Momentos Espíritas III
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A história de Lorena
Ela era uma menina como muitas outras.
Adorava fazer manobras radicais em seu skate e sonhava ter um canal numa rede social para compartilhar as coisas que amava.
Aos doze anos, sua vida sofreu uma grande mudança, quando foi diagnosticada com um tumor raro e agressivo na medula.
Foi submetida a uma cirurgia e iniciou um longo tratamento com quimioterapia.
Sua fala e seus movimentos foram bastante afectados, mas ela não desistiu de realizar seu sonho:
ter um canal numa rede social para contar às pessoas um pouco sobre sua vida e seus gostos.
Lorena criou, então, o Careca TV e, logo no primeiro vídeo, explicou a causa de sua fala lenta e sua voz trémula.
Seu jeito meigo e verdadeiro conquistou milhares de fãs e seguidores.
Cada vídeo postado era curtido e comentado por pessoas de todos os cantos do Brasil e do Exterior.
Ela se tornou uma inspiração para jovens e adultos, portadores de câncer ou não.
Como todo aquele que espalha luz, a menina também teve de enfrentar as trevas da incompreensão, do preconceito e da inveja, em forma de comentários maldosos e palavras agressivas.
Foi acusada de usar sua enfermidade para se promover e ganhar coisas.
Respondeu a todas as críticas desejando felicidade aos agressores.
Retribuiu a maldade, a incompreensão, com amor, um amor que somente os que conseguem ver além da superfície sabem sentir.
Lorena sabia que as críticas carregavam também muita dor.
Mas ela não era a culpada por essa dor, e desejou que seus agressores a conseguissem superar, encontrando, em algum momento, sua própria felicidade.
Mesmo assim, seu canal de TV foi raqueado e os vídeos foram apagados.
Triste e ferida, a menina chegou a cogitar em desistir do canal.
No entanto, sua irmã, um de seus anjos protectores, o refez, repostou os vídeos e lançou o novo endereço para que as pessoas pudessem encontrá-la.
Dessa forma, a conexão de força, coragem e amor foi restaurada.
E muitas pessoas se uniram a ela nesse recomeço.
Semanalmente, novos vídeos de uma sorridente e querida menina continuaram a ser postados, numa demonstração de que a vida prosseguia.
Lorena mostrou que não se deixou vencer pela doença, acatou o tratamento e aceitou todo o pacote que isso representava.
Nunca se revoltou.
Sorria sempre... para todos.
Dois anos depois do primeiro vídeo, um novo, cheio de alegria: estava curada!
Agradecendo a todos os que a acompanharam e apoiaram nessa trajectória, a menina, agora com treze anos, fala em retomar outros sonhos:
voltar a andar, a fazer manobras no skate, seguir com a vida que não foi interrompida, apenas pausada.
A trajectória dessa adolescente nos ensina uma lição preciosa:
a de que não estamos sós, de que os que somos misericordiosos e sabemos amar somos envolvidos em luz e paz.
Conhecer a história de Lorena nos faz buscar, em nós, aquela centelha de Deus que nos diz que a vida segue, e nos cabe andar em harmonia com ela, buscando viver no amor.
Se assim procedermos, encontraremos a felicidade.
Momento Espírita, com base na história de vida da youtube Lorena Reginato.
§.§.§- Ave sem Ninho
Adorava fazer manobras radicais em seu skate e sonhava ter um canal numa rede social para compartilhar as coisas que amava.
Aos doze anos, sua vida sofreu uma grande mudança, quando foi diagnosticada com um tumor raro e agressivo na medula.
Foi submetida a uma cirurgia e iniciou um longo tratamento com quimioterapia.
Sua fala e seus movimentos foram bastante afectados, mas ela não desistiu de realizar seu sonho:
ter um canal numa rede social para contar às pessoas um pouco sobre sua vida e seus gostos.
Lorena criou, então, o Careca TV e, logo no primeiro vídeo, explicou a causa de sua fala lenta e sua voz trémula.
Seu jeito meigo e verdadeiro conquistou milhares de fãs e seguidores.
Cada vídeo postado era curtido e comentado por pessoas de todos os cantos do Brasil e do Exterior.
Ela se tornou uma inspiração para jovens e adultos, portadores de câncer ou não.
Como todo aquele que espalha luz, a menina também teve de enfrentar as trevas da incompreensão, do preconceito e da inveja, em forma de comentários maldosos e palavras agressivas.
Foi acusada de usar sua enfermidade para se promover e ganhar coisas.
Respondeu a todas as críticas desejando felicidade aos agressores.
Retribuiu a maldade, a incompreensão, com amor, um amor que somente os que conseguem ver além da superfície sabem sentir.
Lorena sabia que as críticas carregavam também muita dor.
Mas ela não era a culpada por essa dor, e desejou que seus agressores a conseguissem superar, encontrando, em algum momento, sua própria felicidade.
Mesmo assim, seu canal de TV foi raqueado e os vídeos foram apagados.
Triste e ferida, a menina chegou a cogitar em desistir do canal.
No entanto, sua irmã, um de seus anjos protectores, o refez, repostou os vídeos e lançou o novo endereço para que as pessoas pudessem encontrá-la.
Dessa forma, a conexão de força, coragem e amor foi restaurada.
E muitas pessoas se uniram a ela nesse recomeço.
Semanalmente, novos vídeos de uma sorridente e querida menina continuaram a ser postados, numa demonstração de que a vida prosseguia.
Lorena mostrou que não se deixou vencer pela doença, acatou o tratamento e aceitou todo o pacote que isso representava.
Nunca se revoltou.
Sorria sempre... para todos.
Dois anos depois do primeiro vídeo, um novo, cheio de alegria: estava curada!
Agradecendo a todos os que a acompanharam e apoiaram nessa trajectória, a menina, agora com treze anos, fala em retomar outros sonhos:
voltar a andar, a fazer manobras no skate, seguir com a vida que não foi interrompida, apenas pausada.
A trajectória dessa adolescente nos ensina uma lição preciosa:
a de que não estamos sós, de que os que somos misericordiosos e sabemos amar somos envolvidos em luz e paz.
Conhecer a história de Lorena nos faz buscar, em nós, aquela centelha de Deus que nos diz que a vida segue, e nos cabe andar em harmonia com ela, buscando viver no amor.
Se assim procedermos, encontraremos a felicidade.
Momento Espírita, com base na história de vida da youtube Lorena Reginato.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A última corda
Era uma vez um grande violinista chamado Paganini.
Alguns diziam que ele era muito estranho, outros, que ele era sobrenatural.
As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de assistir seu espectáculo.
Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo.
A orquestra entrou e foi aplaudida.
O maestro, ovacionado.
Mas quando surgiu a figura de Paganini, triunfante, o público delirou.
Nicolo Paganini colocou seu violino no ombro, e o que se assistiu em seguida foi indescritível.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias, pareciam ter asas e voar com o delicado toque daqueles dedos virtuosos.
De repente, porém, um som estranho interrompe o devaneio da plateia:
uma das cordas do violino de Paganini arrebentara.
O maestro parou. A orquestra parou.
Mas Paganini não parou.
Olhando para sua partitura ele continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.
O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbador:
uma outra corda do violino do virtuoso se rompe.
O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo.
Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou, tirando sons do impossível.
O maestro e a orquestra, impressionados, voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que aconteceria a seguir:
todas as pessoas, pasmas, gritaram: Oohhh!
Uma terceira corda do instrumento de Paganini se quebra.
O maestro para. A orquestra para.
A respiração do público para.
Mas Paganini... Paganini não pára.
Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Paganini atinge a glória.
Seu nome corre através do tempo.
Ele não é apenas um violinista genial, mas o símbolo do ser humano que continua diante do impossível.
Este é o espírito da perseverança, da criatividade e habilidade perante os obstáculos naturais da vida no mundo.
Lembremos desta história todas as vezes que as cordas de nossos instrumentos se romperem.
Afirmemos no íntimo: Eu sei que posso continuar!
Afirmemos para a alma:
Não é qualquer adversidade que irá me derrubar, que irá me fazer desistir!
Perceberemos então, com encanto, que muitas vezes nossas mãos calejadas, obrigadas a retirar sons de uma única corda, estão sendo amparadas por mãos invisíveis de misericórdia.
Nunca estamos sozinhos no concerto da vida na Terra.
À maneira de um público empolgado que incentiva o artista, o invisível nos dá forças, nos alimenta o ânimo, e nos aplaude cada vez que nos superamos.
Continuemos... sem medo, sem hesitação.
Toquemos nossa música da alma para o céu azul ou para as estrelas. Contando com as quatro cordas de nossa rabeca, ou apenas com uma delas.
Não deixemos de tocar.
Momento Espírita, com base em texto de autor desconhecido, recebido pela Internet.
§.§.§- Ave sem Ninho
Alguns diziam que ele era muito estranho, outros, que ele era sobrenatural.
As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de assistir seu espectáculo.
Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo.
A orquestra entrou e foi aplaudida.
O maestro, ovacionado.
Mas quando surgiu a figura de Paganini, triunfante, o público delirou.
Nicolo Paganini colocou seu violino no ombro, e o que se assistiu em seguida foi indescritível.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias, pareciam ter asas e voar com o delicado toque daqueles dedos virtuosos.
De repente, porém, um som estranho interrompe o devaneio da plateia:
uma das cordas do violino de Paganini arrebentara.
O maestro parou. A orquestra parou.
Mas Paganini não parou.
Olhando para sua partitura ele continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.
O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbador:
uma outra corda do violino do virtuoso se rompe.
O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo.
Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou, tirando sons do impossível.
O maestro e a orquestra, impressionados, voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que aconteceria a seguir:
todas as pessoas, pasmas, gritaram: Oohhh!
Uma terceira corda do instrumento de Paganini se quebra.
O maestro para. A orquestra para.
A respiração do público para.
Mas Paganini... Paganini não pára.
Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Paganini atinge a glória.
Seu nome corre através do tempo.
Ele não é apenas um violinista genial, mas o símbolo do ser humano que continua diante do impossível.
Este é o espírito da perseverança, da criatividade e habilidade perante os obstáculos naturais da vida no mundo.
Lembremos desta história todas as vezes que as cordas de nossos instrumentos se romperem.
Afirmemos no íntimo: Eu sei que posso continuar!
Afirmemos para a alma:
Não é qualquer adversidade que irá me derrubar, que irá me fazer desistir!
Perceberemos então, com encanto, que muitas vezes nossas mãos calejadas, obrigadas a retirar sons de uma única corda, estão sendo amparadas por mãos invisíveis de misericórdia.
Nunca estamos sozinhos no concerto da vida na Terra.
À maneira de um público empolgado que incentiva o artista, o invisível nos dá forças, nos alimenta o ânimo, e nos aplaude cada vez que nos superamos.
Continuemos... sem medo, sem hesitação.
Toquemos nossa música da alma para o céu azul ou para as estrelas. Contando com as quatro cordas de nossa rabeca, ou apenas com uma delas.
Não deixemos de tocar.
Momento Espírita, com base em texto de autor desconhecido, recebido pela Internet.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Localização : Porto - Portugal
Lucidez terminal
Quantas vezes já ouvimos falar a respeito de pacientes em fase terminal que, de forma repentina, acusam melhora do seu estado, surpreendendo médicos e familiares?
Quantas vezes ouvimos histórias a respeito de enfermos que, apresentando confusão mental ou demência, desde algum tempo, adquirem plena lucidez, conversando com quem esteja ao lado, de forma plena e consciente?
Também ouvimos que isso dura pouco.
Talvez algumas horas, um dia, para depois morrerem.
Isso é tão verdadeiro que o dito popular denominou tais questões de a melhora da morte.
Aquele médico, cientista de primeira linha, tinha uma história muito peculiar, vivenciada por ele próprio.
Não havia explicação científica para o que ele presenciara e o assombrara.
No entanto, ele não pôde se furtar a admitir a verdade profunda e confortante: somos Espíritos imortais.
E todos os que nos amamos estamos interconectados, nesta vida e na outra.
A morte não apaga os luminosos raios da estrela do amor nem destrói os laços do afecto.
Seu pai estava enfermo há cinco anos e entrara em uma fase bastante difícil, nos últimos vinte e quatro meses.
Incapaz, demente, sentia muita dor e insistia que queria morrer.
Não suportava mais viver daquela forma, confessava.
Então, de repente, pareceu tomado de lucidez.
Fixou o olhar no pé da cama e se pôs a fazer observações a respeito da vida e da família.
O filho, John, prestou atenção no que dizia seu velho pai e se deu conta de que ele conversava com alguém.
Ninguém menos do que a sua mãe, morta há uns sessenta e cinco anos, quando ele era apenas um adolescente.
John pouco ouvira falar a respeito dessa avó, mas agora verificava que seu pai mantinha com ela uma animada conversa.
E pelo tom do diálogo, John deduziu que ela estava dando as boas vindas ao Espírito de seu pai.
Depois de alguns minutos, o enfermo se voltou para ele com uma expressão totalmente diferente no olhar.
Nada lembrava aquela alienação dos últimos dois anos.
Ele sorriu, irradiando uma aura de paz jamais antes apresentada.
Durma, papai. – Disse o médico.
Descanse, está tudo bem.
E foi exactamente o que ele fez.
Fechou os olhos, e se deixou levar, com uma expressão de serenidade no rosto.
Ele partiu e John guardou a certeza de que a sua avó estivera ali, recebendo nos braços o Espírito do filho do qual se apartara fisicamente há mais de sessenta anos.
Nossos amores não nos abandonam.
Partem para a pátria espiritual mas mantém os olhos fixos nos que permanecemos por cá, ainda com tarefas a realizar, missões a desempenhar.
Periodicamente, nos enviam suas vibrações de bom ânimo, por vezes nos visitam nas asas do sonho, arrefecendo as saudades da separação.
Finalmente, quando se aproxima o momento da nossa partida, ei-los a postos, encorajando-nos para a grande viagem a empreender.
Eles vêm nos tranquilizar, falando de sua própria experiência e do que nos espera, do outro lado da vida.
Estão ali para nos recepcionar, para nos abraçar e nos dizer: Sejam bem-vindos. Demorou um pouco mas nos reencontramos.
Momento Espírita, com base no cap. 31, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quantas vezes ouvimos histórias a respeito de enfermos que, apresentando confusão mental ou demência, desde algum tempo, adquirem plena lucidez, conversando com quem esteja ao lado, de forma plena e consciente?
Também ouvimos que isso dura pouco.
Talvez algumas horas, um dia, para depois morrerem.
Isso é tão verdadeiro que o dito popular denominou tais questões de a melhora da morte.
Aquele médico, cientista de primeira linha, tinha uma história muito peculiar, vivenciada por ele próprio.
Não havia explicação científica para o que ele presenciara e o assombrara.
No entanto, ele não pôde se furtar a admitir a verdade profunda e confortante: somos Espíritos imortais.
E todos os que nos amamos estamos interconectados, nesta vida e na outra.
A morte não apaga os luminosos raios da estrela do amor nem destrói os laços do afecto.
Seu pai estava enfermo há cinco anos e entrara em uma fase bastante difícil, nos últimos vinte e quatro meses.
Incapaz, demente, sentia muita dor e insistia que queria morrer.
Não suportava mais viver daquela forma, confessava.
Então, de repente, pareceu tomado de lucidez.
Fixou o olhar no pé da cama e se pôs a fazer observações a respeito da vida e da família.
O filho, John, prestou atenção no que dizia seu velho pai e se deu conta de que ele conversava com alguém.
Ninguém menos do que a sua mãe, morta há uns sessenta e cinco anos, quando ele era apenas um adolescente.
John pouco ouvira falar a respeito dessa avó, mas agora verificava que seu pai mantinha com ela uma animada conversa.
E pelo tom do diálogo, John deduziu que ela estava dando as boas vindas ao Espírito de seu pai.
Depois de alguns minutos, o enfermo se voltou para ele com uma expressão totalmente diferente no olhar.
Nada lembrava aquela alienação dos últimos dois anos.
Ele sorriu, irradiando uma aura de paz jamais antes apresentada.
Durma, papai. – Disse o médico.
Descanse, está tudo bem.
E foi exactamente o que ele fez.
Fechou os olhos, e se deixou levar, com uma expressão de serenidade no rosto.
Ele partiu e John guardou a certeza de que a sua avó estivera ali, recebendo nos braços o Espírito do filho do qual se apartara fisicamente há mais de sessenta anos.
Nossos amores não nos abandonam.
Partem para a pátria espiritual mas mantém os olhos fixos nos que permanecemos por cá, ainda com tarefas a realizar, missões a desempenhar.
Periodicamente, nos enviam suas vibrações de bom ânimo, por vezes nos visitam nas asas do sonho, arrefecendo as saudades da separação.
Finalmente, quando se aproxima o momento da nossa partida, ei-los a postos, encorajando-nos para a grande viagem a empreender.
Eles vêm nos tranquilizar, falando de sua própria experiência e do que nos espera, do outro lado da vida.
Estão ali para nos recepcionar, para nos abraçar e nos dizer: Sejam bem-vindos. Demorou um pouco mas nos reencontramos.
Momento Espírita, com base no cap. 31, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Fazer as pazes com Deus
Não houve povo, até hoje, que ignorasse a existência da Divindade.
A ideia dessa Força Superior expressou-se, ao longo do tempo, conforme a cultura e os valores de cada comunidade, de cada época.
Assim, na Antiguidade, alguns, como ainda ocorre, concebemos a existência de um grupo de deuses.
Conforme a cultura greco-romana, eles eram quase humanos e, embora seus grandes poderes, eram considerados portadores dos mesmos sentimentos e imperfeições de qualquer mortal.
Algumas culturas lhes atribuíam atitudes tão brutais, que chegavam a lhes oferecer sacrifícios humanos, a fim de aplacar os achaques e destemperos das temidas divindades.
Mais tarde, concebemos a ideia do Deus único, Criador de tudo e de todos.
Embora a evolução do conceito monoteísta, permanecia a ideia do Criador a vigiar as criaturas, pronto a castigá-las e enviar Sua ira Divina pelos menores erros humanos.
Assim, apenas temíamos a Deus, pois acreditávamos que quaisquer desvios de conduta eram severamente punidos.
Foi somente com Jesus que a concepção da Divindade ganhou outro carácter.
Pela primeira vez, a relação com Deus se tornou filial.
O Mestre, ao orar, no-lO apresentou como o Pai Nosso que está nos céus.
Foi Jesus também quem nos explicou sobre a amorosa Justiça Divina, Sua Providência, seja com as aves dos céus, os lírios do campo, ou para connosco, Seus filhos.
Porém, poucos fomos aqueles que compreendemos essa proposta cristã.
Confundimos o próprio emissário com o Criador, imaginando-os como uma figura única.
E, em nome de um ou de outro, perseguimos, matamos, torturamos, ao longo dos séculos.
Por isso, muitos passaram a negá-lO, questionando a razão da existência de um Deus, que cometia injustiças.
Vários foram os filósofos, principalmente a partir do Século XIX, que se empenharam em destruir, em matar a ideia de Deus, em enterrá-lO, negando-O.
Entronizar a razão em Seu lugar era a atitude mais lúcida, defendiam.
De certa forma, tais filósofos tinham razão.
Se esse era o Deus existente, melhor seria negá-lO a aceitar Seus disparates.
Porém, se esqueceram de analisar as alterações que os próprios homens introduziram no cristianismo nascente, tornando-o, muitas vezes, bem distante da proposta do Cristo.
Necessário, portanto, que resgatemos o Deus que Jesus nos apresentou.
Não o Deus a ser adorado em templos sumptuosos, mas o Pai que mora em nossa intimidade.
Não o Deus tribal, que protege aos Seus, castigando os supostos inimigos, mas o Deus que ama a todos.
Não o Deus que se incomoda com o que vestimos, com a música que escutamos, com o que nos alimentamos ou com a religião que praticamos, mas o Deus do Universo, Criador das galáxias infindas e belezas incomuns.
É necessário fazermos as pazes com Deus.
Desatar os nós emocionais que carregamos com relação ao nosso Pai Celestial.
Compreendê-lO, efectivamente, como o Pai, que não castiga, mas ensina; que não nos pune, mas oferece caminhos nem sempre agradáveis para nosso melhor aprendizado.
E entender que acima de tudo Deus nos ama, provendo a todas as nossas necessidades, dia após dia, conforme nos ensinou Jesus.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
A ideia dessa Força Superior expressou-se, ao longo do tempo, conforme a cultura e os valores de cada comunidade, de cada época.
Assim, na Antiguidade, alguns, como ainda ocorre, concebemos a existência de um grupo de deuses.
Conforme a cultura greco-romana, eles eram quase humanos e, embora seus grandes poderes, eram considerados portadores dos mesmos sentimentos e imperfeições de qualquer mortal.
Algumas culturas lhes atribuíam atitudes tão brutais, que chegavam a lhes oferecer sacrifícios humanos, a fim de aplacar os achaques e destemperos das temidas divindades.
Mais tarde, concebemos a ideia do Deus único, Criador de tudo e de todos.
Embora a evolução do conceito monoteísta, permanecia a ideia do Criador a vigiar as criaturas, pronto a castigá-las e enviar Sua ira Divina pelos menores erros humanos.
Assim, apenas temíamos a Deus, pois acreditávamos que quaisquer desvios de conduta eram severamente punidos.
Foi somente com Jesus que a concepção da Divindade ganhou outro carácter.
Pela primeira vez, a relação com Deus se tornou filial.
O Mestre, ao orar, no-lO apresentou como o Pai Nosso que está nos céus.
Foi Jesus também quem nos explicou sobre a amorosa Justiça Divina, Sua Providência, seja com as aves dos céus, os lírios do campo, ou para connosco, Seus filhos.
Porém, poucos fomos aqueles que compreendemos essa proposta cristã.
Confundimos o próprio emissário com o Criador, imaginando-os como uma figura única.
E, em nome de um ou de outro, perseguimos, matamos, torturamos, ao longo dos séculos.
Por isso, muitos passaram a negá-lO, questionando a razão da existência de um Deus, que cometia injustiças.
Vários foram os filósofos, principalmente a partir do Século XIX, que se empenharam em destruir, em matar a ideia de Deus, em enterrá-lO, negando-O.
Entronizar a razão em Seu lugar era a atitude mais lúcida, defendiam.
De certa forma, tais filósofos tinham razão.
Se esse era o Deus existente, melhor seria negá-lO a aceitar Seus disparates.
Porém, se esqueceram de analisar as alterações que os próprios homens introduziram no cristianismo nascente, tornando-o, muitas vezes, bem distante da proposta do Cristo.
Necessário, portanto, que resgatemos o Deus que Jesus nos apresentou.
Não o Deus a ser adorado em templos sumptuosos, mas o Pai que mora em nossa intimidade.
Não o Deus tribal, que protege aos Seus, castigando os supostos inimigos, mas o Deus que ama a todos.
Não o Deus que se incomoda com o que vestimos, com a música que escutamos, com o que nos alimentamos ou com a religião que praticamos, mas o Deus do Universo, Criador das galáxias infindas e belezas incomuns.
É necessário fazermos as pazes com Deus.
Desatar os nós emocionais que carregamos com relação ao nosso Pai Celestial.
Compreendê-lO, efectivamente, como o Pai, que não castiga, mas ensina; que não nos pune, mas oferece caminhos nem sempre agradáveis para nosso melhor aprendizado.
E entender que acima de tudo Deus nos ama, provendo a todas as nossas necessidades, dia após dia, conforme nos ensinou Jesus.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Não te entregues
Os amigos a quem devotaste tuas horas te abandonaram?
Aqueles que elegeste para o convívio mais estreito debandaram, quando a brisa de suspeitas infundadas se levantaram contra ti?
Pessoas a quem confidenciaste questões particulares, jogaram ao vento as informações, permitindo que os que não vibram contigo as usassem para agressões pessoais?
Ouvidos aos quais segredaste tuas mais íntimas dificuldades transportaram a lábios inconsequentes as minúcias das tuas dores?
Recebeste dos comensais da tua vida as mais duras críticas, esquecidos do quanto juntos já investiram na afeição?
Acreditas que estás só, difamado, em abandono?
Não te permitas a hora da invigilância e não te aconchegues nos braços da tristeza.
Não concedas forças ao mal que te deseja fraco e dominado.
Pensa que a borrasca que te alcança tem por escopo maior testar as tuas resistências morais.
Lembra que é nos combates mais difíceis que se forjam os líderes e se formam os heróis.
Foi na solidão dos meses de prisão que a adolescente Joanna d´Arc teceu os fios da coragem, que lhe permitiram enfrentar o julgamento arbitrário e a condenação injusta.
Tem em mente que todas as más circunstâncias, que te envolvem, te permitem avaliar, com absoluta precisão, os verdadeiros amigos.
Aqueles que, mesmo cometas erros, prosseguirão contigo.
Não para os aplausos da sandice, mas para colaborar no soerguimento moral de que necessitas.
Permanecerão contigo, mesmo que a fortuna te abandone os cofres e os louros do mundo se transportem a outras cabeças.
Lembra, ademais, que, embora o mundo não te faça justiça, o Celeste Amigo sabe das tuas intenções, dos teus acertos e das tentativas de ajustes.
E olha por ti, todos os dias.
Mesmo naqueles que se apresentem com as nuvens carregadas ou os ares anunciem tormentas e furacões.
O Celeste Amigo confia na tua força e investe na tua vitória.
Recorda-O e evoca-O nas tuas horas mais amargas.
Tudo é passageiro no mundo e os panoramas se modificam, em minutos e até mesmo segundos.
O que agora é, poderá deixar de ser logo mais.
Quem agora comanda, poderá ser substituído de imediato.
Quem pensa estar de pé, pode se descobrir tombado ao solo.
Não esqueças que o Celeste Amigo está vigilante e providencia, atento, o de que careces.
Pode ser uma lição a mais, um apoio, uma trégua.
Pensa nisso, e não permitas que os raios das estrelas que brilham em teus olhos sejam empanados pelas chuvas torrenciais da tua amargura incontida.
Não apagues do teu semblante a serenidade que informa, aos que passam por ti, que a confiança é o teu escudo e o Divino Amigo segue contigo.
Não concedas vitória aos maus, àqueles que te desejam subjugado e vencido.
Nasceste para crescer, renasceste neste mundo para vencer. Sempre.
Serve-te da prece.
Revigora-te na leitura dos ditos do Senhor e segue em frente, hoje, amanhã e depois. Sempre.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Aqueles que elegeste para o convívio mais estreito debandaram, quando a brisa de suspeitas infundadas se levantaram contra ti?
Pessoas a quem confidenciaste questões particulares, jogaram ao vento as informações, permitindo que os que não vibram contigo as usassem para agressões pessoais?
Ouvidos aos quais segredaste tuas mais íntimas dificuldades transportaram a lábios inconsequentes as minúcias das tuas dores?
Recebeste dos comensais da tua vida as mais duras críticas, esquecidos do quanto juntos já investiram na afeição?
Acreditas que estás só, difamado, em abandono?
Não te permitas a hora da invigilância e não te aconchegues nos braços da tristeza.
Não concedas forças ao mal que te deseja fraco e dominado.
Pensa que a borrasca que te alcança tem por escopo maior testar as tuas resistências morais.
Lembra que é nos combates mais difíceis que se forjam os líderes e se formam os heróis.
Foi na solidão dos meses de prisão que a adolescente Joanna d´Arc teceu os fios da coragem, que lhe permitiram enfrentar o julgamento arbitrário e a condenação injusta.
Tem em mente que todas as más circunstâncias, que te envolvem, te permitem avaliar, com absoluta precisão, os verdadeiros amigos.
Aqueles que, mesmo cometas erros, prosseguirão contigo.
Não para os aplausos da sandice, mas para colaborar no soerguimento moral de que necessitas.
Permanecerão contigo, mesmo que a fortuna te abandone os cofres e os louros do mundo se transportem a outras cabeças.
Lembra, ademais, que, embora o mundo não te faça justiça, o Celeste Amigo sabe das tuas intenções, dos teus acertos e das tentativas de ajustes.
E olha por ti, todos os dias.
Mesmo naqueles que se apresentem com as nuvens carregadas ou os ares anunciem tormentas e furacões.
O Celeste Amigo confia na tua força e investe na tua vitória.
Recorda-O e evoca-O nas tuas horas mais amargas.
Tudo é passageiro no mundo e os panoramas se modificam, em minutos e até mesmo segundos.
O que agora é, poderá deixar de ser logo mais.
Quem agora comanda, poderá ser substituído de imediato.
Quem pensa estar de pé, pode se descobrir tombado ao solo.
Não esqueças que o Celeste Amigo está vigilante e providencia, atento, o de que careces.
Pode ser uma lição a mais, um apoio, uma trégua.
Pensa nisso, e não permitas que os raios das estrelas que brilham em teus olhos sejam empanados pelas chuvas torrenciais da tua amargura incontida.
Não apagues do teu semblante a serenidade que informa, aos que passam por ti, que a confiança é o teu escudo e o Divino Amigo segue contigo.
Não concedas vitória aos maus, àqueles que te desejam subjugado e vencido.
Nasceste para crescer, renasceste neste mundo para vencer. Sempre.
Serve-te da prece.
Revigora-te na leitura dos ditos do Senhor e segue em frente, hoje, amanhã e depois. Sempre.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Caridade profunda
Aquela senhora era uma excelente mensageira do amor e da fraternidade.
Em casa e no meio social, poucos sabiam de suas actividades em favor dos menos favorecidos.
Discretamente, saía com o carro abastecido de alimentos e de roupas infantis, que ela mesma confeccionava.
Dirigia-se à periferia da cidade onde era tida como o anjo da guarda de várias famílias.
Sempre sorrindo, as via se movimentarem felizes, quando chegava.
Distribuía palavras de ânimo, de orientação e de incentivo, afagos aos idosos e pequeninos.
Tinha se proposto, firmemente, a praticar a virtude especial da caridade.
Dizia que doar coisas é fácil, mas ela queria dar de si mesma.
Quando algum de seus atendidos se encontrava enfermo, o medicamento, através dela, logo lhe chegava às mãos, acompanhado de palavras de coragem.
Quando vinha lhe agradecer, ela pedia que o fizesse a Deus e a Jesus.
Bem disposta, encontrava tempo para essas actividades que beneficiavam muitas vidas.
Dizia que aqueles momentos lhe repercutiam na alma com tanta vibração positiva, que se sentia cada vez mais forte no seu propósito.
O seu era o prazer de atender, de servir, de ajudar, de orientar:
aqui dizia a uma mãe como melhor cuidar do seu bebé, ali sugeria a busca de emprego em determinado local, adiante ensinava como se cadastrar em certos programas sociais.
Chamavam-na a Dama da Caridade.
A caridade reflecte o princípio cristão fundamental de amor entre todos:
fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizesse.
Esse amor independe da situação em que se encontre, tendo aplicação no âmbito moral e material.
A caridade material, conforme se entende, é dar esmolas.
Caridade moral é algo mais profundo porque exige o dar de si mesmo.
É nos imaginarmos no mesmo nível do necessitado e falar com ele de igual para igual.
Dialogar, para se certificar das reais necessidades.
Muitas vezes, alguns minutos de conversa amiga, de atenção, é o que a pessoa mais necessita.
A verdadeira caridade envolve indistintamente a todos e é isenta de todo e qualquer preconceito.
Quando Jesus se referiu ao maior mandamento, asseverou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Assim sendo, o exercício da caridade se concretiza tanto através do pensamento, das palavras, como das acções.
Entregar mecanicamente um prato de sopa, dar um casaco, dispor de uns trocados, é útil e beneficia o necessitado.
Fazer caridade é algo mais.
É dar de si, é doar-se!
É envolver o atendido em carinho, em amor.
Quando ajudamos o caído a levantar-se, o idoso atravessar a rua, a criança a estancar o choro; quando dialogamos com o desesperado, orientamos o perdido, estamos praticando a caridade.
Até mesmo quando dizemos um bom dia cheio de alegria, doamos nossa disposição, que pode melhorar o dia do outro.
Real valor terá nossa caridade se a fizermos discretamente, evitando que seja vista ou propagada.
Dar-se, doar-se, simplesmente por amor ao próximo.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Em casa e no meio social, poucos sabiam de suas actividades em favor dos menos favorecidos.
Discretamente, saía com o carro abastecido de alimentos e de roupas infantis, que ela mesma confeccionava.
Dirigia-se à periferia da cidade onde era tida como o anjo da guarda de várias famílias.
Sempre sorrindo, as via se movimentarem felizes, quando chegava.
Distribuía palavras de ânimo, de orientação e de incentivo, afagos aos idosos e pequeninos.
Tinha se proposto, firmemente, a praticar a virtude especial da caridade.
Dizia que doar coisas é fácil, mas ela queria dar de si mesma.
Quando algum de seus atendidos se encontrava enfermo, o medicamento, através dela, logo lhe chegava às mãos, acompanhado de palavras de coragem.
Quando vinha lhe agradecer, ela pedia que o fizesse a Deus e a Jesus.
Bem disposta, encontrava tempo para essas actividades que beneficiavam muitas vidas.
Dizia que aqueles momentos lhe repercutiam na alma com tanta vibração positiva, que se sentia cada vez mais forte no seu propósito.
O seu era o prazer de atender, de servir, de ajudar, de orientar:
aqui dizia a uma mãe como melhor cuidar do seu bebé, ali sugeria a busca de emprego em determinado local, adiante ensinava como se cadastrar em certos programas sociais.
Chamavam-na a Dama da Caridade.
A caridade reflecte o princípio cristão fundamental de amor entre todos:
fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizesse.
Esse amor independe da situação em que se encontre, tendo aplicação no âmbito moral e material.
A caridade material, conforme se entende, é dar esmolas.
Caridade moral é algo mais profundo porque exige o dar de si mesmo.
É nos imaginarmos no mesmo nível do necessitado e falar com ele de igual para igual.
Dialogar, para se certificar das reais necessidades.
Muitas vezes, alguns minutos de conversa amiga, de atenção, é o que a pessoa mais necessita.
A verdadeira caridade envolve indistintamente a todos e é isenta de todo e qualquer preconceito.
Quando Jesus se referiu ao maior mandamento, asseverou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Assim sendo, o exercício da caridade se concretiza tanto através do pensamento, das palavras, como das acções.
Entregar mecanicamente um prato de sopa, dar um casaco, dispor de uns trocados, é útil e beneficia o necessitado.
Fazer caridade é algo mais.
É dar de si, é doar-se!
É envolver o atendido em carinho, em amor.
Quando ajudamos o caído a levantar-se, o idoso atravessar a rua, a criança a estancar o choro; quando dialogamos com o desesperado, orientamos o perdido, estamos praticando a caridade.
Até mesmo quando dizemos um bom dia cheio de alegria, doamos nossa disposição, que pode melhorar o dia do outro.
Real valor terá nossa caridade se a fizermos discretamente, evitando que seja vista ou propagada.
Dar-se, doar-se, simplesmente por amor ao próximo.
Momento Espírita.
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Uma verdadeira família
Era uma família muito especial e todos se amavam.
Os pais tinham três filhos:
Paulo, Rubens e Leila, e a vida corria serena.
Em tudo havia união, paz e amor.
Certo dia a mãe sentiu-se diferente e, emocionada, contou aos filhos que seria mãe de novo.
Eles a abraçaram com carinho, satisfeitos, porque iam ter mais um irmãozinho.
Alguns meses depois nascia um lindo garoto, que recebeu o nome de Sereno.
Os filhos estranharam o nome e quiseram saber a razão da escolha que o pai fizera, e pensativo ele disse:
— Não sei!...
De repente senti que deveria dar esse nome ao bebé!...
Os irmãos trocaram um olhar, aceitando.
Leila, mais nova, sorriu para o pai e considerou:
— Quem sabe, papai, o bebé precisa de um nome que lhe dê serenidade?
— Quem sabe, filha? — o pai sorriu, concordando.
Aos poucos o bebé crescia risonho e cheio de vontades.
Como era o menor, davam-lhe tudo que queria, e ele se tornava cada vez mais exigente.
Com o passar dos anos, tornou-se bravo e mais exigente ainda, especialmente quando não faziam sua vontade.
Se desejasse um brinquedo, tinham que correr e comprá-lo, caso contrário ele jogava-se sobre os pais e irmãos, aos gritos, e batendo com os pés e as mãos:
— Eu quero! Eu quero! Eu quero!...
Nesse dia, cheia de boa vontade, Leila saiu para comprar o que ele queria.
Sereno gritava tanto que ela saiu correndo para buscar o que ele pedira.
Voltou e entregou-lhe o brinquedo, mas ele se jogou no chão aos gritos:
— Não era esse que eu queria!
Não era esse!...
— Sereno, mas foi esse que você pediu, meu irmão!...
— Não era esse! Era de outra cor!...
— Ah!... Mas tinha acabado.
Só restou este na loja, Sereno!...
Está bem. Está bem... Pare de gritar.
Vou procurar em outra loja. Espere!
Sereno parou de chorar e ficou esperando que a irmã lhe trouxesse o brinquedo.
Mas para o pai e a mãe, aquilo foi a gota d´água.
Reunida a família após Sereno adormecer, cansado de chorar e de espernear, ele lhes disse muito sério:
— Meus filhos, alguma coisa está errada na educação que estamos dando ao Sereno.
Suas atitudes não são normais e não posso aceitar os gritos, socos e pontapés, com que agride vocês, meus filhos.
Não podem se submeter aos ataques do Sereno.
Vocês têm alguma sugestão do que podemos fazer?
— Bem. Acho que devemos orar bastante por ele, papai – sugeriu Rubens.
— E eu julgo que ele também precisa de limites! — considerou Paulo, com o que Leila concordou, completando:
— Papai! Tenho medo do que ele possa fazer!
Tem horas que está irreconhecível.
Só se acalma quando consegue o que quer!
Os irmãos concordaram com ela, e o pai, olhando para a mãe, que tinha os olhos cheios de lágrimas, disse:
— Entendo o medo de vocês, meus filhos.
Porém, se ele renasceu em nossa família, é sinal de que precisa ser controlado, educado.
Os pais tinham três filhos:
Paulo, Rubens e Leila, e a vida corria serena.
Em tudo havia união, paz e amor.
Certo dia a mãe sentiu-se diferente e, emocionada, contou aos filhos que seria mãe de novo.
Eles a abraçaram com carinho, satisfeitos, porque iam ter mais um irmãozinho.
Alguns meses depois nascia um lindo garoto, que recebeu o nome de Sereno.
Os filhos estranharam o nome e quiseram saber a razão da escolha que o pai fizera, e pensativo ele disse:
— Não sei!...
De repente senti que deveria dar esse nome ao bebé!...
Os irmãos trocaram um olhar, aceitando.
Leila, mais nova, sorriu para o pai e considerou:
— Quem sabe, papai, o bebé precisa de um nome que lhe dê serenidade?
— Quem sabe, filha? — o pai sorriu, concordando.
Aos poucos o bebé crescia risonho e cheio de vontades.
Como era o menor, davam-lhe tudo que queria, e ele se tornava cada vez mais exigente.
Com o passar dos anos, tornou-se bravo e mais exigente ainda, especialmente quando não faziam sua vontade.
Se desejasse um brinquedo, tinham que correr e comprá-lo, caso contrário ele jogava-se sobre os pais e irmãos, aos gritos, e batendo com os pés e as mãos:
— Eu quero! Eu quero! Eu quero!...
Nesse dia, cheia de boa vontade, Leila saiu para comprar o que ele queria.
Sereno gritava tanto que ela saiu correndo para buscar o que ele pedira.
Voltou e entregou-lhe o brinquedo, mas ele se jogou no chão aos gritos:
— Não era esse que eu queria!
Não era esse!...
— Sereno, mas foi esse que você pediu, meu irmão!...
— Não era esse! Era de outra cor!...
— Ah!... Mas tinha acabado.
Só restou este na loja, Sereno!...
Está bem. Está bem... Pare de gritar.
Vou procurar em outra loja. Espere!
Sereno parou de chorar e ficou esperando que a irmã lhe trouxesse o brinquedo.
Mas para o pai e a mãe, aquilo foi a gota d´água.
Reunida a família após Sereno adormecer, cansado de chorar e de espernear, ele lhes disse muito sério:
— Meus filhos, alguma coisa está errada na educação que estamos dando ao Sereno.
Suas atitudes não são normais e não posso aceitar os gritos, socos e pontapés, com que agride vocês, meus filhos.
Não podem se submeter aos ataques do Sereno.
Vocês têm alguma sugestão do que podemos fazer?
— Bem. Acho que devemos orar bastante por ele, papai – sugeriu Rubens.
— E eu julgo que ele também precisa de limites! — considerou Paulo, com o que Leila concordou, completando:
— Papai! Tenho medo do que ele possa fazer!
Tem horas que está irreconhecível.
Só se acalma quando consegue o que quer!
Os irmãos concordaram com ela, e o pai, olhando para a mãe, que tinha os olhos cheios de lágrimas, disse:
— Entendo o medo de vocês, meus filhos.
Porém, se ele renasceu em nossa família, é sinal de que precisa ser controlado, educado.
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Re: Momentos Espíritas III
Então, resolvi que vamos tomar medidas enérgicas contra Sereno.
Ele não conseguirá mais nada com choros e gritos.
Se continuar a agir assim, será trancado no quarto até que se acalme.
E ninguém vai interferir, entenderam?
Todos concordaram.
E o pai continuou:
— Como espíritas, sabemos como agir.
Assim, todas as noites, vamos orar por ele, e aplicar-lhe passes e fluidificar água para ele beber.
Naquele mesmo dia, o pai avisou Sereno de que ele não conseguiria mais nada aos berros e pontapés.
Se insistisse, ficaria de castigo até se acalmar.
Assim decidido, à noite fizeram uma oração pedindo as bênçãos de Jesus para Sereno e, ao terminar, levaram o copo de água para o quarto do pequeno Sereno.
Os dias foram se passando e, ao término de quinze dias, tudo estava bem melhor. Sereno não gritava mais, não batia nos irmãos e respeitava as ordens.
Certo dia, Sereno acordou muito triste.
À mesa do café, o pai perguntou-lhe o que tinha acontecido, e ele explicou em lágrimas:
— Papai, eu tive um sonho estranho!
Sonhei que eu era um guerreiro muito forte e que vocês estavam contra mim.
Então, ataquei vocês e os matei!
Fiquei apavorado ao reconhecê-los.
Sim, vocês todos estavam ali, lutando contra mim!...
Mas eu era seu irmão, papai, e queria tomar “seu” castelo, papai!...
Sereno abaixou a cabeça chorando muito.
Depois, enxugou os olhos e disse:
— Vocês estão com raiva de mim?
— Claro que não, meu filho!
Nós o amamos muito! — disse o pai abraçando-o com amor.
Os demais também o abraçaram, aliviados por verem a mudança em Sereno.
Depois, ele enxugou os olhos e murmurou:
— Agora eu sou realmente Sereno, não é, papai?
Vocês não têm raiva de mim?
— Não, meu filho querido!
Nós o amamos muito.
O que aconteceu no passado não importa.
Agora nós o amamos.
Você é parte da nossa família!...
— Vocês me perdoam?
Acho que era eu que tinha raiva de vocês.
Mas agora tudo passou!...
Todos se aproximaram para abraçar Sereno, e ele correspondeu com um sorriso, sentindo-se em paz!...
MEIMEI
(Mensagem psicografada pela médium Célia Xavier de Camargo em Rolândia, PR.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Ele não conseguirá mais nada com choros e gritos.
Se continuar a agir assim, será trancado no quarto até que se acalme.
E ninguém vai interferir, entenderam?
Todos concordaram.
E o pai continuou:
— Como espíritas, sabemos como agir.
Assim, todas as noites, vamos orar por ele, e aplicar-lhe passes e fluidificar água para ele beber.
Naquele mesmo dia, o pai avisou Sereno de que ele não conseguiria mais nada aos berros e pontapés.
Se insistisse, ficaria de castigo até se acalmar.
Assim decidido, à noite fizeram uma oração pedindo as bênçãos de Jesus para Sereno e, ao terminar, levaram o copo de água para o quarto do pequeno Sereno.
Os dias foram se passando e, ao término de quinze dias, tudo estava bem melhor. Sereno não gritava mais, não batia nos irmãos e respeitava as ordens.
Certo dia, Sereno acordou muito triste.
À mesa do café, o pai perguntou-lhe o que tinha acontecido, e ele explicou em lágrimas:
— Papai, eu tive um sonho estranho!
Sonhei que eu era um guerreiro muito forte e que vocês estavam contra mim.
Então, ataquei vocês e os matei!
Fiquei apavorado ao reconhecê-los.
Sim, vocês todos estavam ali, lutando contra mim!...
Mas eu era seu irmão, papai, e queria tomar “seu” castelo, papai!...
Sereno abaixou a cabeça chorando muito.
Depois, enxugou os olhos e disse:
— Vocês estão com raiva de mim?
— Claro que não, meu filho!
Nós o amamos muito! — disse o pai abraçando-o com amor.
Os demais também o abraçaram, aliviados por verem a mudança em Sereno.
Depois, ele enxugou os olhos e murmurou:
— Agora eu sou realmente Sereno, não é, papai?
Vocês não têm raiva de mim?
— Não, meu filho querido!
Nós o amamos muito.
O que aconteceu no passado não importa.
Agora nós o amamos.
Você é parte da nossa família!...
— Vocês me perdoam?
Acho que era eu que tinha raiva de vocês.
Mas agora tudo passou!...
Todos se aproximaram para abraçar Sereno, e ele correspondeu com um sorriso, sentindo-se em paz!...
MEIMEI
(Mensagem psicografada pela médium Célia Xavier de Camargo em Rolândia, PR.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Todos somos amados
A experiência de quase morte, chamada EQM, do neurocirurgião norte-americano, que retornou de um coma considerado irreversível, após sete dias, é bastante peculiar.
Segundo Dr. Raymond Moody, Jr., que estuda esse fenómeno há mais de quatro décadas, é a mais impressionante de todas.
Dr. Eben Alexander era um céptico.
Sempre que ouvia os relatos de seus pacientes a respeito do que haviam visto e quem haviam encontrado, enquanto em coma, acreditava ser pura fantasia.
Quando ele foi acometido por uma meningite das mais graves, que quase o levou à morte, ele mesmo viu, ouviu e contactou criaturas de uma outra dimensão.
Isso fez com que modificasse seus conceitos a respeito de Deus, da existência do Espírito imortal, de uma vida que existe, plena, intensa, além daquela simplesmente material.
E teve que se habituar com o olhar de espanto e incredulidade dos colegas, toda vez que relata a sua experiência.
Contudo, havia algo que inquietava o neurocirurgião.
Nas suas leituras pós-coma, ele descobrira que todos se referiam ao encontro com as pessoas mortas que haviam conhecido em vida.
No entanto, ele não encontrara nenhum conhecido.
E o que mais o incomodava é que ele teria adorado ter visto seu pai adoptivo, que morrera quatro anos antes.
Porque ele não estava lá, para consolá-lo, para confortá-lo como acontecia com todos os pacientes em coma?
Ele tivera contacto mas não com quem ele mais desejara.
Seu contacto maior fora sempre, naqueles sete dias, com uma menina de rosto angelical.
Ela o confortava, sua presença era agradável.
Porém, ele tinha certeza de que não a conhecia.
Isso era uma frustração.
Se o encontro com um amigo ou familiar da Terra era o que mais deixava marcas após a experiência, por que ele estivera com uma garota desconhecida e não com seu pai, a quem tanto amava?
Dr. Eben tinha um problema com baixa auto-estima por ter sido abandonado ainda bebé.
Ele se sentia como jogado fora, apesar do empenho da sua família adoptiva para curar essa tristeza com o seu amor.
Por isso, ter estado com seu pai durante a experiência teria sido muito importante.
Quatro meses depois de sair do hospital, ele recebeu de sua irmã biológica, a quem encontrara há pouco tempo, uma foto.
Era da irmã de ambos, chamada Betsy, que morrera sem que nunca ele a tivesse conhecido.
A foto a mostrava num belo pôr do sol, com um longo cabelo castanho, olhos azuis bem profundos e um sorriso que irradiava amor e bondade.
Ao olhar a foto, seu coração se inflamou.
Aquela irmã ele somente conhecia pelas histórias que a família biológica lhe contara.
Era uma pessoa bondosa, carinhosa.
Uma pessoa que mais parecia um anjo – é o que lhe haviam dito.
Olhou para o rosto de sua irmã na foto e se deu conta:
ela era a menina angelical que o acompanhara na sua viagem durante o coma.
Aquele detalhe curou a sua alma partida.
Era a resposta que ele precisava.
A presença daquela irmã lhe afirmava que ele sempre fora amado e lhe mostrou que absolutamente todos no Universo também o são.
Deus não é mesmo extraordinário?
Momento Espírita, com base nos caps. 34 e 35, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Segundo Dr. Raymond Moody, Jr., que estuda esse fenómeno há mais de quatro décadas, é a mais impressionante de todas.
Dr. Eben Alexander era um céptico.
Sempre que ouvia os relatos de seus pacientes a respeito do que haviam visto e quem haviam encontrado, enquanto em coma, acreditava ser pura fantasia.
Quando ele foi acometido por uma meningite das mais graves, que quase o levou à morte, ele mesmo viu, ouviu e contactou criaturas de uma outra dimensão.
Isso fez com que modificasse seus conceitos a respeito de Deus, da existência do Espírito imortal, de uma vida que existe, plena, intensa, além daquela simplesmente material.
E teve que se habituar com o olhar de espanto e incredulidade dos colegas, toda vez que relata a sua experiência.
Contudo, havia algo que inquietava o neurocirurgião.
Nas suas leituras pós-coma, ele descobrira que todos se referiam ao encontro com as pessoas mortas que haviam conhecido em vida.
No entanto, ele não encontrara nenhum conhecido.
E o que mais o incomodava é que ele teria adorado ter visto seu pai adoptivo, que morrera quatro anos antes.
Porque ele não estava lá, para consolá-lo, para confortá-lo como acontecia com todos os pacientes em coma?
Ele tivera contacto mas não com quem ele mais desejara.
Seu contacto maior fora sempre, naqueles sete dias, com uma menina de rosto angelical.
Ela o confortava, sua presença era agradável.
Porém, ele tinha certeza de que não a conhecia.
Isso era uma frustração.
Se o encontro com um amigo ou familiar da Terra era o que mais deixava marcas após a experiência, por que ele estivera com uma garota desconhecida e não com seu pai, a quem tanto amava?
Dr. Eben tinha um problema com baixa auto-estima por ter sido abandonado ainda bebé.
Ele se sentia como jogado fora, apesar do empenho da sua família adoptiva para curar essa tristeza com o seu amor.
Por isso, ter estado com seu pai durante a experiência teria sido muito importante.
Quatro meses depois de sair do hospital, ele recebeu de sua irmã biológica, a quem encontrara há pouco tempo, uma foto.
Era da irmã de ambos, chamada Betsy, que morrera sem que nunca ele a tivesse conhecido.
A foto a mostrava num belo pôr do sol, com um longo cabelo castanho, olhos azuis bem profundos e um sorriso que irradiava amor e bondade.
Ao olhar a foto, seu coração se inflamou.
Aquela irmã ele somente conhecia pelas histórias que a família biológica lhe contara.
Era uma pessoa bondosa, carinhosa.
Uma pessoa que mais parecia um anjo – é o que lhe haviam dito.
Olhou para o rosto de sua irmã na foto e se deu conta:
ela era a menina angelical que o acompanhara na sua viagem durante o coma.
Aquele detalhe curou a sua alma partida.
Era a resposta que ele precisava.
A presença daquela irmã lhe afirmava que ele sempre fora amado e lhe mostrou que absolutamente todos no Universo também o são.
Deus não é mesmo extraordinário?
Momento Espírita, com base nos caps. 34 e 35, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
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Antes da nossa partida
Somos perecíveis enquanto seres vivos, transitando pela Terra.
Imortal somente o Espírito.
Apesar dessa transitoriedade, ainda continuamos a dar importância a uma série de coisas que não importam tanto assim.
Deveríamos ter aprendido a reservar espaços na agenda e energia para as pequenas coisas que nos fazem felizes e dão sentido à vida.
Possivelmente por isso é que alguém escreveu um poema de despedida sobre uma pessoa que, ao encarar a morte, realiza um balanço sobre os ontens deixados para trás e o amanhã que não viverá mais neste mundo.
Quando o amanhã começar sem mim, e eu não estiver lá para ver, se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu gostaria que você não chorasse da maneira que chorou hoje, enquanto pensava nas muitas coisas que deixamos de dizer.
Sei quanto você me ama, e quanto amo você.
E cada vez que você pensa em mim, sei que sente a minha falta.
Mas quando o amanhã começar sem mim, por favor, tente entender que um anjo veio e chamou meu nome, tomou-me pela mão e disse que meu lugar estava pronto, nas moradas celestiais.
E que eu tinha de deixar para trás todos os que eu tanto amava.
Mas quando me virei para ir embora, uma lágrima escorreu-me pela face.
Eu pensei que não queria morrer.
Eu tinha tanto para viver, tanta coisa por fazer, e pareceu quase impossível que eu estivesse indo sem você.
Pensei em nossos dias passados, nos dias bons e nos dias ruins, em todo o amor que vivemos, em toda as alegrias que tivemos.
Se eu pudesse reviver o ontem ainda que só por um instante, eu diria adeus e lhe daria um beijo.
E talvez visse você sorrir.
Só então descobri que isso não aconteceria, pois o vazio e as lembranças ocupariam meu lugar.
Quando pensei nas coisas deste mundo, vi que posso não voltar amanhã.
Então pensei em você e meu coração se encheu de dor.
Mas quando cruzei os portões do céu eu me senti em casa.
Quando Deus olhou para mim e sorriu, ele disse:
“isto é a eternidade e tudo o que lhe prometi.
Agora sua vida na Terra é passado mas aqui uma vida nova começa.
Eu prometo que não haverá amanhã, mas que o hoje durará para sempre.
Então, que tal me dar a mão e compartilhar da minha vida?”
Logo, quando o amanhã começar sem mim, não pense que estamos separados, pois todas as vezes que pensar em mim, eu estarei dentro do seu coração.
Não esperemos a morte chegar para desejar fazer as coisas que nos deixam felizes.
Ouçamos o nosso coração e não esperemos a hora de partir para dizer:
Amo você! Você é importante na minha vida!
Minha vida sem você não teria sido tão maravilhosa!
Não economizemos gestos e palavras para manifestar a nossa ternura, o nosso carinho para com aqueles que amamos.
Obrigado, minha mãe!
Parabéns, meu filho!
Você lembra daquele dia?
Lembremos: depois da nossa morte, a empresa em que trabalhamos continuará, o trabalho prosseguirá, alguém o fará.
Mas ninguém nos poderá substituir no coração dos nossos amores.
Por isso, aproveitemos, intensamente, a estadia ao lado deles.
Nenhum de nós sabe o dia, nem a hora da partida.
Momento Espírita, com transcrição do poema Quando o amanhã começar sem mim, de David M. Romano, que circula pela internet.
§.§.§- Ave sem Ninho
Imortal somente o Espírito.
Apesar dessa transitoriedade, ainda continuamos a dar importância a uma série de coisas que não importam tanto assim.
Deveríamos ter aprendido a reservar espaços na agenda e energia para as pequenas coisas que nos fazem felizes e dão sentido à vida.
Possivelmente por isso é que alguém escreveu um poema de despedida sobre uma pessoa que, ao encarar a morte, realiza um balanço sobre os ontens deixados para trás e o amanhã que não viverá mais neste mundo.
Quando o amanhã começar sem mim, e eu não estiver lá para ver, se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu gostaria que você não chorasse da maneira que chorou hoje, enquanto pensava nas muitas coisas que deixamos de dizer.
Sei quanto você me ama, e quanto amo você.
E cada vez que você pensa em mim, sei que sente a minha falta.
Mas quando o amanhã começar sem mim, por favor, tente entender que um anjo veio e chamou meu nome, tomou-me pela mão e disse que meu lugar estava pronto, nas moradas celestiais.
E que eu tinha de deixar para trás todos os que eu tanto amava.
Mas quando me virei para ir embora, uma lágrima escorreu-me pela face.
Eu pensei que não queria morrer.
Eu tinha tanto para viver, tanta coisa por fazer, e pareceu quase impossível que eu estivesse indo sem você.
Pensei em nossos dias passados, nos dias bons e nos dias ruins, em todo o amor que vivemos, em toda as alegrias que tivemos.
Se eu pudesse reviver o ontem ainda que só por um instante, eu diria adeus e lhe daria um beijo.
E talvez visse você sorrir.
Só então descobri que isso não aconteceria, pois o vazio e as lembranças ocupariam meu lugar.
Quando pensei nas coisas deste mundo, vi que posso não voltar amanhã.
Então pensei em você e meu coração se encheu de dor.
Mas quando cruzei os portões do céu eu me senti em casa.
Quando Deus olhou para mim e sorriu, ele disse:
“isto é a eternidade e tudo o que lhe prometi.
Agora sua vida na Terra é passado mas aqui uma vida nova começa.
Eu prometo que não haverá amanhã, mas que o hoje durará para sempre.
Então, que tal me dar a mão e compartilhar da minha vida?”
Logo, quando o amanhã começar sem mim, não pense que estamos separados, pois todas as vezes que pensar em mim, eu estarei dentro do seu coração.
Não esperemos a morte chegar para desejar fazer as coisas que nos deixam felizes.
Ouçamos o nosso coração e não esperemos a hora de partir para dizer:
Amo você! Você é importante na minha vida!
Minha vida sem você não teria sido tão maravilhosa!
Não economizemos gestos e palavras para manifestar a nossa ternura, o nosso carinho para com aqueles que amamos.
Obrigado, minha mãe!
Parabéns, meu filho!
Você lembra daquele dia?
Lembremos: depois da nossa morte, a empresa em que trabalhamos continuará, o trabalho prosseguirá, alguém o fará.
Mas ninguém nos poderá substituir no coração dos nossos amores.
Por isso, aproveitemos, intensamente, a estadia ao lado deles.
Nenhum de nós sabe o dia, nem a hora da partida.
Momento Espírita, com transcrição do poema Quando o amanhã começar sem mim, de David M. Romano, que circula pela internet.
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Duas janelas
A cada dia que despertamos, abrimos duas janelas para o mundo.
São os nossos olhos que se abrem para a poesia que se renova a cada manhã.
As janelas, no entanto, não são todas iguais.
E não falamos da cor da íris, do tamanho dos olhos, mas sim, da capacidade de ver.
Existem pessoas dotadas de acurada visão, sem, contudo, conseguirem perceber detalhes de importância.
Existem outras, desprovidas da visão física, que abrem suas janelas com atilada percepção.
Cada um pode e vê o que deseja, aquilo para o que se interessa.
Há os que vêem, no céu azul, as aves que parecem pousar no ar.
Acompanham seu voo, sua faina no sentido de buscar alimento, água, repouso.
Desconsertam-se com a capacidade desses pequenos alados que, sem consultarem o relógio, conseguem despertar ao alvorecer e se recolher ao anoitecer.
Alguns abrem suas janelas e encontram águas cantantes, onde a vida se move, desenvolve e reproduz.
Vêem o desabrochar das rosas nos canteiros e nos vasos bem dispostos, que recebem diariamente o cuidado de mãos atenciosas.
Outros vêem o trabalho dos que se desdobram pelo seu semelhante.
Ali, uma jovem conta histórias para ilustrar a infância.
E vêem as expressões dos rostos, alternando-se da surpresa ao deslumbramento.
Adiante, um jovem se esmera em ensinar a sua arte de domínio da bola, da técnica da natação.
No palco, ao ar livre, uma bailarina clássica toma de meninas da periferia e as inicia na arte da dança, permitindo que expressem a poesia que lhes vibra na alma.
Crianças vão para a escola.
Com suas mochilas às costas, elas passam sorridentes, alegres, e correm, gritando felicidade.
Nos muros, os pardais pulam e de lá se lançam, equilibrando-se nos ramos das árvores próximas.
Na primavera que tece versos, eles constroem ninhos, preparando o lar para os filhotes que virão, logo mais.
Gatos sonolentos ficam abrindo e fechando seus olhos, sonhando com os pássaros que poderão abocanhar.
Borboletas coloridas dançam no ar.
Jasmineiros exalam perfumes.
Às vezes, ouve-se o cantar de um galo.
Será meio-dia?
Um avião passa, conduzindo pessoas a lugares distantes.
Cada uma leva um sonho, cada uma cumpre uma tarefa.
E tudo, tudo está certo.
No lugar exacto, no momento preciso.
Quando as minhas janelas vêem tudo isso, sinto-me feliz.
Feliz por participar deste magnífico concerto.
De ser uma parte actuante.
Sei que, em alguns dias, sou como as delicadas cordas do violino, emitindo notas suaves.
Em outros, pareço mais instrumento de percussão, com barulho quase ensurdecedor.
É minha alma que se emociona com o que presencia através das minhas janelas.
E, então, desejo me adestrar um tanto mais nessa magnífica arte de aprender a olhar para poder descobrir maiores tesouros, nesse imenso e maravilhoso mundo de Deus.
O mundo se encontra repleto de belezas.
O que nos falta ainda é a exacta percepção de tudo que nos cerca.
A nos adestrar nessa capacidade de ver com profundidade, é que nos devemos esmerar.
Daí, olharemos para o arco-íris e não veremos somente as sete cores que nossa visão física detecta.
Encontraremos todas as gradações que a alma sonha, o poeta idealiza, o Espírito vê.
E tudo nos falará de Deus, suprema bondade, suprema perfeição, que a cada alvorecer supera todas as nossas expectativas, apresentando-nos outras maravilhas para nosso deleite.
Pensemos nisso!
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
São os nossos olhos que se abrem para a poesia que se renova a cada manhã.
As janelas, no entanto, não são todas iguais.
E não falamos da cor da íris, do tamanho dos olhos, mas sim, da capacidade de ver.
Existem pessoas dotadas de acurada visão, sem, contudo, conseguirem perceber detalhes de importância.
Existem outras, desprovidas da visão física, que abrem suas janelas com atilada percepção.
Cada um pode e vê o que deseja, aquilo para o que se interessa.
Há os que vêem, no céu azul, as aves que parecem pousar no ar.
Acompanham seu voo, sua faina no sentido de buscar alimento, água, repouso.
Desconsertam-se com a capacidade desses pequenos alados que, sem consultarem o relógio, conseguem despertar ao alvorecer e se recolher ao anoitecer.
Alguns abrem suas janelas e encontram águas cantantes, onde a vida se move, desenvolve e reproduz.
Vêem o desabrochar das rosas nos canteiros e nos vasos bem dispostos, que recebem diariamente o cuidado de mãos atenciosas.
Outros vêem o trabalho dos que se desdobram pelo seu semelhante.
Ali, uma jovem conta histórias para ilustrar a infância.
E vêem as expressões dos rostos, alternando-se da surpresa ao deslumbramento.
Adiante, um jovem se esmera em ensinar a sua arte de domínio da bola, da técnica da natação.
No palco, ao ar livre, uma bailarina clássica toma de meninas da periferia e as inicia na arte da dança, permitindo que expressem a poesia que lhes vibra na alma.
Crianças vão para a escola.
Com suas mochilas às costas, elas passam sorridentes, alegres, e correm, gritando felicidade.
Nos muros, os pardais pulam e de lá se lançam, equilibrando-se nos ramos das árvores próximas.
Na primavera que tece versos, eles constroem ninhos, preparando o lar para os filhotes que virão, logo mais.
Gatos sonolentos ficam abrindo e fechando seus olhos, sonhando com os pássaros que poderão abocanhar.
Borboletas coloridas dançam no ar.
Jasmineiros exalam perfumes.
Às vezes, ouve-se o cantar de um galo.
Será meio-dia?
Um avião passa, conduzindo pessoas a lugares distantes.
Cada uma leva um sonho, cada uma cumpre uma tarefa.
E tudo, tudo está certo.
No lugar exacto, no momento preciso.
Quando as minhas janelas vêem tudo isso, sinto-me feliz.
Feliz por participar deste magnífico concerto.
De ser uma parte actuante.
Sei que, em alguns dias, sou como as delicadas cordas do violino, emitindo notas suaves.
Em outros, pareço mais instrumento de percussão, com barulho quase ensurdecedor.
É minha alma que se emociona com o que presencia através das minhas janelas.
E, então, desejo me adestrar um tanto mais nessa magnífica arte de aprender a olhar para poder descobrir maiores tesouros, nesse imenso e maravilhoso mundo de Deus.
O mundo se encontra repleto de belezas.
O que nos falta ainda é a exacta percepção de tudo que nos cerca.
A nos adestrar nessa capacidade de ver com profundidade, é que nos devemos esmerar.
Daí, olharemos para o arco-íris e não veremos somente as sete cores que nossa visão física detecta.
Encontraremos todas as gradações que a alma sonha, o poeta idealiza, o Espírito vê.
E tudo nos falará de Deus, suprema bondade, suprema perfeição, que a cada alvorecer supera todas as nossas expectativas, apresentando-nos outras maravilhas para nosso deleite.
Pensemos nisso!
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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VAIDADE INTELECTUAL
Admite o erro e dispõe-te a corrigi-lo.
Por orgulho e teimosia, não te conserves na posição equivocada que assumiste.
Luta com todas as forças, evitando a cristalização do teu pensamento em determinados ângulos de visão.
A vaidade intelectual é um dos óbices mais difíceis a serem superados pelo espírito que anseia por crescimento.
Volta atrás quantas vezes te forem necessárias, reconsiderando atitudes e modificando opiniões.
Aprendendo a ouvir mais do que falar, nunca te furtes ao diálogo esclarecedor.
Procura não te esquecer de que, sobre qualquer assunto, a palavra que te parece sem brilho em alguém pode ser portadora de suficiente luz para que maior claridade se faça em tua compreensão da Verdade.
Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará")
Por orgulho e teimosia, não te conserves na posição equivocada que assumiste.
Luta com todas as forças, evitando a cristalização do teu pensamento em determinados ângulos de visão.
A vaidade intelectual é um dos óbices mais difíceis a serem superados pelo espírito que anseia por crescimento.
Volta atrás quantas vezes te forem necessárias, reconsiderando atitudes e modificando opiniões.
Aprendendo a ouvir mais do que falar, nunca te furtes ao diálogo esclarecedor.
Procura não te esquecer de que, sobre qualquer assunto, a palavra que te parece sem brilho em alguém pode ser portadora de suficiente luz para que maior claridade se faça em tua compreensão da Verdade.
Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará")
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A ajuda inesperada
Ele era o chefe do departamento de um grande hospital.
Era o Dr. Figurão. Arrogante.
Detestado pelas enfermeiras, por muitos dos seus colegas e auxiliares.
Ele era um problema no hospital.
Mas, quem lhe diria essa verdade?
Certo dia, reuniram-se colegas, enfermeiras e demais profissionais para decidirem o que fazer com aquele homem.
Ninguém mais o suportava.
Em meio a críticas sem fim, uma enfermeira tímida, jovem, atreveu-se a dizer que gostava daquele médico.
Os olhares a fulminaram.
Adquirindo coragem, ela contou:
Vocês não conhecem esse homem. Eu fico à noite.
Esse homem faz suas visitas nesse período.
Quando todos se vão, ele entra no quarto de um paciente, de forma arrogante.
Quando sai, seu rosto está abatido.
Entra no quarto seguinte, e quando sai, seu rosto está mais abatido.
Quando sai do último quarto, ele parece devastado.
Isso acontece todas as noites.
Ante o relato que a todos espantou, disseram que ela devia tentar falar com ele.
Ela relutou. Afinal, era só uma enfermeira.
Temia a questão da hierarquia hospitalar.
Dias depois, voltou ao grupo para relatar que, na noite anterior, ela o vira sair do último quarto.
Era o quarto de um jovem que estava morrendo de câncer.
O rosto do médico estava lívido, os ombros caídos.
Ela se aproximara e lhe dissera:
Meu Deus, como deve ser difícil.
O médico começara a soluçar.
Depois a levara até a sala dele e despejara seu sofrimento, toda sua angústia.
Contara que durante anos, enquanto seus amigos já ganhavam a vida, ele continuava a estudar.
Sacrificara-se para se especializar no que fazia.
Renunciara a sair com garotas, a passear e divertir-se. Dedicação total.
Acreditara que realmente poderia ajudar alguém.
E concluíra: Agora, sou o chefe de um departamento.
E todos os meus pacientes morrem.
Não consigo ajudar ninguém.
Pergunto-me todos os dias se terá valido a pena renunciar à felicidade pessoal, aos meus amigos, para resultar em nada.
Ele se sentia um fracasso.
Depois desse dia, todos passaram a olhar, de forma diversa, aquele médico.
Como resultado do gesto daquela enfermeira, um ano depois ele buscou ajuda de uma colega do sector psiquiátrico.
Havia se dado conta de que necessitava que alguém o auxiliasse a administrar todos aqueles sentimentos, para se sentir melhor. Ser melhor.
Três ou quatro anos depois, ele havia se tornado um outro homem.
Humilde, compreensivo, com grande dose de compaixão para com seus pacientes.
Tudo porque uma enfermeira, um dia, teve a coragem de olhar o doutor figurão como um ser humano, durante dois minutos e lhe dirigir a palavra.
Quando tivermos que lidar com pessoas difíceis, lembremos de pensar nelas com amor, compreensão e compaixão.
Se todos os colegas ou funcionários de uma unidade fizerem isso com alguém difícil, dia após dia, logo começarão a observar os resultados.
Podemos mudar o que acreditamos impossível, se vibrarmos positivamente.
Se, além disso, conseguirmos olhar o outro como um ser humano e tratá-lo como tal, teremos colaborado para a melhoria do mundo.
Isso porque a melhoria do mundo depende dos resultados individuais de todos os que nele nos movemos, respiramos e agimos.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A cura no nosso tempo, do livro O túnel e a luz, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Verus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era o Dr. Figurão. Arrogante.
Detestado pelas enfermeiras, por muitos dos seus colegas e auxiliares.
Ele era um problema no hospital.
Mas, quem lhe diria essa verdade?
Certo dia, reuniram-se colegas, enfermeiras e demais profissionais para decidirem o que fazer com aquele homem.
Ninguém mais o suportava.
Em meio a críticas sem fim, uma enfermeira tímida, jovem, atreveu-se a dizer que gostava daquele médico.
Os olhares a fulminaram.
Adquirindo coragem, ela contou:
Vocês não conhecem esse homem. Eu fico à noite.
Esse homem faz suas visitas nesse período.
Quando todos se vão, ele entra no quarto de um paciente, de forma arrogante.
Quando sai, seu rosto está abatido.
Entra no quarto seguinte, e quando sai, seu rosto está mais abatido.
Quando sai do último quarto, ele parece devastado.
Isso acontece todas as noites.
Ante o relato que a todos espantou, disseram que ela devia tentar falar com ele.
Ela relutou. Afinal, era só uma enfermeira.
Temia a questão da hierarquia hospitalar.
Dias depois, voltou ao grupo para relatar que, na noite anterior, ela o vira sair do último quarto.
Era o quarto de um jovem que estava morrendo de câncer.
O rosto do médico estava lívido, os ombros caídos.
Ela se aproximara e lhe dissera:
Meu Deus, como deve ser difícil.
O médico começara a soluçar.
Depois a levara até a sala dele e despejara seu sofrimento, toda sua angústia.
Contara que durante anos, enquanto seus amigos já ganhavam a vida, ele continuava a estudar.
Sacrificara-se para se especializar no que fazia.
Renunciara a sair com garotas, a passear e divertir-se. Dedicação total.
Acreditara que realmente poderia ajudar alguém.
E concluíra: Agora, sou o chefe de um departamento.
E todos os meus pacientes morrem.
Não consigo ajudar ninguém.
Pergunto-me todos os dias se terá valido a pena renunciar à felicidade pessoal, aos meus amigos, para resultar em nada.
Ele se sentia um fracasso.
Depois desse dia, todos passaram a olhar, de forma diversa, aquele médico.
Como resultado do gesto daquela enfermeira, um ano depois ele buscou ajuda de uma colega do sector psiquiátrico.
Havia se dado conta de que necessitava que alguém o auxiliasse a administrar todos aqueles sentimentos, para se sentir melhor. Ser melhor.
Três ou quatro anos depois, ele havia se tornado um outro homem.
Humilde, compreensivo, com grande dose de compaixão para com seus pacientes.
Tudo porque uma enfermeira, um dia, teve a coragem de olhar o doutor figurão como um ser humano, durante dois minutos e lhe dirigir a palavra.
Quando tivermos que lidar com pessoas difíceis, lembremos de pensar nelas com amor, compreensão e compaixão.
Se todos os colegas ou funcionários de uma unidade fizerem isso com alguém difícil, dia após dia, logo começarão a observar os resultados.
Podemos mudar o que acreditamos impossível, se vibrarmos positivamente.
Se, além disso, conseguirmos olhar o outro como um ser humano e tratá-lo como tal, teremos colaborado para a melhoria do mundo.
Isso porque a melhoria do mundo depende dos resultados individuais de todos os que nele nos movemos, respiramos e agimos.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A cura no nosso tempo, do livro O túnel e a luz, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Verus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Nosso destino
Marina havia deixado sua terra natal para acompanhar os pais idosos, que desejavam conhecer o outro lado do mundo.
Sentia-se feliz por ter a oportunidade de conhecer outro país, outra cultura, outros costumes.
Alugaram uma pequena moradia à beira mar, junto aos coqueiros, imaginando permanecer naquele local por alguns meses.
Tudo era novidade.
A praia imensa, a alimentação diferente, pessoas alegres, clima quente, sol brilhante...
Enfim, tudo muito agradável, propiciando passeios longos, momentos de descanso debaixo dos coqueiros, leitura amena nos finais de tarde.
Passados seis meses, o pai adoeceu repentinamente e, embora todos os cuidados, não resistiu.
A mãe entristeceu, sentiu-se desprotegida.
Marina procurava demonstrar fortaleza moral, a fim de não se tornar motivo de preocupação e maior tristeza.
Decidiram por retornar à pátria.
Mas, enquanto faziam os preparativos, a mãe enfermou, logo deixando também a vida física e a filha.
Agora foi a vez de Marina se sentir desprotegida e só.
A melancolia a envolveu.
Sentia-se triste por ter perdido a presença física dos pais, por estar longe de sua terra.
Sentia saudade do seu povo, dos seus costumes, dos seus amigos.
Seria seu destino ficar naquele país, sozinha e triste?
Não seria melhor retornar para sua terra onde poderia voltar a ser feliz?
Certo dia, abriu o coração com algumas pessoas, que conhecera no transcorrer daqueles meses.
E nelas descobriu amigas, que a convidaram a se integrar na comunidade. Levaram-na a conhecer o artesanato local.
Depois a conduziram ao templo de sua fé, estimulando-a à oração, estabelecendo confiança em Deus, Pai de amor e bondade.
Marina se deu conta de que poderia ser feliz, ali mesmo.
Mais tarde, já melhor adaptada, contraiu matrimónio e refez sua vida.
Nossas vidas dependem somente de nós.
Imaginamos, muitas vezes, que nosso destino esteja traçado, e que nada podemos fazer para alterar o que está estabelecido.
No entanto, a cada segundo, a cada iniciativa, a cada acção que empreendemos, definimos como será o nosso amanhã.
Mudamos nossa trajectória a cada decisão que tomamos, a cada escolha que fazemos.
Somos os senhores dos nossos destinos.
Naturalmente que nada nos acontece por acaso. Tudo se encontra dentro das leis que regem a vida.
E essa lei estabelece que a cada acção corresponde uma reacção.
A cada semeadura, a respectiva colheita.
Quando problemas nos alcançam, quando as dores nos pareçam superlativas, lembremos que neste planeta tudo é transitório.
Se hoje a tempestade se faz intensa, as nuvens escuras escondem o azul do céu, logo mais o sol voltará a brilhar e o dia a sorrir.
E para nossa felicidade não importa onde nos encontremos, desde que tenhamos fé e esperança a guiar os nossos passos.
Tudo dependerá das nossas escolhas, da forma como nos conduzimos na vida, do que espalhamos pelas estradas que percorremos.
Dores, dificuldades, fazem parte do contexto do planeta em que nos encontramos. Mas a felicidade é possível. Basta que aprendamos a tudo olhar através dos vitrais do optimismo, da fé e da esperança.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sentia-se feliz por ter a oportunidade de conhecer outro país, outra cultura, outros costumes.
Alugaram uma pequena moradia à beira mar, junto aos coqueiros, imaginando permanecer naquele local por alguns meses.
Tudo era novidade.
A praia imensa, a alimentação diferente, pessoas alegres, clima quente, sol brilhante...
Enfim, tudo muito agradável, propiciando passeios longos, momentos de descanso debaixo dos coqueiros, leitura amena nos finais de tarde.
Passados seis meses, o pai adoeceu repentinamente e, embora todos os cuidados, não resistiu.
A mãe entristeceu, sentiu-se desprotegida.
Marina procurava demonstrar fortaleza moral, a fim de não se tornar motivo de preocupação e maior tristeza.
Decidiram por retornar à pátria.
Mas, enquanto faziam os preparativos, a mãe enfermou, logo deixando também a vida física e a filha.
Agora foi a vez de Marina se sentir desprotegida e só.
A melancolia a envolveu.
Sentia-se triste por ter perdido a presença física dos pais, por estar longe de sua terra.
Sentia saudade do seu povo, dos seus costumes, dos seus amigos.
Seria seu destino ficar naquele país, sozinha e triste?
Não seria melhor retornar para sua terra onde poderia voltar a ser feliz?
Certo dia, abriu o coração com algumas pessoas, que conhecera no transcorrer daqueles meses.
E nelas descobriu amigas, que a convidaram a se integrar na comunidade. Levaram-na a conhecer o artesanato local.
Depois a conduziram ao templo de sua fé, estimulando-a à oração, estabelecendo confiança em Deus, Pai de amor e bondade.
Marina se deu conta de que poderia ser feliz, ali mesmo.
Mais tarde, já melhor adaptada, contraiu matrimónio e refez sua vida.
Nossas vidas dependem somente de nós.
Imaginamos, muitas vezes, que nosso destino esteja traçado, e que nada podemos fazer para alterar o que está estabelecido.
No entanto, a cada segundo, a cada iniciativa, a cada acção que empreendemos, definimos como será o nosso amanhã.
Mudamos nossa trajectória a cada decisão que tomamos, a cada escolha que fazemos.
Somos os senhores dos nossos destinos.
Naturalmente que nada nos acontece por acaso. Tudo se encontra dentro das leis que regem a vida.
E essa lei estabelece que a cada acção corresponde uma reacção.
A cada semeadura, a respectiva colheita.
Quando problemas nos alcançam, quando as dores nos pareçam superlativas, lembremos que neste planeta tudo é transitório.
Se hoje a tempestade se faz intensa, as nuvens escuras escondem o azul do céu, logo mais o sol voltará a brilhar e o dia a sorrir.
E para nossa felicidade não importa onde nos encontremos, desde que tenhamos fé e esperança a guiar os nossos passos.
Tudo dependerá das nossas escolhas, da forma como nos conduzimos na vida, do que espalhamos pelas estradas que percorremos.
Dores, dificuldades, fazem parte do contexto do planeta em que nos encontramos. Mas a felicidade é possível. Basta que aprendamos a tudo olhar através dos vitrais do optimismo, da fé e da esperança.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Deus escreve certo por linhas certas!
Mateus caminhava por um lindo bosque que existia nas imediações do bairro onde morava.
Era sábado, dia em que não tinha aula.
Pela força do hábito, acordou bem cedinho e sentiu vontade de caminhar.
Então, tomou café e saiu.
Andando pelo bosque, Mateus aspirava o ar puro e olhava para o céu, que avistava no meio das grandes árvores.
Os pássaros cantavam, e, vez por outra, ele via um animalzinho cruzar-lhe o caminho e fugir no meio da vegetação.
Um grande sapo coaxou as margens de um regato.
De repente, Mateus viu uma arapuca, isto é, uma armadilha para apanhar pássaros, onde uma pobre ave, cansada de lutar e quase desfalecendo, se debatia tentando fugir.
Penalizado, o menino ajoelhou-se e, com todo cuidado, soltou a avezinha.
Nisso, Mateus percebeu que, em sentido contrário, vinha um garoto mais ou menos da sua idade.
Chegara a tempo de ver o que Mateus fizera e estava furioso.
— Quem lhe mandou mexer na minha arapuca?
— Desculpe-me.
Fiquei com pena do passarinho! — justificou-se Mateus.
— Pois agora você vai ver o que eu faço com quem se mete comigo!
E, cheio de raiva, lançou-se sobre Mateus que, menor e mais magro, defendia-se como podia.
Após despejar sua agressividade, o garoto afastou-se, deixando Mateus caído no chão:
— Isso é para você aprender a não se meter nas minhas coisas.
Chorando de dor, Mateus levantou-se com dificuldade e retornou para casa.
Ao vê-lo, a mãe indagou assustada:
— O que houve, meu filho?...
— Não é nada, mamãe.
Soltei um pássaro de uma arapuca e o dono ficou muito bravo comigo.
Acha que fiz mal?
Fitando-o com carinho, a mãe envolveu-o num abraço:
— Não, meu filho. Você agiu certo.
É uma covardia usar armadilhas para apanhar bichinhos indefesos.
— Mas o menino disse que a arapuca era dele!
— Sim, Mateus, mas os seres viventes são de Deus!
Algum dia, esse garoto perceberá que agiu errado, quando tiver consciência de que devemos proteger os mais fracos.
Agora, tome banho e farei os curativos.
Em seguida, iremos almoçar.
Uma semana depois, alguém bateu à porta e Mateus foi abrir.
Era o dono da arapuca!
— Você?... O que deseja?
Meio sem jeito, o garoto disse:
— Apenas conversar.
A mãe de Mateus aproximou-se, ao ver o susto do filho, e ficou escutando o que diziam.
— A senhora deve ser a mãe dele, não é?
— Sim. Chamo-me Ana.
— Eu sou Gustavo, dona Ana.
Fui eu que bati em seu filho na semana passada.
A senhora deve ter ficado muito brava comigo.
Peço desculpas ao seu filho e à senhora.
— É claro que não gostei do que você fez.
Porém, fiquei feliz com a atitude de Mateus, que defendeu uma ave indefesa, soltando-a.
Meu filho sofreu, mas sabia que estava fazendo a coisa certa.
Era sábado, dia em que não tinha aula.
Pela força do hábito, acordou bem cedinho e sentiu vontade de caminhar.
Então, tomou café e saiu.
Andando pelo bosque, Mateus aspirava o ar puro e olhava para o céu, que avistava no meio das grandes árvores.
Os pássaros cantavam, e, vez por outra, ele via um animalzinho cruzar-lhe o caminho e fugir no meio da vegetação.
Um grande sapo coaxou as margens de um regato.
De repente, Mateus viu uma arapuca, isto é, uma armadilha para apanhar pássaros, onde uma pobre ave, cansada de lutar e quase desfalecendo, se debatia tentando fugir.
Penalizado, o menino ajoelhou-se e, com todo cuidado, soltou a avezinha.
Nisso, Mateus percebeu que, em sentido contrário, vinha um garoto mais ou menos da sua idade.
Chegara a tempo de ver o que Mateus fizera e estava furioso.
— Quem lhe mandou mexer na minha arapuca?
— Desculpe-me.
Fiquei com pena do passarinho! — justificou-se Mateus.
— Pois agora você vai ver o que eu faço com quem se mete comigo!
E, cheio de raiva, lançou-se sobre Mateus que, menor e mais magro, defendia-se como podia.
Após despejar sua agressividade, o garoto afastou-se, deixando Mateus caído no chão:
— Isso é para você aprender a não se meter nas minhas coisas.
Chorando de dor, Mateus levantou-se com dificuldade e retornou para casa.
Ao vê-lo, a mãe indagou assustada:
— O que houve, meu filho?...
— Não é nada, mamãe.
Soltei um pássaro de uma arapuca e o dono ficou muito bravo comigo.
Acha que fiz mal?
Fitando-o com carinho, a mãe envolveu-o num abraço:
— Não, meu filho. Você agiu certo.
É uma covardia usar armadilhas para apanhar bichinhos indefesos.
— Mas o menino disse que a arapuca era dele!
— Sim, Mateus, mas os seres viventes são de Deus!
Algum dia, esse garoto perceberá que agiu errado, quando tiver consciência de que devemos proteger os mais fracos.
Agora, tome banho e farei os curativos.
Em seguida, iremos almoçar.
Uma semana depois, alguém bateu à porta e Mateus foi abrir.
Era o dono da arapuca!
— Você?... O que deseja?
Meio sem jeito, o garoto disse:
— Apenas conversar.
A mãe de Mateus aproximou-se, ao ver o susto do filho, e ficou escutando o que diziam.
— A senhora deve ser a mãe dele, não é?
— Sim. Chamo-me Ana.
— Eu sou Gustavo, dona Ana.
Fui eu que bati em seu filho na semana passada.
A senhora deve ter ficado muito brava comigo.
Peço desculpas ao seu filho e à senhora.
— É claro que não gostei do que você fez.
Porém, fiquei feliz com a atitude de Mateus, que defendeu uma ave indefesa, soltando-a.
Meu filho sofreu, mas sabia que estava fazendo a coisa certa.
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Deus escreve certo por linhas certas! II
Gustavo concordou com gesto de cabeça, depois explicou:
— Hoje, eu também penso assim.
Naquele dia, quando cheguei em casa e contei à minha mãe o que fizera, ela olhou-me muito séria e disse que eu procedi mal.
Que, mesmo preocupado em levar mistura para casa, de modo a melhorar nossa refeição, não agi correctamente.
E minha mãe levou-me para ver um ninho, ali perto, onde o pai trazia alimento para os filhotes, que abriam os biquinhos para receber a alimentação.
Gustavo parou de falar por momentos, depois prosseguiu:
— Eu nunca tinha parado para pensar nisso.
Isto é, que, em algum lugar, filhotes poderiam ficar com fome porque eu matara o pai ou a mãe deles.
Você pode me perdoar, Mateus?
— Claro!
E, adiantando-se, deu um abraço apertado em seu novo amigo.
A mãe de Mateus, comovida, entendendo a situação de pobreza daquela família, dispôs-se a ajudar.
Com delicadeza, convidou Gustavo para tomar lanche com eles e, assim, conversaram durante horas.
Desse modo, ela ficou sabendo que o pai de Gustavo estava desempregado.
Na hora ela teve uma ideia e disse:
— Pois olhe que coincidência!
Temos uma pequena confecção e uma loja.
Meu marido está procurando alguém para trabalhar na loja.
Traga seu pai aqui amanhã, Gustavo.
— Meu pai ficará muito contente, dona Ana.
Obrigado! Amanhã logo cedo eu o trago aqui!
O pai de Gustavo foi contratado para trabalhar na loja, e a mãe como costureira, para a confecção de roupas.
E aos poucos, tudo se foi ajeitando.
Os meninos tornaram-se grandes amigos e Gustavo agradecia a Deus por ter encontrado Mateus naquele dia.
De uma experiência negativa, quanto conhecimento e coisas positivas surgiram!
O que levava Gustavo a afirmar, lembrando-se do episódio:
— Deus escreve certo por linhas certas!
MEIMEI
(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 9/08/2010.)
§.§.§- Ave sem Ninho
— Hoje, eu também penso assim.
Naquele dia, quando cheguei em casa e contei à minha mãe o que fizera, ela olhou-me muito séria e disse que eu procedi mal.
Que, mesmo preocupado em levar mistura para casa, de modo a melhorar nossa refeição, não agi correctamente.
E minha mãe levou-me para ver um ninho, ali perto, onde o pai trazia alimento para os filhotes, que abriam os biquinhos para receber a alimentação.
Gustavo parou de falar por momentos, depois prosseguiu:
— Eu nunca tinha parado para pensar nisso.
Isto é, que, em algum lugar, filhotes poderiam ficar com fome porque eu matara o pai ou a mãe deles.
Você pode me perdoar, Mateus?
— Claro!
E, adiantando-se, deu um abraço apertado em seu novo amigo.
A mãe de Mateus, comovida, entendendo a situação de pobreza daquela família, dispôs-se a ajudar.
Com delicadeza, convidou Gustavo para tomar lanche com eles e, assim, conversaram durante horas.
Desse modo, ela ficou sabendo que o pai de Gustavo estava desempregado.
Na hora ela teve uma ideia e disse:
— Pois olhe que coincidência!
Temos uma pequena confecção e uma loja.
Meu marido está procurando alguém para trabalhar na loja.
Traga seu pai aqui amanhã, Gustavo.
— Meu pai ficará muito contente, dona Ana.
Obrigado! Amanhã logo cedo eu o trago aqui!
O pai de Gustavo foi contratado para trabalhar na loja, e a mãe como costureira, para a confecção de roupas.
E aos poucos, tudo se foi ajeitando.
Os meninos tornaram-se grandes amigos e Gustavo agradecia a Deus por ter encontrado Mateus naquele dia.
De uma experiência negativa, quanto conhecimento e coisas positivas surgiram!
O que levava Gustavo a afirmar, lembrando-se do episódio:
— Deus escreve certo por linhas certas!
MEIMEI
(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 9/08/2010.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Frei Kolbe
O horror da guerra se espalhava por sobre a Europa...
No início do outono de 1939, os nazistas tomaram a Polônia.
Num vilarejo perto de Varsóvia viviam setecentos e sessenta e dois padres e irmãos leigos, no maior mosteiro do mundo.
Dentre os padres, um se destacou pela grandeza de sua alma e pelo amor ao Cristo.
Seu nome: Maximilian Kolbe.
Os soldados de Hitler logo chegaram ao mosteiro.
Frei Kolbe e os demais padres foram levados, mas logo retornaram ao mosteiro com uma condição:
teriam que pregar somente o que Hitler ordenasse.
Deveriam manter os poloneses calados, ignorantes e embrutecidos.
Mas Maximiliam Kolbe era um padre diferente.
Continuou pregando o que sempre pregara: as lições de Jesus.
Não demorou muito e recebeu, secretamente, a informação de que seu nome constava na lista da Gestapo:
estava para ser preso.
Kolbe não tentou fugir.
Temia o que poderia acontecer com os seus irmãos, caso não estivesse ali, quando os soldados o buscassem.
Às nove horas da manhã do dia 17 de fevereiro de 1941, Frei Kolbe foi preso.
Após passar vários meses detido nas prisões nazistas, foi considerado culpado pelo crime de haver publicado materiais impróprios e recebeu a condenação: remanejamento para Auschwitz.
Logo que chegou ao campo de concentração, em maio de 1941, um oficial da SS informou-lhe que a expectativa de vida dos padres ali era cerca de um mês.
Frei Kolbe teve que se submeter ao trabalho forçado, aos maus tratos, à má alimentação, e a todo tipo de humilhações.
Numa manhã, um dos prisioneiros do Quartel 14 não estava presente à hora da chamada matinal.
Havia fugido e não fora encontrado.
Como era costume naquele campo, para cada um que fugisse, dez morriam, em represália.
O comandante responsável dispensou os demais e ordenou que os prisioneiros do Quartel 14 se perfilassem.
Era onde o padre Kolbe estava.
E, examinando um a um pelos dentes, como se fossem cavalos, mandava que os velhos e doentes dessem um passo à frente.
Um dos escolhidos não se conteve e gritou:
Minha mulher e meus filhos, que irão fazer?
Tirem os calçados, gritou o comandante, ignorando o desespero daquele homem.
Deveriam marchar para a morte descalços.
Frei Kolbe, desafiando o oficial, saiu de forma e adiantou-se até ele.
Alto! Gritou irado.
O que quer este polonês comigo?
Eu gostaria de morrer no lugar de um condenado, respondeu Kolbe.
Porquê? - Indagou o comandante.
Porque estou velho e fraco, já não sirvo mais para coisa alguma.
Em lugar de quem você quer morrer?
No lugar daquele ali.
Respondeu o padre, apontando para o homem que, aos prantos, temia pela mulher e os filhos.
Pela primeira vez, o comandante olhou Kolbe nos olhos:
Quem é você? - Perguntou.
O prisioneiro, com brilho no olhar, fitou-o e respondeu:
Sou um padre.
Um padre! – Riu, satisfeito.
Olhou para o assistente e consentiu.
Este riscou o número do pai de família e o substituiu pelo de Frei Kolbe.
Tirem as roupas. - Gritou o oficial.
Cristo morreu despido na cruz, - pensou Frei Kolbe, enquanto tirava a roupa.
É justo que eu sofra como ele sofreu.
Do lado de fora do cubículo em que foram jogados para morrer de fome, se ouvia um cantarolar baixinho.
Era o pastor generoso que conduzia os demais através das sombras do vale da morte.
Porque os prisioneiros não morressem, e outros condenados fossem ocupar o local, um médico foi chamado para aplicar-lhes injecção letal.
Frei Kolbe, qual esqueleto vivo recostado na parede, portava nos lábios um sorriso e, com os olhos fixos nalguma visão distante, estendeu o braço.
Deus, que é todo poder e bondade, jamais abandona Seus filhos.
Mesmo sob os céus cinzentos da guerra cruel, uma estrela luzia para iluminar a escuridão da ignorância e alentar os corações macerados pela brutalidade.
Seu nome: Maximiliam Kolbe.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
No início do outono de 1939, os nazistas tomaram a Polônia.
Num vilarejo perto de Varsóvia viviam setecentos e sessenta e dois padres e irmãos leigos, no maior mosteiro do mundo.
Dentre os padres, um se destacou pela grandeza de sua alma e pelo amor ao Cristo.
Seu nome: Maximilian Kolbe.
Os soldados de Hitler logo chegaram ao mosteiro.
Frei Kolbe e os demais padres foram levados, mas logo retornaram ao mosteiro com uma condição:
teriam que pregar somente o que Hitler ordenasse.
Deveriam manter os poloneses calados, ignorantes e embrutecidos.
Mas Maximiliam Kolbe era um padre diferente.
Continuou pregando o que sempre pregara: as lições de Jesus.
Não demorou muito e recebeu, secretamente, a informação de que seu nome constava na lista da Gestapo:
estava para ser preso.
Kolbe não tentou fugir.
Temia o que poderia acontecer com os seus irmãos, caso não estivesse ali, quando os soldados o buscassem.
Às nove horas da manhã do dia 17 de fevereiro de 1941, Frei Kolbe foi preso.
Após passar vários meses detido nas prisões nazistas, foi considerado culpado pelo crime de haver publicado materiais impróprios e recebeu a condenação: remanejamento para Auschwitz.
Logo que chegou ao campo de concentração, em maio de 1941, um oficial da SS informou-lhe que a expectativa de vida dos padres ali era cerca de um mês.
Frei Kolbe teve que se submeter ao trabalho forçado, aos maus tratos, à má alimentação, e a todo tipo de humilhações.
Numa manhã, um dos prisioneiros do Quartel 14 não estava presente à hora da chamada matinal.
Havia fugido e não fora encontrado.
Como era costume naquele campo, para cada um que fugisse, dez morriam, em represália.
O comandante responsável dispensou os demais e ordenou que os prisioneiros do Quartel 14 se perfilassem.
Era onde o padre Kolbe estava.
E, examinando um a um pelos dentes, como se fossem cavalos, mandava que os velhos e doentes dessem um passo à frente.
Um dos escolhidos não se conteve e gritou:
Minha mulher e meus filhos, que irão fazer?
Tirem os calçados, gritou o comandante, ignorando o desespero daquele homem.
Deveriam marchar para a morte descalços.
Frei Kolbe, desafiando o oficial, saiu de forma e adiantou-se até ele.
Alto! Gritou irado.
O que quer este polonês comigo?
Eu gostaria de morrer no lugar de um condenado, respondeu Kolbe.
Porquê? - Indagou o comandante.
Porque estou velho e fraco, já não sirvo mais para coisa alguma.
Em lugar de quem você quer morrer?
No lugar daquele ali.
Respondeu o padre, apontando para o homem que, aos prantos, temia pela mulher e os filhos.
Pela primeira vez, o comandante olhou Kolbe nos olhos:
Quem é você? - Perguntou.
O prisioneiro, com brilho no olhar, fitou-o e respondeu:
Sou um padre.
Um padre! – Riu, satisfeito.
Olhou para o assistente e consentiu.
Este riscou o número do pai de família e o substituiu pelo de Frei Kolbe.
Tirem as roupas. - Gritou o oficial.
Cristo morreu despido na cruz, - pensou Frei Kolbe, enquanto tirava a roupa.
É justo que eu sofra como ele sofreu.
Do lado de fora do cubículo em que foram jogados para morrer de fome, se ouvia um cantarolar baixinho.
Era o pastor generoso que conduzia os demais através das sombras do vale da morte.
Porque os prisioneiros não morressem, e outros condenados fossem ocupar o local, um médico foi chamado para aplicar-lhes injecção letal.
Frei Kolbe, qual esqueleto vivo recostado na parede, portava nos lábios um sorriso e, com os olhos fixos nalguma visão distante, estendeu o braço.
Deus, que é todo poder e bondade, jamais abandona Seus filhos.
Mesmo sob os céus cinzentos da guerra cruel, uma estrela luzia para iluminar a escuridão da ignorância e alentar os corações macerados pela brutalidade.
Seu nome: Maximiliam Kolbe.
Momento Espírita.
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A dor de cada um
Do canto onde se encontrava, o médico admirava a jovem, com discrição.
Ela trajava vestido claro, usava cabelo curto e seus olhos verdes coloriam o rosto sem maquilhagem.
Tomava uma xícara de chá, no intervalo anterior ao segundo ato da ópera.
De repente, seu ar pensativo se transfigurou num sorriso que iluminou a sala.
Encantado por ela, o jovem médico somente percebeu o motivo da sua alegria quando um rapaz loiro chegou perto dela o suficiente para a beijar.
Naquele belo salão do Teatro da Ópera de Estocolmo, de paredes, tecto e ornamentações reluzentes de ouro, Dráuzio observou o casal.
O rapaz trajava terno cinza-escuro, camisa branca de gola rulê.
De corpo esguio e traços herdados dos ancestrais vikings, ele estava à altura da beleza da moça.
Parecia um casal de artistas de cinema.
Olhando-os, Dráuzio ficou a imaginar quanta diferença havia entre nascer num lugar sem gente pobre, como Estocolmo, e num bairro operário de São Paulo.
Se ele tivesse recebido a mesma educação e fosse tão bonito quanto aquele rapaz, será que sua vida teria sido mais fácil? Mais feliz?
Sozinho, no burburinho das pessoas bem-vestidas do salão de ouro, ele sentiu inveja.
Queria ter tido as mesmas oportunidades e ser bonito como aquele rapaz.
Claro, sem deixar de ser ele mesmo.
Queria ter encarnado naquele corpo.
Queria poder usufruir do que ele tinha, naquele país culto, organizado, sem miséria por perto.
Quando acabou a ópera, ele voltou para o pequeno apartamento de hóspedes que o instituto médico, onde estagiava, lhe cedera.
Chovia e ele chegou com as meias ensopadas. Fazia frio.
Pensou em tomar um banho quente mas o chuveiro se negou a funcionar.
Agasalhou-se o mais que pôde e se sentou junto ao aparelho de calefação, sentindo saudades de sua casa e de sua mulher.
Poucos dias depois, ele teve nas mãos um prontuário grosso como uma lista telefónica.
Tratava-se de um caso grave de câncer.
Há oito anos em tratamento, o portador tivera algumas melhoras.
Agora, a doença se apresentava de uma forma mais agressiva.
Dráuzio concluiu que o único tratamento a tentar seria novo esquema de medicamentos. Ao menos, eles poderiam controlar a doença por algum tempo.
Era uma enfermidade incurável.
Quando a enfermeira abriu a porta, Dráuzio custou a acreditar:
o doente era o rapaz bonito da ópera.
Como naquela noite, ele usava camisa de gola alta para ocultar os gânglios saltados e a cicatriz da biópsia.
No mundo de provas e expiações em que nos situamos, não há quem não tenha dores a suportar.
Enfermidades no lar, desemprego, abandono, dificuldades de relacionamento, cada qual tem seu cadinho de dor.
Ninguém está isento do sofrimento.
Ricos, pobres, potentados e anónimos, cada qual tem seu fardo a carregar.
Algumas são dores profundas e ocultas, que passam despercebidas até mesmo pelos familiares, por vezes.
Por isso é que o Mestre de Nazaré nos ensinou: No mundo só tereis aflições. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis refrigério para vossas almas.
Momento Espírita, com base no cap. Inveja, do livro Por um fio, de Dráuzio Varella, ed. Companhia das Letras.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ela trajava vestido claro, usava cabelo curto e seus olhos verdes coloriam o rosto sem maquilhagem.
Tomava uma xícara de chá, no intervalo anterior ao segundo ato da ópera.
De repente, seu ar pensativo se transfigurou num sorriso que iluminou a sala.
Encantado por ela, o jovem médico somente percebeu o motivo da sua alegria quando um rapaz loiro chegou perto dela o suficiente para a beijar.
Naquele belo salão do Teatro da Ópera de Estocolmo, de paredes, tecto e ornamentações reluzentes de ouro, Dráuzio observou o casal.
O rapaz trajava terno cinza-escuro, camisa branca de gola rulê.
De corpo esguio e traços herdados dos ancestrais vikings, ele estava à altura da beleza da moça.
Parecia um casal de artistas de cinema.
Olhando-os, Dráuzio ficou a imaginar quanta diferença havia entre nascer num lugar sem gente pobre, como Estocolmo, e num bairro operário de São Paulo.
Se ele tivesse recebido a mesma educação e fosse tão bonito quanto aquele rapaz, será que sua vida teria sido mais fácil? Mais feliz?
Sozinho, no burburinho das pessoas bem-vestidas do salão de ouro, ele sentiu inveja.
Queria ter tido as mesmas oportunidades e ser bonito como aquele rapaz.
Claro, sem deixar de ser ele mesmo.
Queria ter encarnado naquele corpo.
Queria poder usufruir do que ele tinha, naquele país culto, organizado, sem miséria por perto.
Quando acabou a ópera, ele voltou para o pequeno apartamento de hóspedes que o instituto médico, onde estagiava, lhe cedera.
Chovia e ele chegou com as meias ensopadas. Fazia frio.
Pensou em tomar um banho quente mas o chuveiro se negou a funcionar.
Agasalhou-se o mais que pôde e se sentou junto ao aparelho de calefação, sentindo saudades de sua casa e de sua mulher.
Poucos dias depois, ele teve nas mãos um prontuário grosso como uma lista telefónica.
Tratava-se de um caso grave de câncer.
Há oito anos em tratamento, o portador tivera algumas melhoras.
Agora, a doença se apresentava de uma forma mais agressiva.
Dráuzio concluiu que o único tratamento a tentar seria novo esquema de medicamentos. Ao menos, eles poderiam controlar a doença por algum tempo.
Era uma enfermidade incurável.
Quando a enfermeira abriu a porta, Dráuzio custou a acreditar:
o doente era o rapaz bonito da ópera.
Como naquela noite, ele usava camisa de gola alta para ocultar os gânglios saltados e a cicatriz da biópsia.
No mundo de provas e expiações em que nos situamos, não há quem não tenha dores a suportar.
Enfermidades no lar, desemprego, abandono, dificuldades de relacionamento, cada qual tem seu cadinho de dor.
Ninguém está isento do sofrimento.
Ricos, pobres, potentados e anónimos, cada qual tem seu fardo a carregar.
Algumas são dores profundas e ocultas, que passam despercebidas até mesmo pelos familiares, por vezes.
Por isso é que o Mestre de Nazaré nos ensinou: No mundo só tereis aflições. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis refrigério para vossas almas.
Momento Espírita, com base no cap. Inveja, do livro Por um fio, de Dráuzio Varella, ed. Companhia das Letras.
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A inabalável certeza de Deus
O jovem acreditava ser uma mente brilhante.
Elaborava ideias, imergia o pensamento nos livros buscando maior conhecimento.
Orgulhava-se de seu saber.
Certo dia, deparou-se com um filósofo que, extasiado ante o espectáculo ímpar da natureza, expressava sua admiração ao Criador:
Quem é Você que está por trás da cortina das nuvens?
Porque silencia a Sua voz e grita através dos fenómenos da natureza?
Porque gosta de se ocultar aos olhos humanos?
Deixe-me descobri-lO.
O rapaz, com ar de intelectual, lhe disse:
Você está totalmente equivocado. Deus não existe.
Ele é uma invenção do cérebro humano para suportar as limitações da vida.
A ciência é o Deus do ser humano.
Sem se perturbar, o filósofo respondeu:
Se você me disser que é um ateu, que não crê em Deus, sua atitude é respeitável.
Ela reflecte sua opinião e sua convicção pessoal.
Agora, dizer que Deus não existe é uma ofensa à inteligência, pois reflecte uma afirmação irracional.
Não aja como um menino brincando com a ciência e construindo seu orgulho sobre a areia.
Você nunca se indagou quem administra este imenso Universo?
O porquê de tanta harmonia?
Sua intelectualidade não lhe diz que todo efeito tem uma causa?
E que se esse efeito é grandioso, imensurável deve ser a causa?
Percebeu alguma vez os detalhes das folhas de uma palmeira?
A perfeição do ovo?
O potencial de uma minúscula semente que traz em si a árvore gigantesca?
Já se perguntou quem deu origem a tantas espécies vegetais e animais?
A tanta riqueza que se encontra no seio da terra e na profundeza dos mares?
Guarde a certeza de que você pode duvidar de que Deus existe.
Mas Deus não duvida de que você existe.
Muitos filósofos acreditavam em Deus.
Não tinham medo de argumentar e discutir a respeito.
Afinal, não sabemos quase nada sobre a caixa de segredos da nossa existência.
Milhões de livros são como uma gota no oceano.
Somos, em verdade, uma grande pergunta procurando uma resposta.
Ou muitas respostas:
Quem somos? Para onde vamos? Por que fomos criados?
A ciência é um produto do homem.
Use-a mas não se deixe contagiar pelo vírus do orgulho.
A sabedoria do ser humano não está no quanto ele sabe.
Mas no quanto ele tem consciência de que não sabe.
A nobreza de um ser humano está na sua capacidade de reconhecer a sua pequenez.
Silenciou o filósofo.
O jovem ficou a pensar.
Olhou o sol que brilhava forte, sentiu a brisa leve no rosto, ouviu o farfalhar das folhas que se perdiam pelo chão.
E continuou a pensar...
Deus está em toda parte e está dentro de nós.
Quando tomamos de uma fruta e nos extasiamos com a sua cor, a sua textura, o seu sabor, estamos sentindo a Divindade.
Quando contemplamos as nuvens imitando andarilhos pelo céu, e as vemos destilar lágrimas generosas sobre a terra, estamos contemplando o cuidado de Deus com Suas criaturas.
No verde das árvores, no vermelho das rosas, nas cores do arco-íris, Deus se manifesta.
No dia abençoado, na noite escura.
No rosto das pessoas que passam, nas sementes que brotam - em tudo Deus está.
Permitamo-nos descobri-lO.
Momento Espírita, com base no cap. 10, do livro O futuro da Humanidade – a saga de Marco Polo, de Augusto Cury, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Elaborava ideias, imergia o pensamento nos livros buscando maior conhecimento.
Orgulhava-se de seu saber.
Certo dia, deparou-se com um filósofo que, extasiado ante o espectáculo ímpar da natureza, expressava sua admiração ao Criador:
Quem é Você que está por trás da cortina das nuvens?
Porque silencia a Sua voz e grita através dos fenómenos da natureza?
Porque gosta de se ocultar aos olhos humanos?
Deixe-me descobri-lO.
O rapaz, com ar de intelectual, lhe disse:
Você está totalmente equivocado. Deus não existe.
Ele é uma invenção do cérebro humano para suportar as limitações da vida.
A ciência é o Deus do ser humano.
Sem se perturbar, o filósofo respondeu:
Se você me disser que é um ateu, que não crê em Deus, sua atitude é respeitável.
Ela reflecte sua opinião e sua convicção pessoal.
Agora, dizer que Deus não existe é uma ofensa à inteligência, pois reflecte uma afirmação irracional.
Não aja como um menino brincando com a ciência e construindo seu orgulho sobre a areia.
Você nunca se indagou quem administra este imenso Universo?
O porquê de tanta harmonia?
Sua intelectualidade não lhe diz que todo efeito tem uma causa?
E que se esse efeito é grandioso, imensurável deve ser a causa?
Percebeu alguma vez os detalhes das folhas de uma palmeira?
A perfeição do ovo?
O potencial de uma minúscula semente que traz em si a árvore gigantesca?
Já se perguntou quem deu origem a tantas espécies vegetais e animais?
A tanta riqueza que se encontra no seio da terra e na profundeza dos mares?
Guarde a certeza de que você pode duvidar de que Deus existe.
Mas Deus não duvida de que você existe.
Muitos filósofos acreditavam em Deus.
Não tinham medo de argumentar e discutir a respeito.
Afinal, não sabemos quase nada sobre a caixa de segredos da nossa existência.
Milhões de livros são como uma gota no oceano.
Somos, em verdade, uma grande pergunta procurando uma resposta.
Ou muitas respostas:
Quem somos? Para onde vamos? Por que fomos criados?
A ciência é um produto do homem.
Use-a mas não se deixe contagiar pelo vírus do orgulho.
A sabedoria do ser humano não está no quanto ele sabe.
Mas no quanto ele tem consciência de que não sabe.
A nobreza de um ser humano está na sua capacidade de reconhecer a sua pequenez.
Silenciou o filósofo.
O jovem ficou a pensar.
Olhou o sol que brilhava forte, sentiu a brisa leve no rosto, ouviu o farfalhar das folhas que se perdiam pelo chão.
E continuou a pensar...
Deus está em toda parte e está dentro de nós.
Quando tomamos de uma fruta e nos extasiamos com a sua cor, a sua textura, o seu sabor, estamos sentindo a Divindade.
Quando contemplamos as nuvens imitando andarilhos pelo céu, e as vemos destilar lágrimas generosas sobre a terra, estamos contemplando o cuidado de Deus com Suas criaturas.
No verde das árvores, no vermelho das rosas, nas cores do arco-íris, Deus se manifesta.
No dia abençoado, na noite escura.
No rosto das pessoas que passam, nas sementes que brotam - em tudo Deus está.
Permitamo-nos descobri-lO.
Momento Espírita, com base no cap. 10, do livro O futuro da Humanidade – a saga de Marco Polo, de Augusto Cury, ed. Sextante.
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Aproximar de Deus essa alma
Pais, mães, um minuto de sua atenção.
Desejamos falar sobre nossos filhos.
Esses que Deus confiou aos nossos cuidados nesta vida, entendendo que temos condições plenas de lhes abrir caminhos para a felicidade.
Nossa missão pater-maternal é nobre, importante, fundamental.
Não exige os maiores conhecimentos do mundo para que tenhamos êxito.
Exige principalmente dedicação, persistência e disciplina.
Compreendamos que quando produzimos um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir.
Tomemos ciência de nossos deveres e coloquemos todo nosso amor em aproximar de Deus essa alma.
Aí está nossa missão resumida de forma singela e profunda:
Aproximar de Deus essa alma.
Numa leitura apressada, talvez entendamos essa recomendação como dar-lhes uma religião, no sentido comum e formal da expressão.
Será preciso levar nossos filhos para uma instituição religiosa:
lá eles o ensinarão como se aproximar de Deus!
Escutemos a recomendação:
Coloquemos todo nosso amor em aproximar de Deus essa alma.
A missão não poderá ser terceirizada.
É o nosso amor, de pai, de mãe, que irá realizar o trabalho bendito.
O processo se inicia exactamente por aí, pelo amor.
O ser que é suficientemente amado, que recebe atenção e dedicação dos pais - ou daqueles que exercem tal função - como prioridade na vida, começa a compreender o principal caminho que o conduz ao Pai Maior.
Dar-lhe noções de religiosidade, desde os primeiros passos, é igualmente essencial.
Ensinar-lhe a gratidão à vida, ensinar-lhe a contemplar a beleza que o cerca, a maravilha da natureza e suas leis, e ainda contagiá-lo com nosso próprio encantamento.
Tudo isso faz parte da proposta de aproximar essa alma de Deus.
Essas são as primeiras aulas de religião recebidas em casa.
Da verdadeira religião.
As instituições que realizam o belo trabalho da evangelização são valiosas e devemos contar com elas sempre que possível.
Porém, se o verdadeiro evangelizar não estiver ocorrendo no lar, pouco poderão fazer por eles.
Evangelizar, dar noções de moralidade tendo como Modelo e Guia um Espírito puro como Jesus, é construir mais uma ponte entre a criatura e seu Autor.
Amar a si mesmo, amar ao próximo e com isso conquistar o amor a Deus!
É vivendo essa trilogia que os Espíritos que retornam como nossos filhos se aproximam da Divindade.
É fazê-los homens e mulheres de bem, cidadãos nobres, honestos, caridosos, que saibam ser peça útil na sociedade onde estão inseridos.
E os nossos exemplos, pai, mãe, avô, avó falarão mais do que mil palavras.
Aproximá-los de Deus é ainda colocá-los em contacto com Sua essência Divina, auxiliar em seu auto-descobrimento, em sua viagem para dentro de suas potencialidades e permitir que ganhem asas.
Mais próximo de Deus.
Mais próximo dos teus.
Lar é torre altiva,
Que o teu amor ergueu.
Abraça sem pensar.
Aprende a perdoar.
Lar é escola viva.
É tempo de estudar!
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Desejamos falar sobre nossos filhos.
Esses que Deus confiou aos nossos cuidados nesta vida, entendendo que temos condições plenas de lhes abrir caminhos para a felicidade.
Nossa missão pater-maternal é nobre, importante, fundamental.
Não exige os maiores conhecimentos do mundo para que tenhamos êxito.
Exige principalmente dedicação, persistência e disciplina.
Compreendamos que quando produzimos um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir.
Tomemos ciência de nossos deveres e coloquemos todo nosso amor em aproximar de Deus essa alma.
Aí está nossa missão resumida de forma singela e profunda:
Aproximar de Deus essa alma.
Numa leitura apressada, talvez entendamos essa recomendação como dar-lhes uma religião, no sentido comum e formal da expressão.
Será preciso levar nossos filhos para uma instituição religiosa:
lá eles o ensinarão como se aproximar de Deus!
Escutemos a recomendação:
Coloquemos todo nosso amor em aproximar de Deus essa alma.
A missão não poderá ser terceirizada.
É o nosso amor, de pai, de mãe, que irá realizar o trabalho bendito.
O processo se inicia exactamente por aí, pelo amor.
O ser que é suficientemente amado, que recebe atenção e dedicação dos pais - ou daqueles que exercem tal função - como prioridade na vida, começa a compreender o principal caminho que o conduz ao Pai Maior.
Dar-lhe noções de religiosidade, desde os primeiros passos, é igualmente essencial.
Ensinar-lhe a gratidão à vida, ensinar-lhe a contemplar a beleza que o cerca, a maravilha da natureza e suas leis, e ainda contagiá-lo com nosso próprio encantamento.
Tudo isso faz parte da proposta de aproximar essa alma de Deus.
Essas são as primeiras aulas de religião recebidas em casa.
Da verdadeira religião.
As instituições que realizam o belo trabalho da evangelização são valiosas e devemos contar com elas sempre que possível.
Porém, se o verdadeiro evangelizar não estiver ocorrendo no lar, pouco poderão fazer por eles.
Evangelizar, dar noções de moralidade tendo como Modelo e Guia um Espírito puro como Jesus, é construir mais uma ponte entre a criatura e seu Autor.
Amar a si mesmo, amar ao próximo e com isso conquistar o amor a Deus!
É vivendo essa trilogia que os Espíritos que retornam como nossos filhos se aproximam da Divindade.
É fazê-los homens e mulheres de bem, cidadãos nobres, honestos, caridosos, que saibam ser peça útil na sociedade onde estão inseridos.
E os nossos exemplos, pai, mãe, avô, avó falarão mais do que mil palavras.
Aproximá-los de Deus é ainda colocá-los em contacto com Sua essência Divina, auxiliar em seu auto-descobrimento, em sua viagem para dentro de suas potencialidades e permitir que ganhem asas.
Mais próximo de Deus.
Mais próximo dos teus.
Lar é torre altiva,
Que o teu amor ergueu.
Abraça sem pensar.
Aprende a perdoar.
Lar é escola viva.
É tempo de estudar!
Momento Espírita.
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Algo sobre a depressão
Andrew Solomon define a depressão como sendo a imperfeição do amor.
Ou como o sofrimento emocional que se impõe sobre nós contra a nossa vontade.
Reflecte esse autor que o amor é o que tranquiliza a mente e a protege de si mesma.
Como Espíritos imortais que somos, trazemos nossa própria bagagem emocional, fruto de experiências passadas, marcadas em nosso inconsciente de maneira mais ou menos traumática.
Resultado disso são as distonias e limitações emocionais que carregamos, muitas sem causas aparentes nesta vida.
Por isso, determinadas situações que deveriam apenas nos trazer um leve desconforto, algum pesar, nos arrastam para a depressão, porque se conectam com as marcas deixadas por experiências frustrantes, vividas anteriormente e ainda vivas em nossa intimidade.
Por desconhecermos nosso passado, e não sabermos o que a vida nos oferecerá no futuro, nenhum de nós pode se dizer livre de uma depressão.
Porém, Andrew Solomon, que chegou a ser vítima de severa depressão, insiste:
O amor é a melhor ferramenta para lidar com nossos problemas emocionais.
Assim, de forma preventiva ou mesmo durante o processo depressivo, exercitar o amor será sempre uma terapia efectiva.
Isso porque o amor nos leva a enxergar o outro.
Para isso é preciso sair de nós mesmos, esquecer, pelo menos, momentaneamente, nossas próprias dificuldades para nos solidarizarmos com a dor e as necessidades alheias.
Funciona como auto-terapia para nos entendermos, para nos aceitarmos, para nos curarmos e ainda nos fortalece para enfrentarmos com serenidade as problemáticas emocionais que a vida poderá nos oferecer.
Conta Solomon o caso de Phaly Nuon, vítima de severos abusos durante o regime comunista, no Camboja.
Após vagar fugitiva, por três anos, nas florestas do seu país, ver seu filho de poucos meses morrer à fome em seus braços, ela foi abrigada em um campo de refugiados.
Ali encontrou várias mulheres que, sobreviventes à guerra, não falavam, não se alimentavam, morrendo lentamente de depressão pelo stress pós-traumático.
Por amor, no intuito de auxiliar a essas pobres mulheres, Phaly Nuon começou a desenvolver sua própria terapia.
Principiou por ensinar a esquecer, envolvendo meditação.
Em um segundo passo, instituiu o trabalho como terapia, dizendo que é necessário aprender a fazer coisas, e se orgulhar delas.
Numa terceira etapa, estabeleceu a necessidade de amar.
A proposta era que as mulheres começassem a cuidar de si mesmas, fazendo as unhas dos pés e das mãos, umas das outras.
Essas pequenas ações aproximam, levam à confiança, à amizade, à intimidade.
Então, mesmo sem ser percebido, o amor floresce.
E quando isso acontece, tudo muda em nossas vidas.
Esquecer, trabalhar, amar.
Eis a tríade da proposta.
Busquemos amar. Sirvamo-nos dessa ferramenta preventiva, remédio para nossas almas.
Olhemos em torno.
Haverá sempre alguém que necessite da nossa palavra, de um conselho, de alguns minutos de companhia, do relato de uma história bela, construtiva, emocionante.
Algo que faça bem à alma.
Serão esses pequenos exercícios de amor, frequentemente alimentados por nossas acções, que ajudarão a curar as feridas que trazemos na alma, algumas desde muito tempo.
Ponhamo-nos em acção.
Momento Espírita, com base no cap. 1, do livro O demónio do meio-dia: uma anatomia da depressão, de Andrew Solomon, da ed. Companhia das Letras.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ou como o sofrimento emocional que se impõe sobre nós contra a nossa vontade.
Reflecte esse autor que o amor é o que tranquiliza a mente e a protege de si mesma.
Como Espíritos imortais que somos, trazemos nossa própria bagagem emocional, fruto de experiências passadas, marcadas em nosso inconsciente de maneira mais ou menos traumática.
Resultado disso são as distonias e limitações emocionais que carregamos, muitas sem causas aparentes nesta vida.
Por isso, determinadas situações que deveriam apenas nos trazer um leve desconforto, algum pesar, nos arrastam para a depressão, porque se conectam com as marcas deixadas por experiências frustrantes, vividas anteriormente e ainda vivas em nossa intimidade.
Por desconhecermos nosso passado, e não sabermos o que a vida nos oferecerá no futuro, nenhum de nós pode se dizer livre de uma depressão.
Porém, Andrew Solomon, que chegou a ser vítima de severa depressão, insiste:
O amor é a melhor ferramenta para lidar com nossos problemas emocionais.
Assim, de forma preventiva ou mesmo durante o processo depressivo, exercitar o amor será sempre uma terapia efectiva.
Isso porque o amor nos leva a enxergar o outro.
Para isso é preciso sair de nós mesmos, esquecer, pelo menos, momentaneamente, nossas próprias dificuldades para nos solidarizarmos com a dor e as necessidades alheias.
Funciona como auto-terapia para nos entendermos, para nos aceitarmos, para nos curarmos e ainda nos fortalece para enfrentarmos com serenidade as problemáticas emocionais que a vida poderá nos oferecer.
Conta Solomon o caso de Phaly Nuon, vítima de severos abusos durante o regime comunista, no Camboja.
Após vagar fugitiva, por três anos, nas florestas do seu país, ver seu filho de poucos meses morrer à fome em seus braços, ela foi abrigada em um campo de refugiados.
Ali encontrou várias mulheres que, sobreviventes à guerra, não falavam, não se alimentavam, morrendo lentamente de depressão pelo stress pós-traumático.
Por amor, no intuito de auxiliar a essas pobres mulheres, Phaly Nuon começou a desenvolver sua própria terapia.
Principiou por ensinar a esquecer, envolvendo meditação.
Em um segundo passo, instituiu o trabalho como terapia, dizendo que é necessário aprender a fazer coisas, e se orgulhar delas.
Numa terceira etapa, estabeleceu a necessidade de amar.
A proposta era que as mulheres começassem a cuidar de si mesmas, fazendo as unhas dos pés e das mãos, umas das outras.
Essas pequenas ações aproximam, levam à confiança, à amizade, à intimidade.
Então, mesmo sem ser percebido, o amor floresce.
E quando isso acontece, tudo muda em nossas vidas.
Esquecer, trabalhar, amar.
Eis a tríade da proposta.
Busquemos amar. Sirvamo-nos dessa ferramenta preventiva, remédio para nossas almas.
Olhemos em torno.
Haverá sempre alguém que necessite da nossa palavra, de um conselho, de alguns minutos de companhia, do relato de uma história bela, construtiva, emocionante.
Algo que faça bem à alma.
Serão esses pequenos exercícios de amor, frequentemente alimentados por nossas acções, que ajudarão a curar as feridas que trazemos na alma, algumas desde muito tempo.
Ponhamo-nos em acção.
Momento Espírita, com base no cap. 1, do livro O demónio do meio-dia: uma anatomia da depressão, de Andrew Solomon, da ed. Companhia das Letras.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
A mulher no mundo
Durante longos séculos a mulher foi relegada a plano secundário, inferior mesmo.
Menosprezada, muitas vezes, e excluída de áreas consideradas de exclusividade masculina.
Foi-lhe negado o direito de decidir sobre sua própria vida, de enriquecer o intelecto pelo estudo, de tantas coisas mais.
O Mestre de Nazaré deu exemplo de respeito à mulher, tratando-a com dignidade e valorizando sua missão na Terra.
Acolheu a equivocada de Magdala, concedeu oportunidade de regeneração à adúltera, que lhe foi trazida para julgamento.
Na Samaria, é para Fotina, a mulher que vai ao poço de Jacó buscar água que Ele se apresenta como o Messias, Aquele que tem a água viva.
Ele mesmo, Espírito de superior grandeza, serviu-se de uma mulher para vir à Terra.
E demonstrou o quanto a amava ao confiá-la ao Apóstolo João, enquanto Ele se despedia do mundo material, na agonia da crucificação.
A mulher é cocriadora com Deus, na tarefa de ofertar corpos para os filhos dEle, Espíritos imortais, se materializarem sobre o planeta, atendendo à lei do progresso.
A mulher é o vaso eleito para a luz da reencarnação.
Nela a vida se acolhe e se sustenta.
Também a regeneração do homem, considerando que ela o nutre com seu amor e lhe dá as primeiras lições de vida.
O colo maternal, as palavras de carinho, o direccionamento moral, o sorriso delicado são predicados inerentes à função da mulher.
Ela avança no intelecto, dirige empresas, assume altos cargos públicos, comanda homens e mulheres, mas será sempre a face da ternura, onde quer que se encontre.
No terreno das crenças, a presença da mulher sempre se fez constante.
Na Antiguidade, a vemos ligada aos cultos religiosos.
Na Grécia, eram as pitonisas, que traziam ao povo as mensagens do deus Apolo.
Em Roma, eram as vestais, dedicadas à deusa Vesta.
Iniciavam seu ofício entre os sete e os dez anos e assumiam um compromisso por três décadas, devendo manter aceso o fogo sagrado.
Ainda hoje, em todas as religiões, a mulher engrandece de sentimentos elevados os corações.
Atende seu lar, como esposa, mãe, educadora e se doa, na assistência ao próximo, em múltiplas actividades.
Mulheres corajosas existem em toda parte, alavancando a família, sustentando o trabalho social nos templos de variadas crenças, cuidando dos enfermos, enfrentando adversidades.
Mulheres que não medem esforços para servir.
Trabalham arduamente, no sector profissional.
Enfrentam as tarefas do lar.
E se doam, com amor e alegria, em benefício alheio, sempre que preciso for.
Mas, de todas as tarefas da mulher, sobressai a maternidade como a plenitude do coração feminino.
Enquanto mãe, guarda a mulher a chave do controle do mundo.
Afinal, ela é a mãe do sábio, do cientista, do professor, do político, de todos os grandes homens.
Também é a mãe do infeliz que sucumbe no crime, na droga, no mal.
Maternidade é missão e alegria, é prova e sofrimento.
Mas traduz o grande amor de Deus, ensejando o burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Momento Espírita, com base no cap. 50, do livro O Espírito da Verdade, de autores diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Menosprezada, muitas vezes, e excluída de áreas consideradas de exclusividade masculina.
Foi-lhe negado o direito de decidir sobre sua própria vida, de enriquecer o intelecto pelo estudo, de tantas coisas mais.
O Mestre de Nazaré deu exemplo de respeito à mulher, tratando-a com dignidade e valorizando sua missão na Terra.
Acolheu a equivocada de Magdala, concedeu oportunidade de regeneração à adúltera, que lhe foi trazida para julgamento.
Na Samaria, é para Fotina, a mulher que vai ao poço de Jacó buscar água que Ele se apresenta como o Messias, Aquele que tem a água viva.
Ele mesmo, Espírito de superior grandeza, serviu-se de uma mulher para vir à Terra.
E demonstrou o quanto a amava ao confiá-la ao Apóstolo João, enquanto Ele se despedia do mundo material, na agonia da crucificação.
A mulher é cocriadora com Deus, na tarefa de ofertar corpos para os filhos dEle, Espíritos imortais, se materializarem sobre o planeta, atendendo à lei do progresso.
A mulher é o vaso eleito para a luz da reencarnação.
Nela a vida se acolhe e se sustenta.
Também a regeneração do homem, considerando que ela o nutre com seu amor e lhe dá as primeiras lições de vida.
O colo maternal, as palavras de carinho, o direccionamento moral, o sorriso delicado são predicados inerentes à função da mulher.
Ela avança no intelecto, dirige empresas, assume altos cargos públicos, comanda homens e mulheres, mas será sempre a face da ternura, onde quer que se encontre.
No terreno das crenças, a presença da mulher sempre se fez constante.
Na Antiguidade, a vemos ligada aos cultos religiosos.
Na Grécia, eram as pitonisas, que traziam ao povo as mensagens do deus Apolo.
Em Roma, eram as vestais, dedicadas à deusa Vesta.
Iniciavam seu ofício entre os sete e os dez anos e assumiam um compromisso por três décadas, devendo manter aceso o fogo sagrado.
Ainda hoje, em todas as religiões, a mulher engrandece de sentimentos elevados os corações.
Atende seu lar, como esposa, mãe, educadora e se doa, na assistência ao próximo, em múltiplas actividades.
Mulheres corajosas existem em toda parte, alavancando a família, sustentando o trabalho social nos templos de variadas crenças, cuidando dos enfermos, enfrentando adversidades.
Mulheres que não medem esforços para servir.
Trabalham arduamente, no sector profissional.
Enfrentam as tarefas do lar.
E se doam, com amor e alegria, em benefício alheio, sempre que preciso for.
Mas, de todas as tarefas da mulher, sobressai a maternidade como a plenitude do coração feminino.
Enquanto mãe, guarda a mulher a chave do controle do mundo.
Afinal, ela é a mãe do sábio, do cientista, do professor, do político, de todos os grandes homens.
Também é a mãe do infeliz que sucumbe no crime, na droga, no mal.
Maternidade é missão e alegria, é prova e sofrimento.
Mas traduz o grande amor de Deus, ensejando o burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Momento Espírita, com base no cap. 50, do livro O Espírito da Verdade, de autores diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Misericórdia
“Qual, pois, destes três te parece o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Ele disse:
O que usou de misericórdia para com ele.
Disse, pois, Jesus:
Vai, e faz da mesma maneira.” (Lucas, 10:36 e 37.)
Ao concluir a narração da parábola “O BOM Samaritano”, Jesus, uma vez mais, concita-nos a usar de misericórdia para com os que padecem de qualquer tipo de aflição.
No Sermão da Montanha, já fora explícito o suficiente ao afirmar à multidão que o ouvia:
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”.
Acima, porém, de qualquer pregação, deu-nos Jesus o exemplo vivo de sua imensa misericórdia curando enfermos, afastando de suas vítimas espíritos obsessores, consolando aflitos.
Assim foi ao descer do monte, após o “Sermão”, curando um leproso que o adorava a dizer:
“Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendo a mão, tocou-o dizendo:
Quero; Sê limpo. E logo ficou purificado da lepra”.
Em Cafarnaum, atendeu ao apelo de um centurião romano e curou a distância seu empregado que jazia em casa paralítico e atormentado.
Restituiu a saúde da sogra de Pedro que logo deixou o leito e tornou aos seus afazeres domésticos.
Chegada a tarde, trouxeram-lhe vários endemoniados e Ele expulsou os espíritos trevosos restaurando o equilíbrio mental daqueles infelizes enfermos.
Ainda em Cafarnaum, curou um paralítico e ordenou:
“Levanta-te, toma a tua cama e vai para casa”.
Quando dali partiu, dois cegos seguiram-no clamando:
“Tem compaixão de nós, filho de Davi”.
Tocados nos olhos pelas abençoadas mão de Jesus, os cegos passaram a ver.
Muitos são os exemplos da infinita bondade do Senhor, de Sua compaixão pelos desvalidos.
Seguindo as pegadas do Mestre, a Doutrina dos Espíritos adoptou o lema “Fora da caridade não há salvação”, o que vem despertar em cada coração o sentimento de amor ao próximo, estimular a vontade de servir, fazer-nos misericordiosos ante os infortúnios alheios.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ele disse:
O que usou de misericórdia para com ele.
Disse, pois, Jesus:
Vai, e faz da mesma maneira.” (Lucas, 10:36 e 37.)
Ao concluir a narração da parábola “O BOM Samaritano”, Jesus, uma vez mais, concita-nos a usar de misericórdia para com os que padecem de qualquer tipo de aflição.
No Sermão da Montanha, já fora explícito o suficiente ao afirmar à multidão que o ouvia:
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”.
Acima, porém, de qualquer pregação, deu-nos Jesus o exemplo vivo de sua imensa misericórdia curando enfermos, afastando de suas vítimas espíritos obsessores, consolando aflitos.
Assim foi ao descer do monte, após o “Sermão”, curando um leproso que o adorava a dizer:
“Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendo a mão, tocou-o dizendo:
Quero; Sê limpo. E logo ficou purificado da lepra”.
Em Cafarnaum, atendeu ao apelo de um centurião romano e curou a distância seu empregado que jazia em casa paralítico e atormentado.
Restituiu a saúde da sogra de Pedro que logo deixou o leito e tornou aos seus afazeres domésticos.
Chegada a tarde, trouxeram-lhe vários endemoniados e Ele expulsou os espíritos trevosos restaurando o equilíbrio mental daqueles infelizes enfermos.
Ainda em Cafarnaum, curou um paralítico e ordenou:
“Levanta-te, toma a tua cama e vai para casa”.
Quando dali partiu, dois cegos seguiram-no clamando:
“Tem compaixão de nós, filho de Davi”.
Tocados nos olhos pelas abençoadas mão de Jesus, os cegos passaram a ver.
Muitos são os exemplos da infinita bondade do Senhor, de Sua compaixão pelos desvalidos.
Seguindo as pegadas do Mestre, a Doutrina dos Espíritos adoptou o lema “Fora da caridade não há salvação”, o que vem despertar em cada coração o sentimento de amor ao próximo, estimular a vontade de servir, fazer-nos misericordiosos ante os infortúnios alheios.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A poesia da vida
O poeta adquiriu um pedaço de terra em plena serra. Um lugar para sonhar.
Para fazer poesia, escrever, inebriar a alma.
Não pretendeu mexer em nada.
Deus, afinal, fizera tudo tão bonito:
o regato de água cristalina descendo do alto da serra, por entre pedras, formando cachoeiras e remansos gelados.
Samambaias, avencas, brincos de princesa em profusão.
Campos verdes, bordados de flores minúsculas.
Também enormes araucárias, com sua casca rugosa, onde cresciam bromélias.
Um pedaço do céu cheio de beleza e vida.
Mas, nesse belo lugar, havia um morro de terra ruim.
Tão ruim que até o capim protestava e não crescia.
O poeta olhou para aquela terra, aparentemente imprestável, e resolveu dar uma mãozinha para a natureza.
Pensou que poderia plantar araucárias.
Uma mata cheia de pinheiros, com suas copas altivas, braços erguidos ao céu, como a pedir bênçãos.
Consultou as pessoas do lugar.
Ninguém aprovou sua ideia.
Imagine. Plantar araucárias.
Elas levam muito tempo para crescer.
Como o poeta não era tão jovem, disseram-lhe que, com certeza, ele nem chegaria a ver os pinheiros crescidos.
Além do mais, não se pode cortar araucária.
Ela é protegida por lei.
Cortar uma árvore dessas é crime.
E para que plantar árvores se não puderem ser cortadas?
Afinal, somente cortadas é que elas valem dinheiro, podem ser vendidas.
Aconselharam ao poeta plantar eucaliptos.
Eles crescem rápido.
Dão lucro, a partir do terceiro ano.
O poeta voltou para sua casa.
Ninguém o tinha entendido.
Descobriu que ele e os seus vizinhos eram de mundos diferentes.
Ele era um ser da floresta, sem pressa, como as sementes colocadas no solo.
Os seus vizinhos pensavam em coisas rápidas, em dinheiro no banco, em lucros.
Ele desejava desfrutar o espectáculo colorido e perfumado da floresta exuberante.
Ver, cheirar. É tudo que queria.
Eles só tinham em mente o comércio, os negócios.
Por isso um eucalipto que pode ser cortado em três anos é muito mais importante do que uma araucária que não pode ser cortada nem em cinquenta anos.
E o poeta ficou a reflectir que os homens que só pensam no lucro, perderam o sentido e a beleza da vida.
Recordou dos que olham para uma imensa floresta de sequoias e acham um terrível desperdício aquela propriedade habitada somente por árvores.
No seu conceito de lucro, muito melhor seria queimar a floresta toda e transformá-la em condomínio luxuoso.
Por tudo isso, o poeta resolveu mesmo plantar araucárias.
Se ele chegará a vê-las crescidas ou não, não importa.
Importa que ele semeou esperança e vida que poderão alegrar outros olhos e corações, no futuro.
Onde estiver o seu tesouro, ensinou Jesus, aí estará seu coração.
Nosso coração está na vida, na beleza ou no lucro?
Desejamos uma terra pródiga de maravilhas onde nossos filhos possam viver e se encantar, respirar ar puro ou simplesmente um lugar para usufruir todo o possível, rápida e velozmente?
Dependendo da nossa resposta, decidiremos se plantaremos araucárias ou eucaliptos na terra e em nosso coração.
Momento Espírita, com base no cap. 4, pt. 3, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. Verus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Para fazer poesia, escrever, inebriar a alma.
Não pretendeu mexer em nada.
Deus, afinal, fizera tudo tão bonito:
o regato de água cristalina descendo do alto da serra, por entre pedras, formando cachoeiras e remansos gelados.
Samambaias, avencas, brincos de princesa em profusão.
Campos verdes, bordados de flores minúsculas.
Também enormes araucárias, com sua casca rugosa, onde cresciam bromélias.
Um pedaço do céu cheio de beleza e vida.
Mas, nesse belo lugar, havia um morro de terra ruim.
Tão ruim que até o capim protestava e não crescia.
O poeta olhou para aquela terra, aparentemente imprestável, e resolveu dar uma mãozinha para a natureza.
Pensou que poderia plantar araucárias.
Uma mata cheia de pinheiros, com suas copas altivas, braços erguidos ao céu, como a pedir bênçãos.
Consultou as pessoas do lugar.
Ninguém aprovou sua ideia.
Imagine. Plantar araucárias.
Elas levam muito tempo para crescer.
Como o poeta não era tão jovem, disseram-lhe que, com certeza, ele nem chegaria a ver os pinheiros crescidos.
Além do mais, não se pode cortar araucária.
Ela é protegida por lei.
Cortar uma árvore dessas é crime.
E para que plantar árvores se não puderem ser cortadas?
Afinal, somente cortadas é que elas valem dinheiro, podem ser vendidas.
Aconselharam ao poeta plantar eucaliptos.
Eles crescem rápido.
Dão lucro, a partir do terceiro ano.
O poeta voltou para sua casa.
Ninguém o tinha entendido.
Descobriu que ele e os seus vizinhos eram de mundos diferentes.
Ele era um ser da floresta, sem pressa, como as sementes colocadas no solo.
Os seus vizinhos pensavam em coisas rápidas, em dinheiro no banco, em lucros.
Ele desejava desfrutar o espectáculo colorido e perfumado da floresta exuberante.
Ver, cheirar. É tudo que queria.
Eles só tinham em mente o comércio, os negócios.
Por isso um eucalipto que pode ser cortado em três anos é muito mais importante do que uma araucária que não pode ser cortada nem em cinquenta anos.
E o poeta ficou a reflectir que os homens que só pensam no lucro, perderam o sentido e a beleza da vida.
Recordou dos que olham para uma imensa floresta de sequoias e acham um terrível desperdício aquela propriedade habitada somente por árvores.
No seu conceito de lucro, muito melhor seria queimar a floresta toda e transformá-la em condomínio luxuoso.
Por tudo isso, o poeta resolveu mesmo plantar araucárias.
Se ele chegará a vê-las crescidas ou não, não importa.
Importa que ele semeou esperança e vida que poderão alegrar outros olhos e corações, no futuro.
Onde estiver o seu tesouro, ensinou Jesus, aí estará seu coração.
Nosso coração está na vida, na beleza ou no lucro?
Desejamos uma terra pródiga de maravilhas onde nossos filhos possam viver e se encantar, respirar ar puro ou simplesmente um lugar para usufruir todo o possível, rápida e velozmente?
Dependendo da nossa resposta, decidiremos se plantaremos araucárias ou eucaliptos na terra e em nosso coração.
Momento Espírita, com base no cap. 4, pt. 3, do livro Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves, ed. Verus.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A força do amor
Eram noivos e se preparavam para o casamento, quando o pai da noiva descobriu que o rapaz era dado ao jogo.
Decidiu se opor à realização do matrimónio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo jamais seria um bom marido.
Contudo, a jovem obstinada decidiu se casar, assim mesmo.
E o conseguiu, fazendo valer a sua vontade, vencendo a resistência do pai.
Nos primeiros dias de vida conjugal, o rapaz se portou como um marido ideal.
Entretanto, com o passar dos dias, sentia crescer em si cada vez mais o desejo de voltar à mesa de jogo.
Certa noite, incapaz de resistir, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.
Em casa, a jovem tomou de um bordado e ficou aguardando.
Embora ocupada com o trabalho manual, tinha os olhos presos ao relógio.
As horas pareciam se suceder cada vez mais lentas.
Alta madrugada o marido chegou.
Nem disfarçou a sua irritação, por surpreender a companheira ainda em vigília.
Logo imaginou que ela o esperava para censurar a sua conduta.
Quando ele a interrogou sobre o que fazia àquela hora acordada, ela, com ternura, disse que estava tão envolvida com seu bordado, que nem se dera conta da hora avançada.
No dia seguinte, quando ele retornou ainda mais tarde da casa de jogo, a encontrou outra vez a esperá-lo.
Outra vez acordada? - Perguntou ele quase colérico.
Não quis que fosse se deitar, sem que antes fizesse um lanche.
Preparei torradas, chá quentinho.
Espero que você goste.
E, sem perguntar-lhe onde estivera e o que fizera até aquela hora, ela o beijou carinhosamente e se recolheu ao leito.
Na terceira noite, ela o esperou com um bolo delicioso.
Antes mesmo que o marido dissesse qualquer coisa, ela se prendeu ao pescoço dele, abraçou-o e pediu que provasse da nova delícia.
Assim, todas as madrugadas, a ocorrência se repetiu.
O marido começou a se preocupar.
Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa, que o esperava, pacientemente, como um anjo da paz.
Começou a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo de indiferença e quase repulsa por tudo quanto o rodeava.
O que ele tinha em casa era uma mulher que o esperava, toda madrugada, para o abraçar, dar carinho.
Aos poucos, foi se tornando mais forte aquele incómodo.
Finalmente, um dia, de olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, o rapaz se levantou da mesa de jogo e retirou-se, para nunca mais voltar.
Nos dias actuais, é bem comum os casais optarem por se separar, até por motivos quase ingénuos.
Poucas criaturas, em nome do amor, decidem lutar para harmonizar as diferenças, superar os problemas, a fim de que a relação matrimonial se solidifique.
Contudo, quando o amor se expressa, todo o panorama se modifica.
É difícil a alma que resista às expressões do amor porque ele é portador da mensagem do bem-estar, da alegria.
Sempre salutar, portanto, investir no amor, expressando-o através de gestos, atenções pequenas, gentilezas.
O amor é o sentimento por excelência e tem a capacidade de transformar situações e pessoas.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A força do amor, do livro O primado do Espírito, de Rubens C. Romanelli, ed. Síntese.
§.§.§- Ave sem Ninho
Decidiu se opor à realização do matrimónio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo jamais seria um bom marido.
Contudo, a jovem obstinada decidiu se casar, assim mesmo.
E o conseguiu, fazendo valer a sua vontade, vencendo a resistência do pai.
Nos primeiros dias de vida conjugal, o rapaz se portou como um marido ideal.
Entretanto, com o passar dos dias, sentia crescer em si cada vez mais o desejo de voltar à mesa de jogo.
Certa noite, incapaz de resistir, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.
Em casa, a jovem tomou de um bordado e ficou aguardando.
Embora ocupada com o trabalho manual, tinha os olhos presos ao relógio.
As horas pareciam se suceder cada vez mais lentas.
Alta madrugada o marido chegou.
Nem disfarçou a sua irritação, por surpreender a companheira ainda em vigília.
Logo imaginou que ela o esperava para censurar a sua conduta.
Quando ele a interrogou sobre o que fazia àquela hora acordada, ela, com ternura, disse que estava tão envolvida com seu bordado, que nem se dera conta da hora avançada.
No dia seguinte, quando ele retornou ainda mais tarde da casa de jogo, a encontrou outra vez a esperá-lo.
Outra vez acordada? - Perguntou ele quase colérico.
Não quis que fosse se deitar, sem que antes fizesse um lanche.
Preparei torradas, chá quentinho.
Espero que você goste.
E, sem perguntar-lhe onde estivera e o que fizera até aquela hora, ela o beijou carinhosamente e se recolheu ao leito.
Na terceira noite, ela o esperou com um bolo delicioso.
Antes mesmo que o marido dissesse qualquer coisa, ela se prendeu ao pescoço dele, abraçou-o e pediu que provasse da nova delícia.
Assim, todas as madrugadas, a ocorrência se repetiu.
O marido começou a se preocupar.
Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa, que o esperava, pacientemente, como um anjo da paz.
Começou a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo de indiferença e quase repulsa por tudo quanto o rodeava.
O que ele tinha em casa era uma mulher que o esperava, toda madrugada, para o abraçar, dar carinho.
Aos poucos, foi se tornando mais forte aquele incómodo.
Finalmente, um dia, de olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, o rapaz se levantou da mesa de jogo e retirou-se, para nunca mais voltar.
Nos dias actuais, é bem comum os casais optarem por se separar, até por motivos quase ingénuos.
Poucas criaturas, em nome do amor, decidem lutar para harmonizar as diferenças, superar os problemas, a fim de que a relação matrimonial se solidifique.
Contudo, quando o amor se expressa, todo o panorama se modifica.
É difícil a alma que resista às expressões do amor porque ele é portador da mensagem do bem-estar, da alegria.
Sempre salutar, portanto, investir no amor, expressando-o através de gestos, atenções pequenas, gentilezas.
O amor é o sentimento por excelência e tem a capacidade de transformar situações e pessoas.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no cap. A força do amor, do livro O primado do Espírito, de Rubens C. Romanelli, ed. Síntese.
§.§.§- Ave sem Ninho
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» Colecção Momentos - Momentos de Iluminação-Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco
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