Momentos Espíritas III
Página 32 de 41
Página 32 de 41 • 1 ... 17 ... 31, 32, 33 ... 36 ... 41
A ideia de Deus
O físico alemão Albert Einstein que, entre seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade, escreveu interessante depoimento, que merece ser lido, ouvido e meditado:
A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro.
Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.
Não há oposição entre a ciência e a religião.
Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.
No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor.
Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reacções dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
Alguns O representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos.
Desejam colocá-lO ao seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.
É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.
Outros O representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, o entendem como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.
Este é o semeador da verdadeira ciência.
Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa sonhar e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas.
Esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos.
Essa convicção, profundamente emocional, na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus.
Quando o homem se detém a contemplar o fulgor das estrelas no firmamento, constata a grandeza da Criação.
Sente emocionado a presença da Divindade a se reflectir em cada astro, em pleno universo.
E constata que, sem o amor de Deus que tudo vitaliza, a Criação voltaria ao caos do princípio.
Momento Espírita com base no texto A fé de Einstein, do site http://www.guia.heu.nom.br/fe_de_albert_einstein.htm e no verbete Deus, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro.
Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.
Não há oposição entre a ciência e a religião.
Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.
No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor.
Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reacções dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
Alguns O representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos.
Desejam colocá-lO ao seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.
É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.
Outros O representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, o entendem como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.
Este é o semeador da verdadeira ciência.
Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa sonhar e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas.
Esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos.
Essa convicção, profundamente emocional, na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus.
Quando o homem se detém a contemplar o fulgor das estrelas no firmamento, constata a grandeza da Criação.
Sente emocionado a presença da Divindade a se reflectir em cada astro, em pleno universo.
E constata que, sem o amor de Deus que tudo vitaliza, a Criação voltaria ao caos do princípio.
Momento Espírita com base no texto A fé de Einstein, do site http://www.guia.heu.nom.br/fe_de_albert_einstein.htm e no verbete Deus, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Não somos uma ilha
Em tudo que fazemos afectamos as pessoas de três modos:
alteramos o seu tempo, a sua memória e as suas reacções.
Os mínimos comportamentos podem interferir na História da Humanidade.
Quando um índio, em uma tribo isolada da Amazónia, abate um pássaro, ele afecta a História.
O pássaro não porá ovos, que não serão chocados e não gerarão descendentes.
Isso afectará o consumo das sementes, dos predadores e toda a cadeia alimentar.
Afectará o eco-sistema, a biosfera terrestre.
A ausência do pássaro abatido afectará o processo de observação dos biólogos, interferindo em suas pesquisas, seus livros, sua universidade e sua sociedade.
Quando um aluno tem problemas na leitura, perante uma classe e é obrigado a repetir, muitas vezes, o mesmo trecho, sob o deboche dos colegas, regista a experiência.
Isso pode se transformar em um bloqueio da sua inteligência.
Pode gerar gagueira, insegurança, afectando de forma drástica seu futuro como pai e como profissional.
Eventualmente, poderá nunca mais conseguir falar em público.
Uma pessoa que se suicida altera o tempo dos amigos e dos parentes.
Ele despedaçará a emoção e a memória deles.
Terão lembranças tristes, pensamentos perturbadores que afectarão as suas histórias.
Consequentemente, cada um deles interferirá na história de outras pessoas, alterando o futuro da sociedade.
Quando Hitler se mudou para Viena, em 1908, tinha o objectivo de se tornar um pintor.
Rejeitado pelo professor da Academia de Belas Artes, ele teve afectada a sua afectividade, a sua emotividade.
Tudo isso influenciou sua compreensão do mundo, suas reacções, sua luta no partido nazista, sua prisão e seu livro.
O processo interferiu na Segunda Guerra Mundial, afectando a Europa, o Japão, a Rússia, os Estados Unidos.
Os rumos da Humanidade foram alterados.
É possível que, se Hitler tivesse sido aceito na Escola de Belas Artes, tivéssemos um artista plástico medíocre.
Mas não um dos maiores sociopatas da História.
Não que a sociopatia de Hitler seria resolvida pelo seu ingresso nas artes, mas poderia ter sido abrandada.
Ou até mesmo deixado de se manifestar.
Não somos uma ilha.
Somos uma grande família.
Uma única espécie.
Dessa forma, cada um de nós é responsável, em maior ou menor proporção, pela violência do mundo, pelo terrorismo, pela fome.
O que fazemos influencia as pessoas que influenciam outras, que alimentam os sistemas e desencadeiam reacções.
Somos mutuamente afectados pelas reacções uns dos outros.
Assistir a um filme, conversar com um amigo, elogiar alguém, promover um acto cívico, auxiliar a outrem, acolher uma criança, pode mudar pouco ou muito o curso de nossas vidas.
O que fazemos afecta a nossa vida e a de outras pessoas.
Pensemos, assim, em tudo que dizemos e façamos.
Em meio a um incêndio, podemos usar nosso verbo para acalmar as pessoas ou para aumentar o desespero.
Da nossa forma de agir poderão resultar muitas mortes ou muitas vidas salvas.
Pensemos nisso, antes de agir, no próximo minuto.
Somos responsáveis pelo mundo.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro O futuro da Humanidade – a saga de Marco Polo, de Augusto Cury, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
alteramos o seu tempo, a sua memória e as suas reacções.
Os mínimos comportamentos podem interferir na História da Humanidade.
Quando um índio, em uma tribo isolada da Amazónia, abate um pássaro, ele afecta a História.
O pássaro não porá ovos, que não serão chocados e não gerarão descendentes.
Isso afectará o consumo das sementes, dos predadores e toda a cadeia alimentar.
Afectará o eco-sistema, a biosfera terrestre.
A ausência do pássaro abatido afectará o processo de observação dos biólogos, interferindo em suas pesquisas, seus livros, sua universidade e sua sociedade.
Quando um aluno tem problemas na leitura, perante uma classe e é obrigado a repetir, muitas vezes, o mesmo trecho, sob o deboche dos colegas, regista a experiência.
Isso pode se transformar em um bloqueio da sua inteligência.
Pode gerar gagueira, insegurança, afectando de forma drástica seu futuro como pai e como profissional.
Eventualmente, poderá nunca mais conseguir falar em público.
Uma pessoa que se suicida altera o tempo dos amigos e dos parentes.
Ele despedaçará a emoção e a memória deles.
Terão lembranças tristes, pensamentos perturbadores que afectarão as suas histórias.
Consequentemente, cada um deles interferirá na história de outras pessoas, alterando o futuro da sociedade.
Quando Hitler se mudou para Viena, em 1908, tinha o objectivo de se tornar um pintor.
Rejeitado pelo professor da Academia de Belas Artes, ele teve afectada a sua afectividade, a sua emotividade.
Tudo isso influenciou sua compreensão do mundo, suas reacções, sua luta no partido nazista, sua prisão e seu livro.
O processo interferiu na Segunda Guerra Mundial, afectando a Europa, o Japão, a Rússia, os Estados Unidos.
Os rumos da Humanidade foram alterados.
É possível que, se Hitler tivesse sido aceito na Escola de Belas Artes, tivéssemos um artista plástico medíocre.
Mas não um dos maiores sociopatas da História.
Não que a sociopatia de Hitler seria resolvida pelo seu ingresso nas artes, mas poderia ter sido abrandada.
Ou até mesmo deixado de se manifestar.
Não somos uma ilha.
Somos uma grande família.
Uma única espécie.
Dessa forma, cada um de nós é responsável, em maior ou menor proporção, pela violência do mundo, pelo terrorismo, pela fome.
O que fazemos influencia as pessoas que influenciam outras, que alimentam os sistemas e desencadeiam reacções.
Somos mutuamente afectados pelas reacções uns dos outros.
Assistir a um filme, conversar com um amigo, elogiar alguém, promover um acto cívico, auxiliar a outrem, acolher uma criança, pode mudar pouco ou muito o curso de nossas vidas.
O que fazemos afecta a nossa vida e a de outras pessoas.
Pensemos, assim, em tudo que dizemos e façamos.
Em meio a um incêndio, podemos usar nosso verbo para acalmar as pessoas ou para aumentar o desespero.
Da nossa forma de agir poderão resultar muitas mortes ou muitas vidas salvas.
Pensemos nisso, antes de agir, no próximo minuto.
Somos responsáveis pelo mundo.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro O futuro da Humanidade – a saga de Marco Polo, de Augusto Cury, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Descobrindo Deus
A grande paixão do escritor Antoine de Saint-Exupéry era a aviação e se notabilizou como pioneiro da aviação comercial no mundo.
Foi destacado, pelo governo francês, para fazer a linha do correio aéreo Toulouse-Casablanca-Dakar-Casablanca.
Jovem, entusiasta, ele considerava que religião, conceito de Divindade eram questões de secundária importância.
Num desses voos, acompanhado pelo seu mecânico de bordo em um avião monomotor, foi vítima de uma pane.
O avião caiu no deserto do Saara.
Preparou-se para morrer.
Não havia a mínima possibilidade de sobrevivência.
Durante o dia, as temperaturas eram muito altas.
À noite, desciam a vários graus negativos.
Antoine e seu mecânico passaram a primeira noite de angústia.
No dia seguinte, ele já esperava a morte, quando foi surpreendido pela presença de um pequeno rato do deserto, que transitava entre as dunas.
Teve uma inspiração:
se havia um animal, havia água.
Por consequência, uma possibilidade de vida.
Ele acompanhou o animalzinho correndo pelo deserto por algum tempo e chegou a uma duna que parecia fixa.
Em uma das faces havia humidade e na humidade havia vários gravetos.
Muitos caracóis estavam ali e também a comunidade de ratinhos, que se alimentavam de uma forma muito especial:
eles comiam os caracóis velhos e poupavam os novos.
Exupéry passou o dia a observar aquilo.
De repente, deu um grito:
Era possível haver Deus!
Como aqueles animais podiam entender assim de sobrevivência?
Se eles devorassem os caracóis mais novos, naturalmente se extinguiria a colónia, que era a fonte de vida.
E todos morreriam.
Tomado de grande alegria, saiu a correr.
À distância, viu o mecânico que lhe acenava com uma camisa.
Ele gritava que o avião estava funcionando.
Em determinado momento, explicou depois, ele movera a hélice e o motor funcionara.
Parecia um milagre!
Exupéry alcançou o avião e chegou a Dakar, são e salvo.
Deus existe. Não há dúvidas.
Basta que se observe o instinto dos animais.
Qual o engenheiro que ensinou ao João-de-Barro como ele deve construir a sua casa, para proteger a prole dos ventos invernais?
Qual o farmacêutico que mostrou ao cão qual a erva que ele deve comer para determinadas indisposições?
Quem foi o arquitecto que estabeleceu as linhas mestras aos passarinhos para entretecerem seus ninhos com tanto esmero?
Qual o técnico vocal que adestrou as aves para que atinjam notas graves e agudas, em perfeita harmonia?
Quem leccionou paciência à pantera para o êxito da sua caça?
Quem informou às tartarugas, que nascem nas areias escaldantes, que a sua segurança está em atingir, com muita rapidez, as águas protectoras?
Por fim, qual o aviador que deu lições à águia, ao condor?
Quem os ensinou a planar, a envergar as asas, a alcançar alturas ou fazer voos rasantes?
A tudo isso, somente cabe uma única resposta: Deus!
Deus que tudo faz, tudo vê, tudo provê.
Momento Espírita, com base nas Palavras iniciais, do livro Conversa fraterna, de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Foi destacado, pelo governo francês, para fazer a linha do correio aéreo Toulouse-Casablanca-Dakar-Casablanca.
Jovem, entusiasta, ele considerava que religião, conceito de Divindade eram questões de secundária importância.
Num desses voos, acompanhado pelo seu mecânico de bordo em um avião monomotor, foi vítima de uma pane.
O avião caiu no deserto do Saara.
Preparou-se para morrer.
Não havia a mínima possibilidade de sobrevivência.
Durante o dia, as temperaturas eram muito altas.
À noite, desciam a vários graus negativos.
Antoine e seu mecânico passaram a primeira noite de angústia.
No dia seguinte, ele já esperava a morte, quando foi surpreendido pela presença de um pequeno rato do deserto, que transitava entre as dunas.
Teve uma inspiração:
se havia um animal, havia água.
Por consequência, uma possibilidade de vida.
Ele acompanhou o animalzinho correndo pelo deserto por algum tempo e chegou a uma duna que parecia fixa.
Em uma das faces havia humidade e na humidade havia vários gravetos.
Muitos caracóis estavam ali e também a comunidade de ratinhos, que se alimentavam de uma forma muito especial:
eles comiam os caracóis velhos e poupavam os novos.
Exupéry passou o dia a observar aquilo.
De repente, deu um grito:
Era possível haver Deus!
Como aqueles animais podiam entender assim de sobrevivência?
Se eles devorassem os caracóis mais novos, naturalmente se extinguiria a colónia, que era a fonte de vida.
E todos morreriam.
Tomado de grande alegria, saiu a correr.
À distância, viu o mecânico que lhe acenava com uma camisa.
Ele gritava que o avião estava funcionando.
Em determinado momento, explicou depois, ele movera a hélice e o motor funcionara.
Parecia um milagre!
Exupéry alcançou o avião e chegou a Dakar, são e salvo.
Deus existe. Não há dúvidas.
Basta que se observe o instinto dos animais.
Qual o engenheiro que ensinou ao João-de-Barro como ele deve construir a sua casa, para proteger a prole dos ventos invernais?
Qual o farmacêutico que mostrou ao cão qual a erva que ele deve comer para determinadas indisposições?
Quem foi o arquitecto que estabeleceu as linhas mestras aos passarinhos para entretecerem seus ninhos com tanto esmero?
Qual o técnico vocal que adestrou as aves para que atinjam notas graves e agudas, em perfeita harmonia?
Quem leccionou paciência à pantera para o êxito da sua caça?
Quem informou às tartarugas, que nascem nas areias escaldantes, que a sua segurança está em atingir, com muita rapidez, as águas protectoras?
Por fim, qual o aviador que deu lições à águia, ao condor?
Quem os ensinou a planar, a envergar as asas, a alcançar alturas ou fazer voos rasantes?
A tudo isso, somente cabe uma única resposta: Deus!
Deus que tudo faz, tudo vê, tudo provê.
Momento Espírita, com base nas Palavras iniciais, do livro Conversa fraterna, de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
As energias da alma
O quarto dele mais parecia um depósito.
Sobre um móvel havia quadros, fotos, tudo amontoado, sem ordem alguma.
Pelo chão, estavam espalhadas caixas de aparelhos electrónicos, há muito tempo sem utilidade.
Pastas, cadernos, livros, papéis faziam pilhas pelos cantos, em cima de mesas e cadeiras.
Numa grande estante, estavam fitas cassete, de vídeo, DVDs e CDs.
Notava-se, além da desorganização, o desleixo, porque uma grossa camada de poeira podia ser vista.
O armário, por sua vez, mal podia ter as portas encostadas, abarrotado que estava de roupas, casacos, sapatos, chinelos.
Interessante que a quase totalidade desses itens já não lhe servia.
No entanto, tudo ficava ali guardado para ser utilizado, algum dia.
A casa toda era uma grande confusão, demonstrando que organização e limpeza, andavam longe dali, há muito tempo.
A organização do ambiente em que vivemos ou no qual trabalhamos, dos móveis, objectos, roupas, retratam o nosso mundo interior.
Por causa disso, importante aprendamos a renovar a energia dos ambientes em que nos encontramos, abrindo janelas, permitindo que os raios do sol a tudo invadam e que o vento realize a sua visita benfazeja, varrendo para longe os miasmas acumulados.
Da mesma forma, nos disciplinarmos para manter estantes e armários organizados, descartando ou doando a terceiros tudo o que não mais nos seja de utilidade.
Roupas que permanecem o verão, primavera, outono e inverno sem deixarem as gavetas, as prateleiras, estão exigindo doação.
Quando abrimos espaços em caixas, baús, estantes, ao mesmo tempo estamos dilatando nossas próprias percepções mentais.
Arejando a casa, o escritório, igualmente arejamos a mente.
E se nos dispomos a doar roupas e utensílios que não nos estão sendo úteis, pensemos em quantos benefícios poderemos proporcionar a quem deles necessita.
Dilatando espaços físicos, nos sentiremos mais leves, com um ar de renovação a nos envolver.
Com o nosso ambiente externo organizado, é igualmente importante analisar mais profundamente outra situação.
Na maioria das vezes, também costumamos guardar entulho dentro de nós mesmos.
São mágoas, desgostos, tristezas, sofrimentos passados, lembranças de dores vividas e revividas que vamos arquivando na intimidade.
E se objectos amontoados se enchem de poeira e roupas encerradas em armários tendem a ficar emboloradas e se tornarem alimento para traças, esses sentimentos e emoções retidos em nossa intimidade, somente nos causam incómodos, desconforto, gerando doenças.
E, da mesma forma que a luz solar fica impedida de adentrar um local abarrotado de coisas, a luz do amor fica impossibilitada de adentrar um coração cheio de sentimentos negativos.
Para nosso próprio bem, façamos circular as energias, as boas energias.
Ventilemos os ambientes externos, organizando e retirando o que não usamos, e renovemos nossos sentimentos, deixando o amor fluir.
A higiene física nos auxilia a ter boa saúde. As boas energias da alma nos auxiliam a manter o equilíbrio interior.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sobre um móvel havia quadros, fotos, tudo amontoado, sem ordem alguma.
Pelo chão, estavam espalhadas caixas de aparelhos electrónicos, há muito tempo sem utilidade.
Pastas, cadernos, livros, papéis faziam pilhas pelos cantos, em cima de mesas e cadeiras.
Numa grande estante, estavam fitas cassete, de vídeo, DVDs e CDs.
Notava-se, além da desorganização, o desleixo, porque uma grossa camada de poeira podia ser vista.
O armário, por sua vez, mal podia ter as portas encostadas, abarrotado que estava de roupas, casacos, sapatos, chinelos.
Interessante que a quase totalidade desses itens já não lhe servia.
No entanto, tudo ficava ali guardado para ser utilizado, algum dia.
A casa toda era uma grande confusão, demonstrando que organização e limpeza, andavam longe dali, há muito tempo.
A organização do ambiente em que vivemos ou no qual trabalhamos, dos móveis, objectos, roupas, retratam o nosso mundo interior.
Por causa disso, importante aprendamos a renovar a energia dos ambientes em que nos encontramos, abrindo janelas, permitindo que os raios do sol a tudo invadam e que o vento realize a sua visita benfazeja, varrendo para longe os miasmas acumulados.
Da mesma forma, nos disciplinarmos para manter estantes e armários organizados, descartando ou doando a terceiros tudo o que não mais nos seja de utilidade.
Roupas que permanecem o verão, primavera, outono e inverno sem deixarem as gavetas, as prateleiras, estão exigindo doação.
Quando abrimos espaços em caixas, baús, estantes, ao mesmo tempo estamos dilatando nossas próprias percepções mentais.
Arejando a casa, o escritório, igualmente arejamos a mente.
E se nos dispomos a doar roupas e utensílios que não nos estão sendo úteis, pensemos em quantos benefícios poderemos proporcionar a quem deles necessita.
Dilatando espaços físicos, nos sentiremos mais leves, com um ar de renovação a nos envolver.
Com o nosso ambiente externo organizado, é igualmente importante analisar mais profundamente outra situação.
Na maioria das vezes, também costumamos guardar entulho dentro de nós mesmos.
São mágoas, desgostos, tristezas, sofrimentos passados, lembranças de dores vividas e revividas que vamos arquivando na intimidade.
E se objectos amontoados se enchem de poeira e roupas encerradas em armários tendem a ficar emboloradas e se tornarem alimento para traças, esses sentimentos e emoções retidos em nossa intimidade, somente nos causam incómodos, desconforto, gerando doenças.
E, da mesma forma que a luz solar fica impedida de adentrar um local abarrotado de coisas, a luz do amor fica impossibilitada de adentrar um coração cheio de sentimentos negativos.
Para nosso próprio bem, façamos circular as energias, as boas energias.
Ventilemos os ambientes externos, organizando e retirando o que não usamos, e renovemos nossos sentimentos, deixando o amor fluir.
A higiene física nos auxilia a ter boa saúde. As boas energias da alma nos auxiliam a manter o equilíbrio interior.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Apontamento
Manifestaste indisfarçável aborrecimento, ante as observações paternas que te contrariaram os propósitos impensados.
Ontem, abusaste da alimentação, hoje pretendias uma excursão inconveniente.
Referiu-se teu pai às necessidades do espírito, com acentuada tristeza; todavia, longe de lhe entenderes a nobreza do gesto, buscaste, intempestivo, os braços maternos, na ânsia incontida de aprovação aos teus caprichos juvenis.
Foste, porém, injusto.
O jovem que recusa a orientação acertada dos mais velhos que lhe desejam o bem, procede qual lavrador leviano que reprova a boa semente.
Estimas as longas incursões no pomar, quando as laranjeiras se cobrem de frutos e quando a parreira deita uvas doces.
Acreditas, no entanto, que as árvores excelentes teriam crescido sem cuidado? admites que a vinha não necessitou de amparo em pequena?
Todas as plantas, mormente as mais tenras, sofrem insistentes perseguições de detritos e vermes.
Sem carinhosas mãos que as protejam, ser-lhes-ia impraticável o desenvolvimento e a frutificação; muitos dias de vigilância requerem do pomicultor antes de nos atenderem na chácara.
Ignoras que o mesmo acontece no campo do coração?
As más experiências de uma criança acompanham-na a vida inteira.
Diz antigo provérbio:
“com o tempo, a folha da amoreira converte-se em veludoso cetim”; mas não podemos esquecer que também com o tempo as águas desamparadas e esquecidas se transformam em pântano.
Não te revoltes contra a sementeira de reflexão e bondade que o carinho paterno realiza em teu espírito.
Sobretudo, não te impressiones com a fantasiosa opinião de colegas da rua.
O tempo dará corpo aos princípios inferiores ou superiores que abraçares e, enquanto o companheiro estranho ao teu lar pode ser o amigo de alguns dias, teu pai ser-te-á o amigo e benfeitor de muitos anos.
Neio Lúcio
Do livro Alvorada Cristã, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ontem, abusaste da alimentação, hoje pretendias uma excursão inconveniente.
Referiu-se teu pai às necessidades do espírito, com acentuada tristeza; todavia, longe de lhe entenderes a nobreza do gesto, buscaste, intempestivo, os braços maternos, na ânsia incontida de aprovação aos teus caprichos juvenis.
Foste, porém, injusto.
O jovem que recusa a orientação acertada dos mais velhos que lhe desejam o bem, procede qual lavrador leviano que reprova a boa semente.
Estimas as longas incursões no pomar, quando as laranjeiras se cobrem de frutos e quando a parreira deita uvas doces.
Acreditas, no entanto, que as árvores excelentes teriam crescido sem cuidado? admites que a vinha não necessitou de amparo em pequena?
Todas as plantas, mormente as mais tenras, sofrem insistentes perseguições de detritos e vermes.
Sem carinhosas mãos que as protejam, ser-lhes-ia impraticável o desenvolvimento e a frutificação; muitos dias de vigilância requerem do pomicultor antes de nos atenderem na chácara.
Ignoras que o mesmo acontece no campo do coração?
As más experiências de uma criança acompanham-na a vida inteira.
Diz antigo provérbio:
“com o tempo, a folha da amoreira converte-se em veludoso cetim”; mas não podemos esquecer que também com o tempo as águas desamparadas e esquecidas se transformam em pântano.
Não te revoltes contra a sementeira de reflexão e bondade que o carinho paterno realiza em teu espírito.
Sobretudo, não te impressiones com a fantasiosa opinião de colegas da rua.
O tempo dará corpo aos princípios inferiores ou superiores que abraçares e, enquanto o companheiro estranho ao teu lar pode ser o amigo de alguns dias, teu pai ser-te-á o amigo e benfeitor de muitos anos.
Neio Lúcio
Do livro Alvorada Cristã, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Transformando pedras em pães
Conta-se que Frei Bartolomeu dos Mártires viveu para servir.
Era português, da cidade de Braga.
Certa feita, na comunidade em que oferecia do seu trabalho, resolveram construir uma catedral monumental.
Um templo de grandes proporções, que pudesse abrigar multidões.
Para isso, os nobres se reuniram e acertaram de anualmente, contribuírem com elevadas somas.
Começou a construção.
Ergueram-se as colunas, as paredes, chegou-se ao tecto.
Foi então que Frei Bartolomeu percebeu que uma crise havia chegado ao país, atingindo o povo.
Os menos favorecidos lutavam contra a fome, a miséria, as doenças.
Como chefe daquela comunidade religiosa, ele tinha à sua disposição todo aquele dinheiro arrecadado, cuja administração lhe competia.
Especialmente, é claro, para a construção da catedral.
Naquele ano, ele deixou a catedral parada.
Ela tinha tecto, pensou. Podia esperar.
Os nobres, no entanto, prosseguiram a entregar elevadas somas.
No segundo ano, a construção continuou parada.
Também no terceiro, no quarto, no quinto.
Dez anos depois, a catedral estava do mesmo jeito.
Nada de ficar pronta.
Embora confiassem em Frei Bartolomeu, os nobres se reuniram, organizaram uma comissão e seis deles foram conversar com o Frei.
Amigo de todos, ele os recebeu fraternalmente e os escutou.
Por fim, respondeu:
De acordo com a minha contabilidade, há mais de duas mil famílias em necessidade.
Como pai espiritual de todas elas, não posso permitir que meus filhos passem fome.
Tudo tem sido gasto com a nossa própria gente.
Um deles disse:
Mas Frei, está certo que o senhor ajude essas criaturas.
Poderia retirar uma pequena percentagem da soma que lhe entregamos.
O velho Frei suspirou, ergueu os ombros, uniu as mãos e respondeu:
Os senhores me fazem uma proposta muito curiosa.
Vejam bem.
Lê-se no Evangelho que Jesus no deserto foi convidado a transformar pedras em pães.
Os senhores, entretanto, estão me pedindo justamente o contrário:
que eu transforme pães em pedras.
Tinha razão o pastor daquelas almas.
A vida humana nos merece todo respeito.
Em se falando sobre direito, o primeiro de toda criatura é o de viver.
Portanto, alimentar corpos, prover as necessidades básicas dos nossos irmãos se constitui não em caridade mas em dever de irmão para com seu irmão.
Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.
No que diz respeito à caridade, o Mestre de Nazaré não se limita a recomendá-la.
Ele a coloca claramente como condição absoluta da felicidade:
Vinde, benditos de meu pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
Porque tive fome, e me destes de comer.
Tive sede, e me destes de beber.
Era estrangeiro, e me hospedastes.
Estava nu, e me vestistes.
Adoeci, e me visitastes.
Estive na prisão, e me fostes ver.
Em verdade vos digo que quando o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
E sintetizando a lição, recomendou:
Amai-vos uns aos outros.
Praticai o bem sem ostentação.
Fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem.
Momento Espírita, com transcrição do Evangelho de Mateus, cap. 25, versículos 34 a 36 e 40.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era português, da cidade de Braga.
Certa feita, na comunidade em que oferecia do seu trabalho, resolveram construir uma catedral monumental.
Um templo de grandes proporções, que pudesse abrigar multidões.
Para isso, os nobres se reuniram e acertaram de anualmente, contribuírem com elevadas somas.
Começou a construção.
Ergueram-se as colunas, as paredes, chegou-se ao tecto.
Foi então que Frei Bartolomeu percebeu que uma crise havia chegado ao país, atingindo o povo.
Os menos favorecidos lutavam contra a fome, a miséria, as doenças.
Como chefe daquela comunidade religiosa, ele tinha à sua disposição todo aquele dinheiro arrecadado, cuja administração lhe competia.
Especialmente, é claro, para a construção da catedral.
Naquele ano, ele deixou a catedral parada.
Ela tinha tecto, pensou. Podia esperar.
Os nobres, no entanto, prosseguiram a entregar elevadas somas.
No segundo ano, a construção continuou parada.
Também no terceiro, no quarto, no quinto.
Dez anos depois, a catedral estava do mesmo jeito.
Nada de ficar pronta.
Embora confiassem em Frei Bartolomeu, os nobres se reuniram, organizaram uma comissão e seis deles foram conversar com o Frei.
Amigo de todos, ele os recebeu fraternalmente e os escutou.
Por fim, respondeu:
De acordo com a minha contabilidade, há mais de duas mil famílias em necessidade.
Como pai espiritual de todas elas, não posso permitir que meus filhos passem fome.
Tudo tem sido gasto com a nossa própria gente.
Um deles disse:
Mas Frei, está certo que o senhor ajude essas criaturas.
Poderia retirar uma pequena percentagem da soma que lhe entregamos.
O velho Frei suspirou, ergueu os ombros, uniu as mãos e respondeu:
Os senhores me fazem uma proposta muito curiosa.
Vejam bem.
Lê-se no Evangelho que Jesus no deserto foi convidado a transformar pedras em pães.
Os senhores, entretanto, estão me pedindo justamente o contrário:
que eu transforme pães em pedras.
Tinha razão o pastor daquelas almas.
A vida humana nos merece todo respeito.
Em se falando sobre direito, o primeiro de toda criatura é o de viver.
Portanto, alimentar corpos, prover as necessidades básicas dos nossos irmãos se constitui não em caridade mas em dever de irmão para com seu irmão.
Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.
No que diz respeito à caridade, o Mestre de Nazaré não se limita a recomendá-la.
Ele a coloca claramente como condição absoluta da felicidade:
Vinde, benditos de meu pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
Porque tive fome, e me destes de comer.
Tive sede, e me destes de beber.
Era estrangeiro, e me hospedastes.
Estava nu, e me vestistes.
Adoeci, e me visitastes.
Estive na prisão, e me fostes ver.
Em verdade vos digo que quando o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
E sintetizando a lição, recomendou:
Amai-vos uns aos outros.
Praticai o bem sem ostentação.
Fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem.
Momento Espírita, com transcrição do Evangelho de Mateus, cap. 25, versículos 34 a 36 e 40.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Quando a idade avança
Passamos pela rua e observamos o casal de idosos parado em frente ao posto móvel policial.
Os dois policiais jovens sorriam e respondiam, cordialmente, às questões do senhor e da senhora, ambos de cabeças totalmente nevadas.
O casal não estava ali para reclamar de coisa alguma.
Somente desejava estabelecer um diálogo, conversar.
Sozinhos, sem ter com quem trocar ideias, em verdade, dialogam com quem quer que lhes possa dar atenção.
Afinal, os filhos, tendo constituído sua própria família, estão distantes.
Os amigos partiram quase todos para o mundo do grande Além.
Então, eles puxam conversa com o caixa do supermercado, no ponto de ónibus, na fila do banco, no posto de saúde.
E contam o que aconteceu no dia anterior, o pequeno acidente que quase os fez cair ao solo, os lances do último capítulo da novela, as notícias ouvidas no rádio, há pouco.
Há quem seja gentil e os ouça.
Até responda, demonstrando interesse. Mas, nem todos...
Não pudemos nos furtar a tecer um paralelo, lembrando das crianças que saem a passeio e vão cumprimentando quem encontrem pelas ruas.
E insistem no cumprimento até receberem um retorno.
Acenam com a mão, mandam beijos...
É comum acharmos graça, sorrirmos, e devolvermos os cumprimentos.
Difícil não nos encantarmos com a fala delas, que mais parece uma cachoeira despencando pela montanha abaixo.
Isso porque elas desandam a falar sem controle, misturando a narração da história que ouviram na escolinha com os personagens do desenho animado que assistiram, acrescentando ainda seus próprios comentários.
Contam o presente que esperam ganhar no aniversário, a festa que terão com seus amiguinhos.
Por vezes, nem entendemos o todo da fala, mas sorrimos e nos esforçamos para dar uma resposta, fazer um comentário, que não pareça tolo para esses pequenos, que têm uma lógica própria.
E nos encantamos com eles.
Crianças, jóias de luz espalhadas pela Terra.
Raios de sol brilhando nas nossas vidas.
Não é estranho que tenhamos tanta boa vontade com a criança e manifestemos enfado com o idoso?
Se atentarmos bem, ambos fazem a mesma coisa, têm a mesma atitude.
Seria interessante que trabalhássemos nossa emoção.
Por que agimos de maneira tão diferente?
A criança é o botão que desabrocha.
O idoso é a flor que murchará, logo mais, se não receber a água da ternura, o ar do afago, o sol da compreensão.
A criança necessita de estímulos para se desenvolver.
O idoso necessita de atenção para prosseguir a viver, para ter reabastecido o seu bom ânimo.
Olhemos a criança, contemplando o futuro, pensando no amanhã.
Contemplemos o idoso, recordando a semeadura do ontem, o quanto produziu, contribuiu, ao longo dos anos, para a sociedade, para o mundo e o reverenciemos, no hoje.
Ontem eles nos afagaram, nos atenderam, nos ouviram as mil tolices da infância, os queixumes da adolescência. Cabe-nos retribuir um pouco que seja.
Pensemos: se a morte não resolver nos visitar com antecedência, haveremos de chegar lá, um dia.
E, da mesma forma, ansiaremos por quem nos dê atenção, nos ouça, tenha atitude de quem se importa.
Semeemos para colher.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os dois policiais jovens sorriam e respondiam, cordialmente, às questões do senhor e da senhora, ambos de cabeças totalmente nevadas.
O casal não estava ali para reclamar de coisa alguma.
Somente desejava estabelecer um diálogo, conversar.
Sozinhos, sem ter com quem trocar ideias, em verdade, dialogam com quem quer que lhes possa dar atenção.
Afinal, os filhos, tendo constituído sua própria família, estão distantes.
Os amigos partiram quase todos para o mundo do grande Além.
Então, eles puxam conversa com o caixa do supermercado, no ponto de ónibus, na fila do banco, no posto de saúde.
E contam o que aconteceu no dia anterior, o pequeno acidente que quase os fez cair ao solo, os lances do último capítulo da novela, as notícias ouvidas no rádio, há pouco.
Há quem seja gentil e os ouça.
Até responda, demonstrando interesse. Mas, nem todos...
Não pudemos nos furtar a tecer um paralelo, lembrando das crianças que saem a passeio e vão cumprimentando quem encontrem pelas ruas.
E insistem no cumprimento até receberem um retorno.
Acenam com a mão, mandam beijos...
É comum acharmos graça, sorrirmos, e devolvermos os cumprimentos.
Difícil não nos encantarmos com a fala delas, que mais parece uma cachoeira despencando pela montanha abaixo.
Isso porque elas desandam a falar sem controle, misturando a narração da história que ouviram na escolinha com os personagens do desenho animado que assistiram, acrescentando ainda seus próprios comentários.
Contam o presente que esperam ganhar no aniversário, a festa que terão com seus amiguinhos.
Por vezes, nem entendemos o todo da fala, mas sorrimos e nos esforçamos para dar uma resposta, fazer um comentário, que não pareça tolo para esses pequenos, que têm uma lógica própria.
E nos encantamos com eles.
Crianças, jóias de luz espalhadas pela Terra.
Raios de sol brilhando nas nossas vidas.
Não é estranho que tenhamos tanta boa vontade com a criança e manifestemos enfado com o idoso?
Se atentarmos bem, ambos fazem a mesma coisa, têm a mesma atitude.
Seria interessante que trabalhássemos nossa emoção.
Por que agimos de maneira tão diferente?
A criança é o botão que desabrocha.
O idoso é a flor que murchará, logo mais, se não receber a água da ternura, o ar do afago, o sol da compreensão.
A criança necessita de estímulos para se desenvolver.
O idoso necessita de atenção para prosseguir a viver, para ter reabastecido o seu bom ânimo.
Olhemos a criança, contemplando o futuro, pensando no amanhã.
Contemplemos o idoso, recordando a semeadura do ontem, o quanto produziu, contribuiu, ao longo dos anos, para a sociedade, para o mundo e o reverenciemos, no hoje.
Ontem eles nos afagaram, nos atenderam, nos ouviram as mil tolices da infância, os queixumes da adolescência. Cabe-nos retribuir um pouco que seja.
Pensemos: se a morte não resolver nos visitar com antecedência, haveremos de chegar lá, um dia.
E, da mesma forma, ansiaremos por quem nos dê atenção, nos ouça, tenha atitude de quem se importa.
Semeemos para colher.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Tesouro da Oração
Francisco Osuna, sacerdote místico espanhol do período renascentista - séculos quinze e dezasseis - na sua grande obra “Abecedário terceiro”, afirma que:
“A primeira forma de orar, a que se situa no plano da fé, é como escrever a um amigo.
A segunda forma de orar, situada no plano da esperança, é como escrever a um amigo e esperar por uma resposta.
A terceira maneira de orar, situada no plano do amor, é como se fôssemos pessoalmente à casa desse amigo.”
A antiguidade do conceito - mais de quinhentos anos - é de grande utilidade, porque esse amigo é Deus, cuja oração deve ser-lhe dirigida.
Trata-se de um grito emocional na hora da aflição encaminhado ao Pai Criador, como um acto de irrestrita confiança.
Noutras vezes, é uma descarga de angústias que necessita de socorro imediato e, por fim, é um enlevo de gratidão em delícia de emoção.
Por isso a oração, de maneira alguma se circunscreve apenas ao acto da rogativa.
Também é instrumento de louvação e, por fim, de júbilo pelo bem alcançado, em forma de reconhecimento.
Orar é romper as barreiras mentais limitadoras das emoções e necessidades imediatas para alcançar os altiplanos da vida.
Nem sempre é tão fácil a oração assinalada pela perfeita integração da criatura com o Criador.
A falta do hábito salutar interrompe o fluxo do pensamento e ideias extravagantes interferem no acto, dificultando a sintonia.
A insistência disciplinadora, mediante a criação de novo programa, termina por facultar a doce interacção entre quem ora e o destinatário.
Quando a fé ora, uma vibração ascendente superior rompe as cristalizações mentais e abre o psiquismo ao Senhor.
Quando a esperança ora, há uma natural comunhão que devolve a onda de luz que beneficia quem faz a solicitação.
Quando é o amor que ora, sucede uma fusão de psiquismos que culminam no êxtase.
Ainda associamos a oração a um ritual externo, a um endereçamento de palavras rebuscado, repleto de formalidades.
São séculos e séculos de cultura arraigada na alma antiga.
Escrevemos a um Senhor que tememos, não conhecemos, e que mora muito longe...
Porém, quando desconstruirmos essa ideia – aos poucos, é claro – e transformarmos esse ato numa conversa de respeito, amizade e encanto, perceberemos que o Criador nunca esteve longe como imaginávamos.
Nós é que criamos tal distância...
A palavra religião pode ter duas principais raízes.
Para alguns pensadores, o termo latino religare teria criado a palavra religião, numa alusão à necessidade de uma religação com o Criador.
Para outros, o termo pode ter vindo da palavra relegere, que significa reler, revisitar, retomar o que estava largado.
Que nossa oração aprenda a encurtar caminhos.
Que nossa oração nos faça perceber o Pai em tudo e em todos.
Que nossa oração seja, por si só, remédio para os pensamentos deletérios que ainda reinam em nossas mentes agitadas e confusas.
Que nossa oração – tesouro que temos – nos possibilite caminhar com os pés limpos, mesmo ainda pisando os pântanos do mundo.
Momento Espírita, com base no cap. 20, do livro Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
“A primeira forma de orar, a que se situa no plano da fé, é como escrever a um amigo.
A segunda forma de orar, situada no plano da esperança, é como escrever a um amigo e esperar por uma resposta.
A terceira maneira de orar, situada no plano do amor, é como se fôssemos pessoalmente à casa desse amigo.”
A antiguidade do conceito - mais de quinhentos anos - é de grande utilidade, porque esse amigo é Deus, cuja oração deve ser-lhe dirigida.
Trata-se de um grito emocional na hora da aflição encaminhado ao Pai Criador, como um acto de irrestrita confiança.
Noutras vezes, é uma descarga de angústias que necessita de socorro imediato e, por fim, é um enlevo de gratidão em delícia de emoção.
Por isso a oração, de maneira alguma se circunscreve apenas ao acto da rogativa.
Também é instrumento de louvação e, por fim, de júbilo pelo bem alcançado, em forma de reconhecimento.
Orar é romper as barreiras mentais limitadoras das emoções e necessidades imediatas para alcançar os altiplanos da vida.
Nem sempre é tão fácil a oração assinalada pela perfeita integração da criatura com o Criador.
A falta do hábito salutar interrompe o fluxo do pensamento e ideias extravagantes interferem no acto, dificultando a sintonia.
A insistência disciplinadora, mediante a criação de novo programa, termina por facultar a doce interacção entre quem ora e o destinatário.
Quando a fé ora, uma vibração ascendente superior rompe as cristalizações mentais e abre o psiquismo ao Senhor.
Quando a esperança ora, há uma natural comunhão que devolve a onda de luz que beneficia quem faz a solicitação.
Quando é o amor que ora, sucede uma fusão de psiquismos que culminam no êxtase.
Ainda associamos a oração a um ritual externo, a um endereçamento de palavras rebuscado, repleto de formalidades.
São séculos e séculos de cultura arraigada na alma antiga.
Escrevemos a um Senhor que tememos, não conhecemos, e que mora muito longe...
Porém, quando desconstruirmos essa ideia – aos poucos, é claro – e transformarmos esse ato numa conversa de respeito, amizade e encanto, perceberemos que o Criador nunca esteve longe como imaginávamos.
Nós é que criamos tal distância...
A palavra religião pode ter duas principais raízes.
Para alguns pensadores, o termo latino religare teria criado a palavra religião, numa alusão à necessidade de uma religação com o Criador.
Para outros, o termo pode ter vindo da palavra relegere, que significa reler, revisitar, retomar o que estava largado.
Que nossa oração aprenda a encurtar caminhos.
Que nossa oração nos faça perceber o Pai em tudo e em todos.
Que nossa oração seja, por si só, remédio para os pensamentos deletérios que ainda reinam em nossas mentes agitadas e confusas.
Que nossa oração – tesouro que temos – nos possibilite caminhar com os pés limpos, mesmo ainda pisando os pântanos do mundo.
Momento Espírita, com base no cap. 20, do livro Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Em relação ao próximo
Conviver, relacionar-se é inerente à condição humana.
Para bem vivermos em sociedade, desenvolvemos, ao longo dos séculos, conquistas civilizatórias capazes de tornar a convivência mútua mais suave, mais agradável.
Assim, hoje não é mais aceitável que dejectos sejam jogados em via pública.
Na Idade Média, no entanto, isso era corriqueiro.
Considerado comportamento comum.
Na actualidade, faz parte da educação respeitar os locais públicos, tais como prédios, jardins, parques, o transporte colectivo, a escola.
Esse é nosso primeiro movimento positivo em relação ao próximo: a educação.
Agimos educadamente quando cedemos o lugar à pessoa idosa no transporte, assim como quando respeitamos a fila e a vez das pessoas, em qualquer lugar.
Porém, pensando no próximo, podemos ir um pouco mais além.
Por exemplo, além de educados, podemos ser simpáticos.
Assim, se somos educados ao cumprimentar o caixa do supermercado, poderemos ser simpáticos se o cumprimentarmos com um sorriso.
Somos simpáticos quando perguntamos ao porteiro Como vai?, extrapolando a educação que nos pede simplesmente para saudá-lo.
A simpatia gera laços de relação com nosso próximo, o que a mera educação não exige e a civilização não obriga.
Entretanto, podemos não nos limitar a sermos simpáticos, agradáveis.
Em alguns momentos, a vida nos sugere que sejamos mais que isso.
É o convite para nos servirmos da empatia, esse exercício de nos colocarmos no lugar do outro para compreendermos suas dificuldades.
A empatia nasce, justamente, da compreensão emocional das dificuldades e problemas alheios.
Com empatia, julgamos menos e compreendemos mais porque entendemos as limitações e circunstâncias do próximo.
Como consequência, teremos um olhar mais doce para ele.
Até mesmo as reacções mais desagradáveis do outro nos atingirão de forma mais amena, com menor intensidade.
E, além da empatia, é possível estreitar ainda mais os nossos laços, em relação ao próximo.
Nesse sentido, o movimento mais nobre que podemos exercitar é o da compaixão.
Se a empatia é a compreensão, a compaixão é a acção.
Tomados de compaixão, somos capazes de extrapolar nossos interesses a fim de agir em benefício do outro, sem nenhum ganho pessoal.
Na compaixão nosso movimento é o de minimizar as dores de quem padece, física ou moralmente.
A compaixão é a dinâmica do amor colocada em acção.
Educação, simpatia, empatia e compaixão são movimentos amorosos.
Ao exercitá-los, lembremos que há sempre um patamar acima, onde podemos avançar nas conquistas íntimas de nossa alma.
Se somos educados, adicionemos ao nosso comportamento a simpatia.
Se a simpatia já é nossa conquista, avancemos pelos degraus da empatia.
Se já compreendemos o outro nas suas dificuldades, avancemos tentando minimizá-las, tomados de compaixão.
Dessa forma, a pouco e pouco, avançaremos, no grande desafio que nos propõe Jesus, de amar ao próximo como a nós mesmos.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Para bem vivermos em sociedade, desenvolvemos, ao longo dos séculos, conquistas civilizatórias capazes de tornar a convivência mútua mais suave, mais agradável.
Assim, hoje não é mais aceitável que dejectos sejam jogados em via pública.
Na Idade Média, no entanto, isso era corriqueiro.
Considerado comportamento comum.
Na actualidade, faz parte da educação respeitar os locais públicos, tais como prédios, jardins, parques, o transporte colectivo, a escola.
Esse é nosso primeiro movimento positivo em relação ao próximo: a educação.
Agimos educadamente quando cedemos o lugar à pessoa idosa no transporte, assim como quando respeitamos a fila e a vez das pessoas, em qualquer lugar.
Porém, pensando no próximo, podemos ir um pouco mais além.
Por exemplo, além de educados, podemos ser simpáticos.
Assim, se somos educados ao cumprimentar o caixa do supermercado, poderemos ser simpáticos se o cumprimentarmos com um sorriso.
Somos simpáticos quando perguntamos ao porteiro Como vai?, extrapolando a educação que nos pede simplesmente para saudá-lo.
A simpatia gera laços de relação com nosso próximo, o que a mera educação não exige e a civilização não obriga.
Entretanto, podemos não nos limitar a sermos simpáticos, agradáveis.
Em alguns momentos, a vida nos sugere que sejamos mais que isso.
É o convite para nos servirmos da empatia, esse exercício de nos colocarmos no lugar do outro para compreendermos suas dificuldades.
A empatia nasce, justamente, da compreensão emocional das dificuldades e problemas alheios.
Com empatia, julgamos menos e compreendemos mais porque entendemos as limitações e circunstâncias do próximo.
Como consequência, teremos um olhar mais doce para ele.
Até mesmo as reacções mais desagradáveis do outro nos atingirão de forma mais amena, com menor intensidade.
E, além da empatia, é possível estreitar ainda mais os nossos laços, em relação ao próximo.
Nesse sentido, o movimento mais nobre que podemos exercitar é o da compaixão.
Se a empatia é a compreensão, a compaixão é a acção.
Tomados de compaixão, somos capazes de extrapolar nossos interesses a fim de agir em benefício do outro, sem nenhum ganho pessoal.
Na compaixão nosso movimento é o de minimizar as dores de quem padece, física ou moralmente.
A compaixão é a dinâmica do amor colocada em acção.
Educação, simpatia, empatia e compaixão são movimentos amorosos.
Ao exercitá-los, lembremos que há sempre um patamar acima, onde podemos avançar nas conquistas íntimas de nossa alma.
Se somos educados, adicionemos ao nosso comportamento a simpatia.
Se a simpatia já é nossa conquista, avancemos pelos degraus da empatia.
Se já compreendemos o outro nas suas dificuldades, avancemos tentando minimizá-las, tomados de compaixão.
Dessa forma, a pouco e pouco, avançaremos, no grande desafio que nos propõe Jesus, de amar ao próximo como a nós mesmos.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Corrente do bem
As aulas deveriam iniciar na próxima semana, o que preocupava muito aquele menino de seis anos.
Devendo ingressar na segunda série do ensino fundamental, ele adorava ir à escola.
No entanto, não tinha o material necessário.
Bom, ele guardara algo que sobrara do ano anterior: um apontador.
Vivendo com a avó, de sessenta e sete anos, que supre as necessidades básicas como catadora de recicláveis, Gabriel estava triste por não ter nem um simples caderno ou lápis.
Naquela manhã, bem cedo, ele e a avó estacionaram o carrinho em frente ao depósito de recicláveis, esperando que abrisse, a fim de entregar o que tinham recolhido e ganhar alguns trocados.
O carrinho estava muito pesado: setenta quilos de ferro.
Gabriel se sentou na calçada, examinando uma mochila velha que encontrara pela rua.
Ela tinha um furo no fundo, mas, ainda assim, o garoto pensou que, talvez, pudesse utilizá-la para ir à escola.
O que colocaria dentro ainda era uma incógnita porque o dinheiro que seria recebido deveria ir para a compra de alimentos.
Não demorou muito, a alegria de Gabriel se esvaiu quando puxou a alça da mochila e ela se rompeu.
Inviável a sua utilização.
Dois jovens policiais que faziam a ronda matinal acharam estranho, tão cedo, aquela senhora e o menino ali parados.
Desceram do carro e se aproximaram.
E foi assim, conversando com ambos, que eles ficaram sabendo do drama de Gabriel, o menino que desejava ir à escola mas não tinha material.
Os jovens não tiveram dúvidas.
No horário do almoço, que deveria ser o do seu descanso, aproveitaram para adentrar em algumas lojas do comércio local.
Seu objectivo: pedir doações.
E, na papelaria tiveram uma surpresa.
O comerciante, sensibilizado pela história que eles contaram, ofertou cadernos, livros, lápis, lápis de cor, borracha e uma maravilhosa mochila.
Eles poderiam ter parado por aí, mas decidiram continuar para dar algo mais ao sonhador Gabriel.
E conseguiram roupas, ténis, tudo novinho.
Um pouco aqui, um pouco ali.
Assim, no dia de ir para a escola, lá estava o menino, de camiseta e shorts azul, ténis amarelo, mochila às costas, cheia de materiais.
Quando lhe perguntaram como estava se sentindo, ele sorriu, comentou que o shorts tinha até bolsos e falou: Muito lindo!
Mas, insistiu a pessoa, se você tivesse que dizer o tamanho da sua felicidade, qual seria?
Ele abriu os dois braços e alargou ainda mais o sorriso: Tantão.
A história de Gabriel, que virou reportagem televisiva, nos emociona.
Emociona por saber de brasileirinhos que desejam estudar, aprender e ainda enfrentam dificuldades.
E pensar que tantos de nós nem valorizamos os anos dos bancos escolares.
Emociona por verificar a acção de dois policiais, que se sentem responsáveis pela comunidade que patrulham e vão além do dever.
Emociona por constatar como o ser humano é bom, em sua essência.
Basta que saiba de uma necessidade e se prontifica a auxiliar, o que fizeram os vários comerciantes.
Isso nos diz como é fácil fazer o bem.
Basta, por vezes, a iniciativa de uma ou duas pessoas, para alterar o estado de carência de outrem, para resolver um problema, para realizar o sonho de uma criança, para iniciar uma corrente do bem.
Maravilhosa essência de seres criados pelo amor do Pai, prontos para amar.
Momento Espírita, com base na história do menino Gabriel, da cidade de Rio Verde, Goiás.
§.§.§- Ave sem Ninho
Devendo ingressar na segunda série do ensino fundamental, ele adorava ir à escola.
No entanto, não tinha o material necessário.
Bom, ele guardara algo que sobrara do ano anterior: um apontador.
Vivendo com a avó, de sessenta e sete anos, que supre as necessidades básicas como catadora de recicláveis, Gabriel estava triste por não ter nem um simples caderno ou lápis.
Naquela manhã, bem cedo, ele e a avó estacionaram o carrinho em frente ao depósito de recicláveis, esperando que abrisse, a fim de entregar o que tinham recolhido e ganhar alguns trocados.
O carrinho estava muito pesado: setenta quilos de ferro.
Gabriel se sentou na calçada, examinando uma mochila velha que encontrara pela rua.
Ela tinha um furo no fundo, mas, ainda assim, o garoto pensou que, talvez, pudesse utilizá-la para ir à escola.
O que colocaria dentro ainda era uma incógnita porque o dinheiro que seria recebido deveria ir para a compra de alimentos.
Não demorou muito, a alegria de Gabriel se esvaiu quando puxou a alça da mochila e ela se rompeu.
Inviável a sua utilização.
Dois jovens policiais que faziam a ronda matinal acharam estranho, tão cedo, aquela senhora e o menino ali parados.
Desceram do carro e se aproximaram.
E foi assim, conversando com ambos, que eles ficaram sabendo do drama de Gabriel, o menino que desejava ir à escola mas não tinha material.
Os jovens não tiveram dúvidas.
No horário do almoço, que deveria ser o do seu descanso, aproveitaram para adentrar em algumas lojas do comércio local.
Seu objectivo: pedir doações.
E, na papelaria tiveram uma surpresa.
O comerciante, sensibilizado pela história que eles contaram, ofertou cadernos, livros, lápis, lápis de cor, borracha e uma maravilhosa mochila.
Eles poderiam ter parado por aí, mas decidiram continuar para dar algo mais ao sonhador Gabriel.
E conseguiram roupas, ténis, tudo novinho.
Um pouco aqui, um pouco ali.
Assim, no dia de ir para a escola, lá estava o menino, de camiseta e shorts azul, ténis amarelo, mochila às costas, cheia de materiais.
Quando lhe perguntaram como estava se sentindo, ele sorriu, comentou que o shorts tinha até bolsos e falou: Muito lindo!
Mas, insistiu a pessoa, se você tivesse que dizer o tamanho da sua felicidade, qual seria?
Ele abriu os dois braços e alargou ainda mais o sorriso: Tantão.
A história de Gabriel, que virou reportagem televisiva, nos emociona.
Emociona por saber de brasileirinhos que desejam estudar, aprender e ainda enfrentam dificuldades.
E pensar que tantos de nós nem valorizamos os anos dos bancos escolares.
Emociona por verificar a acção de dois policiais, que se sentem responsáveis pela comunidade que patrulham e vão além do dever.
Emociona por constatar como o ser humano é bom, em sua essência.
Basta que saiba de uma necessidade e se prontifica a auxiliar, o que fizeram os vários comerciantes.
Isso nos diz como é fácil fazer o bem.
Basta, por vezes, a iniciativa de uma ou duas pessoas, para alterar o estado de carência de outrem, para resolver um problema, para realizar o sonho de uma criança, para iniciar uma corrente do bem.
Maravilhosa essência de seres criados pelo amor do Pai, prontos para amar.
Momento Espírita, com base na história do menino Gabriel, da cidade de Rio Verde, Goiás.
§.§.§- Ave sem Ninho
Última edição por Ave sem Ninho em Sáb maio 06, 2017 9:41 am, editado 1 vez(es)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ponte vibratória
Ela voltava da escola, onde trabalhava há muitos anos.
Estava desanimada com a situação que se fazia rotina.
A violência, que via retratada nos actos e palavras das crianças, deixava-a sem acção, depois de tantas tentativas para resolvê-las.
Empenhava-se, todos os dias, dando o melhor de si, orientando e corrigindo atitudes para que as crianças fossem mais gentis umas com as outras, para que se sentissem como uma família.
No entanto, via que todos seus esforços resultavam negativos.
Desanimada, sentou-se no banco do jardim de casa e chorou.
O pai, vendo-a ali, aproximou-se e acarinhou seus cabelos em silêncio.
Com a presença querida, ela se permitiu dar maior vazão às emoções.
Abraçou-se a ele e deixou que corressem soltas as lágrimas.
Quando se tranquilizou um pouco, ele falou calmamente:
Não sei qual o seu problema, mas podemos estabelecer uma ponte vibratória até o céu, donde lhe virão calma e tranquilidade para solucionar o que a aflige.
Lembre-se do que nos foi ensinado:
“Seja o que for que pedirdes na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.”
Ela sorriu levemente.
E, porque se sentisse ainda um tanto atormentada, pediu que ele formulasse a oração por ela, por seu trabalho e pelas crianças da escola.
Ali mesmo, entre as flores, ele orou.
Ela, acompanhando mentalmente suas palavras, foi sentindo o coração se acalmar e a esperança renascer.
Mais tarde, entraram em casa, tomaram um chá e continuaram a conversar.
Ela constatou que, agora, se encontrava mais calma e confiante, vislumbrando outras possíveis soluções.
Importante conhecermos o mecanismo da oração.
Jesus, o doce Rabi da Galileia, costumava se afastar da multidão, a fim de orar ao Pai, em silêncio.
Uma criatura iluminada teve oportunidade de escrever:
A oração é emanação do pensamento bem direccionado e rico de conteúdos vibratórios, estabelecendo o intercâmbio da criatura com o Criador.
Por isso, o pensamento carregado de energias positivas e impulsionado pelo amor, pode realizar verdadeiros milagres.
A prece não apenas dilui as energias negativas como renova as forças morais do ser, saturando-o com vibrações superiores que alteram as paisagens mentais, emocionais e orgânicas.
O ato de orar constitui uma expressão de humildade perante a vida e um despertar da consciência para a compreensão dos objectivos a que se deve entregar.
Jesus buscava a oração como recurso eficaz para estar vinculado ao Pai, mantendo o intercâmbio pela inspiração e coragem de que sempre esteve revestido.
Pela prática constante da oração, nos deixou Ele um exemplo que não devemos abandonar.
Pela oração sincera, sintonizamos com as esferas de luz, donde haurimos as energias que propiciam equilíbrio emocional e paz interior, o que nos permite melhor raciocinar e agir.
Ela abre as janelas da alma e amplia nossas possibilidades de inspiração.
Permitamo-nos o exercício da prece, em todas as situações da nossa vida.
Oremos e nos deixemos conduzir pelo Celeste Pastor, através dessa ponte vibratória, chamada oração, buscando o apoio superior, em qualquer circunstância.
Momento Espírita, com base no cap. Pedir e conseguir, do livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e transcrição do Evangelho de Marcos, cap. XI, versículo 24.
§.§.§- Ave sem Ninho
Estava desanimada com a situação que se fazia rotina.
A violência, que via retratada nos actos e palavras das crianças, deixava-a sem acção, depois de tantas tentativas para resolvê-las.
Empenhava-se, todos os dias, dando o melhor de si, orientando e corrigindo atitudes para que as crianças fossem mais gentis umas com as outras, para que se sentissem como uma família.
No entanto, via que todos seus esforços resultavam negativos.
Desanimada, sentou-se no banco do jardim de casa e chorou.
O pai, vendo-a ali, aproximou-se e acarinhou seus cabelos em silêncio.
Com a presença querida, ela se permitiu dar maior vazão às emoções.
Abraçou-se a ele e deixou que corressem soltas as lágrimas.
Quando se tranquilizou um pouco, ele falou calmamente:
Não sei qual o seu problema, mas podemos estabelecer uma ponte vibratória até o céu, donde lhe virão calma e tranquilidade para solucionar o que a aflige.
Lembre-se do que nos foi ensinado:
“Seja o que for que pedirdes na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.”
Ela sorriu levemente.
E, porque se sentisse ainda um tanto atormentada, pediu que ele formulasse a oração por ela, por seu trabalho e pelas crianças da escola.
Ali mesmo, entre as flores, ele orou.
Ela, acompanhando mentalmente suas palavras, foi sentindo o coração se acalmar e a esperança renascer.
Mais tarde, entraram em casa, tomaram um chá e continuaram a conversar.
Ela constatou que, agora, se encontrava mais calma e confiante, vislumbrando outras possíveis soluções.
Importante conhecermos o mecanismo da oração.
Jesus, o doce Rabi da Galileia, costumava se afastar da multidão, a fim de orar ao Pai, em silêncio.
Uma criatura iluminada teve oportunidade de escrever:
A oração é emanação do pensamento bem direccionado e rico de conteúdos vibratórios, estabelecendo o intercâmbio da criatura com o Criador.
Por isso, o pensamento carregado de energias positivas e impulsionado pelo amor, pode realizar verdadeiros milagres.
A prece não apenas dilui as energias negativas como renova as forças morais do ser, saturando-o com vibrações superiores que alteram as paisagens mentais, emocionais e orgânicas.
O ato de orar constitui uma expressão de humildade perante a vida e um despertar da consciência para a compreensão dos objectivos a que se deve entregar.
Jesus buscava a oração como recurso eficaz para estar vinculado ao Pai, mantendo o intercâmbio pela inspiração e coragem de que sempre esteve revestido.
Pela prática constante da oração, nos deixou Ele um exemplo que não devemos abandonar.
Pela oração sincera, sintonizamos com as esferas de luz, donde haurimos as energias que propiciam equilíbrio emocional e paz interior, o que nos permite melhor raciocinar e agir.
Ela abre as janelas da alma e amplia nossas possibilidades de inspiração.
Permitamo-nos o exercício da prece, em todas as situações da nossa vida.
Oremos e nos deixemos conduzir pelo Celeste Pastor, através dessa ponte vibratória, chamada oração, buscando o apoio superior, em qualquer circunstância.
Momento Espírita, com base no cap. Pedir e conseguir, do livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e transcrição do Evangelho de Marcos, cap. XI, versículo 24.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
No caminho da perfeição
Recorda a sementeira de bênçãos na Terra, se desejas atingir a seara do aperfeiçoamento maior, na Espiritualidade Superior.
Não há edifício sem base, tanto quanto não existe realização sem esforço.
Lembra-te de que Jesus não nos pediu o impossível.
As lições do Divino Mestre permanecem vazadas nos quadros mais simples da natureza.
Um grão de mostarda.
Uma candeia sob o velador.
Uma dracma perdida.
Cinco pães e dois peixes.
Nas adjacências de um lago e através de barcos humildes, emoldurou, sem ouro e sem poder humano, a maior epopeia de amor universal que a Humanidade já presenciou no curso dos séculos.
Não te esqueças de que o serviço de aprimoramento deve começar nos aspectos mais insignificantes de nossa própria vida.
Um sorriso em casa.
Um favor espontâneo aos amigos.
Um olhar de compreensão a quem sofre.
Uma prece pelos adversários.
Um gesto de fraternidade.
O silêncio diante da calúnia.
O socorro mudo aos enfermos.
A caridade de uma boa palavra em auxílio aos ausentes.
Não procures a perfeição pela virtude postiça.
Ninguém pode começar a construção de uma casa pelo telhado.
Somos seres humanos, encarnados e desencarnados, com as nossas raízes ainda presas à Terra, mãe admirável de nosso desenvolvimento através dos milénios.
Não pretendas voar sem asas.
Entretanto, se ainda não somos anjos, podemos ser companheiros da bondade fiel.
Tanto quanto possível, começa hoje o ministério da boa vontade para com todos, a partir do teu santuário doméstico, e amanhã conseguirás abençoado equilíbrio em mais amplos degraus no caminho ascensional da evolução.
Do livro Reconforto, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Não há edifício sem base, tanto quanto não existe realização sem esforço.
Lembra-te de que Jesus não nos pediu o impossível.
As lições do Divino Mestre permanecem vazadas nos quadros mais simples da natureza.
Um grão de mostarda.
Uma candeia sob o velador.
Uma dracma perdida.
Cinco pães e dois peixes.
Nas adjacências de um lago e através de barcos humildes, emoldurou, sem ouro e sem poder humano, a maior epopeia de amor universal que a Humanidade já presenciou no curso dos séculos.
Não te esqueças de que o serviço de aprimoramento deve começar nos aspectos mais insignificantes de nossa própria vida.
Um sorriso em casa.
Um favor espontâneo aos amigos.
Um olhar de compreensão a quem sofre.
Uma prece pelos adversários.
Um gesto de fraternidade.
O silêncio diante da calúnia.
O socorro mudo aos enfermos.
A caridade de uma boa palavra em auxílio aos ausentes.
Não procures a perfeição pela virtude postiça.
Ninguém pode começar a construção de uma casa pelo telhado.
Somos seres humanos, encarnados e desencarnados, com as nossas raízes ainda presas à Terra, mãe admirável de nosso desenvolvimento através dos milénios.
Não pretendas voar sem asas.
Entretanto, se ainda não somos anjos, podemos ser companheiros da bondade fiel.
Tanto quanto possível, começa hoje o ministério da boa vontade para com todos, a partir do teu santuário doméstico, e amanhã conseguirás abençoado equilíbrio em mais amplos degraus no caminho ascensional da evolução.
Do livro Reconforto, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O papel da mulher
Quando a jovem, junto a amigos que serviam à comunidade carente, chegou à favela pela primeira vez, ficou chocada.
Ela ouvira falar de miséria e fome.
Isso ela podia entender.
O desemprego, a falta de habilitação profissional, os limites pessoais daquela gente, no seu modo de ver, poderiam somente conduzi-las àquela situação.
Mas o que a deixou estarrecida foi a sujeira de alguns.
O corpo acumulava o pó e o suor de muitos dias.
As roupas estavam engomadas de tão sujas, não se podendo identificar com certeza as cores.
O mau cheiro era insuportável.
Percebendo o desconforto de Adriana, um dos amigos se aproximou, tentando ajudá-la.
Ela aproveitou o momento para desabafar:
Esta gente é muito relaxada!
Desde cedo aprendi com minha mãe que a gente pode ser pobre, mas também ser limpo.
Armando a abraçou e lhe disse em voz baixa:
Adriana, estes que estão assim tão descuidados não tiveram mães desveladas como as nossas.
Não tiveram quem os ensinasse a se manterem limpos.
Mães são seres especiais.
Desempenham junto aos filhos a mais nobre das tarefas que possa ser designada aos seres humanos: ensinar o filho a viver.
São elas que, desde o berço, passam aos pequenos as primeiras e preciosas lições de vida.
São elas que lhes protegem o passo e os disciplinam no dever.
São elas que, desde a amamentação, lhes servem com o leite as noções de Deus, da oração e da moral de Jesus.
Com as primeiras palavras, também as primeiras orações ao Pai e Criador.
No suave aconchego do lar elas lançam as sementes nos corações iniciantes na Terra.
Cedo ou tarde, as sementes germinarão.
Mesmo que, eventualmente, os filhos se percam pelas ruas tortuosas do mundo, dia haverá em que recordarão as lições recebidas e retornarão ao caminho da rectidão.
Então, amiga, considere que estas criaturas não tiveram os cuidados que nos foram dispensados.
Nem tampouco, as orientações que recebemos.
É possível que alguns deles nem tenham a verdadeira noção de lar, de uma família estruturada, de mãe atenciosa.
Pense nisso e comecemos nós, a cada dia, a pouco e pouco, irmos lhes ensinando noções de higiene, de organização, de cuidados.
Nada que se imprima nos corações infantis perde-se no tempo.
A memória guarda e o coração armazena com um sentimento todo especial.
E, de uma forma singular, quando essas crianças se tornarem pais e mães brindarão seus próprios rebentos com as lições da sua infância e os valores colhidos da boca materna.
O que ensinamos aos nossos filhos são sua melhor protecção contra as tentações e o mal que se encontra no mundo.
Com valores bem definidos, eles terão condições de tomar suas próprias decisões em vez de imitar as modas mais recentes ou colegas nem sempre convenientes.
Ajudar nossos filhos a desenvolver valores morais deve fazer parte do nosso roteiro de educação.
Isso é tão importante quanto ensiná-los a ler e a atravessar a rua com segurança.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela ouvira falar de miséria e fome.
Isso ela podia entender.
O desemprego, a falta de habilitação profissional, os limites pessoais daquela gente, no seu modo de ver, poderiam somente conduzi-las àquela situação.
Mas o que a deixou estarrecida foi a sujeira de alguns.
O corpo acumulava o pó e o suor de muitos dias.
As roupas estavam engomadas de tão sujas, não se podendo identificar com certeza as cores.
O mau cheiro era insuportável.
Percebendo o desconforto de Adriana, um dos amigos se aproximou, tentando ajudá-la.
Ela aproveitou o momento para desabafar:
Esta gente é muito relaxada!
Desde cedo aprendi com minha mãe que a gente pode ser pobre, mas também ser limpo.
Armando a abraçou e lhe disse em voz baixa:
Adriana, estes que estão assim tão descuidados não tiveram mães desveladas como as nossas.
Não tiveram quem os ensinasse a se manterem limpos.
Mães são seres especiais.
Desempenham junto aos filhos a mais nobre das tarefas que possa ser designada aos seres humanos: ensinar o filho a viver.
São elas que, desde o berço, passam aos pequenos as primeiras e preciosas lições de vida.
São elas que lhes protegem o passo e os disciplinam no dever.
São elas que, desde a amamentação, lhes servem com o leite as noções de Deus, da oração e da moral de Jesus.
Com as primeiras palavras, também as primeiras orações ao Pai e Criador.
No suave aconchego do lar elas lançam as sementes nos corações iniciantes na Terra.
Cedo ou tarde, as sementes germinarão.
Mesmo que, eventualmente, os filhos se percam pelas ruas tortuosas do mundo, dia haverá em que recordarão as lições recebidas e retornarão ao caminho da rectidão.
Então, amiga, considere que estas criaturas não tiveram os cuidados que nos foram dispensados.
Nem tampouco, as orientações que recebemos.
É possível que alguns deles nem tenham a verdadeira noção de lar, de uma família estruturada, de mãe atenciosa.
Pense nisso e comecemos nós, a cada dia, a pouco e pouco, irmos lhes ensinando noções de higiene, de organização, de cuidados.
Nada que se imprima nos corações infantis perde-se no tempo.
A memória guarda e o coração armazena com um sentimento todo especial.
E, de uma forma singular, quando essas crianças se tornarem pais e mães brindarão seus próprios rebentos com as lições da sua infância e os valores colhidos da boca materna.
O que ensinamos aos nossos filhos são sua melhor protecção contra as tentações e o mal que se encontra no mundo.
Com valores bem definidos, eles terão condições de tomar suas próprias decisões em vez de imitar as modas mais recentes ou colegas nem sempre convenientes.
Ajudar nossos filhos a desenvolver valores morais deve fazer parte do nosso roteiro de educação.
Isso é tão importante quanto ensiná-los a ler e a atravessar a rua com segurança.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ando devagar porque já tive pressa
Ando devagar porque já tive pressa...
Pressa de ter tantas coisas, de chegar a tantos lugares, pressa do ter, do parecer.
Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...
Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.
Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.
A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.
Ando devagar porque já tive pressa...
Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...
Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.
O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras.
Enxergo tudo de outra forma.
E o mais importante de tudo:
descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.
Séneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir.
Então, compreender a marcha é fundamental.
Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.
Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.
Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.
A felicidade não é para poucos, não, é para todos.
E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.
Ando devagar porque já tive pressa...
Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmara lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.
Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos.
Significa apenas que os sorrisos serão a regra.
A lágrima, excepção.
Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado, os deixarei para trás.
Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.
Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.
Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.
Ando devagar... porque já tive pressa.
A vida é especialmente rica para que se passe por ela, às pressas, sem atentar para os detalhes.
O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base na canção Tocando em Frente, de Almir Sater.
§.§.§- Ave sem Ninho
Pressa de ter tantas coisas, de chegar a tantos lugares, pressa do ter, do parecer.
Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...
Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.
Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.
A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.
Ando devagar porque já tive pressa...
Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...
Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.
O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras.
Enxergo tudo de outra forma.
E o mais importante de tudo:
descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.
Séneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir.
Então, compreender a marcha é fundamental.
Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.
Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.
Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.
A felicidade não é para poucos, não, é para todos.
E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.
Ando devagar porque já tive pressa...
Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmara lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.
Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos.
Significa apenas que os sorrisos serão a regra.
A lágrima, excepção.
Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado, os deixarei para trás.
Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.
Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.
Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.
Ando devagar... porque já tive pressa.
A vida é especialmente rica para que se passe por ela, às pressas, sem atentar para os detalhes.
O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base na canção Tocando em Frente, de Almir Sater.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O raio de sol e a palavra
Queria ser mais como o raio de sol, aquele primeiro feixe de uma manhã esperada por alguém que chorou a noite demorada, acreditando que ela não terminaria nunca.
Queria ser mais como o raio de sol de fim da tarde, que surpreende a nuvem densa, e se projecta sobre a cidade quase escura, dizendo:
“Ainda estou aqui...”
Queria ser mais como o raio de sol que contorna o menino no parque, fazendo-o descobrir as formas de sua própria sombra na grama verde, como se fosse outro ser, fora dele...
Queria ser mais como o primeiro raio de sol depois de intensa tempestade:
humilde, discreto, eficaz e útil.
Queria ser mais como o raio de sol que, após estar por algum tempo, ainda permanece, mesmo depois de ter ido, na forma de calor.
Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.
Queria ser mais sol e menos sombra.
Mais raio e menos palavra.
Será que dentro de nós não existe uma vontade de fazer mais, de ser mais?
Por vezes, será que não sentimos falta de um significado maior em nosso viver?
Observamos as pessoas que se engajam em causas, que se dedicam ao próximo, que são ícones de uma determinada era e pensamos:
Queria ser um pouco mais assim.
É uma força que grita dentro de nós pedindo algo.
É nossa própria natureza amorosa dizendo a que veio...
O que nos falta, então?
O que nos falta para que sejamos menos discurso e mais acção?
Menos opinião e mais abraço?
Menos crítica e mais auxílio?
Estamos inundados de teoria.
Muitos já nos mostraram os caminhos da ascensão, como alpinistas experientes que estão adiante e se sujeitam a voltar e mostrar as técnicas e trilhas possíveis para se subir em segurança.
Eles mostraram o que fazer, mostraram como e quando.
O que nos falta, então?
Falta-nos o impulso, o passo, o arrojo, a vontade bem direccionada.
Pequenas iniciativas, pequenos projectos, porém com continuidade, persistência e seriedade.
São micro-núcleos de fraternidade, de civilização, que mudam uma nação inteira e, por sua vez, o mundo.
Não fiquemos congelados na postura de mero desejo.
É preciso accionar a vontade.
A vontade é uma faculdade da alma, instrumento que coloca em movimento as nossas potências internas e as orienta para um ideal elevado.
Por intermédio dela mudamos a nossa natureza, vencemos todos os obstáculos, dominamos a matéria, a doença e a morte.
É ela que nos faz realizar as grandes coisas.
Realizemos, contribuamos, ajudemos.
Iniciemos algo novo ou nos engajemos em algo em que acreditemos.
Não há mais tempo para permanecermos indiferentes.
O mundo é nosso. Abracemo-lo.
Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.
Queria ser mais sol e menos sombra.
Mais raio e menos palavra.
Momento Espírita, com base no poema Mais raio e menos palavra, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
Queria ser mais como o raio de sol de fim da tarde, que surpreende a nuvem densa, e se projecta sobre a cidade quase escura, dizendo:
“Ainda estou aqui...”
Queria ser mais como o raio de sol que contorna o menino no parque, fazendo-o descobrir as formas de sua própria sombra na grama verde, como se fosse outro ser, fora dele...
Queria ser mais como o primeiro raio de sol depois de intensa tempestade:
humilde, discreto, eficaz e útil.
Queria ser mais como o raio de sol que, após estar por algum tempo, ainda permanece, mesmo depois de ter ido, na forma de calor.
Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.
Queria ser mais sol e menos sombra.
Mais raio e menos palavra.
Será que dentro de nós não existe uma vontade de fazer mais, de ser mais?
Por vezes, será que não sentimos falta de um significado maior em nosso viver?
Observamos as pessoas que se engajam em causas, que se dedicam ao próximo, que são ícones de uma determinada era e pensamos:
Queria ser um pouco mais assim.
É uma força que grita dentro de nós pedindo algo.
É nossa própria natureza amorosa dizendo a que veio...
O que nos falta, então?
O que nos falta para que sejamos menos discurso e mais acção?
Menos opinião e mais abraço?
Menos crítica e mais auxílio?
Estamos inundados de teoria.
Muitos já nos mostraram os caminhos da ascensão, como alpinistas experientes que estão adiante e se sujeitam a voltar e mostrar as técnicas e trilhas possíveis para se subir em segurança.
Eles mostraram o que fazer, mostraram como e quando.
O que nos falta, então?
Falta-nos o impulso, o passo, o arrojo, a vontade bem direccionada.
Pequenas iniciativas, pequenos projectos, porém com continuidade, persistência e seriedade.
São micro-núcleos de fraternidade, de civilização, que mudam uma nação inteira e, por sua vez, o mundo.
Não fiquemos congelados na postura de mero desejo.
É preciso accionar a vontade.
A vontade é uma faculdade da alma, instrumento que coloca em movimento as nossas potências internas e as orienta para um ideal elevado.
Por intermédio dela mudamos a nossa natureza, vencemos todos os obstáculos, dominamos a matéria, a doença e a morte.
É ela que nos faz realizar as grandes coisas.
Realizemos, contribuamos, ajudemos.
Iniciemos algo novo ou nos engajemos em algo em que acreditemos.
Não há mais tempo para permanecermos indiferentes.
O mundo é nosso. Abracemo-lo.
Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.
Queria ser mais sol e menos sombra.
Mais raio e menos palavra.
Momento Espírita, com base no poema Mais raio e menos palavra, de Andrey Cechelero.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Nossas mães africanas
Eis aqui a escrava do Senhor, cumpra-se em mim segundo a sua palavra.
Esta é a forma com a qual Maria, a mãe de Jesus, responde ao mensageiro celeste que lhe vem anunciar a concepção da criança.
Estranho se posicionar como escrava quem foi escolhida para ser a excelsa mãe de Jesus.
Basta uma pequena reflexão, no entanto, para verificarmos como a expressão está adequada.
Recordamos de tantas escravas, ao longo da História, que se transformaram em auxiliares indispensáveis dos seus senhores.
Escravas cujos nomes acabaram associados aos seus próprios senhores.
No Brasil, lembramos das escravas africanas que serviram ao homem branco.
Muitas delas não somente carregaram o sinhozinho nos braços mas o alimentaram com o próprio seio.
Tornaram-se suas segundas mães, acompanhando-os mesmo depois de crescidos, na formação do novo lar, a atender-lhes os filhos, como uma avó.
Avó de cor. Avó de amor.
Amas de leite que, por vezes, tinham seu próprio rebento afastado dos braços, a fim de que sobrasse mais alimento dos seus seios para o filho branco.
E, por não terem o seu bebé nos braços, por terem a saudade a lhes magoar a alma, por sentirem falta do seu filhinho, drasticamente afastado de seu carinho, dedicavam-se ao filho da alheia carne.
O filho do sinhô, o filho da sinhá.
Quem poderá esquecer como essas mães alimentaram, não somente o corpo, mas a imaginação e a mente das crianças sob sua guarda?
Quantas histórias das suas longínquas terras, das tradições de sua gente povoaram as noites daqueles meninos e meninas atentos, ao redor do fogo, no terreiro...
Ou no aconchego da casa grande, ao pé do fogão.
Quantos mingaus, cozidos, temperos foram acrescentados ao cardápio diário.
Aprendendo a língua de quem as tinha sob seus serviços, introduziram palavras diferentes no vocabulário dos pequenos.
E para os acalmar, nas noites de medo, elas cantavam as melodias com que foram elas próprias acalentadas em sua infância.
E, enquanto a saudade as consumia intimamente, também lembravam em versos das riquezas de sua terra natal, de melodias, de danças, de cantorias.
Recordavam dos dias de alegria, quando a liberdade lhes sorria e o futuro era sonhado, nas tardes quentes e nas noites mornas.
Escravas mães. Mães escravas.
Benditas sejam por todos os cuidados dispensados ao homem branco, por sua capacidade de amar o filho alheio.
Benditas sejam por sua grandeza, por sua dedicação, pela contribuição à cultura do povo que as escravizou.
Que nunca esqueçamos o quanto devemos a essas criaturas pois se a escravidão as mantinha presas a tarefas determinadas, foi de forma voluntária que entregaram em holocausto ao amor o próprio coração.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Esta é a forma com a qual Maria, a mãe de Jesus, responde ao mensageiro celeste que lhe vem anunciar a concepção da criança.
Estranho se posicionar como escrava quem foi escolhida para ser a excelsa mãe de Jesus.
Basta uma pequena reflexão, no entanto, para verificarmos como a expressão está adequada.
Recordamos de tantas escravas, ao longo da História, que se transformaram em auxiliares indispensáveis dos seus senhores.
Escravas cujos nomes acabaram associados aos seus próprios senhores.
No Brasil, lembramos das escravas africanas que serviram ao homem branco.
Muitas delas não somente carregaram o sinhozinho nos braços mas o alimentaram com o próprio seio.
Tornaram-se suas segundas mães, acompanhando-os mesmo depois de crescidos, na formação do novo lar, a atender-lhes os filhos, como uma avó.
Avó de cor. Avó de amor.
Amas de leite que, por vezes, tinham seu próprio rebento afastado dos braços, a fim de que sobrasse mais alimento dos seus seios para o filho branco.
E, por não terem o seu bebé nos braços, por terem a saudade a lhes magoar a alma, por sentirem falta do seu filhinho, drasticamente afastado de seu carinho, dedicavam-se ao filho da alheia carne.
O filho do sinhô, o filho da sinhá.
Quem poderá esquecer como essas mães alimentaram, não somente o corpo, mas a imaginação e a mente das crianças sob sua guarda?
Quantas histórias das suas longínquas terras, das tradições de sua gente povoaram as noites daqueles meninos e meninas atentos, ao redor do fogo, no terreiro...
Ou no aconchego da casa grande, ao pé do fogão.
Quantos mingaus, cozidos, temperos foram acrescentados ao cardápio diário.
Aprendendo a língua de quem as tinha sob seus serviços, introduziram palavras diferentes no vocabulário dos pequenos.
E para os acalmar, nas noites de medo, elas cantavam as melodias com que foram elas próprias acalentadas em sua infância.
E, enquanto a saudade as consumia intimamente, também lembravam em versos das riquezas de sua terra natal, de melodias, de danças, de cantorias.
Recordavam dos dias de alegria, quando a liberdade lhes sorria e o futuro era sonhado, nas tardes quentes e nas noites mornas.
Escravas mães. Mães escravas.
Benditas sejam por todos os cuidados dispensados ao homem branco, por sua capacidade de amar o filho alheio.
Benditas sejam por sua grandeza, por sua dedicação, pela contribuição à cultura do povo que as escravizou.
Que nunca esqueçamos o quanto devemos a essas criaturas pois se a escravidão as mantinha presas a tarefas determinadas, foi de forma voluntária que entregaram em holocausto ao amor o próprio coração.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A estrela
Certa noite, eu tive um sonho.
Era garoto ainda e andava um tanto birrento com minha mãe.
Afinal, em minha adolescência eu acreditava que ela era do contra.
Tinha muitos não para mim e isso fazia com que eu achasse que ela era uma grande chata.
No sonho que tive, encontrei meu anjo de guarda.
Era um mensageiro de luz, com um sorriso bondoso e amigo.
Vem. – Disse-me ele.
Confiante, me entreguei em seus braços.
Logo mais nos encontrávamos em pleno firmamento.
A beleza das estrelas me encantou.
Cada uma tinha um brilho maior, mais especial do que a outra.
Não cabia em mim de tanta alegria e desejava que o passeio se alongasse até a eternidade.
Observei então que, entre tantas estrelas, havia um espaço vazio.
É como se faltasse uma delas.
Não consegui suportar a curiosidade e perguntei ao mensageiro que me guiava:
Anjo bom, para onde foi a estrela que estava aqui?
Foi para a Terra. - Respondeu ele.
Como eu não a vi por lá?
Jamais vi uma estrela na Terra.
Elas vivem no firmamento.
Ela se dividiu em pedacinhos para cumprir a missão que Deus lhe confiou. – Explicou o anjo.
Quem é ela? - Perguntei, ardendo de curiosidade.
Ela é auxiliar de Deus, materializando a vida na Terra.
É forte como um gigante. Contudo, tem a fragilidade de uma flor.
Seu toque é suave e aveludado como as pétalas da rosa.
No seu coração, Deus colocou a força do Universo e o segredo da felicidade.
É através de suas entranhas que a vida se renova.
Pelo seu amor os mundos se modificam.
Portal da vida em que se transformou, acolhe com carinho em seu ventre os brutos e os santos, os sábios e os ignorantes, os justos e os injustos.
Em seu seio todos encontram acolhida.
Ela tem a capacidade de brilhar por toda a noite.
Quando chega o dia, deixa-se ofuscar pelo astro maior, o sol, em torno do qual gira a sua existência.
Para ela não há estação chuvosa.
É sempre primavera em seu coração, embora possam soprar ventos da adversidade e se levantarem ondas de pessimismo.
Enquanto o anjo continuava a falar, fui tomado por uma sensação de queda e acordei nos braços de minha mãe.
Então compreendi.
Ali mesmo, aconchegando-me ao seu coração, estava um pedaço enorme daquela estrela.
Enquanto na Terra os homens desejam ostentar medalhas no peito, uma mulher existe que se apaga para que possa aprender a brilhar o filho de suas entranhas.
Não importa a nacionalidade, a raça ou a crença religiosa, mãe é sempre alguém muito especial.
Alguém que ama sem esperar retribuição, educa sem aguardar salário e tem a incansável capacidade de repetir e reprisar lições centenas de vezes, até serem aprendidas pelo objecto do seu amor.
De todas as formas de amor que a Terra conhece, o amor materno é a mais sublime, por se constituir para a alma humana na mais grandiosa escala de doação e serviço.
Se temos nossa mãe ao nosso lado, aproveitemos para envolvê-la em um abraço de profunda gratidão.
Se ela já retornou para o mundo espiritual, ofertemos-lhe as perfumadas rosas da ternura do nosso coração, hoje, agora e em todos os dias da nossa existência.
Momento Espírita, com base no texto Pedaço de estrela, de autoria de Nelson Moraes.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era garoto ainda e andava um tanto birrento com minha mãe.
Afinal, em minha adolescência eu acreditava que ela era do contra.
Tinha muitos não para mim e isso fazia com que eu achasse que ela era uma grande chata.
No sonho que tive, encontrei meu anjo de guarda.
Era um mensageiro de luz, com um sorriso bondoso e amigo.
Vem. – Disse-me ele.
Confiante, me entreguei em seus braços.
Logo mais nos encontrávamos em pleno firmamento.
A beleza das estrelas me encantou.
Cada uma tinha um brilho maior, mais especial do que a outra.
Não cabia em mim de tanta alegria e desejava que o passeio se alongasse até a eternidade.
Observei então que, entre tantas estrelas, havia um espaço vazio.
É como se faltasse uma delas.
Não consegui suportar a curiosidade e perguntei ao mensageiro que me guiava:
Anjo bom, para onde foi a estrela que estava aqui?
Foi para a Terra. - Respondeu ele.
Como eu não a vi por lá?
Jamais vi uma estrela na Terra.
Elas vivem no firmamento.
Ela se dividiu em pedacinhos para cumprir a missão que Deus lhe confiou. – Explicou o anjo.
Quem é ela? - Perguntei, ardendo de curiosidade.
Ela é auxiliar de Deus, materializando a vida na Terra.
É forte como um gigante. Contudo, tem a fragilidade de uma flor.
Seu toque é suave e aveludado como as pétalas da rosa.
No seu coração, Deus colocou a força do Universo e o segredo da felicidade.
É através de suas entranhas que a vida se renova.
Pelo seu amor os mundos se modificam.
Portal da vida em que se transformou, acolhe com carinho em seu ventre os brutos e os santos, os sábios e os ignorantes, os justos e os injustos.
Em seu seio todos encontram acolhida.
Ela tem a capacidade de brilhar por toda a noite.
Quando chega o dia, deixa-se ofuscar pelo astro maior, o sol, em torno do qual gira a sua existência.
Para ela não há estação chuvosa.
É sempre primavera em seu coração, embora possam soprar ventos da adversidade e se levantarem ondas de pessimismo.
Enquanto o anjo continuava a falar, fui tomado por uma sensação de queda e acordei nos braços de minha mãe.
Então compreendi.
Ali mesmo, aconchegando-me ao seu coração, estava um pedaço enorme daquela estrela.
Enquanto na Terra os homens desejam ostentar medalhas no peito, uma mulher existe que se apaga para que possa aprender a brilhar o filho de suas entranhas.
Não importa a nacionalidade, a raça ou a crença religiosa, mãe é sempre alguém muito especial.
Alguém que ama sem esperar retribuição, educa sem aguardar salário e tem a incansável capacidade de repetir e reprisar lições centenas de vezes, até serem aprendidas pelo objecto do seu amor.
De todas as formas de amor que a Terra conhece, o amor materno é a mais sublime, por se constituir para a alma humana na mais grandiosa escala de doação e serviço.
Se temos nossa mãe ao nosso lado, aproveitemos para envolvê-la em um abraço de profunda gratidão.
Se ela já retornou para o mundo espiritual, ofertemos-lhe as perfumadas rosas da ternura do nosso coração, hoje, agora e em todos os dias da nossa existência.
Momento Espírita, com base no texto Pedaço de estrela, de autoria de Nelson Moraes.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Uma doce face do amor
Quanto vale um amor de mãe? Será que tem preço?
Poderá haver substituto ao laço que une mãe e filho?
Dizem alguns que amor materno é balela, piegas.
Contudo, ao dispor, na Terra, que o homem fosse concebido a partir do amor de dois seres que se unem e tivesse a gerá-lo o ventre materno, Deus estabeleceu bases seguras para que a criatura desenvolvesse a sua extraordinária capacidade de amar.
E uma das facetas do amor é o amor materno.
Consequentemente, a necessidade que sente o filho de ser amado.
Certa vez, uma jovem esposa, depois de dez anos de consórcio, abandonou o lar.
De algum tempo, a situação se fazia insustentável e ela decidiu começar vida nova.
Abandonou esposo e filho, garoto de seis anos.
Dois anos depois, já com um novo amor a lhe fazer bater o coração descompassado e um trabalho em agência de correios, foi surpreendida por um papel dobrado em quatro, que caiu dentre os tantos envelopes que ela separava para envio.
Era uma folha de caderno, sem envelope, destinada simplesmente a Jesus.
A curiosidade fez com que ela abrisse a folha e começasse a ler.
Jesus, dizia a carta escrita em letra infantil, eu estou muito doente.
Tenho muita tosse.
Sei que papai cuida de mim, em todas as horas que não está no trabalho.
Tia Margarida e tia Magda também.
Mas, Jesus, eu estou tão doente.
E por isso eu escrevo esta carta para lhe pedir um presente.
O meu aniversário está próximo.
Seria possível me trazer, no dia em que eu vou completar oito anos, a minha mãe de volta?
Não sei onde ela se encontra, mas o Senhor deve saber, com certeza.
Se o Senhor puder, por favor, Jesus, traga minha mãe de volta.
Se ela voltar, a nossa casa vai se alegrar outra vez.
Haverá flores nas janelas. E eu melhorarei.
A minha tosse vai passar.
Jesus, eu queria tanto, no meu aniversário, abraçar minha mãe outra vez.
Sei que eu não sou um bom menino, mas eu peço assim mesmo porque quando minha mãe estava connosco ela sempre dizia que tudo o que se pedisse a Você, Você conseguiria.
Eu vou ficar esperando, Jesus, por favor, traga de volta minha mãe.
A assinatura não deixava dúvidas.
Era do seu filho, o garoto que deixara aos seis anos, quando partira para sua nova vida.
Rita deixou o trabalho naquele dia e voltou para casa.
Bateu à porta e, surpresa, tia Margarida a viu entrar.
Passou pela sala e o marido, igualmente surpreendido, somente a olhou, sem nada dizer.
Foi ao quarto do filho, que tossia, deitado em sua cama.
Ao vê-la, o garoto sorriu, abriu os braços e exclamou:
Mãe, Jesus trouxe você!
Existem muitos corpos que não geraram outros corpos, no entanto, se fizeram mães da dedicação em nome do amor de nosso Pai.
São criaturas que sustentam vidas, que não murcharam porque elas tomaram para si a missão de ampará-las e socorrê-las.
Momento Espírita, com base no cap. Oito horas, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim e do verbete Mãe, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Poderá haver substituto ao laço que une mãe e filho?
Dizem alguns que amor materno é balela, piegas.
Contudo, ao dispor, na Terra, que o homem fosse concebido a partir do amor de dois seres que se unem e tivesse a gerá-lo o ventre materno, Deus estabeleceu bases seguras para que a criatura desenvolvesse a sua extraordinária capacidade de amar.
E uma das facetas do amor é o amor materno.
Consequentemente, a necessidade que sente o filho de ser amado.
Certa vez, uma jovem esposa, depois de dez anos de consórcio, abandonou o lar.
De algum tempo, a situação se fazia insustentável e ela decidiu começar vida nova.
Abandonou esposo e filho, garoto de seis anos.
Dois anos depois, já com um novo amor a lhe fazer bater o coração descompassado e um trabalho em agência de correios, foi surpreendida por um papel dobrado em quatro, que caiu dentre os tantos envelopes que ela separava para envio.
Era uma folha de caderno, sem envelope, destinada simplesmente a Jesus.
A curiosidade fez com que ela abrisse a folha e começasse a ler.
Jesus, dizia a carta escrita em letra infantil, eu estou muito doente.
Tenho muita tosse.
Sei que papai cuida de mim, em todas as horas que não está no trabalho.
Tia Margarida e tia Magda também.
Mas, Jesus, eu estou tão doente.
E por isso eu escrevo esta carta para lhe pedir um presente.
O meu aniversário está próximo.
Seria possível me trazer, no dia em que eu vou completar oito anos, a minha mãe de volta?
Não sei onde ela se encontra, mas o Senhor deve saber, com certeza.
Se o Senhor puder, por favor, Jesus, traga minha mãe de volta.
Se ela voltar, a nossa casa vai se alegrar outra vez.
Haverá flores nas janelas. E eu melhorarei.
A minha tosse vai passar.
Jesus, eu queria tanto, no meu aniversário, abraçar minha mãe outra vez.
Sei que eu não sou um bom menino, mas eu peço assim mesmo porque quando minha mãe estava connosco ela sempre dizia que tudo o que se pedisse a Você, Você conseguiria.
Eu vou ficar esperando, Jesus, por favor, traga de volta minha mãe.
A assinatura não deixava dúvidas.
Era do seu filho, o garoto que deixara aos seis anos, quando partira para sua nova vida.
Rita deixou o trabalho naquele dia e voltou para casa.
Bateu à porta e, surpresa, tia Margarida a viu entrar.
Passou pela sala e o marido, igualmente surpreendido, somente a olhou, sem nada dizer.
Foi ao quarto do filho, que tossia, deitado em sua cama.
Ao vê-la, o garoto sorriu, abriu os braços e exclamou:
Mãe, Jesus trouxe você!
Existem muitos corpos que não geraram outros corpos, no entanto, se fizeram mães da dedicação em nome do amor de nosso Pai.
São criaturas que sustentam vidas, que não murcharam porque elas tomaram para si a missão de ampará-las e socorrê-las.
Momento Espírita, com base no cap. Oito horas, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim e do verbete Mãe, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Parábola do semeador
“Um semeador saiu a semear...” (Mateus, 13:4)
Profundamente sábio e utilizando-se de analogias com figuras pertinentes à Palestina de seu tempo (figuras da pesca e da agropecuária local), o Mestre das alegorias não agiria diferentemente na parábola do semeador.
O Benfeitor Emmanuel trabalhará em cima de tais ensinamentos e aqui fazemos nossas próprias reflexões.
O primeiro ensinamento da parábola é aquele que nos adverte que a cada reencarnação temos deveres intransferíveis:
na qualidade de ‘donos do campo’, somos os próprios lavradores.
Não podemos contratar ‘peões’ e ordenar-lhes que evoluam por nós!
Ou pedir-lhes que, enquanto descansamos ao pé da escadaria, galguem todos os degraus que nós próprios precisaremos subir.
Como segundo ensinamento, nós, na qualidade de cooperados – Espíritos não evoluem sozinhos –, seremos convidados a abandonar personalismos ou pontos de vista e convocados a lavrar na “terra das almas, sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir em benefício de todos”.
Pode-nos parecer até contraditória tal consideração se comparada à primeira, mas não é:
uma coisa é ‘desejarmos’ evoluir, no sentido de utilizarmos nossa vontade de fazê-lo; outra coisa é a cooperativa fraternal.
Terceira e última consideração é a de que, se o divino Semeador, da manjedoura de Belém ao Gólgota, se fez pequeno em suas lides, por que nós, seus terceirizados, não deveremos nos vestir com a túnica e sandálias da humildade?
Se ele nasceu entre pastores; cresceu no anonimato de Nazaré; conviveu com a hipocrisia de sacerdotes, doutores da lei e fariseus; teve como colaboradores, humildes pescadores; e morreu cruelmente numa cruz entre malfeitores... será óbvio que o tipo de berço que nos trouxer a esta reencarnação não será relevante; que o anonimato será o tempero de qualquer frente crística que abracemos; que opositores se farão presentes na lavoura, travestidos de lavradores ou semeadores, desejosos de plantar cizânias; que dos que ombrearem connosco, nenhum será perfeito; e que, a nós, cruzes se depararão sob os mais diversos aspectos.
Impossível raciocinarmos com semeadura sem os naturais constrangimentos do Orbe:
o vento que espalha as sementes; a diversidade dos solos a serem semeados; o orgulho e o egoísmo a desejarem a perfeição do plantio e a santidade das ajudas; as sementes de joio infiltradas; e o cansaço que gera deserção e desânimo no cultivo.
A parábola do semeador é só uma das provas da sabedoria de nosso divino Professor atento a este Planeta muito antes da manjedoura; da manjedoura ao Gólgota; e em Espírito de Verdade até que se faça necessário.
(Sintonia com Xavier, Francisco Cândido, Fonte viva, ditado por Emmanuel, em seu Cap. 64, Semeadores, 1ª edição da FEB.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Profundamente sábio e utilizando-se de analogias com figuras pertinentes à Palestina de seu tempo (figuras da pesca e da agropecuária local), o Mestre das alegorias não agiria diferentemente na parábola do semeador.
O Benfeitor Emmanuel trabalhará em cima de tais ensinamentos e aqui fazemos nossas próprias reflexões.
O primeiro ensinamento da parábola é aquele que nos adverte que a cada reencarnação temos deveres intransferíveis:
na qualidade de ‘donos do campo’, somos os próprios lavradores.
Não podemos contratar ‘peões’ e ordenar-lhes que evoluam por nós!
Ou pedir-lhes que, enquanto descansamos ao pé da escadaria, galguem todos os degraus que nós próprios precisaremos subir.
Como segundo ensinamento, nós, na qualidade de cooperados – Espíritos não evoluem sozinhos –, seremos convidados a abandonar personalismos ou pontos de vista e convocados a lavrar na “terra das almas, sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir em benefício de todos”.
Pode-nos parecer até contraditória tal consideração se comparada à primeira, mas não é:
uma coisa é ‘desejarmos’ evoluir, no sentido de utilizarmos nossa vontade de fazê-lo; outra coisa é a cooperativa fraternal.
Terceira e última consideração é a de que, se o divino Semeador, da manjedoura de Belém ao Gólgota, se fez pequeno em suas lides, por que nós, seus terceirizados, não deveremos nos vestir com a túnica e sandálias da humildade?
Se ele nasceu entre pastores; cresceu no anonimato de Nazaré; conviveu com a hipocrisia de sacerdotes, doutores da lei e fariseus; teve como colaboradores, humildes pescadores; e morreu cruelmente numa cruz entre malfeitores... será óbvio que o tipo de berço que nos trouxer a esta reencarnação não será relevante; que o anonimato será o tempero de qualquer frente crística que abracemos; que opositores se farão presentes na lavoura, travestidos de lavradores ou semeadores, desejosos de plantar cizânias; que dos que ombrearem connosco, nenhum será perfeito; e que, a nós, cruzes se depararão sob os mais diversos aspectos.
Impossível raciocinarmos com semeadura sem os naturais constrangimentos do Orbe:
o vento que espalha as sementes; a diversidade dos solos a serem semeados; o orgulho e o egoísmo a desejarem a perfeição do plantio e a santidade das ajudas; as sementes de joio infiltradas; e o cansaço que gera deserção e desânimo no cultivo.
A parábola do semeador é só uma das provas da sabedoria de nosso divino Professor atento a este Planeta muito antes da manjedoura; da manjedoura ao Gólgota; e em Espírito de Verdade até que se faça necessário.
(Sintonia com Xavier, Francisco Cândido, Fonte viva, ditado por Emmanuel, em seu Cap. 64, Semeadores, 1ª edição da FEB.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O mármore do sentimento e o cinzel da boa vontade
Conta-se que, nos primeiros dias do ano trinta, após algum tempo de meditação profunda no deserto da Judeia, Jesus foi visto em Jerusalém, próximo ao templo.
Sentado, como um peregrino, o Rabi foi notado por um grupo de sacerdotes, que se sentiram atraídos pelos Seus traços de formosa originalidade e pelo Seu olhar lúcido e profundo.
Alguns deles logo se afastaram, porém Hanan, que seria mais tarde o juiz inclemente de Sua causa, aproximou-se do desconhecido e disse com orgulho:
Galileu, que fazes na cidade?
Passo por Jerusalém, buscando a fundação do reino de Deus!
Exclamou o Cristo, com modesta nobreza.
Reino de Deus? – Tornou o sacerdote com acentuada ironia.
E que pensas seja isso?
Esse reino é a obra divina no coração dos homens! – Esclareceu Jesus, com grande serenidade.
Obra divina em tuas mãos? – Revidou Hanan, com uma gargalhada de desprezo.
E continuou com várias observações irónicas.
Tu te propões realizar uma obra divina.
Por acaso, já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?
Sacerdote – replicou-lhe Jesus, com energia serena – nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.
O sacerdote ainda se debateu entre um e outro aparte vaidoso, porém, acabou se retirando irritado, esbracejando.
O momento passou, o sacerdote passou...
A lição, no entanto, permaneceu imortalizada. Jesus deixava claro, desde as primeiras pregações, qual era o reino que desejava construir.
Era Ele o escultor experiente que se sujeitara a nascer entre nós, os aprendizes das mãos, disposto a nos mostrar o caminho para aformosearmos nossas próprias almas, nossas obras maiores.
Era o professor e, ao mesmo tempo, a bela estátua, esculpida, tornada perfeita através das eras, através da lei do progresso.
O sentimento do homem era ainda o bloco bruto, duro, aguardando o melhor cinzel para começar a lhe revelar a bela imagem que carrega em seu interior.
Esse instrumento seria a boa vontade, que o Mestre usaria para esculpir e nos mostraria como utilizar essa poderosa ferramenta para nosso próprio aprimoramento.
Dentro da boa vontade está o trabalho, a dedicação, a persistência e o tempo. Tornar formosa a alma é ofício não apenas para uma vida.
O mármore do sentimento e o cinzel da boa vontade – lembremos disso.
Escultores milenares que somos, aprendizes do grande artífice que foi Jesus, estamos aqui para desenvolver os bons sentimentos.
Os sentimentos inferiores, aqueles que ainda nos fazem sofrer tanto, esses vão caindo no chão naturalmente, como as sobras do mármore que o cinzel vai retirando.
Boa vontade para connosco, paciência, persistência e seriedade na tarefa são fundamentais.
Boa vontade para com o próximo, benevolência, indulgência e perdão, completam nosso ferramental precioso para construir essa tão importante obra.
Somos a nossa maior obra. Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 3, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sentado, como um peregrino, o Rabi foi notado por um grupo de sacerdotes, que se sentiram atraídos pelos Seus traços de formosa originalidade e pelo Seu olhar lúcido e profundo.
Alguns deles logo se afastaram, porém Hanan, que seria mais tarde o juiz inclemente de Sua causa, aproximou-se do desconhecido e disse com orgulho:
Galileu, que fazes na cidade?
Passo por Jerusalém, buscando a fundação do reino de Deus!
Exclamou o Cristo, com modesta nobreza.
Reino de Deus? – Tornou o sacerdote com acentuada ironia.
E que pensas seja isso?
Esse reino é a obra divina no coração dos homens! – Esclareceu Jesus, com grande serenidade.
Obra divina em tuas mãos? – Revidou Hanan, com uma gargalhada de desprezo.
E continuou com várias observações irónicas.
Tu te propões realizar uma obra divina.
Por acaso, já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?
Sacerdote – replicou-lhe Jesus, com energia serena – nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.
O sacerdote ainda se debateu entre um e outro aparte vaidoso, porém, acabou se retirando irritado, esbracejando.
O momento passou, o sacerdote passou...
A lição, no entanto, permaneceu imortalizada. Jesus deixava claro, desde as primeiras pregações, qual era o reino que desejava construir.
Era Ele o escultor experiente que se sujeitara a nascer entre nós, os aprendizes das mãos, disposto a nos mostrar o caminho para aformosearmos nossas próprias almas, nossas obras maiores.
Era o professor e, ao mesmo tempo, a bela estátua, esculpida, tornada perfeita através das eras, através da lei do progresso.
O sentimento do homem era ainda o bloco bruto, duro, aguardando o melhor cinzel para começar a lhe revelar a bela imagem que carrega em seu interior.
Esse instrumento seria a boa vontade, que o Mestre usaria para esculpir e nos mostraria como utilizar essa poderosa ferramenta para nosso próprio aprimoramento.
Dentro da boa vontade está o trabalho, a dedicação, a persistência e o tempo. Tornar formosa a alma é ofício não apenas para uma vida.
O mármore do sentimento e o cinzel da boa vontade – lembremos disso.
Escultores milenares que somos, aprendizes do grande artífice que foi Jesus, estamos aqui para desenvolver os bons sentimentos.
Os sentimentos inferiores, aqueles que ainda nos fazem sofrer tanto, esses vão caindo no chão naturalmente, como as sobras do mármore que o cinzel vai retirando.
Boa vontade para connosco, paciência, persistência e seriedade na tarefa são fundamentais.
Boa vontade para com o próximo, benevolência, indulgência e perdão, completam nosso ferramental precioso para construir essa tão importante obra.
Somos a nossa maior obra. Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. 3, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O boné dourado
Leila saiu bem cedo para caminhar pelas ruas do bairro, como fazia todas as manhãs.
Levava apenas uma garrafa de água, pendurada numa bolsa a tiracolo.
Não usava relógio, pulseira, colar, nada que atraísse a cobiça alheia.
Protegia-se do sol com um boné dourado, que a acompanhava há anos.
Naquela manhã, ao passar por uma alameda, viu um rapaz andando nervosamente em sua direcção.
Pressentiu que algo aconteceria.
Imediatamente, pareceu ouvir uma voz sussurrando:
Você não está só. Confie.
A vida havia ensinado àquela senhora muitas coisas, entre elas, o valor da fé.
O rapaz a abordou, numa postura nada amigável.
Mesmo assim, ela sorriu e disse Bom dia.
Ele mostrou a arma e mandou que ela entregasse tudo de valor que tivesse.
Serena, Leila mostrou que só carregava a bolsa de croché com a garrafa d´água.
O jovem se irritou.
Ela teve uma inspiração.
Tirou o boné da cabeça e disse:
Este boné é valioso.
Tem o poder de fazer aflorar o bem e o amor dentro das pessoas.
Leve-o e use-o sempre.
Ele vai iluminar seus pensamentos.
O assaltante, achando que ela estivesse debochando dele, estava a ponto de perder a paciência.
Nisso, o barulho do portão de uma casa, que se abriu ruidosamente, o assustou.
Ele agarrou o boné e saiu correndo.
Leila voltou para casa e se recolheu em prece.
Agradeceu a Deus pela protecção recebida e pediu-lhe que amparasse aquele jovem que trilhava um caminho tão tortuoso.
Passou a orar por ele, diariamente.
Pedia para que seus pensamentos fossem aclarados e que ele tivesse força e ajuda para mudar de vida.
Depois do assalto frustrado daquela manhã, Sidney não conseguia parar de pensar na idosa do boné dourado.
A princípio, achou que fosse piada, mas percebeu que tudo mudara depois que ele passara a usar o boné.
Começara a ter pensamentos diferentes.
Teve vontade de alterar o rumo da própria vida.
Uma noite, passou em frente a uma casa de oração.
Entrou e ouviu a explanação de um trecho do Evangelho.
Chorou muito. Identificou-se com o que tinha escutado.
Saiu renovado e desejou compartilhar aquilo com alguém. Mas quem?
Lembrou-se da senhora do boné.
Na manhã seguinte, voltou àquela alameda na esperança de reencontrá-la.
Viu-a caminhando e foi, trémulo, em sua direcção.
Levava o boné na mão.
Leila o reconheceu.
O rapaz contou-lhe o que acontecera, pediu perdão e confirmou que o boné era mágico.
A senhora sorriu e revelou que o boné não tinha poder algum, que o poder de transformação sempre estivera nele mesmo.
Simplesmente fora activado pela força da fé.
Disse que orava por ele todos os dias, enviando-lhe pensamentos positivos.
Portanto, o que tivera efeito sobre seus pensamentos foram as orações e a sintonia com o bem.
Sidney ficou assombrado com aquela revelação.
Alguém fizera preces em sua intenção, acreditara no bem que havia em seu íntimo e o ajudara a desejar se modificar.
Grande poder da bondade, da prece e da vontade de auxiliar a outrem.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Levava apenas uma garrafa de água, pendurada numa bolsa a tiracolo.
Não usava relógio, pulseira, colar, nada que atraísse a cobiça alheia.
Protegia-se do sol com um boné dourado, que a acompanhava há anos.
Naquela manhã, ao passar por uma alameda, viu um rapaz andando nervosamente em sua direcção.
Pressentiu que algo aconteceria.
Imediatamente, pareceu ouvir uma voz sussurrando:
Você não está só. Confie.
A vida havia ensinado àquela senhora muitas coisas, entre elas, o valor da fé.
O rapaz a abordou, numa postura nada amigável.
Mesmo assim, ela sorriu e disse Bom dia.
Ele mostrou a arma e mandou que ela entregasse tudo de valor que tivesse.
Serena, Leila mostrou que só carregava a bolsa de croché com a garrafa d´água.
O jovem se irritou.
Ela teve uma inspiração.
Tirou o boné da cabeça e disse:
Este boné é valioso.
Tem o poder de fazer aflorar o bem e o amor dentro das pessoas.
Leve-o e use-o sempre.
Ele vai iluminar seus pensamentos.
O assaltante, achando que ela estivesse debochando dele, estava a ponto de perder a paciência.
Nisso, o barulho do portão de uma casa, que se abriu ruidosamente, o assustou.
Ele agarrou o boné e saiu correndo.
Leila voltou para casa e se recolheu em prece.
Agradeceu a Deus pela protecção recebida e pediu-lhe que amparasse aquele jovem que trilhava um caminho tão tortuoso.
Passou a orar por ele, diariamente.
Pedia para que seus pensamentos fossem aclarados e que ele tivesse força e ajuda para mudar de vida.
Depois do assalto frustrado daquela manhã, Sidney não conseguia parar de pensar na idosa do boné dourado.
A princípio, achou que fosse piada, mas percebeu que tudo mudara depois que ele passara a usar o boné.
Começara a ter pensamentos diferentes.
Teve vontade de alterar o rumo da própria vida.
Uma noite, passou em frente a uma casa de oração.
Entrou e ouviu a explanação de um trecho do Evangelho.
Chorou muito. Identificou-se com o que tinha escutado.
Saiu renovado e desejou compartilhar aquilo com alguém. Mas quem?
Lembrou-se da senhora do boné.
Na manhã seguinte, voltou àquela alameda na esperança de reencontrá-la.
Viu-a caminhando e foi, trémulo, em sua direcção.
Levava o boné na mão.
Leila o reconheceu.
O rapaz contou-lhe o que acontecera, pediu perdão e confirmou que o boné era mágico.
A senhora sorriu e revelou que o boné não tinha poder algum, que o poder de transformação sempre estivera nele mesmo.
Simplesmente fora activado pela força da fé.
Disse que orava por ele todos os dias, enviando-lhe pensamentos positivos.
Portanto, o que tivera efeito sobre seus pensamentos foram as orações e a sintonia com o bem.
Sidney ficou assombrado com aquela revelação.
Alguém fizera preces em sua intenção, acreditara no bem que havia em seu íntimo e o ajudara a desejar se modificar.
Grande poder da bondade, da prece e da vontade de auxiliar a outrem.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Teu pai, que vê em secreto
O Evangelista Mateus, no capítulo seis, versículos dois a quatro de seu Evangelho, regista o sábio ensinamento do Mestre da Galileia:
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.
Em verdade te digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará.
Nascido em 1914, em um pequeno povoado da Toscana, Itália, Gino Bartali foi um dos maiores ciclistas de todos os tempos.
De origem pobre, chegou ao auge de sua carreira quando a Segunda Guerra Mundial se aproximava.
Nessa época, Benito Mussolini era o líder da Itália.
Em 1938, o Duce,como era conhecido o líder político, publicou um manifesto sobre a pureza da raça, o que levou muitos judeus a serem despojados de sua cidadania, cargos no governo e de diversos exercícios profissionais.
Gino Bartali, um católico devoto, foi convidado pelo então cardeal de Florença, Dom Elia Dalla Costa, para participar de uma rede secreta de protecção dos judeus que, por conta da ideologia do partido de Mussolini, corriam perigo.
A tarefa a ser desempenhada pelo atleta nessa missão foi completamente adaptada para os seus talentos:
escondidos na estrutura metálica de sua bicicleta, ele levava fotografias para uma gráfica secreta que lhe entregava falsos documentos de identidade.
Numa época em que a circulação de pessoas era extremamente restrita, Bartali tinha livre trânsito, pois, consagrado por suas conquistas, era considerado um orgulho nacional.
Dessa forma, podia pedalar por todas as cidades italianas.
E o fez. Passou por Florença, Lucca, Génova, Assis e Roma.
Ao longo dos milhares de quilómetros percorridos, levou consigo documentos capazes de salvar a vida de incontáveis pessoas.
A nobre atitude do ciclista ficou no anonimato durante décadas.
Aos poucos ele foi desvendando a história ao seu filho, Andrea Bartali.
Todavia, o fez sob a promessa de que ele mantivesse segredo e discrição sobre o assunto.
Andrea, certa vez, perguntou ao pai o motivo pelo qual ele não podia contar a ninguém sobre aqueles actos heróicos.
Recebeu breve, mas grandiosa, resposta:
Meu filho, tu deves fazer o bem, mas não deves falar sobre isso.
Se falares, estarás te aproveitando dos infortúnios alheios para teu próprio engrandecimento.
O bem e a caridade são exercícios morais que devem ser praticados sempre e constantemente.
Todavia, ao realizá-los, guardemos o silêncio e nos coloquemos na posição de quem serve, de quem se doa.
Desse modo, logramos nos adiantarmos em nossa jornada de iluminação pessoal e não corremos o risco de humilharmos aqueles aos quais destinamos auxílio.
Se hoje ajudamos, é certo que amanhã seremos nós os ajudados.
Todos precisamos uns dos outros.
A obra do Pai Celestial em favor das criaturas se faz através das próprias criaturas.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base na biografia de Gino Bartali e no Evangelho de Mateus, cap. 6, vers. 2 a 4.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.
Em verdade te digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará.
Nascido em 1914, em um pequeno povoado da Toscana, Itália, Gino Bartali foi um dos maiores ciclistas de todos os tempos.
De origem pobre, chegou ao auge de sua carreira quando a Segunda Guerra Mundial se aproximava.
Nessa época, Benito Mussolini era o líder da Itália.
Em 1938, o Duce,como era conhecido o líder político, publicou um manifesto sobre a pureza da raça, o que levou muitos judeus a serem despojados de sua cidadania, cargos no governo e de diversos exercícios profissionais.
Gino Bartali, um católico devoto, foi convidado pelo então cardeal de Florença, Dom Elia Dalla Costa, para participar de uma rede secreta de protecção dos judeus que, por conta da ideologia do partido de Mussolini, corriam perigo.
A tarefa a ser desempenhada pelo atleta nessa missão foi completamente adaptada para os seus talentos:
escondidos na estrutura metálica de sua bicicleta, ele levava fotografias para uma gráfica secreta que lhe entregava falsos documentos de identidade.
Numa época em que a circulação de pessoas era extremamente restrita, Bartali tinha livre trânsito, pois, consagrado por suas conquistas, era considerado um orgulho nacional.
Dessa forma, podia pedalar por todas as cidades italianas.
E o fez. Passou por Florença, Lucca, Génova, Assis e Roma.
Ao longo dos milhares de quilómetros percorridos, levou consigo documentos capazes de salvar a vida de incontáveis pessoas.
A nobre atitude do ciclista ficou no anonimato durante décadas.
Aos poucos ele foi desvendando a história ao seu filho, Andrea Bartali.
Todavia, o fez sob a promessa de que ele mantivesse segredo e discrição sobre o assunto.
Andrea, certa vez, perguntou ao pai o motivo pelo qual ele não podia contar a ninguém sobre aqueles actos heróicos.
Recebeu breve, mas grandiosa, resposta:
Meu filho, tu deves fazer o bem, mas não deves falar sobre isso.
Se falares, estarás te aproveitando dos infortúnios alheios para teu próprio engrandecimento.
O bem e a caridade são exercícios morais que devem ser praticados sempre e constantemente.
Todavia, ao realizá-los, guardemos o silêncio e nos coloquemos na posição de quem serve, de quem se doa.
Desse modo, logramos nos adiantarmos em nossa jornada de iluminação pessoal e não corremos o risco de humilharmos aqueles aos quais destinamos auxílio.
Se hoje ajudamos, é certo que amanhã seremos nós os ajudados.
Todos precisamos uns dos outros.
A obra do Pai Celestial em favor das criaturas se faz através das próprias criaturas.
Pensemos nisso!
Momento Espírita, com base na biografia de Gino Bartali e no Evangelho de Mateus, cap. 6, vers. 2 a 4.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Três inimigos
Inúmeros adversários trabalham contra a paz.
Destacamos três que são cruéis, em seus processos perseguidores.
Aparecem quando menos se aguarda, e assumem proporções ameaçadoras que terminam por desequilibrar, levando ao fracasso.
Sentimentos enobrecidos, capacidades invulgares de lutas, espíritos corajosos, quando por eles alcançados tombam, deixando escombros onde antes operavam com alegria.
Antes que o indivíduo se dê conta, está infectado e só a muito esforço se liberta da presença perturbadora de tais invasores.
Subtis ou violentos, utilizam-se de façanhas perversas e se alojam perigosamente no coração e na mente, provocando estados de desordem do raciocínio e de desinteresse pela vida.
Referimo-nos à depressão, ao ressentimento e à exaltação.
Quando o cerco dos problemas torna-se aparentemente irremediável, os temperamentos de constituição mais delicada caem em depressão.
A depressão é semelhante à noite que se apresenta em pleno dia.
É nuvem ameaçadora que encobre o sol.
É tóxico que envenena lentamente as mais belas florações do ser.
O ressentimento é parecido ao mofo que faz apodrecer o sustentáculo onde se apoia.
Utilizando-se de causas que lhe dão entrada franca, desenvolve-se e, invariavelmente, alcança poder destruidor onde se fixa.
A exaltação, idêntica à faísca de electricidade devoradora, atinge os nervos e produz relâmpagos de loucura com trovoadas carregadas de rebeldias, que enfraquecem os ideais da vida e despedaçam aqueles que lhe tombam nas malhas.
Como, então, combatê-los?
De que instrumentos dispomos para afastarmos tão poderosos adversários?
Recursos salvadores são a oração, o prosseguimento do trabalho e o amor desinteressado e incessante.
Para a depressão, imediatamente se deve usar a vacina da coragem pela prece.
Nada, nenhuma força, pode nos fazer desistir do que somos, do que já construímos.
Qualquer sentimento que nos invada, convidando a esse tipo de caminho, será sempre armadilha falsa.
Pensemos que somos maiores do que isso!
Para o ressentimento, nos sirvamos do raciocínio lúcido, mediante o amor que não espera nada.
O ressentimento é veneno que ingerimos diariamente sem perceber e que vai nos matando aos poucos.
Libertar-se dele o quanto antes é ganhar anos de vida, e vida em liberdade.
Não esperemos nada das pessoas, assim como sabemos que é difícil obrigar os outros a esperarem algo de nós.
Damos o que podemos, no momento que podemos.
Assim também é com o próximo.
Ninguém pode dar mais do que tem.
Finalmente, para a exaltação, o remédio é a meditação, que recompõe as energias.
Agir em estado de exaltação é agir sem medir consequências.
É como andar nas alturas, com uma venda nos olhos, sobre uma corda estreita e fraca.
As possibilidades de acidente, de tragédia, são altíssimas.
Meditar, pensar, recompor-se.
Não permitir que as decisões sejam tomadas por impulso.
Ser dono de si mesmo.
Que possamos cuidar de nossas existências e não deixar que nenhum desses inimigos o faça.
Somos senhores de nossos destinos, de nossos pensamentos e actos.
Ninguém, nem nada pode fazer isso por nós se não o permitirmos.
Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro Desperte e seja feliz, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Destacamos três que são cruéis, em seus processos perseguidores.
Aparecem quando menos se aguarda, e assumem proporções ameaçadoras que terminam por desequilibrar, levando ao fracasso.
Sentimentos enobrecidos, capacidades invulgares de lutas, espíritos corajosos, quando por eles alcançados tombam, deixando escombros onde antes operavam com alegria.
Antes que o indivíduo se dê conta, está infectado e só a muito esforço se liberta da presença perturbadora de tais invasores.
Subtis ou violentos, utilizam-se de façanhas perversas e se alojam perigosamente no coração e na mente, provocando estados de desordem do raciocínio e de desinteresse pela vida.
Referimo-nos à depressão, ao ressentimento e à exaltação.
Quando o cerco dos problemas torna-se aparentemente irremediável, os temperamentos de constituição mais delicada caem em depressão.
A depressão é semelhante à noite que se apresenta em pleno dia.
É nuvem ameaçadora que encobre o sol.
É tóxico que envenena lentamente as mais belas florações do ser.
O ressentimento é parecido ao mofo que faz apodrecer o sustentáculo onde se apoia.
Utilizando-se de causas que lhe dão entrada franca, desenvolve-se e, invariavelmente, alcança poder destruidor onde se fixa.
A exaltação, idêntica à faísca de electricidade devoradora, atinge os nervos e produz relâmpagos de loucura com trovoadas carregadas de rebeldias, que enfraquecem os ideais da vida e despedaçam aqueles que lhe tombam nas malhas.
Como, então, combatê-los?
De que instrumentos dispomos para afastarmos tão poderosos adversários?
Recursos salvadores são a oração, o prosseguimento do trabalho e o amor desinteressado e incessante.
Para a depressão, imediatamente se deve usar a vacina da coragem pela prece.
Nada, nenhuma força, pode nos fazer desistir do que somos, do que já construímos.
Qualquer sentimento que nos invada, convidando a esse tipo de caminho, será sempre armadilha falsa.
Pensemos que somos maiores do que isso!
Para o ressentimento, nos sirvamos do raciocínio lúcido, mediante o amor que não espera nada.
O ressentimento é veneno que ingerimos diariamente sem perceber e que vai nos matando aos poucos.
Libertar-se dele o quanto antes é ganhar anos de vida, e vida em liberdade.
Não esperemos nada das pessoas, assim como sabemos que é difícil obrigar os outros a esperarem algo de nós.
Damos o que podemos, no momento que podemos.
Assim também é com o próximo.
Ninguém pode dar mais do que tem.
Finalmente, para a exaltação, o remédio é a meditação, que recompõe as energias.
Agir em estado de exaltação é agir sem medir consequências.
É como andar nas alturas, com uma venda nos olhos, sobre uma corda estreita e fraca.
As possibilidades de acidente, de tragédia, são altíssimas.
Meditar, pensar, recompor-se.
Não permitir que as decisões sejam tomadas por impulso.
Ser dono de si mesmo.
Que possamos cuidar de nossas existências e não deixar que nenhum desses inimigos o faça.
Somos senhores de nossos destinos, de nossos pensamentos e actos.
Ninguém, nem nada pode fazer isso por nós se não o permitirmos.
Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro Desperte e seja feliz, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Pequenos gestos de amor
Aquele era mais um dia, numa grande cidade, dessas comuns, que encontramos esparramadas pelo país.
A urgência habitual fazia com que as calçadas ficassem repletas de pessoas, que corriam, nas suas preocupações do dia a dia.
Com ela não era diferente.
Apressava-se na saída do metro, visando desembocar na grande avenida que a levaria aos seus compromissos.
E eram tantos. Pela memória, ia repassando o roteiro das tarefas que lhe competia realizar nas próximas horas.
As escadas rolantes a conduziram para a calçada e para um encontro inesperado.
Justo em sua frente, um jovem.
O rosto se escondia atrás da sujeira.
Os olhos saltados das órbitas denunciavam o consumo de entorpecentes.
As roupas maltrapilhas indicavam o abandono de tudo.
Sua primeira reacção foi de medo, de defesa.
Lançou-lhe um olhar assustado, ao mesmo tempo em que levava as duas mãos à bolsa, num movimento de protecção.
Ele a olhou com o resto de lucidez que ainda tinha, e lhe disse:
Eu não quero nada, não vou lhe tomar nada.
A reacção do rapaz a surpreendeu.
Esperava que ele fosse lhe arrancar a bolsa, dar voz de assalto, fazer algum gesto de violência.
A surpresa a fez mudar de postura corporal. Mudou também seu olhar.
Ele então completou a frase:
Eu só queria algum dinheiro para a próxima dose.
A dor com que aquela frase foi dita lhe cortou o coração.
Pensou em como aquela vida estava se esvaindo na dependência infeliz.
O que fazer por ele?
De imediato, ocorreram-lhe à mente as lições do Evangelho de Jesus.
Ao pensamento, veio-lhe a frase à boca, quase sem raciocínio, mas cheia de sentimento:
Eu não posso, não quero lhe dar o dinheiro para a próxima dose, mas posso lhe dar um abraço.
Sem que o jovem pudesse compreender o que se passava, ela o abraçou.
E ficou assim, envolvendo-o, demoradamente.
Foram alguns segundos eternos, que a ambos emocionou até às lágrimas.
Ela, condoída pelo jovem desiludido.
Ele, impactado pelo gesto de amor inesperado.
Ao afastar-se do abraço, ainda surpreso pelo gesto fraterno, carinhoso, que recebeu, confessou:
Eu estava a ponto de me matar.
Nada mais valia na minha vida.
Já não me reconhecia como gente.
Vivia uma vida de bicho, e era tratado como tal.
Você me lembrou de que sou gente, você me tratou, como há muito não acontecia: como gente. Muito obrigado!
E do mesmo modo como apareceu, sumiu entre a multidão.
Ela ficou ali, deixando-se inundar pelas lágrimas, feliz por ter seguido seu impulso de amor.
Assim se aprende a amar.
Tratar aos outros, não importa quem, como gostaríamos que fizessem connosco, ou com algum dos nossos.
Vencer o medo, oferecer o que temos de melhor no coração, nem que seja pelo tempo de um abraço.
Às vezes, é apenas isso que um desconhecido precisa de nós.
Uma palavra de optimismo, um sorriso generoso, um olhar de compreensão.
Pequenos carinhos, capazes de amenizar dores e de tratar feridas, dessas que todos trazemos na alma.
Momento Espírita, com base em facto narrado na XIX Conferência Estadual Espírita, por Divaldo Pereira Franco, em Pinhais, Paraná, em março de 2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
A urgência habitual fazia com que as calçadas ficassem repletas de pessoas, que corriam, nas suas preocupações do dia a dia.
Com ela não era diferente.
Apressava-se na saída do metro, visando desembocar na grande avenida que a levaria aos seus compromissos.
E eram tantos. Pela memória, ia repassando o roteiro das tarefas que lhe competia realizar nas próximas horas.
As escadas rolantes a conduziram para a calçada e para um encontro inesperado.
Justo em sua frente, um jovem.
O rosto se escondia atrás da sujeira.
Os olhos saltados das órbitas denunciavam o consumo de entorpecentes.
As roupas maltrapilhas indicavam o abandono de tudo.
Sua primeira reacção foi de medo, de defesa.
Lançou-lhe um olhar assustado, ao mesmo tempo em que levava as duas mãos à bolsa, num movimento de protecção.
Ele a olhou com o resto de lucidez que ainda tinha, e lhe disse:
Eu não quero nada, não vou lhe tomar nada.
A reacção do rapaz a surpreendeu.
Esperava que ele fosse lhe arrancar a bolsa, dar voz de assalto, fazer algum gesto de violência.
A surpresa a fez mudar de postura corporal. Mudou também seu olhar.
Ele então completou a frase:
Eu só queria algum dinheiro para a próxima dose.
A dor com que aquela frase foi dita lhe cortou o coração.
Pensou em como aquela vida estava se esvaindo na dependência infeliz.
O que fazer por ele?
De imediato, ocorreram-lhe à mente as lições do Evangelho de Jesus.
Ao pensamento, veio-lhe a frase à boca, quase sem raciocínio, mas cheia de sentimento:
Eu não posso, não quero lhe dar o dinheiro para a próxima dose, mas posso lhe dar um abraço.
Sem que o jovem pudesse compreender o que se passava, ela o abraçou.
E ficou assim, envolvendo-o, demoradamente.
Foram alguns segundos eternos, que a ambos emocionou até às lágrimas.
Ela, condoída pelo jovem desiludido.
Ele, impactado pelo gesto de amor inesperado.
Ao afastar-se do abraço, ainda surpreso pelo gesto fraterno, carinhoso, que recebeu, confessou:
Eu estava a ponto de me matar.
Nada mais valia na minha vida.
Já não me reconhecia como gente.
Vivia uma vida de bicho, e era tratado como tal.
Você me lembrou de que sou gente, você me tratou, como há muito não acontecia: como gente. Muito obrigado!
E do mesmo modo como apareceu, sumiu entre a multidão.
Ela ficou ali, deixando-se inundar pelas lágrimas, feliz por ter seguido seu impulso de amor.
Assim se aprende a amar.
Tratar aos outros, não importa quem, como gostaríamos que fizessem connosco, ou com algum dos nossos.
Vencer o medo, oferecer o que temos de melhor no coração, nem que seja pelo tempo de um abraço.
Às vezes, é apenas isso que um desconhecido precisa de nós.
Uma palavra de optimismo, um sorriso generoso, um olhar de compreensão.
Pequenos carinhos, capazes de amenizar dores e de tratar feridas, dessas que todos trazemos na alma.
Momento Espírita, com base em facto narrado na XIX Conferência Estadual Espírita, por Divaldo Pereira Franco, em Pinhais, Paraná, em março de 2017.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ganhando na lotaria
Quantas vezes você já disse: Se eu ganhasse na lotaria...?
E já fez planos, organizou viagens e passeios... em sua mente?
Somos muitos os que aguardamos uma mudança radical:
ganhar na loto, ser sorteados no supermercado, ganhar um super carrão do shopping.
Ficamos aguardando o dia em que somas de dinheiro nos chegarão e nossas dificuldades financeiras desaparecerão.
Jane era assim.
Se eu ficar rica, dizia, vou me mudar para um apartamento maior e renovar meu guarda-roupa.
Vai sonhando, lhe dizia uma amiga.
Suas chances de ficar rica são tantas quanto as minhas.
Mas, de repente, Jane ganhou uma herança considerável.
No princípio, nada disse a ninguém.
Depois, confidenciou para a amiga.
E começou a fazer listas para gastar sua riqueza recém-conquistada.
Cada dia, as anotações mudavam.
O que estava em cima, como prioridade, ia para baixo e ela colocava no alto outras prioridades.
A amiga a viu atormentar-se e um dia lhe falou:
Jane, porque tanta preocupação?
Você não precisa gastar toda a sua herança de uma só vez.
Pense um pouco. Ore, peça orientação a Deus.
Embora concordando, Jane ficou um pouco irritada com a observação.
O tempo foi passando e as listas foram sendo substituídas, dia após dia.
Apartamento, guarda-roupa, viagens, carro...
Finalmente, certa manhã, Jane chamou sua amiga.
Quero ouvir sua opinião, falou ao telefone.
Já decidi como vou usar minha herança.
A amiga não estava nem um pouco ansiosa para ler mais uma daquelas listas.
No entanto, foi à casa de Jane.
Para sua surpresa, enquanto lhe era servido um delicioso café, uma única folha de papel foi colocada sob seus olhos.
Não era uma lista enorme.
Havia somente três itens, escritos em letra de forma: igreja, caridade, netos.
Segui seu conselho, explicou Jane.
Orei a Deus, não uma, mas muitas vezes.
E dei-me conta de que a comunidade religiosa é muito importante para mim.
Desse modo, uma boa parte irá para ela, a fim de que possa servir à divulgação do bem.
Depois, eu sempre quis ajudar as crianças.
Por isso, outra parte irá para as instituições que trabalham com crianças necessitadas.
Quanto aos netos, dividirão a terceira parte da herança.
Claro que não a vou entregar assim, de mão beijada.
Eles terão que provar que a merecem, trabalhando, guardando o seu próprio dinheiro.
Mas a receberão, de forma paulatina.
Jane disse, por fim, que o apartamento maior com que sempre sonhara não era tão importante.
Bom, ela somente não desistiu do novo guarda-roupa.
Esse, ela o adquiriu, para se sentir renovada, por fora também.
Tudo que nos chega é talento que a Divindade nos concede.
Ter a sabedoria de multiplicar cada um deles, utilizando-o a bem de outros, constitui felicidade.
E como dizia Emmanuel Kant:
Não somos ricos pelo que temos, mas sim pelo que não precisamos ter.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A lista, de Agnes Moench, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthprne e Marci Shimoff, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
E já fez planos, organizou viagens e passeios... em sua mente?
Somos muitos os que aguardamos uma mudança radical:
ganhar na loto, ser sorteados no supermercado, ganhar um super carrão do shopping.
Ficamos aguardando o dia em que somas de dinheiro nos chegarão e nossas dificuldades financeiras desaparecerão.
Jane era assim.
Se eu ficar rica, dizia, vou me mudar para um apartamento maior e renovar meu guarda-roupa.
Vai sonhando, lhe dizia uma amiga.
Suas chances de ficar rica são tantas quanto as minhas.
Mas, de repente, Jane ganhou uma herança considerável.
No princípio, nada disse a ninguém.
Depois, confidenciou para a amiga.
E começou a fazer listas para gastar sua riqueza recém-conquistada.
Cada dia, as anotações mudavam.
O que estava em cima, como prioridade, ia para baixo e ela colocava no alto outras prioridades.
A amiga a viu atormentar-se e um dia lhe falou:
Jane, porque tanta preocupação?
Você não precisa gastar toda a sua herança de uma só vez.
Pense um pouco. Ore, peça orientação a Deus.
Embora concordando, Jane ficou um pouco irritada com a observação.
O tempo foi passando e as listas foram sendo substituídas, dia após dia.
Apartamento, guarda-roupa, viagens, carro...
Finalmente, certa manhã, Jane chamou sua amiga.
Quero ouvir sua opinião, falou ao telefone.
Já decidi como vou usar minha herança.
A amiga não estava nem um pouco ansiosa para ler mais uma daquelas listas.
No entanto, foi à casa de Jane.
Para sua surpresa, enquanto lhe era servido um delicioso café, uma única folha de papel foi colocada sob seus olhos.
Não era uma lista enorme.
Havia somente três itens, escritos em letra de forma: igreja, caridade, netos.
Segui seu conselho, explicou Jane.
Orei a Deus, não uma, mas muitas vezes.
E dei-me conta de que a comunidade religiosa é muito importante para mim.
Desse modo, uma boa parte irá para ela, a fim de que possa servir à divulgação do bem.
Depois, eu sempre quis ajudar as crianças.
Por isso, outra parte irá para as instituições que trabalham com crianças necessitadas.
Quanto aos netos, dividirão a terceira parte da herança.
Claro que não a vou entregar assim, de mão beijada.
Eles terão que provar que a merecem, trabalhando, guardando o seu próprio dinheiro.
Mas a receberão, de forma paulatina.
Jane disse, por fim, que o apartamento maior com que sempre sonhara não era tão importante.
Bom, ela somente não desistiu do novo guarda-roupa.
Esse, ela o adquiriu, para se sentir renovada, por fora também.
Tudo que nos chega é talento que a Divindade nos concede.
Ter a sabedoria de multiplicar cada um deles, utilizando-o a bem de outros, constitui felicidade.
E como dizia Emmanuel Kant:
Não somos ricos pelo que temos, mas sim pelo que não precisamos ter.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A lista, de Agnes Moench, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthprne e Marci Shimoff, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Última edição por Ave sem Ninho em Dom maio 21, 2017 11:16 am, editado 1 vez(es)
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 32 de 41 • 1 ... 17 ... 31, 32, 33 ... 36 ... 41
Tópicos semelhantes
» Momentos Espíritas II
» Momentos Espíritas
» Momentos Espíritas IV
» Momentos Espíritas I
» Colecção Momentos - Momentos de Iluminação-Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco
» Momentos Espíritas
» Momentos Espíritas IV
» Momentos Espíritas I
» Colecção Momentos - Momentos de Iluminação-Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco
Página 32 de 41
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos