
O mal é obsessão, enquanto que o bem é libertação.
Precisamos praticar e viver o bem, mesmo que estejamos nos sentindo feridos, incompreendidos, e sem perspectivas de melhoria, pois em verdade, podemos estar passando por uma prova momentânea, mas Deus está ao nosso lado.
Assim podemos perceber que a origem do mal está na escuridão dos nossos actos, com estreitos sentimentos de ódio, vingança, egoísmo e orgulho.
O despertar do bem vai ocorrer quando buscarmos dentro de nós o Cristo que vive em nós, pedindo que sejamos amor e caridade para connosco e com o próximo.
Tenhamos coragem, persistência, fé, esperança, trabalho sempre.
Desenvolver o amor sem-fim com a caridade no falar, no ouvir e no agir, pois, muito antes do que imaginas, Deus proverá o necessário, já que sabemos que o bem sempre vencerá.
Praticar o bem e a paz interior ainda é o melhor remédio para a nossa cura integral.
Que Jesus continue nos abençoando hoje e sempre...
Wagner Ideali
§.§.§- Ave sem Ninho
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O poder da fé
por Waldenir A. Cuin
“Porque, na verdade, vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.”
(Jesus - Mateus, XVIII: 19.)
A fé verdadeira se caracteriza pela convicção absoluta na Paternidade Divina.
Deus não nos criaria apenas como figuras decorativas do Universo.
Dotou-nos, o Pai Celestial, de todos os recursos e mecanismos que, se accionados devidamente, são capazes de nos assegurar o sucesso na caminhada.
Sem privilégios ou favorecimentos individuais, o que não coadunaria com a justiça de Deus, temos plenas condições de movimentar acções revestidas de força de vontade que permitirão atingir as metas e as propostas que traçamos para a nossa vida.
Ninguém está impedido de realizar os projectos que almeja.
A diferença entre o sucesso e o fracasso está na confiança que depositamos em nossas próprias forças.
O poder do querer é determinante.
Quando acreditamos firmemente que algo podemos fazer, sem dúvida fazemos, pois que o poder da fé, pela lei das afinidades, encontrará no seio universal o celeiro de forças construtoras, emanado do potencial divino que está sempre à disposição dos idealistas e determinados.
As dificuldades nunca deixarão de existir e Jesus as denominou de montanhas a serem transportadas.
São, evidentemente, as montanhas das incertezas, das resistências, dos preconceitos, da má vontade, da dúvida, que acabam por atropelar nossos sonhos de paz e felicidade, trancafiando a nossa vida nos calabouços do medo e da insegurança.
Fomos criados por Deus para atingir a perfeição, com os nossos próprios esforços, portanto, devidamente equipados de todas as possibilidades de lograrmos o êxito esperado, e a fé operosa e determinada se firma como a alavanca propulsora da nossa escalada de conquistas.
Duvidar do nosso potencial é o mesmo que abrir um abismo sob os nossos pés, onde a queda espectacular será iminente.
Evitemos a presunção e o orgulho que tantos males têm causado aos homens, mas jamais deixemos de acreditar em nós mesmos, na nossa capacidade de realização, mesmo sabendo que nada será fácil, mas tudo será possível.
A fé consciente e convicta não espera que as coisas aconteçam em nosso favor por si só, mas delibera que precisamos sair a campo para amealhar as conquistas que idealizamos.
Jesus chamou a atenção dos discípulos no episódio do “filho lunático” (Mateus, XVII: 14-19), atribuindo o fracasso deles, na solução do problema, ao facto de possuírem pouca fé, pois que não conseguiram afastar, do jovem atormentado, o Espírito inferior que lhe causava sérios aborrecimentos.
Não bastou aos discípulos conhecer o teor do drama do jovem, pois que a eles faltou a força determinante para a acção benfeitora; a fé, ou seja, a confiança no próprio potencial.
É claro, precisamos ser racionais, não vamos sair por aí acreditando poder realizar intensos prodígios, mas, fazendo bom uso dos recursos de que dispomos, aliados à confiança em Deus, conseguiremos concretizar verdadeiros “milagres”, aos olhos dos incrédulos, duvidosos e vacilantes.
Portanto, não basta afirmar que temos fé, será preciso acreditar e descobrir o verdadeiro poder dela, nos lançando corajosamente na concretização dos nossos sonhos e ideais.
Pensemos nisso.
§.§.§- Ave sem Ninho
“Porque, na verdade, vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.”
(Jesus - Mateus, XVIII: 19.)
A fé verdadeira se caracteriza pela convicção absoluta na Paternidade Divina.
Deus não nos criaria apenas como figuras decorativas do Universo.
Dotou-nos, o Pai Celestial, de todos os recursos e mecanismos que, se accionados devidamente, são capazes de nos assegurar o sucesso na caminhada.
Sem privilégios ou favorecimentos individuais, o que não coadunaria com a justiça de Deus, temos plenas condições de movimentar acções revestidas de força de vontade que permitirão atingir as metas e as propostas que traçamos para a nossa vida.
Ninguém está impedido de realizar os projectos que almeja.
A diferença entre o sucesso e o fracasso está na confiança que depositamos em nossas próprias forças.
O poder do querer é determinante.
Quando acreditamos firmemente que algo podemos fazer, sem dúvida fazemos, pois que o poder da fé, pela lei das afinidades, encontrará no seio universal o celeiro de forças construtoras, emanado do potencial divino que está sempre à disposição dos idealistas e determinados.
As dificuldades nunca deixarão de existir e Jesus as denominou de montanhas a serem transportadas.
São, evidentemente, as montanhas das incertezas, das resistências, dos preconceitos, da má vontade, da dúvida, que acabam por atropelar nossos sonhos de paz e felicidade, trancafiando a nossa vida nos calabouços do medo e da insegurança.
Fomos criados por Deus para atingir a perfeição, com os nossos próprios esforços, portanto, devidamente equipados de todas as possibilidades de lograrmos o êxito esperado, e a fé operosa e determinada se firma como a alavanca propulsora da nossa escalada de conquistas.
Duvidar do nosso potencial é o mesmo que abrir um abismo sob os nossos pés, onde a queda espectacular será iminente.
Evitemos a presunção e o orgulho que tantos males têm causado aos homens, mas jamais deixemos de acreditar em nós mesmos, na nossa capacidade de realização, mesmo sabendo que nada será fácil, mas tudo será possível.
A fé consciente e convicta não espera que as coisas aconteçam em nosso favor por si só, mas delibera que precisamos sair a campo para amealhar as conquistas que idealizamos.
Jesus chamou a atenção dos discípulos no episódio do “filho lunático” (Mateus, XVII: 14-19), atribuindo o fracasso deles, na solução do problema, ao facto de possuírem pouca fé, pois que não conseguiram afastar, do jovem atormentado, o Espírito inferior que lhe causava sérios aborrecimentos.
Não bastou aos discípulos conhecer o teor do drama do jovem, pois que a eles faltou a força determinante para a acção benfeitora; a fé, ou seja, a confiança no próprio potencial.
É claro, precisamos ser racionais, não vamos sair por aí acreditando poder realizar intensos prodígios, mas, fazendo bom uso dos recursos de que dispomos, aliados à confiança em Deus, conseguiremos concretizar verdadeiros “milagres”, aos olhos dos incrédulos, duvidosos e vacilantes.
Portanto, não basta afirmar que temos fé, será preciso acreditar e descobrir o verdadeiro poder dela, nos lançando corajosamente na concretização dos nossos sonhos e ideais.
Pensemos nisso.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O ARREPENDIMENTO NA VISÃO ESPÍRITA
O Espiritismo define o nosso estado, quando fomos creados por Deus, como “simples e ignorantes”.
Simples; sem dúvidas ou questionamentos, sem preocupações, sem indagações íntimas de qualquer espécie.
Precisávamos comer, o resto era secundário.
Ignorantes; sem sabermos e sem nos questionarmos sobre quem éramos, o que estávamos fazendo ali, para onde iríamos depois.
Muitos milénios se passaram até que conseguíssemos descobrir algo dentro de nós a que chamamos “consciência”.
E, mesmo depois de termos percebido a consciência, muitos séculos foram precisos para amadurecê-la.
Esse amadurecimento não quer dizer, de forma alguma, que já sabemos ouvir e obedecer a consciência.
Estamos na fase de esforço para isso.
Por enquanto a maioria das pessoas percebe a consciência apenas como geradora da dor da culpa.
O sentimento de culpa atinge quase todos.
Recebo relatos de pessoas que sofrem muito com suas culpas, às vezes originadas de situações graves, às vezes surgidas a partir de coisas aparentemente banais.
Mas muitos se culpam por muitas coisas, e a culpa os paralisa.
É da consciência que nasce a culpa, mas não é essa a função da consciência.
Ao percebermos que cometemos um erro, devíamos passar directamente para o estágio do arrependimento – a necessidade íntima de desfazer o que foi feito, de tentar consertar, remendar, reajustar, ou, se isso não for mais possível, pelo menos compensar de alguma forma.
Mas às vezes a consciência estaciona no sentimento de culpa.
O sentimento de culpa é o colapso da consciência.
A consciência culpada esgota, num período de tempo mais ou menos longo, as possibilidades de reacção, de achar uma saída para o estado de auto-acusação depressiva.
Embora a culpa exerça o seu papel de depurar os sentimentos, ela não é, de modo algum, necessária.
Podemos nos arrepender, sentir a dor inevitável pelo erro que cometemos, mas agir imediatamente para buscar a recuperação emocional.
Sem acção tudo parece difícil.
O arrependimento pressupõe acção, pois é o ímpeto de cometer acção contrária à que ocasionou sua tristeza.
O arrependimento é a dor sentida pela dor causada.
Por isso o arrependido desenvolve o firme propósito de não repetir o erro, de reparar o dano causado ou de compensar o erro com acertos.
O espírito arrependido está em processo de auto-cura.
Sabe da gravidade do seu erro, sabe que não deve repeti-lo e sabe que deve caminhar na direcção contrária à que gerou o erro.
É o arrependimento que nos leva a nos comprometermos com o reajuste em relação a outros espíritos.
É o arrependimento que norteia os rumos parcialmente traçados antes de nosso reencarne.
Nem sempre nos mantemos firmes nas resoluções tomadas antes de reencarnarmos.
Sem a lembrança viva de nossos erros passados, sem a imagem clara do arrependimento que os desvios do passado causaram, podemos deixar de cumprir o que nos propusemos ou até mesmo repetir os mesmos erros que viemos compensar.
Por isso a importância de prestarmos atenção aos nossos pontos fracos.
Se analisarmos com cuidado, não são muitos.
As falhas de carácter que realmente nos fragilizam são poucas, mas são as mesmas há séculos e séculos.
É sobre elas que devemos concentrar nossos esforços, direccionar nossas energias e transformar essa superação em força e entusiasmo pela Vida.
Do site Espírito Imortal
§.§.§- Ave sem Ninho
Simples; sem dúvidas ou questionamentos, sem preocupações, sem indagações íntimas de qualquer espécie.
Precisávamos comer, o resto era secundário.
Ignorantes; sem sabermos e sem nos questionarmos sobre quem éramos, o que estávamos fazendo ali, para onde iríamos depois.
Muitos milénios se passaram até que conseguíssemos descobrir algo dentro de nós a que chamamos “consciência”.
E, mesmo depois de termos percebido a consciência, muitos séculos foram precisos para amadurecê-la.
Esse amadurecimento não quer dizer, de forma alguma, que já sabemos ouvir e obedecer a consciência.
Estamos na fase de esforço para isso.
Por enquanto a maioria das pessoas percebe a consciência apenas como geradora da dor da culpa.
O sentimento de culpa atinge quase todos.
Recebo relatos de pessoas que sofrem muito com suas culpas, às vezes originadas de situações graves, às vezes surgidas a partir de coisas aparentemente banais.
Mas muitos se culpam por muitas coisas, e a culpa os paralisa.
É da consciência que nasce a culpa, mas não é essa a função da consciência.
Ao percebermos que cometemos um erro, devíamos passar directamente para o estágio do arrependimento – a necessidade íntima de desfazer o que foi feito, de tentar consertar, remendar, reajustar, ou, se isso não for mais possível, pelo menos compensar de alguma forma.
Mas às vezes a consciência estaciona no sentimento de culpa.
O sentimento de culpa é o colapso da consciência.
A consciência culpada esgota, num período de tempo mais ou menos longo, as possibilidades de reacção, de achar uma saída para o estado de auto-acusação depressiva.
Embora a culpa exerça o seu papel de depurar os sentimentos, ela não é, de modo algum, necessária.
Podemos nos arrepender, sentir a dor inevitável pelo erro que cometemos, mas agir imediatamente para buscar a recuperação emocional.
Sem acção tudo parece difícil.
O arrependimento pressupõe acção, pois é o ímpeto de cometer acção contrária à que ocasionou sua tristeza.
O arrependimento é a dor sentida pela dor causada.
Por isso o arrependido desenvolve o firme propósito de não repetir o erro, de reparar o dano causado ou de compensar o erro com acertos.
O espírito arrependido está em processo de auto-cura.
Sabe da gravidade do seu erro, sabe que não deve repeti-lo e sabe que deve caminhar na direcção contrária à que gerou o erro.
É o arrependimento que nos leva a nos comprometermos com o reajuste em relação a outros espíritos.
É o arrependimento que norteia os rumos parcialmente traçados antes de nosso reencarne.
Nem sempre nos mantemos firmes nas resoluções tomadas antes de reencarnarmos.
Sem a lembrança viva de nossos erros passados, sem a imagem clara do arrependimento que os desvios do passado causaram, podemos deixar de cumprir o que nos propusemos ou até mesmo repetir os mesmos erros que viemos compensar.
Por isso a importância de prestarmos atenção aos nossos pontos fracos.
Se analisarmos com cuidado, não são muitos.
As falhas de carácter que realmente nos fragilizam são poucas, mas são as mesmas há séculos e séculos.
É sobre elas que devemos concentrar nossos esforços, direccionar nossas energias e transformar essa superação em força e entusiasmo pela Vida.
Do site Espírito Imortal
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Prazer & felicidade
A felicidade é a conquista maior dos mansos
Prazer e felicidade – etimologicamente – são substantivos, mas na vivência não têm a mesma classificação ou significado.
É o que podemos depreender dos ensinos dos Amigos Espirituais.
Da lavra mediúnica de Divaldo Pereira Franco, vejamos o pensamento de Marco Prisco[1]:
“a felicidade é uma atitude perante a vida.
Aquela que decorre do que se tem, logo se converte em tormento pela ambição de mais se ter ou pelo medo de perder o que já se possui.
Mas a presença da felicidade na existência nada mais é que segurança interior diante da vida.
Valorizando o que sabe e o que é, realmente, você conquistará a bênção da felicidade.
Quem trabalha em favor da auto-iluminação já descobriu o meio mais eficaz para a conquista da felicidade.
Você vale pelo que fez de si mesmo e não pelo que dizem a seu respeito.
Mediante essa compreensão, a felicidade já se encontra ao seu alcance.
Caso você haja descoberto que é imortal e se entrega ao crescimento moral, adquiriu já a base para a felicidade sem jaça.
Cumpra com o seu dever, seja qual for, por mais insignificante que pareça, e a alegria da consciência tranquila se aureolará das bênçãos da felicidade.
Títulos de engrandecimento social, trajes faustosos, postos de destaque, funções honrosas, aplauso e distinções, recursos amoedados e triunfos terrenos podem propiciar prazeres, exaltar a vaidade e a presunção, mas ficarão na Terra, quando você viajar de retorno ao Grande Lar, mas o que você renunciou, amou, realizou pelo bem do próximo e por si mesmo, seguirá com você em forma de felicidade que será fruída desde antes da desencarnação”.
Joanna de Ângelis[2] explica:
“(...) A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros, na qual a cada um falta algo que não conseguirá conquistar, visto que a escassez de agora é consequência do desperdício de outrora.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza para o portal de luz, avançando pelo rumo novo...
Oportunamente descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
Embora a felicidade seja anelo de toda criatura, não a devemos buscar neste mundo.
Não nos olvidemos que estamos degredados na Terra, portanto, a felicidade sem mescla não poderá ser lograda aqui, mas atingida tão somente quando rompermos os liames que nos mantêm cativos na matéria.
(...) Na Terra, a felicidade somente é possível quando alguém se esquece de si mesmo para pensar e fazer tudo que lhe seja possível em favor de seu próximo”.
Ensina Léon Denis[3]:
“(...) A verdadeira felicidade neste mundo está na proporção do esquecimento próprio.
Ela não está nas coisas externas nem nos acasos do exterior, mas somente em nós mesmos, na vida interna que soubermos criar.
Que importa que o Céu esteja escuro por cima de nossas cabeças e os homens sejam ruins em volta de nós, se tivermos a luz na fronte, alegria do bem e a liberdade moral no coração?
Se, porém, eu tiver vergonha de mim mesmo, se o mal tiver invadido meu pensamento, se o crime e a traição habitarem em mim, todos os favores e todas as felicidades da Terra não me restituirão a paz silenciosa e a alegria da consciência.
O sábio cria, desde este mundo, para si mesmo, um refúgio seguro, um lugar sagrado, um retiro profundo aonde não chegam as discórdias e as contrariedades do exterior.
Do mesmo modo, na vida do Espaço, a sanção do dever e a realização da justiça são de ordem inteiramente íntima; cada alma traz em si sua claridade ou sua sombra, seu paraíso ou seu inferno”.
Segundo registo do Eclesiastes, “a felicidade não é deste mundo”; mas, sem embargo, com a explicação de Fénelon[4], podemos ver a situação sob outro ponto de vista, pois, esse nobre
Espírito, que tantas páginas de luz ofereceu à Codificação, afirmou:
“(...) malgrado o cortejo inevitável das vicissitudes terrestres, nós podemos gozar de relativa felicidade, se não a procurarmos nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar[5] dos gozos celestes, imperecíveis.
A única felicidade real neste mundo é a paz do coração”.
Aprendemos com o Espírito Albert Camus[6]:
“(...) A ânsia maior e incontida dos seres é a felicidade, na maior parte das vezes confundida com o prazer.
Os humanos têm ainda momentos de prazer, instantes de glória e, sem sequer cogitar que estes são ensaios para a vivência da felicidade, ou se contentam e buscam suas repetitivas sensações, ou se revoltam e anseiam sempre mais, numa luta desenfreada e ansiosa, num desequilíbrio de ambições que jamais os conduzirão ao que sonham.
Prazer e felicidade – etimologicamente – são substantivos, mas na vivência não têm a mesma classificação ou significado.
É o que podemos depreender dos ensinos dos Amigos Espirituais.
Da lavra mediúnica de Divaldo Pereira Franco, vejamos o pensamento de Marco Prisco[1]:
“a felicidade é uma atitude perante a vida.
Aquela que decorre do que se tem, logo se converte em tormento pela ambição de mais se ter ou pelo medo de perder o que já se possui.
Mas a presença da felicidade na existência nada mais é que segurança interior diante da vida.
Valorizando o que sabe e o que é, realmente, você conquistará a bênção da felicidade.
Quem trabalha em favor da auto-iluminação já descobriu o meio mais eficaz para a conquista da felicidade.
Você vale pelo que fez de si mesmo e não pelo que dizem a seu respeito.
Mediante essa compreensão, a felicidade já se encontra ao seu alcance.
Caso você haja descoberto que é imortal e se entrega ao crescimento moral, adquiriu já a base para a felicidade sem jaça.
Cumpra com o seu dever, seja qual for, por mais insignificante que pareça, e a alegria da consciência tranquila se aureolará das bênçãos da felicidade.
Títulos de engrandecimento social, trajes faustosos, postos de destaque, funções honrosas, aplauso e distinções, recursos amoedados e triunfos terrenos podem propiciar prazeres, exaltar a vaidade e a presunção, mas ficarão na Terra, quando você viajar de retorno ao Grande Lar, mas o que você renunciou, amou, realizou pelo bem do próximo e por si mesmo, seguirá com você em forma de felicidade que será fruída desde antes da desencarnação”.
Joanna de Ângelis[2] explica:
“(...) A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros, na qual a cada um falta algo que não conseguirá conquistar, visto que a escassez de agora é consequência do desperdício de outrora.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza para o portal de luz, avançando pelo rumo novo...
Oportunamente descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
Embora a felicidade seja anelo de toda criatura, não a devemos buscar neste mundo.
Não nos olvidemos que estamos degredados na Terra, portanto, a felicidade sem mescla não poderá ser lograda aqui, mas atingida tão somente quando rompermos os liames que nos mantêm cativos na matéria.
(...) Na Terra, a felicidade somente é possível quando alguém se esquece de si mesmo para pensar e fazer tudo que lhe seja possível em favor de seu próximo”.
Ensina Léon Denis[3]:
“(...) A verdadeira felicidade neste mundo está na proporção do esquecimento próprio.
Ela não está nas coisas externas nem nos acasos do exterior, mas somente em nós mesmos, na vida interna que soubermos criar.
Que importa que o Céu esteja escuro por cima de nossas cabeças e os homens sejam ruins em volta de nós, se tivermos a luz na fronte, alegria do bem e a liberdade moral no coração?
Se, porém, eu tiver vergonha de mim mesmo, se o mal tiver invadido meu pensamento, se o crime e a traição habitarem em mim, todos os favores e todas as felicidades da Terra não me restituirão a paz silenciosa e a alegria da consciência.
O sábio cria, desde este mundo, para si mesmo, um refúgio seguro, um lugar sagrado, um retiro profundo aonde não chegam as discórdias e as contrariedades do exterior.
Do mesmo modo, na vida do Espaço, a sanção do dever e a realização da justiça são de ordem inteiramente íntima; cada alma traz em si sua claridade ou sua sombra, seu paraíso ou seu inferno”.
Segundo registo do Eclesiastes, “a felicidade não é deste mundo”; mas, sem embargo, com a explicação de Fénelon[4], podemos ver a situação sob outro ponto de vista, pois, esse nobre
Espírito, que tantas páginas de luz ofereceu à Codificação, afirmou:
“(...) malgrado o cortejo inevitável das vicissitudes terrestres, nós podemos gozar de relativa felicidade, se não a procurarmos nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar[5] dos gozos celestes, imperecíveis.
A única felicidade real neste mundo é a paz do coração”.
Aprendemos com o Espírito Albert Camus[6]:
“(...) A ânsia maior e incontida dos seres é a felicidade, na maior parte das vezes confundida com o prazer.
Os humanos têm ainda momentos de prazer, instantes de glória e, sem sequer cogitar que estes são ensaios para a vivência da felicidade, ou se contentam e buscam suas repetitivas sensações, ou se revoltam e anseiam sempre mais, numa luta desenfreada e ansiosa, num desequilíbrio de ambições que jamais os conduzirão ao que sonham.
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