O que é a Doutrina
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Re: O que é a Doutrina
94 - A identidade é uma das grandes dificuldades do Espiritismo prático;
frequentemente, ela é impossível de se constatar, sobretudo quando se trata de Espíritos superiores, antigos em relação a nós.
Entre aqueles que se manifestam, muitos não têm nome para nós e, para fixar nossas ideias, eles podem tomar o de um Espírito conhecido pertencente à mesma categoria, de tal sorte que, se um Espírito se comunica com o nome de São Pedro, por exemplo, nada prova que ele seja precisamente o apóstolo desse nome;
pode ser ele, como pode ser um Espírito da mesma ordem, enviado por ele.
A questão da identidade, nesse caso, é por todos os títulos secundária, e haveria puerilidade a isso ligar importância.
O que importa é a natureza do ensinamento, se é bom ou mau, digno ou indigno do personagem do qual leva o nome.
Este o aprovaria ou o condenaria?
Aí está toda a questão.
95 - A identidade é mais fácil de se constatar quando se trata de Espíritos contemporâneos, dos quais se conhece o carácter e os hábitos, porque é por esses mesmos hábitos e particularidades da vida privada que a identidade se revela mais seguramente e, frequentemente, de uma maneira incontestável.
Quando se evoca um parente ou um amigo, é a personalidade que interessa, e é muito natural procurar constactar-se a identidade;
mas os meios que empregam, geralmente, para isso, aqueles que não conhecem senão imperfeitamente o Espiritismo, são insuficientes e podem induzir ao erro.
96 - O Espírito revela sua identidade por uma multidão de circunstâncias que ressaltam das comunicações, onde se reflectem seus hábitos, seu carácter, sua linguagem e até suas locuções familiares.
Ela se revela ainda pelos detalhes íntimos, nos quais ele entra espontaneamente com as pessoas às quais se afeiçoa, e que são os melhores.
Mas é muito raro que ele satisfaça as questões directas que lhe são dirigidas a esse respeito, sobretudo se elas são feitas por pessoas que lhe são indiferentes, com um objectivo de curiosidade e de prova.
O Espírito prova sua identidade como quer, ou como pode, segundo o género de faculdade do seu intérprete, e, frequentemente, essas provas são superabundantes.
O errado é querer que ele as dê à maneira do evocador;
é quando ele se recusa a se submeter às suas exigências.
(O Livro dos Médiuns, cap. XXIV: Identidade dos Espíritos; Revista Espírita, 1862, pág. 82: Factos da identidade).
Contradições
97 - As contradições que se notam, com bastante frequência, na linguagem dos Espíritos, podem espantar apenas aqueles que não têm da ciência espírita senão um conhecimento incompleto.
frequentemente, ela é impossível de se constatar, sobretudo quando se trata de Espíritos superiores, antigos em relação a nós.
Entre aqueles que se manifestam, muitos não têm nome para nós e, para fixar nossas ideias, eles podem tomar o de um Espírito conhecido pertencente à mesma categoria, de tal sorte que, se um Espírito se comunica com o nome de São Pedro, por exemplo, nada prova que ele seja precisamente o apóstolo desse nome;
pode ser ele, como pode ser um Espírito da mesma ordem, enviado por ele.
A questão da identidade, nesse caso, é por todos os títulos secundária, e haveria puerilidade a isso ligar importância.
O que importa é a natureza do ensinamento, se é bom ou mau, digno ou indigno do personagem do qual leva o nome.
Este o aprovaria ou o condenaria?
Aí está toda a questão.
95 - A identidade é mais fácil de se constatar quando se trata de Espíritos contemporâneos, dos quais se conhece o carácter e os hábitos, porque é por esses mesmos hábitos e particularidades da vida privada que a identidade se revela mais seguramente e, frequentemente, de uma maneira incontestável.
Quando se evoca um parente ou um amigo, é a personalidade que interessa, e é muito natural procurar constactar-se a identidade;
mas os meios que empregam, geralmente, para isso, aqueles que não conhecem senão imperfeitamente o Espiritismo, são insuficientes e podem induzir ao erro.
96 - O Espírito revela sua identidade por uma multidão de circunstâncias que ressaltam das comunicações, onde se reflectem seus hábitos, seu carácter, sua linguagem e até suas locuções familiares.
Ela se revela ainda pelos detalhes íntimos, nos quais ele entra espontaneamente com as pessoas às quais se afeiçoa, e que são os melhores.
Mas é muito raro que ele satisfaça as questões directas que lhe são dirigidas a esse respeito, sobretudo se elas são feitas por pessoas que lhe são indiferentes, com um objectivo de curiosidade e de prova.
O Espírito prova sua identidade como quer, ou como pode, segundo o género de faculdade do seu intérprete, e, frequentemente, essas provas são superabundantes.
O errado é querer que ele as dê à maneira do evocador;
é quando ele se recusa a se submeter às suas exigências.
(O Livro dos Médiuns, cap. XXIV: Identidade dos Espíritos; Revista Espírita, 1862, pág. 82: Factos da identidade).
Contradições
97 - As contradições que se notam, com bastante frequência, na linguagem dos Espíritos, podem espantar apenas aqueles que não têm da ciência espírita senão um conhecimento incompleto.
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Re: O que é a Doutrina
Elas são a consequência da própria natureza dos Espíritos que, quando falam, não sabem as coisas senão em razão de seu adiantamento, e das quais alguns podem saber menos que certos homens.
Sobre uma multidão de pontos, eles não podem emitir senão sua opinião pessoal, que pode ser mais ou menos justa, e conservar o reflexo dos preconceitos terrestres dos quais não estão despojados.
Outros fazem os próprios sistemas sobre o que não conhecem ainda, particularmente no que tange às questões científicas e à origem das coisas.
Não há, pois, nada de surpreendente em que não estejam sempre de acordo.
98 - Espanta-se em encontrar comunicações contraditórias assinadas com o mesmo nome.
Só os Espíritos inferiores podem ter, segundo as circunstâncias, uma linguagem diferente, pois os Espíritos superiores jamais se contradizem.
Quem esteja pouco iniciado nos mistérios do mundo espiritual, sabe com que facilidade certos Espíritos se adornam de nomes emprestados para darem mais crédito às suas palavras;
pode-se disso concluir, com certeza, que se duas comunicações radicalmente contraditórias quanto ao fundo do pensamento, levam o mesmo nome respeitável, uma das duas é necessariamente apócrifa.
99 - Dois meios podem servir para fixar as ideias sobre as questões duvidosas:
o primeiro é submeter as comunicações ao controle severo da razão, do bom senso e da lógica.
É uma recomendação que fazem todos os bons Espíritos, e que procuram não fazer os Espíritos enganadores que sabem muito bem não poder senão perder com um exame sério e, por isso, evitam a discussão e querem ser acreditados sob palavra.
O segundo critério da verdade está na concordância do ensinamento.
Quando o mesmo princípio é ensinado sobre vários pontos, por diferentes Espíritos e médiuns estranhos uns aos outros, e que não estão sob a mesma influência, pode-se disso concluir que ele é mais verdadeiro que aquele que emana de uma só fonte e se encontra em contradição com a maioria
(O Livro dos Médiuns, cap. XXVII: As contradições e as mistificações – Revista Espírita, abril, 1864, pág. 99: Autoridade da Doutrina Espírita - A Moral do Evangelho Segundo o Espiritismo, introdução, pág. VI).
Consequências do Espiritismo
100 - Em face da incerteza das revelações feitas pelos Espíritos, pergunta-se:
para que pode servir o estudo do Espiritismo?
Ele serve para provar materialmente a existência do mundo espiritual.
O mundo espiritual estando formado pelas almas daqueles que viveram, disso resulta a prova da existência da alma e da sua sobrevivência ao corpo.
Sobre uma multidão de pontos, eles não podem emitir senão sua opinião pessoal, que pode ser mais ou menos justa, e conservar o reflexo dos preconceitos terrestres dos quais não estão despojados.
Outros fazem os próprios sistemas sobre o que não conhecem ainda, particularmente no que tange às questões científicas e à origem das coisas.
Não há, pois, nada de surpreendente em que não estejam sempre de acordo.
98 - Espanta-se em encontrar comunicações contraditórias assinadas com o mesmo nome.
Só os Espíritos inferiores podem ter, segundo as circunstâncias, uma linguagem diferente, pois os Espíritos superiores jamais se contradizem.
Quem esteja pouco iniciado nos mistérios do mundo espiritual, sabe com que facilidade certos Espíritos se adornam de nomes emprestados para darem mais crédito às suas palavras;
pode-se disso concluir, com certeza, que se duas comunicações radicalmente contraditórias quanto ao fundo do pensamento, levam o mesmo nome respeitável, uma das duas é necessariamente apócrifa.
99 - Dois meios podem servir para fixar as ideias sobre as questões duvidosas:
o primeiro é submeter as comunicações ao controle severo da razão, do bom senso e da lógica.
É uma recomendação que fazem todos os bons Espíritos, e que procuram não fazer os Espíritos enganadores que sabem muito bem não poder senão perder com um exame sério e, por isso, evitam a discussão e querem ser acreditados sob palavra.
O segundo critério da verdade está na concordância do ensinamento.
Quando o mesmo princípio é ensinado sobre vários pontos, por diferentes Espíritos e médiuns estranhos uns aos outros, e que não estão sob a mesma influência, pode-se disso concluir que ele é mais verdadeiro que aquele que emana de uma só fonte e se encontra em contradição com a maioria
(O Livro dos Médiuns, cap. XXVII: As contradições e as mistificações – Revista Espírita, abril, 1864, pág. 99: Autoridade da Doutrina Espírita - A Moral do Evangelho Segundo o Espiritismo, introdução, pág. VI).
Consequências do Espiritismo
100 - Em face da incerteza das revelações feitas pelos Espíritos, pergunta-se:
para que pode servir o estudo do Espiritismo?
Ele serve para provar materialmente a existência do mundo espiritual.
O mundo espiritual estando formado pelas almas daqueles que viveram, disso resulta a prova da existência da alma e da sua sobrevivência ao corpo.
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Re: O que é a Doutrina
As almas que se manifestam, revelam suas alegrias e seus sofrimentos segundo a maneira que empregaram a vida terrestre;
disso resulta a prova das penas e das recompensas futuras.
As almas, ou Espíritos, descrevendo seu estado e sua situação, corrigem as ideias falsas que se fazia sobre a vida futura e, principalmente, sobre a natureza e a duração das penas.
A vida futura passando, assim, do estado de teoria vaga e incerta ao estado de facto consumado e positivo, disso resulta a necessidade de trabalhar, o mais possível, durante a vida presente, que é de curta duração, em proveito da vida futura, que é indefinida.
Suponhamos que um homem de vinte anos tenha a certeza de morrer aos vinte e cinco;
que fará durante esses cinco anos?
trabalhará para o futuro?
Seguramente não.
Ele se esforçará em gozar o mais possível e consideraria um logro se impor fadiga e privações sem objectivo.
Mas, se ele tivesse a certeza de viver até os oitenta anos, agiria de outro modo, porque compreenderia a necessidade de sacrificar alguns instantes do repouso presente para assegurar o repouso futuro durante muitos anos.
Ocorre o mesmo com aquele para quem a vida futura é uma certeza.
A dúvida com relação à vida futura conduz, naturalmente, a tudo sacrificar aos gozos do presente;
daí a importância excessiva atribuída aos bens materiais.
A importância atribuída aos bens materiais excita a cobiça, a inveja, o ciúme daquele que tem pouco contra aquele que tem muito.
Da cobiça ao desejo de se obter a todo custo o que possui seu vizinho, há apenas um passo;
daí os ódios, as disputas, os processos, as guerras e todos os males engendrados pelo egoísmo.
Com a dúvida sobre o futuro, o homem, oprimido nesta vida pelos desgostos e pelo infortúnio, não vê senão na morte o fim dos seus sofrimentos;
nada mais esperando, ele acha racional abreviá-los pelo suicídio.
Sem esperança no futuro, é muito natural que o homem se afecte, se desespere diante das decepções que experimenta.
As agitações violentas que delas recebe produzem em seu cérebro um abalo, causa da maioria dos casos de loucura.
Sem a vida futura, a vida presente é para o homem a coisa capital, o único objecto de suas preocupações, e a ela tudo relaciona.
Por isso, quer a qualquer preço gozar, não somente dos bens materiais, mas de honrarias;
aspira a brilhar, a se elevar acima dos outros, a eclipsar seus vizinhos por seu fausto e sua posição;
daí a ambição desenfreada e a importância que dá aos títulos e a todas as futilidades da vaidade, pelas quais ele sacrificaria até sua própria honra, porque não vê nada além.
disso resulta a prova das penas e das recompensas futuras.
As almas, ou Espíritos, descrevendo seu estado e sua situação, corrigem as ideias falsas que se fazia sobre a vida futura e, principalmente, sobre a natureza e a duração das penas.
A vida futura passando, assim, do estado de teoria vaga e incerta ao estado de facto consumado e positivo, disso resulta a necessidade de trabalhar, o mais possível, durante a vida presente, que é de curta duração, em proveito da vida futura, que é indefinida.
Suponhamos que um homem de vinte anos tenha a certeza de morrer aos vinte e cinco;
que fará durante esses cinco anos?
trabalhará para o futuro?
Seguramente não.
Ele se esforçará em gozar o mais possível e consideraria um logro se impor fadiga e privações sem objectivo.
Mas, se ele tivesse a certeza de viver até os oitenta anos, agiria de outro modo, porque compreenderia a necessidade de sacrificar alguns instantes do repouso presente para assegurar o repouso futuro durante muitos anos.
Ocorre o mesmo com aquele para quem a vida futura é uma certeza.
A dúvida com relação à vida futura conduz, naturalmente, a tudo sacrificar aos gozos do presente;
daí a importância excessiva atribuída aos bens materiais.
A importância atribuída aos bens materiais excita a cobiça, a inveja, o ciúme daquele que tem pouco contra aquele que tem muito.
Da cobiça ao desejo de se obter a todo custo o que possui seu vizinho, há apenas um passo;
daí os ódios, as disputas, os processos, as guerras e todos os males engendrados pelo egoísmo.
Com a dúvida sobre o futuro, o homem, oprimido nesta vida pelos desgostos e pelo infortúnio, não vê senão na morte o fim dos seus sofrimentos;
nada mais esperando, ele acha racional abreviá-los pelo suicídio.
Sem esperança no futuro, é muito natural que o homem se afecte, se desespere diante das decepções que experimenta.
As agitações violentas que delas recebe produzem em seu cérebro um abalo, causa da maioria dos casos de loucura.
Sem a vida futura, a vida presente é para o homem a coisa capital, o único objecto de suas preocupações, e a ela tudo relaciona.
Por isso, quer a qualquer preço gozar, não somente dos bens materiais, mas de honrarias;
aspira a brilhar, a se elevar acima dos outros, a eclipsar seus vizinhos por seu fausto e sua posição;
daí a ambição desenfreada e a importância que dá aos títulos e a todas as futilidades da vaidade, pelas quais ele sacrificaria até sua própria honra, porque não vê nada além.
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Re: O que é a Doutrina
A certeza da vida futura e suas consequências muda totalmente a ordem das ideias e faz ver as coisas sob nova luz;
é um véu levantado que descobre um horizonte imenso e esplêndido.
Diante do infinito e da grandiosidade da vida de além-túmulo, a vida terrestre se apaga, como um segundo diante dos séculos, como o grão de areia diante da montanha.
Tudo aí torna-se pequeno, mesquinho, e espanta-se da importância que se deu a coisas tão efémeras e tão pueris.
Daí, nos acontecimentos da vida, uma calma, uma tranquilidade, que já é felicidade em comparação com as balbúrdias, os tormentos que nos impomos para nos elevarmos acima dos outros;
daí também, para as vicissitudes e as decepções, uma indiferença mesmo que, tirando toda presa ao desespero, afasta os mais numerosos casos de loucura e desvia o pensamento do suicídio.
Com a certeza do futuro o homem espera e se resigna;
com a dúvida, ele perde a paciência, porque não espera nada do presente.
O exemplo daqueles que viveram, prova que a soma da felicidade futura está em razão do progresso moral alcançado e do bem que se fez sobre a Terra;
que a soma da infelicidade está em razão da soma dos vícios e das más acções, resultando disso em todos aqueles que estão bem convencidos dessa verdade, uma tendência toda natural a fazer o bem e a evitar o mal.
Quando a maioria dos homens estiver imbuída dessa ideia, quando professar esses princípios e praticar o bem, disso resultará que o bem se imporá sobre o mal neste mundo;
que os homens não procurarão mais se prejudicarem mutuamente;
que eles regularão suas instituições sociais para o bem de todos, e não em proveito de alguns;
em uma palavra, compreenderão que a lei da caridade ensinada pelo Cristo é a fonte da felicidade, mesmo neste mundo, e basearão suas leis civis sobre a lei da caridade.
A constatação do mundo espiritual que nos cerca, e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das potências da Natureza e, por conseguinte, a chave de uma multidão de fenómenos incompreendidos, tanto na ordem física como na ordem moral.
Quando a Ciência tiver se inteirado desta nova força, desconhecida para ela até este dia, rectificará uma multidão de erros provenientes do facto de atribuir tudo a uma causa única: a matéria.
O reconhecimento desta nova causa nos fenómenos da Natureza, será uma alavanca para o progresso, e produzirá o efeito da descoberta de um agente todo novo.
Com a ajuda da lei espírita, o horizonte da Ciência se alargará, como se alargou com a ajuda da lei da gravitação.
Quando os sábios, do alto de sua cátedra, proclamarem a existência do mundo espiritual e sua ação nos fenómenos da vida, infiltrarão na juventude o contra-peso das ideias materialistas, ao invés de predispô-la à negação do futuro.
é um véu levantado que descobre um horizonte imenso e esplêndido.
Diante do infinito e da grandiosidade da vida de além-túmulo, a vida terrestre se apaga, como um segundo diante dos séculos, como o grão de areia diante da montanha.
Tudo aí torna-se pequeno, mesquinho, e espanta-se da importância que se deu a coisas tão efémeras e tão pueris.
Daí, nos acontecimentos da vida, uma calma, uma tranquilidade, que já é felicidade em comparação com as balbúrdias, os tormentos que nos impomos para nos elevarmos acima dos outros;
daí também, para as vicissitudes e as decepções, uma indiferença mesmo que, tirando toda presa ao desespero, afasta os mais numerosos casos de loucura e desvia o pensamento do suicídio.
Com a certeza do futuro o homem espera e se resigna;
com a dúvida, ele perde a paciência, porque não espera nada do presente.
O exemplo daqueles que viveram, prova que a soma da felicidade futura está em razão do progresso moral alcançado e do bem que se fez sobre a Terra;
que a soma da infelicidade está em razão da soma dos vícios e das más acções, resultando disso em todos aqueles que estão bem convencidos dessa verdade, uma tendência toda natural a fazer o bem e a evitar o mal.
Quando a maioria dos homens estiver imbuída dessa ideia, quando professar esses princípios e praticar o bem, disso resultará que o bem se imporá sobre o mal neste mundo;
que os homens não procurarão mais se prejudicarem mutuamente;
que eles regularão suas instituições sociais para o bem de todos, e não em proveito de alguns;
em uma palavra, compreenderão que a lei da caridade ensinada pelo Cristo é a fonte da felicidade, mesmo neste mundo, e basearão suas leis civis sobre a lei da caridade.
A constatação do mundo espiritual que nos cerca, e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das potências da Natureza e, por conseguinte, a chave de uma multidão de fenómenos incompreendidos, tanto na ordem física como na ordem moral.
Quando a Ciência tiver se inteirado desta nova força, desconhecida para ela até este dia, rectificará uma multidão de erros provenientes do facto de atribuir tudo a uma causa única: a matéria.
O reconhecimento desta nova causa nos fenómenos da Natureza, será uma alavanca para o progresso, e produzirá o efeito da descoberta de um agente todo novo.
Com a ajuda da lei espírita, o horizonte da Ciência se alargará, como se alargou com a ajuda da lei da gravitação.
Quando os sábios, do alto de sua cátedra, proclamarem a existência do mundo espiritual e sua ação nos fenómenos da vida, infiltrarão na juventude o contra-peso das ideias materialistas, ao invés de predispô-la à negação do futuro.
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Re: O que é a Doutrina
Nas lições de filosofia clássica, os professores ensinam a existência da alma e seus atributos segundo as diferentes escolas, mas sem provas materiais.
Não é estranho que agora, que essas provas chegaram, elas sejam repelidas e tratadas de supersticiosas por esses mesmos professores?
Não é dizer aos seus alunos:
nós vos ensinamos a existência da alma, mas nada a prova?
Quando um sábio emite uma hipótese sobre uma questão científica, ele procura com zelo, acolhe com alegria, os factos que podem fazer dessa hipótese uma verdade;
como um professor de filosofia, cujo dever é provar aos seus alunos que eles têm uma alma, trata com desdém os meios de lhes dar uma demonstração patente?
101 - Suponhamos, pois, que os Espíritos sejam incapazes de nada nos ensinar que nós já não o saibamos, ou que não podemos saber por nós mesmos, vê-se que a só constatação da existência do mundo espiritual conduz, forçosamente, a uma revolução nas ideias.
Ora, uma revolução nas ideias leva, forçosamente, a uma revolução na ordem das coisas, e é essa revolução que o Espiritismo prepara.
102 - Mas os Espíritos fazem mais que isso;
se suas revelações são cercadas de certas dificuldades e exigem minuciosas precauções para lhes constatar a exactidão, não e menos verdadeiro que os Espíritos esclarecidos, quando se sabe interrogá-los, e quando isso lhes é permitido, podem nos revelar factos ignorados, nos dar explicações de coisas incompreendidas, e nos colocar sobre a senda de um progresso mais rápido.
É nisso, sobretudo, que o estudo completo e atento da ciência espírita é indispensável, a fim de não lhe pedir o que ela não pode dar;
é ultrapassando os limites que se expõe a ser enganado.
103 - As menores causas podem produzir os maiores efeitos;
é assim que, de um pequeno grão pode sair uma árvore imensa;
que a queda de uma maçã fez descobrir a lei que rege os mundos;
que as rãs saltando num prato revelaram a força galvânica;
foi também assim, que do vulgar fenómeno das mesas girantes saiu a prova do mundo invisível, e dessa prova uma doutrina que, em alguns anos, deu a volta ao mundo, e pode regenerá-lo pela só constatação da realidade da vida futura.
104 - O Espiritismo ensina pouco quanto a verdades absolutamente novas, em virtude do axioma de que nada há de novo sob o Sol.
Não há verdades absolutas senão aquelas que são eternas; as que o Espiritismo ensina, estando fundadas sobre as leis da Natureza, existiram de todos os tempos;
por isso delas se encontram os germes que um estudo mais completo e observações mais atentas têm desenvolvido.
As verdades ensinadas pelo Espiritismo são, pois, antes consequências que descobertas.
O Espiritismo não descobriu nem inventou os Espíritos, nem descobriu o mundo espiritual, no qual se acreditou em todos os tempos;
somente ele o prova por factos materiais e o mostra sob sua verdadeira luz, livrando-o dos preconceitos e das ideias supersticiosas que engendram a dúvida e a incredulidade.
Nota: Estas explicações, embora incompletas, bastam para mostrar a base sobre a qual repousa o Espiritismo, o carácter das manifestações e o grau de confiança que elas podem inspirar segundo as circunstâncias.
§.§.§- O-canto-da-ave
Não é estranho que agora, que essas provas chegaram, elas sejam repelidas e tratadas de supersticiosas por esses mesmos professores?
Não é dizer aos seus alunos:
nós vos ensinamos a existência da alma, mas nada a prova?
Quando um sábio emite uma hipótese sobre uma questão científica, ele procura com zelo, acolhe com alegria, os factos que podem fazer dessa hipótese uma verdade;
como um professor de filosofia, cujo dever é provar aos seus alunos que eles têm uma alma, trata com desdém os meios de lhes dar uma demonstração patente?
101 - Suponhamos, pois, que os Espíritos sejam incapazes de nada nos ensinar que nós já não o saibamos, ou que não podemos saber por nós mesmos, vê-se que a só constatação da existência do mundo espiritual conduz, forçosamente, a uma revolução nas ideias.
Ora, uma revolução nas ideias leva, forçosamente, a uma revolução na ordem das coisas, e é essa revolução que o Espiritismo prepara.
102 - Mas os Espíritos fazem mais que isso;
se suas revelações são cercadas de certas dificuldades e exigem minuciosas precauções para lhes constatar a exactidão, não e menos verdadeiro que os Espíritos esclarecidos, quando se sabe interrogá-los, e quando isso lhes é permitido, podem nos revelar factos ignorados, nos dar explicações de coisas incompreendidas, e nos colocar sobre a senda de um progresso mais rápido.
É nisso, sobretudo, que o estudo completo e atento da ciência espírita é indispensável, a fim de não lhe pedir o que ela não pode dar;
é ultrapassando os limites que se expõe a ser enganado.
103 - As menores causas podem produzir os maiores efeitos;
é assim que, de um pequeno grão pode sair uma árvore imensa;
que a queda de uma maçã fez descobrir a lei que rege os mundos;
que as rãs saltando num prato revelaram a força galvânica;
foi também assim, que do vulgar fenómeno das mesas girantes saiu a prova do mundo invisível, e dessa prova uma doutrina que, em alguns anos, deu a volta ao mundo, e pode regenerá-lo pela só constatação da realidade da vida futura.
104 - O Espiritismo ensina pouco quanto a verdades absolutamente novas, em virtude do axioma de que nada há de novo sob o Sol.
Não há verdades absolutas senão aquelas que são eternas; as que o Espiritismo ensina, estando fundadas sobre as leis da Natureza, existiram de todos os tempos;
por isso delas se encontram os germes que um estudo mais completo e observações mais atentas têm desenvolvido.
As verdades ensinadas pelo Espiritismo são, pois, antes consequências que descobertas.
O Espiritismo não descobriu nem inventou os Espíritos, nem descobriu o mundo espiritual, no qual se acreditou em todos os tempos;
somente ele o prova por factos materiais e o mostra sob sua verdadeira luz, livrando-o dos preconceitos e das ideias supersticiosas que engendram a dúvida e a incredulidade.
Nota: Estas explicações, embora incompletas, bastam para mostrar a base sobre a qual repousa o Espiritismo, o carácter das manifestações e o grau de confiança que elas podem inspirar segundo as circunstâncias.
§.§.§- O-canto-da-ave
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Capítulo III - [b]Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita
Capítulo III - Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita
Pluralidade dos mundos
105 - Os diferentes mundos que circulam no espaço são povoados de habitantes como a Terra?
Todos os Espíritos o afirmam, e a razão diz que deve ser assim.
A Terra, não ocupando no Universo nenhuma classe especial, nem pela sua posição, nem pelo seu volume, nada poderia justificar o privilégio exclusivo de ser habitada.
Por outro lado, Deus não pode ter criado esses biliões de globos só para o prazer dos nossos olhos;
tanto menos que o maior número escapa à nossa vista.
(O Livro dos Espíritos, nº 55. - Revista Espírita, 1858, pág. 65: Pluralidade dos mundos, por Flammarion).
106 - Se os mundos são povoados, podem sê-lo de habitantes em tudo semelhantes aos da Terra?
Em uma palavra, esses habitantes poderiam viver entre nós e nós entre eles?[i]
A forma geral poderia ser mais ou menos a mesma, mas o organismo deve estar adaptado ao meio no qual deve viver, como os peixes estão feitos para viverem na água e os pássaros no ar.
Se o meio é diferente, como tudo leva a crer, e como parecem demonstrá-lo as observações astronómicas, o organismo deve ser diferente;
[i]não é, pois, provável que, em seu estado normal, eles possam viver uns entre os outros com os mesmos corpos.
É o que confirmam todos os Espíritos.
107 - Admitindo-se que esses mundos estejam povoados, eles estão, no aspecto intelectual e moral, na mesma posição da Terra?[i]
Segundo o ensinamento dos Espíritos, os mundos estão em graus de adiantamento muito diferentes;
[i]alguns estão nas mesmas condições que a Terra;
outros estão mais atrasados:
os homens aí estão mais embrutecidos, mais materiais e mais inclinados ao mal.
Há, ao contrário, os que são mais avançados moral, intelectual e fisicamente, onde o mal moral é desconhecido, onde as artes e as ciências alcançam um grau de perfeição que não podemos compreender, onde a organização física, menos material, não está sujeita nem aos sofrimentos, nem às doenças, nem às enfermidades;
os homens aí vivem em paz, sem procurar se prejudicarem, isentos de desgostos, de inquietações, afeições e necessidades que os assediam sobre a Terra.
Há, enfim, os mais avançados ainda, onde o envoltório corporal, quase fluídico, se aproxima cada vez mais da natureza dos anjos.
Na série progressiva dos mundos, a Terra não está nem na primeira nem na última categoria, mas é ela um dos mais materiais e dos mais atrasados.
(Revista Espírita, 1858, págs. 67, 108 e 223 - Idem, 1860, págs. 318 e 320 - A Moral Evangélica Segundo o Espiritismo, cap. III).
Pluralidade dos mundos
105 - Os diferentes mundos que circulam no espaço são povoados de habitantes como a Terra?
Todos os Espíritos o afirmam, e a razão diz que deve ser assim.
A Terra, não ocupando no Universo nenhuma classe especial, nem pela sua posição, nem pelo seu volume, nada poderia justificar o privilégio exclusivo de ser habitada.
Por outro lado, Deus não pode ter criado esses biliões de globos só para o prazer dos nossos olhos;
tanto menos que o maior número escapa à nossa vista.
(O Livro dos Espíritos, nº 55. - Revista Espírita, 1858, pág. 65: Pluralidade dos mundos, por Flammarion).
106 - Se os mundos são povoados, podem sê-lo de habitantes em tudo semelhantes aos da Terra?
Em uma palavra, esses habitantes poderiam viver entre nós e nós entre eles?[i]
A forma geral poderia ser mais ou menos a mesma, mas o organismo deve estar adaptado ao meio no qual deve viver, como os peixes estão feitos para viverem na água e os pássaros no ar.
Se o meio é diferente, como tudo leva a crer, e como parecem demonstrá-lo as observações astronómicas, o organismo deve ser diferente;
[i]não é, pois, provável que, em seu estado normal, eles possam viver uns entre os outros com os mesmos corpos.
É o que confirmam todos os Espíritos.
107 - Admitindo-se que esses mundos estejam povoados, eles estão, no aspecto intelectual e moral, na mesma posição da Terra?[i]
Segundo o ensinamento dos Espíritos, os mundos estão em graus de adiantamento muito diferentes;
[i]alguns estão nas mesmas condições que a Terra;
outros estão mais atrasados:
os homens aí estão mais embrutecidos, mais materiais e mais inclinados ao mal.
Há, ao contrário, os que são mais avançados moral, intelectual e fisicamente, onde o mal moral é desconhecido, onde as artes e as ciências alcançam um grau de perfeição que não podemos compreender, onde a organização física, menos material, não está sujeita nem aos sofrimentos, nem às doenças, nem às enfermidades;
os homens aí vivem em paz, sem procurar se prejudicarem, isentos de desgostos, de inquietações, afeições e necessidades que os assediam sobre a Terra.
Há, enfim, os mais avançados ainda, onde o envoltório corporal, quase fluídico, se aproxima cada vez mais da natureza dos anjos.
Na série progressiva dos mundos, a Terra não está nem na primeira nem na última categoria, mas é ela um dos mais materiais e dos mais atrasados.
(Revista Espírita, 1858, págs. 67, 108 e 223 - Idem, 1860, págs. 318 e 320 - A Moral Evangélica Segundo o Espiritismo, cap. III).
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Re: O que é a Doutrina
Da alma
108 - Onde é a sede da alma?
A alma não está, assim como se acredita geralmente, localizada em uma parte do corpo;
ela forma com o perispírito um todo fluídico, penetrável, se assimilando ao corpo inteiro, com o qual ela constitui um ser complexo, do qual a morte não é, de alguma sorte, senão um desdobramento.
Podem-se figurar dois corpos semelhantes, penetrados um pelo outro, confundidos durante a vida e separados depois da morte.
Na morte, um é destruído e o outro permanece.
Durante a vida, a alma age mais especialmente sobre os órgãos do pensamento e do sentimento.
Ela é, ao mesmo tempo, interna e externa, quer dizer, ela irradia externamente;
pode mesmo se afastar do corpo, se transportar para longe e aí manifestar sua presença, como provam a observação e os fenómenos do sonambulismo.
109 - A alma é criada ao mesmo tempo que o corpo ou anteriormente a ele?
Depois da existência da alma, esta questão é uma das mais capitais, porque da sua solução decorrem as mais importantes consequências;
ela é a única chave possível de uma multidão de problemas insolúveis até hoje, por falta de a ter definido.
De duas coisas uma:
ou a alma existe ou não existe antes da formação do corpo, sem que possa haver para isso um meio-termo.
Com a preexistência da alma tudo se explica lógica e naturalmente;
sem a preexistência, é mesmo impossível justificar certos dogmas da Igreja, e é essa impossibilidade de justificação que conduz tantas pessoas que raciocinam à incredulidade.
Os Espíritos resolveram a questão afirmativamente, e os factos, tanto quanto a lógica, não podem deixar dúvida a esse respeito.
Que não se admita, entretanto, a preexistência da alma senão a título de simples hipótese, se se quer, e se verá aplainar a maioria das dificuldades.
110 - Se a alma é anterior, antes da sua união com o corpo tinha sua individualidade e a consciência de si mesma?
Sem individualidade e sem consciência de si mesma, os resultados seriam os mesmos como se ela não existisse.
111 - Antes de sua união com o corpo a alma cumpriu um progresso qualquer, ou estava estacionária?
O progresso anterior da alma é, ao mesmo tempo, a consequência da observação dos fatos e do ensinamento dos Espíritos.
112 - Deus criou as almas iguais, moral e intelectualmente, ou as fez mais perfeitas, mais inteligentes, umas que as outras?
Se Deus tivesse feito almas mais perfeitas, umas que as outras, essa preferência não seria conciliável com a sua justiça.
Sendo todas suas criaturas, por que isentaria umas do trabalho, que impõe às outras, para alcançarem a felicidade eterna?
A desigualdade das almas, quanto à sua origem, seria a negação da justiça de Deus.
108 - Onde é a sede da alma?
A alma não está, assim como se acredita geralmente, localizada em uma parte do corpo;
ela forma com o perispírito um todo fluídico, penetrável, se assimilando ao corpo inteiro, com o qual ela constitui um ser complexo, do qual a morte não é, de alguma sorte, senão um desdobramento.
Podem-se figurar dois corpos semelhantes, penetrados um pelo outro, confundidos durante a vida e separados depois da morte.
Na morte, um é destruído e o outro permanece.
Durante a vida, a alma age mais especialmente sobre os órgãos do pensamento e do sentimento.
Ela é, ao mesmo tempo, interna e externa, quer dizer, ela irradia externamente;
pode mesmo se afastar do corpo, se transportar para longe e aí manifestar sua presença, como provam a observação e os fenómenos do sonambulismo.
109 - A alma é criada ao mesmo tempo que o corpo ou anteriormente a ele?
Depois da existência da alma, esta questão é uma das mais capitais, porque da sua solução decorrem as mais importantes consequências;
ela é a única chave possível de uma multidão de problemas insolúveis até hoje, por falta de a ter definido.
De duas coisas uma:
ou a alma existe ou não existe antes da formação do corpo, sem que possa haver para isso um meio-termo.
Com a preexistência da alma tudo se explica lógica e naturalmente;
sem a preexistência, é mesmo impossível justificar certos dogmas da Igreja, e é essa impossibilidade de justificação que conduz tantas pessoas que raciocinam à incredulidade.
Os Espíritos resolveram a questão afirmativamente, e os factos, tanto quanto a lógica, não podem deixar dúvida a esse respeito.
Que não se admita, entretanto, a preexistência da alma senão a título de simples hipótese, se se quer, e se verá aplainar a maioria das dificuldades.
110 - Se a alma é anterior, antes da sua união com o corpo tinha sua individualidade e a consciência de si mesma?
Sem individualidade e sem consciência de si mesma, os resultados seriam os mesmos como se ela não existisse.
111 - Antes de sua união com o corpo a alma cumpriu um progresso qualquer, ou estava estacionária?
O progresso anterior da alma é, ao mesmo tempo, a consequência da observação dos fatos e do ensinamento dos Espíritos.
112 - Deus criou as almas iguais, moral e intelectualmente, ou as fez mais perfeitas, mais inteligentes, umas que as outras?
Se Deus tivesse feito almas mais perfeitas, umas que as outras, essa preferência não seria conciliável com a sua justiça.
Sendo todas suas criaturas, por que isentaria umas do trabalho, que impõe às outras, para alcançarem a felicidade eterna?
A desigualdade das almas, quanto à sua origem, seria a negação da justiça de Deus.
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Re: O que é a Doutrina
113 - Se as almas são criadas iguais, como explicar a diversidade de aptidões e de predisposições naturais que existem entre os homens sobre a Terra?
Essa diversidade é a conseqüência do progresso que a alma realizou antes da sua união com o corpo.
As almas mais avançadas, em inteligência e em moralidade, são aquelas que viveram mais e progrediram mais antes da sua encarnação.
114 - Qual é o estado da alma em sua origem?
As almas são criadas simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com uma igual aptidão para tudo.
No princípio, elas estão em uma espécie de infância, sem vontade própria, e sem consciência perfeita da sua existência.
Pouco a pouco, o livre arbítrio se desenvolve ao mesmo tempo que as ideias.
(O Livro dos Espíritos, nº 114 e seguintes).
115 - A alma realizou seu progresso anterior no estado da alma propriamente dito, ou em uma precedente existência corporal?
Além do ensinamento dos Espíritos sobre esse ponto, o estudo dos diferentes graus de adiantamento do homem sobre a Terra prova que o progresso anterior da alma deve ter se realizado em uma série de existências corporais mais ou menos numerosas, segundo o grau que alcançou;
a prova resulta da observação dos factos que temos diariamente sob os olhos.
(O Livro dos Espíritos, nºs 166 a 222 - Revista Espírita, abril 1862, pags. 97 - 106).
O Homem durante a vida terrestre
116 - Como e em que momento se opera a união da alma e do corpo?
Desde a concepção, o Espírito, ainda que errante, liga-se por um laço fluídico ao corpo que deve se unir.
Esse laço se estreita cada vez mais, à medida que o corpo se desenvolve.
Desde esse momento, o Espírito é tomado de uma perturbação que vai crescendo sem cessar;
na proximidade do nascimento a perturbação é completa, o Espírito perde a consciência de si mesmo e não recobra suas idéias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança respira;
é então que a união está completa e definitiva.
117 - Qual é o estado intelectual da alma da criança no momento do seu nascimento?
Seu estado intelectual e moral é o que tinha antes da sua união com o corpo, quer dizer, a alma possui todas as ideias adquiridas anteriormente, mas em razão da perturbação que acompanha a sua mudança, suas ideias estão momentaneamente em estado latente.
Elas se aclaram pouco a pouco, mas não podem se manifestar senão proporcionalmente ao desenvolvimento dos órgãos.
Essa diversidade é a conseqüência do progresso que a alma realizou antes da sua união com o corpo.
As almas mais avançadas, em inteligência e em moralidade, são aquelas que viveram mais e progrediram mais antes da sua encarnação.
114 - Qual é o estado da alma em sua origem?
As almas são criadas simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com uma igual aptidão para tudo.
No princípio, elas estão em uma espécie de infância, sem vontade própria, e sem consciência perfeita da sua existência.
Pouco a pouco, o livre arbítrio se desenvolve ao mesmo tempo que as ideias.
(O Livro dos Espíritos, nº 114 e seguintes).
115 - A alma realizou seu progresso anterior no estado da alma propriamente dito, ou em uma precedente existência corporal?
Além do ensinamento dos Espíritos sobre esse ponto, o estudo dos diferentes graus de adiantamento do homem sobre a Terra prova que o progresso anterior da alma deve ter se realizado em uma série de existências corporais mais ou menos numerosas, segundo o grau que alcançou;
a prova resulta da observação dos factos que temos diariamente sob os olhos.
(O Livro dos Espíritos, nºs 166 a 222 - Revista Espírita, abril 1862, pags. 97 - 106).
O Homem durante a vida terrestre
116 - Como e em que momento se opera a união da alma e do corpo?
Desde a concepção, o Espírito, ainda que errante, liga-se por um laço fluídico ao corpo que deve se unir.
Esse laço se estreita cada vez mais, à medida que o corpo se desenvolve.
Desde esse momento, o Espírito é tomado de uma perturbação que vai crescendo sem cessar;
na proximidade do nascimento a perturbação é completa, o Espírito perde a consciência de si mesmo e não recobra suas idéias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança respira;
é então que a união está completa e definitiva.
117 - Qual é o estado intelectual da alma da criança no momento do seu nascimento?
Seu estado intelectual e moral é o que tinha antes da sua união com o corpo, quer dizer, a alma possui todas as ideias adquiridas anteriormente, mas em razão da perturbação que acompanha a sua mudança, suas ideias estão momentaneamente em estado latente.
Elas se aclaram pouco a pouco, mas não podem se manifestar senão proporcionalmente ao desenvolvimento dos órgãos.
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Re: O que é a Doutrina
118 - Qual é a origem das ideias inatas, das disposições precoces, das aptidões instintivas para uma arte ou uma ciência, abstracção feita de toda instrução?
As ideias inatas não podem ter senão duas fontes:
a criação de almas umas mais perfeitas que as outras, no caso em que elas seriam criadas ao mesmo tempo que o corpo, ou o progresso anterior realizado antes da união da alma e do corpo.
A primeira hipótese, sendo incompatível com a justiça de Deus, não resta senão a segunda.
As ideias inatas são o resultado dos conhecimentos adquiridos nas existências anteriores e que permaneceram em estado de intuição, para servirem de base à aquisição de novas ideias.
119 - Como os génios se revelam nas classes sociais privadas de toda cultura intelectual?
Esse facto prova que as ideias inatas são independentes do meio em que o homem é educado.
O meio e a educação desenvolvem as ideias inatas, mas não as dão.
O homem de génio é a encarnação de um Espírito já avançado, e que progrediu muito;
por isso, a educação pode dar a instrução que falta, mas não pode dar o génio quando ele não existe.
120 - Por que há crianças instintivamente boas em um meio perverso, e malgrado os maus exemplos, enquanto que outras são instintivamente viciosas em um meio bom, e malgrado os bons conselhos?
É o resultado do progresso moral realizado, como as ideias inatas são o resultado do progresso intelectual.
121 - Por que de duas crianças do mesmo pai, educadas nas mesmas condições, uma é inteligente e a outra estúpida, uma boa e outra má?
Por que o filho de um homem de génio é, algumas vezes, um tolo, e o de um tolo, um homem de génio?
Esse facto vem em apoio da origem das ideias inatas;
ele prova, por outro lado, que a alma da criança não procede, de nenhum modo, da dos pais;
de outra forma, em virtude do axioma de que a parte é da mesma natureza do todo, os pais transmitiriam aos seus filhos suas qualidades e seus defeitos, como lhes transmitem o princípio das qualidades corporais.
Na geração, só o corpo procede do corpo, mas as almas são independentes umas das outras.
122 - Se as almas são independentes umas das outras, de onde procede o amor dos pais por seus filhos e reciprocamente?
Os Espíritos se unem pela simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não decorre do acaso, mas depende, o mais frequentemente, da escolha do Espírito que se reúne àqueles que amou no mundo dos Espíritos ou em existências anteriores.
Por outro lado, os pais têm por missão ajudar o progresso dos Espíritos que encarnam em seus filhos;
e, para estimulá-los, Deus lhes inspira uma afeição mútua, mas muitos falham em sua missão e, por isso, são punidos.
(O Livro dos Espíritos, nº 379, da Infância).
As ideias inatas não podem ter senão duas fontes:
a criação de almas umas mais perfeitas que as outras, no caso em que elas seriam criadas ao mesmo tempo que o corpo, ou o progresso anterior realizado antes da união da alma e do corpo.
A primeira hipótese, sendo incompatível com a justiça de Deus, não resta senão a segunda.
As ideias inatas são o resultado dos conhecimentos adquiridos nas existências anteriores e que permaneceram em estado de intuição, para servirem de base à aquisição de novas ideias.
119 - Como os génios se revelam nas classes sociais privadas de toda cultura intelectual?
Esse facto prova que as ideias inatas são independentes do meio em que o homem é educado.
O meio e a educação desenvolvem as ideias inatas, mas não as dão.
O homem de génio é a encarnação de um Espírito já avançado, e que progrediu muito;
por isso, a educação pode dar a instrução que falta, mas não pode dar o génio quando ele não existe.
120 - Por que há crianças instintivamente boas em um meio perverso, e malgrado os maus exemplos, enquanto que outras são instintivamente viciosas em um meio bom, e malgrado os bons conselhos?
É o resultado do progresso moral realizado, como as ideias inatas são o resultado do progresso intelectual.
121 - Por que de duas crianças do mesmo pai, educadas nas mesmas condições, uma é inteligente e a outra estúpida, uma boa e outra má?
Por que o filho de um homem de génio é, algumas vezes, um tolo, e o de um tolo, um homem de génio?
Esse facto vem em apoio da origem das ideias inatas;
ele prova, por outro lado, que a alma da criança não procede, de nenhum modo, da dos pais;
de outra forma, em virtude do axioma de que a parte é da mesma natureza do todo, os pais transmitiriam aos seus filhos suas qualidades e seus defeitos, como lhes transmitem o princípio das qualidades corporais.
Na geração, só o corpo procede do corpo, mas as almas são independentes umas das outras.
122 - Se as almas são independentes umas das outras, de onde procede o amor dos pais por seus filhos e reciprocamente?
Os Espíritos se unem pela simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não decorre do acaso, mas depende, o mais frequentemente, da escolha do Espírito que se reúne àqueles que amou no mundo dos Espíritos ou em existências anteriores.
Por outro lado, os pais têm por missão ajudar o progresso dos Espíritos que encarnam em seus filhos;
e, para estimulá-los, Deus lhes inspira uma afeição mútua, mas muitos falham em sua missão e, por isso, são punidos.
(O Livro dos Espíritos, nº 379, da Infância).
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Re: O que é a Doutrina
123 - Por que há maus pais e maus filhos?[i]
São Espíritos que não estão unidos a uma família por simpatia, mas para se provarem mutuamente e, frequentemente, por punição do que foram em uma existência precedente;
[i]a um é dado um mau filho porque ele mesmo, talvez foi um mau filho;
a outro, um mau pai, porque terá sido mau pai, a fim de que suportem a pena de talião.
(Revista Espírita, 1861, pág. 270: a pena de talião).
124 - Por que se encontram em certas pessoas, nascidas em uma condição servil, instintos de dignidade e de grandeza, enquanto que outras nascidas nas classes superiores, têm instintos inferiores?
É uma lembrança intuitiva da posição social que ocuparam e do carácter que tinham na existência precedente.
125 - Qual é a causa das simpatias e das antipatias entre pessoas que se vêem pela primeira vez?[i]
São pessoas, o mais frequentemente, que se conheceram, e algumas vezes se amaram, numa existência precedente, e que, se reencontrando, são atraídas uma para outra.
As antipatias instintivas provêm também freqüentemente, de relações anteriores.
Esses dois sentimentos podem ainda ter uma outra causa.
O perispírito irradia ao redor do corpo uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado.
Duas pessoas que se encontram, pelo contacto dos fluidos, experimentam a impressão da sensitiva;
[i]essa impressão é agradável ou desagradável e os fluidos tendem a se confundirem, ou a se repelirem, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante.
É assim que se pode explicar o fenómeno da transmissão do pensamento.
Pelo contacto dos fluidos, duas almas se compreendem de alguma maneira uma à outra;
elas se adivinham e se compreendem sem se falarem.
126 - Por que o homem não tem lembrança de suas existências anteriores?
Essa lembrança não seria necessária para o seu progresso futuro?
(Ver pág. 80).
127 - Qual é a origem do sentimento chamado de consciência?
É uma lembrança intuitiva do progresso realizado nas precedentes existências, e de resoluções tomadas pelo Espírito antes da encarnação, resoluções que ele não tem sempre força de tomar como homem.
128 - O homem tem seu livre arbítrio ou está submetido à fatalidade?
Se a conduta do homem estivesse submetida à fatalidade, ele não teria nem responsabilidade do mal, nem mérito do bem;
desde então toda punição seria injusta e toda recompensa sem sentido.
São Espíritos que não estão unidos a uma família por simpatia, mas para se provarem mutuamente e, frequentemente, por punição do que foram em uma existência precedente;
[i]a um é dado um mau filho porque ele mesmo, talvez foi um mau filho;
a outro, um mau pai, porque terá sido mau pai, a fim de que suportem a pena de talião.
(Revista Espírita, 1861, pág. 270: a pena de talião).
124 - Por que se encontram em certas pessoas, nascidas em uma condição servil, instintos de dignidade e de grandeza, enquanto que outras nascidas nas classes superiores, têm instintos inferiores?
É uma lembrança intuitiva da posição social que ocuparam e do carácter que tinham na existência precedente.
125 - Qual é a causa das simpatias e das antipatias entre pessoas que se vêem pela primeira vez?[i]
São pessoas, o mais frequentemente, que se conheceram, e algumas vezes se amaram, numa existência precedente, e que, se reencontrando, são atraídas uma para outra.
As antipatias instintivas provêm também freqüentemente, de relações anteriores.
Esses dois sentimentos podem ainda ter uma outra causa.
O perispírito irradia ao redor do corpo uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado.
Duas pessoas que se encontram, pelo contacto dos fluidos, experimentam a impressão da sensitiva;
[i]essa impressão é agradável ou desagradável e os fluidos tendem a se confundirem, ou a se repelirem, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante.
É assim que se pode explicar o fenómeno da transmissão do pensamento.
Pelo contacto dos fluidos, duas almas se compreendem de alguma maneira uma à outra;
elas se adivinham e se compreendem sem se falarem.
126 - Por que o homem não tem lembrança de suas existências anteriores?
Essa lembrança não seria necessária para o seu progresso futuro?
(Ver pág. 80).
127 - Qual é a origem do sentimento chamado de consciência?
É uma lembrança intuitiva do progresso realizado nas precedentes existências, e de resoluções tomadas pelo Espírito antes da encarnação, resoluções que ele não tem sempre força de tomar como homem.
128 - O homem tem seu livre arbítrio ou está submetido à fatalidade?
Se a conduta do homem estivesse submetida à fatalidade, ele não teria nem responsabilidade do mal, nem mérito do bem;
desde então toda punição seria injusta e toda recompensa sem sentido.
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Re: O que é a Doutrina
O livre arbítrio do homem é uma conseqüência da justiça de Deus, é o atributo que lhe dá sua dignidade e o eleva acima de todas as outras criaturas.
Isso é tão verdadeiro que a estima dos homens, uns pelos outros, está em razão do livre arbítrio;
aquele que o perde acidentalmente, por doença, loucura, embriaguez ou idiotia, é lamentado ou desprezado.
O materialismo, que faz depender do organismo todas as faculdades morais e intelectuais, reduz o homem ao estado de máquina, sem livre arbítrio, por consequência, sem responsabilidade do mal e sem o mérito do bem que ele faz.
(Revista Espírita, 1861, pág. 76: A cabeça de Garibaldi - Idem, 1862, pág. 97: Frenologia espiritualista).
129 - Deus criou o mal?
Deus não criou o mal, mas estabeleceu leis e essas leis são sempre boas, porque Ele é soberanamente bom;
aquele que as observasse fielmente, seria perfeitamente feliz;
mas os Espíritos, tendo seu livre arbítrio, não as observaram sempre, e o mal resultou-lhes pelas suas infrações a essas leis.
130 - O homem nasce bom ou mal?
É preciso distinguir a alma e o homem.
A alma é criada simples e ignorante, quer dizer, nem boa nem má, mas susceptível, em virtude do seu livre arbítrio, de tomar o caminho do bem ou o do mal, ou melhor dizendo, de observar ou infringir as leis de Deus.
O homem nasce bom ou mau conforme seja a encarnação de um Espírito adiantado ou atrasado.
131 - Qual a origem do bem e do mal sobre a Terra, e por que há mais mal do que bem?
A origem do mal sobre a Terra resulta da imperfeição dos Espíritos que aí estão encarnados.
A predominância do mal decorre de que, sendo a Terra um mundo inferior, a maioria dos Espíritos que a habitam são, eles mesmos, inferiores, ou progrediram pouco.
Nos mundos mais avançados, onde não são admitidos a se encarnarem senão Espíritos depurados, o mal é desconhecido, ou em minoria.
132 - Qual é a causa dos males que afligem a Humanidade?
A Terra pode ser considerada, ao mesmo tempo, como um mundo de educação para os Espíritos pouco avançados, e de expiação para os Espíritos culpados.
Os males da Humanidade são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos encarnados.
Pelo contacto dos seus vícios, eles se tornam reciprocamente infelizes e se punem uns aos outros.
Isso é tão verdadeiro que a estima dos homens, uns pelos outros, está em razão do livre arbítrio;
aquele que o perde acidentalmente, por doença, loucura, embriaguez ou idiotia, é lamentado ou desprezado.
O materialismo, que faz depender do organismo todas as faculdades morais e intelectuais, reduz o homem ao estado de máquina, sem livre arbítrio, por consequência, sem responsabilidade do mal e sem o mérito do bem que ele faz.
(Revista Espírita, 1861, pág. 76: A cabeça de Garibaldi - Idem, 1862, pág. 97: Frenologia espiritualista).
129 - Deus criou o mal?
Deus não criou o mal, mas estabeleceu leis e essas leis são sempre boas, porque Ele é soberanamente bom;
aquele que as observasse fielmente, seria perfeitamente feliz;
mas os Espíritos, tendo seu livre arbítrio, não as observaram sempre, e o mal resultou-lhes pelas suas infrações a essas leis.
130 - O homem nasce bom ou mal?
É preciso distinguir a alma e o homem.
A alma é criada simples e ignorante, quer dizer, nem boa nem má, mas susceptível, em virtude do seu livre arbítrio, de tomar o caminho do bem ou o do mal, ou melhor dizendo, de observar ou infringir as leis de Deus.
O homem nasce bom ou mau conforme seja a encarnação de um Espírito adiantado ou atrasado.
131 - Qual a origem do bem e do mal sobre a Terra, e por que há mais mal do que bem?
A origem do mal sobre a Terra resulta da imperfeição dos Espíritos que aí estão encarnados.
A predominância do mal decorre de que, sendo a Terra um mundo inferior, a maioria dos Espíritos que a habitam são, eles mesmos, inferiores, ou progrediram pouco.
Nos mundos mais avançados, onde não são admitidos a se encarnarem senão Espíritos depurados, o mal é desconhecido, ou em minoria.
132 - Qual é a causa dos males que afligem a Humanidade?
A Terra pode ser considerada, ao mesmo tempo, como um mundo de educação para os Espíritos pouco avançados, e de expiação para os Espíritos culpados.
Os males da Humanidade são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos encarnados.
Pelo contacto dos seus vícios, eles se tornam reciprocamente infelizes e se punem uns aos outros.
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Re: O que é a Doutrina
133 - Por que o mau frequentemente prospera, enquanto que o homem de bem é alvo de todas as aflições?
Para aquele que não vê senão a vida presente, e que a crê única, isso deve parecer uma soberana injustiça.
Não ocorre o mesmo quando se considera a pluralidade das existências, e a brevidade de cada uma com relação à eternidade.
O estudo do Espiritismo prova que a prosperidade do mau tem terríveis consequências nas existências seguintes;
que as aflições do homem de bem são, ao contrário, seguidas de uma felicidade tanto maior e durável quanto ele as suportou com mais resignação;
é para ele como um dia infeliz em toda uma existência de prosperidade.
134 - Por que uns nascem na indigência e outros na opulência?
Por que há pessoas que nascem cegas, surdas, mudas ou atacadas de enfermidades incuráveis, enquanto que outras têm todas as vantagens físicas?
É isso efeito do acaso ou da Providência?
Se é efeito do acaso, não o é da Providência;
se é efeito da Providência, pergunta-se onde está sua bondade e sua justiça?
Ora, é por não compreenderem a causa desses males, que muitas pessoas são levadas a acusá-la.
Compreende-se que aquele que se torna miserável ou enfermo por suas imprudências ou seus excessos, seja punido pelo que pecou;
mas se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, que fez ela para merecer semelhantes aflições, desde o seu nascimento, ou para delas estar isenta?
Se se admite a justiça de Deus, deve-se admitir que esse efeito tem uma causa;
se essa causa não está nesta vida, deve ser de antes dela, porque em todas as coisas, a causa deve preceder o efeito;
por isso, é preciso, pois, que a alma tenha vivido e que tenha merecido uma expiação.
Os estudos espíritas nos mostram, com efeito, que mais de um homem que nasceu na miséria, foi rico e considerado em uma existência anterior, mas, fez mau uso da fortuna que Deus lhe deu para gerir;
que mais de um indivíduo, que nasceu na vileza, foi orgulhoso e poderoso;
no-lo mostram, às vezes submetido às ordens daquele mesmo ao qual comandou com dureza, sob os maus tratos e a humilhação que fez os outros suportarem.
Uma vida penosa não é sempre uma expiação; frequentemente, é uma prova escolhida pelo Espírito, que vê um meio de se adiantar mais rapidamente, se a suporta com coragem.
A riqueza é também uma prova, porém, mais perigosa que a da miséria, pelas tentações que dá e os abusos que provoca;
o exemplo daqueles que a viveram também prova que é uma daquelas em que, frequentemente, saem menos vitoriosos.
A diferença de posições sociais seria a maior das injustiças, quando não resulta da conduta actual, se ela não devesse ter uma compensação.
É a convicção que se adquire desta verdade pelo Espiritismo, que dá a força para suportar as vicissitudes da vida e aceitar a sorte sem invejar a dos outros.
Para aquele que não vê senão a vida presente, e que a crê única, isso deve parecer uma soberana injustiça.
Não ocorre o mesmo quando se considera a pluralidade das existências, e a brevidade de cada uma com relação à eternidade.
O estudo do Espiritismo prova que a prosperidade do mau tem terríveis consequências nas existências seguintes;
que as aflições do homem de bem são, ao contrário, seguidas de uma felicidade tanto maior e durável quanto ele as suportou com mais resignação;
é para ele como um dia infeliz em toda uma existência de prosperidade.
134 - Por que uns nascem na indigência e outros na opulência?
Por que há pessoas que nascem cegas, surdas, mudas ou atacadas de enfermidades incuráveis, enquanto que outras têm todas as vantagens físicas?
É isso efeito do acaso ou da Providência?
Se é efeito do acaso, não o é da Providência;
se é efeito da Providência, pergunta-se onde está sua bondade e sua justiça?
Ora, é por não compreenderem a causa desses males, que muitas pessoas são levadas a acusá-la.
Compreende-se que aquele que se torna miserável ou enfermo por suas imprudências ou seus excessos, seja punido pelo que pecou;
mas se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, que fez ela para merecer semelhantes aflições, desde o seu nascimento, ou para delas estar isenta?
Se se admite a justiça de Deus, deve-se admitir que esse efeito tem uma causa;
se essa causa não está nesta vida, deve ser de antes dela, porque em todas as coisas, a causa deve preceder o efeito;
por isso, é preciso, pois, que a alma tenha vivido e que tenha merecido uma expiação.
Os estudos espíritas nos mostram, com efeito, que mais de um homem que nasceu na miséria, foi rico e considerado em uma existência anterior, mas, fez mau uso da fortuna que Deus lhe deu para gerir;
que mais de um indivíduo, que nasceu na vileza, foi orgulhoso e poderoso;
no-lo mostram, às vezes submetido às ordens daquele mesmo ao qual comandou com dureza, sob os maus tratos e a humilhação que fez os outros suportarem.
Uma vida penosa não é sempre uma expiação; frequentemente, é uma prova escolhida pelo Espírito, que vê um meio de se adiantar mais rapidamente, se a suporta com coragem.
A riqueza é também uma prova, porém, mais perigosa que a da miséria, pelas tentações que dá e os abusos que provoca;
o exemplo daqueles que a viveram também prova que é uma daquelas em que, frequentemente, saem menos vitoriosos.
A diferença de posições sociais seria a maior das injustiças, quando não resulta da conduta actual, se ela não devesse ter uma compensação.
É a convicção que se adquire desta verdade pelo Espiritismo, que dá a força para suportar as vicissitudes da vida e aceitar a sorte sem invejar a dos outros.
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Re: O que é a Doutrina
135 - Por que há idiotas e cretinos?
A posição dos idiotas e dos cretinos seria a menos conciliável com a justiça de Deus, na hipótese da unicidade da existência.
Por miserável que seja a condição na qual um homem nasceu, ele pode dela sair pela inteligência e pelo trabalho;
mas o idiota e o cretino são votados, desde o nascimento até à morte, ao embrutecimento e ao desprezo;
não há para eles nenhuma compensação possível.
Porque, pois, sua alma teria sido criada idiota?
Os estudos espíritas, feitos sobre os cretinos e os idiotas, provam que sua alma é tão inteligente quanto a dos outros homens;
que essa enfermidade é uma expiação infligida aos Espíritos por terem abusado da sua inteligência, e que sofrem cruelmente em se sentirem aprisionados nos laços que não podem quebrar, e no desprezo do qual se vêem objecto, quando, talvez, tenham sido incensados na sua existência precedente.
(Revista Espírita, 1860, pág. 173: O Espírito de um idiota - Idem, 1861, pág. 311: Os cretinos).
136 - Qual é o estado da alma durante o sono?
Durante o sono só o corpo repousa, mas o Espírito não dorme.
As observações práticas provam que, nesse instante, o Espírito goza de toda a sua liberdade e da plenitude das suas faculdades.
Ele aproveita o repouso do corpo e os momentos em que sua presença nele não é necessária, para agir livremente e ir aonde quer.
Durante a vida, a qualquer distância que se transporte, o Espírito está sempre ligado ao corpo por um laço fluídico, que serve para chamá-lo, desde que sua presença seja necessária;
esse laço não se rompe senão na morte.
137 - Qual é a causa dos sonhos?
Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono;
algumas vezes, é a lembrança de lugares e de pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado.
(O Livro dos Espíritos: Emancipação da alma, sono, sonhos, sonambulismo, segunda vista, letargia, etc., nº 400 e seguinte - O Livro dos Médiuns: Evocação de pessoas vivas, nº 284 - Revista Espírita, 1860, pág. 11: O Espírito de um lado e o corpo do outro - idem 1860, pág. 81: Estudo sobre o Espírito das pessoas vivas).
138 - De onde vêm os pressentimentos?
São lembranças vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu nesses momentos de liberdade e, algumas vezes, advertências ocultas dadas pelos Espíritos benevolentes.
A posição dos idiotas e dos cretinos seria a menos conciliável com a justiça de Deus, na hipótese da unicidade da existência.
Por miserável que seja a condição na qual um homem nasceu, ele pode dela sair pela inteligência e pelo trabalho;
mas o idiota e o cretino são votados, desde o nascimento até à morte, ao embrutecimento e ao desprezo;
não há para eles nenhuma compensação possível.
Porque, pois, sua alma teria sido criada idiota?
Os estudos espíritas, feitos sobre os cretinos e os idiotas, provam que sua alma é tão inteligente quanto a dos outros homens;
que essa enfermidade é uma expiação infligida aos Espíritos por terem abusado da sua inteligência, e que sofrem cruelmente em se sentirem aprisionados nos laços que não podem quebrar, e no desprezo do qual se vêem objecto, quando, talvez, tenham sido incensados na sua existência precedente.
(Revista Espírita, 1860, pág. 173: O Espírito de um idiota - Idem, 1861, pág. 311: Os cretinos).
136 - Qual é o estado da alma durante o sono?
Durante o sono só o corpo repousa, mas o Espírito não dorme.
As observações práticas provam que, nesse instante, o Espírito goza de toda a sua liberdade e da plenitude das suas faculdades.
Ele aproveita o repouso do corpo e os momentos em que sua presença nele não é necessária, para agir livremente e ir aonde quer.
Durante a vida, a qualquer distância que se transporte, o Espírito está sempre ligado ao corpo por um laço fluídico, que serve para chamá-lo, desde que sua presença seja necessária;
esse laço não se rompe senão na morte.
137 - Qual é a causa dos sonhos?
Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono;
algumas vezes, é a lembrança de lugares e de pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado.
(O Livro dos Espíritos: Emancipação da alma, sono, sonhos, sonambulismo, segunda vista, letargia, etc., nº 400 e seguinte - O Livro dos Médiuns: Evocação de pessoas vivas, nº 284 - Revista Espírita, 1860, pág. 11: O Espírito de um lado e o corpo do outro - idem 1860, pág. 81: Estudo sobre o Espírito das pessoas vivas).
138 - De onde vêm os pressentimentos?
São lembranças vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu nesses momentos de liberdade e, algumas vezes, advertências ocultas dadas pelos Espíritos benevolentes.
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Re: O que é a Doutrina
139 - Por que há, sobre a Terra, selvagens e homens civilizados?
Sem a preexistência da alma, esta questão é insolúvel, a menos que se admita que Deus criou almas selvagens e almas civilizadas, o que seria a negação da sua justiça.
Por outro lado, a razão recusa admitir que, depois da morte, a alma do selvagem permaneça perpetuamente num estado de inferioridade, nem que ela esteja na mesma posição da do homem esclarecido.
Admitindo-se, para as almas, um mesmo ponto de partida, única doutrina compatível com a justiça de Deus, a presença simultânea da selvageria e da civilização sobre a Terra é um facto material, que prova o progresso que uns cumpriram e os outros podem realizar.
A alma do selvagem alcançará, pois, com o tempo, o grau de alma civilizada;
mas, como todos os dias morrem selvagens, sua alma não pode alcançar esse grau senão nas encarnações sucessivas, cada vez mais aperfeiçoadas e apropriadas ao seu adiantamento, passando por todos os graus intermediários entre os dois pontos extremos.
140 - Não se poderia admitir, segundo a ideia de algumas pessoas, que a alma não se encarna senão uma vez, e que ela cumpre seu progresso no estado de Espírito, ou em outras esferas?
Essa proposição seria admissível se não houvesse sobre a Terra senão homens do mesmo grau moral e intelectual, caso em que se poderia dizer que a Terra está afectada a um grau determinado;
ora, tem-se, diante de si, a prova contrária.
Não se compreenderia, com efeito, que o selvagem não possa alcançar a civilização neste mundo, uma vez que há almas mais avançadas encarnadas sobre o mesmo globo, de onde é preciso concluir que a possibilidade da pluralidade das existências terrestres resulta dos próprios exemplos que se tem sob os olhos.
Se fora de outro modo, seria preciso explicar:
primeiro, porque só a Terra teria o monopólio das encarnações?
segundo, porque, tendo esse monopólio, aí se encontram almas encarnadas em todos os graus?
141 - Por que se encontram, no meio de sociedades civilizadas, seres de uma ferocidade semelhante à dos selvagens mais bárbaros?
São Espíritos muito inferiores, saídos de raças bárbaras, e que ensaiaram se reencarnar num meio que não é o seu, e onde se encontram deslocados, como se um camponês se encontrasse de repente transportado para as altas rodas sociais.
Nota: Não se poderia admitir sem denegar a Deus toda justiça e toda bondade, que a alma do criminoso endurecido tenha, na vida actual, o mesmo ponto de partida que a de um homem cheio de todas as virtudes.
Se a alma não é anterior ao corpo, a do criminoso e a do homem de bem são tão novas uma como a outra;
por que uma seria boa e a outra má?
Sem a preexistência da alma, esta questão é insolúvel, a menos que se admita que Deus criou almas selvagens e almas civilizadas, o que seria a negação da sua justiça.
Por outro lado, a razão recusa admitir que, depois da morte, a alma do selvagem permaneça perpetuamente num estado de inferioridade, nem que ela esteja na mesma posição da do homem esclarecido.
Admitindo-se, para as almas, um mesmo ponto de partida, única doutrina compatível com a justiça de Deus, a presença simultânea da selvageria e da civilização sobre a Terra é um facto material, que prova o progresso que uns cumpriram e os outros podem realizar.
A alma do selvagem alcançará, pois, com o tempo, o grau de alma civilizada;
mas, como todos os dias morrem selvagens, sua alma não pode alcançar esse grau senão nas encarnações sucessivas, cada vez mais aperfeiçoadas e apropriadas ao seu adiantamento, passando por todos os graus intermediários entre os dois pontos extremos.
140 - Não se poderia admitir, segundo a ideia de algumas pessoas, que a alma não se encarna senão uma vez, e que ela cumpre seu progresso no estado de Espírito, ou em outras esferas?
Essa proposição seria admissível se não houvesse sobre a Terra senão homens do mesmo grau moral e intelectual, caso em que se poderia dizer que a Terra está afectada a um grau determinado;
ora, tem-se, diante de si, a prova contrária.
Não se compreenderia, com efeito, que o selvagem não possa alcançar a civilização neste mundo, uma vez que há almas mais avançadas encarnadas sobre o mesmo globo, de onde é preciso concluir que a possibilidade da pluralidade das existências terrestres resulta dos próprios exemplos que se tem sob os olhos.
Se fora de outro modo, seria preciso explicar:
primeiro, porque só a Terra teria o monopólio das encarnações?
segundo, porque, tendo esse monopólio, aí se encontram almas encarnadas em todos os graus?
141 - Por que se encontram, no meio de sociedades civilizadas, seres de uma ferocidade semelhante à dos selvagens mais bárbaros?
São Espíritos muito inferiores, saídos de raças bárbaras, e que ensaiaram se reencarnar num meio que não é o seu, e onde se encontram deslocados, como se um camponês se encontrasse de repente transportado para as altas rodas sociais.
Nota: Não se poderia admitir sem denegar a Deus toda justiça e toda bondade, que a alma do criminoso endurecido tenha, na vida actual, o mesmo ponto de partida que a de um homem cheio de todas as virtudes.
Se a alma não é anterior ao corpo, a do criminoso e a do homem de bem são tão novas uma como a outra;
por que uma seria boa e a outra má?
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Re: O que é a Doutrina
142 - De onde vem o carácter distintivo dos povos?
São Espíritos que têm, mais ou menos, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que se encarnam num meio simpático, e frequentemente no mesmo meio, onde podem satisfazer suas inclinações.
143 - Como progridem e como degeneram os povos?
Se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, a dos homens de hoje são tão novas, tão primitivas quanto as dos homens da Idade Média.
E, desde então, pergunta-se por que elas têm costumes mais dóceis e uma inteligência mais desenvolvida?
Se, na morte do corpo, a alma deixa definitivamente a Terra, pergunta-se, ainda, qual seria o fruto do trabalho que se faz para melhorar um povo, se está a recomeçar com todas as almas novas que chegam diariamente?
Os Espíritos se encarnam em um meio simpático e em relação com o grau de seu adiantamento.
Um chinês, por exemplo, que progrediu suficientemente, e não encontra na sua raça um meio correspondente ao grau que alcançou, se encarnará entre um povo mais avançado.
À medida que uma geração dá um passo à frente, ela atrai por simpatia novos Espíritos mais avançados, e que talvez sejam os que viveram em um mesmo país, se progrediram, e é assim que, passo a passo, uma nação avança.
Se a maioria dos novos fosse de uma natureza inferior, os velhos partindo cada dia e não retornando a um meio mais inferior, o povo degeneraria e acabaria por se extinguir.
Nota: Estas questões levantam outras que encontram sua solução no mesmo princípio;
por exemplo, de onde vem a diversidade de raças sobre a Terra?
Há raças rebeldes ao progresso?
A raça negra é susceptível de alcançar o nível das raças europeias?
A escravidão é útil ao progresso das raças inferiores?
Como pode se operar a transformação da Humanidade?
(O Livro dos Espíritos: Lei do progresso, nº 776 e seg. - Revista Espírita, 1862, pág. 1: Doutrina dos anjos decaídos - Idem, 1862, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra).
O Homem depois da morte
144 - Como se opera a separação da alma e do corpo? Opera-se brusca ou gradualmente?
A libertação se opera gradualmente e com uma lentidão variável, segundo os indivíduos e as circunstâncias da morte. Os laços que unem a alma ao corpo não se rompem senão pouco a pouco, e tanto menos rapidamente quanto a vida foi mais material e mais sensual.
(O Livro dos Espíritos, nº 155)
São Espíritos que têm, mais ou menos, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que se encarnam num meio simpático, e frequentemente no mesmo meio, onde podem satisfazer suas inclinações.
143 - Como progridem e como degeneram os povos?
Se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, a dos homens de hoje são tão novas, tão primitivas quanto as dos homens da Idade Média.
E, desde então, pergunta-se por que elas têm costumes mais dóceis e uma inteligência mais desenvolvida?
Se, na morte do corpo, a alma deixa definitivamente a Terra, pergunta-se, ainda, qual seria o fruto do trabalho que se faz para melhorar um povo, se está a recomeçar com todas as almas novas que chegam diariamente?
Os Espíritos se encarnam em um meio simpático e em relação com o grau de seu adiantamento.
Um chinês, por exemplo, que progrediu suficientemente, e não encontra na sua raça um meio correspondente ao grau que alcançou, se encarnará entre um povo mais avançado.
À medida que uma geração dá um passo à frente, ela atrai por simpatia novos Espíritos mais avançados, e que talvez sejam os que viveram em um mesmo país, se progrediram, e é assim que, passo a passo, uma nação avança.
Se a maioria dos novos fosse de uma natureza inferior, os velhos partindo cada dia e não retornando a um meio mais inferior, o povo degeneraria e acabaria por se extinguir.
Nota: Estas questões levantam outras que encontram sua solução no mesmo princípio;
por exemplo, de onde vem a diversidade de raças sobre a Terra?
Há raças rebeldes ao progresso?
A raça negra é susceptível de alcançar o nível das raças europeias?
A escravidão é útil ao progresso das raças inferiores?
Como pode se operar a transformação da Humanidade?
(O Livro dos Espíritos: Lei do progresso, nº 776 e seg. - Revista Espírita, 1862, pág. 1: Doutrina dos anjos decaídos - Idem, 1862, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra).
O Homem depois da morte
144 - Como se opera a separação da alma e do corpo? Opera-se brusca ou gradualmente?
A libertação se opera gradualmente e com uma lentidão variável, segundo os indivíduos e as circunstâncias da morte. Os laços que unem a alma ao corpo não se rompem senão pouco a pouco, e tanto menos rapidamente quanto a vida foi mais material e mais sensual.
(O Livro dos Espíritos, nº 155)
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Re: O que é a Doutrina
145 - Qual é a situação da alma imediatamente após a morte do corpo?
Ela tem, instantaneamente, a consciência de si mesma?
Em uma palavra, o que ela vê?
O que sente?
No momento da morte, primeiro tudo é confuso;
a alma precisa de algum tempo para se reconhecer, porque está meio atordoada, e no estado de um homem saindo de sono profundo e que procura inteirar-se da sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe retornam à medida que se desfaz a influência da matéria da qual acaba de se libertar, e que se dissipa a espécie de bruma que obscurece seus pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte é muito variável;
pode ser de algumas horas somente, como de vários dias, de vários meses e mesmo de vários anos.
Ela é menos longa naqueles que, durante a vida, se identificaram com seu estado futuro, porque compreendem imediatamente sua situação;
é tanto mais longa quanto o homem tenha vivido mais materialmente.
As sensações que a alma experimenta nesse momento são também muito variáveis;
a perturbação que segue a morte nada tem de penosa para o homem de bem;
ela é calma e em tudo semelhante à sensação que acompanha um despertar pacífico.
Para aquele cuja consciência não é pura e que está mais preso à vida corporal que à espiritual, ela é cheia de ansiedade e de angústias que aumentam à medida que ela se reconhece;
porque então ela está tomada de medo e de uma espécie de terror em presença daquilo que vê, e sobretudo daquilo que entrevê.
A sensação que se poderia chamar física é a de um grande alívio e de um imenso bem-estar;
sente-se como livre de um fardo, e se está muito feliz por não sentir mais as dores corporais que se sentia poucos instantes antes de se sentir livre, desligado e alerta como quem viesse a ser libertado de pesadas correntes.
Na sua nova situação, a alma vê e ouve o que via e ouvia antes da morte, mas vê e ouve outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais;
ela tem sensações e percepções que nos são desconhecidas
(Revista Espírita, 1859, pág. 224: Morte de um espírita - Idem, 1860, pág. 332: O sonho do Espírito - Idem, 1862, pág. 129 e 171: Funerais de M. Sanson).
Nota: Estas respostas, e todas aquelas relativas à situação da alma depois da morte ou durante a vida, não são o resultado de uma teoria ou de um sistema, mas de estudos diretos feitos sobre milhares de indivíduos observados em todas as fases e em todos os períodos da sua existência espiritual, desde o mais baixo até o mais alto grau da escala, segundo seus hábitos durante a vida terrestre, o género de morte, etc.
Ela tem, instantaneamente, a consciência de si mesma?
Em uma palavra, o que ela vê?
O que sente?
No momento da morte, primeiro tudo é confuso;
a alma precisa de algum tempo para se reconhecer, porque está meio atordoada, e no estado de um homem saindo de sono profundo e que procura inteirar-se da sua situação.
A lucidez das ideias e a memória do passado lhe retornam à medida que se desfaz a influência da matéria da qual acaba de se libertar, e que se dissipa a espécie de bruma que obscurece seus pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte é muito variável;
pode ser de algumas horas somente, como de vários dias, de vários meses e mesmo de vários anos.
Ela é menos longa naqueles que, durante a vida, se identificaram com seu estado futuro, porque compreendem imediatamente sua situação;
é tanto mais longa quanto o homem tenha vivido mais materialmente.
As sensações que a alma experimenta nesse momento são também muito variáveis;
a perturbação que segue a morte nada tem de penosa para o homem de bem;
ela é calma e em tudo semelhante à sensação que acompanha um despertar pacífico.
Para aquele cuja consciência não é pura e que está mais preso à vida corporal que à espiritual, ela é cheia de ansiedade e de angústias que aumentam à medida que ela se reconhece;
porque então ela está tomada de medo e de uma espécie de terror em presença daquilo que vê, e sobretudo daquilo que entrevê.
A sensação que se poderia chamar física é a de um grande alívio e de um imenso bem-estar;
sente-se como livre de um fardo, e se está muito feliz por não sentir mais as dores corporais que se sentia poucos instantes antes de se sentir livre, desligado e alerta como quem viesse a ser libertado de pesadas correntes.
Na sua nova situação, a alma vê e ouve o que via e ouvia antes da morte, mas vê e ouve outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais;
ela tem sensações e percepções que nos são desconhecidas
(Revista Espírita, 1859, pág. 224: Morte de um espírita - Idem, 1860, pág. 332: O sonho do Espírito - Idem, 1862, pág. 129 e 171: Funerais de M. Sanson).
Nota: Estas respostas, e todas aquelas relativas à situação da alma depois da morte ou durante a vida, não são o resultado de uma teoria ou de um sistema, mas de estudos diretos feitos sobre milhares de indivíduos observados em todas as fases e em todos os períodos da sua existência espiritual, desde o mais baixo até o mais alto grau da escala, segundo seus hábitos durante a vida terrestre, o género de morte, etc.
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Re: O que é a Doutrina
Diz-se, frequentemente, falando da vida espiritual, que não se sabe o que lá se passa porque pessoa alguma dela retornou;
é um erro, uma vez que são precisamente os que lá se encontram que vêm dela nos instruir, e Deus o permite hoje mais que em nenhuma outra época, como última advertência dada à incredulidade e ao materialismo.
146 - A alma, que deixou o corpo, vê Deus?
As faculdades perceptivas da alma são proporcionais à sua depuração;
não é dado senão às almas de elite gozar da presença de Deus.
147 - Se Deus está por toda parte, por que todos os Espíritos não podem vê-lo?
Deus está por toda parte porque ele irradia por toda parte, e pode-se dizer que o Universo está mergulhado na divindade, como nós estamos mergulhados na luz solar.
Mas os Espíritos atrasados são rodeados de uma espécie de neblina que o oculta aos seus olhos, e que não se dissipa senão à medida que eles se depuram e se desmaterializam.
Os Espíritos inferiores são, pela vista, com relação a Deus, o que os encarnados são com relação aos Espíritos: verdadeiros cegos.
148 - Depois da morte, a alma tem consciência de sua individualidade?
Como a constata e como podemos constatá-la?
Se as almas não tivessem mais individualidade depois da morte, seria para elas, e para nós, como se não existissem, e as consequências morais seriam exactamente as mesmas.
Elas não teriam nenhum carácter distintivo, e a do criminoso estaria no mesmo plano da do homem de bem, do que resultaria que não se teria nenhum interesse em fazer o bem.
A individualidade da alma foi posta a descoberto de uma maneira, por assim dizer, material, nas manifestações espíritas, pela linguagem e as qualidades próprias de cada uma;
uma vez que elas pensam e agem de uma maneira diferente, que umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, umas querem o que outras não querem, isso é a prova evidente de que elas não estão confundidas num todo homogéneo, sem falar das provas patentes que nos dão de terem animado tal ou tal indivíduo sobre a Terra.
Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém um resultado da observação.
A própria alma constata sua individualidade, porque tem pensamento e vontade próprios, distintos das outras;
ela a constata, ainda, pelo seu envoltório fluídico ou perispírito, espécie de corpo limitado que faz dela um ser à parte.
Nota: Certas pessoas crêem fugir à censura de materialismo admitindo um princípio inteligente universal do qual absorvemos uma parte ao nascer, o que constitui a alma, para devolvê-la depois da morte à massa comum onde ela se confunde como as gotas d’água no Oceano.
Esse sistema, espécie de transação, não merece o nome de espiritualismo, porque é tão desesperador quanto o materialismo;
o reservatório comum do todo universal equivaleria ao nada, uma vez que aí não haveria mais individualidades.
é um erro, uma vez que são precisamente os que lá se encontram que vêm dela nos instruir, e Deus o permite hoje mais que em nenhuma outra época, como última advertência dada à incredulidade e ao materialismo.
146 - A alma, que deixou o corpo, vê Deus?
As faculdades perceptivas da alma são proporcionais à sua depuração;
não é dado senão às almas de elite gozar da presença de Deus.
147 - Se Deus está por toda parte, por que todos os Espíritos não podem vê-lo?
Deus está por toda parte porque ele irradia por toda parte, e pode-se dizer que o Universo está mergulhado na divindade, como nós estamos mergulhados na luz solar.
Mas os Espíritos atrasados são rodeados de uma espécie de neblina que o oculta aos seus olhos, e que não se dissipa senão à medida que eles se depuram e se desmaterializam.
Os Espíritos inferiores são, pela vista, com relação a Deus, o que os encarnados são com relação aos Espíritos: verdadeiros cegos.
148 - Depois da morte, a alma tem consciência de sua individualidade?
Como a constata e como podemos constatá-la?
Se as almas não tivessem mais individualidade depois da morte, seria para elas, e para nós, como se não existissem, e as consequências morais seriam exactamente as mesmas.
Elas não teriam nenhum carácter distintivo, e a do criminoso estaria no mesmo plano da do homem de bem, do que resultaria que não se teria nenhum interesse em fazer o bem.
A individualidade da alma foi posta a descoberto de uma maneira, por assim dizer, material, nas manifestações espíritas, pela linguagem e as qualidades próprias de cada uma;
uma vez que elas pensam e agem de uma maneira diferente, que umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, umas querem o que outras não querem, isso é a prova evidente de que elas não estão confundidas num todo homogéneo, sem falar das provas patentes que nos dão de terem animado tal ou tal indivíduo sobre a Terra.
Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém um resultado da observação.
A própria alma constata sua individualidade, porque tem pensamento e vontade próprios, distintos das outras;
ela a constata, ainda, pelo seu envoltório fluídico ou perispírito, espécie de corpo limitado que faz dela um ser à parte.
Nota: Certas pessoas crêem fugir à censura de materialismo admitindo um princípio inteligente universal do qual absorvemos uma parte ao nascer, o que constitui a alma, para devolvê-la depois da morte à massa comum onde ela se confunde como as gotas d’água no Oceano.
Esse sistema, espécie de transação, não merece o nome de espiritualismo, porque é tão desesperador quanto o materialismo;
o reservatório comum do todo universal equivaleria ao nada, uma vez que aí não haveria mais individualidades.
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Re: O que é a Doutrina
149 - O género de morte influi sobre o estado da alma?
O estado da alma varia consideravelmente segundo o género de morte, mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos que teve durante a vida.
Na morte natural, o desligamento se opera gradualmente e sem abalo;
frequentemente, ele começa mesmo antes que a vida se extinga.
Na morte violenta por suplício, suicídio ou acidente, os laços se rompem bruscamente;
o Espírito, surpreendido pelo imprevisto, fica como atordoado pela mudança que nele se opera e não compreende sua situação.
Um fenómeno mais ou menos constante, em semelhante caso, é a persuasão em que se acha de não estar morto, e essa ilusão pode durar vários meses e mesmo vários anos.
Nesse estado, vai, vem e crê aplicar-se aos seus trabalhos, como se fosse ainda deste mundo, muito espantado que não respondem quando ele fala.
Essa ilusão não é exclusivamente dos casos de mortes violentas;
é encontrada nos indivíduos cuja vida foi absorvida pelos gozos e interesses materiais.
(O Livro dos Espíritos, nº 165 - Revista Espírita, 1858, pág. 166: O suicida da Samaritaine - Idem, 1858, pág. 326: Um espírito no enterro do seu corpo - Idem, 1859, pág. 184: O Zuavo de Magenta - Idem, 1859, pág. 319: Um Espírito que não se crê morto - Idem, 1863, pág. 97: François Simon Louvet).
150 - Aonde a alma vai depois de ter deixado o corpo?
Ela não se perde na imensidade do Infinito, como geralmente se figura;
ela erra no espaço e, o mais frequentemente, no meio daqueles que conheceu, e sobretudo daqueles que amou, podendo se transportar instantaneamente a distâncias imensas.
151 - A alma conserva as afeições que tinha sobre a Terra?
Ela conserva todas as afeições morais;
não esquece senão as afeições materiais que não são mais da sua essência.
Por isso, vem com alegria rever seus parentes e seus amigos, e é feliz por dela se lembrarem
(Revista Espírita, 1860, pág. 202: Os amigos não nos esquecem no outro mundo. 11 - Idem, 1862, pág. 132).
152 - A alma conserva a lembrança do que fez sobre a Terra?
Se interessa pelos trabalhos que deixou inacabados?
Isso depende da sua elevação e da natureza dos seus trabalhos.
Os Espíritos desmaterializados pouco se preocupam com as coisas materiais, das quais são felizes de estarem livres.
Quanto aos trabalhos que começaram, segundo a sua importância e a sua utilidade, eles inspiram, algumas vezes a outros o pensamento de terminá-los.
O estado da alma varia consideravelmente segundo o género de morte, mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos que teve durante a vida.
Na morte natural, o desligamento se opera gradualmente e sem abalo;
frequentemente, ele começa mesmo antes que a vida se extinga.
Na morte violenta por suplício, suicídio ou acidente, os laços se rompem bruscamente;
o Espírito, surpreendido pelo imprevisto, fica como atordoado pela mudança que nele se opera e não compreende sua situação.
Um fenómeno mais ou menos constante, em semelhante caso, é a persuasão em que se acha de não estar morto, e essa ilusão pode durar vários meses e mesmo vários anos.
Nesse estado, vai, vem e crê aplicar-se aos seus trabalhos, como se fosse ainda deste mundo, muito espantado que não respondem quando ele fala.
Essa ilusão não é exclusivamente dos casos de mortes violentas;
é encontrada nos indivíduos cuja vida foi absorvida pelos gozos e interesses materiais.
(O Livro dos Espíritos, nº 165 - Revista Espírita, 1858, pág. 166: O suicida da Samaritaine - Idem, 1858, pág. 326: Um espírito no enterro do seu corpo - Idem, 1859, pág. 184: O Zuavo de Magenta - Idem, 1859, pág. 319: Um Espírito que não se crê morto - Idem, 1863, pág. 97: François Simon Louvet).
150 - Aonde a alma vai depois de ter deixado o corpo?
Ela não se perde na imensidade do Infinito, como geralmente se figura;
ela erra no espaço e, o mais frequentemente, no meio daqueles que conheceu, e sobretudo daqueles que amou, podendo se transportar instantaneamente a distâncias imensas.
151 - A alma conserva as afeições que tinha sobre a Terra?
Ela conserva todas as afeições morais;
não esquece senão as afeições materiais que não são mais da sua essência.
Por isso, vem com alegria rever seus parentes e seus amigos, e é feliz por dela se lembrarem
(Revista Espírita, 1860, pág. 202: Os amigos não nos esquecem no outro mundo. 11 - Idem, 1862, pág. 132).
152 - A alma conserva a lembrança do que fez sobre a Terra?
Se interessa pelos trabalhos que deixou inacabados?
Isso depende da sua elevação e da natureza dos seus trabalhos.
Os Espíritos desmaterializados pouco se preocupam com as coisas materiais, das quais são felizes de estarem livres.
Quanto aos trabalhos que começaram, segundo a sua importância e a sua utilidade, eles inspiram, algumas vezes a outros o pensamento de terminá-los.
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Re: O que é a Doutrina
153 - A alma reencontra no mundo dos Espíritos os parentes e amigos que a precederam?
Não somente os reencontra, mas reencontra aí muitos outros que havia conhecido nas suas precedentes existências.
Geralmente, aqueles que por ela mais se afeiçoam vêm recebê-la na sua chegada ao mundo dos Espíritos, e a ajudam a se libertar dos laços terrestres.
Entretanto, a privação do reencontro com as almas mais queridas, algumas vezes, é uma punição para as almas culpadas.
154 - Qual é, na outra vida, o estado intelectual e moral da alma da criança morta em tenra idade?
Suas faculdades estão na infância, como durante a vida?
O desenvolvimento incompleto dos órgãos da criança não permitia ao Espírito se manifestar completamente;
liberto desse envoltório, suas faculdades são as que tinha antes da sua encarnação.
O Espírito não tendo passado senão alguns instantes na vida, suas faculdades não puderam se modificar.
Nota: Nas comunicações espíritas, o Espírito de uma criança pode, pois, falar como o de um adulto, porque pode ser um Espírito muito avançado.
Se toma, algumas vezes, a linguagem infantil é para não tirar da mãe o encanto de um ser frágil e delicado e enfeitado com as graças da inocência.
(Revista Espírita, 1858, pág. 17: Mãe! eu estou aí).
A mesma pergunta podendo ser feita sobre o estado intelectual da alma dos cretinos, dos idiotas e dos loucos, depois da morte, encontra sua solução na precedente.
155 - Que diferença há, depois da morte, entre a alma do sábio e do ignorante, do selvagem e do homem civilizado?
A mesma diferença, aproximadamente, que existe entre eles durante a vida, porque a entrada no mundo dos Espíritos não dá à alma todos os conhecimentos que lhe faltavam sobre a Terra.
156 - As almas progridem intelectual e moralmente, depois da morte?
Elas progridem mais ou menos segundo sua vontade, e algumas progridem muito, mas têm necessidade de porem em prática, durante a vida corporal, o que adquiriram em ciência e em moralidade.
Aquelas que estão estacionárias retomam uma existência análoga à que deixaram;
as que progrediram merecem uma encarnação de uma ordem mais elevada.
O progresso, sendo proporcional à vontade do Espírito, há os que conservam por longo tempo os gostos e as tendências que tinham durante a vida, e que perseguem as mesmas ideias.
(Revista Espírita, 1858, pág. 82: A rainha de Oud[i]e - Idem, pág. 145: [i]O Espírito e os herdeiros - Idem, pág. 186: O tambor da Béresina - Idem, 1859, pág. 344: Um antigo carreteiro - Idem, 1860, pág. 325: Progresso dos Espíritos - Idem, 1861, pág. 126: Progresso de um Espírito perverso).
Não somente os reencontra, mas reencontra aí muitos outros que havia conhecido nas suas precedentes existências.
Geralmente, aqueles que por ela mais se afeiçoam vêm recebê-la na sua chegada ao mundo dos Espíritos, e a ajudam a se libertar dos laços terrestres.
Entretanto, a privação do reencontro com as almas mais queridas, algumas vezes, é uma punição para as almas culpadas.
154 - Qual é, na outra vida, o estado intelectual e moral da alma da criança morta em tenra idade?
Suas faculdades estão na infância, como durante a vida?
O desenvolvimento incompleto dos órgãos da criança não permitia ao Espírito se manifestar completamente;
liberto desse envoltório, suas faculdades são as que tinha antes da sua encarnação.
O Espírito não tendo passado senão alguns instantes na vida, suas faculdades não puderam se modificar.
Nota: Nas comunicações espíritas, o Espírito de uma criança pode, pois, falar como o de um adulto, porque pode ser um Espírito muito avançado.
Se toma, algumas vezes, a linguagem infantil é para não tirar da mãe o encanto de um ser frágil e delicado e enfeitado com as graças da inocência.
(Revista Espírita, 1858, pág. 17: Mãe! eu estou aí).
A mesma pergunta podendo ser feita sobre o estado intelectual da alma dos cretinos, dos idiotas e dos loucos, depois da morte, encontra sua solução na precedente.
155 - Que diferença há, depois da morte, entre a alma do sábio e do ignorante, do selvagem e do homem civilizado?
A mesma diferença, aproximadamente, que existe entre eles durante a vida, porque a entrada no mundo dos Espíritos não dá à alma todos os conhecimentos que lhe faltavam sobre a Terra.
156 - As almas progridem intelectual e moralmente, depois da morte?
Elas progridem mais ou menos segundo sua vontade, e algumas progridem muito, mas têm necessidade de porem em prática, durante a vida corporal, o que adquiriram em ciência e em moralidade.
Aquelas que estão estacionárias retomam uma existência análoga à que deixaram;
as que progrediram merecem uma encarnação de uma ordem mais elevada.
O progresso, sendo proporcional à vontade do Espírito, há os que conservam por longo tempo os gostos e as tendências que tinham durante a vida, e que perseguem as mesmas ideias.
(Revista Espírita, 1858, pág. 82: A rainha de Oud[i]e - Idem, pág. 145: [i]O Espírito e os herdeiros - Idem, pág. 186: O tambor da Béresina - Idem, 1859, pág. 344: Um antigo carreteiro - Idem, 1860, pág. 325: Progresso dos Espíritos - Idem, 1861, pág. 126: Progresso de um Espírito perverso).
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Re: O que é a Doutrina
157 - A sorte do homem, na vida futura, é irrevogavelmente fixada depois da morte?
A fixação irrevogável da sorte do homem depois da morte seria a negação absoluta da justiça e da bondade de Deus, porque há muitos que não dependeram de si mesmos para se esclarecerem suficientemente, sem falar dos idiotas, dos cretinos e dos selvagens, e das inumeráveis crianças que morrem antes de terem entrevisto a vida.
Mesmo entre as pessoas esclarecidas, há muitas que puderam crer-se bastante perfeitas para estarem dispensadas de fazer mais, e isso não é uma prova manifesta que Deus dá da sua bondade, permitindo ao homem fazer no dia seguinte o que não fez na véspera?
Se a sorte está irrevogavelmente fixada, por que os homens morrem em idades tão diferentes, e por que Deus, na sua justiça, não deixa a todos o tempo para fazerem o maior bem possível ou reparar o mal que fizeram?
Quem sabe se o culpado que morreu aos trinta anos, não estaria arrependido, não teria se tornado um homem de bem, se vivesse até os sessenta anos?
Por que Deus lhes tira esse meio enquanto dá a outros?
Só o facto da diversidade da duração da vida, e do estado moral da grande maioria dos homens, prova a impossibilidade, se se admite a justiça de Deus, de que a sorte da alma seja irrevogavelmente fixada depois da morte.
158 - Qual é, na vida futura, a sorte das crianças que morrem em tenra idade?
Essa questão é uma das que provam melhor a justiça e a necessidade da pluralidade das existências.
Uma alma que não tivesse vivido senão alguns instantes, não tendo feito nem bem nem mal, não mereceria nem recompensa nem punição.
Segundo a máxima do Cristo, de que cada um é punido ou recompensado segundo suas obras, seria, tanto ilógico como contrário à justiça de Deus admitir-se que, sem trabalho, ela fosse chamada a gozar da felicidade perfeita dos anjos, ou que pudesse disso ser privada, e, todavia, ela deve ter uma sorte qualquer;
um estado misto, pela eternidade, seria também injusto.
Interrompida uma existência desde o seu princípio, não podendo ter, pois, nenhuma consequência para a alma, sua sorte actual é a que merecia na sua precedente existência, e sua sorte futura aquela que merecerá nas suas existências ulteriores.
159 - As almas têm ocupações na outra vida?
Ocupam-se de outras coisas além das suas alegrias ou seus sofrimentos?
Se a almas não se ocupassem senão de si mesmas durante a eternidade, isso seria egoísmo, e Deus, que condena o egoísmo, não aprovaria na vida espiritual o que pune na vida corporal.
As almas ou Espíritos têm ocupações de acordo com seu grau de adiantamento, ao mesmo tempo que procuram se instruírem e melhorarem.
(O Livro dos Espíritos, nº 558: Ocupações e missões dos Espíritos).
A fixação irrevogável da sorte do homem depois da morte seria a negação absoluta da justiça e da bondade de Deus, porque há muitos que não dependeram de si mesmos para se esclarecerem suficientemente, sem falar dos idiotas, dos cretinos e dos selvagens, e das inumeráveis crianças que morrem antes de terem entrevisto a vida.
Mesmo entre as pessoas esclarecidas, há muitas que puderam crer-se bastante perfeitas para estarem dispensadas de fazer mais, e isso não é uma prova manifesta que Deus dá da sua bondade, permitindo ao homem fazer no dia seguinte o que não fez na véspera?
Se a sorte está irrevogavelmente fixada, por que os homens morrem em idades tão diferentes, e por que Deus, na sua justiça, não deixa a todos o tempo para fazerem o maior bem possível ou reparar o mal que fizeram?
Quem sabe se o culpado que morreu aos trinta anos, não estaria arrependido, não teria se tornado um homem de bem, se vivesse até os sessenta anos?
Por que Deus lhes tira esse meio enquanto dá a outros?
Só o facto da diversidade da duração da vida, e do estado moral da grande maioria dos homens, prova a impossibilidade, se se admite a justiça de Deus, de que a sorte da alma seja irrevogavelmente fixada depois da morte.
158 - Qual é, na vida futura, a sorte das crianças que morrem em tenra idade?
Essa questão é uma das que provam melhor a justiça e a necessidade da pluralidade das existências.
Uma alma que não tivesse vivido senão alguns instantes, não tendo feito nem bem nem mal, não mereceria nem recompensa nem punição.
Segundo a máxima do Cristo, de que cada um é punido ou recompensado segundo suas obras, seria, tanto ilógico como contrário à justiça de Deus admitir-se que, sem trabalho, ela fosse chamada a gozar da felicidade perfeita dos anjos, ou que pudesse disso ser privada, e, todavia, ela deve ter uma sorte qualquer;
um estado misto, pela eternidade, seria também injusto.
Interrompida uma existência desde o seu princípio, não podendo ter, pois, nenhuma consequência para a alma, sua sorte actual é a que merecia na sua precedente existência, e sua sorte futura aquela que merecerá nas suas existências ulteriores.
159 - As almas têm ocupações na outra vida?
Ocupam-se de outras coisas além das suas alegrias ou seus sofrimentos?
Se a almas não se ocupassem senão de si mesmas durante a eternidade, isso seria egoísmo, e Deus, que condena o egoísmo, não aprovaria na vida espiritual o que pune na vida corporal.
As almas ou Espíritos têm ocupações de acordo com seu grau de adiantamento, ao mesmo tempo que procuram se instruírem e melhorarem.
(O Livro dos Espíritos, nº 558: Ocupações e missões dos Espíritos).
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Re: O que é a Doutrina
160 - Em que consistem os sofrimentos da alma depois da morte?
As almas culpadas são torturadas nas chamas materiais?
A Igreja, hoje, reconhece perfeitamente que o fogo do Inferno é um fogo moral e não um fogo material, todavia, não define a natureza dos sofrimentos.
As comunicações espíritas os colocam sob nossos olhos;
por esse meio, nós podemos apreciá-los e nos convencer de que, por não ser o resultado de um fogo material, que não poderia queimar, com efeito, almas imateriais, eles não são menos terríveis em certos casos.
Essas penas não são uniformes e variam ao infinito, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas, e são, quase sempre, essas próprias faltas que servem ao castigo.
É assim que certos homicidas são constrangidos a permanecerem sobre o lugar do crime e a ter, sem cessar, suas vítimas sob seus olhos;
que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses mesmos gostos, mas a impossibilidade de os satisfazer materialmente é para ele uma tortura;
que certos avarentos crêem sofrer o frio e as privações que suportaram durante a vida por avareza;
outros permanecem perto dos tesouros que enterraram e estão em transe perpétuo pelo medo que os roubem;
em uma palavra, não há uma falta, uma imperfeição moral, uma acção má que não tenha, no mundo dos Espíritos, sua contrapartida e suas consequências naturais;
e, para isso não há necessidade de um lugar determinado e circunscrito:
por toda parte em que se encontre, o Espírito perverso carrega seu inferno consigo.
Além das penas espirituais, há penas e provas materiais que o Espírito, que não está depurado, suporta nas novas encarnações, onde é colocado numa posição para suportar o que fez os outros suportarem:
ser humilhado, se foi orgulhoso;
miserável, se foi mau rico;
infeliz por seu filho, se foi um mau filho, etc.
A Terra, como dissemos, é um lugar de exílio e de expiação, um purgatório, para os Espíritos dessa natureza, e no qual depende de cada um não retornar, melhorando-se bastante para merecer ir a um mundo melhor
(O Livro dos Espíritos, nº 237: Percepções, sensações e sofrimento dos Espíritos - Idem, livro Quarto: Esperanças e consolações; penas e gozos futuros - Revista Espírita, 1858, pág. 79: O assassino Lemaire - Idem, 1858, pág. 166: O suicida da Samaritaine - Idem, 1858, pág. 331: Sensações dos Espíritos - Idem, 1859, pág. 275: O pai Crépin - Idem, 1860, pág. 61: Estelle Régnier - Idem, 1860, pág. 247: O suicida da rua Quincampoix - Idem, 1860, pág. 316: O castigo - Idem, 1860, pág. 325: Entrada de um culpado no mundo dos Espíritos - Idem, 1860, pág. 384: Castigo do egoísta - Idem, 1861, pág. 53: Suicídio de um ateu - Idem, 1861, pág. 270: A pena de talião).
As almas culpadas são torturadas nas chamas materiais?
A Igreja, hoje, reconhece perfeitamente que o fogo do Inferno é um fogo moral e não um fogo material, todavia, não define a natureza dos sofrimentos.
As comunicações espíritas os colocam sob nossos olhos;
por esse meio, nós podemos apreciá-los e nos convencer de que, por não ser o resultado de um fogo material, que não poderia queimar, com efeito, almas imateriais, eles não são menos terríveis em certos casos.
Essas penas não são uniformes e variam ao infinito, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas, e são, quase sempre, essas próprias faltas que servem ao castigo.
É assim que certos homicidas são constrangidos a permanecerem sobre o lugar do crime e a ter, sem cessar, suas vítimas sob seus olhos;
que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses mesmos gostos, mas a impossibilidade de os satisfazer materialmente é para ele uma tortura;
que certos avarentos crêem sofrer o frio e as privações que suportaram durante a vida por avareza;
outros permanecem perto dos tesouros que enterraram e estão em transe perpétuo pelo medo que os roubem;
em uma palavra, não há uma falta, uma imperfeição moral, uma acção má que não tenha, no mundo dos Espíritos, sua contrapartida e suas consequências naturais;
e, para isso não há necessidade de um lugar determinado e circunscrito:
por toda parte em que se encontre, o Espírito perverso carrega seu inferno consigo.
Além das penas espirituais, há penas e provas materiais que o Espírito, que não está depurado, suporta nas novas encarnações, onde é colocado numa posição para suportar o que fez os outros suportarem:
ser humilhado, se foi orgulhoso;
miserável, se foi mau rico;
infeliz por seu filho, se foi um mau filho, etc.
A Terra, como dissemos, é um lugar de exílio e de expiação, um purgatório, para os Espíritos dessa natureza, e no qual depende de cada um não retornar, melhorando-se bastante para merecer ir a um mundo melhor
(O Livro dos Espíritos, nº 237: Percepções, sensações e sofrimento dos Espíritos - Idem, livro Quarto: Esperanças e consolações; penas e gozos futuros - Revista Espírita, 1858, pág. 79: O assassino Lemaire - Idem, 1858, pág. 166: O suicida da Samaritaine - Idem, 1858, pág. 331: Sensações dos Espíritos - Idem, 1859, pág. 275: O pai Crépin - Idem, 1860, pág. 61: Estelle Régnier - Idem, 1860, pág. 247: O suicida da rua Quincampoix - Idem, 1860, pág. 316: O castigo - Idem, 1860, pág. 325: Entrada de um culpado no mundo dos Espíritos - Idem, 1860, pág. 384: Castigo do egoísta - Idem, 1861, pág. 53: Suicídio de um ateu - Idem, 1861, pág. 270: A pena de talião).
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Re: O que é a Doutrina
161 - A prece é útil para as almas sofredoras?
A prece é recomendada por todos os bons Espíritos; por outro lado, ela é pedida pelos Espíritos imperfeitos como um meio de aliviar seus sofrimentos.
A alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho de interesse e o infeliz é sempre aliviado quando encontra corações caridosos que se compadecem de suas dores.
Por outro lado, ainda pela prece, estimula-se ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é preciso para ser feliz;
é nesse sentido que se pode abreviar sua pena se, por sua vez, ela secunda pela sua boa vontade
(O Livro dos Espíritos, nº 664 - Revista Espírita, 1859, pág. 315: Efeitos da prece sobre os Espíritos sofredores).
162 - Em que consistem os gozos das almas felizes?
Elas ficam em eterna contemplação?
A justiça quer que a recompensa seja proporcional ao mérito, como a punição à gravidade da falta;
há, portanto, graus infinitos nos gozos da alma, desde o instante em que ela entra no caminho do bem, até que atinja a perfeição.
A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas, não ter nem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem nenhuma das paixões que fazem a infelicidade dos homens.
O amor que as une é, para elas, a fonte de uma suprema felicidade.
Elas não experimentam nem as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. Um estado de contemplação perpétua seria uma felicidade estúpida e monótona, própria do egoísta, uma vez que sua existência seria uma inutilidade sem limites.
A vida espiritual, ao contrário, é uma actividade incessante pelas missões que os Espíritos recebem do ser supremo, como sendo seus agentes no governo do Universo;
missões que são proporcionais ao seu adiantamento e das quais são felizes, porque lhes fornecem ocasiões de se tornarem úteis e de fazerem o bem.
(O Livro dos Espíritos, nº 558: Ocupações e missões dos Espíritos - Revista Espírita, 1860, pág. 321 e 322; Os Espíritos puros; a morada dos bem-aventurados - Idem, 1861, pág. 179: Madame Gourdon).
Nota: Convidamos os adversários do Espiritismo e aqueles que não admitem a reencarnação, a darem aos problemas acima uma solução mais lógica, por qualquer outro princípio que o da pluralidade das existências.
FIM
§.§.§- O-canto-da-ave
A prece é recomendada por todos os bons Espíritos; por outro lado, ela é pedida pelos Espíritos imperfeitos como um meio de aliviar seus sofrimentos.
A alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho de interesse e o infeliz é sempre aliviado quando encontra corações caridosos que se compadecem de suas dores.
Por outro lado, ainda pela prece, estimula-se ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é preciso para ser feliz;
é nesse sentido que se pode abreviar sua pena se, por sua vez, ela secunda pela sua boa vontade
(O Livro dos Espíritos, nº 664 - Revista Espírita, 1859, pág. 315: Efeitos da prece sobre os Espíritos sofredores).
162 - Em que consistem os gozos das almas felizes?
Elas ficam em eterna contemplação?
A justiça quer que a recompensa seja proporcional ao mérito, como a punição à gravidade da falta;
há, portanto, graus infinitos nos gozos da alma, desde o instante em que ela entra no caminho do bem, até que atinja a perfeição.
A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas, não ter nem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem nenhuma das paixões que fazem a infelicidade dos homens.
O amor que as une é, para elas, a fonte de uma suprema felicidade.
Elas não experimentam nem as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. Um estado de contemplação perpétua seria uma felicidade estúpida e monótona, própria do egoísta, uma vez que sua existência seria uma inutilidade sem limites.
A vida espiritual, ao contrário, é uma actividade incessante pelas missões que os Espíritos recebem do ser supremo, como sendo seus agentes no governo do Universo;
missões que são proporcionais ao seu adiantamento e das quais são felizes, porque lhes fornecem ocasiões de se tornarem úteis e de fazerem o bem.
(O Livro dos Espíritos, nº 558: Ocupações e missões dos Espíritos - Revista Espírita, 1860, pág. 321 e 322; Os Espíritos puros; a morada dos bem-aventurados - Idem, 1861, pág. 179: Madame Gourdon).
Nota: Convidamos os adversários do Espiritismo e aqueles que não admitem a reencarnação, a darem aos problemas acima uma solução mais lógica, por qualquer outro princípio que o da pluralidade das existências.
FIM
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O Espiritismo
Sociedade de Educação Espírita Joanna de Ângelis
CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO
*Origem
*Definições
*Os Elementos Gerais do universo
*A Vida e a Morte
*Os Médiuns
*A Classificação dos Espíritos
*Anjos e Demónios
*Penas Futuras
*Passes e Radiações
Origem
O Espiritismo Kardecista segue as teorias formuladas por Allan Kardec.
Allan Kardec , pseudónimo de Léon-Hippolithe-Denizart Rivail, nasceu em Lyon a 3 de outubro de 1804 e morreu, em Paris, em 1869.
De família católica, foi educado em país de religião protestante, onde sofreu intolerâncias religiosas que o motivaram a pensar, desde cedo, numa alternativa que visava à unificação das crenças.
Estudou em Iverdum, Suíça, e foi professor de química, matemática, astronomia, fisiologia, física, retórica e anatomia comparada.
Em 1850, ele começou a se dedicar a estudos mais profundos de fenómenos, que começaram a chamar a atenção, a partir de 1848, nos Estados Unidos.
Essas primeiras manifestações espíritas consistiam em ruídos, batidas e movimentos de objectos sem causa conhecida, que ocorriam com frequência.
Uma vez controladas, percebeu-se que se tratava de fenómenos inteligentes.
Os resultados dessas observações foram recolhidos nas seguintes obras:
O Livro dos Espíritos, publicado em Paris, em 1857, e que tornou o texto base do movimento espírita Kardecista, em seu aspecto filosófico;
O Livro dos Médiuns, publicado em 1861, para a parte experimental e científica;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, publicado em 1864 para a parte moral;
O Céu e o Inferno, publicado em 1865 que trata da justiça de Deus segundo o Espiritismo;
A Génese, os Milagres e as Predições, publicado em 1868, que trata do princípio do mundo.
CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO
*Origem
*Definições
*Os Elementos Gerais do universo
*A Vida e a Morte
*Os Médiuns
*A Classificação dos Espíritos
*Anjos e Demónios
*Penas Futuras
*Passes e Radiações
Origem
O Espiritismo Kardecista segue as teorias formuladas por Allan Kardec.
Allan Kardec , pseudónimo de Léon-Hippolithe-Denizart Rivail, nasceu em Lyon a 3 de outubro de 1804 e morreu, em Paris, em 1869.
De família católica, foi educado em país de religião protestante, onde sofreu intolerâncias religiosas que o motivaram a pensar, desde cedo, numa alternativa que visava à unificação das crenças.
Estudou em Iverdum, Suíça, e foi professor de química, matemática, astronomia, fisiologia, física, retórica e anatomia comparada.
Em 1850, ele começou a se dedicar a estudos mais profundos de fenómenos, que começaram a chamar a atenção, a partir de 1848, nos Estados Unidos.
Essas primeiras manifestações espíritas consistiam em ruídos, batidas e movimentos de objectos sem causa conhecida, que ocorriam com frequência.
Uma vez controladas, percebeu-se que se tratava de fenómenos inteligentes.
Os resultados dessas observações foram recolhidos nas seguintes obras:
O Livro dos Espíritos, publicado em Paris, em 1857, e que tornou o texto base do movimento espírita Kardecista, em seu aspecto filosófico;
O Livro dos Médiuns, publicado em 1861, para a parte experimental e científica;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, publicado em 1864 para a parte moral;
O Céu e o Inferno, publicado em 1865 que trata da justiça de Deus segundo o Espiritismo;
A Génese, os Milagres e as Predições, publicado em 1868, que trata do princípio do mundo.
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Re: O que é a Doutrina
A partir do Livro dos Espíritos, funda-se o Espiritismo, que até então se constituía apenas de elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance não havia sido compreendido suficientemente.
Definições
Espiritismo ou Espiritualismo?
Espiritismo e espiritualismo são duas definições que não se confundem.
Todas as religiões são espiritualistas, uma vez que acreditam na existência de algo além da matéria.
Porém, o espiritualismo não implica necessariamente na crença nos espíritos e nas suas manifestações.
A aceitação, compreensão e estudo metódico destes fenómenos é o Espiritismo.
ESPIRITISMO: Filosofia, Ciência ou Religião?
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica de consequência religiosa.
Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos;
como filosofia e religião compreende todas as conseqüências morais decorrentes dessas relações.
Os Elementos Gerais do Universo
A MATÉRIA é o corpo palpável que retém o espírito.
O espírito utiliza a matéria para agir e é sobre a própria matéria que recai a sua acção.
O ESPÍRITO é "o princípio inteligente do universo", independente da matéria.
Não é de natureza palpável e a inteligência é o seu atributo essencial.
Apenas a união da matéria e do espírito concede "inteligência" a matéria.
Pode também ser chamado de Alma, quando utilizando a matéria.
O FLUÍDO UNIVERSAL é o intermediário entre o espírito e a matéria, possibilitando a união dos dois.
Sem esse fluído, o espírito não exerceria seus efeitos sobre a matéria, condenando-a a um permanente estado de inércia.
Podemos chamar esse envoltório fluídico de perispírito.
É através deste corpo etéreo que os espíritos conseguem produzir fenómenos e chamar a atenção dos encarnados.
A TRINDADE UNIVERSAL é o princípio de tudo o que existe.
É formada pela matéria, pelo espírito e, acima de tudo, por Deus, criador de todas as coisas.
"Deus é eterno, é imutável, é imaterial, é único, é Todo-Poderoso e é soberanamente justo e bom".
O ESPAÇO UNIVERSAL é infinito, não existe o vazio pois há sempre ocupação, mesmo que seja por matéria desconhecida aos nossos sentidos.
Definições
Espiritismo ou Espiritualismo?
Espiritismo e espiritualismo são duas definições que não se confundem.
Todas as religiões são espiritualistas, uma vez que acreditam na existência de algo além da matéria.
Porém, o espiritualismo não implica necessariamente na crença nos espíritos e nas suas manifestações.
A aceitação, compreensão e estudo metódico destes fenómenos é o Espiritismo.
ESPIRITISMO: Filosofia, Ciência ou Religião?
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica de consequência religiosa.
Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos;
como filosofia e religião compreende todas as conseqüências morais decorrentes dessas relações.
Os Elementos Gerais do Universo
A MATÉRIA é o corpo palpável que retém o espírito.
O espírito utiliza a matéria para agir e é sobre a própria matéria que recai a sua acção.
O ESPÍRITO é "o princípio inteligente do universo", independente da matéria.
Não é de natureza palpável e a inteligência é o seu atributo essencial.
Apenas a união da matéria e do espírito concede "inteligência" a matéria.
Pode também ser chamado de Alma, quando utilizando a matéria.
O FLUÍDO UNIVERSAL é o intermediário entre o espírito e a matéria, possibilitando a união dos dois.
Sem esse fluído, o espírito não exerceria seus efeitos sobre a matéria, condenando-a a um permanente estado de inércia.
Podemos chamar esse envoltório fluídico de perispírito.
É através deste corpo etéreo que os espíritos conseguem produzir fenómenos e chamar a atenção dos encarnados.
A TRINDADE UNIVERSAL é o princípio de tudo o que existe.
É formada pela matéria, pelo espírito e, acima de tudo, por Deus, criador de todas as coisas.
"Deus é eterno, é imutável, é imaterial, é único, é Todo-Poderoso e é soberanamente justo e bom".
O ESPAÇO UNIVERSAL é infinito, não existe o vazio pois há sempre ocupação, mesmo que seja por matéria desconhecida aos nossos sentidos.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126677
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: O que é a Doutrina
A vida e a Morte
A morte, para os espíritas, é a exaustão dos órgãos, da matéria.
É necessária porque com a morte a matéria se decompõe, sendo possível formar novos seres.
A vida é a matéria, animada pelo princípio vital que tem como fonte o fluído universal.
É ele que dá atividade à matéria inerte.
A quantidade deste fluído segundo as espécies e não é sempre igual em um mesmo indivíduo.
Essas diferenças permitem um intercâmbio deste fluído entre os seres humanos, possibilitando, em casos especiais, o impedimento da morte de uma pessoa.
Ao romperem-se os laços, a morte da matéria permite ao espírito recuperar a sua liberdade e sua identidade, conservada pelo perispírito, seu corpo etéreo.
Os Médiuns
Médiuns são todos que sentem, de alguma maneira, a presença dos espíritos, independente da intensidade e da diversidade dessas manifestações.
Segundo a doutrina, essa faculdade é inerente ao ser humano e não constitui privilégio de ninguém, pois todas as pessoas possuem mediunidade mesmo que em "estado rudimentar".
Os médiuns mais desenvolvidos acabam se sobressaindo e recebem a denominação com mais frequência, dando a falsa impressão de que são a minoria.
Os médiuns tem, na sua maioria, faculdades especiais de captação das manifestações espirituais, fazendo que eles se tornem diferentes entre si ao se expressarem.
As principais variedades dessas manifestações estão relacionadas a seguir:
Médiuns de efeitos físicos:
produzem fenómenos materiais como movimentação de objectos, ruídos, batidas, etc.
Médiuns sensitivos ou impressionáveis:
são capazes de sentir a presença dos espíritos através de arrepios ou de uma impressão da sua presença.
Ao desenvolverem essa sensibilidade, podem até identificar se o espírito é bom ou ruim.
Médiuns audientes:
são capazes de ouvir as vozes dos espíritos e de conversarem com eles.
A boa conversa depende de uma presença boa;
um "mau" espírito pode trazer transtornos ao seu ouvinte.
Médiuns videntes:
possuem a faculdade de ver os espíritos.
Raramente esse tipo de mediunidade se manifesta por um longo período.
Essa visão não é propiciada pelos olhos, e sim pela alma, o que torna possível a alguns cegos desenvolverem esta sensibilidade.
A morte, para os espíritas, é a exaustão dos órgãos, da matéria.
É necessária porque com a morte a matéria se decompõe, sendo possível formar novos seres.
A vida é a matéria, animada pelo princípio vital que tem como fonte o fluído universal.
É ele que dá atividade à matéria inerte.
A quantidade deste fluído segundo as espécies e não é sempre igual em um mesmo indivíduo.
Essas diferenças permitem um intercâmbio deste fluído entre os seres humanos, possibilitando, em casos especiais, o impedimento da morte de uma pessoa.
Ao romperem-se os laços, a morte da matéria permite ao espírito recuperar a sua liberdade e sua identidade, conservada pelo perispírito, seu corpo etéreo.
Os Médiuns
Médiuns são todos que sentem, de alguma maneira, a presença dos espíritos, independente da intensidade e da diversidade dessas manifestações.
Segundo a doutrina, essa faculdade é inerente ao ser humano e não constitui privilégio de ninguém, pois todas as pessoas possuem mediunidade mesmo que em "estado rudimentar".
Os médiuns mais desenvolvidos acabam se sobressaindo e recebem a denominação com mais frequência, dando a falsa impressão de que são a minoria.
Os médiuns tem, na sua maioria, faculdades especiais de captação das manifestações espirituais, fazendo que eles se tornem diferentes entre si ao se expressarem.
As principais variedades dessas manifestações estão relacionadas a seguir:
Médiuns de efeitos físicos:
produzem fenómenos materiais como movimentação de objectos, ruídos, batidas, etc.
Médiuns sensitivos ou impressionáveis:
são capazes de sentir a presença dos espíritos através de arrepios ou de uma impressão da sua presença.
Ao desenvolverem essa sensibilidade, podem até identificar se o espírito é bom ou ruim.
Médiuns audientes:
são capazes de ouvir as vozes dos espíritos e de conversarem com eles.
A boa conversa depende de uma presença boa;
um "mau" espírito pode trazer transtornos ao seu ouvinte.
Médiuns videntes:
possuem a faculdade de ver os espíritos.
Raramente esse tipo de mediunidade se manifesta por um longo período.
Essa visão não é propiciada pelos olhos, e sim pela alma, o que torna possível a alguns cegos desenvolverem esta sensibilidade.
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