ARTIGOS DIVERSOS
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ESTÁ CHEGANDO O FINAL DA QUARESMA
PERÍODO DE QUARENTA DIAS QUE ANTECEDE A DATA MAIS IMPORTANTE PARA O CRISTIANISMO: “A MORTE E A RESSURREIÇÃO DE CRISTO”.
Época mais difícil para os "Médiuns", especialmente os "Ostensivos", com maior Sensibilidade Espiritual, que sofrem terrivelmente, dada a facilidade de intercâmbio com nossos queridos Irmãos Desencarnados, dado a influência deletéria que recebem.
Os Irmãos abandonam o "Umbral" e vem para a Festa da Carne, depois não conseguem voltar por conta própria e ficam vagando, utilizando-se de Fluidos de Médiuns Invigilantes, para prosseguir em suas acções nefastas, fazendo sofrer milhares de Irmãos.
Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.
Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a páscoa.
Momento de Oração
No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências.
Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado.
Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.
De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros?
Até que ponto as penitências são válidas?
Será que necessitamos de um período específico para reflectir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?
Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objectivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma.
Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante.
Se a privação não passar de simulacro, será uma irrisão.”
722. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interdizer o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”
Época mais difícil para os "Médiuns", especialmente os "Ostensivos", com maior Sensibilidade Espiritual, que sofrem terrivelmente, dada a facilidade de intercâmbio com nossos queridos Irmãos Desencarnados, dado a influência deletéria que recebem.
Os Irmãos abandonam o "Umbral" e vem para a Festa da Carne, depois não conseguem voltar por conta própria e ficam vagando, utilizando-se de Fluidos de Médiuns Invigilantes, para prosseguir em suas acções nefastas, fazendo sofrer milhares de Irmãos.
Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.
Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a páscoa.
Momento de Oração
No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências.
Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado.
Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.
De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros?
Até que ponto as penitências são válidas?
Será que necessitamos de um período específico para reflectir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?
Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objectivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma.
Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante.
Se a privação não passar de simulacro, será uma irrisão.”
722. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interdizer o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
726. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus.
Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem.
Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas?
Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes?
Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus.
Sofrer alguém voluntariamente ,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”
Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões.
Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.
Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne.
Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.
"Carnevale" - Idade Média
A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na idade antiga, consolidando-se na idade média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições.
Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais.
Para evitar conflitos com a nobreza, a igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal, essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval.
Após o “carnavale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a páscoa.
O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.
Cristo ensinando a caridade.
Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes.
E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.
Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.
Referências: “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec
§.§.§- Ave sem Ninho
“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus.
Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem.
Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas?
Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes?
Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus.
Sofrer alguém voluntariamente ,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”
Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões.
Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.
Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne.
Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.
"Carnevale" - Idade Média
A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na idade antiga, consolidando-se na idade média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições.
Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais.
Para evitar conflitos com a nobreza, a igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal, essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval.
Após o “carnavale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a páscoa.
O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.
Cristo ensinando a caridade.
Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes.
E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.
Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.
Referências: “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec
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MARAVILHOSO: “ÚLTIMOS MINUTOS DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS”
O ANJO SOLITÁRIO - Enquanto o Mestre agonizava na cruz, rasgou-se o céu em Jerusalém e entidades angélicas, em grupos extensos, desceram sobre o Calvário doloroso...
Na poeira escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes.
Fios de claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a tempestade se anunciasse a distância...
O Cristo, de alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do Paraíso chegavam, em bandos, a entoaram cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos jamais poderiam perceber.
Os Anjos da Ternura rodearam-lhe o peito ferido como a lhe insufladores energias novas.
Os portadores da Consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo.
Os Embaixadores da Harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
Os Emissários da Beleza teceram guirlandas de rosas e lírios subtis, adornando a cruz ingrata.
Os Distribuidores de Justiça, depois de lhe oscularem as mãos quase hirtas, iniciaram a catalogação dos culpados para chamá-los a esclarecimento a reajuste em tempo devido.
Os Doadores de Carinho, em assembleia encantadora, postaram-se à frente dele e acariciavam-lhe os cabelos empastados de sangue.
Os Enviados da Luz acenderam focos brilhante nas chagas doloridas, fazendo-lhe olvidar o sofrimento.
Trabalhavam os mensageiros do Céu, em torno do Sublime Condutor dos Homens, aliviando-o e exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um anjo aureolado de intraduzível esplendor apareceu, solitário, descendo do império magnificente da Altura.
Não trazia seguidores e, em se abeirando do Senhor, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e enternecido.
Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa que, naturalmente, cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do Mestre, antes de tudo.
E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos braços do madeiro afrontoso.
Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com inexcedível carinho, e colocou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios que balbuciavam de leve.
Jesus pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e húmidos e, de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens lhe não viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço também lhe não notaram a ausência.
Mas, suspenso no martírio, Jesus contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.
Esse, era o anjo divino da Caridade.
HAROLDO DUTRA DIAS
Trecho do livro: Estante da Vida de Humberto de Campos psicografado por Francisco de Paula Cândido Xavier Capítulo 34 - O anjo solitário
§.§.§- Ave sem Ninho
Na poeira escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes.
Fios de claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a tempestade se anunciasse a distância...
O Cristo, de alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do Paraíso chegavam, em bandos, a entoaram cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos jamais poderiam perceber.
Os Anjos da Ternura rodearam-lhe o peito ferido como a lhe insufladores energias novas.
Os portadores da Consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo.
Os Embaixadores da Harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
Os Emissários da Beleza teceram guirlandas de rosas e lírios subtis, adornando a cruz ingrata.
Os Distribuidores de Justiça, depois de lhe oscularem as mãos quase hirtas, iniciaram a catalogação dos culpados para chamá-los a esclarecimento a reajuste em tempo devido.
Os Doadores de Carinho, em assembleia encantadora, postaram-se à frente dele e acariciavam-lhe os cabelos empastados de sangue.
Os Enviados da Luz acenderam focos brilhante nas chagas doloridas, fazendo-lhe olvidar o sofrimento.
Trabalhavam os mensageiros do Céu, em torno do Sublime Condutor dos Homens, aliviando-o e exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um anjo aureolado de intraduzível esplendor apareceu, solitário, descendo do império magnificente da Altura.
Não trazia seguidores e, em se abeirando do Senhor, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e enternecido.
Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa que, naturalmente, cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do Mestre, antes de tudo.
E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos braços do madeiro afrontoso.
Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com inexcedível carinho, e colocou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios que balbuciavam de leve.
Jesus pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e húmidos e, de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens lhe não viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço também lhe não notaram a ausência.
Mas, suspenso no martírio, Jesus contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.
Esse, era o anjo divino da Caridade.
HAROLDO DUTRA DIAS
Trecho do livro: Estante da Vida de Humberto de Campos psicografado por Francisco de Paula Cândido Xavier Capítulo 34 - O anjo solitário
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IRMÃOS NEGROS, CABOCLOS E ÍNDIOS
MAIORES TRABALHADORES DO TERRA A TERRA.
São os que realizam os Trabalhos mais Pesados, mais Difíceis, mais Complicados, especialmente a “Limpeza de Ambientes”, como nossas Casas, Trabalhos, Templos.
A esses queridos Irmãos, realmente tiramos o chapéu, pelo maravilhoso trabalho que realizam, com extrema Humildade.
Pretos velhos, índios e caboclos são realmente como se apresentam?
Therezinha Oliveira - Uma vez desencarnado, o espírito não mais pertence a qualquer das raças humanas terrenas.
Não tendo mais corpo físico, o espírito não é amarelo nem negro ou branco.
O espírito poderá apresentar em seu perispírito (corpo espiritual) características de alguma raça, se ainda se sentir assim, ou assim se mentalizar.
Devemos acolhê-los ou não em nossas reuniões mediúnicas?
Therezinha Oliveira - Devemos acolher fraternalmente, sem qualquer intolerância ou preconceito, todos os espíritos manifestantes, porque é com a permissão de lei divinas que eles vêm às nossas reuniões.
Analisemos, porém, sua natureza e o conteúdo de suas comunicações, como devemos fazer com qualquer espírito que entre nós se manifeste.
Pois, esses espíritos, para se comunicarem mediunicamente, não precisariam usar de um linguarar estranho aos médiuns e aos participantes da reunião.
Como atendê-los?
Resp.: 1) Se o espírito adopta essa aparência ou linguarar momentaneamente, porque assim era conhecido na existência terrena e que comprovar sua individualidade?
A manifestação estará justificada, caso haja quem o possa reconhecer e identificar.
2) Se o espírito se apresenta desse modo porque ainda se sente nas condições em que vivia na sua última encarnação?
Procurar ajudá-lo a se liberar desse indesejável condicionamento:
- esclarecê-lo quanto à sua real natureza de espírito;
- lembrar-lhe que já teve muitas outras existências e em diferentes condições e, portanto, tem um património espiritual mais amplo;
- mostrar-lhe que não precisa ficar fixado nas condições da existência que findou e que na vida espiritual pode continuar progredindo (inclusive no modo falar).
3) Se o espírito diz que se apresenta assim, porque essa encarnação lhe foi muito grata por lhe haver permitido adquirir virtudes, especialmente e humildade (por não se rebelar nem odiar ante o domínio injusto que sofreu), e o deseja exemplificar?
Dizer que entendemos o seu propósito mas que a humildade não consiste em aparências exteriores nem em atitudes servis; ser humilde é não se considerar melhor ou mais merecedor que os outros, não se colocar jamais acima de ninguém.
4) Se o espírito finge essa aparência e linguarar com o objectivo de nos iludir e perturbar?
Advertir, alertar para a responsabilidade pelos seus actos;
Se não atender, usar de firmeza para que se afaste, rogando, se necessário, o amparo dos dirigentes espirituais.
São os que realizam os Trabalhos mais Pesados, mais Difíceis, mais Complicados, especialmente a “Limpeza de Ambientes”, como nossas Casas, Trabalhos, Templos.
A esses queridos Irmãos, realmente tiramos o chapéu, pelo maravilhoso trabalho que realizam, com extrema Humildade.
Pretos velhos, índios e caboclos são realmente como se apresentam?
Therezinha Oliveira - Uma vez desencarnado, o espírito não mais pertence a qualquer das raças humanas terrenas.
Não tendo mais corpo físico, o espírito não é amarelo nem negro ou branco.
O espírito poderá apresentar em seu perispírito (corpo espiritual) características de alguma raça, se ainda se sentir assim, ou assim se mentalizar.
Devemos acolhê-los ou não em nossas reuniões mediúnicas?
Therezinha Oliveira - Devemos acolher fraternalmente, sem qualquer intolerância ou preconceito, todos os espíritos manifestantes, porque é com a permissão de lei divinas que eles vêm às nossas reuniões.
Analisemos, porém, sua natureza e o conteúdo de suas comunicações, como devemos fazer com qualquer espírito que entre nós se manifeste.
Pois, esses espíritos, para se comunicarem mediunicamente, não precisariam usar de um linguarar estranho aos médiuns e aos participantes da reunião.
Como atendê-los?
Resp.: 1) Se o espírito adopta essa aparência ou linguarar momentaneamente, porque assim era conhecido na existência terrena e que comprovar sua individualidade?
A manifestação estará justificada, caso haja quem o possa reconhecer e identificar.
2) Se o espírito se apresenta desse modo porque ainda se sente nas condições em que vivia na sua última encarnação?
Procurar ajudá-lo a se liberar desse indesejável condicionamento:
- esclarecê-lo quanto à sua real natureza de espírito;
- lembrar-lhe que já teve muitas outras existências e em diferentes condições e, portanto, tem um património espiritual mais amplo;
- mostrar-lhe que não precisa ficar fixado nas condições da existência que findou e que na vida espiritual pode continuar progredindo (inclusive no modo falar).
3) Se o espírito diz que se apresenta assim, porque essa encarnação lhe foi muito grata por lhe haver permitido adquirir virtudes, especialmente e humildade (por não se rebelar nem odiar ante o domínio injusto que sofreu), e o deseja exemplificar?
Dizer que entendemos o seu propósito mas que a humildade não consiste em aparências exteriores nem em atitudes servis; ser humilde é não se considerar melhor ou mais merecedor que os outros, não se colocar jamais acima de ninguém.
4) Se o espírito finge essa aparência e linguarar com o objectivo de nos iludir e perturbar?
Advertir, alertar para a responsabilidade pelos seus actos;
Se não atender, usar de firmeza para que se afaste, rogando, se necessário, o amparo dos dirigentes espirituais.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Porque há tantos espíritos que se apresentam dessa maneira no Brasil?
Therezinha Oliveira- Pretos-velhos, índios e caboclos são figuras apreciadas na cultura popular brasileira e a Umbanda, em que a manifestação de espíritos que assim se apresentam é bem aceite e até estimulada, mais incentivou a crença neles.
Muitas pessoas supõem que pretos-velhos, índios e caboclos sejam inferiores e estejam, ainda, numa condição de serviçais, para lhes atenderem aos pedidos.
Outras acreditam que eles tenham poderes misteriosos, capazes de resolver de modo mágico os problemas dos consulentes.
Parecem, também, julgá-los venais, já que aceitariam agir em troca de algum “pagamento” ou compensação.
Evocação por rituais específicos convidam e condicionam certos espíritos a se apresentarem como preto-velhos, índios ou caboclos.
E muitos espíritos, às vezes até os benévolos, assumem essa aparência porque sabem que, assim, as pessoas do meio em que se vão manifestar aceitarão mais facilmente a sua presença e mensagem.
Se não oferecermos esse condicionamento, muitos espíritos deixarão de se apresentar assim, passando a se comunicarem em seu modo próprio e natural.
Divaldo Franco disse:
"...Muitos acham que os pretos-velhos são mais fortes.
Acreditam que as coisas que os guias não fazem eles fazem.
Quer dizer que nós deixamos para eles a tarefa do lixo?
E existe lixo no mundo espiritual?......."
Não seria para comprovar a identidade deles que falam assim?
Therezinha Oliveira- Estudiosos da cultura africana, indígena e cabocla, analisando-lhes a linguagem, usada quando se comunicam nas reuniões mediúnicas, tiram alertadoras conclusões:
1) A fala de pretos velhos não costuma corresponder aos dilectos africanos, mesmo levando-se em conta a mescla com o idioma português.
É mais uma algaravia (confusão de vozes) sem significado ou ligação com o que os africanos falavam;
2) Índios brasileiros não poderiam jamais se denominarem “Caboclos 7 Flexas” (não tinham noção de número além dos cinco dedos da mão, nem contavam um, dois, três, quatro e cinco mas chê po = minha mão).
Também não se denominariam “Flecha Ligeira”, “Nuvem Branca” etc., como o fazem os índios norte-americanos, os quais o cinema vulgarizou entre nós.
(Mediunismo e Antroponomia, Sylvio Ourique Fragoso, Revista Internacional de Espiritismo, setembro/1981).
Um verdadeiro preto ou preta velha pode ser guia espiritual?
Therezinha Oliveira - SIM, se por suas palavras e atos mostrar que é digno desse título, que tem conhecimentos superiores para nos orientar e verdadeiro amor para nos exemplificar.
NÃO, se demonstrar pouca evolução espiritual e muito apego ainda às sensações materiais (como o fumar e o beber, por exemplo).
OBSERVAÇÃO: A maioria das comunicações de pretos-velhos como guias espirituais não passa de fruto da sugestão, do animismo, fraudes e mistificações.
Houve, certamente, bons espíritos que se encarnaram entre os escravos para liderarem aquele povo sofrido, de modo sábio e amoroso, durante o seu cativeiro.
Alguns deles, depois de desencarnados, talvez tenham podido voltar à retaguarda terrena, por amor aos próprio crescimento espiritual no serviço do bem.
Mas não devem ter sido muitos, pelo contrário, serão bem poucos, porque a maioria dos africanos escravos eram como nós: espíritos de mediana ou pouca evolução.
Therezinha Oliveira- Pretos-velhos, índios e caboclos são figuras apreciadas na cultura popular brasileira e a Umbanda, em que a manifestação de espíritos que assim se apresentam é bem aceite e até estimulada, mais incentivou a crença neles.
Muitas pessoas supõem que pretos-velhos, índios e caboclos sejam inferiores e estejam, ainda, numa condição de serviçais, para lhes atenderem aos pedidos.
Outras acreditam que eles tenham poderes misteriosos, capazes de resolver de modo mágico os problemas dos consulentes.
Parecem, também, julgá-los venais, já que aceitariam agir em troca de algum “pagamento” ou compensação.
Evocação por rituais específicos convidam e condicionam certos espíritos a se apresentarem como preto-velhos, índios ou caboclos.
E muitos espíritos, às vezes até os benévolos, assumem essa aparência porque sabem que, assim, as pessoas do meio em que se vão manifestar aceitarão mais facilmente a sua presença e mensagem.
Se não oferecermos esse condicionamento, muitos espíritos deixarão de se apresentar assim, passando a se comunicarem em seu modo próprio e natural.
Divaldo Franco disse:
"...Muitos acham que os pretos-velhos são mais fortes.
Acreditam que as coisas que os guias não fazem eles fazem.
Quer dizer que nós deixamos para eles a tarefa do lixo?
E existe lixo no mundo espiritual?......."
Não seria para comprovar a identidade deles que falam assim?
Therezinha Oliveira- Estudiosos da cultura africana, indígena e cabocla, analisando-lhes a linguagem, usada quando se comunicam nas reuniões mediúnicas, tiram alertadoras conclusões:
1) A fala de pretos velhos não costuma corresponder aos dilectos africanos, mesmo levando-se em conta a mescla com o idioma português.
É mais uma algaravia (confusão de vozes) sem significado ou ligação com o que os africanos falavam;
2) Índios brasileiros não poderiam jamais se denominarem “Caboclos 7 Flexas” (não tinham noção de número além dos cinco dedos da mão, nem contavam um, dois, três, quatro e cinco mas chê po = minha mão).
Também não se denominariam “Flecha Ligeira”, “Nuvem Branca” etc., como o fazem os índios norte-americanos, os quais o cinema vulgarizou entre nós.
(Mediunismo e Antroponomia, Sylvio Ourique Fragoso, Revista Internacional de Espiritismo, setembro/1981).
Um verdadeiro preto ou preta velha pode ser guia espiritual?
Therezinha Oliveira - SIM, se por suas palavras e atos mostrar que é digno desse título, que tem conhecimentos superiores para nos orientar e verdadeiro amor para nos exemplificar.
NÃO, se demonstrar pouca evolução espiritual e muito apego ainda às sensações materiais (como o fumar e o beber, por exemplo).
OBSERVAÇÃO: A maioria das comunicações de pretos-velhos como guias espirituais não passa de fruto da sugestão, do animismo, fraudes e mistificações.
Houve, certamente, bons espíritos que se encarnaram entre os escravos para liderarem aquele povo sofrido, de modo sábio e amoroso, durante o seu cativeiro.
Alguns deles, depois de desencarnados, talvez tenham podido voltar à retaguarda terrena, por amor aos próprio crescimento espiritual no serviço do bem.
Mas não devem ter sido muitos, pelo contrário, serão bem poucos, porque a maioria dos africanos escravos eram como nós: espíritos de mediana ou pouca evolução.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Será que, arrancados de seu país e de seu lar, privados da liberdade, agredidos cruel e impiedosamente anos a fio, foram capazes de se resignarem e sublimarem os sentimentos em relação aos seus senhores e algozes?
Pouquíssimos espíritos terão, nessas expiações e provas, triunfado desse tão duro, embora todas tenham tido ensejo de algum aprimoramento intelecto-moral.
Entretanto, aí estão incontáveis espíritos de pretensos pretos e pretas-velhas, a se comunicarem e querendo assumir a posição de orientadores espirituais da humanidade, sem demonstrarem condições para tanto.
Do livro: Reuniões Mediúnicas - Therezinha Oliveira
Por que é que, comummente, não vemos comunicações de pretos velhos ou de caboclos, nas sessões mediúnicas espíritas?
Isso se deve a algum tipo de preconceito?
A expressão da pergunta está bem a calhar.
Realmente, a maioria dos participantes não vê os espíritos que se comunicam, mas eles se comunicam.
O Espiritismo não tem compromisso de destacar essa ou aquela entidade, em particular.
Se as sessões mediúnicas espíritas são abertas para o atendimento de todo os tipos de espíritos, por que não viriam os que ainda se apresentam como preto-velhos ou novos, brancos, amarelos, vermelhos, índios, ou caboclos, e esquimós?
O que ocorre é que tais espíritos devem ajustar-se às disciplinas sugeridas pelo Espiritismo e só não as atendem quando seus médiuns, igualmente, não as aceitam.
Muitos espíritos que se mostram no além como antigos escravos africanos, ou como indígenas, falam normalmente, sem trejeitos, embora as formas externas dos perispíritos possam manter as características que eles desejam ou as quais não lograram desfazer.
Talvez muitos esperassem que esses desencarnados se expressassem de forma confusa, misturando a língua portuguesa com outros sons, expressando-se num dialecto impenetrável, carecendo de intérpretes especiais, que, na maioria parte das vezes, fazem de conta que estão entendendo tal mescla.
Se o espírito fala em nagô, que seja nagô de verdade.
Se se apresenta falando guarani, que seja o verdadeiro guarani.
Entretanto, não sendo o idioma exacto do seu passado reencarnatório, por que não falar o médium em português, pois que capta o pensamento da entidade e reveste-o com palavras?
Não há portanto, preconceito nas sessões espíritas.
Entretanto, procura-se manter o respeito às entidades, à mediunidade e à Doutrina Espírita, buscando a coerência com a Verdade que já identificamos.
§.§.§- Ave sem Ninho
Pouquíssimos espíritos terão, nessas expiações e provas, triunfado desse tão duro, embora todas tenham tido ensejo de algum aprimoramento intelecto-moral.
Entretanto, aí estão incontáveis espíritos de pretensos pretos e pretas-velhas, a se comunicarem e querendo assumir a posição de orientadores espirituais da humanidade, sem demonstrarem condições para tanto.
Do livro: Reuniões Mediúnicas - Therezinha Oliveira
Por que é que, comummente, não vemos comunicações de pretos velhos ou de caboclos, nas sessões mediúnicas espíritas?
Isso se deve a algum tipo de preconceito?
A expressão da pergunta está bem a calhar.
Realmente, a maioria dos participantes não vê os espíritos que se comunicam, mas eles se comunicam.
O Espiritismo não tem compromisso de destacar essa ou aquela entidade, em particular.
Se as sessões mediúnicas espíritas são abertas para o atendimento de todo os tipos de espíritos, por que não viriam os que ainda se apresentam como preto-velhos ou novos, brancos, amarelos, vermelhos, índios, ou caboclos, e esquimós?
O que ocorre é que tais espíritos devem ajustar-se às disciplinas sugeridas pelo Espiritismo e só não as atendem quando seus médiuns, igualmente, não as aceitam.
Muitos espíritos que se mostram no além como antigos escravos africanos, ou como indígenas, falam normalmente, sem trejeitos, embora as formas externas dos perispíritos possam manter as características que eles desejam ou as quais não lograram desfazer.
Talvez muitos esperassem que esses desencarnados se expressassem de forma confusa, misturando a língua portuguesa com outros sons, expressando-se num dialecto impenetrável, carecendo de intérpretes especiais, que, na maioria parte das vezes, fazem de conta que estão entendendo tal mescla.
Se o espírito fala em nagô, que seja nagô de verdade.
Se se apresenta falando guarani, que seja o verdadeiro guarani.
Entretanto, não sendo o idioma exacto do seu passado reencarnatório, por que não falar o médium em português, pois que capta o pensamento da entidade e reveste-o com palavras?
Não há portanto, preconceito nas sessões espíritas.
Entretanto, procura-se manter o respeito às entidades, à mediunidade e à Doutrina Espírita, buscando a coerência com a Verdade que já identificamos.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A RESSURREIÇÃO DE JESUS SEGUNDO O ESPIRITISMO
A ressurreição mediante os aspectos científicos, é improvável.
Uma vez rompido os laços que unem a matéria ao espírito, não há mais a possibilidade de animação daquele corpo físico por qualquer espírito.
Ainda assim, os mais religiosos alegariam:
"Para Deus, nada é impossível."
E de facto não é mesmo, todavia, Deus jamais derrogou sua própria Lei, por isso Jesus teve que passar por nove meses de gestação.
Para o Espiritismo, o aparecimento de Jesus à Maria e seus discípulos é justificado pela materialização do espírito, facto que pode ocorrer com todo e qualquer espírito desencarnado que queira e tenha condições de se tornar visível aos olhos físicos.
Sobre esta questão, o apóstolo Pedro comenta:
"... Sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito"
(Pe 3,18)
Jesus se mostrou em espírito e não em matéria como defendem as teorias ressurreicionistas.
Algumas passagens bíblicas dão conta de que Jesus, após a "ressurreição", aparecia e desaparecia subitamente; alguns discípulos o viam e outros não; e ainda, adentrou em uma casa à portas trancadas.
Todos esses factos são alheios ao espírito encarnado, entretanto, são perfeitamente normais aos espíritos desencarnados.
Mas então, onde foi parar o corpo de Jesus?
Existem várias teorias a respeito do desaparecimento do corpo de Jesus, algumas delas um tanto quanto absurdas.
A hipótese mais lógica e apresentada por alguns historiadores, foi a de que o Sinédrio furtou o corpo de Jesus Cristo para evitar que a sepultura do Nazareno tornasse um local de peregrinação entre os cristãos.
Outra teoria aceite pelo espiritismo é de que houve uma desmaterialização do corpo físico, facto provocado pela espiritualidade superior, afim de que não houvesse um culto desnecessário ao corpo de Jesus, deixando de lado o espírito.
A prova dessa desmaterialização estaria presente no Santo Sudário (véu que envolveu o corpo de Jesus após sua morte).
Curiosamente, nenhum dos evangelhos considerados canónicos pela igreja, estão de acordo no que diz respeito a ressurreição do Carpinteiro de Nazaré.
Não se sabe ao certo o que havia dentro do túmulo de Jesus, tão pouco, quem foram as pessoas que possivelmente testemunharam o ocorrido.
Mateus, Lucas, Marcos e João apresentam versões diferentes sobre o assunto.
O facto é que Jesus ressuscitou em espírito, como acontece com todos nós após o desencarne.
Deixamos o invólucro material que é transitório, para renascer na vida espiritual.
Jesus se mostrou para àqueles que ficaram, afim de reafirmar aquilo que pregou durante sua passagem no plano físico:
"Existe vida após a vida, pois a carne é perecível, mas o espírito é imortal".
Fonte: Blog espiritismo em Cristo
§.§.§- Ave sem Ninho
Uma vez rompido os laços que unem a matéria ao espírito, não há mais a possibilidade de animação daquele corpo físico por qualquer espírito.
Ainda assim, os mais religiosos alegariam:
"Para Deus, nada é impossível."
E de facto não é mesmo, todavia, Deus jamais derrogou sua própria Lei, por isso Jesus teve que passar por nove meses de gestação.
Para o Espiritismo, o aparecimento de Jesus à Maria e seus discípulos é justificado pela materialização do espírito, facto que pode ocorrer com todo e qualquer espírito desencarnado que queira e tenha condições de se tornar visível aos olhos físicos.
Sobre esta questão, o apóstolo Pedro comenta:
"... Sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito"
(Pe 3,18)
Jesus se mostrou em espírito e não em matéria como defendem as teorias ressurreicionistas.
Algumas passagens bíblicas dão conta de que Jesus, após a "ressurreição", aparecia e desaparecia subitamente; alguns discípulos o viam e outros não; e ainda, adentrou em uma casa à portas trancadas.
Todos esses factos são alheios ao espírito encarnado, entretanto, são perfeitamente normais aos espíritos desencarnados.
Mas então, onde foi parar o corpo de Jesus?
Existem várias teorias a respeito do desaparecimento do corpo de Jesus, algumas delas um tanto quanto absurdas.
A hipótese mais lógica e apresentada por alguns historiadores, foi a de que o Sinédrio furtou o corpo de Jesus Cristo para evitar que a sepultura do Nazareno tornasse um local de peregrinação entre os cristãos.
Outra teoria aceite pelo espiritismo é de que houve uma desmaterialização do corpo físico, facto provocado pela espiritualidade superior, afim de que não houvesse um culto desnecessário ao corpo de Jesus, deixando de lado o espírito.
A prova dessa desmaterialização estaria presente no Santo Sudário (véu que envolveu o corpo de Jesus após sua morte).
Curiosamente, nenhum dos evangelhos considerados canónicos pela igreja, estão de acordo no que diz respeito a ressurreição do Carpinteiro de Nazaré.
Não se sabe ao certo o que havia dentro do túmulo de Jesus, tão pouco, quem foram as pessoas que possivelmente testemunharam o ocorrido.
Mateus, Lucas, Marcos e João apresentam versões diferentes sobre o assunto.
O facto é que Jesus ressuscitou em espírito, como acontece com todos nós após o desencarne.
Deixamos o invólucro material que é transitório, para renascer na vida espiritual.
Jesus se mostrou para àqueles que ficaram, afim de reafirmar aquilo que pregou durante sua passagem no plano físico:
"Existe vida após a vida, pois a carne é perecível, mas o espírito é imortal".
Fonte: Blog espiritismo em Cristo
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JUDAS ESCARIOTES
Silêncio augusto cai sobre a Cidade Santa.
A antiga capital da Judeia parece dormir o seu sono de muitos séculos.
Além descansa Getsêmani, onde o Divino Mestre chorou numa longa noite de agonia, acolá está o Gólgota sagrado e em cada coisa silenciosa há um traço da Paixão que as épocas guardarão para sempre.
E, em meio de todo o cenário, como um veio cristalino de lágrimas, passa o Jordão silencioso, como se as suas águas mudas, buscando o Mar Morto, quisessem esconder das coisas tumultuosas dos homens os segredos insondáveis do Nazareno.
Foi assim, numa destas noites que vi Jerusalém, vivendo a sua eternidade de maldições.
Os espíritos podem vibrar em contacto directo com a história.
Buscando uma relação íntima com a cidade dos profetas, procurava observar o passado vivo dos Lugares Santos.
Parece que as mãos iconoclastas de Tito por ali passaram como executoras de um decreto irrevogável.
Por toda a parte ainda persiste um sopro de destruição e desgraça.
Legiões de duendes, embuçados nas suas vestimentas antigas, percorrem as ruínas sagradas e no meio das fatalidades que pesam sobre o empório morto dos judeus, não ouvem os homens os gemidos da humanidade invisível.
Nas margens caladas do Jordão, não longe talvez do lugar sagrado, onde Precursor baptizou Jesus Cristo, divisei um homem sentado sobre uma pedra.
De sua expressão fisionômica irradiava-se uma simpatia cativante.
- Sabe quem é este? – murmurou alguém aos meus ouvidos.
– Este é Judas.
- Judas?!...
- Sim. Os espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se momentaneamente transportados aos tempos idos.
Então mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro.
Judas costuma vir à Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus actos de antanho...
Aquela figura de homem magnetizava-me.
Eu não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo.
O meu atrevimento, porém, e a santa humildade de seu coração, ligaram-se para que eu o atravessasse, procurando ouvi-lo.
- O senhor é, de facto, o ex-filho de Iscariot?
– Sim, sou Judas – respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica.
Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios...
- É uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento com respeito à sua personalidade na tragédia da condenação de Jesus?
- Em parte...
Os escribas que redigiram os evangelhos não atenderam às circunstâncias e às tricas políticas que acima dos meus actos predominaram na nefanda crucificação.
Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galileia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer as aspirações religiosas dos anciãos judeus.
Sempre a mesma história.
O Sanedrim desejava o reino do céu pelejando por Jeová, a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra.
A antiga capital da Judeia parece dormir o seu sono de muitos séculos.
Além descansa Getsêmani, onde o Divino Mestre chorou numa longa noite de agonia, acolá está o Gólgota sagrado e em cada coisa silenciosa há um traço da Paixão que as épocas guardarão para sempre.
E, em meio de todo o cenário, como um veio cristalino de lágrimas, passa o Jordão silencioso, como se as suas águas mudas, buscando o Mar Morto, quisessem esconder das coisas tumultuosas dos homens os segredos insondáveis do Nazareno.
Foi assim, numa destas noites que vi Jerusalém, vivendo a sua eternidade de maldições.
Os espíritos podem vibrar em contacto directo com a história.
Buscando uma relação íntima com a cidade dos profetas, procurava observar o passado vivo dos Lugares Santos.
Parece que as mãos iconoclastas de Tito por ali passaram como executoras de um decreto irrevogável.
Por toda a parte ainda persiste um sopro de destruição e desgraça.
Legiões de duendes, embuçados nas suas vestimentas antigas, percorrem as ruínas sagradas e no meio das fatalidades que pesam sobre o empório morto dos judeus, não ouvem os homens os gemidos da humanidade invisível.
Nas margens caladas do Jordão, não longe talvez do lugar sagrado, onde Precursor baptizou Jesus Cristo, divisei um homem sentado sobre uma pedra.
De sua expressão fisionômica irradiava-se uma simpatia cativante.
- Sabe quem é este? – murmurou alguém aos meus ouvidos.
– Este é Judas.
- Judas?!...
- Sim. Os espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se momentaneamente transportados aos tempos idos.
Então mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro.
Judas costuma vir à Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus actos de antanho...
Aquela figura de homem magnetizava-me.
Eu não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo.
O meu atrevimento, porém, e a santa humildade de seu coração, ligaram-se para que eu o atravessasse, procurando ouvi-lo.
- O senhor é, de facto, o ex-filho de Iscariot?
– Sim, sou Judas – respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica.
Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios...
- É uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento com respeito à sua personalidade na tragédia da condenação de Jesus?
- Em parte...
Os escribas que redigiram os evangelhos não atenderam às circunstâncias e às tricas políticas que acima dos meus actos predominaram na nefanda crucificação.
Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galileia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer as aspirações religiosas dos anciãos judeus.
Sempre a mesma história.
O Sanedrim desejava o reino do céu pelejando por Jeová, a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Jesus estava entre essas forças antagónicas com a sua pureza imaculada.
Ora, eu era um dos apaixonados pelas ideias socialistas do Mestre, porém o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador.
Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória.
Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder já que, no seu manto de pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade.
Planeei então uma revolta surda como se projecta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado.
O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que aliás apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo.
Entregando, pois, o Mestre, a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.
- E chegou a salvar-se pelo arrependimento?
- Não. Não consegui.
O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores.
Depois da minha morte trágica submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta.
Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado.
Vítima da felonia e da traição deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV.
Desde esse dia, em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentido na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência...
- E está hoje meditando nos dias que se foram... - pensei com tristeza.
- Sim... Estou recapitulando os factos como se passaram.
E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus divinos passos.
Vejo-O ainda na Cruz entregando a Deus o seu destino...
Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que O abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que O ampararam no doloroso transe...
Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor...
Olho complacentemente os que me acusam sem reflectir se podem atirar a primeira pedra...
Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio.
Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência no tribunal dos suplícios redentores.
Quanto ao Divino Mestre – continuou Judas com os seus prantos – infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque se recebi trinta moedas, vendendo-O aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo a grosso e a retalho, por todos os preços em todos os padrões do ouro amoedado...
- É verdade – concluí – e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.
Judas afastou-se tomando a direcção do Santo Sepulcro e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Jordão rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.
19 de Abril de 1935
Livro: “Crónicas de Além-Túmulo”, psicografado por Chico - FEB Editora
§.§.§- Ave sem Ninho
Ora, eu era um dos apaixonados pelas ideias socialistas do Mestre, porém o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador.
Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória.
Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder já que, no seu manto de pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade.
Planeei então uma revolta surda como se projecta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado.
O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que aliás apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo.
Entregando, pois, o Mestre, a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.
- E chegou a salvar-se pelo arrependimento?
- Não. Não consegui.
O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores.
Depois da minha morte trágica submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta.
Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado.
Vítima da felonia e da traição deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV.
Desde esse dia, em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentido na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência...
- E está hoje meditando nos dias que se foram... - pensei com tristeza.
- Sim... Estou recapitulando os factos como se passaram.
E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus divinos passos.
Vejo-O ainda na Cruz entregando a Deus o seu destino...
Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que O abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que O ampararam no doloroso transe...
Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor...
Olho complacentemente os que me acusam sem reflectir se podem atirar a primeira pedra...
Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio.
Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência no tribunal dos suplícios redentores.
Quanto ao Divino Mestre – continuou Judas com os seus prantos – infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque se recebi trinta moedas, vendendo-O aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo a grosso e a retalho, por todos os preços em todos os padrões do ouro amoedado...
- É verdade – concluí – e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.
Judas afastou-se tomando a direcção do Santo Sepulcro e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Jordão rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.
19 de Abril de 1935
Livro: “Crónicas de Além-Túmulo”, psicografado por Chico - FEB Editora
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A TRANSMISSÃO DO PASSE
O fluxo energético se mantém e se projecta às custas da vontade do médium passista, assim como de entidades espirituais desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados.
Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral.
Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações.
Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido.
A transmissão da energia se dá através de aura a aura.
O toque pode causar reacções contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização.
À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo.
Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objectos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
Fonte: Sociedade de estudos espíritas Camille Flammarion
§.§.§- Ave sem Ninho
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados.
Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral.
Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações.
Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido.
A transmissão da energia se dá através de aura a aura.
O toque pode causar reacções contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização.
À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo.
Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objectos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
Fonte: Sociedade de estudos espíritas Camille Flammarion
§.§.§- Ave sem Ninho
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PESSOAS MALIGNAS QUANDO MORREM SÃO SOCORRIDAS ESPIRITUALMENTE OU ABANDONADAS A PRÓPRIA SORTE?
Os postos de socorro se encontram espalhados pelas regiões sombrias do Umbral.
Este local de ajuda, semelhante a um complexo hospitalar, normalmente é vinculado a uma colônia de nível superior.
Nele encontramos espíritos missionários vindos de regiões mais elevadas que trabalham na ajuda aos espíritos que vivem nas cidades e regiões do Umbral e que estão à procura de tratamento ou orientação.
Quando o espírito ajudado desperta para a necessidade de melhorar, crescer e evoluir é levado para uma colónia onde será tratado e passará seu tempo estudando e realizando tarefas úteis para seu próximo.
Quando se sentem incomodados e mergulhados em sentimentos como o ódio, vingança, revolta acabam retornando espontaneamente para os lugares de onde saíram.
Continuamos sempre com nosso livre arbítrio.
Os postos de socorro não são cidades, mas alguns deles possuem grande dimensão, se assemelhando a uma pequena cidade no meio do Umbral.
Muitos ficam nas regiões periféricas do Umbral.
Alguns se encontram dentro das cidades do Umbral.
Vistos à distância são pontos de luz e de beleza no meio da paisagem triste, escura, fria, nebulosa que compõe as paisagens naturais do Umbral.
Os postos de socorro são locais bonitos, iluminados, com grandes jardins, em meio a um cenário desolador e triste.
Os postos de socorro são constantemente procurados por pessoas desesperadas e perdidas no Umbral querendo abrigo e ajuda.
Também é um local alvo de espíritos maldosos que desejam continuar mantendo o controle e o poder sobre as pessoas que moram nas regiões do Umbral.
Com isto realizam constantes ataques às instalações dos postos.
Todos os postos possuem sofisticados sistemas de segurança que monitoram as regiões ao redor do posto.
Sensores detectam a presença de vibrações a um raio de 3 km do posto.
Sistemas de defesa que emitem descargas eléctricas são utilizados para afastar os atacantes.
Os choques gerados pela força os fazem recuar, já que lhe fazem sentir dores insuportáveis.
Os espíritos que vivem no Umbral ainda estão ligados ao mundo material.
Muitos sequer compreendem que estão mortos e isto lhes gera grande agonia e sofrimento.
Por acreditarem estar vivos continuam sentindo seus corpos e suas necessidades físicas.
Sentem dor, sentem fome, sentem sede, sono etc.
Muitos sofrem de doenças, ferimentos, mutilações ocorridas na morte ou em situações sinistras vividas no Umbral.
A visão interna de um posto de socorro lembra um grande hospital.
Os espíritos atendidos lembram monstros de um filme de terror.
Se parecem realmente com mortos-vivos.
Sofrem movidos pelos sentimentos humanos que ainda cultivam:
O ódio, a vingança, egoísmo e outros sentimentos negativos.
Vinculados à matéria, ainda sofrem como se possuíssem um corpo.
E isto acaba se reflectindo em sua aparência monstruosa, que só pode ser modificada a partir da sua conscientização sobre sua realidade.
As enfermarias dos postos estão sempre repletos de espíritos necessitados de orientação, alimento, limpeza e cuidados.
É como ver mortos-vivos agonizando por ajuda em seus leitos.
Equipes chamadas de Samaritanos realizam incursões no Umbral em busca de espíritos que procuram ajuda.
Ao retornarem com dezenas de espíritos que mais parecem farrapos humanos são recebidos pelas equipes de socorro que iniciam o trabalho de acolhimento, alimentação, limpeza e orientação destes espíritos.
Ao serem internados podem se recuperar para serem enviados para colônias no plano mais elevado, fora do Umbral.
Também é comum que espíritos cheguem às muralhas dos postos à procura de ajuda e ali são socorridos.
Também existem postos de socorro na Terra:
São destinados a socorrer e orientar espíritos recém-desencarnados.
Pessoas que acabam de morrer costumam ficar totalmente desorientadas.
Muitas não sabem que estão mortas.
É fácil imaginar o sentimento horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar.
Estes postos estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc.
São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.
§.§.§- Ave sem Ninho
Este local de ajuda, semelhante a um complexo hospitalar, normalmente é vinculado a uma colônia de nível superior.
Nele encontramos espíritos missionários vindos de regiões mais elevadas que trabalham na ajuda aos espíritos que vivem nas cidades e regiões do Umbral e que estão à procura de tratamento ou orientação.
Quando o espírito ajudado desperta para a necessidade de melhorar, crescer e evoluir é levado para uma colónia onde será tratado e passará seu tempo estudando e realizando tarefas úteis para seu próximo.
Quando se sentem incomodados e mergulhados em sentimentos como o ódio, vingança, revolta acabam retornando espontaneamente para os lugares de onde saíram.
Continuamos sempre com nosso livre arbítrio.
Os postos de socorro não são cidades, mas alguns deles possuem grande dimensão, se assemelhando a uma pequena cidade no meio do Umbral.
Muitos ficam nas regiões periféricas do Umbral.
Alguns se encontram dentro das cidades do Umbral.
Vistos à distância são pontos de luz e de beleza no meio da paisagem triste, escura, fria, nebulosa que compõe as paisagens naturais do Umbral.
Os postos de socorro são locais bonitos, iluminados, com grandes jardins, em meio a um cenário desolador e triste.
Os postos de socorro são constantemente procurados por pessoas desesperadas e perdidas no Umbral querendo abrigo e ajuda.
Também é um local alvo de espíritos maldosos que desejam continuar mantendo o controle e o poder sobre as pessoas que moram nas regiões do Umbral.
Com isto realizam constantes ataques às instalações dos postos.
Todos os postos possuem sofisticados sistemas de segurança que monitoram as regiões ao redor do posto.
Sensores detectam a presença de vibrações a um raio de 3 km do posto.
Sistemas de defesa que emitem descargas eléctricas são utilizados para afastar os atacantes.
Os choques gerados pela força os fazem recuar, já que lhe fazem sentir dores insuportáveis.
Os espíritos que vivem no Umbral ainda estão ligados ao mundo material.
Muitos sequer compreendem que estão mortos e isto lhes gera grande agonia e sofrimento.
Por acreditarem estar vivos continuam sentindo seus corpos e suas necessidades físicas.
Sentem dor, sentem fome, sentem sede, sono etc.
Muitos sofrem de doenças, ferimentos, mutilações ocorridas na morte ou em situações sinistras vividas no Umbral.
A visão interna de um posto de socorro lembra um grande hospital.
Os espíritos atendidos lembram monstros de um filme de terror.
Se parecem realmente com mortos-vivos.
Sofrem movidos pelos sentimentos humanos que ainda cultivam:
O ódio, a vingança, egoísmo e outros sentimentos negativos.
Vinculados à matéria, ainda sofrem como se possuíssem um corpo.
E isto acaba se reflectindo em sua aparência monstruosa, que só pode ser modificada a partir da sua conscientização sobre sua realidade.
As enfermarias dos postos estão sempre repletos de espíritos necessitados de orientação, alimento, limpeza e cuidados.
É como ver mortos-vivos agonizando por ajuda em seus leitos.
Equipes chamadas de Samaritanos realizam incursões no Umbral em busca de espíritos que procuram ajuda.
Ao retornarem com dezenas de espíritos que mais parecem farrapos humanos são recebidos pelas equipes de socorro que iniciam o trabalho de acolhimento, alimentação, limpeza e orientação destes espíritos.
Ao serem internados podem se recuperar para serem enviados para colônias no plano mais elevado, fora do Umbral.
Também é comum que espíritos cheguem às muralhas dos postos à procura de ajuda e ali são socorridos.
Também existem postos de socorro na Terra:
São destinados a socorrer e orientar espíritos recém-desencarnados.
Pessoas que acabam de morrer costumam ficar totalmente desorientadas.
Muitas não sabem que estão mortas.
É fácil imaginar o sentimento horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar.
Estes postos estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc.
São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.
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AS TRÊS GRANDES REVELAÇÕES: MOISÉS, CRISTO E O ESPIRITISMO
Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento.
Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto.
(Mateus, V: 17- 18).
MOISÉS - Médium, Psicografou os 10 Mandamentos.
Lei de extrema Justiça:
"Quem com ferro fere, com ferro será ferido".
Há duas partes Distintas na lei mosaica:
a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés.
Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I – Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão.
Não terás deuses estrangeiros diante de mim.
Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra.
Não adorarás nem lhes darás culto.
II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
V – Não matarás.
VI – Não cometerás adultério.
VII – Não furtarás.
VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um carácter divino.
Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egipto.
Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos.
A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus.
Mas só a ideia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos.
É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever.
As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um carácter essencialmente transitório.
Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto.
(Mateus, V: 17- 18).
MOISÉS - Médium, Psicografou os 10 Mandamentos.
Lei de extrema Justiça:
"Quem com ferro fere, com ferro será ferido".
Há duas partes Distintas na lei mosaica:
a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés.
Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I – Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão.
Não terás deuses estrangeiros diante de mim.
Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra.
Não adorarás nem lhes darás culto.
II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
V – Não matarás.
VI – Não cometerás adultério.
VII – Não furtarás.
VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um carácter divino.
Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egipto.
Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos.
A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus.
Mas só a ideia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos.
É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever.
As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um carácter essencialmente transitório.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
JESUS - LEI DO AMOR, "AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COM EU VOS AMEI".
Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus.
Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.
Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina.
Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma.
Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras:
“Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar:
“Esta é toda a lei e os profetas”.
Por estas palavras:
“O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências.
Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo?
Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objectos da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra.
Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento.
Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão.
Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos.
Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas.
Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave.
Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano.
A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas ideias.
Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
O ESPIRITISMO - LEI DO "DEVER" BEM CUMPRIDO" - FAÇA AOS OUTROS TUDO QUE GOSTARIA QUE TE FIZESSE" - FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO, NÃO HÁ ELEVAÇÃO, NÃO HÁ PROGRESSO, NÃO HÁ LUZ.
O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material.
Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente actuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenómenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso.
É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas.
O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus.
Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.
Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina.
Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma.
Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras:
“Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar:
“Esta é toda a lei e os profetas”.
Por estas palavras:
“O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências.
Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo?
Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objectos da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra.
Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento.
Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão.
Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos.
Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas.
Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave.
Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano.
A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas ideias.
Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
O ESPIRITISMO - LEI DO "DEVER" BEM CUMPRIDO" - FAÇA AOS OUTROS TUDO QUE GOSTARIA QUE TE FIZESSE" - FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO, NÃO HÁ ELEVAÇÃO, NÃO HÁ PROGRESSO, NÃO HÁ LUZ.
O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material.
Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente actuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenómenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso.
É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas.
O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, no Cristo.
O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus.
Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários.
Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres colectivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
Da mesma maneira que disse o Cristo:
“Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”.
Também diz o Espiritismo:
“Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”.
Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica.
Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras.
Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou:
a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.
§.§.§- Ave sem Ninho
O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus.
Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários.
Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres colectivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
Da mesma maneira que disse o Cristo:
“Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”.
Também diz o Espiritismo:
“Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”.
Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica.
Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras.
Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou:
a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.
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"ENSINAMENTO VIVO",
O “ESPÍRITO MARIA DA CONCEIÇÃO”, AMPARADA POR BENFEITORES DA ESPIRITUALIDADE, FALOU-NOS EM LÁGRIMAS DE SUA DIFÍCIL EXPERIÊNCIA.
Aqueles que se entregam às lides espiritistas encontram, surpresas consoladoras e emocionantes.
Visitáramos, várias vezes, Maria da Conceição, pobre moça que renascera paralítica, muda e surda, vivendo por mais de meio século num catre de sofrimento, sob os cuidados de abnegada avó.
Nunca lhe esqueceremos os olhos tristes, repletos de resignação e humildade, e que a morte cerrou em janeiro de 1954, como quem liberta dos grilhões da sombra infortunada criatura desde muito sentenciada a terríveis padecimentos.
Pois foi Maria da Conceição na nossa visitante, no encerramento das tarefas da noite de 30 de junho de 1955.
Amparada por benfeitores da Espiritualidade, falou-nos em lágrimas de sua difícil experiência.
Filhos de Deus, que a paz do Senhor seja a vossa luz.
Enquanto permanecemos no corpo de carne, não conseguimos, por mais clara se nos faça a compreensão da justiça, apreender-lhe a grandeza em toda a extensão.
Admitimos a existência do Inferno que pune os transgressores e acreditamos no braço vingador daqueles que se entregam ao papel de carrascos de quantos se renderam ao sorvedouro do crime.
Raras vezes, porém, reflectimos nos tormentos que a consciência culpada impõe a si própria, além-túmulo.
Fascinados pelo mundo exterior, dormitamos ao aconchego da ilusão e não nos recordamos de que, um dia, virá o despertar no mundo de nós mesmos.
A morte arranca-nos o véu em que nos ocultamos e ai de nós quando não temos por moldura espiritual senão remorso e arrependimento, vileza e degradação.
Achamo-nos em plena nudez, diante do auto-julgamento, e somente assinalamos os quadros e gritos acusadores que nascem de nossa própria alma, exprimindo maldição.
Nossos olhos nada mais vêem senão o painel das lembranças amargas, os ouvidos não escutam outras palavras que não as do libelo por nós e contra nós, e, por mais vaguemos com a ligeireza do pensamento, através de milhares de quilómetros no espaço, encontramos simplesmente a nós mesmos, na vastidão do tempo, confinados ao escuro e estreito horizonte de nossa própria condenação.
Os dias passam por nós como as vagas no mar, lambendo o rochedo na solidão que lhe é própria, até que os raios da Compaixão Divina nos dissipem as sombras, ensejando-nos a prece como caridosa luz que nos clareia a furna da inconsciência.
É então que a Bondade do Senhor interfere na justiça, permitindo ao criminoso traçar mentalmente a correcção que lhe é necessária.
E o delinquente sempre escolhe a posição das vítimas que lhe sucumbiram às mãos, bendizendo a reencarnação expiatória que lhe faculta o reexame dos caminhos percorridos.
Trazida até aqui por nossos Benfeitores, falo-vos de minha experiência.
Sou a vossa irmã Conceição, que volta a fim de comentar convosco o impositivo da consciência tranquila perante a Lei.
Administrais o esclarecimento justo às almas desgarradas do trilho recto e determinam nossos Instrutores vos diga a todos, encarnados e desencarnados, daquele esclarecimento vivo que nos é imposto pelas duras provas da vida, quando não assimilamos o valor da palavra enquanto é tempo!...
Paralítica, surda, muda e quase cega, não era surda para as vozes que me acusavam, na profundez de minhas dores da consciência, não era paralítica para o pensamento que se movimentava a distância de minha cabeça flagelada, não era muda para as considerações que me saltavam do cérebro e nem cega para os quadros terrificantes do plano imaginativo...
Dama vaidosa e influente da Corte de Filipe II, na Espanha inquisitorial, reapareci neste século, de corpo desfigurado, a mergulhar nos próprios detritos, corpo que era simplesmente a imagem torturada de minha alma, açoitada de angústia e emparedada nos ossos doentes, para redimir o passado delituoso.
Durante mais de cinqüenta anos sucessivos, por felicidade minha experimentei fome, frio, enfermidade e desprezo de meus semelhantes...
Em toda a existência, como bênção de calor na carne devastada de sofrimento, não recebi senão a das lágrimas que me escorriam dos olhos...
Mas a doutrinação regeneradora que não recolhi da palavra de quantos me ampararam noutro tempo, com amoroso aviso, fui constrangida a assimilá-la sob o rude tacão de atrozes padecimentos.
Quando a lição do Senhor é recusada por nossos ouvidos, ressurge invariável, em nós mesmos, na forma de provação necessária ao reajuste de nossos destinos.
Dirigindo-me, assim, a vós outro que me conhecestes o leito atormentado no mundo e a vós que me escutais sem a vestimenta física, rogo devoção e respeito para com o socorro moral de Jesus através daqueles que lhe distribuem os dons de conhecimento e consolação.
Quem alcança a verdade, sabe o que deve fazer.
Submetamo-nos ao amor de Deus, enquanto há tempo de partilhar o tempo daqueles que mais amamos, a fim de que a dor não nos submeta, implacável, obrigando-nos a partilhar o tempo da dificuldade e da solidão.
Essa tem sido para mim a mais severa advertência da vida.
Com o Amparo Divino, entretanto, sinto que o meu novo dia nasceu.
Aprendamos, pois, a ouvir e a refletir, sem jamais esquecer que o Amor reina, soberano, em todos os círculos do Universo, recordando, porém, que a Justiça cumprir-se-á, rigorosa, na senda de cada um.
§.§.§- Ave sem Ninho
Aqueles que se entregam às lides espiritistas encontram, surpresas consoladoras e emocionantes.
Visitáramos, várias vezes, Maria da Conceição, pobre moça que renascera paralítica, muda e surda, vivendo por mais de meio século num catre de sofrimento, sob os cuidados de abnegada avó.
Nunca lhe esqueceremos os olhos tristes, repletos de resignação e humildade, e que a morte cerrou em janeiro de 1954, como quem liberta dos grilhões da sombra infortunada criatura desde muito sentenciada a terríveis padecimentos.
Pois foi Maria da Conceição na nossa visitante, no encerramento das tarefas da noite de 30 de junho de 1955.
Amparada por benfeitores da Espiritualidade, falou-nos em lágrimas de sua difícil experiência.
Filhos de Deus, que a paz do Senhor seja a vossa luz.
Enquanto permanecemos no corpo de carne, não conseguimos, por mais clara se nos faça a compreensão da justiça, apreender-lhe a grandeza em toda a extensão.
Admitimos a existência do Inferno que pune os transgressores e acreditamos no braço vingador daqueles que se entregam ao papel de carrascos de quantos se renderam ao sorvedouro do crime.
Raras vezes, porém, reflectimos nos tormentos que a consciência culpada impõe a si própria, além-túmulo.
Fascinados pelo mundo exterior, dormitamos ao aconchego da ilusão e não nos recordamos de que, um dia, virá o despertar no mundo de nós mesmos.
A morte arranca-nos o véu em que nos ocultamos e ai de nós quando não temos por moldura espiritual senão remorso e arrependimento, vileza e degradação.
Achamo-nos em plena nudez, diante do auto-julgamento, e somente assinalamos os quadros e gritos acusadores que nascem de nossa própria alma, exprimindo maldição.
Nossos olhos nada mais vêem senão o painel das lembranças amargas, os ouvidos não escutam outras palavras que não as do libelo por nós e contra nós, e, por mais vaguemos com a ligeireza do pensamento, através de milhares de quilómetros no espaço, encontramos simplesmente a nós mesmos, na vastidão do tempo, confinados ao escuro e estreito horizonte de nossa própria condenação.
Os dias passam por nós como as vagas no mar, lambendo o rochedo na solidão que lhe é própria, até que os raios da Compaixão Divina nos dissipem as sombras, ensejando-nos a prece como caridosa luz que nos clareia a furna da inconsciência.
É então que a Bondade do Senhor interfere na justiça, permitindo ao criminoso traçar mentalmente a correcção que lhe é necessária.
E o delinquente sempre escolhe a posição das vítimas que lhe sucumbiram às mãos, bendizendo a reencarnação expiatória que lhe faculta o reexame dos caminhos percorridos.
Trazida até aqui por nossos Benfeitores, falo-vos de minha experiência.
Sou a vossa irmã Conceição, que volta a fim de comentar convosco o impositivo da consciência tranquila perante a Lei.
Administrais o esclarecimento justo às almas desgarradas do trilho recto e determinam nossos Instrutores vos diga a todos, encarnados e desencarnados, daquele esclarecimento vivo que nos é imposto pelas duras provas da vida, quando não assimilamos o valor da palavra enquanto é tempo!...
Paralítica, surda, muda e quase cega, não era surda para as vozes que me acusavam, na profundez de minhas dores da consciência, não era paralítica para o pensamento que se movimentava a distância de minha cabeça flagelada, não era muda para as considerações que me saltavam do cérebro e nem cega para os quadros terrificantes do plano imaginativo...
Dama vaidosa e influente da Corte de Filipe II, na Espanha inquisitorial, reapareci neste século, de corpo desfigurado, a mergulhar nos próprios detritos, corpo que era simplesmente a imagem torturada de minha alma, açoitada de angústia e emparedada nos ossos doentes, para redimir o passado delituoso.
Durante mais de cinqüenta anos sucessivos, por felicidade minha experimentei fome, frio, enfermidade e desprezo de meus semelhantes...
Em toda a existência, como bênção de calor na carne devastada de sofrimento, não recebi senão a das lágrimas que me escorriam dos olhos...
Mas a doutrinação regeneradora que não recolhi da palavra de quantos me ampararam noutro tempo, com amoroso aviso, fui constrangida a assimilá-la sob o rude tacão de atrozes padecimentos.
Quando a lição do Senhor é recusada por nossos ouvidos, ressurge invariável, em nós mesmos, na forma de provação necessária ao reajuste de nossos destinos.
Dirigindo-me, assim, a vós outro que me conhecestes o leito atormentado no mundo e a vós que me escutais sem a vestimenta física, rogo devoção e respeito para com o socorro moral de Jesus através daqueles que lhe distribuem os dons de conhecimento e consolação.
Quem alcança a verdade, sabe o que deve fazer.
Submetamo-nos ao amor de Deus, enquanto há tempo de partilhar o tempo daqueles que mais amamos, a fim de que a dor não nos submeta, implacável, obrigando-nos a partilhar o tempo da dificuldade e da solidão.
Essa tem sido para mim a mais severa advertência da vida.
Com o Amparo Divino, entretanto, sinto que o meu novo dia nasceu.
Aprendamos, pois, a ouvir e a refletir, sem jamais esquecer que o Amor reina, soberano, em todos os círculos do Universo, recordando, porém, que a Justiça cumprir-se-á, rigorosa, na senda de cada um.
§.§.§- Ave sem Ninho
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FALAR PARA OS OUTROS O QUE FAZER É FÁCIL, O DIFÍCIL...
Reunidos informalmente no lar de Custódio e Nora, dois casais amigos, Godofredo e Zenóbia, Osório e Afonsina, companheiros de atividades espíritas, conversam sobre temas doutrinários.
- Não há dúvida, minha gente - diz Godofredo, convicto - a prática do Bem é a base de um mundo melhor.
Allan Kardec deixou bem claro isso ao proclamar:
“Fora da Caridade não há Salvação”.
Se pensarmos um pouco no semelhante, verificaremos quanto podemos realizar em favor da paz, onde estivermos.
A caridade é o refrigério das almas atormentadas.
A feliz definição desperta uma lembrança no dono da casa, que se dirige à esposa:
- Benzinho, que tal um refrigerante?
Em breves instantes saboroso guaraná é servido.
O diálogo prossegue, animado, com comentários oportunos e edificantes.
É a vez de Custódio:
- As pessoas têm uma visão distorcida da Caridade.
Há quem a suponha uma contribuição mensal a obras assistenciais ou o atendimento de um necessitado que nos procura.
Parece-me, todavia, que não se trata de um comportamento para determinadas situações e, sim, de uma atitude perante a vida.
Onde estivermos, no lar, no local de trabalho, na rua, podemos exercitá-la, estimulando o bem onde
voltando-se para Nora:
- Amor, por falar em estímulo, seria óptimo um estimulante cafezinho...
A diligente senhora atende com presteza.
Em poucos minutos delicioso aroma invade a sala.
Saboreando a apreciada bebida, diz Afonsina:
- O que dificulta o exercício da Caridade é o comodismo.
Há ensejos mil de realizarmos pequenos serviços em favor do bem comum.
No entanto, engessamo-nos na inércia, embalados pela indolência.
- É verdade - intervém Zenóbia - perdemos valiosas oportunidades, furtando-nos a elementares deveres...
Suas observações são interrompidas pela balbúrdia de crianças que entram na sala em correria.
Custódio intervém:
- Querida, por favor, contenha a meninada...
Nora recolhe os pequenos, acomoda-os em outra dependência da casa e retorna, após alguns minutos, a tempo de ouvir outra solicitação do marido:
- Benzinho, estão tocando a campainha...
Ela vai atender e retorna em seguida:
- Custódio, é um moço que veio buscar os livros.
Diz que você sabe do que se trata.
- Ah! Sim! Estão na biblioteca, num pacote sobre a mesa.
A prestimosa senhora providencia a entrega, enquanto o marido, enfático, argumenta com os amigos, retomando o tema em estudo.
- O mais importante é o exemplo.
Não há melhor maneira de demonstrar as excelências da Caridade senão exercitando-a onde estivermos.
- A esse propósito - argumenta Osório - lembro-me de uma observação de Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos”, onde o generoso benfeitor espiritual recomenda que façamos uma análise de nosso comportamento todos os dias, ao deitar, a ver se aproveitamos as oportunidades de fazer algo em favor do semelhante, se não faltamos ao cumprimento de um dever, renovando-nos para o Bem a cada dia que passa.
- Não há dúvida, minha gente - diz Godofredo, convicto - a prática do Bem é a base de um mundo melhor.
Allan Kardec deixou bem claro isso ao proclamar:
“Fora da Caridade não há Salvação”.
Se pensarmos um pouco no semelhante, verificaremos quanto podemos realizar em favor da paz, onde estivermos.
A caridade é o refrigério das almas atormentadas.
A feliz definição desperta uma lembrança no dono da casa, que se dirige à esposa:
- Benzinho, que tal um refrigerante?
Em breves instantes saboroso guaraná é servido.
O diálogo prossegue, animado, com comentários oportunos e edificantes.
É a vez de Custódio:
- As pessoas têm uma visão distorcida da Caridade.
Há quem a suponha uma contribuição mensal a obras assistenciais ou o atendimento de um necessitado que nos procura.
Parece-me, todavia, que não se trata de um comportamento para determinadas situações e, sim, de uma atitude perante a vida.
Onde estivermos, no lar, no local de trabalho, na rua, podemos exercitá-la, estimulando o bem onde
voltando-se para Nora:
- Amor, por falar em estímulo, seria óptimo um estimulante cafezinho...
A diligente senhora atende com presteza.
Em poucos minutos delicioso aroma invade a sala.
Saboreando a apreciada bebida, diz Afonsina:
- O que dificulta o exercício da Caridade é o comodismo.
Há ensejos mil de realizarmos pequenos serviços em favor do bem comum.
No entanto, engessamo-nos na inércia, embalados pela indolência.
- É verdade - intervém Zenóbia - perdemos valiosas oportunidades, furtando-nos a elementares deveres...
Suas observações são interrompidas pela balbúrdia de crianças que entram na sala em correria.
Custódio intervém:
- Querida, por favor, contenha a meninada...
Nora recolhe os pequenos, acomoda-os em outra dependência da casa e retorna, após alguns minutos, a tempo de ouvir outra solicitação do marido:
- Benzinho, estão tocando a campainha...
Ela vai atender e retorna em seguida:
- Custódio, é um moço que veio buscar os livros.
Diz que você sabe do que se trata.
- Ah! Sim! Estão na biblioteca, num pacote sobre a mesa.
A prestimosa senhora providencia a entrega, enquanto o marido, enfático, argumenta com os amigos, retomando o tema em estudo.
- O mais importante é o exemplo.
Não há melhor maneira de demonstrar as excelências da Caridade senão exercitando-a onde estivermos.
- A esse propósito - argumenta Osório - lembro-me de uma observação de Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos”, onde o generoso benfeitor espiritual recomenda que façamos uma análise de nosso comportamento todos os dias, ao deitar, a ver se aproveitamos as oportunidades de fazer algo em favor do semelhante, se não faltamos ao cumprimento de um dever, renovando-nos para o Bem a cada dia que passa.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
- Por falar nisso - lembra Godofredo, sorridente, a levantar-se - é tempo de nos prepararmos para uma conversa com o travesseiro...
Os visitantes despedem-se.
Pouco depois a família recolhe-se.
Faz-se silêncio na casa.
Deitado, Custódio recorda Santo Agostinho e resolve fazer uma avaliação de seu dia.
Cuidadosamente analisa seu comportamento.
Até que não fora mal, desenvolvendo com diligência a actividade profissional e ainda encontrando tempo para, no horário de almoço, atender algumas pessoas no Centro Espírita.
A surpresa surge na análise das últimas duas horas.
Por cinco vezes, sem a menor cerimónia, chamara a esposa ao cumprimento de variados encargos, recolhido em inarredável comodismo.
E concluiu, algo decepcionado consigo mesmo, que nas iniciativas da caridade, que se exprimem no espírito de serviço, ele estivera muito mais para “receber” do que “dar”, muito enfronhado com a teoria, mas distanciado da prática.
Nos caminhos de nossa edificação espiritual é importante que assumamos encargos variados em obras assistenciais e sociais, buscando fazer algo em favor do semelhante.
Todavia, para um melhor aproveitamento nesse sentido, não podemos nos limitar a servir algumas horas, segundo o que consideramos nossa disponibilidade.
É imperioso que nos disponhamos a servir sempre, onde estivermos, com a gloriosa iniciativa de fazer o que geralmente esperamos que outros façam.
§.§.§- Ave sem Ninho
Os visitantes despedem-se.
Pouco depois a família recolhe-se.
Faz-se silêncio na casa.
Deitado, Custódio recorda Santo Agostinho e resolve fazer uma avaliação de seu dia.
Cuidadosamente analisa seu comportamento.
Até que não fora mal, desenvolvendo com diligência a actividade profissional e ainda encontrando tempo para, no horário de almoço, atender algumas pessoas no Centro Espírita.
A surpresa surge na análise das últimas duas horas.
Por cinco vezes, sem a menor cerimónia, chamara a esposa ao cumprimento de variados encargos, recolhido em inarredável comodismo.
E concluiu, algo decepcionado consigo mesmo, que nas iniciativas da caridade, que se exprimem no espírito de serviço, ele estivera muito mais para “receber” do que “dar”, muito enfronhado com a teoria, mas distanciado da prática.
Nos caminhos de nossa edificação espiritual é importante que assumamos encargos variados em obras assistenciais e sociais, buscando fazer algo em favor do semelhante.
Todavia, para um melhor aproveitamento nesse sentido, não podemos nos limitar a servir algumas horas, segundo o que consideramos nossa disponibilidade.
É imperioso que nos disponhamos a servir sempre, onde estivermos, com a gloriosa iniciativa de fazer o que geralmente esperamos que outros façam.
§.§.§- Ave sem Ninho
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INCONFORMAÇÃO É INCOMPATÍVEL COM CONHECIMENTOS.
VOCÊ SABE QUE NADA OCORRE POR ACASO, ESPECIALMENTE NA PARTIDA DE ENTES QUERIDOS.
Sara preocupava-se com o marido.
Desde que rotineiro exame revelara persistente elevação de sua pressão arterial, empenhava-se em deixá-la informada de seus negócios e compromissos.
- Isso é mau agouro, Joel.
Não gosto quando você fala assim...
- Sejamos realistas, meu bem. Viver é um risco.
Todos estamos sujeitos a desencarnar repentinamente.
- Minha realidade é você.
Sem sua companhia a existência será um pesadelo!
- Adorável poetisa! Amo-a muito!
Não obstante, devemos estar sempre preparados para eventual convocação do Além, evitando deixar “nós” para os que ficam.
- Você nunca foi de dar “nós”.
Pelo contrário, o que mais faz é ajudar as pessoas a desatá-los.
- De qualquer forma é importante tomar conhecimento do que diz respeito aos nossos compromissos.
Saiba, também, que se eu desencarnar, há um bom seguro e um fundo de pensão que lhe garantirão o necessário para cuidar de nossos três filhos...
- Que precisam muito de você, particularmente o Celsinho com suas limitações mentais.
- Fique tranquila.
Não pretendo partir no verdor de meus trinta e nove anos, mesmo porque há muito trabalho na seara espírita.
Nossa cidade precisa de gente com as mangas arregaçadas e disposição é o que não me falta.
- Isso até me tranquiliza.
Penso que nossos amigos espirituais terão o máximo empenho em preservar sua saúde.
Afinal, será difícil encontrar outro Joel.
Sara tinha razão.
Se a duração da jornada humana pudesse ser condicionada à utilidade, Joel chegaria facilmente aos cem anos.
Era um dínamo abençoado, sempre empenhado em ajudar o semelhante, na actividade profissional, no lar, na organização assistencial, no Centro Espírita...
Mas o Céu tinha outros planos para ele.
Confirmando seus indefiníveis sentimentos premonitórios, Joel retornou à Espiritualidade pouco depois, vitimado por um acidente de trânsito.
Foi um rude golpe para o movimento espírita local, que perdia sua liderança mais expressiva, e particularmente para Sara, que não conseguia aceitar a separação.
Como, sem seu apoio e carinho, enfrentar os desafios da existência, o cuidado dos filhos?
E o Celsinho, como ajudá-lo de forma efectiva sem a protecção paterna?
Não se conformava.
Afinal, havia tantos criminosos, tantos inconsequentes egoístas, cuja morte seria um benefício para a Humanidade, e logo seu marido, um homem digno e nobre, tão útil a tanta gente, deveria ter sua vida ceifada prematuramente?
Companheiros espíritas lembravam que o simples facto de Joel experimentar a premonição do próprio desencarne demonstrava que se tratava de um evento programado, que fazia parte de suas provações, mas Sara não se conformava.
Mergulhada na depressão, recusava-se a retornar à normalidade, alimentando a perigosa ideia de que seria preferível morrer.
Até que, certa noite, na reunião mediúnica da qual participava, generoso Benfeitor Espiritual disse-lhe:
- Sara, sua inconformação é incompatível com seus conhecimentos.
Você sabe que nada ocorre por acaso.
Sara preocupava-se com o marido.
Desde que rotineiro exame revelara persistente elevação de sua pressão arterial, empenhava-se em deixá-la informada de seus negócios e compromissos.
- Isso é mau agouro, Joel.
Não gosto quando você fala assim...
- Sejamos realistas, meu bem. Viver é um risco.
Todos estamos sujeitos a desencarnar repentinamente.
- Minha realidade é você.
Sem sua companhia a existência será um pesadelo!
- Adorável poetisa! Amo-a muito!
Não obstante, devemos estar sempre preparados para eventual convocação do Além, evitando deixar “nós” para os que ficam.
- Você nunca foi de dar “nós”.
Pelo contrário, o que mais faz é ajudar as pessoas a desatá-los.
- De qualquer forma é importante tomar conhecimento do que diz respeito aos nossos compromissos.
Saiba, também, que se eu desencarnar, há um bom seguro e um fundo de pensão que lhe garantirão o necessário para cuidar de nossos três filhos...
- Que precisam muito de você, particularmente o Celsinho com suas limitações mentais.
- Fique tranquila.
Não pretendo partir no verdor de meus trinta e nove anos, mesmo porque há muito trabalho na seara espírita.
Nossa cidade precisa de gente com as mangas arregaçadas e disposição é o que não me falta.
- Isso até me tranquiliza.
Penso que nossos amigos espirituais terão o máximo empenho em preservar sua saúde.
Afinal, será difícil encontrar outro Joel.
Sara tinha razão.
Se a duração da jornada humana pudesse ser condicionada à utilidade, Joel chegaria facilmente aos cem anos.
Era um dínamo abençoado, sempre empenhado em ajudar o semelhante, na actividade profissional, no lar, na organização assistencial, no Centro Espírita...
Mas o Céu tinha outros planos para ele.
Confirmando seus indefiníveis sentimentos premonitórios, Joel retornou à Espiritualidade pouco depois, vitimado por um acidente de trânsito.
Foi um rude golpe para o movimento espírita local, que perdia sua liderança mais expressiva, e particularmente para Sara, que não conseguia aceitar a separação.
Como, sem seu apoio e carinho, enfrentar os desafios da existência, o cuidado dos filhos?
E o Celsinho, como ajudá-lo de forma efectiva sem a protecção paterna?
Não se conformava.
Afinal, havia tantos criminosos, tantos inconsequentes egoístas, cuja morte seria um benefício para a Humanidade, e logo seu marido, um homem digno e nobre, tão útil a tanta gente, deveria ter sua vida ceifada prematuramente?
Companheiros espíritas lembravam que o simples facto de Joel experimentar a premonição do próprio desencarne demonstrava que se tratava de um evento programado, que fazia parte de suas provações, mas Sara não se conformava.
Mergulhada na depressão, recusava-se a retornar à normalidade, alimentando a perigosa ideia de que seria preferível morrer.
Até que, certa noite, na reunião mediúnica da qual participava, generoso Benfeitor Espiritual disse-lhe:
- Sara, sua inconformação é incompatível com seus conhecimentos.
Você sabe que nada ocorre por acaso.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Voz entrecortada de soluços, em incontida angústia, a jovem argumentou:
- Sei que existem problemas cármicos envolvendo situações dessa natureza, mas tenho aprendido que o bem que exercitamos hoje neutraliza o mal que praticamos ontem.
Considerando que Joel era precioso instrumento da Espiritualidade na Terra, porque não lhe foi preservada a Vida?
Não seria mais justo deixá-lo resgatar seus débitos com o esforço da Caridade, em que pontificava como devotado servidor do Cristo?
O mentor aguardou por alguns instantes, até que fossem menos abundantes as lágrimas, e redarguiu, sereno:
- Seu argumento é ponderável, mas equivocado, porque desconhece a extensão dos compromissos de Joel.
Seu desencarne, muito mais que o cumprimento da Justiça, foi um acto de Misericórdia que beneficiou não apenas ele, mas, sobretudo, você.
- Não estou entendendo...
- É fácil explicar.
Segundo compromissos que ambos assumiram, Joel deveria sofrer derrame cerebral que o sujeitaria a uma vida vegetativa, prisioneiro de um corpo inerte, incomunicável.
Você cuidaria dele por aproximadamente 10 anos...
O Espírito amigo fez uma pausa, deixando que a jovem viúva assimilasse o significado daquela revelação, e concluiu:
- Tendo em vista os méritos de seu marido, foi-lhe poupada a dolorosa experiência e ele retornou à Espiritualidade, de onde continua a ajudá-la nos encargos que lhe competem, conforme sua programação de vida.
E pede-lhe que desate o “nó” da amargura, superando o pesadelo da transitória separação com o sonho de glorioso reencontro na imortalidade.
A partir desse dia Sara readquiriu a disposição de viver, enfrentando com serenidade e coragem seus compromissos, lembrando sempre que ela e o marido haviam recebido uma grande dádiva do Céu.
Muitas pessoas questionam os acontecimentos difíceis e dolorosos, enveredando por caminhos de rebeldia e desalento que lhes multiplicam os sofrimentos.
Ignoram que não há males alheios à Justiça Divina, nem dores não suavizadas pela Divina Misericórdia.
§.§.§- Ave sem Ninho
- Sei que existem problemas cármicos envolvendo situações dessa natureza, mas tenho aprendido que o bem que exercitamos hoje neutraliza o mal que praticamos ontem.
Considerando que Joel era precioso instrumento da Espiritualidade na Terra, porque não lhe foi preservada a Vida?
Não seria mais justo deixá-lo resgatar seus débitos com o esforço da Caridade, em que pontificava como devotado servidor do Cristo?
O mentor aguardou por alguns instantes, até que fossem menos abundantes as lágrimas, e redarguiu, sereno:
- Seu argumento é ponderável, mas equivocado, porque desconhece a extensão dos compromissos de Joel.
Seu desencarne, muito mais que o cumprimento da Justiça, foi um acto de Misericórdia que beneficiou não apenas ele, mas, sobretudo, você.
- Não estou entendendo...
- É fácil explicar.
Segundo compromissos que ambos assumiram, Joel deveria sofrer derrame cerebral que o sujeitaria a uma vida vegetativa, prisioneiro de um corpo inerte, incomunicável.
Você cuidaria dele por aproximadamente 10 anos...
O Espírito amigo fez uma pausa, deixando que a jovem viúva assimilasse o significado daquela revelação, e concluiu:
- Tendo em vista os méritos de seu marido, foi-lhe poupada a dolorosa experiência e ele retornou à Espiritualidade, de onde continua a ajudá-la nos encargos que lhe competem, conforme sua programação de vida.
E pede-lhe que desate o “nó” da amargura, superando o pesadelo da transitória separação com o sonho de glorioso reencontro na imortalidade.
A partir desse dia Sara readquiriu a disposição de viver, enfrentando com serenidade e coragem seus compromissos, lembrando sempre que ela e o marido haviam recebido uma grande dádiva do Céu.
Muitas pessoas questionam os acontecimentos difíceis e dolorosos, enveredando por caminhos de rebeldia e desalento que lhes multiplicam os sofrimentos.
Ignoram que não há males alheios à Justiça Divina, nem dores não suavizadas pela Divina Misericórdia.
§.§.§- Ave sem Ninho
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“MEDIUNIDADE” – MARAVILHOSO “DOM” PARA AJUDAR, SERVIR E SOCORRER.
Aspiras ao desenvolvimento da Mediunidade para mais fácil intercâmbio com o Plano Espiritual.
Isto é perfeitamente possível; entretanto é preciso lhe abraces as manifestações, compreendendo que ela te pede Amor e Dedicação aos semelhantes para que se transforme nem apostolado de bênçãos.
Reconhecerás que não reténs com ela distrito de entretenimento ou vantagens pessoais e si um templo-oficina, através do qual os Benfeitores Desencarnados se aproximam dos homens, tão directamente quanto lhes é possível, apontando-lhes rumo certo os lenindo-lhes os sofrimentos, tanto quanto lhe utilizarás os recursos para socorrer desencarnados que esperam ansiosamente quem lhes estenda uma luz ao coração desorientado.
Receberás com ela não apenas a missão consoladora de reerguer os tristes, mas também a tarefa espinhosa de suportar, corajosamente, a incompreensão daqueles que se comprazem sob a névoa do materialismo, muita vez interessados em estabelecer a dúvida e a negação para obterem, usando o nome da filosofia e da ciência, livre trânsito nas áreas de experiência física, em que a fé opõe uma barreira aos abusos de ordem moral.
Nunca lhe ostentarás a força com atitudes menos dignas, que te colocariam na dependência do mal, e, ainda mesmo quando ela te propicie meios com os quais te podes sobrepor aos perseguidores e adversários, trata-los-às com o amor que não foge à verdade e com a verdade que não desdenha o equilíbrio, admitindo que não te assiste o direito de te antepores à justiça da vida.
Terás a mediunidade por flama de amor e serviço, abençoando e auxiliando onde estejas, em nome da Excelsa Providência, que te fez semelhante concessão por empréstimo.
E nos dias em que esse ministério de luz te pese demasiado nos ombros, volta-te para o Cristo – o Divino Instrumento de Deus na Terra – e perceberás, feliz, que o coração crucificado por devotamento ao bem de todos, conquanto pareça vencido, carrega em triunfo a consciência tranquila do vencedor.
§.§.§- Ave sem Ninho
Isto é perfeitamente possível; entretanto é preciso lhe abraces as manifestações, compreendendo que ela te pede Amor e Dedicação aos semelhantes para que se transforme nem apostolado de bênçãos.
Reconhecerás que não reténs com ela distrito de entretenimento ou vantagens pessoais e si um templo-oficina, através do qual os Benfeitores Desencarnados se aproximam dos homens, tão directamente quanto lhes é possível, apontando-lhes rumo certo os lenindo-lhes os sofrimentos, tanto quanto lhe utilizarás os recursos para socorrer desencarnados que esperam ansiosamente quem lhes estenda uma luz ao coração desorientado.
Receberás com ela não apenas a missão consoladora de reerguer os tristes, mas também a tarefa espinhosa de suportar, corajosamente, a incompreensão daqueles que se comprazem sob a névoa do materialismo, muita vez interessados em estabelecer a dúvida e a negação para obterem, usando o nome da filosofia e da ciência, livre trânsito nas áreas de experiência física, em que a fé opõe uma barreira aos abusos de ordem moral.
Nunca lhe ostentarás a força com atitudes menos dignas, que te colocariam na dependência do mal, e, ainda mesmo quando ela te propicie meios com os quais te podes sobrepor aos perseguidores e adversários, trata-los-às com o amor que não foge à verdade e com a verdade que não desdenha o equilíbrio, admitindo que não te assiste o direito de te antepores à justiça da vida.
Terás a mediunidade por flama de amor e serviço, abençoando e auxiliando onde estejas, em nome da Excelsa Providência, que te fez semelhante concessão por empréstimo.
E nos dias em que esse ministério de luz te pese demasiado nos ombros, volta-te para o Cristo – o Divino Instrumento de Deus na Terra – e perceberás, feliz, que o coração crucificado por devotamento ao bem de todos, conquanto pareça vencido, carrega em triunfo a consciência tranquila do vencedor.
§.§.§- Ave sem Ninho
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"PRIMEIROS INSTANTES DE UM MORTO"
IMPRESSIONANTE RELATO DO "ESPÍRITO IRMÃO "G", PELA "PSICOFONIA".
No horário reservado à instrução, na noite de 14 de julho, nosso Grupo recolheu expressiva mensagem do "Irmão G.", em que nos informa quanto aos seus primeiros instantes na Vida Espiritual.
Cabe-nos esclarecer que o comunicante, político e administrador de méritos indiscutíveis, recentemente desencarnado, esteve antes em nossa casa de preces, sob a custódia dos amigos espirituais que lhe amparavam a recuperação necessária e justa.
Mostrava-se, então, enfermiço e indisposto, mas a breve tempo, retemperado e fortalecido, retornou ao nosso templo, onde nos forneceu as valiosas impressões que passamos a transcrever.
Meus amigos:
Recordando aquele rico da parábola evangélica que não obteve permissão para tornar ao círculo doméstico, depois da morte, compreendo hoje perfeitamente a justeza da proibição que lhe frustrou o propósito, porque, sem sombra de dúvida, ninguém no mundo lhe daria crédito à palavra.
A experiência social na terra vive tão distraída nos jogos de máscara, que a visita da verdade sem mescla, a qualquer agrupamento humano, por muito tempo ainda será francamente inoportuna.
Falando assim ao vosso mundo afectivo, não nutro o menor interesse em quebrar a cadeia de enganos a que se aprisionam meus antigos laços do coração.
Profundamente transformado, depois da grande travessia, em que o túmulo é o marco de nosso retorno à realidade, dirijo-me particularmente a vós outros, navegantes da fé no oceano da vida, para destacar a necessidade de valorização do tempo nos curtos dias de nossa permanência no corpo.
Para exemplo, recorro ao meu caso, já que, pelo concurso fraterno, ligastes-vos ao processo de minha renovação.
Como sabeis, qual ocorre à árvore doente, que tomba aos primeiros toques do lenhador, caí também, de imprevisto, ao primeiro golpe da morte.
Industrial, administrador e homem público, em actividade intensa e incessante, não admitia que o sepulcro me requisitasse tão apressadamente à meditação.
A angina, porém, espreitava-me, vigilante, e fulminou-me sem que eu pudesse lutar.
Recordo-me de haver sido arremessado a uma espécie de sono que me não furtava a consciência e a lucidez, embora me aniquilasse a os movimentos.
Incapaz de falar, ouvi os gritos dos meus e senti que mãos amigas me tacteavam o peito, tentando debalde restituir-me a respiração.
Não posso precisar quantos minutos gastei na vertigem que me tomara de assalto, até que, em minha aflição por despertar, notei que a forma inerte me retomava a si, que minh’alma entontecida regressava ao corpo pesado; no entanto, espessa cortina de sombra parecia incorporar-se agora entre os meus afeiçoados e a minha palavra ressoante, que ninguém atendia...
Inexplicavelmente assombrado, em vão pedia socorro, mas acabei por resignar-me à ideia de que estava sendo vítima de estranho pesadelo, prestes a terminar.
Ainda assim, amedrontava-me a ausência de vitalidade e calor a que me via sentenciado.
Após alguns minutos de pavoroso conflito, que a palavra terrestre não consegue determinar, tive a impressão de que me aplicavam sacos de gelo aos pés.
Por mais verberasse contra semelhante medicação, o frio alcançava-me todo o corpo, até que não pude mais...
Aquilo valia por expulsão em regra.
Procurei libertar-me e vi-me fora do leito, leve e ágil, pensando, ouvindo e vendo...
Contudo, buscando afastar-me, reparei que um fio tênue de névoa branquicenta ligava minha cabeça móvel à minha cabeça inerte.
No horário reservado à instrução, na noite de 14 de julho, nosso Grupo recolheu expressiva mensagem do "Irmão G.", em que nos informa quanto aos seus primeiros instantes na Vida Espiritual.
Cabe-nos esclarecer que o comunicante, político e administrador de méritos indiscutíveis, recentemente desencarnado, esteve antes em nossa casa de preces, sob a custódia dos amigos espirituais que lhe amparavam a recuperação necessária e justa.
Mostrava-se, então, enfermiço e indisposto, mas a breve tempo, retemperado e fortalecido, retornou ao nosso templo, onde nos forneceu as valiosas impressões que passamos a transcrever.
Meus amigos:
Recordando aquele rico da parábola evangélica que não obteve permissão para tornar ao círculo doméstico, depois da morte, compreendo hoje perfeitamente a justeza da proibição que lhe frustrou o propósito, porque, sem sombra de dúvida, ninguém no mundo lhe daria crédito à palavra.
A experiência social na terra vive tão distraída nos jogos de máscara, que a visita da verdade sem mescla, a qualquer agrupamento humano, por muito tempo ainda será francamente inoportuna.
Falando assim ao vosso mundo afectivo, não nutro o menor interesse em quebrar a cadeia de enganos a que se aprisionam meus antigos laços do coração.
Profundamente transformado, depois da grande travessia, em que o túmulo é o marco de nosso retorno à realidade, dirijo-me particularmente a vós outros, navegantes da fé no oceano da vida, para destacar a necessidade de valorização do tempo nos curtos dias de nossa permanência no corpo.
Para exemplo, recorro ao meu caso, já que, pelo concurso fraterno, ligastes-vos ao processo de minha renovação.
Como sabeis, qual ocorre à árvore doente, que tomba aos primeiros toques do lenhador, caí também, de imprevisto, ao primeiro golpe da morte.
Industrial, administrador e homem público, em actividade intensa e incessante, não admitia que o sepulcro me requisitasse tão apressadamente à meditação.
A angina, porém, espreitava-me, vigilante, e fulminou-me sem que eu pudesse lutar.
Recordo-me de haver sido arremessado a uma espécie de sono que me não furtava a consciência e a lucidez, embora me aniquilasse a os movimentos.
Incapaz de falar, ouvi os gritos dos meus e senti que mãos amigas me tacteavam o peito, tentando debalde restituir-me a respiração.
Não posso precisar quantos minutos gastei na vertigem que me tomara de assalto, até que, em minha aflição por despertar, notei que a forma inerte me retomava a si, que minh’alma entontecida regressava ao corpo pesado; no entanto, espessa cortina de sombra parecia incorporar-se agora entre os meus afeiçoados e a minha palavra ressoante, que ninguém atendia...
Inexplicavelmente assombrado, em vão pedia socorro, mas acabei por resignar-me à ideia de que estava sendo vítima de estranho pesadelo, prestes a terminar.
Ainda assim, amedrontava-me a ausência de vitalidade e calor a que me via sentenciado.
Após alguns minutos de pavoroso conflito, que a palavra terrestre não consegue determinar, tive a impressão de que me aplicavam sacos de gelo aos pés.
Por mais verberasse contra semelhante medicação, o frio alcançava-me todo o corpo, até que não pude mais...
Aquilo valia por expulsão em regra.
Procurei libertar-me e vi-me fora do leito, leve e ágil, pensando, ouvindo e vendo...
Contudo, buscando afastar-me, reparei que um fio tênue de névoa branquicenta ligava minha cabeça móvel à minha cabeça inerte.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Indiscutivelmente delirava - , no entanto aquele sonho me dividia em duas personalidades distintas, não obstante guardar a noção perfeita de minha identidade.
Apavorado, não conseguia maior afastamento da câmara íntima, reconhecendo, inquieto, que me vestiam caprichosamente a estátua de carne, a enregelar-se.
Dominava-me indizível receio.
Sensações de terror neutralizavam-me o raciocínio.
Mesmo assim, concentrei minhas forças na resistência.
Retomaria o corpo.
Lutaria por reaver-me.
O delíquio inesperado teria fim.
Contudo, escoavam-se as horas e, não obstante contrariado, vi-me exposto à visitação pública.
Mas oh! irrisão de meu novo caminho!...
Eu, que me sentia singularmente repartido, observei que todas as pessoas com acesso ao recinto, diante de mim, revelavam-se divididas em identidade de circunstâncias, porque, sem poder explicar o fenómeno, lhes escutava as palavras faladas e as palavras imaginadas.
Muitas diziam aos meus familiares em pranto:
- Meus pêsames! Perdemos um grande amigo...
E o pensamento se lhes esguichava na cabeça, atingindo-me como inexprimível jacto de força eléctrica, acentuando:
- “não tenho pesar algum, este homem deveria realmente morrer...”
Outras se enlaçavam aos amigos, e diziam com a boca:
- Meus sentimentos! O doutor G. morreu moço, muito moço.
E acrescentavam, reflectindo:
- “morreu tarde...ainda bem que morreu...
Velhaco! deixou uma fortuna considerável... deve ter roubado excessivamente...”
Outras, ainda, comentavam junto à carcaça morta:
- Homem probo, homem justo!...
E falavam de si para consigo:
- “político ladrão e sem palavra!
Que a terra lhe seja leve e que o inferno o proteja!...”
Via-me salteado por interminável projecção de espinhos invisíveis a me espicaçarem o coração.
Torturado de vergonha, não sabia onde esconder-me.
Ainda assim, quisera protestar quanto às reprovações que me pareceram descabidas.
Realmente não fora o homem que deveria ter sido, no entanto, até ali, vivera como o trabalhador interessado em quitar-se com os seus compromissos.
Não seria falta de caridade atacarem-me, assim, quando plenamente inabilitado a qualquer defensiva?
Por muito tempo, perdurava a conturbação, até que encontrei algum alívio...
Muitas crianças das escolas, que eu tanto desejaria ter ajudado, oravam agora junto de mim.
Velhos empregados das empresas em que eu transitara, e de cuja existência não cogitara com maior interesse, vinham trazer-me respeitosamente, com lágrimas nos olhos, a prece e o carinho de sincera emoção.
Antigos funcionários, fatigados e humildes, aos quais estimara de longe, ofertavam-me pensamentos de amor.
Alguns poucos amigos envolveram-me em pensamentos de paz.
Aquietei-me, resignado.
Doce bálsamo de reconhecimento acalmou-me a aflição e pude chorar, enfim...
Com o pranto, consegui encomendar-me à Bondade Infinita de Deus, respirando consolo e apaziguamento.
Humilhado, aguardei paciente as surpresas da nova situação.
Apavorado, não conseguia maior afastamento da câmara íntima, reconhecendo, inquieto, que me vestiam caprichosamente a estátua de carne, a enregelar-se.
Dominava-me indizível receio.
Sensações de terror neutralizavam-me o raciocínio.
Mesmo assim, concentrei minhas forças na resistência.
Retomaria o corpo.
Lutaria por reaver-me.
O delíquio inesperado teria fim.
Contudo, escoavam-se as horas e, não obstante contrariado, vi-me exposto à visitação pública.
Mas oh! irrisão de meu novo caminho!...
Eu, que me sentia singularmente repartido, observei que todas as pessoas com acesso ao recinto, diante de mim, revelavam-se divididas em identidade de circunstâncias, porque, sem poder explicar o fenómeno, lhes escutava as palavras faladas e as palavras imaginadas.
Muitas diziam aos meus familiares em pranto:
- Meus pêsames! Perdemos um grande amigo...
E o pensamento se lhes esguichava na cabeça, atingindo-me como inexprimível jacto de força eléctrica, acentuando:
- “não tenho pesar algum, este homem deveria realmente morrer...”
Outras se enlaçavam aos amigos, e diziam com a boca:
- Meus sentimentos! O doutor G. morreu moço, muito moço.
E acrescentavam, reflectindo:
- “morreu tarde...ainda bem que morreu...
Velhaco! deixou uma fortuna considerável... deve ter roubado excessivamente...”
Outras, ainda, comentavam junto à carcaça morta:
- Homem probo, homem justo!...
E falavam de si para consigo:
- “político ladrão e sem palavra!
Que a terra lhe seja leve e que o inferno o proteja!...”
Via-me salteado por interminável projecção de espinhos invisíveis a me espicaçarem o coração.
Torturado de vergonha, não sabia onde esconder-me.
Ainda assim, quisera protestar quanto às reprovações que me pareceram descabidas.
Realmente não fora o homem que deveria ter sido, no entanto, até ali, vivera como o trabalhador interessado em quitar-se com os seus compromissos.
Não seria falta de caridade atacarem-me, assim, quando plenamente inabilitado a qualquer defensiva?
Por muito tempo, perdurava a conturbação, até que encontrei algum alívio...
Muitas crianças das escolas, que eu tanto desejaria ter ajudado, oravam agora junto de mim.
Velhos empregados das empresas em que eu transitara, e de cuja existência não cogitara com maior interesse, vinham trazer-me respeitosamente, com lágrimas nos olhos, a prece e o carinho de sincera emoção.
Antigos funcionários, fatigados e humildes, aos quais estimara de longe, ofertavam-me pensamentos de amor.
Alguns poucos amigos envolveram-me em pensamentos de paz.
Aquietei-me, resignado.
Doce bálsamo de reconhecimento acalmou-me a aflição e pude chorar, enfim...
Com o pranto, consegui encomendar-me à Bondade Infinita de Deus, respirando consolo e apaziguamento.
Humilhado, aguardei paciente as surpresas da nova situação.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS
Estava inegavelmente morto e vivo.
O catafalco não favorecia qualquer dúvida.
Curtia dolorosas indagações, quando, em dado instante, arrebataram-me o corpo.
Achava-me livre para pensar, mas preso aos despojos hirtos pelo estranho cordão que eu não podia compreender e, em razão disso, acompanhei o cortejo triste, cauteloso e desapontado.
Não valiam agora o carinho sincero e a devoção afectiva com que muitos braços amigos me acalentavam o ataúde...
A vizinhança do cemitério abalava a escassa confiança que passara a sustentar em mim mesmo.
O largo portão aberto, a contemplação dos túmulos à entrada e a multidão que me seguia, compacta, faziam-me estarrecer.
Tentei apoiar-me em velhos companheiros de ideal e de luta, mas o ambiente repleto de palavras vazias e orações pagas como que me acentuava a aflição e o desespero.
Senti-me fraquejar.
Clamei debalde por socorro, até que, com os primeiros punhados de terra atirados sobre o esquife, caí na sepultura acolhedora, sem qualquer noção de mim mesmo.
Apagara-se o conflito.
Tudo era agora letargo, abatimento, exaustão...
Por vários dias repousei, até que, ao clarão da verdade, reconheci que as tarefas do industrial e político haviam chegado a termo.
Apesar disso, porém, a certeza da vida que não morre levantara-me a esperança.
Antigas afeições surgiram, amparando-me a luta nova e, desse modo, voltou à condição do servidor anónimo o homem que talvez indebitamente se elevara no mundo aos postos de directiva.
É assim que, em vos visitando, devo estimular-vos ao culto dos valores claros e certos.
Instalar a felicidade no próprio espírito, através da felicidade que pudermos edificar para os outros, é a única forma de encontrarmos a verdadeira felicidade.
Tenho hoje a convicção de que os patrimónios financeiros apenas agravam as responsabilidades da alma encarnada, e a política, presentemente, para mim se assemelha à tina d’água que agitamos em esforço constante para vê-la sempre a mesma, em troca apenas do cansaço que nos impõe.
Todos os aparatos da experiência humana são sombras a se movimentarem nas telas passageiras da vida.
Só o bem permanece.
Só o bem que idealizamos e plasmamos é a luz que fica.
Assim pois, buscando o bem, roguemos a Deus nos esclareça e nos abençoe.
§.§.§- Ave sem Ninho
O catafalco não favorecia qualquer dúvida.
Curtia dolorosas indagações, quando, em dado instante, arrebataram-me o corpo.
Achava-me livre para pensar, mas preso aos despojos hirtos pelo estranho cordão que eu não podia compreender e, em razão disso, acompanhei o cortejo triste, cauteloso e desapontado.
Não valiam agora o carinho sincero e a devoção afectiva com que muitos braços amigos me acalentavam o ataúde...
A vizinhança do cemitério abalava a escassa confiança que passara a sustentar em mim mesmo.
O largo portão aberto, a contemplação dos túmulos à entrada e a multidão que me seguia, compacta, faziam-me estarrecer.
Tentei apoiar-me em velhos companheiros de ideal e de luta, mas o ambiente repleto de palavras vazias e orações pagas como que me acentuava a aflição e o desespero.
Senti-me fraquejar.
Clamei debalde por socorro, até que, com os primeiros punhados de terra atirados sobre o esquife, caí na sepultura acolhedora, sem qualquer noção de mim mesmo.
Apagara-se o conflito.
Tudo era agora letargo, abatimento, exaustão...
Por vários dias repousei, até que, ao clarão da verdade, reconheci que as tarefas do industrial e político haviam chegado a termo.
Apesar disso, porém, a certeza da vida que não morre levantara-me a esperança.
Antigas afeições surgiram, amparando-me a luta nova e, desse modo, voltou à condição do servidor anónimo o homem que talvez indebitamente se elevara no mundo aos postos de directiva.
É assim que, em vos visitando, devo estimular-vos ao culto dos valores claros e certos.
Instalar a felicidade no próprio espírito, através da felicidade que pudermos edificar para os outros, é a única forma de encontrarmos a verdadeira felicidade.
Tenho hoje a convicção de que os patrimónios financeiros apenas agravam as responsabilidades da alma encarnada, e a política, presentemente, para mim se assemelha à tina d’água que agitamos em esforço constante para vê-la sempre a mesma, em troca apenas do cansaço que nos impõe.
Todos os aparatos da experiência humana são sombras a se movimentarem nas telas passageiras da vida.
Só o bem permanece.
Só o bem que idealizamos e plasmamos é a luz que fica.
Assim pois, buscando o bem, roguemos a Deus nos esclareça e nos abençoe.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126659
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"REFLEXÃO MENTAL O DESEJO"
ELEVADÍSSIMA MENSAGEM DO "ESPÍRITO DR. ALBERTO SEABRA" PELA "PSICOFONIA".
Na noite de 7 de julho, fomos surpreendidos por imenso reconforto, porquanto, pela primeira vez, recolhemos a palavra do "Dr. Alberto Seabra", abnegado Médico e distinto escritor espiritista, que nos falou com respeito ao "Mundo Mental.
Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.
Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.
Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.
Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e factos.
Reflectimos, assim, constantemente, uns nos outros.
É pelo reflexo mental que se estabelece o fenómeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.
Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.
Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projecção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.
É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.
As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.
Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio.
E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.
Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que reflectimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenómeno da conexão.
Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.
Essa lei é inderrogável em todos os planos do Universo.
Os mundos no Espaço reflectem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflecte o alimento que lhe garante a vida.
Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, seleccionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projecção do
Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.
Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para reflectir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença.
Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela par-te dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude.
O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.
Aprendamos, pois, a querer o melhor, para reflectir o melhor em nossa ascensão para Deus.
§.§.§- Ave sem Ninho
Na noite de 7 de julho, fomos surpreendidos por imenso reconforto, porquanto, pela primeira vez, recolhemos a palavra do "Dr. Alberto Seabra", abnegado Médico e distinto escritor espiritista, que nos falou com respeito ao "Mundo Mental.
Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.
Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.
Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.
Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e factos.
Reflectimos, assim, constantemente, uns nos outros.
É pelo reflexo mental que se estabelece o fenómeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.
Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.
Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projecção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.
É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.
As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.
Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio.
E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.
Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que reflectimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenómeno da conexão.
Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.
Essa lei é inderrogável em todos os planos do Universo.
Os mundos no Espaço reflectem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflecte o alimento que lhe garante a vida.
Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, seleccionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projecção do
Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.
Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para reflectir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença.
Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela par-te dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude.
O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.
Aprendamos, pois, a querer o melhor, para reflectir o melhor em nossa ascensão para Deus.
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TALVEZ VOCÊ JÁ TENHA FEITO PERGUNTAS COMO ESSAS:
QUEM SOU EU? DE ONDE EU VIM?
PARA ONDE IREI DEPOIS DA MORTE? E O QUE HÁ DEPOIS DELA?
Porque uns sofrem mais do que os outros?
Porque uns têm determinada aptidão e outros não?
Porque uns nascem ricos e outros pobres?
Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis?
Porque Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?
Porque uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?
A maioria das pessoas, diante da vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência.
Antes, preocupam-se com seus negócios, seus prazeres e seus problemas particulares.
Acham que assuntos como a "existência de Deus" e a "imortalidade da alma" são questões da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos.
Quando tudo vai bem em suas vidas, tais pessoas nem mesmo se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração ou ir a um templo, como se essas atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra.
A religião, para elas, é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo, será um desencargo de consciência para estar bem com Deus.
Tanto assim, que muitas nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.
Quando, porém, são surpreendidas por um grande problema - a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa, fatos passíveis de acontecer na vida de todo mundo -, não encontram em si mesmas a fé necessária, tampouco a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.
Onde se encontra a solução?
Há uma doutrina que atende a todos esses questionamentos. É o Espiritismo.
O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente, e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima para melhor.
Mas o que é o Espiritismo?
O Espiritismo é uma doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada - codificada - por um educador francês, conhecido pelo nome de Allan Kardec, no século passado.
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, filosofia, ciência e religião:
- Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo a questões como "de onde eu vim", "o que faço no mundo" - é uma filosofia.
- Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenómenos mediúnicos, isto é, fenómenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais.
Todos os fenómenos, mesmo os aparentemente mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o chamado "sobrenatural" no Espiritismo.
- Religião, porque tem por objectivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples, sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma.
Sem rituais, cultos e imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?
- [b]A existência de Deus,[/i] que é o Criador, causa primária de todas as coisas.
A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, omnipotente, soberanamente justo e bom.
- [b]A imortalidade da alma ou espírito.[/i]
O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços.
Como espíritos, já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.
PARA ONDE IREI DEPOIS DA MORTE? E O QUE HÁ DEPOIS DELA?
Porque uns sofrem mais do que os outros?
Porque uns têm determinada aptidão e outros não?
Porque uns nascem ricos e outros pobres?
Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis?
Porque Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?
Porque uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?
A maioria das pessoas, diante da vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência.
Antes, preocupam-se com seus negócios, seus prazeres e seus problemas particulares.
Acham que assuntos como a "existência de Deus" e a "imortalidade da alma" são questões da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos.
Quando tudo vai bem em suas vidas, tais pessoas nem mesmo se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração ou ir a um templo, como se essas atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra.
A religião, para elas, é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo, será um desencargo de consciência para estar bem com Deus.
Tanto assim, que muitas nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.
Quando, porém, são surpreendidas por um grande problema - a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa, fatos passíveis de acontecer na vida de todo mundo -, não encontram em si mesmas a fé necessária, tampouco a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.
Onde se encontra a solução?
Há uma doutrina que atende a todos esses questionamentos. É o Espiritismo.
O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente, e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima para melhor.
Mas o que é o Espiritismo?
O Espiritismo é uma doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada - codificada - por um educador francês, conhecido pelo nome de Allan Kardec, no século passado.
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, filosofia, ciência e religião:
- Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo a questões como "de onde eu vim", "o que faço no mundo" - é uma filosofia.
- Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenómenos mediúnicos, isto é, fenómenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais.
Todos os fenómenos, mesmo os aparentemente mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o chamado "sobrenatural" no Espiritismo.
- Religião, porque tem por objectivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples, sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma.
Sem rituais, cultos e imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?
- [b]A existência de Deus,[/i] que é o Criador, causa primária de todas as coisas.
A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, omnipotente, soberanamente justo e bom.
- [b]A imortalidade da alma ou espírito.[/i]
O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços.
Como espíritos, já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.
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