Momentos Espíritas III
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Dom Celeste
Deus fez o homem para viver em sociedade e, dentre todas as outras faculdades necessárias para a vida de relação, lhe deu uma faculdade especial, a palavra.
Somente o homem a possui, neste extraordinário planeta.
Porque será que a utilizamos tão mal, semeando desventuras, quando poderíamos somente criar alegrias e felicidade?
Porque, tantas vezes, nos servimos dela para a calúnia, a mentira, espalhando as sementes da desconfiança e da maldade?
A palavra é a mais sublime expressão da natureza.
Ela revela o poder do Criador e reflecte toda a grandeza de Sua obra divina.
Rápida como a electricidade, brilhante como a luz, colorida como o prisma solar, é mensageira da ideia.
Ela agita as suas asas douradas, murmura ao nosso ouvido docemente, brinca ligeira e travessa na imaginação, embala-nos em sonhos agradáveis ou nas suaves recordações do passado.
O sentimento faz dela a chave dourada que abre o coração às suaves emoções do prazer, como o raio do sol, que desata o botão de uma rosa cheia de frescor e de perfume.
Muitas vezes, é a nota solta de um hino, que ressoa docemente, que vibra no ar e vai perder-se além, no espaço, ou vem afagar-nos brandamente o ouvido como o eco de uma música em distância.
Simples e delicada flor do sentimento, nota palpitante do coração, ela pode se elevar até o topo da grandeza humana e impor leis ao mundo do alto desse trono, que tem por degrau o coração e por cúpula a inteligência.
Todo o homem, orador, escritor ou poeta, todo homem que usa da palavra, não como um meio de comunicação às suas ideias, mas como um instrumento de trabalho; todo aquele que fala ou escreve, não por uma necessidade da vida, mas para cumprir uma alta missão social; todo aquele que faz da linguagem uma bela e nobre profissão, deve conhecer a fundo a força e os recursos desse elemento.
A palavra tem uma arte e uma ciência.
Como ciência exprime o pensamento com toda a sua fidelidade e singeleza.
Como arte, reveste a ideia de todos os relevos, de todas as graças e de todas as formas necessárias para arrebatar o Espírito.
O mestre, o magistrado, o historiador, no exercício da honrosa profissão da inteligência, da justiça, da religião e da humanidade devem fazer da palavra uma ciência.
O poeta e o orador devem ser artistas e estudar no vocabulário humano todos os seus segredos mais íntimos, como o músico que estuda as mais ligeiras vibrações das cordas de seu instrumento; como o pintor que estuda todos os efeitos da luz nos claros e escuros.
Que fazemos desse talento com que nos agraciou o Criador?
Somos os que o utilizamos para exaltar a beleza, promover a paz, semear o bem?
Como nos servimos dessa arma poderosa?
Atraímos as pessoas para a beleza, o bom e o belo ou as seduzimos para o que seja de nosso exclusivo agrado e serventia?
Como todos os talentos de que somos dotados, teremos que dar contas à Divindade de como nos servimos dessa alavanca gigantesca, que pode emocionar pela poesia, ilustrar pelo ensino, levantar comunidades, quebrar os grilhões da ignorância.
Pensemos nisso e nos sirvamos da palavra para tudo que seja grande, inspirador, promotor de maravilhas neste imenso mundo de Deus, no qual nos movemos, vivemos e desejamos ser felizes.
Momento Espírita, com base no texto A palavra, de José de Alencar e com citação do item 766, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Somente o homem a possui, neste extraordinário planeta.
Porque será que a utilizamos tão mal, semeando desventuras, quando poderíamos somente criar alegrias e felicidade?
Porque, tantas vezes, nos servimos dela para a calúnia, a mentira, espalhando as sementes da desconfiança e da maldade?
A palavra é a mais sublime expressão da natureza.
Ela revela o poder do Criador e reflecte toda a grandeza de Sua obra divina.
Rápida como a electricidade, brilhante como a luz, colorida como o prisma solar, é mensageira da ideia.
Ela agita as suas asas douradas, murmura ao nosso ouvido docemente, brinca ligeira e travessa na imaginação, embala-nos em sonhos agradáveis ou nas suaves recordações do passado.
O sentimento faz dela a chave dourada que abre o coração às suaves emoções do prazer, como o raio do sol, que desata o botão de uma rosa cheia de frescor e de perfume.
Muitas vezes, é a nota solta de um hino, que ressoa docemente, que vibra no ar e vai perder-se além, no espaço, ou vem afagar-nos brandamente o ouvido como o eco de uma música em distância.
Simples e delicada flor do sentimento, nota palpitante do coração, ela pode se elevar até o topo da grandeza humana e impor leis ao mundo do alto desse trono, que tem por degrau o coração e por cúpula a inteligência.
Todo o homem, orador, escritor ou poeta, todo homem que usa da palavra, não como um meio de comunicação às suas ideias, mas como um instrumento de trabalho; todo aquele que fala ou escreve, não por uma necessidade da vida, mas para cumprir uma alta missão social; todo aquele que faz da linguagem uma bela e nobre profissão, deve conhecer a fundo a força e os recursos desse elemento.
A palavra tem uma arte e uma ciência.
Como ciência exprime o pensamento com toda a sua fidelidade e singeleza.
Como arte, reveste a ideia de todos os relevos, de todas as graças e de todas as formas necessárias para arrebatar o Espírito.
O mestre, o magistrado, o historiador, no exercício da honrosa profissão da inteligência, da justiça, da religião e da humanidade devem fazer da palavra uma ciência.
O poeta e o orador devem ser artistas e estudar no vocabulário humano todos os seus segredos mais íntimos, como o músico que estuda as mais ligeiras vibrações das cordas de seu instrumento; como o pintor que estuda todos os efeitos da luz nos claros e escuros.
Que fazemos desse talento com que nos agraciou o Criador?
Somos os que o utilizamos para exaltar a beleza, promover a paz, semear o bem?
Como nos servimos dessa arma poderosa?
Atraímos as pessoas para a beleza, o bom e o belo ou as seduzimos para o que seja de nosso exclusivo agrado e serventia?
Como todos os talentos de que somos dotados, teremos que dar contas à Divindade de como nos servimos dessa alavanca gigantesca, que pode emocionar pela poesia, ilustrar pelo ensino, levantar comunidades, quebrar os grilhões da ignorância.
Pensemos nisso e nos sirvamos da palavra para tudo que seja grande, inspirador, promotor de maravilhas neste imenso mundo de Deus, no qual nos movemos, vivemos e desejamos ser felizes.
Momento Espírita, com base no texto A palavra, de José de Alencar e com citação do item 766, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Na hora mais amarga
Ela é assim. Chega quando se está no auge da alegria, quando os planos são muitos e se espera o jamais alcançado.
Chega e derruba sonhos, destrói prazeres idealizados, consome de dor os que permanecem.
Conta a actriz Helen Hayes a sua inconformação com a morte de sua filha, de apenas dezanove anos de idade, levada por um ataque de poliomielite.
Porquê? – Gritava seu coração.
Minha filha era jovem e inocente, por que razão ser levada desta forma, às vésperas de sua estreia na carreira teatral, em nova Iorque?
Ela própria, envolta em luto, abandonou a carreira artística.
Como poderia criar beleza nos palcos, se estava morta por dentro?
Passou a recusar compromissos sociais e profissionais, limitando-se a receber as pessoas mais íntimas da família.
Tentou encontrar Deus, na literatura.
Leu São Tomás de Aquino, a vida e a obra de Gandhi, a Bíblia.
Tudo, porém, sem êxito algum.
Sua filha estava morta e ela só conseguia ver sombras espessas no mundo, na sua vida.
Mas, Deus tem formas estranhas de informar da Sua existência e socorrer Seus filhos.
Então, um tal Isaac Frantz começou a telefonar, diariamente, para sua casa, tentando lhe falar.
Helen jamais o atendeu.
Finalmente, como ele não desistisse, ela concordou em recebê-lo em sua casa.
Ele chegou, com a esposa.
E foi no início do diálogo que a actriz entendeu o motivo da visita do casal.
A ideia fora do senhor Isaac, inclusive, sem o conhecimento da esposa, que ficara apavorada ao saber do compromisso.
Contudo, comparecera, considerando que o marido tivera tanta dificuldade para marcar aquele encontro.
O que surpreendeu Helen foi a espontaneidade com que a visitante começou a falar do filho, desencarnado, há pouco tempo, vítima de paralisia infantil.
Subitamente, percebeu que ela mesma estava mencionando o nome de sua filha, o que não havia feito desde a sua morte.
E isso, emocionalmente, aliviara o seu coração.
Entretanto, o que a escandalizou foi ouvir a visitante lhe dizer que tinha intenção de adoptar um órfão de Israel.
A senhora Frantz, delicadamente, lhe disse:
A senhora está pensando que esse órfão irá tomar o lugar do meu filho?
Isso jamais poderá acontecer.
No entanto, ainda há amor no meu coração e não desejo que esse sentimento se perca por falta de uso.
Não posso morrer, emocionalmente, porque meu filho morreu biologicamente.
Não devo amar menos por ter desaparecido fisicamente o afecto do coração.
Devo amar ainda mais, porque o meu coração conhece o sofrimento dos que perderam o seu ente querido.
Quando o casal se despediu, concluída a visita, Helen compreendeu porque não encontrara Deus anteriormente.
É que ele, o Deus-amor, não está nas páginas de um livro.
Ele reside no coração humano.
Também reconheceu que Deus a ninguém privilegia.
Pessoas famosas ou quase anónimas, todas são iguais, perante o Seu amor e a Sua justiça.
Na hora mais amarga, serão a resignação dinâmica e a busca de Deus que poderão aplacar a dor e estabelecer novas directrizes para a continuidade da vida.
Afinal, a aurora se faz extraordinária, explodindo em cores, a cada dia.
E nos convida a amar, a não permitir que esse sentimento seque em nossa intimidade.
Porque Deus é amor, por amor nos criou e nos sustenta.
Momento Espírita, com base no artigo Desencarnação de um ente querido, de José Couto Ferraz, da Revista Presença Espírita nº 317, de novembro/dezembro 2016, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Chega e derruba sonhos, destrói prazeres idealizados, consome de dor os que permanecem.
Conta a actriz Helen Hayes a sua inconformação com a morte de sua filha, de apenas dezanove anos de idade, levada por um ataque de poliomielite.
Porquê? – Gritava seu coração.
Minha filha era jovem e inocente, por que razão ser levada desta forma, às vésperas de sua estreia na carreira teatral, em nova Iorque?
Ela própria, envolta em luto, abandonou a carreira artística.
Como poderia criar beleza nos palcos, se estava morta por dentro?
Passou a recusar compromissos sociais e profissionais, limitando-se a receber as pessoas mais íntimas da família.
Tentou encontrar Deus, na literatura.
Leu São Tomás de Aquino, a vida e a obra de Gandhi, a Bíblia.
Tudo, porém, sem êxito algum.
Sua filha estava morta e ela só conseguia ver sombras espessas no mundo, na sua vida.
Mas, Deus tem formas estranhas de informar da Sua existência e socorrer Seus filhos.
Então, um tal Isaac Frantz começou a telefonar, diariamente, para sua casa, tentando lhe falar.
Helen jamais o atendeu.
Finalmente, como ele não desistisse, ela concordou em recebê-lo em sua casa.
Ele chegou, com a esposa.
E foi no início do diálogo que a actriz entendeu o motivo da visita do casal.
A ideia fora do senhor Isaac, inclusive, sem o conhecimento da esposa, que ficara apavorada ao saber do compromisso.
Contudo, comparecera, considerando que o marido tivera tanta dificuldade para marcar aquele encontro.
O que surpreendeu Helen foi a espontaneidade com que a visitante começou a falar do filho, desencarnado, há pouco tempo, vítima de paralisia infantil.
Subitamente, percebeu que ela mesma estava mencionando o nome de sua filha, o que não havia feito desde a sua morte.
E isso, emocionalmente, aliviara o seu coração.
Entretanto, o que a escandalizou foi ouvir a visitante lhe dizer que tinha intenção de adoptar um órfão de Israel.
A senhora Frantz, delicadamente, lhe disse:
A senhora está pensando que esse órfão irá tomar o lugar do meu filho?
Isso jamais poderá acontecer.
No entanto, ainda há amor no meu coração e não desejo que esse sentimento se perca por falta de uso.
Não posso morrer, emocionalmente, porque meu filho morreu biologicamente.
Não devo amar menos por ter desaparecido fisicamente o afecto do coração.
Devo amar ainda mais, porque o meu coração conhece o sofrimento dos que perderam o seu ente querido.
Quando o casal se despediu, concluída a visita, Helen compreendeu porque não encontrara Deus anteriormente.
É que ele, o Deus-amor, não está nas páginas de um livro.
Ele reside no coração humano.
Também reconheceu que Deus a ninguém privilegia.
Pessoas famosas ou quase anónimas, todas são iguais, perante o Seu amor e a Sua justiça.
Na hora mais amarga, serão a resignação dinâmica e a busca de Deus que poderão aplacar a dor e estabelecer novas directrizes para a continuidade da vida.
Afinal, a aurora se faz extraordinária, explodindo em cores, a cada dia.
E nos convida a amar, a não permitir que esse sentimento seque em nossa intimidade.
Porque Deus é amor, por amor nos criou e nos sustenta.
Momento Espírita, com base no artigo Desencarnação de um ente querido, de José Couto Ferraz, da Revista Presença Espírita nº 317, de novembro/dezembro 2016, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Localização : Porto - Portugal
No silêncio, ouve-se mais
A vida agitada, a correria diária, as atribulações constantes costumam nos deixar tensos.
Poucos nos permitimos momentos de descontracção, de relaxamento e, até mesmo, de silêncio.
Buscamos muito barulho externo para abafar o barulho interno, que trazemos em nós.
Deixamo-nos embalar por tanta parafernália, que perdemos a noção do valor do silêncio...
Conta-se que um fazendeiro descobriu que tinha perdido um relógio muito valioso no celeiro.
Era também, de grande valor sentimental, pois, ainda jovem, lhe havia sido presenteado por sua mãe.
Resultando infrutífera a sua busca, ele procurou a ajuda de um grupo de crianças.
Prometeu uma recompensa para quem encontrasse o seu relógio.
As crianças se entregaram à tarefa, alvoroçadas, na ansiedade de receberem o prometido.
Contudo, depois de algum tempo, ainda não haviam logrado êxito.
Quando o fazendeiro estava prestes a desistir, um menino lhe pediu a chance para mais uma tentativa.
Autorizado, entrou sozinho no celeiro.
Passado algum tempo, ele saiu, triunfante, com o relógio nas mãos.
Todos ficaram admirados.
O fazendeiro lhe perguntou o que ele fizera para conseguir.
O garoto explicou que se sentara no chão, fechara os olhos e escutara.
No silêncio, ouviu o tique-taque do relógio e descobriu onde ele estava.
Tantas são as perdas que vivenciamos em nossas vidas, e que poderiam ser facilmente solucionadas.
Muitas vezes, nos permitimos que o desespero nos abrace.
Em outras ocasiões, temos desentendimentos sérios, por simples pontos de vista antagónicos.
Atritos surgem, pelo facto de perdermos determinados objectos.
Uma palavra desagradável estraga o nosso dia.
Tristezas invadem nosso coração, por mal-entendidos surgidos por coisa nenhuma.
Um olhar duro, com ares de reprovação, nos acompanha durante muito tempo, magoando-nos.
Amizades se desfazem, por insignificantes tolices.
Namoros terminam, por conversas mal intencionadas de terceiros.
Casais entram em batalhas domésticas ou judiciais, por desconfianças sem comprovação.
Famílias se distanciam por interesses particulares.
Vidas declinam, por mágoas e ódios contidos.
Nisso tudo que nos envolve, não nos detemos para analisar detalhes importantes, por mantermos a mente focada e fervilhante, no barulho perturbador.
Não silenciamos para pensar com calma na situação que vivenciamos, e encontrar soluções.
Não conseguimos perceber que uma mente em paz pode pensar melhor do que uma mente confusa.
Que alguns minutos de silêncio poderão nos acalmar e nos permitirão ouvir o som da compreensão.
Silenciar a boca e a mente nos distanciará de coisas mesquinhas e nos permitirá perceber uma voz interna, a nos conduzir na direcção certa, ajudando-nos na definição das melhores soluções.
Levar-nos-á a enxergar novos e mais leves panoramas.
Alguns a definem como sendo a voz de Deus.
Outros dizem ser a voz da consciência pacificada, que retrata nossa realidade.
De toda forma, somente o silêncio nos permitirá ouvi-la.
Aprendamos a fazer silêncio, vez ou outra.
Momento Espírita, com base em página de autor desconhecido.
§.§.§- Ave sem Ninho
Poucos nos permitimos momentos de descontracção, de relaxamento e, até mesmo, de silêncio.
Buscamos muito barulho externo para abafar o barulho interno, que trazemos em nós.
Deixamo-nos embalar por tanta parafernália, que perdemos a noção do valor do silêncio...
Conta-se que um fazendeiro descobriu que tinha perdido um relógio muito valioso no celeiro.
Era também, de grande valor sentimental, pois, ainda jovem, lhe havia sido presenteado por sua mãe.
Resultando infrutífera a sua busca, ele procurou a ajuda de um grupo de crianças.
Prometeu uma recompensa para quem encontrasse o seu relógio.
As crianças se entregaram à tarefa, alvoroçadas, na ansiedade de receberem o prometido.
Contudo, depois de algum tempo, ainda não haviam logrado êxito.
Quando o fazendeiro estava prestes a desistir, um menino lhe pediu a chance para mais uma tentativa.
Autorizado, entrou sozinho no celeiro.
Passado algum tempo, ele saiu, triunfante, com o relógio nas mãos.
Todos ficaram admirados.
O fazendeiro lhe perguntou o que ele fizera para conseguir.
O garoto explicou que se sentara no chão, fechara os olhos e escutara.
No silêncio, ouviu o tique-taque do relógio e descobriu onde ele estava.
Tantas são as perdas que vivenciamos em nossas vidas, e que poderiam ser facilmente solucionadas.
Muitas vezes, nos permitimos que o desespero nos abrace.
Em outras ocasiões, temos desentendimentos sérios, por simples pontos de vista antagónicos.
Atritos surgem, pelo facto de perdermos determinados objectos.
Uma palavra desagradável estraga o nosso dia.
Tristezas invadem nosso coração, por mal-entendidos surgidos por coisa nenhuma.
Um olhar duro, com ares de reprovação, nos acompanha durante muito tempo, magoando-nos.
Amizades se desfazem, por insignificantes tolices.
Namoros terminam, por conversas mal intencionadas de terceiros.
Casais entram em batalhas domésticas ou judiciais, por desconfianças sem comprovação.
Famílias se distanciam por interesses particulares.
Vidas declinam, por mágoas e ódios contidos.
Nisso tudo que nos envolve, não nos detemos para analisar detalhes importantes, por mantermos a mente focada e fervilhante, no barulho perturbador.
Não silenciamos para pensar com calma na situação que vivenciamos, e encontrar soluções.
Não conseguimos perceber que uma mente em paz pode pensar melhor do que uma mente confusa.
Que alguns minutos de silêncio poderão nos acalmar e nos permitirão ouvir o som da compreensão.
Silenciar a boca e a mente nos distanciará de coisas mesquinhas e nos permitirá perceber uma voz interna, a nos conduzir na direcção certa, ajudando-nos na definição das melhores soluções.
Levar-nos-á a enxergar novos e mais leves panoramas.
Alguns a definem como sendo a voz de Deus.
Outros dizem ser a voz da consciência pacificada, que retrata nossa realidade.
De toda forma, somente o silêncio nos permitirá ouvi-la.
Aprendamos a fazer silêncio, vez ou outra.
Momento Espírita, com base em página de autor desconhecido.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Dias Difíceis
Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso quotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil.
Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade.
Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de auto-piedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas acções e reacções à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmónico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso.
Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milénios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania.
Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de facto, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução.
A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na acção e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes
Raul Teixeira - Camilo
§.§.§- Ave sem Ninho
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso quotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil.
Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade.
Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de auto-piedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas acções e reacções à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmónico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso.
Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milénios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania.
Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de facto, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução.
A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na acção e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes
Raul Teixeira - Camilo
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Os amigos do homem
Deus nada faz sem um propósito.
Isso nos leva a indagar, contemplando a natureza, para que servem tantas formas de vida, tantas espécies estranhas e variadas.
De forma extraordinária, quanto mais mergulhamos a inteligência na pesquisa, mais maravilhados nos tornamos, ante a sabedoria de cada detalhe.
Quando olhamos para os animais e os vemos, de forma tão particular, servindo às nossas necessidades e aos nossos caprichos, o sentimento é de gratidão.
Admiramo-nos do mel produzido pelas abelhas, de tão diversificados sabores, segundo a fonte de que se utilizam.
Encantamo-nos com a resistência do fio tecido pela aranha; da engenhosidade da casa do João-de-barro; da estética dos ninhos das aves.
Quanta riqueza no reino animal! E quanto deles recebemos.
Dentre os animais domésticos, destacamos aquele que é considerado o melhor amigo do homem, o cão.
Sua fidelidade é incontestável.
Muitas histórias já ouvimos daqueles que, morto o dono, seguem-lhe o corpo até o túmulo e ali se deixam ficar.
Ou daqueles que acabam sendo admitidos a visitas no hospital porque não abandonam a porta do local, onde se encontra o dono internado.
No lar, temos os que se transformam em verdadeiros guardiães das nossas vidas e dos nossos bens.
Alguns assumem o papel de babás das crianças, permitindo-se serem puxados de um lado a outro por elas, se submetendo às suas vontades, com uma paciência infinita.
E, quando o objecto da sua guarda adormece, eles se postam ao lado, velando pelo seu sono.
São esses animais que nos surpreendem, vez ou outra, dizendo-nos que, além do instinto, sentimentos existem em gérmen, em sua intimidade.
Conta uma senhora que seu avô tinha um Collie chamado Ferrabraz, que costumava trazer da padaria para casa, todas as tardes, uma cesta cheia de pães.
Durante anos Ferrabraz executou a tarefa e nunca perdeu um pão.
De repente, ele começou a chegar, diariamente, com um pão a menos.
Intrigado com aquele comportamento, o avô decidiu segui-lo.
E viu o cão sair da padaria com a cesta cheia.
Logo adiante, desviou-se do caminho e, cuidadosamente, deixou sobre um barranco elevado, a sua carga.
Tirou dela um pão e desapareceu atrás de um muro.
Para surpresa de quem o seguia, ali estava uma cadela, com a perna quebrada, rodeada pela ninhada de sete cachorrinhos nascidos há poucos dias.
A dádiva do Collie era avidamente devorada por ela.
Deus dotou os animais do instinto, o que lhes assegura a vida e a continuidade da espécie.
Entretanto, nesse jornadear pela animalidade, também lhes permite o ensaio de sentimentos, que se revelam no zelo para com suas crias.
Na sua defesa chegam ao sacrifício da morte.
Pinceladas de amor conjugal se manifestam aqui e ali, algumas espécies revelando absoluta fidelidade.
Compaixão, dedicação, abnegação.
Ensaios da vida.
Quanto mais temos a aprender com respeito a esses nossos irmãos inferiores, os animais, credores dos nossos cuidados e da nossa gratidão.
Momento Espírita, com narração de facto extraído do artigo O melhor amigo do homem, de Selecções Reader’s Digest, de abril de 1948.
§.§.§- Ave sem Ninho
Isso nos leva a indagar, contemplando a natureza, para que servem tantas formas de vida, tantas espécies estranhas e variadas.
De forma extraordinária, quanto mais mergulhamos a inteligência na pesquisa, mais maravilhados nos tornamos, ante a sabedoria de cada detalhe.
Quando olhamos para os animais e os vemos, de forma tão particular, servindo às nossas necessidades e aos nossos caprichos, o sentimento é de gratidão.
Admiramo-nos do mel produzido pelas abelhas, de tão diversificados sabores, segundo a fonte de que se utilizam.
Encantamo-nos com a resistência do fio tecido pela aranha; da engenhosidade da casa do João-de-barro; da estética dos ninhos das aves.
Quanta riqueza no reino animal! E quanto deles recebemos.
Dentre os animais domésticos, destacamos aquele que é considerado o melhor amigo do homem, o cão.
Sua fidelidade é incontestável.
Muitas histórias já ouvimos daqueles que, morto o dono, seguem-lhe o corpo até o túmulo e ali se deixam ficar.
Ou daqueles que acabam sendo admitidos a visitas no hospital porque não abandonam a porta do local, onde se encontra o dono internado.
No lar, temos os que se transformam em verdadeiros guardiães das nossas vidas e dos nossos bens.
Alguns assumem o papel de babás das crianças, permitindo-se serem puxados de um lado a outro por elas, se submetendo às suas vontades, com uma paciência infinita.
E, quando o objecto da sua guarda adormece, eles se postam ao lado, velando pelo seu sono.
São esses animais que nos surpreendem, vez ou outra, dizendo-nos que, além do instinto, sentimentos existem em gérmen, em sua intimidade.
Conta uma senhora que seu avô tinha um Collie chamado Ferrabraz, que costumava trazer da padaria para casa, todas as tardes, uma cesta cheia de pães.
Durante anos Ferrabraz executou a tarefa e nunca perdeu um pão.
De repente, ele começou a chegar, diariamente, com um pão a menos.
Intrigado com aquele comportamento, o avô decidiu segui-lo.
E viu o cão sair da padaria com a cesta cheia.
Logo adiante, desviou-se do caminho e, cuidadosamente, deixou sobre um barranco elevado, a sua carga.
Tirou dela um pão e desapareceu atrás de um muro.
Para surpresa de quem o seguia, ali estava uma cadela, com a perna quebrada, rodeada pela ninhada de sete cachorrinhos nascidos há poucos dias.
A dádiva do Collie era avidamente devorada por ela.
Deus dotou os animais do instinto, o que lhes assegura a vida e a continuidade da espécie.
Entretanto, nesse jornadear pela animalidade, também lhes permite o ensaio de sentimentos, que se revelam no zelo para com suas crias.
Na sua defesa chegam ao sacrifício da morte.
Pinceladas de amor conjugal se manifestam aqui e ali, algumas espécies revelando absoluta fidelidade.
Compaixão, dedicação, abnegação.
Ensaios da vida.
Quanto mais temos a aprender com respeito a esses nossos irmãos inferiores, os animais, credores dos nossos cuidados e da nossa gratidão.
Momento Espírita, com narração de facto extraído do artigo O melhor amigo do homem, de Selecções Reader’s Digest, de abril de 1948.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Retorno para a vida
Ele conseguira tudo que idealizara:
casara com uma moça dotada de inteligência e beleza.
Era gerente de vendas de uma empresa importante.
Tomava parte activa na comunidade.
Seus dois filhos estavam na Universidade.
Tudo era felicidade.
Então, o filho mais velho pôs termo à existência.
Porque o fizera, era um mistério.
Fred e a esposa se propuseram a travar uma batalha contra o desânimo.
Quando ele pensou que estivessem vencendo a luta, num dia de inverno, ela realizou o mesmo acto insano do filho.
Essa segunda tragédia fez com que Fred alimentasse a ideia de que, de alguma forma, ele fora a causa real de tudo.
Passou a evitar os amigos, fechou-se em seu quarto.
Acabou sendo internado em um hospital para doentes mentais.
E ele só tinha um pedido: que o deixassem a sós.
Durante dois anos, ele ficou apático, resistindo a todas as terapias.
Não abria as cartas do filho, em serviço militar no sul do Pacífico.
Muito menos as respondia.
Quando ele veio visitá-lo e avançou de braços abertos, Fred voltou o rosto para a parede e se recusou a dizer qualquer palavra.
Quando um novo médico se aproximou dele e lhe propôs uma tarefa, Fred se sentiu muito ofendido.
Era preciso organizar os inúmeros livros, recebidos em doação.
Que fossem separados em histórias de detectives, ficção e não ficção.
Depois, colocá-los nas estantes.
Um detalhe importante:
ele não precisaria dizer nenhuma palavra.
De mau humor, Fred se levantou e foi ao porão.
Ao menos, iria trabalhar sozinho.
Sem o menor interesse, foi separando os livros em pilhas.
De repente, um nome, escrito em dourado, numa capa desgastada: Harry Emerson Fosdick.
Como um raio, sua mente evocou o passado.
Aquele era o piloto amigo do seu irmão.
Lembrou do irmão, da família, da sua vida.
Todo o passado retornou de roldão.
Levou o livro para seu quarto e o leu até a madrugada:
O poder de suportar as vicissitudes.
Por mais que a vida nos possa dar ou tirar, estava escrito, uma coisa é absolutamente indispensável:
que o homem não perca a fé em si mesmo; que conserve a honra imaculada aos próprios olhos.
Ele se deu conta de que quando abandonara a vida antes que a partida terminasse é porque havia perdido a fé.
Pensou no filho Randall:
a morte lhe levara o irmão e a mãe.
A doença lhe tirara o pai.
Mas ele continuara a lutar.
Eu te saúdo a coragem, a luta, a perseverança, meu filho. Pensou, desolado.
Até aquele instante, Fred não quisera ficar bom.
Continuava a não querer.
Entretanto, sabia que precisava querer ficar bom.
Precisava voltar para a partida que abandonara para poder restaurar o respeito próprio.
E leu novamente: A fé vital em Deus comunica ao homem um íntimo poder, uma visão espiritual:
na companhia divina ele se provê de novas forças.
Naquele dia, principiou a retornar para a vida.
Para seu filho, sua nora, um trabalho pela comunidade.
Era como desfrutar da bênção de nascer de novo, sentindo a renovação da alma.
Ele não estava só.
Estava sob a guarda de Deus e, então, poderia enfrentar o mundo, sem medo.
Pensemos nisso e jamais nos permitamos o abandono da luta.
Deus segue connosco.
Momento Espírita, com base no artigo Retorno à vida, de Fred Raymond Gilpatric, de Selecções Reader’s Digest, de abril 1948.
§.§.§- Ave sem Ninho
casara com uma moça dotada de inteligência e beleza.
Era gerente de vendas de uma empresa importante.
Tomava parte activa na comunidade.
Seus dois filhos estavam na Universidade.
Tudo era felicidade.
Então, o filho mais velho pôs termo à existência.
Porque o fizera, era um mistério.
Fred e a esposa se propuseram a travar uma batalha contra o desânimo.
Quando ele pensou que estivessem vencendo a luta, num dia de inverno, ela realizou o mesmo acto insano do filho.
Essa segunda tragédia fez com que Fred alimentasse a ideia de que, de alguma forma, ele fora a causa real de tudo.
Passou a evitar os amigos, fechou-se em seu quarto.
Acabou sendo internado em um hospital para doentes mentais.
E ele só tinha um pedido: que o deixassem a sós.
Durante dois anos, ele ficou apático, resistindo a todas as terapias.
Não abria as cartas do filho, em serviço militar no sul do Pacífico.
Muito menos as respondia.
Quando ele veio visitá-lo e avançou de braços abertos, Fred voltou o rosto para a parede e se recusou a dizer qualquer palavra.
Quando um novo médico se aproximou dele e lhe propôs uma tarefa, Fred se sentiu muito ofendido.
Era preciso organizar os inúmeros livros, recebidos em doação.
Que fossem separados em histórias de detectives, ficção e não ficção.
Depois, colocá-los nas estantes.
Um detalhe importante:
ele não precisaria dizer nenhuma palavra.
De mau humor, Fred se levantou e foi ao porão.
Ao menos, iria trabalhar sozinho.
Sem o menor interesse, foi separando os livros em pilhas.
De repente, um nome, escrito em dourado, numa capa desgastada: Harry Emerson Fosdick.
Como um raio, sua mente evocou o passado.
Aquele era o piloto amigo do seu irmão.
Lembrou do irmão, da família, da sua vida.
Todo o passado retornou de roldão.
Levou o livro para seu quarto e o leu até a madrugada:
O poder de suportar as vicissitudes.
Por mais que a vida nos possa dar ou tirar, estava escrito, uma coisa é absolutamente indispensável:
que o homem não perca a fé em si mesmo; que conserve a honra imaculada aos próprios olhos.
Ele se deu conta de que quando abandonara a vida antes que a partida terminasse é porque havia perdido a fé.
Pensou no filho Randall:
a morte lhe levara o irmão e a mãe.
A doença lhe tirara o pai.
Mas ele continuara a lutar.
Eu te saúdo a coragem, a luta, a perseverança, meu filho. Pensou, desolado.
Até aquele instante, Fred não quisera ficar bom.
Continuava a não querer.
Entretanto, sabia que precisava querer ficar bom.
Precisava voltar para a partida que abandonara para poder restaurar o respeito próprio.
E leu novamente: A fé vital em Deus comunica ao homem um íntimo poder, uma visão espiritual:
na companhia divina ele se provê de novas forças.
Naquele dia, principiou a retornar para a vida.
Para seu filho, sua nora, um trabalho pela comunidade.
Era como desfrutar da bênção de nascer de novo, sentindo a renovação da alma.
Ele não estava só.
Estava sob a guarda de Deus e, então, poderia enfrentar o mundo, sem medo.
Pensemos nisso e jamais nos permitamos o abandono da luta.
Deus segue connosco.
Momento Espírita, com base no artigo Retorno à vida, de Fred Raymond Gilpatric, de Selecções Reader’s Digest, de abril 1948.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Pálido ponto azul
No dia 14 de fevereiro de 1990, a sonda Voyager 1 tirou uma fotografia do planeta Terra de uma distância recorde de seis biliões de quilómetros.
Esta é a distância aproximada até o planeta Plutão.
Cerca de quarenta vezes e meia a distância entre o sol e a Terra.
Na foto, nosso planeta é visto como um pálido ponto azul contra a imensidão do espaço.
A ideia foi do astrónomo e divulgador de ciência Carl Sagan, que convenceu os técnicos da NASA a girarem a sonda, reorientando-a para que tirasse uma última foto da Terra.
Quatro anos depois, num pronunciamento na Universidade Cornell, onde leccionava, Sagan reflectiu sobre o significado daquela imagem:
Não há melhor demonstração da folia humana do que essa imagem distante de nosso pequeno mundo.
Ela deveria inspirar compaixão e bondade nas nossas relações, mais responsabilidade na preservação desse precioso pálido ponto azul, nossa casa, a única.
Quando medido contra as distâncias cósmicas, a enorme quantidade de mundos espalhados pelo espaço, este pequeno planeta é verdadeiramente insignificante.
É apenas mais um dentre triliões de outros viajando no espaço.
Será que nos damos conta disso:
que o planeta, que nos parece tão vasto, é apenas um minúsculo ponto azul que se move ao redor de um sol de quinta grandeza?
Dessa forma, não seria mais razoável que parássemos para meditar um pouco a respeito de como vivemos aqui?
Porque, afinal, nos digladiamos tanto?
Porque vivemos em disputas tolas por tudo e por quase nada?
Nem precisamos ir tão distantes quanto a sonda espacial.
Basta que em uma viagem aérea, acompanhemos a rápida subida do avião e como tudo vai ficando minúsculo.
As pessoas parecem formigas, as grandes construções vão ficando menores e menores.
O rio caudaloso, com suas cataratas assombrosas se torna um risquinho perdido em meio a algo verde.
Depois, tudo vai sumindo... sumindo...
Mais compaixão e bondade.
Um pouco mais de paciência no trânsito, no relacionamento com nossos vizinhos, na fila do supermercado, no banco.
Menos discussões por coisas que significam coisa nenhuma.
Algumas, simplesmente para se ter o prazer de ouvir o outro dizer:
É, você tem razão.
Porque não sermos mais felizes?
Porque não vivermos melhor, enquanto estamos aqui, no planeta azul?
Porque fecharmos fronteiras, impedindo que o irmão necessitado se abrigue em nosso país?
Porque criar tantas armas para a destruição de nós mesmos e da nossa casa?
Porque, afinal, brigarmos tanto?
Reflictamos um pouco e pensemos em ser mais cordatos, mais pacientes, mais solidários uns com os outros.
Cuidemos do nosso planeta.
Participemos das campanhas que visam a melhor manutenção desta casa.
É a única que nos pode abrigar agora e que ainda nos deverá abrigar por muito tempo.
Semeemos a compreensão, a compaixão, o entendimento.
Comecemos com quem esteja mais próximo de nós.
Se cada um de nós começar a ter um ato de gentileza, de delicadeza, de atenção para com o outro, diariamente, teremos sete biliões e meio de maravilhosos actos, tornando esta nossa casa melhor.
Melhor para viver.
Melhor para conviver.
Um lugar para amar, ter filhos, crescer, evoluir, ser feliz.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no artigo Planeta Terra, pálido ponto azul, de Marcelo Gleiser.
§.§.§- Ave sem Ninho
Esta é a distância aproximada até o planeta Plutão.
Cerca de quarenta vezes e meia a distância entre o sol e a Terra.
Na foto, nosso planeta é visto como um pálido ponto azul contra a imensidão do espaço.
A ideia foi do astrónomo e divulgador de ciência Carl Sagan, que convenceu os técnicos da NASA a girarem a sonda, reorientando-a para que tirasse uma última foto da Terra.
Quatro anos depois, num pronunciamento na Universidade Cornell, onde leccionava, Sagan reflectiu sobre o significado daquela imagem:
Não há melhor demonstração da folia humana do que essa imagem distante de nosso pequeno mundo.
Ela deveria inspirar compaixão e bondade nas nossas relações, mais responsabilidade na preservação desse precioso pálido ponto azul, nossa casa, a única.
Quando medido contra as distâncias cósmicas, a enorme quantidade de mundos espalhados pelo espaço, este pequeno planeta é verdadeiramente insignificante.
É apenas mais um dentre triliões de outros viajando no espaço.
Será que nos damos conta disso:
que o planeta, que nos parece tão vasto, é apenas um minúsculo ponto azul que se move ao redor de um sol de quinta grandeza?
Dessa forma, não seria mais razoável que parássemos para meditar um pouco a respeito de como vivemos aqui?
Porque, afinal, nos digladiamos tanto?
Porque vivemos em disputas tolas por tudo e por quase nada?
Nem precisamos ir tão distantes quanto a sonda espacial.
Basta que em uma viagem aérea, acompanhemos a rápida subida do avião e como tudo vai ficando minúsculo.
As pessoas parecem formigas, as grandes construções vão ficando menores e menores.
O rio caudaloso, com suas cataratas assombrosas se torna um risquinho perdido em meio a algo verde.
Depois, tudo vai sumindo... sumindo...
Mais compaixão e bondade.
Um pouco mais de paciência no trânsito, no relacionamento com nossos vizinhos, na fila do supermercado, no banco.
Menos discussões por coisas que significam coisa nenhuma.
Algumas, simplesmente para se ter o prazer de ouvir o outro dizer:
É, você tem razão.
Porque não sermos mais felizes?
Porque não vivermos melhor, enquanto estamos aqui, no planeta azul?
Porque fecharmos fronteiras, impedindo que o irmão necessitado se abrigue em nosso país?
Porque criar tantas armas para a destruição de nós mesmos e da nossa casa?
Porque, afinal, brigarmos tanto?
Reflictamos um pouco e pensemos em ser mais cordatos, mais pacientes, mais solidários uns com os outros.
Cuidemos do nosso planeta.
Participemos das campanhas que visam a melhor manutenção desta casa.
É a única que nos pode abrigar agora e que ainda nos deverá abrigar por muito tempo.
Semeemos a compreensão, a compaixão, o entendimento.
Comecemos com quem esteja mais próximo de nós.
Se cada um de nós começar a ter um ato de gentileza, de delicadeza, de atenção para com o outro, diariamente, teremos sete biliões e meio de maravilhosos actos, tornando esta nossa casa melhor.
Melhor para viver.
Melhor para conviver.
Um lugar para amar, ter filhos, crescer, evoluir, ser feliz.
Pensemos nisso.
Momento Espírita, com base no artigo Planeta Terra, pálido ponto azul, de Marcelo Gleiser.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Optimismo sempre
Você já deve ter se deparado com a ideia figurada do copo com água pela metade e a velha pergunta:
O copo está meio cheio ou meio vazio?
As conclusões em torno dessa recorrente metáfora são a respeito de como vemos o mundo, as situações, as ocorrências em nossa vida.
Avaliam muitos que ver o copo meio cheio é muito mais optimista do que vê-lo como meio vazio.
Porém a pergunta é:
Vale a pena ser optimista?
Ou ainda, o que é ser optimista?
São vários os estudos médicos que trazem indicativos a respeito da vantagem de ser optimista.
Esses apontam uma maior longevidade, melhor qualidade de vida, saúde mais estável.
Se alguns se fazem optimistas por sua própria natureza, por seu posicionamento perante a vida, como se constrói o optimismo naqueles de nós que parecemos sempre ver o copo meio vazio?
Como entender o mundo com optimismo?
Talvez um bom caminho seja começar com o entendimento da existência de Deus.
Um Universo milimetricamente organizado, da intimidade nano-métrica de um cromossoma às grandezas infinitas celestiais, não é obra do acaso.
Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. Logo, Deus existe.
Da existência de Deus, chega-se à conclusão de que suas acções, atitudes e essência são de amor.
Como sintetizou João, o Evangelista: Deus é amor.
Fruto do Seu amor são todas as coisas que nos cercam.
O simples facto de termos nascido, o corpo que usufruímos, as condições de vida de que dispomos, tudo isso é o toque e o reflexo do amor de Deus sobre nós.
É verdade que muitas vezes não gostaríamos de ter um corpo mutilado, limitado, adoentado.
Tantas vezes anelamos condições melhores para nossa vida, sejam de carácter económico, social ou emocional.
Porém, como um Pai amoroso e ciente, Deus nos oferece aquilo de que precisamos, e não aquilo que, muitas vezes, infantilmente, desejamos.
Assim, a doença, as dificuldades, as limitações físicas, são lições que a Providência Divina nos oferta para nossa aprendizagem.
Os embates da vida, a família difícil, os perrengues naturais do quotidiano, são oportunidades de aprendizado que ainda nos cabe completar.
Porque somos Espíritos destinados à perfeição, muito temos a aprender, sendo a vida a escola por excelência.
Assim, tudo que nos acontece deve ser entendido como lição.
Mesmo as consequências de nossas atitudes insensatas, são lições que nos aconselham a não repeti-las para mais não sofrer.
Tudo se encontra sob os auspícios da Divindade.
Como Deus nos ama infinitamente, sempre nos ocorre o que seja melhor para nossa vida.
Lembremos, portanto, que ser optimista é guardar a certeza de que somos filhos de Deus, herdeiros do Universo.
É entender que cada dia Deus provê nossas necessidades, como nos ensinou Jesus.
Finalmente, compreender que esse entendimento, misto de optimismo e gratidão, nos faz melhores, mais felizes, mais plenos e em harmonia perante tudo o que nos cerca.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
O copo está meio cheio ou meio vazio?
As conclusões em torno dessa recorrente metáfora são a respeito de como vemos o mundo, as situações, as ocorrências em nossa vida.
Avaliam muitos que ver o copo meio cheio é muito mais optimista do que vê-lo como meio vazio.
Porém a pergunta é:
Vale a pena ser optimista?
Ou ainda, o que é ser optimista?
São vários os estudos médicos que trazem indicativos a respeito da vantagem de ser optimista.
Esses apontam uma maior longevidade, melhor qualidade de vida, saúde mais estável.
Se alguns se fazem optimistas por sua própria natureza, por seu posicionamento perante a vida, como se constrói o optimismo naqueles de nós que parecemos sempre ver o copo meio vazio?
Como entender o mundo com optimismo?
Talvez um bom caminho seja começar com o entendimento da existência de Deus.
Um Universo milimetricamente organizado, da intimidade nano-métrica de um cromossoma às grandezas infinitas celestiais, não é obra do acaso.
Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. Logo, Deus existe.
Da existência de Deus, chega-se à conclusão de que suas acções, atitudes e essência são de amor.
Como sintetizou João, o Evangelista: Deus é amor.
Fruto do Seu amor são todas as coisas que nos cercam.
O simples facto de termos nascido, o corpo que usufruímos, as condições de vida de que dispomos, tudo isso é o toque e o reflexo do amor de Deus sobre nós.
É verdade que muitas vezes não gostaríamos de ter um corpo mutilado, limitado, adoentado.
Tantas vezes anelamos condições melhores para nossa vida, sejam de carácter económico, social ou emocional.
Porém, como um Pai amoroso e ciente, Deus nos oferece aquilo de que precisamos, e não aquilo que, muitas vezes, infantilmente, desejamos.
Assim, a doença, as dificuldades, as limitações físicas, são lições que a Providência Divina nos oferta para nossa aprendizagem.
Os embates da vida, a família difícil, os perrengues naturais do quotidiano, são oportunidades de aprendizado que ainda nos cabe completar.
Porque somos Espíritos destinados à perfeição, muito temos a aprender, sendo a vida a escola por excelência.
Assim, tudo que nos acontece deve ser entendido como lição.
Mesmo as consequências de nossas atitudes insensatas, são lições que nos aconselham a não repeti-las para mais não sofrer.
Tudo se encontra sob os auspícios da Divindade.
Como Deus nos ama infinitamente, sempre nos ocorre o que seja melhor para nossa vida.
Lembremos, portanto, que ser optimista é guardar a certeza de que somos filhos de Deus, herdeiros do Universo.
É entender que cada dia Deus provê nossas necessidades, como nos ensinou Jesus.
Finalmente, compreender que esse entendimento, misto de optimismo e gratidão, nos faz melhores, mais felizes, mais plenos e em harmonia perante tudo o que nos cerca.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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O bem em cada um
Os membros de uma tribo da África do Sul possuem um costume sublime, que teve origem com seus ancestrais.
Quando algum integrante do grupo faz algo errado, causa dano ou prejudica alguém, é colocado no centro da aldeia e rodeado por toda a tribo.
Durante dois dias, nessa roda, as pessoas lhe dizem tudo de bom que ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano nasce bom e, ao longo da vida, busca segurança, amor, paz e felicidade.
No entanto, por vezes, as pessoas perdem a conexão com o amor, a bondade e a verdade, se afastam do bem que há dentro delas e cometem erros.
Eles vêem esses erros como uma forma de pedir ajuda.
Por isso, se unem para reerguer o companheiro e reconectá-lo com sua verdadeira natureza.
Dessa forma, poderão lembrá-lo de quem ele realmente é.
Ao redor dele, dizem:
Sawabona, que significa:
Eu te respeito, eu te valorizo, és importante para mim.
Em resposta, o equivocado diz:
Shikoba, que significa:
Então, eu existo para ti.
Ao unir as duas palavras, Sawabona Shikoba, tem-se um outro sentido: Eu sou bom!
Quando pronuncia as duas palavras juntas, aquele que errou sinaliza que conseguiu resgatar a bondade em si.
Por meio de um acto de amor, a tribo faz com que ele se sinta querido e valorizado e assim o ajuda a ressignificar sua existência, afastando-se do que o motivou a cometer o erro.
Quando nos desviamos das leis de Deus, cometemos erros, prejudicamos nosso próximo, estamos agindo também contra nós mesmos.
Afastados do bem, atrasamos nossa evolução e causamos dor e sofrimento para nós e para os que nos cercam.
Com isso, vamos nos distanciando das pessoas e criando mágoas, desafectos e inimizades.
A atitude dos membros dessa tribo nos mostra uma forma diferente de encarar e reagir ao mal, e nos remete aos ensinamentos de amor e perdão do Mestre Jesus.
Ao olhar para um companheiro que erra como alguém que pede socorro, eles compreendem que isso não apaga todo o bem que existe nele.
Ao acolhê-lo e cercá-lo com palavras de respeito e carinho, fazem aflorar o que há de bom em seu íntimo.
Quando erramos, necessitamos de perdão.
Da mesma forma, quando nosso próximo erra, também necessita de perdão.
Como agimos com aqueles que nos ofendem?
Como esperamos que ajam connosco, quando somos nós a ofender alguém?
Deus nos criou iguais.
Todos trazemos em nosso íntimo uma centelha divina.
Todos buscamos a felicidade.
Nossa tarefa é evoluir para a perfeição e assim nos aproximarmos do Pai.
Ver naquele que erra um irmão que, como nós, luta para vencer a si mesmo e, no lugar de criticar e ofender, acolher e auxiliar, é colocar em prática a lei de amor e caridade.
É amar o próximo como a si mesmo.
É resgatar o bem em nós, reacendendo aquela centelha divina que jaz na intimidade de cada um e que nos faz estender a mão para resgatar, igualmente, o nosso irmão.
É vencer o orgulho e o egoísmo e dar um salto que nos impulsionará cada vez para mais perto de Deus.
Momento Espírita, com base no texto Você conhece o significado das palavras Sawabona e Shikoba?, de Silvana Rangel, disponível no site http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/ voce-conhece-o-significado-das-palavras-sawabona-e-shikoba-45630.html e nos itens 114 a 127 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
Quando algum integrante do grupo faz algo errado, causa dano ou prejudica alguém, é colocado no centro da aldeia e rodeado por toda a tribo.
Durante dois dias, nessa roda, as pessoas lhe dizem tudo de bom que ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano nasce bom e, ao longo da vida, busca segurança, amor, paz e felicidade.
No entanto, por vezes, as pessoas perdem a conexão com o amor, a bondade e a verdade, se afastam do bem que há dentro delas e cometem erros.
Eles vêem esses erros como uma forma de pedir ajuda.
Por isso, se unem para reerguer o companheiro e reconectá-lo com sua verdadeira natureza.
Dessa forma, poderão lembrá-lo de quem ele realmente é.
Ao redor dele, dizem:
Sawabona, que significa:
Eu te respeito, eu te valorizo, és importante para mim.
Em resposta, o equivocado diz:
Shikoba, que significa:
Então, eu existo para ti.
Ao unir as duas palavras, Sawabona Shikoba, tem-se um outro sentido: Eu sou bom!
Quando pronuncia as duas palavras juntas, aquele que errou sinaliza que conseguiu resgatar a bondade em si.
Por meio de um acto de amor, a tribo faz com que ele se sinta querido e valorizado e assim o ajuda a ressignificar sua existência, afastando-se do que o motivou a cometer o erro.
Quando nos desviamos das leis de Deus, cometemos erros, prejudicamos nosso próximo, estamos agindo também contra nós mesmos.
Afastados do bem, atrasamos nossa evolução e causamos dor e sofrimento para nós e para os que nos cercam.
Com isso, vamos nos distanciando das pessoas e criando mágoas, desafectos e inimizades.
A atitude dos membros dessa tribo nos mostra uma forma diferente de encarar e reagir ao mal, e nos remete aos ensinamentos de amor e perdão do Mestre Jesus.
Ao olhar para um companheiro que erra como alguém que pede socorro, eles compreendem que isso não apaga todo o bem que existe nele.
Ao acolhê-lo e cercá-lo com palavras de respeito e carinho, fazem aflorar o que há de bom em seu íntimo.
Quando erramos, necessitamos de perdão.
Da mesma forma, quando nosso próximo erra, também necessita de perdão.
Como agimos com aqueles que nos ofendem?
Como esperamos que ajam connosco, quando somos nós a ofender alguém?
Deus nos criou iguais.
Todos trazemos em nosso íntimo uma centelha divina.
Todos buscamos a felicidade.
Nossa tarefa é evoluir para a perfeição e assim nos aproximarmos do Pai.
Ver naquele que erra um irmão que, como nós, luta para vencer a si mesmo e, no lugar de criticar e ofender, acolher e auxiliar, é colocar em prática a lei de amor e caridade.
É amar o próximo como a si mesmo.
É resgatar o bem em nós, reacendendo aquela centelha divina que jaz na intimidade de cada um e que nos faz estender a mão para resgatar, igualmente, o nosso irmão.
É vencer o orgulho e o egoísmo e dar um salto que nos impulsionará cada vez para mais perto de Deus.
Momento Espírita, com base no texto Você conhece o significado das palavras Sawabona e Shikoba?, de Silvana Rangel, disponível no site http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/ voce-conhece-o-significado-das-palavras-sawabona-e-shikoba-45630.html e nos itens 114 a 127 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Aprendendo com a natureza
A natureza é rica em nos oferecer exemplos de fortalecimento moral e de perseverança:
os pássaros que voam, livres, constroem seus ninhos nas árvores, e alimentam-se com o que as matas e os campos lhes oferecem.
Sua faina diária é uma luta constante pelo alimento, pela vida dos filhotes, pela defesa dos predadores.
Nunca se prendem a dificuldades e nos presenteiam com seus cantos maviosos.
As plantas que nascem entre as frinchas das pedras e, sem reclamar, crescem vencendo os empecilhos.
As flores, que se servem do adubo, mas que não lhe apontam os defeitos.
Não reclamam do eventual mau cheiro, do aspecto ruim.
Apenas se servem dele, e agradecem, transformando tudo em viço, em beleza e em perfume.
O lírio, branco, lindo, por vezes, nasce no charco, não se permitindo, no entanto, contaminar.
Oferecem a alvura e o aroma como resposta às condições tão adversas, leccionando que é possível, a quem o deseja, vencer o charco da maldade, o pântano das viciações.
Não é inteligente e nem serve de desculpa deixarmos que os erros e defeitos dos outros nos impeçam de sermos bons, gentis, úteis.
Os defeitos dos outros não são nossos.
Logo, não deve haver razões para que com eles nos incomodemos.
Não nos pertencem.
Mirando-nos no exemplo da natureza, façamos a nossa parte, e não nos preocupemos com o mal que nos rodeia.
De tudo que temos, retiremos a melhor parte, a boa parte.
Não salientemos os erros alheios.
Não justifiquemos a nossa insatisfação com a vida e com as circunstâncias.
Não desculpemos a nossa inércia, a nossa preguiça, em função do lugar em que moramos, da situação que vivenciamos, dos vizinhos que temos.
Não estacionemos na revolta, pelo facto de nossos familiares não comungarem das nossas ideias ou por se situarem nas esquinas dos vícios.
Exercitemos nossa vontade para caminhar na direcção dos nossos objectivos.
As situações que a vida nos apresenta são desafios que, vencidos, nos permitem crescer, interiormente.
Miremo-nos nos bons exemplos.
E são tantos. Exemplos de quem, aparentemente, não detinha as condições mais apropriadas para ser feliz, para realizar conquistas, mas conseguiu.
Como aquele filho de mãe viúva, catadora de recicláveis que, com livros encontrados no lixo, estudou e foi aprovado no vestibular de medicina.
Ou aquela moradora da favela, que resolveu plantar flores, na frente do seu barraco.
O efeito foi tão bonito que os demais moradores a imitaram, transformando o lugar em um jardim.
Quem deseja vencer, tem os olhos postos no objectivo a alcançar.
A sua preocupação é a da conquista, de chegar ao destino, de ser vitorioso.
Não se preocupa com quem o deseje perturbar ou inquietar.
Segue em frente.
Utiliza as pedras que encontra no caminho para ter assegurada a caminhada.
Aprendamos com a natureza a servir, a viver, a oferecer ao mundo o melhor, sempre o melhor.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
os pássaros que voam, livres, constroem seus ninhos nas árvores, e alimentam-se com o que as matas e os campos lhes oferecem.
Sua faina diária é uma luta constante pelo alimento, pela vida dos filhotes, pela defesa dos predadores.
Nunca se prendem a dificuldades e nos presenteiam com seus cantos maviosos.
As plantas que nascem entre as frinchas das pedras e, sem reclamar, crescem vencendo os empecilhos.
As flores, que se servem do adubo, mas que não lhe apontam os defeitos.
Não reclamam do eventual mau cheiro, do aspecto ruim.
Apenas se servem dele, e agradecem, transformando tudo em viço, em beleza e em perfume.
O lírio, branco, lindo, por vezes, nasce no charco, não se permitindo, no entanto, contaminar.
Oferecem a alvura e o aroma como resposta às condições tão adversas, leccionando que é possível, a quem o deseja, vencer o charco da maldade, o pântano das viciações.
Não é inteligente e nem serve de desculpa deixarmos que os erros e defeitos dos outros nos impeçam de sermos bons, gentis, úteis.
Os defeitos dos outros não são nossos.
Logo, não deve haver razões para que com eles nos incomodemos.
Não nos pertencem.
Mirando-nos no exemplo da natureza, façamos a nossa parte, e não nos preocupemos com o mal que nos rodeia.
De tudo que temos, retiremos a melhor parte, a boa parte.
Não salientemos os erros alheios.
Não justifiquemos a nossa insatisfação com a vida e com as circunstâncias.
Não desculpemos a nossa inércia, a nossa preguiça, em função do lugar em que moramos, da situação que vivenciamos, dos vizinhos que temos.
Não estacionemos na revolta, pelo facto de nossos familiares não comungarem das nossas ideias ou por se situarem nas esquinas dos vícios.
Exercitemos nossa vontade para caminhar na direcção dos nossos objectivos.
As situações que a vida nos apresenta são desafios que, vencidos, nos permitem crescer, interiormente.
Miremo-nos nos bons exemplos.
E são tantos. Exemplos de quem, aparentemente, não detinha as condições mais apropriadas para ser feliz, para realizar conquistas, mas conseguiu.
Como aquele filho de mãe viúva, catadora de recicláveis que, com livros encontrados no lixo, estudou e foi aprovado no vestibular de medicina.
Ou aquela moradora da favela, que resolveu plantar flores, na frente do seu barraco.
O efeito foi tão bonito que os demais moradores a imitaram, transformando o lugar em um jardim.
Quem deseja vencer, tem os olhos postos no objectivo a alcançar.
A sua preocupação é a da conquista, de chegar ao destino, de ser vitorioso.
Não se preocupa com quem o deseje perturbar ou inquietar.
Segue em frente.
Utiliza as pedras que encontra no caminho para ter assegurada a caminhada.
Aprendamos com a natureza a servir, a viver, a oferecer ao mundo o melhor, sempre o melhor.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O menor abandonado
A época actual em que vivemos, que, aliás, caminha incontinenti para o caos social, devido à insensatez humana que abdicou dos princípios naturais da vida, adoptando hábitos insanos e abomináveis, está nos legando grandes e dolorosos contrastes sociais.
Um deles é o caso do menor abandonado.
Na maioria das vezes, são filhos de mães solteiras e pais “ignorados”.
Eles se multiplicam assustadoramente.
São milhares de inocentes desamparados, maltratados, marginalizados, à mercê do destino atroz, vítimas de um sistema assaz hediondo.
São seres humanos também, são nossos semelhantes, nossos irmãos.
Infelizes, porque tiveram a fatalidade em seu caminho, eles sofrem os horrores do abandono, a incompreensão da sociedade acomodada e alheia à tragédia desses pobres desventurados.
Os maus-tratos e a fome lhes enfraquece o corpo, que cresce doente e condenado a uma vida efémera, a uma morte prematura.
A ausência de calor humano, a falta de carinho e amor lhes enfraquece a alma transformando-os em pessoas complexadas, psicologicamente desajustadas, que faz com que a sociedade os condene, taxando-os de monstrinhos indesejáveis, quando na verdade são apenas seres que desconhecem o amor e o carinho.
Jamais sentiram a emoção do abraço de um pai, do beijo suave de uma mãe, do doce aconchego de um lar.
Quão monstruosa não será a dor que lhes aflige a alma.
Quão amargas não serão as lágrimas que certamente brotam abundantes de seus olhos tristes, ao constatarem que, devido a insensatez de seus progenitores, aliada a ausência de uma estrutura de apoio para eles, lhes foi vetado o direito de levarem uma vida digna, uma vida humana; condenando-os assim a uma existência vegetativa.
Todos nós somos responsáveis, todos nós contribuímos para a degradação deles, porque não nos preocupamos, porque ficamos alheios ao cruel drama a que são obrigados a enfrentar, ora nas desestruturadas fundações de apoio ao menor, que aliás acentua ainda mais o problema, ora nas ruas das cidades, nas favelas, nos esgotos.
Eles também têm coração que bate forte à procura de amor, eles também têm alma, têm sentimentos, desejos, sonhos... e sobretudo esperança...
§.§.§- Ave sem Ninho
Um deles é o caso do menor abandonado.
Na maioria das vezes, são filhos de mães solteiras e pais “ignorados”.
Eles se multiplicam assustadoramente.
São milhares de inocentes desamparados, maltratados, marginalizados, à mercê do destino atroz, vítimas de um sistema assaz hediondo.
São seres humanos também, são nossos semelhantes, nossos irmãos.
Infelizes, porque tiveram a fatalidade em seu caminho, eles sofrem os horrores do abandono, a incompreensão da sociedade acomodada e alheia à tragédia desses pobres desventurados.
Os maus-tratos e a fome lhes enfraquece o corpo, que cresce doente e condenado a uma vida efémera, a uma morte prematura.
A ausência de calor humano, a falta de carinho e amor lhes enfraquece a alma transformando-os em pessoas complexadas, psicologicamente desajustadas, que faz com que a sociedade os condene, taxando-os de monstrinhos indesejáveis, quando na verdade são apenas seres que desconhecem o amor e o carinho.
Jamais sentiram a emoção do abraço de um pai, do beijo suave de uma mãe, do doce aconchego de um lar.
Quão monstruosa não será a dor que lhes aflige a alma.
Quão amargas não serão as lágrimas que certamente brotam abundantes de seus olhos tristes, ao constatarem que, devido a insensatez de seus progenitores, aliada a ausência de uma estrutura de apoio para eles, lhes foi vetado o direito de levarem uma vida digna, uma vida humana; condenando-os assim a uma existência vegetativa.
Todos nós somos responsáveis, todos nós contribuímos para a degradação deles, porque não nos preocupamos, porque ficamos alheios ao cruel drama a que são obrigados a enfrentar, ora nas desestruturadas fundações de apoio ao menor, que aliás acentua ainda mais o problema, ora nas ruas das cidades, nas favelas, nos esgotos.
Eles também têm coração que bate forte à procura de amor, eles também têm alma, têm sentimentos, desejos, sonhos... e sobretudo esperança...
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Localização : Porto - Portugal
Uns dos outros
Havia uma garotinha que apreciava muito andar pelos jardins de seu casarão.
Um dia, viu uma borboleta espetada em um espinho, debatendo-se.
Cuidadosamente ela a soltou.
A falena imediatamente começou a voar para longe.
Porém, segundos depois ela retornou, chegou próximo ao seu ouvido direito e disse:
Por sua bondade, vou lhe conceder seu maior desejo.
A menina pensou um pouco e pediu: Quero ser feliz!
A pequena voadora deu alguns rodopios, foi até seu outro ouvido, sussurrou algo e então desapareceu.
Os anos passavam e a garotinha crescia.
Ninguém na Terra era mais feliz do que ela.
Sempre que alguém lhe perguntava sobre o segredo daquela sua felicidade, ela somente sorria e respondia:
Soltei a borboleta e ela me fez ser feliz.
Quando ficou bem idosa, os vizinhos temeram que o seu fabuloso segredo pudesse morrer com ela.
Diga-nos, por favor! Imploravam.
Diga-nos o que a borboleta lhe disse!
Então, a adorável velhinha reuniu todos, sorriu e falou:
Ela me disse que todas as pessoas, por mais seguras que pareçam ser, sempre precisam de mim!
Ser útil pode nos fazer felizes.
Num mundo onde ainda reina a mentalidade de que é preciso receber coisas, atenção, afecto, para ser feliz, a visão de que devemos dar para que nos realizemos, parece estranha.
Somente até percebermos que o ter não nos faz maiores, mais completos ou mais plenos.
É quando damos, quando nos damos que nos preenchemos.
E o ser útil, o poder atender a todos quando precisam de nós é algo que preenche o vazio que há muito tempo nos incomoda.
É isso que nos une realmente em comunidade.
É a alma da fraternidade, da compaixão, da simpatia.
Ninguém é auto-suficiente.
Todos precisamos uns dos outros.
Essa é uma das belezas da vida em comunidade.
Por mais orgulhoso que alguém possa ser e proclamar-se independente de todos, haverá vários momentos em que dependerá, e muito, de seus semelhantes para que tenha seu conforto, suas necessidades atendidas, sua sobrevivência.
A Terra é um mundo de colaboração.
Hoje, isso fica muito claro.
As necessidades económicas deram início a essa conscientização, que agora extrapola para outras esferas, que vão além da subsistência material apenas.
Precisamos uns dos outros para sobreviver, para trocar, para crescer, para aprender, para sermos mais plenos.
Cada cultura tem muito a contribuir com as outras.
Nenhuma delas é soberana, nenhuma conhece toda a verdade e pode se afirmar superior às demais.
Há beleza em todas e beleza maior ainda na miscigenação.
Notemos que o Criador nos colocou no caminho da mistura, dos encontros de raças, de povos e religiões.
Somos os únicos que ainda não entendemos isso.
Não existe mais raça pura na Terra.
Aliás, o uso desse termo com a conotação que lhe dão é lamentável.
Não é essa pureza que devemos buscar.
É a pureza da alma, livre de barreiras, livre de preconceitos, aceitando seus irmãos de Gaia de braços abertos.
Precisamos uns dos outros. Sejamos úteis no mundo.
Momento Espírita, com base em conto de autoria ignorada.
§.§.§- Ave sem Ninho
Um dia, viu uma borboleta espetada em um espinho, debatendo-se.
Cuidadosamente ela a soltou.
A falena imediatamente começou a voar para longe.
Porém, segundos depois ela retornou, chegou próximo ao seu ouvido direito e disse:
Por sua bondade, vou lhe conceder seu maior desejo.
A menina pensou um pouco e pediu: Quero ser feliz!
A pequena voadora deu alguns rodopios, foi até seu outro ouvido, sussurrou algo e então desapareceu.
Os anos passavam e a garotinha crescia.
Ninguém na Terra era mais feliz do que ela.
Sempre que alguém lhe perguntava sobre o segredo daquela sua felicidade, ela somente sorria e respondia:
Soltei a borboleta e ela me fez ser feliz.
Quando ficou bem idosa, os vizinhos temeram que o seu fabuloso segredo pudesse morrer com ela.
Diga-nos, por favor! Imploravam.
Diga-nos o que a borboleta lhe disse!
Então, a adorável velhinha reuniu todos, sorriu e falou:
Ela me disse que todas as pessoas, por mais seguras que pareçam ser, sempre precisam de mim!
Ser útil pode nos fazer felizes.
Num mundo onde ainda reina a mentalidade de que é preciso receber coisas, atenção, afecto, para ser feliz, a visão de que devemos dar para que nos realizemos, parece estranha.
Somente até percebermos que o ter não nos faz maiores, mais completos ou mais plenos.
É quando damos, quando nos damos que nos preenchemos.
E o ser útil, o poder atender a todos quando precisam de nós é algo que preenche o vazio que há muito tempo nos incomoda.
É isso que nos une realmente em comunidade.
É a alma da fraternidade, da compaixão, da simpatia.
Ninguém é auto-suficiente.
Todos precisamos uns dos outros.
Essa é uma das belezas da vida em comunidade.
Por mais orgulhoso que alguém possa ser e proclamar-se independente de todos, haverá vários momentos em que dependerá, e muito, de seus semelhantes para que tenha seu conforto, suas necessidades atendidas, sua sobrevivência.
A Terra é um mundo de colaboração.
Hoje, isso fica muito claro.
As necessidades económicas deram início a essa conscientização, que agora extrapola para outras esferas, que vão além da subsistência material apenas.
Precisamos uns dos outros para sobreviver, para trocar, para crescer, para aprender, para sermos mais plenos.
Cada cultura tem muito a contribuir com as outras.
Nenhuma delas é soberana, nenhuma conhece toda a verdade e pode se afirmar superior às demais.
Há beleza em todas e beleza maior ainda na miscigenação.
Notemos que o Criador nos colocou no caminho da mistura, dos encontros de raças, de povos e religiões.
Somos os únicos que ainda não entendemos isso.
Não existe mais raça pura na Terra.
Aliás, o uso desse termo com a conotação que lhe dão é lamentável.
Não é essa pureza que devemos buscar.
É a pureza da alma, livre de barreiras, livre de preconceitos, aceitando seus irmãos de Gaia de braços abertos.
Precisamos uns dos outros. Sejamos úteis no mundo.
Momento Espírita, com base em conto de autoria ignorada.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A visita de Jesus
Para aquelas crianças, o Natal era uma data um pouco triste.
A casa era pobre e tinha somente alguns itens de cozinha, um sofá antigo, uma televisão.
Elas sabiam que o Natal estava chegando pelos intermináveis anúncios televisivos que convidavam a comprar muitos e muitos brinquedos, presentes maravilhosamente embrulhados, caixas lindíssimas.
E havia sempre novidades, que enchiam os olhos.
Além disso, as novelas, os filmes, os desenhos infantis, tudo mencionava o Natal.
E havia ceia com muita comida, doces, pães, refrigerantes, sucos.
Tudo aquilo dava água na boca, mas ficava muito distante da realidade deles.
O salário do pai cobria as necessidades, nada mais.
Nenhum presente sequer poderia ser pensado, sonhado.
Nenhum, por menor que fosse.
Havia algo, no entanto, especial, na noite natalina.
A mãe, que sempre preparava o prato de cada um, para dividir tudo igualmente, nesse jantar desenhava um coração com a comida.
Ela colocava o arroz no meio do prato e ia separando com os dedos para a borda, até formar um coração vazio no meio.
Então, ela enchia o desenho com uma concha de feijão e se houvesse qualquer coisinha a mais, talvez alguma mistura, colocava bem do ladinho, para não estragar o contorno.
Todos se reuniam em torno da mesa e oravam, repetindo as palavras da mãe: Jesus, que bom que você chegou!
E se recolhiam na Noite Santa, pensando naquele Jesus que nascera em um estábulo, Luz do mundo, Rei da vida.
Mais recentemente, a mãe de família participou de oficinas de costura e culinária.
E a vida da família melhorou.
A costura e a culinária começaram a render frutos, quase de imediato.
O panorama se alterou.
Então, no último Natal, mesmo sem árvore enfeitada com bolas e velas coloridas, sem embrulhos de presente, algo muito especial aconteceu.
O pai confeccionou uma grande placa e colocou na frente da casa, com os dizeres:
Que bom que você chegou!
Na cozinha, uma grande movimentação.
Parecia que se cozinhava para um batalhão.
E, ante a indagação das crianças, esclareceu a mãe:
Jesus vem para a ceia hoje, meus amores.
Seu pai e eu o convidamos, pessoalmente.
Ele virá com fome e com sede.
Precisamos estar preparados.
Quando caía a noite, foi chegando Jesus, de roupa simples, com barba, sem barba.
E as crianças foram descobrindo que Jesus era negro.
Era branco. Era homem. Era criança. Era mulher.
E cada um recebia aquele prato com um coração de arroz, cheio de feijão.
E sorria. E se deliciava.
Alguns, quando sorriam, diante da refeição quentinha, mostravam a boca com poucos dentes.
Acho que foi por isso que a mãe fez comida que não precisa mastigar tanto. - Pensou a menorzinha.
Faltando pouco para a meia-noite, a família se reuniu para agradecer.
A oração se elevou, num coro:
Jesus, que bom que você chegou!
E a alegria do verdadeiro Natal iluminou todos os corações.
A casa parecia um palácio feito de luz.
Quem tivesse um pouco de sensibilidade para perceber o que acontecia além da matéria, poderia ouvir o cântico celestial se repetindo:
Glória a Deus nas alturas.
Paz na Terra, boa vontade para com os homens.
Momento Espírita, com base no artigo Que bom que você chegou, de Ana Guimarães, da Revista Cultura Espirita, de dezembro 2016.
§.§.§- Ave sem Ninho
A casa era pobre e tinha somente alguns itens de cozinha, um sofá antigo, uma televisão.
Elas sabiam que o Natal estava chegando pelos intermináveis anúncios televisivos que convidavam a comprar muitos e muitos brinquedos, presentes maravilhosamente embrulhados, caixas lindíssimas.
E havia sempre novidades, que enchiam os olhos.
Além disso, as novelas, os filmes, os desenhos infantis, tudo mencionava o Natal.
E havia ceia com muita comida, doces, pães, refrigerantes, sucos.
Tudo aquilo dava água na boca, mas ficava muito distante da realidade deles.
O salário do pai cobria as necessidades, nada mais.
Nenhum presente sequer poderia ser pensado, sonhado.
Nenhum, por menor que fosse.
Havia algo, no entanto, especial, na noite natalina.
A mãe, que sempre preparava o prato de cada um, para dividir tudo igualmente, nesse jantar desenhava um coração com a comida.
Ela colocava o arroz no meio do prato e ia separando com os dedos para a borda, até formar um coração vazio no meio.
Então, ela enchia o desenho com uma concha de feijão e se houvesse qualquer coisinha a mais, talvez alguma mistura, colocava bem do ladinho, para não estragar o contorno.
Todos se reuniam em torno da mesa e oravam, repetindo as palavras da mãe: Jesus, que bom que você chegou!
E se recolhiam na Noite Santa, pensando naquele Jesus que nascera em um estábulo, Luz do mundo, Rei da vida.
Mais recentemente, a mãe de família participou de oficinas de costura e culinária.
E a vida da família melhorou.
A costura e a culinária começaram a render frutos, quase de imediato.
O panorama se alterou.
Então, no último Natal, mesmo sem árvore enfeitada com bolas e velas coloridas, sem embrulhos de presente, algo muito especial aconteceu.
O pai confeccionou uma grande placa e colocou na frente da casa, com os dizeres:
Que bom que você chegou!
Na cozinha, uma grande movimentação.
Parecia que se cozinhava para um batalhão.
E, ante a indagação das crianças, esclareceu a mãe:
Jesus vem para a ceia hoje, meus amores.
Seu pai e eu o convidamos, pessoalmente.
Ele virá com fome e com sede.
Precisamos estar preparados.
Quando caía a noite, foi chegando Jesus, de roupa simples, com barba, sem barba.
E as crianças foram descobrindo que Jesus era negro.
Era branco. Era homem. Era criança. Era mulher.
E cada um recebia aquele prato com um coração de arroz, cheio de feijão.
E sorria. E se deliciava.
Alguns, quando sorriam, diante da refeição quentinha, mostravam a boca com poucos dentes.
Acho que foi por isso que a mãe fez comida que não precisa mastigar tanto. - Pensou a menorzinha.
Faltando pouco para a meia-noite, a família se reuniu para agradecer.
A oração se elevou, num coro:
Jesus, que bom que você chegou!
E a alegria do verdadeiro Natal iluminou todos os corações.
A casa parecia um palácio feito de luz.
Quem tivesse um pouco de sensibilidade para perceber o que acontecia além da matéria, poderia ouvir o cântico celestial se repetindo:
Glória a Deus nas alturas.
Paz na Terra, boa vontade para com os homens.
Momento Espírita, com base no artigo Que bom que você chegou, de Ana Guimarães, da Revista Cultura Espirita, de dezembro 2016.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
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Localização : Porto - Portugal
Dias vividos
De forma convencional, o calendário nos mostra a possibilidade de trezentos e sessenta e cinco dias anuais.
Antes mesmo que o ano inicie, assinalamos, costumeiramente, os feriados, elegemos o período das nossas férias profissionais, as viagens que desejamos realizar, os cursos que pretendemos fazer.
Enfim, idealizamos o que queremos alcançar nesse período.
Transcorrido o lapso temporal, de um modo geral, realizamos uma avaliação, constatando o que conseguimos ou não realizar.
Às vezes, lamentamos por não termos tido êxito em tudo que queríamos, ou por finalizar o ano sem emprego, ou por termos perdido fisicamente alguém a quem muito amávamos.
Ou talvez pela enfermidade que nos chegou, maltratando-nos o corpo ou a alma ou ambos.
Não é raro lamentarmos algo que fizemos mas, especialmente, algo que deixamos de fazer.
Se quem estava ao nosso lado partiu para o Além, habitualmente nos surpreendemos lamentando não ter conversado mais, não termos dedicado mais horas ao seu lado, passeado mais, saído juntos mais vezes, simplesmente para andar, para olhar o poente, colher flores.
Mentalmente, é comum ficarmos enviando mensagens a esses amores que se encontram do outro lado da vida.
E, não é raro nos descobrirmos a considerar que deveríamos ter dito muito mais vezes:
Amo você! Você é importante para mim!
Nesse balanço, também podemos nos dar conta de que os dias voaram, simplesmente se foram, como folhas levadas pelo vento, sem que os tenhamos verdadeiramente vivido.
Afinal, trabalhamos tanto, corremos tanto, fizemos tantas coisas.
O que, realmente, valeu a pena?
O que valeu como crescimento pessoal?
Quantos livros lemos, nesses doze meses?
Quantas vezes nos detivemos a olhar para o céu, descobrindo a cara redonda da lua a brilhar, entre as estrelas?
Quantas vezes andamos pelas praças e nos interessamos por parar um pouco e observar o vento desarrumando a cabeleira das árvores?
Quantas vezes, ante um delicado aroma que nos chegou, nos permitimos descobrir de onde vinha e fechamos os olhos para guardar na memória aquele momento que jamais se repetiria, com a mesma intensidade?
Quantas vezes, ante a refeição, admiramos as cores espalhadas no prato e decidimos por comer, bem devagar, verdadeiramente saboreando cada porção?
Quantas vezes sentamos ao lado do filho pequeno e o ficamos observando brincar, no seu faz de conta?
Ou vimos com ele pela segunda, terceira, décima vez o mesmo desenho, sentindo verdadeiro prazer em ouvir as risadas dele, seu encantamento com os personagens animados?
E então, se somarmos todas as horas em que realizamos algo que nos fez crescer, que nos alegrou, que nos constituiu uma verdadeira experiência para ser guardada na mente e no coração, quantos dias, de verdade, teremos vivido?
O total dessa somatória nos dirá se nosso ano foi regular, bom, óptimo, excelente.
Se realmente o vivemos ou somente fomos passando pelas horas, multiplicando as semanas...
Se descobrirmos que foram muito poucos os dias vividos, comecemos, hoje, a mudar nossa forma de ser.
Comecemos a viver intensamente cada minuto, cada hora.
Porque viver é uma experiência inigualável e nenhum minuto volta, nenhuma cena se repete de igual maneira.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Antes mesmo que o ano inicie, assinalamos, costumeiramente, os feriados, elegemos o período das nossas férias profissionais, as viagens que desejamos realizar, os cursos que pretendemos fazer.
Enfim, idealizamos o que queremos alcançar nesse período.
Transcorrido o lapso temporal, de um modo geral, realizamos uma avaliação, constatando o que conseguimos ou não realizar.
Às vezes, lamentamos por não termos tido êxito em tudo que queríamos, ou por finalizar o ano sem emprego, ou por termos perdido fisicamente alguém a quem muito amávamos.
Ou talvez pela enfermidade que nos chegou, maltratando-nos o corpo ou a alma ou ambos.
Não é raro lamentarmos algo que fizemos mas, especialmente, algo que deixamos de fazer.
Se quem estava ao nosso lado partiu para o Além, habitualmente nos surpreendemos lamentando não ter conversado mais, não termos dedicado mais horas ao seu lado, passeado mais, saído juntos mais vezes, simplesmente para andar, para olhar o poente, colher flores.
Mentalmente, é comum ficarmos enviando mensagens a esses amores que se encontram do outro lado da vida.
E, não é raro nos descobrirmos a considerar que deveríamos ter dito muito mais vezes:
Amo você! Você é importante para mim!
Nesse balanço, também podemos nos dar conta de que os dias voaram, simplesmente se foram, como folhas levadas pelo vento, sem que os tenhamos verdadeiramente vivido.
Afinal, trabalhamos tanto, corremos tanto, fizemos tantas coisas.
O que, realmente, valeu a pena?
O que valeu como crescimento pessoal?
Quantos livros lemos, nesses doze meses?
Quantas vezes nos detivemos a olhar para o céu, descobrindo a cara redonda da lua a brilhar, entre as estrelas?
Quantas vezes andamos pelas praças e nos interessamos por parar um pouco e observar o vento desarrumando a cabeleira das árvores?
Quantas vezes, ante um delicado aroma que nos chegou, nos permitimos descobrir de onde vinha e fechamos os olhos para guardar na memória aquele momento que jamais se repetiria, com a mesma intensidade?
Quantas vezes, ante a refeição, admiramos as cores espalhadas no prato e decidimos por comer, bem devagar, verdadeiramente saboreando cada porção?
Quantas vezes sentamos ao lado do filho pequeno e o ficamos observando brincar, no seu faz de conta?
Ou vimos com ele pela segunda, terceira, décima vez o mesmo desenho, sentindo verdadeiro prazer em ouvir as risadas dele, seu encantamento com os personagens animados?
E então, se somarmos todas as horas em que realizamos algo que nos fez crescer, que nos alegrou, que nos constituiu uma verdadeira experiência para ser guardada na mente e no coração, quantos dias, de verdade, teremos vivido?
O total dessa somatória nos dirá se nosso ano foi regular, bom, óptimo, excelente.
Se realmente o vivemos ou somente fomos passando pelas horas, multiplicando as semanas...
Se descobrirmos que foram muito poucos os dias vividos, comecemos, hoje, a mudar nossa forma de ser.
Comecemos a viver intensamente cada minuto, cada hora.
Porque viver é uma experiência inigualável e nenhum minuto volta, nenhuma cena se repete de igual maneira.
Pensemos nisso.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Idade : 68
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Para amar a Deus
Amar a Deus, entregar poemas e canções ao Criador, ter uma fé tão profunda que nada possa abalar.
Este é o sonho dos homens religiosos.
Mas são poucos os que alcançam esse estado de Espírito.
Em geral, Deus é quase inalcançável para a maioria dos seres humanos.
Parece tão distante quanto as estrelas. E por isso sofremos.
Cabisbaixos, seguimos vida afora com uma tristeza no peito, acreditando que somos piores que os outros, porque não conseguimos amar a Deus como amamos filhos, companheiros, pais e até amigos.
O que há de errado connosco?
O que há de errado connosco é a pressa.
Engolidos pelo turbilhão do mundo, esgotamos nosso tempo com coisas supérfluas...
E não nos sobram momentos para meditação e prece.
Envolvidos com as rotinas vazias, gastamos tempo demais com as actividades desnecessárias.
Enquanto isso, Deus aguarda.
Por outro lado, nossa mente de homens modernos foi treinada para ser apressada, imediatista.
Queremos tudo sem demora, instantaneamente.
Mas os assuntos de Deus têm seu tempo certo.
Exigem disciplina, coração aberto, mente calma.
A experiência Divina não se submete ao relógio humano e suas tolas pressões.
Portanto, vivenciar o amor a Deus é um aprendizado gradual, que se faz devagarzinho.
Esse amor existe dentro de cada um de nós, mas falta descobri-lo.
Para levantar o véu que encobre o amor a Deus, estabeleça momentos só seus com o Criador.
Como se fosse um namoro, uma aproximação delicada.
Comece pela natureza que se derrama em luz e cor.
Abra os olhos diante das tonalidades do céu quando o sol se põe.
Veja os azuis, dourados, amarelos e violetas.
E pense em Deus como um pintor que faz quadros por puro amor.
Nos sons delicados da brisa e dos pássaros, ou quando alguém compor uma canção emocionada, lembre de Deus que criou a música, que preenche nossas vidas.
Pense em Deus diante da majestade da montanha ou da pequenez de uma abelha.
Ali estará a genialidade do artesão Divino, que faz mundos e insectos com a mesma habilidade.
E pense em Deus quando contemplar seu próprio corpo, essa perfeita máquina de viver.
Com suas milhares de células, nervos, músculos e ossos ela abriga o tesouro mais precioso do mundo: seu Espírito imortal.
Siga pela vida buscando Deus em todas as coisas.
E em seu coração você sentirá brotar, enfim, um amor diferente.
Algo novo, indescritível.
Você sentirá que traz olhos confiantes e um desejo de entrega total ao Pai Divino.
Um sentimento de ternura vai inundar a sua alma e, finalmente, você entenderá de forma plena porque Jesus usava a doce expressão Pai para se referir a Deus.
Nesse dia, você se descobrirá uma criança de Deus.
Uma criança que anseia pelo acolhimento, pela protecção e pelo amor desse Pai Divino.
Minha canção despiu-se de seus adornos.
Ornamentos atrapalhariam a nossa união, pois ficariam entre mim e Ti, e seu tilintar abafaria a Tua voz.
Minha vaidade de poeta se enche de vergonha diante do Teu olhar.
Ó mestre poeta, estou sentado aos Teus pés!
Apenas permite que eu torne simples e recta a minha vida, como uma flauta de bambu, para que Tu a enchas de música.
Momento Espírita, com transcrição de versos do livro Gitanjali, de Rabindranath Tagore, ed. Paulinas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Este é o sonho dos homens religiosos.
Mas são poucos os que alcançam esse estado de Espírito.
Em geral, Deus é quase inalcançável para a maioria dos seres humanos.
Parece tão distante quanto as estrelas. E por isso sofremos.
Cabisbaixos, seguimos vida afora com uma tristeza no peito, acreditando que somos piores que os outros, porque não conseguimos amar a Deus como amamos filhos, companheiros, pais e até amigos.
O que há de errado connosco?
O que há de errado connosco é a pressa.
Engolidos pelo turbilhão do mundo, esgotamos nosso tempo com coisas supérfluas...
E não nos sobram momentos para meditação e prece.
Envolvidos com as rotinas vazias, gastamos tempo demais com as actividades desnecessárias.
Enquanto isso, Deus aguarda.
Por outro lado, nossa mente de homens modernos foi treinada para ser apressada, imediatista.
Queremos tudo sem demora, instantaneamente.
Mas os assuntos de Deus têm seu tempo certo.
Exigem disciplina, coração aberto, mente calma.
A experiência Divina não se submete ao relógio humano e suas tolas pressões.
Portanto, vivenciar o amor a Deus é um aprendizado gradual, que se faz devagarzinho.
Esse amor existe dentro de cada um de nós, mas falta descobri-lo.
Para levantar o véu que encobre o amor a Deus, estabeleça momentos só seus com o Criador.
Como se fosse um namoro, uma aproximação delicada.
Comece pela natureza que se derrama em luz e cor.
Abra os olhos diante das tonalidades do céu quando o sol se põe.
Veja os azuis, dourados, amarelos e violetas.
E pense em Deus como um pintor que faz quadros por puro amor.
Nos sons delicados da brisa e dos pássaros, ou quando alguém compor uma canção emocionada, lembre de Deus que criou a música, que preenche nossas vidas.
Pense em Deus diante da majestade da montanha ou da pequenez de uma abelha.
Ali estará a genialidade do artesão Divino, que faz mundos e insectos com a mesma habilidade.
E pense em Deus quando contemplar seu próprio corpo, essa perfeita máquina de viver.
Com suas milhares de células, nervos, músculos e ossos ela abriga o tesouro mais precioso do mundo: seu Espírito imortal.
Siga pela vida buscando Deus em todas as coisas.
E em seu coração você sentirá brotar, enfim, um amor diferente.
Algo novo, indescritível.
Você sentirá que traz olhos confiantes e um desejo de entrega total ao Pai Divino.
Um sentimento de ternura vai inundar a sua alma e, finalmente, você entenderá de forma plena porque Jesus usava a doce expressão Pai para se referir a Deus.
Nesse dia, você se descobrirá uma criança de Deus.
Uma criança que anseia pelo acolhimento, pela protecção e pelo amor desse Pai Divino.
Minha canção despiu-se de seus adornos.
Ornamentos atrapalhariam a nossa união, pois ficariam entre mim e Ti, e seu tilintar abafaria a Tua voz.
Minha vaidade de poeta se enche de vergonha diante do Teu olhar.
Ó mestre poeta, estou sentado aos Teus pés!
Apenas permite que eu torne simples e recta a minha vida, como uma flauta de bambu, para que Tu a enchas de música.
Momento Espírita, com transcrição de versos do livro Gitanjali, de Rabindranath Tagore, ed. Paulinas.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
E se a morte...
E se a morte fosse apenas uma passagem, como um portal, para um outro ambiente, para outro local, onde tudo muda, porém continuamos a ser a mesma pessoa?
Analisando assim, a morte não seria o fim, o término, o ponto final.
Apenas passagem.
E se a morte fosse apenas uma viagem?
Dessas em que nos despedimos de quem vai para muito longe, sentimos saudades, lembramos sempre, sabendo que o outro está seguindo a vida.
Não nos desesperamos, só choramos baixinho de saudades, porque sabemos que não é uma viagem sem volta, ou uma partida sem reencontro.
Amanhã, também viajaremos, e nossos amores, nossos amigos, estarão no cais do porto para se despedirem e assistir ao nosso embarque.
Assim considerada, a morte não seria a separação sem fim, um destino incerto.
Seria apenas uma viagem.
E se a morte fosse apenas uma mudança de casa?
A mudança do vizinho amigo, que morava há anos ao nosso lado, e se foi...
É verdade que a casa permanece vazia, sem vida, sem alegria, porque ele não se encontra ali.
Nossa amizade já não se faz no contacto diário, nas conversas ao pé do muro.
Mas, sabemos que ele está em outro lugar, em outro local, em outra casa.
Pensando assim, a morte não seria o abandono, o desaparecer, o não existir.
Apenas uma mudança.
E se a morte fosse o voltar para casa, depois de longa viagem, dessas onde se percorrem estradas, se visitam localidades, aprendem-se lições e vivências acontecem?
Então, o término da viagem seria a alegria do viajor que retorna para o lar, enquanto outros companheiros de viagem ainda têm trechos a percorrer.
Trechos que, logo mais, eles também concluirão e estarão connosco.
Por esse ângulo, a morte não seria a conclusão, o epílogo, o fechamento de uma história.
Apenas o retomar da vida em outras paragens, para mais um capítulo.
Em verdade, assim é a morte:
a mudança, a passagem, a transição, a viagem ou o retorno.
Mas, todos continuaremos.
A vida prossegue tão ou mais pujante mesmo quando a consideramos encerrada.
Isso porque não somos o corpo físico, que um dia abandonaremos.
Ele é apenas a vestimenta física, em carácter de empréstimo pela Providência Divina, a fim de vivenciarmos as lições de que carecemos.
Concluído o que aqui viemos fazer, apartamo-nos dele, e prosseguimos a viver.
Por isso, a morte não deve se constituir na dor pungente do adeus.
Apenas nas saudades do até logo.
Além disso, não permanecemos isolados totalmente de nossos amores que nos antecederam na saída do corpo.
Eles comparecem em nossos sonhos, nos visitam para amenizar as saudades, ou para nos aconselhar, ou nos atender em alguma circunstância.
Quantas vezes demonstram suas presenças invisíveis com um abraço caloroso, palavras doces, que nos levam a recordá-los, senti-los, emocionando-nos até às lágrimas?
Dessa forma, se as saudades nos apertam o coração, tenhamos paciência.
Não tarda o dia em que todos aportaremos no lado de lá, a fim de continuarmos a vida, sepultando definitivamente a morte.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Analisando assim, a morte não seria o fim, o término, o ponto final.
Apenas passagem.
E se a morte fosse apenas uma viagem?
Dessas em que nos despedimos de quem vai para muito longe, sentimos saudades, lembramos sempre, sabendo que o outro está seguindo a vida.
Não nos desesperamos, só choramos baixinho de saudades, porque sabemos que não é uma viagem sem volta, ou uma partida sem reencontro.
Amanhã, também viajaremos, e nossos amores, nossos amigos, estarão no cais do porto para se despedirem e assistir ao nosso embarque.
Assim considerada, a morte não seria a separação sem fim, um destino incerto.
Seria apenas uma viagem.
E se a morte fosse apenas uma mudança de casa?
A mudança do vizinho amigo, que morava há anos ao nosso lado, e se foi...
É verdade que a casa permanece vazia, sem vida, sem alegria, porque ele não se encontra ali.
Nossa amizade já não se faz no contacto diário, nas conversas ao pé do muro.
Mas, sabemos que ele está em outro lugar, em outro local, em outra casa.
Pensando assim, a morte não seria o abandono, o desaparecer, o não existir.
Apenas uma mudança.
E se a morte fosse o voltar para casa, depois de longa viagem, dessas onde se percorrem estradas, se visitam localidades, aprendem-se lições e vivências acontecem?
Então, o término da viagem seria a alegria do viajor que retorna para o lar, enquanto outros companheiros de viagem ainda têm trechos a percorrer.
Trechos que, logo mais, eles também concluirão e estarão connosco.
Por esse ângulo, a morte não seria a conclusão, o epílogo, o fechamento de uma história.
Apenas o retomar da vida em outras paragens, para mais um capítulo.
Em verdade, assim é a morte:
a mudança, a passagem, a transição, a viagem ou o retorno.
Mas, todos continuaremos.
A vida prossegue tão ou mais pujante mesmo quando a consideramos encerrada.
Isso porque não somos o corpo físico, que um dia abandonaremos.
Ele é apenas a vestimenta física, em carácter de empréstimo pela Providência Divina, a fim de vivenciarmos as lições de que carecemos.
Concluído o que aqui viemos fazer, apartamo-nos dele, e prosseguimos a viver.
Por isso, a morte não deve se constituir na dor pungente do adeus.
Apenas nas saudades do até logo.
Além disso, não permanecemos isolados totalmente de nossos amores que nos antecederam na saída do corpo.
Eles comparecem em nossos sonhos, nos visitam para amenizar as saudades, ou para nos aconselhar, ou nos atender em alguma circunstância.
Quantas vezes demonstram suas presenças invisíveis com um abraço caloroso, palavras doces, que nos levam a recordá-los, senti-los, emocionando-nos até às lágrimas?
Dessa forma, se as saudades nos apertam o coração, tenhamos paciência.
Não tarda o dia em que todos aportaremos no lado de lá, a fim de continuarmos a vida, sepultando definitivamente a morte.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Saber viver
Ele sempre fora um verdadeiro cavalheiro, companheiro e amigo de todos.
Sua maior felicidade era ter mantido seu casamento por quase sessenta anos.
Sempre mimoseava sua amada com uma flor, um bombom, ou simplesmente, com um beijo carinhoso.
Porém, naquela semana, como ele mesmo disse, sua companheira venceu sua etapa terrena.
Ele ficou só e decidiu se transferir para uma casa de repouso.
Um local simples, limpo e agradável.
Enquanto aguardava quem o iria conduzir às suas novas acomodações, foi olhando tudo com um sorriso nos lábios.
Adentrou o quarto que seria seu.
Bem menor do que o que tivera em sua casa.
Mas asseado e cheiroso.
A janela dava para o pomar, e o verde das árvores lhe encheu os olhos.
Havia uma mesinha com uns blocos de papel e canetas.
Ele se alegrou mais ainda.
Pareciam ter adivinhado seu gosto pela escrita.
Pensou: Aqui poderei, em silêncio, sonhar e escrever.
O atendente, vendo o seu ar de satisfação, perguntou se o local correspondia à sua expectativa.
Ele, sem titubear, respondeu que tinha certeza que seria um lugar muito especial, porque assim o idealizara, em sua mente.
Disse gostar muito de escrever e que a paisagem já estava a lhe inspirar algumas ideias.
Sei que meu tempo na Terra não deve ser muito longo, mas, farei o melhor uso dos dias que Deus me reserva.
Resolvi que minhas saudades, experiências e alegria me fariam companhia, por isso, serei muito feliz.
Trouxe comigo o mínimo de objectos, porque decidi que me contentarei com minhas inspirações: alguns livros que me fazem sentir mais leve e realizado, meus cadernos de anotações e minhas lembranças.
Espero poder caminhar junto às flores, admirando-as e, mentalmente, ofertando-as à minha querida companheira, porque sei que as receberá, onde se encontra.
Se puder ajudar a cuidar do jardim, o farei com grande alegria.
E, desde já agradeço sua atenção e a forma carinhosa como me recebeu.
Cinco anos depois, ele partiu para a Espiritualidade, deixando escritos, com as devidas dedicatórias, dois lindos romances sobre suas experiências de vida.
Viver na Terra é gratificante, sempre que nos dispomos a realizar o melhor possível.
Faz parte desta vida o que nos pode enriquecer espiritualmente: a alegria que nos torna realizados e felizes;
a enfermidade e a dor que nos servem de ensinamento;
as lágrimas que umedecem e fertilizam o terreno do coração;
os amigos que felicitam nossos dias;
as companhias amorosas que enchem de carinho nossas almas;
os inimigos que nos presenteiam com as duras verdades, nos alertando e nos permitindo cultivar a paciência;
o animalzinho de estimação que nos faz sorrir com suas peripécias, despertando a ternura em nossos corações;
as flores que perfumam e colorem nosso viver;
o lar que nos acolhe, a família que nos completa, bem como aquela que nos ensina tolerância e perseverança;
a saúde que desfrutamos;
a oportunidade constante de ajudar, de aprender, de ensinar, de colaborar, de participar, de amar...
Nós, apenas nós, podemos construir nossas alegrias, em todas as fases e circunstâncias de nossa vida.
Tudo depende da maneira como resolvamos vivê-la.
É o nosso pensar, nosso querer, nosso fazer, que retratam o nosso viver.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Sua maior felicidade era ter mantido seu casamento por quase sessenta anos.
Sempre mimoseava sua amada com uma flor, um bombom, ou simplesmente, com um beijo carinhoso.
Porém, naquela semana, como ele mesmo disse, sua companheira venceu sua etapa terrena.
Ele ficou só e decidiu se transferir para uma casa de repouso.
Um local simples, limpo e agradável.
Enquanto aguardava quem o iria conduzir às suas novas acomodações, foi olhando tudo com um sorriso nos lábios.
Adentrou o quarto que seria seu.
Bem menor do que o que tivera em sua casa.
Mas asseado e cheiroso.
A janela dava para o pomar, e o verde das árvores lhe encheu os olhos.
Havia uma mesinha com uns blocos de papel e canetas.
Ele se alegrou mais ainda.
Pareciam ter adivinhado seu gosto pela escrita.
Pensou: Aqui poderei, em silêncio, sonhar e escrever.
O atendente, vendo o seu ar de satisfação, perguntou se o local correspondia à sua expectativa.
Ele, sem titubear, respondeu que tinha certeza que seria um lugar muito especial, porque assim o idealizara, em sua mente.
Disse gostar muito de escrever e que a paisagem já estava a lhe inspirar algumas ideias.
Sei que meu tempo na Terra não deve ser muito longo, mas, farei o melhor uso dos dias que Deus me reserva.
Resolvi que minhas saudades, experiências e alegria me fariam companhia, por isso, serei muito feliz.
Trouxe comigo o mínimo de objectos, porque decidi que me contentarei com minhas inspirações: alguns livros que me fazem sentir mais leve e realizado, meus cadernos de anotações e minhas lembranças.
Espero poder caminhar junto às flores, admirando-as e, mentalmente, ofertando-as à minha querida companheira, porque sei que as receberá, onde se encontra.
Se puder ajudar a cuidar do jardim, o farei com grande alegria.
E, desde já agradeço sua atenção e a forma carinhosa como me recebeu.
Cinco anos depois, ele partiu para a Espiritualidade, deixando escritos, com as devidas dedicatórias, dois lindos romances sobre suas experiências de vida.
Viver na Terra é gratificante, sempre que nos dispomos a realizar o melhor possível.
Faz parte desta vida o que nos pode enriquecer espiritualmente: a alegria que nos torna realizados e felizes;
a enfermidade e a dor que nos servem de ensinamento;
as lágrimas que umedecem e fertilizam o terreno do coração;
os amigos que felicitam nossos dias;
as companhias amorosas que enchem de carinho nossas almas;
os inimigos que nos presenteiam com as duras verdades, nos alertando e nos permitindo cultivar a paciência;
o animalzinho de estimação que nos faz sorrir com suas peripécias, despertando a ternura em nossos corações;
as flores que perfumam e colorem nosso viver;
o lar que nos acolhe, a família que nos completa, bem como aquela que nos ensina tolerância e perseverança;
a saúde que desfrutamos;
a oportunidade constante de ajudar, de aprender, de ensinar, de colaborar, de participar, de amar...
Nós, apenas nós, podemos construir nossas alegrias, em todas as fases e circunstâncias de nossa vida.
Tudo depende da maneira como resolvamos vivê-la.
É o nosso pensar, nosso querer, nosso fazer, que retratam o nosso viver.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Mediunidade sincera
Médiuns, saibamos servir sempre, sem perguntar, ainda que reconheçamos a imposição do raciocínio e da lógica no desempenho das próprias obrigações.
A mistificação é o mal trazido conscientemente ao trabalho.
Quem situa a existência na seara do Cristo, entregando-lhe o coração, não pode alegar-se embusteiro.
Quem dá de si mesmo em amor puro e devotamento incessante é canal para os reservatórios do Bem Eterno e, entre nós, o doador real do bem, perante a Sabedoria Divina, é o Cristo, nosso Divino Mestre.
Sejam quais forem os implementos da usina, os transformadores que alteram as correntes eléctricas ou os fios que conduzem a energia, a luz que verte da tomada humilde é a resposta da Força Maior às solicitações humanas.
Quem serve com sinceridade, portanto, conserva-se indene de toda suspeita no campo da luta, embora os fenómenos sejam motivo de discussões, por vezes proveitosas, daqueles que os procuram.
Diante dos corações que choram, das mães padecentes, dos enfermos necessitados, dos tristes que desesperam, das crianças em abandono e dos pobres espíritos revoltados que jazem nas trevas, apresentando o impositivo da acção constante em favor dos que reclamam apoio e carinho, protecção e socorro, de permeio com os irmãos ainda jugulados pela influência da ignorância e da obsessão, o médium, realmente, não pode congelar as oportunidades da instrução e do alívio, da ajuda moral e da assistência fraterna, em nome da dúvida que nada constrói, sob pena de fazer-se descaridoso e infiel a si mesmo.
Trabalhemos.
Mediunidade é o instrumento.
Tenhamo-lo tão limpo e tão exacto quanto possível, para que os administradores do bem nos utilizem nas boas obras – nas boas obras que são, em verdade, a única maneira de traduzir a fé viva que abraçamos no levantamento do mundo melhor.
Batuíra
Do livro Mais Luz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
A mistificação é o mal trazido conscientemente ao trabalho.
Quem situa a existência na seara do Cristo, entregando-lhe o coração, não pode alegar-se embusteiro.
Quem dá de si mesmo em amor puro e devotamento incessante é canal para os reservatórios do Bem Eterno e, entre nós, o doador real do bem, perante a Sabedoria Divina, é o Cristo, nosso Divino Mestre.
Sejam quais forem os implementos da usina, os transformadores que alteram as correntes eléctricas ou os fios que conduzem a energia, a luz que verte da tomada humilde é a resposta da Força Maior às solicitações humanas.
Quem serve com sinceridade, portanto, conserva-se indene de toda suspeita no campo da luta, embora os fenómenos sejam motivo de discussões, por vezes proveitosas, daqueles que os procuram.
Diante dos corações que choram, das mães padecentes, dos enfermos necessitados, dos tristes que desesperam, das crianças em abandono e dos pobres espíritos revoltados que jazem nas trevas, apresentando o impositivo da acção constante em favor dos que reclamam apoio e carinho, protecção e socorro, de permeio com os irmãos ainda jugulados pela influência da ignorância e da obsessão, o médium, realmente, não pode congelar as oportunidades da instrução e do alívio, da ajuda moral e da assistência fraterna, em nome da dúvida que nada constrói, sob pena de fazer-se descaridoso e infiel a si mesmo.
Trabalhemos.
Mediunidade é o instrumento.
Tenhamo-lo tão limpo e tão exacto quanto possível, para que os administradores do bem nos utilizem nas boas obras – nas boas obras que são, em verdade, a única maneira de traduzir a fé viva que abraçamos no levantamento do mundo melhor.
Batuíra
Do livro Mais Luz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Ante a injustiça
O missionário do bem se mostrava muito triste.
Há dias, não conciliava o sono.
Tendo se dedicado ao próximo, de forma integral, recebia as pedradas de uma grande injustiça.
E sofria. Doía-lhe a cabeça. A alma sangrava.
Rogando o socorro dos benfeitores da vida, seu guia espiritual lhe apareceu e ouvindo-lhe a mágoa, recordou-lhe que o mal não deve ser valorizado.
Tu é quem estás dando valor à injustiça.
Se dás valor à mentira, deves sofrer o efeito da mentira.
Se tu sabes que não é verdade, porque estás sofrendo?
E para o confortar, lhe narrou a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, perdida num bosque.
Um dia, um viajante passou por ali, atirou um balde, retirou água e acabou com a sede.
A fonte ficou feliz e disse para si mesma:
“Como eu gostaria de poder dessedentar os viajantes, já que sou uma água preciosa.”
E Deus permitiu que ela viesse à tona, de forma que as aves e os animais pudessem dela se servir.
“Que bom é ser útil.
Gostaria de ir além, humedecer as raízes das árvores.
Correr a céu aberto.” – Pensou a fonte.
Veio a chuva, ela transbordou e se transformou num córrego.
Feliz, desejou chegar ao mar, porque o destino dos córregos e dos rios é atingir o mar.
E o riacho se tornou um rio.
O rio avolumou as águas.
Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira, impedindo-lhe a passagem.
O rio tentou passar por baixo, contornar.
Sem êxito. Então o rio cresceu e transpôs o obstáculo com firmeza.
No seu percurso, foi levando seixos, pedras, pequenos empecilhos que encontrou.
Quando algo imovível se apresentava à frente, ele crescia e o transpunha, até alcançar o mar.
E concluiu o benfeitor espiritual:
Todos nós somos fontes de Deus.
Um dia, alguém se acercou de ti e pediu para beber da água que tinhas.
A felicidade te encheu a alma e pediste a Deus para servir mais.
Então, transbordaste de amor e cresceste.
A alegria cantava hinos aos teus ouvidos.
Agora, quando uma dificuldade se apresenta, tu choras?
Faz como o rio.
Transpõe as pedras das dificuldades.
Não fiques a te lamentar.
Tua fatalidade é o mar, o grande oceano da misericórdia divina.
Pode ser que, em tua vida, estejas a passar por algo semelhante.
Aproveita a lição.
Não permitas que os maus te entravem a trilha por onde segues.
Confiante, ora e suplanta as dificuldades.
Injustiças te perseguem?
Não faças caso, não as valorizes, porque somente a verdade é imperecível.
Os homens que cometem as injustiças, logo mais não estarão mais na Terra.
Como tu mesmo. Preocupa-te somente em oferecer as águas do teu amor a quem necessita.
Não permitas que a inveja e a maldade empanem o brilho das tuas conquistas.
O que importa é a tua semeadura nobre, digna, de cada dia para que, ao final da jornada, possas olhar para trás e ver somente o rastro de bênçãos que deixaste em tua caminhada.
Momento Espírita, com base no cap. A parábola, do livro A veneranda Joanna de Ângelis, de Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Há dias, não conciliava o sono.
Tendo se dedicado ao próximo, de forma integral, recebia as pedradas de uma grande injustiça.
E sofria. Doía-lhe a cabeça. A alma sangrava.
Rogando o socorro dos benfeitores da vida, seu guia espiritual lhe apareceu e ouvindo-lhe a mágoa, recordou-lhe que o mal não deve ser valorizado.
Tu é quem estás dando valor à injustiça.
Se dás valor à mentira, deves sofrer o efeito da mentira.
Se tu sabes que não é verdade, porque estás sofrendo?
E para o confortar, lhe narrou a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, perdida num bosque.
Um dia, um viajante passou por ali, atirou um balde, retirou água e acabou com a sede.
A fonte ficou feliz e disse para si mesma:
“Como eu gostaria de poder dessedentar os viajantes, já que sou uma água preciosa.”
E Deus permitiu que ela viesse à tona, de forma que as aves e os animais pudessem dela se servir.
“Que bom é ser útil.
Gostaria de ir além, humedecer as raízes das árvores.
Correr a céu aberto.” – Pensou a fonte.
Veio a chuva, ela transbordou e se transformou num córrego.
Feliz, desejou chegar ao mar, porque o destino dos córregos e dos rios é atingir o mar.
E o riacho se tornou um rio.
O rio avolumou as águas.
Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira, impedindo-lhe a passagem.
O rio tentou passar por baixo, contornar.
Sem êxito. Então o rio cresceu e transpôs o obstáculo com firmeza.
No seu percurso, foi levando seixos, pedras, pequenos empecilhos que encontrou.
Quando algo imovível se apresentava à frente, ele crescia e o transpunha, até alcançar o mar.
E concluiu o benfeitor espiritual:
Todos nós somos fontes de Deus.
Um dia, alguém se acercou de ti e pediu para beber da água que tinhas.
A felicidade te encheu a alma e pediste a Deus para servir mais.
Então, transbordaste de amor e cresceste.
A alegria cantava hinos aos teus ouvidos.
Agora, quando uma dificuldade se apresenta, tu choras?
Faz como o rio.
Transpõe as pedras das dificuldades.
Não fiques a te lamentar.
Tua fatalidade é o mar, o grande oceano da misericórdia divina.
Pode ser que, em tua vida, estejas a passar por algo semelhante.
Aproveita a lição.
Não permitas que os maus te entravem a trilha por onde segues.
Confiante, ora e suplanta as dificuldades.
Injustiças te perseguem?
Não faças caso, não as valorizes, porque somente a verdade é imperecível.
Os homens que cometem as injustiças, logo mais não estarão mais na Terra.
Como tu mesmo. Preocupa-te somente em oferecer as águas do teu amor a quem necessita.
Não permitas que a inveja e a maldade empanem o brilho das tuas conquistas.
O que importa é a tua semeadura nobre, digna, de cada dia para que, ao final da jornada, possas olhar para trás e ver somente o rastro de bênçãos que deixaste em tua caminhada.
Momento Espírita, com base no cap. A parábola, do livro A veneranda Joanna de Ângelis, de Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Uma pausa para reflectir
Você está feliz com os resultados obtidos com seus esforços ultimamente?
Se está, parabéns! Você está no caminho certo.
Mas, se considera que algo não está bem, faça uma pausa para reflectir.
Afaste-se da busca pela fama e pelo ouro que ficarão sobre o pó da Terra.
Jamais olhe para trás ao fechar a porta ao lamentável tumulto da ganância e da ambição.
Seque as lágrimas de seus fracassos e infortúnios, largue o seu pesado fardo e descanse até que seu coração esteja sereno. Fique em paz.
Sua vida terrena, na melhor das hipóteses, é apenas um piscar de olhos entre duas eternidades.
Não tenha medo. Nada neste mundo poderá prejudicá-lo, a não ser você mesmo.
Faça o bem e exulte com suas vitórias sobre si mesmo.
Concentre suas energias.
Estar em toda parte é não estar em parte alguma.
Seja zeloso do seu tempo, pois esse é um grande tesouro.
Reconsidere seus objectivos.
Antes de lançar seu coração com grande empenho em qualquer coisa, verifique se são felizes aqueles que possuem o que você deseja.
Ame sua família e conte suas bênçãos.
Ponha de lado os sonhos impossíveis e trate de concluir sua tarefa, por mais desagradável que possa ser.
Todas as grandes realizações foram alcançadas através do trabalho e da espera.
Seja paciente.
A demora nas respostas divinas jamais é negativa.
Espere. Persista.
O que você semear, bem ou mal, será o que irá colher.
Nunca culpe os outros pela condição em que você se encontra.
Você é o que é exclusivamente em decorrência de suas próprias opções.
Aprenda a conviver com a pobreza honesta, se necessário for.
Dedique-se a coisas mais importantes do que transportar ouro para a sua sepultura.
Enfrente os problemas um de cada vez.
A ansiedade é a ferrugem da vida.
Quando se acrescentam os fardos de amanhã aos de hoje, eles se tornam insuportáveis.
Recorde a exortação do Mestre de Nazaré:
Não se preocupe com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.
É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo.
Evite o muro das lamentações.
Dê graças pelas suas derrotas.
Você não as teria recebido se não estivesse precisando delas.
Aprenda com os outros. Seja cauteloso.
Não sobrecarregue a sua consciência.
Trabalhe todos os dias como se fosse o primeiro, ao mesmo tempo em que trata as vidas em contacto com a sua como se todas fossem terminar à meia-noite.
Ame a todos, até mesmo aqueles que o maltratam, pois o ódio é um lixo que não devemos nos permitir.
Procure ajudar e confortar os necessitados.
Acima de tudo, lembre-se de que é necessário muito pouco para uma vida feliz.
Confie em Deus e percorra serenamente a sua trilha para a eternidade com lucidez e um sorriso.
Quando partir, que todos digam que o seu legado foi um mundo melhor do que aquele que encontrou.
Não programe a sua felicidade dentro dos padrões tradicionais que a ambição estabeleceu e os preconceitos mantêm.
A felicidade verdadeira independe dos valores externos, sempre transitórios, sem maior significado, além daquele que lhe atribuem.
Momento Espírita, com base em pensamentos do livro O maior presente do mundo, de Og Mandino/Buddy Kaye, ed. Record e com transcrição do Evangelho de Mateus, cap. 6, versículo 34.
§.§.§- Ave sem Ninho
Se está, parabéns! Você está no caminho certo.
Mas, se considera que algo não está bem, faça uma pausa para reflectir.
Afaste-se da busca pela fama e pelo ouro que ficarão sobre o pó da Terra.
Jamais olhe para trás ao fechar a porta ao lamentável tumulto da ganância e da ambição.
Seque as lágrimas de seus fracassos e infortúnios, largue o seu pesado fardo e descanse até que seu coração esteja sereno. Fique em paz.
Sua vida terrena, na melhor das hipóteses, é apenas um piscar de olhos entre duas eternidades.
Não tenha medo. Nada neste mundo poderá prejudicá-lo, a não ser você mesmo.
Faça o bem e exulte com suas vitórias sobre si mesmo.
Concentre suas energias.
Estar em toda parte é não estar em parte alguma.
Seja zeloso do seu tempo, pois esse é um grande tesouro.
Reconsidere seus objectivos.
Antes de lançar seu coração com grande empenho em qualquer coisa, verifique se são felizes aqueles que possuem o que você deseja.
Ame sua família e conte suas bênçãos.
Ponha de lado os sonhos impossíveis e trate de concluir sua tarefa, por mais desagradável que possa ser.
Todas as grandes realizações foram alcançadas através do trabalho e da espera.
Seja paciente.
A demora nas respostas divinas jamais é negativa.
Espere. Persista.
O que você semear, bem ou mal, será o que irá colher.
Nunca culpe os outros pela condição em que você se encontra.
Você é o que é exclusivamente em decorrência de suas próprias opções.
Aprenda a conviver com a pobreza honesta, se necessário for.
Dedique-se a coisas mais importantes do que transportar ouro para a sua sepultura.
Enfrente os problemas um de cada vez.
A ansiedade é a ferrugem da vida.
Quando se acrescentam os fardos de amanhã aos de hoje, eles se tornam insuportáveis.
Recorde a exortação do Mestre de Nazaré:
Não se preocupe com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.
É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo.
Evite o muro das lamentações.
Dê graças pelas suas derrotas.
Você não as teria recebido se não estivesse precisando delas.
Aprenda com os outros. Seja cauteloso.
Não sobrecarregue a sua consciência.
Trabalhe todos os dias como se fosse o primeiro, ao mesmo tempo em que trata as vidas em contacto com a sua como se todas fossem terminar à meia-noite.
Ame a todos, até mesmo aqueles que o maltratam, pois o ódio é um lixo que não devemos nos permitir.
Procure ajudar e confortar os necessitados.
Acima de tudo, lembre-se de que é necessário muito pouco para uma vida feliz.
Confie em Deus e percorra serenamente a sua trilha para a eternidade com lucidez e um sorriso.
Quando partir, que todos digam que o seu legado foi um mundo melhor do que aquele que encontrou.
Não programe a sua felicidade dentro dos padrões tradicionais que a ambição estabeleceu e os preconceitos mantêm.
A felicidade verdadeira independe dos valores externos, sempre transitórios, sem maior significado, além daquele que lhe atribuem.
Momento Espírita, com base em pensamentos do livro O maior presente do mundo, de Og Mandino/Buddy Kaye, ed. Record e com transcrição do Evangelho de Mateus, cap. 6, versículo 34.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
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Um sonho destroçado?
Ainda hoje, existem pessoas que pensam na interrupção da gestação por causa do diagnóstico de Síndrome de Down.
Pais que possuem filhos portadores de Down se surpreendem com o que eles são capazes de fazer.
De um modo geral, quando chega o diagnóstico, o que mais as pessoas comentam, lamentando, é o que a criança não será capaz de fazer.
Uma mãe confessou que ninguém, nem parentes, nem amigos, a foram felicitar pelo nascimento de sua bela menina.
Em vez disso, somente foram lhe dizer tudo o que ela não iria jamais fazer.
Contudo, o mais surpreendente nessas crianças é que elas não dão ouvidos ao que não podem fazer, elas fazem tudo parecer possível.
Elas podem precisar de um tanto mais de esforço mas se superam a cada dia.
E o que mais demonstram é sua alegria de viver.
Uma mãe, falando a respeito de sua filha, confessa:
Continuamos, meu marido e eu, nos surpreendendo com o que ela superou e como continua se superando.
Ninguém olha para ela e vê a Síndrome de Down.
As pessoas olham para ela como uma menina bonita que está pronta para enfrentar o mundo.
E orienta aos pais que receberem o diagnóstico do filho que estão gestando:
Informem-se, façam perguntas, peçam ajuda.
Saibam que a sua criança vai lhes trazer muita alegria.
Pode parecer que sua vida mudará para sempre.
Isso é verdade, vai mudar, mas para melhor.
Outra mãe se manifestou, dizendo:
Meu filho é um lutador.
Não havia expectativa de que ele sobrevivesse à gravidez.
Mas sobreviveu.
Ele não é nem de longe a criança que os médicos previram que ele seria.
É alegre, envolvido e amoroso.
Está sempre pronto a abraçar e dar carinho.
Ouvindo esses depoimentos é possível que você esteja se questionando, analisando a sua situação, você, pai ou mãe de uma criança com Síndrome de Down.
Talvez diga que as coisas não são fáceis como essas mães parecem fazer crer.
Em verdade, nada é fácil neste mundo em que tudo nos exige esforço e dedicação.
É possível que você se sinta frustrado ao receber, em seus braços, uma criança assim.
É possível que tenha ficado zangado, ficado triste.
Ou como disse uma mãe:
Senti como se meu coração tivesse se quebrado em um milhão de pedaços.
Esses sentimentos podem ocorrer mais de uma vez.
É compreensível. Somos humanos.
E todos esses sentimentos devem ser trabalhados ao seu tempo e do seu jeito.
Cada um lida com as emoções a seu próprio modo.
Importante é que você permita o nascimento do seu filho.
Importante saiba que para se desenvolver esse bebé precisa da sua compreensão, do seu apoio e encorajamento.
Tudo isso pode ser novo para você.
Pode parecer esmagador.
Você pode não se sentir à altura do desafio.
Mas, acredite, você, pai ou mãe, foi escolhido para criar esse ser especial de Deus.
Você é capaz. Você é abençoado.
E descobrirá, dia após dia, como esse pequenino raio de sol conquistará o seu coração.
Logo mais, você constatará que não pode sequer imaginar a sua vida sem ele.
Parabéns, papai e mamãe por seu raio de sol.
Auxiliem-no a brilhar.
Momento Espírita, com base no artigo Pais de onze crianças com Síndrome de Down dão relatos de amor em ensaio lindo, de Giovanna Mazzeo, http://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/522464/pais-de-11-criancas-com -sindrome-de-down-dao-relatos-de-amor-em-ensaio-lindo.
§.§.§- Ave sem Ninho
Pais que possuem filhos portadores de Down se surpreendem com o que eles são capazes de fazer.
De um modo geral, quando chega o diagnóstico, o que mais as pessoas comentam, lamentando, é o que a criança não será capaz de fazer.
Uma mãe confessou que ninguém, nem parentes, nem amigos, a foram felicitar pelo nascimento de sua bela menina.
Em vez disso, somente foram lhe dizer tudo o que ela não iria jamais fazer.
Contudo, o mais surpreendente nessas crianças é que elas não dão ouvidos ao que não podem fazer, elas fazem tudo parecer possível.
Elas podem precisar de um tanto mais de esforço mas se superam a cada dia.
E o que mais demonstram é sua alegria de viver.
Uma mãe, falando a respeito de sua filha, confessa:
Continuamos, meu marido e eu, nos surpreendendo com o que ela superou e como continua se superando.
Ninguém olha para ela e vê a Síndrome de Down.
As pessoas olham para ela como uma menina bonita que está pronta para enfrentar o mundo.
E orienta aos pais que receberem o diagnóstico do filho que estão gestando:
Informem-se, façam perguntas, peçam ajuda.
Saibam que a sua criança vai lhes trazer muita alegria.
Pode parecer que sua vida mudará para sempre.
Isso é verdade, vai mudar, mas para melhor.
Outra mãe se manifestou, dizendo:
Meu filho é um lutador.
Não havia expectativa de que ele sobrevivesse à gravidez.
Mas sobreviveu.
Ele não é nem de longe a criança que os médicos previram que ele seria.
É alegre, envolvido e amoroso.
Está sempre pronto a abraçar e dar carinho.
Ouvindo esses depoimentos é possível que você esteja se questionando, analisando a sua situação, você, pai ou mãe de uma criança com Síndrome de Down.
Talvez diga que as coisas não são fáceis como essas mães parecem fazer crer.
Em verdade, nada é fácil neste mundo em que tudo nos exige esforço e dedicação.
É possível que você se sinta frustrado ao receber, em seus braços, uma criança assim.
É possível que tenha ficado zangado, ficado triste.
Ou como disse uma mãe:
Senti como se meu coração tivesse se quebrado em um milhão de pedaços.
Esses sentimentos podem ocorrer mais de uma vez.
É compreensível. Somos humanos.
E todos esses sentimentos devem ser trabalhados ao seu tempo e do seu jeito.
Cada um lida com as emoções a seu próprio modo.
Importante é que você permita o nascimento do seu filho.
Importante saiba que para se desenvolver esse bebé precisa da sua compreensão, do seu apoio e encorajamento.
Tudo isso pode ser novo para você.
Pode parecer esmagador.
Você pode não se sentir à altura do desafio.
Mas, acredite, você, pai ou mãe, foi escolhido para criar esse ser especial de Deus.
Você é capaz. Você é abençoado.
E descobrirá, dia após dia, como esse pequenino raio de sol conquistará o seu coração.
Logo mais, você constatará que não pode sequer imaginar a sua vida sem ele.
Parabéns, papai e mamãe por seu raio de sol.
Auxiliem-no a brilhar.
Momento Espírita, com base no artigo Pais de onze crianças com Síndrome de Down dão relatos de amor em ensaio lindo, de Giovanna Mazzeo, http://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/522464/pais-de-11-criancas-com -sindrome-de-down-dao-relatos-de-amor-em-ensaio-lindo.
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O conforto dos afectos
Ele era um neurocirurgião famoso.
Naquela tarde, a sua preocupação era com a cirurgia que realizaria logo mais.
O telefone tocou e ele não pôde se furtar a atender.
Era uma senhora chamada Suzana, cujo marido morrera, depois de um ano e meio da descoberta de um tumor cerebral.
Agora era sua filha quem estava doente, com metástases cerebrais decorrentes de um câncer de mama.
Doutor, disse a mulher, quase atropelando as palavras, minha filha teve um sonho impressionante com o pai.
Ele lhe disse que tudo ficará bem, que ela não precisa se preocupar com a morte.
Doutor Eben estava acostumado a ouvir coisas semelhantes de muitos dos seus pacientes.
Na sua lógica, ele pensava que isso era produto da mente que estava fazendo o que podia para se tranquilizar numa situação insuportável.
Mas, acreditando que, quando um paciente está com uma enfermidade que pode levá-lo a óbito, suavizar a verdade é bom, não a impediu de se agarrar àquela pequena fantasia.
Portanto, somente comentou:
Deve ter sido um sonho maravilhoso!
Mas Suzana não se deteve e continuou:
Doutor, o mais incrível é como ele estava vestido: com uma camisa amarela e um chapéu Fedora!
Bem, Suzana – comentou o médico – acho que não devem existir códigos de moda no céu.
Não é nada disso, doutor.
É que logo que começamos a namorar, eu dei para ele uma camisa amarela.
E ele sempre a usava com o chapéu Fedora, também meu presente.
Mas a camisa e o chapéu foram perdidos em nossa lua de mel, onde nossas bagagens foram extraviadas.
E nunca mais adquirimos algo igual.
Pacientemente, explicou doutor Eben:
Tenho certeza de que vocês devem ter contado muito essa história do chapéu e da camisa para sua filha.
Do outro lado da linha, Suzana riu:
É isso que é impressionante, doutor.
Nunca comentamos. Era nosso pequeno segredo.
Achávamos que era um detalhe que poderia parecer ridículo para outras pessoas.
Jamais conversamos sobre o desaparecimento desses itens.
Portanto, nossa filha não sabia nada a respeito.
E concluiu: Pois é, doutor, ela estava com medo de morrer.
Agora, sabe que não tem nada a temer, nada mesmo. E está tranquila.
O médico continuou a ouvi-la, acreditando piamente que o que aquela mulher estava lhe relatando era uma fantasia criada pela dor.
No entanto, como a filha poderia criar na sua mente uma fantasia a respeito do que jamais vira seu pai vestir ou usar?
Em verdade, nossos amores, que estão na Espiritualidade, quando nos encontram nos sonhos, se apresentam com detalhes, exactamente para que os possamos identificar.
Podem ser detalhes tolos como uma camisa e um chapéu, de cuja existência a filha jamais soubera.
Mas que a mãe lhe diria da realidade deles.
O mais importante nisso tudo:
ele, que já transpusera os umbrais da morte, vinha lhe dizer que se tranquilizasse.
Em síntese: quando ela partisse para o grande Além, ele a estaria aguardando.
Um reencontro de duas almas que se amam: pai e filha.
Que conforto para ela, em estágio terminal, saber que o pai querido a aguardava, no aeroporto da Espiritualidade.
O amor não tem fronteiras, a morte não apaga os sentimentos.
Momento Espírita, com base no cap. 30, do livro Uma prova do céu, do Dr. Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Naquela tarde, a sua preocupação era com a cirurgia que realizaria logo mais.
O telefone tocou e ele não pôde se furtar a atender.
Era uma senhora chamada Suzana, cujo marido morrera, depois de um ano e meio da descoberta de um tumor cerebral.
Agora era sua filha quem estava doente, com metástases cerebrais decorrentes de um câncer de mama.
Doutor, disse a mulher, quase atropelando as palavras, minha filha teve um sonho impressionante com o pai.
Ele lhe disse que tudo ficará bem, que ela não precisa se preocupar com a morte.
Doutor Eben estava acostumado a ouvir coisas semelhantes de muitos dos seus pacientes.
Na sua lógica, ele pensava que isso era produto da mente que estava fazendo o que podia para se tranquilizar numa situação insuportável.
Mas, acreditando que, quando um paciente está com uma enfermidade que pode levá-lo a óbito, suavizar a verdade é bom, não a impediu de se agarrar àquela pequena fantasia.
Portanto, somente comentou:
Deve ter sido um sonho maravilhoso!
Mas Suzana não se deteve e continuou:
Doutor, o mais incrível é como ele estava vestido: com uma camisa amarela e um chapéu Fedora!
Bem, Suzana – comentou o médico – acho que não devem existir códigos de moda no céu.
Não é nada disso, doutor.
É que logo que começamos a namorar, eu dei para ele uma camisa amarela.
E ele sempre a usava com o chapéu Fedora, também meu presente.
Mas a camisa e o chapéu foram perdidos em nossa lua de mel, onde nossas bagagens foram extraviadas.
E nunca mais adquirimos algo igual.
Pacientemente, explicou doutor Eben:
Tenho certeza de que vocês devem ter contado muito essa história do chapéu e da camisa para sua filha.
Do outro lado da linha, Suzana riu:
É isso que é impressionante, doutor.
Nunca comentamos. Era nosso pequeno segredo.
Achávamos que era um detalhe que poderia parecer ridículo para outras pessoas.
Jamais conversamos sobre o desaparecimento desses itens.
Portanto, nossa filha não sabia nada a respeito.
E concluiu: Pois é, doutor, ela estava com medo de morrer.
Agora, sabe que não tem nada a temer, nada mesmo. E está tranquila.
O médico continuou a ouvi-la, acreditando piamente que o que aquela mulher estava lhe relatando era uma fantasia criada pela dor.
No entanto, como a filha poderia criar na sua mente uma fantasia a respeito do que jamais vira seu pai vestir ou usar?
Em verdade, nossos amores, que estão na Espiritualidade, quando nos encontram nos sonhos, se apresentam com detalhes, exactamente para que os possamos identificar.
Podem ser detalhes tolos como uma camisa e um chapéu, de cuja existência a filha jamais soubera.
Mas que a mãe lhe diria da realidade deles.
O mais importante nisso tudo:
ele, que já transpusera os umbrais da morte, vinha lhe dizer que se tranquilizasse.
Em síntese: quando ela partisse para o grande Além, ele a estaria aguardando.
Um reencontro de duas almas que se amam: pai e filha.
Que conforto para ela, em estágio terminal, saber que o pai querido a aguardava, no aeroporto da Espiritualidade.
O amor não tem fronteiras, a morte não apaga os sentimentos.
Momento Espírita, com base no cap. 30, do livro Uma prova do céu, do Dr. Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Olhar para as estrelas
O que efectivamente é permanente em nossa existência?
O que vai durar para sempre?
Se esses questionamentos parecem fáceis de serem analisados em dias tranquilos, em dias tormentosos dificilmente eles nos chegam à mente.
Por isso, será sempre nos dias de calmaria que conseguiremos construir a certeza de que tudo é passageiro em nossas vidas.
Glórias, conquistas, tesouros, tudo se esvai com o tempo.
Assim como dificuldades, dores, carências.
Atormentados com uns, iludidos com outras, comummente nos perdemos nos acontecimentos da vida, esquecendo-nos de que, efectivamente, isso tudo não é a vida em si.
Mikhail Bulgakov, escritor e dramaturgo ucraniano do Século XX, ao concluir seu romance O exército branco, escreveu:
Tudo passa – sofrimento, sangue, fome, peste.
A espada também passará, mas as estrelas ainda permanecerão quando a sombra de nossa presença e nossos feitos se tiverem desvanecidos na Terra.
Não há homem que não saiba disso.
Porque então não voltamos nossos olhos para as estrelas? Porquê?
Dessa forma reflexiona o escritor sobre as coisas do quotidiano, sobre como são efémeras, como nada perdura.
E elege as estrelas como símbolo de permanência.
Também como símbolo de sonho e da capacidade de olhar além dos problemas do dia a dia, essas coisas pequenas que, por vezes, nos atormentam tanto.
Essa deve ser a proposta da nossa vida: que passemos por suas lições, que aprendamos com elas, que guardemos para sempre em nossa intimidade o que de melhor elas possam nos ensinar.
Nenhum de nós é condenado pela Providência Divina a eternos suplícios, a dificuldades intermináveis.
Deus não nos castiga nem nos impõe severas punições desnecessárias.
Na verdade, todas as situações da vida têm um propósito e acontecem como boas oportunidades de aprendizado, sejam na alegria, nas conquistas ou na tristeza.
Se o sucesso, o dinheiro, a fartura se fazem presentes, em nossos caminhos, significam oportunidades de aprendermos parcimónia, justiça, empatia e generosidade.
Porém, se é a dor a nos alcançar, seu objectivo é que alimentemos a fé, a esperança, a paciência.
Se é a dificuldade financeira que nos encontra, exercitemos a perseverança, a coragem.
Se os conflitos familiares se fazem mais intensos, são momentos para exercitar um tanto mais a humildade, a compreensão, o entendimento.
Em todas as situações há aprendizado.
Não nos percamos com os excessos que nos chegam, pois tudo passa e eles se perderão, se dissiparão no tempo.
Tampouco nos martirizemos em demasia com as dores e dificuldades porque essas também logo mais nos deixarão.
Portanto, em momentos de felicidade ou de rudes dificuldades, olhemos para o Alto.
As estrelas nos afirmarão que tudo passa, tudo se desvanece com o tempo; que somente permanecem as lições construtivas, diante das quais tenhamos tido a boa vontade de aprender ao longo da nossa jornada terrena.
E que esses aprendizados constituirão as verdadeiras e perenes estrelas que iremos coleccionando, no mais profundo da alma, a fim de evoluirmos.
Por enquanto, olhemos as estrelas que nos iluminam as noites e prossigamos caminhando, firmes, aprendendo sempre, enquanto espalhamos as nossas próprias e pequeninas luzes pelas veredas da Terra.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
O que vai durar para sempre?
Se esses questionamentos parecem fáceis de serem analisados em dias tranquilos, em dias tormentosos dificilmente eles nos chegam à mente.
Por isso, será sempre nos dias de calmaria que conseguiremos construir a certeza de que tudo é passageiro em nossas vidas.
Glórias, conquistas, tesouros, tudo se esvai com o tempo.
Assim como dificuldades, dores, carências.
Atormentados com uns, iludidos com outras, comummente nos perdemos nos acontecimentos da vida, esquecendo-nos de que, efectivamente, isso tudo não é a vida em si.
Mikhail Bulgakov, escritor e dramaturgo ucraniano do Século XX, ao concluir seu romance O exército branco, escreveu:
Tudo passa – sofrimento, sangue, fome, peste.
A espada também passará, mas as estrelas ainda permanecerão quando a sombra de nossa presença e nossos feitos se tiverem desvanecidos na Terra.
Não há homem que não saiba disso.
Porque então não voltamos nossos olhos para as estrelas? Porquê?
Dessa forma reflexiona o escritor sobre as coisas do quotidiano, sobre como são efémeras, como nada perdura.
E elege as estrelas como símbolo de permanência.
Também como símbolo de sonho e da capacidade de olhar além dos problemas do dia a dia, essas coisas pequenas que, por vezes, nos atormentam tanto.
Essa deve ser a proposta da nossa vida: que passemos por suas lições, que aprendamos com elas, que guardemos para sempre em nossa intimidade o que de melhor elas possam nos ensinar.
Nenhum de nós é condenado pela Providência Divina a eternos suplícios, a dificuldades intermináveis.
Deus não nos castiga nem nos impõe severas punições desnecessárias.
Na verdade, todas as situações da vida têm um propósito e acontecem como boas oportunidades de aprendizado, sejam na alegria, nas conquistas ou na tristeza.
Se o sucesso, o dinheiro, a fartura se fazem presentes, em nossos caminhos, significam oportunidades de aprendermos parcimónia, justiça, empatia e generosidade.
Porém, se é a dor a nos alcançar, seu objectivo é que alimentemos a fé, a esperança, a paciência.
Se é a dificuldade financeira que nos encontra, exercitemos a perseverança, a coragem.
Se os conflitos familiares se fazem mais intensos, são momentos para exercitar um tanto mais a humildade, a compreensão, o entendimento.
Em todas as situações há aprendizado.
Não nos percamos com os excessos que nos chegam, pois tudo passa e eles se perderão, se dissiparão no tempo.
Tampouco nos martirizemos em demasia com as dores e dificuldades porque essas também logo mais nos deixarão.
Portanto, em momentos de felicidade ou de rudes dificuldades, olhemos para o Alto.
As estrelas nos afirmarão que tudo passa, tudo se desvanece com o tempo; que somente permanecem as lições construtivas, diante das quais tenhamos tido a boa vontade de aprender ao longo da nossa jornada terrena.
E que esses aprendizados constituirão as verdadeiras e perenes estrelas que iremos coleccionando, no mais profundo da alma, a fim de evoluirmos.
Por enquanto, olhemos as estrelas que nos iluminam as noites e prossigamos caminhando, firmes, aprendendo sempre, enquanto espalhamos as nossas próprias e pequeninas luzes pelas veredas da Terra.
Momento Espírita.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Idade : 68
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Sempre amado
Ann tinha apenas dezasseis quando engravidou.
Era uma época difícil.
Seu pai estava desempregado e Richard, o namorado, um estudante sem recursos.
No sexto mês de gravidez, ela foi para uma instituição que abrigava mães solteiras.
Naquela noite gelada, ela saiu para andar.
Desejava estar sozinha com a lua, as estrelas e seu filhinho prestes a nascer.
Mais tarde, quando foi levada para a maternidade, só pensava em que, em breve, poderia estar com ele nos braços e voltar para a casa dos pais.
Emocionou-se ao ouvir o choro do seu menino, que lhe foi apresentado, envolto em uma manta azul.
Era o dia onze de dezembro de 1953.
Para Ann, o seu era o bebé mais bonito do berçário e ela explodia de orgulho.
Mas, a situação não se modificara.
A incerteza de poder ou não ficar com a criança começou a machucá-la.
E isso afectou o menino.
Com onze dias, ele parou de se alimentar e precisou ser hospitalizado.
Então, Ann voltou para sua cidade, para rever os pais de quem estava separada, há três meses.
Sob cuidados, o garoto voltou a se alimentar.
Quando, dias depois, ela telefonou, soube que ele fora enviado para um lar de crianças.
Ela protestou. Aquilo era injusto.
Era o seu filho, o seu pequeno e ela o queria.
Nos três meses seguintes, Ann fez muitas viagens de ónibus para visitá-lo, planeando poder levá-lo para casa.
Uma vez foi com sua mãe e outra com Richard.
Logo, tudo ficou muito claro:
ela teria que desistir do filho.
Então, o visitou pela última vez.
Pegou o bebé nos braços, abraçou-o, beijou-o e o acariciou muito.
Inalou seu cheirinho de recém-saído do banho, desejando reter isso em sua memória para sempre.
E lhe explicou, entre lágrimas, que precisava entregá-lo para adopção.
A situação financeira dos pais estava ruim, o namorado ingressara na faculdade.
Olhou para ele e se despediu, dizendo:
Eu te amo muito, meu filho.
Tanto que nunca saberás.
Eu te amarei até o fim dos meus dias.
Finalmente, orou a Deus pedindo que seu pequenino soubesse que era amado.
Por mais de meio século, ela não teve como saber se a sua prece fora atendida porque a adopção envolvia sigilo absoluto.
Anos depois, casou-se com Richard e tiveram três filhos.
O desejo de reencontrar o seu bebé foi se intensificando.
Onde ele estaria? Seria feliz? Viveria ainda?
Em 2007, ela encontrou o filho que buscava, intensamente, por sua família biológica.
Ele era um neurocirurgião, marido, pai de dois filhos de nove e dezanove anos.
O reencontro foi emocionante.
Para Eben, o filho, foi a certeza de que sempre fora amado.
Para ela, a resposta à sua oração:
Eben fora adoptado por uma família maravilhosa, que o amara desde o primeiro momento.
Pais e irmãos compunham o seu universo familiar.
Quando Ann o abraçou, depois de cinquenta e quatro anos de distanciamento, ela pôde lhe dizer como ele sempre fora amado.
Para ele, foi a certeza de que havia um Ser, no Universo, que se importava com todas as Suas criaturas, na face da Terra.
Um Pai bom, que ouve as preces dos Seus filhos.
Um Pai que cuida de cada um em particular.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
Era uma época difícil.
Seu pai estava desempregado e Richard, o namorado, um estudante sem recursos.
No sexto mês de gravidez, ela foi para uma instituição que abrigava mães solteiras.
Naquela noite gelada, ela saiu para andar.
Desejava estar sozinha com a lua, as estrelas e seu filhinho prestes a nascer.
Mais tarde, quando foi levada para a maternidade, só pensava em que, em breve, poderia estar com ele nos braços e voltar para a casa dos pais.
Emocionou-se ao ouvir o choro do seu menino, que lhe foi apresentado, envolto em uma manta azul.
Era o dia onze de dezembro de 1953.
Para Ann, o seu era o bebé mais bonito do berçário e ela explodia de orgulho.
Mas, a situação não se modificara.
A incerteza de poder ou não ficar com a criança começou a machucá-la.
E isso afectou o menino.
Com onze dias, ele parou de se alimentar e precisou ser hospitalizado.
Então, Ann voltou para sua cidade, para rever os pais de quem estava separada, há três meses.
Sob cuidados, o garoto voltou a se alimentar.
Quando, dias depois, ela telefonou, soube que ele fora enviado para um lar de crianças.
Ela protestou. Aquilo era injusto.
Era o seu filho, o seu pequeno e ela o queria.
Nos três meses seguintes, Ann fez muitas viagens de ónibus para visitá-lo, planeando poder levá-lo para casa.
Uma vez foi com sua mãe e outra com Richard.
Logo, tudo ficou muito claro:
ela teria que desistir do filho.
Então, o visitou pela última vez.
Pegou o bebé nos braços, abraçou-o, beijou-o e o acariciou muito.
Inalou seu cheirinho de recém-saído do banho, desejando reter isso em sua memória para sempre.
E lhe explicou, entre lágrimas, que precisava entregá-lo para adopção.
A situação financeira dos pais estava ruim, o namorado ingressara na faculdade.
Olhou para ele e se despediu, dizendo:
Eu te amo muito, meu filho.
Tanto que nunca saberás.
Eu te amarei até o fim dos meus dias.
Finalmente, orou a Deus pedindo que seu pequenino soubesse que era amado.
Por mais de meio século, ela não teve como saber se a sua prece fora atendida porque a adopção envolvia sigilo absoluto.
Anos depois, casou-se com Richard e tiveram três filhos.
O desejo de reencontrar o seu bebé foi se intensificando.
Onde ele estaria? Seria feliz? Viveria ainda?
Em 2007, ela encontrou o filho que buscava, intensamente, por sua família biológica.
Ele era um neurocirurgião, marido, pai de dois filhos de nove e dezanove anos.
O reencontro foi emocionante.
Para Eben, o filho, foi a certeza de que sempre fora amado.
Para ela, a resposta à sua oração:
Eben fora adoptado por uma família maravilhosa, que o amara desde o primeiro momento.
Pais e irmãos compunham o seu universo familiar.
Quando Ann o abraçou, depois de cinquenta e quatro anos de distanciamento, ela pôde lhe dizer como ele sempre fora amado.
Para ele, foi a certeza de que havia um Ser, no Universo, que se importava com todas as Suas criaturas, na face da Terra.
Um Pai bom, que ouve as preces dos Seus filhos.
Um Pai que cuida de cada um em particular.
Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante.
§.§.§- Ave sem Ninho
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Data de inscrição : 07/11/2010
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Um minuto com Chico Xavier
Pecado e sexo, eis alguns dos temas abordados em uma entrevista de que participaram vários jornalistas do jornal Estado de Minas.
As perguntas versaram sobre os mais diferentes assuntos e Chico Xavier, durante uma hora, respondeu calma e objectivamente a todas elas.
Eis uma pequena amostra do que ali ocorreu:
- Os espíritas raramente dizem a palavra pecado.
Este não existe para a doutrina? Por exemplo, o sexo não seria um pecado?
"Quanto ao pecado, nós temos na Doutrina Espírita a lei de causa e efeito, que é a lei, como dizem os hindus, a lei do carma.
Lei essa pela qual as nossas faltas serão reparadas por nós mesmos.
Nós criamos os nossos próprios impedimentos.
Por exemplo, se eu pratico o suicídio nesta vida, naturalmente que na próxima eu devo ressurgir num corpo com as características de sofrimento que eu próprio terei criado para mim.
De modo que nós não vamos dizer que não existe o conceito de pecado na Doutrina Espírita, mas os espíritas habitualmente não abusam desta palavra porque nós não podemos desconhecer a misericórdia de Deus em sua própria justiça.
Se estamos ainda em uma fase de desenvolvimento e de evolução ainda razoavelmente imperfeita, por que é que a perfeição divina haveria de nos punir com castigos eternos, quando um pai humano promove sempre meios para que o seu filho doente ou faltoso seja amparado com o remédio ou com o socorro psicológico?
De modo que nós não consideramos o pecado como sendo uma afronta à bondade de Deus mas, sim, a falta que cometermos, uma afronta feita a nós mesmo, pois cada um de nós carrega em si a presença Divina."
- E quanto ao sexo?
"Quanto ao sexo, nós todos estamos conscientes de que é tão importante um órgão genésico como é importante o órgão da visão, da audição.
Por exemplo, se um homem estabelece um processo de malícia contra alguém, naturalmente que o culpado não é o olho desse homem, mas sim a sua mente que foi quem idealizou a malícia.
De modo que se o sexo tem alguma falha, esta falha está em nossa mente, mas não no órgão que nos deu especialmente o privilégio do título de filhos, filhos de mães sempre maravilhosas, porque nossas mães são sempre almas grandes, anjos humanos que nos acalentam nos braços e que nos abrem caminhos para a existência humana.
E, pelo sexo, é que a Divina Providência nos deu esse santuário."
Do livro Entender Conversando, de Chico Xavier e Emmanuel.
§.§.§- Ave sem Ninho
As perguntas versaram sobre os mais diferentes assuntos e Chico Xavier, durante uma hora, respondeu calma e objectivamente a todas elas.
Eis uma pequena amostra do que ali ocorreu:
- Os espíritas raramente dizem a palavra pecado.
Este não existe para a doutrina? Por exemplo, o sexo não seria um pecado?
"Quanto ao pecado, nós temos na Doutrina Espírita a lei de causa e efeito, que é a lei, como dizem os hindus, a lei do carma.
Lei essa pela qual as nossas faltas serão reparadas por nós mesmos.
Nós criamos os nossos próprios impedimentos.
Por exemplo, se eu pratico o suicídio nesta vida, naturalmente que na próxima eu devo ressurgir num corpo com as características de sofrimento que eu próprio terei criado para mim.
De modo que nós não vamos dizer que não existe o conceito de pecado na Doutrina Espírita, mas os espíritas habitualmente não abusam desta palavra porque nós não podemos desconhecer a misericórdia de Deus em sua própria justiça.
Se estamos ainda em uma fase de desenvolvimento e de evolução ainda razoavelmente imperfeita, por que é que a perfeição divina haveria de nos punir com castigos eternos, quando um pai humano promove sempre meios para que o seu filho doente ou faltoso seja amparado com o remédio ou com o socorro psicológico?
De modo que nós não consideramos o pecado como sendo uma afronta à bondade de Deus mas, sim, a falta que cometermos, uma afronta feita a nós mesmo, pois cada um de nós carrega em si a presença Divina."
- E quanto ao sexo?
"Quanto ao sexo, nós todos estamos conscientes de que é tão importante um órgão genésico como é importante o órgão da visão, da audição.
Por exemplo, se um homem estabelece um processo de malícia contra alguém, naturalmente que o culpado não é o olho desse homem, mas sim a sua mente que foi quem idealizou a malícia.
De modo que se o sexo tem alguma falha, esta falha está em nossa mente, mas não no órgão que nos deu especialmente o privilégio do título de filhos, filhos de mães sempre maravilhosas, porque nossas mães são sempre almas grandes, anjos humanos que nos acalentam nos braços e que nos abrem caminhos para a existência humana.
E, pelo sexo, é que a Divina Providência nos deu esse santuário."
Do livro Entender Conversando, de Chico Xavier e Emmanuel.
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